Artigos Teorias Eco
Artigos Teorias Eco
Artigos Teorias Eco
(Organizador)
As Teorias Econômicas
e a Economia Aplicada
Atena Editora
2018
2018 by Atena Editora
Copyright da Atena Editora
Editora Chefe: Profª Drª Antonella Carvalho de Oliveira
Diagramação e Edição de Arte: Geraldo Alves e Natália Sandrini
Revisão: Os autores
Conselho Editorial
Prof. Dr. Alan Mario Zuffo – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Prof. Dr. Álvaro Augusto de Borba Barreto – Universidade Federal de Pelotas
Prof. Dr. Antonio Carlos Frasson – Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Prof. Dr. Antonio Isidro-Filho – Universidade de Brasília
Profª Drª Cristina Gaio – Universidade de Lisboa
Prof. Dr. Constantino Ribeiro de Oliveira Junior – Universidade Estadual de Ponta Grossa
Profª Drª Daiane Garabeli Trojan – Universidade Norte do Paraná
Profª Drª Deusilene Souza Vieira Dall’Acqua – Universidade Federal de Rondônia
Prof. Dr. Eloi Rufato Junior – Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Prof. Dr. Fábio Steiner – Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
Prof. Dr. Gianfábio Pimentel Franco – Universidade Federal de Santa Maria
Prof. Dr. Gilmei Fleck – Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Profª Drª Girlene Santos de Souza – Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Profª Drª Ivone Goulart Lopes – Istituto Internazionele delle Figlie de Maria Ausiliatrice
Prof. Dr. Julio Candido de Meirelles Junior – Universidade Federal Fluminense
Prof. Dr. Jorge González Aguilera – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Profª Drª Lina Maria Gonçalves – Universidade Federal do Tocantins
Profª Drª Natiéli Piovesan – Instituto Federal do Rio Grande do Norte
Profª Drª Paola Andressa Scortegagna – Universidade Estadual de Ponta Grossa
Profª Drª Raissa Rachel Salustriano da Silva Matos – Universidade Federal do Maranhão
Prof. Dr. Ronilson Freitas de Souza – Universidade do Estado do Pará
Prof. Dr. Takeshy Tachizawa – Faculdade de Campo Limpo Paulista
Prof. Dr. Urandi João Rodrigues Junior – Universidade Federal do Oeste do Pará
Prof. Dr. Valdemar Antonio Paffaro Junior – Universidade Federal de Alfenas
Profª Drª Vanessa Bordin Viera – Universidade Federal de Campina Grande
Prof. Dr. Willian Douglas Guilherme – Universidade Federal do Tocantins
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(eDOC BRASIL, Belo Horizonte/MG)
T314 As teorias econômicas e a economia aplicada [recurso eletrônico] /
Organizador Lucca Simeoni Pavan. – Ponta Grossa (PR): Atena
Editora, 2018.
Formato: PDF
Requisitos de sistema: Adobe Acrobat Reader
Modo de acesso: World Wide Web
ISBN 978-85-85107-32-1
DOI 10.22533/at.ed.321181109
2018
Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos
autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins
comerciais.
www.atenaeditora.com.br
E-mail: [email protected]
APRESENTAÇÃO
CAPÍTULO 1.............................................................................................................................1
A “BANCARIZAÇÃO” E O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO: UMA ABORDAGEM ESPACIAL PARA O ESTADO DO
PARANÁ
José Rodrigo Gobi
Pietro André TelatinPaschoalino
Luiz Guilherme de Oliveira Santos
Luan Vinicius Bernardelli
José Luiz Parré
CAPÍTULO 2.......................................................................................................................... 20
DETERMINAÇÃO DE UMA REGIÃO NO ESTADO DO PARANÁ: APLICAÇÃO DA TEORIA DA BASE DE EXPORTAÇÃO
Andréia Ferreira Prestes
Renata Cattelan
Marcelo Lopes de Moraes
CAPÍTULO 3.......................................................................................................................... 40
EFEITO DO GERADOR E TRANSBORDAMENTO DE IMPOSTOS INDIRETOS NA ECONOMIA DE SANTA CATARINA
EM 2004
Karla Cristina Tyskowski Teodoro Rodrigues
Auberth Henrik Venson
Marcia Regina Gabardo da Camara
Paulo Rogério Alves Brene
Umberto Antônio Sesso Filho
CAPÍTULO 4.......................................................................................................................... 59
O FNE COMO FONTE FINANCIADORA DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL: O CASO DE PERNAMBUCO
Wesley Santos
Elmer Nascimento Matos
CAPÍTULO 5...........................................................................................................................76
O INDICADOR DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL SUSTENTÁVEL DO ESTADO DE SANTA CATARINA
Tatiani Sobrinho Del Bianco
Jandir Ferrera de Lima
Camilo Freddy Mendonza Morejon
CAPÍTULO 6.......................................................................................................................... 98
A RELIGIÃO E O CRESCIMENTO ECONÔMICO: UMA ANÁLISE PARA O PARANÁ DE 1991 A 2010
Luan Vinicius Bernardelli
Ednaldo Michellon
A “BANCARIZAÇÃO” E O DESENVOLVIMENTO
ECONÔMICO: UMA ABORDAGEM ESPACIAL PARA O
ESTADO DO PARANÁ
3 | PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
(3)
4 | RESULTADOS E DISCUSSÕES
Tabela 1. Análise descritiva dos dados utilizados na pesquisa para os anos de 2007 e 2013
Fonte: Elaborado pelos autores a partir dos dados do IPARDES (2016) e FIRJAN (2016).
IFDM
2013 0,2379 -0,0025 0,0296 0,001
BANC
0,1165 -0,0025 0,0302 0,001
2007
BANC
0,1977 -0,0025 0,0302 0,001
2013
5 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base nos diversos estudos que relacionam a importância do sistema bancário
As Teorias Econômicas e a Economia Aplicada Capítulo 1 16
para o desenvolvimento econômico, juntamente com o aumento do desenvolvimento
econômico ocorrida no estado do Paraná nos últimos anos, o presente estudo objetivou
analisar a relação entre o desenvolvimento econômico e a disponibilidade de agências
e/ou postos de atendimentos bancários para o estado do Paraná nos anos de 2007 e
2013.
Inicialmente, constatou-se que o índice de desenvolvimento municipal (IFDM)
evoluiu positivamente entre os três anos utilizados na pesquisa. Em relação ao
índice BANC, todas as mesorregiões, excluindo Sudoeste e Centro Sul, evoluíram
positivamente entre 2007 e 2013.
Quando utilizada a análise espacial univariada, verificou-se um maior número
de clusters AA e BB para a variável IFDM, evidenciando autocorrelação positiva nos
dois anos. Houve, também, maior distribuição de clusters AA pelo estado paranaense,
estando concentrado principalmente na mesorregião Norte Central, indicando que
nesta região, municípios com alto nível de desenvolvimento são cercado por municípios
com a mesma característica.
No que concerne às aglomerações BB, destaca-se um transbordamento na
região Centro Oriental entre 2007 e 2013. Nos dois anos, as mesorregiões que mais
concentraram estas associações espaciais foram Centro Oriental e Centro Ocidental,
indicando que, nestas regiões, municípios com baixo nível de desenvolvimento são
cercados por municípios com a mesma característica.
Analisando a variável BANC verificou-se vários aglomerados espaciais de
presença de agências e postos de atendimento nos dois anos estudados. Durante esses
anos percebe-se um transbordamento de clusters BB na mesorregião Centro Oriental,
Centro Sul, Metropolitana de Curitiba, mas principalmente na Sudeste. Ademais
verificou-se significativa diminuição de aglomerações AA, e um alto crescimento de
clusters BB.
Por tanto, houve maior distribuição de clusters BB pelo Paraná, indicando que
neste estado há significativa desigualdade municipal em relação a presença de
agências e postos de atendimentos, pois vários municípios apresentaram resultados
inferiores à média estadual, cercados por municípios com as mesmas características.
A análise bivariada, por sua vez, retrata que existe autocorrelação positiva entre
IFDM e BANC no ano de 2007, em virtude do resultado da estatística I de Moran
Global e das associações espaciais AA e BB terem sido mais representativas. Este
resultado mostra que municípios com alto índice de desenvolvimento municipal
estão cercados por outros de alto índice de presença bancária em relação à média,
ou municípios com baixo desenvolvimento municipal estão cercados por municípios
com baixo índice de presença bancária, indicando assim, que o índice de participação
bancária está diretamente relacionado como nível de desenvolvimento dos municípios
de determinada região.
No ano 2013, os aglomerados AA apresentaram diminuição, perdendo espaço
para clusters AB, a qual indicaria autocorrelação espacial negativa entre as variáveis.
As Teorias Econômicas e a Economia Aplicada Capítulo 1 17
As aglomerações AB mantiveram-se espalhadas por várias regiões do estado no último
ano de análise, concentrando principalmente nas mesorregiões Centro Sul e Sudeste
paranaense. Dessa forma, alto nível de desenvolvimento estaria acompanhado de
baixa presença de agências e posto de atendimento nos municípios vizinhos, nessas
regiões. Ou seja, verifica-se então, a presença de outliers, que possivelmente não
dependem da oferta de serviços bancários nos municípios vizinhos.
De modo geral a autocorrelação positiva se apresentou de forma significativa no
estado do Paraná, corroborando com a teoria de que elevado índice de participação
bancária apresenta correlação positiva com o nível de desenvolvimento dos municípios.
Todavia, deve-se considerar o crescimento dos agrupamentos AB, principalmente na
região Sul do estado e recomenda-se novos estudos que contribuam para melhor
entendimento da “bancarização” e sua relação com o desenvolvimento econômico.
Para pesquisas futuras, almeja-se abranger o conceito de acesso ao sistema
bancário e utilizar outras variáveis proxy para verificar o respectivo impacto no grau de
desenvolvimento econômico.
REFERÊNCIAS
AGA, K. M. An empirical investigation of the relationship between inflation, P/E ratios and stock price
behaviour using a new series called Index-20 for Istanbul Stock Exchange. International Research
Journal Of Finance And Economics, [s.l.], v. 6, p.133-165, 2006.
ALMEIDA, E. S.; PEROBELLI, F. S.; FERREIRA, P.G. Existe convergência da produtividade agrícola
espacial no Brasil? Revista de Economia e Sociologia Rural, v. 46, p. 31-52, 2008.
ANSELIN, L. Interactive techniques and exploratory spatial data analisys. LONGLEY, P.A;
GOODCHILD, M. F.; MAGUIRE, D. J.; WIND, D. W. (eds). Geographical information system:
principles, techniques, management and applications. Wiley: New York. p. 253-365, 1998.
ANSELIN, L.; BERA, A. K. Spatial dependence in linear regression models with an introduction
to spatial econometrics. Statistics Textbooks and Monographs, v. 155, p. 237-290, 1998.
BALLER, R. D. et al. Structural covariates of U.S. county homicide rates: incorporating spatial effects.
Criminology, v.39, n.3, p.561- 590, 2001.
BERNARDELLI, L. V. Brasil como nação intervencionista: uma análise macroeconômica sobre a crise
de 2015. Revista Urutágua, [s.l.], v. 4, n. 33, p.139-152, 2016.
FISCHER, M. M.; GETIS, A. Handbook of Applied Spatial Analysis. Springer Berlin Heidelberg,
2010.
GUIMARÃES, R. C.; DINIZ, E.; GONZALEZ, L. Inclusão financeira e correspondentes bancários. GV-
executivo, v. 13, n. 1, p. 58-59, 2014.
LUNA, F. V.; KLEIN, H. S. Desigualdade e indicadores sociais no Brasil. In: Felipe F. Schwartzman;
Isabel F. Schwartzman; Luisa F. Schwartzman; Michel L. Schwartzman. (Org.). O sociólogo e as
políticas públicas. 1ed. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2009.
MYRDAL, G. Equity and growth. World Development, v.1, n.11, p.43-47, 1973.
VIEIRA, R. S. Crescimento econômico no Estado de São Paulo: uma análise espacial. 2009.
YOON, T. D.; DE SOUZA, N. J. Uma análise empírica sobre os fatores do desenvolvimento econômico
da Coréia do Sul: 1961-1990. Estudos Econômicos (São Paulo), v. 31, n. 2, p. 321-367, 2016.
YOON, TaekDong; DE SOUZA, Nali de Jesus. Uma análise empírica sobre os fatores do
desenvolvimento econômico da Coréia do Sul: 1961-1990.Estudos Econômicos (São Paulo), v. 31,
n. 2, p. 321-367, 2016.
2 | REFERENCIAL TEÓRICO
3 | REVISÃO DE LITERATURA
Esta seção tem por finalidade revisar trabalhos com metodologias ou objetivos
semelhantes ao desta pesquisa. Optou-se por uma divisão entre as pesquisas em
nível regional brasileiro e internacional.
Em nível regional, por meio de uma análise descritiva, Souza (2002) procurou
examinar a relação entre exportações e crescimento do Rio Grande do Sul, entre 1951
e 2001, à luz da TBE. O autor concluiu que as exportações tiveram papel importante
no crescimento ao longo do tempo no estado. O que se verificou entre os anos foi
que, a conquista de novos mercados é condição necessária para expandir o Produto
Interno Bruto (PIB) e o caminho é o aumento de investimentos em tecnologia e recursos
humanos.
Piffer e Arend (2008) mediante uma abordagem teórica da TBE e levando em
consideração a passagem do estado de uma economia agrária para a urbana-industrial
na década de 1970, analisaram o QL dos municípios paranaenses, entre 1970 e 2000,
por meio de áreas mínimas comparáveis. Os resultados mostraram que a TBE foi
condizente com o desenvolvimento econômico do estado no período estudado e que
a base de exportação paranaense foi o setor agropecuário. Surgiram novas bases
de exportação urbanas que se difundiram até os anos 2000 por outros ramos de
atividades.
Tendo como base a mesma teoria, aplicando agora para o Oeste Catarinense,
Arend e Orlowski (2012) realizaram um estudo onde procuraram identificar as
influências do desenvolvimento da região nos anos de 1997 e 2000 por meio do QL,
Coeficiente de Especialização e o multiplicador de empregos. A pesquisa indicou que
a agroindústria de processamento de carnes promoveu e sustentou uma expansão
econômica na região, o multiplicador de emprego inferiu que a cada emprego gerado
pela agroindústria são gerados 1,08 empregos em setores locais.
Ainda utilizando a TBE, Ferreira e Medeiros (2016) desenvolveram sua pesquisa
com a finalidade de traçar um perfil da base de exportação da região Sul do Brasil
para os anos de 2002, 2006 e 2010. Para este fim foi realizado o cálculo do QL e
empregado um modelo econométrico que evidenciou que atividades básicas e não
básicas tem relação positiva.
Em nível internacional, Medina-Smith (2001) investigou a teoria do crescimento
liderado pelas exportações para a Costa Rica, por meio da função de produtividade
total dos fatores entre 1950 e 1977, no curto e no longo prazo. O estudo indicou que
as exportações influenciaram o crescimento positivamente no país nesse período.
Sugere-se também que houve outros fatores que impulsionaram o crescimento e que
4 | PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
onde: Eij = Variável base do setor i da região j; Ei. = Soma da variável base dos
setores da região j; E.j = Soma da variável base dos setores i da economia nacional;
E.. = Soma da variável base dos setores nacionais.
Segundo Haddad (1989), quando o resultado do QL > 1 significa que a região é
relativamente mais importante em termos de setor do que em termos gerais de todos
os setores. Indicando que a atividade na região é voltada para a exportação (básica),
pois estes setores teriam uma produção superior às necessidades locais, de forma a
exportar o excedente, detectando assim a especialização da região. Por outro lado,
quando o QL < 1, representa uma atividade não básica, isto é, voltado somente para o
mercado da própria região.
[1−α]
1
k = (XIII)
(Conclusão)
Atividade Básica Emprego Atividade não-básica Emprego
Fabricação de aparelhos
Testes e análises técnicas 279 eletromédicos e eletroterapêuticos e 47
equipamentos de irradiação
Recondicionamento e recuperação
de motores para veículos 264 Fabricação de máquinas-ferramenta 40
automotores
Siderurgia 231 Fundição 197
Fabricação de artigos de malharia e
Fabricação de tecidos de malha 217 110
tricotagem
Atividades cinematográficas,
produção de vídeos e de programas 198 Publicidade 517
de televisão
Fabricação de instrumentos
89 Desdobramento de madeira 339
musicais
TOTAL 21354 TOTAL 13992
Tabela 01 – Atividades básicas e não básicas referente aos pares do ano 2010
Fonte: Elaborado pelos autores com base nos dados do BRASIL (2017)
Erro-
Variáveis Coeficientes t-Student Significância R2 F n
padrão
Constante 149,233 84,00 1,777 0,089 64,6% 42,007 25
0,481 0,074 6,481 0,000
(Continua)
Atividade Básica Emprego Atividade não-básica Emprego
Manutenção e reparação de veículos Fabricação de peças e acessórios
3188 1652
automotores para veículos automotores
Fabricação de artefatos de
Outros serviços especializados para
3150 concreto, cimento, fibrocimento, 1395
construção
gesso e materiais semelhantes
Serviços de arquitetura e
Obras de acabamento 2003 engenharia e atividades técnicas 643
relacionadas
Armazenamento, carga e
Fabricação de produtos diversos 1610 1241
descarga
Fabricação de embalagens de
Atividades de Correio 1334 papel, cartolina, papel-cartão e 562
papelão ondulado
Fabricação de máquinas e
Preparação e fiação de fibras têxteis 1297 equipamentos de uso industrial 716
específico
Locação de mão-de-obra
Torrefação e moagem de café 1295 836
temporária
Publicidade 1083 Atividades de rádio 388
Fabricação de produtos diversos
Atividade de impressão 1049 de papel, cartolina, papel-cartão e 671
papelão ondulado
(Conclusão)
Atividade Básica Emprego Atividade não-básica Emprego
Fabricação de equipamentos
Reparação e manutenção de objetos e
705 e aparelhos elétricos não 203
equipamentos pessoais e domésticos
especificados anteriormente
Agências de viagens e operadores
667 Transporte aéreo de passageiros 286
turísticos
Fabricação de produtos de
Fabricação de calçados 558 914
borracha
Reparação e manutenção de
Fabricação de equipamentos de
equipamentos de informática e 515 398
informática e periféricos
comunicação
Pesquisa e desenvolvimento Atividades profissionais,
experimental em ciências físicas e 510 científicas e técnicas não 278
naturais especificadas anteriormente
Recondicionamento e recuperação de Fabricação de máquinas-
333 104
motores para veículos automotores ferramenta
Atividades paisagísticas 316 Horticultura e floricultura 224
Serviços de pré-impressão e Edição de livros, jornais, revistas
283 352
acabamentos gráficos e outras atividades de edição
Atividades cinematográficas, produção Outras atividades de
259 237
de vídeos e de programas de televisão telecomunicações
Siderurgia 230 Fundição 249
Fabricação de equipamentos de
209 Telecomunicações sem fio 269
comunicação
Construção de embarcações 72 Desdobramento de madeira 215
TOTAL 24793 TOTAL 15078
Tabela 03 – Atividades básicas e não básicas referente aos pares do ano 2015
Fonte: Elaborado pelos autores com base nos dados do BRASIL (2017)
Erro-
Variáveis Coeficientes t-Student Significância R2 F n
padrão
Constante 183,063 66,386 2,758 0,011 74,50% 60,104 26
EB 0,416 0,054 7,753 0,000
Ano α k
2010 0,3955 1,6545
2015 0,3781 1,6082
6 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. RAIS: Relação Anual de Informações Sociais. Brasília,
DF, 2017. Disponível em: <http://bi.mte.gov.br/bgproger/login.php>. Acesso em: 01 jun. 2017.
CORRAR, L. J.; PAULO, E.; DIAS FILHO, J. M. Análise multivariada para os cursos de
administração, ciências contábeis e economia. 1°. Edição – 4º. Reimpressão. São Paulo: Atlas,
2012.
KAHN, R. F. The relation of home investment to unemployment. The Economic Journal, v. 41, n. 162,
p. 173-198, Jun. 1931.
KEYNES, J. M. A teoria geral do emprego, do juro e da moeda. São Paulo: Atlas, 1982. 333 p.
LOBATO CORRÊA, R. Região e organização especial. 7ª ed. São Paulo: Ática, 2000.
MOREIRA, R. Da região à rede e ao lugar: a nova realidade e o novo olhar geográfico sobre o mundo.
Etc, espaço, tempo e crítica, nº 1, v. 1, jun/2007.
1 | INTRODUÇÃO
3 | METODOLOGIA
(1)
Em que:
(2)
Em que, Xi indica o total da produzido do setor i, zin o andamento monetário do
setor i para o setor n e Yi a demanda final por produtos do setor i, é possível aplicá-la
conforme:
(3)
Em que X1L é o total do bem 1 produzido na região L.
Considerando os coeficientes de insumo regional para L e M, obtém-se os
coeficientes intra-regionais:
(4)
Em que, são definidos os elementos aijLL como coeficientes técnicos de
produção que representam quanto o setor j da região L compra do setor i da região L e
(5)
Em que, são definidos os elementos aijMM como coeficientes técnicos de
produção, que mostram a quantidade que o setor j da região M compra do setor i da
região M. Os coeficientes inter-regionais:
(6)
(7)
Em que os aijLM correspondem aos coeficientes técnicos de produção que
mostram a quantidade que o setor j da região M compra do setor i da região L. Estes
coeficientes podem ser substituídos em (3), obtendo:
(8)
As produções para os demais setores são obtidas de forma similar. Isolando, Y1L
e colocando em evidência X1L, tem-se:
(9)
As outras demandas finais podem ser alcançadas similarmente. Assim, de
acordo com , constrói-se a matriz ALL, para os dois setores, em que
representa a matriz de coeficientes técnicos intra-regionais de produção. Saliente-se
que esta mesma formulação valeria para ALM, ALM e AMM.
Definem-se agora as seguintes matrizes:
(1 - A) X = Y (13)
(14)
Executando estas operações, obtêm-se os modelos básicos necessários à análise
(16)
Em que MPj é o multiplicador simples de produção do j-ésimo setor. A partir dos
coeficientes diretos e da matriz inversa de Leontief é possível estimar, para cada setor
da economia, o quanto é gerado direta e indiretamente de emprego, importações,
impostos, salários, valor adicionado ou outra variável de interesse para cada unidade
monetária produzida para a demanda setorial (Miller e Blair, 2009). O gerador de
impostos é dado por:
(17)
Em que GVj é o impacto total, direto e indireto, sobre os impostos; bij é o ij-
ésimo elemento da matriz inversa de Leontief e vi é o coeficiente direto de impostos.
No modelo inter-regional o somatório dos elementos da matriz inversa de Leontief
referente à própria região constitui o efeito gerador interno, enquanto o somatório dos
elementos da coluna j referentes ao fluxo inter-regional de bens e serviços é o valor do
transbordamento (SESSO FILHO et al, 2011). O efeito transbordamento mostra como
o aumento da produção setorial em dada região impacta nos setores de outra região
(SESSO FILHO et al, 2006). Foram calculados os efeitos gerados e transbordamentos
para o ICMS, IPI e Outros Impostos Indiretos Líquidos (OIIL).
Quando o efeito de multiplicação se restringe somente à demanda de insumos
intermediários, estes multiplicadores são chamados de multiplicadores do tipo I.
Porém, quando a demanda das famílias é endogenizada no sistema, levando-se em
Tabela 1 - Tabela de Insumo-Produto de fluxo inter setorial com o consumo das famílias
endógenas.
Fonte: Miller e Blair (2009).
(18)
Obtemos também uma nova equação que relaciona o produto das famílias com
o produto de todos os setores:
(19)
Partindo de (12) e (13) é possível definir o modelo de Leontief com consumo das
famílias endógeno. Sejam:
(21)
(22)
Então temos um novo sistema com (n+1) equações que representa o modelo de
Leontief com consumo das famílias endógeno. Assim podemos obter os multiplicadores
tipo II aplicando as equações (16), (17) e (18) na matriz de coeficientes técnicos e na
inversa de Leontief desse novo sistema.
4 | ANÀLISE DE RESULTADOS
Tabela 2 - Efeito gerador direto, indireto, induzido e total de ICMS nos setores da economia
catarinense.
Fonte: Elaborado pelos autores. *Outros Serviços Ind. de Utilidade Pública
É possível observar que na maior parte dos setores predomina o efeito induzido,
decorrente da endogenização do consumo das famílias, como de maior peso na
geração de ICMS na economia catarinense, apenas os setores de Refino de petróleo
e coque e Energia Elétrica o efeito induzido não apresenta o maior peso no gerador.
Tabela 3 - Efeito gerador direto, indireto, induzido e total de IPI nos setores da economia
catarinense.
Fonte: Elaborado pelos autores. *Outros Serviços Ind. de Utilidade Pública
Gráfico 4 - Efeito de transbordamento de IPI de Santa Catarina para o Restante do Brasil (%).
Fonte: Elaborado pelos autores.
Tabela 4 - Efeito gerador direto, indireto, induzido e total de OIIL nos setores da economia
catarinense.
Fonte: Elaborado pelos autores. *Outros Serviços Ind. de Utilidade Pública
5 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BRENE, P. R. A. Ensaios sobre o uso da matriz insumo-produto como ferramenta de políticas
públicas municipais [tese de doutorado]. Curitiba: Universidade Federal do Paraná; 2013.
FIESC – Federação das Industrias do estado de Santa Catarina. Santa Catarina / Florianópolis / v. 24
/ p.01 - 192 / 2014.
GIAMBIAGI, F.; Além, A. C. D. Finanças Públicas: teoria e pratica no Brasil. Editora Campos, 2008.
Guilhoto, J.J.M. e U. Sesso Filho (2005). “Estimação da Matriz Insumo-Produto a Partir de Dados
Preliminares das Contas Nacionais”. Economia Aplicada. Vol. 9. N. 2. Abril-Junho. pp. 277-299,
2005.
KALLUF, S. N.; KURESKI, R.. IPARDES - Instituto Paranaense de Desenvolvimento. Nota Técnica
Ipardes, Curitiba, n.25, maio 2014. em: http://www.ipardes.gov.br/pdf/tru-mip/Nota_Tecnica_25_MIP.
pdf Acessado em: 20 de dezembro de 2014.
LEONTIEF, W. Input-Output Economics. 2aed. New York: Oxford University Press, p. 241-260, 1986.
LEONTIEF, W. The Structure of the American Economy. Segunda Edição Ampliada. New York:
Oxford University Press, 1951. 264p.
MUSGRAVE, R. A. Teoria das Finanças Públicas, Vol.1. 1ª ed. Editora Atlas, 1974.
MUSGRAVE, R. A. Teoria das Finanças Públicas, Vol.2. 1ª ed. Editora Atlas, 1974.
SESSO FILHO, U. A.; MORETTO, A. C.; RODRIGUES, R. L.; & GUILHOTO, J. J. M.. Interações
sinérgicas e transbordamento do efeito multiplicador de produção das grandes regiões do
Brasil. Economia Aplicada, v.10, n.2,p. 225-247, 2006.
SIQUEIRA, R. B.; NOGUEIRA, J. R.; SOUZA, E. S. A Incidência Final dos Impostos Indiretos no
Brasil: Efeitos da Tributação de Insumos. Revista Brasileira de Economia. v. 55, n. 4, p. 513-544, set./
dez. 2001.
Das mais de 3,5 milhões de operações realizadas com os recursos do FNE desde
a sua criação até o ano de 2010, o estado de Pernambuco respondeu por uma média
de 11% dessas operações e 12,5% dos valores contratados (Tabela 1). Os valores
médios dos financiamentos efetuados em Pernambuco são menores que a média dos
valores em comparação a outros estados: o valor unitário médio de cada operação
efetuada no estado foi de R$ 33,4 mil, no entanto, para o conjunto dos demais estados
beneficiados pelo Fundo, o valor foi de R$ 17,9 mil e para o total do FNE, neste caso
incluindo o estado de Pernambuco, foi de R$ 18,2 mil.
Tabela 1 - FNE*:
*Inclui partes de Minas Gerais e Espírito Santo inseridas na área de abrangência do FNE.Valores atualizados
pelo BTN e pela TR, a preços de dezembro de 2010.
Entre 1989 e 1994, período anterior à criação do Plano Real, há um maior custo
unitário médio para todo o FNE, mas no caso de Pernambuco este custo supera em
mais de 100% o custo referente às contratações do conjunto dos demais estados.
Isso pode ser explicado pelo baixo número de operações realizadas no período,
Tabela 2 - FNE*:
*Inclui partes de Minas Gerais e Espírito Santo inseridas na área de abrangência do FNE.
Tabela 3 - FNE:
Valores contratados
Municípios
R$ mil %
1. Recife 241.726 25,0
2. Vitória de Santo Antão 90.015 9,3
3. Petrolina 58.148 6,0
4. Ipojuca 35.028 3,6
5. Cabo de Santo Agostinho 32.408 3,3
6. Jaboatão dos Guararapes 29.411 3,0
7. Paulista 25.352 2,6
8. Abreu e Lima 17.269 1,8
9. Lagoa do Itaenga 14.649 1,5
10. Lagoa Grande 14.391 1,5
11. Sta Maria da Boa Vista 13.332 1,4
12. Gravatá 13.173 1,4
13. Moreno 11.760 1,3
14. Serra Talhada 11.583 1,2
15. Caruaru 11.298 1,2
Total 619.543 64,1
Demais municípios 347.395 35,9
Total 966.938 100
Tabela 4
Valores contratados
Municípios
R$ mil %
1) Recife 602.312 12,0
2) Ipojuca 463.214 9,2
3) Petrolina 372.260 7,4
4) Salgueiro 371.452 7,4
5) Vitória de Santo Antão 321.281 6,4
6) Caruaru 263.833 5,3
7) Itaquitinga 230.286 4,6
8) Cabo de Santo Agostinho 225.101 4,5
9) Jaboatão dos Guararapes 192.955 3,8
10) S. José do Belmonte 107.874 2,1
11) Belo Jardim 98.076 2,0
12) Itapissuma 93.963 1,9
13) Fernando de Noronha 69.509 1,4
14) Olinda 47.385 1,0
15) Serra Talhada 45.926 0,9
Total 3.505.427 69,9
Demais municípios 1.506.783 30,1
Total 5.012.210 100
Região Valores %
Semiárido 2.694.589 45,1
Fora da Semiárido 3.284.559 54,9
Total 5.979.148 100,0
TIPOLOGIA
ANOS Alta Renda Baixa Renda Dinâmica Estagnada
OP Valor OP Valor OP Valor OP Valor
2000 2,3 4,6 19,4 12,9 40,4 41,7 37,8 40,8
2001 0,2 16,7 10,5 8,7 45,7 32,6 43,6 42,0
2002 3,5 4,4 22,5 21,9 38,7 38,7 35,3 35,1
2003 4,0 38,9 32,7 11,6 19,4 13,2 43,9 36,3
2004 1,7 33,8 25,9 5,0 27,2 6,9 45,0 54,2
2005 1,8 40,8 24,5 8,6 23,2 8,6 50,4 41,9
2006 1,8 29,3 20,6 8,3 22,7 10,3 54,8 52,0
2007 2,4 9,7 17,2 13,3 30,6 11,8 49,8 65,2
2008 3,0 20,0 17,9 6,0 30,8 17,1 48,2 56,8
2009 3,2 9,6 13,8 2,5 33,8 19,3 49,2 68,6
2010 28,3 2,3 5,3 19,3 16,9 28,2 49,5 50,1
Média 4,7 19,1 19,1 10,7 29,9 20,8 46,1 49,4
4 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
1 | INTRODUÇÃO
Este trabalho é composto por cinco seções além desta introdução. Na seção
dois foi apresentada uma breve revisão da literatura acerca do desenvolvimento
sustentável e dos indicadores de sustentabilidade. Na seção três foram apresentados
os procedimentos metodológicos e os dados utilizados para a elaboração do IDRS
para o Estado de Santa Catarina, para os anos de 2000 e 2010. Na seção foram
apresentados os resultados e discussões acerca dos indicadores parciais e do IDRS
final obtido para o Estado, e, na seção cinco foram apresentadas as conclusões, que
sumarizam esse trabalho e em seguida são apresentadas as referencias utilizadas
para a elaboração do mesmo.
Em que: IEi é o Indicador Econômico Parcial; IEF é o Índice de Emprego Formal; IICMS
é o Índice do ICMS do município i; IIFPM é o Índice do Fundo de Participação do
Munícipio i; IDOT é o Índice das Despesas Orçamentárias do Município i; ICES é o Índice
do Consumo de Energia Setorial do município i; IPIBpc é o Índice do PIB per capita do
município i; IVA= Índice do Valor Adicionado do Município i; IVEC= Índice da Vitalidade da
Economia no Município i; ISEF é o Índice do Saldo Migratório de Emprego no Município
i; IROT é o Índice da Receita Orçamentária do Município i; e P é a Participação da
variável Wi do Município i.
O indicador parcial social (ISi) apresentado na equação 02, indica mediante uma
série de variáveis o perfil do desenvolvimento social de cada município.
(02)
Em que: ISi é o Indicador parcial social; IPU é o Índice da população urbana do município
i; IPR é o Índice da população rural do município i; ITEFEF é o Índice da Taxa de Frequência
do Ensino Fundamental do município i; ICER é o Índice de consumo de energia elétrica
residencial do município i; IDSS é o Índice de despesa com saúde e saneamento
do município i; IDAP é o Índice de despesa com assistência social e Previdência do
município i; IDEC é o Índice de despesa com educação e cultura do município i; IDDL é o
Índice de despesa com desporto e lazer do município i; IMI é o Índice de Mortalidade
infantil do município i; IIDHM é o Índice do Indicador de Desenvolvimento Humano do
município i; P é a Participação da variável Wi do município i.
O indicador parcial ambiental (IAi) apresentado na equação 03, contém variáveis
que definem a situação do meio ambiente regional. A análise dos indicadores parciais
(05)
(06)
Figura 3: Amostra da Distribuição dos valores do Indicador Social do Estado de Santa Catarina
– 2000 e 2010.
Fonte: Resultados da Pesquisa, 2015.
Catarina
Na Figura 6 foi apresentado um resumo com o percentual de distribuição da
classificação do IDRS do Estado de Santa Catarina, em 2000 e 2010. A análise do
indicador de desenvolvimento regional sustentável (IDRS) para o Estado de Santa
Catarina demonstrou que, no ano 2000, o estado não apresentou nenhum município
em estágio avançado, 287 em estágio de transição e sete em estágio retardatário.
Dentre os classificados como em transição os melhores índices foram obtidos nos
municípios de Joinville (0.46), Blumenau (0.34), Florianópolis (0.29), Jaraguá do
Sul (0.25), Criciúma, Brusque e Itajaí (0.23). Os piores índices foram obtidos em
5 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ALVES, L. R.; FERRERA DE LIMA, J. Desenvolvimento sustentável: elementos conceituais e
apontamentos para reflexão. Revista Integração Ensino Pesquisa Extensão, Rio de Janeiro (RJ),
ano XVIII, nº50, p. 141-148, 2007.
FERRERA DE LIMA, J.; ALVES, L. R.; EBERHARDT, P.H.C.; DEL BIANCO, T. S.. Mensurar as
Desigualdades Regionais no Brasil: Proposta Metodológica. In: V Seminário Internacional de
Desenvolvimento Regional, 2011, Santa Cruz do Sul. Anais... do V SIDR 2011. Santa Cruz do Sul:
UNISC, vol. 01, p. 180-195, 2011.
GUALDA, N. L. P.. IDR – Proposta Metodológica. Texto para Discussão. Programa de Mestrado em
Economia - PME. Universidade Estadual de Maringá, 1995.
RAIS - Relação Anual de Informações Sociais. Dados diversos. Portal do Emprego e do Trabalho.
Disponível em: http://portal.mte.gov.br/rais/. Acesso 20 de outubro. 2014.
ROMEIRO, A. R. - Introdução: economia ou economia política da sustentabilidade. In: MAY, Peter H.;
LUSTOSA, M. C.; VINHA, V.. Economia do meio ambiente: teoria e pratica. 2. ed. Rio de Janeiro:
Editora Campus, p. 3-14, 2003.
SACHS, I. Caminhos para o desenvolvimento sustentável. Rio de Janeiro (RJ): Garamond, p. 47-
65, 2009.
ANEXOS
Luan Vinicius Bernardelli capital and human, there are formulations that
Universidade Estadual do Norte do Paraná include cultural factors to analyze this relation.
(UENP) e Universidade Estadual de Maringá When referring to cultural issues, religion is one
(UEM)
of the variables that most modifies individuals,
Cornélio-Procópio (PR)
as it provides its adherents with forms of life
Ednaldo Michellon conduct. Thus, this study aimed to verify if a
Universidade Estadual de Maringá (UEM)
higher proportion of Protestants has a positive
Maringá (PR) relation with per capita income. The results
show that the expansion of Protestantism was
a positive economic factor and contributed to
RESUMO: Diversos estudos investigam os improving the state’s income level.
determinantes do crescimento econômico, KEYWORDS: Behavior; Human nature;
além dos modelos tradicionais que consideram Capitalism; Brazil.
trabalho, capital fixo e humano, existem
formulações que incluem fatores culturais
para analisar essa relação. Ao se remeter às
1 | INTRODUÇÃO
questões culturais, a religião é uma das variáveis
que mais modifica os indivíduos, pois fornece Muitos autores buscam explicar os
aos seus adeptos, formas de conduta de vida. determinantes do crescimento econômico,
Assim, este trabalho objetivou verificar se uma sendo que uma das principais contribuições
proporção maior de protestantes possui relação para essa temática ocorreu a partir do trabalho
positiva com a renda per capita. Os resultados seminal de Solow (1956), fundamentado sobre
mostram que a expansão do protestantismo foi a importância do capital fixo. Posteriormente,
um fator econômico positivo e contribuiu para alguns autores como Schultz (1961) e Becker
melhorar o nível de renda no estado do Paraná. (1962) passaram a destacar a importância do
PALAVRAS-CHAVE: Comportamento; fator de produção capital humano. Além dos
Natureza Humana; Capitalismo; Brasil. modelos de crescimento tradicionais, resultados
empíricos de Huntington (1996), Landes (1998)
ABSTRACT: Several studies investigate the e o de Inglehart e Baker (2000) indicam que
determinants of economic growth, in addition to
análises sobre o crescimento econômico
the traditional models that consider labor, fixed
deveriam considerar fatores culturais, pois
(1992)
(1)
Em que: “ɑ” e “(1 - ɑ)” são as elasticidades do produto em referência à “K” e “L”,
respectivamente. As unidades de trabalho, A(t)L(t), crescem a taxa . Solow (1956)
considera taxa de poupança e crescimento populacional como variáveis exógenas e
destaca que são fatores fundamentais para definir o nível de renda per capita de um
país.
Resumidamente, fornece embasamentos de que quanto maior a taxa de
poupança, mais rico o país é, e quanto maior a taxa de crescimento populacional, mais
pobre o país é. Assim, a razão capital-trabalho no estado estacionário tem relação
positiva com a taxa de poupança e negativa com o crescimento populacional “(n)”.
Desse modo, admitindo que os fatores são remunerados de acordo com seu
produto marginal, pode-se estimar os coeficientes pertencentes à poupança e à
depreciação efetiva do capital “δ”. Por conseguinte, a renda per capita no estado
estacionário é determinada como:
(2)
(3)
Em que “ɑ” e “ß” são as elasticidades do produto em relação aos insumos. Formalmente,
tem-se:
(4)
(5)
Por meio da Equação (5), é possível analisar de forma clara os pressupostos sugeridos
por Mankiw, Romer e Weil (1992). Contudo, assim como fundamentado anteriormente,
existem outros fatores que corroboram para que algumas regiões cresçam mais que
outras.
De acordo com Olson (1996), formulações complementares enfatizam que outras
variáveis devem ser inclusas, tais como as atitudes culturais em relação ao trabalho,
economia e empreendedorismo.
Firmado nos indicativos da alta relação entre fatores culturais e religiosos,
prestados por Smith (2007), Weber [1904 (2013)], Huntington (1996), Landes (1998),
(6)
Com base nas seções anteriores, verifica-se que diversos autores buscam
evidenciar as alterações culturais advindas dos aspectos religiosos e, consequentemente,
nas relações econômicas.
Um dos primeiros a relacionar aspectos econômicos e religiosos foi Smith (2010),
o qual atribuiu que uma das mais importantes contribuições da religião ao processo de
desenvolvimento é seu funcionamento como um mecanismo de conduta moral. Para
Smith (2010), em sociedades nas quais a crença em Deus era disseminada, a ideia de
estar sempre agindo aos olhos de um ser superior, é um motivo capaz de restringir as
ações humanas.
É assim que a religião reforça o sentido natural do dever, é a razão pela qual a
humanidade geralmente está disposta a confiar na honestidade daqueles que parecem
profundamente impressionados com os sentimentos religiosos (SMITH, 2010).
Já para Weber [1904 (2013)], as práticas e as crenças religiosas tiveram
consequências econômicas importantes no processo de desenvolvimento dos países,
pois a compreensão de que a salvação seria realizada por obras ligadas à produtividade,
incentivava o trabalho e, como consequência, aumentava o nível de mão de obra
disponível. De acordo com Keyes (2002), Weber teorizou a ética protestante à luz da
história econômica e sua fundamentação é centrada nos processos históricos das
grandes civilizações do mundo.
Motivado por esses pressupostos, Lenski (1961) testou empiricamente a tese
de Weber, a qual fundamenta que a crença religiosa influencia o comportamento
individual. Por meio de um banco de dados coletado em Detroit, o trabalho desse
autor constatou uma forte relação entre a religião e os aspectos culturais, impactando
diversas variáveis macroeconômicas.
Contrariamente aos estudos de Lenski (1961), Stark e Glock (1968) desenvolveram
um modelo que classificou os EUA em cinco distintas religiões. Os resultados dos
autores indicaram que a religião não exercia influência nos hábitos e nas atividades
econômicas, limitando o campo dos estudos da Economia da Religião.
No entanto, de acordo com Mccleary (2011), Stark e Glock estavam errados,
pois não consideraram questões relacionadas aos aspectos culturais, influenciados
pela crença religiosa. O autor, então, prestou retratação em um trabalho posterior e
segundo Stark (1984), em novas análises foi possível mostrar empiricamente que a
religião afeta a sociedade, não através da produção de culpa ou medo do fogo do
inferno, mas que ela possui uma força para moldar o indivíduo por meio de aspectos
comunitários.
Ao verificar questões ligadas à Reforma Protestante, Michellon, Santos e Suzuki
(2012), constataram a veracidade da hipótese de que os povos e nações influenciados
pela Reforma Protestante, ou que adotaram o protestantismo como base religiosa,
são hoje os mais desenvolvidos do mundo, baseando-se nas teorias formuladas por
4 | PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
(7)
Em que a Renda per capita (Yit) é explicada pelo Capital Fixo per capita (Kit),
pela taxa de crescimento populacional e tecnológico e pela depreciação (n + g + δ),
H H
Capital Humano 2 ( 2 ), Capital Humano 3 ( 3 ), a proporção de Protestantes (Pit)
it it
e o resíduo (μt). Para todo “i” representando as áreas mínimas comparáveis, o que
totaliza 316 AMC e para “t” os anos de 1991, 2000 e 2010. Os “β” são os coeficientes
de cada variável que serão estimados e os símbolos “ln” indicam que as séries de
dados estão em logaritmo natural, tornando possível a interpretação via elasticidades.
A variável dependente renda per capita é a mesma utilizada para elaboração do
IDHM, na dimensão renda. A seleção dessa variável é relevante em virtude de que o
critério utilizado é a auferido em dólares por Paridade Poder de Compra (PPC), isto
é, a renda média dos moradores do município com correções que possibilitem sua
comparação (PNUD, 2013).
Como proxy para capital físico, utilizou-se o consumo per capita de energia
elétrica do setor secundário, extraído do IPARDES (2016). A variável selecionada é
adequada para o objetivo em questão e utilizada também com a mesma finalidade em
diversos estudos como os de Cangussu et al. (2010) e Noronha, Figueiredo e Andrade
(2010).
5 | RESULTADOS E DISCUSSÕES
Tabela 1 -Proporção de religiosos no Paraná para os anos de 1980, 1991, 2000 e 2010
Fonte: Elaborado pelos autores a partir dos dados dos censos (2017).
Nota: “P” representa protestante; “C” católico, “SR” sem religião e “OR” outras religiões.
Tabela 2 - Média das variáveis utilizadas para os municípios do Paraná em 2000 e 2010
Fonte: Elaborado pelos autores a partir dos dados do IBGE e IPARDES (2017).
Notas: (i) As variáveis de em (%) evidenciam a proporção da população nesses indicadores; (ii) o termo “Δ”
retrata a variação.
Tabela 4 - Resultado das regressões para MQO, entre grupos, efeitos aleatórios e efeitos fixos
Fonte: Elaborado pelos autores a partir dos dados do IBGE e IPARDES (2017).
Notas: (i) (***) Significativo a 1%;(**) Significativo a 5%; (*) Significativo a 10%. (ii) os valores na parte inferior
dos coeficientes retratam os erros-padrão. (iii) os resultados são robustos à heterocedasticidade. (iv) o R2 dos
modelos de MQO, de ef. fixo e aleatório sem a variável da religião foram 0,8524, 0,8862 0,8505.
Por meio da Tabela 4, verifica-se que todas as estimativas foram boas, em virtude
que a maioria das variáveis são significantemente diferente de zero a um nível de 1%,
juntamente por meio dos valores encontrados para o teste F e o teste Wald chi2, o que
leva a rejeição de H0, isto é, afasta-se a hipótese de todos os coeficientes angulares
serem simultaneamente iguais a zero e pelos altos valores do R2, os quais indicam que
o modelo possui alto poder explicativo.
Outra constatação que se pode realizar por meio do R2 é que a inclusão da
variável religião aumenta o poder de explicação do modelo, como pode ser visualizado
nos valores da Tabela 4 em comparação aos valores apresentados nas regressões
sem a variável religião.
Ainda, de forma geral, assim como sugerido pelo modelo de Solow (1956), e em
outras formulações descendentes, há uma grande importância na proxy utilizada para
Capital (Kit). É perceptível que uma maior dotação do fator de produção Capital (Kit)
pode contribuir positivamente para o nível de renda per capita. Embora os modelos de
crescimento tenham se aprimorado, essa afirmação é mantida e pode ser constatada
nos trabalhos de Solow (1956), Schultz (1961), Becker (1962), Huntington (1996),
Landes (1998) e o de Inglehart e Baker (2000).
As Teorias Econômicas e a Economia Aplicada Capítulo 6 114
No entanto, de forma similar ao que foi abordado anteriormente, há autores como
Mankiw, Romer e Weil (1992) que consideram que a variável Capital Humano deve ser
incluída de modo explícito no modelo formal. Dessa forma, as proxies utilizadas para
Capital Humano mostram um resultado relevante, em virtude que H2it e H3it retratam
um impacto positivo e H1it, que representa o menor nível de escolaridade, uma relação
negativa (Tabela 4).
Acerca dos resultados da religiosidade, os coeficientes sugerem que há uma
relação positiva entre a transição religiosa presenciada no estado do Paraná, assim
como fundamentado por Barro e Mccleary (2003), Mccleary (2011), Weber (2013),
entre outros autores, e contrapondo os argumentos de Zalewski de Souza (2007).
Esse resultado indica que, dado que a religião interfere no comportamento do indivíduo
(LENSKI, 1961) e que se presenciou uma grande alteração no contexto religioso
brasileiro (MARIANO, 2013), faz-se necessário a elaborar estudos econômicos que, de
forma minuciosa, acompanhem essa transição e ofereçam embasamentos científicos
para possíveis adequações legislativas.
Para um aprimoramento da tratativa dos resultados, assim como fundamentado
na seção metodológica, faz-se necessário avaliar qual modelo apresenta os melhores
resultados. O teste F restrito, com H0todos os interceptos diferenciais são iguais a zero,
é um teste formal entre o Modelo de Efeitos Fixos e o com dados Empilhados. O valor
encontrado desse teste indica a um nível de significância de 5%, pode-se rejeitar H0,
o que infere que o modelo de Efeitos Fixos é superior ao de dados empilhados. Para
avaliar em relação ao modelo de Efeitos Aleatórios, aplica-se o teste de Hausman,
com H0o melhor modelo é o de efeito aleatório. Com base no valor encontrado desse
teste, rejeita-se H0. Desse modo, o modelo que produz as melhores estimativas é o de
Efeitos Fixos.
O modelo de Efeitos Fixos apresenta resultados importantes para este estudo.
Primeiramente, visualiza-se que à medida que aumenta a proporção de protestantes,
maior o valor esperado para o nível de renda dos municípios, o que está de acordo
com as análises anteriormente realizadas e o que a teoria prediz nos estudos empíricos
supracitados.
Sobre os coeficientes encontrados para o modelo de efeito fixos, infere-se que
para o aumento de 1% na proxy de capital fixo “K”, espera-se uma elevação de 0,039%
no crescimento econômico. Já em relação a variável que representa a proporção de
pessoas com ensino fundamental completo e ensino médio incompleto “H2”, com uma
elevação de 1% desta variável, espera-se um aumento de 0,096% no crescimento
econômico. Em relação a variável que representa a proporção de pessoas com ensino
médio completo ou ensino superior “H3”, para uma elevação de 1%, estima-se um
aumento de 0,49% na variável dependente. Por fim, para a variável de proporção
de pessoas protestantes, com uma elevação de 1% nessa variável, espera-se um
incremento de 0,149% na renda per capita.
Dessa forma, fica evidente que a transição que vem ocorrendo no campo
As Teorias Econômicas e a Economia Aplicada Capítulo 6 115
religioso brasileiro é um fator que parece influenciar positivamente no nível de renda
per capita e se trata de uma variável que deve ser incluída nas análises que relacionam
o crescimento econômico.
Já em relação aos níveis educacionais, as variáveis de Capital Humano,
mostraram um impacto relevante, uma vez que apresentaram os maiores coeficientes.
Esse resultado ganha relevância no Paraná, dado que nos últimos anos houve uma
grande elevação no nível de escolaridade, juntamente com o nível de renda, o que
indica um aumento no desenvolvimento econômico dos municípios paranaenses.
Sobre os coeficientes da taxa de desconto, “n+g+δ“, os resultados indicam que
os valores não foram significantemente diferentes de zero, assim como os resultados
encontrados pelo estudo de Firme e Simão Filho (2014), em uma análise para o estado
de Minas Gerais.
Desse modo, este estudo foi pertinente em virtude de sugerir o acréscimo de
uma variável relevante nas análises sobre o crescimento econômico de municípios,
regiões, estados e até de países, ou seja, a religião não opera somente em questões
espirituais, mas também molda o ser humano e determina seus hábitos de consumo,
trabalho e renda, alterando a forma de organização social.
6 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BARRO, R. J. Inequality and Growth in a Panel of Countries. Journal of Economic Growth, local, v.
5, n. 1, p.5-32, 2000.
BARRO, R. J.; MCCLEARY, R. M. Religion and Economic Growth across Countries. American
Sociological Review, [s.l.], v. 68, n. 5, p.760-814, 2003.
BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Governo Federal (Org.). Censo
Demográfico 2010: Resultados gerais da amostra. 2010. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/
home/estatistica/populacao/censo2010/resultados_gerais_amostra/resultados_gerais_amostra_tab_
uf_microdados.shtm>. Acesso em: 27 ago. 2016.
CAMERON, A. C.; TRIVEDI, P. K. Microeconometrics Using Stata. College Station: Stata Press,
2009. 706 p.
CANGUSSU, R. C.; SALVATO, M. A.; NAKABASHI, L. Uma análise do capital humano sobre o nível
de renda dos estados brasileiros. Mrw versus mincer’, Estudos Econômicos, [s.l.], v. 40, n. 1, p.153-
183, 2010.
EKELUND JUNIOR, R. B.; HÉBERT, R. F.; TOLLISON, R. D. An Economic Analysis of the Protestant
Reformation. Journal Of Political Economy, [s.l.], v. 110, n. 3, p.646-671, jun. 2002.
FIRME, V. A. C.; SIMÃO FILHO, J. Análise do crescimento econômico dos municípios de minas gerais
via modelo MRW (1992) com capital humano, condições de saúde e fatores espaciais, 1991-2000.
Economia Aplicada, [s.l.], v. 18, n. 4, p.679-716, 2014.
HUNTINGTON, S. P. The Clash of Civilizations and the Remaking of World Order. New York:
Simon & Schuster, 1996. 367 p.
INGLEHART, R.; BAKER, W. E. Modernization, Cultural Change, and the Persistence of Traditional
Values. American Sociological Review, [s.l.], v. 65, n. 1, p.19-51, 2000.
JONES, H. B. Jr. The Protestant Ethic: Weber’s Model and the Empirical Literature. Human Relations,
[s.l.], v. 50, n. 7, p.757-778, 1997.
KEYES, Charles F. Weber and Anthropology. Annual Review Of Anthropology, [s.l.], v. 31, n. 1,
p.233-255, out. 2002.
LANDES, D. The Wealth and Poverty of Nations: Why Some Are So Rich and Some So Poor. 1. ed.
London: W. W. Norton & Company, 1998. 676 p.
LAVELEYE, E. Do Futuro dos Povos Católicos: Estudo de Economia Social. 2 ed. Tradução por
Dr. Miguel Vieira Ferreira. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1985.
LENSKI, G. E. The religious factor: a sociological study of religion’s impact on politics, economics,
and family life. Garden City: Doubleday, 1961. 448 p.
LUTERO, M. Martinho Lutero: V 1 – Os Primórdios Escritos de 1517 a 1519. 2. ed. Canoas: Editora
da Ulbra, 2004. 469 p. (Obras Selecionadas). Comissão Interluterana de Literatura São Leopoldo.
MANKIW, N. G.; ROMER, D.; WEIL, D. A contribution to the empirics of economic growth. The
Quarterly Journal of Economics, [s.l.], v.107, n. 2, p.407- 437, 1992.
MARIANO, R. Mudanças no campo religioso brasileiro no Censo 2010. Debates do NER (UFRGS.
Impresso), v. 14, p. 119-137, 2013.
NERI, M. C.; MELO, L. C. C. Novo Mapa das Religiões. Horizonte. Revista de Estudos de Teologia
e Ciências da Religião (Online), v. 9, n. 23, p. 637-673, 2011. Disponível em: <http://periodicos.
pucminas.br/index.php/horizonte/article/view/P.2175-5841.2011v9n 23p637>. Acesso em 20 out. 2016.
OLSON, M. Jr. Big Bills Left on Sidewalk: Why Some Nations Are Rich, and Others Poor. Journal of
Economic Perspectives, [s.l.], v. 10, p.3–24, 1996.
REIS, E. et al. Áreas mínimas comparáveis para os períodos intercensitários de 1872 a 2000. In: I
Simpósio Brasileiro de Cartografia Histórica, 2011, Parati. I Simpósio Brasileiro de Cartografia
Histórica. Belo Horizonte: CRCH, 2011.
SACERDOTE, B.; GLAESER E. L. Education and Religion. National Bureau of Economic Research,
working paper no 8080, 2001.
SCHULTZ, T. W. Investment in Human Capital. The American Economic Review, [s.l.], v. 51, n. 1,
p.1–17, 1961.
SMITH, A. The theory of moral sentiments. [s.l.]: Penguin Classics, 2010. 544 p.
SMITH, A. An Inquiry into the Nature and Causes of the Wealth of Nations. New York: Metalibri, 2007.
754p.
SOLOW, R. M.A Contribution to the Theory of Economic Growth. Quarterly Journal of Economics,
v.70, p.65–94, 1956.
STARK, R. Religion and conformity: Reaffirming a sociology of religion. Sociological Analysis, [s.l.],
v. 45, n. 4, p. 273-282, 1984.
STARK, R.; GLOCK, C, Y. American piety: the nature of religious commitment. Los Angeles:
University of California Press, 1968. 230 p.
WEBER, M. (1904). A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo: Martin Claret, 2013.
238 p.
WOODBERRY, R. D. Religion and the Spread of Human Capital and Political Institutions. In
MCCLEARY, R. M. (Org). The Oxford Handbook of the Economics of Religion. New York: Oxford
University Press, 2011. 432 p.
RESUMO: Este estudo analisa a transmissão ABSTRACT: This study analyzes the
de preços no mercado do etanol em municípios transmission of market prices of ethanol in
paranaenses selecionados. A análise selected cities of Paraná. Disaggregated data on
desagregada em cidades e a relação dos cities and the relationship of adjustments in retail
ajustamentos de preços do etanol no varejo prices of ethanol due to variation in wholesale
(postos) em decorrência de variação de preços prices. The objective of this paper was to analyze
por atacado (distribuidor). Assim, o objetivo the dynamics of prices between distributors and
geral deste trabalho foi analisar a dinâmica gas stations in Parana, using monthly data for 31
de preços entre distribuidoras e postos de cities, for the period 2004 to 2011. Was used for
combustíveis no Paraná, utilizando dados this purpose the methodology of cointegration
mensais para 31 cidades do Estado, referentes with threshold adjustment. It was concluded that
ao período entre maio de 2004 e dezembro de there is statistical evidence of cointegration of
2011. Utilizou-se para tal objetivo a metodologia the series of ethanol prices in the wholesale and
de cointegração com ajustamento threshold. retail for all cities with respect to the TAR model,
Concluiu-se que há evidências estatísticas de except the cities of Cascavel and Arapongas.
cointegração das séries de preços do etanol no All cities submitted to the cointegration model
atacado e no varejo para todos os municípios MTAR except Cascavel. It was also evidence of
com relação ao modelo TAR, exceto os the presence of asymmetry in price transmission
municípios de Arapongas e Cascavel. Todos os from wholesale to retail in Almirante Tamandaré,
municípios apresentaram cointegração para o Assis Chateaubriand, Campo Largo and Pinhais
modelo MTAR, exceto Cascavel. Constatou-se the TAR model, while no asymmetry introduced
1 | INTRODUÇÃO
2 | REVISÃO DE LITERATURA
(4)
(5)
e τ é o valor limiar (threshold).
Conforme Campenhout (2007), a estimação de modelo auto-regressivo com
threshold tem sido comumente utilizado em estudos de integração de mercados. De
acordo com Tsay (1998), os thresholds são funções dos custos de transação, taxa de
juros, risco econômico etc. Em Alves e Lima (2010), os thresholds representaram os
custos de transação entre as regiões produtoras de etanol do Brasil.
No que se refere a mercados integrados, o modelo TAR descreve o ajustamento
As Teorias Econômicas e a Economia Aplicada Capítulo 7 126
de diferenciais de preço entre dois mercados no tempo. Sendo que este processo
de ajustamento pode sofrer mudança caso o diferencial de preços esteja abaixo ou
acima do threshold (CAMPENHOUT, 2007). Assim, os efeitos threshold em séries não
estacionárias de preços pressupõem que existe uma relação não-linear de equilíbrio
de longo prazo entre os preços.
Para a identificação do modelo é necessário que os resíduos das equações (2)
e (3), e , sejam não correlacionados. Para isto, foram realizados testes de correlação
para cada um dos modelos. Os que apresentaram correlação serial nos resíduos
foram ajustados por meio de defasagens da variável dependente, sendo que foram
utilizados os critérios AIC e BIC para a identificação do número de defasagens.
Havendo conflito entre os critérios AIC e BIC, a escolha foi pelo modelo com menor
número de defasagens.
Depois de identificado o modelo mais adequado, os testes estatísticos de
cointegração para os modelos TAR e MTAR consistem em testar a hipótese nula: P1 =
P2 = 0. Os valores críticos padrão para as estatísticas t e F para testar a hipótese nula (
P1 = P2 = 0) não se aplicam adequadamente nos modelos TAR e MTAR. Para aumentar
o poder dos testes, Enders e Siklos (2001) propõem a construção de valores críticos
para ambos os testes, em um contexto multivariado que, segundo os autores, aumenta
o poder dos testes e os tornam tão eficazes quanto os testes padrões de cointegração.
Os autores destacam, no entanto, que, mesmo em um contexto multivariado, o teste
t ainda é um teste fraco nos modelos assimétricos de cointegração, dando destaque
a um maior poder relativo do teste F, onde suas hipóteses devem ser tomadas
prioritariamente em relação ao teste t. Por esta razão, optou-se apenas pelo uso do
teste F para análise de cointegração.
Município
Almirante Tamandaré
Apucarana Colombo Paranaguá
Arapongas Cornélio Procópio Paranavaí
Araucária Curitiba Pato Branco
Assis Chateaubriand Foz do Iguaçu Pinhais
Cambe Francisco Beltrão Ponta Grossa
Campo Largo Guarapuava Santo Antonio da Platina
Campo Mourão Laranjeiras do Sul São Jose dos Pinhais
Cascavel Londrina Toledo
Castro Marechal Candido Rondon Umuarama
Cianorte Maringá União da Vitoria
Quadro 1. Relação de municípios analisados
Fonte: elaboração própria.
Nota-se que utilizando o modelo MTAR para esta amostra, apenas o município de
Cascavel não cointegra e com relação ao modelo TAR apenas Arapongas e Cascavel
não cointegram. Depois de proceder o teste de cointegração, o passo seguinte
constitui em testar, apenas para os municípios que cointegram, a assimetria através
dos modelos TAR e MTAR. O teste de assimetria, cuja hipótese nula é P1 = P2.
Este resultado mostra a relação dos municípios que aparentam não possuir falhas
de mercado na formação de seus preços para o etanol. Pois o ajuste de preços entre
a distribuidora e o posto é simétrico. A grande maioria dos municípios apresentaram
simetria em seus preços para ambos os modelos, ECM TAR e ECM MTAR, o que
reforça a evidência de concorrência na formação de preços do etanol para estas
cidades.
CAMPENHOUT, B.V. Modelling trends in food market integration: method and an application to
Tanzanian maize markets. Food Policy, v. 32, p. 112-127, 2007.
ELLIOTT, G., ROTHENBERG, T. J.; STOCK, J. H. Efficient tests for an autoregressive unit root.
Econometrica, Princeton, v. 64, n. 4, p. 813–836, 1996. Disponível em http://www.econ.upf.
edu/~mayoral/timeseries_bgse11/elliotetal.pdf. Acesso em: 31/01/2012
ENDERS, W.; SIKLOS, P. Cointegration and Threshold Adjustment. Journal of Business and
Economic Statistics, Carolina do Norte, v. 19, n. 2, p. 166-176, 2001. Disponível em http://www.jstor.
org/stable/10.2307/1392161. Acesso em: 31/01/2012
FORNAZIER, Armando et al. A estrutura do mercado de etanol combustível no estado de São Paulo.
In: Sociedade Brasileira De Economia, Administração E Sociologia Rural, 47., 2009, Porto legre.
Anais... Porto Alegre: SOBER, 2009. p. 1 - 11.
GUJARATI, Damodar N.. Econometria Básica. 4. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2006.
LOPES, Maíra Bacha; SILVA, Andrea Lago da; CONEJERO, Marco Antonio. Fluxos e poder nos
canais de distribuição de etanol carburante: um estudo qualitativo no estado de São Paulo. Revista
de Administração da USP, São Paulo, v. 45, n. 4, p.356-372, dez. 2010.
MATTOS, Rogerio et al. Transmissão assimétrica de preços: o caso do mercado de gasolina a varejo
nos municípios do brasil. In: Encontro Nacional De Economia, Foz do Iguaçu. Anais... (ANPEC),
2011, Foz do Iguaçú. P. 1 - 20.
NUNES, C.; GOMES, C. Aspectos concorrenciais do varejo de combustíveis no Brasil. In: Encontro
Nacional de Economia (ANPEC), 33., 2005, Natal. Anais... Natal: ANPEC, 2005. 19 p. Disponível em
http://www.anpec.org.br/encontro2005/artigos/A05A108.pdf>. Acesso em: 18/12/2011
RAPSOMANIKIS, G.; KARFAKIS, P. Margins across time and space: threshold cointegration and
spatial pricing applications to commodity markets in Tanzania. In: The Workshop On Staple Food
Trade And Market Policy Options For Promoting Development In Eastern And Southern Africa, 2007,
Roma. Anais... Roma: FAO, 2007. Disponível em < www.fao.org/es/esc/foodpriceswing/papers/
MarginsAcross.pdf>. Acesso em: 15/01/2012
TSAY, R. S. Testing and modeling multivariate threshold models. Journal of the American Statistical
Association, v. 93, p. 1188–1202, 1998.
WANE, A.; GILBERT, S.; DIBOOGLU, S. Critical values of the empirical F distribution for threshold
autoregressive and momentum threshold models. OpenSIUC, Department of Economics Southern
Illinois University, Illinois, n. 13 (discussion papers), 2004. 18 p. Disponível em <http://opensiuc.lib.siu.
edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1022&context=econ_dp>. Acesso em: 30/01/2012
1 | INTRODUÇÃO
2 | REVISÃO DE LITERATURA
. (1)
De acordo com a análise fatorial, cada fator é constituído por uma combinação
linear das variáveis originais inseridas no estudo. A associação entre fatores e variáveis
se dá por meio das cargas fatoriais, os quais podem ser positivos ou negativos, mas
nunca superiores a um. Esses coeficientes de saturação têm função similar aos
coeficientes de regressão na análise de regressão (SIMPLICIO, 1985).
O coeficiente de saturação entre uma variável e um fator, elevado ao quadrado,
identifica a proporção da variância da variável explicada pelo fator. E o somatório
do quadrado dos coeficientes de saturação, para cada variável, é chamado
“comunalidade”, a qual informou a proporção da variância total de cada variável, que
é explicada pelo conjunto de fatores considerados na análise, ao passo que a soma
do quadrado dos coeficientes de saturação para cada fator denomina-se eigenvalue.
Ao dividir o eigenvalue pelo número de variáveis incluídas no estudo, obtém-se a
proporção explicada pelo referido fator ao problema estudado.
Para aplicação da análise fatorial, foram selecionadas variáveis “indicadoras da
agropecuária”. Neste sentido, esta técnica, faz a seleção das variáveis adequadas ao
fenômeno que se deseja estudar, pois uma vez a variável incluída na pesquisa, tem
KMO = (2)
∑∑r
i j
ij
2
+ ∑ ∑ aij2
i j
A análise permitiu criar um índice agregado para os municípios, com base nas
variáveis que mais contribuíram para a agropecuária. O Índice é obtido por meio da
seguinte formula 3:
p ⎡ λj ⎤
IM i = ∑⎢ ⎥Fij * (3)
j =1 ⎢
⎣ ∑ λ j ⎥
⎦
Em que:
IMi = Índice agropecuária do i-ésimo município;
j = é a j-ésima raiz característica;
p = é o numero de fatores extraídos na análise;
Fij* = é o j-ésimo escore fatorial do i-ésimo irrigante;
Slj = é o somatório das raízes características referentes aos p fatores extraídos;
A participação relativa do fator j na explicação da variância total captada pelos p
fatores extraídos e indicada por li / Sl j
Para tornar todos os valores dos escores fatoriais (Fij), superiores ou iguais
a zero, todos eles são colocados no primeiro quadrante (LEMOS, 2001), antes da
construção do ITIi, utilizando-se a expressão algébrica 4 a seguir:
F ji − F jmin
F
*
= (4)
ji
F jmax − F jmin
Onde:
Fjmin é o menor escore observado para o j-ésimo fator, e Fjmax é o maior escore
observado para o j-ésimo fator.
Com os índices parciais calculados realizou-se a padronização dos mesmos de
modo a enquadrá-los no intervalo de zero a um.
Em que:
Xi = i-ésima variável (i=1, ...,p);
l e k representam os municípios.
Como se trata de uma medida de dissimilaridade, quanto menor os seus valores,
mais similares serão os indivíduos que estão sendo comparados. Na formação dos
clusters esse cálculo é feito para todas as combinações possíveis entre os indivíduos,
e em seguida entre grupos.
A análise de agrupamento apresenta fortes propriedades matemáticas, mas
sem fundamentação estatística, Assim, as exigências de normalidade, linearidade e
homocedasticidade têm pouca importância neste procedimento. A importância recai
sobre a representatividade da amostra e a multicolinearidade.
Para Hair Jr. et al. (2005) e Fávero et al. (2009) os principais procedimentos
aglomerativos ou construtivos após a formação do primeiro cluster para definição de
como a distância entre dois clusters foram computadas pelo Método do Centroide.
Quanto ao procedimento, foi usado o não hierárquicos de agrupamento ou
K-média, indicado para amostras maiores que 50, partindo do princípio de que o
pesquisador escolhe o número de clusters desejado, e segundo Fávero et al. (2009)
as abordagens adotadas nesse método são: Método de referência sequencial, Método
de referência paralela e Procedimento de otimização.
No Método do k-Médias, primeiramente, foram escolhidos os k centroides
(sementes), para se inicializar o processo de partição; no segundo momento,
comparar-se-á cada elemento da amostra com cada centroide inicial através de uma
medida de distância; posteriormente, foram calculados os valores dos centroides para
cada novo grupo formado, comparando-se novamente cada elemento com cada novo
centroide formado por estes novos grupos; e em seguida, os dois passos anteriores
serão repetidos até que todos os elementos amostrais estejam bem alocados em seus
grupos.
Initial Extraction
Zscore: Variável 1 1,000 ,968
Zscore: Variável 2 1,000 ,663
Zscore: Variável 3 1,000 ,773
Zscore: Variável 4 1,000 ,773
Zscore: Variável 5 1,000 ,676
Zscore: Variável 6 1,000 ,522
Zscore: Variável 7 1,000 ,822
Zscore: Variável 8 1,000 ,417
Zscore: Variável 9 1,000 ,665
Zscore: Variável 10 1,000 ,680
Zscore: Variável 11 1,000 ,765
Zscore: Variável 12 1,000 ,945
Zscore: Variável 13 1,000 ,952
Zscore: Variável 14 1,000 ,465
Zscore: Variável 15 1,000 ,797
Zscore: Variável 16 1,000 ,863
Zscore: Variável 17 1,000 ,907
Zscore: Variável 18 1,000 ,761
Zscore: Variável 19 1,000 ,796
Zscore: Variável 20 1,000 ,954
Zscore: Variável 21 1,000 ,956
Zscore: Variável 22 1,000 ,567
Componentes
1 2 3 4 5 6 7 8
Zscore: Variável
,916 -,334 -,056 -,092 -,026 -,024 -,033 ,057
1
Zscore: Variável
,347 ,008 -,205 ,062 ,277 -,442 ,428 -,204
2
Zscore: Variável
-,136 -,139 ,343 -,422 ,608 ,044 -,254 -,054
3
Zscore: Variável
,052 ,004 ,369 -,491 ,607 -,129 -,010 -,089
4
Zscore: Variável
,314 ,358 -,387 ,407 ,249 ,114 -,198 -,141
5
Zscore: Variável
,261 ,195 -,220 ,349 ,170 ,222 ,214 -,348
6
Zscore: Variável
,313 ,572 -,235 ,458 ,199 -,193 -,222 ,072
7
Zscore: Variável
,174 ,153 -,140 -,009 ,182 ,358 ,399 -,151
8
Zscore: Variável
,168 ,414 ,331 ,148 ,189 -,112 ,526 ,100
9
Zscore: Variável
,061 -,005 -,037 ,084 ,280 ,538 -,057 ,545
10
Zscore: Variável
,713 -,042 -,407 -,268 -,078 ,065 -,058 ,060
11
Zscore: Variável
,804 -,136 -,392 -,349 ,000 -,035 -,003 ,068
12
Zscore: Variável
,570 -,458 ,500 ,401 -,033 -,034 -,040 -,047
13
Zscore: Variável
-,050 -,233 -,068 ,314 ,235 ,451 ,117 ,182
14
Zscore: Variável
,272 ,641 ,109 ,207 ,115 -,309 -,262 ,283
15
Zscore: Variável
,406 ,709 ,347 -,115 -,118 -,072 -,112 ,175
16
Zscore: Variável
,377 ,519 ,424 -,324 -,261 ,330 ,042 -,180
17
Zscore: Variável
,333 ,545 ,249 -,140 -,143 ,346 -,127 -,337
18
Zscore: Variável
,661 -,359 ,433 ,201 ,007 ,018 -,035 -,027
19
Zscore: Variável
,806 -,144 -,386 -,357 -,003 -,017 -,012 ,084
20
Tabela de frequência
Grupos Índices Frequência Ab. Frequência Rel. (%)
Baixo 0,2995|----0,3475 907 79,91
Médio 0,3477|----0,4238 216 19,03
Alto 0,4284|----0,6244 12 1,05
TOTAL 1.135 100
Tabela 6 - Frequência absoluta e relativa dos municípios do semiárido brasileiro.
Fonte: Dados da pesquisa, 2013.
5 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Censo Agropecuário, 1996 e 2006.
Disponível em:<www.ibge.gov.br>, acessado em 15-04-2015 às 15:28h.
BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Censo populacional, 2010. Disponível
em:<www.ibge.gov.br>, acessado em 20-09-2015 às 15:28h.
HAIR JR., J. F.; ANDERSON, R. E.; TATHAM, R. L.; BLACK, W. C. Análise multivariada de dados.
Porto Alegre: Bookman, 2005. 5ª ed. p.89-126; 380- 419.
MAROCO, J. Análise estatística com utilização do SPSS. 2ª edição. Lisboa: Edições Silabo, 2003.
REIS, M. C. P. Fatores representativos das contas nacionais: uma análise trimestral para os
anos de 2010 a 2015. Picos-PI. 2016. 41 p. Monografia (Graduação) – Instituto de Educação Superior
Raimundo Sá, 2016.
SOUZA, Nali de Jesus. Curso de Economia. 2 ed., São Paulo : Atlas, 2003.
AS MICRORREGIÕES
DE CHAPECÓ, CONCÓRDIA E XANXERÊ E SUA
RELAÇÃO COM O DESENVOLVIMENTO RURAL
O RURAL E O DESENVOLVIMENTO
METODOLOGIA
(1)
(2)
O índice de desenvolvimento rural foi calculado com base em dados dos anos
2006, 2009 e 2010, tendo como unidade de análise 70 municípios de três microrregiões
que fazem parte da mesorregião Oeste Catarinense do estado de Santa Catarina.
Após a rotação ortogonal, a partir das variáveis utilizadas, foi possível extrair cinco
fatores com raiz característica maior que um, por meio do método dos componentes
principais. A contribuição destes fatores para explicar a variância total é significativa,
uma vez que a contribuição acumulada é de 78,474% (HAIR et al., 2009) conforme
Tabela 1.
Cargas Fatoriais
Variáveis Comunalidades
F1 F2 F3 F4 F5
X1 , 315 -, 236 , 241 , 006 , 583 , 553
X2 , 217 -, 119 , 206 -, 020 -, 756 , 675
X3 -, 058 -, 004 , 465 -, 679 , 120 , 695
X4 , 867 , 071 -, 286 -, 195 , 083 , 884
X5 , 786 , 311 -, 193 , 171 -, 015 , 782
X6 -, 393 -, 285 , 798 , 166 -, 018 , 901
X7 -, 082 -, 070 -, 729 , 477 , 088 , 778
X8 , 872 , 171 -, 063 -, 040 -, 058 , 799
X9 , 235 , 836 -, 225 , 254 -, 107 , 881
X10 , 882 , 303 -, 079 , 040 -, 018 , 878
X11 , 181 , 898 -, 197 -, 112 , 081 , 897
X12 , 072 , 140 -, 012 , 748 , 279 , 662
MICRORREGIÃO
GDRU TOTAL
CHAPECÓ CONCÓRDIA XANXERÊ
EA 1 1 1 3
MA 2 -- -- 2
A 5 1 1 7
MD 7 5 4 16
B 13 7 6 26
MB 9 1 5 15
EB 1 -- -- 1
TOTAL 38 15 17 70
Tabela 5 – Distribuição da produção de leite, aves, bovinos e suínos segundo a Microrregião de Chapecó
Fonte: CEPA, 2012 e 2013.
Porcentagem em
Cultura/ Área plantada ou Rendimento
Produção (t) relação à produção
produção colhida (ha) Médio (kg/ha)
estadual
Milho 44.800 250.100 5.583 6,84%
Uva 319 2.459 7.708 3,71%
Mandioca 689 15.058 21.855 2,79%
Trigo 1.181 2.079 1.760 0,85%
Feijão 1.092 1.381 1.265 0,81%
Fumo 398 660 1.658 0,27%
Rebanho
Efetivo Porcentagem Efetivo Porcentagem Porcentagem Porcentagem
Produção de de
de suínos em relação de aves em relação em relação em relação
leite (2009) bovinos
(cabeça) ao efetivo (cabeça) ao efetivo a produção a produção
(litros) (cabeça)
(2010) estadual (2010) estadual estadual estadual
(2010)
1.990.000 25,45% 24.800.000 14,26% 239.810.000 10,72% 247.000 6,19%
Tabela 7 - Distribuição da produção de leite, aves, bovinos e suínos segundo a Microrregião de Concórdia
Fonte: CEPA, 2012 e 2013.
Porcentagem em
Cultura/ Área plantada ou Rendimento
Produção (t) relação a produção
produção colhida (ha) Médio (kg/ha)
estadual
Soja 127.000 418.000 3.291 30,33%
Trigo 22.330 65.408 2.929 26,85%
Feijão 12.482 22.499 1.803 13,28%
Milho 39.300 308.400 7.847 8,44%
Uva 248 2.085 8.407 3,15%
Mandioca 536 8.985 16.763 1,66%
Fumo 1.657 3.204 1.934 1,30%
Tabela 9 - Distribuição da produção de leite, aves, bovinos e suínos segundo a Microrregião de Xanxerê
Fonte: CEPA, 2012 e2013.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
FÁVERO, Luis Paulo et al. Análise de dados: modelagem multivariada para tomada de decisões. Rio
de Janeiro: Elsevier, 2009.
FILHO, A.Goularti. A estrada Dona Francisca na formação econômica de Santa Catarina. Hist. R.,
Goiânia, vol 19, n. 1, jan./abr. 2014, p. 171-196.
HAIR, Josephet al. Análise multivariada de dados. 6 ed. Porto Alegre: Bookman, 2009.
HIRSCHMAN, Albert Otto. The strategy of economic development. New Haven: Yale University
Press, 1958.
LINS, Hoyêdo Nunes. A questão regional na aurora do século XXI: os desafios da globalização.
Ensaios FEE.vol. 22, n. 2, Porto Alegre, 2001, p. 78-101.
MALHOTRA, Naresh. Pesquisa de marketing: uma orientação aplicada. 4. ed. Porto Alegre:
Bookman, 2006.
MATTEI, Lauro Francisco. O comportamento do emprego rural no Estado de Santa Catarina nos Anos
Recentes. In.:Atualidade Econômica, ano 12, n. 38, jul./dez., 2000.
MELO, Carmem Ozana. PARRÉ, José Luiz. Índice de desenvolvimento rural dos municípios
paranaenses: determinantes e hierarquização. Revista de Economia e Sociologia Rural. Rio de
Janeiro, vol 45, n. 2, abr/jun 2007, p. 329-265.
MIRANDA, Claudio Rocha; SUZIN, Aissara; MONTECELLI, Cícero Juliano; PICCININ, Idair. A gestão
dos dejetos da suinocultura na área do entorno do Parque Estadual Fritz Plaumann, Concórdia, SC.
III Simpósio Internacional sobre Gerenciamento de Resíduos Agropecuários e Agroindustriais.
São Pedro – SP, 12 a 14 mar., 2013.
PONTE, Karina Furini. (Re) Pensando o conceito do rural. Revista Negra. Presidente Prudente, ano
7, n. 4, jan/jul 2004, p. 20-28.
SCHRÖDER, Ferdinand. A imigração alemã para o sul do Brasil. 2 ed. São Leopoldo/Porto Alegre:
Unisinos/Edipucrs, 2004.
TOMIELLO, Naira; KRISCHKE, Paulo; MIOR, Luiz Carlos. A vertente ambiental do programa de
competitividade familiar catarinense na perspectiva de governança. VI Encontro Nacional da
Anppas, Belém, 2012.
VALENTINI, Delmir José. Atividades da Brazil Railway Company no sul do Brasil: A instalação
da Lumber e a guerra na região do contestado (1906 – 1916). 301 f. Tese (Doutorado em História),
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2009).
VAN DEPOELE, Laurent. The European Modelo of Agriculture (EMA): multifunctional agriculture and
multisectoral rural development. In: International Conference European Rural Policy at the Crossroads,
2000. Aberdeen. Conference Papers. Aberdeen, 2000.
WANDERLEY, Maria de Nazareth. A ruralidade no Brasil moderno. Por um pacto social pelo
desenvolvimento rural. Red de Nibliotecas Virtuales de Ciencias Sociales de América Latina y El
Caribe de CLACSO, 2001.
ZOLDAN, Paulo; CAPELLINI, Carlos. Museu do agricultor de Santa Catarina: estudo para
implantação. Florianópolis: Instituto Cepa, 2004.
1 | INTRODUÇÃO
2 | REVISÃO DE LITERATURA
Gráfico 1 - Distribuição por aplicação dos dez mercados líderes de coletores fechados até 2010
Fonte: DASOL - ABRAVA, 2013.
De acordo com Rüther e Ricardo (2004), por serem conectados à rede elétrica
pública, estas instalações dispensam os sistemas acumuladores de energia (bancos
de baterias) normalmente utilizados em instalações solares fotovoltaicas do tipo isolada
ou autônoma conforme a figura 2, reduzindo assim consideravelmente o custo total da
instalação (da ordem de 30% do custo total do sistema para sistemas com acumulação
e dispensando a manutenção e reposição requeridas por um banco de baterias. Além
disto, por poderem contar com a rede elétrica pública como backup quando a demanda
excede a geração, não há a necessidade de super dimensionamento do sistema para
atendimento da demanda energética sob períodos prolongados de baixa incidência
solar, como é o caso em sistemas isolados ou autônomos.
3 | MÉTODOS
4 | RESULTADOS E DISCUSSÕES
Quantidade Equipamento
4 Chuveiro
2 Secador de cabelo
1 Aparelho de barbear
4 Televisor
1 Vídeo game
3 Telefone celular
31 Lâmpadas
2 Geladeiras
1 Maquina de lavar roupa
3 Computadores
1 Motor elétrico piscina
1 Portão eletrônico
1 Ferro de passar roupa
1 Centrifuga de roupa
2 Ar condicionado
Tabela 5 - Fluxo de caixa – TIR – VPL – Payback do sistema de energia solar fotovoltaica
Fonte: Resultados da pesquisa, 2016.
Tabela 7 - Fluxo de caixa – TIR – VPL – Payback do sistema de aquecimento solar de água
Fonte: Resultados da pesquisa, 2016.
Tipo de Redução
Investimento Payback
sistema consumo
Sistema de energia solar fotovoltaica R$ 21.931,00 100% 9,2 anos
Sistema de aquecimento solar de água R$ 6.194,00 30% 8,7 anos
Tipo de
Investimento VPL TIR
sistema
Sistema de energia solar fotovoltaica R$ 21.931,00 5.986,94 9,89%
Sistema de aquecimento solar de água R$ 6.194,00 2.181,38 10,70%
5 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ANEEL- Agencia Nacional de Energia Elétrica (2014). Micro e miniregião distribuída: sistema de
compensação de energia elétrica.
Balanço Energético Nacional (2015). Ano base 2014 / Empresa de Pesquisa Energética.
Ministério de Minas e Energia. Plano Nacional de Energia 2030; colaboração Empresa de Pesquisa
Energética. Brasília: MME: EPE, 2007.
WWF (2015). Fundo mundial para a natureza. desafios e oportunidades para a energia solar
fotovoltaica no Brasil. Editora Brasília.
1 | INTRODUÇÃO
2 | OBJETIVO
3 | METODOLOGIA
SICSÚ (2015, p. 2-3) destaca ser importante garantir maior apropriação de êxitos
dos avanços científicos e tecnológicos que permitam a Inovação. O propósito é garantir
a expansão de investimentos para condições mais propícias ao desenvolvimento. Ao
citar Schumpeter (1982), pontua o empresário inovador, o qual apresenta produtos, em
particular inovações tecnológicas, com foco em lucros extraordinários. Este agente, por
novas combinações, inova acerca de bens, métodos de produção e em transportes.
Cria mercados, bem como fontes de matéria-prima e formas de organizar a produção.
Deste modo, o empresário inovador corre riscos e promove a destruição criativa
– Schumpeter (1984) conforme Sicsú (2015, p. 5). Assim, para que o sistema evolua é
necessário o sucateamento de processos de produção, ao longo do tempo, para que
espaços para hábitos novos de consumo sejam promovidos. A dinâmica representa
o fundamental impulso que inicia e mantém a engrenagem do Capitalismo – busca
pelo novo. Variáveis como cultura inovadora, perfil inovador na classe empresarial e
mecanismos de financiamento e crédito, dentre outros aspectos, são fundamentais
para inserção e constância do processo inovador – para a Inovação.
Neste contexto, processo de inovação na organização, conforme Tidd e
Bessant (2015, p. 55), observa quatro dimensões: a busca pela qual se analisa o
cenário interno e externo de ameaças e de oportunidades de mudança. A seleção a
partir da qual se decide, via estratégia empresarial, qual dos sinais identificados, na
análise de cenários, será trabalhado. A implementação, que diz respeito ao potencial
da ideia inicial assumir algo novo: que será lançado no mercado interno ou externo
(demanda conhecimentos) mediante realização de projetos a partir de condições de
imprevisibilidade e da capacidade de resolução de problemas. A captura de valor por
Tabela 1.1.24 – Empresas, total e as que não implementaram produto ou processo e sem projetos,
com indicação das inovações organizacionais e de marketing implementadas, segundo as atividades
selecionadas da indústria e dos serviços – Brasil – período 2006-2008.
Empresas
Que não implementaram produto ou processo e sem projetos
Atividades T Inovações de
selecionadas da o T Inovações organizacionais
marketing
indústria e dos t o
serviços. a t Técnicas
Conceitos / Estética,
a Técnicas Organização Relações Estratégias Desenho
l de Gestão.
de Gestão
do Trabalho. Externas. de ou outras
l Ambiental.
Marketing. mudanças.
Fabricação
de coque,
de produtos
286 146 48 47 37 31 24 9
derivados do
petróleo e de
biocombustíveis.
Fabricação
de coque e
204 106 35 36 24 10 11 7
biocombustíveis
(álcool e outros).
Refino de
82 41 13 11 12 20 13 2
petróleo.
Tabela 1 – elaborada pelo Autor / Fonte: Pesquisa de Inovação Tecnológica 2008. p. 130-131.
Fabricação
de coque,
de produtos
286 131 72 73 69 16 41 44
derivados do
petróleo e de
biocombustíveis.
Fabricação
de coque e
204 94 51 57 47 10 23 30
biocombustíveis
(álcool e outros).
Refino de
82 37 21 16 22 6 19 13
petróleo.
Tabela 2 – elaborada pelo Autor / Fonte: Pesquisa de Inovação Tecnológica 2008. p. 132-133
.
A Tabela 2 destaca, nas Inovações Organizacionais, período 2006-2008, que
de 286 empresas de fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de
combustíveis, 45.80% (131) implementaram inovações. Inovações de Técnicas de
Gestão Ambiental foram feitas por até 73 das empresas.
Relacionado à fabricação de coque e biocombustíveis (álcool e outros) há o
seguinte: de 204 empresas, 94 (46.08%) implementaram inovações. No que concerne
às Técnicas de Gestão Ambiental, inovações foram realizadas por até 57 das empresas.
No contexto do refino de petróleo, de 82 empresas, inovações ocorreram em 37
(45.12%). Assim, inovações de Técnicas de Gestão Ambiental foram agenciadas por
até 16 das empresas.
Tabela 1.1.26 – Empresas, total e as que não implementaram inovações e com projetos, com
indicação das inovações organizacionais e de marketing implementadas, segundo as atividades
selecionadas da indústria e dos serviços – Brasil – período 2006-2008.
Empresas
Refino de
82 4 - 1 4 - 3 -
petróleo.
Tabela 3 – elaborada pelo Autor / Fonte: Pesquisa de Inovação Tecnológica 2008. p. 134-135.
Tabela 1.1.22 – Empresas, total e as que não implementaram produto ou processo e sem projetos,
com indicação das inovações organizacionais e de marketing implementadas, segundo as atividades
da indústria, do setor de eletricidade e gás e dos serviços selecionados – Brasil – período 2009-2011.
Empresas
Atividades Que não implementaram produto ou processo e sem projetos
da indústria, T Inovações de
do setor de o T Inovações organizacionais
eletricidade e gás marketing
t o
e dos serviços Conceitos / Estética,
a t Técnicas Técnicas
Organização Relações Estratégias Desenho
selecionados. a de de Gestão
l Gestão. Ambiental.
do Trabalho. Externas. de ou outras
l Marketing. mudanças.
Fabricação
de coque,
de produtos
296 160 61 64 44 26 15 6
derivados do
petróleo e de
biocombustíveis.
Fabricação
de coque e
216 125 47 47 36 20 4 2
biocombustíveis
(álcool e outros).
Refino de
80 36 14 17 8 7 10 3
petróleo.
Tabela 1.1.23 – Empresas, total e as que implementaram inovações, com indicação das inovações
organizacionais e de marketing implementadas, segundo as atividades da indústria, do setor de
eletricidade e gás e dos serviços selecionados – Brasil – período 2009-2011.
Empresas
Atividades Que implementaram inovações
da indústria, T Inovações de
do setor de o T Inovações organizacionais
marketing
eletricidade e gás t o
e dos serviços Conceitos / Estética,
a t Técnicas Técnicas
Organização Relações Estratégias Desenho
selecionados. a de de Gestão
l Gestão. Ambiental.
do Trabalho. Externas. de ou outras
l Marketing. mudanças.
Fabricação
de coque,
de produtos
296 113 92 76 63 39 19 24
derivados do
petróleo e de
biocombustíveis.
Fabricação
de coque e
216 69 60 52 48 16 4 4
biocombustíveis
(álcool e outros).
Refino de
80 43 31 24 16 23 14 20
petróleo.
Tabela 1.1.24 – Empresas, total e as que não implementaram inovações e com projetos, com
indicação das inovações organizacionais e de marketing implementadas, segundo as atividades da
indústria, do setor de eletricidade e gás e dos serviços selecionados – Brasil – período 2009-2011.
Empresas
Atividades da
Que implementaram inovações
indústria, do setor T Inovações de
de eletricidade e o T Inovações organizacionais
marketing
gás e dos serviços t o
t Conceitos / Estética,
selecionados. a Técnicas Técnicas
Organização Relações Estratégias Desenho
l a de de Gestão
do Trabalho. Externas. de ou outras
l Gestão. Ambiental.
Marketing. mudanças.
Fabricação
de coque,
de produtos
296 23 6 11 3 - 3 1
derivados do
petróleo e de
biocombustíveis.
Fabricação
de coque e
216 22 5 10 3 - 2 1
biocombustíveis
(álcool e outros).
Refino de
80 1 1 1 - - 1 -
petróleo.
11 | CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Edmar Fagundes de. Desafios para o Brasil no novo cenário do mercado internacional
do petróleo. Boletim Infopetro. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro. Instituto de
Economia – novembro/dezembro de 2015 – ano 15 – n. 5 – p. 3-7 ISSN 1679-1355 Disponível em
https://infopetro.files.wordpress.com/2016/01/infopetro11122015.pdf Acesso 10 junho 2016.
FERNANDES, Bruno Rocha. Gestão estratégica de pessoas: com foco em competências. – 1ed.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. 254p.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Acordo de Paris. ONU, 2015. Tradução do Centro de
Informações das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio). 42p. Disponível em https://nacoesunidas.
org/acordodeparis/ Acesso 22 junho 2016.
PELLEGRIN, Ivan de; ANTUNES JÚNIOR, José Antonio Valle. Inovação: uma discussão conceitual
a partir da perspectiva da cadeia de valor. In: PROENÇA, Adriano; LACERDA, Daniel Pacheco;
ANTUNES JÚNIOR, José Antonio Valle; TÁVORA JUNIOR, José Lamartine; SALERNO, Mario Sergio
(Org.). Gestão da inovação e competitividade no Brasil: da teoria para a prática. Porto Alegre:
Bookman, 2015. 243p.
PETROBRAS. Relatório de gestão 2014. Brasília: Ministério de Minas e Energia, 2015. 440p.
Disponível em http://sites.petrobras.com.br/downloads/about-us/profile/transparency/doc/AUDITORIA/
relatorio-gestao-petrobras-2014.pdf Acesso 16 junho 2016.
QUEIROZ, Juliana. A revolução energética dos Estados Unidos e suas consequências para a
geopolítica do petróleo no Oriente Médio. Boletim Infopetro. Rio de Janeiro: Universidade Federal
do Rio de Janeiro. Instituto de Economia – setembro/outubro de 2014 – ano 14 – n. 4 – p. 49-50
ISSN 1679-1355 Disponível em https://infopetro.files.wordpress.com/2014/10/infopetro09102014.pdf
Acesso 9 junho 2016.
SERRA, Fernando Ribeiro; FERREIRA, Manuel Portugal; TORRES, Alexandre Pavan; TORRES,
Maria Candida. Gestão estratégica: conceitos e casos. São Paulo: Atlas, 2014. 388p.
SCHUMPETER, J. A. Capitalismo, socialismo e democracia. Rio de Janeiro: Zahar, 1984. In: SICSÚ,
Abraham Benzaquen. Desenvolvimento e padrões de financiamento da inovação no Brasil: mudanças
necessárias. In: PROENÇA, Adriano; LACERDA, Daniel Pacheco; ANTUNES JÚNIOR, José Antonio
Valle; TÁVORA JUNIOR, José Lamartine; SALERNO, Mario Sergio (Org.). Gestão da inovação e
competitividade no Brasil: da teoria para a prática. Porto Alegre: Bookman, 2015. 243p.
SCHUMPETER, J. A. Capitalismo, socialismo e democracia. São Paulo: Ed. Abril, 1982. In: SICSÚ,
Abraham Benzaquen. Teoria do desenvolvimento econômico. In: PROENÇA, Adriano; LACERDA,
Daniel Pacheco; ANTUNES JÚNIOR, José Antonio Valle; TÁVORA JUNIOR, José Lamartine;
SALERNO, Mario Sergio (Org.). Gestão da inovação e competitividade no Brasil: da teoria para a
prática. Porto Alegre: Bookman, 2015. 243p.
TIDD, Joe; BESSANT, John. Gestão da inovação. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2015. 633p.
TIGRE, Paulo Bastos. Gestão da inovação: a economia da tecnologia no Brasil. 2. ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2014. 275p.
1 | INTRODUÇÃO
DA SILVA, Ubirajara Patrício Álvares. Reflexões sobre a lei 9.433/97 e sua efetividade. In: XII
SIMPÓSIO DE RECURSOS HÍDRICOS DO NORDESTE – ISSN 2359 – 1900. Associação
Brasileira de Recursos Hídricos (ABRH). Natal – RN, 2014. Disponível em: <http://www.
abrh.org.br/xiisrhn/apresentacoes/mr1_ubirajara.pdf>. Acesso em: 30 jun. 2015.
SANTOS, Ivanna Pequeno dos. A evolução do regime jurídico das águas doces no
Brasil e no Ceará: análise do caso da fonte Batateira no Cariri-CE. Dissertação (Mestrado
em Direito Constitucional). UNIFOR, 2014.
VIEGAS, Eduardo Coral. Visão Jurídica da Água. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2005.
2 | REFERENCIAL TEÓRICO
(1)
Onde:
pr é a probabilidade que o indivíduo atribui a sua captura e condenação;
li é o ganho monetário com o crime em questão;
ci é o custo de planejamento e execução do crime;
3 | METODOLOGIA
Variável Descrição
Lntxroubo log da taxa de roubo para cada 100000 habitantes
Lntxfurto log da taxa de furto para cada 100000 habitantes
Lntxhomicidio log da taxa de homicídio para cada 100000 habitantes
Lntxurbanizacao log da taxa de urbanização
Lndensidade log da taxa de densidade populacional por km²
Lnprpsup log da proporção de pessoas com superior completo
Lnfrqcr log da proporção de pessoas que frequentaram creche
lncrsf2000 log da proporção de residências com crianças onde nenhum dos
moradores tinham ensino fundamental completo em 2000
Lnpibpc log do PIB per capita
lnre20pobre log da renda per capita dos 20% mais pobres
lnren10rico log da renda per capita dos 10% mais ricos
Lntxanalf log da taxa de analfabetismo
lnIGini log do Índice de Gini
lnmcf2010 log da proporção de lares onde mulheres são chefes de família
Fonte: elaborado pelos autores com base nos dados do Censo 2010 e SSP/RS.
(2)
Onde:
n representa o número de regiões;
wij representa os elementos da matriz de pesos espaciais e;
xi e xj são os valores da variável analisada em desvios da média.
Normalmente os resultados do I de Moran são muito influenciados pela matriz
de pesos espaciais escolhidas. Oliveira e Marques Junior (2009) argumentam que
a escolha deve ser sempre teórica. Neste trabalho, assim como Monasterio e Ávila
(2004), Ávila e Bangolin (2014), Oliveira e Marques Junior (2009) e Oliveira (2008),
Carrets, Oliveira e Menezes (2016), Farias, Leivas e Menezes (2016), será utilizada
a matriz Queen, onde são consideradas vizinhas todas as unidades que dividem
qualquer tipo de fronteira com a unidade analisada seja uma borda comum ou um nó
comum. A tabela 2 apresenta os resultados do I de Moran para as variáveis taxa de
homicídios, furtos e roubos, para ordens de contiguidade 1, 2 e 3.
4 | RESULTADOS
apesar de famílias monoparentais serem um fenômeno cada vez mais comum estas
em média representam um fator de risco mais do que um fator de proteção com
relação à criminalidade. Estas famílias quando chefiadas por mulheres possuem
vários problemas, que começam pela redução da renda familiar, pois há somente
uma fonte de renda, e vão até a problemas para a criação dos filhos. Uma vez que
a chefe de família é a responsável pelo sustento da residência, não é incomum a
criação dos indivíduos por irmãos mais velhos, por outros familiares e em casos
5 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, E. S. de. Econometria Espacial Aplicada. Campinas: Alínea, 2012.
ALMEIDA, E. S., HADDAD, E. A., & HEWINGS, G. J. D. The spatial pattern of crime in Minas
Gerais: An explanatory analysis. Economia Aplicada, 9(1):39–55, 2005
ANSELIN, L. Spatial Econometrics: methods and models. Boston: Kluwer Academic, 1988
ARAUJO JR, A.; FAJNZYLBER, P.. Violência e criminalidade. Texto de Discussão, n. 162, 2001.
ÁVILA, J.F. e BAGOLIN, I.P. Pobreza no Rio Grande do Sul: Uma análise exploratória da sua
distribuição espacial a partir de indicadores Multi e Unidimensionais. Revista Estudo & Debate,
Lajeado, v. 21, n. 2, p. 25-47, 2014.
BECKER, K. L.; KASSOUF, A. L. Violência nas escolas públicas brasileiras: uma análise da
relação entre o comportamento agressivo dos alunos e o ambiente escolar. Nova Economia, v.
26, n. 2, 2016.
BRUNET, J.; VIAPIANA, L.; BERTÊ, A. e BORGES, C.. Fatores preditivos da violência na Região
Metropolitana de Porto Alegre. Revista Brasileira de Segurança Pública, 2008
CARRETS F. D., OLIVEIRA J. de, MENEZES G. R. (2016) A criminalidade no Rio Grande do Sul:
Uma análise espacial para os anos de 2005, 2010 e 2015. Disponível em: http://conteudo.pucrs.br/
wp-content/uploads/sites/6/2016/03/63_JONATAS-DE-OLIVEIRA.pdf. Extraído em: 17 de fevereiro de
2017
ENTORF, H.; SPENGLER, H.. Socioeconomic and demographic factors of crime in Germany:
Evidence from panel data of the German states. International review of law and economics, v. 20,
n. 1, p. 75-106, 2000.
FARIAS H. N. de; LEIVAS P. H.; MENEZES G. R. (2016). Análise espacial da pobreza nos
municípios gaúchos. Disponível em: http://conteudo.pucrs.br/wp-content/uploads/sites/6/2016/03/63_
JONATAS-DE-OLIVEIRA.pdf. Acessado em: 17 de fevereiro de 2017
LEMOS, A. A. M.; SANTOS FILHO, E. P.; JORGE, M. A.. Um modelo para análise socioeconômica
da criminalidade no município de Aracaju. Estudos Econômicos (São Paulo), v. 35, n. 3, p. 569-
594, 2005.
MONASTÉRIO, L.; ÁVILA, R. “Uma Análise Espacial do Crescimento Econômico do Rio Grande
do Sul (1939-2001)” In: Anais do Encontro Nacional da Anpec, 2004
SHIKIDA, C. D.; DE ARAÚJO JR, A. F.; MURTA, S. R. Religião e criminalidade no Brasil: primeiras
evidências sob enfoque econômico. Textos de Economia, v. 11, n. 2, p. 90-107, 2009.
Alex Eugênio Altrão de Morais mainly of South American countries and others
Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP on development to control social privations.
Mariana – Minas Gerais The intention is to analyze the population data
of elevations or falls in poverty situation and
to guide the way that economic and politic
RESUMO: O artigo pretende analisar a situação problems impacts on this scenery and aggravate
do fenômeno da pobreza na nação brasileira, e the situation.
neste cenário verificar as condições da população KEYWORDS: Poverty, Poverty reduction, Brazil
do país de modo a pressupor hipóteses de
soluções constantes do processo. Dentro desse
tema apresenta diversas discussões, entre elas 1| INTRODUÇÃO
enquadram-se as conceituações de pobreza
O fenômeno da pobreza transformou-
e as maneiras encontradas, principalmente
se em um tema histórico, cíclico e muito
pelos países sul-americanos e outros em
difundido atualmente. Apesar de ser
desenvolvimento, de controle das privações
comumente correlacionado com países em
sociais. O intuito, portanto, será analisar os
desenvolvimento ou dito “subdesenvolvido”, as
dados de elevações ou quedas da população
consequências são refletidas, sobretudo, em
em situação de pobreza e nortear a maneira
em que os problemas econômicos e políticos países desenvolvidos.
impactam sobre esse cenário e agravam a Desta forma, a pretensão pelo controle
situação. da elevação do número absoluto de
PALAVRAS-CHAVE: Pobreza, Redução da habitantes sujeitos a situação de pobreza
Pobreza, Brasil passou a fazer parte da legenda política de
ações governamentais ao redor do globo,
ABSTRACT: This article intends to analyze intensificando, assim, os estudos de soluções
the situation about poverty phenomenon in the plausíveis de redução absoluta do número
Brazilian nation and in this scenery verify the populacional nesta situação, mas, sobretudo de
population conditions to presuppose solution proteção social.
hypotheses in this continuous process. There Consequentemente, as inserções de
are lots of discussions; among them are the programas de distribuição direta de renda
conception of poverty and the way found,
2 | O CONCEITO DE POBREZA
3 | O FENÔMENO NO BRASIL
[...] a participação social tem sido reafirmada no Brasil como um fundamento dos
mecanismos institucionais que visam garantir a efetiva proteção social contra
riscos e vulnerabilidades, assim como a vigência dos direitos sociais. Com maior
ou menor sucesso, esta foi uma das importantes inovações institucionais ocorridas
no Brasil pós-Constituinte. (SILVA, JACCOUD e BEGHIN, 2005)
E foi neste ponto que o parecer social passou a fazer parte das determinações
do governo, sendo assim, as ideias populistas tornaram-se o quesito mais importante
para o desenvolvimento de governabilidade.
Partindo do que foi explícito nos relatórios determinados pelo PNUD, os governos
brasileiros intensificaram suas ações de políticas públicas antipobreza, no entanto, o
principal conceito utilizado pelo governo foi o da pobreza absoluta, como já discutido.
Consequentemente, foi estipulada uma base monetária mínima necessária para a
população ter condições de vida e bem estar social.
Vale ressaltar, como assegurado no terceiro artigo da Constituição Federal de
1988, os objetivos fundamentais da união:
“I. Construir uma sociedade livre, justa e solidária; II. Garantir o desenvolvimento
nacional; III. Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades
sociais e regionais; IV. Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem,
raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação” (CÂMARA DOS
DEPUTADOS, 2012).
4 | BRASIL EM DADOS
Elaboração: o Autor.
Elaboração: o Autor.
Elaboração: o Autor.
Cenário 1 Cenário 2
2015-2016 2016-2017 2015-2016 2016-2017
Projeção da evolução do PIB -3,4% 0,5% -3,7% -1,0%
Elaboração: o Autor.
Fonte: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e Banco Mundial Poverty and Inequality Monitoting:
Latin America and the Caribbean - Salvaguardas Contra a Reversão dos Ganhos Sociais Durante a Crise
Econômica no Brasil.
Elaboração: o Autor.
4 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CRESPO, Antônio Pedro Albernaz; GUROVITZ, Elaine. A pobreza como um fenômeno
multidimensional. RAE eletrônica, São Paulo, v. 1, n. 2, jul.-dez. 2002.
JANNUZZI, Paulo de Martino; MARTIGNONI, Enrico Moreira; SOUTO, Baiena Feijolo. Programa
bolsa família e sua contribuição para a redução da pobreza no Brasil. São Pedro (SP): ABEP -
Associação Brasileira de Estudos Populacionais in XIX Encontro Nacional de Estudos Populacionais,
2014.
SEM, Amrtya. Desenvolvimento como Liberdade. São Paulo: Companhia das Letras, 2010, p. 461.
SILVA, F.; JACCOUD, L; BEGHIN, N. Políticas sociais no Brasil: participação social, conselhos e
parcerias. In: JACCOUD, L. (org.) Questão social e políticas sociais no Brasil contemporâneo. Brasília:
IPEA, 2005. p. 373-408.
ROCHA, Sonia. Alguns consensos sobre a questão da pobreza no Brasil. In: DOWBOR, Ladislau;
KILSZTAJN, Samuel (Orgs.). Economia Social no Brasil. São Paulo: Senac, 2001. p. 71-88.
LOPES, Juarez Brandão; GOTTSCHALK, Andréa. Recessão, pobreza e família: a década pior do
que perdida. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, Fundação Seade, v.4, n.1, p.100-109, jan./mar.
1990.
1 | INTRODUÇÃO
2 | A CULTURA DE MASSA
[...] a cultura de massa é uma cultura: ela constitui um corpo de símbolos, mitos e
imagens concernentes à vida prática e à vida imaginária, um sistema de projeções
e de identificações específicas. Ela se acrescenta à cultura nacional, á cultura
humanista, à cultura religiosa, e entra em concorrência com estas culturas. (MORIN,
2000, P. 15).
Deve-se salientar que dentro da cultura, o mito possui lugar cativo. Uma vez que
este é responsável por nos imergir na cultura nacional, como descreve Morin, (2000),
em relação aos heróis da pátria e sua significância, à cultura religiosa que constitui a
Imagens não mostram conceitos; mostram coisas. Nunca é demais repetir que,
diferentemente das palavras, uma imagem é irrefutável. Ela não lança uma
proposição, não implica oposição ou negação de si mesma, não há regras de
evidência ou lógica com as quais ela deva estar em conformidade.
Assim, a educação ambiental deve ser acima de tudo um ato político voltado
para a transformação social, capaz de transformar valores e atitudes, construindo
novos hábitos e conhecimentos, defendendo uma nova ética, que sensibiliza
e conscientiza na formação da relação integrada do ser humano, da sociedade
e da natureza, aspirando ao equilíbrio local e global, como forma de melhorar a
qualidade de todos os níveis de vida.
5 | METODOLOGIA
A pesquisa teve como premissa utilizada para produção dos dados, a identificação
do comportamento de compra infantojuvenil relacionado com a educação ambiental
proposta nos colégios. Foram aplicados questionários, compostos por questões abertas
e fechadas interdependentes, em colégios estaduais e privados da cidade de Juazeiro
do Norte, Ceará (GIL, 2008). Levou-se em conta uma população de 15.661 estudantes
que, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP)
referem-se às quantidades de alunos devidamente matriculados no ensino médio
e fundamental da 5ª a 8ª série e anos finais, tanto de escolas estaduais como das
instituições privadas. O erro amostral aderido foi de 7% com nível de confiança em
95%, gerando de acordo com o cálculo uma amostra de 194 alunos, dando-se pela
seguinte fórmula (SANTOS, 2015):
Onde:
n - amostra calculada
N - População
Z - Variável normal padronizada associada ao nível de confiança
p - verdadeira probabilidade do evento
e - erro amostral
Por meio da questão três, foi possível identificar a relação existente entre a mídia
e a realização de compras, tecendo um quadro da influência da mídia de massa no
processo de incentivo ao consumismo.
Quadro 2 – Influência da mídia nas compras e arrependimento por adquirir tais produtos.
Fonte: A autora
Frequência de
Respostas
respostas
Eu compro o que 84
tenho vontade
Meus pais 110
escolhem comigo
Total 194
Sim 119 1
Não 75 0
3,31
Total 194 194
Fonte: A autora
7 | CONCLUSÕES
BARBOSA, Lívia; CAMPBELL, Colin. (Org.). Cultura, consumo e identidade. Rio de Janeiro: FGV,
2006.
BAUMAN, Zygmunt. O mal-estar na pós-modernidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed, 1998.
BAUMAN, Zygmunt. Vida para o consumo: a transformação das pessoas em mercadoria. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar, 2008.
BOFF, Leonardo. Saber Cuidar: Ética do Humano – Compaixão pela Terra. Petrópolis: Ed. Vozes,
1999.
BOURDIEU, Pierre. Sobre a televisão. Rio de Janeiro Jorge: Jorge Zahar Ed, 1997.
BRASIL. Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a Educação Ambiental, institui a Política
Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do
Brasil, Brasília, DF, v. 137, n. 79, 8 abril 1999. Seção 1, p. 1-3
CAMPBELL, Colin. Eu compro, logo sei que existo: as bases metafísicas do consumo moderno. In:
BARBOSA, Lívia; CAMPBELL, Colin. (Org.). Cultura, consumo e identidade. Rio de Janeiro: Ed.
FGV, 2006.
CARTA da Terra – Organização das Nações Unidas, 2002, Disponível em: <http://www.mma.gov.br/
estruturas/agenda21/_arquivos/carta_terra.pdf> Acesso em: 30 jun. 2015.
CUBA, Marcos Antonio. Educação ambiental nas escolas. ECCOM, Lorena, v. 1, n. 2, p. 23-31, jul./
dez. 2010. Disponível em: <http://publicacoes.fatea.br/index.php/eccom/article/viewFile/403/259>
Acesso em: 30 jun. 2015.
MORIN, Edgar. Cultura de massas no século XX: neurose. 9. ed. Rio de Janeiro: Forense
Universitária, 2000.
ELIAS, Norbert. A sociedade dos indivíduos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. 1994b.
ELIAS, Norbert. O processo civilizador Vol. I e II. 2. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar ed,1994a.
FEATHERSTONE, Mike. Cultura de consumo e pós-modernismo. São Paulo: Studio Nobel, 1995.
FISCHER, Rosa Maria Bueno. O mito na sala de Jantar. 2. ed. Porto Alegre: Editora Movimento,
FOUCAULT, Michael. História da sexualidade I: A vontade de saber. Rio de Janeiro: Edições Graal,
1988.
GADOTTI, Moacir. Educar para Sustentabilidade: Uma contribuição à Década da Educação para o
Desenvolvimento Sustentável. São Paulo: Ed. L, 2008. 127 p. (Série Unifreire, 2).
GIL, Antonio C. Métodos e Técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
GOMES, Marcelo Bolshaw. A cultura como dupla mediação social. Revista Contrapontos. Itajaí, SC.:
UNIVALI, v. 5, n. 1, p. 109-124, Mar. 2009. ISSN 1984-7114. Disponível em: <http://www6.univali.br/
seer/index.php/rc/article/view/809/661>. Acesso em: 21 jun. 2015. doi: <http://dx.doi.org/10.14210/
contrapontos.v5n1.p109-124>
INSTITUTO Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais INEP [online]. Disponível em: <http://
www.inep.gov.br>. Acesso em: 16 jun. 2015.
MINISTÉRIO do Meio Ambiente. Plano de ação para produção e consumo sustentáveis - PPCS:
Relatório do primeiro ciclo de implementação. 2011 – 2014. Brasília: MMA, 2014. 164 p.
ROCHA, Everardo; RODRIGUES, José C. Corpo e consumo: roteiro de estudos e pesquisa. Rio de
Janeiro: PUC/RJ, s/d.
SANTOS, Glauber Eduardo de Oliveira. Cálculo amostral: calculadora on-line. [S.l.: s.n., 20--?].
Disponível em: <http://www.calculoamostral.vai.la>. Acesso em: 20 jun. 2015.
SCHEIN, Edgar H. Organizational culture and leadership. Third edition. United States of America:
Jossey-Bass A Wiley Imprint, 2004.
SEVERIANO, Antônio C. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. São Paulo: Cortez, 2007.
A década de 1980 foi marcada por uma crise econômica, ocorrendo muita
recessão e inflação, tendo o governo procurado solucionar o problema através da
abertura da economia para o grande capital transnacional. Segundo Schiochet (1999,
p. 20), “Essa situação exigiu novos padrões de competitividade do setor empresarial
4 | REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA
5 | FLEXIBILIZAÇÃO E SUBEMPREGO
6 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ANTUNES, R. Adeus ao Trabalho? – Ensaio sobre as metamorfoses e a centralidade do mundo do
trabalho. São Paulo: Cortez; Campinas: Unicamp, 1995.
_______. Os Sentidos do Trabalho: ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho. São Paulo:
Boitempo, 1999.
CORRÊA. R.L. Região e organização espacial. 7. ed. São Paulo: [s.n.], 2000.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 30. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2001.
_______. Teoria e política do desenvolvimento econômico. 4. ed. São Paulo: Nacional, 1971.
_______. Globalização das estruturas econômicas e identidade nacional. Estudos Avançados, São
Paulo, v. 6, n. 16, 1992b.
LIPIETZ, A. Audácia: uma alternativa para o século 21. São Paulo: Nobel, 1991.
MARTIN, H-P.; SCHUMANN, H. A armadilha da globalização. 3. ed. São Paulo: Globo, 1998.
MARX, K. O Capital: Crítica da Economia Política. 12. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1989. Livro
I. V. 2.
TAVARES, M.C.; FIORI, J.L. Desajuste Global e Modernização Conservadora. Rio de Janeiro: Paz
e Terra, 1993.
2 | REFERENCIAL TEÓRICO
exportados e elas podem ser de três tipos: a) ad valore, que é definida por uma taxa percentual fixada sobre
cada produto; b) específica, que é um valor fixo em unidade monetária sobre cada mercadoria, e c) a tarifa
composta, que é uma junção das duas tarifas anteriores, ou seja, é dotado de um imposto percentual e um
valor monetário sobre cada bem comercializado.
4 | RESULTADOS E DISCUSSÕES
5 | CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
BAUMANN, Renato; CANUTO, Otaviano; GONÇALVES, Reinado. Economia Internacional: Teoria e
experiência brasileira. 6ªEd. Rio de Janeiro- Editora Elsevier, 2004.
BRUM, A. L.; ZÍLIO, J. A.; DORR, A. C.; LUCCA, E. J. Barreiras sanitárias e fitossanitárias:
algumas considerações sobre as exportações brasileiras de carne bovina. In: Sociedade Brasileira de
Economia, Administração e Sociologia Rural (SOBER). 51º Congresso. Belém- PA. 2013.
CARVALHO, Maria Auxiliadora de.; SILVA, César Roberto Leite da. Economia Internacional. 4ªEd.
Editora Saraiva, 2007.
CORONEL, Daniel Arruda; BENDER FILHO, Reisoli; LOPES, Mygre; SILVA, Rodrigo Abbade de.
Competitividade das Exportações Nordestinas de frutas para a União Européia (1999-2003).
In: Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural (SOBER). 52º Congresso.
Goiânia-GO. 2014
SAMUELSON, Paul Anthony. Introdução à análise econômica. 1947. 8ªEd. Rio de Janeiro- Editora
Agir, 1975.
SMITH, Adam. A Riqueza das Nações. 1776. São Paulo- Editora Nova Cultura, 1996.
SOUSA, Gerlânia Maria da Rocha; MEDEIROS JÚNIOR, Adonias Vidal de; MARINHO, Luiza
Maria; RODRIGUES, Fábio Lúcio; DUARTE, Meire Eugênia. Vantagens comparativas produtivas
e competitividade dos estados da região Nordeste. In: Sociedade Brasileira de Economia,
Administração e Sociologia Rural (SOBER). 53º Congresso. João Pessoa-PB. 2015.
Com o objetivo de analisar a economia brasileira será feita, nesta seção, uma
breve revisão bibliográfica para entender a dinâmica econômica no que diz respeito
ao comércio internacional e a estrutura produtiva interna de um país latino americano,
periférico e subdesenvolvido, o Brasil. Além disso, uma breve revisão referente à
economia brasileira nos anos 90 e 2000 servirá de apoio para entender as mudanças
ocorridas e suas consequências na estrutura produtiva e inserção externa brasileira.
Em geral, há pelo menos duas formas opostas de relacionar crescimento
econômico, especialização produtiva comercial e comércio internacional. De um lado,
estão as tradições clássica e neoclássica, explicando que o livre-comércio induz a
especialização de países de acordo com perfis de eficiência produtiva desiguais e
complementares, levando-os a maximizar a riqueza dados os recursos e capacitações
existentes. De outro lado, tradições heterodoxas, dentre elas a estruturalista, alegam
que a existência de especializações produtivas tende a provocar interações comerciais
assimétricas, com efeito desigual sobre a capacidade de geração de riqueza e
acumulação de capacitações produtivas entre os países (MOREIRA, 2012).
O estruturalismo, ao analisar a dinâmica da economia internacional a partir
da Divisão Internacional do Trabalho, trata a estrutura produtiva periférica como
especializada e heterogênea e, por outro lado, a do centro como diversificada e
homogênea. A especialização e seu padrão de industrialização trazem consigo um
ritmo de progresso técnico lento, de tal modo que as possibilidades de alcançar graus
altos de complementaridade intersetorial e integração vertical da produção se tornam
difíceis e limitantes para um crescimento de longo prazo. Estes fatores fazem com que
ocorram aumentos na demanda de importações de bens que não podem ser produzidos
As Teorias Econômicas e a Economia Aplicada Capítulo 18 303
internamente, tendendo assim a superar as exportações, levando ao déficit comercial,
a desequilíbrios da balança comercial e, consequentemente, a desequilíbrios externos
limitantes que alternam os períodos de bonança e de aguda escassez.
Para Franco (1998), as crescentes perdas de dinamismo das economias latino-
americanas se deram pela falta de concorrência decorrente da elevada proteção
tarifária e do excesso de regulação ou presença estatal que levou às para ele a
estrutura produtiva precisa ser mais enxuta, especializada e internacionalizada. Já
a segunda vertente, estruturalista, identifica a indústria como sendo um importante
vetor de crescimento econômico e alega que a crise da dívida externa e seu legado,
juntamente, com as políticas liberais impostas na década de 90 responderiam pelo
baixo dinamismo, pela especialização e dependência da produção de produtos
primários e manufaturas intensivas em recursos naturais.
Nos anos 90, o processo de liberalização da economia brasileira trouxe mudanças
à sua estrutura produtiva trazendo concorrentes para os produtos industrializados
internamente produzidos, mudança na composição dos investimentos e, segundo
Prates (2006), da natureza da propriedade do capital nos setores de maiores
tecnologias. Nos anos 2000, estas mudanças se intensificaram com a dependência
de commodities para a geração de superávits e com a entrada da China na OMC
(Organização Mundial do Comércio) tornando uma grande importadora de produtos
primários brasileiros.
Segundo Prates (2006), a pauta exportadora brasileira é concentrada em
commodities agrícolas e industriais, produtos de baixa intensidade tecnológica e
bens intensivos em trabalho e recursos naturais. Sendo assim, como foi enfatizado
por Nascimento, Cardozo, Cunha (2009), não se pode dizer que há na economia
brasileira um fenômeno de desindustrialização e, sim, uma dependência estrutural
com dependência do ponto de vista tecnológico e financeiro.
Esta seção tem por objetivo analisar as relações comerciais brasileiras por
conteúdo tecnológico através dos dados de exportações e importações agregados de
acordo com o grau de intensidade tecnológica utilizado na produção. A Metodologia
de Lall (2000) de agregação de dados será utilizada ao longo deste capítulo para os
dados referentes às relações de comércio exterior do Brasil. Os dados de comércio
exterior que serão agregados são oriundos da COMTRADE/UNCTAD, cujo nível de
agregação é igual a três dígitos e revisão 2. Os valores obtidos são com base nos
valores negociados em dólares (SILVA, 2011).
Esta agregação é classificada em cinco níveis: (1) os produtos primários, que
compreendem os bens intensivos em recursos naturais que são comercializados em
estado bruto; (2) o setor de manufaturas corresponde aos setores que são intensivos
As Teorias Econômicas e a Economia Aplicada Capítulo 18 304
em trabalho e recursos naturais; as indústrias pertencentes a esses setores são ligadas
aos setores processadores de recursos naturais; (3) o setor de manufaturas de baixa
tecnologia é representado pelos setores da indústria tradicional, têxtil, calçadista, além
de indústria de baixa agregação tecnológica; (4) agrupamento de média tecnologia,
compreende os setores de bens de capital e certos bens de consumo duráveis da
economia, dentre outros; e finalmente o setor de maior nível tecnológico, o agrupamento
(5) de alta tecnologia, que representa os setores da indústria farmacêutica, aeronáutica,
processamentos de dados, dentre outras (SILVA, 2011).
A balança comercial brasileira apresentava saldos negativos desde o Plano
Real, em 1994, que foi consequência, principalmente, do uso da “âncora cambial” que
resultou em valorização persistente da taxa de câmbio real. Dada a crise cambial em
1999, levando à substituição do regime de bandas cambiais pelo de câmbio flutuante
e a desvalorização da moeda nacional, houve uma melhora da balança comercial,
porém ainda não suficiente para torná-la superavitária.
Em 2001, como pode ser observado no Gráfico 1, no entanto, devido a uma
maior desvalorização cambial que desacelerou a demanda doméstica por importações
e em 2003 com o início de uma tendência de crescimento das exportações, houve
o alcance dos crescentes superávits comerciais. Desde então, ela deixou de ser
deficitária e passou a acumular superávits comercias crescentes até o ano em que a
crise econômica internacional dá seus sinais, 2008, a partir de quando apresenta uma
tendência de queda do superávit.
Segundo Prates (2006), estes superávits obtidos contribuíram para tornar o
resultado das transações correntes, que era deficitário desde 1992, em superavitário
em pelo menos três anos dos analisados, os quais são 2003, 2004, 2005. E segundo
Nascimento et. al. (2009), a partir de 2008 as transações correntes passam a ser
deficitárias novamente.
Em 2006, a balança comercial teve seu ápice de aproximadamente US$ 45
bilhões. A partir deste ano, o aumento mais rápido das importações em relação às
exportações diminuiu o ritmo de crescimento do superávit comercial. Porém, as
exportações cresceram na maior parte da série analisada, com exceção dos anos de
2008 a 2009 que sofreu maior impacto pela crise econômica de 2008 e tanto os fluxos
de exportações quanto os de importações diminuíram.
A trajetória das importações ao longo dos anos 2000, como se pode ver no
Gráfico 1, é semelhante à das exportações, ou seja, quando aumenta o ritmo das
exportações aumenta também o das importações, e vice versa, exceto nos anos de
2001 a 2002 e 2012 a 2013. Contudo, as exportações foram superiores ao longo do
período analisado, com exceção dos anos iniciais e do ano final.
Este bom desempenho das exportações, que é de em média 13% a.a., na
maioria dos anos pesquisados deve-se ao reaquecimento do mercado externo e,
principalmente, à adesão da China à Organização Mundial do Comércio (OMC),
processo que foi concluído em 2002, que deslocou produtores tradicionais, barateou
o preço internacional de vários produtos manufaturados, elevou os preços de diversas
commodities e tornou a China uma grande importadora de produtos primários
brasileiros.
É importante lembrar também que as exportações brasileiras de manufaturados
foram alavancadas na medida em que o aumento da demanda por commodities
aumentou a capacidade de importação de grande parte dos países da América Latina,
onde o Brasil tradicionalmente concentra suas exportações de manufaturados. O
crescimento sincronizado das economias centrais no período anterior à crise também
favoreceu a alta de preço das commodities, mas a rápida recuperação e manutenção
em patamares elevados, depois da crise internacional em 2008, mostram que a China
tem tido um papel cada vez mais preponderante na taxa de crescimento da demanda
por esses produtos (SARTI; HIRATUKA; 2011).
Já o crescimento virtuoso das importações a partir do ano de 2003, de em
média 14% a.a., pode ser consequência do aumento da renda interna da população
e das políticas de incentivo ao consumo visto que em todos os setores, tanto os de
indústrias de bens de capital, quanto os de bens de consumo final, houve aumento das
importações. Porém o setor que mais se destacou, com crescimento médio de 17%
a.a., foi o de manufaturas de baixa intensidade tecnológica indicando um aumento do
consumo de bens das indústrias tradicionais como têxtil e calçadista, bens estes que
As Teorias Econômicas e a Economia Aplicada Capítulo 18 306
se configuram como bens de consumo final.
Gráfico 3
Participação Média das Exportações Setoriais no Total das Exportações Brasileiras Segundo a
Metodologia de Lall (2000) para os anos de 2000, 2006 e 2012 (em %)
Fonte: UNCOMTRADE. Elaboração própria.
O grupo formado pelo setor de média tecnologia obteve uma participação relativa
correspondendo a 26% do total em 2000, aumentando em 2006 para 28%, ocupando
o melhor desempenho juntamente com o grupo formado pelos setores de manufaturas
intensivas em recursos naturais e trabalho, recuando em 2012 para 20%. Esta redução
em termos relativos se comparada com a queda em termos absolutos, observada no
Gráfico 2, demostra uma tendência de queda de participação no período pós crise
deste setor.
Em 2000 o grupo de setores intensivos em alta tecnologia representava 13% das
exportações, caindo para 8% e 5% em 2006 e 2012, respectivamente. A tendência
de queda na participação relativa deste setor, assim como nos de média e baixa
intensidades tecnológicas, e de crescimento dos setores de produtos primários e de
manufaturas intensivas em recursos naturais e trabalho pode indicar, como destacaram
Nascimento, Cardozo e Cunha (2009), que o Brasil ainda não foi capaz de eliminar sua
dependência de saldos comerciais gerados por commodities, e que as transformações
nos últimos quinze anos conduziram não a uma “reprimarização da pauta exportadora”,
As Teorias Econômicas e a Economia Aplicada Capítulo 18 309
mas a um aprofundamento da referida dependência.
Este aprofundamento da dependência estrutural citado acima indica uma piora
do Brasil na inserção comercial internacional, e para aprofundar a análise é necessário
observar o ritmo e a participação setorial da pauta de importações brasileira. O Gráfico
4 expõe a dinâmica das importações ao longo dos anos 2000.
Gráfico 4
Gráfico 5
Gráfico 6
Gráfico 7
Tabela 2
Tabela 3
5 | CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BOTELHO, M. R. A.; SOUSA. G.F.; AVELLAR, A. M. A incidência desigual do processo de
desindustrialização nos estados brasileiros. XVI Seminário sobre a Economia Mineira. Belo
Horizonte, MG: UFMG, 2014.
IBGE. Pesquisa de Industrial Anual (PIA). Rio de Janeiro, 2013. Disponível em:http://www.ibge.gov.
br/home/estatistica/economia/industria/pia/produtos/produto2012/defaultproduto.shtm. Acesso em:
IBGE. Sistema de Contas Nacionais (SCN) – Dados Consolidados Anuais. Rio de Janeiro, 2013.
Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/contasnacionais/. Acesso em:
janeiro de 2016.
RICARDO, D. (1817) Princípios de Economia Política e Tributação. São Paulo: Abril Cultural
(Coleção Os economistas), 1988.
SMITH, A. (1776 [1985]) A riqueza das Nações. Tradução: Luiz João Baraúna. São Paulo: Abril
Cultural (Coleção Os economistas), 2ª ed., 1985.
UN COMTRADE. United Nations Commodity Trade Statistics Database. Statistics Division. Disponível
em: http://comtrade.un.org/db/. Acesso em: setembro de 2014.
2 | POLÍTICAS PÚBLICAS
3 | DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
4 | DESENVOLVIMENTO SOCIAL
5 | SUSTENTABILIDADE
A Lei nº10. 836 de 09 de janeiro de 2004 cria o programa Bolsa Família destinado
às ações de transferência de renda com condicionalidades e dá outras providências.
O programa foi regulamentado pelo Decreto nº 5.209, de 17 de setembro de 2004 e
alterado pelo Decreto nº 6.157 de16 de julho de 2007.
Brasil (2015) aponta o Bolsa Família como um Programa que contribui para
o combate à pobreza e à desigualdade no Brasil e possui três eixos principais. O
primeiro diz respeito à complementação da renda através de transferência direta pelo
governo federal. O segundo eixo refere-se ao acesso a direitos, as famílias devem
cumprir alguns compromissos (condicionalidades), que têm como objetivo reforçar o
acesso à educação, à saúde e à assistência social. Por fim, o terceiro eixo propõe a
articulação com outras ações, o Bolsa Família tem capacidade de integrar e articular
várias políticas sociais a fim de estimular o desenvolvimento das famílias, contribuindo
para que elas superem a situação de vulnerabilidade e de pobreza.
A gestão do Bolsa Família — bem como a do Cadastro Único — é descentralizada,
ou seja, tanto a União, quanto os Estados, o Distrito Federal e os Municípios têm
atribuições em sua execução, com competências específicas para cada ente da
Federação, mas sempre articuladas. Em nível federal, o Ministério do Desenvolvimento
Social e Agrário (MDSA) é o responsável pelo Programa, e a Caixa Econômica Federal
é o agente que executa os pagamentos (BRASIL, 2015).
Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA) tem um instrumento que
mede a qualidade da gestão em âmbito estadual e municipal. Trata-se do Índice de
Gestão Descentralizada (IGD) e, com base nele, o governo federal repassa recursos
para apoiar as ações em cada local (BRASIL, 2015).
Para Brasil (2011) o gasto do governo com o pagamento de benefícios e prestação
O Bolsa Família é um programa federal, mas, para que ele funcione efetivamente,
a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios precisam conjugar esforços,
trabalhando de forma compartilhada. Assim, todos são corresponsáveis pela
implementação do programa, criando bases de cooperação para o combate à
pobreza e à exclusão social (BRASIL, 2015).
9 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ARRETCHE, M.; HOCHMAN, G.; MARQUES, E. (Org.). Políticas Públicas no Brasil. Rio de Janeiro:
Fiocruz, 2014.
BRASIL. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Gastos com a Política Social: alavanca
para o crescimento com distribuição de renda. Comunicados do Ipea, Governo Federal, Secretaria
de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. 2011
PATRICIO NETTO, Bernardo; RISSETE, Cezar; PUPPI E SILVA, Heloisa; FARAH JUNIOR, Moises
Francisco. Instrumentos de gestão pública. In: Christian Luiz da Silva; José Edmilson de Souza
Lima. (Org.). Políticas públicas e indicadores para o desenvolvimento sustentável. 1ª ed. São Paulo:
Editora Saraiva, 2010, p. 69-92.
SEDS – Unidade Técnica do Programa Família Paranaense - UTPFP. Informe Técnico nº1:
Orientações sobre o Processo de Seleção e Inclusão das Famílias no Programa Família
Paranaense. Curitiba: 2013.
TESOURO NACIONAL. Gasto Social do Governo Central 2002 2015. Disponível em: www.tesouro.
fazenda.gov.br. Acesso em: 08/10/2017 às 23h03min.
1 | INTRODUÇÃO
Também para Sen (2000, p.32), as liberdades dos indivíduos são os elementos
constitutivos básicos do desenvolvimento. O autor inclui a pobreza, a tirania, a carência
de oportunidades econômicas, a privação social, a repressão do Estado como fatores
limitadores do desenvolvimento, destacando cinco tipos de liberdades como meios e fins
do desenvolvimento: liberdades políticas, disponibilidades econômicas, oportunidades
sociais, garantias de transparência e segurança protetora.
Gil (2002, p.46), destaca a pesquisa documental com a vantagem de ser uma
“fonte rica e estável de dados” obtidos de base de dados confiáveis, no “custo”
significativamente baixo e por “não exigir contato com os sujeitos da pesquisa”.
As bases de dados utilizadas como fonte desta reflexão e por fazer parte de uma
3 | O EXERCÍCIO DE ANÁLISE
Dimensão Indicador
Longevidade Esperança de vida ao nascer (expectativa de vida)
Taxa de alfabetização de pessoas acima de 15 anos
Educação
Taxa bruta de freqüência à escola
Renda per capita mensal Renda municipal per capita mensal
Educação
Educação
Percentual de Abandono Escolar do 6º ao 9º ano
Percentual de Abandono Escolar no Ensino Médio
Taxa de Distorção Idade-série na rede pública
Cobertura da Taxa de Atendimento Escolar de 6 a 14 anos (rede
População em Idade pública e privada)
Escolar
Cobertura da População Atendida por Equipes de Saúde Bucal
Atenção Básica Percentual Populacional com Cobertura da ESF
Proporção de Médicos por 1000 habitantes
Recursos na saúde
Número de consultas médicas (SUS) por habitante
Morbidade Taxa de incidência de Hipertensão
Saúde
triênio
Taxa de Anos Potenciais de Vida Perdidos-APVP/óbito
Mortalidade registrado
Evolução da Taxa de Mortalidade por Neoplasias
Malignas (câncer) no último triênio
Adesão ao Sistema Nacional de Cultura
Estrutura de Gestão
Existência de Legislação de Proteção ao Patrimônio
para Promoção da
Cultural Material ou Imaterial
Cultura
Existência Conselho Municipal de Cultura atividade
Cultura
Iniciativas da
Existência de Grupos Artísticos
Sociedade
Infra estrutura
Existência de Equipamentos Socioculturais
Cultural
Recursos Investidos Investimento Per Capita em Cultura
na Cultura Investimento em Cultura s/Receita Corrente Líquida
Existência de Plano Municipal de Habitação
Estrutura de Gestão Existência Conselho Municipal de Habitação atividade
para Políticas Existência de Fundo Municipal de Habitação
Habitacionais
Habitação
Economia
Finanças Públicas
Arrecadação Percentual receita própria s/Receita Corrente Líquida
Capacidade de Investimento público per capita
Investimento Investimento público s/Receita Corrente Líquida
Suficiência de Caixa
Saúde Financeira
Político Institucional Percentual Receita comprometida com Folha de Pessoal
Articulação com o Participação em Consórcios Intermunicipais
exterior Participação em Colegiados Intermunicipais
Gestão Pública Capacidade de
Existência de Planos de Desenvolvimento Setoriais
Planejamento
Qualidade do Quadro
Percentual de Servidores com Curso Superior
Funcional
Qualidade da Gestão Existência de Plano de Cargos e Salários
de Pessoas Existência de Plano de Capacitação de Servidores
Existência de Organizações Representativas da
Capital Social
Participação
Sociedade Civil
Gestão Democrática Existência de Conselhos Municipais Paritários
Social
Cordilheira Alta* 3(1) 3(1) 4(2) 4(2) 4(2) 3(1) 4(2) 1(1) 3(1) 3(2)
Flor do Sertão* 4(2) 4(2) 3(1) 2(1) 2(1) 4(2) 1(1) 4(2) 4(2) 1(1)
Nota-se que as ordens estão completamente distintas para educação, sendo que
no IDMS é exatamente em ordem inversa ao IDH-M.
Quando se compara o componente “saúde”, utilizando a dimensão longevidade
do IDH-M, e desmembrando a subdimensão saúde da dimensão sociocultural do IDMS
2012, encontramos novamente classificações distintas:
Saúde IDH-M (2010) Longevidade IFDM (2011) Saúde IDMS (2012) Saúde
Chapecó 2 3 3
Maravilha 1 1 2
Cordilheira Alta 3 4 4
Flor do Sertão 4 2 1
Assim, mesmo que o Quadro 4, IDH-M 2010, IFDM 2011 e IDMS 2012, mostra igual
ordem de classificação dos quatro municípios, observa-se que os componentes dos
índices (dimensões, subdimensões, indicadores) quando avaliados individualmente e
comparados entre si, apresentam resultados distintos.
Esta análise se torna mais rica quando são considerados outros dados ou
As Teorias Econômicas e a Economia Aplicada Capítulo 20 351
indicadores levantados pelo censo do IBGE e de outras fontes.
Figura 4 – Empregos Formais no triênio Figura 5 – PIB per capita (Anos de 2010, 2011 e
(2010, 2011 e 2012) 2012)
Cordilheira Flor do
Chapecó Maravilha
Alta Sertão
Mortalidade infantil por 1.000 nascidos vivos – 2010 8,4(1) 27,8(3) 55,6(4) 11,2(2)
Fonte: organizado pelos autores com base em FECAM (2014); Dados Primários declarados pelas prefeituras
municipais (2014).
Cordilheira Flor do
Chapecó Maravilha
Alta Sertão
Taxa de Anos Potenciais de Vida Perdidos (APVP)
0,530(4º) * 0,581(3º)* 0,785(1º)* 0,683(2º)*
por óbito registrado – 2010
Mortalidade infantil por 1.000 nascidos vivos – 2010 8,4(1º)* 27,8(3º)* 55,6(4º)* 11,2(2º)*
6 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
FECAM. Federação Catarinense dos Municípios. Sistema de Indicadores de Desenvolvimento
Municipal Sustentável: metodologia das variáveis do IDMS 2014.
FIRJAN. Federação das Indústrias do Rio de Janeiro. Índice Firjam de Desenvolvimento Municipal
(IFDM). Disponível em: < http://www.firjan.org.br/ifdm/>. Acesso dia: 26 nov. 2014.
HADDAD, Paulo Roberto. A concepção de desenvolvimento regional. In: HADDAD, P. R. et al. (Org.).
A competitividade do agronegócio e o desenvolvimento regional no Brasil: estudos de clusters.
Brasília, DF: CNPq: Embrapa, 1999.
IBGE, Cidades. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: < http://cidades.ibge.
gov.br/xtras/home.php>. Acesso dia: 5 dez. 2014.
PAIVA, Carlos Águedo Nagel. Como identificar e mobilizar o potencial de desenvolvimento endógeno
de uma região? In: Documentos FEE n.59. Porto Alegre: FEE, 2004.
PNUD, Brasil. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Índice de Desenvolvimento
Humano Municipal (IDH-M). Disponível em: < http://www.pnud.org.br/atlas/ranking/Ranking-IDHM-
Municipios-2010.aspx>. Acesso dia: 10 dez 2014.
Rede Interagencial de Informação para a Saúde (RIPSA). Indicadores básicos para a saúde no
Brasil: conceitos e aplicações. 2. ed. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2008.
SEN, Amartya. Desenvolvimento como liberdade. Trad. Laura Teixeira Motta. Revisão Técnica
Ricardo Doninelli Mendes. São Paulo: Cia. das Letras, 2000.
Gabriela Garbi Bissacot Korea as of World War II, within the different
Acadêmica de graduação do Curso de Ciências conceptions of development adopted, as well
Econômicas da UEM e do PET Economia-UEM –
as their main results. The methodology used
[email protected].
is bibliographic, descriptive and documentary,
Robson Luis Mori using materials such as scientific articles and
Professor adjunto do Departamento de Economia da
documents issued by institutions related to
UEM – [email protected].
industrial policies. As a main result / conclusion,
there is a wide difference in the political
conceptions at a temporal level between the
RESUMO: O presente trabalho visa investigar
two countries, which can be characterized as
as principais diferenças e semelhanças da
state policies, in the case of South Korea, and
política industrial aplicada por Brasil e Coréia do
of government, in the Brazilian case.
Sul a partir da Segunda Guerra Mundial, dentro
KEYWORDS: Industrial policy; Development;
das diferentes concepções de desenvolvimento
Brazil; South Korea.
adotadas, bem como seus principais resultados.
A metodologia usada é de natureza bibliográfica,
descritiva e documental, usando materiais como
artigos científicos e documentos de instituições 1 | INTRODUÇÃO
relacionadas às políticas industriais. Como Até meados do século XX, Coréia do Sul
principal resultado/conclusão, verifica-se uma e Brasil eram países que se encontravam em
ampla diferença nas concepções políticas em
estágios de desenvolvimento bem próximos,
nível temporal entre os dois países, que podem
com uma série de problemas econômicos,
ser caracterizadas como políticas de estado, no
relacionados, por exemplo, aos baixos
caso da Coréia do Sul, e de governo, no caso
níveis de educação e a incipiência de suas
brasileiro.
indústrias (industrialização tardia). Dentro
PALAVRAS-CHAVE: Política industrial;
deste contexto, os dois países estabeleceram e
Desenvolvimento; Brasil; Coréia do Sul.
colocaram em prática diferentes estratégias de
ABSTRACT: The present work aims at desenvolvimento econômico para as décadas
investigating the main differences and similarities seguintes. A política industrial fez parte das
of the industrial policy applied by Brazil and South duas estratégias.
Passadas várias décadas deste período,
As Teorias Econômicas e a Economia Aplicada Capítulo 21 363
no entanto, os resultados obtidos pelos dois países em termos de desenvolvimento
econômico apresentam-se de forma muito distinta. Enquanto a Coréia do Sul mostra
um significativo crescimento em seu produto per capita, com avanços expressivos no
setor industrial, inclusive em segmentos de alta tecnologia, o Brasil apresenta, há pelo
menos três décadas, um processo de encolhimento relativo da indústria, que tem feito
com que muitos economistas (Oreiro e Feijó, 2010; Morceiro, 2012; Cano, 2012; etc.)
reconheçam um processo de desindustrialização na economia brasileira.
Com esta conjuntura, a principal aspiração do presente trabalho é mostrar a
divergência entre a concepção de desenvolvimento adotada na Coréia do Sul e no
Brasil, bem como o modo de utilização das políticas, destacando a política industrial.
Através dos estudos de caso dos dois países em questão e da investigação de variáveis
importantes relativas ao setor industrial será possível averiguar êxitos e fracassos
nestas estratégias de desenvolvimento.
O trabalho parte do pressuposto de que o crescimento industrial é de suma
importância para o desenvolvimento de um país. Com isso, torna-se necessário
entender o desempenho do setor industrial brasileiro recente como um dos motivos
pelos quais o Brasil vem apresentando resultados ruins em termos de crescimento
econômico. Para tanto, é conveniente comparar o caso brasileiro com o caso de êxito
no crescimento industrial sul-coreano.
A comparação é realizada por meio da apuração de variáveis significativas, com
base em uma pesquisa descritiva. Visando cumprir o seu objetivo, o presente trabalho
está dividido em cinco partes, além desta introdução e de suas conclusões. As duas
primeiras tratam, respectivamente, dos materiais e métodos e da fundamentação teórica
do tema, que mostra diferentes visões e entendimentos sobre a política industrial. A
terceira mostra os diversos planos e medidas que foram realizados pelo Brasil visando
o desenvolvimento da industrialização. Na quarta, é apresentada a história da Coréia
do Sul em relação ao seu desenvolvimento e industrialização. Na quinta, é feita uma
comparação entre os dois países para se chegar às conclusões.
2 | MATERIAIS E MÉTODOS
4 | BRASIL
5 | CORÉIA DO SUL
Em 1945, quando a Península Coreana foi separada em dois países, a parte Sul,
chamada a partir de então de Coréia do Sul, detinha basicamente recursos agrícolas e
mão de obra. O setor industrial era bastante simples, baseado na manufatura de bens
de consumo.
Logo em seus primeiros anos de existência, a Coréia do Sul, antes colônia
japonesa, passou a ser ocupada por norte-americanos. Durante esse período, foram
criadas leis para mudar as condições sociais, políticas e econômicas do país. Essas
regulamentações iniciais, juntamente com as características socioculturais e de
educação formal do país, desenvolvidas nas décadas seguintes, são peças importantes
Como foi possível observar nos estudos de caso de Brasil e Coréia do Sul, no
início do pós-guerra os países apresentavam níveis de desenvolvimento econômico
parecidos. Em outras palavras, ambos eram subdesenvolvidos e de industrialização
tardia. Além disso, politicamente passaram por situações também parecidas, como
ditadura militar nas décadas de 1960 e 1970. Também com relação às visões de
desenvolvimento econômico e de políticas industriais iniciais há semelhanças: o
desenvolvimento era inspirado na ideia de incentivar a indústria pesada para substituir
as importações através de planos nacionais.
Algumas diferenças entre os países também são relevantes e precisam ser
destacadas. Primeiramente o tamanho dos países. Por ser geograficamente muito
maior do que a Coréia do Sul, o Brasil tende a ter naturalmente um perfil de menor
dependência do comércio internacional e de grande produtor e exportador de
commodities; já os sul-coreanos tinham que partir para políticas mais abertas por conta
de sua maior dependência do comércio internacional e de contar com menores fontes
de recursos naturais. A posição geográfica é outro fator relevante, principalmente pela
proximidade sul-coreana com o Japão, um dos líderes da chamada terceira revolução
industrial.
Não obstante essas semelhantes e diferenças econômicas e políticas entre
Brasil e Coréia do Sul, os resultados alcançados pelos dois países em termos de
crescimento econômico nas últimas décadas foram altamente distintos, como mostra
a Tabela 1, que trata do crescimento econômico dos dois países entre 1963 e 2015.
Enquanto a Coréia do Sul é atualmente um país com mais autonomia e com uma
estratégia de desenvolvimento mais clara, o Brasil tornou-se altamente vulnerável às
mudanças da economia internacional e perdeu, ao longo do tempo, suas estratégias
7 | CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
ABDI. PITCE 3 anos. Brasília, 2010. Disponível em: <http://www.abdi.com.br/Estudo/2010%20-%20
PITCE%203%20anos.pdf>. Acesso em: 20 de abril de 2018.
ABDI. Plano Brasil Maior: inovar para competir. Competir para crescer. Balanço Executivo:
2011-2014. Brasília, [2014]. Disponível em: <http://www.abdi.com.br/Estudo/Relatorio%20PBM%20
2011-2014.pdf>. Acesso em: 20 de abril de 2018.
BRITO, P. Economia Brasileira: Planos Econômicos e Políticas Econômicas Básicas. São Paulo,
Editora Atlas, 2004.
COSTA, J. Brasil e Coréia: uma relação em construção. Texto para Discussão, 2006. Disponível
em: <https://liceu.fecap.br/LICEU_ON-LINE/article/view/865/675>. Acesso em: 20 de abril de 2018.
GIAMBIAGI, F et. al. Economia brasileira contemporânea (1945-2010). Rio de Janeiro, Elsevier,
2011.
PORTES, A. S. M. Política industrial no século XXI: os casos do Brasil e da Coréia do Sul, 2014.
88 f. Trabalho de conclusão de curso (Relações Internacionais) - Universidade Federal de Santa
Catarina, Florianópolis, 2014.
ROSA, J. P. Gestão escolar: um modelo para a qualidade Brasil e Coréia, 2011. 278 f. Tese
(Doutorado em Educação) - Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2011.
YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 212. p., 2005.
1 | INTRODUÇÃO
Um dos desafios para qualquer nação nos dias atuais é manter o crescimento
econômico em constante ascensão e como consequência, garantir que a renda da
população possa melhorar para manter certa qualidade de vida. No entanto, não há
crescimento econômico sem o aumento da produtividade, fator importante para o
aumento da competitividade entre empresas e países. Assim, com a desaceleração
do crescimento econômico brasileiro, a produtividade que há tempos estava extinta
da pauta dos debates sobre economia no Brasil, volta a ser tratada, impondo-se como
uma condição para que a economia volte a crescer. Enquanto isso, outros países
estão focados na melhora da produtividade e competitividade,
O fato é que o resto dos países está se preparando com afinco para o mundo ao
qual estamos nos dirigindo, de muita competitividade. A Índia já tem a vantagem
de saber falar a linguagem universal dos negócios – o inglês – e exibe um
impressionante desempenho de seus patrícios nas melhores Universidades dos
Estados Unidos – com o detalhe de que agora esses jovens formandos estão
voltando à sua Pátria. A China está massificando o envio de estudantes para fazer
cursos universitários nos Estados Unidos e passando a ter Universidades de ponta,
além de ter milhões e milhões de chineses estudando inglês desde cedo. A nação de
Mao-Tsé-Tung era pródiga na exaltação das batalhas épicas contra o capitalismo,
mas as lideranças que seguiram aquele na liderança do Partido Comunista Chinês
souberam perceber onde estava o segredo para o desenvolvimento do seu povo
(GIAMBIAGI E SCHWARTSMAN, 2014, p.122).
A demanda e a elevação dos preços das commodities se deu em sua maior parte
pelo crescimento chinês (NEGRI e CAVALCANTE, 2014), que aumentou a demanda
no mercado internacional, elevando assim seus preços.
Gráfico 5 - Evolução da renda per capita e do produto por trabalhador na América Latina - 1960
a 2009 – (1960=100)
Fonte: Veloso, Ferreira e Pessôa (2013, p.19).
Tabela 2 - Taxa de crescimento anual média da renda per capita e do produto por trabalhador -
1960-2009 - em %
Fonte: Adaptado de Veloso, Ferreira e Pessôa (2013).
Gráfico 7 - Brasil - PIB per capita e produtividade do trabalho (1992-2011) - (Base: 1992 = 100)
Fonte: Negri e Cavalcante (2014, p.26).
Assim, Negri e Cavalcante (2014) explicam o crescimento brasileiro nos anos 2000
como um período de expansão da demanda externa (commodities) e interna (aumento
da renda e incorporação de pessoas no mercado de trabalho e de consumo). A tabela
3 relaciona a taxa de crescimento anual média do produto por trabalhador em dois
subperíodos, de 1960 a 1980 e de 1980 a 2009. É possível observar que houve uma
queda bastante considerável entre os dois períodos, onde a média anual de produto
por trabalhador no mundo caiu de 2,8% (1960-1980) para 1% (1980-2009). A renda
per capita cresceu aproximadamente à mesma taxa que o produto por trabalhador
entre 1960 e 1980. Por outro lado, a partir da década de 1980, o crescimento da renda
per capita ficou bastante acima do crescimento da produtividade do trabalho. Essa
diferença se deve ao aumento da taxa de participação na força de trabalho ao longo
do período (VELOSO, FERREIRA e PESSÔA, 2013).
Tabela 3 - Taxa de crescimento anual média do produto por trabalhador em dois subperíodos -
1960-1980 e 1980-2009 - em %
Fonte: Adaptado de Veloso, Ferreira e Pessôa (2013).
2000 - 2014 -
País 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
em %
Argentina 21 21 21 20 20 20 21 21 21 21 23 23 22 22 22 4,76
Brasil 14 14 14 14 14 14 15 15 16 16 17 17 17 17 17 21,43
Chile 19 20 20 20 21 22 23 24 24 24 25 26 27 27 27 42,11
Colômbia 12 12 12 12 12 12 13 13 13 14 14 14 14 15 15 25,00
Costa Rica 14 14 14 14 15 15 16 16 16 16 17 17 17 17 17 21,43
Equador 12 12 12 12 12 10 11 11 12 12 12 13 14 14 14 16,67
México 19 20 19 19 20 20 20 21 20 20 19 20 20 20 20 5,26
Peru 9 9 10 10 10 11 11 12 12 13 13 14 15 15 15 66,67
Uruguai 18 18 17 17 19 19 20 20 21 22 23 24 25 26 27 50,00
Venezuela 25 25 24 22 24 25 26 27 27 26 26 26 27 27 24 -4,00
Nos demais anos analisados na tabela 7 é possível verificar que todos os países
evoluíram de maneira geral com relação a produtividade. Destacam-se Peru e Uruguai,
com um aumento de 66% e 50% respectivamente de 2000 a 2014. Os menores
crescimentos foram da Venezuela e Argentina, com -4% e 4,76% respectivamente no
É possível verificar na tabela 9 que os números do PIB per capita estão diretamente
ligados com a produtividade do trabalho, onde Chile e Uruguai se destacam, pois,
cada trabalhador produziu em 2014 o equivalente a 24 dólares por hora, contra 17
dólares por hora de países como Brasil e Costa Rica. O Equador se destaca com a
menor produtividade, com um valor de 14 dólares por hora trabalhada. Se analisado
o PIB per capita (tabela 9), o Chile é o país com o maior valor em 2014, 23.316
dólares. O Brasil, com 14.930 dólares está equiparado com a Costa Rica. O Equador
possui o menor valor com 11.530 dólares. Fica evidente então que alguns países da
América Latina como Chile, Peru e Uruguai estão crescendo sustentados no aumento
de produtividade. O Brasil demonstrou índices medianos no período de 2000 a 2014,
comprovando que se faz necessário planejamento de longo prazo para elevar seus
índices de produtividade e crescimento.
Neste sentido, o investimento se mostra fundamental para que se obtenha
crescimento econômico sustentável, como explica Giambiagi (2007, p.168), “desde os
primeiros estudos sobre desenvolvimento econômico, sabemos que a velocidade de
crescimento de um país guarda relação com a sua taxa de investimento”. Assim, altos
índices de investimento podem gerar um crescimento maior na economia.
No Brasil, o valor de investimento médio anual, somando o investimento público
e privado, ficou entre 15,8% e 20,7% do valor do PIB entre os anos 2000 e 2012,
como demonstra a tabela 10. Entre os demais países da América Latina pesquisados,
destacam-se Venezuela, com investimento médio de 24%, Equador (23,7%), Chile
(22,4%), México (22,3%), Peru (22,1%) e Costa Rica (22%), que obtiveram investimento
médio no período de 2000 a 2012 de mais de 22%. Abaixo de está a Colômbia (20,6%),
Argentina (19,7%) e Brasil e Uruguai com 17,9%. Ou seja, entre os países pesquisados
o investimento médio do Brasil fica em último lugar.
Para que o país seja competitivo é necessário que o ambiente de negócios seja
propício a isso, no entanto, as posições que o Brasil ocupa no Ranking Doing Business,
não é dos melhores. O país se mostra fraco em grande parte dos quesitos analisados
e ocupa a posição 120 no quesito ambiente de negócios.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BCB - BANCO CENTRAL DO BRASIL. Indicadores econômicos consolidados. Disponível em: <
http://www.bcb.gov.br/?INDECO>. Acesso em: 12 mai. 2015.
CNI – Confederação Nacional da Indústria. Educação para o mundo do trabalho: a rota para a
produtividade. Brasília: CNI, 2014.
CNI – Confederação Nacional da Indústria. Competitividade Brasil 2014: comparação com países
selecionados. Brasília: CNI, 2015.
DEEPASK. Ranking de países pelo investimento interno bruto (% do PIB). Disponível em:
<http://www.deepask.com/goes?page=Veja-ranking-de-paises-pelo-investimento-interno-bruto-(-
porcento-do-PIB)>. Acesso em: 4 jul. 2015.
GONÇALVES, Carlos Eduardo Soares. Desenvolvimento econômico: uma breve incursão teórica.
In.____ Desenvolvimento econômico: uma perspectiva brasileira. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
Cap.2, p. 39-62.
GRUPO BANCO MUNDIAL. Doing Business - Classificação das economias. Disponível em:
<http://portugues.doingbusiness.org/rankings>. Acesso em: 4 jul. 2015.
IBGE(b) - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Estatísticas de gênero. Disponível em: http://
www.ibge.gov.br/apps/snig/v1/?loc=0,0R,0U&cat=-1,-2,-3,128,129&ind=4672. Acesso em 11 mai.
2015.
PASSOS, Carlos Roberto Martins; NOGAMI, Otto. Princípios de economia. 6.ed. São Paulo: Editora
Cencage Learning, 2012.
STEFANO, Fabiane; MAIA JUNIOR, Humberto. Agora vem a parte mais difícil. São Paulo, Revista
Exame n.19, p. 34-43, out. 2012.
TCB - The Conference Board. Total Economy Database™ - Data. Disponível em https://www.
conference-board.org/data/economydatabase/index.cfm?id=27762>. Acesso em: 4 jul. 2015.
1 | INTRODUÇÃO
[...] a empresa só terá sucesso socioambiental se for capaz de ouvir os interesses das
diferentes partes (sócios, funcionários, fornecedores, consumidores, comunidade,
governo e meio-ambiente) e conseguir incorporá-los na sua realidade local,
tornando-se, assim, mais bem preparadas para assegurar a sustentabilidade em
longo prazo dos negócios, por estarem sincronizadas com as novas dinâmicas que
afetam a sociedade e o mundo empresarial. Para tal, basta que a responsabilidade
socioambiental seja aplicada não somente ao produto final e sim ser difundido ao
Assim, em meio à atual conjuntura econômica que não responde aos novos
desafios para solucionar as patologias sociais e ambientais, se faz necessário apontar
algumas alternativas viáveis nos mais variados aspectos e diante desse panorama
3 | EMPRESAS B
1. Consciência social;
2. Know-how organizacional e capacidade de gestão;
3. Criatividade popular;
4. Solidariedade e capacidade de ajuda mútua;
5. Conhecimento especializado e treinamento fornecido por instituições de apoio;
6. Dedicação e comprometimento de agentes internos e externos.
Passos Classificação
Faça a avaliação como um roteiro mostrando a forma como a empresa atua
em todas as áreas. Você pode participar quantas vezes quiser, pois ele é
gratuito e on-line.
De acordo com o tamanho da indústria e da sociedade, uma conta com
nome de usuário e uma senha com a qual você pode responder a avaliação
é criado. São aproximadamente 100 perguntas que cobrem cinco áreas
1 Avaliação Completa
do seu negócio: Governança, Modelo de Negócios, práticas ambientais,
trabalhistas e ambientais. Se você tem todas as informações do negócio
disponível, pode demorar cerca de 3 horas para completar toda a avaliação.
Conforme você avança, você pode comparar com outras empresas similares
e você pode encontrar exemplos de melhores práticas em cada uma das
áreas.
Entre em contato com equipe do Laboratório B para responder as perguntas
2 Verifique sua
e verificar a pontuação final. Você consegue a certificação, se obtiver mais
pontuação
de 80 pontos em um total de 200.
3 Documentação Envie documentação de apoio.
Registre os prazos nas folhas, onde os direitos e deveres da empresa B
4 Comprometimento estão explicitados e entre oficialmente na comunidade de Empresas B
certificados.
Faça as alterações dos estatutos, considerar os trabalhadores, a comunidade
5 Mude seus estatutos
e o meio ambiente, de forma vinculativa na tomada de decisões.
Pague a certificação anualmente. O custo varia de acordo com o faturamento
6 Pagamento
anual da empresa
4 | A NATURA COSMÉTICOS
De acordo com a Natura (2016a) ela criou um movimento em 2005 para incentivar
as consultoras a se engajarem em causas socioambientais, atuando como agentes de
transformação nas comunidades onde vivem. Logo em seguida em mais um passo para
reduzir seu impacto ambiental, lança o Programa Carbono Neutro e se compromete
com metas ousadas de redução das emissões CO2 em toda a cadeia produtiva. Em
2010 é criado o Instituto Natura para ampliar a contribuição à melhoria da educação
pública. No ano seguinte é lançado o Programa Amazônia, que almeja tornar a região
um polo de inovação, tecnologia e sustentabilidade.
A empresa acredita na inovação como um dos pilares para o alcance de um
modelo de desenvolvimento sustentável, busca criar valor para a sociedade como
um todo, nas dimensões social, econômica e ambienta. A Natura busca estimular
a discussão de temas fundamentais para a construção do bem-estar-bem e da
marca Natura, por meio de diretrizes que estimulam um melhor relacionamento
entre indivíduos, sociedade e meio-ambiente. Para isso a Natura tem uma série de
projetos, movimentos e programas, como o Instituto Natura, Natura Musical, Natura
Campus (NATURA, 2016c). Para atuar dentro desta modalidade da Responsabilidade
Socioambiental Corporativa a Natura conta com seguintes parceiros:
Estes mecanismos de trabalho fazem com que a Natura Cosméticos possa levar
gradativamente ao mercado de cosméticos brasileiro a vislumbrar o bem-estar ou
o estar bem da população. Para isto, suas terceirizações contam com uma ampla
cadeia de parceria, tanto no diz respeito a distribuição produto como nas etapas da
operacionalização do processo produtivo. Principalmente no que concerne à fabricação
das embalagens.
As Teorias Econômicas e a Economia Aplicada Capítulo 23 419
5 | CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ANDRÉ, Rae. Acessando o balanço da Corporação Benéfica: Será que esta Organização do Novo
Setor Cinza vai melhorar a Responsabilidade Social Corporativa? Journalof Business Ethics, v.
110 (1), p. 133-150, 2012.
DAFT, Richard. Administração. Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora S.A,
1999.
MIRRA, Bruno. Empresa B: um novo conceito de negócio sustentável. Disponível em: http://www.
ecycle.com.br/component/content/article/35-atitude/1959-empresa-b-um-novo-conceito-de-negocio-
sustentavel-que-gera-frutos-para-a-sociedade.html. Acesso em: 20/01/2015.
SISTEMA B. 6 Pasos para certificarte B: Solo 6 pasos para Certificarte como Empresa B. Disponível
em: http://www.sistemab.org/espanol/la-empresa-b/6-pasos-para-ser-b. Acesso em: 20/01/2015b.
Lucca Simeoni Pavan, Mestre em Teoria Econômica pela Universidade Estadual de Maringá,
PCE/UEM. Estudante de doutorado em Desenvolvimento Econômico pela Universidade
Federal do Paraná, PPGDE/UFPR. Professor Substituto da Área de Gestão na Universidade
Tecnológica Federal do Paraná, Campus Cornélio Procópio, DACHS/UTFPR-CP.