CienciasNatureza - EF-EM - Professor - 3 BI PDF
CienciasNatureza - EF-EM - Professor - 3 BI PDF
CienciasNatureza - EF-EM - Professor - 3 BI PDF
SP FAZ ESCOLA CADERNO DO PROFESSOR CIÊNCIAS DA NATUREZA – Ensino Fundamental & Médio 3o BIMESTRE
CADERNO DO PROFESSOR
CIÊNCIAS DA NATUREZA
Ensino Fundamental & Médio
SP FAZ ESCOLA
CADERNO DO PROFESSOR
CIÊNCIAS DA NATUREZA
Ensino Fundamental & Médio
3o BIMESTRE
Governador
João Doria
Vice-Governador
Rodrigo Garcia
Secretário da Educação
Rossieli Soares da Silva
Secretário Executivo
Haroldo Corrêa Rocha
Chefe de Gabinete
Renilda Peres de Lima
CIÊNCIAS DA NATUREZA
ENSINO FUNDAMENTAL........................................................ 7
Ciências................................................................................. 12
6o Ano..........................................................................................12
7o Ano..........................................................................................43
8o Ano..........................................................................................70
9o Ano..........................................................................................96
Física................................................................................... 127
1a Série......................................................................................127
2a Série......................................................................................152
3a Série......................................................................................181
Química............................................................................... 213
1a Série......................................................................................213
2a Série......................................................................................226
3a Série......................................................................................243
Biologia............................................................................... 250
1a Série......................................................................................250
2a Série......................................................................................285
3a Série......................................................................................329
CIÊNCIAS
ENSINO FUNDAMENTAL
CIÊNCIAS DA NATUREZA
CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL 9
CIÊNCIAS
APRESENTAÇÃO
Professor(a), com o intuito de auxiliá-lo(a) na organização de seus planos de aula, este guia
apresenta um conjunto de orientações pedagógicas com sugestões de atividades que propõem
o desenvolvimento de conceitos, conteúdos, habilidades e competências fundamentadas nos
princípios da BNCC e na construção colaborativa do Currículo Paulista - Versão 2, e em articula-
ção com o proposto no Currículo Oficial do Estado de São Paulo.
A apresentação das orientações deste Guia de Transição - 3º bimestre está articulada com
o Caderno do Aluno, ele orientará seu planejamento, por meio de propostas com metodologias
que estimulem à pesquisa investigativa, que possibilitem reconhecer e aprimorar diferentes ní-
veis do processo ensino-aprendizagem, por intermédio de ações pedagógicas que não se res-
tringem à apresentação e execução de atividades com práticas experimentais e demonstrativas,
mas que apresentem, também, espaços para diálogos e rodas de conversa, ao uso de tecnolo-
gias, de modo a proporcionar o desenvolvimento da argumentação com aprimoramento da
capacidade escritora, leitora, principalmente para a compreensão dos processos de produção
científica.
Dessa forma, busca-se proporcionar maior interação nas relações interpessoais dos partici-
pantes, seja entre você, professor (a) e estudantes, seja entre o(a)s colegas da turma, visando
também propiciar análise crítica de situações desafiadoras ou situações-problema, para que
todo(a)s se reconheçam como protagonistas das ações, inclusive no e para o desenvolvimento
de projetos escolares em ações cidadãs e humanistas, em prol da qualidade dos seres vivos e do
ambiente.
As estratégias pedagógicas propostas apresentam possibilidades diferenciadas e contex-
tualizadas em sua aplicação prática, buscando atender os elementos norteadores e estruturan-
tes presentes nos documentos e orientadores curriculares vigentes, e propõem na elaboração
de planos de aula, três momentos referenciais.
10 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
MOMENTO 1
Compreende ações pedagógicas que visam o envolvimento do(a)s estudantes com a te-
mática e aprendizagens que se pretende alcançar, bem como prevê atividades de sensibilização,
sempre com o intuito de propiciar processos pedagógicos contextualizados e que permitam o
desenvolvimento integral de nosso(a)s educando(a)s. Indicações de avaliação também são apre-
sentadas, nesse momento, inclusive a autoavaliação.
MOMENTO 2
São apresentadas sugestões de atividades, que incluem indicações de diferentes referen-
ciais para organização do planejamento a ser construído e definido pelo(a)s professore(a)s, bus-
cam contribuir com o desenvolvimento de conteúdo, habilidades específicas e competências.
Essas atividades, também, podem ser apresentadas em etapas, considerando sensibilização,
sistematização, avaliação com foco na investigação, argumentação na leitura e escrita, nos regis-
tros, na comunicação, entre outros. Não visa cobrir todas as aulas do bimestre, assim, cada
professor(a) poderá incluir outras atividades que julgar pertinentes.
MOMENTO 3
Visa a sistematização da aprendizagem, também, por meio do desenvolvimento de ativida-
des, que permitam perceber se e/ou quais das aprendizagens esperadas o(a)s estudantes se
apropriaram, bem como se são capazes de estabelecer relações entre os conhecimentos adqui-
ridos e utilizá-los para compreensão e interferência na realidade, seja para resolução de proble-
mas, para adoção de atitudes pessoais e coletivas, entre outros. Nesse momento é fundamental
que se insira uma atividade de autoavaliação sistematizada, onde o(a)s estudantes e o(a)
professor(a) possa(m) ter clareza das metas atingidas. Observação: As dificuldades devem ser
identificadas coletivamente para traçar novas estratégias.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ocorrer durante todo o processo, inclusive a autoavaliação deve ser esti-
mulada, pois coloca o(a) estudante como protagonista do processo de aprendizagem.
Nesse sentido, entende-se ser importante que os(as) estudantes realizem atividades para
diagnóstico dos conhecimentos adquiridos, seja em comparação com os saberes prévios anun-
ciados pelos estudantes, como os analisados durante o processo, parcialmente ou no coletivo
da turma. Para que se possa avaliar com maior rigor, é importante que as sistematizações sejam
feitas por meio de registro elaborado pelo(a) aluno(a), dados e informações sobre a aquisição de
conteúdo/assuntos específicos e/ou de habilidades que poderão nortear a escolha de procedi-
mentos e atividades a serem aplicadas, no final de um percurso. Ao aplicar atividades de inter-
CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL 11
CIÊNCIAS
6o Ano – Ensino Fundamental
Quadro 1 - Articulação entre as competências, habilidades e objetos de
conhecimento previstos no 6º ano - 3º bimestre -
Promova uma roda de diálogo, em que os(as) estudantes terão espaço para ouvir, esclare-
cer os assuntos apresentados ou relacionados e/ou curiosidades sobre os temas, assim como
propor e negociar algumas alterações, se necessárias, desde que comprometidas com a apren-
dizagem a que todos(as) têm direito.
Para garantir uma boa discussão na roda de diálogo, conforme foi orientado no Guia do
bimestre anterior, é importante que você revisite a lista de acordos construídos colaborativa-
mente, com o objetivo de estabelecer uma boa gestão de sala de aula no processo ensino-
-aprendizagem da turma.
Observação: Neste momento de transição curricular, é importante que você
professor(a), realize uma análise das aprendizagens já adquiridas de seus(suas) aluno(a)s.
Lembramos que as sugestões podem e devem ser aprimoradas e adaptadas às possibilida-
des e necessidades de cada turma, a critério de cada docente.
14 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
PRIMEIRO MOMENTO
A unidade temática Vida e evolução propõe o estudo de questões relacionadas aos seres vivos (incluindo
os seres humanos), suas características e necessidades, e a vida como fenômeno natural e social, os elemen-
tos essenciais à sua manutenção e à compreensão dos processos evolutivos que geram a diversidade de
formas de vida no planeta. Outro foco dessa unidade é a percepção de que o corpo humano é um todo
dinâmico e articulado, e que a manutenção e o funcionamento harmonioso desse conjunto depende da
integração entre as funções específicas desempenhadas pelos diferentes sistemas que o compõe.
Fonte: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf acesso em: 18.04.2019.
SISTEMA NERVOSO
Página 9 no Caderno do Aluno
Esta habilidade pode ser desenvolvida a partir de investigações que possibilitem identificar
as estruturas do sistema nervoso (neurônios motores, sensoriais e associativos, fibras, tecido
conjuntivo entre outras), descrevendo as funções associadas a elas, de modo a contemplar os
atos voluntários, os atos reflexos e os estímulos (quimiorreceptor, mecanorreceptor, fotorrecep-
tor e termorreceptor). Traz a oportunidade de traçar um paralelo com equipamentos tecnoló-
gicos, que utilizam diferentes sensores, com funções semelhantes ao corpo humano.
Após conhecermos diferentes níveis hierárquicos de organização que compõem o corpo dos
seres vivos, continuamos os estudos compreendendo um pouco melhor como funciona nosso
corpo. Estudamos que o organismo humano pode ser definido como um conjunto de sistemas, os
CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL 15
quais estão interligados para funcionarem como um todo. Para compreendermos a complexidade
dos sistemas que compõem o ser humano, vamos começar com o sistema nervoso.
Professor(a), como sensibilização e introdução à temática, sugerimos a seguinte questão: O
que você sabe sobre o Sistema Nervoso (SN)? É esperado, nesse momento, que os(as)
alunos(as) registrem suas ideias e conhecimentos prévios sobre o Sistema Nervoso no espaço
específico que foi deixado no material deles.
Pesquisando:
Depois de terem suas informações prévias e socializados durante a aula sobre o que sabem
do Sistema Nervoso, sugerimos que oriente os alunos a reunirem-se em grupo e a pesquisarem
em livros didáticos, atlas ou outras fontes acessíveis para que possam responder às questões a
seguir. Porém, não se esqueça de que irá retomar a questão anterior, ao final da aula, quando
todos tiverem pesquisado e compreendido sobre o Sistema Nervoso.
Em seguida, após finalizarem a pesquisa e registrarem no material do(a) aluno(a) suas respos-
tas, peça para que realizem desenhos ou colem imagens representativas do SN, no seu caderno
de Ciências. Assim, poderão recorrer a elas quando em algum momento surgirem dúvidas.
Professor(a),
A atividade a seguir, sugere que o(a) aluno(a) observe o esquema e leia o pequeno texto.
Investigue, com a sua turma, se houve entendimento dos conceitos apresentados até o momen-
to. Por se tratar de um tema complexo, é importante que vá dialogando com os alunos e con-
textualizando de maneira que o assunto faça sentido aos estudantes.
16 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Receptor
Neurônio
Neurotransmissor Neurônio
Sugerimos, para aprofundar o conhecimento, que os(as) alunos(a) pesquisem sobre os neu-
rotransmissores citados e indiquem as principais reações relacionadas a cada um deles com o
funcionamento do corpo humano e registre-as em seu caderno.
Os(As) alunos(as) irão organizar em tabela, conforme exemplo demonstrado a seguir.
Professor(a), exemplifique no quadro (lousa) como deve ser o preenchimento.
Neurotransmissor Promove
Relacionado à excitação, sendo liberado como um mecanismo
Adrenalina de defesa do corpo em diversas situações que envolvem medo,
estresse, perigo ou fortes emoções.
--------- -------------------------------
--------- ------------------------------------
CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL 17
A próxima atividade, sugere um desafio ao aluno, no qual irão registrar as ideias sobre as
reações que ocorrem no nosso corpo diante da comunicação que há entre os neurônio.
Registre suas ideias, no espaço abaixo, e participe ativamente da roda de diálogo promo-
vida pelo(a) professor(a).
Saiba mais...
1
Adaptado de: 100 Brincadeiras. Disponível em: https://delas.ig.com.br/filhos/brincadeiras/morto-vivo/4e3d-
82875cf358183f000013.html
18 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Como brincar?
O(A) professor(a) será o(a) líder e ficará à frente do grupo para dar as instruções que
devem ser obedecidas pelo(a)s jogadore(a)s voluntário(a)s.
Após a realização da dinâmica, dialogue com a turma e registre as principais ideias que
podem responder às seguintes questões:
1. O que acontece com o nosso corpo ao brincarmos de Morto-vivo? Como podemos ex-
plicar?
2. Considerando seus conhecimentos prévios e o que pôde observar, por meio da brincadei-
ra, quais partes, estruturas e órgãos do nosso corpo estão envolvidos para respondermos
aos comandos?
2. Descreva o que são as articulações e onde elas estão localizadas no nosso corpo.
5. O envio de impulsos pelo sistema nervoso, a contração muscular e a articulação dos ossos
permitem os movimentos. Que outros movimentos no corpo dos participantes, além do
agachar e do levantar, foram ativados durante a dinâmica “morto-vivo”? Faça essa discussão
com seus colegas e seu(sua) professor(a) e anote as conclusões, em seu caderno pessoal.
Fonte: https://pixabay.com/pt/
Fonte: https://pixabay.com/pt/
CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL 21
Fonte: freeimage
1. Quais sistemas estão envolvidos para permitir a realização das ações observadas? São os
mesmos sistemas para a garça, o cachorro e o ser humano?
2. Podemos afirmar que todos os vertebrados precisam da interação entre seus sistemas
nervoso e musculoesquelético para realizar os movimentos observados? Justifique.
3. Faça uma pesquisa e apresente outras ações realizadas por diferentes vertebrados*, indi-
cando pelo menos 01 exemplo de réptil e 01 de anfíbio.
SISTEMA SENSORIAL
Professor(a), a atividade a seguir propõe que o(a) aluno(a) compreenda que as ações oca-
sionadas pelos estímulos ambientais provocam diversas reações no nosso corpo. E para auxiliar
nesse entendimento, sugerimos análise de duas imagens e em seguida, duas atividades experi-
mentais:
Você já percebeu que, para realizar suas atividades diárias, as partes que compõem o seu
corpo funcionam de forma integrada? As diferentes ações que o corpo pode desempenhar,
muitas vezes ocorrem devido aos estímulos ambientais.
Como perceber ou sentir quais ingredientes uma pessoa preparou para a sua alimentação?
Espera-se que o aluno responda que é a partir do “experimentar” os alimentos.
Espera-se que o aluno responda que é a partir do som (barulho ocasionado) da sirene. Ou pela
luz (Sinalizador ou Giroflex), no caso de alunos surdos.
Espera-se que o aluno responda que os estímulos ambientais afetam os seres vivos e os fazem
responder a esse estímulo. Essa percepção ocorre graças aos órgãos dos sentidos, no qual são
responsáveis em captá-los e levá-los ao SN.
CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL 23
Professor(a), você poderá aproveitar o momento das discussões sobre os sentidos e levá-
-los a refletir sobre a tomada de decisões para certos estímulos que a vida poderá apresentar.
(Vide BNCC sobre as Competências Socioemocionais).
Professor(a), para a próxima etapa, sugerimos uma atividade prática, na qual você poderá
realizá-la da forma mais apropriada para a sua turma. A atividade chama-se “Testando os sen-
tidos” e tem como finalidade identificar os órgãos responsáveis pela percepção de diferentes
estímulos ambientais.
Organize os materiais, de modo que os(as) alunos(as) não consigam vê-los. Chame um(a)
aluno(a) voluntário para participar da atividade e com os olhos vendados, o(a) aluno(a) poderá
reconhecer os estímulos que receberá a partir dos materiais sugeridos. O objetivo é que o(a)
aluno(a) voluntário vivencie as diferentes percepções, que os materiais poderão ocasionar e as-
socie as percepções aos órgãos dos sentidos.
Para isso, podemos utilizar os materiais sugeridos, no quadro a seguir, e criar situações em
que o(a) aluno(a) possa identificar os sentidos. Por exemplo, ao passar um pedaço de algodão
na pele ou fazê-lo sentir a textura da areia ao tocá-la com as mãos. Ainda, sentir o friozinho do
gelo e o gosto de uma pitada de açúcar. Esses e outros materiais poderão ser utilizados na ati-
vidade proposta.
Testando os sentidos
Objetivo:
Identificar os sentidos a partir dos estímulos recebidos pelos materiais utilizados.
Materiais necessários:
Algodão, gelo, álcool, areia, sal ou açúcar, entre outros materiais que possam enriquecer a
atividade investigativa sobre os sentidos.
Desenvolvimento:
Para que a atividade aconteça, é preciso que você colabore trazendo os materiais solicitados
e atendendo às orientações dadas pelo (a) professor(a).
Após a realização da atividade prática, peça para que os(as) alunos(as) respondam às ques-
tões de 1 a 5.
24 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
2. Descreva a(s) sensação(es) e reações relatadas pelo(a) colega que participou da atividade
prática com você.
b) Que outras situações cotidianas (ou estímulos) poderão desencadear reações ao nosso
organismo? Exemplifique.
4. Você deve ter percebido que existem órgãos responsáveis em realizar a conexão entre o
ambiente e o organismo. Esses órgãos são chamados de órgãos dos sentidos. Com orien-
tação do(a) professor(a) faça uma pesquisa nos livros didáticos e/ou sites de referência
para responder às seguintes questões:
a) Quais são os órgãos dos sentidos? Que funções desempenham esses órgãos?
a) Audição
b) Gustação
c) Tato
d) Visão
e) Olfato
Fonte:http://www.freepik.com
Você sabia...?
Que os olhos das pessoas cegas são os dedos das mãos, os ouvidos e até objetos,
como a bengala ou outros seres, como o cão guia?
Para realizar hábitos diários, como atravessar a rua, tomar banho ou comer, os nas-
cidos cegos precisam passar por uma reabilitação. Hoje, com a ajuda da tecnologia,
os cegos podem ampliar suas possibilidades de acesso e interação com o meio,
com o uso do celular, pois há aplicativos com recursos de acessibilidade.
(Elaborado Especialmente para o São Paulo Faz Escola 2019).
SISTEMATIZANDO OS CONHECIMENTOS
Professor(a), nesse momento faremos uma breve sistematização do assunto, para que o(a)
aluno(a) possa revisar o que aprendeu. Essa é a proposta da atividade a seguir.
Considerando os estudos realizados até o momento, leia com atenção as afirmações apre-
sentadas e identifique como Verdadeira (V) ou Falsa (F). Justifique sua resposta, descrevendo
por que considera a afirmativa verdadeira ou por que foi considerada falsa:
4. (F) Os sistemas sensoriais não dependem da ação do sistema nervoso para permitir nossa
percepção do mundo ao redor, ou seja, sentir os cheiros, ouvir etc.
Professor (a),
A habilidade proposta para ser desenvolvida, poderá ser de maneira investigativa para
comparar as estruturas do olho humano (olho, iris, córnea, cristalino, nervo ótico, corpo ciliar,
esclerótica, retina, coróide, entre outras) a de outros seres vivos com equipamentos tecnológi-
cos como câmeras fotográficas. Poderá envolver o reconhecimento das funções da visão, rela-
cionando a captação e a interpretação de imagens, correlacionando aos defeitos/deficiências e
o uso de lentes corretivas.
Neste momento, vamos estudar outras situações de interação entre sistemas do nosso
corpo para conhecer a interação do sistema muscular e nervoso que, a partir de um estímulo
externo, possibilitam-nos ter a visão. A visão é um dos cinco sentidos que os seres humanos
possuem para aprimorar a percepção do mundo à sua volta. Neste momento, vamos estudar
outras situações de interação entre sistemas do nosso corpo para conhecer a interação do siste-
ma muscular e nervoso que, a partir de um estímulo externo, possibilitam-nos ter a visão. A visão
é um dos cinco sentidos que os seres humanos possuem para aprimorar a percepção do mundo
à sua volta.
Professor (a),
Sugerimos para a próxima atividade dois momentos exploratórios:
No primeiro momento, (sensibilização) peça que respondam às perguntas sugeridas no
caderno. A seguir, no segundo momento, socialize as respostas com a turma para que você pos-
sa realizar o levantamento dos conhecimentos prévios que apresentam sobre o assunto. É im-
CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL 27
portante que você vá registrando na lousa e mediando as respostas que trarão, para, em segui-
da, aprofundarem os conhecimentos sobre os assuntos que serão abordados.
Você já se perguntou quais os fatores ou condição que nos possibilita ter a visão?
Qual o mecanismo de funcionamento responsável pela nossa visão?
Como enxergamos as coisas ao nosso redor?
Por que algumas pessoas precisam usar óculos?
Por que usamos óculos escuros em dia de muito sol?
Você se considera possuidor(a) de boa visão?
Responda a essas questões em seu caderno pessoal e depois participe da roda de conver-
sa organizada pelo(a) professor(a). Anote, no espaço abaixo, suas considerações após a roda de
conversa. Registre o que já sabe e o que precisa estudar e investigar.
Professor(a), para essa atividade, oriente os(as) alunos (as) para uma pesquisa dirigida.
Para você entender como o olho humano funciona, com a ajuda do(a) professor(a), realize
uma pesquisa sobre as partes do Olho Humano e suas respectivas funções. Para tanto, utilize os
livros didáticos de sua escola, ou a internet. Em seguida, complete os quadros em branco com
os nomes das partes externas e internas do olho e descreva sua função nas linhas abaixo, utili-
zando as informações obtidas durante a pesquisa.
1) O experimento da Refração:
Vocês irão precisar dos seguintes materiais: um prato fundo, um copo transparente, uma moe-
da, um lápis e água. Com a instrução de seu(sua) professor(a), observe o que acontece com os obje-
tos (lápis e a moeda) quando colocados nos respectivos recipientes (copo e prato fundo) com e sem
água. É importante anotar a distância onde se encontra cada observador em relação aos objetos.
Registre suas conclusões e observe se as imagens da moeda e do lápis sofrem alterações e o porquê.
No quadro abaixo, faça um esquema, por meio de desenho, da reprodução do experimento:
Conclusões:
Neste experimento, é solicitado aos(às) alunos(as) levarem para a escola alguns materiais
fáceis de encontrar em suas residências. Verifique a melhor forma de instruir os procedimentos
aos(às) seus(suas) alunos(as), solicite que observem o que acontece com os objetos (lápis e a
moeda), quando colocados nos respectivos recipientes (copo e prato fundo) com e sem água.
É importante que anotem a distância de cada observador em relação aos objetos, assim
como registrem também se as imagens da moeda e do lápis sofrem alterações e o porquê des-
sa ocorrência.
Conclusões:
Os estudantes deverão providenciar uma caixa de papelão ou uma lata de tamanho médio
conforme as instruções. Há vários tipos de Câmara escura, construída com caixa de papelão,
com papel cartão ou com latas, você irá decidir com os estudantes o melhor procedimento. De-
pois de elaborada a sua câmara escura, solicitar que observe o que ocorre com a imagem refle-
tida no fundo da caixa. Em um quadro, farão um esquema por meio de desenho, demonstrando
o processo de realização do experimento.
Você professor(a) poderá mediar a construção dos experimentos e concomitante ir explo-
rando as observações, os resultados e considerações obtidas. Neste momento, será importante
solicitar aos(as) alunos(as) que sistematizem as informações e os resultados, por meio de regis-
tros em desenhos (preencher os quadros), e identifiquem a importância da distância focal e lu-
minosidade.
Esperam-se resultados satisfatórios se o ambiente permanecer o mais escuro possível. A
elaboração é simples e não necessita de muito material. Poderá ser realizado em grupos de no
máximo 3 alunos ou até individualmente. Um desafio para a turma toda, é que eles façam a Câ-
mara escura em dimensão maior, por exemplo, em uma caixa de geladeira ou máquina de lavar,
podendo visualizar, por exemplo, as imagens próxima a uma área iluminada da escola.
Os estudantes poderão entrar na caixa de papelão e observar a imagem invertida do am-
biente externo. Deverão fazer uma relação do funcionamento de uma câmera fotográfica com a
visão humana.
Para saber mais, Acesse o link <https://www.youtube.com/watch?v=9JBs4T-sd6E>
30 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
SISTEMATIZANDO OS CONHECIMENTOS
Com base nos experimentos realizados, vamos conhecer o funcionamento desses procedi-
mentos do olho no nosso corpo humano. Solicite que socializem as conclusões para que possa
orientá-los à compreensão dos objetivos das habilidades propostas, esclareça as possíveis dúvi-
das ou falhas nos procedimentos de execução, conduzindo as explicações gerais propostas nos
objetivos dos experimentos e, a partir daí, solicite que complete os quadros e perguntas indica-
dos no caderno do aluno, para sua avaliação.
Importante os(as) estudantes associarem os componentes das partes do olho com a
simulação dos experimentos.
A
A
1. Por quais partes do corpo humano passa a luz refletida no objeto? Quais são as partes do
olho que reagem ou são responsáveis por controlar a entrada de Luz?
2. No experimento da Câmara escura, a imagem era invertida dentro da caixa, porque não
enxergamos a imagem invertida? Que partes do corpo são responsáveis por essa ação?
4. Quais são os sistemas do corpo humano que fazem parte da formação da visão?
CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL 31
Nesta etapa, você poderá apresentar aos estudantes o que ocasionam as dificuldades ou
ausência da visão, bem como analisar a parte fisiológica do olho humano e sua correlação com
conceitos físicos, instrumentos ópticos e a formação de imagens.
Nas figuras, a seguir, é importante observar como os(as) alunos(as) reagem às imagens,
principalmente para os(as) que não fazem uso do óculos.
No caderno do aluno, convidamos os mesmos, a observar as imagens abaixo, e responder
às perguntas:
1. Você é capaz de perceber diferença nas imagens? O que fazer e como proceder quando
ocorrem dificuldades de distinguir imagens?
32 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
2. Observe a imagem.
Você conhece o painel de Letras representado na figura? Qual é a função dos óculos com lentes
de grau?
3. Devemos tomar muito cuidado na hora de comprar óculos e lentes. Somente um médico
oftalmologista está habilitado a detectar o grau de que precisamos e receitar o que estiver
mais adequado para correção da deficiência. Você já se consultou com um Oftalmologista?
Neste momento, além de apresentar o processo óptico para a compreensão das funções
dos diferentes tipos de lentes, é importante que você professor (a) ao apresentar as informações
sobre alterações ou os problemas da visão, possa também reconhecer e identificar sinais evi-
dentes da qualidade da visão de seus(suas) aluno(as), caso identifique necessidades, será uma
oportunidade de comunicar e orientá-los(as) para a busca de uma avaliação com especialistas,
as atividades propostas apresentam momentos de diálogos, de autoavaliação e pesquisas, po-
derão estudar, investigar e compreender suas condições em relação ao mecanismo, que envolve
a condição da visão.
Embora não faça parte da habilidade a ser desenvolvida, sugerimos como forma de apro-
fundamento do assunto a abordagem da deficiência na percepção de cores conhecida como
Daltonismo. Este assunto pode deixar a aula mais rica podendo servir também como forma de
verificação da qualidade da visão dos(as) alunos(as).
Uma sugestão é a apresentação das imagens de Ishihara, que podem ser encontradas em
diversos sites como os https://www.daltonicos.com.br/daltonico/teste.html, https://www.
xrite.com/hue-test, https://www.xrite.com/hue-test. Ressaltamos que a abordagem do tema
Daltonismo fica a critério do(a) professor(a).
No Caderno do aluno, oriente seus (suas) alunos(as) para o desenvolvimento de uma pes-
quisa, sobre o porquê algumas pessoas não possuem nitidez na formação de imagens, quais as
possíveis formas de correção e o que são e para que servem as lentes convexas e côncavas. Com
objetivo de que conheçam os diferentes tipos de lentes e como é formada a imagem, quando a
luz atinge um objeto e reflete sobre diferentes tipos de lentes.
CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL 33
Tipos de Lentes:
Após seus estudos e pesquisa, observe as lentes abaixo e identifique o nome dos dois
grandes grupos (1 e 2) de lentes e indique possíveis usos.
F
Eixo F
1. 2.
Grupo 1 (usos):
Grupo 2 (usos):
Oriente os(as) alunos(as) que consultem os livros didáticos, sites de referências em saú-
de e/ou vídeos sobre as principais doenças da visão. Após a pesquisa, solicite que observem
as imagens indicadas no Caderno para que respondam às questões propostas.
Observação: a Letra “A invertida” marcada nas figuras dos olhos, representa o lo-
cal onde a imagem é formada no olho. Dependendo do local de onde a imagem é
formada, a pessoa terá ou não uma alteração em sua visão.
34 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
1. Indique se a figura representa: “Olho de uma pessoa com Visão Normal”, “Olho de uma
pessoa com Miopia” ou um “Olho de uma pessoa com Hipermetropia”.
ÍRIS
RETINA
CÓRNEA
A
A
NERVO ÓPTICO
PUPILA
ÍRIS
CÓRNEA RETINA
A
A NERVO ÓPTICO
PUPILA
ÍRIS RETINA
CÓRNEA
A
A
2. Com base em sua pesquisa e na observação das imagens, comente sobre as características
da visão de cada uma das pessoas com alterações na visão, indicando também as caracte-
rísticas do formato do Olho Humano para cada tipo de problema.
CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL 35
SISTEMATIZANDO OS CONHECIMENTOS:
Página 27 no Caderno do Aluno
No quadro abaixo, complete com uso de poucas palavras, os campos em branco, indican-
do nas colunas correspondentes de cada tipo de Olho, o local onde se forma a imagem refletida
pela Luz no olho, as características do tipo de dificuldade ou não de enxergar uma imagem e o
nome do tipo de lentes de correção.
Na frente da retina
Olho com Dificuldades em enxergar
(olho é mais alongado, Divergente
Miopia de longe
tipo azeitona deitada)
A irregularidade na
curvatura da córnea
faz com que os raios
de luz não cheguem
Perda da nitidez, a
ao mesmo ponto
córnea apresenta maior
na retina, com isso,
Olho com curvatura em um de seus
a imagem levada Lentes cilíndricas
Astigmatismo eixos, o que distorce a
ao cérebro torna-se
visão tanto para perto
deformada, distorcida
quanto para longe.
ou desfocada
(olho é mais ovalado
para cima, tipo uma
azeitona em pé)
Lentes bi ou
Vista cansada
Devido a perda multifocais
(piora de visão normal
natural da elasticidade (Existem outros
que ocorre com o
do cristalino, o meios como o uso
Olho com avançar da idade,
mesmo não consegue de lentes de contato
Presbiopia quando os olhos
focar a luz na retina, ou os cirúrgicos, por
lentamente perdem a
formando a imagem exemplo, que podem
capacidade de focalizar
atrás dela. ampliar a discussão
objetos muito próximos)
sobre o assunto)
36 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Já sabemos que o Sistema Nervoso é responsável por conduzir informações para propor-
cionar ações e reações no nosso corpo e, assim, possibilitar movimentos, e reações aos estímu-
los externos. Mas será que existem substâncias que podem afetar e até mesmo alterar o funcio-
namento de nosso cérebro a ponto de alterar nossa percepção?
Vocês já pararam para pensar como o nosso corpo pode ser afetado pelo consumo
de diferentes substâncias?
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/cerveja-
meia-cerveja-copo-bebendo-801670
Fonte: https://www.pexels.com/photo/smoke-
smoking-1304527/
IMPORTANTE:
Professor(a), orientamos que faça uma análise coletiva das imagens apresentadas e, no caso da quarta
imagem, relacionada ao fumo, coordene o diálogo de modo que percebem de, apesar da imagem
parecer demonstrar uma pessoa “bonita” e um certo “glamour” no ato de fumar, é preciso refletir so-
bre o que realmente está acontecendo, como por exemplo:
- A pessoa está ingerindo veneno, que nesse momento está contaminando seu corpo, principalmente
o pulmão, mas que afeta também a garganta, dentes etc.
- Consequências imediatas: odor geralmente desagradável, dentes amarelados etc.
Enfim, é importante concluir com eles que a manutenção de nossa saúde e bem estar é o ato mais
glamouroso que podemos almejar e que existem comportamentos mais interessantes, tais como: dan-
ça, grupos ativistas etc.
Observação: optamos pelo uso desse tipo de imagem, pois é o que normalmente acontece nas festas
e muitas vezes é observado pelo(a)s estudantes. Daí a importância do trabalho pedagógico para des-
mistificar essa visão. Não é pedagógico tentar “enganar” o(a)s aluno(a)s com imagens de pessoas
destruídas pelas drogas, pois, além disso nem sempre ser verdade, não é que se visualiza por aí. Exce-
to para o caso do uso do crack, que não está sendo abordado nesse momento.
CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL 39
a) (V) todas as pessoas das imagens estão fazendo uso de algum tipo de droga.
c) (F) somente a imagem 1 não mostra a ingestão de uma substância que pode ser conside-
rada droga, pois o café é um alimento.
5. Considerando as questões anteriores, você já fez uso, ou conhece alguém que já usou al-
gum tipo de “droga”? Dê exemplos.
Neste momento o(a) aluno(a) já deve compreender que faz uso de algum tipo de droga licita.
Ressaltamos que a mediação é de fundamental importância, sobretudo se surgirem depoimentos
do uso de drogas ilícitas. Procure encaminhar as discussões no sentido de levá-los a perceber
os prejuízos decorrentes de suas escolhas.
AS DROGAS
Página 30 no Caderno do Aluno
Para compreendermos melhor essa questão, é preciso considerar que existem diferentes
tipos de drogas, segundo o tipo de alteração que causa no organismo. Com a orientação de
seu(sua) professor(a), faça uma pesquisa sobre a ação dessas drogas no cérebro. Utilize livros,
sites e outras fontes confiáveis para levantar essas informações e organizá-las preenchendo o
quadro a seguir:
40 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
a) depressoras
b) estimulantes
c) perturbadoras
a) lícitas
b) ilícitas
2. Vocês alteraram a visão que tinham sobre drogas? Comentem, utilizando os conhecimen-
tos adquiridos.
3. Pensando nos efeitos benéficos e maléficos da cafeína, por exemplo, podemos pensar um
pouco mais sobre a questão dos medicamentos: que cuidados temos de ter ao usarmos
certos medicamentos? Quais “os perigos (ou os riscos) da automedicação”?
4. Com os registros das pesquisas em mãos, participe de um debate sobre o tema com a sua
turma, de acordo com as orientações do(a) professor(a). Em seguida, registre uma dica que
você daria para garoto(a)s da sua idade sobre o consumo e/ou abuso de substâncias psi-
coativas, tomando como base os conhecimentos adquiridos.
CIÊNCIAS
7o Ano – Ensino Fundamental
Quadro 1 - Articulação entre as competências, habilidades e objetos de
conhecimento previstos no 7º ano - 3º bimestre.
Propomos que promova uma roda de diálogo, em que os(as) estudantes terão espaço para
ouvir, esclarecer os assuntos apresentados ou relacionados e/ou curiosidades sobre os temas,
assim como propor e negociar adequações e/ou alterações no planejamento do bimestre, des-
de que comprometidas com a aprendizagem a que todos(as) têm direito. Para garantir uma boa
discussão, na roda de diálogo, é importante que você professor (a) (re)visite a lista de acordos
construídos colaborativamente, com o objetivo de estabelecer uma boa gestão de sala de aula,
no processo ensino-aprendizagem da turma.
Observação: Neste momento de transição curricular, é importante que você professor(a),
realize uma análise das aprendizagens já adquiridas de seus(suas) aluno(a)s. Lembramos que as
sugestões podem e devem ser aprimoradas e adaptadas às possibilidades e necessidades das
turmas, a critério de cada docente.
O vídeo produzido pelo Instituto de Física da USP, como projeto de extensão, demonstra que o ar é
uma mistura de gases e o seu comportamento em diferentes temperaturas.
Produção: IF/USP.
CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL 45
Propomos apresentar o vídeo aos(às) estudantes e solicitar que, durante a exibição, obser-
vem e façam anotações nos seus cadernos, a partir dos seguintes questionamentos:
• Como se comportou o ar no balão amarelo quando este foi aberto naturalmente?
• O que aconteceu com o ar do balão laranja na presença do gás nitrogênio?
• Que explicação e conclusão você chegou com este experimento, apresentado no ví-
deo, em relação aos gases que compõem o ar em diferentes temperaturas?
Após a exibição do vídeo, sugerimos fazer uma roda de conversa com os(as) alunos(as)
sobre as observações que fizeram e as ideias principais do vídeo. Não se preocupe com os erros
e acertos, já que as ideias equivocadas deverão ser retomadas durante o desenvolvimento das
atividades, à medida que a turma for construindo o conhecimento, e ao final do bimestre, levan-
do cada estudante a perceber o quanto aprendeu no decorrer do percurso. Para isso, organize
o grupo de modo que todos(as) possam explicitar suas percepções e o(a)s oriente para que re-
gistrem, em seus cadernos, as discussões e as conclusões apresentadas na roda de diálogo.
carbono prejudicada pelo desmatamento e a liberação de metano realizada pela pecuária (gado). Po-
de-se, ainda, identificar ações que possam minimizar esses impactos, propondo a publicização e reali-
zação de campanhas para estimular a adoção de ações práticas, tais como a diminuição do consumo
de carne e laticínios, o incentivo a políticas públicas, que promovam a preservação e ampliação de
áreas verdes, a redução do uso do automóvel etc. Incitar questionamentos e esclarecimentos a respei-
to da formação da camada de ozônio e seu papel na proteção da Terra e dos seres vivos contra os raios
ultravioletas. Destaca-se a oportunidade de realizar investigações sobre as ações humanas, responsá-
veis pela destruição da camada de ozônio, e o levantamento de ações que possam minimizar esses
impactos, propondo a publicização e realização de campanhas para estimular a adoção de ações prá-
ticas. Estas atividades constituem formas contextualizadas para o desenvolvimento das habilidades
propostas nestes bimestres.
Professor(a), pretende-se, com as atividades aqui sugeridas, provocar nos (as) estudantes
a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação,
a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e tes-
tar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base
nos conhecimentos das diferentes áreas.
Caro(a) professor (a), para estimular sua turma a aprofundar o conhecimento, sugerimos a
proposta de investigação e discussão com sua turma sobre os fenômenos naturais e de origem
antrópica. Para provocar os(as) estudantes a refletirem sobre o assunto, apresente o seguinte
vídeo: O que é mudança do clima?, disponível em https://youtu.be/ssvFqYSlMho. Acesso em:
31.05.2019.
O vídeo aborda a mudança do clima antropogênica, ou seja, aquela causada pelo homem, está asso-
ciada ao aumento da emissão de gases de efeito estufa (GEE) por queima de combustíveis fósseis (dos
automóveis, das indústrias, usinas termoelétricas), queimadas, desmatamento, decomposição de lixo
etc. Com mais desses gases na atmosfera, maior quantidade de calor vindo do sol fica retido na super-
fície terrestre, de maneira que o nosso planeta passa a sentir os efeitos do aquecimento global: altera-
ções nos períodos de chuva e seca, maior frequência de tempestades, aumento da temperatura média
global, derretimento das calotas polares, aumento do nível do mar... Esses são alguns sinais da mudan-
ça do clima.
Vídeo elaborado por:
– Centro de Ciência do Sistema Terrestre (CCST)
– Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
– Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais (Rede Clima)
Propomos apresentar o vídeo aos(às) estudantes e solicitar que, durante a exibição, obser-
vem e façam anotações nos seus cadernos, a partir dos seguintes questionamentos:
• O que pode causar a mudança do clima?
• Qual a relação entre o desmatamento de florestas e a mudança do clima?
CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL 47
• Por que as consequências do aumento da temperatura são graves para o meio ambien-
te e todos os seres vivos, incluindo o homem.
Após a apresentação do vídeo, sugerimos fazer uma roda de conversa com os(as)alunos(as)
sobre as observações que fizeram e as ideias principais do vídeo. Não se preocupe com os erros
e acertos, já que as ideias equivocadas deverão ser retomadas durante o desenvolvimento das
atividades, à medida que a turma for construindo o conhecimento, e ao final do bimestre, levan-
do cada estudante a perceber o quanto aprendeu no decorrer do percurso. Para isso, organize
o grupo, de modo que todos(as) possam explicitar suas percepções, e o(a)s oriente a registra-
rem, em seus cadernos, as discussões e as conclusões apresentadas na roda de diálogo.
PERCEBENDO A EXISTÊNCIA DO AR
Página 9 no Caderno do Aluno
Professor (a), após os(as) alunos (as) responderem às questões propostas, prepare uma socia-
lização dos conhecimentos prévios da sua turma, orientando-os a realizarem anotações em seus
cadernos. Na continuidade do estudo da temática, oriente os (as) alunos(as) que observem com
atenção a imagem de um balão (a seguir) e solicite que respondam às questões na sequência.
48 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Fonte: <https://www.pexels.com/pt-br/foto/aventura-baloes-
baloes-de-ar-quente-bexigas-1685016> acesso 15.03.2019
3. Como você explica a subida e o deslocamento do Balão acima das nuvens? Registre suas
hipóteses no espaço abaixo:
COMPROVANDO A EXISTÊNCIA DO AR
Professor(a), avalie a partir dos conhecimentos adquiridos, até o momento, pela sua turma
da habilidade proposta e, ainda em grupos, desafie-os a elaborar uma proposta de experimento
que comprove a existência do ar e possa ser desenvolvida pelo grupo na escola.
CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL 49
A partir das suas orientações e combinados, cada grupo irá registrar todas as etapas da
realização do experimento para comprovar a existência do ar.
É importante orientar sua turma a realizarem o registro de todos os materiais necessários e
procedimentos utilizados, para a conclusão do experimento, incluindo os resultados obtidos.
Explique aos grupos, que façam os registros em formato de relatório (de acordo com os
itens apresentados no modelo de relatório que está disponível no São Paulo Faz Escola -
Caderno do Aluno, 7º ano - 3º Bimestre, página 11.
CIÊNCIAS 11
Experimento:
Materiais e Procedimentos:
Ilustração:
Resultados:
Conclusão:
50 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Momento de Socialização
Professor(a), combine com seus (suas) alunos (as), o dia da aula de Ciências em que os gru-
pos irão demonstrar (vivenciar) seu experimento, apresentando os resultados obtidos. Lembran-
do que caberá aos grupos providenciarem os materiais necessários, a condução do experimento
e apresentação.
Oriente os(as) alunos (as), que durante as apresentações dos demais grupos, participem
registrando, no seu caderno, as informações novas e/ou complementares sobre o tema estuda-
do. Pretende-se com esta atividade de investigação permitir ao aluno identificar, por meio de
experimento, a presença de determinados gases no ar, como oxigênio.
Professor (a), oriente seus (suas) alunos (as), que para aprofundar os seus conhecimentos a
respeito do tema proposto, realizem a análise do gráfico (abaixo) da Composição dos gases da
Atmosfera Terrestre, que demonstra a concentração dos principais gases que compõem a at-
mosfera, explicando para sua turma previamente que a atmosfera é a camada de ar que envol-
ve o planeta Terra, sendo composta especialmente de nitrogênio, oxigênio, vapor d’água, gás
carbônico e outros gases. Sugerimos também que proponha para os (as) alunos (as) que, se ne-
cessário, realizem pesquisas em livros didáticos ou em outras fontes indicadas por você para
responderem às questões que se pede .
Composição
COMPOSIÇÃO dos gases
DOS GASES DA da atmosfera TERRESTRE
ATMOSFERA terrestre
1%
Nitrogênio (N2)
21%
Oxigênio (O2)
Outros gases
78% • vapor d’água,
CO2, CH4, He,
Ne, H2
CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL 51
CICLO DO OXIGÊNIO
Página 13 no Caderno do Aluno
Professor (a), para realização da próxima atividade retome com sua turma sobre o Oxigê-
nio ser considerado o segundo gás mais abundante da atmosfera terrestre , propondo aos es-
tudantes que analisem com atenção a representação do Ciclo do Oxigênio e que leiam com
cautela as afirmações abaixo, observando cuidadosamente e indiquem se são verdadeiras (V)
ou falsas (F).
O2
( ) Os seres vivos, como os representados na imagem, utilizam o gás oxigênio (O2) presente no
ar, para a realização do processo da respiração.
( )
Organismos fotossintetizantes, como os vegetais, contribuem com a reposição do gás
oxigênio (O2) para o meio ambiente, por meio do processo de fotossíntese.
( ) Os seres vivos fotossintetizantes são capazes de absorver o gás carbônico (CO2), presente na
atmosfera terrestre, e sintetizar o seu próprio alimento.
( ) Os vegetais não respiram, por isso absorvem o gás carbônico e liberam o oxigênio para a
atmosfera.
( ) Os animais também contribuem com a liberação do gás carbônico para a atmosfera.
seu critério) os(as) alunos(as) respondam às questões propostas. Após a leitura do texto, efetua-
da pela sua turma, oriente–os a responderem às questões abaixo, conforme seus critérios e
combinados e estimule a utilizarem outras fontes de pesquisa caso seja necessário.
SUGESTÃO DE PESQUISA!
Professor(a), organize sua turma em grupos, para realizarem uma pesquisa descre-
vendo uma ação de natureza climática, ocorrida nos últimos meses, de grande im-
pacto ambiental e que prejudicou a fauna e a flora do local, da região ou do Estado
onde os alunos residem.
Professor(a), nesta atividade propomos que peça para sua turma observar a imagem de
uma CASA DE VIDRO (foto a seguir), esclarecendo que a casa está totalmente fechada num dia
de muito sol, simulando o fenômeno do Efeito Estufa.
Pretende-se com esta atividade que os(as) estudantes consigam identificar, representar e
descrever, por meio de evidências, a ação dos raios solares sobre o planeta Terra e fenômeno do
Efeito Estufa, incluindo a Camada de Ozônio.
CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL 55
Proponha, na sequência, para sua turma que realizem as anotações dos seguintes questio-
namentos sobre a Casa de Vidro:
EFEITO ESTUFA
Página 16 no Caderno do Aluno
Professor(a), com suas orientações e combinados, indicamos que organize sua turma em
grupos ou outra forma, como preferir, e explique aos (as) alunos (as) que eles devem analisar
com atenção a Representação Esquemática do Efeito Estufa (a seguir), sugerindo que eles(as),
realizem pesquisas complementares necessárias em fontes recomendadas e indicadas por você
, para responder às questões propostas .
Pretende-se que os(as) estudantes, após o desenvolvimento das atividades propostas, des-
ta temática, reconheçam o mecanismo natural do efeito estufa e seu papel fundamental para o
desenvolvimento da vida.
56 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Efeito Estufa
A
FER
OS
TM
A
AR
SOL
IAÇÃO
RAD
CH
CO 2
4
H2 O
POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
Professor (a), para o desenvolvimento das habilidades propostas neste bimestre, aconse-
lhamos explorar a identificação das fontes de poluição atmosférica e discutir as consequências
da poluição para a qualidade de vida e a saúde, além de propor ações para o controle da polui-
ção, para tanto sugerimos que organize sua turma com leitura compartilhada do texto: Os auto-
móveis x poluição (São Paulo faz escola – caderno do aluno, 7º ano, 3º bimestre, página 18), e
recomendamos que na sequência, após a leitura , individualmente ou em grupos (conforme seu
critério), os (as) alunos(as) respondam às questões propostas, conduzindo sua turma a usar fon-
tes de pesquisas para realizarem a atividade ( exemplos : livros didáticos, artigos científicos,
revistas, jornais e internet) ou outras fontes que você achar mais necessário.
CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL 57
Os automóveis x poluição
Os automóveis são um dos vilões do aquecimento glo-
bal e campeões na emissão de gases do efeito estufa.
Além de intensificar a atividade industrial, o desenvol-
vimento econômico aumentou o número de automó-
veis em circulação e, como consequência, temos con-
gestionamentos, principalmente nas grandes cidades.
Movidos a álcool, gasolina ou diesel os automóveis
emitem gases poluentes e agravam a poluição atmos-
férica. Analisado os diferentes tipos de poluentes at-
mosféricos, foi detectado que o maior impacto é cau- Fonte: https://pxhere.com/pt/photo/1411818
sado por automóveis e motos - dois transportes Acesso 14.03.2019
individuais, quando comparados ao ônibus, considerando os índices de emissões por passageiros
transportados. O grande problema está na quantidade de materiais particulados, que são lançados
por estes veículos na atmosfera e são imperceptíveis a olho nu. Estes materiais não encontram barrei-
ras físicas, caminhando livremente pelo ar que respiramos, afetando nossos pulmões e, muitas vezes,
levando ao desenvolvimento de doenças como: asma, bronquite, alergias além de graves doenças
cardiorrespiratórias.
Elaborado especialmente para o São Paulo Faz Escola.
1. Qual é o combustível que mais polui a atmosfera: o álcool, a gasolina ou o óleo diesel?
2. E quais os veículos mais impactantes? Justifique suas respostas.
3. Que efeitos nocivos podem causar a queima dos combustíveis no ambiente e na saúde da
população e dos outros seres vivos?
4. O ar que respiramos é composto por uma mistura de gases. Ele é extremamente impor-
tante para a nossa vida e a de outros seres vivos. Faça uma pesquisa sobre os principais
problemas causados pela poluição do ar, na região (bairro ou cidade) em que você reside.
5. Indique três medidas que poderiam ser tomadas pelo poder público e/ou pela sociedade
para promoverem a redução da poluição do ar.
Professor(a), para identificar ações que possam minimizar esses impactos, proponha para
sua turma realização de campanhas para estimular a adoção de ações práticas, tais como a dimi-
nuição do consumo de carne e laticínios, o incentivo a políticas públicas que promovam a pre-
servação e ampliação de áreas verdes, a redução do uso do automóvel etc. Conforme sugestão
da atividade – Combatendo a poluição do ar - (São Paulo Faz Escola – Caderno do Aluno, 7º
ano, 3º bimestre, página 19).
58 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Combatendo a poluição do AR
Elabore, com seu grupo, e seguindo as orientações do(a) professor(a), um documento a ser
enviado às Secretarias de Saúde e de Meio Ambiente, e ao Govenador indicando e solicitan-
do medidas para redução da poluição do ar em nosso Estado.
Professor (a) , é possível, explorar a identificação das fontes de poluição atmosférica e dis-
cutir as consequências da poluição para a qualidade de vida e a saúde, além de propor ações
para o controle da poluição , a fim de que o (a) estudante reconheça as alterações quantitativas
e qualitativas da composição do ar, provocadas pela alteração de fenômenos naturais e de ori-
gem antrópica, como as ocasionadas pela queima de combustíveis fósseis. Indicamos para este
propósito o preenchimento de uma tabela, por meio de grupos, bem como realização de pes-
quisas em fontes confiáveis sobre as ações humanas responsáveis pelo seu acionamento. Orien-
te sua turma a realizar uma pesquisa sobre as FONTES POLUIDORAS E SEUS EFEITOS SOBRE
A SAÚDE HUMANA E AMBIENTAL, preenchendo a tabela disponível no São Paulo Faz Escola
– Caderno do Aluno, 7º ano, 3º bimestre, página 20.
Poeira e fumaça
Dióxido de nitrogênio
Dióxido de enxofre
Dióxido de carbono
Monóxido de carbono
CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL 59
Compete a você, professor (a), organizar e planejar as socializações das correções das ati-
vidades propostas, sempre que necessário no momento da socialização das atividades propos-
tas e sugeridas no Guia de Transição Curricular e no Caderno do Aluno – São Paulo Faz Escola.
CAMADA DE OZÔNIO
Páginas 21 e 22 no Caderno do Aluno
Fonte: http://twixar.me/C8GK
A maioria das pessoas esperam pelo verão para aproveitar as férias e ter a oportunidade de passar mais
tempo ao Sol. Sabemos bem que o Sol tem muitos efeitos positivos: a luz do Sol, que é lançada no es-
paço na forma de energia, atravessa as camadas da atmosfera como radiação eletromagnética sendo
denominada radiação solar. Esta energia é emitida na forma de luz visível, infravermelho (IV) e ultravioleta
(UV), sendo percebida na forma de calor (energia), ajuda o nosso corpo a produzir vitamina D, necessária
para os músculos e ossos, além de auxiliar no sistema imunológico. A luz visível do Sol, a radiação solar,
estimula a produção do hormônio endorfina, benéfico para as pessoas que sofrem de depressão, en-
quanto sua luz infravermelha ajuda a melhorar a circulação, potencializando o metabolismo celular.
A radiação ultravioleta (UV) atinge a Terra durante todo o dia, todos os dias. Os raios UVA atravessam
sem impedimento, nuvens e vidro. Eles atingem as camadas mais profundas da pele (derme) e podem
60 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
causar envelhecimento precoce, alergia solar, dano ao DNA e na retina. A radiação UVB, também atra-
vessa as camadas da atmosfera, mas pode ser barrada por nuvens, causa vermelhidão e queimadura.
Os raios UVA e UVB flutuam durante o dia e são mais incidentes ao meio-dia.
Mas, para nossa alegria podemos contar com uma camada protetora chamada de Camada de Ozônio,
ozônio gás - (O3), rarefeito formado por três átomos de oxigênio. Sua maior concentração localiza-se na
Estratosfera e forma uma espécie de escudo, com aproximadamente 30 km de espessura, que protege
o planeta. Sem ele, os raios UV poderiam exterminar a maioria das formas de vida do planeta.
A redução da camada de ozônio aumenta a exposição aos raios ultravioletas. Apesar dessa camada
absorver a maior parte da radiação UV, uma pequena porção atinge a superfície da Terra. E é justamen-
te essa radiação que acaba provocando diversos danos, tais como: diminuição na produção agrícola e
aumento da temperatura das águas oceânicas, o que interfere no ciclo de vida marinha, especialmente
o plâncton (plantas e animais microscópicos), que estão na base da cadeia alimentar e absorvem 50 %
de dióxido de carbono do planeta.
A pele é vital a nossa saúde e bem-estar, sendo a nossa primeira linha de defesa contra bactérias e ví-
rus, mantém o equilíbrio dos líquidos e ajuda a manter a temperatura corporal. A pele é um órgão di-
nâmico e consiste de três camadas principais: epiderme, derme e hipoderme (camada subcutânea).
A exposição ao Sol é boa, mas há um limite, quando em demasia pode ser prejudicial à saúde, espe-
cialmente para a pele. Quem aqui nunca ficou ardido depois de um dia ensolarado de verão?
Quando você exagera no banho de Sol, sem proteção física ou química, provoca uma reação nociva ao
seu organismo, mais especificamente na pele. A vermelhidão ou o bronzeado nada mais são do que
formas que a pele apresenta para tentar proteger o corpo da exposição prolongada ao Sol.
A pele de qualquer ser vivo apresenta um tipo de célula conhecida como melanócito, que é responsá-
vel pela produção e acúmulo da proteína, neste caso a melanina. A melanina é uma proteína respon-
sável pelo pigmento da coloração típica dos seres vivos e protege contra a radiação (ultravioleta) noci-
va do Sol.
Quando você fica exposto por muito tempo aos raios Solares, a pele fica ardendo ou, pior, com quei-
maduras sérias. Mas o ardor, os inchaços, as queimaduras e até mesmo o envelhecimento precoce e a
flacidez da pele são os problemas menos graves dessa história toda. A radiação UVA pode provocar
vários tipos de câncer de pele, inclusive um tipo mortífero, conhecido como melanoma. A cada expo-
sição indevida ao Sol aumentamos o risco do desenvolvimento de câncer de pele. Contudo, com o
conhecimento sobre os perigos associados à exposição prolongada ao Sol e com cuidados simples,
podemos diminuir os riscos de desenvolver qualquer problema e/ou evitá-los. Os filtros solares são
produtos que proporcionam uma proteção adicional à nossa pele contra as radiações nocivas do Sol.
Saiba que 1% a menos na camada de ozônio pode significar 100 mil novos casos a mais de cata-
rata e 10 mil de câncer de pele.
Elaborado especialmente para o São Paulo Faz Escola
CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL 61
2. Comente sobre a importância da radiação solar, na vida dos seres vivos do nosso planeta
e, especificamente, para os seres humanos.
3. O que os raios ultravioletas (UVA e UVB), em excesso e a sua exposição sem proteção,
podem causar a nossa saúde, direta ou indiretamente?
4. Como a pele e o nosso corpo são protegidos das radiações ultravioletanocivas do Sol?
5. Se a camada de ozônio fosse totalmente extinta pelos gases poluentes, permitindo a pas-
sagem de toda a radiação proveniente do Sol, os seres vivos poderiam sobreviver na su-
perfície terrestre, nessas circunstâncias? Como?
Professor (a), recomendamos que planeje e garanta, no decorrer das aulas, a socialização
das respostas dos (as) alunos (as) e as interferências e correções necessárias das atividades do
Caderno do Aluno – São Paulo Faz Escola.
COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS
Páginas 23 e 24 no Caderno do Aluno
Professor (a), na sequência das temáticas propostas, espera-se que os (as) alunos(as) reco-
nheçam a importância de associar os fenômenos naturais aos resíduos eliminados, como é o
caso da “queima de combustíveis fósseis”. Pode-se, ainda, identificar ações que venham a
minimizar esses impactos, propondo a publicização e realização de campanhas para estimular o
incentivo a políticas públicas, que promovam redução do uso do automóvel e outros meios de
transportes poluentes, para isto, recomendamos que organize sua turma com o estudo do tex-
to: Combustíveis e os meios de transporte (São Paulo Faz Escola – Caderno do aluno , 7º ano,
3º bimestre , páginas 23 e 24). Orientando sua turma que, após o estudo do texto, respondam
às atividades que se pede. (São Paulo Faz Escola – Caderno do aluno, 7º ano, 3º bimestre, pá-
ginas 24, 25 e 26 ).
62 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Fonte: https://pxhere.com/pt/photo/1461029
acesso 11.03.2019
Apesar de estarmos usando o termo “combustível”, nem sempre a energia utilizada nos transportes
tem origem em uma combustão (queima).
Um exemplo são os trólebus, ônibus elétricos que ainda circulam na cidade de São Paulo movidos a
energia elétrica, ligados a fios de baixa tensão. Essa energia, por sua vez, pode vir de diferentes tipos
de fontes ou até mesmo de uma bateria. Existem diversos tipos de combustíveis para meios de trans-
portes. Alguns já são bastante conhecidos, como: álcool, gasolina, gás natural e o diesel, mas a ciência
tem avançado na descoberta de novas maneiras de colocar veículos em movimento.
Gasolina, derivada do petróleo, é o carburante mais utilizado atualmente nos motores endotérmicos,
ganha sua conhecida forma por meio da destilação. É formada por hidrocarbonetos e compostos de
carbono, hidrogênio, enxofre, nitrogênio e compostos metálicos, todos encontrados em concentra-
ções não muito elevadas. No Brasil, são comercializados dois tipos de gasolina: a comum (que pode
ser aditivada) e a que tem mais octanas (aditivos que visam melhorar a performance do combustível).
Esta última passa por um processo que garante maior performance do motor, por meio da qualidade
de estabilidade, corrosividade e octanagem.
A gasolina e o diesel são derivados do petróleo, conhecidos como combustíveis fósseis, originados
por matéria orgânica em decomposição que, no contato, com o calor e a alta pressão, dão origem aos
hidrocarbonetos. Esses combustíveis também são classificados como não renováveis, pois sua renova-
ção ocorre em uma escala de tempo de milhões de anos. Ainda que os combustíveis fósseis continuam
sendo gerados a partir da decomposição de animais e plantas, não são suficientes para atender à
enorme demanda mundial por tempo ilimitado.
O gás natural é um combustível fóssil que se encontra na natureza, normalmente em reservatórios profun-
dos no subsolo, em duas formas distintas, jazidas ou biomassa. Em jazidas (associado ao petróleo) sendo
finito, porém menos agressivo ao meio ambiente quando comparado ao petróleo e carvão mineral.
O biogás, produzido por meio da biomassa, fonte infinita de combustível renovável, é menos impac-
tante ao meio ambiente e é economicamente mais acessível.
Hoje em dia, o biogás é muito utilizado em geração de energia elétrica nas termelétricas e em meios
de transportes substituindo a gasolina, o álcool e o diesel, ganhando importância no cenário mundial,
principalmente por sua menor emissão de gases do efeito estufa.
CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL 63
1. As fontes de energia mais utilizadas em todo mundo, tais como petróleo, carvão mineral e
gás natural são combustíveis fósseis. Assinale a alternativa correta para completar a frase:
4. Quais fontes de combustíveis para o meio de transporte você considera ser a menos pre-
judicial à saúde dos seres vivos e ao meio ambiente? Justifique sua resposta e compartilhe
com a turma.
5. Que alternativa você sugere para diminuir o consumo de produtos derivados do petróleo,
uma vez que a queima deste combustível elimina gases do efeito estufa, realçando o
aquecimento global?
Após a socialização das questões propostas com suas orientações e interferências, quando
achar necessário, proponha aos(às) alunos(as) que realizem pesquisas em livros didáticos ou em
outras fontes, indicadas por você, para responderem às questões abaixo.
a) Pesquise por que os canudinhos de plástico são considerados “vilões” para o meio ambiente.
b) Além do canudinho, quais outros produtos de plástico estão na lista de vilões do meio
ambiente? Justifique, indicando os problemas provocados por eles.
c) Qual a sua opinião sobre a campanha de acabar com os canudinhos de plásticos? Você
acredita que devemos incluir também os plásticos descartáveis, como copos? Justifique e
deixe registrado o seu comentário.
d) Que material menos poluente pode ser usado no lugar do plástico? Justifique.
DESAFIO
Participe da campanha da ONU “Mares Limpos” – uma mobilização global para reduzir
o uso de plásticos descartáveis nas escolas e no dia a dia. Sob a orientação do(a)
professor(a), se organizem em grupos, e elaborem estratégias para implantar ações que
promovam a redução do consumo de plásticos na Escola e na comunidade do entorno.
Obs.: Pesquise sobre governos que criaram leis abolindo o uso de descartáveis.
CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL 65
Professor(a), como sugestão: esquematize e organize uma exposição com as pesquisas dos
(as) alunos (as) e faça intervenções necessárias das atividades propostas do Caderno do Aluno
– São Paulo Faz Escola.
Professor (a), nesta atividade, espera-se que os ( as) estudantes reconheçam os problemas
que o desmatamento pode provocar no meio ambiente , oriente – os a realizar a leitura do texto:
O desmatamento e o aquecimento do Planeta Terra ( São Paulo Faz Escola – Caderno do
Aluno, 7º ano, 3º bimestre, pagina 28 e 29), e na sequência respondam aos exercícios propostos.
O desmatamento e
o aquecimento do
Planeta Terra
Fonte: encurtador.com.br/jstR2
O nosso Planeta apresenta quase um terço de área terrestre, mas a distribuição está mudando de-
vido ao uso da terra. Com a Revolução Industrial, o aumento da demanda por terras agrícolas cau-
sou a transformação das florestas em plantações e pastagens em grandes partes do mundo. O
desmatamento em grande escala continua até os dias de hoje, com uma perda média anual de
0,19 milhões de Km².
Na Amazônia, 20% da floresta original já foi desmatada. Se o processo de destruição das florestas
continuar no ritmo atual - cerca de 7 mil Km²/ano no caso da Amazônia, dentro de quatro décadas te-
remos uma grande perda. Uma vez que a floresta Amazônica é uma grande fornecedora de umidade
para a atmosfera, permitindo maior controle nas temperaturas e, como consequência, frequência de
chuvas e formação dos chamados “rios-voadores”, podemos perceber sua importância para a manu-
tenção das atuais condições climáticas do Brasil e da América do Sul. Portanto, se considerarmos essa
dinâmica em termo Global, pode-se concluir que a remoção das florestas auxilia o aumento da tempe-
ratura média e diminui o volume de precipitação em várias localidades.
Enfim o desmatamento das áreas naturais favorece o aquecimento global, causando um desequilíbrio
climático, resultante da retirada da vegetação, que, entre outras funções, auxilia no controle das tem-
peraturas e dos regimes de chuva.
Elaborado especialmente para o São Paulo Faz Escola.
66 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
1. De acordo com texto e com os seus conhecimentos, associe as colunas, indicando as con-
sequências do desmatamento.
a. Comprometimento da Biodiversidade
b. Erosão do solo
c. Intensificação do Efeito Estufa
d. Aparecimento de doenças
( ) A remoção da floresta rompe com o sistema natural de produção dos nutrientes, ficando
desprotegido e tornando-se improdutivo.
( ) O desmatamento extingue grande número de espécies das florestas e também aquelas
ainda não descobertas pela ciência.
( ) As plantas tornam-se mais sensíveis ao ataque de pragas e parasitas, que são eliminados
com agrotóxicos.
( ) A destruição das florestas diminui a quantidade de vapor d’água na atmosfera e, ao mesmo
tempo, diminui a captura do CO2 ( gás carbônico ) atmosférico.
a) Esse tipo de atividade tem alguma relação com a intensificação do Efeito Estufa e, conse-
quentemente, com as mudanças climáticas? Explique.
b) Descreva os danos ambientais que você notou e o que pode ter acontecido com as espé-
cies de seres vivos, que viviam na floresta.
c) É possível recuperar essa área? Como? Teria algum impacto positivo sobre a intensificação
do Efeito Estufa? Explique.
CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL 67
CONSUMO SUSTENTÁVEL
Página 31 no Caderno do Aluno
Professor(a), espera-se que com o desenvolvimento desta atividade os (as) estudantes, pro-
movam ações que possam minimizar os impactos ambientais, sugerindo a realização de campa-
nhas para incentivar a adoção de ações práticas, tais como o Consumo Sustentável, bem como
conhecer as políticas públicas para que promovam a preservação do meio ambiente, iniciando
com a leitura do texto abaixo .
O Consumo Sustentável envolve a escolha de produtos, que utilizam menos recursos naturais em sua
produção, garantindo o emprego decente aos que os produziram, e que serão facilmente reaproveita-
dos ou reciclados. Significa comprar aquilo que é realmente necessário, estendendo a vida útil dos
produtos tanto quanto possível. Consumimos de maneira sustentável quando nossas escolhas de com-
pra são conscientes, responsáveis, com a compreensão de que terão consequências ambientais e so-
ciais – positivas ou negativas.
Elaborado especialmente para o São Paulo Faz Escola
68 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Após a leitura do texto, explique para a turma, para a sensibilização da temática, que ava-
liem e reflitam os seguintes questionamentos, abaixo, sobre o Consumo Sustentável :
Professor (a), indicamos que planeje um debate com as respostas dos (as) alunos (as) e com
sua mediação e intervenções, necessárias, das atividades propostas no Caderno do Aluno – São
Paulo Faz Escola.
Na continuidade do desenvolvimento da temática , peça para sua turma analisar a tirinha
abaixo e responder às questões.
Professor (a), baseando-se no tema proposto, incentive e proponha para sua turma que
agora é a vez deles criarem uma tirinha. Com as seguintes orientações:
Não esqueça do título! Para elaborar sua tirinha, você pode pensar em como seria se você
abrisse o seu armário, ou seja, pense nos produtos que você consome e/ou acumula, que pode-
riam ser evitados, por exemplo.
CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL 69
SOCIALIZAÇÃO
Professor (a), faça com que os (as) estudantes reflitam sobre os conhecimentos adquiridos
respondendo:
“O que você pode fazer para contribuir com a sustentabilidade de nosso planeta”?
Incentive sua turma para reunirem-se em grupos e elaborarem uma campanha para redu-
ção do consumo na Escola. Para tanto, considerem:
• Água e Energia
• Produtos descartáveis
• Papel e outros materiais de consumo
• Embalagens
OBSERVAÇÃO: Para enriquecer a campanha, oriente – os para que pesquisem sobre: pro-
dutos ecológicos, permacultura, outras economias (circular, solidária, sustentável etc.).
70 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
CIÊNCIAS
8o Ano – Ensino Fundamental
PRIMEIRO MOMENTO
A unidade temática Vida e evolução propõe o estudo de questões relacionadas aos seres vivos
(incluindo os seres humanos), suas características e necessidades, e a vida como fenômeno na-
tural e social, os elementos essenciais à sua manutenção e à compreensão dos processos evolu-
tivos que geram a diversidade de formas de vida no planeta. Outro foco dessa unidade é a
percepção de que o corpo humano é um todo dinâmico e articulado, e que a manutenção e o
funcionamento harmonioso desse conjunto dependem da integração entre as funções específi-
cas desempenhadas pelos diferentes sistemas que o compõem.
Fonte: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf acesso em:
18.04.2019.
• Adolescência e Sexualidade;
• Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e AIDS;
• Sexualidade humana
• Diversidade sexual.
72 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
ADOLESCÊNCIA E SEXUALIDADE
Página 9 no Caderno do Aluno
Professor (a),
A proposta de atividade introdutória tem caráter de sensibilização e sondagem inicial, com
base em leitura de depoimentos, com análise crítica de diálogos em roda de conversa, visa mo-
bilizar os conhecimentos prévios dos (as) alunos(as), motivar e preparar a turma para as ativida-
des subsequentes.
Possui uma introdução da temática e os diálogos conforme segue: 9
ADOLESCÊNCIA E SEXUALIDADE
A adolescência pode ser entendida como uma fase do desenvolvimento humano em que ocor-
rem muitas transformações - corporais, psicológicas, socioafetivas, muitas descobertas e muitas dú-
vidas, pois surgem inúmeras situações novas, que marcam a passagem da infância para a vida adulta.
Muitas dúvidas sobre sexualidade entre adolescentes e jovens dizem respeito à vivência da
sexualidade de forma plena, evitando-se certos riscos e perigos, como uma gravidez não plane-
jada ou a transmissão de doenças, como as Infecções Sexualmente Transmissíveis - IST.
No Caderno do Aluno, foi informado que você professor(a) irá organizar os grupos
para iniciar as discussões, conforme as seguintes informações.
Cada grupo deve analisar um depoimento diferente, procurando explorar o teor do depoi-
mento, se há alguma fragilidade, se concordam ou discordam com o exposto no diálogo, expli-
cando seus pontos de vista. Para nortear as discussões, devem responder às questões propos-
tas, podendo também manifestar outras percepções levantadas pelo grupo.
c) Socializem para a classe todas as observações registradas, dando oportunidade para o(a)s
demais colegas analisarem o depoimento que coube ao seu grupo.
VOCÊ SABIA?
O dia 26 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção da Gravidez na Adolescên-
cia e acontece em mais de setenta países da Europa, Ásia e América Latina. No
Brasil, foi sancionada a Lei 13.798 de 2019, que acrescenta o artigo 8o ao Estatuto
da Criança e do Adolescente (ECA) para instituir a Semana Nacional de Prevenção
da Gravidez na Adolescência, a ser realizada na 1a semana de fevereiro.
Nas últimas duas décadas, a gravidez na adolescência se tornou um importante
tema de debate e alvo de políticas públicas em praticamente todo o mundo.
Algumas informações importantes sobre o tema:
A gravidez na adolescência teve uma queda de 17% no Brasil segundo dados preli-
minares do Sinasc (Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos) do Ministério da
Saúde (2004 a 2015).
Em números absolutos a redução foi de 661.290 nascidos vivos de mães entre 10 e
19 anos em 2004 para 546.529 em 2015.
A região com mais filhos de mães adolescentes é o Nordeste (180.072 – 32%), se-
guido da região Sudeste (179.213 – 32%). A região Norte vem em terceiro lugar
com 81.427 (14%) nascidos vivos de mães entre 10 e 19 anos, seguido da região Sul
(62.475 – 11%) e Centro Oeste (43.342 – 8%).
Fonte: http://portalms.saude.gov.br/saude-para-voce/saude-do-adolescente-e-do-jovem/informacoes-sobre-
-gravidez-na-adolescencia2 - Acesso em: 15 mar.2019.
De acordo com as informações acima, mesmo considerando que houve diminuição nos
índices de gravidez na adolescência em 17% no Brasil entre 2004 e 2015, podemos observar que
o número de adolescentes grávidas ainda é muito alto.
1. Diante desses dados, como podemos justificar os altos índices de bebês nascidos de mães
adolescentes?
2. Que ações preventivas são necessárias para que possamos diminuir ainda mais os casos
de gravidez na adolescência?
3. Agora, analise a imagem abaixo. Ela representa informações mais detalhadas sobre a
questão da gravidez na adolescência no Brasil. Faça uma leitura crítica e responda aos
itens a seguir.
CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL 75
Prevalece em famílias Queda é tímida, taxas continuam elevadas Norte e Nordeste têm os maiores
de baixa renda Número de nascidos vivos de mães adoslecentes números relativos de casos
• É maior em áreas rurais e percentuais em relação ao total de nascidos Nascidos vivos de mães na faixa de 10 a
• Nas cidades, ocorre vivos (comparativo entre 2005 e 2015) 19 anos por região, em 2015. Números
mais nas periferias absolutos e % em relação ao total
• Potencializa o risco de bebês Faixa etária das mães
Brasil:
prematuros e de baixo peso Entre 10 e 14 anos Entre 15 e 19 anos 547.564
• Diminui conforme aumenta % 18,14%
25 661.137 82.112
a escolaridade das jovens 25,58%
20,9%
20 547.565
17,26% 180.186
21,30%
15
43.369
17,51%
10 179.332
15,00%
5 26.752 26.700
0,881% 0,884%
62.565
0 15,39%
2005 2015
Fonte: https://www12.senado.leg.br/noticias/especiais/especial-cidadania/gravidez-precoce-ainda-e-alta-mostram-dados.
Acessado em: 15 março 2019.
É necessário, porém, que os(as) estudantes sejam orientados quanto à abordagem que
farão com as pessoas entrevistadas, ou seja, será necessário estabelecer com eles, como irão
coletar as informações e apresentar o objetivo da pesquisa, definindo o público que idealizam
alcançar. É importante, também, garantir o sigilo das respostas dos entrevistados, explicando os
procedimentos éticos e também as diferenças entre pesquisas quantitativas ou qualitativas.
Você, professor(a), terá a autonomia para adaptar a pesquisa à sua realidade escolar.
76 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
4. Pesquise na sua escola e/ou no seu bairro se há adolescentes grávidas. Registre em uma
tabela, a idade e o ano escolar em que estão. E, abaixo, transcreva esses dados em um
gráfico, de acordo com os resultados de sua pesquisa.
Número de
Grávidas
6
0 Ano Escolar
Observação: Seu(Sua) professor(a) irá decidir com sua turma, como será realizada
essa pesquisa e irá orientá-lo(a)s sobre a metodologia que utilizarão na coleta dos
dados pessoais dos entrevistados. Esta ação exigirá seguir normas de procedimen-
to ético.
CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL 77
IMPORTANTE! Para complementar as discussões e reflexões sobre o assunto abordado até aqui, suge-
rimos a utilização do filme “Era uma vez outra Maria”. Verifique em sua escola, no acervo do Programa
Prevenção Também se Ensina, ou acesse-o no site: Youtube (https://www.youtube.com/watch?v=-e-
zAQj3G4EY&has_verified=1).
Lembrando que nos roteiros indicados podem ou não ter situações comportamentais e de
valores dos personagens, que podem ser diferentes de concepções já estabelecidas e/ou em
formação dos expectadores. Portanto, de atenção a juízo de valores, respeitando aspectos ou
posições individuais, culturais e até religiosas. Ressalte esse momento para trabalhar as Compe-
tências Socioemocionais e a importância das boas relações interpessoais, como a ética e o res-
peito as diferenças.
MÉTODOS CONTRACEPTIVOS
Página 14 no Caderno do Aluno
Professor(a), esta atividade consiste em uma pesquisa sobre os diferentes tipos de méto-
dos contraceptivos, utilizando-se fontes diversas (livros didáticos, paradidáticos, revistas, folhe-
tos, internet, entre outros), de acordo com as possibilidades da escola e dos(as) estudantes. As
informações obtidas deverão ser organizadas no quadro que se segue, no Caderno do aluno:
MÉTODOS CONTRACEPTIVOS
Importante! Leia junto com a sua turma as informações contidas no parágrafo a seguir:
Rasgue cuidadosamente Desenrole até a base do Depois da relação, retire a Use a camisinha uma só
a embalagem com a mão pênis, segurando a ponta camisinha do pênis ainda vez. Depois de usada, dê
e retire a camisinha para retirar o ar duro, com cuidado para um nó e jogue no lixo
não vazar
O gel lubrificante deve ser utilizado juntamente com o preservativo, evitando que este seja danificado,
reduzindo a chance de rompimento durante a relação sexual.
Retire o preservativo da Com o dedo indicador, A argola externa deve ficar para Após a relação, torça a
embalagem e segure a certifique-se de que a fora da vagina. No momento argola externa e retire
argola interna com o argola interna esteja bem da penetração, segure a argola o preservativo com
polegar e o dedo indicador. no fundo da vagina. externa com uma das mãos. cuidado. Jogue no lixo.
Fonte: http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/prevencao-combinada/preservativo
CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL 79
c) Quem deve ficar como responsável pela escolha e pela utilização do método contraceptivo
escolhido? Justifique.
Contraceptivo de emergência
Professor(a) realize a pergunta sugerida a seguir para todos estudantes e anote as respos-
tas no quadro, conforme manifestação dos(as) alunos(os). É importante mediar e esclarecer so-
bre os objetivos conceituais, relacionando à contracepção de emergência, e se achar necessário
poderão pesquisar sobre o assunto, como indicado a seguir:
Agora, que já conhecemos todos os métodos contraceptivos, vamos ampliar um pouco as
nossas discussões, a partir do seguinte questionamento:
“E se o método escolhido falhar? O que devemos fazer?
A primeira orientação é você procurar um profissional da saúde para que possa te ajudar.
Os riscos de uma gravidez não planejada ou de contaminação por uma IST existem e podem
acontecer com qualquer pessoa.
Realize uma busca rápida na internet ou até mesmo nas Unidades Básicas de
Saúde sobre o que é a contracepção de emergência e como funciona.
Professor(a), além das informações relativas à PEP, contempladas no texto a seguir, você
pode complementar com informações relativas a uma outra tecnologia de prevenção: a PrEP -
Profilaxia Pré-Exposição ao HIV. Esta estratégia consiste em tomar o medicamento anti-HIV de
forma programada para evitar uma infecção pelo HIV, ou seja, antes de uma possível exposição.
80 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
É um novo método de prevenção que está sendo disponibilizado no Sistema Único de Saúde
(SUS) para populações específicas, mais vulneráveis à infecção pelo HIV (para saber mais consul-
te a página da PrEP Brasil - http://prepbrasil.com.br/).
Bom saber...
Quanto à prevenção emergencial em IST, a PEP (Profilaxia Pós-Exposição ao HIV) é uma forma de
prevenção de urgência a infecção pelo HIV e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). O ob-
jetivo é aumentar as formas de intervenção e evitar novas formas de HIV, Hepatites virais e outras IST.
Consiste no uso de medicamentos antirretrovirais para reduzir o risco de infeções, havendo exposição
ao vírus. Deve ser iniciado logo nas duas horas de exposição ao contato e até no máximo 72 horas.
Fonte: http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/prevencao-combinada/pep-profilaxia-pos-exposicao-ao-hiv. Adaptado
para o Guia de Transição Curricular. Acesso em: 19/03/2019.
Para ajudar a refletir sobre estas questões, você irá realizar duas atividades:
1. Entrevistas/depoimentos: como é ser mãe muito jovem? Como é ser pai adolescente?
Procure, entre os seus círculos de convivência (família, escola, comunidade), uma mulher e
um homem que tenham sido mãe/pai muito jovens ou adolescentes e peça para conceder uma
entrevista (ou depoimento). Faça um planejamento prévio do que é importante saber.
SUGESTÕES: Quais foram as mudanças que ocorreram em sua vida? Houve impactos em
seu projeto de vida? Quais os aprendizados com o ocorrido? No caso da mulher: afetou sua
saúde? Houve acompanhamento do pai da criança? No caso do homem: você acompanhou o
processo? Participou da criação da criança? Como?
CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL 81
OBSERVAÇÃO:
Não é necessário identificar a(o) entrevistada(o), somente se houver permissão.
1 “Saída da maternidade”
b) Acessórios como berço, colchão, manta, mamadeira, carrinho, entre outros, também são
importantes e podem constar da pesquisa.
c) Itens de higiene, como fraldas descartáveis ou de pano, lenços umedecidos, hastes flexí-
veis, entre outros, também podem constar da pesquisa.
SAÚDE E PREVENÇÃO:
AS INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (IST)
Página 20 no Caderno do Aluno
Professor(a), depois dos alunos terem aprendido sobre os métodos contraceptivos e a for-
ma como devem ser usados, iremos abordar outro assunto também muito importante para sua
saúde: as Infecções Sexualmente Transmissíveis, conhecidas como IST e HIV/Aids e formas de
prevenção.
Para trabalharmos com o tema a seguir, apresentamos, de início, uma sensibilização com o
uso de três imagens seguidas de questionamentos para que os estudantes possam refletir e
socializar suas ideias prévias diante dos assuntos propostos. Aproveite a roda de diálogo, nesse
momento, para deixá-los(as) falar. Claro que você, professor(a), é o mediador e ao mesmo tem-
po o sinalizador da aula, não deixe que as discussões percam o foco e se desviem do assunto
principal, levando à dispersão do tema gerador.
Para iniciar os trabalhos, observe as imagens a seguir e participe da roda de diálogo orga-
nizada pelo(a) professor(a), a partir das questões apresentadas.
Após esse momento de diálogo e registro de suas reflexões, você está convidado(a) para
estudar os conceitos relacionados às IST/AIDS e as formas de prevenir essas doenças. Tenha em
mãos o livro didático ou outra fonte de consulta e responda às questões.
1. O que são Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)? E Aids? Faça uma breve pesquisa
em livros de ciências ou internet para responder.
Taxa de detecção (por 100.000 hab.) de casos de Aids, segundo faixa etária por ano de
diagnóstico Brasil 2010 -2018
Faixa Etária 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
< 5 anos 3,9 3,4 3,5 2,9 2,7 2,3 2,3 2,0
5. Você conhece ou já ouviu falar de alguma(s) forma(s) de se ter relações sexuais seguras?
Exemplifique.
84 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Todo mundo transa e todo mundo • Camisinha feminina também pode ser uma opção
precisa se cuidar: é assim que se interessante e oferece a mesma segurança.
argumenta. • Experimente diversas marcas de preservativos.
Quem transa sem camisinha sempre corre o risco de Eles são diferentes em tamanho, espessura e em
pegar alguma DST ou aids. E os casos de pessoas outras coisas mais. Uma experiência negativa com
com mais de 50 anos com o HIV, o vírus da aids, vêm a camisinha pode ser apenas porque você ainda
aumentando cada vez mais. Sua experiência não encontrou o modelo ideal.
na cama não previne você. A solução
é sempre usar a camisinha em • C onfie na camisinha. Todas passam por
todas as relações sexuais. um rigoroso controle de qualidade.
Fonte: http://www.aids.gov.br/sites/default/files/campanhas/2008/38269/clube_dos_enta_folder1_2.jpg
a) O que a campanha do Ministério da Saúde - Clube dos Enta , intitulada como “Sexo não tem
idade. Proteção também não.”, apresentada na imagem, está querendo nos informar?
b) Retome a tabela dos dados epidemiológicos de taxa de detecção em HIV/ Aids e observe
os índices referente às faixas etárias de 40 à 44 anos até 55 à 59 anos. Que relação há
entre os índices de contaminação com a campanha do Ministério da Saúde? Comente no
espaço abaixo.
c) Você deve ter percebido que por muito tempo falávamos em Doenças Sexualmente Trans-
missíveis (DST) e durante o desenvolvimento das atividades abordamos o conceito de In-
fecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Com base nessas informações, procure se infor-
mar sobre essa diferença de nomenclatura e o porquê de ter ocorrido a alteração.
CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL 85
VOCÊ SABIA?
A sífilis é uma IST que ficou praticamente esquecida durante muito tempo, mas in-
felizmente, nos últimos anos, voltou a crescer no mundo todo e principalmente no
Brasil, onde atualmente configura uma epidemia, com números alarmantes, espe-
cialmente entre jovens.
Uma das causas é que ela pode ser assintomática ou, em uma de suas fases, apre-
sentar sinais que irão desaparecer espontaneamente. A pessoa infectada poderá
automedicar-se e, ao perceber que os sinais desapareceram, pode acreditar errone-
amente que foi devido à medicação e que ficou curada. Enquanto isso, a doença
continua evoluindo, sem a pessoa se dar conta.
Daí a importância de procurar um médico quando encontrar pequenas alterações
nos genitais, que já podem ser sintomas de uma IST.
Mas a principal causa desta epidemia está na diminuição da conscientização quanto
ao uso do preservativo. Por isso é tão importante proteger-se nas relações sexuais,
usando a camisinha.
a) epidemia:
b) assintomático:
c) automedicação:
g) A Sífilis, a Gonorreia e a Tricomoníase são IST que também podem ser prevenidas com o
uso do preservativo. ( )
h) A Sífilis congênita pode ser transmitida para o bebê durante a gestação. ( )
i) Não é importante realizar o pré-natal durante o período da gestação. ( )
j) Pequenas alterações orgânicas já podem ser indícios de uma IST. ( )
10. Continuando nossos estudos sobre as IST e, seguindo as orientações do(a) professor(a),
produza um material informativo de prevenção à Aids que possa ser utilizado para uma
campanha na escola. Junte-se à seu grupo e/ou turma e promovam a campanha de escla-
recimento e prevenção à Aids para toda a comunidade escolar.
a) Baseado nas discussões coletivas, utilize este espaço para registrar o seu conceito de
sexualidade.
CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL 87
b) Analise as palavras abaixo, circulando as que você acredita que fazem parte do conceito
de sexualidade.
ORIENTAÇÃO
GÊNERO CONFLITO
SEXUAL
ESTUDO
PRAZER PRECONCEITO AFETO
c) Após estas reflexões, você pode afirmar que “sexualidade” é o mesmo que “sexo”? Explique.
“A sexualidade é um aspecto fundamental da nossa vida, pois, afinal, somos todos seres sexuados, não
é mesmo? Não é muito simples definir sexualidade, é um conceito bem amplo, envolve muitas coisas.
Por isso podemos dizer que a sexualidade é uma construção, ou seja, ao longo da nossa vida vamos
construindo nosso próprio conceito de sexualidade a partir das nossas vivências. Isto porque envolve
os aspectos biológicos, socioculturais e afetivos. Ah, e éticos também, claro. Todos esses aspectos in-
teragem entre si na formação das pessoas, para que elas possam vivenciar sua sexualidade de maneira
plena e feliz. Acho que é isso”.
“A humanidade é formada por seres plurais e diversos quanto à maneira de ser, sentir, racio-
cinar, agir e perceber a vida. Essa pluralidade e diversidade também se aplicam à forma como nos
relacionamos afetivamente e/ou sexualmente com outras pessoas. Isto significa que não existe
uma única forma de relação em que supostamente é “natural”, “correta” ou “normal”. Pelo con-
trário, as possibilidades são muitas”.
(Documento Orientador CGEB nº 14 de 2014. Diversidades sexuais e de gênero:
guia de metodologias e atividades para o Programa Escola da Família).
88 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Para compreendermos um pouco mais sobre diversidade sexual, apresentamos dois tex-
tos. Sob orientação do(a) professor(a), junte-se ao seu grupo para discutir as principais ideias
presentes nos textos.
1. Participe da discussão e registre os principais aspectos discutidos pelo seu grupo, que serão
socializados com a turma em uma “roda de conversa” sobre os textos: “Sexo biológico,
identidade de gênero e orientação sexual” e “ Dialogando sobre a diversidade sexual”.
2. Ainda fortalecendo nossa conversa sobre diversidade sexual, leia com atenção as frases a
seguir e coloque (V) se for verdadeira e (F) se for falsa, justificando quando for necessário.
a) ( ) A
identidade é um conjunto de fatores que forma um complexo “jogo do eu”, onde
entram em cena a interioridade (como a pessoa se vê e se comporta) e a exteriori-
dade (como ela é vista e tratada pelos demais).
b) ( ) A
diversidade sexual pode ser compreendida a partir de dois eixos fundamentais,
que não interagem entre si de maneira dinâmica para a vivência da sexualidade: o
sexo biológico e a orientação sexual.
d) ( ) A
heterossexualidade ainda é entendida como a única possibilidade de relaciona-
mento sexual entre os seres humanos.
Falar de diversidade sexual também é falar das questões de gênero, da mulher, de preconceito, da
discriminação, de machismo e do feminismo, violência, e do quanto precisamos compreender todas
estas questões para nos posicionarmos de maneira coerente e ética, em favor da tolerância, do respei-
to, contra qualquer forma de preconceito, discriminação e violência.
Professor(a), a atividade final traz uma abordagem bem abrangente. Contudo, possibilita
aos estudantes mobilizar os conhecimentos contemplados no decorrer das atividades do bimes-
tre. É importante, neste momento, que você auxilie os(as) alunos(as) a buscarem fontes confiá-
veis, que possam efetivamente contribuir para a consolidação das aprendizagens. Assim, indica-
mos, abaixo, algumas referências complementares para a sua fundamentação na mediação e
orientação/indicação aos(às) alunos(as):
PermanentFile/File/MANUAL%20-%20PREVEN%C3%87%C3%83O%20TAMB%C3%89M%20
SE%20ENSINA%20-%20COMUNIDADE%20PRESENTE%20E%20PREVEN%C3%87%C3%83O%20
TAMB%C3%89M%20SE%20ENSINA.pdf.
A coleção “Adolescentes e Jovens para a Educação entre pares”, composta por oito fascí-
culos, é destinada a adolescentes e jovens com o objetivo de auxiliá-los(as) no desenvolvimento
de ações de formação para a promoção da saúde sexual e reprodutiva, a partir do fortalecimen-
to do debate e da participação juvenil. O fascículo “Sexualidades e saúde reprodutiva” traz uma
série de textos, oficinas e sugestões como subsídios para a construção de modos de relaciona-
mentos saudáveis, consigo próprio(a) e com outras pessoas.
Sexualidades e saúde reprodutiva - Série http://www.unfpa.org.br/Arquivos/guia_
sexualidade.pdf .
Referências complementares.
A coleção HQ SPE - Histórias em quadrinhos - Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas, é
dirigida a adolescentes e jovens, aborda diversas questões relacionadas à sexualidade e, de
maneira especial, à promoção dos direitos sexuais e direitos reprodutivos.
HQ SPE: um guia para utilização em sala de aula (para professores):
https://brazil.unfpa.org/sites/default/files/pub-pdf/188264por.pdf .
HQ SPE nº 1: Perguntas e respostas:
https://brazil.unfpa.org/sites/default/files/pub-pdf/188266por.pdf .
HQ SPE nº 2: Todas as Claudinhas do mundo:
https://brazil.unfpa.org/sites/default/files/pub-pdf/188267por_1.pdf .
HQ SPE nº 3: A vida como está e as coisas como são:
https://brazil.unfpa.org/sites/default/files/pub-pdf/188268por.pdf .
HQ SPE nº 4: Ficar ou não ficar?:
https://brazil.unfpa.org/sites/default/files/pub-pdf/188269por.pdf
HQ SPE nº 5: Baladas:
https://brazil.unfpa.org/sites/default/files/pub-pdf/188270por.pdf .
HQ SPE nº 6: Cena de cinema e Perguntas e respostas - parte 3:
https://brazil.unfpa.org/sites/default/files/pub-pdf/188271por.pdf .
A parte final “Para saber mais”, que consta do material do aluno, traz algumas referências
importantes, que pode contribuir sobremaneira para que eles(as) se conheçam melhor, se cui-
dem, se protejam e possam fazer escolhas saudáveis e responsáveis, alicerçadas no conheci-
mento científico, que os(as) possibilitem desfrutar de uma vida adulta plena e feliz.
Assim, é de fundamental importância que você, professor(a), os(as) incentive a acessar e
explorar estes materiais. Se houver possibilidade, planeje uma situação de aprendizagem utili-
zando a sala de informática da escola ou mesmo os telefones celulares dos(as) alunos(as), aces-
sando os materiais com antecedência para conhecê-los melhor e poder auxiliá-los(as) nesta ta-
refa, inclusive dando dicas e chamando a atenção para detalhes importantes. Se não for possível,
chame a atenção dos(as) estudantes para a riqueza das referências, incentivando-os(as) a acessá-
-los de maneira autônoma.
CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL 95
SAIBA MAIS:
A sexualidade é algo que faz parte da nossa vida, quanto mais informações consis-
tentes, coerentes e corretas tivermos, maiores as possibilidades de vivenciarmos
plenamente nossa sexualidade na vida adulta. Assim, relacionamos abaixo, alguns
sites para complementar os conhecimentos construídos neste percurso.
Caderneta de Saúde da Adolescente. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/
bvs/publicacoes/caderneta_saude_adolescente_menina.pdf .
Caderneta de Saúde do Adolescente. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/
bvs/publicacoes/caderneta_saude_adolescente_menino.pdf .
Juventudes e os direitos sexuais e reprodutivos. Disponível em: http://www.re-
prolatina.institucional.ws/site/respositorio/materiais_apoio/cartilhas_e_ma-
nuais/Guia_Juventudes_e_os_DSR.pdf .
Sua Vida (site interativo, contendo os métodos contraceptivos, principais dúvidas,
conheça seu corpo, entre outros assuntos). Disponível em: https://www.vivasuavi-
da.com.br/pt/metodos-contraceptivos/#methods- .
Vivendo a adolescência (site da ONG Reprolatina com assuntos relacionados à ado-
lescência, inclusive sexualidade). Disponível em: http://www.adolescencia.org.br/ .
96 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
CIÊNCIAS
9o Ano – Ensino Fundamental
Propomos que promova uma roda de diálogo, em que os(as) estudantes terão espaço para
ouvir, esclarecer os assuntos apresentados ou relacionados e/ou curiosidades sobre os temas,
assim como propor e negociar adequações e/ou alterações no planejamento do bimestre, des-
de que comprometidas com a aprendizagem a que todos(as) têm direito. Para garantir uma boa
discussão na roda de diálogo, é importante que você professor(a) (re)visite a lista de acordos
construídos, colaborativamente, com o objetivo de estabelecer uma boa gestão de sala de aula
no processo ensino-aprendizagem da turma.
Observação: Neste momento de transição curricular, é importante que você professor(a),
realize uma análise das aprendizagens já adquiridas de seus(suas) aluno(a)s. Lembramos que as
sugestões podem e devem ser aprimoradas e adaptadas às possibilidades e necessidades das
turmas, a critério de cada docente.
98 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
PRIMEIRO MOMENTO
SENSIBILIZAÇÃO À TEMÁTICA
Caro (a), professor (a), sugerimos investigar no primeiro momento como sensibilização à
introdução temática os conhecimentos prévios dos (as) alunos(as) sobre Preservação e Conser-
vação da Natureza e, para tanto, a proposta é pesquisar, investigar e discutir Unidades de Con-
servação, qual o objetivo delas, e se a sua depredação poderá afetar também o modo de vida
dos seres vivos. Iniciando com as seguintes reflexões:
O que é Unidade de Conservação e de que forma a sua perda pode afetar a vida na
terra?
Por que as pessoas devem se preocupar com a extinção das espécies?
Caro(a) professor(a), sugerimos para sensibilização a apresentação deste curta, que deverá
ser apresentado por etapas, pois diversos assuntos podem e devem ser abordados gradativa-
mente. Segue link abaixo.
https://www.youtube.com/watch?v=tax-EunoF-w
Nesta etapa de aprendizado o(a) aluno(a) entrará em contato com diversas questões, que
os (as) farão refletir sobre a importância da preservação das espécies e, consequentemente, da
espécie humana. Ao longo da história, muitos povos e civilizações reconheceram a necessidade
de proteger áreas naturais pelos mais diversos motivos, sendo associados a questões sociocul-
turais, mitos ou a fatos históricos marcantes, e por aspectos de importância socioambientais
como: a proteção de fontes de água, reserva de caça e outros recursos naturais.
Atualmente, é possível encontrar, no site do Ministério do Meio Ambiente, a seguinte frase:
“Unidade de Conservação é vida, é diversidade, é riqueza, é patrimônio nacional!”. Você
está de acordo com essa afirmação?
100 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
1. O que é o SNUC?
Unidade de
Objetivos Exemplos
Conservação
Exemplo: Descrever os objetivos dos Parques
1. Parque Estadual Estaduais. Dar exemplos de Parques Estaduais.
2.
Unidade de
Objetivos Exemplos
Conservação
Descrever os objetivos das Florestas Dar exemplos de Florestas
1. Florestas Nacionais
Nacionais. Nacionais.
2.
A partir dos dados obtidos, solicite aos(às) alunos(as) que desenvolvam, no caderno, um
pequeno texto argumentativo, concordando ou discordando com a afirmação do Ministério
do Meio Ambiente: “Unidade de Conservação é vida, é diversidade, é riqueza, é patrimônio
nacional!”.
CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL 101
Os dois trechos de texto, a seguir, têm a intenção de subsidiar os(as) alunos(as) a uma re-
flexão sobre a extinção de espécies, importante que os(as) alunos(as) identifiquem causas e
consequências, por causas naturais e/ou ações antrópicas em massa, para tanto foram elabora-
das algumas questões para os alunos responderem. A atividade poderá proporcionar diferentes
possibilidades de você avaliar a compreensão dos(as) estudantes, na interpretação de dados
explícitos e implícitos dentro de textos, destacar termos ou conceitos que talvez não sejam uti-
lizados em seu vocabulário cotidiano, como abrir um debate para a análise crítica dos alunos
sobre causas naturais e/ou antrópica, dentro de um ecossistema.
Trecho 1
A extinção de espécies sempre ocorreu e faz parte do processo de evolução. Logo, é um mecanismo
natural. Normalmente, a extinção é lenta quando ocorre sem a interferência humana. Com isso, há
tempo suficiente para que as espécies que dependem de uma espécie, em vias de extinção, possam
se reorganizar. Vejamos um exemplo. Imagine as árvores da Mata Atlântica. Suas folhas servem de
alimento a insetos que, por sua vez, são fonte de alimento para roedores e estes para corujas. Suponha
que uma doença atinja os roedores. Se todos eles morrerem, essa espécie estará extinta neste local.
Mas é possível que alguns deles sejam resistentes à doença e sobrevivam. Nesse caso, embora não
ocorra a extinção, a população de roedores ficará reduzida. Na falta dos ratos da Mata Atlântica, a
quantidade de insetos tende a crescer. Mas, se o ambiente não for devastado, essa situação não deve
durar muito tempo. Em parte, porque a disponibilidade de folhas é limitada e, por outro lado, porque
outras espécies, como pássaros insetívoros, podem ocupar o lugar dos roedores que morrem. Os roe-
dores sobreviventes continuam reproduzindo-se e servem de alimento às corujas. Desse modo, rapi-
damente se estabelece um novo equilíbrio, fazendo com que a quantidade de indivíduos das espécies
citadas, embora seja diferente da quantidade inicial, volte a ficar estável.
(Texto adaptado do material São Paulo faz escola)
102 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Trecho 2
O que aconteceria se, o mesmo ambiente citado anteriormente, sofresse uma ação humana intensa,
como, por exemplo, o desmatamento de uma grande área para plantio de soja, provocando uma
grande devastação em pouco tempo? Indivíduos, de muitas espécies, morreriam e várias delas pode-
riam se extinguir neste local. Nesse caso, falamos de extinção em massa. Ela ocorre quando muitas
espécies desaparecem, num curto espaço de tempo, desestruturando profundamente o equilíbrio
existente no ambiente.
(Texto adaptado do material São Paulo faz escola.)
SAIBA MAIS...
São muitas as espécies que desapareceram do planeta no último século e muitas
outras ameaçadas ou em risco de extinção. Anualmente, são produzidas listas com
essas espécies no Brasil, sendo que o Ibama publica a lista oficial. Entre no site do
Ibama e descubra se você conhece alguma espécie dessa lista.
Nuclear
Minérios e extração de materiais de
construção
Gestão de resíduos
Biomassa e conflitos fundiários (Florestas,
Agricultura, Gestão Pecuária)
Combustíveis fósseis e justiça climática
Gestão da Água
Infraestrutura e ambiente construído
Turismo recreativo
Conflitos ocasionados pela conservação
da biodiversidade
Conflitos industriais
https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/03/140321_disputas_ambientais_mdb#share-toos
Os pontos indicam, com cores diferentes, cada um dos tipos de conflitos relacionados
ao meio ambiente
Leia o título desta reportagem para os(as) alunos(as) e depois procure extrair os conheci-
mentos prévios dos(as) estudantes sobre esse tema, se possível apresente o mapa diretamente
do site para aos alunos(as) e/ou mostre um mapa semelhante a este para ilustrar a situação do
problema em nosso país. Sugestão de perguntas: já ouviram falar em conflitos ambientais no
Brasil? Conte-nos os casos que você conhece. Sabiam que o Brasil é um dos países com maior
índice de conflitos desse tipo? Por que será?
Pergunte se eles sabem quais setores da sociedade costumam se envolver em conflitos
desse tipo?
Diga que nesta aula vamos tentar entender e debater sobre essa questão.
104 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Situação Problema:
“Você mora na região de Mata Atlântica desde que nasceu. Essa região está sofrendo
uma série de agressões ambientais. A última delas está relacionada à instalação de uma
grande indústria química na região. Ninguém sabe, ao certo, quais serão os impactos des-
sa atividade sobre o ambiente. Você está inconformado com a situação. Por isso, decide
participar de uma reunião com um técnico do escritório regional do Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), situado em sua cidade.”
Divida a turma em equipes (se preferir, faça isso no início da aula para ganhar tempo). Ex-
plique aos(às) estudantes que vamos simular uma consulta pública sobre a criação de uma Uni-
dade de Conservação, em uma área de interesse de diferentes agentes da sociedade. Nesta si-
mulação, cada equipe vai representar um destes agentes e participar do debate defendendo o
seu ponto de vista. As equipes devem assumir os personagens e o desenrolar da simulação será
espontâneo, de modo que não haverá vencedores e perdedores.
Primeiro, solicite a todos(as) a leitura do texto indicado abaixo, eles terão 10 minutos para
essa leitura. Depois, cada grupo deverá representar um agente social. A saber, os agentes so-
ciais são: 1. extrativistas; 2. ruralistas; 3. industriais e 4. sociedade civil. Se a turma for grande
divida-a em 6 grupos, cada grupo deve representar um agente social. Se necessário permita que
mais de um grupo utilize o mesmo agente social.
Procedimentos:
1. Cada equipe deverá ler e discutir sobre o interesse de um dos grupos comumente envol-
vidos em conflitos ambientais (10 minutos).
2. Cada grupo deve assumir o papel dos agentes sociais, os quais leram anteriormente e
defendera1m os seus interesses.
Oriente os(as) alunos(as) sobre o que, nessa reunião, eles deverão fazer:
a) demonstrar suas preocupações quanto aos possíveis impactos ambientais, que podem ser
causados pela indústria química;
CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL 105
Para isso, eles devem considerar os seguintes dados sobre a Mata Atlântica. Eles podem
ser utilizados para reforçar seus argumentos.
• A Mata Atlântica possui uma enorme biodiversidade. São encontradas muitas espécies
de aves: garças, macucos, irerês e jacus, entre outras. Cheia de rios e de riachos, onde
é elevado o grau de endemismo. Entre os répteis, os mais famosos habitantes da re-
gião são a caninana e o jacaré de papo amarelo; e, entre os mamíferos, a anta, a onça,
a capivara, o mico-leão-dourado, o muriqui e o tamanduá mirim. Há também uma gran-
de variedade de plantas. Várias dessas espécies estão ameaçadas de extinção.
• Nos últimos anos, a Mata Atlântica continua sendo alvo de uma série de agressões:
Caro(a) Professor(a), com a intenção de subsidiar seu trabalho, segue abaixo alguns links:
• sobre Unidade de Conservação
https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/questoes_ambientais/unid/unid_us/
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/unidades-conservacao-uso-sustentavel.htm
https://www.conexsus.org/o-que-sao-unidades-de-conservacao-de-uso-sustentavel/
• Sobre produção textual
https://www.escrevendoofuturo.org.br/
http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/producoes_pde/md_terezinha_jesus_
bauer_uber.pdf
https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/sequencia-didatica-para-ensino-
genero-textual-artigo-opiniao.htm
106 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
a) Elabore um texto registrando todas as informações que você poderá utilizar na defesa de
suas considerações, numa possível explanação oral durante a reunião. O texto deve con-
ter informações e justificativas para responder o que você e/ou seu grupo irão comentar
nessa reunião.
b) Prepare também um texto argumentativo, que possa ser entregue caso não possam se
manifestar oralmente, ou seja, um texto impresso. Neste texto identifique-se (você ou seu
grupo), mencione o local em que mora e as preocupações quanto aos impactos ambien-
tais. Não esqueça de mencionar a importância da preservação da biodiversidade, solici-
tando providências que possam sanar e/ou minimizar os impactos ambientais, os quais
podem ser provocados pela ação dessa indústria.
OBSERVAÇÃO: é importante que os textos sejam revisados pelos membros de sua equipe
e, se possível, pelo(a) professor(a) de Língua Portuguesa.
Caro(a) Professor(a), com a intenção de subsidiar seu trabalho, segue abaixo alguns links:
• sobre Unidade de Conservação
https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/questoes_ambientais/unid/unid_us/
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/unidades-conservacao-uso-sustentavel.htm
https://www.conexsus.org/o-que-sao-unidades-de-conservacao-de-uso-sustentavel/
Sistematização de Conhecimentos
Após toda discussão, os(as) alunos(as) são orientados a realizar uma autoavaliação, reco-
nhecendo o seu processo de construção de conhecimento, em que é levado a retomar os regis-
tros de suas considerações iniciais em comparação aos conhecimentos obtidos, ao final desta
etapa, sobre as temáticas aqui desenvolvidas. Importante, dialogar com a turma, sobre a impor-
tância de, por exemplo, buscar informações e referenciais em fontes fidedignas e oficiais, conhe-
cer a realidade das pessoas, fauna e flora, que direta ou indiretamente são impactadas com a
problemática simulada e como estas informações são difundidas pelos diversos meios de comu-
nicação. São sugeridas as seguintes questões listadas, a seguir, podendo ser complementadas,
caso necessário.
1. Com base na vivência da situação problema, ou seja, na análise dos possíveis impactos
ambientais, que podem ser causados pela instalação de equipamentos antrópicos (na si-
mulação, a indústria química) em área de preservação ambiental, enumere as principais
providências a serem consideradas pela população ou pelos Órgãos Públicos, quando há
intenção de modificação, alteração ou exploração do ambiente natural.
2. Em uma de nossas aulas, você registrou no caderno sua opinião sobre as campanhas rea-
lizadas para a preservação de algumas espécies. Releia o que escreveu naquela ocasião e
responda:
b) Se sua opinião atual é diferente, explique o que o levou a modificar suas ideias.
b) uma espécie está extinta quando existem poucos representantes dela na natureza.
c) a extinção de apenas uma espécie, num ambiente, não provoca nenhum impacto sobre
ele.
d) não tem nenhuma relação com o aumento do ataque de onças-pintadas ao gado bovino.
Para que os(as) estudantes(as) possam propor outras estratégias de uso sustentável dos
espaços relacionados à região que estão inseridos, e retomar os conceitos aprendidos, foi pro-
posto no Caderno do Aluno, a investigação de Unidade de Conservação existente na sua região,
conforme segue:
Retomando conceitos:
Selecione uma Unidade de Conservação existente na sua região para realizar uma pesquisa, levantan-
do informações sobre a sua história, suas características naturais e seu funcionamento.
Os resultados da pesquisa podem ser sintetizados, em uma folha avulsa e debatidos com a classe.
Professor(a) junto com sua turma combine como irão socializar as considerações sobre a Unidade de
Conservação em sua região, em nosso País ou no Mundo.
Para o desenvolvimento da habilidade citada acima, foi proposto o trabalho com as temá-
ticas: Água e Desenvolvimento Sustentável. As atividades sugeridas com o tema Água apresen-
tam trechos de textos informativos do uso da água em nosso cotidiano, professor (a) fica a seu
critério, em diferentes contextos (uso residencial, comercial, industrial, agricultura etc.), como
propor discussões e elaboração de resolução de problemas para o consumo de água, como
possibilitar os(as) estudantes a conhecer, interpretar, construir e/ou elaborar relatórios, seminá-
rios, gráficos e tabelas.
CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL 109
Reconhecemos que uma mesma fonte de água ou manancial pode ser destinada a um ou
mais usos. Essa multiplicidade de usos pode gerar conflitos, e estes ocorrem quando um deter-
minado uso inviabiliza ou dificulta outras possibilidades de utilização de água. Por exemplo, o
uso da água, como fonte de abastecimento humano ou doméstico, apresenta conflitos com o
uso da água para diluição de esgotos, uma vez que isso pode implicar dificuldades crescentes
para o tratamento desta água. A meta deve ser a utilização das fontes de água, garantindo, prin-
cipalmente, o abastecimento da população, a dessedentação animal e o máximo possível de
usos diversificados.
VOCÊ SABIA?
Que a água é utilizada para múltiplos fins, tais como: abastecimento doméstico,
abastecimento industrial, irrigação e tratamento animal, recreação e lazer, geração
de energia elétrica, transporte e navegação, diluição de despejos. E, nesse caso, é
denominada como recurso hídrico?
1. Façam um levantamento do consumo de água da escola nos últimos seis meses, mês a
mês e construam tabelas e gráficos com esses dados.
2. Comparem as taxas obtidas e investiguem se, no período analisado, houve reformas, fes-
tas (juninas, folclore etc.) e campeonatos. Elaborem um relatório sobre esses dados e, se
for o caso, levantem outras hipóteses para o consumo ter sido alto. Indiquem as medidas
que o grupo julgar necessárias, para um consumo sustentável de água na escola.
3. Apresentem as medidas elaboradas pelo grupo aos(às) colegas de classe e ouçam os da-
dos dos demais grupos. Todo(a)s junto(a)s deverão discutir uma meta para a redução, se
for o caso, e para garantir um consumo sustentável. Vocês poderão propor uma campanha
nesse sentido, envolvendo todos os membros da escola.
4. Acompanhem mês a mês o consumo da água. Um painel da escola deverá mostrar a evo-
lução das metas pretendidas.
IMPORTANTE
Professor(a) solicite aos(às) alunos para realizar uma pesquisa a respeito dos temas e para
incluir no seminário a proposta de ações relacionadas ao consumo de produtos em ge-
ral, que poderão contribuir para um consumo sustentável da água e conservação de rios,
mares e oceanos.
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
OU SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS?
Página 20 no Caderno do Aluno
Em setembro de 2015, representantes dos 193 Estados-membros da ONU se reuniram em Nova York
e reconheceram a erradicação da pobreza em todas as suas formas e dimensões, incluindo a pobreza
extrema, é o maior desafio global e um requisito indispensável para o desenvolvimento sustentável.
Os 17 Objetivos são como uma lista de tarefas a serem cumpridas pelos governos, a sociedade civil, o
setor privado e todos os cidadãos numa jornada coletiva para um 2030 sustentável.
São eles: 1. Erradicar a pobreza; 2. Acabar com a Fome; 3. Vida Saudável; 4. Educação de Quali-
dade; 5. Igualdade de Gênero; 6. Água e Saneamento; 7. Energias Renováveis; 8. Trabalho Digno
e Crescimento Econômico; 9. Inovação e Infraestrutura; 10. Reduzir as Desigualdades; 11. Cida-
des e Comunidades Sustentáveis; 12. Produção e Consumo Sustentáveis; 13. Combater as Alte-
rações Climáticas; 14. Oceanos, Mares e Recursos Marinhos; 15. Ecossistemas Terrestres e Biodi-
versidade; 16. Paz e Justiça; 17. Parcerias para o Desenvolvimento.
112 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Exemplos de símbolos para alguns dos ODS especialmente elaborados para esse caderno.
Depois, organize os(as) alunos(as) em grupos e em seguida solicite a eles(as) que realizem
uma pesquisa sobre um dos itens a seguir e elaborem propostas para contribuir com a constru-
ção de sociedades mais sustentáveis. Para tanto, poderão delimitar o território, seja consideran-
do a escola, o bairro, o país ou o planeta, conforme segue:
GRUPO 1 – desafio de tornar a escola uma comunidade sustentável (pesquisar sobre Escolas
Sustentáveis, fazer um diagnóstico da situação da escola e elaborar e executar ações).
GRUPO 2 – desafio de tornar o bairro um território mais sustentável (pesquisar sobre o
tema, fazer um diagnóstico da situação do bairro e elaborar e executar ações).
GRUPO 3 - desafio de tornar a cidade/estado um território mais sustentável (pesquisar
sobre o tema, fazer um diagnóstico da situação do território e elaborar e executar ações).
GRUPO 4 - desafio de tornar o país um território mais sustentável (pesquisar sobre o tema,
fazer um diagnóstico da situação do Brasil e elaborar e executar ações).
GRUPO 5 - desafio de tornar o planeta um lugar mais sustentável (pesquisar sobre o tema,
fazer um diagnóstico da situação da Terra e elaborar e executar ações).
Peça que observem a figura a seguir, pois ela apresenta os principais astros que compõem
o nosso Sistema Solar. Por se tratar de uma atividade inicial, é interessante que neste momento
você colete de seus(suas) alunos(as) informações que indiquem a você professor(a) se os(as)
alunos(as) possuem algum conhecimento prévio sobre o assunto. Perguntas como:
Você já viu esta imagem?
Onde viu?
O que ela representa para você?
É possível visualizar algum destes corpos celestes a olho nu?
Estas perguntas auxiliam na contextualização do tema que será abordado, facilitando a
troca de experiências entre os(as) estudantes.
114 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Sistema Solar
0HUF~ULR 7HUUD
8UDQR
6RO
A atividade que segue pede para que o(a) aluno(a) imagine a sala de aula como o espaço,
e ele(a) terá que posicionar os astros da figura, indicando a possível localização e suposta distân-
cia de um astro em relação aos outros, incluindo a representação de seu tamanho proporcional.
Para que o(a) aluno(a) consiga realizar a atividade, você terá que propor para a turma a criação
de modelos de planetas ou mesmo o recorte de figuras para que estabeleçam uma ordenação.
É sempre interessante construir junto com o(a) aluno(a) este tipo de atividade e decidindo com
a turma a melhor opção. Se avaliar que para esta atividade necessitará de mais espaço, tente
realizá-la no pátio ou na quadra, o que tornará a aula ainda mais dinâmica.
Terminada a atividade, conduza a turma a discussões sobre os posicionamentos dos corpos
celestes que os levem a chegar num acordo, justificando suas ideias. Peça que registrem a con-
clusão final de suas hipóteses, por meio de fotografia que será utilizada como forma de compa-
ração entre o início das atividades e a conclusão. O objetivo é que os(as) alunos(as) que forma-
ram os sistemas que mais se aproximaram do real, possam compartilhar suas ideias e
apresentarem como chegaram àquele formato de sistema solar.
Obs.: Para o registro desta atividade o(a) professor(a) pode escolher outros meios, ficando
livre para lançar mão de outras possibilidades.
CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL 115
Professor(a), para esta atividade os(as) alunos(as) serão divididos em grupos, com a inten-
ção de construir uma “maquete”. Antes de iniciar esta atividade combine com a turma quando
você ou eles(as) trarão os materiais para o início da atividade. Para a construção da “maquete”
poderão utilizar massa de modelar, argila ou outros materiais.
Uma alternativa para a pesquisa antes do início da elaboração da maquete é consultar em
livro didático, paradidático ou em sites sobre os astros que atualmente a Ciência considera
como pertencentes ao nosso Sistema Solar. Alerte os(as) alunos(as) para as proporções dos as-
tros, seja no tamanho ou na distância entre um astro e outro. Esta atividade pode ser realizada
em parceria com professores(as) de outras disciplinas como os(as) de Matemática e Arte.
Depois de construírem suas maquetes com a representação do Sistema Solar, os grupos
podem ser orientados a apresentarem seus trabalhos para os(as) colegas da classe, podendo
compartilhar suas experiências no desenvolvimento de suas produções.
Em aula posterior proponha que os(as) alunos(as) preparem, como pesquisa complemen-
tar, um texto sobre as características específicas de um ou mais astros que compõem o Sistema
Solar. Se preferir realize um sorteio entre os componentes dos grupos. Não deixe de orientá-los
sobre suas fontes de pesquisa que podem ser livros, revistas ou internet.
Como fonte de consulta indicamos o sites http://portaldoprofessor.mec.gov.br/ficha
TecnicaAula.html?aula=27722, que apresenta um modelo de atividade prática, mostrando a
visão geral sobre as principais características do Sistema Solar, e a ordem de afastamento dos
planetas em relação ao Sol. Esta atividade pode ser aproveitada para as aulas que ainda estão
por vir.
Professor(a) para esta atividade você precisará organizar com seus/suas alunos(as) para
uma saída de observação do céu. O objetivo de discutir as diferenças entre a observação do céu
diurno e noturno. Essa é uma boa oportunidade para discutir a presença da Lua durante o dia,
por exemplo, ou a ausência de outros corpos celestes durante este período e o que podemos
observar durante a noite. Caso necessário, auxilie os(as) alunos(as) nas respostas às questões
sugeridas, se preferir, acrescente outras a esta atividade. Após a atividade de observação peça
para que registrem suas descobertas, em uma tabela como no modelo a seguir:
116 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
3. Durante socialização dos resultados das observações da classe, preencha a tabela com os
objetos celestes que foram observados e/ou citados.
Obs.: É provável que muitos(as) alunos(as) não consigam observar o céu durante a noite,
devido a intensidade da luz da cidade, esse é um bom momento para explorar o assunto, pergun-
tas como por que alguns conseguem ver mais o céu noturno que outros, podem conduzir os/as
alunos(as) a compreender sobre fatores importantes para o desenvolvimento da astronomia.
4. Escolha um local específico e desenhe como é o céu desse lugar, durante o dia e durante
a noite, registre o horário e o endereço de sua observação, conforme indicado a seguir.
Para dar início ao tema orientamos uma sondagem prévia dos conhecimentos dos(as)
alunos(as) quanto ao que sabem ou imaginam, como os povos antigos observavam os céus e
como isso poderia influenciar em suas vidas. Tente começar com os seguintes questionamentos,
se preferir inclua outros para este início de tema:
Professor(a), para dar prosseguimento na atividade sugerida abaixo indicamos a leitura dos
textos disponíveis nos sites a seguir antes de iniciar a atividade: https://medium.com/ccult/
o-c%C3%A9u-noturno-como-elemento-cultural-europeus-abor%C3%ADgenes-e-%C3%
ADndios-latino-americanos-e-as-suas-18bd912f2105
http://astro.if.ufrgs.br/antiga/antiga.htm
http://sciam.uol.com.br/mitos-e-estacoes-no-ceu-tupi-guarani/ http://cienciaecultura.
bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252012000400023
Obs.: Após ter chamado a atenção do aluno para o tema, apresente a imagem e a ativida-
de a seguir:
Europeus
Aborígenes
___________________________________________________________________________________
Professor(a), para iniciar as discussões dessa atividade você terá que providenciar um glo-
bo terrestre ou utilizar outra estratégia para realizar a atividade. Uma sugestão, após iniciar com
a pergunta reflexiva abaixo e apresentar por meio de mídias digitais a inclinação do planeta
Terra.
Para atividade, a seguir, proponha aos(as) alunos(as) a construção de uma maquete de glo-
bo terrestre que será utilizada durante as aulas. Lembre-se de que esta é uma atividade que
deve ser realizada em grupo e requer uma preparação anterior, antes do início da atividade.
Por meio desta maquete os(as) alunos(as) poderão verificar como ocorrem os movimentos
da Terra no nosso Sistema Solar, tanto em relação ao Sol, quanto em torno dela mesma.
Para a construção da maquete você pode utilizar tanto uma bola de isopor quanto outro
material, que permita ser perfurado, esta será a representação da Terra e um espeto de madeira
(ou outro material similar) irá representar o eixo de rotação.*
*Nota: No momento da decisão sobre qual material utilizar para a construção da maquete você pode discutir sobre
as questões relacionadas à reutilização de materiais, por exemplo, podendo optar por não utilizar o isopor como
material de trabalho.
CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL 121
23,5º
Oriente os(as) alunos(as) a iniciarem suas pesquisas em livros didáticos e/ou na internet,
buscando informações que os levem a descobrir como ocorrem os movimentos de nosso Plane-
ta. Cada grupo terá de apresentar à classe sua maquete e seu entendimento de como ocorre o
movimento que a Terra faz ao redor do Sol, em um ano e ao redor de si mesma, em um dia. Ao
final de todas as apresentações e da discussão coletiva, peça que registrem, a seguir, o nome de
cada um dos movimentos realizados pelo nosso planeta e sintetizem as ideias apresentadas,
descrevendo como ocorrem os movimentos simulados.
Durante a demonstração, os(as) alunos(as) poderão mencionar que o objeto gira em torno
de um ponto, como a Terra, que o movimento é aproximadamente circular. No entanto, a ideia
dessa questão é que os(as) alunos(as) percebam que o movimento do objeto varre uma região
do espaço, que chamaremos de plano da órbita – também chamada de eclíptica, termo usado
no caso do movimento dos planetas.
122 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Quando a Terra gira em torno do Sol, seu movimento não perfaz uma esfera; o mais próxi-
mo seria pensar em um disco. Ou seja, a Terra, girando ao redor do Sol, varre determinada re-
gião do espaço chamada de plano da órbita, veja o exemplo abaixo.
Ilustração da órbita da Terra ao redor do Sol. A área entre o planeta e a estrela corresponde
à representação do plano da órbita da Terra, chamado também de plano da eclíptica. Os ta-
manhos e as distâncias da Terra e do Sol estão fora de escala. (elaborado para o guia de transi-
ção/https://pixabay.com/pt/illustrations/emojis-planeta-terra-mundo-2941416/).
Novamente em grupo, os(as) alunos(as) devem utilizar a maquete da Terra para tentar de-
monstrar como deve ser o movimento que o planeta faz ao redor do Sol, em um ano, com o eixo
de rotação inclinado, incluindo o movimento de rotação diária. Aproveite a simulação, para dis-
cutir os efeitos da iluminação solar em quatro posições específicas da órbita terrestre (referentes
ao inverno, à primavera, ao verão e ao outono).
Atenção: Esta atividade requer preparação prévia, portanto, antes de iniciá-la o(a)
professor(a) deve separar os materiais necessários para a realização da atividade.
Em grupos: para fazer a simulação do movimento da Terra o(a) aluno(a) usará a maquete do
planeta e uma lanterna para representar o Sol. Com a ajuda da lanterna, oriente para que façam a
simulação do movimento orbital terrestre, mantendo fixa a inclinação do eixo de rotação.
Peça para que anotem os resultados da iluminação da superfície da maquete da Terra. Re-
lacione cada uma das posições, a uma das estações do ano, e utilize o espaço a seguir para re-
presentar suas observações.
CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL 123
Essa atividade final tem a finalidade de continuar com o trabalho de investigação realizado
pelo(a) aluno(a) seguindo as orientações do(a) professor(a). A mediação desse processo investi-
gativo é a base para o conhecimento científico, que deve ser desenvolvido no(a) aluno(a) duran-
te todo o processo. Portanto, selecione livros, artigos, revistas, sites e vídeos que conduzam o(a)
aluno(a) a compreender os fenômenos da natureza relacionados às estações do ano e aos movi-
mentos da Terra.
Abaixo selecionamos alguns sites que podem ser consultados para auxiliar na atividade:
https://brainly.com.br/tarefa/961459
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/os-polos-planeta-terra.htm
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/meridianos-e-paralelos-linha-do-
equador-e-os-tropicos.htm
https://www.youtube.com/watch?v=0O1XjcOisDY
https://www.youtube.com/watch?v=SE7H19FAv8Q
Explique aos(às) alunos(as) que, por ser esférica, a Terra não recebe a mesma quantidade
de calor em toda a sua superfície terrestre. Oriente que para responder às questões o(a) aluno(a)
deve considerar os conhecimentos obtidos e realizar uma pesquisa em livros didáticos ou em
sites confiáveis, respondendo às questões a seguir. Peça que anotem as fontes de referência,
que utilizaram para coletar as informações.
1. Você já ouviu falar que as regiões polares são mais frias e que é mais quente próximo à
linha do Equador? Como você explica esse fenômeno?
2. Por que em imagens e filmes sobre o Natal sempre aparece neve e um Papai Noel todo
agasalhado levando presentes, se aqui no Brasil estamos no verão? Ou, como pode ser
inverno no Brasil e verão na Espanha, na mesma época do ano? Explique.
BIOLOGIA
CIÊNCIAS DA NATUREZA
FÍSICA – ENSINO MÉDIO 127
FÍSICA
1a Série – Ensino Médio
Universo, Terra e vida • Identificar termos, fenômenos 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos histori-
Constituintes do Universo e situações que estão relacio- camente construídos sobre o mundo físico, so-
• Massas, tamanhos, distâncias, nadas ao estudo da astrono- cial, cultural e digital para entender e explicar a
velocidades, grupamentos e mia e da ciência espacial. realidade, continuar aprendendo e colaborar
outras características de plane- • Classificar, segundo conceitos para a construção de uma sociedade justa, de-
tas, sistema solar, estrelas, ga- físicos, os variados corpos que mocrática e inclusiva.
láxias e demais corpos astro- compõem o Universo. 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à
nômicos. • Estabelecer relações de pro- abordagem própria das ciências, incluindo a in-
•
Comparação de modelos ex- porcionalidade entre as di- vestigação, a reflexão, a análise crítica, a imagi-
plicativos da origem e da cons- mensões do planeta Terra nação e a criatividade, para investigar causas,
tituição do Universo em dife- com objetos do cotidiano elaborar e testar hipóteses, formular e resolver
rentes culturas. (modelo em escala). problemas e criar soluções (inclusive tecnológi-
cas) com base nos conhecimentos das diferen-
• Estabelecer relações de pro-
tes áreas.
porcionalidade entre as di-
mensões do Sistema Terra-Lua. 4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral
ou visual-motora, como Libras, e escrita), cor-
• Calcular proporções para asso-
poral, visual, sonora e digital –, bem como
ciar dimensões, distâncias e
conhecimentos das linguagens artística, ma-
períodos dos planetas do Sis-
temática e científica, para se expressar e par-
tema Solar
tilhar informações, experiências, ideias e sen-
• Classificar os planetas do Sis- timentos em diferentes contextos e produzir
tema Solar segundo suas ca- sentidos que levem ao entendimento mútuo.
racterísticas físicas (telúricos e
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias
jovianos).
digitais de informação e comunicação de for-
• Interpretar texto ficcional e es- ma crítica, significativa, reflexiva e ética nas
tabelecer relação entre seu diversas práticas sociais (incluindo as escola-
conteúdo e a realidade física res) para se comunicar, acessar e disseminar
cientificamente interpretada. informações, produzir conhecimentos, resol-
• Identificar informações sobre ver problemas e exercer protagonismo e au-
astronomia e ciência espacial toria na vida pessoal e coletiva.
em diferentes mídias (jornais,
textos científicos, literários,
etc.).
• Estimar e comparar as dimen-
sões espaciais (tempo, tama-
nho e distância).
• Reconhecer o conceito de ano-
-luz.
128 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
consideração que o objetivo deste material é o da, debates, pesquisa, socialização, anima-
de realizar a transição do uso do Currículo Ofi- ções interativas é indispensável para a reali-
cial vigente com o futuro documento da BNCC zação de aulas diversificadas e estratégicas.
do Ensino Médio. É claro que não é possível nem recomendado
Vale ressaltar que o uso de imagens, que o professor se valha de todas essas es-
gráficos, tabelas e outros recursos visuais fa- tratégias em apenas uma ou duas aulas, po-
cilitam a aprendizagem dos alunos e promo- rém, para cada tema ou atividade, é impor-
vem a aprendizagem como uma ponte para tante que uma estratégia diferenciada
outras habilidades a serem desenvolvidas. O apareça para estimular a capacidade criativa
uso de experimentação, leitura compartilha- dos alunos de raciocinar e aprender.
132 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Professor, com base nas respostas apresentadas pelos alunos em relação às perguntas abaixo,
verifique se é necessário retomar alguns conceitos estudados anteriormente.
Você tem observado o céu? Quando você olha “lá pra cima”, o que você vê? E o que tem “lá em cima” que
você não vê? Em uma roda de conversa, escute e liste o que você e seus colegas observam do céu.
Espera-se que os alunos citem diferentes corpos vistos no céu, tanto os vistos a olho nu quanto
os apenas vistos por telescópios. Nem sempre eles dirão apenas corpos celestes ou relacio-
nados à astronomia. Deixe que eles falem e se expressem para, depois, orientar quanto ao
assunto que será abordado no bimestre.
Reais Fantasiosos
Possíveis respostas: Lua, Sol, Planetas, Nu- Possíveis respostas: ET, OVNI
vens, Pássaros
FÍSICA – ENSINO MÉDIO 133
Com base nas discussões da sala, nas explicações do seu professor e com uso do seu livro didático, responda:
3 Que outros corpos do espaço podem ser considerados similares ao Sol? Por quê?
O Sol é uma estrela, portanto, os corpos similares a ele são as estrelas, que são astros que
possuem luz e calor próprios, produzidos por meio da fusão nuclear. Neste momento, não é
necessário entrar nas explicações sobre fusão nuclear.
VAMOS PESQUISAR:
Para as próximas aulas, precisaremos de algumas informações importantes sobre o Sistema
Solar. Para isso, pesquise, na internet ou em livros, e preencha a tabela na próxima página.
Para esta atividade, peça aos alunos para realizarem a leitura da tabela respondida por eles
e faça a correção, caso necessário. Instigue-lhes com questionamentos sobre as informações
contidas na tabela: se há relação entre o tamanho e o período orbital, se há relação entre a dis-
tância e o período orbital etc. O importante é que eles saibam ler e interpretar as informações
pesquisadas e tabeladas.
Observando a tabela que você preencheu, você consegue perceber que existem planetas
maiores que outros, alguns mais próximos ao Sol e com diferentes períodos orbitais. Mas você
consegue imaginar essas diferenças de forma concreta? Nesta atividade, vamos visualizar os
tamanhos dos planetas comparados ao Sol.
Para isso, forme um grupo conforme orientações do professor e tragam os seguintes ma-
teriais: papel alumínio, jornais, 1 balão de aniversário tamanho grande (se for amarelo, melhor)
e barbante.
Com os materiais em mãos, auxilie os grupos na execução da atividade. Assista ao vídeo explica-
tivo da experiência: https://www.youtube.com/watch?v=obXOcqEWf-c&feature=youtu.be
Atenção! Sugerimos não reproduzir o vídeo aos alunos.
a) Sabendo que o Sol tem um diâmetro de aproximadamente 1.400.000 km, vamos conside-
rar, para efeito de cálculo, que seu diâmetro seja de 80 cm. Por meio desses dados, cal-
cule o “novo” diâmetro dos planetas pesquisados e desenhe em um papel em branco;
b) Faça bolinhas com papel alumínio para representar os planetas. Para fazer Júpiter e Satur-
no é melhor amassar jornal e sobre este colocar o papel alumínio, que prende o jornal e
ajuda a amassar mais para chegar ao volume correspondente aos discos desenhados;
c) Para representar o Sol, uma opção é usar um balão de aniversário tamanho grande (amare-
la, de preferência). Depois, é só encher o balão no tamanho certo, usando um pedaço de
barbante de comprimento (C) igual a 2,51 m, com as pontas amarradas, pois, C = 3,14D,
sendo D = 80 cm (o diâmetro que o balão deve ter). À medida que o balão vai enchendo
(na saída de ar do aspirador de pó, por exemplo), colocar o barbante no seu equador até
FÍSICA – ENSINO MÉDIO 135
que o barbante circunde, perfeitamente, o balão. É fundamental que o barbante seja po-
sicionado no equador (meio) do balão durante o enchimento, pois, se ele ficar acima ou
abaixo do equador do balão, ele poderá estourar;
f) Utilizando 2 cm como a distância do Sol até Mercúrio, calcule a proporção da distância dos
demais planetas e monte o Sistema Solar na sala.
Para encerrar, converse com seus colegas e professor sobre as dificuldades e facilidades encontradas no
desenvolvimento da atividade.
Para responder as questões abaixo, sugerimos o vídeo “Você Sabia?”. Durante a exibição, pau-
se e comente sempre que for necessário, com o intuito de dar suporte às possíveis respostas.
VOCÊ APRENDEU?
Assista ao vídeo do canal do Youtube “Você Sabia?” https://www.youtube.com/
watch?v=zLFvrurSef8 e responda:
2 Quais tipos de planetas são mais densos: os telúricos ou os jovianos? Por que você imagi-
na que há essa diferença?
Os telúricos são mais densos, pois neles há mais material sólido, enquanto os jovianos são com-
postos predominantemente por gases.
Aos 3:28 no vídeo, enquanto falam sobre Mercúrio, é falado sobre os metais pesados existen-
tes nele.
4 Que outros corpos do Sistema Solar, além dos planetas, orbitam o Sol? Cite–os e descreva
dois deles.
Planetas-anões ou planetoides: corpos esféricos de massas inferiores aos planetas, possuem
fragmentos de matéria de menores dimensões em suas proximidades.
5 Quais os planetas anões (ou planetoides) conhecidos? Se você fosse incluí–los no modelo
de Sistema Solar proposto na atividade 2, qual deveria ser o diâmetro de cada bolinha
para representá–los?
Aos 1:15 do vídeo, é falado sobre planetoides.
Não é necessário que os alunos calculem exatamente o diâmetro da bolinha, mas que enten-
dam que deve ser muito, muito menor.
6 O que significa “período orbital”? Você percebe alguma relação entre período orbital e a
distância entre o planeta e o Sol?
É o intervalo de tempo que o planeta leva para executar uma órbita em torno do Sol. Espera-se
que o aluno perceba que quanto maior a distância do sol, maior é o período orbital.
7 Apesar de representar 99,85% do nosso sistema, o Sol é considerado uma estrela anã. Por
quê? Cite, pelo menos, duas estrelas maiores que o Sol.
Aos 3:30 do vídeo, os YouTubers falam do Sol, dando destaque ao seu enorme tamanho, mas
que ele é uma estrela anã, comparando, inclusive, com o tamanho das estrelas Sirius e Vega
FÍSICA – ENSINO MÉDIO 137
Habilidades: Interpretar texto ficcional e estabelecer relação entre seu conteúdo e a realidade
física cientificamente interpretada / Identificar informações sobre astronomia e ciência espacial
em diferentes mídias (jornais, textos científicos, literários, etc.) / Estimar e comparar as
dimensões espaciais (tempo, tamanho e distância) / Reconhecer o conceito de ano-luz.
Na atividade 4, os alunos não necessariamente precisam assistir ao filme ou ler o livro, apenas
realizar atentamente a leitura do fragmento indicado abaixo.
Se você leu o livro ou assistiu ao filme “O Guia do Mochileiro das Galáxias”, de Douglas
Adams (1952–2001), deve lembrar–se do aviso dado pelo Prostetnic Vogon Jeltz aos terráqueos
sobre a destruição do Planeta Terra, devido a construção de uma via expressa hiperespacial. Ele
dizia que todo o projeto estava há mais de 50 anos terráqueos no departamento de planejamen-
to que fica em Alfa do Centauro. Ainda assustou–se que nunca nenhum terráqueo havia ido até
lá, já que fica apenas a quatro anos–luz da Terra.
Voltando à pergunta da Atividade 1, você considera este trecho real ou fantasioso? Será
que é possível chegar em Alfa do Centauro com tal facilidade? Para responder essas perguntas,
vamos relembrar os cálculos de velocidade nas seguintes situações:
1 Imagine que você comprou uma espaçonave novinha e que com ela pode ir em linha reta,
com velocidade constante de 1000 km/h, da Terra à Lua e da Terra ao Sol. Quanto tempo
levaria em cada viagem?
Relembrando os cálculos de velocidade média do 1º semestre, vamos usar a fórmula :
Distância entre Terra e Lua: 384.400 km Distância entre Terra e Sol: 149.6000.000 km
Velocidade constante: 1.000 km/h Velocidade constante: 1.000 km/h
Tempo: ? Tempo: ?
149.600.000 km 149.600 horas,
, este valor dividido 1.000 km/h
por 24 horas dá, aproximadamente, 16 dias este valor dividido por 24 horas dá,
aproximadamente, 6.230 dias, dividindo por 30
dias dá, aproximandamente, 208 meses, dividindo
por 12 meses dá, aproximadamente, 17 anos.
2 Se fosse possível viajar na velocidade da luz (300.000 km/s, ou seja, a luz percorre 300.000
km em 1 segundo!) daqui até o Sol, quanto tempo levaria essa viagem?
3 Se você calculou certo, deve ter obtido, aproximadamente, 8 minutos e 16 segundos. Este
é o tempo que a luz do Sol demora para chegar na Terra. Calcule, então, o tempo que a
luz do Sol demora para chegar até o último planeta, Netuno.
Você percebeu que, por mais rápida que seja a luz, ainda assim ela demora para chegar aos planetas
mais distantes, correto? Por isso que os cientistas utilizam a luz para calcular distâncias no Sistema
Solar. Isso mesmo!!!! Anos-luz não é uma unidade de tempo, mas sim de distância.
4 Você está confuso? Então vamos esclarecer: queremos saber quantos quilômetros a luz
consegue percorrer em um ano. Se a luz percorre 300.000 quilômetros por 1 segundo,
precisamos descobrir quantos segundos temos em um ano. Então, vamos calcular: temos
365 dias com 24 horas, cada hora com 60 minutos e cada minuto com 60 segundos. Mul-
tiplicando esses números, chegamos a quantidade de segundos em um ano. Então, basta
multiplicar pela distância que a luz percorre em 1 segundo e, pronto: temos a distância
que a luz percorre em um ano! Qual é?
365 ∙ 24 ∙ 60 ∙ 60 = 31 536 000 ∙ 300 000 = 9 460 800 000 000 ou 9,461015km
5 Agora que sabemos a distância de um ano–luz, vamos voltar à pergunta inicial: será tão
fácil chegar a Alfa do Centauro com a facilidade indicada no texto? Segundo Vogon, Alfa
do Centauro está a 4 anos-luz de distância da Terra. Qual seria a distância em ano-luz até
a Alfa de Centauro?.
6 Alfa do Centauro é a estrela mais próxima da nossa estrela Sol. Isso significa que a luz do
Sol demora mais de 4 anos para chegar até ela (ou a dela para chegar até o Sol). Ou seja,
se viajássemos na velocidade da luz, demoraríamos 4 anos para chegar até lá, mais 4 para
voltar de lá. Pense bem: é possível viajar na velocidade da luz? É fácil fazer uma visitinha
em Alfa do Centauro?
Espera-se que o aluno entenda que a distância é muito grande e que, dentro do que a ciência
tem hoje, não é possível considerar uma simples “visitinha” à Alfa do Centauro.
FÍSICA – ENSINO MÉDIO 139
Professor, você pode realizar a atividade 5 de muitas formas, mas, especialmente como reto-
mada de conteúdo/habilidades e conclusão do tema.
5 (ENEM 2001 – adaptado) Gilberto Gil usa na letra da música “Seu Olhar”, de 1984, a
palavra composta anos-luz. O sentido prático, em geral, não é obrigatoriamente o mesmo
que na ciência. Na Física, um ano-luz é uma medida que relaciona a velocidade da luz e o
tempo de um ano e que, portanto, se refere a
(A) tempo.
(B) aceleração.
X distância.
(C)
(D) velocidade.
6) (ENEM 2002) Nas discussões sobre a existência de vida fora da Terra, Marte tem sido um
forte candidato a hospedar vida. No entanto, há ainda uma enorme variação de critérios e
considerações sobre a habitabilidade de Marte, especialmente no que diz respeito à exis-
tência ou não de água líquida. Alguns dados comparativos entre a Terra e Marte estão
apresentados na tabela.
Com base nesses dados, é possível afirmar que, dentre os fatores abaixo, aquele mais adverso à
existência de água líquida em Marte é sua
O que nos mantém presos à Terra? O que faz com que a Lua não caia sobre nosso planeta?
Por que as coisas caem? Há uma força que puxa para baixo?
Quando falamos em força da gravidade estamos falando da força que faz com que fique-
mos sobre a Terra em uma constante atração. A intensidade da força gravitacional varia propor-
cionalmente com a massa dos corpos, mesmo sem obter um contato direto.
https://pixabay.com/pt/illustrations/gato-gato-gordo-rich-animal-1598673/
2 Quais planetas dos Sistema Solar poderiam ser escolhidos pelo gato para “perder peso”?
Mercúrio e Marte
144 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Antes de iniciar a atividade 2, divida a turma em grupos e solicite-lhes que tragam os materiais
necessários para a próxima atividade. Verifique um local seguro para que seja feito o lançamen-
to. No site da OBA (Olímpiada Brasileira de Física) há diversos modelos, como este do vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=JNFAAksbO08
Montagem:
ATENÇÃO – Regra básica de segurança: NUNCA lance ou permita que lancem foguetes,
mesmo que aparentemente sejam simples, na direção de pessoas ou animais. Estas atividades
devem ser sempre supervisionadas por adultos.
Decore a garrafa de 600 ml de modo a ficar parecida com um foguete utilizando o material
que julgar interessante e viável;
Procure um espaço dentro da escola adequado para o lançamento;
Corte a garrafa pet de 2 litros com 20 cm de fundo e coloque 1 litro de água;
Embale o bicabornato em um pacotinho de papel absorvente e coloque dentro da garrafa
de 600 ml;
Coloque o vinagre e feche rapidamente com a rolha (a parte mais delicada desse experi-
mento é a rolha. Antes de gastar vinagre e bicarbonato, teste o encaixe da rolha na garrafa. Ela
não pode estar frouxa ou apertada);
Rapidamente, coloque a garrafa emborcada na garrafa pet cortada com água;
Posicione–se do lado oposto ao lançamento.
Faça a contagem regressiva!
A partir de agora, serão utilizados alguns cálculos. Caso necessário, é importante retomar al-
guns conceitos matemáticos.
Após este experimento, você reparou que alguns foguetes foram mais alto que outros,
certo? Tudo dependeu do material que foi utilizado, do ângulo de lançamento etc. Os Físicos e
Engenheiros também pensam muito no material e na altura que eles esperam que o foguete
chegue. Para isso, eles utilizam a seguinte fórmula:
v02 Sendo:
hmax = h = altura
2∙g
v0 = velocidade inicial
g = aceleração de gravidade
1 Se você lançar uma bola para cima a 4 m/s de velocidade, qual será a altura atingida por
ela?
h= (?) m
v = 4 m/s
g = 9,8 m/s2
146 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
2 Ao iniciar um jogo de basquete, o juiz jogou a bola para cima com uma velocidade de
16 m/s. Qual a altura máxima que ela poderá alcançar? E se esse jogo acontecesse em
Vênus?
h= (?)
v = 16 m/s
g Terra = 9,8 m/s2
g Vênus = 9 m/s2
3 Aqui na Terra, jogar algo leve, como o livro “O Guia do Mochileiro das Galáxias” de Dou-
glas Adams para alguém no andar de cima ou no telhado é uma tarefa relativamente sim-
ples. Jogar objetos para cima na Lua seria:
https://pixabay.com/pt/vectors/pisa-itália-
torre-inclinando-se-307883/
FÍSICA – ENSINO MÉDIO 147
A queda livre é um MRUV. Com base nas equações desse tipo de movimento podemos
escrever algumas equações úteis. Por exemplo: quando um pacote é abandonado do helicóp-
tero, sua velocidade inicial é igual a zero (v0=0). O deslocamento (S) será igual a altura (S=h). O
tempo de queda é t.
a t2
Aplicando a função horária do MRVU S = S0 + v0 ∙ t + ∙ ao movimento de queda livre
e considerando S0 = h0 = 0 e a = g, temos: 2
h = h0 + v0 ∙ t + ½ g ∙ t2
h = 0 + 0 + ½ g ∙ t2
h = ½ g ∙ t2
t2 = 2 ∙ h/g
2∙h
t=
∙ g
Converse com seus colegas e professor sobre quando um objeto cai de uma mesa, por
exemplo, quais fatores que influenciam nessa queda:
Após a leitura do texto, questione os alunos sobre os conhecimentos que eles têm sobre
o assunto e o que eles pensam sobre as perguntas abaixo. É importante instigar que todos
participem para que se possa ter um diagnóstico do conhecimento prévio da turma sobre o
assunto.
A altura da mesa tem alguma interferência? Por quê?
E a massa do objeto? Um objeto com massa maior cai mais rápido ou mais lentamente?
Será que a gravidade interfere nisso? Essa mesma queda seria diferente na Lua?
1 De um prédio de 25 andares, com 80 metros de altura, é largada uma pedra. Quanto tem-
po ela gasta para atingir o solo? Se fosse na Lua, quanto duraria essa queda?
t= (?) s
h = 80 m
g Terra = 9,8 m/s2
g Lua = 1,62 m/s2
148 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
2 Um vidro de perfume caiu de um balcão de 1,25 metros de altura. Na Terra, qual seria o
tempo de queda? E se a mesma queda ocorresse num local com um campo gravitacional
igual a 2,5 m/s2, qual seria o tempo de queda?
t= (?) s
h = 1,25 m
g Terra = 9,8 m/s2
g = 2,5 m/s2
3 Ao pousar em Vênus, o tripulante da nave espacial “BigBig” deixou cair sua arma desinte-
gradora de sua cintura. Sabendo que do chão até a cintura, o tripulante tem 5 metros, em
quanto tempo a arma chegou ao chão?
t = (?) 0s
h=5m
g = 9 m/s2
A queda de um celular causa grande dor de cabeça aos jovens, nos dias de hoje. Muitas
vezes, o mesmo modelo de um celular, cai no chão e quebra e, em outras vezes, não quebra.
Para sabermos a chance desse celular quebrar ou não, é preciso saber a velocidade final com
que ele atinge o solo. Para isso, utilizamos a seguinte fórmula:
Vfinal = √2 ∙ g ∙ h Sendo:
v = velocidade
g = gravidade
h = altura
1 Se não fosse a resistência do ar, um corpo abandonado de uma altura de 45 metros atin-
giria que velocidade? E se este lançamento fosse feito na Lua que tem um campo gravi-
tacional de 1,6 m/s2?
v = (?) m/s
h = 45 m
g Terra = 9,8 m/s2
g Lua =1,6 m/s2
FÍSICA – ENSINO MÉDIO 149
2 De um prédio de 25 andares, com 80 metros de altura, é largada uma pedra. Qual veloci-
dade ela atingiria? Se fosse na Lua, qual seria essa velocidade?
v = (?) m/s
h = 80 m
g Terra = 9,8 m/s2
g Lua =1,6 m/s2
Em desenhos animados, como Tom & Jerry e Papa–Léguas, vemos um personagem correr
atrás de outro, até que chegam num penhasco e continuam correndo em linha reta, na horizon-
tal, para cair alguns segundos depois, na vertical.
Porém, na realidade, não é exatamente isto que acontece. Mas também a queda não é
imediata.
Um corpo, quando é lançado horizontalmente, continua em movimento ainda na horizon-
tal, para depois, cair.
Uma equação que relaciona o deslocamento do corpo na direção vertical com seu deslo-
camento na horizontal, é:
Sendo:
D= ∙ 2∙h ∙V
g 0 D = deslocamento
h = altura
g = gravidade
v0 = velocidade inicial
Dessa expressão, podemos deduzir:
O alcance do corpo lançado horizontalmente é tanto maior quanto for a altura do seu
lançamento.
Os cálculos realizados na Terra não valem para a Lua, pois a aceleração da gravidade (g)
será diferente.
150 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
1) A nave Enterprise está em um campo gravitacional de 4 m/s2. O Capitão Kirk joga sua
arma, horizontalmente em uma mesa de 1,25m de altura, para o Comandante Spock a
uma velocidade de 1 m/s. Qual a distância que a arma alcançará antes de iniciar a queda?
D = (?) m
h = 1,25 m
g = 4 m/s2
v = 1m/s
2) O robô Curiosity está há mais de 5 anos explorando Marte, a procura de rochas que pos-
sam identificar alguma vida no planeta. Certa vez, ele subiu em uma cratera com uma al-
tura de 2 km e estava a uma velocidade constante de 8 km/h, quando caiu. Qual foi a
distância que o robô alcançou horizontalmente antes de cair?
D = (?)
h = 2 km 2 000 m
g = 3,8 m/s2
v = 8 km/h 2,22m/s
Para o trabalho com lançamento oblíquo indicamos o simulador que se encontra no site do Cur-
rículo +. Para ter acesso ao material do professor, é preciso fazer um registro simples no site.
https://phet.colorado.edu/services/download-servlet?filename=%2Fteachers-guide%2Fprojectile-
-motion-html-guide_en.pdf.
Sugerimos que os alunos façam as simulações livremente e que anotem suas observações. Em
seguida, debata com a turma o que eles observaram.
Quando você e seu grupo lançaram o foguete de garrafa pet, perceberam que o foguete,
após certo tempo, caiu. Ele caiu devido a gravidade, certo?
Vamos acompanhar a trajetória dele:
O foguete subiu até uma certa altura, ou seja, sua altura máxima.
Depois, ficou certo tempo no ar.
E, então, caiu.
FÍSICA – ENSINO MÉDIO 151
y
5
-1 0 1 2 3 4 5 6 7 x
-1
1 Efetue vários lançamentos mudando o objeto lançado: bala de canhão, carro, pessoa, etc.
A trajetória se altera? Por que isso acontece?
3 Efetue alguns lançamentos mudando apenas o ângulo. Qual deve ser o ângulo para obter
o maior alcance? Por que isso acontece?
4 Faça lances mudando a massa do objeto (projétil). O que ocorre? Por quê?
5 Faça lances mudando a velocidade inicial de disparo. O que ocorre? Por quê?
FÍSICA
2a Série – Ensino Médio
Luz – características físicas e • Identificar objetos, sistemas e 10. Agir pessoal e coletivamente com auto-
fontes fenômenos que produzem, nomia, responsabilidade, flexibilidade, resili-
• Formação de imagens, propa- ampliam ou reproduzem ima- ência e determinação, tomando decisões
gação, reflexão e refração da gens no cotidiano com base em princípios éticos, democráticos,
luz. • Reconhecer o papel da luz, suas inclusivos, sustentáveis e solidários.
• Sistemas de ampliação da visão, propriedades e fenômenos que
como lupas, óculos, telescópios envolvem a sua propagação,
e microscópios. como formação de sombras, re-
flexão, refração etc.
•
Associar as características de
obtenção de imagens a pro-
priedades físicas da luz para
explicar, reproduzir, variar ou
controlar a qualidade das ima-
gens produzidas
•
Reconhecer diferentes instru-
mentos ou sistemas que ser-
vem para ver, melhorar e am-
pliar a visão, como olhos,
óculos, lupas, telescópios, mi-
croscópios etc., visando à sua
utilização adequada
•
Reconhecer aspectos e influ-
ências culturais nas formas de
apreciação de imagens
• Curso de física: (ondas); som e luz. Auto- nas atividades em sala e extraclasse e a pro-
res: Ference; Lemon e Stephenson. Editora: gressão individual quanto ao aprimoramen-
Edgard Blucher LTDA to da linguagem científica, do raciocínio ló-
gico-matemático, da produção escrita e da
• Física do Dia a Dia 1 - 105 Perguntas e comunicação oral, de forma coerente com
Respostas Sobre Física Fora da Sala de as peculiaridades do grupo heterogêneo de
Aula. Autora: Regina Pinto de Carvalho. Edi- estudantes da rede estadual de ensino. E
tora: Gutenberg como apoio ao desenvolvimento da recupe-
ração, você pode solicitar a ajuda dos cole-
• A história da luz. Autor: Alfredo Roque gas de classe nas explicações, a partir de
Salvetti. Editora: Livraria da Física ações colaborativas de tutoria entre os estu-
dantes. Além disso, também é oportuno uti-
• Física do Dia a Dia 2 - Mais 104 Perguntas lizar esses momentos de avaliação e recupe-
e Respostas Sobre Física Fora da Sala de ração para reforçar aos estudantes que eles
Aula... E Uma na Sala de Aula! Autora: Regi- são corresponsáveis pela própria aprendiza-
na Pinto de Carvalho. Editora: Gutenberg gem e não apenas meros agentes passivos e
absorvedores de informações.
Antes de partimos para as sugestões
Por fim, aproveitamos esse espaço de co-
de atividades propriamente ditas, é funda-
municação para sugerir alguns livros para estu-
mental tratar da avaliação e da recuperação
do complementar. Essas obras foram enviadas
da aprendizagem. Ponderando que uma ati-
para as escolas da rede estadual pelo Progra-
vidade, associada a certo conteúdo, pode
ma Leituras do Professor e Sala de Leitura:
desenvolver uma ou várias habilidades, as-
sim como o desenvolvimento de uma habili- • Física 2: Física Térmica e Óptica – GREF
dade pode ser alcançada por diferentes ti- (Grupo de Reelaboração de Ensino de Físi-
pos de atividades, retomamos as ca da Universidade de São Paulo) Editora:
considerações realizadas anteriormente so- Edusp
bre a necessidade de diversificação de ins-
trumentos na composição de um processo • A Necessária Renovação do Ensino das
avaliativo e recuperativo que aconteça ao Ciências. Autores: Anna Maria Pessoa De
longo de todo o bimestre e que tenham ca- Carvalho, Antonio Cachapuz e Daniel Gil-
ráter reflexivo e não punitivo, isto é, que -Perez. Cortez Editora
conduzam à reorientação da aprendizagem
e também do ensino. Indicamos que sejam • Introdução à física Acústica. Rodrigues,
verificados o envolvimento dos estudantes Clóves e Borges Antônio Newton. Editora LF.
156 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
TEMA 1: SOM
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E FONTES
Habilidade: Reconhecer a constante presença das ondas sonoras no dia a dia, identificando
objetos, fenômenos e sistemas que produzem sons.
Agradáveis Desagradáveis
2 Agora que você já realizou a separação, quais destes sons podemos definir como música
ou ruído?
A definição de música ou ruído depende da opinião do aluno e é claro da presença da sonori-
dade musical. É claro que os alunos poderão citar diversas músicas propriamente ditas. É co-
mum também que haja na sala de aula divergências de opiniões sobre o que é música ou ruído,
nesta hora, cabe ao professor mediar a situação.
3 Por que, para algumas pessoas, certas modalidades musicais são consideradas barulho e
para outras são consideradas música, por exemplo, heavy metal, ópera, sertaneja, etc.?
Discuta com seus colegas.
Provavelmente na questão 2 já tenha surgido esta discussão. A opinião sobre estilos musicais é
muito polêmica devido à diversidade de preferências, especialmente em sala de aula. Explore
esse assunto promovendo uma reflexão com os alunos explicando que, para ser música, precisa
haver harmonia e ritmo, inobstante à opinião sobre o estilo.
158 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
É muito importante que os alunos realizem esta pesquisa ou entrevista, pois responderá a
diversos questionamentos surgidos nas situações anteriores. É nesta pesquisa ou entrevista
que é necessário que o conhecimento sobre o que é música, som e ruído se concretizem. Em
relação aos instrumentos musicais, é importante que o aluno saiba que cada um deles tem uma
parte principal que produz o som. O violão, por exemplo, tem as cordas, o piano tem as teclas
e assim por diante. Sobre a afinação, esta é fundamental para que haja harmonia e complete
a definição de música, além de soar agradável aos nossos ouvidos. Sugerimos que os alunos
apresentem suas pesquisas e definições para os demais colegas e, durante a apresentação,
você, professor faça as conjecturas cabíveis das definições surgidas.
O que é o som?
Como é possível perceber um som pro-
duzido a certa distância? Como você acha que
o som “viaja” desde sua fonte até as nossas
orelhas? Para entender o que ocorre, imagine
um violão. Quando uma de suas cordas é tan-
4 Observe o gráfico abaixo do alto-falante. Qual é a grandeza que está sendo representada
no eixo vertical? E no eixo horizontal?
A imagem traz a representação gráfica do fenômeno físico que ocorre, relacionando a pressão
do ar (eixo vertical) com o comprimento de onda (eixo horizontal).
5 Qual a relação entre a parte da figura com os pontinhos (compressão e rarefação) e o grá-
fico de pressão x comprimento de onda?
Esta questão sintetiza as questões 3 e 4, pois relaciona a pressão positiva com as áreas compri-
midas e a pressão negativa com as áreas rarefeitas.
O número de jovens que a cada dia tem sua audição perdida tem aumentado assustadora-
mente. Há diversas pesquisas realizadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) evidenciando
a triste situação. Se você costuma ouvir música em fones de ouvido em volume muito alto, é hora
de cuidar de sua saúde. Utilizando os conhecimentos adquiridos até agora, é correta a expressão
“som muito alto” utilizada no dia a dia? Discuta com seus colegas e registre no espaço abaixo.
A altura do som é a definição se o som é agudo ou grave. Sons altos são agudos e sons baixos são
graves. O que faz um som ficar agudo ou grave é a frequência do som. Se a frequência é maior, o
som se torna agudo, alto, se a frequência é menor, o som se torna grave, baixo, o que não tem nada
a ver com volume do som. Este, por sua vez, está associado à intensidade com a qual a frequência
é emitida nos ciclos. Sugerimos que a atividade seja realizada em grupos ou duplas e depois socia-
lizada para que haja esclarecimento do professor caso surjam divergências de definições.
160 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
FAÇA VOCÊ MESMO: Com a ajuda do seu professor, realize a atividade experimental “Como
enxergar a própria voz”
Materiais:
• Balão de aniversário;
• Lata descartável de alumínio (por exemplo: leite condensado, massa de tomate);
• Abridor de latas;
• Fita adesiva;
• Tubo de PVC;
• Caneta com laser;
• Um CD.
Procedimentos:
• C
om o auxílio de um abridor de latas, retire
o fundo da lata; laser
Descreva o comportamento
Comportamento da onda sonora das ondas sonoras
Professor, para ampliar seu repertório nesta atividade, sugerimos que assista ao vídeo “Como
enxergar sua própria voz (EXPERIMENTOS de FÍSICA)”, disponível em https://www.youtube.
com/watch?v=6lArL9pCkhs
1 Análise da imagem 1:
b) Você consegue identificar a razão pela qual uma das ondas é mais aguda? Justifique.
Espera-se que os alunos compreendam que a segunda onda da imagem 1 tem seu compri-
mento menor e frequência maior. Se necessário, projete a imagem e mostre a diferença dos
comprimentos de ondas e frequências, realizando as medições.
c) Pode-se afirmar que uma das ondas representa um som de volume mais alto do que a outra?
Espera-se que os alunos compreendam que ambas representam a mesma intensidade, ou seja,
o mesmo volume. Se necessário, projete a imagem e mostre a igualdade nas alturas das ondas.
2 Análise da imagem 2:
A 3 cm B 3 cm
3 cm 3 cm
c José Rubens A. Silva
a) Sabendo-se que as duas ondas têm a mesma velocidade de propagação, qual delas tem
maior frequência? Por quê?
Para uma mesma velocidade, quanto maior a frequência, menor o comprimento de onda, por-
tanto a onda A possui menor frequência e a B possui maior frequência.
Ruído
Pressão
Tempo
Tempo
b) O que podemos concluir sobre o formato das ondas sonoras produzidas pelos ruídos?
Não há uma repetição por ciclos no desenho.
c) O que aconteceria com as ondas do gráfico de música caso o músico desafinasse com o
instrumento?
Se ele desafinar, ele romperá o ciclo representado pelo desenho do gráfico, provavelmente
observará um novo desenho formado até que volte à harmonia original.
1 Alterando os níveis de frequência e amplitude na aba “Ouvir uma única fonte” o que po-
demos observar no comportamento das ondas e na percepção do som emitido?
Professor, é muito importante realizar com seus alunos esta simulação. Respondendo a ques-
tão, espera-se que eles observem que, trocando a pessoa que emitirá o som no microfone do
computador, naturalmente alterará o formato das ondas emitidas. Você pode explorar esta
atividade solicitando que falem com intensidade baixa ou alta para visualizarem as variações
bem como mostrar a diferença de agudo e grave por meio de uma voz masculina e feminina.
2 O que acontece quando retiramos o ar da caixa do experimento da aba “Ouvir com pres-
são do ar variável”? Por quê?
O som não será emitido, pois não se pode ouvir sons no vácuo (ausência de ar) porque ele não
possui um meio para transmissão das ondas, seja líquido, sólido ou gasoso.
Notas Musicais
Para que você possa entender as características envolvidas de uma nota musical, vamos analisar
um violão genérico. Como em um berimbau, um cavaquinho ou um violão, temos aqui o caso de uma
corda, de comprimento L e densidade linear μ (massa por unidade de comprimento), presa pelas ex-
tremidades. Essa corda é mantida esticada por certa força T, que pode ser variada à vontade. Ao tan-
ger a corda, pulsos ondulatórios começam a se propagar, afastando-se da região de perturbação ini-
cial com uma velocidade dada por: v = √ Tμ . Note que a velocidade dos pulsos depende da tensão
aplicada e da densidade da corda, mas não depende da intensidade com que ela é tangida. O fato de
as extremidades estarem fixas gera uma condição particular na qual a onda estacionária é, fisicamen-
te, a única forma estável possível de vibração para a corda. E, entre todas as ondas estacionárias ima-
gináveis, realizam-se de fato aquelas cujos nodos estejam nas extremidades. Essas ondas são chama-
das de harmônicos ou frequências naturais de vibração do sistema. Como qualquer um dos harmônicos
é produzido na mesma corda, todos possuem a mesma velocidade de propagação. Além disso, cada
um dos harmônicos possíveis tem uma frequência que é um múltiplo da frequência do primeiro har-
mônico, também chamado de harmônico fundamental. Como v=λ.f , o harmônico fundamental tem
frequência: fn= n/2L . √ Tμ em que n é o número do harmônico, v é a velocidade de propagação, ƒ é a
frequência e λ é o comprimento de onda.
Podemos facilmente distinguir um mesmo som quando produzido por instrumentos diferentes.
Essa diferença se deve a uma característica chamada timbre, uma espécie de assinatura ou identidade
de cada instrumento musical, de cada fonte sonora. Ao superpor as amplitudes dos diferentes harmô-
nicos à amplitude da frequência fundamental, gera-se uma onda irregular cheia de cristas e vales.
Quando uma onda sonora atinge nossos ouvidos externos, elas chegam até o tímpano pelo ca-
nal auditivo. As vibrações produzidas pelo tímpano atingem os ossos chamados martelo e bigorna e
estes repassam a vibração para o osso estribo que fica no ouvido interno. Chegando ao ouvido inter-
no, as ondas passam pela cóclea. Os pelos e o líquido existentes nesta cavidade, na forma de um ca-
racol, estimulam as células nervosas, enviando sinais para o cérebro. O ouvido humano pode ouvir a
frequência de ondas sonoras de 20 a 20000 Hz. Outros seres vivos podem ouvir frequências maiores
ou menores.
Texto adaptado do material SPFE, escrito por Guilherme Brockington especialmente para o São Paulo Faz Escola.
1 Se um violonista deseja produzir notas mais agudas, porém sem mudar a tensão em uma
corda, o que ele deve fazer variar?
Ele deve diminuir o comprimento da parte da corda que vibrará, usando o braço do instru-
mento para comprimir a corda em um ponto intermediário. Isso ocorre porque a frequência é
inversamente proporcional ao comprimento.
4 Por que os cães se sentem com medo e ficam acuados ao ouvir fogos de artifício?
Os cães detectam sons em frequências menores e maiores do que a gente. Enquanto um hu-
mano detecta a frequência de 16 a 20 mil Hertz, um cachorro vai de 10 a 40 mil Hertz. Os sons
dos fogos de artifício podem ultrapassar esses limites em sua maioria, o que causa desconforto
ou até mesmo dor ao sistema auditivo dos cães.
5 Uma onda tem frequência de 15Hz e se propaga com velocidade de 300m/s. Qual o seu
comprimento de onda?
Se v = λ.f, temos v = 200 m/s e f = 20 Hz, logo, fazendo 200 = λ . 20, temos que λ = 200/20,
logo λ = 10 m
6 Uma fonte sonora produz ondas no ar com comprimento de onda igual a 4 mm. É possível
um ser humano ouvir esta fonte sonora que está sendo produzida? Se achar necessário,
adote 340 m/s como a velocidade de propagação das ondas sonoras através do ar.
PARA SABER MAIS: O portal de notícias Correio do Estado da Bahia divulgou no dia 14 de
fevereiro de 2019 uma notícia preocupante cujo título foi “Em menos de 15 dias, Salvador
teve mais de 1.600 denúncias por poluição sonora”. A OMS (Organização Mundial da Saú-
de) orienta que um som não deve ultrapassar a barreira de 50 db porque acima deste valor,
começam os efeitos prejudiciais à audição humana. Diante deste fato, vamos promover um
debate por meio das seguintes orientações:
1. Pesquisem sobre os principais problemas causados pela poluição sonora e como a po-
pulação, ONGs, e até a ciência pretendem contribuir para a diminuição deste problema.
Sugestão: aproveitem o tema para pesquisar sobre as frequências dos sons envolvidos
na poluição sonora em sua cidade ou região.
Esta pesquisa é de fundamental importância para que os estudantes tomem ciência dos pro-
blemas sonoros existentes na sociedade, especialmente na sua comunidade e como contribuir
para uma atmosfera limpa e que não cause problemas de saúde às pessoas e a si mesmo.
FÍSICA – ENSINO MÉDIO 167
2. Sob orientação do professor, promovam um debate em sala de aula, tendo como foco as prin-
cipais causas da poluição sonora e como estas podem ser evitadas ou até mesmo erradicadas.
FAÇA VOCÊ MESMO: Com a ajuda do seu professor, realize a atividade experimental
“A câmara escura”
Materiais:
• Caixa de sapato;
• Papel vegetal;
• Cartolina preta;
• Fita adesiva preta;
• Lupa;
• Tesoura;
• Estilete;
• Vela.
Procedimentos:
• Desmonte a lupa do plástico;
• Com a cartolina preta, faça um cilindro de forma que a lupa fique bem fixada em uma de
suas extremidades, conforme figura 1. Utilize a fita adesiva ou cola para obter um resul-
tado melhor;
• Recorte um retângulo no fundo da caixa de sapato e em seguida revista-a com papel
vegetal, conforme figura 2;
• Do outro lado da caixa faça um furo de maneira que o cilindro feito anteriormente se
encaixe. O cilindro pode ser ajustado para que se obtenha uma imagem mais nítida
possível, o esquema completo está representado na figura 3.
c Dimas D. Barros
Cartolina
Papel vegetal
Aponte a câmera para um objeto que esteja bem iluminado e observe a formação da imagem
no papel vegetal.
b) Movimente o cilindro com a lupa e refaça as observações. Você percebe alguma diferença
em relação ao que viu antes?
Observa-se que a imagem fica mais ou menos nítida quando o cilindro é movimentado.
d) Agora, com o auxílio do professor, deixe a câmara em um ponto fixo em relação à vela
acesa e preencha a tabela abaixo:
Professor, a distância entre a vela e a câmara escura será calculada após a leitura do texto.
1 Vamos voltar na tabela da atividade “d” (pág. 20) e, utilizando a relação de proporcionali-
dade presente no texto, calcule a distância da vela até a câmara escura.
Espera-se que os alunos realizem a substituição na fórmula discutida no texto anterior com
os dados obtidos na tabela. Acompanhe os cálculos matemáticos e oriente-os se houver dú-
vidas. O importante é observarem que a fórmula permite encontrarmos o valor da distância
da vela até a câmara escura, na fórmula, chamada d0.
2 Ao observar uma árvore com a câmara escura, Carlos obteve uma imagem de 12 cm. Se a
câmara tem 30 cm de comprimento e estava afastada 5 m da árvore, qual é a altura da árvore?
u o impressiona. Isto é feito pelo diafragma, um mecanismo que permite passar mais ou menos luz,
abrindo ou fechando seu orifício, denominado de abertura. Atrás da pupila encontra-se o cristalino,
uma lente que é capaz de focar objetos próximos
ou distantes, pela mudança de sua curvatura, con- Representação de alguns detalhes do olho humano
seguida por músculos que envolvem o cristalino. Coróide
No olho normal, o cristalino focaliza as imagens na esclerótica
retina, uma membrana do tamanho de uma moe-
da na parte posterior do olho. Suas células têm a Íris
retina
capacidade de transformar a luz que recebe em
impulsos nervosos que são enviados, através dos
nervos ópticos, até ao cérebro que os interpretam
e registram como sensações visuais. A retina de pupila nervo
ótico
cada olho contém da ordem de 125 milhões de
bastonetes distribuídos entre os milhões de cones.
córnea
Os cones e os bastonetes são células fotossensí- transparente
c GREF
humor humor
veis responsáveis pela conversão da luz em impul- aquoso
cristalino vítreo
sos elétricos que são transmitidos ao cérebro. Os
cones funcionam bem na claridade sendo respon-
sáveis pelos detalhes e cores das cenas observadas, enquanto que os bastonetes são os responsáveis
pela nossa visão quando o ambiente é mal iluminado.
Em essência, toda máquina fotográfica, é uma caixa internamente preta e vazia, provida de um
pequeno orifício por onde a luz, transmitida por um objeto, penetra e impressiona um filme fotográ-
fico fixado no lado oposto desse orifício. No século XVI já se sabia projetar uma imagem utilizando
uma câmara escura semelhante à construída na atividade prática anterior, mas não se conhecia a
maneira de a registrar. Isto ocorreu somente três séculos depois, no ano de 1826, quando o francês
Joseph Niepce, tirou a primeira fotografia, usando uma câmara escura e um material sensível à luz,
o filme fotográfico.
As câmaras escuras foram sendo aperfeiçoadas, atingindo um grau de sofisticação, que muitas
vezes chega a esconder a simplicidade da sua função básica: fazer com que a luz, proveniente de um
objeto ou da cena que se deseja fotografar, incida sobre o filme, formando nele uma imagem.
A filmadora de vídeo também é semelhante à máquina fotográfica. A diferença está no registro da
cena: enquanto a máquina fotográfica e a filmadora de cinema registram a cena em um filme, através de um
processo fotoquímico, a filmadora de vídeo o faz numa fita magnética, por um
processo fotomagnético.
As câmeras digitais possuem o mesmo funcionamento básico de uma
antiga máquina fotográfica. Contudo, em vez de usar filmes quimicamente
tratados, as imagens são gravadas por meio de sensores eletrônicos, que
são semicondutores (materiais cujas propriedades elétricas, como a condu-
tividade, variam de acordo com a incidência de luz sobre eles). Esses sen-
sores possuem pequenas áreas, chamadas de pixels, nas quais a incidência
de luz promove a liberação de cargas elétricas. Ou seja, quanto mais luz
https://cdn.pixabay.com/ chega a um pixel, mais elétrons são coletados. Quanto mais pixels uma
photo/2016/11/20/08/33/
camera-1842202_960_720.jpg
câmera possui, maior é a resolução de suas imagens.
c GREF
Tanto a íris quanto o diafragma permitem a entra-
da de luz em seus meios. A íris possui músculos
que podem se contrair ou relaxar, diminuindo ou aumentando o tamanho da pupila de acordo
com a iluminação do ambiente. Dessa forma, a íris regula automaticamente a intensidade de
luz. Existem algumas câmeras que já possuem diafragmas automáticos para a captação da luz.
5 Além da íris e do diafragma, quais componentes do olho humano são semelhantes aos das
câmeras?
A possível comparação poderá ser obtida, entretanto recomendamos que projete uma imagem
comparativa aos alunos, disponível em livros didáticos.
6
Olho humano Câmara
Retina Sensor
Cristalino Foco da lente
Pupila Abertura da lente
Córnea Curvatura da lente
Íris Diafragma
FÍSICA – ENSINO MÉDIO 173
PARA SABER MAIS: Nas atividades anteriores, construímos e abordamos sobre o princí-
pio de funcionamento da câmara escura. Faça uma pesquisa sobre a possibilidade de tirar
uma foto utilizando uma câmara escura semelhante à construída por você e apresente aos
seus colegas.
Utilizamos um trecho da Lenda da Vitória Régia para ilustrar o processo de reflexão da luz. O
brilho da Lua é reflexo da luz do Sol. Da mesma forma que os planetas, ela não tem luz própria.
Espera-se que os alunos se lembrem do ano anterior quando o assunto foi abordado no tema
Universo, Terra e Vida. Sugerimos que haja uma discussão coletiva em sala de aula.
Utilizando um espelho plano, responda as questões:
1 Fique em frente a um espelho. Agora afaste-se um passo. O que aconteceu com o tama-
nho da sua imagem?
Espera-se que o aluno observe que, ao se aproximar do espelho sua imagem se torna maior e,
ao se afastar, se torna menor.
2 O que aconteceu com o tamanho dos objetos que estão atrás de você?
Espera-se que o aluno observe que só houve alteração de tamanho em sua imagem, pois os
objetos não foram movidos.
174 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
3 Se afaste de costas para continuar olhando sua imagem. O que acontece com sua imagem?
Quando você se afasta a imagem diminui e também se afasta do espelho.
a) côncavo b) convexo
Os espelhos esféricos são constituí- Raios de luz que incidem paralelamente ao eixo principal
dos de uma superfície lisa e polida com u
FÍSICA – ENSINO MÉDIO 175
u formato esférico. Se a parte refletora for interna à superfície, o espelho recebe o nome de espelho
côncavo; se for externa, é denominado convexo. A posição e o tamanho das imagens formadas pelos
espelhos esféricos também podem ser determinados geometricamente (como nos espelhos planos)
pelo comportamento dos raios de luz que partem do objeto e são refletidos após incidirem sobre o
espelho.
Embora sejam muitos os raios que contribuem para a formação das imagens, podemos selecionar
três raios que nos auxiliam a determinar mais simplificadamente suas características:
1) os raios de luz que incidem no espelho passando pelo seu centro de curvatura (C) refletem-se
sobre si mesmos, pois possuem incidência normal (perpendicular) à superfície;
2) quando os raios de luz incidem no vértice (V) do espelho são refletidos simetricamente em re-
lação ao seu eixo principal (î = r);
3) nos espelhos côncavos, os raios de luz que incidem paralelamente e próximos ao eixo principal
são refletidos passando por uma região sobre o eixo denominada foco (F).
Nos espelhos convexos, os raios são desviados, afastando-se do eixo principal, de modo que a
posição de seu foco é obtida pelo prolongamento desses raios. No caso dos espelhos convexos, a
posição e o tamanho das imagens ficam determinados pelo cruzamento do prolongamento dos raios
refletidos, já que esses raios não se cruzam efetivamente.
As características das imagens obtidas através dos espelhos convexos são semelhantes, pois
esses espelhos formam imagens virtuais (que não podem ser projetadas), direitas e menores em re-
lação ao objeto, independentemente da posição do objeto. Nos espelhos côncavos, entretanto, as
imagens formadas possuem características distintas, dependendo da posição do objeto em relação
ao espelho.
Adaptado do GREF (Grupo de Reelaboração do Ensino de Física instituto de Física da USP). Óptica.p 74. 1998
1 Por que o carro dos BOMBEIROS tem o nome escrito invertido em sua parte frontal?
Para que os motoristas à frente possam ler o escrito corretamente quando olharem pelo retro-
visor. Os espelhos planos mostram imagens invertidas porque neles a luz se reflete dos seus
olhos para o espelho e do espelho para os seus olhos. Como a luz viaja em linha reta, lado
esquerdo reflete lado direito, fazendo a imagem aparecer invertida.
3 Se um raio de luz incidir em um espelho plano com um ângulo de 45º, com qual ângulo
ele será refletido?
Pela 1a lei da reflexão, o raio incidente (RI) à normal (perpendicular à superfície) e o raio refleti-
do são coplanares, ou seja, estão no mesmo plano. Na 2a lei da refração: o ângulo de incidência
é igual ao ângulo de reflexão (r = i), logo o ângulo refletido será de 45º.
4 Utilizando um livro didático e com o auxílio do seu professor, responda: qual será a altura
da imagem, bem como a distância dela em relação ao espelho, de uma mulher de 1,70m
176 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
espelho
c GREF
PARA SABER MAIS: Pesquise em seu livro didático ou na internet qual fórmula relaciona
a posição da imagem, a posição do objeto e o foco de um espelho esférico. Qual equação
fornece o aumento sofrido pelas imagens formadas nesse espelho?
A equação que relaciona a posição da imagem em um espelho esférico com a posição do ob-
1 1 1 onde f é a distância focal do
jeto e do foco do espelho é a equação de Gauss: = +
f di do
espelho, di é a distância da imagem ao espelho e d0 distância do objeto ao espelho. Sugerimos
que, além do aluno pesquisar a fórmula, lhe seja fornecido um aprofundamento sobre o assun-
to a critério do professor.
FÍSICA – ENSINO MÉDIO 177
Habilidades: Reconhecer diferentes instrumentos ou sistemas que servem para ver, melhorar
e ampliar a visão, como olhos, óculos, lupas, telescópios, microscópios etc., visando à sua
utilização adequada.
PARA PESQUISAR: Certamente você já viu em filmes em que aparecem desertos, pesso-
as cansadas e com sede tendo miragens de oásis com água límpida para ser bebida. Em
parceria com os seus colegas, pesquisem como se formam as miragens e qual o fenômeno
da física que está envolvido no processo. O que significa a expressão “estou vendo uma
miragem.”?
FAÇA VOCÊ MESMO: Com a ajuda do seu professor, realize a atividade experimental
“Refração da luz”
Materiais:
• duas folhas de papel sulfite;
• um copo de vidro transparente;
c Dimas D. Barros
• canetinha de cor preta.
Procedimentos:
• c onstrua duas imagens conforme ilustração ao lado,
utilizando as folhas e a canetinha;
c Dimas D. Barros
1 Observando o efeito da imagem da colher na xícara na foto do texto, como você define
refração?
Chamamos de refração da luz o fenômeno em que a luz é transmitida de um meio para outro
diferente. Nesta mudança de meios a frequência da onda luminosa não é alterada, embora sua
velocidade e o seu comprimento de onda sejam.
Com base no texto ‘Refração’, como você explica o fato de o peixe conseguir “pescar sua
presa no ar”?
O peixe-arqueiro pode instintivamente levar em conta os princípios da física, como a refração
da luz para determinar a verdadeira posição da presa. Portanto, este pequeno peixe realmente
considera as formas como as curvaturas de luz entram na água e, sem perceber, acerta sua pre-
sa com um jato de água surpreendente. Para aprofundar os conhecimentos sugerimos como
leitura: A sua revista diária de Ciência e Tecnologia. Disponível em http://www.ndig.com.br/
item/2013/12/peixe-arqueiro-cospe-jatos-de-agua-para-abater-sua-presa
Aproveitamos esta atividade para introduzir a Lei de Snell-Descartes que poderá ser apro-
fundada ou não pelo professor.
Pela fórmula nA.sen i = nB.sen r, teremos: nA,B = sen r / sen i ➝ nA,B = 0,7/0,8 ➝ nA,B = 0,875.
Com base nas imagens formadas por lentes, que você estudou até agora, explique o funciona-
mento de diferentes instrumentos ópticos, como luneta, microscópio, telescópio e retroprojetor.
O professor poderá sugerir esta atividade como pesquisa.
A Luneta astronômica é um instrumento de aproximação que se utiliza a lente objetiva e a
ocular. A objetiva tem distância focal para metros e a ocular a distância focal é para uso em
centímetros.
180 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
O microscópio funciona utilizando um conjunto de lentes ocular e objetiva (são lentes que po-
sicionadas de determinada forma corrigem erros cromáticos). Essas lentes ampliam a imagem
transpassada por um feixe de luz.
O telescópio tem que formar raios paralelos na sua saída só que com uma inclinação maior que
a vista possa observar. O arranjo adequado de uma lente convergente com uma lente diver-
gente resulta em tal efeito. O telescópio produz um feixe de raios paralelos de saída com uma
inclinação maior que o feixe paralelo que entra pela lente objetiva.
Retroprojetor: A transparência ou acetato com a escrita ou desenho é colocada sobre a lente
convergente. A posição do objeto e a distância focal da lente devem ser de modo que a ima-
gem resultante seja uma imagem real.
PARA SABER MAIS: Pesquise em seu livro didático ou na internet os seguintes problemas
de visão: astigmatismo e presbiopia, bem como as lentes necessárias para as respectivas
correções. Apresente aos seus colegas.
FÍSICA – ENSINO MÉDIO 181
FÍSICA
3a Série – Ensino Médio
TEMA 1- Matéria, suas pro- • Identificar e estimar ordens de 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recor-
priedades e organização grandeza de espaço em escala rer à abordagem própria das ciências, incluin-
• Modelos de átomos e moléculas subatômica, nelas situando fe- do a investigação, a reflexão, a análise crítica,
para explicar características ma- nômenos conhecidos; a imaginação e a criatividade, para investigar
croscópicas mensuráveis; • Explicar características macros- causas, elaborar e testar hipóteses, formular e
resolver problemas e criar soluções (inclusive
• A matéria viva e sua relação/dis- cópicas observáveis e proprieda-
tecnológicas) com base nos conhecimentos
tinção com os modelos físicos de des dos materiais, com base em
modelos atômicos; das diferentes áreas.
materiais inanimados;
4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral
• Os modelos atômicos de Ru- • Explicar a absorção e a emis-
são de radiação pela matéria, ou visual-motora, como Libras, e escrita), cor-
therford e Bohr;
recorrendo ao modelo de quan- poral, visual, sonora e digital –, bem como
• A quantização da energia para conhecimentos das linguagens artística, ma-
tização da energia;
explicar a emissão e absorção de temática e científica, para se expressar e par-
radiação pela matéria; • Reconhecer a evolução dos
tilhar informações, experiências, ideias e sen-
conceitos que levaram à ideali-
• A dualidade onda–partícula; timentos em diferentes contextos e produzir
zação do modelo quântico para
• As radiações do espectro eletro- o átomo; sentidos que levem ao entendimento mútuo.
magnético e seu uso tecnológico, 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias
• Interpretar a estrutura, as pro-
como a iluminação incandescen- digitais de informação e comunicação de for-
priedades e as transformações
te, a fluorescente e o laser; ma crítica, significativa, reflexiva e ética nas
dos materiais com base em mo-
diversas práticas sociais (incluindo as escola-
delos quânticos;
res) para se comunicar, acessar e disseminar
• Identificar diferentes radiações informações, produzir conhecimentos, resol-
presentes no cotidiano, reco- ver problemas e exercer protagonismo e au-
nhecendo sua sistematização no toria na vida pessoal e coletiva.
espectro eletromagnético e sua
7. Argumentar com base em fatos, dados e
utilização por meio das tecnolo-
informações confiáveis, para formular, nego-
gias a elas associadas (rádio, ra-
ciar e defender ideias, pontos de vista e deci-
dar, forno de micro-ondas, raios
sões comuns que respeitem e promovam os
X, tomografia, laser etc.);
direitos humanos, a consciência socioambien-
• Reconhecer a presença da ra- tal e o consumo responsável em âmbito local,
dioatividade no mundo natural e regional e global, com posicionamento ético
em sistemas tecnológicos, discri- em relação ao cuidado de si mesmo, dos ou-
minando características e efeitos; tros e do planeta/
182 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
TEMA 2 – Fenômenos Nu- • Reconhecer a natureza das in- 10. Agir pessoal e coletivamente com auto-
cleares terações e a dimensão da ener- nomia, responsabilidade, flexibilidade, resi
gia envolvida nas transforma- liência e determinação, tomando decisões
ções nucleares para explicar seu com base em princípios éticos, democráticos,
• Núcleos estáveis e instáveis, ra-
uso na geração de energia elétri- inclusivos, sustentáveis e solidários.
diatividade natural e induzida;
ca, na indústria, na agricultura e
• A intensidade da energia no nú- na medicina;
cleo e seus usos médico, indus-
• Explicar diferentes processos
trial, energético e bélico;
de geração de energia nuclear
• Radiatividade, radiação ionizan- (fusão e fissão), reconhecendo-
te, efeitos biológicos e radiopro- -os em fenômenos naturais e em
teção. sistemas tecnológicos;
• Caracterizar o funcionamento
de uma usina nuclear, argumen-
tando sobre seus possíveis riscos
e as vantagens de sua utilização
em diferentes situações;
• Pesquisar e argumentar acerca
do uso de energia nuclear no
Brasil e no mundo;
• Avaliar e debater efeitos biológi-
cos e ambientais da radiatividade
e das radiações ionizantes, assim
como medidas de proteção;
Modelos Atômicos
Habilidades: • Identificar diferentes tipos de materiais constituintes dos variados objetos
do cotidiano. • Reconhecer os átomos como elementos básicos constituintes de todos esses
materiais. • Compreender historicamente o processo de construção dos modelos atômicos
(Dalton, Thomson, Rutherford, Bohr). • Analisar o experimento de Rutherford e sua implicação
para elaboração do modelo atômico. • Analisar as transições, entre níveis de energia,
possíveis a um elétron no átomo de hidrogênio. • Utilizar o modelo de quantização da
energia para explicar a absorção e a emissão de radiação pela matéria. • Comparar os
modelos atômicos de Rutherford e de Bohr.
O mundo é formado por uma grande quantidade de seres e objetos muito diferentes entre
si. Semelhanças e diferenças aproximam e separam os materiais que nos cercam.
Você já observou os objetos que nos cercam? Já percebeu que são compostos de diferen-
tes materiais? Esses materiais possuem alguma característica em comum?
1 Vamos analisar as características de alguns objetos que nos cercam.
a) Preencha a tabela abaixo, com dez itens que estão ao seu redor e destaque suas principais
características físicas como no exemplo:
Professor: nesta atividade espera-se que os alunos listem objetos que são de seu conhecimen-
to, estimule-os a observarem na sala de aula quais objetos poderiam compor a lista de modo
que os materiais sejam os mais diversificados possíveis, como plástico, madeira, vidro etc, pois
o objetivo da atividade é levar os alunos a perceberem que muitas das diferentes características
físicas desses materiais estão associadas às formas de agrupamento, organização e estrutura
dos átomos e das moléculas que os compõem.
b) A partir da tabela classifique os itens de acordo com os materiais que os compõem e ex-
plique o que esses objetos têm em comum.
Professor: os objetos devem ser classificados de acordo com os materiais de que são feitos e a
explicação para as diferenças de características físicas dos materiais está relacionada à consti-
tuição da matéria. Todos são constituídos por átomos. E a diversidade de suas características e
propriedades físicas é por meio do potencial de ligação entre as moléculas do material.
186 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Para complementar a discussão da atividade, apresente (ou retome) o modelo de átomo consti-
tuído de um núcleo, com partículas positivas e neutras, e de elétrons, em órbitas, ao redor dele.
Com o modelo atômico apresentado de forma qualitativa e sem muitos detalhes, já é possível
discutir, ainda que de maneira pouco formal, a relação entre as características físicas da matéria
e sua estrutura atômica.
A condução elétrica pode ser definida como o movimento de elétrons que estão mais fraca-
mente ligados ao núcleo, localizados no que se denomina como banda ou região de condução.
Os isolantes, ao contrário, são materiais nos quais não há elétrons na banda de condução e, con-
sequentemente, não há elétrons que possam transitar dentro da estrutura atômica do material.
A absorção/emissão de luz pode ser explicada como a interação desta com o elétron, no qual
ele pode vibrar, ou não, na mesma frequência da luz incidente.
© Ana C. Martins
Estado Físico dos Materiais
Os objetos que estão presentes em nosso cotidiano
são formados por uma diversidade de materiais e
muitas de suas características físicas estão associa- Representação das moléculas de água nos
estados sólido, líquido e gasoso
das às formas de agrupamento, organização e estru-
tura dos átomos e das moléculas que o compõem. Forças atuantes entre os átomos e molécu-
las caracterizam o estado físico dos materiais. No estado sólido os átomos estão ligados por
forças de interação muito intensas e as partículas realizam movimentos vibracionais em conjun-
to, mantendo uma posição de equilíbrio. Nos líquidos, as moléculas apresentam-se mais afas-
tadas e a força de interação é mais fraca, mas ainda suficiente para que elas permaneçam liga-
das. Já nos gases, as moléculas estão bastante dispersas e o potencial de ligação entre elas é
considerado nulo permitindo movimentar-se de modo independente.
Adaptado do São Paulo Faz Escola. 3ª Série do Ensino Médio. Volume II
PARA PESQUISAR:
Pesquise o que é “átomo”, faça uma representação do átomo de hidrogênio indicando sua
estrutura e seu diâmetro.
Professor: o objetivo desta pesquisa é fazer com que os alunos, ao pesquisarem os tamanhos
relativos dos átomos, possam ter uma ideia dos tamanhos envolvidos quando se estuda a Física
de Partículas. Algumas analogias podem ser discutidas durante a apresentação da pesquisa,
como por exemplo: se o átomo de hidrogênio fosse do tamanho de uma bolinha de gude,
aproximadamente 25 mm de diâmetro, então, o elétron nesse átomo estaria, aproximadamen-
te, a 1 750 m de distância do núcleo.
Detector de Partículas
a) Por que, na experiência de Rutherford, a maioria das partículas atravessam a folha sem
sofrer nenhum desvio?
PARA PESQUISAR:
Procure informações sobre os modelos atômicos de Dalton, Thomson, Rutherford e Bohr, faça
uma tabela e registre as ideias centrais de cada modelo. Procure notar a partir de qual modelo se
introduzem as cargas elétricas no interior do átomo e a forma como elas estão distribuídas.
188 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Professor: a pesquisa tem o objetivo de levar os alunos a uma reflexão sobre a evolução dos
modelos atômicos e a relação de suas caracteristicas em cada modelo.
O modelo Dalton era chamado de “bola de bilhar” (formado por partículas indivisíveis, e subs-
tancias idênticas, denominadas de átomos), (1766 - 1844).
O modelo de Thomson é conhecido como “pudim de passas” (átomo com núcleo de carga
positiva, não maciça e com cargas negativas estáticas distribuídas uniformemente, de modo
que sua carga elétrica total é nula), (1856 - 1940).
O modelo Rutherford de “Planetário ou Sistema Solar” (observou-se que os núcleos se encon-
travam com cargas positivas e os elétrons cargas negativas orbitando o núcleo atômico) (1871
- 1973).
O modelo de Borh “Modelo Nuclear” (os elétrons se movem ao redor do núcleo em orbitas
estacionarias alocado em certos níveis de energia. Dessa forma um elétron só pode mudar
de nível se ganhar ou perder energia).
3 Leia o texto e responda:
n=∞ n=∞
n=3 Max Planck e Einstein ao átomo nuclear de
n=3
n=2 n=2
Rutherford e formulou o conhecido modelo
planetário do átomo. Bohr considerava que
os elétrons “ocupassem” estados “estacio-
n=1 n=1
nários” (de energia fixa, e não posição fixa)
a diferentes distâncias do núcleo, e que os
Fig. 1: Elétron mudando Fig. 2: Elétron voltando
de nível mais externo.
elétrons pudessem realizar “saltos quânti-
ao nível fundamental.
cos” de um estado de energia para outro.
De acordo com o estudo de Bohr sobre o átomo de hidrogênio, quando o seu único elétron se encon-
tra na órbita mais próxima do núcleo, ele tem o seu menor valor de energia. Nesta situação, o átomo
está no seu estado fundamental.
Quando isso ocorre, o átomo deixa o estado fundamental e passa para o chamado estado excitado.
Este estado, entretanto, é transitório, a menos que o átomo receba continuamente energia. Caso con-
trário, o elétron retorna espontaneamente à órbita inicial. Ao fazê-lo, ele emite a mesma quantidade de
energia absorvida anteriormente, voltando ao estado fundamental. Em ambos os casos, dizemos que
houve um salto quântico de energia.
A frequência da radiação emitida é determinada por ∆E = h . f ou Ef – Ei = h . f, onde f é a frequência
de oscilação e h, a constante de Planck e seu valor é h = 4,14 . 10-15 eV . s ou h = 6,63 . 10-34 J . s .
Em função das diferentes órbitas, diz-se que o elétron está em um estado estacionário ou nível de
energia, onde cada órbita é caracterizada por um número quântico (n), assumindo valores inteiros entre
1, 2, 3, ...; e a energia associada aos níveis de energia do hidrogênio é dada por: En(H) = -13,6 n2
eV
,a
unidade elétron-volt é a quantidade de energia adquirida de um elétron acelerado por um ddp (dife-
rença de potencial) de 1 V.
Adaptado de: Leitura de Física GREF Eletromagnetismo. Disponível em: < http://www.if.usp.br/gref/eletro/eletro5.pdf>
Acesso em 14 abr 2019 e São Paulo Faz Escola por Ana Claudia Cossini Martins
FÍSICA – ENSINO MÉDIO 189
a) No modelo atômico de Bohr, o que é necessário acontecer para que um elétron passe de
uma posição (órbita) menos energética para outra mais energética?
É necessário que o elétron absorva determinada quantidade de energia, cujo valor deve cor-
responder exatamente à diferença de energia entre o nível mais energético e o menos energé-
tico. E isso pode ocorrer pela absorção de um fóton correspondente ou em uma colisão entre
átomos.
-13,6 eV
Nível 1: E1 = 12
= –13,6 eV
-13,6 eV
Nível 2: E2 = 22
= –3,4 eV
-13,6 eV
Nível 3: E3 = 32
= –1,51 eV
-13,6 eV
Nível 4: E4 = 42
= –0,85 eV
© Ana C. Martins
-13,6 eV
Nível 5: E5 = 52
= –0,54 eV
n=3
valor de energia envolvida? n=4
n=5
Ao realizar esse “salto”, o elétron emitiu energia. Para calcular seu valor,
basta utilizar os valores obtidos anteriormente: E4 – E1 = –0,85 eV – (–13,60 eV) = +12,75 eV.
d) O que ocorre com o valor da energia quando o elétron do átomo retorna para uma órbita
mais próxima do núcleo?
De acordo com a teoria de Bohr, quando um elétron retorna de um nível de energia maior para
órbitas mais próximas do núcleo, nível de energia menor, ele emite um quantum de radiação
(fóton) que pode ser expresso por hf = Ef – Ei.
Professor: caso julgue necessário uma maior explanação sobre o modelo de
Bohr, sugerimos que apresente o vídeo “Modelo de Bohr”, disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=DC3yLdHEe7k. Acesso em 04 mar. 2019
Vamos jogar?
Neste jogo, o tabuleiro representa os níveis de energia de um átomo e o marcador, repre-
senta o elétron que ocupará uma casa de acordo com os números obtidos nos dados.
190 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
© Ana C. Martins
com seus dados (segue sugestão na figura ao
lado) entretanto poderá ser outros tipos de ta- 2,5
0,6
buleiros. Para isso, cada casa corresponderá a 5
6
um nível energético do átomo de hidrogênio. 1,89
Para conhecer esses valores, utilize a fórmula
E = -13,6
. z2 0,31
, onde E é a energia corresponden- ,20
n=1 n=2 n=3 n=4 n=5
1,75 10
n 2
b) Qual é o nível mais energético? O elétron precisa ganhar ou perder energia para chegar a
esse nível?
O nível mais energético é o 5 (n = 5). O elétron deve ganhar energia para chegar a esse nível.
c) O valor 10,10 eV permite que o elétron saia do primeiro nível? E o valor 10,30 eV?
Calculando a energia dos níveis 1 e 2 temos, respectivamente, –13,6 e –3,4 eV. Temos de tirar
no dado a exata diferença entre os níveis de energia (Dif = –3,4 – (–13,6) = 10,20). Vemos, por-
tanto, que nenhum dos dois valores permite ao elétron mudar de nível
FÍSICA – ENSINO MÉDIO 191
Espectroscopia
Habilidades: • Relacionar as cores da luz emitida por diferentes substâncias aquecidas como
uma propriedade dos elementos químicos. • Utilizar modelos quânticos para interpretar
espectros de emissão de substâncias. • Diferenciar os espectros de emissão e absorção. •
Diferenciar os espectros contínuo e discreto. • Relacionar as linhas espectrais emitidas por
uma estrela à sua composição química. • Identificar os elementos químicos de uma estrela
por meio de comparações entre linhas espectrais.
Talvez você já tenha ouvido falar de grandes descobertas astronômicas: uma nova galáxia
que até então era desconhecida, a explosão de uma estrela etc.
Como seria possível saber qual a composição (quais os elementos que a constituem) e estru-
tura de uma pequena amostra de um objeto celeste que está a uma distância tão grande de nós?
Os astrônomos estudam o céu principalmente por meio da luz que os corpos emitem, que
é a maior fonte de informação que chega à Terra. Analisando cuidadosamente as características
da luz emitida, é possível descobrir muitas coisas que ocorrem no Universo.
192 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
• fita isolante
• CD
• papel color set
• cola e régua
• estilete e tesoura
• tubo de papelão (pode ser um tubo de papel higiênico).
1. Corte o tubo de papelão com aproximadamente 8 cm de compri-
mento.
2. Utilizando o papel color set, faça duas tampas com abas para o
cilindro, como na figura. Em uma delas, use um estilete para recortar
uma fenda fina (mais ou menos 2 cm × 1 mm). Na outra tampa, faça
uma abertura no centro (mais ou menos 1 cm × 1 cm).
3. Retire a película refletora do CD usando fita adesiva (grude-a na
superfície e puxe-a). Se necessário, faça um pequeno corte com a
tesoura no CD para facilitar o início da remoção.
4. Depois de retirar a película, recorte um pedaço quadrado do CD
(mais ou menos 2 cm × 2 cm, utilize preferencialmente as bordas).
Veja a figura ao lado.
5. Cole as tampas no cilindro, deixando a fenda alinhada com a
abertura. Fixe o pedaço recortado do CD na tampa com a abertura
quadrada (com a orientação das linhas paralelas), usando a fita iso-
lante apenas nas bordas.
Para evitar que a luz penetre no interior do tubo, por eventuais frestas, utilize fita isolante para vedar os
pontos de união entre o cilindro e as tampas.
Adaptado do material São Paulo Faz Escola. 3ª Série do Ensino Médio. Volume II
1 Utilizando o seu espectroscópio pronto, observe diferentes fontes de luz, como a luz
solar, luz de uma lâmpada de filamento, luz de uma lâmpada fluorescente, luz da chama
de uma vela etc. Preencha a tabela com as informações sobre o espectro observado em
cada fonte luminosa, comparando as cores e verificando se as mesmas aparecem de
forma igual, uma ao lado da outra sem interrupções, característica do espectro contínuo,
ou se aparecem em destaque ficando com uma faixa escura entre elas, característica do
espectro discreto.
Espectro
Fonte de Luz Cores que se destacam
Junto (contínuo) Separado (discreto)
Professor: os alunos devem ser bem orientados para que a observação seja cuidadosa. É me-
lhor escolher lugares escuros para que eles vejam realmente o espectro da lâmpada ou objeto
observado, e não da luz ambiente. Também é conveniente apresentar-lhes detalhadamente as
noções de espectro contínuo e discreto, pois esses conceitos não são triviais para os alunos.
Uma representação simples, com giz e lousa, em geral é suficiente para esclarecer essas no-
ções. Recomende que os alunos façam um grande número de observações, pois assim terão
mais elementos para generalizar o aprendizado. Eles podem, por exemplo, sair da sala de aula
(caso não haja algum impedimento normativo da escola) para procurar outros tipos de lâm-
pada. É interessante comparar a lâmpada incandescente (de filamento) com a fluorescente: a
primeira emite um espectro contínuo, porque sua radiação é emitida pela vibração interna de
seu corpo, que está em alta temperatura (radiação de corpo negro), enquanto a segunda emite
linhas discretas do espectro luminoso dos cristais de fósforo na superfície interna da lâmpada.
Use uma lâmpada de vapor de sódio (amarelada) ou mercúrio (branca levemente azulada), que
apresentam linhas espectrais mais marcantes. Essas lâmpadas podem ser compradas em lojas
especializadas ou vistas em postes de iluminação urbana e são interessantes por emitirem um
espectro discreto, bem característico desses elementos químicos.
Espectro atômicos
No início do século XIX, o cientista alemão Joseph Von Fraunhofer descobriu linhas escuras em posições
específicas do espectro solar. Posteriormente, descobriu que um gás incandescente emite o mesmo tipo
de linhas no espectro. Se estiver aquecido, ele emite luz e as linhas são brilhantes. Mas, se for atravessado
por luz branca de baixa temperatura, ele absorve a luz, produzindo linhas escuras de absorção.
Para um mesmo elemento químico, a posição das linhas de emissão ou absorção no espectro é a mes-
ma. O mais importante é que cada elemento químico possui um conjunto de linhas no espectro que o
caracterizam. É como se fosse a impressão digital desse elemento químico. Isso permite analisar a
composição química dos gases de uma chama ou da atmosfera de uma estrela a milhões de anos-luz
de distância.
O espectro, em geral, constitui-se de diferentes séries de linhas para determinado elemento. J.J.
Balmer, foi o primeiro que encontrou uma expressão empírica para uma série de linhas emitidas pelo
hidrogênio.
Leis de Kirchhoff
Em seus trabalhos, Kirchhoff extraiu algumas “leis” empíricas muito uteis no tratamento de espectros.
São elas:
1. Um corpo opaco muito quente (sólido, líquido ou gasoso) emite um espectro contínuo.
2. Um gás transparente muito quente produz um espectro de linhas brilhantes (de emissão). O número
e a posição dessas linhas dependem dos elementos químicos presentes no gás.
3. Se um espectro contínuo emitido por um corpo quente passar por um gás a temperatura mais baixa,
a presença do gás frio faz surgir linhas escuras (absorção). O número e a posição dessas linhas depen-
dem dos elementos químicos presentes no gás.
194 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Espectro contínuo
© Ana C. Martins
Elétron
Fóton emitido
Espectro de emissão
Gás quente O elétron salta do nível n=3
n=2
para o nível n=2, e emite um
n=3 fóton de energia E3 - E2.
Elétron Fóton absorvido
Espectro de absorção
Gás frio
O elétron salta do nível n=2
para o nível n=4, absorvendo
n=2
n=4
um fóton de energia E4 - E2.
No modelo atômico de Bohr, os elétrons, ao serem excitados por uma fonte externa de energia, saltam
para um nível de energia maior e, ao retornarem aos níveis de energia menor, liberam energia na forma
de luz (fótons). Como a cor da luz emitida depende da energia entre os níveis envolvidos na transição
e como essa diferença varia de elemento para elemento, a luz apresentará uma cor característica para
cada elemento químico.
Adaptado do material São Paulo Faz Escola. 3ª Série do Ensino Médio. Volume II,
elaborado por Mauricio Pietrocola especialmente para o São Paulo Faz Escola
Com o uso dos espectros, é possível saber precisamente a composição de um corpo por meio
da análise de sua luz, sem precisar analisá-lo diretamente. Com isso, é possível estudar a com-
posição de objetos distantes e “inacessíveis”, como o Sol.
No caso do espectro de emissão, um gás no qual seus elétrons foram excitados libera energia
em forma de radiação eletromagnética. Como os valores são quantizados, vemos a formação
de linhas (coloridas, no caso da luz visível) que representam as radiações emitidas. Já o espec-
tro de absorção envolve um processo no qual, primeiro, uma luz com espectro contínuo (po-
licromática) incide sobre o gás. Nesse caso, somente os fótons de frequências determinadas
serão absorvidos. Assim, o resultado é um espectro semelhante ao contínuo, mas com algumas
finas regiões escuras, que correspondem às frequências absorvidas.
Professor: Para iniciar o trabalho com o software, você pode retomar as atividades anteriores
e os conceitos principais, relacionados à emissão de luz com comprimentos de onda caracte-
rísticos (decorrente da existência de órbitas específicas em cada átomo e da possibilidade da
análise da luz por espectroscopia).
Comparando os espectros com os espectros de algumas estrelas, é possível verificar quais
linhas coincidem e determinar quais dos elementos apresentados estão presentes na estrela.
Os alunos devem comparar os espectros e concluir se há ou não a presença de determinado
elemento químico.
É importante ressaltar que cada linha colorida que aparece no espectro dos elementos refere-
-se a uma transição eletrônica. Para finalizar a atividade, é interessante retomar as últimas aulas,
quando foi visto que os átomos têm níveis de energia característicos (quantizados) e que, por
isso, emitem e absorvem luz com frequências determinadas, possibilitando o estudo dos ma-
teriais por meio da análise da luz emitida ou absorvida por eles (chamadas respectivamente de
espectro de emissão e de absorção).
Deve-se destacar que o mesmo procedimento pode ser utilizado tanto para os sais, presentes
em nosso cotidiano, quanto para as estrelas e outros objetos celestes que estão a milhares,
milhões ou até bilhões de anos-luz de nós.
Efeito Fotoelétrico
Habilidade: • Compreender o conceito do efeito fotoelétrico
Em nosso cotidiano existem muitos equipamentos que “funcionam sozinhos” como portas
de lojas, lâmpadas que acendem sozinhas quando anoitece etc. Você já parou para pensar como
pode ocorrer esse funcionamento?
196 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
1 Observe a imagem indicando como deve ser o uso de uma torneira. Discuta com os seus
colegas e escreva como pode ocorrer esse funcionamento.
Resposta pessoal do aluno.
© Ana C. Martins
Professor: estas duas questões permitem o levantamento de conhecimentos prévios dos alu-
nos sobre situações cotidianas para discussão do tema Efeito Fotoelétrico.
Efeito Fotoelétrico
Em 1921, Albert Einstein ganhou o prêmio Nobel da Física por ter resolvido um dos problemas que
mais intrigavam os físicos na época – o efeito fotoelétrico.
Para explicar esse efeito, Einstein, em 1905, publicou um trabalho que explicava porque a luz ao atingir
uma superfície metálica com frequência suficientemente alta, era capaz de retirar elétrons, eletrizando
o metal, fenômeno que ficou conhecido como efeito fotoelétrico. Em sua explicação, teve que admitir,
não só que a luz era emitida em pacotes, mas que cada um desses pacotes possui uma energia bem
definida, que corresponde a múltiplos de apenas determinadas frequências, assim como sugerido por
Planck. Esses pacotes de energia são os fótons, cada qual com sua energia bem determinada, dada
pela equação de Planck: E = h . f , onde f é a frequência da luz ou da radiação emitida e h é a famosa
constante de Planck, cujo valor é: h = 6,6 . 10 -34 J . s .
Desse modo, a energia dos fótons depende da frequência da radiação incidente e não da intensidade
desta. Para cada material, existe uma frequência mínima da radiação eletromagnética abaixo da qual
não são produzidos fotoelétrons, por mais intensa que seja esta radiação.
Adaptado de: Leitura de Física GREF Óptica. Disponível em: < http://www.if.usp.br/gref/optica/optica2.pdf>
Acesso em 14 abr 2019 e São Paulo Faz Escola por Ana Claudia Cossini Martins
FÍSICA – ENSINO MÉDIO 197
a) O que é o efeito fotoelétrico e por que esse efeito ocorre preferencialmente em superfí-
cies metálicas? Justifique sua resposta e faça um esquema de como pode ocorrer o efeito
fotoelétrico em placas metálicas.
Professor: é importante destacar que a energia cinética máxima dos elétrons emitidos pela
superfície metálica em razão da incidencia de luz independe da intensidade desta, mas sim
da radiação incidente e que existe uma frequência de corte para radiação eletromagnétrica,
abaixo da qual não ocorre o efeito fotoelétrico. Essa frequência de corte depende do material
da qual a superfície é feita.
b) Analise a afirmação abaixo e justifique, segundo seu conhecimento sobre o efeito fotoelé-
trico:
“Uma radiação violeta consegue arrancar elétrons ao atingir uma placa metálica, enquanto
uma radiação de mesma intensidade, contudo, de cor vermelha, não consegue arrancar
elétrons da placa. Quando aumentamos a intensidade da luz vermelha, ela também conse-
gue arrancar elétrons da placa metálica.”
O equívoco na frase está em aumentar a intensidade da luz vermelha para conseguir arrancar
elétrons. Para que ocorra o efeito fotoelétrico não adianta aumentar a intensidade da luz e sim
é necessário mudar a frequência da radiação.
Por exemplo, se a placa fosse iluminada com luz de maior frequência, como a ultravioleta, não
só os elétrons seriam arrancados, como também sua velocidade aumentaria com o aumento da
frequência da luz.
Resposta pessoal do aluno. Como exemplo, podem ser citados: alarmes, iluminação pública,
painéis solares etc..
198 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Professor: esta atividade permite entender como podem ocorrer as interações entre fótons
e elétrons, levando os alunos a observarem que a energia dos fotoelétrons não depende da
intensidade da luz e sim da radiação incidente e que para cada metal existe uma frequência
mínima da radiação eletromagnética abaixo da qual não são produzidos fotoelétrons, por mais
intensa que seja esta radiação.
Raio Laser
A maioria dos produtos que compramos possuem um código de barras como
o da imagem. Os códigos de barras, além de esconderem um sistema organi-
zado de classificação, a partir de combinações numéricas representadas por
listras de diferentes espessuras, são o meio mais eficaz para identificação rápi-
da das informações convertidas pelo computador e sua leitura é feita por um aparelho que
emite raios laser.
Você sabe como funcionam os leitores de código de barras utilizados nos caixas de super-
mercado e em banco?
Por que na maioria dos dispositivos que utilizam a luz laser, existe um avi-
Pe r i g o
so indicando que se deve tomar cuidado com os olhos ao manuseá-los? Qual
seria o motivo para existir tal aviso?
Primeiramente vamos investigar qual é a diferença entre a luz emitida por
um laser e a emitida por uma lâmpada comum, como a de uma lanterna. Em LASER
Use protetor de olhos
seguida, estudaremos algumas aplicações do laser.
A leitura de código de barras é feita pelo laser e segue a lógica da computação, utilizando códi-
go binário para formar dados. As barras escuras absorvem a luz incidida e representa o número
1, já os espaços em branco refletem a luz incidida representando o número 0 e o resultado
desta combinação é a descrição exata do produto.
Um feixe de raio laser possui muito mais energia concentrada que um feixe de luz comum e,
como a retina humana não é preparada para receber toda essa energia, pode sofrer danos.
Materiais: ponteira laser; lanterna comum; folha de papel branco; caneta esferográfica.
Sob a coordenação de seu professor, você vai observar o comportamento da luz emitida por um laser
e da luz emitida por uma lanterna. Para tanto, faça os dois procedimentos a seguir:
1. Incida os raios da lanterna e da ponteira laser sobre uma folha de papel branco situada a 5 cm de distância.
Calcule o tamanho da mancha luminosa formada por ambas sobre a folha. Repita o procedimento, mas
agora com a folha posicionada a 10 cm de distância. Calcule novamente o tamanho da mancha luminosa.
2. Pegue uma caneta esferográfica cujo corpo seja transparente e retire a carga do interior. Projete a luz
da ponteira laser e da lanterna na caneta (sem carga), uma de cada vez, de modo que as luzes a atra-
vessem. Veja se a aparência das cores da luz se modifica. Se tiver um pedaço de vidro (óculos, anel,
brinco etc.), repita a operação.
Adaptado do material São Paulo Faz Escola. 3ª Série do Ensino Médio. Volume II
1 Com base nas suas observações, responda qual desses dispositivos emite luz monocromá-
tica (com apenas um comprimento de onda de determinada cor) e qual emite luz policro-
mática (formada por um conjunto de ondas de diferentes cores)?
para o estado fundamental causando uma “avalanche” de luz. Essa luz, por partir de uma
origem comum, apresenta característica físicas especiais, por exemplo, cada fóton tem o
mesmo valor do comprimento de onda e da fase. Não são todos os materiais que permitem
a emissão Laser, mas na atualidade existem diversos tipos de Laser disponíveis, suas aplica-
ções também são várias, desde o apontador laser e o driver de CD até seu uso em cortes
industriais e cirurgias.
Escrito por Elso Drigo Filho – docente do Departamento de Física da UNESP especialmente para o São Paulo Faz Escola
3 Algumas tecnologias como CD-ROM, DVD-ROM e Blu-ray, utilizam raios laser para grava-
ção de dados. Faça uma pesquisa apontando a diferença entre essas tecnologias e expli-
que por que um DVD consegue armazenar sete vezes mais dados que um CD, e um Blu-
-ray consegue armazenar cinco vezes mais dados que um DVD.
As trilhas de gravação de cada uma dessas tecnologias são de tamanhos diferentes, assim, a
distância entre as trilhas do Blu-Ray é bem menor que as do DVD, e também há uma diferença
entre o DVD e o CD.
Uma vez que existe essa diferença e os pontos gravados na superfície dos DVDs e do Blu-ray
são menores, é preciso que cada uma delas tenha um feixe de laser capaz de fazer essa leitura.
No caso dos Blu-ray necessita-se de um feixe de laser mais fino, preciso e de longa frequência
(o que lhe dá a coloração azul-violeta) para a leitura dos dados.
Professor: para saber mais informações sobre o processo de gravação nas mídias
acesse “Projeto DVD – Vídeo”. Disponível em: http://www.lsi.usp.br/~lobonett/
courses/extension/EP018/lectures2002/alunos/2002.09_M_Rafael_DVD.pdf Acesso
em 08 mar. 2019.
Luz laser é uma radiação eletromagnética monocromática, enquanto a luz comum é policro-
mática. Com a luz laser é possível obter-se um feixe colimado (estreito), ao passo que o feixe
constituído por luz comum é divergente.
5 Com base em seus conhecimentos e o que pesquisou na atividade 3, responda aos itens
abaixo:
b) Alguns filmes de ficção utilizam a luz laser para cortar, por exemplo, uma chapa de aço.
Você acha que é possível na vida real? Explique.
Sim. Alguns laser são muito intensos, como por exemplo, os de CO2. Esse laser emite na re-
gião do infravermelho e, devido ao aquecimento, pode derreter até chapas de aço.
PARA PESQUISAR:
Faça uma pesquisa das aplicações da luz laser na medicina.
Professor: o objetivo desta pesquisa é levar os alunos a perceberem que o laser é uma excelen-
te ferramenta de corte, tornando-se um dos instrumentos cirúrgicos mais importantes.
Formação Nuclear
Habilidades: • Compreender a formação do núcleo atômico (prótons e nêutrons). •
Relacionar as forças forte e fraca a coesão, estabilidade ou instabilidade dos núcleos
atômicos. • Analisar a estabilidade nuclear a partir de dados da tabela periódica. • Identificar
a presença da radioatividade no mundo natural e nos sistemas tecnológicos. • Analisar as
transformações nucleares que dão origem à radioatividade.
O objetivo deste tema é mostrar como ocorrem alguns dos fenômenos radioativos e discu-
tir como eles se vinculam ao cotidiano. Pretende-se mostrar que muitos deles são fundamentais
para a sobrevivência e que podem ser utilizados para promover o bem-estar do homem, por
meio de aplicações na medicina, por exemplo.
Para conhecer a radioatividade e sua interação com a matéria, é necessário partir de uma
compreensão sobre o núcleo do átomo. As atividades anteriores abordavam fenômenos atômi-
cos sem discutir especificamente a constituição do núcleo. Daqui em diante ele passará de co-
adjuvante para ator principal nas discussões.
Para conhecer a radiação e sua interação com a matéria, é necessário partir de uma com-
preensão sobre o núcleo do átomo.
Construindo um núcleo: Você já deve saber que o núcleo é formado por prótons (cargas
positivas) e nêutrons (sem carga elétrica). O desafio é explicar como ele se mantém “ligado”.
Afinal, cargas de mesmo sinal não se repelem?! Para esclarecer a questão, vamos realizar uma
atividade na qual você vai “construir” um núcleo atômico.
© Ana C. Martins
com a letra N, para identificar os nêutrons.
P P P N
3. O objetivo é manter o núcleo estável e coeso, ou
seja, fazer todas as bolinhas ficarem grudadas umas
às outras.
Agora, você deverá montar seu núcleo de acor-
Regras do com os procedimentos listados:
Para que a atividade represente como os núcleons 1. Tente montar um núcleo apenas com prótons.
(partículas que compõem o núcleo) interagem, 2. Em seguida, utilize a mesma quantidade de
você deve considerar a existência de dois tipos de prótons e nêutrons.
interação entre eles:
3. Agora, utilize mais nêutrons do que prótons.
• força de repulsão elétrica;
Em cada caso, conte quantas bolinhas você
• força forte. consegue manter grudadas.
Adaptado do material São Paulo Faz Escola. 3ª Série do
Ensino Médio. Volume II
FÍSICA – ENSINO MÉDIO 203
a) Por que colocar uma mola apenas entre dois prótons, e não entre um próton e um nêu-
tron? O que a mola representa do ponto de vista da Física?
Do ponto de vista da Física, a mola representa a repulsão elétrica, que só ocorre com cargas de
mesmo sinal. Por isso, coloca-se uma mola apenas entre dois prótons, e não entre um próton
e um nêutron.
b) Em qual dos três arranjos que você montou foi mais fácil manter o “núcleo” unido? Por quê?
Espera-se que seja dito que foi no terceiro arranjo, no qual existem mais nêutrons do que pró-
tons. Nele, há menos utilização das molas (“repulsão elétrica”) para dificultar a união do núcleo.
c) Com base no que observou, você saberia dizer qual é a importância do nêutron na consti-
tuição nuclear?
A importância do nêutron está relacionada à estabilidade nuclear. No núcleo, os nêutrons sofrem
a interação forte, dando coesão a ele sem a repulsão elétrica que afasta os prótons entre si.
Força Forte
Força forte é a força de atração que dá estabilidade ao núcleo unindo as partículas chamadas de nú-
cleons agindo entre prótons, nêutrons ou entre próton e nêutron. Essa força difere das outras três
forças que você já estudou: a gravitacional, elétrica e magnética. É uma força de curto alcance, porém
muito intensa, agindo somente entre partículas do núcleo e sendo nula fora dele.
Os prótons e nêutrons pertencentes a este núcleo, estão aglomerados em uma região quase que esfé-
rica. Os experimentos demonstram que o raio r do núcleo depende do número de massa A e pode ser
determinado conforme a expressão: r = (1,2 . 10-15) . 3√A , onde A representa o número de massa e r
é medido em metros (m).
Adaptado do São Paulo Faz Escola. 3ª Série do Ensino Médio. Volume II
a) Existe interação nuclear entre nêutron e próton ou ela ocorre somente entre os prótons,
que estão sujeitos a repulsão elétrica? Justifique.
Sim, existe. A estabilidade do núcleo deve-se a uma força de atração chamada força forte. Ela une
as partículas presentes no núcleo, agindo entre prótons, entre nêutrons ou entre próton e nêutron.
A interação nuclear forte é muito mais intensa que as demais, mas tem curto alcance, agindo
somente nas partículas que constituem o núcleo do átomo, ao passo que as interações ele-
tromagnéticas e gravitacionais possuem longo alcance, porém sua intensidade diminui com o
quadrado da distância.
204 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Estabilidade nuclear
Átomos são instáveis ou estáveis se seus núcleos também o forem. Para que um núcleo seja considerado
estável, é necessário que a repulsão elétrica entre os prótons seja compensada pela atração entre os
núcleons por meio da ação da interação nuclear forte.
Em geral, são estáveis os elementos em que o número de prótons e nêutrons se equilibram. Caso não
exista esse equilíbrio, o núcleo é instável, suscetível a emitir partículas e energia por decaimento ra-
dioativo até que o núcleo resultante seja estável.
Sabemos que os núcleos dos átomos são constituídos de prótons e nêutrons, ambos os principais res-
ponsáveis pela sua massa. Nota-se que, na maioria dos núcleos, essas partículas não estão presentes
na mesma proporção e aumentado o número de prótons do núcleo, chega um ponto em que o aumen-
to do número de nêutrons não é suficiente para compensar a repulsão elétrica.
O núcleo estável que possui maior número de prótons (Z = 83) é o do bismuto, que contém 126 nêu-
trons. Os núcleos com mais de 83 prótons, como o urânio (Z = 92), são instáveis e, com o tempo, se
desintegram espontaneamente, até se tornarem estáveis. Essa espontânea desintegração foi denomi-
nada radioatividade e será mais aprofundada nas próximas atividades.
Elaborado por Débora Cíntia Rabello especialmente para o São Paulo Faz Escola
A tabela periódica pode ser encontrada em: Tabela Periódica.org.
Disponível em: <https://www.tabelaperiodica.org/> Acesso em 10 mar 2019
a) Usando uma tabela periódica como referência, faça uma lista com cinco átomos estáveis e
cinco átomos instáveis com massa atômica maior do que 83.
Exemplos de átomos estáveis: platina (Pt): Z = 78; bismuto (Bi): Z = 83; chumbo (Pb): Z = 82;
bário (Ba): Z = 56; ouro (Au): Z = 79.
Exemplos de átomos instáveis: rádio (Ra): Z = 88; tório (Th): Z = 90; urânio (U): Z = 92; polônio
(Po): Z = 84; plutônio (Pu): Z = 94.
b) Por que um núcleo, que é formado por partículas de mesmo sinal e neutras, mantém-se
unido? E qual o papel do nêutron na constituição nuclear?
Porque existe uma força de atração entre os núcleons que mantém essas partículas unidas. Essa
força de atração chama-se força forte. O nêutron ajuda a equilibrar o balanço entre a força forte
(que é atrativa) e a força elétrica (que é repulsiva), pois ele é sensível apenas à força forte.
FÍSICA – ENSINO MÉDIO 205
PARA PESQUISAR:
Pesquise sobre a origem do nome radioatividade e quais cientistas contribuíram para a des-
coberta dessa propriedade presente em alguns elementos.
Radiações
Os raios X são um tipo de radiação eletromagnética cuja aplica-
© Ana C. Martins
Fonte radioativa
ção na medicina é de todos conhecida pelas radiografias, são
produzidas pela desaceleração muito brusca de elétrons previa-
mente acelerados. Esta desaceleração é provocada pelo choque
Papel com uma placa metálica.
Alumínio As radiações por emissão de partículas, α (alfa) e β (beta) são
produzidas e emitidas na desintegração de núcleos atômicos.
Chumbo
Partículas alfa, com carga elétrica positiva, tem menor poder de
penetração nos materiais, contudo, quando é ingerida pode
causar sérios danos à saúde.
A radiação beta é mais penetrante que a radiação alfa, possuem carga negativa e são menos energé-
ticas que as partículas alfa.
Um outro tipo de radiação, são os chamados “raios gama ( γ ). Eles também são produzidos e emitidos
na desintegração de núcleos atômicos ocorrida naturalmente, como na radioatividade, ou tecnologi-
camente produzida, como nas bombas atômicas. Os raios gama, não possuem carga elétrica, são
menos energéticos, mas possuem um alto poder de penetração.
Adaptado de: Leitura de Física GREF Radiações Eletromagnéticas. Disponível em: < http://fep.if.usp.br/~profis/arquivos/
GREF/eletro36-5.pdf> Acesso em 14 abr 2019 e São Paulo Faz Escola por Ana Claudia Cossini Martins
a) (ENEM 2017) O avanço científico e tecnológico da física nuclear permitiu conhecer, com
maiores detalhes, o decaimento radioativo dos núcleos atômicos instáveis, desenvolven-
do-se algumas aplicações para a radiação de grande penetração no corpo humano, utili-
zada, por exemplo, no tratamento do câncer. A aplicação citada no texto se refere a qual
tipo de radiação?
a) Beta
b) Alfa
c) Gama
d) Raios X
e) Ultravioleta
Decaimentos Nucleares
Habilidades: • Reconhecer a série de decaimentos radioativos de alguns elementos químicos.
• Analisar a dimensão da energia envolvida nas transformações nucleares para explicar seu
uso na medicina. • Identificar os efeitos biológicos da radiação que podem ser prejudiciais
à saúde.
Nas atividades anteriores, você estudou que átomos podem ser estáveis ou instáveis. De-
pendendo da composição entre prótons e nêutrons, um núcleo pode permanecer em equilíbrio
por muito tempo. Mas o que acontece com os átomos que são instáveis? Nesse caso, dizemos
que se trata de átomos radioativos, o que significa dizer que eles têm atividade radioativa.
Agora, vamos estudar os tipos de atividade radioativa, ou melhor, os tipos de radiação que
existem associados a átomos instáveis.
Decaimentos Radioativos
Núcleos instáveis são denominados radioativos, possuem núcleons (prótons e nêutrons) em um estado
de maior energia e emite partículas e ondas para atingir a estabilidade, chamado de decaimento radio-
ativo. A radiação emitida pode ser α (alfa), β (beta) ou γ (gama).
Uma partícula alfa é constituída de 2 prótons e 2 nêutrons, e a emissão de uma delas originará um novo
elemento com 2 prótons e 2 nêutrons a menos. Por exemplo:
O Tório-234 também é instável e nesse processo ocorre a emissão de uma partícula beta. Quando
ocorre esse segundo tipo de emissão, há uma transformação de próton em nêutron, com a emissão de
–
β+, ou uma transformação de nêutron em próton, com a emissão de β . Neste caso, não há a modifica-
ção do número de massa, e sim do número atômico, que perde uma unidade no primeiro caso ou ga-
nha uma unidade no segundo.
234 234
90
Th Pa + β- (transformando tório em protactínio por emissão de beta menos)
91
a) Qual deve ser emitida para que se mantenha o número de massa e diminua em uma uni-
dade o número atômico?
a) α
b) β+
c) β–
d) σ
e) γ
b) Qual é o elemento resultante da emissão de uma partícula por um núcleo de urânio 238?
a) 231
90 Th
234
b) 91 Pa
234
c) 90 Th
238
d) 91 Pa
No decaimento , o elemento perde duas unidades no seu número atômico e quatro unidades
no número de massa. Logo, o elemento resultante é o tório 234. Alternativa c.
X ➝+ (decaimento )
A A–4
Z Z–2
Y
U⇒+
238 234 234
92 90
Th = 90Th
100
80
60
MASSA %
40
20
0
0 5 10 15 20 25
TEMPO (ANOS)
FÍSICA – ENSINO MÉDIO 209
Pela análise do gráfico temos que após 5 anos o radioisótopo ativo é de 60% e após 15 anos,
20%
Pela análise do gráfico, esse isótopo terá sua meia vida em 7 anos.
Professor: aborde com os alunos que a taxa de decaimento radioativo de um elemento é
medida em termos de um tempo característico chamado de meia-vida. Este tempo é o tempo
transcorrido para que decaia metade da massa original de um determinado isótopo radioativo,
ou seja, meia-vida é o tempo necessário para que uma determinada amostra perca metade de
sua radioatividade original.
No caso do enunciado do problema, o Césio-137 tem sua meia vida em 30 anos, isso significa
que qualquer amostra de césio-137 será transformada em outro elemento ao final de 30 anos.
Nos próximos 30 anos, a metade do césio-137 remanescente também decairá, restando ape-
nas um quarto da quantidade original de césio.
a) Por que em medicina nuclear utilizamos átomos radioativos e não átomos estáveis?
b) Explique com suas palavras o que você entendeu por “radiotraçadores” ou “traçadores”
radioativos.
Os “traçadores” são substâncias radioativas que podem ser ingeridas ou injetadas na corrente
sanguínea. Elas circulam e se alojam nas estruturas que serão analisadas. Por meio desses tra-
çadores, diversas anormalidades podem ser detectadas.
4 (ENEM-2009) Considere um equipamento capaz de emitir radia-
ção eletromagnética com comprimento de onda bem menor que
a da radiação ultravioleta. Suponha que a radiação emitida por
esse equipamento foi apontada para um tipo específico de filme
fotográfico e entre o equipamento e o filme foi posicionado o
pescoço de um indivíduo. Quanto mais exposto à radiação, mais
escuro se torna o filme após a revelação.
b) maior absorção da radiação eletromagnética pelos átomos de cálcio que por outros
tipos de átomos.
c) maior absorção da radiação eletromagnética pelos átomos de carbono que por átomos
de cálcio.
O elemento cálcio, que é a base das estruturas ósseas, absorve mais a radiação eletromagnéti-
ca que outros tipos de átomos.
A figura informa que a imagem foi obtida por meio de um exame de raio X, esta radiação,
quando incidente no corpo, sofre atenuações diferentes de acordo com a densidade do objeto
que está na sua frente. O osso, por ser bastante denso, bloqueará a maior parte da radiação e
assim, apresentará uma imagem esbranquiçada no filme.
Alternativa b.
5 (ENEM 2013) Glicose marcada com nuclídeos de carbono-11 é utilizada na medicina para
se obter imagens tridimensionais do cérebro, por meio de tomografia de emissão de pó-
sitrons. A desintegração do carbono-11 gera um pósitron, com tempo de meia-vida de
20,4 min, de acordo com a equação da reação nuclear: 116C 11
5B + 1
0
e.
(pósitron)
A partir da injeção de glicose marcada com esse nuclídeo, o tempo de aquisição de uma
imagem de tomografia é de cinco meias-vidas. Considerando que o medicamento contém
FÍSICA – ENSINO MÉDIO 211
a) 0,200
b) 0,969
c) 9,80
d) 31,3
e) 200
De acordo com as informações do enunciado do problema temos que o carbono-11 tem seu
tempo de meia-vida em 20,4 min, assim, a massa do nucleídeo diminuirá pela metade. O tem-
po da aquisição da imagem de tomografia é de cinco meias-vidas desse nuclídeo.
Temos ainda, como informações no problema, que o medicamento contém 1g, ou seja, 1000mg.
Considerando o decaimento do carbono-11 e o tempo da aquisição da imagem (cinco meias-
-vidas) temos:
1ª meia-vida: 1000 mg reduzindo para 500 mg
2ª meia-vida: 500 mg reduzindo para 250 mg
3ª meia-vida: 250 mg reduzindo para 125 mg
4ª meia-vida: 125 mg reduzindo para 62,5 mg
5ª meia-vida: 62,5 mg reduzindo para 31,25 mg
Portanto, a massa do nucleotídeo restante será mais próxima de 31,3 mg. Alternativa d.
m0
A massa final também pode ser calculada pela fórmula m = , onde m0 é a massa inicial e n é
2 n
número decorrido de meias-vidas.
Massa inicial: 1000 mg
Número decorrido de meias-vidas: 5
1000
m= = 31,25 mg
25
90
70
atividade do gálio-67 caiu, aproximada-
mente, 20%.
60
50
40
0 25 50 75 100
Tempo (horas)
212 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
PARA PESQUISAR:
Faça uma pesquisa sobre o funcionamento de um Reator Nuclear e quais as consequências
dos acidentes ocorridos com os reatores em Chernobyl (1986) e Fukushima (2011).
QUÍMICA
1a Série – Ensino Médio
As metodologias apresentadas neste Guia de Transição para o Professor e as atividades su-
geridas no Caderno de Atividades dos Alunos perpassam pelos temas/conteúdos do Quadro 1. As
atividades sugeridas procuram promover nos alunos o desenvolvimento das habilidades funda-
mentais (evidenciadas no Currículo do Estado de São Paulo, SAEB e BNCC) dentro da proposta do
ensino investigativo, visando à formação integral do educando.
Quadro 1
CONTEÚDOS E HABILIDADES DO 3º BIMESTRE DA 1ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO
DISCIPLINA DE QUÍMICA
Habilidades do Currículo do Competências Gerais da Descritores
Temas/Conteúdos
Estado de São Paulo BNCC do SAEB
Transformação química • reconhecer e localizar os ele- 1. Valorizar e utilizar os conhe- Matemática
na natureza e no mentos químicos na tabela pe- cimentos historicamente D15 – Resolver
sistema produtivo riódica construídos sobre o mundo problema que en-
Metais – processos de ob- • representar substâncias usan- físico, social, cultural e digital volva variação pro-
tenção do fórmulas químicas para entender e explicar a re- porcional, direta
alidade, continuar aprenden- ou inversa, entre
Representação de transfor- • representar transformações
do e colaborar para a constru- grandezas.
mações químicas químicas usando equações
ção de uma sociedade justa, Língua Portuguesa
Processos de obtenção de químicas balanceadas
democrática e inclusiva.
ferro, de aço e de cobre; • identificar os reagentes e pro- D1 – Localizar in-
2. Exercitar a curiosidade inte- formações explíci-
linguagem simbólica da dutos envolvidos na metalur-
lectual e recorrer à aborda- tas em um texto
Química; tabela periódica; gia do ferro e do cobre
gem própria das ciências, in-
Balanceamento e interpreta- •
reconhecer algumas aplica- cluindo a investigação, a D11 – Estabelecer
ção das transformações quí- ções de metais no cotidiano reflexão, a análise crítica, a relação causa/con-
micas; equação química – • imaginação e a criatividade, sequência entre
calcular massas moleculares
relação entre massa, número para investigar causas, elabo- partes e elementos
das substâncias a partir das
de partículas e energia rar e testar hipóteses, formu- do texto
massas atômicas dos elemen-
• Transformações químicas tos químicos constituintes lar e resolver problemas e
na produção de ferro e • interpretar fórmulas químicas criar soluções (inclusive tecno-
de cobre de substâncias lógicas) com base nos conhe-
• Símbolos dos elementos • interpretar equações químicas cimentos das diferentes áreas.
e equações químicas em termos de quantidades de 4. Utilizar diferentes linguagens
• Balanceamento das partículas de reagentes e pro- – verbal (oral ou visual-motora,
equações químicas dutos envolvidos como Libras, e escrita), corpo-
ral, visual, sonora e digital –,
• Organização dos elemen- • aplicar a ideia de conservação bem como conhecimentos das
tos de acordo com suas de átomos nas transformações
linguagens artística, matemáti-
massas atômicas na tabe- químicas para balancear equa-
ca e científica, para se expres-
la periódica ções químicas
sar e partilhar informações, ex-
periências, ideias e sentimentos
em diferentes contextos e pro-
duzir sentidos que levem ao
entendimento mútuo.
214 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
do dos Metais, abordando os processos de obtenção de ferro, aço e de cobre; linguagem sim-
bólica da Química; tabela periódica; representação de transformações químicas, balanceamento
e interpretação das transformações químicas; equações químicas; relação entre massa, número
de partículas e energia.
Para o desenvolvimento das habilidades previstas, sugerem-se quatro atividades com abor-
dagem investigativa. Cada atividade contém: situações-problema, orientações para o seu de-
senvolvimento, estratégias e expectativas de aprendizagem. Desta forma, espera-se que os alu-
nos fiquem motivados e consigam relacionar o que está sendo estudado com as suas
experiências de vida, favorecendo o processo de construção do conhecimento.
Tabela Periódica
A - Orientações
Na atividade 1, os estudantes terão oportunidade de ampliar os conhecimentos da lingua-
gem simbólica da Química, conhecer a organização dos elementos químicos e a história da ta-
bela periódica.
B - Estratégias
Para começar, as atividades 1.A e 1.B encontradas no “Caderno de Atividades Comple-
mentares para o Aluno”, o professor poderá incentivar os estudantes a escreverem um texto
próprio, considerando suas ideias iniciais a respeito das seguintes situações-problema: “Quais
elementos químicos fazem parte do seu dia a dia?”, “O que são substâncias? Como são forma-
das?”, “O que representa a tabela periódica para a Química? Existe alguma organização?” e
“Qual a importância do ferro para o nosso cotidiano?”. As respostas dos alunos, neste momen-
to, não devem caracterizar acerto ou erro, mas devem ser compreendidas como diagnóstico
para mediação didático-pedagógica.
Após o levantamento inicial, o Professor poderá propor aos estudantes realização da ativi-
dade 1.C- Tabela Periódica. Para esta atividade, será importante a orientação da pesquisa e
condução do trabalho, sugere-se a organização dos estudantes em agrupamentos produtivos.
Cada grupo receberá o desafio de pesquisar algumas propriedades dos elementos químicos,
por exemplo, do cobre, ferro, carbono, silício, cálcio, nitrogênio e outros. Proponha que regis-
trem as informações, conforme modelo abaixo, e, na sequência, oriente para confeccionarem
cartões com as informações dos elementos químicos.
216 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Após preenchimento de dados dos cartões, sugira que cada grupo faça comparações entre
os cartões e observe se há possíveis agrupamentos. Solicite que façam a organização por seme-
lhanças de propriedades e oriente para registrarem as ideias principais desses agrupamentos.
Para encerrar a atividade, pode-se propor que os alunos socializem com a sala os dados
dos elementos pesquisados e justifiquem seu método de agrupamento.
Durante o fechamento da atividade, o Professor pode elaborar mais perguntas, partindo
do diagnóstico inicial da sala, considerando a exploração do tema e as ideias de agrupamentos
que surgirem dos alunos, e, diante das informações obtidas na aula, sistematizar as ideias.
Observação: Neste momento, não é necessário preocupar-se com a ordem correta dos
agrupamentos, pois no desenvolvimento das atividades 1.D e 1.E, os estudantes terão
contato com a Tabela Periódica.
Atividade 1.D propõe o aprofundamento dos estudos sobre a tabela periódica. Para isso,
o professor poderá apresentar aos estudantes o documentário “História da Tabela Periódica”
(13´29´´). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=8QNLfwjbzZw. No vídeo relata-
-se o histórico da tabela periódica desde a descoberta dos primeiros elementos e as principais
ideias e teorias da organização periódica. Oriente os estudantes para que registrem as principais
ideias na tabela da atividade sobre: “Leis das Tríades”, “Parafuso Telúrico”, “Leis das Oitavas”,
“Tabela de Dimitri Mendeleev” e a organização da “Tabela Periódica Atual”. Se caso for verifi-
cada necessidade de mais espaço para a escrita, oriente para redigirem no caderno. Após o re-
gistro e sistematização das informações, sugere-se que os alunos discutam com seus colegas,
socializando seus saberes.
Observação: Durante e após o vídeo, pode-se fazer algumas paradas estratégicas, a fim de
mediar o conhecimento e direcionar para a ampliação do tema por meio de pesquisas.
Sugere-se também um trabalho interdisciplinar com Inglês, usando “The Periodic Table of
the Elements, in Pictures”. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:The_
Periodic_Table_of_the_Elements_in_Pictures.pdf, traduzindo o texto contido na tabela.
Professor, proponha aos estudantes elaborar uma Tabela Periódica em Libras ou Braille,
utilizando caixinhas de fósforo, sendo que cada caixinha pode ser preparada com as proprieda-
des de cada elemento. Sugere-se distribuir os elementos entre os grupos produtivos, de tal
maneira que envolva toda a sala na preparação das caixinhas, a fim de construir uma Tabela
Periódica adaptada, que atenda às necessidades dos estudantes da Educação Especial da sua
escola. Pode-se fazer uma exposição no espaço escolar.
Na atividade 1.F, destaca-se o estudo do elemento químico ferro, de forma contextualiza-
da, que será importante para a realização das próximas atividades. Para isso, indica-se assistir ao
vídeo da reportagem: “Ferro é fundamental para o transporte de oxigênio no organismo”,
disponível em: http://curriculomais.educacao.sp.gov.br/bem-estar-23102013-ferro-e-funda-
mental-para-o-transporte/. Professor, é importante delimitar o tempo até 24’30”, para não
dispersar a atenção dos estudantes em outras reportagens da sequência. O vídeo apresenta
uma entrevista com os especialistas Drª Ana Escobar - Pediatra, Drª Tânia Rodrigues - Nutricio-
nista e o Químico - Luiz Fernando Pereira, os quais falam sobre saúde, destacando a alimentação
saudável e salientando o elemento ferro como nutriente. Também traz subsídios para ampliar o
conhecimento do elemento químico ferro, para além de seu estado elementar, possibilitando o
reconhecimento deste na forma de íon em nosso organismo. Além disso, faz referência à aplica-
bilidade do metal ferro nos alimentos, contextualizando o estudo dos metais com o cotidiano
dos estudantes. Sugere-se orientar os estudantes a registrarem sobre: “Importância do Ferro”,
“Utilização do Ferro” e “Fontes de Ferro”, na tabela a ser preenchida no material do aluno. Caso
se verifique que há necessidade de maior espaço para a escrita, oriente para redigirem em um
caderno. Após registro e sistematização das informações, sugira que os alunos discutam com
seus colegas o que aprenderam.
Para desenvolver a atividade 1.G, sugere-se ao professor retomar com os estudantes as
situações-problema da atividade 1.B, reavendo o que escreveram nas hipóteses iniciais sobre:
“Quais elementos químicos fazem parte do seu dia a dia?”, “O que são substâncias?”, “Como
são formadas?”, “O que representa a tabela periódica para a Química?”, “Existe alguma orga-
nização?” e “Qual a importância do ferro para o nosso cotidiano?”. Nesta retomada, é recomen-
dado que os estudantes reflitam sobre seus conhecimentos anteriores, para que reformulem as
ideias iniciais, contemplando os conhecimentos adquiridos nas atividades desenvolvidas. Na
sequência, pode-se dialogar sobre as considerações finais, fazer intervenções conceituais e soli-
citar que os estudantes socializem seus conhecimentos com os colegas.
Este momento poderá ser considerado como diagnóstico, em que o professor terá a
oportunidade de analisar as ideias iniciais de cada aluno, perceber se houve ampliação do
conhecimento e verificar se há necessidade de intervenção - proposta de recuperação
contínua.
B - Estratégias
A partir da apresentação do tema e dos conteúdos a serem desenvolvidos, o professor
poderá apresentar as seguintes situações-problema da atividade 2.A encontrada no “Caderno
de Atividades para o Aluno”, com o intuito de explorar os conhecimentos prévios dos estudan-
tes, dando início ao processo investigativo: “De onde é extraído o ferro?”; “Há muito tempo,
utilizamos objetos metálicos, no entanto, você sabe como eles são produzidos e como é possí-
vel transformar um minério em metal?”; “O que determina o uso de um metal para fazer um
utensílio? Por exemplo, por que se utiliza o cobre nos fios elétricos e não o ferro? ”.
O Professor poderá, a partir dessa “conversa inicial”, perceber o nível de conhecimento
dos estudantes e retomar alguns conceitos que não estejam muito claros, inserir algumas ideias
e solicitar que reflitam e elaborem as hipóteses, para nortear as pesquisas e buscar a solução das
situações-problema. Os estudantes poderão registrar suas hipóteses na tabela 2.B.
Após o levantamento inicial, recomenda-se ao professor a utilização do vídeo “Funciona-
mento de um alto forno”, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=rcZe9RBPERM.
Este vídeo mostra a produção industrial do ferro-gusa, no alto forno, destaca as matérias-primas
utilizadas, explana sobre as transformações químicas que acontecem no processamento e os
processos de separação de misturas envolvidos. Durante o vídeo, é importante que o professor
faça algumas paradas estratégicas e alguns questionamentos, a fim de que os estudantes consi-
gam verificar as principais ideias. O Professor poderá orientar os estudantes a registrarem no
quadro do “Caderno de Atividades para o Aluno” - 2.C. Também, solicitar a ilustração de um
alto forno, contemplando as matérias-primas, transformações químicas e produtos obtidos.
Para aprofundar o conhecimento, o Professor poderá, na atividade 2.D, trabalhar a produ-
ção dos metais cobre e aço com a utilização dos vídeos:
A. Produção do Cobre: “O Cobre da Mina ao Produto Final” (PROCOBRE – Instituto Bra-
sileiro do Cobre), disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=blUrOecNYCs.
B. P
rodução do Aço: “A química do Fazer, Metais, Siderurgia”, disponível em: ht-
tps://www.youtube.com/watch?v=O4rJEyF9Ka8 (parte 1); https://www.youtube.
com/watch?v=7EB0rl1fTAc (parte 2).
C. P
rodução do Aço: “Aciaria”, disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=CrqfRuACeqE.
QUÍMICA – ENSINO MÉDIO 219
Recomenda-se que o Professor esteja atento à mediação desta atividade, pois ela contem-
pla habilidades de relacionar, prever e resolver problemas que envolvem a variação proporcional
entre grandezas, trabalhando a interdisciplinaridade, com a utilização de conteúdos previstos
em Matemática.
B - Estratégias
A partir da apresentação do tema e dos conteúdos a serem desenvolvidos, o Professor
poderá apresentar as seguintes situações-problema: “Como as transformações químicas podem
ser representadas?”, “Existe relação entre as quantidades de reagentes e produtos?”, “Como
prever a quantidade de ferro produzido com base nos reagentes?”, com o intuito de explorar os
conhecimentos prévios dos estudantes, dando início ao processo investigativo, atividades 3.A e
3.B. Dessa forma, a partir da “conversa inicial”, perceber o nível de conhecimento dos estudan-
tes, retomar alguns conceitos, que não estejam muito claros, inserir algumas ideias e solicitar
que reflitam e elaborem as hipóteses, para nortear as pesquisas e buscar a solução das situa-
ções-problema. É importante solicitar que os estudantes registrem suas ideias e hipóteses no
quadro da atividade 3.B.
Com o intuito de ampliar o conhecimento sobre substâncias, transformações químicas e
balanceamento de equações, sugere-se ao professor iniciar com o Simulador Phet “Construa
uma Molécula”, disponível em: https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/legacy/build-a-
-molecule. Conforme procedimentos encontrados no “Caderno de Atividades para o Aluno”,
atividade 3.C. Com a utilização do simulador, os estudantes poderão construir várias moléculas
de acordo com os índices e coeficientes apresentados, para que consigam representar e inter-
pretar as fórmulas químicas das substâncias.
Professor, vale ressaltar a importância do trabalho com as moléculas em 3D, baseado no
modelo atômico de Dalton com o intuito de facilitar o estudo deste tema abstrato. Para isso,
sugere-se, a representação das moléculas, utilizando massinhas de modelar de diferentes cores,
a fim de representar os elementos encontrados nas diferentes moléculas e preencher a tabela
encontrada na atividade 3.C. É importante orientar o estudante para que construa uma legenda
com as informações dos elementos com as cores utilizadas para a representação.
Na sequência, o Professor poderá apresentar aos estudantes dois sistemas (A e B) encon-
trados na atividade 3.D, com o intuito de verificar o aprendizado em relação às habilidades: re-
presentar e interpretar substâncias usando fórmulas químicas; relacionar com as informações da
legenda, a fim de identificar a quantidade de átomos, elementos, moléculas e substâncias (sim-
ples e composta).
Após os estudos anteriores em relação à construção e interpretação de substâncias e suas
quantidades, o professor poderá dar início ao balanceamento de equações químicas. Para isso,
sugere-se o uso do simulador “Balanceamento de Equações Químicas – PHET Colorado”,
disponível em: https://phet.colorado.edu/sims/html/balancing-chemical-equations/latest/
balancing-chemical-equations_pt_BR.html. Conforme procedimentos encontrados no “Cader-
no de Atividades Complementares para o Aluno”, atividade 3.E.
O Professor poderá iniciar pela “Introdução”, encontrada no simulador. É fundamental o
acompanhamento e a orientação do professor durante a utilização do simulador. A partir do
conhecimento anterior, os estudantes poderão adicionar as substâncias e observar a sua repre-
sentação na tela, verificando as quantidades. Nesse momento, poderá retomar sobre os símbo-
los de uma equação química, bem como os participantes de uma transformação química (rea-
gentes e produtos). Também, orientar e acompanhar para que os estudantes percebam a
QUÍMICA – ENSINO MÉDIO 221
equivalência entre as quantidades de átomos nas substâncias entre reagentes e produtos, para
isso, no simulador, utilizar as ferramentas “balança” e “gráfico”, encontradas na parte superior
da tela, como apoio ou confirmação do balanceamento. Os estudantes poderão realizar o ba-
lanceamento das transformações químicas, registrar no quadro apresentado na atividade 3.E e
representar as moléculas por meio de desenhos com lápis de cor ou massinha de modelar com
diferentes cores.
Para dar continuidade ao estudo do balanceamento das equações químicas, sugere-se reali-
zar a atividade 3.F, encontrada no “Caderno de Atividades para o Aluno”. Será importante reto-
mar as transformações químicas ocorridas na produção de ferro-gusa e cobre. Depois, oriente os
estudantes na leitura e interpretação do texto, para que façam uso da linguagem simbólica e re-
presentem as transformações químicas por meio de equações químicas. Após esta etapa, verifi-
cando a compreensão da conservação de átomos, os alunos poderão realizar o balanceamento.
É possível também, interpretar as equações químicas em termos de massa, consideran-
do que cada elemento químico tem uma massa atômica determinada e que as massas das
partículas que formam as substâncias são dadas pelo somatório das massas dos átomos que
as compõem. O conceito de massa atômica foi apresentado nas ideias de John Dalton sobre
a constituição da matéria. Na atividade 3.G, sugere-se ao professor retomar a Tabela Perió-
dica e solicitar aos estudantes a pesquisa das massas atômicas e os símbolos dos elementos:
hidrogênio, oxigênio, cálcio, cobre, enxofre, carbono e ferro, da representação dos átomos
conforme modelo de (Dalton) a fim de calcular as massas moleculares das substâncias:
H2O, CO2, CaCO3, Cu2S, SO2, C2H6O e Fe2O3. É importante que o Professor oriente e acom-
panhe os estudantes nesse processo.
Na sequência, o Professor poderá desenvolver a atividade 3.H, em que os estudantes po-
derão aplicar os conhecimentos anteriores das transformações químicas. Sabe-se que as massas
das partículas envolvidas em uma transformação química, expressas em unidades de massa atô-
mica (u), podem ser relacionadas às massas dessas substâncias (u, g e kg), mantendo-se a pro-
porcionalidade entre elas. De acordo com a transformação química ocorrida na produção de
ferro: 2 Fe2O3(s) + 6 C(s) + 3 O2(g) ➝ 4 Fe(l) + 6 CO2(g), os estudantes poderão escrever a
quantidade de partículas envolvidas, massa das partículas (u) e relacionar as massas nas unida-
des em g e kg mantendo-se a proporcionalidade.
Como aprofundamento, na atividade 3.I - parte I, o Professor poderá retomar o processo
de combustão do etanol (completa e incompleta) apresentado no 2º bimestre, representado
pelas seguintes equações:
Combustão completa:
C2H6O(g) + O2(g) ➝ CO2(g) + H2O(g) + energia
Combustão incompleta:
C2H6O(g) + O2(g) ➝ CO(g) + H2O(g) + energia
Após a retomada, os estudantes poderão realizar o balanceamento dessas equações, indi-
car as semelhanças e diferenças entre ambas, calcular a quantidade de energia liberada em kJ e
a quantidade de gás carbônico (CO2) produzida na combustão completa de 32kg de etanol. É
222 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
importante orientar aos estudantes que pesquisem na Tabela Periódica as massas atômicas dos
elementos envolvidos, a fim de realizarem os cálculos.
A atividade 3.I - parte II, propõe aos estudantes o cálculo da massa de etanol possível de
ser obtida a partir de 10kg de sacarose. É importante que retome a produção de etanol, estuda-
da no 1º bimestre, representada pelo esquema:
Após a revisão, os estudantes poderão, com o auxílio da tabela periódica, calcular as mas-
sas moleculares das substâncias envolvidas no problema proposto (sacarose, glicose + frutose e
etanol) e dos coeficientes estequiométricos da equação, com o intuito de estabelecer a propor-
ção em massa dessas substâncias. Tendo essa proporção, pode-se, então, calcular a massa de
etanol obtida a partir de 10kg de sacarose. É importante que o professor oriente e acompanhe
os estudantes na resolução dessa atividade, que envolve duas equações químicas.
Para finalizar, na atividade 3.J, o Professor poderá retomar com os estudantes as situações-
-problema da atividade 3.B, reavendo o que escreveram nas hipóteses iniciais sobre: “Como as
transformações químicas podem ser representadas?”, “Existe relação entre as quantidades de
reagentes e produtos?”, “Como prever a quantidade de ferro produzido com base nos reagen-
tes?”. Nesta retomada, propor que os estudantes reflitam sobre seus conhecimentos anteriores,
e solicitar que reformulem/confirmem as ideias iniciais e socializem com os colegas.
A - Orientações
Na atividade 4, propõe-se ampliar a compreensão dos estudantes sobre os “metais”, com
a discussão de aspectos relacionados à sua produção e seus usos. Tem-se como objetivo: reco-
nhecer algumas aplicações de metais no cotidiano, para relacionar as propriedades específicas
dos metais a suas aplicações tecnológicas, assim como ampliar conhecimento sobre o uso dos
metais no cotidiano. Desta maneira, possibilitar discussões em que os estudantes avaliem os
aspectos sociais, tecnológicos, econômicos e ambientais envolvidos na produção, no uso e no
descarte de metais.
Recomenda-se que o Professor esteja atento à mediação da atividade, pois esta desenvol-
ve-se por meio da competência leitora e escritora, e tem potencial para apropriação do tema e
ampliação da comunicação entre os pares e a comunidade.
B- Estratégias
Professor, para iniciar as atividades 4.A e 4.B, sugere-se incentivar os estudantes a escre-
verem um texto próprio, considerando as “Hipóteses e ideias iniciais” a respeito das seguintes
situações-problema: “Além do ferro e do cobre, quais outros metais podem ser obtidos no mun-
do? Quais os mais abundantes?”, “O Brasil é um bom produtor de ferro-gusa?”, “É viável para
a indústria reciclar os metais?”.
Na sequência, solicite que registrem na tabela que está disponível no material do aluno as
hipóteses iniciais (4.B). Se for verificada a necessidade de mais espaço para a escrita, oriente
para redigirem em um caderno de apoio. Após a sistematização das informações, sugira que os
estudantes troquem ideias com seus colegas.
Vale lembrar, que as respostas dos estudantes na escrita das “Hipóteses ou Ideias iniciais”,
não devem caracterizar acerto ou erro, mas devem ser compreendidas como diagnóstico para
mediação didático-pedagógica.
Para aprofundar o conhecimento sobre os metais, o Professor poderá trabalhar na ativida-
de 4.C, o texto “Principais áreas produtoras de minério no Brasil” disponível em: https://
brasilescola.uol.com.br/brasil/principais-areas-produtoras-minerio.htm. Sugere-se como estra-
tégia a leitura em duplas, onde os estudantes possam dialogar sobre o tema com o seu
parceiro(a), e, assim, obter compreensão das informações que estão explícitas no texto. Na se-
quência, solicitar aos estudantes que registrem na tabela organizada no “Caderno de Atividades
para o Aluno”, destacando as informações fundamentais: “Principais minérios extraídos no Bra-
sil”, “Ranking mundial do Brasil na produção de metais” e “Localização das maiores jazidas de
minério de ferro no Brasil”. Se for verificada a necessidade de mais espaço para a escrita, orien-
tar para redigirem em um caderno.
Para esta atividade, sugere-se ainda, disponibilizar um quadro (espaço) para estacionamento
de dúvidas e palavras que gostariam de ampliar saberes. Nesta dinâmica, o professor pode conhe-
cer as incertezas dos estudantes, e mediar o conhecimento. Ainda, poderá intervir com uma ação
224 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
complementar, direcionando uma pesquisa que vise ampliar vocabulário científico e amplie
apropriação de conhecimentos. Após a sistematização das principais ideias, o Professor terá
a oportunidade de sugerir que os estudantes socializem os conhecimentos adquiridos com
os colegas.
Para desenvolver a atividade 4.D, o professor poderá direcionar os estudantes a realiza-
rem uma pesquisa de campo, visitando um ferro velho. Nesta busca, recomenda-se investigar
sobre: “Objetos metálicos encontrados”, “Qual é o metal?”, “Preço de compra e venda” e
conhecer o “Destino do material”. Na sequência, recomenda-se orientar sobre o registro na
tabela apresentada no “Caderno de Atividades do Aluno”. Caso se verifique que há necessi-
dade de mais espaço para a escrita, orientar para que registrem em um caderno. Após registro
e sistematização das informações, sugira que os estudantes dialoguem com seus colegas so-
bre o que aprenderam.
Recomenda-se que o Professor esteja atento à mediação das atividades 4D e 4E, assegurando
que os estudantes analisem os aspectos tecnológicos, desde a fabricação até o uso dos
metais; da mesma forma, que relacionem a produtividade, a rentabilidade econômica com a
sustentabilidade dos seres vivos e do planeta.
Para realizar a atividade 4.E, sugere-se que o Professor incentive os estudantes a realizarem
uma pesquisa sobre a “Produção e descarte de ferro e de cobre”. Na busca, aconselha-se
instigar para investigação dos aspectos: “Geográfico”, “Social”, “Econômico” e “Ambiental” na
produção do ferro e do cobre, assim como do descarte destes metais.
Na sequência, sugere-se orientar os estudantes para registrarem na tabela que está no
“Caderno de Atividades para o Aluno”. Caso se verifique que há necessidade de mais espaço
para a escrita, orientar para que escrevam em um caderno. Após registro e sistematização das
informações, sugira que os estudantes socializem com seus colegas o que aprenderam, pois,
esta prática, poderá desenvolver a argumentação, proporcionar validação de ideias, ampliar
compreensão conceitual e melhorar a comunicação.
Para finalizar a atividade 4, o Professor poderá retomar com os estudantes as situações-
-problema da atividade 4.B, reavendo o que escreveram nas Hipóteses ou Ideias iniciais: “Além
do ferro e do cobre, quais outros metais podem ser obtidos no mundo? Quais os mais abundan-
tes?”, “O Brasil é um bom produtor de ferro-gusa?”, “É viável para a indústria reciclar os me-
tais?”. Nesta retomada, proponha que os estudantes reflitam sobre seus conhecimentos anterio-
res, para que reformulem as ideias iniciais, contemplando os conhecimentos adquiridos nas
atividades desenvolvidas e registrem na atividade 4.F. Na sequência, sugere-se dialogar sobre as
considerações finais, fazer intervenções conceituais e solicitar que os estudantes socializem a
ampliação de conhecimento com os colegas.
QUÍMICA
2a Série – Ensino Médio
Prezado Professor,
Neste Guia de Transição para o Professor, reunimos algumas orientações pedagógicas das
atividades que constam no Caderno de Atividades Complementares do Aluno, para apoiá-lo e
auxiliá-lo no desenvolvimento do Tema “Forças de Interação entre partículas”. As atividades
poderão ser utilizadas como reforço, verificação ou consolidação da aprendizagem ou recupera-
ção, conforme considerar necessário, dentro do seu planejamento de aula.
Serão apontadas também, neste documento, as habilidades que poderão ser desenvolvi-
das nos alunos, por meio das atividades, no decorrer deste 3º bimestre.
Bom trabalho!
Quadro 1
CONTEÚDOS E HABILIDADES DO 3º BIMESTRE DA 2ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO - DISCIPLINA DE
QUÍMICA:
Tema - Materiais e suas Habilidades do Currículo Habilidades do
Competências Gerais da BNCC:
propriedades: do Estado de São Paulo SAEB:
Materiais e suas • reconhecer os estados sóli- 1. Valorizar e utilizar os conhecimen- Matemática:
propriedades: do, líquido e gasoso em fun- tos historicamente construídos sobre D29 – Resolver pro-
- O comportamento dos ção das interações eletrostáti- o mundo físico, social, cultural e digi- blema que envolva
materiais; cas entre átomos, íons e tal para entender e explicar a realida- variação proporcio-
- Relações entre proprie- moléculas. de, continuar aprendendo e colaborar nal, direta ou inver-
dades das substâncias e • representar sólidos iônicos para a construção de uma sociedade sa, entre grandezas.
suas estruturas; por meio de arranjos tridi- justa, democrática e inclusiva. D36 – Resolver pro-
- Interações interpartícu- mensionais dos íons consti- 2. Exercitar a curiosidade intelectual blema envolvendo
las e intrapartículas e al- tuintes. e recorrer à abordagem própria das informações apre-
gumas propriedades dos • estabelecer diferenciações ciências, incluindo a investigação, a sentadas em tabelas
materiais: entre as substâncias a partir reflexão, a análise crítica, a imagina- e/ou gráficos.
de suas propriedades. ção e a criatividade, para investigar D37 – Associar in-
• Polaridade das liga- causas, elaborar e testar hipóteses,
ções covalentes e das • reconhecer ligações cova- formações apresen-
formular e resolver problemas e criar tadas em listas e/ou
moléculas; lentes em sólidos e macro- soluções (inclusive tecnológicas)
moléculas. tabelas simples aos
• Forças de interação en- com base nos conhecimentos das gráficos que as re-
tre as partículas – átomos, • reconhecer as forças de in- diferentes áreas. presentam e vice-
íons e moléculas – nos es- teração intermoleculares (for- 4. Utilizar diferentes linguagens – -versa.
tados sólido, líquido e ga- ças de London e ligações de verbal (oral ou visual-motora, como
soso; hidrogênio). Língua Portuguesa:
Libras, e escrita), corporal, visual, so-
• Interações inter e intra- • relacionar as propriedades nora e digital –, bem como conheci- D8 – Estabelecer re-
partículas para explicar as macroscópicas das substân- mentos das linguagens: artística, lação entre a tese e
propriedades das subs- cias às ligações químicas en- matemática e científica, para se ex- os argumentos ofe-
tâncias, como temperatu- tre seus átomos, moléculas pressar e partilhar informações, ex- recidos para susten-
ra de fusão e de ebulição, ou íons. periências, ideias e sentimentos em tá-la.
solubilidade e condutibi- • interpretar em nível micros- diferentes contextos e produzir sen- D21 - Reconhecer
lidade elétrica; cópico a dissolução de sais tidos que levem ao entendimento posições distintas
• Dependência da tem- em água. mútuo. entre duas ou mais
peratura de ebulição dos 5. Compreender, utilizar e criar tec- opiniões relativas
• interpretar a dependência
materiais com a pressão nologias digitais de informação e co- ao mesmo fato ou
da temperatura de ebulição
atmosférica. municação de forma crítica, significa- ao mesmo tema.
das substâncias em função da
pressão atmosférica. tiva, reflexiva e ética nas diversas D5 – Interpretar tex-
práticas sociais (incluindo as escola- to com auxílio de
• fazer previsões a respeito de
res) para se comunicar, acessar e dis- material gráfico di-
propriedades dos materiais a
seminar informações, produzir co- verso (propagan-
partir do entendimento das in-
nhecimentos, resolver problemas e das, quadrinhos,
terações químicas inter e intra-
exercer protagonismo e autoria na foto etc.).
partículas.
vida pessoal e coletiva. D1 – Localizar infor-
• fazer previsões sobre o tipo
7. Argumentar com base em fatos, mações explícitas
de ligação química de uma
dados e informações confiáveis, em um texto.
substância a partir da análise
de suas propriedades. para formular, negociar e defender D4 – Inferir uma in-
ideias, pontos de vista e decisões formação implícita
• analisar informações sobre comuns que respeitem e promovam em um texto.
impactos. os direitos humanos, a consciência
D14 – Distinguir um
socioambiental e o consumo res-
fato da opinião rela-
ponsável em âmbito local, regional e
tiva a esse fato.
global, com posicionamento ético
em relação ao cuidado de si mesmo,
dos outros e do planeta.
10. Agir pessoal e coletivamente
com autonomia, responsabilidade,
flexibilidade, resiliência e determina-
ção, tomando decisões com base em
princípios éticos, democráticos, in-
clusivos, sustentáveis e solidários.
228 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
A - Orientação:
Professor, para iniciar o estudo do comportamento dos materiais com os alunos, pro-
põe-se a observação das forças de interação entre partículas que compõem os estados sóli-
do, líquido e gasoso.
O Professor poderá realizar a Atividade 1 (Página 30 no Caderno do Aluno), de diálogo com os
alunos, fazendo perguntas disparadoras (situações-problema), com o intuito de diagnosticar os
conhecimentos e o senso comum, instigar a curiosidade e a reflexão dos alunos sobre o compor-
tamento dos materiais de uma maneira geral.
Neste momento, é imprescindível que o professor seja apenas um “provocador” de ideias,
não respondendo às questões, para que os alunos, uma vez instigados, investiguem e tragam as
respostas ao desenvolver os estudos e a sequência das atividades propostas.
Inicialmente, pode-se perguntar, por exemplo:
1. Por que as pedras de gelo grudam?
2. Por que quando derrubamos água no chão ela fica unida em aglomerados?
3. Por que os insetos “boiam” na água?
4. Por que são formadas as bolhas de sabão?
5. Por que água e óleo não se misturam?
6. Comparando-se algumas substâncias, como podemos saber qual terá maior ponto
de ebulição?
7. Por que as lagartixas conseguem andar nos tetos e paredes?
8. Por que o papel molha e o plástico não?
9. Por que a cola consegue colar?
QUÍMICA – ENSINO MÉDIO 229
B - Estratégias:
O Professor poderá utilizar na Atividade 1 a metodologia do Brainstorm, para diagnosticar
os conhecimentos prévios e para verificar quais informações os alunos já possuem sobre este
230 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
tema. Também poderá introduzir algumas ideias iniciais à medida que os alunos façam uma re-
ferência sobre os conceitos apontados.
Na sequência, na Atividade 2, o professor poderá orientar os alunos na elaboração das
hipóteses das situações-problema, com cautela para não fornecer respostas, mas para instigá-
-los a pensar.
Na Atividade 3, o professor poderá utilizar o vídeo “Forças Intermoleculares” para dispa-
rar ideias e promover uma reflexão sobre as forças interpartículas. Após o vídeo, o Professor
poderá verificar oralmente qual a compreensão dos conceitos apresentados e realizar os enca-
minhamentos para a pesquisa que os alunos realizarão, na sequência da atividade.
A Atividade 4 apresenta um texto com conceitos novos para os alunos e, portanto, é im-
portante apoiá-los durante a leitura. Sugere-se dividir a turma em duplas e, durante a leitura do
texto, ficar disponível para auxiliar nas dúvidas que poderão surgir. A sequência de perguntas
apresentadas nas Orientações do item A anterior, ajudará a direcionar a leitura, para que os
alunos saibam quais os pontos mais importantes a serem observados, facilitando a sistematiza-
ção das ideias.
Após a leitura e a sistematização, solicite aos alunos que, oralmente, respondam às per-
guntas realizadas, colocando-as em debate por todos para que os conceitos sejam conjunta-
mente formados. Esta atividade poderá ocupar duas aulas aproximadamente, mas já introduzirá
as principais ideias que precisam ser desenvolvidas neste 3º bimestre.
• Argumentar, com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar
e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os
direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local,
regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos
outros e do planeta. (BNCC)
• Distinguir um fato da opinião relativo a esse fato; (Saeb)
• Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la; (Saeb)
• Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo
a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade para investigar
causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive
tecnológicas) com base nos conhecimentos nas diferentes áreas. (BNCC)
• Identificar o tema de um texto; (Saeb)
• Inferir uma informação implícita em um texto; (Saeb)
• Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto,
etc.); (Saeb)
• Localizar informações explícitas em um texto; (Saeb)
• Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao
mesmo tema; (Saeb)
• Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal,
visual, sonora e digital – bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e
científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em
diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. (BNCC)
QUÍMICA – ENSINO MÉDIO 231
A - Orientação:
As Atividades 6, 9, 12 e 15 utilizam uma ferramenta importante, o Simulador - um Objeto
Digital de Aprendizagem que permite ao Professor chegar mais facilmente no mundo de inte-
resse dos alunos, de forma colaborativa e com maior participação do aluno. O simulador estimu-
la o pensamento dedutivo e a construção de hipóteses. Possibilita a simulação de situações
práticas e reais, desperta a curiosidade e desafia a resolver situações-problema, além de interfe-
rir e manipular resultados, o que torna a aprendizagem mais significativa.
O Simulador da Atividade 6 (Página 33 no Caderno do Aluno) é o “Soluções de Açúcar e Sal”,
disponível em https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/legacy/sugar-and-salt-solutions.
Observe que a atividade apresenta o passo a passo, por dois motivos: para alunos que não pos-
suem familiaridade com os conceitos químicos; e para que os alunos saibam qual o foco do es-
tudo, direcionando aos conceitos químicos necessários para o preenchimento da tabela. Este
Simulador permite: estudar de forma macro e microscópico o comportamento de compostos
iônicos e moleculares em solução aquosa, em determinadas concentrações de soluto em mol/L;
e verificar a condutibilidade elétrica das soluções. Nesta atividade será importante ele perceber
como a diferença das partículas dissolvidas na água atua na condução ou não da eletricidade.
Na Atividade 9 (Página 35 no Caderno do Aluno) utiliza-se outro Simulador, o “Sais e solubili-
dade”, disponível em: https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/legacy/soluble-salts. A
atividade é apresentada de forma detalhada e direcionada para auxiliar o aluno na compreensão
de como o simulador pode ser manuseado. Este simulador é bastante similar ao simulador da
Atividade 6, a diferença é que este possibilita verificar as diferenças de solubilidade de sais mui-
to solúveis em relação aos pouco solúveis, em níveis micro e macroscópicos, além de possibilitar
a contagem de partículas dissolvidas e não dissolvidas.
A Atividade 12 (Página 36 no Caderno do Aluno) baseia-se no Simulador “Polaridade da
Molécula”, disponível em: https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/molecule-polarity.
Este simulador permite observar a interação de dois ou três átomos, numa ligação tipo dipolo,
com demonstração da carga parcial, apresentando as características da ligação e podendo-se
acionar um campo elétrico. O manuseio do simulador facilita a compreensão de como o aumen-
to ou a diminuição da eletronegatividade influencia na interação entre os átomos.
A Atividade 15 (Página 38 no Caderno do Aluno) sugere a utilização do Simulador “Estados da
Matéria”, disponível em https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/states-of-matter. O intuito
deste simulador é apresentar a disposição das partículas de algumas substâncias nos três estados
físicos: sólido, líquido e gasoso, e como estas se comportam mediante o aumento/diminuição da
temperatura (na Aba “Estados”) e da pressão (na Aba “Mudança de Fases”). O simulador possibilita
também a observação gráfica do Potencial de Interação e do Diagrama de Fases. Caso o Professor
considere pertinente, poderá apresentar a terceira Aba “Interação” que demonstra o movimento de
atração e repulsão entre átomos, numa certa distância, e como isso reflete graficamente a Energia
Potencial.
B - Estratégias:
Para as Atividades 6, 9, 12 e 15, em princípio, serão necessários computadores para
realizá-las. Porém, dependendo da estrutura da escola, a atividade poderá ser realizada com
os alunos trabalhando individualmente nos computadores, ou em duplas, ou ainda com um
232 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
único computador na classe com o auxílio de um Datashow para apresentação dos simulado-
res. De qualquer forma, é importante que o aluno compreenda inicialmente como se dá o
manuseio de cada um, para entender os conceitos químicos envolvidos, saber o que precisa
ser desenvolvido nas atividades e preencher as tabelas/questões solicitadas, de acordo com
os valores pré-determinados.
A - Orientação:
Utilizar Objetos Digitais de Aprendizagem como as Animações nas atividades, acentua a curio-
sidade natural dos alunos que, de forma divertida, poderão se apropriar dos conceitos abordados nas
animações. É uma oportunidade de relacionar a realidade com a teoria, de uma forma bem simples.
Na Atividade 5 (Página 32 no Caderno do Aluno), a animação “Água e óleo se misturam?” dis-
ponível em: http://www.labvirtq.fe.usp.br/simulacoes/quimica/sim_qui_aguaeoleo.htm, per-
mite que o aluno raciocine, a cada quadro, o que está acontecendo, visualize e tire suas próprias
conclusões. Para auxiliar os alunos durante a animação, o Professor poderá fazer os seguintes
questionamentos, por exemplo:
Quais as características da água e do óleo apresentadas na animação?
Por que o óleo não se dissolve na água?
O que acontece se misturarmos gasolina, querosene e água?
QUÍMICA – ENSINO MÉDIO 233
B - Estratégias:
As Atividades 5, 18 e 21 propõem animações parcialmente interativas, portanto, seria in-
teressante que cada aluno pudesse assisti-las individualmente. Caso isso não seja possível, pro-
põe-se que o Professor apresente a animação para todos os alunos, por meio do uso de um
Datashow. Sugere-se que a cada quadro da animação o Professor instigue os alunos para que,
conjuntamente, façam suas observações e construam o raciocínio que cada animação apresenta.
O Professor poderá fazer suas intervenções à medida que considerar necessário.
A Atividade 5 poderá ser realizada pelos alunos na escola ou até mesmo em casa para
observarem na realidade o que acontece com a mistura das substâncias. Depois, socializar o
resultado e debater sobre as conclusões dos alunos.
A Atividade 18 baseia-se numa animação que sugere a realização de um experimento,
caso haja condições para realizá-lo. Os materiais e substâncias são simples e a prática consiste
em fazer escorrer as 3 substâncias por meio de uma bureta, aproximar um bastão de vidro fric-
cionado em uma flanela, para verificar se o fluxo das 3 substâncias é atraído ou repelido pelo
bastão. Caso não haja condições de realizar o experimento, apenas com a observação da anima-
ção, pode-se fazer a análise conjunta com os alunos e chegar às conclusões sobre as forças in-
terpartículas, exercidas entre o bastão de vidro com as substâncias.
A Atividade 21 é uma animação que pode ser realizada na prática, caso o Professor assim
o queira:
• Se optar em utilizar a animação, será importante que os alunos utilizem computador ou
celular e que possam manipular a animação no tempo deles, individualmente, de preferência,
realizando suas anotações, para posteriormente discutir com a turma.
• Se optar pela prática, isso não necessariamente excluirá que os alunos assistam à animação,
234 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
antes ou depois da prática. Como as substâncias são bastante comuns de serem encontradas,
a prática é extremamente simples, podendo ser realizada em qualquer ambiente da escola.
A - Orientação:
A Atividade 10 (Página 36 no Caderno do Aluno) trata de uma atividade prática muito simples,
possível de ser realizada em qualquer ambiente e até mesmo na casa dos alunos, devido aos
materiais e substâncias que são solicitados. Mesmo diante de sua facilidade, é uma atividade
interessante porque ilustra muito bem o que acontece com as forças intermoleculares entre a
água e o detergente, por meio do comportamento visual do pó de giz.
No caso da Atividade 11 (Página 36 no Caderno do Aluno) temos a indicação de um vídeo. É
fundamental que todos os alunos assistam ao vídeo com atenção e façam anotações. Nesta
atividade, o vídeo apresenta uma atividade prática, chamada “Areia Mágica” que está dispo-
nível no link: https://www.youtube.com/watch?v=eLA-3voKhXg&feature=youtu.be. É mais
um exemplo das interações intermoleculares, porém com um diferencial interessante que é a
impermeabilização da areia com relação à água, o que acentua a curiosidade dos alunos. O
Professor poderá solicitar aos alunos que descrevam o que assistiram e debater as conclusões.
A Atividade 13 (Página 37 no Caderno do Aluno) é bastante interessante, pois trata de uma
solução muito corriqueira do cotidiano dos alunos, que é o refrigerante. Dois aspectos são im-
portantes nesta questão: uma delas solicita a observação de como a mudança (aumento/dimi-
nuição) da pressão e da temperatura influenciam diretamente na dissolução do gás dióxido de
carbono na água líquida. Para responder a esta questão, o Professor poderá realizar vários pe-
quenos experimentos com garrafas de refrigerante: abertos, fechados, quentes, gelados, com o
intuito de os alunos observarem a maior presença ou não de gás dissolvido, o que poderá alterar
o sabor do refrigerante. Outro aspecto que poderá ser trabalhado pelo Professor com os alunos
será verificar as forças intermoleculares do CO2 sozinho e depois juntamente com a água H2O,
verificando o comportamento dessas partículas e como interagem umas com as outras e por
quê. Fazer com que os alunos compreendam como o gás consegue se “fixar” no líquido e de-
pois “escapar” é um conceito químico importante e interessante.
A Atividade 17 (Página 39 no Caderno do Aluno) é uma atividade bem completa, por englobar
vários aspectos do tema “Forças Interpartículas” do 3º Bimestre. A atividade sugere a análise de
QUÍMICA – ENSINO MÉDIO 235
várias substâncias comuns do cotidiano, no estado líquido, no estado sólido, compostos iônicos
e moleculares, para que sejam determinadas e preenchidas na tabela, por meio de pesquisa e
experimentalmente, as seguintes características: estado físico a 25°C, temperatura de fusão,
temperatura de ebulição, forças intermoleculares atuantes, solubilidade em água e condutibili-
dade elétrica das substâncias no estado sólido e em solução aquosa. Esse tipo de atividade é
interessante, para que o aluno perceba como as diferentes características impactam nas forças
interpartículas. Unir a prática com a pesquisa, na mesma atividade, permite que o aluno valide
as informações coletadas durante a leitura com o que foi observado na prática. Como as forças
interpartículas ocorrem em nível microscópico, observar se a substância conduz ou não a eletri-
cidade e verificar se a lâmpada acende ou não, e qual é a sua intensidade, confirma e evidencia
visualmente o que consta na literatura sobre o tema. Depois, na atividade, as perguntas direcio-
nam para a observação da influência das seguintes variáveis: estado físico, ponto de ebulição e
fusão, solubilidade e condutibilidade elétrica influenciam nas forças interpartículas das substân-
cias em questão.
A Atividade 20 (Página 42 no Caderno do Aluno) é um experimento simples, mas que auxilia
muito na compreensão sobre a polaridade das substâncias. O conceito de misturas homogêne-
as e heterogêneas já é conhecido pelos alunos, no entanto, ainda não se apropriaram das subs-
tâncias polares e apolares e das forças intermoleculares. Ao perceber que visualmente a mistura
de 4 substâncias (óleo, querosene, gasolina e água, em proporções iguais) apresenta apenas 2
fases, pode despertar a curiosidade de como as partículas se organizam. A discussão da polari-
dade das substâncias é essencial com os alunos, nesta atividade.
A Atividade 25 (Página 44 no Caderno do Aluno) trata de uma prática para aprofundamento
dos conhecimentos, por envolver vários conceitos que poderão ser observados experimental-
mente. A prática pode ser realizada em qualquer ambiente da escola, por utilizar substâncias
simples como o NaCl e o CuSO4. Será importante que o Professor repasse o procedimento com
os alunos, até que fique claro o passo a passo para a obtenção dos cristais. Concluída a prática,
os alunos poderão observar a forma geométrica do cristal formado e socializar com os colegas
os cristais obtidos e as conclusões da atividade.
B - Estratégias:
A Atividade 10 pode ser realizada pelos alunos na sala de aula, em grupo, ou ser demons-
trada pelo professor, ou ainda pode-se solicitar aos alunos que a realizem em casa, por requerer
materiais e substâncias muito simples. Após a observação da prática, o Professor poderá solicitar
aos alunos que escrevam suas conclusões no caderno e depois providenciar a socialização oral
para as conclusões.
A Atividade 11 – trata-se de um exercício prático, baseado no vídeo “Areia mágica”, no
qual o Professor poderá escolher de que forma ele irá utilizar: apenas por demonstração, pas-
sando o vídeo para os alunos; ou com as substâncias necessárias em mãos, realizar o experimen-
to com os alunos em grupos ou por demonstração na sala de aula ou em qualquer outro am-
biente da escola, por tratar-se de uma prática simples, que não apresenta nenhum risco. É
importante sempre colocar as ideias em debate para esclarecer supostas dúvidas.
A Atividade 13 poderá se tornar uma atividade prática, caso o Professor assim o queira, ou
apenas debatida com os alunos, o que será também interessante, uma vez que trabalha com o
refrigerante – solução bastante conhecida pelos alunos. Caso o professor não realize as demons-
trações práticas na sala de aula, poderá sugerir aos alunos que o façam em suas próprias casas.
Depois, socializar na aula as ideias observadas.
236 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
• A prática, caso haja na escola a estrutura de espaço, materiais e substâncias, pode ser rea-
lizada ou na sala de aula ou em laboratório. Tendo-se em mãos as substâncias, no estado só-
lido e depois solubilizadas com água, pode-se solicitar aos alunos que verifiquem a conduti-
bilidade elétrica de cada uma, utilizando o circuito de lâmpada. É fundamental ter cuidado no
manuseio do circuito para que os alunos não levem choque.
Para fechar a atividade, será importante fornecer um tempo para que os alunos possam
responder às duas questões e depois socializar as ideias com os colegas, numa discussão geral
do que foi a pesquisa, o experimento e as conclusões que todos chegaram.
A Atividade 20 é uma prática simples de mistura de 4 substâncias (óleo, querosene, gaso-
lina e água, em proporções iguais). A ideia é enxergar as fases formadas pela mistura e, assim
como as práticas anteriores, os alunos poderão realizar, na escola ou em casa mesmo, e sociali-
zar as ideias com os colegas.
Na Atividade 25, será importante realizar o procedimento experimental da forma mais
correta possível, para não haver interferências no momento da formação dos cristais. O Profes-
sor poderá solicitar aos alunos que construam também os modelos de cristais tridimensionais,
com massinha de modelar, para observarem com mais facilidade o porquê do formato adquiri-
do, devido às forças interpartículas.
A - Orientação:
Na Atividade 7 (Página 34 no Caderno do Aluno) é solicitada uma pesquisa aos alunos sobre as
substâncias indicadas na tabela. Eles precisarão determinar a temperatura de ebulição de cada
uma a 1atm de pressão, definir a polaridade da molécula e, consequentemente, qual a força inter-
molecular que atua na molécula de cada substância. Será uma possibilidade de desenvolver a
autonomia e flexibilidade dos alunos na busca por dados. Neste processo, eles poderão se depa-
rar com várias outras informações que poderão ser importantes na construção dos conceitos sobre
forças intermoleculares.
A Atividade 8 (Página 34 no Caderno do Aluno), basicamente, solicita também a determina-
ção das forças intermoleculares de algumas substâncias orgânicas, no entanto, para essa de-
terminação, os alunos irão observar e comparar os valores do ponto de ebulição e a massa
molecular de cada uma delas, dizendo tratar-se de forças dipolo-dipolo, forças de London ou
Pontes de Hidrogênio. Neste exercício, haverá a necessidade de que os conceitos já tenham
238 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
B - Estratégias:
Os alunos poderão desenvolver a pesquisa solicitada na Atividade 7, em duplas, utilizando
livros da biblioteca ou ainda computadores ou celulares para acessar aplicativos de busca. Sem-
pre é fundamental orientar os alunos para a realização de pesquisas: em como identificar sites
de credibilidade e confiabilidade de informações e como manter o foco, para não navegar em
outros tipos de sites. Além disso, efetuar a leitura das informações e saber extrair as que são
solicitadas. Após o término da pesquisa, procure solicitar aos alunos que socializem a todos
como realizaram as pesquisas e quais as informações e conclusões que chegaram.
A Atividade 8, por solicitar o raciocínio sobre os tipos de forças intermoleculares e como o
ponto de ebulição e a massa molecular influenciam nessas forças, sugere-se que os alunos rea-
lizem a atividade individualmente. As perguntas servem para direcionar para a obtenção das
conclusões ao preencher os dados da tabela. Depois, solicitar, de forma oral, a socialização das
ideias, esclarecendo dúvidas à medida que apareçam.
Na Atividade 14 será fundamental que os alunos trabalhem individualmente com o gráfico
apresentado. Solicitar a eles, inclusive, que construam o gráfico, para que tenham mais contato
com o que ocorre numericamente entre a temperatura e a pressão, à medida que a curva vai
sendo formada. A análise conjunta com o Professor será imprescindível para que não haja dúvi-
das posteriores.
As Atividades 16 e 19 possuem praticamente o mesmo objetivo, de verificar quais as for-
ças intermoleculares atuantes em cada substância apresentada e preencher a tabela. É impor-
QUÍMICA – ENSINO MÉDIO 239
tante que os alunos realizem estas duas atividades individualmente, para garantir que cada alu-
no observe e desenvolva o raciocínio cognitivo necessário para os conceitos envolvidos.
No caso da Atividade 23, sugere-se que ela seja realizada por duplas de alunos. Por ser
uma atividade que necessita responder muitos itens, é demorada e meticulosa, portanto, é im-
portante que o Professor acompanhe os alunos e esclareça as dúvidas, no decorrer do processo.
A correção poderá ser feita na lousa, com cada dupla preenchendo as informações de uma
substância e todos os alunos podendo realizar intervenções.
A - Orientação:
A Atividade 22 (Página 43 no Caderno do Aluno) apresenta o conceito das pontes de hidrogê-
nio, por meio da observação da estrutura de algumas substâncias e como elas supostamente
formariam pontes de hidrogênio com a molécula de água. Analisar a estrutura das moléculas
para definir a polaridade das substâncias, mobiliza habilidades importantes que envolvem ana-
lisar a tridimensionalidade das estruturas e como as forças entre as partículas definem que tipo
de ligações realizam, no caso, formando pontes de hidrogênio. Para formar pontes de hidrogê-
nio com a H2O, é necessário que a molécula possua átomos de hidrogênio ligados a elementos
muito eletronegativos e é esta informação que auxiliará na resolução da atividade.
Na Atividade 24 (Página 44 no Caderno do Aluno) os alunos irão analisar a representação das
moléculas, como estão polarizadas e que tipo de interação molecular podem realizar em 4 casos
específicos. Novamente a observação da representação tridimensional das moléculas pode au-
xiliar para determinar a força intermolecular realizada.
B - Estratégias:
A Atividade 22 pode ser desenvolvida utilizando-se alguns materiais simples para visuali-
zação tridimensional das estruturas das substâncias: balões, massinhas de modelar, bolinhas de
ping-pong ou de isopor para representar os átomos, unidos por palitos de churrasco ou de den-
tes, para as ligações entre os átomos. As estruturas tridimensionais podem representar as molé-
culas das substâncias da atividade, mostrando o ângulo assumido entre os átomos que com-
põem a molécula, facilitando assim a visualização da polarização de cada uma delas com relação
à água. O Professor poderá dividir a classe em grupos, sendo que cada um poderá ficar respon-
sável por construir a interação entre a estrutura de uma substância com a água e explicar para os
demais alunos que tipo de interação acontece entre elas.
O mesmo raciocínio acontece na Atividade 24. Para determinar a polaridade e as forças
intermoleculares entre as partículas representadas nos desenhos, facilitará aos alunos que os
represente tridimensionalmente, reunidos em grupos. Pode-se utilizar massinha ou bolinhas de
isopor para representá-las. Cada grupo poderá apresentar os modelos para a turma, explicando
as forças interpartículas atuantes.
Observação: a Atividade 25 apresenta uma prática experimental, que também configura
uma oportunidade de o professor solicitar aos alunos que representem a estrutura do NaCl e do
CuSO4 de forma tridimensional, como sugerimos para as Atividades 22 e 24.
A - Orientação:
B - Estratégias:
QUÍMICA
3a Série – Ensino Médio
Quadro 1
CONTEÚDOS E HABILIDADES DO 3º BIMESTRE DA 3ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO – DISCIPLINA DE
QUÍMICA
Habilidades do Currículo Habilidades do
Temas/Conteúdos Competências Gerais da BNCC
do Estado de São Paulo SAEB
Biosfera como fonte de • Reconhecer os processos de 2. Exercitar a curiosidade intelec- Português:
materiais para uso transformação do petróleo, tual e recorrer à abordagem pró- D1 – Localizar infor-
humano carvão mineral e gás natural pria das ciências, incluindo a in- mações explícitas
Extração de materiais úteis em materiais e substâncias uti- vestigação, a reflexão, a análise em um texto.
da biosfera; recursos vege- lizados no sistema produtivo crítica, a imaginação e a criativida-
tais para a sobrevivência hu- • Reconhecer a importância de para investigar causas, elabo-
mana – carboidratos, lipí- econômica e ambiental da pu- rar e testar hipóteses, formular e
dios e vitaminas; recursos rificação do gás natural resolver problemas e criar solu-
animais para a sobrevivên- ções (inclusive tecnológicas) com
• Reconhecer a biomassa base nos conhecimentos nas dife-
cia humana – proteínas e li-
como recurso renovável da rentes áreas.
pídios; recursos fossilizados
biosfera
para a sobrevivência huma- 4. Utilizar diferentes linguagens –
na – gás natural, carvão mi- • Escrever fórmulas estruturais verbal (oral ou visual-motora,
neral e petróleo de hidrocarbonetos a partir como Libras, e escrita), corporal,
de sua nomenclatura e vice- visual, sonora e digital – bem
• Os componentes princi-
-versa como conhecimentos das lingua-
pais dos alimentos (carboi-
dratos, lipídios e proteínas), • Classificar substâncias como gens artística, matemática e cien-
suas propriedades e fun- isômeras, dadas suas nomen- tífica, para se expressar e partilhar
ções no organismo claturas ou fórmulas estruturais informações, experiências, ideias
• Biomassa como fonte de • Reconhecer que isômeros e sentimentos em diferentes con-
materiais combustíveis (com exceção dos isômeros textos e produzir sentidos que le-
ópticos) apresentam diferen- vem ao entendimento mútuo.
• Arranjos atômicos e mole-
tes fórmulas estruturais, dife- 7. Argumentar, com base em fa-
culares para explicar a forma-
rentes propriedades físicas tos, dados e informações confiá-
ção de cadeias, ligações, fun-
(como temperaturas de fusão, veis, para formular, negociar e de-
ções orgânicas e isomeria
de ebulição e densidade) e fender ideias, pontos de vista e
•Processos de transforma- mesmas fórmulas moleculares decisões comuns que respeitem e
ção do petróleo, carvão mi- promovam os direitos humanos, a
• Analisar e classificar fórmulas
neral e gás natural em mate- consciência socioambiental e o
estruturais de aminas, amidas,
riais e substâncias utilizados consumo responsável em âmbito
ácidos carboxílicos, ésteres, éte-
no sistema produtivo – refi- local, regional e global, com posi-
res, aldeídos, cetonas, alcoóis e
no do petróleo, destilação cionamento ético em relação ao
gliceróis quanto às funções
seca do carvão e purificação cuidado de si mesmo, dos outros
do gás • Avaliar vantagens e desvan-
tagens do uso da biomassa e do planeta.
• Produção e uso social dos 10. Agir pessoal e coletivamente,
como fonte alternativa (ao pe-
combustíveis fósseis com autonomia, responsabilida-
tróleo e ao gás natural) de ma-
teriais combustíveis de, flexibilidade, resiliência e de-
terminação, tomando decisões
com base em princípios éticos,
democráticos, inclusivos, susten-
táveis e solidários.
FÍSICA – ENSINO MÉDIO 245
A - Orientações
Para contemplar este tema, sugere-se o desenvolvimento de atividades que abordem os
conceitos que fundamentam a composição do petróleo, do gás natural e do carvão mineral,
bem como a estrutura dos hidrocarbonetos e sua nomenclatura.
Essa temática irá proporcionar aos alunos um aprofundamento sobre as estruturas dos
compostos de carbono, de modo que possam relacioná-las com suas propriedades.
Também será importante que os alunos reflitam sobre as fontes energéticas disponíveis e
as possibilidades de alternativas sustentáveis.
B - Estratégias
O Professor poderá iniciar a atividade partindo dos questionamentos apresentados a se-
guir ou outros que julgar pertinentes, para o levantamento de hipóteses e no direcionamento de
pesquisas.
Situações - problema:
1. O que é o petróleo? De onde vem o petróleo?
2. Como o petróleo é extraído?
3. Você conhece alguns derivados do petróleo? Quais?
4. Podemos usar petróleo como combustível no carro?
5. Existem outras fontes de combustíveis?
6. Qual o tratamento dado ao petróleo após sua extração?
A partir dos questionamentos prévios, o Professor poderá fazer um diagnóstico dos sabe-
res dos alunos, que será importante para a verificação da necessidade de alinhamento e poste-
riormente aprofundamento de ideias.
Neste momento, os alunos poderão elaborar e registrar as hipóteses, no quadro 1B, que
nortearão a linha de estudo, pesquisa e compreensão do tema.
Para subsidiar a construção das ideias propõe-se que seja feita a atividade 1C que sugere
que os alunos assistam ao vídeo “Petróleo como é extraído?”, disponível em: https://www.
youtube.com/watch?v=TV4svA7lTuU, onde será possível explorar o processo de extração do
petróleo e sua produção diária. Para sistematizar as ideias, os alunos poderão utilizar a tabela
“Principais ideias do processo de extração do petróleo” em que registrarão suas conclusões.
Posteriormente, o Professor pode proporcionar a socialização dos grupos, tendo como referên-
cia os registros dos alunos.
Na sequência, na atividade 1D, o Professor apresentará um outro vídeo “Utilização do Petró-
leo Destilação Fracionada”, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=VQ-x5LOsE6Y
que trata do processo de destilação fracionada do petróleo. Em grupos, os alunos poderão registrar
suas observações numa tabela considerando a quantidade de carbonos de cada derivado, sua tem-
peratura de ebulição e sua utilização. Após os registros dos alunos, promover a socialização.
É importante que o aluno reflita sobre a quantidade de carbonos em relação à temperatu-
ra de ebulição. Ele poderá registrar suas percepções no quadro da atividade 1E. Além disso, os
246 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
alunos também podem observar que juntamente com o petróleo, é extraído o gás natural. Po-
derá ser explorada a questão quanto à utilização desse gás como combustível e se é uma fonte
renovável ou não. Na atividade 1F, poderão sistematizar suas ideias. Após a sistematização,
promover a socialização.
Na continuidade do estudo da biosfera como fonte de material, faz-se necessário o estudo
do gás natural, sua obtenção, extração e transporte do subsolo até a superfície. Na atividade
1G sugere-se que o aluno assista aos vídeos “O caminho do Gás Natural”, disponível em: ht-
tps://www.youtube.com/watch?v=Y_CuYA_Pj8g e “ENERGIA - De onde vem o gás natural”,
disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=TnhcxI9Jd6Q para aprofundamento das
ideias. Após a visualização dos vídeos, poderão preencher a tabela com as principais ideias re-
ferentes ao gás natural: onde é encontrado, como é extraído, como é realizado o transporte e
qual a sua temperatura de liquefação.
Nesse momento, para consolidar os estudos referentes aos derivados do petróleo: GLP,
querosene e gasolina, propõe-se a atividade 1H, que possibilita aos alunos registrarem a com-
posição química e a fórmula molecular destes derivados.
É de fundamental importância que os alunos se apropriem da utilização adequada da no-
menclatura dos compostos orgânicos. Na atividade 1I sugere-se a leitura do texto “Recomen-
dações da IUPAC para a Nomenclatura de Moléculas Orgânicas”, disponível em: http://
qnesc.sbq.org.br/online/qnesc13/v13a05.pdf para subsidiar a realização desta atividade, que
trata do preenchimento da tabela “Nomenclatura dos Hidrocarbonetos” com prefixo, tipos de
ligações, sufixo e possíveis nomes dos hidrocarbonetos.
No momento da construção da tabela, explore com seus alunos as possíveis combinações
envolvendo a quantidade de carbonos, prefixos, tipos de ligações e sufixos de modo a contem-
plar os hidrocarbonetos (alcanos, alcenos, alcinos). Ressalte a importância da característica espe-
cífica de cada hidrocarboneto de maneira que os alunos possam construir as estruturas, partin-
do-se dos respectivos nomes e vice-versa. Se achar pertinente, proponha o estudo da
nomenclatura de outros hidrocarbonetos utilizando cadeias fechadas e aromáticas.
Na continuidade do estudo sobre estruturas moleculares, sugere-se a realização da ativi-
dade 1J que trata da utilização do simulador “Construa uma molécula”, encontrado no seguin-
te link: https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/build-a-molecule. O simulador tem o ob-
jetivo de montar estruturas carbônicas com diferentes quantidades de carbonos, diferentes tipos
de ligações, nome do composto e fórmula estrutural, conforme orientações citadas no caderno
de atividades do aluno, explorando o Kit1. Para a sistematização da atividade, os alunos preen-
cherão a tabela com as estruturas encontradas. Professor, o mesmo movimento poderá ser utili-
zado com os outros kits disponíveis no simulador.
Para aprofundamento dos estudos sugere-se o desenvolvimento da atividade 1L, no qual
os alunos construirão estruturas carbônicas de acordo com os nomes indicados. Para a realiza-
ção desta atividade solicite aos alunos que retomem a “Tabela dos Hidrocarbonetos” elaborada
na atividade 1I.
Na atividade 1M propõe-se o estudo de estruturas de hidrocarbonetos com cadeias fe-
chadas, de modo que os alunos se apropriem da nomenclatura deste tipo de composto, cons-
truindo a fórmula estrutural e molecular. Acrescente outras estruturas que achar pertinente.
Para a introdução do estudo sobre carvão mineral sugere-se, na atividade 1N, a leitura do
texto “Carvão Mineral”, disponível em: http://cepa.if.usp.br/energia/energia1999/Grupo1A/
carvao.html. Após a leitura, propõe-se que os alunos façam uma síntese das principais ideias,
destacando onde o carvão é formado, como é sua utilização, qual a finalidade do processo de
gaseificação e por que o carvão passa por um processo de liquefação.
QUÍMICA – ENSINO MÉDIO 247
Com o intuito de refletir sobre o uso de combustíveis fósseis, os impactos ambientais cau-
sados por eles e sobre as fontes energéticas sustentáveis, é importante que o aluno se aproprie
deste estudo. Sendo assim, sugere-se a atividade 1O em que o aluno poderá assistir ao vídeo
“Biomassa - vídeo aula”, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=vvvunr1tNDM
com foco na definição de biomassa, produção e classificação. Solicite aos alunos que preen-
cham a tabela disponível na atividade e proponham socialização entre os alunos.
Em continuidade dos estudos na atividade 1P é sugerida uma pesquisa em grupo, na qual
cada um será responsável por um tipo de combustível: biomassa, petróleo e gás, apresentando as
vantagens e desvantagens com relação aos aspectos políticos, econômicos, sociais e ambientais.
As ideias principais poderão ser sistematizadas no quadro e socializadas posteriormente entre os
alunos. Neste momento o Professor poderá fazer as intervenções que julgar necessárias.
Para finalizar, os alunos poderão retomar as questões iniciais e reavaliar suas hipóteses va-
lidando/reformulando seus conceitos e registrar na tabela da atividade 1Q.
• Reconhecer e valorizar a biosfera como fonte de materiais úteis para o ser humano;
• Conhecer alguns usos cotidianos e algumas aplicações industriais desses materiais;
• Estabelecer relações entre a temperatura de ebulição e a estrutura, e a nomenclatura de
hidrocarbonetos, por meio de dados apresentados em tabelas;
• Reconhecer os processos de transformação do petróleo, carvão mineral e gás natural em
materiais e substâncias utilizados no sistema produtivo;
• Reconhecer a importância econômica e ambiental da purificação do gás natural;
• Escrever fórmulas estruturais de hidrocarbonetos, a partir de sua nomenclatura e vice-versa.
A - Orientações
Para o desenvolvimento deste tema, sugere-se atividades que abordem os conceitos que
fundamentam os usos dos recursos vegetais e animais para a sobrevivência humana. Serão estu-
dadas as funções orgânicas presentes nesses grupos de compostos, bem como suas particulari-
dades quanto à nomenclatura e características de cada uma delas.
Espera-se também que os alunos se apropriem das funções que esses nutrientes desempe-
nham no organismo humano, para que possam fazer escolhas de consumo mais conscientes em
relação às suas dietas alimentares.
248 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
B – Estratégias
O Professor poderá iniciar a atividade propondo alguns questionamentos, apresentados a
seguir, ou outros que julgar pertinentes, para o levantamento de hipóteses e para o direciona-
mento de pesquisas.
Situações-problema:
1 – O que é uma alimentação saudável?
2 – Quais alimentos são essenciais para a vida humana?
3 – Salgadinho (de milho, tipo batata frita) traz algum benefício à saúde?
A partir dos questionamentos prévios, o Professor poderá fazer um diagnóstico dos saberes
dos alunos, que será importante para o direcionamento dos trabalhos. Neste momento, os alunos
poderão elaborar e registrar na atividade 2B, as hipóteses que nortearão a linha de pesquisa.
Para subsidiar a construção das ideias, propõe-se a atividade 2C, que sugere uma pesqui-
sa em grupo, em que cada um pesquisará três alimentos ricos em carboidratos, lipídios, proteí-
nas e vitaminas. Após a realização da pesquisa, solicitar aos alunos que indiquem as estruturas,
as propriedades e as funções no organismo de cada componente pesquisado. Oriente aos alu-
nos com relação aos sites seguros e confiáveis para realizar a pesquisa. Os alunos poderão rea-
lizar os registros no quadro da questão 2C. Ao término da atividade, solicite a eles que sociali-
zem suas ideias com a classe.
Professor, na continuidade dos estudos, é sugerida a atividade 2D. Trata-se da utilização
de um simulador “Estrutura Moleculares”, disponível em: http://curriculomais.educacao.sp.
gov.br/estruturas-moleculares/, conforme procedimentos indicados no Caderno de Atividades
Complementares do Aluno.
O simulador possibilita a visualização de diversas estruturas orgânicas e inorgânicas e
algumas de suas características, tais como: ligações, forças intermoleculares e intensidade de
seus dipolos. O objetivo da atividade é o aprofundamento sobre arranjos moleculares de ca-
deias, ligações e funções orgânicas, para a análise e classificação de fórmulas estruturais quan-
to às suas funções. Para a sistematização das ideias exploradas no simulador, os alunos pode-
rão preencher uma tabela com algumas estruturas orgânicas e acrescentar sua fórmula
estrutural e molecular, além de sua função. Ao término da atividade, peça aos alunos para
socializarem suas ideias com os colegas.
Para a continuidade dos estudos, sugere-se a atividade 2E, com a leitura do texto “A Im-
portância da Vitamina C na Sociedade Através dos Tempos”, disponível em: http://qnesc.sbq.
org.br/online/qnesc17/a02.pdf. Os alunos podem ser organizados em duplas para a leitura e
certifique-se de que todos tenham acesso ao texto. Outra possibilidade será projetar o texto e
realizar a leitura compartilhada com os alunos. O texto poderá fornecer subsídios aos alunos
sobre a importância da vitamina C ao ser humano, seu nome oficial, sua fórmula estrutural e
função orgânica. Para finalizar a atividade, poderão selecionar 5 alimentos ricos no teor de vita-
mina C. Ao término da atividade, solicitar eles que socializem as suas respostas.
Professor, para consolidação dos conceitos trabalhados com nomenclaturas e fórmulas
moleculares, sugere-se as atividades 2F e 2G. Na atividade 2F é proposto ao aluno escrever as
fórmulas moleculares e identificar as funções orgânicas presentes, nos exemplos citados de pro-
teína, lipídio e carboidrato.
Na atividade 2G, o Professor poderá explorar o conceito de isomeria, de modo que os
alunos possam reconhecer as diferentes fórmulas estruturais dos isômeros, diferentes proprieda-
des físicas, porém com as mesmas fórmulas moleculares. O preenchimento poderá ser feito no
quadro da atividade 2G.
QUÍMICA – ENSINO MÉDIO 249
Para finalizar, os alunos poderão retomar as questões iniciais e reavaliar suas hipóteses va-
lidando/reformulando suas ideias e registrando-as na atividade 2H.
BIOLOGIA
1a Série – Ensino Médio
Currículo do Estado de São Paulo em articulação com a BNCC – 3º Bimestre
Tema/Conteúdo Habilidades do Currículo do Estado de Competências Gerais da Base
São Paulo – 1º ano Biologia: 3º bimestre Nacional Comum Curricular
(BNCC) correspondentes
Qualidade de vida das po- • Reconhecer os riscos diferenciados que 1. Valorizar e utilizar os conheci-
pulações humanas – A saú- uma mesma causa de morte apresenta mentos historicamente construí-
de coletiva. para diferentes faixas etárias, a partir de dos sobre o mundo físico, social,
• Agressões à saúde das popu- estatísticas de saúde cultural e digital para entender e
lações • Identificar as causas mais frequentes de explicar a realidade, continuar
• Principais doenças no Brasil de mortalidade entre jovens, discutindo es- aprendendo e colaborar para a
tratégias para reduzir o risco de óbito construção de uma sociedade jus-
acordo com sexo, renda e idade
ta, democrática e inclusiva.
• Doenças infectocontagiosas, • Agrupar diferentes causas de morte se-
gundo semelhança 7. Argumentar com base em fatos,
parasitárias, degenerativas,
dados e informações confiáveis,
ocupacionais, carenciais, se- • Reconhecer a gravidez na adolescência
para formular, negociar e defender
xualmente transmissíveis e como um risco à saúde, a partir de estatís-
ideias, pontos de vista e decisões
por intoxicação ambiental ticas de saúde
comuns que respeitem e promo-
• Gravidez na adolescência como • Reconhecer o impacto de uma gravidez na vam os direitos humanos, a
risco à saúde adolescência nos projetos pessoais e pro- consciência socioambiental e o
• Medidas de promoção da saú- fissionais dos envolvidos consumo responsável em âmbito
de e prevenção de doenças • Reconhecer práticas sexuais que envol- local, regional e global, com posi-
• Impacto de tecnologias na me- vem riscos de gravidez cionamento ético em relação ao
lhoria da saúde – vacinas, medi- • Identificar diferentes métodos contracep- cuidado de si mesmo, dos outros e
camentos, exames, alimentos tivos e avaliar sua eficácia e acessibilidade do planeta.
enriquecidos, adoçantes etc. • Reconhecer a gravidez na adolescência 8. Conhecer-se, apreciar-se e cui-
como um risco à saúde individual e como dar de sua saúde física e emocio-
um problema de saúde pública nal, compreendendo-se na diver-
sidade humana e reconhecendo
• Elaborar, apresentar e discutir hipóteses
suas emoções e as dos outros,
sobre a alta prevalência de gravidez entre
com autocrítica e capacidade para
adolescentes
lidar com elas.
• Reconhecer situações de risco de contrair
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a
aids, propondo estratégias para redução
resolução de conflitos e a coopera-
desse risco
ção, fazendo-se respeitar e promo-
• Identificar as diferentes formas de precon- vendo o respeito ao outro e aos
ceito contra portadores do vírus da imuno- direitos humanos, com acolhimen-
deficiência adquirida (HIV), propondo es- to e valorização da diversidade de
tratégias para minimizar essa situação indivíduos e de grupos sociais,
• Reconhecer ambiguidades e imprecisões seus saberes, identidades, culturas
em textos explicativos sobre prevenção e potencialidades, sem preconcei-
de DSTs e aids tos de qualquer natureza.
BIOLOGIA – ENSINO MÉDIO 251
Prezado(a) Professor(a)!
Apesar de termos a clareza de que o processo educativo é amplo, e com certeza outros as-
pectos presentes nestas e até em outras competências gerais poderão ser contemplados, opta-
mos por apontar os aspectos mais diretamente relacionados, de modo a permitir uma avaliação
por parte do(a) professor(a) e do(a)s estudantes sobre a apropriação, ou não, desses conhecimen-
tos, que norteará retomadas e (re)direcionamentos para a continuidade das aprendizagens.
252 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Primeiro momento – compreende ações pedagógicas que visam o envolvimento do(a)s estudantes
com a temática e aprendizagens que se pretende alcançar, bem como prevê atividades de sensibili-
zação, sempre com o intuito de propiciar processos pedagógicos contextualizados e que permitam
o desenvolvimento integral de nosso(a)s educando(a)s. As atividades são apresentadas na íntegra.
Indicações de avaliação também são apresentadas neste momento, inclusive a autoavaliação.
Segundo momento – compreende um conjunto de atividades que objetivam o desenvolvimento de
habilidades e a compreensão de conteúdo, articulado ao desenvolvimento das competências gerais
(desenvolvimento integral), trazendo diferentes estratégias e possibilidades. Essas atividades tam-
bém podem ser apresentadas em etapas, considerando sensibilização, investigação, sistematização
etc. dependendo da estratégia adotada, contudo, prevê-se que todas sejam contextualizadas, per-
mitam a investigação e/ou remetam a questionamentos e reflexões, resultando em aprendizagens
significativas. São apresentados diferentes instrumentos avaliativos e a proposta de autoavaliação.
Terceiro momento – visa a sistematização da aprendizagem, também por meio do desenvolvimento
de atividades, que permitam perceber se e/ou quais das expectativas de aprendizagem o(a)(s) estu-
dantes se apropriaram, bem como se são capazes de estabelecer relações entre os conhecimentos
adquiridos e utilizá-los para compreensão e interferência na realidade, seja para resolução de pro-
blemas, para adoção de atitudes pessoais e coletivas, entre outros. Nesse momento, é fundamental
que se insira uma atividade de autoavaliação sistematizada, em que o(a)s estudantes e o(a)
professor(a) possa(m) ter clareza das metas atingidas.
Observação: As dificuldades devem ser identificadas, coletivamente, para traçar estratégias de re-
cuperação.
Agora, devemos redobrar a atenção para a realização das atividades sugeridas, a fim de que
os temas e os objetos de conhecimento sejam desenvolvidos com sucesso. Então, ajustes possivel-
mente serão necessários para que sejam atingidas as expectativas de aprendizagens esperadas.
BIOLOGIA – ENSINO MÉDIO 253
Esse artigo oferece considerações sobre contextualização de conteúdos, de maneira clara e objetiva,
e apresenta também uma pesquisa feita com estudantes de escolas públicas sobre conteúdos que
relacionam com seu cotidiano, na perspectiva de verificar a influência do contexto sobre a aprendiza-
gem. De modo geral, o trabalho dialoga sobre a complexidade do ensino de biologia, discorre sobre
abordagens referentes à contextualização dos conteúdos em documentos curriculares oficiais e ofere-
ce análises que apontam a relação entre contexto e aprendizagem significativa. Ressaltamos, conforme
explicitado no artigo, que contextualizar os conteúdos não significa trabalhar de forma superficial ou
restrita ao cotidiano e/ou realidade imediata, mas sim, partir desses pontos, associar conhecimentos
prévios para que o(a)s estudantes possam ver “um sentido” nesse conteúdo e assim, se envolverem no
processo, de modo a adquirirem conhecimentos que os capacitem em suas escolhas e contribuam
com a resolução de problemas reais.
254 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Para contribuir com o ensino investigativo, existem programas e projetos que poderão ser incorpo-
rados às atividades escolares, tais como:
Feira de Ciências das Escolas Estaduais de São Paulo – FeCEESP. Disponível em http://www.educa-
cao.sp.gov.br/feiradeciencias Acesso em: 26 de junho de 2018.
Retomando os trabalhos
Considerando que uma das principais dificuldades apontadas pelos (as) professores (as)
para que ocorra uma aprendizagem efetiva está relacionada com o que se costuma rotular de
“falta de interesse” dos(as) estudantes, buscou-se apresentar estratégias que podem contribuir
para amenizar essa questão. Promover a participação de todos(as), desde o planejamento das
aulas, é uma metodologia de trabalho que ajudará neste sentido.
Propõe-se, então, que as aprendizagens almejadas sejam apresentadas às turmas e que, na
sequência, seja realizada uma roda de diálogo de modo que possam ser inseridas propostas
dos(as) próprios estudantes aos planos de trabalho.
Durante a roda de diálogo é fundamental que, você, professor(a) abra espaço para que
os(as) estudantes possam propor assuntos relacionados e/ou curiosidades sobre os temas que
gostariam de esclarecimentos. Isso deve ser feito de modo a promover, também, a corresponsa-
bilidade pelo processo de aprendizagem. Aqui será possível ouvir e acatar temas relacionados,
que sejam do interesse dos (as) estudantes ou mesmo negociar algumas alterações, desde que
comprometidas com a aprendizagem a que o (as) educandos têm direito.
Registre todas as contribuições e questionamentos e justifique sempre quando não for
possível incorporar uma proposta. Dessa forma, os (as) estudantes sentem-se respeitados (as), o
que contribui também para melhoria da relação professor(a) - aluno(a).
Após essa roda de diálogo, acreditamos que, conforme proposto para os bimestres an-
teriores, o(a)s estudantes tenham maior facilidade em acompanhar o próprio processo de
aprendizagem.
Finalizando o Momento
Professor(a), sugerimos que a atividade receba o seguinte fechamento: após as respostas
dos(as) alunos(as) e a elaboração das frases, você organize um momento para a socialização dos
resultados, que pode ser feita por meio da leitura de suas produções. Deixe o(a)s jovens à von-
tade para decidirem se gostariam de lê-las ou não. Caso se sintam incomodado(a)s, propicie um
“varal” com as produções para que possam ler todos os trabalhos.
Para fazer a apresentação das palavras que foram mais citadas, sugerimos uma estratégia
com o uso de um dos programas oferecidos abaixo. A intenção é criar uma imagem chamada
“Nuvem de Palavras” que, dentro de um conjunto de frases, irá representar os termos mais
usados pela turma e deverá ser exposta para a sala, a fim de possibilitar que façam suas consi-
derações finais, onde poderão comentar por que acham que aquelas palavras foram as mais
representadas.
Aproveitando para fazer uma integração com a língua portuguesa, peça aos estudantes
para que excluam as preposições, conjunções gramaticais e artigos das frases. Assim, teremos
apenas as palavras-chave. Desse modo, a imagem ficará mais rica e visualmente menos poluída.
Sugerimos que entre nos endereços eletrônicos apresentados e escolha o que mais se
adapte quanto à facilidade de navegação.
Referências de sites de programas sobre “Nuvens de Palavras”.
WordArt
https://wordart.com
BIOLOGIA – ENSINO MÉDIO 259
WordClouds
https://www.wordclouds.com
WordCloudsGenerator
www.jasondavies.com/wordcloud/#%2F%2Fwww.jasondavies.com%2Fwordcloud%2Fabout%2F
• Conclusão: Segue, logo após a leitura do texto, com apoio de questões norteadoras para
fechar as hipóteses levantadas.
260 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Para mais informações sobre concepção e estratégias de leitura, sugerimos o estudo sobre o assunto
nos seguintes links:
• O ensino da leitura com Solé – Seed:
• http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2016/2016_
artigo_port_unespar-paranavai_marlycasadomailho.pdf. Acesso em: 27 de junho 2019
• Livro de Isabel Solé aborda o ensino de estratégias na formação de leitores –
• http://www.plataformadoletramento.org.br/acervo-dica-letrada/555/livro-de-isabel-sole-aborda-o-en-
sino-de-estrategias-na-formacao-de-leitores.html. Acesso em: 27 de junho 2019
Logo a seguir a leitura do texto, solicite ao(a) estudante a realizar a leitura da tabela (pági-
na 46 no Caderno do Aluno), para compreender os dados e as informações nela contida.
Afecções
Doenças Doenças do Doenças do Demais
Unidade da originadas Causas
infecciosas e Neoplasias aparelho aparelho causas Total
Federação no período externas
parasitárias circulatório respiratório definidas
perinatal
A partir dos dados da tabela, faça uma pesquisa complementar e responda às questões a
seguir.
5 Por que os números de óbitos são tão diferentes nas diversas regiões do país?
6 As neoplasias são doenças que causam muitos óbitos na faixa etária entre 10 a 19 anos.
Investigue os motivos destas mortes e registre no espaço abaixo.
7 Por que causas externas, na região de São Paulo, são maiores do que em outros Estados?
Professor(a), para que possam responder todas as questões, disponibilize o livro didático
e/ou acesso a sites confiáveis ao(à)s estudantes, pois o texto e a tabela não oferecem subsídios
suficientes. Oriente-os nessa pesquisa e, após finalizarem, possibilite um momento de interação
para esclarecimentos, pois é importante que compreendam os tipos de doenças e como as di-
ferentes condições de moradia, renda, saneamento etc. podem afetar nossa saúde.
Desse modo, acreditamos que os(as) estudantes terão conhecimentos suficientes para po-
derem sistematizar o que aprenderam, portanto sugerimos que utilizem as informações da tabe-
la, as respostas das questões sugeridas e as pesquisas que fizeram para elaborarem uma notícia,
que poderá ser exposta em um painel na escola e/ou vídeos que poderão ser exibidos para a
sala. Essa produção poderá ser utilizada como uma avaliação.
A seguir, atividade solicitada aos(às) estudantes na página 48 no Caderno do Aluno:
BIOLOGIA – ENSINO MÉDIO 263
Professor(a), sugerimos que organize um período da sua aula para que os grupos elaborem
e apresentem a proposta de notícia que pretendem divulgar. Verifique se as informações técni-
cas estão corretas e faça os esclarecimentos, se necessário. Estabeleça uma data para entrega
dos trabalhos finalizados e combine com ele(a)s uma data para socialização das notícias.
Organize o diálogo de modo que as opiniões e ideias sejam apresentadas de forma clara
e objetiva, num exercício de escuta e de fala. Registre as principais ideias na lousa e solicite que
façam o mesmo em seus cadernos pessoais. Comente que essas questões serão retomadas
após o desenvolvimento das atividades sobre o tema propostas no material do(a) estudante.
Na sequência, leia com o(a)s estudantes o texto introdutório da página 47, conforme segue:
Pensando nas relações humanas e nos cuidados com a saúde, na prevenção e nos impactos
que são ocasionados tanto individualmente como coletivamente, apresentamos algumas infor-
mações referentes a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar – PeNSE realizada em 2015 que, entre
outras questões, levantou dados sobre o consumo de bebida alcoólica entre estudantes do 9º
ano do Ensino Fundamental.
Permita que façam comentários sobre esse texto e aproveite para esclarecer que o consu-
mo de álcool é considerado um problema de saúde pública, que apresenta impactos sobre a
saúde individual e coletiva, pois uma pessoa alterada pode provocar acidentes e tomar atitudes
que comprometam a integridade física de outras pessoas. Além disso, caso sua escola não tenha
participado da PeNSE, repasse algumas informações sobre essa importante fonte de informa-
ções coletadas por meio de pesquisas do IBGE.
Sobre a PeNSE:
A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar - PeNSE tem o objetivo de subsidiar o sistema de moni-
toramento de fatores de risco e proteção à saúde em escolares do Brasil, atualizando os dados de
prevalência e distribuição destes fatores em estudantes, de acordo com algumas características, tais
como alimentação, atividade física, consumo de álcool, tabaco, drogas, violência, entre outros.
A pesquisa pretende, também, identificar as questões prioritárias para o desenvolvimento de políticas
públicas voltadas para a promoção da saúde em escolares, em especial, o Programa Interministerial
Saúde na Escola (PSE).
Para maiores informações e dados obtidos pelas pesquisas, acessar o site:
https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/educacao/9134-pesquisa-nacional-de-saude-do-escolar.
html?=&t=o-que-e
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar
2015. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv97870.pdf Acesso: 24 de mar de 2019.
• Ao analisar os dados da tabela, qual é a sua sensação? Era o que você esperava?
1 Quais são os fatores que contribuem para que um(a) adolescente consuma bebida alcoó-
lica?
3 Quais os possíveis impactos para a família, amigo(a)s, namorado(a) quando convivem com
esses adolescentes?
5 Qual é a relação deste consumo com os danos à saúde? Descreva as consequências: du-
rante a gravidez e o uso abusivo entre adultos e adolescentes.
... ...
Os fatores de proteção são aqueles que nos protegem de situações que poderão nos agredir de
maneira física, psíquica ou social, garantindo, dessa forma, um desenvolvimento saudável.
São fatores de proteção, por exemplo: ter com quem conversar sobre os sentimentos, sobre o que
podemos e o que não devemos consumir, ter acesso aos serviços e ações de saúde, frequentar espa-
ços de lazer e cultura, participar das atividades educativas na escola ou fora dela, praticar atividades
físicas entre outros.
Os fatores de risco são aquelas situações que nos levam a assumir comportamentos de risco, que
podem nos agredir física, psíquica ou socialmente, aumentando a probabilidade de impactos negati-
vos sobre nossa saúde.
São fatores de risco, por exemplo: proximidade de rede de distribuição de drogas, vivência de exclu-
são nas relações escolares entre outros.
(Texto adaptado do Fascículo Adolescentes e jovens para a Educação entre Pares,
do Projeto do Saúde e Proteção nas Escolas (SPE). Acesso em 08/05/2019).
BIOLOGIA – ENSINO MÉDIO 267
Para que possam construir a campanha de prevenção ao uso indevido de drogas, oriente-o(a)s
a utilizar os dados obtidos durante a pesquisa e as discussões realizadas sobre o tema.
A proposta dessa campanha é instigar o(a)s estudantes a concluírem que:
Poderão pesquisar também sobre “bem viver” e, a partir daí elaborar dicas de ações que
proporcionam bem-estar, sem oferecer riscos à saúde e que poderão substituir o uso de algu-
mas substâncias psicoativas, tais como: cigarro, álcool etc.
A proposta é que preparem cartazes, blogs, vídeos, painel coletivo etc. como produtos
para composição da campanha.
Conforme consta no material do(a) aluno(a), neste momento, os(as) estudantes são
convidado(a)s para uma viagem, cujos caminhos são os seus pensamentos e as bagagens são os
conhecimentos prévios que possuem sobre sexualidade, desafiando-o(a)s a refletir sobre suas
atitudes enquanto adolescentes nesta importante jornada.
1. Solicite que os(as) alunos(as) anotem em seus cadernos para posterior socialização, os
seus conhecimentos a respeito do tema e as suas dúvidas. Para complementar os estu-
dos, sugerimos que você inicie a reflexão com questionamentos sobre o significado das
palavras Sexo e Sexualidade e compare as expressões.
Após as anotações, os(as) alunos(as) que se sentirem à vontade para compartilhar, poderão
socializar suas anotações.
Observação: Antes de solicitar que façam a atividade em grupo, garanta que todo(a)s
compreendam as diferenças entre os termos Sexo e Sexualidade.
2. Para realizar a questão 2 da pág. 51, sugerimos que oriente o(a)s estudantes para forma-
rem sete grupos na sala de aula e cada um analise uma frase, com olhar crítico sobre a
fala, julgando se consideram pertinente ou não e justificando a posição. Em seguida,
organize a turma para participarem de uma roda de conversa para debate coletivo sobre
as impressões e dúvidas apresentadas por cada grupo.
Você poderá oferecer outro formato que preferir para discutir as frases, se julgar necessário.
“ Sexo é divertido. Não tenho muito para explicar sobre isso. É bom e pronto.” J. 15 anos
“ Quando escuto vamos transar não acho legal, para mim é fazer amor”. C. 17 anos
“ Para engravidar é só encostar o pênis na vagina”. R. 13
“Estou confusa. Sou menina e acho que estou apaixonada pela minha amiga”. V. 15 anos
“Fiquei sabendo que minha vizinha fez um aborto e pegou uma infecção”. P. 16 anos
“Ouvi falar sobre algumas coisas que não entendo muito bem. Por exemplo, identidade de
gênero e nome social acho isso bem confuso.” D. 14 anos
“Não sei para quê menstruar. Fico irritada só de pensar”. R. 13 anos
envolver numa relação sexual; que, para engravidar é preciso que o espermatozoide encontre o
óvulo; que a homossexualidade não é doença, mas uma forma de amor como a heterossexuali-
dade; que abortamento é o ato de abortar e aborto é o feto e também que é um caso de saúde
pública; que é importante entender o que é identidade de gênero; e que a menstruação é um
fenômeno natural e deve ser encarado dessa forma.
Ou seja, os estudos sobre os temas serão aprofundados por meio da realização de uma
pesquisa para responder às questões do material do(a) aluno(a), de modo a estimular o desen-
volvimento de aprendizagens significativas.
Após este momento, você poderá aproveitar a formação dos grupos para que os(as) estu-
dantes façam uma pesquisa em sala de aula utilizando como fontes: livros didáticos, sites confi-
áveis, ou outras, que julgar pertinentes, para responder às questões que seguem da página 51
até a 53 no Caderno do Aluno.
b) Ao fazer um abortamento é possível pegar uma infecção. Por que isso ocorre? O que sig-
nifica abortar?
d) Uma garota relatou que acredita estar apaixonada por uma amiga. Podemos afirmar que
esta garota é homossexual? Há algum problema em se apaixonar por alguém do mesmo
sexo?
Após os(as) estudantes realizarem as pesquisas, peça que se reúnam com seus grupos e
que sigam os passos descritos no Caderno do Aluno questão 2, pág. 53), comparando as respos-
tas, suas semelhanças e diferenças, bem como as fontes pesquisadas. Passe nos grupos e verifi-
que se as habilidades de comparação, bem como de analise das respostas para perceber possí-
veis equívocos cometidos.
Professor(a), recomendamos que prepare esquemas sobre menstruação, esclarecendo os
aspectos biológicos envolvidos, desde a ação do SNC, até o rompimento da parede do endo-
métrio. Prepare também, materiais sobre os demais temas, de modo a complementar e tirar as
dúvidas do(a)s estudantes.
Importante: Reforçamos a importância de dialogar sobre identidade de gênero, que é
um aspecto muito importante da sexualidade, que pode ser abordado conjuntamente com o(a)s
professore(a)s de Sociologia e/ou Filosofia.
Para contribuir com as discussões sobre identidade de gênero, apresentamos os textos
abaixo, elaborados para a disciplina de Ciências, do 8º ano e publicado no Caderno do Aluno.
Você poderá repassar os textos para o(a)s estudantes e/ou utilizar para subsidiar as discussões.
270 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Recomendamos que finalize os trabalhos solicitando aos(às) estudantes que façam uma
síntese sobre o tema estudado (conforme indicado na questão 3, pág. 53). Essa produção pode-
rá servir como instrumento de avaliação, pois, a partir do conteúdo dos textos produzidos, será
possível identificar aprendizagens e dificuldades e, dessa forma, planejar a continuidade dos
trabalhos e as retomadas necessárias.
Antes de iniciar as atividades previstas no material do(a) estudantes, sugerimos que propi-
cie um momento de reflexão sobre Infecções Sexualmente Transmissíveis - IST e como preve-
ni-las, com o objetivo de envolver o(a)s estudantes com o tema e levantar os conhecimentos
prévios que possuem a respeito.
Na sequência, leia com a turma o texto ao final da página 53, diferenciando o termo DST
(Doenças Sexualmente Transmissíveis, de IST. É muito importante que seja dada uma atenção
especial a essa modificação na nomenclatura, que não foi por acaso. Ela alerta sobre os possí-
veis riscos invisíveis que estamos suscetíveis durante uma relação sexual. Uma sugestão meto-
dológica para esse momento seria continuar a “roda de conversa” com reflexão e entendimento
do por que ter ocorrido a mudança de DST para IST.
A atividade da página 54 no Caderno do Aluno visa mobilizar e sistematizar os conhecimen-
tos dos(as) estudantes. Antes de solicitar que realizem a atividades, peça que registrem no caderno
pessoal a resposta à questão “O que você conhece sobre camisinha masculina e feminina?”.
Após os registros, oriente-o(a)s a analisar o infográfico, de modo a comparar as informa-
ções obtidas com o conhecimento prévio que tinham sobre o assunto. Ainda analisando o qua-
dro, o(a) estudante deverá comparar as informações contidas nele citando as diferenças e seme-
lhanças identificadas entre camisinha feminina e masculina, conforme solicitado na questão logo
abaixo do infográfico, na pág 54.
PRESERVATIVOS MASCULINOS E FEMININOS PROTEGEM DO HIV/AIDS, HEPATITES
VIRAIS E OUTRAS IST
Rasgue cuidadosamente Desenrole até a base do Depois da relação, retire a Use a camisinha uma só
a embalagem com a mão pênis, segurando a ponta camisinha do pênis ainda vez. Depois de usada, dê
e retire a camisinha para retirar o ar duro, com cuidado para um nó e jogue no lixo
não vazar
O gel lubrificante deve ser utilizado juntamente com o preservativo, evitando que este seja danificado,
reduzindo a chance de rompimento durante a relação sexual.
Retire o preservativo da Com o dedo indicador, A argola externa deve ficar para Após a relação, torça a
embalagem e segure a certifique-se de que a fora da vagina. No momento argola externa e retire
argola interna com o argola interna esteja bem da penetração, segure a argola o preservativo com
polegar e o dedo indicador. no fundo da vagina. externa com uma das mãos. cuidado. Jogue no lixo.
Continuando a atividade, os(as) estudantes deverão realizar uma pesquisa para conhece-
rem outros métodos de prevenção às ISTs e/ou à gravidez. A pesquisa pode ser realizada em li-
vros didáticos de Biologia e Ciências adotado pela escola, em sites confiáveis, por meio da SAI
ou dos Smartphones dos(as) estudantes. Esse é um ótimo momento para articular tecnologia e
aprendizagem.
Após a pesquisa os(as) estudantes deverão preencher uma tabela (página 55 no Caderno
do Aluno), na qual informarão o nome do método, tipo de prevenção (IST e/ou gravidez) e grau
de eficiência, conforme modelo.
Em seguida, a proposta é que os(as) aluno(a)s façam uma reflexão sobre o melhor método
a ser adotado durante uma relação sexual. Essa conclusão deverá ter como base os conheci-
mentos adquiridos por intermédio das discussões e reflexões realizadas a partir do questionário
composto por 5 questões (páginas 55 e 56 no Caderno do Aluno).
Para que respondam ao questionário é importante que você, professor(a), oriente a turma
a ter um olhar atento e crítico à tabela e a mobilizar os conhecimentos construídos sobre o tema
até o momento.
Importante:
Com as questões devidamente respondidas, recomendamos que realize uma roda de diálogo para
socialização e discussão sobre os temas abordados, bem como esclarecimentos e correções, se ne-
cessário. Entendemos que é fundamental que compreendam que, para prevenção de IST é necessá-
rio o uso de um preservativo (masculino ou feminino) e nunca os dois ao mesmo tempo. Além disso,
ter clareza que os métodos hormonais, ou mesmo de barreira, como o diafragma e o DIU tem eficiên-
cia apenas como contraceptivos, não protegendo de ISTs.
Sugerimos, também, que aborde as questões fisiológicas envolvidas, tais como fecundação e a ação
de cada método.
274 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
TEXTO 1 – Relatos inspirados em depoimentos de uma pesquisa, feitos por jovens, meninas entre
14 e 19 anos, que engravidaram. O objetivo da pesquisa foi identificar e analisar as consequências
de uma gravidez em adolescentes, considerando-se as diferenças socioeconômicas entre elas.
“Minha mãe é muito religiosa, não deixou eu abortar. Meu pai não aceitou. Até hoje me conde-
na... 19 anos”;
“Meus pais surtaram! Fizeram muitas cobranças durante a gravidez, já que pagavam colégio e
cursos caros... Mas eu decidi ter a minha filha assim mesmo. Com o nascimento dela, meus pais
mudaram de atitude... 15 anos”;
“Quando engravidei contei primeiro para minha amiga, só depois de casada contei para meu
namorado. Meus pais não souberam. Senti que traí a confiança deles... 17 anos”;
“Meu namorado não aceitou a gravidez, não quis nem saber. Meus pais foram atrás dele, foi
um reboliço na minha vida. Mas depois que o nenem nasceu ele assumiu a paternidade...
15 anos”;
“Minha mãe aceitou bem a gravidez, meu pai me culpa até hoje. Vejo isso no olhar dele...
16 anos”;
“Minha mãe me desprezou: ‘fazer o quê?’... tive que me virar, trabalho para sustentar a criança
e me cuido para que não aconteça de novo... 18 anos”;
“Meus pais falaram para me virar, fui acolhida pela minha sogra e no final todos aceitaram bem
a gravidez e o bebê... 14 anos”.
TEXTO 2 – A seguir um relato parcial da entrevista concedida ao Dr. Drauzio Varella pela Dra.
Adriana Lippi Waissman, médica obstetra do Hospital das Clínicas da Universidade de São Pau-
lo, especializada em gravidez na adolescência.
Em seu portal, o Dr. Drauzio diz que atualmente enfrentamos uma epidemia de gravidezes em ado-
lescentes e que em 1990, uma em cada dez mulheres grávidas tinham entre 12 e 19 anos, ou seja,
10% das gestantes eram adolescentes. Dez anos depois, no ano de 2000, o índice subiu para 18%.
Segundo a Organização das Nações Unidas no Brasil, atualmente no mundo inteiro, 18 milhões de
adolescentes ficam grávidas a cada ano, sendo que, 16 milhões têm entre 15 e 19 anos. Todos esses
dados preocupam muito, uma vez que a gravidez na adolescência é considerada de alto risco, tor-
nando ainda mais importante os cuidados com os exames pré–natais para se evitar complicações
durante a gestação e o parto.
A entrevistada responde sobre como é a reação dos garotos que engravidam essas adolescentes, já
que hoje não existe mais a mesma cobrança que havia no passado em fazer com que ele casasse
com a menina, caso ele a deixasse grávida. Notou que essa responsabilidade de casamento deixou
de existir na grande maioria dos casos, mesmo porque a sociedade assumiu uma postura mais libe-
ral em relação ao fato e percebeu que os meninos muitas vezes gostam da gravidez de suas compa-
nheiras, porque isso representa uma maneira de firmar a própria masculinidade. Disse ainda que eles
também estão atravessando uma fase de transição, de busca da identidade e, de uma forma ou
outra, a gravidez da companheira é prova de que são realmente homens.
https://drauziovarella.uol.com.br/entrevistas–2/gravidez–na–adolescencia–2/ Acesso em 19/03/2019
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5604:america–latina–e–caribe–tem–a–
segunda–taxa–mais–alta–de–gravidez–na–adolescencia–no–mundo&Itemid=820 Acesso em 19/03/2019
Visto a importância dos dois textos, se possível professor(a), realize as leituras em um mes-
mo dia, evitando fragmentar essa atividade em vários dias.
Logo após a leitura dos dois textos, divida os(as) estudantes em grupos de 4 membros,
dando preferência para formar grupos mesclados entre meninas e meninos, afinal, eles também
engravidam (ou deveriam se sentir assim). Com os grupos formados, oriente-os a responderem
às questões encontradas logo abaixo do texto 2 (página 57 no Caderno do Aluno).
Dê um tempo para que os grupos cheguem às suas respostas. Em seguida oriente o(a)s
estudantes a registrarem, no Caderno do Aluno – pág. 58, suas conclusões e entendimentos,
276 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
além da resposta à questão: “Além da gravidez indesejada/não planejada, quais outras con-
sequências podem ocorrer em função de um relacionamento sexual sem essas proteções?
Recomende, também que leiam o quadro “Importante” ainda na pág. 58, antes de participarem
do momento coletivo para socializarem suas conclusões.
Professor(a) sua mediação nessas etapas é muito importante. Atente para que todos(as)
reflitam e percebam a importância da participação do pai durante o todo o processo (gravidez e
criação do filho), trazendo sempre que possível o termo “grávido”.
Saiba mais:
Link do artigo “Consequências da gravidez na adolescência para as meninas considerando-se as diferen-
ças socioeconômicas entre elas”: http://www.scielo.br/pdf/cadsc/v22n1/1414-462X-cadsc-22-01-00016.pdf
Acesso em: 21/03/2019
Gravidez na Adolescência
https://www.unicef.org/brazil/t%C3%B3picos/gravidez-na-adolesc%C3%AAncia
Gravidez na Adolescência no Brasil
http://www.unfpa.org.br/Arquivos/Gravidez%20Adolescente%20no%20Brasil.pdf
Pai adolescente:
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/psicologia/o-pai-adolescente/58380
• Qual o ano que houve maior e menor número de pessoas infectadas, dentro da faixa etária
que ele(a) pertence;
• Tanto na tabela 1 como na tabela 2, existe uma progressão sistemática nos totais de casos
a cada ano até 2017, com queda significativa em 2018. Quais argumentos eles(as) podem uti-
lizar para justificar este fato;
Tabela 1– Casos de HIV notificados no Sinan por faixa Etária no sexo masculino por ano do
diagnóstico. Brasil 2007–2018. Adaptado do Boletim Epidemiológico HIV/AIDS 2018.
Faixa Etária 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
<5 anos 17 22 23 19 20 26 32 40 27 39 36 13
5 a 9 anos 4 7 10 12 10 11 12 12 8 9 10 3
10 a 14 anos 8 7 15 16 15 14 12 30 25 29 29 11
15 a 19 anos 105 176 183 245 343 469 665 1137 1529 1584 1724 653
20 a 24 anos 561 714 826 1034 1350 1656 2439 4010 5594 5950 6670 2682
25 a 29 anos 795 919 1067 1301 1626 1837 2609 4312 5461 5820 6368 2564
30 a 34 anos 790 805 904 1148 1406 1589 2273 3422 4238 4482 4758 1907
35 a 39 anos 723 677 744 838 1049 1075 1609 2537 3062 3422 3522 1481
40 a 44 anos 513 538 592 687 843 897 1171 1740 2152 2265 2468 1035
45 a 49 anos 351 370 419 503 583 664 914 1306 1639 1810 1824 763
50 a 54 anos 190 219 215 286 377 412 527 916 1101 1238 1353 580
55 a 59 anos 93 112 128 170 187 204 329 503 654 794 794 327
60 a mais 95 109 110 150 184 199 333 541 716 825 857 393
TOTAL 4294 4727 5302 6487 8090 9156 13080 20709 26439 28484 30659 12505
Tabela 2– Casos de HIV notificados no Sinan por faixa Etária no sexo feminino por ano do
diagnóstico. Brasil 2007–2018. Adaptado do Boletim Epidemiológico HIV/AIDS 2018.
Faixa Etária 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
<5 anos 18 20 21 31 29 25 35 42 48 58 54 12
5 a 9 anos 8 12 11 12 12 12 7 16 12 6 16 1
10 a 14 anos 21 16 23 24 30 24 42 45 57 54 46 25
15 a 19 anos 227 231 238 288 300 354 477 671 769 775 765 304
20 a 24 anos 427 494 509 526 598 699 927 1285 1517 1443 1459 583
25 a 29 anos 553 588 604 687 715 792 1084 1461 1688 1642 1718 641
30 a 34 anos 520 517 545 592 623 799 995 1518 1726 1742 1653 683
35 a 39 anos 375 466 439 485 522 585 896 1257 1518 1563 1669 658
40 a 44 anos 320 317 331 366 383 499 678 981 1212 1323 1376 536
45 a 49 anos 194 230 239 272 316 403 538 806 972 996 1062 422
50 a 54 anos 144 148 174 212 215 255 377 599 756 832 778 358
55 a 59 anos 76 85 99 123 155 163 259 385 464 522 503 250
60 a mais 73 75 89 108 136 151 217 358 445 516 553 234
TOTAL 2995 3253 3357 3774 4080 4815 6627 9541 11304 11576 11753 4737
São elas:
1 Analise a tabela 1 e compare o ano de 2007 com 2018. Quais diferenças podemos apon-
tar a partir dessa leitura?
Espera-se que o(a)aluno(a) cite que os números de 2018 apresentam os menores índices
desde 2007 e compare os valores das faixas etárias.
2 Analise a tabela 2 e compare o ano de 2007 com 2018. Apresente as diferenças sinaliza-
das em cada um dos anos nas diversas faixas etárias.
Neste caso, uma das características observadas e que pode ser discutida é a inversão dos
valores nas faixas etárias do público adulto (a partir dos 35 anos), que foi mais numeroso em 2018.
3 Compare a tabela 1 com a tabela 2 e apresente quais são as diferenças em relação à in-
cidência de HIV entre homens e mulheres, nas faixas etárias apresentadas. É possível tra-
duzir estes dados comparativos em palavras? Redija um pequeno texto explicativo.
Produção textual que aborde as diferenças na incidência de HIV entre homens e mulheres,
considerando os dados das tabelas.
4 Quais fatores contribuíram para a representação das taxas de detecção do HIV, nas diver-
sas faixas etárias apresentadas nas tabelas?
Para responder a essa questão, oriente-o(a)s a realizarem uma pesquisa.
5 Uma pessoa contraiu o vírus HIV. Isso significa que ela tem AIDS? Diferencie ser portador(a)
de HIV e ter AIDS.
Para responder a essa questão, oriente-o(a)s a realizarem uma pesquisa. Nesse caso, é im-
portante que compreendam que a pessoa pode ter o vírus, mas não desenvolver a doença.
6 Como o vírus do HIV atua no organismo de uma pessoa que tem AIDS? Registre sua res-
posta por meio de um esquema (imagem e texto).
Para responder a essa questão, oriente-o(a)s a realizarem uma pesquisa. Objetiva-se, nesse
caso, que demonstrem a ação do HIV no sistema imunológico, indicando quais células são ata-
cadas e quais as consequências.
Procedimentos
Antes de tudo, reforce aos(às) alunos(as), o fato de que esta atividade só terá o resultado
esperado se for feita com seriedade, disciplina, espírito de cooperação e respeito aos comandos
dados pelo(a) professor(a).
Peça para imaginar que estão em uma festa bem animada e com muitas pessoas. Algumas
delas já são do seu convívio e outras que gostariam de conhecer e se aproximar, de forma mais
íntima. Se relacionar com ela(s) e trocar fluidos é decisão de cada um, baseada nos sentimentos
pessoais, os quais poderão ser construídos ao incorporarem a personagem.
Prepare um ambiente propício para que o(a)s jovens possam ficar em pé, circular e conver-
sar entre si, simulando uma grande festa. Você pode até colocar uma música e alterar a ilumina-
ção do local, para dar um clima festivo.
Separe uma mesa no canto do local onde ficará um copo (preferencialmente de plástico
descartável de 200 ml) para cada aluno, contendo 100 ml de água. Em apenas um destes copos
você irá colocar o preparado especial (instrução a seguir) no lugar da água e deixá-lo junto dos
demais, sem que ninguém perceba.
Ao começar a “festa”, cada jovem pega um dos copos com fluido, disponíveis sobre a
mesa e vai se apresentando aos demais, com muito papo e conversas animadas.
*ATENÇÃO: É importante que todos sejam alertados para que não coloquem o líquido na
boca, pois o produto químico que têm em mãos não pode ser ingerido.
Comece a festa com uma contagem regressiva e, a partir do início, estipule um tempo (não
mais que cinco minutos). Quando for dado o comando de início, o(a) aluno(a), agora persona-
gem, poderá se aproximar da pessoa desejada e perguntar se ela gostaria de se relacionar (tro-
car fluidos). Caso positivo, ele(a) coloca um pouco do seu líquido no copo do(a) escolhido(a) e
vice-versa. Caso negativo deverá respeitar o desejo da pessoa e continuar na festa. A troca
desse líquido representará uma situação de relação entre duas pessoas. Portanto, ela precisará
pensar bem se realmente pretende compartilhar ou trocar fluidos com um(a) ou mais colegas.
O procedimento de comando pode ser repetido, caso você julgue necessário, sempre ten-
do a preocupação com o tempo, para que possa realizar a finalização da atividade dentro da-
quela aula.
Ao término da festa, peça para que todos se reúnam com os copos em mãos e anuncie, de
forma sensacionalista, o fato desconhecido por eles:
– Antes de começar a festa, um de vocês estava contaminado!! E agora iremos saber
se mais alguém sofreu contaminação!!
Diga que você possui um “Exame Teste” e que, por meio dele, irá descobrir quem está
contaminado.
Cada um(a) deverá aguardar o momento da testagem, cujo resultado representará se foi
afetado ou não. Caso o reagente dê positivo, ou seja, se houver mudanças de cor dos fluídos,
indicará que está CONTAMINADO.
Com a ajuda de um conta-gotas, pingue de duas a três gotas do líquido teste no copo de
cada aluno(a) e observe o resultado. Aqueles que permanecerem incolores são os que não tiveram
contato com o agente contaminante. Se ficarem rosa, lilás ou roxo é porque houve contaminação.
A partir dos resultados, organize uma roda de conversa para dialogar sobre as questões
propostas nas páginas 63 e 64 no Caderno do Aluno e solicite para que registrem as conclu-
sões no caderno pessoal.
282 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
1 Quantas pessoas estavam contaminadas ao final da festa? Quanto este número representa
percentualmente à turma?
2 Por que você acha que seu resultado foi positivo ou negativo?
3 É possível afirmar quantas pessoas estavam “infectadas”, antes de começar, e quem era(m)
esta(s) pessoa(s)?
4 Como pode ser a expansão dessa contaminação, ou seja, numericamente como ela pode
se propagar?
O indicador para o fluido contaminado é uma solução de Fenolftaleína que deve ser pre-
parada da seguinte forma:
Em um copo com 50 ml de álcool etílico hidratado (preferencialmente 92º), dissolva apro-
ximadamente 5 gramas (uma colher de café) de Fenolftaleína em pó e reserve em um frasco com
conta gotas. Este indicador serve tanto para a versão do Hidróxido de Sódio, como para o Hi-
dróxido de Magnésio.
BIOLOGIA – ENSINO MÉDIO 283
Caso a escola também não possua a Fenolftaleína, ela pode ser encontrada em lojas de
materiais cirúrgicos ou hospitalares, e também é de baixo custo, podendo ser adquirida da mes-
ma forma que os Hidróxidos de Sódio e Magnésio.
Para finalizar os trabalhos do terceiro bimestre, conforme consta na página 64 no Caderno
do Aluno, propomos a realização de uma Campanha “Sexualidade se vivencia com respeito,
prevenção e solidariedade”.
Para tanto, sugerimos que leia o enunciado do material do(a) aluno(a) coletivamente e
combine a divisão de temas e qual será a mídia produzida por cada grupo para compor a cam-
panha. Recomendamos que deixe o(a)s estudantes negociarem entre si, de modo que tenham,
ao final, contemplado todos os temas e as seguintes mídias, como, por exemplo:
Grupo 01: gravidez na adolescência e métodos contraceptivos (elaboração de um cartaz e/ou painel
para ser exposto na escola;
Grupo 02: ISTs e HIV/AIDS – esclarecimentos e prevenção (elaboração de um vídeo para ser apresen-
tado à comunidade escolar e disponibilizado no site/blog etc. da escola);
Grupo 03: Orientação Sexual e Identidade de Gênero (elaboração de uma reportagem de jornal
impresso ou digital).
Dica: é possível que cada tema seja desenvolvido por dois grupos, com elaboração de
diferentes mídias.
Organize também de forma compactuada com o(a)s estudantes, um evento para início da campa-
nha. Nesse caso, é importante negociar com a equipe gestora e outro(a)s professore(a)s para garan-
tir que os trabalhos sejam apresentados e disponibilizados à comunidade escolar. Seria interessante
convidar um(a) especialista para realizar uma palestra, seguida de roda de diálogo, sobre os temas
abordados como forma de marcar o início dessa importante campanha.
REFERÊNCIA
BIOLOGIA
2a Série – Ensino Médio
Currículo do Estado de São Paulo em articulação com a BNCC – 3º Bimestre
Tema/Conteúdo Habilidades do Currículo do Competências Gerais da
Estado de São Paulo – 2º ano Base Nacional Curricular Comum
Biologia: 3º bimestre (BNCC) correspondentes
DNA – A receita da vida e • Reconhecer o DNA como um polí- 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos
seu código mero formado por unidades bási- historicamente construídos sobre o mun-
O DNA em ação – estrutura e cas (os nucleotídeos) repetidas ao do físico, social, cultural e digital para en-
atuação longo da molécula tender e explicar a realidade, continuar
• R
econhecer o significado da repe- aprendendo e colaborar para a constru-
• Estrutura química do DNA
tição de unidades para o papel de- ção de uma sociedade justa, democrática
• Modelo de duplicação do
sempenhado pela molécula do e inclusiva.
DNA e história de sua desco-
DNA 2. Exercitar a curiosidade intelectual e re-
berta
• Elaborar esquemas explicativos do correr à abordagem própria das ciências,
• RNA – a tradução da mensa- incluindo a investigação, a reflexão, a
processo de duplicação do DNA
gem análise crítica, a imaginação e a criativida-
• Reconhecer o emparelhamento es-
• Código genético e fabricação de para investigar causas, elaborar e tes-
pecífico entre as bases nitrogena-
de proteínas tar hipóteses, formular e resolver proble-
das que compõem o DNA
mas e criar soluções (inclusive tecnoló-
• Relacionar a duplicação do DNA gicas) com base nos conhecimentos nas
com a complementaridade das ba- diferentes áreas.
ses que o compõem
4. Utilizar diferentes linguagens – verbal
• Relacionar a duplicação do DNA (oral ou visual motora, como Libras, e es-
ao processo de divisão celular crita), corporal, visual, sonora e digital –
• Identificar o papel da enzima DNA bem como conhecimentos das lingua-
polimerase na duplicação do DNA gens artística, matemática e científica,
• Interpretar gráficos e figuras relati- para se expressar e partilhar informações,
vos à duplicação do DNA experiências, ideias e sentimentos em di-
ferentes contextos e produzir sentidos
• Reconhecer as semelhanças e dife-
que levem ao entendimento mútuo.
renças entre o DNA e o RNA
5. Compreender, utilizar e criar tecnolo-
• Relacionar os diferentes tipos de
gias digitais de informação e comunica-
RNA ao processo de síntese de
ção de forma crítica, significativa, reflexi-
proteínas
va e ética nas diversas práticas sociais
• Descrever o processo de síntese (incluindo as escolares) para se comuni-
de proteínas por meio de texto ou car, acessar e disseminar informações,
esquemas explicativos produzir conhecimentos, resolver proble-
• Reconhecer a existência de um có- mas e exercer protagonismo e autoria na
digo genético universal, por meio vida pessoal e coletiva.
do qual a sequência de bases do 7. Argumentar, com base em fatos, dados e
DNA é traduzida em uma sequên- informações confiáveis, para formular, ne-
cia de aminoácidos na proteína gociar e defender ideias, pontos de vista e
• Correlacionar os conceitos mende- decisões comuns que respeitem e pro-
lianos aos conhecimentos sobre a movam os direitos humanos, a consciên-
estrutura e função do DNA cia socioambiental e o consumo respon-
286 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Prezado(a) Professor(a)!
Conforme consta nos Guias de transição de Biologia - 1° e 2° bimestres, a tabela foi cons-
truída com o propósito de explicitar as aprendizagens esperadas para o 3º bimestre, no que se
refere aos conteúdos e habilidades a serem desenvolvidos em Biologia, articulados às compe-
tências gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que entendemos estarem mais dire-
tamente vinculadas ao que está sendo trabalhado e que, dessa forma, indicam elementos a se-
rem incorporados durante o desenvolvimento das aprendizagens previstas.
Sendo assim, temos a primeira coluna apresentando a temática e os conteúdos específicos
da Biologia e a segunda coluna com as habilidades a serem desenvolvidas a partir desses temas,
conforme previsto no Currículo do Estado de São Paulo e, na terceira coluna, inserimos as com-
petências gerais da BNCC 1, 2, 4, 5, 7, 8, 9 e 10.
Articular o Currículo do Estado de São Paulo com as Competências Gerais da Base Nacio-
nal Comum Curricular - BNCC tem por finalidade, além de contribuir com a transição para o
Novo Ensino Médio, o desenvolvimento integral do(a) estudante levando-se em consideração
os fatores sociais, físicos, emocionais e culturais.
Isto significa somar aos conhecimentos (saberes), as habilidades (capacidade de aplicar
esses saberes na vida cotidiana), as atitudes (força interna necessária para utilização desses co-
nhecimentos e habilidades) e os valores (aptidão para utilizar esses conhecimentos e habilida-
des com base em valores universais, como direitos humanos, ética, justiça social e consciência
ambiental).
BIOLOGIA – ENSINO MÉDIO 287
Esclarecendo as competências
Competência 1 - Conhecimento: Essa competência visa valorizar e utilizar os conhecimentos sobre
o mundo físico, social, cultural e digital possibilitando ao(à) aluno(a) exercitar a curiosidade intelec-
tual e utilizar as ciências com criticidade e criatividade para entender e explicar a realidade.
Competências 2 – Pensamento científico, crítico e criativo: O(a) aluno(a) será capaz de exercitar a
curiosidade intelectual e utilizar as ciências com criticidade e criatividade para investigar causas,
elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas, criar soluções inovadoras e modificar
ideias em função de variações do contexto.
Competência 4 – Comunicação: Essa competência estimula a utilização de diferentes linguagens
(multiletramento) para que o(a) aluno(a) seja capaz de se expressar e partilhar informações, experi-
ências, ideias, sentimentos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo e que se comu-
nique por meio de plataformas multimídia analógicas e digitais mais complexas, utilizando áudio,
textos, imagens, gráficos e linguagens artísticas e científicas, matemáticas, cartográficas, corporais e
multimodais de forma mais complexa.
Competência 5 – Cultura digital: por meio de uma formação voltada para o uso qualificado e ético
das diversas ferramentas digitais, a competência 5 visa desenvolver a capacidade de compreender,
utilizar e criar tecnologias digitais de forma crítica, significativa e ética para comunicar-se, acessar e
produzir informações e conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria, levan-
do-se em consideração os impactos da tecnologia na vida das pessoas e da sociedade.
Competência 7 – Argumentação: Desenvolve a capacidade de argumentar com base em fatos,
dados e informações confiáveis por meio da formulação, negociação e defesa de ideias, pontos de
vista e decisões comuns, com base em direitos humanos, consciência socioambiental, consumo res-
ponsável e ética.
Competência 9 - Empatia e cooperação: Essa competência permite aos(às) estudantes exercitarem
a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, principalmente nas atividades em
grupo. Além de ampliar esses valores, visa o fazer-se respeitar e promover o respeito ao outro e aos
direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade, sem preconceitos de qualquer
natureza.
Competência 10 - Responsabilidade e cidadania: Busca a formação de um(a) aluno(a) solidário,
capaz de dialogar e de colaborar com todo(a)s, respeitando a diversidade social, econômica, política
e cultural e também ser um agente transformador da sociedade, tornando-a mais democrática, justa,
solidária e sustentável.
A proposta deste guia, como ocorreu em relação aos 1º e 2° bimestres, é oferecer estraté-
gias pedagógicas para a disciplina de Biologia, com uma abordagem contextualizada em sua
aplicação prática e visando o desenvolvimento de um ensino investigativo. Além de buscar a
inserção de elementos que permitam o desenvolvimento das competências, de forma articulada
ao currículo.
Destaca-se a importância da valorização do contexto do(a) estudante para que seja dado
sentido ao que se aprende, e incentivar o “protagonismo em sua aprendizagem e na construção
de seu projeto de vida”.
288 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Primeiro momento - compreende ações pedagógicas que visam o envolvimento dos(as) estudantes
com a temática e aprendizagens que se pretende alcançar, bem como prevê atividades de sensibili-
zação, sempre com o intuito de propiciar processos pedagógicos contextualizados e que permitam
o desenvolvimento integral de nossos(as) educando(as). As atividades são apresentadas na íntegra.
Indicações de avaliação também são apresentadas nesse momento, inclusive a autoavaliação.
Segundo momento – compreende um conjunto de atividades que objetivam o desenvolvimento de
habilidades e a compreensão de conteúdos, articulados ao desenvolvimento das competências ge-
rais (desenvolvimento integral), trazendo diferentes estratégias e possibilidades. Essas atividades
também podem ser apresentadas em etapas, considerando sensibilização, investigação, sistemati-
zação etc. dependendo da estratégia adotada. Contudo, prevê-se que todas sejam contextualiza-
das, permitam a investigação e/ou remetam a questionamentos e reflexões, resultando em aprendi-
zagens significativas. São apresentados diferentes instrumentos avaliativos e a proposta de
autoavaliação.
Terceiro momento - visa a sistematização da aprendizagem, também por meio do desenvolvimento
de atividades, que permitam perceber quais aprendizagens esperadas os(as) estudantes se apro-
priaram, bem como se são capazes de estabelecer relações entre os conhecimentos adquiridos e
utilizá-los para compreensão e interferência na realidade, seja para resolução de problemas, seja
para adoção de atitudes pessoais e coletivas, entre outros. Nesse momento é fundamental que se
insira uma atividade de autoavaliação sistematizada, onde o (a)s estudantes e o(a) professor(a) pos-
sam ter clareza das metas atingidas.
Observação: As dificuldades devem ser identificadas, coletivamente, para traçar estratégias de re-
cuperação.
O ensino de Biologia, no 1° bimestre, abordou o tema “Identidade dos Seres Vivos – or-
ganização celular e funções vitais básicas” (Pág. 76 do Currículo do Estado de São Paulo – Ci-
ências da Natureza e suas tecnologias)1 , visando a compreensão sobre a organização celular
como característica fundamental de todas as formas vivas. Esse conhecimento permitiu aos(as)
estudantes estabelecer relações entre o conhecimento sobre as células e sobre mitose, com a
formação de cânceres, além de abordar medidas de prevenção e uso de tecnologias para o seu
tratamento.
No 2° bimestre, procurou-se abordar, buscando aprendizagens significativas, os conceitos,
habilidades e competências relacionadas à “Transmissão da vida e mecanismos de variabili-
dade genética – Variabilidade genética e hereditariedade” (Pág. 85 do Currículo do Estado
de São Paulo – Ciências da Natureza e suas tecnologias).
1 SÃO PAULO. Currículo do Estado de São Paulo: Ciências da Natureza e suas tecnologias. Secretaria de Educa-
ção. São Paulo: SEE, 2010.
BIOLOGIA – ENSINO MÉDIO 289
RETOMANDO OS TRABALHOS
Combinados
Registrar todas as incorporações possíveis, que deverão fazer parte do planejamento e apresentá-
-las à turma. Nesse momento, converse com o(a)s estudantes de modo que saibam e se sintam
corresponsáveis pelo próprio processo de aprendizagem.
Desse modo, o(a)s estudantes poderão se apropriar dos conceitos e habilidades que irão desenvolver
ao longo do bimestre; quais são as aprendizagens almejadas e como será o processo de avaliação.
É importante incorporar as proposições/dúvidas etc. ao planejamento das aulas, tornando assim o
ensino mais próximo do contexto social da turma/série e, consequentemente, oportunizar uma
aprendizagem significativa.
Durante a roda de diálogo é fundamental que, você, professor(a) abra espaço para que os(as) estu-
dantes possam propor assuntos relacionados e/ou curiosidades sobre os temas que gostariam de
esclarecimentos. Isso deve ser feito de modo a promover, também, a corresponsabilidade pelo pro-
cesso de aprendizagem. Aqui será possível ouvir e acatar temas relacionados, que sejam do interes-
se dos(as) estudantes ou mesmo negociar algumas alterações, desde que comprometidas com a
aprendizagem a que o (as) educandos têm direito.
Registre todas as contribuições e questionamentos e justifique sempre quando não for possível in-
corporar uma proposta. Dessa forma, os(as) estudantes sentem-se respeitados(as), o que contribui
também para melhoria da relação professor(a) - aluno(a).
BIOLOGIA 47
BIOLOGIA
DNA – RECEITA DA VIDA E SEU CÓDIGO
DNA – onde pode ser encontrado?
Leia com atenção o texto a seguir, reflita e responda às questões de 1 a 3 apresentadas abaixo:
O Ácido desoxirribonucleico (DNA), molécula responsável pela transmissão das características hereditá-
rias, parece estar em toda parte. A estrutura do DNA – “dupla hélice” se tornou um símbolo do Projeto
Genoma, um trabalho conjunto realizado por cientistas de diversos países visando desvendar o código
genético dos organismos (animais, vegetais, fungos, bactérias e vírus), através do seu mapeamento.
Contudo, a imagem do DNA tem sido associada não apenas aos temas científicos pertinentes, tais como
clonagem, identificação de genes envolvidos em doenças, testes de paternidade, alimentos transgêni-
cos etc. mas também aparece em vinhetas da TV, ilustrações de jornal e propagandas publicitárias como
símbolo de autenticidade e eficácia.
2 Você entende que o DNA está presente em produtos que utilizamos no dia a dia? Quais?
Dê exemplos.
3 Você acredita que a presença do “DNA de uma empresa ou produto” seria uma garantia
de qualidade? Há fundamento científico nessa ideia? Comente.
Sugerimos que faça uma leitura, com os(as) estudantes, do texto inicial da atividade e dia-
logue a respeito. A seguir, reproduzimos o texto:
O DNA, molécula responsável pela transmissão das características hereditárias, parece estar em
toda parte. A estrutura do DNA – “dupla hélice” se tornou um símbolo do Projeto Genoma (um
trabalho conjunto realizado por diversos países visando desvendar o código genético de um orga-
nismo, podendo ser animal, vegetal, fungos, bactérias ou de um vírus) por meio do seu mapeamen-
to. Contudo, a imagem do DNA tem sido associada não apenas aos temas científicos, tais como
clonagem, identificação de genes envolvidos em doenças, testes de paternidade, alimentos trans-
gênicos, mas também aparece em vinhetas da TV, na capa de livros e revistas, ilustrações de jornal e
propagandas publicitárias como símbolo de autenticidade e eficácia.
Procedimentos:
nas etc., com o intuito de localizar produtos, slogans, catálogos, folder, cartazes, entre outros
materiais, que contenham imagens da molécula de DNA e/ou associem o “DNA” à empresa ou
produto. Cada dupla ou grupo terá o desafio de localizar pelo menos três produtos ou materiais
BIOLOGIApublicitários
– ENSINO que MÉDIO
utilizem o DNA, conforme descrito no item “procedimentos”. 293
Procedimentos:
1. Organizem-se, marcando horário, dia e qual(is) locais irão visitar para realizar a pesquisa.
2. Realização da coleta de informações: no estabelecimento, ao localizar o produto ou ma-
terial (conforme indicado), é importante fotografar e/ou copiar o texto, que contenha a
representação do DNA ou faça menção a esse termo. Levar o caderno ou um bloco de
anotações e canetas.
3. Ordenar os dados coletados, se possível, com a imagem correspondente, conforme mo-
delo apresentado a seguir:
1. inserir imagem e/ou informar Descrever como o produto Indicar se há uso científico
qual é o produto, conforme “utiliza” o termo e/ou a do DNA – fato; ou não –
o caso) imagem do DNA manipulação.
Diferenciar
Roda de diálogo: compreendendo melhor a“fato”
questão e “manipulação”
Ainda em duplas ou grupos, analisem, discutam e registrem as conclusões do grupo, a partir das infor-
mações obtidas, para serem apresentadas ao coletivo durante a roda de debate organizada pelo(a)
A professor(a).
seguir, quadro para auxiliar no debate sobre a importância da fundamentação científica.
Dica de leitura:
BIZZO, Nélio. Ciências: fácil ou difícil? 2ª ed. Ed. Ática, 2002.
Que obstáculos o professor da educação básica enfrenta para garantir a participação interessada e
a aprendizagem dos alunos? São muitas as perguntas formuladas pelos pesquisadores que atuam na
área, face ao baixo desempenho dos alunos no Brasil e em muitos outros países. Este é o desafio
que motiva o professor Nélio Bizzo a analisar o contexto escolar e a discutir caminhos para o aper-
feiçoamento do ensino de ciências.
Disponível em: https://mega.nz/#!fYEiTILA!N2hPGToshEzEy9O5huqDDydkiRvQog1Hld_Pkgc4qak .
Acesso em: 26 jun. 2019
Fato: O fato é algo que é de conhecimento de todos. Sendo um fato, ele pode ser provado por
meio de documentos, ou de outras formas de registros, inclusive científicos.
Opinião:
A opinião é a maneira particular de olhar um fato. A opinião vai divergir de acordo com inúmeros
fatores socioculturais.
Quando é importante saber a diferença:
Várias são as oportunidades de usar a diferença com propriedade, mas duas delas são principais.
• Quando nos engajamos em um debate de algum tema polêmico;
• Quando somos testados e devemos escrever um texto dissertativo.
Dicas:
Manipulação do comportamento do usuário foi tema de redação do ENEM em 2018:
Comentários disponíveis em https://blogdeciberseguranca.com.br/post/manipulacao-do-comporta-
mento-do-usuario-redacao-enem-2018 Acesso em: 13 jun. 2019.
BIOLOGIA –3.ENSINO
(idem) MÉDIO (idem) (idem) 295
Combine com a turma a data de entrega da atividade. Nesta mesma data, dando continui-
dade às atividades propostas,
OBSERVAÇÃO: organize
é importante cada roda
queuma membrodedodiálogo, de modo
grupo registre, em seuacaderno,
contemplar
as a compe-
informações obtidas e organizadas, conforme a tabela acima.
tência 9 da BNCC.
CONSOLIDANDO CONCEITOS
Para sistematizar as ideias discutidas até agora, oriente os(as) alunos(as) a consultarem o
link https://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi0401200129.htm, em que terão acesso a uma
notícia de jornal que aborda o uso da palavra “DNA” como denominação de um teste de gaso-
lina adulterada e explica o porquê desta escolha.
296 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
BIOLOGIA 49
Consolidando conceitos
Individualmente, ou com o apoio de colegas, acesse o link extraído da Folha de São Paulo,
indicado a seguir: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi0401200129.htm . (Acesso em
15/03/2019)
A partir desta notícia, e com base no que aprendeu sobre a molécula de DNA por meio da
pesquisa e os esclarecimentos feitos durante o debate, responda:
3 Empresas trazem em suas propagandas a marca de seu DNA. Isso é possível? Qual ou
quais os possíveis significados desta palavra nestas propagandas? Elabore um texto argu-
mentativo para esclarecer essa questão.
BIOLOGIA – ENSINO MÉDIO 297
Avaliação
Entendemos que todas as etapas devem ser avaliadas: a pesquisa, o trabalho da equipe, os conhe-
cimentos adquiridos, a apresentação dos dados/informações e os textos produzidos. Outros pontos
poderão ser avaliados, mas cabe ressaltar que a avaliação deve estar relacionada ao objetivo.
Portanto, professor(a), antes do desenvolvimento da atividade, apresente aos(às) estudantes o obje-
tivo esperado e ao final, avalie identificando se ele foi alcançado.
Ressaltamos que a solicitação de autoavaliação contribui com o processo de aprendizagem e reforça
a corresponsabilidade dos(as) estudantes sobre o próprio processo de aprendizagem e que a avalia-
ção deve detectar dificuldades e avanços, e não ser usada para classificação ou punição.
Essas atividades visam, portanto, esclarecer as diferenças e preparar o(a)s estudantes para utilizarem
os conhecimentos adquiridos para a tomada de decisões mais conscientes em seu dia a dia, sem se
deixar enganar por propagandas publicitárias.
Estrutura do DNA
A A B B
Ilustração
A molécula
Figura 1 – Modelos da deesquemática
DNA - A de uma molécula
Ilustração de DNA.
esquemática de uma molécula de DNA.
B Esquema do emparelhamento
B Esquema dosdo
nucleotídeos do DNA.
emparelhamento dos nucleotídeos do DNA.
Ilustração
A molécula
Figura 1 – Modelos da deesquemática
DNA - A de uma molécula
Ilustração de DNA.
esquemática de uma molécula de DNA.
O objetivo dessa atividade é verificar se o(a)dosestudante consegue perceber que existe um
B Esquema do emparelhamento
B Esquema do nucleotídeos do DNA.
emparelhamento dos nucleotídeos do DNA.
padrão noAsemparelhamento das basesdanitrogenadas,
imagens acima são representações molécula de DNA.representadas
O primeiro esquemapor “letras”.
apresenta uma visão
didática,
É muito já o segundo
importante quemodelo
você,corresponde à representação
professor(a), proposta
não revele pelos químicos Francis
imediatamente esseCrick e
padrão. Caso
James Watson, em 1953.
eles(as) não percebam, conduza a leitura das imagens com questionamentos que levem a turma
a perceberAsoimagens
padrão acima
nosão representações da molécula
emparelhamento de DNA.
das bases O primeiro esquema apresenta uma visão
nitrogenadas.
didática, já o segundo modelo corresponde à representação proposta pelos químicos Francis Crick e
Em seguida,
Observe peça aos(as) estudantes
atentamente que Ao
as duas imagens. registrem suas
analisá-las, vocêobservações no quadro
percebe semelhanças logo abai-
e dife-
James Watson, em 1953.
xo das imagens,
renças? Oconforme
que você podesegue:
dizer sobre a “aparência” de cada uma delas? Descreva no quadro
abaixo suas observações.
Observe atentamente as duas imagens. Ao analisá-las, você percebe semelhanças e dife-
renças? O que você pode dizer sobre a “aparência” de cada uma delas? Descreva no quadro
Observações
abaixo suas observações.
Imagem A Observações
Imagem A
Imagem B
Imagem B
BIOLOGIA 51
Pesquise, em seu livro didático de Biologia ou em sites específicos da área, os nomes dos
componentes de um nucleotídeo e preencha a tabela:
Nucleotídeo
Pareando
Antes as bases
de iniciar nitrogenadas
o trabalho com a atividade, é muito importante que você, professor(a),
consulte em qual dos volumes dos livros didáticos de Biologia da sua escola o assunto será en-
contrado. Volte
Essaà indexação pode variar
figura 1 A – Representação da em livros
estrutura do didáticos desediferentes
DNA e observe existe algumeditoras.
padrão quanto às
Atendendo a competência
ligações entre 1 da BNCC, faz-se necessário abordar, mesmo que de forma
as duas fitas de DNA.
oral, a história dos estudos que levaram Francis Crick e James Watson a elaborarem em 1953 um
modelo da molécula de DNA.
Tomando como base as suas observações da Fig.1 e os conhecimentos sobre DNA, resolva
as questões 1 e 2.
Dica de leitura:
Verifique
1 no acervo oda
Complete escola abaixo:
esquema o livro:
Watson, James D. DNA – O segredo da vida, de. Companhia das Letras. 2005.
As escolas receberam
A esse
C livro
C em G 2018, por
A meio
T do programa
T C SalaGde Leitura.
A T
Descrição
Desde que a estrutura da molécula do DNA foi identificada, há pouco mais de cinquenta anos, a
biologia moderna passou por grandes transformações. O cientista James Fita D. Watson,
Fita ao lado de
complementar
complementar
James Crick, foi um dos responsáveis pela descoberta da dupla hélice, e viveu essa revolução na
condição
2 de protagonista.
Considerando Em “DNA:
o exemplo O Segredo
acima, complete da Vida”, ele
o esquema comresume os principais
as sequências acontecimen-
de bases nitro-
tos que marcaram
genadas,a que
Biologia, desde
permitam os experimentos
o pareamento pioneiros
com a fita de Mendel
complementar e da busca pela eugenia,
apresentada:
até as pesquisas mais recentes sobre o funcionamento da molécula de DNA e a intervenção genéti-
ca. E mostra como a interferência no genoma de outros organismos abre as portas, não só para a
biotecnologia e para o advento dos transgênicos, mas também para a terapia gênica e a medicina
do futuro. Em linguagem
T A simples
A e com
G dezenas
C de fotos
G T e esquemas
T C ilustrativos,
T Watson apresen-
A
ta os principais personagens dessa história, aponta as perspectivas que podemos esperar do estudo
do DNA e discute suas implicações éticas. Fita complementar
Volte à figura 1 A – Representação da estrutura do DNA e observe se existe algum padrão quanto às
ligações entre as duas fitas de DNA.
Tomando como base as suas observações da Fig.1 e os conhecimentos sobre DNA, resolva
as questões 1 e 2.
A C C G A T T C G A T
Fita complementar
Fita complementar
T A A G C G T T C T A
Fita complementar
Após2
verificação de que todo(a)s compreenderam a composição da molécula de DNA e
Considerando o exemplo acima, complete o esquema com as sequências de bases nitro-
seu pareamento,
genadas, que de
é hora ampliar
permitam os conhecimentos
o pareamento da turma. A apresentada:
com a fita complementar proposta é inserir no proces-
so a molécula de RNA, traçando um paralelo com o DNA, de modo que possam identificar suas
diferenças e semelhanças e a interação entre elas.
Inicialmente é pedido aos(às) estudantes que façam uma pesquisa em livros didáticos de
Biologia ou sites específicos
T A da área
A G sobre
C as características
G T T básicas
C doT DNAA e do RNA – fun-
ções, localização, estrutura, bases nitrogenadas que as compõem, tipo de açúcar etc.
Fita complementar
Os dados levantados deverão ser utilizados para preencher a tabela no início da página 52
no Caderno do Aluno. Oriente os(as) estudantes a realizarem a pesquisa atentando para que o
Caderno do aluno esteja fechado. Isso evitará que leiam o texto “DNA ou RNA?” na página 52,
uma vez que a proposta é estimular a investigação.
Após a pesquisa, solicite que preencham o quadro da pg. 52, conforme segue:
52 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
DNA: RNA:
DNA ou RNA?
É muito comum acontecerem alguns equívocos quando procuramos diferenciar uma molécula de DNA
de uma molécula de RNA. Não é raro nos depararmos com definições do tipo “DNA é formado por
302 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
DNA ou RNA?
É muito comum acontecerem alguns equívocos quando procuramos diferenciar uma molécula de DNA
de uma molécula de RNA. Não é raro nos depararmos com definições do tipo “DNA é formado por
uma fita dupla e RNA é formado por uma fita simples”. Essa colocação está incorreta. Embora seja mais
comum encontrarmos na natureza seres vivos com DNA de fita dupla e RNA em fita simples, existem
também arranjos moleculares de DNA em fita simples e em até fita tripla. Essas variações são encon-
tradas em diversos grupos de vírus e bactérias.
Mas afinal, como diferenciar DNA de RNA?
Tanto o DNA – Ácido desoxirribonucleico, como o RNA – Ácido ribonucleico, são cadeias moleculares
formadas por nucleotídeos (um açúcar simples do tipo pentose, fosfato e quatro tipos de bases nitro-
genadas). A diferença entre elas está na composição do grupo de bases nitrogenadas de cada uma. No
DNA as bases nitrogenadas são: Adenina, Guanina, Citosina e Timina. Já no RNA a Timina é substitu-
ída pela Uracila, ficando sua composição da seguinte forma: Adenina, Guanina, Citosina e Uracila.
Por isso é muito importante manter a atenção na hora de ler ou transcrever uma molécula de Ácido
Nucleico.
Elaborado por Evandro R. V. Silvério
Agora que você já sabe diferenciar DNA de RNA, transcreva uma molécula de RNA a partir
de uma fita de DNA, conforme esquema da página seguinte:
Após todo esse percurso, espera-se que os (as) estudantes já dominem os pareamentos
entre as bases nitrogenadas e consigam diferenciar uma molécula de DNA de uma molécula de
RNA. A atividade que se encontra no início da página 53 no Caderno do Aluno, pede que o(a)
estudante preencha a fita de RNA.
BIOLOGIA – ENSINO MÉDIO 303
BIOLOGIA 53
A C T G A T T C G A T
Molécula de RNA
ft 1 ft 2
Você sabe o que é um Mapa Conceitual?
1. Desenhe as duas fitas;
O Mapa Conceitual é um esquema onde utilizamos as palavras-chave de um determinado assunto e,
2. Faças
por meio de setas e palavras de ligação, as marcações
traçamos nossa “linhaemde cada fita conforme
raciocínio” as informações
sobre o entendimento e/
36 Aou explicação referente ao
36 T assunto fornecidas
abordado. É pelo
bastanteexercício
utilizado (marcados
para em
contribuir compreto,
a ao lado);
sistematização
e/ou organização dos conteúdos, ideias, conceitos. quais são as bases nitrogenadas
3. Sabendo-se
complementares, complete a fita complementar
12T 12A (marcações em vermelho, ao lado);
Utilize o quadro abaixo para elaborar um Mapa Conceitual sobre o assunto em estudo –
4. Realize as contagens separadas das 4 bases nitrogenadas;
Estrutura do DNA. Se tiver dúvidas, solicite mais orientações do(a) professor(a).
73 C 73 G 5. Some quantas bases nitrogenadas existem em uma das
fitas – isso dará a quantidade de pares de bases
nitrogenadas, ou, some todas as bases de ambas as fitas e
48 G 48 C
divida o resultado por 2.
Para a sistematização dos conhecimentos, após a realização dos estudos, sugerimos, con-
forme consta no material do(a) estudante, que ofereça um desafio: construção de um mapa
conceitual para verificação dos conhecimentos construídos até o momento.
A próxima atividade, ainda na página 53, exige dos(as) alunos(as) que mobilizem todos os
seus conhecimentos para criar uma Mapa Conceitual sobre o tema “Estrutura do DNA”. Caso
seja possível, apresente para a turma alguns modelos de Mapas Conceituais. Dê um tempo ra-
zoável para a execução dessa atividade e, se julgar pertinente, permita que façam em duplas ou
Molécula de RNA
Utilize o quadro abaixo para elaborar um Mapa Conceitual sobre o assunto em estudo –
Estrutura do DNA. Se tiver dúvidas, solicite mais orientações do(a) professor(a).
Mapas conceituais
Segundo Moreira (2005, p. 01), “Mapas conceituais são diagramas de significados, de relações sig-
nificativas; de hierarquias conceituais, se for o caso. Isso também os diferencia das redes semânticas
que não necessariamente se organizam por níveis hierárquicos e não obrigatoriamente incluem ape-
nas conceitos.
Mapas conceituais também não devem ser confundidos com mapas mentais que são livres, associa-
cionistas, não se ocupam de relações entre conceitos, incluem coisas que não são conceitos e não
estão organizados hierarquicamente”.
Portanto, segundo o autor, o mapa conceitual deve evidenciar quais são os conceitos mais importan-
tes no contexto e quais os secundários.
Exemplos de construção de mapa conceitual disponíveis no link:
http://www.if.ufrgs.br/~moreira/mapasport.pdf Acesso em: 20 jun. 2019
BIOLOGIA – ENSINO MÉDIO 305
Ressaltamos que não existe um modelo pronto e ideal de mapa conceitual para cada termo.
Cada estudante poderá construir o seu mapa conceitual e estabelecer as relações de acordo com
sua compreensão. Por isso, ao avaliar, reflita sobre alguns pontos, por exemplo:
• Os conceitos mais importantes estão em destaque?
• É possível interpretar sem que o estudante precise explicar?
• Há relação entre os conceitos apontados?
• Conseguiram apresentar termos estudados em diferentes momentos do bimestre?
Entre outras questões que considerar importantes para este momento de avaliação.
Acreditamos que o(a)s aluno(a)s já tenham estudado divisão celular ou mitose anteriormen-
te. No momento, garantindo que tenham compreendido os mecanismos de paridade entre as
bases nitrogenadas, a proposta é associar esses conhecimentos, tratando dos tipos de divisões
e multiplicações celulares. Para isso iremos retomar como cenário de contextualização o tema
Câncer, trabalhado no 1º bimestre.
A finalidade é relacionar a duplicação do DNA ao processo de divisão celular.
A primeira atividade proposta na página 54 no Caderno do Aluno tem como objetivo
fazer um levantamento de conhecimentos do(a)s estudantes quanto às definições de mitose e
meiose. Lembre-se, essa é uma etapa de levantamento de conhecimentos prévios sobre os te-
mas em estudo.
Mitose e Meiose
No primeiro bimestre vocês devem ter estudado, de forma básica, como acontecem as
divisões celulares, aprendendo sobre mitose e relacionando-a com o Câncer, uma doença pro-
vocada por divisão celular descontrolada. Neste momento, a proposta é aprofundar um pouco
no assunto e entender melhor como acontecem essas divisões celulares em nível molecular.
Tomando como base os(as) seus conhecimentos, descreva, nos espaços abaixo, o que você
entende por:
Mitose:
Meiose:
divisões celulares, aprendendo sobre mitose e relacionando-a com o Câncer, uma doença pro-
vocada por divisão celular descontrolada. Neste momento, a proposta é aprofundar um pouco
no assunto e entender melhor como acontecem essas divisões celulares em nível molecular.
306 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Tomando como base os(as) seus conhecimentos, descreva, nos espaços abaixo, o que você
entende por:
Mitose:
54 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
Mitose e Meiose
No primeiro bimestre vocês devem ter estudado, de forma básica, como acontecem as
Meiose:
divisões celulares, aprendendo sobre mitose e relacionando-a com o Câncer, uma doença pro-
vocada por divisão celular descontrolada. Neste momento, a proposta é aprofundar um pouco
no assunto e entender melhor como acontecem essas divisões celulares em nível molecular.
Tomando como base os(as) seus conhecimentos, descreva, nos espaços abaixo, o que você
Em por:
entende seguida socialize com os seus colegas as suas respostas, e, a partir das considerações
do(a) professor(a), faça as correções, caso sejam necessárias.
Mitose:
Replicação celular
Dando continuidade, na página 55 no Caderno do Aluno os(as) estudantes terão contato
com um esquemaQuando Figura 2. oProcesso
– abordamos tema divisão decelular
divisão celular procarionte.
nos deparamos com dois tipos básicos e distin-
tos – divisão celular eucariótica e divisão celular procariótica. As células eucarióticas dividem-se
Nesse momento, sugere-se que você, professor(a), explore o esquema com sua turma.
por mitose ou meiose, conforme estudado. Já em células procarióticas não encontramos esses
Explore processos
as características dosacontece
e a reprodução seres procariontes,
por gemiparidade fazendo
ou fissão esclarecimentos
binária. sempre que ne-
cessário. A seguir, apresentamos um esquema sobre o processo de replicação celular por meio da
fissão binária.
A duplicação do DNA
inicia na origem de O DNA duplica à
replicação no centro medida que a
da célula - Ori célula cresce
Os DNAs filhos se
separam, guiados pela
região que inclui Ori.
As células começam
a se dividir
A citocinese está
completa:duas novas
células são formadas
proceda da mesma forma, explicando as fases do processo. Poderá ser utilizado, nesse momen-
to, o livro didático de Biologia adotado pela sua escola ou algumas animações sobre o tema,
conforme indicação.
M
G2 G1
S
Aumento da
massa celular
na fase G2
DNA replica-se
na fase S
Observe atentamente o gráfico apresentado a seguir e faça as associações entre ele e o esque-
ma anterior (Figura 3).
Dica de animação:
Uma boa sugestão de animação está disponível no link
portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/recursos/10614/fases_mitose.swf
(Último acesso em: 07 jun. 2019)
Ao acessar o link, será realizado um download automático do arquivo. O arquivo fases_mitose.swf
deverá ser aberto pelo navegador Internet Explore®.
Não é necessário estar conectado à internet.
Caso o arquivo peça autorização para funcionar, autorize.
Para responder aos questionamentos 1 e 2, os(as) estudantes deverão ter o livro didático
de Biologia em mãos ou pesquisar em seus Smartphones.
BIOLOGIA 57
2C
Pr Me An
C
G1 S G2 Te G1
MITOSE
fase M
O gráfico mostra a variação da quantidade de DNA, durante o processo de divisão celular. O eixo das
abscissas mostra as fases da divisão, já o eixo das ordenadas mostra a quantidade de DNA. A linha
vermelha representa a variação da quantidade de DNA durante as fases. Note que a fase M está divi-
dida em outros quatro eventos – Pr, Me, An e Te.
Considere o esquema “Ciclo Celular Eucarionte” (figura 3), o gráfico 1 e, se necessário, faça uma
consulta ao seu livro didático ou sites específicos da área, e responda às questões a seguir:
Estabeleça um paralelo entre as informações do gráfico (página 57) com as ilustrações das
células na
1
página anterior (Página 56 - Figura 3 – Ciclo celular eucarionte).
O que aconteceu com a célula após a fase M? Como você chegou a essa resposta?
DO DNA À PROTEÍNA
A página 58 no Caderno do Aluno dá início a um novo tema – Do DNA à Proteína, a
habilidade prevista é descrever o processo de síntese de proteínas por meio de textos ou esque-
mas explicativos.
2 Indique o que ocorre com as células eucarióticas em cada uma das subfases da mitose.
Sugerimos que inicie a etapa fazendo a leitura do texto “O código da vida”. Em seguida
siga as orientações presentes no Caderno do Aluno indicadas logo abaixo do texto.
Atente para a necessidade do uso do dicionário nessa atividade.
310 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
58 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
Do DNA à Proteína
O código da vida
Transcrição é como se chama o processo de produção de RNA a partir da molécula de DNA.
Tudo tem início ainda no núcleo celular, onde o DNA sofre a ação de uma enzima, a RNA-polimerase,
que vai “desenrolar” e separar as fitas de DNA em pontos específicos, denominados “sítio de inicia-
ção”. Conforme a RNA-polimerase passa pela fita de DNA uma espécie de “leitura” é feita codificando
suas bases nitrogenadas, sintetizando assim uma molécula de ácido ribonucleico, o RNA Mensageiro
(RNAm). Essa leitura termina no ponto em que a RNA-polimerase encontra o sítio de terminação (pon-
to específico que inibe a ação da enzima) da fita molde de DNA. O processo pode acontecer em diver-
sos pontos do DNA, onde serão sintetizados diversos RNAm.
Terminada essa fase, as moléculas de RNAm saem do núcleo celular em direção ao citoplasma, unindo-
-se aos ribossomos (organelas responsáveis pela síntese de proteínas).
Os ribossomos, por sua vez, iniciam a tradução dos RNAm com o auxílio de outras moléculas e os RNAs
Transportadores (RNAt) que carregam os aminoácidos que compõem a proteína sintetizada. A cada
combinação de três bases nitrogenadas (códons) é especificado um aminoácido. A união desses ami-
noácidos formará as diferentes proteínas.
É no DNA que encontramos as informações para a síntese proteica – o código genético.
Elaborado por Evandro R. V. Silvério
BIOLOGIA 59
Leia novamente o texto O código da vida e grife as palavras que você desconhece. Em segui-
Decodificando
da anote-as aabaixo
vida e,acom
Decodificando vidao auxílio de um dicionário ou glossário de Biologia, escreva seus
significados.
Na páginaCom 59 no Caderno
o código do Aluno
genético decifrado iniciaremos
no final o uso
da década de 1960, foi do quadro
criada deque
uma tabela codificação
auxilia genética
na sua decodificação. Seu uso é muito simples, basta seguir as sequencias de códons do RNAm.
– Decodificando a vida, conforme segue.
Segunda Base
U C A G
UUU Phe UCU Ser UAU Tyr UGU Cys U
UUC Phe UCC Ser UAC Tyr UGC Cys C
U UUA Leu UCA Ser UAA FIM UGA FIM A
UUG Leu UCG Ser UAG FIM UGG Try G
CUU Leu CCU Pro CAU His CGU Arg U
Primeira Base
Terceira Base
FICA A DICA!
Primeira dica – a decodificação deverá sempre começar pela sequência AUG.
Segunda dica – selecione grupos de três bases (códon).
Terceira dica – as codificações UAA, UAG e UGA, finalizam o processo de tradução.
Para um melhor entendimento dos(as) estudantes, sugere-se que você, professor(a), realize
algumas codificações hipotéticas, pedindo para que todos(as) acompanhem em seus materiais
de estudo - Caderno do aluno, livro didático de Biologia adotado pela escola e/ou outros mate-
riais disponíveis.
Saliente que, para chegar a um aminoácido específico, é preciso que se trabalhe com os
trios (trincas) de bases nitrogenadas, também chamadas de códons.
A partir do RNA sequenciado por um DNA, você irá decodificar os aminoácidos (tradução).
Essa etapa não se inicia e nem termina em um ponto qualquer do RNA Mensageiro (RNAm). O
início acontece no códon AUG (códon de iniciação) que está destacado por um retângulo verde
na tabela presente no Caderno do Aluno. Esse códon irá codificar o aminoácido Metionina
(Met). Após encontrar essa trinca, segue-se identificando as demais trincas até encontrar um dos
pontos de terminação – UAA, UAG ou UGA.
Para trabalhar com essa tabela é bastante simples. Estipulado o códon, você professor(a),
deverá identificar a primeira letra na coluna da esquerda. Uma vez identificada a coluna, você
chegará a linha que vai trabalhar.
O próximo passo será identificar a segunda letra que estará disponível na linha superior da
tabela. Ela mostrará qual é a coluna de trabalho.
Por último, você irá identificar a terceira letra na coluna a direita, cruzando a linha e a colu-
na identificadas pelas primeira e segunda bases nitrogenadas.
Observação: Professor(a), solicite aos(às) estudantes que realizem uma pesquisa em livros didáticos
ou sites específicos da área, sobre os nomes dos aminoácidos, uma vez que a tabela presente no
Caderno do aluno – São Paulo faz escola, traz as siglas dos mesmos.
Importante: Lembre-se de enfatizar que o processo de tradução inicia-se pelo códon AUG.
Segunda Base
U C A G
UUU Phe UCU Ser UAU Tyr
T UGU Cys U
UUC Phe UCC Ser UAC T
Tyr UGC Cys C
U UUA Leu UCA Ser UAA FIM UGA FIM A
UUG Leu UCG Ser UAG FIM UGG Try
T G
CUU Leu CCU Pro CAU His CGU Arg U
Primeira Base
Terceira Base
1 Base
a CAG C
CUC
CUA
Leu
Leu
CCC
CCA
Pro
Pro
CAC
CAA
His
Gln
CGC
CGA
Arg
Arg
C
A
CUG Leu CCG Pro CAG Gln CGG Arg G
AUU Iso ACU Thr AAU Asn AGU Ser U
AUC Iso ACC Thr AAC Asn AGC Ser C
A AUA Iso ACA Thr AAA Lys
L AGA Arg A
AUG Met ACG Thr AAG Lys
L AGG Arg G
GUU Val
V GCU Ala GAU Asp GGU Gly U
GUC V
Val GCC Ala GAC Asp GGC Gly C
G GUA V
Val GCA Ala GAA Glu GGA Gly A
GUG V
Val GCG Ala GAG Glu GGG Gly G
Segunda Base
2 Base
a CAG U C A G
AUA Iso ACA Thr AAA Lys
L AGA Arg A
se
P
AUG Met ACG Thr AAG Lys
L AGG Arg G
GUU Val
V GCU Ala GAU Asp GGU Gly U
GUC V
Val GCC Ala GAC Asp GGC Gly C
312 G
SÃO GUG
PAULOVal
GUA V
V
Val
FAZGCG
ESCOLA
GCA Ala
Ala
– CADERNO
GAA
GAG
Glu
Glu
GGA
GGG
DOGly
PROFESSOR
Gly G
A
Segunda Base
2 Base a CAG U C A G
UUU Phe UCU Ser UAU Tyr
T UGU Cys U
UUC Phe UCC Ser UAC Tyr
T UGC Cys C
U
BIOLOGIA
UUA
UUG
Leu
Leu
UCA
UCG
Ser
Ser
UAA
UAG
FIM
FIM
UGA
UGG 59 FIM
Try
T
A
G
CUU Leu CCU Pro CAU His CGU Arg U
Primeira Base
Terceira Base
CUC Leu CCC Pro CAC His CGC Arg C
C
Decodificando a vida CUA
CUG
Leu
Leu
CCA
CCG
Pro
Pro
CAA
CAG
Gln
Gln
CGA
CGG
Arg
Arg
A
G
AUU Iso ACU Thr AAU Asn AGU Ser U
Com o código genético decifrado no final da décadaAUC
de 1960,
Iso
foi criada
ACC Thr
uma
AAC
tabela
Asn
que
AGC
auxilia
Ser C
A AUAseguir
na sua decodificação. Seu uso é muito simples, basta Iso as ACA
sequencias
Thr de códons
AAA Lys
L do RNAm.
AGA Arg A
AUG Met ACG Thr AAG Lys
L AGG Arg G
GUU Val
V GCU Ala GAU Asp GGU Gly U
Segunda
G Base
GUC
GUA
Val
V
V
Val
GCC
GCA
Ala
Ala
GAC
GAA
Asp
Glu
GGC
GGA
Gly
Gly
C
A
GUG Val
V GCG Ala GAG Glu GGG Gly G
U C A G
UUU Phe UCU Ser UAU Tyr UGU Cys U
UUC Phe UCC Ser UAC Tyr UGC Cys C
U Segunda Base
UUA Leu UCA Ser UAA FIM UGA FIM A
U C
UUG LeuA UCG G Ser UAG FIM UGG Try G
UUU Phe UCU Ser UAU Tyr
T UGU Cys U
UUC Phe UCC CUU
Ser Leu
UAC T CCU
Tyr UGC Pro
Cys C CAU His CGU Arg U
U
Primeira Base
Terceira Base
UUA Leu UCA CUC
Ser UAA
Leu FIM CCC
UGA FIM
Pro A CAC His CGC Arg C
UUG Leu CUCG CUA
Ser UAG
Leu
FIM UGG
CCA
Try
T
Pro
G
CAA Gln CGA Arg A
CUU Leu CCU Pro CAU His CGU Arg U
Primeira Base
Terceira Base
RNA-Polimerase
TA
C TC C
G A G T T G
A C T
RNA-Polimerase
• Construção de um modelo em alto-relevo que permita compreender como ocorrem os processos
de replicação, transcrição e tradução,T utilizando-se de massa de modelar e/ou massa de biscuit.
AC T
Disponível no link https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/46878/R%20-%20E%20-%20
C C G A
G T T G A C T
MICHELE%20DE%20SIQUEIRA%20ANSELMO.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 22 jun. 2019
• Código genético: o código dos vinte.
https://docs.wixstatic.com/ugd/b703be_d349cf795477496d81ac2fa885eb1c09.pdf. Acesso em: 13
jun. 2019 -
• Twister Proteico:
Quais serão osuma ferramenta
aminoácidos lúdica envolvendo
sintetizados a síntese
a partir do trecho de proteínas.
de DNA mostrado na imagem?
http://oaji.net/articles/2015/1715-1438693002.pdf. Acesso em: 10 jun. 2019
• “Sintetizando Proteínas”, o jogo: proposta e avaliação de uma ferramenta educacional.
http://bioquimica.org.br/revista/ojs/index.php/REB/article/view/328/267. Acesso em: 10 jun. 2019 -
• Do DNA à proteína (transcrição, tradução, regulação gênica):
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4337638/mod_folder/content/0/2.%20Do%20DNA%20
%C3%A0%20prote%C3%ADna.pdf?forcedownload=1. Acesso em: 10 jun. 2019 -
ATIVIDADE 1
Transcrição e Tradução do DNA
Simulação
Dividam-se em grupo e sigam as orientações do(a) professor(a) para a realização de uma atividade
prática, simulando os processos de Transcrição e Tradução do DNA.
ATIVIDADE 2
Efeitos dasEm
mutações
seu cadernono DNA
pessoal ou em uma folha sulfite, elabore um Infográfico sobre o tema
Transcrição e Tradução do RNA.
Após a elaboração e correção dos infográficos, explique aos(às) estudantes o que são e
como podem
Você ocorrer
sabe o queasé mutações genéticas.
um Infográfico?
LogoÉapós, divida a sala em grupos (de acordo
uma linguagem além da verbal, muito utilizada commeios
em diversos seudecritério) e oriente
comunicação. o(a)s
Consiste alunos para
em um
que elaborem seminários
esquema sobre
onde utilizamos uma das pequenos
palavras-chave, mutações apresentadas
textos nodeterminado
e imagens de um quadro daassunto
página 61, de
modo quetornando mais fácil as
contemplem a compreensão do leitor.dessas mutações.
consequências
O critério de escolha dos temas e grupos deve ser discutido em sala de aula, entre
professor(a)/estudantes, chegando a um acordo em comum, de modo a abordar todas as situa-
ções citadas.
Do DNA à característica
No bimestre anterior, estudamos as concepções Pré-Mendelianas e Teoria Cromossômica
da Herança. Nesse momento, vamos aprofundar o conhecimento quanto às características ma-
nifestadas pelo DNA nos diversos seres vivos, articulando essas temáticas com o tema – Síntese
316 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Do DNA à característica
Ainda na página 61, em “Do DNA à característica”, os(as) estudantes serão convidado(a)s
a mobilizarem seus conhecimentos para identificar, por meio de trechos de DNA, características
específicas hipotéticas em sementes de ervilha. O intuito principal, contudo, é que percebam
como são traduzidas as características presentes nos genes (DNA) até o momento que podem
ser visualizadas, ou seja, do genótipo ao fenótipo.
Para dar início a essa discussão, sugerimos que faça a leitura do texto “Do genótipo ao
fenótipo” na página 62 no Caderno do Aluno. Indicamos o uso de metodologias participati-
vas, caso opte por leitura coletiva, ou solicite que façam uma leitura prévia individual para iden-
tificar as dúvidas e, se necessário, uma leitura compartilhada na sequência para os devidos es-
clarecimentos. Enfatizamos a importância de estabelecer um método para realizar a leitura, pois
se configura como um momento de aprendizagem.
BIOLOGIA – ENSINO MÉDIO 317
62 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
Do genótipo ao fenótipo
Ao pesquisar a causa do fenótipo rugoso, pesquisadores ingleses suspeitaram de que esse fenótipo
62
fosse consequência da grande quantidade de um açúcar SÃOsimples
PAULO (amido não ramificado)
FAZ ESCOLA – CADERNO no DO
cotilédo-
ALUNO
ne, o que resultaria no acúmulo de grande quantidade de água. Quando a semente amadurece, ela
seca, ou seja, perde água. Como nessa semente há grande acúmulo de água, ela fica muito volumo-
sa e, ao secar, sua película se enruga. A semente lisa possui açúcares com muitas ramificações, não
Do genótipoágua,
acumulando ao fenótipo
e, como consequência, não tem rugosidade.
Ao pesquisar a
Esses pesquisadorescausa descobriram
do fenótipo rugoso, pesquisadores
que o alto ingleses
índice de açúcar suspeitaram
simples na sementede que essesefenótipo
rugosa deve a
fosse consequência da grande quantidade de um açúcar simples (amido não
um defeito na síntese de amido, o que ocorre em razão da ausência de uma enzima ramificadora ramificado) no cotilédo-
do
ne, o que
amido resultaria
(SBE-1, no acúmulo enzyme
starch-branching de grande quantidade
ou enzima de água.do
ramificadora Quando
amido).a Além
semente
disso, amadurece,
notaram que ela
seca, ou seja,
as células do perde água.das
cotilédone Como nessaque
ervilhas semente há grande
acumulam amidoacúmulo de água, por
não ramificado, ela fica muitoosmótica,
pressão volumo-
sa e, ao secar,
retêm mais água. sua película se enruga. A semente lisa possui açúcares com muitas ramificações, não
acumulando água, e, como consequência, não tem rugosidade.
O alelo “R”, que codifica a semente lisa, é um fragmento de DNA com 3,3 mil pares de bases. Esse
Esses pesquisadores
alelo codifica a semente descobriram
rugosa, é que o alto índice
um fragmento dede açúcar
DNA comsimples na semente
uma inserção de 800rugosa
pares se
de deve
bases,a
um defeito na síntese de amido, o que ocorre em razão da ausência de uma enzima
portanto o gene possui 4,1 mil pares de bases, e a enzima SBE-1 produzida não é funcional. Assim, ramificadora do
amido (SBE-1, starch-branching enzyme ou enzima ramificadora do amido).
não há produção de amido ramificado, o que leva ao maior acúmulo de água; quando a semente Além disso, notaram que
as células
seca, do cotilédone
torna-se rugosa. das ervilhas que acumulam amido não ramificado, por pressão osmótica,
retêm mais água. Elaborado por Rodrigo Venturoso Mendes da Silveira especialmente para o São Paulo faz escola.
O alelo “R”, que codifica a semente lisa, é um fragmento de DNA com 3,3 mil pares de bases. Esse
alelo codifica a semente rugosa, é um fragmento de DNA com uma inserção de 800 pares de bases,
portanto o gene possui 4,1 mil pares de bases, e a enzima SBE-1 produzida não é funcional. Assim,
não há produção de amido ramificado, o que leva ao maior acúmulo de água; quando a semente
Consolidando ideias
Apósseca,
a leitura
torna-se e rugosa.
diálogo a respeito dos conteúdos do texto, recomendamos que apresente
Elaborado por Rodrigo Venturoso Mendes
de da Silveira especialmente para
queo ervilhas
São Paulo faz escola.
o problema –Diante
Consolidando
de uma situação ideias, presente
hipotética, um nogrupomaterial do(a)verificou
cientistas estudante, conforme que segue.
con-
tinham no seu DNA trechos de sequências que geram proteínas com 2 aminoácidos Cisteína
(Cys ou Cis), produzem sementes rugosas. Já sequências que geram proteínas com 3 aminoáci-
dos Serina (Ser), produzem sementes lisas. Com base nas informações hipotéticas, analise o
Consolidando
trecho de fita molde ideiasde DNA dos dois exemplares abaixo, apontando qual produzirá semente
lisa e qual produzirá semente rugosa.
Diante de uma situação hipotética, um grupo de cientistas verificou que ervilhas que con-
tinham Responda
no seu DNA em seu caderno
trechos de pessoal
sequênciasjustificando
que geram como chegoucom
proteínas a sua2resposta.
aminoácidos Cisteína
(Cys ou Cis), produzem sementes rugosas. Já sequências que geram proteínas com 3 aminoáci-
dos Serina (Ser), produzem sementes lisas. Com base nas informações hipotéticas, analise o
trecho de fita molde de DNA dos dois exemplares abaixo, apontando qual produzirá semente
Exemplar 1
lisa e qual produzirá semente T A C Trugosa.
GTGGGCCAACAAGCACGCCCATT
Responda em seu caderno pessoal justificando como chegou a sua resposta.
Exemplar 2
Exemplar 1 TAGTACAGATTGTCACCCGTAAGCACT
TACTGTGGGCCAACAAGCACGCCCATT
Exemplar 2
TAGTACAGATTGTCACCCGTAAGCACT
Para a realização dessa atividade os(as) estudantes deverão transcrever o RNAm e, com o
auxílio da tabela de código genético (página 59 do Caderno do Aluno), realizar a Tradução.
Dessa forma, poderão identificar qual sequência de DNA (exemplar 1 ou exemplar 2) refere-se a
ervilhas lisas e qual sequência refere-se a ervilhas rugosas.
318 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Sugerimos que, antes de dar continuidade aos estudos, verifique se todo(a)s compreende-
ram os conceitos trabalhados e, se necessário, proponha atividades de recuperação.
BIOLOGIA 63
* Sugerimos que os projetos devem priorizar o uso de materiais reaproveitáveis e que visem à sustentabilidade.
Fundamentando a proposta...
Delors (1998) aponta como principal consequência da sociedade do conhecimento a necessidade
de uma aprendizagem ao longo de toda vida, fundamentada em quatro pilares:
• Aprender a conhecer;
• Aprender a fazer;
• Aprender a conviver e
• Aprender a ser.
Os dois primeiros pilares remetem a questões mais específicas sobre processo de produção de co-
nhecimento, enquanto os outros encerram uma dimensão relacionada ao exercício do respeito às
pessoas e ao papel do(a) cidadã(o).
O trabalho com maquete/modelo sugere a fundamentação dos quatro pilares, sendo que os dois
primeiros – “aprender a conhecer e aprender a fazer” funcionam como elementos auxiliadores do
processo de ensino e aprendizagem, possibilitando uma conexão entre o conhecimento teórico e
prático. Enquanto os outros dois, aprender a conviver e aprender a ser, remetem à importância de
viver com o outro e ao papel do(a) cidadão(ã), portanto, suscita alguns questionamentos, tais como:
Quais materiais que serão utilizados? Como se dará o relacionamento em grupo? Como as
tarefas serão distribuídas? Como será minimizado o impacto ao meio ambiente ao desenvol-
ver este trabalho?
Entre outras questões, que poderão possibilitar uma reflexão que contribuirá para tomada de deci-
sões conscientes.
Segundo Gilbert & Osborne (1980), o uso de maquetes tem sido determinado como uma importante
ferramenta estratégica para o processo de ensino-aprendizagem. A utilização das maquetes, de acordo
com Gilbert, Bolter & Helder (2000), são essenciais para produção, difusão e aceitação do conhecimento
científico por serem modelos produzidos para fins específicos, onde as abstrações da teoria são aplica-
das. A utilização de instrumentos que facilitem e estimulem a aprendizagem, trabalhando com o concre-
to, estimulam os(as) estudantes à aprendizagem, tornando-a mais dinâmica, interessante e desafiadora.
As maquetes e os modelos podem ser produzidos durante a aula ou em casa, depende da dinâmica da
sala de aula. Os materiais para a elaboração podem ser provenientes de diversas fontes, porém é impor-
tante ressaltar a reutilização destes materiais, ou até a possibilidade de “comer a aula”, a exemplo de
balas, jujubas, entre outros, que são propostas mais interessantes do que a compra de materiais.
Modelo didático
• Reproduz esquematicamente a realidade possibilitando seu estudo;
• Deve possuir analogia estrutural e funcional com a realidade;
• É operativo e mais fácil de estudar que o fenômeno real;
• Pode modificar, transformar de forma mais econômica (material e teórica) o objeto;
• Dependendo do propósito do estudo, um mesmo fenômeno pode ser representado por vários
modelos, às vezes, contrários entre si;
• É interpretado a partir da teoria científica.
320 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Observação: A seguir serão apresentadas algumas indicações de links, os quais demonstram algu-
mas possibilidades de materiais que poderão ser utilizados para a construção das maquetes/ mode-
los de DNA, sendo que primamos pela escolha de materiais reaproveitáveis e/ou comestíveis.
Modelos de DNA
Disponível em https://pt.wikihow.com/Fazer-um-Modelo-de-DNA-Usando-Materiais-Comuns. Acesso
em: 13 jun. 2019.
Como fazer o Modelo do DNA – DIVERSA – Educação inclusiva na prática
Disponível em https://youtu.be/v3bwMVhOtSk. Acesso em: 13 jun. 2019.
Montagem de um Modelo de DNA com Caixas de Fósforo
Disponível em http://geneticapratica.blogspot.com/2009/03/montagem-de-um-modelo-de-dna.html.
Acesso em: 13 jun. 2019.
Origami de DNA
Disponível em https://mega.nz/#!TJcVjCLb!rOBSfUW49PNVMYFlcHAsOsfy1VvBGMgVcB9eNTJjRGk
Acesso em: 13 jun. 2019
Essa atividade prática, assim como as demais atividades, funciona como um instrumento
de avaliação.
Nas páginas 63 e 64 do Caderno do aluno – São Paulo faz escola propõe-se uma campanha
semelhante na* escola.
Sugerimos que os projetos devem priorizar o uso de materiais reaproveitáveis e que visem à sustentabilidade.
Professor(a), planeje com antecedência uma aula na SAI – Sala ambiente de informática. Se
não for possível pode optar para que os(as) alunos(as) pesquisem sobre o projeto Semear Ciên-
cia em casa ou até mesmo no celular.
Oriente-o(a)s a conhecerem o projeto por meio do link disponível em
http://www.ib.usp.br/biologia/projetosemear/diferentes/. Acesso em: 20 jun. 2019.
Divulgação científica
A divulgação científica tem um papel importante para que a população adquira conhecimento sobre
ciência e conheça o quanto ela está presente em seu entorno. Uma das maneiras de ampliar este
conhecimento é realizar atividades para divulgar a ciência como a proposta no Caderno do aluno –
São Paulo faz escola (pág. 64).
Na página 64, do Caderno do aluno, são disponibilizadas informações para que os(as)
alunos(as) interajam com o hotsite do projeto Semear Ciência e criem suas próprias campanhas.
Professor(a), fica a seu critério a organização dos grupos, contudo, propomos que se limi-
tem a, no máximo, cinco componentes, de modo que todo(a)s se envolvam e tenham espaço de
participação.
Solicite que, após conhecerem as informações do hotsite e detalhes da campanha Semear
Ciência, elaborem uma Campanha de Divulgação Científica a ser desenvolvida na própria es-
cola. A finalidade é esclarecer os demais membros da comunidade escolar sobre conceitos e
curiosidades relacionados ao DNA, desde o mau uso desse conceito em propagandas de pro-
dutos, até sua estrutura e funcionamento.
Para tanto, podem lançar mão de estratégias semelhantes, tais como elaboração de carta-
zes, criação de um hotsite e um QR code para que o(a)s demais alunos(as) e visitantes possam
acessar as informações e, com calma, em outro momento e/ou local interagirem com o conheci-
mento científico.
326 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
64 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO ALUNO
Sabine Righetti
Se você circular pelo metrô de São Paulo nos próximos dias pode
encontrar passageiros falando sobre genética. É que desde o último dia
23 de maio estão espalhados pela linha verde do metrô os cartazes da
campanha “Está no DNA?”, do Centro de Estudos do Genoma Humano
da USP.
1 Elabore cartazes contendo imagens de pelo menos três seres vivos de diferentes espécies,
sempre em comparação com o ser humano. Destaque a porcentagem do grau de similari-
dade do DNA entre esses seres vivos. Insira uma pergunta pertinente ao tema e/ou uma
frase que compare as espécies, ressaltando diferenças e semelhanças.
2 Escolha uma curiosidade sobre DNA, como, por exemplo: DNA da gasolina, existe?
Elabore um cartaz a respeito, esclarecendo a questão por meio de informações científicas.
Você também poderá inserir no cartaz o QR Code do site do Projeto Semear – USP, ou criar seu
próprio projeto e inserir o seu próprio QR Code. Para conhecer o projeto acesse o site
http://www.ib.usp.br/biologia/projetosemear/diferentes/index.html
BIOLOGIA – ENSINO MÉDIO 327
Campanhas de conscientização.
• O que é QR CODE?
QR code, ou código QR, é a sigla de “Quick Response” que significa resposta rápida. QR code é um
código de barras, que foi criado em 1994, e possui esse nome, pois dá a capacidade de ser interpre-
tado rapidamente pelas pessoas.
O QR code é utilizado por várias indústrias, como revistas e propagandas, e esse código é utilizado
para armazenar URLS que depois são direcionadas para um site, hotsite, vídeo etc.
O QR code também pode ser facilmente escaneado por qualquer celular moderno, onde exis-
tem aplicativos específicos que têm a capacidade de ler o link e levar o usuário em potencial
para o site de destino.
Existem diversos aplicativos disponíveis na internet específicos para a leitura do QR code, quase
todos os celulares modernos podem fazer o download. A utilização do QR code tornou-se popular
juntamente com o uso da internet em celulares e é uma boa estratégia de divulgação e campanhas.
A ideia do QR code é levar o usuário para um site, e então trazer textos com informações do produ-
to, curiosidades etc.
AVALIANDO O PROCESSO
Propomos, após a atividade desenvolvida pelos grupos, que solicite aos(às) estudantes
que realizem uma abordagem simples com o(a)s demais aluno(a)s, professore(a)s, funcionário(a)
s e pais de modo que conversem sobre os temas abordados na campanha, por meio dos mate-
riais produzidos: cartazes ou outros.
Uma outra possibilidade seria organizar uma entrevista. Nesse caso, sugerimos que divida
a amostra igualmente entre homens e mulheres. Não há necessidade de nomear as pessoas,
somente defina a idade e a profissão. Elaborem perguntas, tais como:
• Você viu os cartazes sobre o DNA afixados na escola?
• O que você sentiu (qual foi o impacto, o que achou) diante desta informação?
• Gostaria de saber mais?
328 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Solicite que anotem as expectativas que os(as) entrevistados criaram, diante do primeiro
contato com as informações genéticas.
Os resultados podem ser transcritos em gráficos e apresentados à turma como forma de
avaliação dos trabalhos.
Dica:
Como realizar uma entrevista? Acesse o link
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=18750 . Acesso em: 26 jun.2019
A recuperação deve ocorrer por indicação dos resultados da avaliação contínua e proces-
sual, em sala de aula. Deve ser realizada assim que você perceber e constatar a dificuldade do(a)
estudante, visto que nem todos(as) aprendem da mesma maneira e ao mesmo tempo. Deve ser
oferecida ao longo do processo de ensino e aprendizagem, revendo as práticas que foram ofe-
recidas, para adequá-las.
Professor(a), se não sanar logo as dificuldades que os(as) estudantes apontam, elas se so-
mam, acumulam e geram novas dificuldades, danos na aprendizagem que poderão ser irrepará-
veis. As práticas de recuperação estão atreladas, diretamente, à avaliação, pois é por meio desta
ferramenta “avaliação” que se tem a estimativa da concepção da aprendizagem do(a) estudante.
Quando diagnosticar que alguns estudantes apresentam dificuldades, orientamos que re-
tome as habilidades, utilizando novas estratégias, iniciando ou intensificando as que já foram
utilizadas. O processo de recuperação poderá ser realizado por meio de atendimento individual,
em duplas, utilização de monitores, solicitação de tarefas, agrupamentos produtivos, entre ou-
tros procedimentos pedagógicos que julgar pertinentes.
BIOLOGIA – ENSINO MÉDIO 329
BIOLOGIA
3a Série – Ensino Médio
Currículo do Estado de São Paulo em articulação com a BNCC – 3º Bimestre
Tema/Conteúdo Habilidades do Currículo do Estado de Competências Gerais da Base
São Paulo – 2º ano Biologia: 3º bimestre Nacional Comum Curricular
(BNCC) correspondentes
Hipóteses sobre a origem • Interpretar concepções religiosas e científi- 1. Valorizar e utilizar os conheci-
da vida cas para a origem da vida e dos seres vivos mentos historicamente construí-
• Vida primitiva Ideias evolucio- • Identificar e caracterizar as evidências da dos sobre o mundo físico, social,
nistas e evolução biológica evolução biológica cultural e digital para entender e
explicar a realidade, continuar
• Origem e evolução da vida – • Identificar os mecanismos geradores (mu-
aprendendo e colaborar para a
Hipóteses e teorias A origem tação e recombinação) e os fatores orien-
construção de uma sociedade jus-
da vida tadores (seleção natural) da grande varia-
ta, democrática e inclusiva.
• As ideias evolucionistas de Da- bilidade dos seres vivos
2. Exercitar a curiosidade intelec-
rwin e de Lamarck • Identificar o papel dos isolamentos geo-
tual e recorrer à abordagem pró-
• Mecanismos da evolução das gráfico e reprodutivo na formação de no-
pria das ciências, incluindo a in-
espécies – mutação, recombi- vas espécies
vestigação, a reflexão, a análise
nação gênica e seleção natural • Reconhecer as principais etapas da evolu- crítica, a imaginação e a criativida-
• Fatores que interferem na ção dos grandes grupos de organismos de para investigar causas, elabo-
constituição genética das po- • Identificar evidências do processo de evo- rar e testar hipóteses, formular e
pulações – migração, seleção lução biológica (fósseis, órgãos análogos, resolver problemas e criar solu-
e deriva genética homólogos e vestigiais) ções (inclusive tecnológicas) com
• Grandes linhas da evolução • Interpretar a história da vida na Terra com base nos conhecimentos nas dife-
dos seres vivos – árvores filo- base em escala temporal, indicando os rentes áreas.
genéticas principais eventos (surgimento da vida, 5. Compreender, utilizar e criar tec-
das plantas, do homem etc.) nologias digitais de informação e
•
Identificar as ideias evolucionistas de comunicação de forma crítica, sig-
Darwin e de Lamarck com base na leitura nificativa, reflexiva e ética nas di-
de textos históricos versas práticas sociais (incluindo as
escolares) para se comunicar, aces-
• Inferir que o resultado da seleção natural é a
sar e disseminar informações, pro-
preservação e a transmissão para os descen-
duzir conhecimentos, resolver pro-
dentes das variações orgânicas favoráveis à
blemas e exercer protagonismo e
sobrevivência da espécie no ambiente
autoria na vida pessoal e coletiva.
• Analisar as ideias sobre a origem da vida a
6. Valorizar a diversidade de sabe-
partir da leitura de textos históricos
res e vivências culturais e apro-
• Estabelecer a relação entre as condições priar-se de conhecimentos e ex-
da Terra primitiva e a origem dos primei- periências que lhe possibilitem
ros seres vivos entender as relações próprias do
• Identificar por comparação as conquistas mundo do trabalho e fazer esco-
evolutivas de um grupo de seres vivos em lhas alinhadas ao exercício da ci-
relação a outros dadania e ao seu projeto de vida,
• Interpretar árvores filogenéticas e deter- com liberdade, autonomia, cons-
minar, nesse tipo de representação, as re- ciência crítica e responsabilidade.
lações de parentesco entre os seres vivos
330 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Prezado(a) Professor(a)!
Seja bem-vindo(a) ao Guia de Transição de Biologia do terceiro bimestre.
Associar o currículo com as competências gerais tem como objetivos: 1. Tratar da transição
para o Novo Ensino Médio; 2. Incluir e avaliar aspectos importantes que precisam ser contem-
plados para uma formação integral de nosso(a)s estudantes. Isto significa somar aos conheci-
mentos (saberes), as habilidades (capacidade de aplicar esses saberes na vida cotidiana), as
atitudes (força interna necessária para utilização desses conhecimentos e habilidades) e os valo-
res (aptidão para utilizar esses conhecimentos e habilidades com base em valores universais,
como direitos humanos, ética, justiça social e consciência ambiental).
A seguir, tecemos alguns comentários visando o reconhecimento de pontos contempla-
dos pelas expectativas previstas no Currículo do Estado de São Paulo, para o terceiro bimestre
de biologia, e elementos presentes nas Competências da BNCC a serem incorporados, con-
forme segue:
Apesar de termos a clareza de que o processo educativo é amplo, e com certeza outros as-
pectos presentes nestas e até em outras competências gerais poderão ser contemplados, opta-
mos por apontar os aspectos mais diretamente relacionados, de modo a permitir uma avaliação
332 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
por parte do(a) professor(a) e do(a)s estudantes sobre a apropriação, ou não, desses conhecimen-
tos, que norteará retomadas e (re)direcionamentos para a continuidade das aprendizagens.
Primeiro momento – compreende ações pedagógicas que visam o envolvimento do(a)s estudantes
com a temática e aprendizagens que se pretende alcançar, bem como prevê atividades de sensibili-
zação, sempre com o intuito de propiciar processos pedagógicos contextualizados e que permitam
o desenvolvimento integral de nosso(a)s educando(a)s. As atividades são apresentadas na íntegra.
Indicações de avaliação também são apresentadas neste momento, inclusive a autoavaliação.
Segundo momento – compreende um conjunto de atividades que objetivam o desenvolvimento de
habilidades e a compreensão de conteúdo, articulado ao desenvolvimento das competências gerais
(desenvolvimento integral), trazendo diferentes estratégias e possibilidades. Essas atividades tam-
bém podem ser apresentadas em etapas, considerando sensibilização, investigação, sistematização
etc. dependendo da estratégia adotada, contudo, prevê-se que todas sejam contextualizadas, per-
mitam a investigação e/ou remetam a questionamentos e reflexões, resultando em aprendizagens
significativas. São apresentados diferentes instrumentos avaliativos e a proposta de autoavaliação.
Terceiro momento – visa a sistematização da aprendizagem, também por meio do desenvolvimento
de atividades, que permitam perceber se e/ou quais das expectativas de aprendizagem o(s) estu-
dantes se apropriaram, bem como se são capazes de estabelecer relações entre os conhecimentos
adquiridos e utilizá-los para compreensão e interferência na realidade, seja para resolução de pro-
blemas, para adoção de atitudes pessoais e coletivas, entre outros. Nesse momento, é fundamental
que se insira uma atividade de autoavaliação sistematizada, em que o(a)s estudantes e o(a)
professor(a) possa(m) ter clareza das metas atingidas.
Observação: As dificuldades devem ser identificadas, coletivamente, para traçar estratégias de
recuperação.
Agora, devemos redobrar a atenção para a realização das atividades sugeridas, a fim de que
os temas e os objetos de conhecimento sejam desenvolvidos com sucesso. Então, ajustes possivel-
mente serão necessários para que sejam atingidas as expectativas de aprendizagens esperadas.
BIOLOGIA – ENSINO MÉDIO 333
Avaliação
A avaliação tem como foco observar as experiências realizadas, em sala ou em campo, com vistas a
verificar as dificuldades e reorientar para produzir o melhor resultado possível. A prática avaliativa
precisa ser revista para não ser mais usada com finalidade classificatória ou seletiva, e sim com pro-
pósitos diagnósticos e inclusivos. Uma das formas de colocar isso em prática é usar a avaliação como
um espelho, para que todo(a)s voltem o olhar para si mesmo(a)s buscando a percepção de aprendi-
zagens e dificuldades e, se necessário, levando à mudança das práticas pedagógicas adotadas.
ORIGEM DA VIDA
Professor(a), neste bimestre, conforme apresentado no quadro 1, abordaremos temas rela-
cionados à Origem e evolução da vida e Evolução das espécies. Sendo assim, sugerimos que
inicie este assunto com alguns questionamentos aos(às) estudantes com vistas a possibilitar o
levantamento de conhecimentos prévios da turma sobre esses temas.
Observação: para ampliar seu repertório e, aos poucos ir encaminhando as discussões para os
aspectos científicos, sugerimos que assista ao vídeo da série “Usp Talks” Origem da Vida e do
Universo – Como tudo começou, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=CMOaHKlD8nM
Acesso em: 12 de jun. de 2019. O especialista apresenta argumentos que refutam a ideia da vida
como um milagre, reforçando que a vida surgiu e sempre surgirá quando houver oportunidade, ou
seja, condições físico-químicas mínimas.
336 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Professor(a), discutir sobre Origem da vida é um desafio. Muitas questões irão surgir neste
processo, muitas indagações e questionamentos. Mas, faz parte deste caminhar. Por isso, é im-
portante apresentar aos(às) estudantes o objetivo desta discussão, que é trazer à luz os estudos
científicos relacionados ao assunto. Neste caso, faz-se necessário dialogar sobre crenças e mitos
com o objetivo de esclarecer que estão no âmbito da individualidade, para o qual não há discus-
são possível. Dessa forma, a ideia é olhar para a vida como um processo evolutivo, a partir dos
estudos científicos.
De acordo com Damineli, A. e Damineli, D. (2007) descrever vida como algo que cresce, nas-
ce, se reproduz e morre não é suficiente para conceituar a complexidade que é a vida. Os autores
apresentam que, “para psicólogos, ela traz à mente a vida psíquica; para sociólogos, a vida social;
para os teólogos, a vida espiritual; para as pessoas comuns, os prazeres ou as mazelas da existên-
cia” (2007, p. 01). Isso é parte da nossa visão fortemente antropocêntrica do mundo.
Do ponto de vista biológico, podemos dizer que a vida está codificada no DNA e expressa
na forma de proteína. E segundo os autores este conceito é possível por conta dos avanços na
Ciência.
Acesse o link disponível em: http://www.astro.iag.usp.br/~damineli/texts/origensdavida.pdf
Acesso em: 12 de jun de 2019 e conheça um pouco mais sobre o assunto.
Na sequência, propomos que solicite aos(às) estudantes que realizem a atividade sobre
Mitos da Criação, conforme consta na página 50 do Caderno do Aluno.
Ao abordar o tema Mitos da Criação, é importante ressaltar a importância do respeito e
tolerância às diversas culturas sociais, isto significa que este respeito passa pelo conhecer a plu-
ralidade cultural apresentada.
Por isso, professor(a) sugerimos que solicite uma pesquisa sobre crenças nas culturas indí-
gena, africana e judaico-cristã e ressalte que este resgate histórico e cultural pode possibilitar
uma discussão sobre respeito e tolerância em relação às crenças de cada indivíduo.
Alguns procedimentos podem auxiliar o momento de socialização durante a Roda de Con-
vesa:
• Solicite que os(as) estudantes pesquisem sobre as crenças de origem da vida nas culturas
indígena, africana e judaico-cristã e registrem no quadro comparativo- Mitos da Criação
(página 50 do Caderno do Aluno);
• Solicite aos(às) estudantes que apresentem quais sentimentos emergiram ao realizar a
pesquisa;
• Peça que contem uns para os outros os resultados da pesquisa;
• Discuta com os(as) estudantes sobre o significado de mito, crença e pluralidade cultural,
tolerância e respeito, além de outras questões que podem surgir no decorrer da discussão.
BIOLOGIA – ENSINO MÉDIO 337
Observação: Oriente o(a)s estudantes para construírem o quadro comparativo em seus ca-
dernos, de modo a propiciar uma comparação entre os diferentes modos de explicar a “Criação”.
Professor (a) a atividade proposta a seguir, possibilitará ao(à) estudante classificar os termos
apresentados, de acordo com os conceitos citados no quadro. Sugerimos que solicite que reali-
zem a atividade e, posteriormente, pergunte o que mudou a partir da classificação que realiza-
ram. O objetivo é refletirem sobre o que chamamos de verdade absoluta, o que tomamos como
verdade, a partir do que ouvimos e a importância de questionarmos sobre o que ouvimos e
pesquisarmos tendo por base dados e argumentos consistentes.
A seguir, atividade conforme consta na página 51 no Caderno do Aluno.
Leia atentamente os significados dos termos apresentados no quadro abaixo:
Mito - narrativa de caráter simbólico-imagético, ou seja, o mito não é uma realidade independente,
mas evolui com as condições históricas e étnicas relacionadas a uma dada cultura, que procura explicar
e demonstrar, por meio da ação e do modo de ser das personagens, a origem das coisas, suas funções
e finalidade, os poderes do divino sobre a natureza e os seres humanos.
Crença - ação de crer na verdade ou na possibilidade de uma coisa. Fé no âmbito religioso: crença em
Deus; convicção íntima; certeza. Aquilo sobre o que se considera verdadeiro: crenças ideológicas.
Senso Comum - forma de conhecimento mais presente no dia a dia das pessoas que não se preocu-
pam prioritariamente com questões científicas. É uma forma de pensamento superficial, ou seja, não
está preocupado com causas e fundamentos de algo, apenas faz afirmações, irrefletidas, imediatas.
Opinião - o que se diz sem comprovação, fundamento ou confirmação: sua opinião não comprova os
fatos. Demonstração de um pensamento pessoal em relação a; avaliação.
338 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Hipótese - suposição de algo que seja possível de ser verificado, chegando a uma conclusão. Nas
pesquisas científicas, por exemplo, corresponde a uma possibilidade de explicação de determinada
causa em estudo.
Fato - é uma verdade absoluta, uma verdade que é certa, independentemente de qualquer coisa.
Teoria científica - explicação abrangente de algum aspecto da natureza que é apoiado por um vasto
conjunto de evidências.
Conhecimento científico - informação e o saber que parte do princípio das análises dos fatos cientifica-
mente comprovados. Para ser reconhecido como um conhecimento científico, este deve ser baseado em
observações e experimentações, que servem para atestar a veracidade ou falsidade de determinada teoria.
É importante que compreendam que os fatos independem de opinião e que conhecer as teo-
rias científicas não significa desqualificar uma crença religiosa. Dessa forma, sugerimos que esclareça
que é por isso que não irão comparar o conhecimento científico, baseado em fatos, evidências e
teorias científicas, com os dogmas ou mitos religiosos, baseados na fé e na crença individual.
Abiogênese
Biogênese
Origem por
Evolução Química
A proposta Criacionista, ou teoria da criação divina, afirma que a vida foi criada por um ser superior, por
uma divindade e/ou por elementos do universo. Essa proposta, evidentemente, não pode ser verifica-
da e/ou comprovada cientificamente. A proposta é, então, estudar as teorias científicas relacionadas
à origem e evolução da vida, baseadas em fatos, hipótese e conhecimentos científicos, de modo a
sanar equívocos de senso comum. Concepções religiosas ou míticas não serão mais abordadas.
Professor(a), para contribuir com as discussões a serem realizadas a partir da pesquisa, su-
gerimos que acesse o link disponível em: http://www.esalq.usp.br/lepse/imgs/conteudo_thumb/
Biog-nese---A-Origem-da-Vida.pdf Acesso em: 26 de jun de 2019.
Neste material você terá acesso à informações sobre Biogênese e a Abiogênese com um
olhar bem encantador sobre o conceito de vida, podendo discutir com os(as) estudantes algo
interessante e curioso que envolve os diversos olhares sobre vida, uma vez que em anos e
anos de Biologia e Filosofia, até o momento não há uma definição realmente precisa do que
ela significa.
Aproveite este momento para discutir com eles(as) como percebem a vida e sua complexi-
dade, levando em consideração os estudos que foram realizados até aqui. Retome a importân-
cia das evidências na Ciência e respeito às crenças de cada pessoa.
Professor(a) fique atento ao seu papel na formação crítica dos(as) estudantes. A intenção
com estas discussões é possibilitar que cada estudante desenvolva um pensamento crítico,
que aqui significa minimamente que sejam capazes de distinguir fatos de opinião; identificar
crenças e mitos, senso comum e teorias científicas em determinado contexto; que o(a) estu-
dante consiga filtrar informações relevantes e tenha a capacidade de questionar e analisar
diversas situações do cotidiano que lhes são apresentadas e, a partir desta análise, tome de-
cisões mais assertivas.
Portanto, algumas questões podem auxiliar para que caminhem neste sentido. Na página
53 no Caderno do Aluno são apresentadas perguntas que possibilitarão aos estudantes conhe-
cerem parte da história da Origem da Vida, conforme segue:
BIOLOGIA 53
340 Após dialogarem sobre as características das teorias científicas que buscam explicar a origem
dos seres vivos, respondam às questões:
SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
2 2 É possível
É possível dizeraque
dizer que a Panspermia
Panspermia Cósmicaee aa Biogênese
Cósmica Biogênese podem ser teorias
podem complemen-
ser teorias complemen-
tares? Justifique.
tares? Justifique.
• Cientistas responsáveis;
• Fonte de matéria e energia dos primeiros organismos;
• Grupo biológico a que pertenciam os primeiros organismos;
• Mecanismos utilizados no surgimento evolução de novas espécies.
OBSERVAÇÃO: utilizar como base a teoria científica mais aceita atualmente, para explicar
a origem dos primeiros seres vivos e o surgimento de novas espécies.
Ressaltamos que não existe um modelo pronto e ideal de esquemas explicativos e mapas
conceituais para cada termo. Cada estudante poderá construir o seu esquema e estabelecer as
relações que compreender. Por isso, ao avaliar, reflita sobre alguns pontos, por exemplo: os con-
ceitos mais importantes estão em destaque? É possível interpretar sem que o(a) estudante precise
explicar? Há relação entre os conceitos apontados? Conseguiram apresentar termos estudados
em diferentes momentos das aulas? Entre outras questões que considerar importante neste pro-
cesso de aprendizagem.
Professor(a) espera-se que os(as) estudantes apresentem como base a teoria científica mais
aceita atualmente para explicar a origem dos primeiros seres vivos e o surgimento de novas es-
pécies.
OBJETIVO: testar a teoria da abiogênese - A vida pode surgir da matéria inanimada, espon-
taneamente?
Organize-se em grupo e siga as instruções apresentadas a seguir.
MATERIAL E MÉTODOS:
- Utilize 4 potes limpos e esterilizados.
- Enumere cada pote de 1 a 4, coloque um pedaço de carne em cada um e proceda conforme
segue:
Potes 1 e 2: deixe totalmente abertos.
Potes 3 e 4: coloque uma redinha de cabelo ou gaze, vedando com elástico, de modo a evitar
o contato com seres vivos.
- Coloque os quatro potes em um local apropriado, protegidos da chuva e do sol direto.
- Faça observações e organize seus registros considerando a realização em três momentos:
1. no dia da montagem do experimento;
2. três ou quatro dias após a realização do experimento;
3. uma semana depois da montagem do experimento.
Durante a observação, indicar, para cada pote, se há presença de seres vivos (moscas, lar-
vas etc.) ou se estão ausentes, registrando a quantidade de seres presentes e outros itens que
julgarem relevantes.
Anotar as hipóteses do grupo para explicar as ocorrências observadas.
Terminada a atividade prática, participe da roda de diálogo organizada pelo(a) professor(a)
e responda:
Com esse experimento, Redi conseguiu comprovar a biogênese e refutar, de vez, a teoria
da abiogênese? Explique, considerando também os resultados obtidos e as conclusões de seu
grupo.
Professor(a) após a realização da atividade prática, proponha aos(às) estudantes uma roda
de diálogo e promova uma discussão com a questão norteadora: Com esse experimento, Redi
conseguiu comprovar a biogênese e refutar, de vez, a teoria da abiogênese? Além disso,
solicite aos(às) estudantes que apresentem os resultados e as conclusões que tiveram a partir da
realização do experimento.
BIOLOGIA – ENSINO MÉDIO 343
Bom saber...
Francesco Redi, cientista italiano, é considerado um dos primeiros pesquisadores a questionar a te-
oria daBIOLOGIA 55 com
geração espontânea. Ele propôs, em 1668, considerando suas observações e estudos
cadáveres de animais e a ocorrência de vermes, um experimento visando provar que a vida não sur-
ge espontaneamente. Para tanto, utilizou de métodos empíricos simplificados.
BOM SABER...
Francesco Redi, cientista italiano, é considerado um dos primeiros pesquisadores a questio-
nar a teoria da geração espontânea. Ele propôs, em 1668, considerando suas observações
e estudos com cadáveres de animais e a ocorrência de vermes, um experimento visando
Professor(a),
provardando continuidade
que a vida aos estudosPara
não surge espontaneamente. sobre a Origem
tanto, utilizou deda Vida,empíricos
métodos indicamos a realiza-
ção da atividade da página
simplificados 55 do Caderno
– o Experimento dovocê
de Redi, que Aluno, apresentada a seguir:
vivenciou.
Spallanzani;
Louis Pasteur
Stanley Miller e
Harold Urey
a) Apesar da grande diversidade entre os seres observados nas imagens, há algo que pos-
suem em comum?
Resposta pessoal Espera-se que comentem que possuem composição química, DNA, que são
formados por células, que possuem um ciclo vital, que tem uma origem comum, etc.
Resposta pessoal, mas com base na ciência. Se necessário, relembre que estão estudando os
conhecimentos científicos. Nesse momento espera-se que tenham compreendido que os seres
vivos evoluem com o tempo e que diferentes espécies surgiram em diferentes momentos da
história da vida em nosso planeta.
Observação: Coletivamente, faça uma verificação das respostas das questões a e b, conforme
indicado em azul.
346 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Evolucionismo
O que você entende por evolução? O que sabe a respeito? Registre no espaço abaixo:
Teorias Evolucionistas
Como você já deve ter percebido o assunto é polêmico: a teoria evolucionista. Mas ao
contrário, do que muitas vezes, ocorrem em debates nas redes sociais e/ou em outros espaços,
a intenção não é polemizar! Recomendamos que esclareça junto aos(às) estudantes que o obje-
tivo, ao desenvolver as atividades propostas, é aprofundar os conhecimentos científicos e possi-
bilitar o desenvolvimento de competências e habilidades que poderão contribuir com o desen-
volvimento da formação integral dos(as) estudantes, levando em consideração habilidades
cognitivas e socioemocionais.
Portanto, nesta atividade será discutido como a percepção científica da formação e evolu-
ção das espécies se alterou ao longo do tempo. E para fazer isso, seguiu-se uma trilha histórica,
percorrendo os seguintes tópicos:
BIOLOGIA – ENSINO MÉDIO 347
• As ideias de Evolução;
• Teoria evolucionista de Lamarck;
• Teoria evolucionista de Darwin;
• Teoria evolucionista: neodarwinismo.
Lamarkismo
Darwinismo
Wallace e o
Darwinismo
Neo-Darwinismo
Evidências da Evolução
Sugerimos iniciar essa discussão promovendo uma roda de diálogo com o(a)s estudantes a
partir do questionamento: o que você entende por evidência? Conforme consta na página 58
no Caderno do Aluno.
Analise o título acima. O que você entende por evidência? Teria o mesmo significado que “opi-
nião”? Tem alguma relação com fato? Reúna-se com seu grupo e preparem uma pesquisa, para a
roda de diálogo, sobre evidências da evolução e registre a seguir as principais ideias elaboradas a
respeito:
Durante a roda de diálogo aproveite para retomar os conceitos relacionados a fato e opi-
nião, de modo que compreendam que uma evidência se constitui num fato, não sendo passível
de opinião, ou seja, não cabe dizer “eu não concordo que existem evidências de que as espé-
cies evoluem”, pois esse fato já está comprovado. Se necessário, relembre que estão estudando
os conhecimentos científicos e que crenças não estão em julgamento e, portanto, não serão in-
cluídas nesse estudo.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fóssil
1 Identifique a que grupo de seres vivos pertencem os fósseis presentes nas imagens.
2 Os fósseis são considerados como evidências em alguma teoria estudada? Justifique sua
resposta com embasamento teórico científico.
Para enriquecer a atividade, sugerimos que apresente aos(às) estudantes também a de-
tecção da datação da idade dos fósseis, por meio do carbono catorze, disponível em: https://
www.youtube.com/watch?v=OnKaXwHaIm0 Acesso em: 09 de jul de 2019.
Saiba mais...
A meia-vida do carbono-14 é relativamente curta, a datação por esse isótopo só serve
para fósseis com menos de 50 mil anos. Para datar fósseis mais antigos, os “paleobiólo-
gos” utilizam isótopos com meia-vida mais longa, que podem ser encontrados nas ro-
chas fossilíferas. Por exemplo, rochas que se formaram há alguns milhões de anos po-
dem ser datadas por meio do isótopo urânio-235 (235U), cuja meia-vida é de 700
milhões de anos. Para rochas ainda mais antigas, com centenas de milhões de anos de
idade, pode-se usar o potássio-40, que tem meia-vida de 1,3 bilhões de anos.
Observação: se considerar pertinente, comente essa informação com o(a)s estudantes.
Dando continuidade aos estudos sobre evidências evolutivas, podemos perceber ao analisar os seres
vivos que estes apresentam estruturas que indicam que há alguma ancestralidade em comum. Porém,
na verdade, nem sempre essas características refletem relações evolutivas, de fato, entre os organis-
mos. Nesse sentido, podemos classificar os órgãos dos seres vivos em homólogos e análogos.
BIOLOGIA – ENSINO MÉDIO 351
Órgãos homólogos - podem ou não realizar a mesma função, porém apresentam uma estrutura
básica igual e mesmo desenvolvimento embrionário. Isso quer dizer, portanto, que os indivíduos que
apresentam esses órgãos possuem ancestralidade compartilhada. As homologias são, portanto,
uma das evidências da evolução biológica.
Órgãos análogos - são aqueles que, apesar de realizarem a mesma função, não possuem a mesma
origem embrionária, ou seja, não indicam relação de parentesco entre as espécies, pois não refletem
relações de ancestralidade, porém evidenciam a ocorrência da convergência adaptativa. Essas se-
melhanças ocorrem devido à evolução convergente, que leva ao surgimento de características se-
melhantes, mesmo em indivíduos de grupos bastante diferentes.
Sugerimos que propicie uma leitura coletiva do texto acima, de forma a esclarecer possí-
veis dúvidas. Em seguida são apresentadas duas questões voltadas para aprofundar os conheci-
mentos dos(as) estudantes. São elas:
1 As asas de morcego, aves e borboletas, por exemplo, possuem a mesma função? Comente.
Espera-se que, após os esclarecimentos feitos durante a leitura, o(a)s estudantes consigam
responder adequadamente.
2 Pesquise em seu livro didático e/ou sites indicados pelo(a) professor(a), membros dos te-
trápodes, tais como anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Descreva as características que
demonstram que se constituem em órgãos homólogos. Indique também qual a função do
órgão para cada um dos grupos pesquisados. Registre os resultados de sua pesquisa no
caderno, conforme orientação do(a) professor(a).
352 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Reúna-se com seu grupo e, de acordo com a organização do(a) professor(a), pesquise sobre uma das
evidências evolutivas apresentadas a seguir:
– Grupos 1 e 2: órgãos vestigiais (o que são, exemplos, por que seriam indicativos da evolução das
espécies)
– Grupos 3 e 4: embriologia comparada (indicar exemplos que demonstram a semelhança entre
grupos distintos, com ênfase aos vertebrados, numa determinada fase embrionária e explicar por
que se constitui em uma evidência evolutiva)
– Grupos 5 e 6: evidências moleculares (indicar quais são as características moleculares que evi-
denciam o parentesco entre as diferentes espécies, incluindo o DNA).
Vocês irão organizar os dados obtidos durante a pesquisa para apresentá-los à turma no dia agen-
dado pelo(a) professor(a). Aproveitem para tirar as dúvidas e registrar novos conhecimentos adqui-
ridos por meio das demais apresentações e esclarecimentos do(a) professor(a).
1 ( ) Apesar de apresentar uma grande quantidade de evidências que afirmam sua ve-
racidade, a teoria da Evolução ainda é alvo de muitas discussões. Contudo, a pre-
sença de estruturas atrofiadas, com pouca ou nenhuma função, chamadas de ór-
gãos análogos, são fatos que comprovam a ancestralidade comum entre espécies.
2 ( ) Quando uma estrutura se apresenta semelhante em espécies diferentes, mas não
possui a mesma origem embrionária, dizemos que ela é resultado de uma conver-
gência adaptativa, isso ocorre em decorrência de uma pressão evolutiva similar
nessas espécies.
Justificativas:
Observação: Recomendamos que estabeleça um tempo para que o(a)s estudantes façam a
atividade e as justificativas para as questões falsas. Oriente que deverão justificar corrigindo
a questão. Por meio dessa atividade será possível avaliar avanços e dificuldades da turma.
Professor(a), sugerimos que faça uma leitura coletiva de texto e promova esclarecimentos
necessários. Se possível, complemente com imagens e/ou consulta ao livro didático ou outros
materiais específicos
1 De acordo com o texto, o que é variabilidade genética? Qual a sua relação com a evolução
das espécies?
2 Como ocorre o processo de seleção natural? Quais são os fenômenos que permitem a
variabilidade de características e, dessa forma, o desenvolvimento de novas espécies?
3 Elabore, numa folha de sulfite ou em seu caderno pessoal, um esquema ou um mapa con-
ceitual demonstrando as relações existentes entre seleção natural, adaptação das espé-
cies, variabilidade genética e mutação.
BIOLOGIA – ENSINO MÉDIO 355
Observação: peça que o(a)s estudantes identifiquem, no Caderno do Aluno (pág. 62), as imagens
inserindo: Fig. 1 e Fig. 2, conforme indicado acima, pois não há essa identificação no material dispo-
nibilizado aos(às) estudantes.
Fig.1 Fig.2
Professor(a), espera-se que o(a)s aluno(a)s tenham compreendido que os cladogramas, por
serem representações da evolução de linhagens de seres vivos, não podem ser construídos
numa escala sequencial, como se um grupo de seres vivos se “transformasse” em outro grupo
(figura 1).
BIOLOGIA – ENSINO MÉDIO 357
1. Pelos
2. Vértebras
3. esqueleto
ósseo
4. quatro
membros
5. ovo amniótico
6. pré-orbital
Construindo o cladograma
Agora a proposta é que você construa um cladograma. Para tanto, pesquise algumas
características presentes nos seguintes grupos de animais: Tiranossauro rex, Galinha,
Cão, Sapo, Tubarão, Tartaruga, conforme segue:
Organize as informações em uma tabela. Os dados devem ser analisados para construir a
estrutura do cladograma.
358 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Vocês irão construir, em grupos e de forma colaborativa, um painel da classe que explica,
de forma simplificada, o processo de origem e evolução dos seres vivos. Para iniciar o trabalho,
vocês irão organizar as informações presentes nos quadros a seguir em ordem cronológica.
Após a organização cronológica dos dados, cada grupo se responsabilizará por algumas das principais
ocorrências relacionadas à Origem do Universo até o surgimento da vida na Terra, incluindo o processo
de surgimento dos grandes grupos de seres vivos, a serem inseridos no painel. Para complementar o
trabalho, vocês irão pesquisar, de acordo com as orientações do(a) professor(a), alguns aspectos que
permitam elaborar o painel de forma a apresentar os principais eventos evolutivos, que permitiram a
origem e evolução das espécies, conforme as conhecemos.
360 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Observação: dependendo do tema e da turma, você poderá indicar o vídeo da série “Usp
Talks” Origem da Vida e do Universo – Como tudo começou, disponível em: https://www.youtu-
be.com/watch?v=CMOaHKlD8nM.
SP FAZ ESCOLA CADERNO DO PROFESSOR CIÊNCIAS DA NATUREZA – Ensino Fundamental & Médio 3o BIMESTRE
CADERNO DO PROFESSOR
CIÊNCIAS DA NATUREZA
Ensino Fundamental & Médio