Ageu 1 e 2 - Dias de Ouvir e Reconsiderar

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DIAS DE OUVIR E RECONSIDERAR

Ageu 1 e 2

Não se trata aqui de uma troca, mas de cumprimento da promessa


feita aos antigos.
Quem era esse povo? Eram os judeus que vieram da Babilônia. O
ano era 520 a.C e o dia era 29 de agosto (B. Genebra) (Detalhes da
história em Esdras).
O profeta é usado por Deus para mexer com o brio do povo; o
mesmo que dizia não ter gosto em cantar na Babilônia (Sl 137.1-4).
Nós também, muitas vezes, choramos as impossibilidades, mas não
aproveitamos as oportunidades.
Deus vai usar Ageu para mudar o seu povo.

I – DIA DE MOSTRAR A REALIDADE

1. Deus precisou falar ao povo, por intermédio de Ageu (1.1) a


dois líderes de importância em Judá: o governador, Zorobabel,
e o sumo sacerdote, Josué.
2. A palavra do profeta ao povo era: “Assim fala o Senhor dos
Exércitos” (v.2). O poder da palavra não era do profeta, mas
Daquele que o comissionara para a função. Ao profeta cabe
proferir; falar a mensagem.
3. A palavra de Deus ao povo era: “Este povo diz: Não veio ainda
o tempo, o tempo em que a Casa do Senhor deve ser edificada.
A expressão “Este povo” mostrava o desagrado de Deus, a
ponto de Ele não dizer “Meu povo”.
4. Aquele povo negligente com as suas obrigações desagradou a
Deus. A ordem do rei Ciro era que o povo descesse até
Jerusalém para edificar ‘a casa do Senhor, Deus de Israel’ (Ed
1.2,3). Mas, devido a campanha dos adversários (Ed 4) o povo
precisou parar a obra de reconstrução do templo, e se
acomodou, ficou indiferente, mudou as suas prioridades.
5. Novamente a palavra do Senhor vem através do profeta:
“Acaso, é tempo de habitardes vós em casas apaineladas,
enquanto esta casa permanece em ruínas?”. Talvez a melhor
reflexão seria: se não é tempo para edificar o templo, não é
tempo para edificar casas.
6. Deus não estava querendo estabelecer o movimento dos sem
tetos; a repreensão estava no fato do povo deixar-se levar para
o luxo e não ter mais tempo para pensar no templo. As casas
apaineladas eram casas meticulosamente adornadas.
Lambrisamento com cedros se encontravam em palácios de
reis (veja I Reis 7:7; Jr. 22:14). Considerando que essa madeira
era cara e não comum na Judéia, o seu uso era sinal de luxo
(Com. Moody). Enquanto isso...a casa do Senhor permanece em
ruínas.

II – DIA DE FAZER LEMBRAR O PASSADO.

1. Duas vezes o povo instado por Deus a considerar o passado


(v.5,7). Naquele dia, o povo deveria observar o passado; são
dezesseis anos sem um único tijolo no templo. Havia descaso
total com a possibilidade do ajuntamento para adorar no
templo.
2. Vamos fazer o povo pensar! (v.6). Vocês perceberam que
semearam muito, mas recolheram pouco; comeram, mas
continuaram com fome; estavam vestidos, mas ainda sentiam
frio; e aquele que é assalariado, é pouco para as despesas do
mês? Em Judá coexistiam ricos (tinham sementes para semear)
e pobres (trabalhadores assalariados).
3. O que Deus estava dizendo ao povo é que não devia ter-se
esquecido Dele. Quantos também em nossos dias estão
esquecidos de Deus. O Senhor não é mais interessante para os
seus projetos. Li nesta se que um líder evangélico atual disse
‘que não precisa de Jesus para ser próspero, pois trabalhou
bastante para possuir o que tem’.
4. O povo devia mais uma vez considerar o passado (v.7) e tomar
uma atitude; o povo devia voltar ao decreto de Ciro. A ordem
era: “Subi ao monte, trazei madeira e edificai a casa; dela me
agradarei e serei glorificado, diz o Senhor (v.8).
5. Deus também diz ao povo a causa da sua miséria: “Esperastes
o muito, e eis que veio a ser pouco, e esse pouco, quando o
trouxestes para casa, eu com um assopro o dissipei. Por quê?
Diz o Senhor dos Exércitos;por causa da minha casa, que
permanece em ruínas, ao passo que cada um de vós corre por
causa de sua própria casa” (v.9).
6. Jesus mais tarde vai dizer aos seus discípulos: “Não acumuleis
para vós outros tesouros sobre a terra (...) porque, onde está o
teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mt 6.19-21).
7. Quando servimos mais a nós mesmos do que a Deus,
sabedores que somos dos ensinos da Bíblia, no final, só vamos
colher o que plantamos: a derrota. Em muitos casos, não
colheremos nem o que plantamos (v.10-11).

III – DIA DE CONSIDERAR E REAFIRMAR AS BÊNÇÃOS

1. Houve em Judá ‘um dia’ para ouvir a voz de Deus (v.12).


2. Foi também dia de ouvir a voz do profeta, pois havia algo da
parte de Deus para ser falado (v.13).
3. Aconteceu um movimento espiritual, um levantar de ânimo da
liderança e do povo. A presença do Senhor (v.13) foi
significativa para renovar o povo (v.14).
4. E Deus continuou a animar o povo: “A glória desta última casa
será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos exércitos; e neste
lugar darei a paz, diz o Senhor dos exércitos” (2.9).
5. Mas o povo precisava ainda fazer reflexão antes de colocar
qualquer pedra na edificação (v.15). Até aquele dia eles não
tinham um procedimento correto diante de Deus; era preciso
mudar para poder edificar (v.10-17).
6. O povo era pecador, mas decidiu fazer consertar-se diante de
Deus; e Deus, fez concerto com o seu povo (v.18).
7. Quando o povo se voltou para Deus, a partir daquele dia (v.18),
o Senhor se comprometeu abençoá-lo (v.19).
8. O final do livro de Ageu parece uma figura escatológica (v.20-
23): abalos nos céus e na terra, vitória sobre as nações e a
honra ao servo.

CONCLUSÃO
E nós, como estamos em relação ao interesse pelas coisas de Deus?
Poderia Ageu pregar ainda hoje? (Ageu acabou de pregar!).
Estamos mais ligados em nós mesmos, ou temos dão tempo para
Deus?
Se não temos agido corretamente, vamos fazer reflexão para
vermos onde estamos errando, antes de colocarmos ‘pedra sobre
pedra’ (v.15).

Pr. Eli da Rocha Silva


14/11/2010 – Igreja Batista em Jd. Helena - Itaquera

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