Eixos de Circulação (Not)
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Capítulo 4: Eixos de Circulação produtivo estava subordinado ao comércio da Europa,
daí a organização dos meios de transportes em forma
Hoje não basta produzir. É indispensável pôr a de uma "bacia de drenagem" visando escoar a
produção em movimento, pois agora é a circulação produção para o mercado externo. Essa mesma rede
que preside à produção. O espaço geográfico é um de transportes possibilitava o abastecimento das áreas
espaço em movimento. O ir e vir de informações, produtivas com produtos manufaturados e
produtos, serviços, pessoas e capital necessita de uma industrializados vindos do exterior.
rede estruturada formada por vias de transportes e de
comunicação. Deste modo, analisando essa característica da
economia nacional observamos a formação de “ilhas
No período colonial a interiorização se deu seguindo o econômicas” no país. Os traçados das ferrovias não
vale dos rios – em especial na Amazônia. A ligação possibilitaram criar uma interligação inter‐regional do
entre as diversas áreas produtivas e áreas país, o pouco que se conseguiu foi estabelecer uma
consumidoras se davam pelo uso do sistema ligação intrarregional da região sudeste.
aquaviário.
As redes de transporte são espelhos dos modelos de
A expansão da cana‐de‐açúcar dependia da navegação
organização da economia. As redes implantadas no
(fluvial e costeira) e do transporte terrestre
Brasil no século XIX/XX, refletiam as necessidades do
(carruagem e montaria) para interligar as zonas
modelo agroexportador. O trem foi o meio de
produtivas aos portos e estes permitiam que a
transporte típico desta época.
produção fosse enviada ao exterior.
Fonte: MAGNOLI, Demétrio e ARAÚJO, Regina – Projeto de Ensino de
No Brasil um fenômeno que se observa é a instalação Geografia.
da produção econômica em uma região e
posteriormente se instalavam os sistemas de
transportes. Basta observamos o caso do café. Ainda podemos verificar que o avanço dos meios de
transportes segue a lógica do avanço tecnológico.
Mapa Ferroviário de São Paulo
Após a revolução industrial, o emprego do propulsor a
vapor e da ferrovia (séc. XIX) e, posteriormente, com a
popularização do automóvel e dos avanços da aviação
o mundo parecerá menor devido o aumento da
eficiência dos meios de transportes. O espaço vai
ganhando novas velocidades e fluidez com o avanço
técnico empregado no transporte em geral.
Custos dos transportes
O sistema de transporte instalado formava uma bacia
de drenagem para a produção de café. Desse modo,
priorizava‐se o aspecto de escoar a produção, ligando
a zona produtora aos portos e centros consumidores.
Observamos que não havia o objetivo de criar uma
integração do espaço, gerando uma ocupação efetiva
do território de forma a garantir que os centros
urbanos e áreas produtoras estivessem interligados e
formasse um todo no processo de ocupação do
espaço.
O transporte não pode encarecer o preço do produto
Após a revolução industrial na Europa começa a de modo que o produto perca a competitividade no
expansão das ferrovias pelo mundo e elas chegam ao mercado. Em nosso país sempre falamos do CUSTO
nosso país na 2ª metade do século XIX (1854 – com o BRASIL que representa a ineficiência da infraestrutura
Barão de Mauá). Este sistema de transporte estava de transporte e armazenagem de nosso país. Apesar
baseado na ligação do interior (área de produção) ao de conseguirmosgrande produtividade, especialmente
litoral (porto de exportação) devido à relação no meio rural, ao transportarmos a produção, a
econômica da colônia X metrópole. O espaço péssima qualidade das estradas, dos portos e
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armazéns com baixa qualidade e sucateados elevam o
custo do produto diminuindo a competitividade de
nossos produtos no mercado externo.
O desenvolvimento do espaço produtivo depende de
transportes eficientes, modernos e baratos. Quando
se observa uma infraestrutura de melhor qualidade
vê‐se que há a atração de novos investimentos.
Quando analisamos o espaço brasileiro verificamos
que temos grandes diferenças na infraestrutura
instalada desse modo, o capital fará sempre opção por
localidades nas quais é mais bem servido de
infraestrutura. É o caso da região SE e Sul (região
concentrada) que atrai as indústrias devido apresentar
a melhor e maior densidade viária.
Quando analisamos a necessidade para o sistema de
logística e abastecimento dos mercados verificamos
que são utilizados todos os modais para garantir o Na Região Norte os sistemas ferroviários são
acesso aos mercados consumidores. Assim, o modelo especialmente especializados e voltados para o
ideal de transporte deve interligar todos os modos de escoamento da produção de minérios. A exemplo da
transportes, dando prioridade para: Estrada de Ferro Amapá ‐ transporte de manganês e
pequenas distâncias – transporte rodoviário Estrada de Ferro Carajás ‐ transporte de minério de
ferro. As ferrovias ligam a área produtiva aos portos
grandes distâncias – hidroviário e ferroviário de exportação.
cargas rápidas – transporte aéreo. Na região Sudeste e Sul o sistema ferroviário também
se estabelece como uma bacia de drenagem, ligando
áreas produtivas aos portos cumprindo, desse modo, a
TRANSPORTE FERROVIÁRIO função de escoamento da produção e a lógica inserção
do espaço na lógica da divisão internacional do
No ano de 1854 foi estabelecida a 1ª ferrovia, pelo
trabalho ‐ DIT. A Estrada de Ferro Vitória ‐ Minas e
Barão de Mauá. Tinha 15 KM e ligava a Praia da
Estrada de Ferro Central do Brasil, especializadas no
Estrela, na Baía da Guanabara, à raiz da serra de
transporte de ferro, fazem ligação com o porto de
Petrópolis – RJ. Foi um marco histórico para o nosso
Sepetiba, que foi criado para atender o complexo
país.
industrial de Santa Cruz (RJ).
A expansão das ferrovias coincide com o avanço da
O modelo de desenvolvimento do Brasil baseou‐se, a
produção cafeeira que iniciou no RJ e vai na direção de
partir de 1930, no modelo rodoviário. Desse modo,
SP via Vale do Paraíba e posteriormente se expande
houve pouco investimento em novas ferrovias. O
para o oeste paulista.
abandono e a falta de manutenção tornaram alguns
O período de maior expansão ferroviária situou‐se trechos inoperantes ou com custo operacional
entre 1870 e 1920, coincidindo com a fase áurea da elevado. A desativação de ramais antieconômicos fez
cafeicultura. com que a rede ferroviária sofresse um recuo no país.
Após 1930, com a crise do café, o ritmo de expansão Dificuldades encontradas para realizar a expansão da
das ferrovias diminuiu. De 1920 a 1960 construíram rede ferroviária no país:
menos de 10000 km e ainda, desde a época do café, as
ferrovias concentravam‐se nos estados da região condições do relevo, solo;
Sudeste. Na região Nordeste do país os desenhos da custo de instalação;
distribuição das ferrovias eram mais ou menos
retilíneos ligando interior ‐ litoral. Algumas ferrovias se menor flexibilidade;
complementam com trechos que unem as cidades de requer terminal de cargas.
função política, econômica e portuárias mais
importantes. Assim verificamos que como a construção se deu para
atender às necessidades do modelo agrário
exportador, as ferrovias estavam direcionadas no
sentido interior – litoral para escoar a produção
agrícola e que as ferrovias não serviram para integrar
as diversas regiões do país.
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Destacamos também outros fatores que contribuíram Carvão:
para a decadência das ferrovias
Estrada de Ferro D Tereza Cristina
a) diferenças das bitolas dificultam a integração das
ferrovias;
b) desde a década de 1930, quando a economia
começava a se transformar de agroexportadora
em predominantemente industrial, alterando com
isso os tipos de cargas, as ferrovias não foram
estruturadas para atender com a mesma rapidez e
eficiência a essa nova realidade do país;
c) os elevados custos da implantação
desestimulando o investimento privado;
d) elevados déficits operacionais, material rodante
obsoleto, administração ineficiente e morosidade
no transporte.
O Estado esteve sempre atuante no sistema de
transportes do país, com maior ênfase após a década
de 1930, devido a intervenção do governo na
economia com forte atuação como empresário no
setor produtivo e ainda hoje como indutor da
Ferrovias como instrumento de Geopolítica
economia. Assim verificamos que o sistema ferroviário
foi dominado pelo setor público, com a criação da As ferrovias, além de seu papel de transporte e de
RFFSA – Rede Ferroviária Federal SA (1957) e da integração regional, cumprem importante função
FEPASA – Ferrovias Paulista SA (1971). Após longo geopolítica, aumentado o fluxo de mercadorias e
período de intervenção e controle do Estado a lógica ampliando as relações com países vizinhos.
da economia globalizada exigiu uma nova postura do
Há um caso interessante a se comentar: a malha
Estado que iniciou, na década de 1990, uma fase de
ferroviária soviética tinha bitola diferente da malha
privatização. Desde 1996, grande parte da malha
ferroviária europeia com medida de segurança para
ferroviária foi repassada por concessão à iniciativa
ambas partes. A diferença na bitola impedia que um
privada, principalmente aquelas relacionadas com o
dos lados tivesse a possibilidade de invadir o território
transporte de cargas.
com facilidade.
A falta de planejamento que levasse ao
desenvolvimento de um modelo multimodal de
transportes permitiu a especialização das ferrovias no TRANSPORTE RODOVIÁRIO
Brasil. Veja algumas ferrovias e suas especializações.
Por meio do transporte rodoviário trafega cerca de
Minério: 70% da carga transportada no Brasil. Há um
Estrada de Ferro Carajás predomínio excessivo do transporte individual, pois a
maior parcela dos veículos que formam a frota
Estrada de Ferro Vitória‐Minas nacional (70%) é automóvel de passeio. As rodovias
Estrada de Ferro Amapá acabam se transformando, assim, numa necessidade
para a viabilização da produção industrial ligada à
Estrada de Ferro Trombetas indústria automobilística e a outros setores industriais.
Ferrovia do Aço. A malha rodoviária cobre praticamente todo o Brasil,
porém é mais densa nas regiões Sudeste e Sul, pela
maior intensidade do fluxo de produtos e pessoas.
Pouco mais de 10% das rodovias são pavimentadas e,
mesmo assim, em condições precárias de uso (em 72%
dos Estados são consideradas, oficialmente, péssimas
ou deficitárias).
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O projeto de integração territorial passa também pela
construção de Brasília que possibilitou a interiorização
com base nas rodovias. Nos anos 40, sob o comando
de Getúlio, havia um plano de interligar o país com
base no transporte ferroviário. Contudo, a fase
seguinte da industrialização do país, com forte
dependência da indústria automobilística, que ainda
representa um importante setor da economia
nacional, os planos de integração pela ferrovia foi
substituído pela integração rodoviária.
(1) Incluindo os de passeio e comercial, ônibus, caminhão. Entre os grandes projetos rodoviários objetivam:
Excluindo veículos de duas rodas: moto e triciclo.
ocupar os vazios demográficos (áreas de baixa
(2) Índice calculado com base na estimativa
populacional IBGE 1998.
densidade demográfica);
transferir excedentes populacionais (ligas
camponesas NE, flagelados das secas);
O histórico das rodovias remonta à necessidade de
unir áreas de agricultura e pecuária aos centros de facilitar a ocupação e a pesquisa mineral;
consumo do país. Assim, em 1926, com a construção
integração do Centro‐Sul à Amazônia –
da 1ª via moderna de transporte rodoviário (Governo
(Perimetral Norte, Transamazônica);
de Washington Luís) entre RJ – SP (via Dutra) iniciava‐
se o processo de rodoviação do Brasil. Esta via era a Integrar o transporte fluvial da Bacia Amazônica
única pavimentada até 1940. Com o lema que com o modal rodoviário.
“Governar é construir estradas”, o governo
Mesmo com os grandes projetos desenvolvidos na
reconhecia a importância das rodovias para criar um
Amazônia como: de extração mineral, projetos
mercado nacional.
agropecuários e construção de eixos rodoviários, as
Em 1937, com a criação do DNER, a organização e a rodovias ainda continuaram concentradas no Sudeste.
expansão do setor rodoviário tornou‐se política de
As crises do petróleo (1973 e 1979) contribuíram para
Estado. Assim, na década de 1950 – impulsionado pela
mostrar a ineficiência dos grandes projetos
indústria ‐ o transporte rodoviário transformou‐se no
rodoviários, devido à dependência do país a uma fonte
principal meio de locomoção do país. Atendia o
de energia que não éramos autossuficientes ‐ o
interesse da indústria automobilística e das grandes
petróleo.
companhias de petróleo mundial, o Brasil passava a
produzir e consumir carros, porém não produzia
petróleo. O modelo de transporte adotado colocava o
Nomenclatura das rodovias federais
país em situação de dependência em relação ao
petróleo e derivados importados. A nomenclatura das rodovias é definida pela sigla BR,
que significa que a rodovia é federal, seguida por três
Nos dias atuais as rodovias cumprem a função de unir
algarismos.
áreas de agricultura e pecuária modernas às
agroindústrias, aos centros de consumo nacional e às Rodovias radiais– partem de Brasília e têm
vias de exportação, logística que no Sudeste é bem numeração de 001 a 100 (Ex Exemplo: BR‐040.);
mais avançada. No Norte e NE o governo federal é o
principal agente na construção e administração das
rodovias.
A integração regional
A rodovia conseguiu realizar a integração regional do
país.
O Nordeste e o Sul foram conectados através da BR
116 e, depois da BR 101. Os eixos principais da
conquista da Amazônia foram a BR 153 (Belém‐
Brasília) e a BR 364 que parte do Mato Grosso e abre
caminho rumo a Rondônia e ao Acre.
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Rodovias de ligação ‐ Estas rodovias apresentam‐
se em qualquer direção, geralmente ligando
Rodovias longitudinais– seguem sentido norte‐
rodovias federais, ou pelo menos uma rodovia
sul, a numeração aumenta de leste para oeste e
federal a cidades ou pontos importantes ou ainda
varia de 101 a 200 (Ex BR‐101, BR‐153, BR‐174.);
a nossas fronteiras internacionais. (Ex BR‐401 (Boa
Vista/RR – Fronteira BRA/GUI), BR‐407 (Piripiri/PI
– BR‐116/PI e Anagé/PI), BR‐470 (Navegantes/SC
– Camaquã/RS)).
Algumas rodovias que merecem destaque:
BR 364 – integra o projeto para a saída para o
pacífico possibilitando integrar a região Norte e
Centro‐Oeste com o mercado do Pacífico. Integra
a área de produção de soja do MT o Porto de
Porto Velho e deste com a hidrovia do Madeira
(Porto Velho – RO a Itacoatiara – AM)
BR 174 – Manaus – Boa Vista – integra Manaus –
Rodovias transversais– seguem no sentido Leste‐ Caracas. Saída para os produtos da Zona Franca
Oeste e a numeração de 201 a 300 (Ex BR‐230, de Manaus.
BR‐262, BR‐290.); BR 230 – Transamazônica ‐ Liga o NE à Amazônia
– sem funcionamento em grande partehuva
(Projeto de Integração Nacional – PIN).
BR 163 – Trecho Cuiabá – Santarém – trechos sem
funcionamento em período de chuva (Projeto de
Integração Nacional – PIN).
BR 101 e BR 116 – atravessam as principais áreas
econômicas do país.
BR 277 – saída ao Atlântico por rodovia para o
Paraguai, até o porto de Paranaguá.
BR 262 – saída ao Atlântico por rodovia para a
Bolívia (via porto de Vitória). Já tem uma saída por
ferrovia (noroeste do Brasil) que liga La Paz ao
porto de Santos.
Rodovias diagonais–Cortam as anteriores em
diagonal e variam de 301 a 400 (Ex BR‐304, BR‐ TRANSPORTE URBANO
324, BR‐364.), aumentando para sul.
Em todas as cidades brasileiras, em especial nas
grandes cidades, verifica‐se um péssimo serviço de
transporte público de passageiros. Há um
descompasso entre a demanda e a oferta o que eleva
a oferta de transporte informal ou clandestino.
A principal escolha que o usuário faz é realizar os
trajetos utilizando‐se de transporte particular, tendo
como efeito a falta de estacionamentos e ocasionando
grandes engarrafamentos.
Atualmente 61,8% do transporte de cargas e 90%do
de passageiros, no Brasil, é feito em rodovias,contudo,
a opção pelo transporte rodoviário fez comque o custo
do transporte de cargas no Brasil sejamuito caro, pelo
alto preço do petróleo que o Brasiltem de importar,
elevando o custo das mercadoriasque chegam ao
consumidor. Além disso, as estradasencontram‐se
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atualmente em um estado de grandeprecariedade, conseguidas. É um dos principais “gargalos” das
pelo alto custo de sua manutenção epela falta de exportações brasileiras.
capacidade de investimentos por partedo Estado. Um
estudo feito pelo ministério dos transportesconcluiu
que aproximadamente 46,4% dasestradas federais Portos mais movimentados do Brasil.
estão em mau estado de uso, 35,4%em estado regular
Comércio
e apenas 18,2% em bom estado. Núm. de estados
Posição Porto Internacional (em
servidos
Dentro deste contexto há a privatização de partedo US$ milhões)
sistema de estradas de rodagem. As empresasque
1 Santos / SP 26 65.380,03
compram a concessão para administrar as
estradasdevem fazer as melhorias necessárias, 2 Vitória / ES 22 17.087,30
comoampliação e manutenção, podendo cobrar
3 Paranaguá / PR 23 16.553,17
pedágiospelo serviço.
O gráfico abaixo mostra os percentuais de cada modal 4 Rio Grande / RS 21 13.265,23
7 São Sebastião / SP 7 7.059,61
9 Aratu / BA 8 5.586,75
São Francisco do
10 23 5.534,28
Sul / SC
* Dados de 2007. Fonte: IPEA
Com a ampliação do comércio externo, o reflexo no A hidrovia do Rio Madeira é localizada no corredor
transporte marítimo é imediato, exigindo a solução norte especializado no transporte de soja. Atualmente
dos problemas do sucateamento dos portos transporta cerca de 2 toneladas/ano. O rio tem este
brasileiros, na maioria privatizados e com altos custos nome porque, no período de chuvas, seu nível sobe e
operacionais, mesmo com a diminuição das taxas já inunda as margens levando troncos e restos de
madeira das árvores.
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Hidrovia Paraguai‐Paraná passageiros da planície amazônica é feito por essa
hidrovia.
A Hidrovia Paraguai‐Paraná é uma hidrovia que
envolve os cinco países do Rio da Prata: Bolívia, Brasil, Hidrovia Tietê‐Paraná
Paraguai, Uruguai e Argentina.
A Hidrovia Tietê ‐ Paraná é uma via de navegação
A hidrovia começa no município de Cáceres, no Mato situada entre as regiões sul, sudeste e centro‐oeste do
Grosso, e atravessa 1.300 km até Nueva Palmira, no Brasil, que permite a navegação e consequentemente
Uruguai, e passa pelas cidades de Corumbá e o transporte de cargas e de passageiros ao longo dos
Assunção. Sua intenção era permitir o tráfego de rios Paraná e Tietê. Um sistema de eclusas viabiliza a
barcaças 24 horas por dia, 7 dias por semana e 365 passagem pelos desníveis das muitas represas
dias do ano. Pela região passam enormes comboios existentes nos dois rios.
que percorrem suas águas, transportando soja, trigo,
É uma via muito importante para o escoamento da
minérios, combustíveis e madeira. Mas as curvas são
produção agrícola dos Estados do Mato Grosso, Mato
muitas e bem acentuadas. No tempo da seca, bancos
Grosso do Sul, Goiás e parte de Rondônia, Tocantins e
de areia surgem do nada, como icebergs, dificultando
Minas Gerais. A hidrovia movimentou 2 milhões de
a navegação.
toneladas de carga no ano de 2001. Possui 12
Hidrovia Tocantins ‐ Araguaia terminais portuários, distribuídos em uma área de 76
milhões de hectares. A entrada em operação desta
A Hidrovia do Tocantins‐Araguaia é a principal hidrovia
hidrovia impulsionou a implantação de 23 polos
e um dos principais troncos viários do corredor
industriais, 17 polos turísticos e 12 polos de
Centro‐Norte brasileiro. Ela se sustenta
distribuição. Gerou aproximadamente 4 mil empregos
principalmente pela navegação nos rios Tocantins e
diretos.
Araguaia, não sendo, porém navegável em todos os
seus afluentes devido à limitação da calha dos rios e a Somente a hidrovia do Paraná movimentou em 2010,
corredeiras em todo o seu percurso. É uma hidrovia mais de 3,7 milhões de toneladas de cargas.
que transporta cargas por uma região de planalto no
A partir de 1993 o governo decretou o fim do
sentido norte‐sul.
monopólio estatal sobre o setor hidroviário e iniciou
Hidrovia do São Francisco uma nova fase com a privatização de alguns portos no
país. Já em 1995 a navegação de cabotagem deixa de
Equivalente à distância entre Brasília e Salvador, a
ser monopólio estatal, abrindo espaço para a iniciativa
Hidrovia do São Francisco é, sem dúvida, a mais
privada.
econômica forma de ligação entre o Centro‐Sul e o
Nordeste. Há muito tempo o Rio São Francisco ocupa Devido às características climáticas e geográficas de
lugar de destaque no transporte aquático nacional, nosso país temos diversos rios que apresentam
recebendo até mesmo a denominação de Rio da potencial de navegação. Os rios tiveram um papel
Integração Nacional durante o Regime Militar. importante na ocupação do território brasileiro.
Através do Tietê, Amazonas e São Francisco, efetuou‐
O rio São Francisco é navegável em 1.371 km, entre
se a ocupação de vastas porções do território.
Pirapora e Juazeiro / Petrolina, para a profundidade de
Atualmente é o sistema de menor participação no
projeto de 1,5 m, quando da ocorrência do período
transporte de mercadorias. A navegação fluvial vê‐se
crítico de estiagem (agosto a novembro). Sem saída
prejudicada pelo fato de a maior parte dos rios serem
para o Atlântico, em função principalmente das
de planalto e os rios de planície situarem‐se afastados
barragens das hidrelétricas de Paulo Afonso e Xingó, o
das áreas mais desenvolvidas. O aproveitamento
rio São Francisco tem seu aproveitamento integrado
desses rios para a navegação depende da construção
ao sistema rodoferroviário da região.
de canais, eclusas entre outras obras de engenharia,
Hidrovia Solimões‐Amazonas assim o governo não consegue estabelecer um plano
de ação viável financeiramente que possa atrair
A Hidrovia do Solimões‐Amazonas é a principal
investidores para o setor. Tecnicamente já foi
hidrovia e de fato o principal tronco viário da região
demonstrado que com investimentos em obras
norte‐brasileira. Ela se sustenta principalmente pela
específicas é possível melhor aproveitar o potencial de
navegação no rio Solimões/Amazonas, mas é
navegação dos rios brasileiros, em especial os de
navegável em praticamente todos os seus afluentes
planalto, como é caso já estabelecido na hidrovia do
devido à relativa profundidade da calha dos rios e a
Tietê que tem a eclusa da Barra Bonita no Tietê, de
inexistência de corredeiras na planície amazônica.
Jupiá no Paraná, além de outras projetadas.
Nesta hidrovia é transportado além de passageiros,
praticamente todo o transporte cargas que são
direcionados aos grandes centros regionais ‐ Belém e
Manaus. Em quase sua totalidade o transporte de
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As bacias de maior importância para a navegação A precariedade do setor constitui‐se num dos pontos
são: de estrangulamento da nossa economia. Vários são os
problemas que dificultam o desenvolvimento do setor
a) Bacia Amazônica ‐ possui percurso navegável de
de transporte marítimo, entre os quais:
22.446 km, entre o rio Amazonas e seus afluentes.
A navegação do rio Amazonas é embarcações velhas;
internacionalizada até o Porto de Manaus, desde
deficiência das instalações portuárias;
1867, controlada pela Enasa ‐ Empresa de
Navegação da Amazônia S.A. Os principais portos problemas tarifários;
são Belém e Manaus.
desorganização administrativa;
b) Bacia do Prata ‐ compreende a navegação feita no
rio Paraguai, rio Paraná e em alguns afluentes, portos mal estruturados para receber grandes
controlada pelo serviço de navegação da Bacia do embarcações.
Prata (oficial). Cumpre destacar que o transporte O setor de transporte marítimo conta com dois
fluvial do rio Paraguai é um dos mais importantes importantes órgãos:
do Brasil, pelo valor da carga que por ele é
transportada: minérios (ferro e manganês a Sunamam ‐ Superintendência Nacional da
provenientes do Maciço do Urucum), gado, Marinha Mercante, que tem como objetivo
madeira, arroz, cimento, trigo e derivados de reorganizar o setor;
petróleo para importação. Seus principais portos o Geicon ‐ Grupo Executivo da Indústria da
no Brasil são: Corumbá e Ladário. O rio Paraná Construção Naval, que cuida do Planejamento, da
tem seu trecho navegável no Brasil no seu alto execução e renovação das embarcações.
curso, na divisa de São Paulo e Mato Grosso do
Sul, 1.500 km. Transporta trigo, soja, gado e Em parte, os problemas estão sendo resolvidos pelo
madeira e seus portos principais são: Presidente Fundo Portuário Nacional. A ampliação de estaleiros,
Epitácio, Panorama e Guaíra. por meio da política da Sunamam deverá solucionar
grande parte dos problemas referentes às
c) Bacia do São Francisco ‐ constituída por este rio, embarcações, esperando‐se, num futuro próximo, a
desde Juazeiro (Bahia) até Pirapora (Minas renovação quase total da frota.
Gerais), e alguns afluentes. A navegação é
controlada pela Codevasf. A articulação do São
Francisco ao litoral é feita pela Estrada de Ferro Canal do Panamá
Central do Brasil, de Pirapora ao Rio de Janeiro e
pela Viação Férrea Leste Brasileiro, de Juazeiro a O Canal do Panamá é um imenso canal construído
Salvador. A navegação é facilitada pela Barragem pelos americanos com o intuito de ligar o Oceano
de Três Marias e Eclusa de Sobradinho. Atlântico ao Oceano Pacífico.
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Atualmente, o Canal do Panamá é a principal via de possuem uma rede otimizada de transportes, com
navegação entre os dois oceanos por onde passam destaque para os modais ferroviário e hidroviário,
cerca de 12 mil navios por ano de todos os tipos. O assegurando grande fluidez na movimentação de
canal funciona através de um sistema de eclusaspara cargas e pessoas. A bacia do Reno‐Ruhr é a principal
compensar a diferença de altitude entre o Atlântico e via de escoamento de produtos industriais e matérias‐
o Pacífico e entre estes e o Lago Gatun que fica bem primas da Alemanha em direção, principalmente, ao
no meio do canal e é o ponto de maior altitude. Porto de Roterdã, na Holanda.
Canal de Suez O porto de Roterdã é simplesmente o maior porto
marítimo da Europa. Naturalmente, fica na cidade de
O Canal de Suez se estende desde a cidade de Suez, no
Roterdã (Holanda), nos Países Baixos. Entre 1962 e
Egito, às margens do Mar vermelho, até Porto Said, às
2002, este porto foi o porto mais ativo do mundo.
margens do Mar Mediterrâneo, possui 163 km de
Atualmente, está ultrapassado pelos portos de
extensão – o maior canal do mundo (sendo que desta
Singapura e de Xangai.
extensão, 50 km foram escavados em pleno deserto).
Para ser construído, precisou‐se da força de mais de O porto de Roterdã funciona como importante ponto
1,5 milhões de egípcios e 120.000 deles morreram de trânsito para o transporte de granéis e também de
durante este período em razão da cólera. outras mercadorias, entre o continente europeu e
outras partes do mundo. A partir de Roterdã, as
A construção durou 10 anos (1859 a 1869) e foi
mercadorias são transportadas por navio, barcaça
financiada pela França e pelo Egito. Mais tarde o Egito
fluvial, ferroviária ou rodoviária. Desde 2000, existe
vendeu sua parte do canal ao Reino Unido devido à
um rápido ferroviário de carga para ligação entre
dívida externa que contraíra e a Inglaterra tornou‐se a
Roterdã e a Alemanha está em construção. A parte
principal acionista, o que lhe garantia sua rota para as
ferroviária holandesa foi inaugurada ainda em 2007.
Índias.
As grandes refinarias de petróleo estão localizadas a
Sendo uma das vias marítimas mais importantes do oeste da cidade.
mundo, pois liga o Ocidente ao Oriente, tem um fluxo
de 14% dos produtos que movem a economia do
mundo (anualmente mais de 15 mil navios passam por CORREDOR DE EXPORTAÇÃO
ele, com carga total de 300 a 400 milhões de
Corredor de exportação é o conjunto de rotas que
toneladas!). De incalculável valor estratégico, o Egito
compõem a saída do produto desde o centro de
retirou dele em 2007 uma receita (pedágio) superior a
distribuição/armazenagem/estoque até o seu destino,
quatro mil milhões de dólares!
ligando áreas ou localidades, entre os quais ocorre
Para o mundo, um dos fatores de importância deste demanda por transporte para viabilizar fluxo de
canal é a logística: por ele há a possibilidade de se mercadoria de densidade em termos nacionais.
chegar até a Ásia, saindo da Europa, sem precisar Envolve uma estrutura multimodal com investimentos
contornar a África, pelo Cabo da Boa Esperança (o que em estradas, ferrovias, hidrovias, portos e armazéns.
era feito antes de sua construção). Para se ter uma
Foram estabelecidos os seguintes corredores de
noção, o trajeto de Londres (Inglaterra) até Mumbaim
exportação:
(Índia) é encurtado em 45%. Além disso, por estar
perto do Golfo Pérsico, é através dele que se transfere Corredor de exportação do Rio Grande ‐ esse
combustível daquele local para a Europa, corredor destina‐se a estimular as exportações de
correspondendo a 26% das importações de petróleo. sua área de influência, compostos
predominantemente de produtos manufaturados,
Atualmente existe um túnel rodoviário que passa por
como calçados e artigos de couro.
baixo do Canal de Suez. Ao entrar neste túnel, os
veículos descem até 70 metros abaixo do nível do Corredor de exportação de Paranaguá‐ podem,
canal. se relacionar como principais produtos de
exportação nesse corredor, o café, o algodão, a
Porto de Roterdã soja, o milho, e, potencialmente, o sorgo, a carne,
a madeira. As rodovias componentes desse
A eliminação dos entraves ao comércio e à circulação corredor formam um feixe convergente na cidade
entre diferentes países que compõem a União de Curitiba, de onde parte a estrada de acesso ao
Europeia tem incrementado o volume do transporte porto de Paranaguá.
de baixo, médio e longo cursos de mercadorias e
passageiros. Tal fato está em plena ascensão com a Corredor de exportação de Santos‐ a área de
entrada de vários países do leste europeu na União influência do Porto de Santos compreende todo o
Europeia, aumentando o mercado consumidor intra‐ Estado de São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul e
bloco. Países como a Alemanha, França e Holanda Minas Gerais. Entre os produtos primários de
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exportação, pelo volume, destacam‐se: café, São Sebastião (SP) Petróleo
milho, algodão e carne. Também muito variada é São Francisco do Sul (SC) Madeira
a pauta de exportação de produtos
manufaturados. Imbituba ou Henrique Lages
Carvão mineral
(SC)
Corredor de exportação de Vitória‐Tubarão‐ a Itajaí (SC) Pescado
área de influência desse corredor é formada pelos
Estados do Espírito Santo, de Minas Gerais e do
Rio de Janeiro. Esse corredor contempla o TRANSPORTE AÉREO
Quadrilátero Ferrífero, bem como as áreas com
potenciais para a exportação de madeira, carne, O transporte aéreo tem crescido nos últimos anos,
cereais, além de outros produtos manufaturados. aumentando o número de passageiros transportados e
multiplicando os destinos nacionais. A aviação teve
início em 1927 com a criação da Viação Aérea Rio‐
Grandense (Varig) com a linha Porto Alegre a Rio
Grande.
Evolução do Transporte Aéreo de Passageiros
Ano 1945 1975 1986 1995 2010
O transporte aéreo é o segundo maior responsável
pelo transporte de passageiros.
Corredores de Na Amazônia, em virtude do menor desenvolvimento
Corredores de Exportação Principais produtos escoados
de estradas e ferrovias, das grandes distâncias e da
Rio Grande (RS)
Soja, arroz (mercado interno), natureza de seu isolamento, é o avião que permite
carnes, calçados, óleos vegetais boa parte dos intercâmbios, e ali a aviação regional
Café, soja, milho (mercado ganha relevo. Mas essa importância, numa região de
Paranaguá (PR)
interno), algodão, madeira baixas densidades demográficas, é dada muito mais
Café, minérios, carnes,
pelo número de pontos interligados do que pela
Santos (SP) espessura dos fluxos. Por isso, se a quantidade de
manufaturados
passageiros embarcados em voos regionais está em
Rio de Janeiro (RJ) Manufaturados, café
torno de 10% do SE, o número de cidades vinculadas
Vitória‐Tubarão (ES) Minérios, café, madeira (sem considerar as capitais nem Tocantins) é de 42
Recife (PE) Açúcar contra 52 da região SE, no ano de 1995.
Castanha, madeira, borracha,
Belém (PA) minérios, pimenta‐do‐reino,
DUTOS
carnes
Bom meio de transporte de gás natural e
Itaqui (MA) Minérios petróleo. O Gasoduto Bolívia‐Brasil opera
desde 1999 (liga Santa Cruz de la Sierra até a
Região Sul do Brasil).
Outros portos menores são chamados de
Vantagens: ajuda na diversificação de uma
especializados, em função de se dedicarem
matriz energética, diminuindo o consumo de
basicamenteao escoamento de um determinado
petróleo, carvão e eletricidade. Como energia
produto.
é um fator essencial para a economia, são
Portos Especializados Produtos construídos para cobrir quaisquer distâncias.
Areia Branca (RN) Sal Os dutoviários são utilizados quando há a
Maceió (AL) Açúcar garantia ou a previsão de um fluxo contínuo
de gás ou petróleo. Exigem grande
Malhado (Ilhéus‐BA) Cacau
planejamento e investimento. Só se pagam a
Sepetiba (RJ) Minérios (ferro e carvão) longo prazo.
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Na 16ª posição no ranking mundial, o Brasil TRANSPORTE FERROVIÁRIO
tem apenas 22 mil km de dutovias em ‐ menor custo de seguro;
‐ grande capacidade de carga;
operação. Fica atrás da União Europeia (800 Vantagens:
‐ baixo consumo energético;
mil) e de outros países com menor extensão ‐ baixo custo de frete.
territorial como México (40 mil), Argentina Desvantagens:
‐ menor flexibilidade de trajeto;
(38 mil) e Austrália (32 mil). A maioria dos ‐ menor agilidade na manipulação de cargas
‐Produtos Siderúrgicos;
mais de 400 dutos existentes no Brasil são ‐Grãos;
utilizados para transporte de petróleo e ‐Minério de Ferro;
derivados. O primeiro sistema foi instalado na Cargas típicas:
‐Cimento e Cal;
Bahia, no início da década de 40, e ligava a ‐Adubos e Fertilizantes;
‐Derivados de Petróleo;
Refinaria Experimental de Aratu até o Porto ‐Calcário;
de Santa Luzia. Diferente de todos os outros ‐Carvão Mineral;
modais, são os produtos que se deslocam, ‐Contêineres.
por pressão nos tubos ou por arraste, e o TRANSPORTE RODOVIÁRIO
meio de transporte continua fixo. ‐ possibilidade de entrega porta‐a‐porta;
‐ agilidade e flexibilidade na manipulação das
cargas (ideal para indústrias que trabalham
com o just‐in‐time);
Vantagens:
RESUMO ‐ maior frequência e disponibilidade das vias
de acesso;
‐ facilidade na substituição de veículos (no caso
Os meios de transporte são vitais para o de quebra);
‐ maior custo operacional;
funcionamento do mundo moderno. Para determinar
‐ menor capacidade de cargas;
a sua eficiência, devem ser considerados vários ‐ desgaste permanente da infraestrutura.
Desvantagens:
aspectos: tecnologia e capitais disponíveis, tipo de Ou seja, esse sistema não é competitivo para
carga, condições naturais, custo de implantação e longas distâncias e sim para médias e ideal pra
curtas.
manutenção, consumo energético, capacidade e
TRANSPORTE HIDROVIÁRIO
volume de transporte, relação custo‐benefício, ‐ elevada capacidade de transporte, através de
impacto ambiental e segurança. rebocadores e empurradores;
‐ fretes mais baratos do que nos outros
No Brasil, a extensa área, a disponibilidade hídrica, a Vantagens:
modais;
longa faixa litorânea e os relevos pouco acidentados ‐ custos variáveis bem mais baixos;
não impediram a adoção de uma política de ‐ disponibilidade ilimitada.
transportes apoiada nas rodovias. ‐ baixa velocidade;
‐ capacidade de transporte variável em função
Embora o sistema rodoviário, seja oneroso (três vezes do nível das águas;
mais do que o ferroviário e nove vezes mais do que o Desvantagens: ‐ rotas fixas;
‐ necessidade de altos investimentos na
fluvial, além de consumir 90% do diesel utilizado em regularização de leitos de alguns trechos de
transportes no país), responde por cerca de 60% da rios.
carga que circula no território. Como objetivou a TRANSPORTE AÉREO
integração inter‐regional, seu desenvolvimento ‐ velocidade;
‐ eficiência;
prejudicou a melhoria e a expansão dos transportes
‐ confiabilidade;
ferroviário e hidroviário. Vantagens: ‐ a frequência dos voos permite altos giros de
estoque;
As ferrovias transportam 20% da carga (minério de ‐ manuseios altamente mecanizados;
ferro e granéis) e já apresentam expansão em sua ‐ atingem regiões inacessíveis a outros modais.
malha. Para que haja uma rede de hidrovias eficiente ‐ menor capacidade em peso e em volume de
(dada a rica e extensa hidrografia), são necessárias cargas;
Desvantagens: ‐ não atende aos granéis;
barragens e eclusas, além de a cabotagem precisar ser ‐ custo de capital e frete muito elevados;
reformulada dos navios aos portos. ‐ fortes restrições às cargas perigosas.
Na realidade, o transporte multimodal é a melhor
opção para o Brasil, pois a associação de vários
sistemas de transporte e a criação de terminais
rodoviários, ferroviários e hidroviários reduziriam os
fretes, aumentariam a competitividade dos produtos e
permitiriam uma maior integração territorial.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u6595.shtml
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