Phased Array
Phased Array
Phased Array
CENTRO TECNOLÓGICO
VITÓRIA
2017
RAFAEL MATTOS STEIN
VITÓRIA
2017
RAFAEL MATTOS STEIN
COMISSÃO EXAMINADORA
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1.1 MOTIVAÇÃO
2
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Segundo Trombini (2015), uma descontinuidade também pode ser descrita pelo nome
de indicação, que é uma interrupção na estrutura do material, ou seja, a falta de
homogeneidade nas suas características metalúrgicas e não necessariamente é um
defeito. Um defeito é uma falha ou conjunto de imperfeições, que torna o material ou
parte dele, incapaz de atender aos requisitos mínimos de aceitação de sua norma de
fabricação, denotando rejeição.
2.2.PRINCÍPIOS FÍSICOS
2.2.1 CLASSIFICAÇÕES BÁSICAS E PROPRIEDADES DAS ONDAS
Para melhor entendimento do ensaio não destrutivo por ultrassom e necessário saber
o que é uma onda e como ocorre seu funcionamento. As ondas são perturbações
periódicas que se propagam no espaço ou em meios transportando energia. Um
exemplo prático é mostrado na Figura 1, quando uma pedra é jogada em um local
com água calma gerando movimentação oscilatória da mesma em todas as direções
da superfície.
3
Figura 1: Propagação de ondas na superfície d´agua
Essas ondas transversais não se propagam nos meios líquidos ou gasosos, pela
característica das ligações entre as partículas destes meios. Por último temos as
ondas superficiais ou de Rayleigh que se propagam na superfície dos meios sólidos.
4
Para a geração de ondas é importante conhecermos os elementos básicos de uma
onda que podem ser observados conforme a Figura 2.
𝑣 = 𝜆. 𝑓 (1)
Onde:
𝑣 = velocidade de fase da onda [m/s];
𝜆 = comprimento de onda [m];
𝑓 = frequência da onda [Hz].
5
O termo ultrassom aplica-se as ondas mecânicas cuja frequência excede ao valor
máximo perceptível pelo ouvido humano. A frequência do ultrassom possui valores
acima de 20 kHz, onde são mais usuais em ensaios não destrutivos os valores de 0,5
a 20 MHz (Figura 3). A velocidade de fase das ondas ultrassônicas varia em função
do modo de propagação que se encontra, pois está relacionada aos parâmetros
constitutivos da matéria.
6
A velocidade das ondas varia conforme o modo como elas se propagam e dos
parâmetros constitutivos do material. As equações 2, 3 e 4 abaixo se referem a
velocidade dos três modos de propagação das ondas.
(2)
𝐸(1 − 𝜇)
𝑣𝐿 = √
𝜌(1 + 𝜇)(1 − 2𝜇)
(3)
𝐺 𝐸 1 − 2𝜇
𝑣𝑇 = √ = √ = √ .𝑣
𝜌 2𝜌(1 + 𝜇) 2(1 − 𝜇) 𝐿
Onde:
𝑣𝐿 = velocidade de fase da onda longitudinal [m/s];
𝑣𝑇 = velocidade de fase da onda transversal [m/s];
𝑣𝑠 = velocidade de fase da onda superficial [m/s];
𝐸 = modulo de elasticidade [N/m²];
𝜇 = coeficiente de Poisson;
𝐺 = modulo de rigidez [N/m²];
𝜌 = massa especifica [Kg/m³].
𝑍 = 𝜌. 𝑣 (5)
Onde:
7
𝜌 = massa especifica [Kg/m³];
Essas propriedades acústicas dos metais e ligas são influenciadas por variações na
estrutura e condições metalúrgicas. Consequentemente, para uma determinada peça,
as propriedades podem ser diferentes dos valores conhecidos na bibliografia
(SANTIN, 2003).
𝑃𝑟 𝑍2 − 𝑍1 (6)
𝑅= =
𝑃𝑖 𝑍2 + 𝑍1
𝑃𝑡 2𝑍2 (7)
𝑇= =
𝑃𝑖 𝑍2 + 𝑍1
Onde:
8
𝑍2 = impedancia acústica característica do meio 2 [Kg/(m².s)].
Onde:
9
Figura 5: Conversões de modo, reflexão e refração de uma onda longitudinal incidindo
obliquamente em uma interface.
10
apenas um modo de propagação no interior do material, a fim de facilitar a
interpretação dos sinais gerados (PIRES, 2009).
11
Na Figura 7 é mostrado uma faixa de ângulos de incidência de uma onda longitudinal
na cunha de acrílico para os quais a refração no aço ocorre apenas com a onda
transversal.
12
Figura 8: Conversões de modo geradas nas sucessivas reflexões em uma peça. O
modo longitudinal está representado na cor verde e o transversal na cor azul.
2.2.4 PROPRIEDADES
13
sempre que uma vibração acústica percorre um meio elástico. E a energia cedida pela
onda para que cada partícula do meio execute um movimento de oscilação,
transmitindo a vibração as outras partículas do próprio meio. A dispersão deve-se ao
fato da matéria não ser totalmente homogênea, contendo interfaces naturais de sua
própria estrutura ou processo de fabricação. Portanto, o resultado dos efeitos de
dispersão e absorção quando somadas resultam na atenuação sônica. Esse
fenômeno pode ser visualizado no ultrassom quando, na tela do aparelho, aparecem
vários ecos de reflexão de fundo provenientes de uma peça com superfícies paralelas.
As alturas dos ecos diminuem com a distância percorrida pela onda. O espalhamento
da onda sônica causado pelos contornos de grão e fortemente dependente da relação
entre o tamanho de grão e o comprimento de onda do ultrassom (FONSECA, 2005).
A atenuação e importante na inspeção, pois pode inviabilizar o ensaio.
Atenuação sônica
Material de aço Cr-Ni (dB/mm)
Os aparelhos de teste por ultrassom tiveram seu uso iniciado na indústria por volta da
década de 60. No entanto, desde os anos 30, estudos a respeito dos fenômenos
ondulatórios, em materiais sólidos, tem sido aprofundado para a detecção de fissuras,
lacunas, porosidade, descontinuidades internas, medição de espessura e análise das
propriedades do material. A evolução da tecnologia ultrassônica como ensaio não
destrutivo acompanha em grande parte o desenvolvimento da eletrônica e
posteriormente dos computadores. Os primeiros trabalhos com ultrassom foram
desenvolvidos em países europeus e nos Estados Unidos.
No fim dos anos 1940, pesquisadores japoneses foram os pioneiros em testes por
ultrassom para diagnósticos médicos utilizando um aparelho primitivo de B-scan que
fornecia uma imagem de perfil bidimensional das camadas dos tecidos. O
desenvolvimento do sonar durante a Segunda Guerra Mundial deu um impulso nas
pesquisas sobre ultrassom. Em 1945, o norte-americano Floyd Firestone patenteou
um instrumento chamado Refletoscópio Supersônico, que é considerado o primeiro
detector de defeito por ultrassom comercial que usava a técnica de pulso/eco
comumente empregada atualmente. Ele favoreceria a introdução de muitos aparelhos
comerciais nos anos que se seguiram (http://www.olympus-ims.com).
Nos anos 1960, as primeiras versões de escâneres médicos foram utilizados para a
detecção e descrição de tumores, cálculo biliar e condições semelhantes, juntamente,
começaram a desenvolver sistemas de ultrassom Phased Array que utilizavam vários
transdutores de fontes pontuais que foram estimuladas de maneira a direcionar os
feixes sonoros por meio destes padrões de interferência controlada. No início dos
anos 1970, começaram a aparecer os primeiros sistemas de Phased Array comerciais
para diagnóstico médico, usando feixes direcionais para criar imagens transversais do
corpo humano.
Por volta de 1977, Maurice Silk, usou pela primeira vez a técnica de difração de tempo
de vôo (TOFD - Time of Flight Diffraction), para exibir as bordas superior e inferior das
descontinuidades, de forma a permitir uma maior precisão na medição da espessura
da passagem. Esta evolução conduziu os testes por ultrassom à uma ampla variedade
de operações de fabricação que exigiam a medição de espessura de peças em
situações que não se tinha acesso fácil. O método emprega transdutores angulares
de onda, localizados na mesma superfície, para transmitir e receber som (CHARLES,
2013).
15
disponíveis a partir da década de 1980. Isto gerou a mais recente geração de
aparelhos portáteis miniaturizados e confiáveis para sistemas de inspeção em linha
de detecção de defeitos, medição de espessuras e imagem acústica.
O primeiro sistema de Phased Array industrial, introduzido nos anos 1980, era
extremamente grande e precisava que os dados fossem transferidos para um
computador para o processamento e apresentação da imagem. Nos anos 90 surgiram
os aparelhos de Phased Array portáteis alimentados por bateria. Projetos análogos
exigiam espaço e energia para criar configurações multicanais necessárias para
direcionar o feixe, mas a transição para a área digital e o rápido desenvolvimento de
microprocessadores embutidos de baixo custo permitiram um rápido desenvolvimento
de uma nova geração de aparelhos de Phased Array.
16
Atualmente, as inspeções realizadas pelo método do ensaio não destrutivo por
ultrassom têm sido cada vez mais exigentes. Há uma necessidade de migração de
inspeções por ensaio destrutivos, inspeções visuais, manuais, entre outras, por
ultrassom, como contato direto ou convencional, ou até mesmo inspeção por
ultrassom Phased Array automatizada. A eficácia da técnica por Phased Array fica
evidenciada, nos estudos de Zhiliang Bai et al (2016). Segundo Zhiliang Bai et al
(2016), desde 1972 quando turbinas de baixa pressão começaram a ser produzidas,
a preocupação com fragilização por corrosão sob tensão em equipamentos desse tipo
cresceu significativamente. Nessas turbinas, a região de fixação da paleta está sujeita
a desgaste dependente do tempo, mais comumente na forma de CST (corrosão sob
tensão), levando a grandes perdas econômicas e até mesmo acidentes graves.
Consequentemente, a detecção de rotina deve ser realizada para identificar os riscos
potenciais, e o teste não destrutivo ultrassônico é considerado um método eficaz para
detectar fissuras de fadiga em estágio. Porém, a estrutura complexa torna a posição
do transdutor muito limitada, o que não pode ser detectado por técnicas ultrassônicas
tradicionais. As concentrações de tensão ocorrem nas arestas onde o disco e a paleta
estão ligados (Figura 9).
17
Zhiliang Bai et al (2016), cita que, o aumento dramático no uso de matrizes
ultrassônicas Phased Array para avaliação não-destrutiva na indústria, ocorre devido
ao seu grande potencial para aumentar a qualidade da inspeção e reduzir o tempo de
inspeção. As principais vantagens da técnica são a sua maior flexibilidade, velocidade
de detecção mais rápida e maior sensibilidade ao método ultrassom de um único
elemento convencional.
18
Segundo Habermehl e Lamarre (2008), as imagens aprimoradas com melhor
resolução, reproduzidas pelo Phased Array, reduzem o fator erro humano, garantem
cobertura total da peça inspecionada, e aumentam a confiabilidade da inspeção.
O sistema Phased Array tem a capacidade de varrer um feixe sonoro de uma sonda
através de um intervalo de ângulos refratados, ao longo de uma trajetória linear ou
foco dinâmico de uma quantidade de profundidades diferentes. Assim este aumenta
a flexibilidade e capacidade de configurações para inspeção, além disso, possui
recurso de visualização de inspeção através da criação de uma imagem da área de
inspeção. A imagem de Phased Array oferece ao usuário o recurso de ver o ponto
20
relativo para a resposta de defeitos multiangulares e alteração de pontos, que podem
auxiliar na identificação de defeitos e dimensionamento. Embora isto possa parecer
particularmente complexo, pode-se realmente simplificar a expansão da cobertura da
inspeção com o aumento da detecção eliminando instalações complexas e
transdutores múltiplos que muitas vezes são exigidos por certos métodos de inspeção
por ultrassom convencional.
Um ultrassom convencional, assim como o Phased Array, pode representar de
diversas formas uma inspeção, sendo elas do tipo A-scan, B-scan e C-scan. Porém a
vista S-scan ou Sectorial Scan, pode ser gerada somente da inspeção via ultrassom
Phased Array. Na representação S-scan o feixe sônico é setorial produzido em ângulo
pelo transdutor mostrando na tela a posição das indicações a partir do centro do
transdutor. Em adição, a forma de apresentação S-scan para varredura setorial
angular (Figura 13) por Phased Array também não é comum, e somente aparelhos
que possuem funções especiais Phased Array são capazes de mostrar esta forma de
representação de sinais.
21
Figura 13: S-scan "Sectorial Scan
Fonte: Olympus-IMS
22
2.6. COMPARAÇÃO ENTRE AS TÉCNICAS
23
2.7.VANTAGENS DO PHASED ARRAY
24
Vantagens em relação a outros ensaios:
• O método ultrassônico PA possui alta sensibilidade na detectabilidade de
pequenas descontinuidades internas, por exemplo, trincas devido a
tratamento térmico, fissuras e outros de difícil detecção por ensaio de
radiações penetrantes (radiografia ou gamagrafia);
• Para interpretação das indicações, dispensa processos intermediários,
agilizando a inspeção;
• No caso de radiografia ou gamagrafia, existe a necessidade do processo de
revelação do filme, que via de regra demanda tempo do informe de resultados;
• Ao contrário dos ensaios por radiações penetrantes, o ensaio ultrassônico
não requer planos especiais de segurança ou quaisquer acessórios para sua
aplicação;
• A localização, avaliação do tamanho e interpretação das descontinuidades
encontradas são fatores intrínsecos ao exame ultrassônico, enquanto que
outros exames não definem tais fatores. Por exemplo, um defeito mostrado
num filme radiográfico define o tamanho, mas não sua profundidade e em
muitos casos este é um fator importante para proceder um reparo.
Vale ressaltar que, nenhum ensaio não destrutivo deve ser considerado o mais
sensível ou o mais completo, pois as limitações e as vantagens fazem com que
aplicação de cada ensaio seja objeto de análise e estudo da viabilidade de sua
utilização, em conjunto com os Códigos e Normas de fabricação.
25
Tabela 4: Comparação entre 3 ensaios não destrutivos
26
3.0 . METODOLOGIA EXPERIMENTAL
Para efeitos de análise qualitativa como quantitativa, e também para validar a eficácia
da técnica de avaliação por ensaio não destrutivo Phased Array, foram utilizados; uma
peça de aço carbono com junta soldada, equipamento portátil de ultrassom Phased
Array, um cabeçote ou cunha, uma sonda específica para testes por PA, e fluido
acoplante. Todos os itens utilizados e o procedimento de análise está detalhado a
seguir.
3.1. MATERIAL
O material utilizado para inspeção consiste de uma amostra de aço A-36, com cordão
de solda (FIGURA 14, 15, 16). As dimensões da amostra são 17,15 cm de largura;
14,75 cm de comprimento e 19,05 mm de espessura. A junta de solda tem sua raiz
feita por Eletrodo Revestido E7024 e seu enchimento feito por MIG ER70S-6.
Figura 14: Amostra de aço A-36 com junta de solda (parte superior)
Fonte: Autor
27
Figura 15: Amostra de aço A-36 com junta de solda (parte inferior)
Fonte: Autor
Fonte: Autor
28
O ultrassom empregado neste trabalho é um Phasor Array XS 16/64 (Figura 17), da
marca GE (General Electrics Sensing and Inspection Technologies).
Fonte: Autor
29
Figura 18: Sonda
Fonte: Autor
Fonte: Autor
30
Figura 20: Cabeçote acoplado a sonda
Fonte: Autor
Óleo SAE 15W40 foi aplicado aos testes como fluido acoplante.
3.2.PROCEDIMENTO
Após realizar a configuração do equipamento, este está apto para ser usado na
inspeção da junta soldada da placa de aço A-36. A inspeção deve ser iniciada
deslizando o conjunto sonda/cunha longitudinalmente ao cordão de solda (Figura 21),
não deixando de fazer uso do fluido acoplante. Na primeira passagem, é possível
identificar a ocorrência de descontinuidades.
31
Figura 21: Sentido da inspeção do cordão de solda
Fonte: Autor
32
Em passagens posteriores deve ser ajustado o ganho (Gain) do feixe de ondas(Figura
22), com o cursor do lado esquerdo em decibéis (dB), para uma melhor análise das
indicações.
Com o cursor rotativo do lado direito (Figura 23) é feito a varredura angular da seção
inspecionada. O ângulo de abertura para varredura pode ser determinado pelo
operador, este é mostrado na parte superior direita da tela conforme a Figura 23. Para
este teste foi delimitado uma faixa angular de 40˚ a 70 ˚.
33
Figura 23: Indicação na tela e cursor do ângulo da varredura (Beam)
34
Figura 24: Indicações demarcadas na peça
Fonte: Autor
Nesta etapa, já com os limites das falhas demarcadas, é preciso ser cauteloso para
verificar dentro das extremidades das indicações, onde estas apresentam as maiores
variações em toda sua extensão, à medida que esta é visualizada na tela do
equipamento.
35
pelo cursor de varredura da seção, podendo ser verificado um pico destacando-se,
onde ocorre a descontinuidade.
Fonte: Autor
36
3.3 RESULTADOS OBTIDOS
Após realizar aferição na amostra descrita anteriormente utilizando o equipamento de
ultrassom Phasor Array, foi conferida a existência de 3 descontinuidades relevantes
(Figura 24). A primeira descontinuidade (A), tem uma de suas extremidades
posicionadas a 113 mm da lateral da peça (Figura 26). Esta tem uma extensão de
20mm, e se encontra localizada a 6,68mm de profundidade da porção superior da
peça. A profundidade da descontinuidade é indicada na tela do equipamento por L1-
2 como pode ser visto na Figura 27.
Fonte: Autor
37
Figura 27: Indicação na tela do PA da profundidade da descontinuidade A
Fonte: Autor
Fonte: Autor
38
A descontinuidade C, como mostrada na Figura 26, se encontra 21mm distante da
lateral da peça e possui uma largura de 16.5mm, sua profundidade medida foi de
7,03mm (Figura 29).
Fonte: Autor
Distância da Comprimento
extremidade L1-2 P1-2 Z1-2 da
Descontinuidade
inferior da (mm) (mm) (mm) descontinuidade
peça (mm) (mm)
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4.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS
As descontinuidades presentes na amostra eram esperadas, por se tratar de um bloco
catalogado fornecido pelo fabricante para treinar, investigar e explorar as funções,
características e diferentes técnicas proporcionadas por um equipamento de
Ultrassom. Essas indicações advêm da falta de fusão do metal de adição durante o
processo de soldagem, possivelmente tais falhas foram criadas propositalmente, e
também por se tratar de um cordão de solda bastante espesso (±19mm).
Em vista que a técnica de inspeção por ensaio não destrutivo com ultrassom já é algo
bastante difundido na indústria, os altos custos para especialização, treinamento e
também dos equipamentos para execução da técnica de inspeção inviabilizam
expandir o conhecimento com facilidade. Uma vez que é feito o contato com a técnica,
pode-se despertar maior interesse e consequentemente disseminar cada vez mais o
conhecimento sobre este tipo de ensaio.
40
6.0. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DAVIS M., General procedure for ultrasonic examination using phased array,
2006.
HABERMEHL J., LAMARRE A., Ultrasonic Phased Array tools for composite
inspection during maintenance and manufacturing. World Conference on
Nondestructive Testing, 2008. Shangai, China
HALLIDAY D., RESNICK R., WALTER J., Fundamentos da Física, 9° edição, 2012.
MIRANDA, J., Apostila - Conceitos básicos do ensaio por ultrassom, p. 4-8, 2010
ZHILIANG BAI, SHILI CHEN, LECHENG JIA and ZHOUMO ZENG, Phased array
ultrasonic signal compressive detection in Low-Pressure Turbine Disc, NDT
and E International, 2016.
Sites utilizados
www.olympus-ims.com
www.abendi.org.br
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Apêndice A
Plano de operação do Phasor Array XS GE 16/16
Este é um passo a passo básico simplificado para aprendizagem da configuração e
operação do ultrassom Phasor Array.
Caso a sonda Phased Array seja equipada como uma cunha, esta deve ser acoplada
a extremidade da sonda, parafusando a cunha a sonda.
Após a instalação da sonda e, caso convenha ao operador, dependendo do tipo de
inspeção, realizar o acoplamento também de uma cunha. Então o equipamento pode
ser ligado, ressaltando que, o equipamento é portátil e equipado com uma bateria de
Lítio (Figura 31), com durabilidade em torno de 4 h. Caso a bateria esteja baixa este
deve ser ligado para recarga. E também, caso o equipamento desligar durante a
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operação, por falta de bateria, quando ligado novamente, suas configurações são
restauradas.
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4˚ Passo: Inserindo as configurações da sonda
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Para inserir o código e número de série da sonda, primeiro ative o Submenu PROBE
DATA, em seguida pressione ao lado de uma das seleções (CODE ou SERIAL
NUMBER). Para alterar os dígitos conforme constam na sonda, gire o Botão de função
(cursor rotativo do lado direito). Para que o próximo dígito fique ativo, gire o Botão de
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ganho (cursor rotativo do lado esquerdo). Para uma sonda que se comunica com o
equipamento essa configuração se faz automaticamente.
Para definir a geometria da sonda (PRB GEO, PRB FREQ, NUM ELEMENTS, PITCH)
ative o Submenu PRB GEO (localizado no Menu PROBE). As seleções aparecerão
ao longo do lado esquerdo do display. Pressione ao lado de uma das seleções
(FREQUENCY, NUM ELEMENT, PITCH). Para alterar o valor exibido gire o botão de
função. As seguintes configurações ficarão disponíveis:
FREQUENCY - 4 MHz
Ative o Submenu WDGE GEO (localizado no Menu PROBE). As opções irão aparecer
ao longo do lado esquerdo do display. Em seguida pressione ao lado de uma das
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seleções (VELOCITY, OFFSET Z, ANGLE). Para alterar o valor exibido (para coincidir
com o impresso na cunha), gire o botão de função. Você irá observar que as seguintes
configurações ficarão disponíveis
OFFSET Z – Insira em pol. / mm (deve ser definido como 0 quando não existir cunha
instalada) para ser igual a dimensão medida pelo usuário desde a superfície da cunha
em contato com a peça em teste até o Ponto de índice da sonda.
ANGLE – de 0,0 a 90 graus para coincidir com o ângulo da cunha medido pelo usuário.
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pressionada a tecla Home, durante três segundos ou acesse o SCAN PATT submenu,
e pressione o botão ao lado da função CALC.
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1000 𝑛𝑠
𝑃𝑈𝐿𝑆𝐸 𝑊𝐼𝐷𝑇𝐻 = 2𝑓
(com 𝑓 em MHz)
Por exemplo, paro o caso da sonda que acompanha o Phasor presente no Labsolda-
UFES (4 MHz) teremos:
1000 𝑛𝑠
𝑃𝑈𝐿𝑆𝐸 𝑊𝐼𝐷𝑇𝐻 = 2𝑥4
= 125 ns
Os sinais que atravessam um gate são avaliados para fins de detecção de defeitos e
de espessura do material. Quando o sinal atravessa o gate A ou B, é usado para fins
de avaliação o ponto de cruzamento do gate (flanco) ou o ponto máximo (pico) do
sinal (no gate específico).
• O A-scan exibe as amplitudes do eco como função da distância para todas as ondas
sonoras refletidas. Quando o gate é movido para baixo, a área com gate representa
uma região mais profunda no material de teste.
• Aumentar o limite de um gate significa que somente sinais refletidos com amplitude
suficientemente grande irão atravessar o gate.
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o ponto de início girando o Botão de função. Aumentar e diminuir o valor do ponto de
início move o gate (na visualização A-scan) para a direita e esquerda,
respectivamente. O ponto de início do gate permanecerá como configurado, mesmo
quando forem feitos ajustes de largura.
O ganho digital pode ser adicionado a até 40 dB de ganho analógico. Esse ganho é
acessado por uma ação de pressionar e manter pressionada a tecla de passo do
ganho. O ganho digital permite que o usuário avalie sinais em uma amplitude mais
alta ou mais baixa no modo congelar.
Alteração do incremento do ajuste do ganho (PASSO dB): Para ajustar o, cada clique
do botão de ganho aumenta ou diminui o nível do ganho em um incremento de dB
igual ao PASSO dB. Diversos valores podem ser especificados para PASSO dB,
inclusive um BLOQ do Botão de ganho, que impede qualquer ajuste do ganho.
0,1dB, 0,2 dB, 0,5 dB, 1,0 dB, 2,0 dB, 6 dB e BLOQ.
CURSOR 2—Opera um segundo cursor horizontal (com código de cor) com o Botão
de ganho e um cursor vertical ou de feixe com o Botão de função. Esse menu
também permite que o usuário exiba uma ORIGIN LINE correspondente às distâncias
WEDGE FRONT mais OFFSET ORIGIN (se houver) para representar o local-alvo
definido pelo usuário.
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• P2—Distância horizontal projetada desde a linha de origem até o cursor 2
Vertical na interseção do cursor 2.
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