Apostila de Liderança de Equipes
Apostila de Liderança de Equipes
Apostila de Liderança de Equipes
SUMÁRIO
Gestão e Liderança
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1. PROGRAMA DA DISCIPLINA
1.1 Escopo
16 horas aulas
1.3 Objetivos
O líder por sua vez sofre diretamente os reflexos deste contexto devido a grande
complexidade de gerir pessoas neste ambiente competitivo global.
Este treinamento está sendo estruturado para que o líder consiga trabalhar e desenvolver
as competências essenciais em sua equipe para responder as atuais exigências
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1.5.4 Comunicação
Este tópico tem por objetivo aprimorar o poder de comunicação das pessoas, bem
como o poder de influência. Também neste módulo será abordado com ênfase o grande
problema de comunicação existente dentro das empresas e como aprimorar as pessoas
para trabalharem melhor a comunicação dentro das organizações para evitar problemas,
prejuízos, retrabalhos etc.
1.5.6 Motivação
O módulo de motivação aborda as principais teorias motivacionais como forma de
fornecer o entendimento necessário para que o líder consiga gerar os estímulos externos
adequados para que seus liderados tenham motivos para ações assertivas e direcionadas.
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1.6 Metodologia
Aula expositiva com explanação dos conceitos básicos; atividades práticas, estudo de
casos, debates e apresentação de vídeos para a fixação dos conteúdos discutidos.
Para a garantia dos objetivos propostos pelo programa, o mesmo será trabalhado da
seguinte forma:
- COGNITIVA – através de textos de apoio e exposições orais será trabalhado o
conhecimento de maneira a transmitir conceitos teóricos que sustentem todas as
atividades realizadas.
- LÍMBICA – o conhecimento será transmitido através de atividades lúdicas, jogos e
dinâmicas de grupo as quais darão um entendimento dos conceitos tratados ao longo do
curso.
- REPTILÍCAS – o conhecimento será transmitido através de ações práticas e vivenciais
mostrando principalmente o como realizar cada um dos conceitos tratados ao longo do
curso.
HAGGAI, John E., Seja um líder de verdade. Minas Gerais, 1ª Ed., Editora Betânia, 1990.
VIEIRA, Damaris N.; CHERNICHARO, Edna de Assunção M.; BARRADAS, Mary Suely S.;
Liderança de Equipes. Ed. FGV, 2008.
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2.1 Introdução
Para gerar os resultados positivos a fim de que a organização concretize suas metas
é necessário que o líder aprimore sua capacidade de relacionamento e técnica, tecendo
equipes comprometidas, preparadas, flexíveis, com sinergia e confiança mútua.
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de imagens (as sombras das estatuetas projetadas no fundo da caverna) e que somente
agora está a contemplar a própria realidade.
Libertado e conhecedor do mundo, o prisioneiro regressaria à caverna, ficaria
desnorteado pela escuridão, contaria aos outros o que viu e tentaria libertá-los.
Que lhe aconteceria nesse retorno? Os demais prisioneiros tentariam ridicularizá-
lo, não acreditariam nas suas palavras e, se não conseguissem silenciá-lo com os seus
gracejos, tentariam fazê-lo espancando-o e, se mesmo assim, ele teimasse em afirmar o
que viu e os convidasse a sair da caverna, certamente acabariam por matá-lo. Mas, quem
sabe, alguns poderiam ouvi-lo e, contra a vontade dos demais, também decidissem sair
da caverna rumo à realidade.
O que é a caverna? O mundo em que vivemos.
Que são as sombras das estatuetas? As coisas materiais e sensoriais que percebemos.
Quem é o prisioneiro que se liberta e sai da caverna? O filósofo.
O que é a luz exterior do sol? A luz da verdade.
O que é o mundo exterior? O mundo das ideias verdadeiras ou da verdadeira realidade.
Qual o instrumento que liberta o filósofo e com o qual ele deseja libertar os outros
prisioneiros? A interrogação.
O que é a visão do mundo real iluminado? A filosofia.
Por que é que os prisioneiros ridicularizam, espancam e matam o filósofo (Platão está a
referir-se à condenação de Sócrates à morte pela assembleia ateniense?)? Porque
imaginam que o mundo sensível é o mundo real e o único verdadeiro.
(Marilena Chaui)
Este modo de contar as coisas tem o seu significado: os prisioneiros somos nós que,
segundo nossas tradições diferentes, hábitos diferentes, culturas diferentes, estamos
acostumados com as noções sem que delas reflitamos para fazer juízos corretos, mas
apenas acreditamos e usamos como nos foi transmitido. A caverna é o mundo ao
nosso redor, físico, sensível em que as imagens prevalecem sobre os conceitos, formando
em nós opiniões por vezes errôneas e equivocadas, (pré-conceitos, pré-juízos). Quando
começamos a descobrir a verdade, temos dificuldade para entender e apanhar o real
(ofuscamento da visão ao sair da caverna) e para isso, precisamos nos esforçar, estudar,
aprender, querer saber. O mundo fora da caverna representa o mundo real, que para
Platão é o mundo inteligível por possuir Formas ou Ideias que guardam consigo uma
identidade indestrutível e imóvel, garantindo o conhecimento dos seres sensíveis. O
inteligível é o reino das matemáticas que são o modo como apreendemos o mundo e
construímos o saber humano. A descida é a vontade ou a obrigação moral que o homem
esclarecido tem de ajudar os seus semelhantes a saírem do mundo da ignorância e do mal
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para construírem um mundo (Estado) mais justo, com sabedoria. O Sol representa a Ideia
suprema de Bem, ente supremo que governa o inteligível, permite ao homem conhecer e
de onde deriva toda a realidade (o cristianismo o confundiu com Deus).
Portanto, a alegoria da caverna é um modo de contar imageticamente o que
conceitualmente os homens teriam dificuldade para entenderem, já que, pela própria
narrativa, o sábio nem sempre se faz ouvir pela maioria ignorante.
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inconveniências pelas quais o restante dos animais ou não são afetados ou com as quais
não se preocupam antecipadamente: as enfermidades naturais, infância, velhice e
doenças.
Rousseau ainda afirma que a capacidade de raciocinar do homem é mais elevada,
e mesmo sendo dotado de sentidos como os animais, estes diferenciam-se dos homens
pela ausência da qualidade de agente livre. Enquanto um animal faz suas escolhas ou
rejeita algum sujeito por instinto, o homem o faz por um ato de liberdade.
Outra notável diferença é a perfeição existente no homem – possui paixões que se
originam necessidade e progressos em conhecimentos. E, em confronto com essa
afirmação, essas paixões, a citar-se a paixão de amor, a qual foi muito bem definida por
Thomas Hobbes em sua obra “Leviathan”, levam os homens à sua destruição. Nota-se, no
entanto, que isso só aconteceria numa sociedade já formada, já que no próprio estado de
natureza não se faz distinção entre os seres – os homens unem-se até o ponto em que
seus interesses forem atendidos, ou seja, serão os interesses do homem que irão
influenciar em sua sociabilidade com os demais.
Na segunda parte, Rousseau começa com uma explicação para o fato de os homens
reunirem-se em uma sociedade (autopreservação), visto que é mais fácil resistir e
combater animais selvagens quando se está em grupo. E com essa convivência observa-
se se que foi dado o primeiro passo para a desigualdade: distinção entre o mais belo, o
mais forte, o mais destro, o mais eloquente. Daí se originam sentimentos de vaidade,
desprezo, vergonha e inveja, até então desconhecidos no estado natural, em que a
desigualdade podia-se considerar praticamente nula, ou seja, quase não existente.
Com a conglomeração humana foi delimitada a propriedade, e, por meio de sua
divisão, foram geradas as primeiras regras de justiça, tendo o trabalho como origem dos
direitos sobre os produtos da terra e do próprio terreno (aquele que trabalha e produz tem
direito sobre aquele espaço). Assim, instituíram-se as práticas da agricultura e metalurgia,
e, assim, havia necessidade dessas técnicas, já que não trariam benefícios ao homem
individualmente, apenas em grupo.
Feita a aquisição da propriedade, esta foi repassada aos sucessores, geralmente seus
familiares, sob forma de heranças, donde partiram as primeiras ideias de dominação,
servidão e, consequentemente, violência. E assim, deu-se o estado de guerra, que só
poderia ser suprimido em se voltando a um estado primitivo que não o estado de natureza
– sua realização seria inviável. Seria preciso recomeçar a evolução da sociedade baseada
em regras e princípios a serem respeitados, a fim de obter-se uma saciedade mais justa e
suportável.
Rousseau apresentou nestas duas partes da obra a passagem do estado natural para o
estado civil, ou seja, o estado social que então conhecemos, mostrando desta forma como
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2.4 Percepção
O processo de percepção tem início com a atenção que não é mais do que um
processo de observação seletiva, ou seja, das observações por nós efetuadas. Este
processo faz com que nós percebamos alguns elementos em desfavor de outros. Deste
modo, são vários os fatores que influenciam a atenção e que se encontram agrupados em
duas categorias: a dos fatores externos (próprios do meio ambiente) e a dos fatores
internos (próprios do nosso organismo).
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- Fatores internos: Os fatores internos que mais influenciam a atenção são a motivação
(prestamos muito mais atenção a tudo que nos motiva e nos dá prazer do que às coisas
que não nos interessam); a experiência anterior ou, por outras palavras, a força do hábito
faz com que prestemos mais atenção ao que já conhecemos e entendemos; e o fenômeno
social que explica que pessoas de contextos sociais diferentes não prestem igual atenção
aos mesmos objetos (por exemplo, os livros e os filmes a que se dá mais importância em
Portugal não despertam a mesma atenção no Japão).
- Percepção Social
A percepção social das pessoas está relacionada com diversos fatores dentre os
quais: Estrutura; Enquadramento ou contexto; Experiência; Situação Interior; Influência
do grupo.
Estrutura
Exemplo: Não julgamos um nariz bonito ou feio, mas sim a estrutura como um todo, ou
seja, o rosto da pessoa é bonito ou feio. Um homem sujo e mal vestido na esquina sentado
provoca o julgamento de que este homem possa ser um mendigo.
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Enquadramento ou Contexto
O relacionamento interpessoal também tem exigido uma série de atenções como, por
exemplo:
- Cores – A cor branca em algumas culturas representa luto, amarelo em outras representa
esperança, etc.
- Costumes Alimentares – Judeus não comem carne de porco e na Índia a vaca é um animal
sagrado.
Experiência
De acordo com esta premissa, cada pessoa pode interpretar de maneira diferente, ou ter
pontos de vistas diferentes olhando para um mesmo objeto, ou situação e no mesmo ponto
de vista.
Fica claro então que a soma das experiências, conhecimentos que são acumuladas
durante a vida influencia diretamente na maneira com que usamos a percepção sobre as
coisas e pessoas.
Situação Interior
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Devido a este fato, nota-se que as pessoas reagem de maneiras diferentes defronte
ao mesmo estímulo, ou seja, dependendo do seu estado interior ela agirá de formas
variadas que diferem umas das outras.
Exemplo: Um funcionário, que está super feliz com a empresa e seus resultados,
recebe bem a notícia que ele terá que fazer horas extras. Já a mesma notícia para a mesma
pessoa em um dia que ele está desapontado pode provocar nele sentimentos diferentes
como tristeza.
A percepção humana não difere deste conceito, ou seja, as pessoas percebem coisas
de acordo com seu estado interior.
Influência do Grupo
Esta influência exerce uma força tão grande que chega a alterar a percepção,
conceitos e comportamentos das pessoas.
2.5 Persuasão
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O ato de persuadir é uma grande ferramenta para os líderes, pois este utilizando a
persuasão para fins legais e éticos, bem como a forma usada para persuadir sua equipe
pode gerar grandes ganhos para a empresa e fazer toda a diferença na busca por
resultados.
Numa era de informação global, no entanto, em que comunicar está na base das
relações pessoais e profissionais, estar familiarizado com as principais formas de
convencimento virou um trunfo de mão dupla: quem sabe a importância de convencer
alguém saberá também não cair tão fácil na primeira lábia de um interlocutor.
Mestre em estudos literários pela Unesp, o linguista Victor Hugo Caparica lembra
que mesmo as relações interpessoais são, em última análise, relações interdiscursivas. Ou
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seja: na maior parte do tempo, estamos argumentando em maior ou menor grau com as
pessoas que nos cercam, influenciando e sendo por elas influenciados.
"E isso pode ser desde uma simples conversa no corredor até uma negociação de
vendas ou investida romântica. Em todos os casos, estar preparado para lidar com essas
relações dialógicas implica não apenas falar ou escrever melhor, como também estar
menos suscetível a tais astúcias da enunciação", observa.
Alvo fácil
- Argumento-isca: Induzir o interlocutor a admitir uma ideia que logo depois será usada
contra ele.
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- Atentar para elementos não verbais, como postura, tom de voz, imagens etc., que
também são levados em conta além do conteúdo daquilo que se diz.
Como podemos nos preparar para persuadir os outros e aprender a ter ouvido crítico
em nossas relações dialógicas? O primeiro passo, se quisermos convencer alguém de algo,
é saber em que consiste uma boa argumentação.
"O bom argumento é aquele que se sustenta, aquele que é bem fundamentado. O
argumento construído sobre alegações, apresentando provas do que se afirma, como uma
boa pilha de pratos que, sem apoios exteriores, fica firme e não cai", explica Celso Cruz,
professor dos cursos de Comunicação e Design na Escola Superior de Propaganda e
Marketing (ESPM).
Para Cruz, um discurso bem argumentado apresenta suas propostas com clareza e
precisão, desenvolvidas com leveza, riqueza de vocabulário, imagens e sonoridades
sugestivas, com ritmo e sem enrolação, concluindo de um modo elegante, que amarre os
pontos da conversa e a fixe em nossa mente, convidando o interlocutor à ação.
"Ao falar com uma plateia de pessoas de idade com determinado valor social, se
contrariar esses valores já vou começar mal, não vou conseguir convencê-la", acrescenta
Maria Teresa de França, professora de redação e linguagem jurídica na Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
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O linguista lembra ainda que não existe um único tipo de público, com uma única
hierarquia de valores e ideologias. Existe o público de uma sala de aula do ensino médio,
o de uma reunião de executivos de uma grande empresa, o de eleitores de uma cidade ou
estado, e os públicos formados por uma única pessoa, como quando conversamos com um
amigo.
"Para cada tipo de público, assunto, situação e intenção, haverá um conjunto ideal
de expedientes e técnicas argumentativas para se atingir a eficácia. Assim, não existe
um único recurso ou dica que possa garantir o sucesso de um orador, mas um grande
grupo desses recursos a ser estudado", afirma.
A crença de que a excelência humana não seria um dom nato, e portanto, poderia
ser aprendida por meio de técnicas, teria sido introduzido na Grécia Antiga. As civilizações
mesopotâmica, egípcia e chinesa, no entanto, registram o uso da retórica antes dos gregos.
Antes dele, professores gregos itinerantes, os sofistas, entraram para a história por
prometerem ensinar a qualquer um a se tornar um orador persuasivo.
Barreira
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Técnicas fundamentais
O consultor acredita que conhecer o público vai além da simples observação leiga.
Hoje a psicologia já mapeou tipos humanos que podem auxiliar na identificação de um
público-alvo.
Tipos de público
- De comportamento "visual": Há, por exemplo, pessoas que guiam seu comportamento
por aspectos visuais. Elas raciocinam em termos de imagem. Para serem persuadidas,
precisamos vender a elas um produto ou ideia trabalhando imagens. Por isso, se queremos
convencê-las a ir à praia, vamos descrever o mar, a areia, o sol etc.
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precisam ver o produto ou uma fotografia para comprar, mas precisam de uma descrição
oral.
"Uma boa dica é ter uma tese de adesão inicial, uma ideia de fácil e consensual
aceitação que possa levar ao que se quer afirmar. Posso partir da ideia de que mortes
acidentais são tragédias que devem ser evitadas ao máximo, para iniciar uma
argumentação contra a posse de armas de fogo ou contra o uso de álcool no trânsito",
afirma Victor Hugo Caparica.
"Tudo isso numa linguagem simples e clara, à altura da compreensão do leitor que
não terá elementos para discordar. Na parte final, a argumentação volta a fazer referência,
não por acaso, ao ímã da atenção usado no início. Aqui ele reaparece fortalecido por todo
o processo desenvolvido, não deixando alternativa ao público que não seja concordar e
aceitar que foi persuadido", explica.
Osório Antonio Cândido da Silva avalia que, após criar um argumento desafiador,
devemos fazer uma análise de fatos que sustentem o raciocínio inicial para desmontar as
resistências do opositor, conduzindo-o para uma situação em que ele possa admitir
somente o que o autor espera". Obtida esta primeira "vitória", diz Silva, a missão de
persuadir estará bastante facilitada. Os próximos argumentos, então, deverão ter uma
estrutura sequenciada que dirija o raciocínio da plateia para a lógica e concordância das
ideias do discurso.
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Convencer e persuadir não são a mesma coisa. Conforme explica o professor Osório
da Silva, a palavra "persuasão" vem de persuadere, que significa "aconselhar" em latim e
pode ser definida como a arte de apresentar argumentos apelando para a emoção do
interlocutor com o objetivo de conseguir sua adesão.
"Há dois grandes campos estratégicos: o do convencimento, que lida com fatos,
informações, esclarecimentos, e o da persuasão, que gerencia emoções e
relacionamentos", afirma Celso Cruz, professor da ESPM.
Victor Hugo Caparica avalia que, num texto escrito, por exemplo, elimina-se a
necessidade do im-proviso, ao passo que no discurso oral isso é quase indispensável. Por
outro lado, o discurso oral pode empregar expedientes mais enfáticos, como tom de voz e
postura física.
Os princípios de Cialdini
- A lei da reciprocidade: as pessoas se sentem obrigadas a retribuir algo que lhes dermos;
- A lei do apreço: se você simpatiza com alguém, está mais inclinado a agradar e a
concordar com essa pessoa;
- A lei da escassez: se você não está seguro sobre comprar alguma coisa, no momento em
que ela é anunciada como a "última oferta", você se dispõe a reexaminar sua posição:
- A lei da autoridade: quando uma pessoa que você admira ou respeita aprova uma ideia,
você tende a pensar que ela é boa para você também;
- A lei da prova social: se você está indeciso, tende a seguir o comportamento das pessoas
ao seu redor e fazer o que é considerado socialmente correto e seguro.
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1- Participação: Deve haver uma participação equilibrada, não havendo dominante, nem
ausente. Deve haver equilíbrio;
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6- Realização das tarefas: é de extrema importância que todos estejam conscientes da sua
responsabilidade em relação à realização das tarefas que cabem ao grupo. Em um
relacionamento interdependente, a falha de um membro pode atrasar toda uma equipe.
No Tênis, a outra pessoa é seu adversário e não seu parceiro, portanto, o objetivo
é derrotá-la, procurando fazê-la errar. O bom jogador de Tênis é aquele que conhece o
ponto fraco do oponente, e o explora para tentar derrotá-lo. O auge do Tênis, portanto, é
o momento em que o jogo termina porque a outra pessoa foi colocada para fora do jogo.
Alegria de um lado, e tristeza do outro.
Já no Frescobol, o objetivo é que nenhum dos dois percam. Se a bola chega “meio
torta”, a outra pessoa assume que não foi de propósito, e se esforça para devolvê-la
“redondinha”, no lugar certo, para que o outro possa pegá-la. Quando alguém erra, aquele
que errou pede desculpas, o outro também se sente responsável pelo ocorrido, juntos
buscam uma maneira de evitar que o erro aconteça novamente, e então continuam
Gestão e Liderança
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jogando. No Frescobol, portanto, não existe adversário e ninguém fica feliz quando outro
erra, porque quando um perde todos perdem.
Neste momento é válido destacar também a questão das gerações que impactam
diretamente na gestão das nossas equipes.
Gestão e Liderança
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comum, e o líder precisará saber administrar a equipe de forma com que estas diferenças
sejam superadas. Pessoas com culturas diferentes, e principalmente gerações distintas
(pelo menos quatro) interagindo e trabalhando juntas compõem o perfil das equipes
contemporâneas.
O entendimento do perfil de cada geração deve ser objetivo de um líder que precisa
gerar a confiança do seu papel percebida pelos liderados, pois cada uma possui
peculiaridades pertinentes que possibilitam um melhor direcionamento de ações.
Por outro lado, a geração “Y’, nascidos entre os anos de 1980 e 2000, segundo
Picarelli (2011 apud Oliveira, 2011, p.13), assim como a internet, esta geração visualiza
um mundo sem limites e assim também são no trabalho. Este autor destaca ainda que:
Gestão e Liderança
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A geração Z, a última das gerações conta com àqueles nascidos a partir de 1990,
na qual é uma geração totalmente globalizada, com as facilidades tecnológicas. São
dinâmicos e com um diferencial em relação às outras gerações, são bem mais interligados
à tecnologia da informação. Nasceram conectados à internet e e-mails, celulares e
tecnologias e assim sendo, a tecnologia é fator preponderante na formação destes
indivíduos. Pela idade ser baixa, não possuem experiências profissionais, mas já nas
universidades vem demonstrando traços de individualidades, impaciência e possíveis
mudanças no ambiente de trabalho, principalmente quando se trata de trabalho de equipe.
(Andrade, et al., 2012, p. 6)
2.7 Comunicação
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Segundo Haggai (1990, p.130) “Em termos mais simples a comunicação ocorre
quando uma mensagem é transmitida de uma pessoa a outra, e ambas compreendem a
mensagem aproximadamente do mesmo modo. Mas há um grande número de barreiras a
uma comunicação eficiente”.
Os Canais de Comunicação
O Papel da Empatia
Gestão e Liderança
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Conflito tem como origem a palavra grega “conflictus”, que significa embate, ou
seja, é o embate entre dois ou mais pensamentos circunstanciais e diferentes entre si.
Desta maneira o conflito nunca pode ser encarado como um problema em si, mas
sim uma circunstância de embate que quando trabalhado e administrado geram
crescimento de uma equipe, tanto profissional (resultados) como também crescimento
emocional e de maturidade da equipe.
Administração de Conflitos
b) esclarecer as percepções;
Gestão e Liderança
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Negociação e Conflito
- Perder x Ganhar: Você aceita opiniões e ideias e que diferem das suas, mas que você
acaba cedendo em pró do objetivo.
- Perder x Perder: Estilo não assertivo, onde se tem a situação de afastamento das pessoas
pela não colaboração.
Gestão e Liderança
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Segundo Stoner e Freeman (1985), citado por Cavalcanti, Carpilovsky, Lund e Lago
(2006, p. 86), “Motivação refere-se aos fatores que provoca, canalizam e sustentam o
comportamento de um indivíduo”.
Para Lévy-Leboyer (1990) citado por Cavalcanti, Carpilovsky, Lund e Lago (2006,
p. 86) “ A motivação de um funcionário reflete-se na quantidade de tempo e atenção
dedicadas às suas atividades”.
Existem diversas teorias de conteúdo que dissertam sobre motivação e que podem
contribuir para uma melhor capacidade de análise dos comportamentos humanos.
As necessidades são:
Maslow ainda reconhece que a hierarquia das necessidades não é rígida, podendo
existir exceções, como pessoas em que o impulso à criatividade é mais importante que
qualquer outro contra determinante, segundo Sampaio (2004), citado por citado por
Cavalcanti, Carpilovsky, Lund e Lago (2006, p. 90).
Gestão e Liderança
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Hezberg pesquisou e dentro dos muros profissionais identificou o que ele denomina
como teoria da motivação – higiene. A pesquisa buscou identificar quais situações dentro
do ambiente de trabalho proporcionava aos colaboradores satisfação e motivação.
A teoria dos dois fatores de Hezberg descreve os Fatores Motivacionais (de conteúdo
do cargo) e os fatores Higiênicos (do contexto do cargo) conforme tabela:
Motivacionais Higiênicos
1. O trabalho em si
1. As condições de trabalho
3. Reconhecimento 3. Salário
Gestão e Liderança
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Existem outras tantas teorias como Alderfer e o modelo E-R-G, entre outras que
permite um melhor conhecimento de si próprio e do colaborador e o que motiva as ações
e as escolhas individuais e coletivas.
O fato é que para o melhor direcionamento das ações de gestão de pessoas que
provocam ou despertam as alavancas motivacionais de cada indivíduo é necessário que se
conheça cada um deles, portanto criar oportunidades para conhecer quem é colaborador,
observá-lo, ouvi-lo, acompanha-lo e se interessar por ele é o caminho mais interessante
para entende-lo.
Segundo Barradas, Chernicharo e Novo (2008, p. 36) “Sabemos que quanto mais o
líder possibilita espaço de interlocução com seus liderados, mais ele estará criando um elo
invisível que faz com que as pessoas o respeitem e o sigam”.
Gestão e Liderança
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A motivação pode ser vista como uma ferramenta estratégica para que, através das
pessoas se possam concretizar resultados, visto que uma empresa, muito além dos seus
ativos é composta pelas pessoas que nela trabalham.
Para Pinedo (2002, p. 39) “As pessoas, aliás, vale lembrar, são o ativo mais precioso
de uma companhia, ainda mais quando o conhecimento se distribui igualmente por toda a
sociedade e o mercado com extrema facilidade (graças às redes de informação e aos
princípios operativos da economia digital) ”.
II - Dê poder;
Antes de adentrar a este importante tema, é válido lembrar alguns pontos sobre
comunicação e oratória. Existe um texto de fonte desconhecida que identifica dez princípios
ou mandamentos sobre a boa comunicação. Segue eles:
Antes de comunicar, pergunte a você mesmo o que realmente deseja atingir com
sua mensagem - obter informações, iniciar uma ação, modificar atitudes, etc., não
Gestão e Liderança
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pretenda conseguir demasiado com uma só de suas comunicações. Lembre-se que quanto
mais nítido for o foco de sua mensagem, maiores serão as probabilidades de sucesso.
3º Pondere a totalidade do ambiente físico e humano enquanto comunica
A ideia e a intenção são transmitidas por algo mais que palavras. Seja sensível ao
conjunto do ambiente em que comunica. Considere os fatores, momento e lugar. Como
todos os seres vivos, a comunicação deve ser capaz de se adaptar ao seu ambiente.
4º Consulte outras pessoas ao planejar suas comunicações
Os melhores esforços do emissor podem ser perdidos se ele não obtiver o necessário
feedback às suas comunicações. Toda comunicação importante deve ter uma retroação tal
que complete a compreensão e resulte numa ação apropriada.
8º Comunique tão bem hoje quanto amanhã
As comunicações devem ser planejadas tendo como base o passado, mas é preciso
que estejam de acordo com os objetivos e interesses futuros. Adiar comunicações
desagradáveis não resolver problemas, cria outros.
9º Assegure de que suas ações apoiam suas comunicações
Em última análise, o tipo mais persuasivo de comunicação não é o que você diz,
mas o que você faz. Quando as ações e atitudes contradizem as palavras, a tendência
natural é não valorizar o que foi dito.
Gestão e Liderança
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Na comunicação, ouvir é uma das artes mais difíceis, mas também das mais
importantes e, as vezes mais desprezadas. Há um provérbio que merece que pensemos
nele: "Se deus quisesse que nós falássemos mais do que ouvíssemos, ele nos teria dados
duas bocas e um só ouvido"!
Em uma das passagens do livro Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carol, Alice
está perdida e trava uma conversa com o gato, ela pergunta ao gato qual caminho deve
seguir, o gato retruca perguntando onde ela quer ir e ela responde que não sabe, assim o
gato responde: "Se você não sabe para onde quer ir, então qualquer caminho serve...".
Pessoas sem um norte não possuem razão para ação, pois não se sabe onde se
quer chegar, quais os resultados e suas recompensas.
É o Motivo da Ação.
II - Dê poder
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Em seu livro As 21 leis irrefutáveis da liderança, a 12ª lei discorre sobre a Lei do
Fortalecimento que ressalta a importância dar poder aos liderados. Neste capítulo, Maxwell
destaca que “você não precisa ser um líder da estatura de Lincoln para fortalecer os outros.
O principal ingrediente para fortalecer os outros é uma profunda crença nas pessoas. Se
você acredita nos outros, eles acreditarão neles próprios”. (Maxwell, 2007, p. 170)
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Segundo Hill (2010, p. 410) “O trabalho que se faz unicamente com o fim de ganhar
a vida, raramente á amado”.
Da mesma maneira deve ser observado que quanto maior o esforço ofertado, maior
a propensão aos resultados, e consequentemente maior o motivo para realizar mais.
Gestão e Liderança
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Este modelo ao invés de motivar, inibe, amedronta e esconde os erros que serviriam
de aprendizado, bem como, não permite a motivação coletiva pelos acertos.
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Para tanto se faz necessário à liderança conhecer seu grupo, bem como conhecer
muito bem e de forma clara os objetivos da equipe.
- Foco no negócio;
Estratégia
No meio empresarial este conceito tem ampla visão e utilização visto a grande
competitividade do meio empresarial globalizado.
Autores como Porter define que estratégias são ações ofensivas e defensivas de uma
empresa para criar uma posição sustentável ao longo prazo.
Competências
Quando se fala sobre competência, é possível observar a existência de
competências básicas que segundo Chiavenato (2000) “são aquelas características
pessoais essenciais para o desempenho das atividades e que diferenciam o desempenho
das pessoas”.
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Gestão e Liderança
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Para tanto, o líder deve saber quais são as estratégicas organizacionais genéricas,
competitivas, bem como sua visão de futuro e no que os objetivos de sua equipe impactam
no alcance e realização destas estratégias, para assim conhecer de pessoas, para trabalhar
sua equipe alinhada e motivada, desenvolvendo seus pontos fracos, valorizando os fortes
enfim, buscando a excelência.
Gestão e Liderança
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Uma liderança ideal é algo difícil de ser definida, tendo em vista que um estilo
adotado por um líder pode ser extremamente eficaz em determinada situação e, num outro
momento, o mesmo estilo poderá ser totalmente inadequado. Por exemplo, um líder de
presença marcante, de ideias definidas, o tipo conhecido como “personalidade forte”, pode
ser um agente impulsionador para uma equipe composta de pessoas mais dependentes e
que possuem uma tarefa a ser cumprida num curto espaço de tempo. Por outro lado, este
estilo de liderança poderia causar a desmotivação em pessoas mais maduras, que se
realizam ao efetuar suas atividades com autonomia.
Estilos de Liderança
É considerado um pai que mantém o grupo sob sua dependência, toma as decisões
em nome do grupo e possui alto grau de relação interpessoal.
Não toma iniciativa, não assume, não coordena. O grupo que assume o comando.
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Aqui já não é tão importante comer, ou comer sempre: mas sim, comer sempre em
boa companhia. Passa a ser importante, também, as relações cordiais no trabalho e o
senso de participação no grupo, que levam à conscientização da responsabilidade individual
nos resultados do grupo de trabalho. Nesse estágio de desenvolvimento, entre os
quadrantes II e III, a estruturação da tarefa é apenas moderada. O subordinado, nesta
altura veterano de várias promoções, certamente estará ocupando um bom cargo de
supervisão ou gerência e isso evidencia-se pelo fato de a tomada de decisão exigir uma
flexibilidade de estruturação da tarefa só possível quando o homem atinge aquela área
gráfica onde a grande estruturação medeia entre 40% e 60%.
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Além disso, o fato de o líder ser capaz de desenvolver os recursos humanos de sua
área, levando-os aos níveis de maturidade III e IV, torna-o um candidato natural para
eventuais promoções, pois ele já preparou de antemão o seu futuro sucessor. Conclui-se,
portanto, que o desenvolvimento de recursos humanos pelo líder lhe permite satisfazer
seu autodesenvolvimento.
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3.0 CONCLUSÃO
As empresas por sua vez competem em nível elevado, que as forçam rever seus
modelos de gestão para adequar as novas exigências deste novo perfil de consumidor no
cenário mundial globalizado. Produtividade, excelência na qualidade, baixo custo,
inovação, tecnologia, pesquisa e atendimento passam a ter destaque nesta nova gestão,
pois a necessidade por resultados sustentáveis e diferenciais competitivos são grandes.
O novo modelo de gestão a ser pensado trouxe uma nova temática para o papel do
líder dentro das organizações, que passa a conviver com situações condizentes com esta
nova realidade. Novas tecnologias, novo perfil de profissional, transformação dos cargos
tradicionais executores de tarefas para colaboradores multifuncionais com visão sistêmica
e proatividade, remuneração por objetivos concretizados, etc. Nunca o papel do líder se
fez tão valioso, pois contribui diretamente para a competitividade da empresa em que atua,
podendo ser fator de sucesso ou não.
Desta maneira, a qualificação passa a ser de suma importância para esta adequação
do formato de liderança que exige um papel diferenciado. O líder frente a sua equipe
necessita de competências e habilidades que permitam formatos de gestão de alta
performance que alavanque resultados e atendam às exigências do mercado globalizado.
Fica evidente que o domínio das técnicas voltadas à gestão de pessoas com foco
estratégico e em resultado faz-se necessário, pois permitirá ao líder o conhecimento, as
habilidades e as atitudes necessárias para o êxito na função.
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Paulo: Ed. Saraiva, 1999.
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