A Doutrina Do Amor de Deus

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A Doutrina do Amor de Deus e os Pecadores

Você já ouviu aquele jargão evangelístico “Deus odeia o pecado, mas


ama os pecadores”? Ou ainda este “Jesus te ama”? Será que podemos
usar essas frases com objetivos evangelísticos? Será verdade que Deus
odeia os ímpios e pecadores, ou será que Ele os ama? Primeiro deixe
me responde que o método bíblico de evangelismo é proclamar que o
homem é pecador e que deve se arrepender de seus pecados, crendo
na perfeita e consumada obra de Cristo na cruz. (Marcos 1:15, Mateus
21:31 e 32, Lucas 24:47, Atos 2:36 a 38 e 20:21 e II Timóteo 2;25 e 26).
A seguir vamos observar o cerne da questão desse artigo. A idéia de
que Deus odeia todos os pecadores, tem sido promovida em nossos
dias. Essa interpretação teológica afirma que é errado afirmarmos que
Deus odeia os pecadores e não os ama. É lógico que a idéia se baseia
em uma interpretação alguns textos das Escrituras, afinal de contas há
muitas passagens que confirmam isso. Então se juntarmos todas elas, o
resultado será de fato uma conclusão de que Deus, de alguma maneira,
odeia todos os pecadores. Os principais textos que corroboram essa
idéia são: Salmos 5:5 e 6,11:4 a 7, etc. Essa é uma idéia proclamada por
muitos calvinistas, e é motivada pela exaltação da santidade de Deus e
a extrema pecaminosidade do homem, esse é um tema um tanto
polemico, primeiro porque muitos calvinistas com muito acerto
exaltam a santidade e a soberania de Deus, cada pecado é uma ofensa
contra de Deus e só vai existir pecado se existir pecadores. Por isso
mesmo o ódio de Deus não deve se estender somente ao ato, mas
também ao autor. Aqui estamos diante de um tema muito difícil, eu
creio algumas frase e jargões como os citados acima, proclamados com
o intuito de evangelizar e amenizar a mensagem do evangelho estão
completamente errados, nisso eu concordo plenamente com aqueles
que afirmam que a igreja moderna adaptou a mensagem do evangelho,
tornando-a bem suave para pregar sem ofender e tornar-la agradável
aos ouvidos dos homens perdidos. Concordo plenamente com isso.
Temos que pregar que o pecado ofende que o inferno é uma realidade,
e que o caminho da perdição é largo e a maioria dos homens irão para
lá. Não há duvida de que isso raramente é pregado hoje. Mas o cerne da
questão é: Deus ama ou odeia os pecadores? Há passagens claras de
que o homem foi alvo do ódio santo de Deus, (Êxodo 32:33 a 35,

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Levitico 10:1 a 7 etc.) há declarações explicitas de que o homem foi
alvo do amor de Deus (João 3:16, Romanos 5:8 II Coríntios 5:19 a 21,
Tito 3:4 I João 4:9 a 10, I João 4:19 ) Como conciliar esses opostos? . É
certo afirmar que Deus odeia universalmente e incondicionalmente o
homem pecador? A resposta é não! E vou explicar os motivos.

Primeiro: A bíblia afirma que Deus amou o mundo de tal maneira que
deu seu Filho, alguns argumentam que o verbo está no passado; Amou.
Porém Deus não muda (Malaquias 3:6) então ele continua amando
porque Deus é amor, veja bem, há um texto clássico sobre o assunto em
I João 4:7 a 21. Nesse texto, João aborda o tema, e encontramos ali o
ensino claro de que Deus é amor (Verso 8 e 16) o amor é de Deus
(verso 7) Ele nos amou a nós (verso 9) nos amou (verso 10) nos amou
primeiro (verso 19) Agora vejamos Romanos 5:8: “ Mas Deus prova o
seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda
pecadores” Quando Deus provou Seu o amor por nós? Em que condição
esse amor foi provado? Quando a nossa condição espiritual era de
miseráveis pecadores. Nessa condição Deus nos amou, então aqui
temos uma prova irrefutável de que Deus ama uma pessoa na condição
de perdido pecador. Isso está muito claro, ainda que alguém creia na
doutrina da eleição, ainda assim, a maneira como o amor de Deus
alcança uma alma é em estado de pecaminosidade. É claro que a nossa
condição de miserabilidade não pode ficar de fora do assunto, a
misericórdia e a longanimidade de Deus é um assunto vital aqui, Isaias
53:6 I Pedro 3:18 Tito 3:5 e Efésios 2:8 e 9 revelam que a graça de Deus
nos alcançou e por isso a luz do evangelho ilumina o nosso coração.
Nós temos percepção de que somos amados Deus por causa do seu
amor, O Papai celestial deu o seu Filho para morrer por nós e alcança a
nossa miséria, cura nossa cegueira espiritual e nos alcança nos baixos
níveis do vale das sombras da morte, lugar normal de um perdido
nesse mundo(I João 3:16) Por isso mesmo, entendo que na condição de
um deplorável perdido, o amor de Deus se manifestou a mim, de outra
forma seria eu consumido pela sua ira justa (Lamentações 3;22) A base
da clemência divina é o seu amor, a base da redenção é a sua graça, a
base da sua longanimidade é a sua misericórdia.

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Segundo. Há certas condições que de fato, o ódio de Deus recai sobre os
homens e isso é uma verdade bíblica indiscutível, é bem provável que
textos como Salmos 5:5 a 7 de encaixem perfeitamente nessas
condições. Não tenho duvida que em casos de estágios bem avançados
de pecaminosidade, a paciência e o amor de Deus se esgotam, e a
punição torna-se irreversível. Deus não amou os que pereceram no
dilúvio, isso é muito certo, eles pereceram debaixo da ira e do juízo de
Deus, da mesma forma, os homens de Sodoma e Gomorra, eles
pereceram debaixo do juízo e da ira de Deus, “Mas quero lembrar-vos
que, como a quem já uma vez soube isto, que, havendo, o Senhor salvo
um povo, tirando-o da terra do Egito, destrui depois os que não
creram”(Judas 1:5) aqui está a ira de Deus em operação contra a
iniqüidade e seus praticantes, Judas também fala sobre os anjos caídos
e Sodoma e Gomorra e as cidades vizinhas que foram alvos da ira
divina (Veja Judas 1;6 e 7) Pedro também fala sobre os anjos caídos
que não foram perdoados, o mundo antigo que sofreu o juízo divino do
dilúvio e cita também Sodoma e Gomorra como alvo da ira santa do
Senhor (II Pedro 2:4 a 6) aqui nesses casos temos a ira de Deus
consumindo os pecadores. Mas nem sempre é assim, o Senhor envia
Jonas a Nínive para proclamar arrependimento, e nesse caso houve
uma reação dos ninivitas, eles se converteram de seus pecados, aqui
vemos Romanos 5;8 em ação, amando os pecadores em uma situação
de grande miséria espiritual. Assim ocorre conosco, se o amor de Deus
não alcança um pecador, como pode ele subsistir na impunidade? Será
conduzido aos estágios mais terríveis de iniqüidade, nesse caso
aplicam-se dois textos sobre isso: Romanos 1:24 “Por isso também
Deus os entregou as concupiscências de seus corações, a imundícia
para desonrarem seus corpos entre si” aqui temos um estagio de
iniqüidade em que o pecador é entregue a própria paixão pecaminosa e
torna-se alvo do juízo e da ira de Deus, há outra passagem onde o
estagio da iniqüidade humana alcança um nível tão imundo que Deus
retira sua misericórdia: “E por isso Deus enviará a operação do erro,
para que crêem na mentira”(II Tessalonicenses 2:11) Assim
entendemos claramente que em certas circunstancias, é verdade que
Deus tira o seu amor do ímpio e a sua ira é aplicada.

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Terceiro. Devemos entender que Deus não tem o pecador como amigo,
ainda mesmo assim ama o pecador e isso está muito claro quando
Paulo escreve aos Efésios :”e vos vivificou, estando vós mortos em
ofensas e pecados, segundo o curso desse mundo, segundo o príncipe
das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da
desobediência, entre os quais todos nós também antes andávamos nos
desejos da nossa carne e dos pensamentos, e éramos por natureza
filhos da ira como outros também. Mas Deus que é riquíssimo em
misericórdia, pelo seu muito amor que nos amou, estando nos ainda
mortos em ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo”(Efésios 2:1 a
5) Olha a ênfase de Paulo “Pelo seu muito amor que nos amou” quando
ele amou assim os pecadores mortos em ofensas em pecados? Quando
eram miseráveis pecadores perdidos. Será que Deus mudou seus
sentimentos para salvar o homem? Creio que não! Não há sombra de
variação em seu caráter (Tiago 1:17) Por isso creio que não é aplicado
o amor “Philo” no relacionamento do Senhor com os pecadores
impenitentes. Nesse caso o único amor é o Ágape, esse é o amor cujo
teor celeste e divino nos capacita a amar os nossos inimigos (Mateus
5:44) e é exatamente dentro do sermão da montanha que encontramos
o amor ágape (O mesmo amor de João 3;16) um amor capaz de amar o
inimigo, e é exatamente esse tipo de amor aplicado ao Senhor com
relação aos pobres pecadores. Quando Jesus ensina que devemos amar
os nossos inimigos, ele está ensinando que é exatamente isso o que
Deus faz com relação aos pecadores, eles são inimigos de Deus por
causa dos pecados, cada um de nós também éramos pecadores
separados da glória de Deus, foi através da reconciliação que a barreira
da inimizade foi derrubada (Efésios 2:14). É exatamente isso que
precisamos entender, todos éramos inimigos, e Deus nunca tem um
pecador não regenerado como amigo, pelo contrario é um inimigo, é a
redenção que abre o caminho da reconciliação, e de inimigos passamos
a ser amigos de Deus (Leia atentamente Romanos 5:10 e 11, II
Coríntios 5:18 e 19, Colossenses 1:20 e Efésios 2;16). Assim
entendemos que o amor Philo nunca pode ser aplicado na relação
entre um Deus santo e pecadores não redimido. Mas o amor ágape, é o
amor de João 3;16 e de Mateus 5:44, é o amor misericordioso e
complacente que é aplicado aos que estão em desgraça espiritual e são
ofensivos com relação a santidade. Dessa forma, Deus ama sim o

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pecador, é errado dizer que Deus não nos ama, ele amou a
humanidade, e isso inclui a todos em todos os lugares e em todo o
tempo (Apocalipse 1:5), seu caráter não tem sombra de variação, em
todo o tempo ele continua amando de forma “ágape” o pecador, até
certo nível isso ocorre, como foi demonstrado acima. Porem há
estágios avançados de iniqüidade que de fato o amor de Deus é
retirado dos pecadores e o juízo e a ira divina recaem sobre eles.

Terminando assim o assunto, quero reiterar aqui a minha posição de


que não é correto usarmos termos como “Deus te ama” ou que “Deus
odeia o pecado mas ama o pecador” com fins evangelísticos, ou para
adocicar a mensagem do evangelho. Também não é correto afirmar
que Deus odeia todos os pecadores de uma forma absoluta. Com
relação a evangelização, somos convocados a proclamar
arrependimento, a falar sobre a seriedade do pecado, a gravidade do
pecado e a periculosidade que ele apresenta, pois que aos pecadores
nos é dito, que se insistirem em seus pecados, ouvirão de um Deus
justo as palavras “Apartai-vos de mim malditos, para o fogo
eterno”(Mateus 25:41)

Amados, para Sermos Remanescentes

A geração antes do dilúvio foi marcada por homens piedosos, que não
deixaram a lâmpada da justiça se apagar, Enos começou a invocar o
Senhor (Gênesis 4:26) Enoque andou com Deus (Gênesis 5:22 a 24) e
Noé era visto como um justo perante uma sociedade obscura e
perversa.(Gênesis 7:1) Não importa quanta iniqüidade ainda se
multiplicará ainda nesse mundo. A questão é: Posso servir a Deus em
verdadeira piedade? Enoque não viveu o mundo para depois viver com
Deus, ele viveu com Deus nesse mundo. Diante de tantas plataformas
para cultuar o egoísmo, a violência, a obscenidade, a idolatria religiosa
e materialista e toda espécie de pecados, Enos ergue-se perante as
alturas para invocar a presença do Senhor, e Noé? Não era o mundo
cheio de maligna violência? Os pensamentos do homem não estavam

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corrompidos? A moralidade não estava em franca decadência? No
entanto não tinha Ele paz com Deus? Não brotava a bondade e a doçura
de uma verdadeira santidade do seu coração humilde? Noé é o
pregador da justiça (II Pedro 2:5) é o engenheiro que usa a inteligência
para a glória de Deus, Noé ensina que podemos glorificar a Deus
somente quando firmamos os passos na obediência á Ele, Noé andava
na contramão do curso degenerado do mundo. Era um sinal de todas as
certezas, num mundo cheio de incertezas, tinha uma espiritualidade
decente em meio ao caos do ceticismo e da religiosidade confusa da
sua época. Tudo isso aponta para um fato irrefutável: Ainda que o
mundo piore ainda mais, Deus dará todas as possibilidades para que os
verdadeiros cristãos sejam ainda mais santos nesse presente século de
obscuridades, temos que ser luzeiros (Filipenses 2;15). Somos
convocados a santificação (I Tessalonicenses 4:7) a seguir Cristo em
obediência (Hebreus 5:9) A vida desses homens piedosos apresenta
uma lição (Romanos 15:4) que em meio a uma geração corrompida que
entra em declínio acelerado, os verdadeiros santos podem manter-se
em santa obediência e consagração, para viver inteiramente ao Senhor.
Que possamos aprender com isso, na apostasia acelerada corramos
para firmar todo o nosso ser, nos fundamentos da ortodoxia.

Amados Para Sermos Santos

I Pedro 1:15

Não se aborda muito esse assunto hoje em dia, a razão é que muitas
vezes, o tema toca em áreas da nossa vida, que são pontos de grande
estima, e que exige um grande desprendimento caso venhamos a ser
solícitos de que certos hábitos e paixões escondidos no coração
precisam ser arraigados da nossa vida. Por exemplo, há pessoas que
são muito egocêntricas, ser santo é negar-se a si mesmo, então haverá
um grande labor espiritual, para que tal pessoa fique quebrantada aos
pés da cruz. Santo (Hebraico: Kadosh e Grego: Hagios) é aquilo que é
separado para ser consagrado. De certa forma, a Igreja (Grego: Eklesia)
já significa isso; uma assembléia de homens que são chamados para
fora (Do mundo) depois de se arrependerem de seus pecados e se
converterem à Cristo. Todos os afetos do homem regenerado são
íntimos ao amor á Deus e a obediência a Ele, por isso, o trabalhar

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constante do Espírito Santo, é que andem sob a influencia poderosa
dessa verdade inegociável: ser santo em toda a maneira de viver.
Ninguém pode ser espiritual sem ser santo, ninguém pode ser santo se
não for totalmente consagrado ao Senhor. Ninguém pode progredir e
crescer na fé, sem antes não entregar-se incondicionalmente ao
Senhor, se você deseja ser usado por Deus, precisa ser separado e
consagrado como instrumento para uso dEle “Porque Deus não nos
chamou para a imundície, mas para a santificação” (I Tessalonicenses
4:7)

Amados Para seguir a Pureza

O que sai do coração do homem é o que contamina (Veja Mateus


15:19). Toda contaminação é perigosa, pode causar danos severos e
irreversíveis, e pode ser fatal. Há venenos que são letais, outros podem
deixar seqüelas, mas há um tipo de contaminação, pelo qual não
estamos acostumados a lidar coma severidade. Quero vos lembrar que
Pedro fala sobre heresias de destruição, promovidas por palavras
contaminadas com o engano, e que procede do coração dos falsos
profetas. (II Pedro 2:1 e 2) Cristo já falava da contaminação por uma
fermentação doutrinaria perigosa, e então não podemos ignorar isso,
pois a contaminação espiritual compromete a espiritualidade saudável
e causa a morte eterna, é gravíssima essa intoxicação, e acredite, a
maior parte dos cristãos de hoje podem estar intoxicação e
contaminados por serem tão abertos a todo tipo de inovações, novas
revelações , péssima exegese etc. O diabo sabe o dano que isso causa,
uma contaminação no coração de Eva causou a ruína da humanidade,
então ele sabe que pode diluir uma verdade e empacotá-la com as
embalagens mais luminosas, e então usa como isca, usa ministros
aperfeiçoados no engano, aquele que primeiro ganha a confiança dos
corações incautos, para depois persuadi-los ao ambiente da
contaminação espiritual. As veredas das trevas interiores do abismo
infinito são iluminadas pela falsa luz. Muita gente sincera é atraída por
essa armadilha sinistra. Esse veneno misturado nas palavras é
promovido ao valor de um paladar que atrai, palavras suaves, coisas
que o ego gosta de ouvir, que sustenta a avareza humana, que coloca o

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coração devoto a lamber o pó do materialismo e a beijar os campos dos
prazeres sensuais. Tudo é aceitável hoje em dia, o veneno é exposto, a
contaminação é real, mistura-se doutrina cristã com conceitos da nova
era, do misticismo medieval,com pitadas de elementos da metafísica do
novo pensamento, o conta gotas do espiritualismo nunca cessou de
derramar seu veneno perigoso sobre a cristandade, homens que
buscam vivenciar os prazeres de experiências sensoriais, almas
sedentas por experiências espirituais bizarras e extravagantes, são
alvos dessa intoxicação. As torrentes do espiritismo parecem fluir
agora dentro dos círculos cristãos, o paganismo entra pelo
ecumenismo, os falsos doutores e falsos profetas que o Novo
Testamento tanto advertiu que surgiriam nos últimos dias se
encarregam dessa contaminação. Como o césio 137 que num acidente
radiológico em nossa nação, contaminou e causou mortes. As vitimas
foram atraídas pela luz azul brilhante daquele elemento radioativo e
perigoso, crianças e adultos ficaram expostos a radiação invisível
daquele material, assim também ocorre em nossos dias no âmbito
espiritual, a exposição de falsas doutrinas provoca a contaminação , as
heresias de perdição, provenientes dos falsos profetas intoxicam e
envenenam a alma. Milhões de pessoas hoje em dia são atraídas pelo
brilhantismo dos falsos profetas, são expostos todos os dias por
venenos doutrinários que escoam dos favos artísticos, doces musicas
antropocêntricas e triunfalistas., livros recheados de saborosas
heresias, mas que por fim, intoxicam o espírito e causam a necrose
espiritual. Somos chamados a ouvir a sã doutrina de quem prega a sã
doutrina e nada mais (Tito 2:1)

Amados Para Sermos Irrepreensíveis

“Para que sejais irrepreensíveis, filhos de Deus inculpáveis” (Filipenses


2:15). É fácil confessar uma vida sem conteúdo, a crença não é produto
humano, os demônios crêem (Tiago 2:19) porém há uma diferença
básica: demônios não estão sujeitos a justiça do evangelho. Todos
sabemos que a justiça de Deus se manifesta no evangelho (Romanos
1:17) se vivermos por essa justiça, seremos uma evidencia da

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veracidade da fé cristã. A vida espiritual consiste em ser sal e luz, ser
exemplo, ser santo, ser irrepreensível e inculpável, diante dessa
geração maligna. O testemunho de muita gente que professa a fé cristã
está comprometido. Podem insistir na crença, mas negam com as
obras, elas são reprovadas. Confessam a Deus, mas negam por suas
atitudes e escolhas e comportamentos ímpios, tais são reprovados aos
olhos de Deus (Tito 1:16)Há uma enorme quantidade de pessoas que
professando a religião cristã, fazem de modo superficial e hipócrita.
Eles usam uma camisetas estampada com um nome religioso, colocam
um adesivo no carro, compartilham versículos bíblicos nas redes
sociais, gostam de saudações publicas, mas não são irrepreensíveis e
inculpáveis. Não possuem a moral de bater na porta dos vizinhos para
falar de salvação e da fé transformadora, não são exemplos de
santidade entre os familiares, se tentarem pregar a eles, serão
envergonhados e rejeitados, serão pisoteados como o sal insípido. Que
o mundo nos odeie por causa de nossa santidade, mas ai de nós, se o
mundo nos rejeita por causa do mau testemunho! Não há um pecado
tão grave, quanto a sermos obstáculos para impedir que os outros
venham a Cristo. Não há algo tão maligno quanto ser uma causa para
os ímpios não responderem ao evangelho. Que o mundo nos rejeite por
amor a Cristo, nunca porque somos hipócritas. Podemos sim ser
irrepreensíveis e inculpáveis, o Espírito Santo exige isso de nós! As
pessoas podem rejeitar a nossa mensagem, todavia jamais podem nos
acusar de hipocrisia, jamais devem lançar em nosso rosto que somos
mal pagadores, fofoqueiros, briguento, avarentos, ou seja lá o que for
que manche a reputação de um santo, o mundo rejeitou e Cristo,
todavia ele disse: “Quem dentre vós me convence de pecado?”(João
8:46) Assim, devemos seguir seus passos (I Pedro 2:21). Nossa
geração carece de homens santos, irrepreensíveis e sinceros, filhos de
Deus, inculpáveis. O mundo jaz em malignas trevas e carece de santos
que brilhem com a pura luz celestial. Nesse pântano fétido de pecados
que se tornou a nossa sociedade, os lírios celestes precisam
desabrochar para que o mundo saiba que existe o bom perfume de
Cristo (II Coríntios 2:15). Do mundo a sua volta, abre-se a janela da
sunamita, e por ela os teus familiares e os teus vizinhos olham você
passando, será que a visão deles é esta: “Eis que tenho observado que
este que passa sempre por nós é um santo homem de Deus” (II Reis 4:8

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e 9)? Ou você tem sido um empecilho, uma nuvem negra e sem águas a
impedir que a resplandecente estrela da manhã brilhe sobre os
pecadores? Ouça o que Paulo diz: “Examinai-vos a vós mesmos, se
permanecei na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabei quanto a vós
mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais
reprovados” (II Coríntios 13:5)

Amados Para Sermos Corajosos

Quando os espias voltaram com as informações sobre a terra


prometida, havia uma parte positiva, o vale de Escol era fértil, os frutos
recolhidos demonstravam isso, a terra de fato manava leite e mel,
porém havia gigantes, os filhos e Anaqu7e habitavam aquelas
paragens. Os espias relataram que se consideravam como gafanhotos
perante as hostes dos gigantes, os Anaquins. Com uma perspectiva tão
negativa, estavam avisando pelo código do medo e do remorso,
expressado nas palavras e na face, que não havia possibilidade de fazer
um assentamento na terra que Deus prometeu aos filhos de Israel. A
visão deles determinava isso: “nossos inimigos são maiores do que
nós” e “seremos completamente derrotados pelos inimigos que
ocupam a terra” não é nada admirável, que o povo se rebelasse, e
sentisse o desejo de voltar para o Egito. Há uma espécie de humilhação
que é diabólica, é maligna na sua Raiz, é a humilhação para se rebaixar
diante do pecado, para nivelar-se com as coisas abomináveis, para
concordar com as coisas erradas, precisamos se prostrar diante do
engano. Os espias viram homens de carne, porem a estatura deles era
enorme, enorme pecadores, mas para vencer e confrontar uma
sociedade de gigantes na pratica do pecado, só um exercito de homens
consagrados, que estejam santificados e são corajosos o suficiente
para confiar em Deus e lutar com todas as forças pela causa de tudo o
que sagrado e verdadeiro. Não há nada de errado em reconhecer a
nossa diminuição frente a santidade e soberania de Deus, mas nunca
devemos diminuirmos pela incredulidade. Elias era um homem de
carne como nós, mas não diminui perante os profetas de baal. Não
importa se era um breve solitário, mas acima de tudo era um bravo
guerreiro. Não é errado bradar com a voz doce de um profeta que

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trovejava com autoridade como João Batista, e ao ver o Cristo
maravilhoso e Bendito, dizia “Que Ele cresça e que eu diminua” essa
diminuição é uma obra espiritual muito abençoada, que nos coloca no
nível da ascendência dos heróis da fé. Mas a diminuição e a humilhação
perante o pecado, e ceder as concupiscências da carne e as vaidades do
mundo, isso jamais é compatível ao homem que deseja seguir a Cristo.
Os anequins são gigantes da nossa era, eles são ameaças visuais,
agentes promotores do medo. Mas o medo germina dentro dos
corações que olham para si mesmos. Quando carne confronta carne, a
carne mais forte subjuga a carne enfraquecida, porém há um princípio
que rege as coisas espirituais: A nossa luta não é contra a carne e o
sangue. Nabucodonosor construir uma enorme estatua de ouro do
campo de Dura, essa era o tamanho da iniqüidade, o decreto do
monarca era que todos se prostrassem para adorar aquela terrível
imagem, mas os três Hebreus, amigos de Daniel não se prostraram,
aqui está a ousadia, a coragem de ser santo, quando todos estavam
prostrados os três hebreus santos estavam em pé, não se prostraram
ao monumento idolatra.(Daniel 3) Cristo afirmou que a iniqüidade se
tornaria um gigante imoral nos últimos dias, esses gigantes que
habitam a terra, não devem amedrontar os santos, cada seguidor fiel
nunca deve se conformar com tal coisa, o mundo a nossa volta está
cheio de Anaquins, mas a terra e o seus reinos pertencerão ao nosso
Senhor Jesus Cristo (Apocalipse 11:15) É verdade que devemos nos
humilhar perante o Senhor para que Ele nos exalte, e o seu nome seja
glorificado em nós, mas nunca devemos ficar tímidos diante da
operação do erro. Não devemos pactuar com os opostos ao evangelho.
O vale de Escol não é propriedade do inimigo, os gigantes tendem a
fixar ali suas tendas, estão assentadas naquele lugar. E então como os
espias, os dados técnicos sobre as táticas de guerrilha são “Não
podemos vencê-los” e “Somos como gafanhotos comparados com a
estatura deles”. Esse diagnóstico foi dado pelos próprios espias, essa
era a visão espiritual do povo de Deus. Eram eles que apresentaram os
cálculos e a diminuição de si mesmos perante o pecado.” Não
venceremos o mal que se instalou na terra” era o significado codificado
nas mensagens negativas, e o povo reagiu perante essa situação.
Incredulidade tende sempre a diminuir o poder de Deus. Assim como
os méritos humanos tendem a diminuir a graça de Deus, o que houve

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foi um calculo puramente carnal, essa é a imposição da incredulidade,
medir forças com gigantes, desafiá-los a um duelo, isso é impossível, o
esmagamento e derrota seria irreversível. Mas olhem para Davi e
Golias, ali estava um desses gigantes de Canaã. Atrás desses gigantes
estavam a blasfêmia, a arrogância e o orgulho. Um pequeno Davi cheio
de fé e confiança no Senhor valeu por todos os valentes do exercito de
Israel. Imagine se ao lado de Josué e Calebe tivesse uns homens com a
mesma fé de Davi, imaginem se os espias fossem da mesma estatura
espiritual de Davi? Essa diminuição com relação a oposição contra o
pecado, como vimos hoje entre tantos lideres e cristãos se dá
exatamente por causa disso. “Oh...Deixem os Anaquins em paz...não
vamos mexer com essa gente, olha só para a nossa condição, somos ex
escravos e eles guerreiros hábeis, somos gafanhotos comprados com o
tamanho deles. Nem precisa de confronto, a estatura deles já é motivo
suficiente para os soldados correrem de medo”. Assim, a indústria do
entretenimento imoral parece tão forte, a indústria da morte
prematura parece tão forte, é gigante essa onda de imoralidade que
revolve a lama da terra, é grande essa apostasia que invade as igrejas, é
gigante esse mundanismo que penetra no cristianismo, tudo é gigante,
são da estatura de Anaquins, mas devemos olhar para nós mesmos?
Nunca! Devemos olhar para Cristo autor e consumador da fé para Ele
deveu olhar, porque Ele julga e peleja com justiça, é santo e vencedor,
os gigantes cairão, nunca deve existir diminuição em nosso conceito de
ser, a não ser diante do Senhor, como os anciãos celestes que se
prostram diante do trono e oferecem suas coroas ao Todo Poderoso,
assim devemos nos prostrar diante do Senhor, fortalecer-se na força do
seu poder, e confrontar, como quem coloca a mão no arado e não recua,
mas semeia a fé a esperança e o amor. Na humildade santa, na pobreza
de espírito, vem o fortalecimento para que sejamos mais do que
vencedores.

Temor Obediencia e Resistencia

O diabo ruge como leão buscando a quem possa tragar. Ele é o nosso
adversário e está andando em derredor, ou seja, muito próximo (I

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Pedro 5:8) há porem uma promessa: “Mas fiel é o Senhor, que vos
confirmará e vos guardará do maligno”(II Tessalonicenses 3:3)
também está escrito: “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus
não peca, mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o
maligno não lhe toca”(I João 5:20) Essas são promessas do Senhor. Não
somos tocados pelo inimigo, e só a permissão divina concede o direito
ao diabo e seus anjos caídos agirem contra nós. Estamos debaixo da
proteção do altíssimo. Porém há algo que precisa ser levado em conta
se desejarmos estar debaixo da proteção divina. Antes veja o que Paulo
diz em Efésios 6:10 “No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor
e na força do seu poder” Precisamos estar fortalecidos e então esse
inimigo que nos rodeia, fugirá de nós. “Sujeitai-vos a Deus e resisti ao
diabo e ele fugirá de Vos”(Tiago 4:7)

Primeiro precisamos nos sujeitar a Deus. Temor e obediência, sujeição


ao Senhor, fazer a sua vontade, ter nosso coração voltado para Deus,
pensar em todos os momentos no Senhor, meditar na sua palavra, ler e
decorar as escrituras, são formas eficazes de sujeição ao Espírito da
Graça. Veja que Jesus venceu a batalha contra o Diabo sujeitando-se a
Deus Pai e usando a Biblia Sagrada (Leia Mateus 4:1 a 11)

Segundo: resistência é algo que alcança quem tem força, porém essa
força não é a nossa vontade, nem nossa natureza humana jamais pode
resistir as forças das trevas. Então essa é uma força que vem de Deus.
Ele nos concede, quando oramos e entregamos tudo na nossa vida aos
seus cuidados. E isso significa que todas as vezes que cairmos em
alguma transgressão devemos dobrar nossos joelhos e pedir perdão
ao Senhor. A manutenção da vida espiritual consiste em sempre
confessar nossos pecados ao Senhor e pedir que a sua vontade seja
feita em nossa vida.

Terceiro. A batalha espiritual ocorre de diversas maneiras, o diabo


pode bloquear a nossa vida, impedido a oração, impedindo de ler e
estudar as Escrituras, cegando a nossa mente e impedindo de ir aos
cultos, esses bloqueios são comuns. Precisamos de sujeição a Deus
para derrubar esses bloqueios e fortalezas.

Quarto. O diabo oprime, seus demônios são agentes invisíveis que


tentam trazer opressão sob aqueles que querem servir a Deus. Mas a

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resistência deve ser sempre nossa reação. Todas as vezes que se sentir
oprimidos, clame pelo nome de Jesus, confesse sua fé na vitória que
Cristo conquistou na ressurreição. Ele triunfou sobre os principados e
potestades e expôs cada demônio a vergonha de uma derrota absoluta.
(Colossenses 2:15) Essa deve ser sua fé e sua confissão. Resista a
opressão buscando forças no Senhor Deus Todo Poderoso, Jesus
convida a ir até ele quando oprimido (Mateus 11:28)

Quinto. O diabo invade, ele é o tirano e invasor de muitas vidas. Muitos


corações incrédulos são ocupados e controlados por demônios (efésios
2:2), mas Deus e seu Bendito Filho farão morada no coração piedoso e
obediente (João 14:23). Então concluímos que onde Deus e Cristo estão
presentes, o diabo e seus demônios estarão ausentes. Somente podem
oprimir e bloquear. Mas se tivermos dispostos a resistir, eles fugirão, e
estaremos livres da tirania e da opressão dos poderes das trevas
“Filhinhos, sós de Deus, e já tendes vencido; porque maior é o que está
em vós do que o que está no mundo”(I João 4:4)

Devemos, portanto buscar uma vida de piedade e vigilância, orando e


sujeitando-se a Deus e teremos vitória sobre todos os ataques do
inimigo. Amém

Autor: Clavio J. Jacinto


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