A Inclusão Do Autista No Ambiente Escolar PDF
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ESCOLAR
RESUMO
O presente trabalho tem por objetivo caracterizar os principais da inlusão do autista no ambiente
escolar um dos grandes desafios da atualidade é a inclusão do autista nas escolas. A inclusão é um
direito garantido por Políticas Públicas, seja nas esferas municipal, estadual e federal. Apesar das
leis a inclusão não é tão simples assim devido à falta de conhecimento sobre a questão e as
dificuldades que as instituições apresentam para lidar com a diversidade.
As instituições não podem recusar a inserção desses alunos.
1. INTRODUÇÃO
Escola não garante a inclusão, é preciso também garantir sua aprendizagem e a qualidade
do ensino que deve ser oferecer.O cenário educacional brasileiro atual não é feito para todos.
Muitas escolas não estão preparadas para receber crianças autistas, uma grande reestruturação
deveria ser feita, a escola é quem deveria se adaptar para recebe-los e não os alunos à escola. É
necessário a elaboração de um plano de ensino que atinja e respeite a capacidade de todos os alunos,
propondo atividades diversificadas considerando o conhecimento de todos os alunos da escola, é
preciso explorar a variedade e o novo.
Infelizmente, as leis estabelecidas que garantem o acesso às escolas não são suficientes e
com isso ocorre o fracasso escolar. É possível destacar dificuldades encontradas que acabam tirando
a responsabilidade da escola de ensinar a todos: falta de criação de estratégias de aprendizagem;
professores despreparados para receber alunos autistas ou com alguma deficiência; e o elevado
número de alunos dentro da sala de aula para apenas um professor. importante ressaltar que a
presença do autista na escola já é um amplo progresso, mas não é garantia de aprendizagem mesmo
com acompanhamento de um profissional especializado a disposição.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
No que se refere às crianças com transtorno do espectro autista, insta salientar que existe
uma variedade de manifestações do transtorno, por isso é importante que os profissionais da
educação tenham acesso ao diagnóstico médico para que saibam exatamente quais são as
capacidades, comprometimentos e disfunções características de cada aluno. Deve-se fazer uma
avaliação caso a caso, pois nenhum autista é igual ao outro.
“O desempenho escolar das crianças com autismo depende muito do nível de acometimento do transtorno. As
crianças com nível mais grave de autismo podem apresentar atraso mental e permanecer dependentes de ajuda. As
crianças com autismo leve ou somente com traços autísticos, na maioria das vezes, acompanham muito bem as aulas
e os conteúdos didático-pedagógicos”. (SILVA, 2012, p. 109)
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Ressalta-se que o diálogo e parceria constante com a família do aluno autista são
imprescindíveis na consolidação de uma aprendizagem efetiva. A escola precisa estabelecer laços e
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contar, além da família, com as possibilidades da rede de atendimento do município caso esse aluno
necessite de encaminhamento.
FONTE: https://www.grupoconduzir.com.br/2017/06/escola-ideal-para-crianca-com-autismo/
FONTE: https://elpais.com/diario/2003/03/31/educacion/1049061601_740215.html
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Seguem outras sugestões na prática pedagógica com aluno com transtorno autista:
-Organizar uma rotina, pois o ambiente planejado e organizado trará mais tranquilidade e
confiança;
-Comunicação clara do professor, pois a pessoa com autismo possui compreensão literal do
que é dito;
-A fixação do autista por determinados temas pode virar motivação para atividades
escolares;
Por fim, vale lembrar a importância das salas de recursos multifuncionais como o direito
do aluno com deficiência ao Atendimento Educacional Especializado (AEE) previsto nos artigos 3º
e 5º da Resolução CNE/CEB n°004/2009. De natureza complementar, o AEE tem por objetivo o
desenvolvimento de competências e habilidades do aluno e deve ser oferecido no turno inverso da
escolarização.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Início de ano é época de pensar na educação dos filhos. Fazer matrícula, comprar material
escolar, providenciar uniforme são só algumas das responsabilidades que os pais enfrentam em
janeiro. Quando se tem um filho autista, essas responsabilidades se juntam a uma outra muito
importante: escolher uma escola adequada às necessidades dele.
É claro que muitos pais se preocupam em encontrar o melhor colégio para os filhos, mas, no
caso das crianças com autismo, as exigências vão além da estrutura física ou da grade curricular. A
disponibilidade em incluir, acolher e ensinar uma criança com demandas diferente das outras é um
aspecto muito importante. Por mais que a Lei 12.764/2012 garanta a inclusão dos autistas,
estabelecendo inclusive o atendimento especializado para crianças e adolescentes matriculados no
ensino público, na prática a situação é um pouco mais complicada. Ainda que em alguns casos não
haja boa vontade por parte das instituições de ensino, na maioria das vezes falta mesmo é
capacitação para lidar com o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).
Para te ajudar na busca pela melhor escola, separamos algumas dicas que você pode usar como
critérios para escolher uma instituição de ensino. A melhor maneira de encontrar uma boa escola é
conversar com pais e profissionais. Esta atitude é fundamental para obter referências de bons
colégios. Pais de crianças autistas poderão lhe falar sobre suas experiências com as instituições de
ensino, processo de inclusão, dia a dia da criança na escola etc. Já os profissionais que atendem o seu
filho poderão lhe dizer ao certo quais características são fundamentais para o desenvolvimento dele,
e até mesmo dar dicas de instituições recomendadas por parentes de outros autistas.
A chegada da criança com autismo na escola regular gera grande preocupação tanto por parte
da família quanto da escola. Nesse momento a família e os profissionais da educação se questionam
sobre a inclusão dessas crianças, pois a escola necessita de adequações. Para as autoras, Brande e
Zanfelice (2012, p. 44), receber alunos com deficiência, mais especificamente com transtornos
invasivos do desenvolvimento, é um desafio que as escolas enfrentam diariamente, pois pressupõe
utilizar de adequações ambientais, curriculares e metodológicas.
Entretanto, isso não é tarefa fácil, pois segundo Scardua (2008, p. 2), para que haja inclusão
escolar, é necessário comprometimento por parte de todos os envolvidos, ou seja, alunos,
professores, pais, comunidade, diretor, enfim, todos que participem da vida escolar direta ou
indiretamente. De acordo com Suplino (2009, p. 2), “para que o acesso esteja garantido, torna-se
necessário assegurar a permanência com qualidade”.
Dessa forma, é essencial focar nos potenciais de cada aluno, é necessário que o educador
transmita confiança e segurança para este, para que ele aprenda de forma significativa. Além disso,
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“para que haja esse ensino de qualidade é necessário currículo apropriado de modo que promova
modificações organizacionais, estratégias de ensino e uso de recursos, dentre outros” (MENDES,
2002 apud BRANDE; ZANFELICE, 2012, p. 44). Segundo Libâneo (2012, p. 489), o currículo é a
concretização, a viabilização das intenções expressas no projeto pedagógico, e há muitas definições
de currículo: conjunto de disciplinas, resultados de aprendizagem pretendida, experiências que
devem ser proporcionadas aos estudantes, princípios orientadores da prática, seleção e organização
da cultura.
5. CONCLUSÃO
É preciso que o professor tenha um olhar atento às necessidades de cada aluno, foque em
suas potencialidades e não em suas dificuldades, para que de fato esse aluno se sinta incluído e
assim se efetive o ensino-aprendizagem. Outro fator importante para a educação do autista é o
currículo. Este deve levar a autonomia do sujeito, tornando-o capaz de desenvolver atividades do
cotidiano, que atue no desenvolvimento da autonomia da criança autista. Pois, quando a escola
aplica na prática o que há na teoria, novos conhecimentos e comportamentos passam a ser
desenvolvidos no aluno, e assim seus déficits sociais passam a ser ultrapassados e a escola se
tornará verdadeiramente inclusiva.
É preciso que o professor olhe para a criança seja ela com autismo ou outra deficiência e a
veja como um sujeito capaz de aprender. Todos aprendem, basta que se tenha um olhar reflexivo e
consciência daquilo que se quer ensinar. Mas para isso o professor precisa de uma formação voltada
para a forma como cada indivíduo com autismo aprende além de se fazer as seguintes perguntas:
como o autista se relaciona com a outra pessoa? Será que ela está se sentindo bem na interação com
seus colegas e professores? Como estamos nos relacionando com a criança autista? Paramos para
ouvir o que elas têm a dizer? Percebemos, que mesmo os cursos de formação ofereçam disciplinas
de Educação Especial, isso não impede que muitos professores se sintam desconfortáveis ao
receberem aluno especial na escola, isso porque a formação inicial é o primeiro passo.
O professor precisa conhecer e ter a mínima noção a respeito das diferenças, e assumir seu
papel de mediador do conhecimento de todos os educandos, com vistas a contribuir com uma escola
inclusiva e com uma sociedade mais inclusiva. Existem inúmeras formas de se trabalhar com as
crianças autistas e com isso alguns métodos são utilizados para uma melhor inclusão desses alunos,
mas não existe uma receita pronta, é preciso investir no acolhimento e na mediação da
aprendizagem.
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REFERÊNCIAS
BOSA, Cleonice Alves. Autismo: atuais interpretações para antigas observações. In:
BAPTISTA, Claudio; BOSA, Cleonice (org.). Autismo e educação: atuais desafios. Porto Alegre:
Artmed, 2002. p. 22-39.
Autismo: intervenções psicoeducacionais. Rev Bras Psiquiatr., v. 28, supl. I, p. 47- 53, 2006.
Disponível em: . Acesso em: 13 maio 2014.
BRANDE, Carla Andréa; ZANFELICE, Camila Cilene. A inclusão escolar de um aluno com
autismo: diferentes tempos de escuta, intervenção e aprendizagens. Revista Educação Especial,
Santa Maria, v. 25, n. 42, p. 43-56, jan./abr. 2012. Disponível em: . Acesso em: 10 mar. 2015.
Lei n. 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação – PNE e dá outras
providências. Brasília: Presidência da República, 2014ª
.Disponível em: . Acesso em: 29 set. 2014. ______. Ministério da Educação. Planejando a
próxima década: conhecendo as 20 Metas do Plano Nacional de Educação. Brasília:
Ministério da Educação, 2014b. Disponível em: . Acesso em: 13 nov. 2014.