Capsulite Adesiva Osteopatia
Capsulite Adesiva Osteopatia
Capsulite Adesiva Osteopatia
A CINTURA ESCAPULAR
COXOFEMORAL
JOELHO
EBOM
Rua Palmira, 26
BELO HORIZONTE
CEP:30220-110
(31)3227 16 62
www.osteopatia.com.br
[email protected]
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Diretores:
Profra : Lais Cristina Almeida (Fisioterapeuta – Osteopata – D.O)
Profr. :Philippe Manuard (Fisioterapeuta – Osteopata – D.O)
Índice
− Generalidades Anatômicas
− A Articulação Glenoumeral
• Os Ligamentos da Articulação Glenoumeral
• A Coaptação da Articulação pelos Músculos Periarticulares
• A Coaptação Articular pelos Músculos do Braço
− A Articulação Acromioclavicular
• A Clavícula
– A Articulação Esternoclavicular
• Amplitudes de movimentos da clavícula
− A Articulação Omotorácica
− Papel do Supraespinhal e Deltóide
− Os Quatro Músculos da Abdução
− Os Três Tempos da Abdução
− Os Três Tempos da Antepulsão – flexão
− Fisiologia Muscular
− Generalidades da Disfunção da Cintura Escapular
• A Articulação Glenoumeral
• A Articulação Acromioclavicular
• A Articulação Esternoclavicular
• A Articulação Omotorácica
− Os Sintomas da Disfunção Somática da Cintura Escapular
− Anatomia Osteopática
Patologias e Radiologia
– Periartrite Escapuloumeral
– Mecanismo da Impotência Funcional
– Capsulite Adesiva
– Manguito Rotador
– Radiologia do Ombro
Coxofemoral
Patologias da Coxofemoral
Radiologia da Coxofemoral
– Radiologia da Pelve e do Quadril
Etiologia
– Etiologia e Mecanismo Lesional da Coxofemoral
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Diagnóstico
– Diagnóstico Diferencial
Técnicas
Joelho
Anatomia e Biomecânica
– Superfícies Articulares
– Movimentos dos Côndilos sobre as Glenas
– As Rotações Automáticas do Joelho
– A Articulação Tibiofibular
– Meniscos
– Patela
– Ligamentos
Patologias
Radiologia
As Lesões Osteopáticas
– Lesões de Posterioridade da Cabeça da Fíbula
– Lesão de Anterioridade da Cabeça da Fíbula
– Lesões de lateralidade Externa da Tíbia
– Lesões de Lateralidade Interna da Tíbia
– Lesão de Rotação Interna da Tíbia
– Lesão de Rotação Externa da Tíbia
– Lesão de Gaveta Anterior da Tíbia
– Lesão de Gaveta Posterior da Tíbia
– Fisiologia da Síndrome de Hiperpressão da Patela
– Entorses do Joelho
– Protocolo de Tratamento Osteopático do Joelho
Diagnóstico
– Diagnóstico do Joelho
– Diagnóstico da Patela
– Diagnóstico das Lesões de Rotação da Tíbia
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Técnicas
Bibliografia
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A CINTURA ESCAPULAR
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Generalidades Anatômicas
1º Grupo:
• Uma articulação verdadeira e principal: glenoumeral
• Uma articulação “falsa” e associada: a subdeltóidea.
2º Grupo:
• Uma articulação “falsa” e principal: a Omotorácica.
• Duas articulações verdadeiras e associadas: a acromioclavicular e a
esternoclavicular.
1. A Articulação Glenoumeral
• Ligamento Coracoumeral.
Se estende do processo coracóide ( 2 ) até o tubérculo maior ( 3), onde se
insere o músculo supraespinhal ( 6 ).
• Ligamento glenoumeral, com seus três feixes, superior, médio e inferior (11
)
• O conjunto desenha um Z, espalhando sobre a face anterior da cápsula.
• Entre os três feixes, dois pontos fracos:
• Forame de Weitbrecht ( 12 ) e forame de Rouviére ( 13 ) pelo qual a
sinovial articular pode comunicar com a bolsa serosa subcoracóidea.
Porção longa do tríceps ( 14 )
a) Vista posterior
b) Vista anterior
c) Vista superior
Músculos:
1. Supraespinhal
2. Subescapular
3. Infraespinhal
4. Redondo Menor
Tendão da porção longa do bíceps, (quando este músculo se contrai, o tendão,
fixado ao tubérculo supraglenóideo, empurra a cabeça para dentro.)
b) Vista posterior
Músculos:
(5) Porção curta do bíceps
(6) Corocobraquial
(7) Porção longa do tríceps
( 8 e 8’ ) Feixes do deltóide
( 9 ) Feixe clavicular do peitoral maior.
2. A Articulação Acromioclavicular
A articulação é uma artródia
A Clavícula
4. A Articulação Omotorácica
Para toda ação de força do membro superior que necessita da escápula fixada,
o serrato anterior, trabalha em sinergia com o trapézio médio, que é adutor.
Suas ações opostas permitem estabilizar a escápula.
O Músculo Supraespinhal
1. - Deltóide
2. - Supraespinhal
Estes dois formam um par funcional, motor da abdução na articulação
glenoumeral
3. - Serrátil anterior
4. - Trapézio
Estes dois músculos formam um par funcional, motor da abdução na articulação
omotorácica
O deltóide, ativo desde o início da abdução, pode realizar a amplitude
completa. O seu máximo de atividade situa-se ao redor de 90° de abdução.
O músculo supraespinhal era considerado o “starter da abdução”, iniciador da
abdução.
Sabe-se atualmente que o deltóide sozinho é suficiente para realizar uma
abdução completa.
O supraespinhal ajuda intensamente o deltóide, que quando age sozinho,
fadiga-se facilmente.
Na totalidade a sua ação é o mesmo tempo qualitativa, sobre a coaptação
articular, e quantitativa, sobre a tolerância e a potência da abdução.
− O deltóide ( 1 )
− O supraespinhoso ( 2 )
− ( 4 e 5 ) O trapézio
− O Serrato anterior.
Limitada pela resistência do músculo grande dorsal e do feixe inferior do
peitoral maior.
Fisiologia Muscular
Biomecânica da Antepulsão
Biomecânica da Abdução
23
Abdução entre 0o e 80o Abdução entre 80o e 130o Abdução entre 130o e 180o
– A cabeça do úmero – Articulação Idem, com ainda mais
abaixa-se em relação à esternoclavicular: a lateroflexão
cavidade glenóide da extremidade interna da contralateral da coluna e
escápula clavícula abaixa-se. lateroflexão homolateral
da coluna cervical.
– A articulação
acromioclavicular: o
ombro sobe: a
extremidade lateral da
clavicular sobe e a
clavícula faz uma
rotação posterior.
– Articulação
omotorácica: báscula
lateral da escápula.
Movimento Mão-Cabeça
Dores na Antepulsão
Dor entre 0 - 80º
Deve-se pensar numa lesão da cabeça do úmero:
• Lesão de superioridade
• Lesão de inferioridade
• Sobretudo lesão de anterioridade
A lesão de anterioridade está freqüentemente associada a uma lesão de
superioridade ou inferioridade.
A lesão que restringe mais o movimento, é a lesão associada de
anterioridade e superioridade. Para fazer uma antepulsão a cabeça
umeral necessita descer.
Dor durante 80° e 120°
• Lesão de rotação anterior da clavícula.
• Lesões de anterioridade da esternoclavicular.
• Lesão de separação da acromioclavicular
Dor durante 120° - 180°
• Lesão esternoclavicular
• Lesão omotorácica
• Coluna cervical, torácica, costelas, principalmente as 5 primeiras
costelas.
Dores na abdução
Dor entre 0-80°
• Lesão anterior, superior e inferior da glenoumeral
A mais patógena é a lesão de superioridade, que provoca uma tendinite
do supraespinhoso.
Dor durante 80° - 120°
• Lesões da Articulação Acromioclavicular
Principalmente lesões de separação (hipermobilidade)
• Espasmo do redondo maior
Dor durante 120° - 180º
• Lesões da Omotorácica
• Lesões de Superioridade da Esternoclavicular
• Lesão Cervicotorácica
• Lesão da 1a Costela
As Dores da Rotação
Mão – Cabeça
Lesão de anterioridade da cabeça umeral ou superioridade
Rotação anterior da clavícula
Subluxação anterior da 1a costela
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Lesões do Cotovelo
Mão – Costa
Lesão de posterioridade da cabeça umeral
Rotação posterioridade da clavícula
Subluxação posterior da 1a costela
Lesões da omotorácica
Lesões do cotovelo
1 - A Articulação Glenoumeral
As lesões de inferioridade correspondente a problemas de origem ligamentar,
criando dores do tipo ligamentar.
As lesões de anterioridade da cabeça umeral, é conseqüência de um
desequilíbrio tônico, do manguito rotador.
2 - A Articulação Acromioclavicular
A lesão da acromioclavicular se produz por um desequilíbrio tônico entre o
trapézio superior e o deltóide médio.
Um desequilíbrio tipo hipertonia do trapézio superior, hipotonia do deltóide
médio, aumenta a mobilidade da articulação acromio clavicular, e tende a
separar a articulação.
A torção pélvica está associada a uma torção da cintura escapular. A torção
pélvica sendo primária, trata-se inicialmente a torção pélvica, antes de
tocar o ombro.
A torção da clavícula está associada a uma torção da 1° costela.
O músculo chave dessa região é o subclávio. Se o subclávio está normal, não
há lesão acromioclavicular e esternoclavicular.
3 - A articulação Esternoclavicular
Dois músculos importantes:
• Esternocleidomastóideo.
Ação craniossacra, dinâmica cervical, função inspiratória.
• O subclávio
4 – A articulação Omotorácica
É uma articulação especial, pois a escápula é um osso sesamóide envolvida por
um sistema muscular.
4 - A Articulação Omotorácica
Se o paciente apresenta dor ao final da amplitude de movimento de antepulsão
significa um problema omotorácico ou da coluna torácica.
Quando o paciente apresenta uma dor ao tentar iniciar o movimento, pode-se
pensar em uma calcificação do supraespinhoso, uma ruptura da bainha dos
rotadores, e capsulite retrátil.
Se a dor aparece aos 70° de antepulsão pode ser um problema de capsulite
retrátil, ou um problema biomecânico da glenoumeral.
Uma limitação de movimento ao nível de 90°, deve-se a uma fixação
acromioclavicular.
Se não existe limitação, porém, existe dor ao nível dos 100°, é sinal de
hipermobilidade da acromioclavicular, devido principalmente a uma lesão de
anterioridade da cabeça umeral.
Anatomia Osteopática
Patologia e Radiologia
Periartrite Escapuloumeral
Causas:
Trabalho que exige que as mãos estejam na altura do acrômio para sustentar
uma carga sobe os ombros, esta posição leva a uma isquemia do manguito,
comprimindo-o entre o tubérculo maior e acrômio.
Entre 50 e 60 anos aparece com freqüência, ruptura do manguito, devido aos
microestiramentos sofridos durante muitos anos.
O manguito deteriora, erosões aparecem nos tubérculos que se tornam
irregulares, sinal radiológico de geodas nos tubérculos, a profundidade do
sulco bicipital diminui, forma-se osteófitos ao nível da articulação
acromioclavicular, hipertrofia da cabeça do úmero e do acrômio.
A idade e as posturas cifóticas contribuem para o aparecimento de tendinites
degenerativas.
Bursites
Emoções Traumatismo
Irritação
Injecção Imobilização
Dor
Tensão Muscular
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Inflamação
Reação fibrosa
• Limitação do estiramento do
músculo.
• Limitação de deslizamento
articular.
• Limitação do deslizamento
do tendão.
• Retração da aponeurose
Impotência Funcional
Capsulite Adesiva
O Ombro Congelado
Deve ser considerada não como uma doença, mas como uma entidade clínica. Toda
afecção que ocasiona dor no ombro pode ter como conseqüência um ombro rígido,
ombro congelado, principalmente nas pessoas ansiosas, depressivas, apáticas,
e com limiar doloroso baixo.
Os movimentos passivos e ativos são limitados e dolorosos ao nível da
articulação glenoumeral e da omotorácica, não evidencia-se uma causa
intrínseca, a cura faz-se espontaneamente em numerosos casos.
Diagnóstico
Limitação dolorosa do ombro, cuja dor diminui progressivamente, enquanto a
limitação aumenta.
Quando o ombro gela, não existe dor, quando o braço está imóvel. Mas todas as
amplitudes de movimento estão limitadas.
O braço encontra-se fixado ao tronco em adução e rotação interna. O grau de
limitação é variável e pode chegar a uma imobilização completa do braço. O
movimento do braço é realizado pela omotorácica que também está limitada.
Manguito Rotador
Ruptura
Causas:
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Tratamento
Ruptura parcial: Imobilização com gesso, braço imobilizado em abdução,
antepulsão e rotação externa, para aproximar as fibras rompidas e impedir o
movimento durante 8 semanas.
Ruptura completa: Cirurgia
Tratamento: exercícios passivos, depois ativos, imobilização em antepulsão
depois em abdução.
No final do 1o mês, o braço será progressivamente aduzido, manter
imobilização durante a noite.
Sintomas:
Dor aguda, seguida de um intervalo de alívio de 6 a 12 horas. Reaparece
progressivamente e dura de 4 a 7 dias.
Os sintomas de ruptura incompleta assemelha-se aos da tendinite do supra-
espinhoso.
A ruptura parcial provoca um espessamento do tendão semelhante ao encontrado
nas tendinites, a abdução é possível ainda que dolorosa e limitada, o ritmo
escápulo-torácico não está comprometido.
É a parte alta do tendão que é a zona habitual da ruptura. Ela se produz
freqüentemente ao nível do supraespinhoso onde o tendão é palpável sobre o
tubérculo maior.
O diagnóstico da ruptura incompleta pode ser feita através dos sintomas e a
artrografia pode ser necessária.
Nas rupturas completas, o paciente é incapaz de iniciar a abdução. A perda
ativa da abdução é causada pela lesão do manguito, especialmente do
supraespinhoso, dor importante.
Na ruptura completa a cabeça do úmero não está firmemente mantida na glena e
a articulação torna-se instável.
A Síndrome Costo-Escapular
Causa freqüente de dor no ombro com irradiação para a parte distal do membro
superior.
Esta síndrome é também chamada “Síndrome de Fadiga”.
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Radiologia do Ombro
O Ombro
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a) A. P: b) Perfil:
1. Interlinha escápulo-umeral 19. Espaço que separa o processo
coracóide da cabeça, e que
2. Glena, tubérculo corresponde ao tendão do
subglenoidiano supraespinhal.
3. Colo da escápula 20. Interlinha acromioclavicular
4. Pé do processo coracóide
5. Bico do processo coracóide
6. Cabeça umeral
7. Colo anatômico
8. Tubérculo maior
9. Tubérculo menor
10. Acrômio
11. Clavícula
12. Espaço subacrômio –
clavicular
(1 cm aproximadamente)
13. Zona de inserção do
supraespinhoso
14. Colo cirúrgico do úmero
15. Sulco bicipital
16. Diáfise umeral
17. Partes moles axilar
18. Tecido adiposo subcutâneo
Luxações do Ombro
Fratura
1. Lesões da Glenoumeral
∗ Lesão de Anterioridade + + + +
∗ Lesão de Superioridade + +
∗ Lesão de Inferioridade +
∗ Lesão de Posterioridade (são raras)
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Etiologia
• Um traumatismo direto;
• Uma queda sobre as nádegas braço extendido, retropulsão e amortecimento da
queda com as mãos;
Mecanismos
• A cabeça está anterior em relação a glena da escápula e em rotação interna
devido ao espasmo do subescapular e peitoral maior. Está quase sempre
associada a uma inferioridade da cabeça umeral. (Mas pode também estar
associada a uma superioridade, bursite subacromial, tendinite do
supraespinhoso).
• Quando associada a uma inferioridade, coloca em tensão os ligamentos
glenoumerais e coracoumerais, com irritação do tendão da porção longa do
bíceps, desenvolvendo uma tendinite do mesmo.
• Essa lesão é favorecida por uma hipotonia do músculo coracobraquial. Ela
só pode produzir-se caso exista uma fraqueza do coracobraquial.
Sintomas
• Dor na parte anterior do ombro por tensão ligamentar e estiramento com
inflamação do deltóide anterior e porção longa do bíceps
• Dor durante a antepulsão entre 0° a 90°
• Dor ao movimento mão cabeça (ABD + RE)
• Dor durante a abdução entre 0° a 90°, menos importante. Sobretudo caso
esteja associada a uma lesão de superioridade da cabeça umeral
Diagnóstico
• Na palpação estática, a cabeça encontra-se mais anterior
• Dor ao nível do sulco bicipital ou intertubercular
• Restrição ao movimento ântero-posterior no teste de mobilidade
• Ao teste muscular pode encontrar-se mais freqüentemente uma fraqueza do
deltóide anterior, mas pode-se também encontrar-se uma debilidade do
corocobraquial.
• Risco de luxação medial do tendão longo do bíceps
Sintomas e diagnóstico
• Dor na parte posterior do ombro:
Essa dor acredita-se que seja devido a um problema de aderência entre o
deltóide posterior e o infraespinhoso .
• Dor ao movimento de retropulsão e ao movimento de mão-costa.(AD + RI)
• Na palpação estática a cabeça umeral encontra-se mais posterior que do lado
são.
• No teste de mobilidade, a cabeça umeral aceita deslizar-se para trás. Não
aceita deslizar para frente.
• Ao teste muscular encontra-se uma debilidade do deltóide posterior.
Etiologia
Queda sobre a mão ou sobre o cotovelo
Espasmo dos músculos do manguito rotador
Mecanismo
• Elevação da cabeça umeral em relação a glena
• Sofrimento por imbricação do anel glenoidiano (dores fortes), e da bolsa
subdeltóidea
• Pode provocar tendinite do supraespinhoso e bursite.
Sintomas
Dor à abdução entre 80o e 90o e rotação externa, mão-cabeça.
Dor à palpação na região ântero-lateral do ombro
Diagnóstico
• Pode haver crepitação ao movimento ativo
• Dor à palpação do supraespinhoso
• Palpação: cabeça está mais alta
• Teste de Jobe: positivo
• Diminuição do espaço tubérculo maior e acrômio
• Teste de mobilidade: restrição do abaixamento da cabeça umeral
Teste muscular
• Supraespinhoso e deltóide médio fracos
Lesão de Inferioridade
Etiologia
Tração violenta no eixo do membro superior, cargas pesadas
Mecanismo
• Geralmente associada a lesão de anterioridade
• A cabeça umeral inferioriza-se em relação à glena
• Sofrimento e dor do anel glenoidiano (decoaptação) com dor invalidante
• Dor do ligamento coracoumeral tensionado
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2. Lesão da Acromioclavicular
Mecanismo
– Queda sobre o ombro
– Existe 3 graus de lesão:
∗ Grau 1: Entorse
– Existe uma distensão ligamentar
– Aumento da interlinha articular (normal 1 mm)
– bocejo articular aumenta com a abdução do braço – Posição RX –
– Sinal da tecla de piano (-)
– Sinal de gaveta ântero-posterior (-)
Tratamento:
Bandagem funcional durante 15 dias
∗ Grau 2: Subluxação
– Ruptura do ligamento acromioclavicular
– Ruptura parcial dos ligamentos trapezóide e conóide, subluxação para cima
e para trás da clavicular
– Pseudo tecla de piano
– Sinal de gaveta ântero-posterior positivo por ruptura do ligamento
lateral
Tratamento:
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∗ Grau 3: Luxação
– Ruptura do ligamento acromioclavicular e coracoclaviculares
– Luxação superior da extremidade lateral devido a tração do trapézio
superior
– Hipermobilidade
– Sinal da tecla de piano (+)
– Sinal de gaveta anteroposterior (+)
Tratamento: cirúrgico com fixação articular
Etiologia
• A mais freqüente é uma queda do paciente sobre a parte lateral do ombro ou
sobre o braço extendido
Mecanismo
• Ascenção do ombro, deslizamento das facetas articulares e elevação da
extremidade lateral da clavícula
• Estiramento dos ligamentos e separação da articulação acromioclavicular.
Não há entorse. A lesão de separação é fixada pelo espasmo do trapézio
superior, que puxa para cima a clavícula e hipotonia do deltóide. O
subclávio está estirado e hipotônico
Sintomas e diagnóstico
• Dor com MS pendurado, devido ao abaixamento do acrômio, enquanto o trapézio
traciona para cima a clavícula
• Dor durante os movimentos de antepulsão e abdução do ombro a 80° e
impossibilidade aos 90o
• Elevação da extremidade lateral da clavícula
• Dor na parte ântero-lateral do ombro
• Teste de mobilidade: hipermobilidade, aumento da rotação externa
Tratamento
• Deve-se tratar primeiramente os músculos antes de manipular
Etiologia
• Jogar uma bola fazendo um movimento brusco para cima ou lift tênis
• Movimentos de báscula medial.
• Movimentos forçados de retropulsão, da escápula ou mão costa
• Elevar pesos
• Cifose:
• Queda sobre a parte anterior do ombro
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Mecanismo
• Ao realizar-se um movimento de báscula medial da escápula, produz-se uma
rotação anterior.
• Os músculos espasmados que fixam a lesão: trapézio superior, deltóide
anterior, feixe clavicular do peitoral maior e subclávio
• Hipotonia do deltóide posterior
• Lesão de superioridade da 1a costela, tracionada pelos escalenos e
distensão do ligamento costoclavicular
Sintomas e diagnóstico
• Dor aos movimentos de abdução e antepulsão acima de 90o e dor ao
movimentos mão-cabeça
Existe uma dor à palpação da parte superior da articulação, que é o
primeiro sinal de lesão da articulação acromioclavicular, com limitação da
rotação cervical oposta e lateroflexão do mesmo lado da lesão de rotação
anterior da clavícula
• Dor abdução entre 80o e 130o
• Limitação da rotação externa do ombro
• A clavícula e o acrômio formam um ângulo, que em caso de rotação anterior
da clavícula será menor.
• Dor na região anterior e lateral do ombro irradiada para o deltóide
• Maior evidência da face súpero-lateral da clavícula
• Convexidade do terço medial mais apagada
• Zona plana da parte lateral mais anterior
• Teste de mobilidade: restrição da rotação posterior
Etiologia
• Saque no tênis
• Movimento de báscula lateral da escápula
• Movimentos forçados de mão-cabeça ou rotação externa
• Traumatismo na região posterior do ombro
• Distúrbio postural como inversão da curva torácica
Mecanismo
• A lesão é fixada pelo espasmo do trapézio superior, e espasmo do redondo
maior.
• Debilidade do deltóide anterior e feixe clavicular do peitoral maior
• Rotação posterior da clavícula que empurra a costela para baixo e para
frente através do ligamento costoclavicular
Sintomas e diagnóstico
• Dor ou restrição ao movimento de retropulsão e mão-costa
Apresenta-se dor à palpação da parte superior da articulação, e o ângulo
formado entre a clavícula e o acrômio parece maior que o do lado oposto.
• Limitação do movimento de rotação interna do ombro
• Convexidade do terço medial da clavícula mais proeminente
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3. A Articulação Esternoclavicular
1a Lesão Pré-esternal
Etiologia e mecanismo
• Traumatismo ântero-posterior
• Wiplash posterior, durante o movimento de extensão, que provoca um
deslocamento anterior importante da 1ª costela, sem que haja ruptura
ligamentar.
Sintomas
• Dor ao movimento de abdução e rotação externa do ombro (mão-cabeça)
• Lateroflexão e rotação limitadas ao lado oposto à lesão, devido a 1ª
costela
• Restrição da retropulsão local do ombro ( desenrolar do ombro)
Diagnóstico
• Palpa-se a face anterior da extremidade interna da clavícula. O lado
lesado estará mais anterior.
• Teste de mobilidade: posterioridade limitada
• Fraqueza ao teste muscular do feixe esternal do peitoral maior
2a Lesão Supra-esternal
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Etiologia e mecanismo
• Traumatismo da parte súpero-externa da clavícula, que produz uma elevação
da parte interna.
• Elevação de uma carga muito pesada, a lesão coloca em tensão o ligamento
costoclavicular com rotação posterior da 1a costela
Sintomas
• Restrição do movimento de elevação dos ombros.
• Dor na abdução do ombro, acima de 120o
• Pode existir uma limitação ou dor à lateroflexão, ou a rotação do pescoço
para o mesmo lado da lesão, que é devido a posição da 1ª costela. Muito
freqüente nos acidentes de carro, no Wiplash.
• Movimento mão-cabeça limitado
• Se existe uma lesão de superioridade pode haver uma separação da clavícula
de uns 5 mm.
• Debilidade ao teste muscular do feixe clavicular do peitoral maior.
3a Retro-esternal
Risco de compressão vascular e visceral rara
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4. A Articulação Omotorácica
Etiologia
• Postural
• Lesões vertebrais ( ao nível do metâmero )
Mecanismos
Os músculos que fixam a lesão de báscula lateral da escápula, é o trapézio
superior, redondo maior.
A clavícula em caso de báscula lateral, adapta-se em rotação posterior e em
elevação.
Sintomas
• Dor isquêmica dos músculos lesados principalmente do trapézio superior e do
redondo maior.
Limitação da abdução acima de 140°, da retropulsão e rotação interna (mão-
costa).
Diagnóstico
• Rotação posterior da clavícula
• Dores referidas provenientes dos pontos gatilhos do trapézio superior e do
redondo maior.
• Fazendo-se uma inspecção, a escápula estará mais alta do lado lesado.
• Pode haver sintomas relacionados com a dobradiça cervicotorácica.
• Limitação da báscula medial e da retropulsão horizontal do ombro.
• Ao teste:
A báscula medial estará restrita, e a báscula lateral mais rápida e mais
ampla do lado lesado.
• Aproximação da articulação acromioclavicular e restrição da
esternoclavicular
Etiologia e mecanismo
Sempre associada à lesão de adução da escápula. É uma lesão rara.
É associada e fixada por um espasmo do elevador da escápula e trapézio
inferior, em conseqüência de lesão vertebral situada entre os níveis C2 e C4,
de uma lesão occipito-atlas ou de uma lesão torácica (inserções musculares).
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Lesão de Adução
Fixação: Trapézio médio
Rombóides
Sintomas: Dor à abdução do braço entre 120o e 180o
Dor à antepulsão entre 120o e 180o
Movimento mão-cabeça restrito
Final do movimento de ABD e antepulsão restrito
Diagnóstico: Diminuição do espasmo escápulo vertebral
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Lesão de Abdução
Fixação: Serrátil Anterior
Sintoma/diagnóstico: Aumento do espaço escápulo vertebral
Movimento mão-cabeça limitado
Final movimento ADD e retropulsão restrito
Glenoumeral
Acromioclavicular
Se a dor aparece
Esternoclavicular
Coluna Dorsal e
Omotorácica
2 - Teste de Gilcrist
Paciente assentado.
MS em antepulsão de 90º.
Faz-se a supinação do antebraço.
O osteopata empurra para baixo e o paciente resiste.
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3 - Teste de Hawkins
Paciente Assentado ou de Pé.
Ombro em antepulsão de 90°, cotovelos fletidos.
Aumenta-se a antepulsão empurrando para cima, a fim de colocar o úmero em
contato com o acrômio.
Se aparecer dor, é que existe uma inflamação da bolsa serosa. Um conflito de
fricção entre o tendão do supraespinhoso e da bolsa serosa.
4 - Teste de Yocum
Pede-se ao paciente para colocar a mão no ombro oposto (Antepulsão e abdução
maior que 90º).
Com uma mão toma-se contato com o ombro e a articulação acromioclavicular do
paciente.
Com a outra mão empurra-se o cotovelo para cima, e o paciente resiste
empurrando no sentido oposto.
Se aparece dor, é sinal de problema da articulação acromioclavicular.
5 - Teste de Jobe
Paciente de pé ou assentado
Osteopata atrás do ombro do paciente.
Paciente com abdução de 90º do ombro, palma da mão para frente.
Osteopata segura com a mão interna o ombro do paciente.
Com a mão externa apoia contra o antebraço, e empurra para baixo. O paciente
resiste empurrando para cima.
48
7 - O teste de Apley
É a manobra ativa mais rápida para avaliar a e capacidade de movimentação do
paciente:
− Teste da abdução, rotação externa
Pede-se ao paciente para alcançar, por trás da cabeça, o ângulo médio
superior da escápula contralateral.
− Teste da adução, rotação interna
Pede-se para tocar o acrômio contralateral passando o braço pela face
anterior do tórax.
Pede-se com o braço atrás das costas, tocar o ângulo inferior da escápula
contralateral.
− Teste abdução de braço
Abdução do braço a 90º, mantendo os cotovelos em linha reta. A seguir, peça
para voltar as palmas das mãos para cima em supinação e continuar o movimento
de abdução até que as mãos se encontrem acima da cabeça.
Complementando os testes que objetivam avaliar a abdução e a rotação externa,
peça ao paciente para colocar as mãos atrás do pescoço; a seguir mande-o
forçar os cotovelos para trás.
Para testar a adução e a rotação interna, solicite ao paciente para, após
passar ambas as mãos para trás das costas, elevá-las o mais alto possível,
tentando alcançar o ângulo inferior das escápulas.
A principal vantagem dos testes rápidos de avaliação da mobilidade, é que os
movimentos do paciente podem ser estudados bilateralmente ao mesmo tempo, o
que facilita o exame da simetria do movimento e oferece condições para
determinar qualquer deficiência, por menor que seja.
8 - Teste de Yergason
Para avaliar a estabilidade do tendão da porção longa do bíceps, no interior
do sulco biciptal.
Faz-se 90º de flexão de cotovelo, e segura-se o cotovelo, braço junto ao
tórax
Com a outra mão, segura-se o punho, e faz-se rotação externa até encontrar
resistência.
Simultaneamente a mão que segura o cotovelo, puxa-o para baixo.
Caso exista instabilidade do tendão, ele se deslocará do sulco, e o paciente
apresentará dor.
Diagnóstico Osteopático
− Teste de Mobilidade
Paciente assentado.
Osteopata em finta lateral, atrás do paciente.
Fixa-se o ombro com a mão interna, e com a mão externa movimenta-se o ombro
obliquamente, de frente para trás e de dentro para fora, de trás para frente,
e de fora para dentro.
Pode-se fazer os dois lados ao mesmo tempo e comparar a mobilidade.
Osteopata atrás do paciente, bloqueia o tronco do mesmo, contra o seu peito.
Coloca-se os polegares sobre a espinha da escápula, e com os outros dedos,
toma-se contato com a parte anterior da cabeça do úmero.
Faz-se movimentos oblíquos de frente para trás, e de dentro, para fora, de
trás para frente, e de fora para dentro. O anular e médio empurra para trás,
e o polegar para frente.
50
− Teste de Mobilidade
Paciente assentado.
Osteopata de pé, atrás do paciente.
Coloca-se o polegar sobre o acrômio e os outros dedos sobre o tubérculo
maior do úmero, e empurra-se para baixo.
Se ao empurrar para baixo, a cabeça do úmero não desce, é que existe uma
lesão de superioridade.
Se a cabeça do úmero desce, e ao relaxar-se a pressão, ela permanece embaixo,
é que existe uma lesão de inferioridade.
Variante:
Teste de mobilidade
Paciente assentado
Osteopata lateralmente do lado a ser testado
51
Paciente assentado.
Com a mão externa fixa-se o ombro, anteriormente com os dedos, e
posteriormente com o polegar sobre a espinha da escápula.
Com a mão interna empalma-se em bico de pato ( com o indicador e o polegar) a
parte lateral da clavícula.
Testa-se a mobilidade ântero-posterior da clavícula dos dois lados.
Paciente assentado.
Osteopata atrás do paciente, coloca o pé do lado a ser testado sobre a mesa.
Faz-se a abdução do ombro a 90°, coloca-se o cotovelo do paciente sobre o
joelho do osteopata. O úmero deve estar ao nível do eixo longo da clavícula.
A mão externa segura o punho.
A mão interna, com os dedos segura a clavícula, o polegar posteriormente.
Faz-se a rotação interna, e observa se a clavícula gira para frente.
Faz-se a rotação externa, e observa se a clavícula gira posteriormente.
Testa-se os dois lados e compara-se.
3 - A Articulação esternoclavicular
Diagnóstico da Lesão
54
Palpação
Paciente assentado
Coloca-se os dedos, posteriormente à espinha da escápula, e pede-se ao
paciente para elevar os ombros. O lado da lesão eleva-se menos que o lado não
lesado.
55
3.3 – Variante:
Mesma posição do osteopata e paciente.
Pode-se também segurar a extremidade medial da clavicular em “ bico de pato”,
com a mão interna.
E com mão externa mobilizar globalmente o ombro em rotação, e apreciar a
mobilidade da esternoclavicular.
4 - Teste Muscular
Teste de Mobilidade
Técnicas da Glenoumeral
Stretching do Subescapular
Variante:
16 – Stretching do Supraespinhal
Paciente em decúbito lateral do lado são
Osteopata em finta anterior ao nível da cintura escapular
Coloca-se uma almofadinha sob a axila do paciente, braços apoiados no tronco,
cotovelos feltidos
Fixa-se o ombro com a mão cefálica, realiza-se o stretching com a mão caudal
que repousa sobre a parte distal do braço do paciente
Paciente assentado.
Osteopata de pé atrás do paciente
69
Uma mão passa sobre o ombro oposto a ser tratado, e empalma o cotovelo.
A outra mão do lado a ser manipulado empalma o cotovelo. Os dedos de ambas as
mãos cruzam-se.
Faz-se a abdução do braço a 90°, coloca-se a mão em pronação sobre o ombro do
paciente, e leva-se o braço em antepulsão.
Reduz-se o slack puxando-se o paciente contra o peito do osteopata.
Coloca-se o braço a 90o para corrigir uma anterioridade.
Coloca-se o braço no plano do tronco para corrigir uma lesão de
inferioridade.
Se existe uma lesão de anterioridade associada com a lesão de inferioridade,
coloca-se o braço numa amplitude aproximada de 45°.
Realiza-se o thrust, puxando-se em direção ao osteopata.
22 - Técnica em Decoaptação
Capsulite Retrátil
25 - A Técnica de Spencer
1 – Técnica em Snap
Paciente assentado.
Osteopata de pé atrás do paciente.
A mão do osteopata do lado lesado segura o cotovelo, faz-se uma abdução de
90° do ombro, e coloca-se a mão do paciente em pronação sobre o seu ombro.
Em seguida faz-se uma antepulsão horizontal.
O MS do lado oposto ao lesado, passa sobre o ombro do paciente.
Ambas as mãos se cruzam sobre o cotovelo.
Reduz-se o slack puxando-se o paciente para trás, contra o tórax do
osteopata.
O thrust é realizado, empurrando-se sob a articulação acromioclavicular, para
abri-la superiormente.
Como uma técnica de lift off.
Paciente assentado.
Osteopata atras do paciente, o pé do lado lesado sobre a mesa.
Coloca-se o braço do paciente em abdução de 90° sobre o joelho do osteopata,
segura-se o punho do paciente com a mão externa.
Faz-se uma rotação externa, até que se obtenha uma resistência e um rebote
muscular. Quando faz-se a rotação externa e relaxa, o ombro retorna. É
exatamente a resposta que se obtêm quando existe um espasmo muscular que fixa
a articulação.
O braço é colocado ao nível do eixo longo da clavícula.
A mão interna fixa o ombro.
Com a mão externa, busca-se a barreira motora em rotação externa, e pede-se
contração isométrica no sentido da rotação interna.
Faz-se 3 ciclos de 3 contrações isométricas, buscando-se em cada 3 ciclos uma
nova barreira motora.
77
Paciente assentado.
Mesmo posicionamento que a técnica anterior.
Porém, coloca-se o ombro em rotação interna, até encontrar-se a barreira
articular.
E pede-se contração isométrica no sentido da rotação externa.
Faz-se 3 ciclos d e 3 contrações isométricas, buscando-se em cada ciclo, uma
nova barreira motora.
A Articulação Esternoclavicular
3 - Variante
Para Lesão de Superioridade da Esternoclavicular
Paciente em decúbito lateral sobre o lado são. Cintura escapular
perpendicular a mesa.
Osteopata em finta anterior, atrás do paciente ao nível da cintura escapular.
Coloca-se o abdome sobre o ombro, e exerce-se uma compressão no eixo
longitudinal da clavícula, provocando um relaxamento muscular e ligamentar.
A mão interna passa anteriormente para sustentar o pescoço e a cabeça do
paciente.
A mão externa em pronação entra em contato com a extremidade superior interna
da clavícula.
Reduz-se o slack deslizando-se o corpo para cima, para provocar uma elevação
do ombro do lado lesado, e abaixar a extremidade interna da clavícula.
Enquanto a mão externa empurra na direção do pé do paciente.
Aumenta-se a compressão, soltando mais peso sobre o ombro do paciente.
O thrust consiste em realizar um body drop, e um impulso na direção do pé do
paciente.
4 - Variante
Para Lesão Anterior da Esternoclavicular
Mesmo posicionamento que para a técnica de superioridade.
79
Variante 1:
Pode-se realizar a técnica, fazendo antepulsão e rotação interna do ombro
Pede-se ao paciente para fazer retropulsão do MS e resiste.
81
A Articulação Omotorácica
4 - Pompage do Elevador
Paciente deitado
Osteopata sentado na cabeceira da mesa
Mão interna apoia na região interna da espinha da escápula (ângulo superior)
Mão externa segura a base do crânio
Movimento:
– Abaixar o ângulo
– Obter lateroflexão e rotação
Movimento:
A mão cefálica coloca os parâmetros:
– Flexão
– Lateroflexão / rotação oposta
– Compressão ou tração
84
Articulação
COXOFEMORAL
85
− Durante o ADD:
O feixe superior do ligamento iliofemoral tensiona-se.
O feixe medial tensiona-se pouco.
O ligamento pubofemoral se relaxa.
O ligamento isquiofemoral relaxa-se.
− Durante a Extensão
Todos os ligamentos estão tensionados, principalmente o feixe superior do
ligamento iliofemoral.
87
Anatomia Palpatória
Palpação da tuberosidade
isquiática e
Palpação da bolsa
trocanteriana
Triângulo de Scarpa e
Palpação da Artéria Femoral
Palpação do Psoasilíaco e
Palpação do Adutor Magno
1o Tempo: 2o Tempo:
Palpação da artéria femoral Palpação do n. femoral
Contato bidigital entre EIAS e Deslocar um dedo para fora na
tubérculo do púbis direção do Sartório
Aorta Descendente
L4
Artéria Sacra
A coxometria
Em um paciente com mais de 65 anos, uma mulher quase sempre, nas dores
invalidantes do quadril aparece em poucos dias. A radiografia da pelve está
normal nesse estágio.
Dois meses mais tarde a interlinha coxofemoral perdeu 50% de altura.
Em seis meses a interlinha desaparece, a cabeça e o acetábulo se desgasta.
Pode-se temer uma artrite, a velocidade de sedimentação está elevada, mas não
existe febre, o pinçamento da interlinha é eletivo, a mobilidade do quadril
não é tão limitada quanto numa artrite.
Uma prótese será necessária em menos de um ano.
O nervo femoral nasce de 3 raízes dos ramos anteriores de L2, L3, L4 entre os
planos do psoas.
Ele se constitui ao nível de L5 e desce através da fossa ilíaca externa
passando em seguida pelo Triângulo de SCARPA e termina em 4 ramos terminais.
• N. musculocutâneo externo: sartório e face ântero-medial do quadril
• N. musculocutâneio interno: pectíneo e adutor médio
• N. do quadríceps
• N. saferno interno: face póstero-interna do joelho
As lesões de bloqueio anterior e posterior são somente secundárias.
Bloqueio anterior e posterior o MI alonga-se ou encurta-se devido a forma do
acetábulo levando a cabeça femoral anterior e um pouco para baixo e posterior
e um pouco para cima.
92
Eles nasce por 3 raizes dos ramos anteriores de L2, L3, L4 e passa entre os 2
planos do psoas. Ele atravessa os dois feixes do ligamento iliolombar
inferior e cruza a articulação sacroilíaca.
Ao nível do canal subpubiano, ele se divide em 2 ramos:
• Ramo superficial desce ao longo dos adutores e os inerva e também a face
medial da coxa.
• Ramo profundo ao longo dos adutores
• nervo obturador emite colaterais para a parte ântero-medial da articulação
coxofemoral e ao músculo obturador externo.
Radiologia
As incidências Radiológicas
a) a pelve em AP (fig.2.27) permite um estudo comparativo das articulações
coxofemorais, a linha dos processos espinhosos passam no centro da sínfise
púbica. A extremidade superior do fêmur tem um aspecto que depende do grau
de rotação do membro inferior (fig.2.28 e 2.29)
b) A coxofemoral de perfil (fig.2.30) pode realizar-se de diversas formas.
c) As incidências especiais:
– As incidências oblíquas da pelve obtidas com uma rotação de 4o, permite
visualizar a asa ilíaca do mesmo lado (3/4 da asa), ou o forame obturador
do lado oposto (3/4 obturador)
Os traumatismos
a) As luxações
As luxações do quadril são raras. As luxações posteriores acompanham-se
frequentemente de uma fratura da borda posterior do anel cotiloidiano.
As luxações anteriores, as luxações centrais com impactação da cabeça
femoral através do acétabulo fraturado são menos habituais.
b) As fraturas da pelve
Frequentes no adulto. Seu estudo radiológico pode apresentar
dificuladades, em particular nos feridos graves.
Estas fraturas são complicadas muitas vezes por lesões dos órgãos
intrapélvicos (vesícular, ureteres, ceco, reto, etc).
As fraturas isoladas da asa ilíaca, do ísquio, do púbis, da borda do
acétabulo não interfere na estática. Ao contrário, as fraturas do anel da
pelve associam uma fratura anterior (obturador, sinfisária) a uma fratura
posterior passando pela asa sacra ou asa ilíaca, podendo comprometer a
estática da pelve.
Entre as fraturas do acétabulo as mais graves, são as fraturas da borda
superior do anel cotiloidiano, pois comprometem a zona de apoio na posição
ereta. Elas podem se acompanhar por lesões do n. ciático.
1. Suboccipital 3. Intertrocanteri
2. Transcervical ana
4. Pertrocanterian
a
a) Perfil de Ducroquet
– A pelve vista em Ap
– A cabeça e o colo femoral não estão superpostos ao maciço trocanteriano
b) Perfil “médico”
– Pelve vista ¾
– A cabeça e o colo femoral não estão superpostos ao maciço trocanteriano
c) Perfil uretral
– Pelve cista e ¾
– Cabeça bem visível, mas o colofemoral está superposto com o maciço
trocanteriano
b) Falso perfil
A projeção do quadril, sobre um plano vertical fazendo um ângulo de 65o com
o plano frontal permite medir o ângulo de cobertura da cabeça, normalmente
superior a 20º
99
A Articulação Coxofemoral
Disfunção:
• Compressão
• Rotação externa ou anterioridade
• Rotação interna ou posterioridade
• ADD
100
• ABD
• FLEX
A Compressão Coxofemoral
Diagnóstico
Diagnóstico Diferencial
Testes de Mobilidade
1o Tempo
2O Tempo
Testes Específicos
– Teste de Mobilidade da Rotação Interna e Externa
Paciente em decúbtio dorsal
MIs extendidos
Osteopata em finta lateral aos pés da mesa
Para Rotação Interna: Empalma a borda medial do pé e leva para dentro
Para Rotação externa: Empalma a borda lateral do pé e leva para fora
8 – Stretching do T.F.L
7 – Stretching em Decoaptação
109
8 – Técnica Fisiológica
Técnica de Shutz
9 – Técnica Articulatória
Paciente em decúbito dorsal
Osteopata em finta anterior do lado a ser tratado
MI do paciente em tríplice flexão
Faz-se amplas circunduções em sentido horário do quadril, para estirar ao
máximo todas as fibras da cápsula
Quando encontra-se uma tensão muscular, bloqueia-se a posição e realiza-se
contrações isométricas
O JOELHO
114
ADM do Joelho:
• Flexão passiva 160o .
• Flexão ativa com o quadril extendido 120o .
• Flexão ativa com flexão quadril 140o .
• Rotação externa 40o .
• Rotação interna 30o .
Superfícies articulares
São devido:
1 - A forma óssea dos côndilos e das glenas.
O côndilo medial é mais curvo que o lateral.
As glenas são transversalmente côncavas, porém, ântero-posteriormente, a
glena lateral é ligeiramente convexa, e a glena media é côncava.
A glena medial permite menos rolamento, e o côndilo medial por ser mais
curvo rola menos. O côndilo lateral rola mais, e a glena lateral convexa
permite maior rolamento.
2 - O ligamento colateral tibial é mais forte que o colateral fibular.
A Articulação Tibiofibular
Meniscos
1. Porção parameniscal
2. Porção tendinosa
3. Porção cartilaginosa
Patela
Ligamentos
117
Ligamentos cruzados
Ligamento Colaterais
1. Luxação da Patela
É a saída da patela do sulco femoral patelar.
Mecanismo:
- Queda ou lesões externas, esforço lateral rotatório violento no MI que
sustenta o peso.
- Congênito (formação defeituosa da patela ou do sulco fêmoro patelar)
- Defeito de alinhamento do joelho (valgo / varo)
Luxação recorrente
Sempre após lesão aguda.
Fatores que predispõe a lesão:
- Geno valgo
- Alongamento do tendão patelar
- Vasto medial débil
- Torção externa da tíbia
- Sulco femoro patelar raso
- Inserção patelar tibial lateralizada
- Côndilo femoral lateral raso
- Deformidade de patela
Sintomas:
Falseio, perda de equilíbrio.
Dor na região anterior do joelho
Derrame articular
Limitações ao movimento de extensão do joelho
Tratamento:
Mudança da linha de tração do quadríceps
Diminuição da frouxidão do quadríceps
119
Condromalácia Patelar
É uma condução dolorosa devido a anormalidade cartilaginosa da face posterior
da patela, devido algumas vezes a traumatismos, porém sem causa exata. Ocorre
degeneração gradual e progressiva da cartilagem por diminuição nutricional da
mesma.
É classificada de acordo com a lesão de grau I (enfraquecimento da
cartilagem) até grau IV (erosão da cartilagem abaixo do osso subcondral)
Fatores etiológicos:
Crista no côndilo femoral, incongruência da articulação patelo femoral,
excesso de peso, comprimento anormal do tendão patelar.
Tratamento:
Conservador, evitando-se movimentos de flexão do joelho
Osgood Schlatter
É uma ostocondrite do tubérculo tibial, freqüente em adolescentes e
geralmente bilateral
Sintomas: Dor na região do tubérculo tibial que aumenta com exercício ou
pressão direta (flexão)
Edema no tubérculo ou tendão patelar
As pressões repetidas predispõe a uma pequena avulsão do centro de
ossificação.
Relacionada ao encurtamento do reto anterior da coxa devido a tração sobre o
tendão patelar
Relaciona a problemas de ilíaco posterior e a encurtamento do isquiotibial.
Osteoartroses
Os processo degenerativos e de outra natureza podem causar esgarçamento e
destruição da cartilagem articular, com lesão subseqüentemente do osso
subcondrial subjacente.
O espessamento do espaço articular é o surgimento de esporões ósseos e faz
com que o RX seja o processo de investigação mais útil
C) Três objetivos:
1. Trabalhar a mobilidade articular
2. Prevenção ou correção da tendência ao flexum pelas posturas adequadas
3. Trabalho do quadríceps principalmente do vasto medial (contrações
isométricas contra resistência manual nos 30 primeiros graus de flexão
Este trabalho que deve ser indolor, interrompe o círculo vicioso: amiotrofia
do deslocamento externo da patela e tendência ao flexum.
É completado por um trabalho isométrico dos estabilizadores laterais dos
rotatores do joelho, dos isquitibiais.
Elege-se o tratamento cirúrgico quando o tratamento médico é reeducativo bem
conduzidos, não são suficientes.
Radiologia
Frente Perfil
1. diáfise femoral 8.canal do tendão do músculo
poplíteo
2.côndilo interno 9.cabeça da fíbula
3.côndilo externo 10.tendão do quadríceps
4.rótula 11.gordura subquadríciptal
5.interlinha femurotibial 12.côndilos superpostos
6.espinhosas tibiais 13.troclea (parte anterior do V
femoral)
7.plataformas tibiais
Goniometria
As Lesões Osteopáticas
Entorses do Joelho
1- Mecanismos:
São lesões que se produzem a ± 60o de flexão do joelho. Haverá
instabilidade do joelho no mecanismo de rotação do tronco.
Distingue-se 2 tipos de mecanismo do entorse:
a) choque direto: sobre a parte anterior do joelho
b) choque interno:
b.1) flexão + rotação externa + abdução da tíbia: estiramento do L C T,
tensão do L C A devido ao aumento da rotação externa.
Lesões osteopáticas associadas:
- disfunção em abdução da articulação fêmoro-tibial
- disfunção em gaveta anterior do joelho
- lesão de rotação externa da tíbia
Lesões Meniscais
4- Psoas
5- Lombar
6- Dobradiça T12 / L1
Diagnóstico do Joelho
Para testar uma gaveta anterior, puxa para frente a tíbia com ambas as mãos
Para testar uma gaveta posterior, empurra a tíbia para trás com ambas as mãos
Cruzado Posterior
Gira-se a tíbia em rotação interna alinhando-se com o ligamento
O restante do teste já foi citado. Testa-se um lado em relação a outro
Teste Fisiológico
Palpação Estática
Palpando-se a cabeça da Fíbula bilateralmente e posteriormente, estará mais
posterior na lesão posterior e mais afundada na lesão anterior.
Dor à palpação da cabeça da Fíbula, em caso de lesão posterior
Se a cabeça aceita avançar e não aceita recuar, é que existe uma lesão
anterior.
Diagnóstico da Patela
Os Testes Patelares
Teste do Quadríceps
Paciente em decúbito dorsal, perna para fora da mesa, joelho extendido
Empurra-se a perna para baixo e o paciente resiste
Para testar o vasto medial, coloca a perna em rotação interna.
Para testar o vasto lateral coloca-se a perna em rotação externa
Palpação
Na rotação interna da tíbia, o platô tibial lateral está mais saliente que o
medial.
Na rotação externa encontra-se o contrário.
Teste de Mobilidade
Paciente em decúbito dorsal, MI em tríplice flexão.
Osteopata do lado a ser testado ao nível do joelho.
Segura-se a parte distal do fêmur com a mão cefálica, o dedo médio apoiado
sobre a crista da tíbia.
Empalma-se o calcanhar e o tornozelo com a mão caudal.
Fixa-se o joelho, e faz-se rotação interna e externa com a mão caudal,
apreciando a amplitude e a qualidade da elasticidade.
Compara-se a mobilidade de um lado em relação ao outro.
Obs: Como para a mobilidade da patela, porém, neste caso iremos observar os
platôs tibiais
Outro Teste
Empalma a patela colocando o indicador em direção do pé do paciente, e
observando se o eixo da tíbia está alinhado com o eixo da patela.
Se não existe lesão, a ponta da patela está alinhada com o pé,
Se existe lesão da tíbia em relação ao fêmur, a ponta da patela não está
alinhada com o pé.
Se o pé está externo em relação a ponta da patela, é possível que exista uma
lesão em rotação externa da tíbia.
Se o pé está interno em relação a ponta da patela, é possível que exista uma
lesão em rotação interna da tíbia.
O problema das lesões de rotação, é que ela torce, enrola, os ligamentos
cruzados, e diminui o espaço entre o fêmur e a tíbia, colocando em sofrimento
os meniscos, mas sem bloquear os joelhos.
Teste Apley
Paciente em decúbito ventral, joelho em flexão de 90o
Osteopata apoia sobre o pé, comprimindo o joelho em rotação interna e
externa.
Caso apresente dor em rotação interna, supõe-se lesão no menisco medial
Em rotação externa, supõe-se lesão do menisco lateral
Teste de Grindig
Na mesma posição anterior realiza-se uma tração axial, caso apareça dor,
deve-se aos ligamentos colaterais.
Técnicas do Joelho
14 -Técnica de Shultz
22 – Técnica de Loggan
149
Bibliografia
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Rhumatologie – Maloine – Paris – 1.990
2. Cailliet, Renè. L’E’paule. Editora Masson – 2a Edição, Paris – 1.985
3. Calais - Germain, Blaudine. Anatomia para o Movimento. Editora Manole -
São Paulo, 1992.
4. Cabrol, C. Anatomie Appareil Locomoteur V. I – Flammarion – Paris – 1.987
5. Dângelo e Fattini - Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar. Atheneu: Rio de
Janeiro. São Paulo, 1988.
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1980.
7. Monier e Tubiana. Radiodiagnostic. Editora Masson, 5a Edição, Paris – 1.996
8. Pitzen Peter, Rosseler Helmut, Manual de Ortopedia, Ed. Atheneu – São
Paulo – 1.980
9. Ricard, Francois e Sallé, Jean Luc. Tratado de Osteopatia. Robe Editora –
São Paulo – 1.996
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12. Turek, S. Ortopedia. Editora Manole, 4a Edição – 1.991