Capsulite Adesiva Osteopatia

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CURSO DE OSTEOPATIA

A CINTURA ESCAPULAR

COXOFEMORAL

JOELHO

EBOM
Rua Palmira, 26
BELO HORIZONTE
CEP:30220-110
(31)3227 16 62
www.osteopatia.com.br
[email protected]
2

EBOM - ESCOLA BRASILEIRA DE OSTEOPATIA


E TERAPIA MANUAL

Diretores:
Profra : Lais Cristina Almeida (Fisioterapeuta – Osteopata – D.O)
Profr. :Philippe Manuard (Fisioterapeuta – Osteopata – D.O)

Apostila Elaborada por:


Lais Cristina Almeida
Philippe Manuard
3

Índice

A Anatomia e a Biomecânica da Cintura Escapular

− Generalidades Anatômicas
− A Articulação Glenoumeral
• Os Ligamentos da Articulação Glenoumeral
• A Coaptação da Articulação pelos Músculos Periarticulares
• A Coaptação Articular pelos Músculos do Braço
− A Articulação Acromioclavicular
• A Clavícula
– A Articulação Esternoclavicular
• Amplitudes de movimentos da clavícula
− A Articulação Omotorácica
− Papel do Supraespinhal e Deltóide
− Os Quatro Músculos da Abdução
− Os Três Tempos da Abdução
− Os Três Tempos da Antepulsão – flexão
− Fisiologia Muscular
− Generalidades da Disfunção da Cintura Escapular
• A Articulação Glenoumeral
• A Articulação Acromioclavicular
• A Articulação Esternoclavicular
• A Articulação Omotorácica
− Os Sintomas da Disfunção Somática da Cintura Escapular
− Anatomia Osteopática

Patologias e Radiologia
– Periartrite Escapuloumeral
– Mecanismo da Impotência Funcional
– Capsulite Adesiva
– Manguito Rotador
– Radiologia do Ombro

As Lesões da Esternoclavicular da Acromioclavicular da Omotorácica


– Lesões da Glenoumeral
• Freqüência das Lesões da Articulação Glenoumeral
• Lesão de Anterioridade da Cabeça do Úmero
• Lesão de Posterioridade da Cabeça Umeral
4

• Lesão de Superioridade da Cabeça Umeral


• Lesão de Inferioridade
– Lesões da Acromioclavicular
• Entorse e luxação da Acromioclavicular
• Lesão de Separação da Articulação Acromioclavicular
• Lesão de Rotação Anterior da Clavícula
• Lesão de Rotação Posterior da Clavícula
– Lesões da Articulação Esternoclavicular
• 1a Pré-esternal: Lesão de Anterioridade da Esternoclavicular
• 2a Supra-esternal: Lesão de Superioridade da Esternoclavicular
• 3a Retro-esternal
– Lesões da Articulação Omotorácica
• Lesão de Báscula Lateral da Escápula
• Lesão de Báscula Medial
• Lesão de Superioridade da Escápula
• Lesão de Inferioridade da Escápula

Diagnóstico da Cintura Escapular


− Palpação e Testes Ortopédicos
− Diagnóstico Osteopático

Técnicas da Cintura Escapular


– Técnicas da Glenoumeral
– Técnicas da Acromioclavicular
– Técnicas da Esternoclavicular
– Técnicas da Omotorácica

Coxofemoral

Anatomia e Biomecânica da Coxofemoral


– A Cápsula e os Ligamentos da Coxofemoral
– Anatomia Palpatória
– Aorta Descendente

Patologias da Coxofemoral

Radiologia da Coxofemoral
– Radiologia da Pelve e do Quadril

Etiologia
– Etiologia e Mecanismo Lesional da Coxofemoral
5

– Lesões Osteopáticas da Coxofemoral


– Etiologia das Lesões da Coxofemoral

Diagnóstico
– Diagnóstico Diferencial

Técnicas

Joelho

Anatomia e Biomecânica
– Superfícies Articulares
– Movimentos dos Côndilos sobre as Glenas
– As Rotações Automáticas do Joelho
– A Articulação Tibiofibular
– Meniscos
– Patela
– Ligamentos

Patologias

Radiologia

As Lesões Osteopáticas
– Lesões de Posterioridade da Cabeça da Fíbula
– Lesão de Anterioridade da Cabeça da Fíbula
– Lesões de lateralidade Externa da Tíbia
– Lesões de Lateralidade Interna da Tíbia
– Lesão de Rotação Interna da Tíbia
– Lesão de Rotação Externa da Tíbia
– Lesão de Gaveta Anterior da Tíbia
– Lesão de Gaveta Posterior da Tíbia
– Fisiologia da Síndrome de Hiperpressão da Patela
– Entorses do Joelho
– Protocolo de Tratamento Osteopático do Joelho

Diagnóstico
– Diagnóstico do Joelho
– Diagnóstico da Patela
– Diagnóstico das Lesões de Rotação da Tíbia
6

Técnicas

Bibliografia
7

A CINTURA ESCAPULAR
8

A Anatomia e a Biomecânica da Cintura Escapular

Generalidades Anatômicas

A cintura escapular engloba 5 articulações.


Estas 5 articulações repartem-se em dois grupos.

1º Grupo:
• Uma articulação verdadeira e principal: glenoumeral
• Uma articulação “falsa” e associada: a subdeltóidea.

2º Grupo:
• Uma articulação “falsa” e principal: a Omotorácica.
• Duas articulações verdadeiras e associadas: a acromioclavicular e a
esternoclavicular.

1. A Articulação Glenoumeral

A superfície articular da cabeça umeral, esferóide, que forma


aproximativamente 2/5 de esfera.
Vista de frente aparece orientada medialmente e para cima.
Vista de cima, aparece orientada para trás.
Na escápula, a cavidade glenóide ou glena, de forma oval, é um pouco escavada
anteriormente e um pouco côncava.
Vista de cima, observa-se que se orienta lateralmente, para frente e um pouco
para cima.
A superfície da cabeça do úmero, é de duas a três vezes mais extensa que a da
cavidade glenóide.
A fraca concavidade da cavidade glenóide, faz com que essas superfícies
fiquem pouco encaixadas.
Portanto do ponto de vista da forma óssea, essa articulação é muito móvel e
instável.
Entre as duas superfícies articulares encontra-se um anel de fibrocartilagem,
que se adere à cavidade glenóide. Ele aumenta o encaixe entre as superfícies,
e permite uma melhor distribuição da sinóvia.
9

Os Ligamentos da Articulação Glenoumeral

• Ligamento Coracoumeral.
Se estende do processo coracóide ( 2 ) até o tubérculo maior ( 3), onde se
insere o músculo supraespinhal ( 6 ).
• Ligamento glenoumeral, com seus três feixes, superior, médio e inferior (11
)
• O conjunto desenha um Z, espalhando sobre a face anterior da cápsula.
• Entre os três feixes, dois pontos fracos:
• Forame de Weitbrecht ( 12 ) e forame de Rouviére ( 13 ) pelo qual a
sinovial articular pode comunicar com a bolsa serosa subcoracóidea.
Porção longa do tríceps ( 14 )

Segundo Kapandji – os ligamentos da articulação glenoumeral

Tensão do ligamento glenoumeral durante a abdução

Segundo Kapandji – Tensão do ligamento glenoumeral durante a abdução


b) Durante a abdução os feixes médio e inferior ficam tensos, o superior
distende-se (não representado na figura ).
Outro fator de limitação, o tubérculo maior choca-se contra a parte superior
da glena. Este choque e retardado pela rotação externa, que o desloca
tubérculo para trás.
Quando a abdução se efetua em antepulsão de 30°, no plano do corpo da
escápula a tensão do ligamento glenoumeral é retardada, o que permite uma
amplitude de abdução muito maior na glenoumeral..
10

Tensão do Ligamento Glenoumeral durante a rotação

Segundo Kapandji – Tensão do ligamento glenoumeral

a) A rotação externa coloca em tensão os três feixes do ligamento glenoumeral.


b) a rotação interna distende-os.

Tensão do Ligamento Coracoumeral durante os Movimentos de Retropulsão e


Antepulsão

Segundo Kapandji – Tensão do ligamento coracoumeral

a) Posição de referência mostrando o ligamento coracoumeral com os seus dois


feixes, que vão ao tubérculo maior atrás, ao tubérculo menor na frente.
b) Tensão predominante sobre o feixe coracoumeral-tubérculo menor na
retropulsão.
c) Tensão predominante sobre o feixe coracoumeral-tubérculo maior na
antepulsão.

A Coaptação da Articulação pelos Músculos Periarticulares

Os músculos periarticulares de direção transversal, verdadeiros ligamentos


ativos da articulação, asseguram a coaptação das superfícies articulares.
Eles aplicam a cabeça do úmero dentro da cavidade glenóide.
11

Segundo Kapandji – A coaptação da articulação glenoumeral

a) Vista posterior
b) Vista anterior
c) Vista superior
Músculos:
1. Supraespinhal
2. Subescapular
3. Infraespinhal
4. Redondo Menor
Tendão da porção longa do bíceps, (quando este músculo se contrai, o tendão,
fixado ao tubérculo supraglenóideo, empurra a cabeça para dentro.)

A Coaptação Articular pelos Músculos do Braço

Segundo Kapandji – A coaptação articular pelos músculos do braço


Os músculos longitudinais do braço e da cintura escapular impedem, pela sua
contração tônica, a cabeça do úmero de se luxar para baixo, por ação de
carregar uma carga, ou pelo simples peso do membro superior. Estes músculos,
só intervêm ativamente quando o membro superior suporta cargas pesadas. O
papel principal de sustentação, é desempenhado normalmente pela parte
superior da cápsula, reforçada pelo ligamento coracoumeral, verdadeiro
ligamento suspensor do ombro.
A luxação da cabeça para cima, é impedida pela abóboda acrômio-coracóidea.
a) Vista anterior
12

b) Vista posterior
Músculos:
(5) Porção curta do bíceps
(6) Corocobraquial
(7) Porção longa do tríceps
( 8 e 8’ ) Feixes do deltóide
( 9 ) Feixe clavicular do peitoral maior.

Segundo Blandine-Calais Germain – As ações musculares sobre a articulação


glenoumeral
13

2. A Articulação Acromioclavicular
A articulação é uma artródia

A Clavícula

− Pela extremidade acromial, a clavícula se articula com a escápula.


− Pela extremidade esternal a clavícula se articula com o esterno.

Segundo Kapandji – A articulação acromioclavicular

Na figura acima distingue-se:


A espinha da escápula ( 1 ) prolongada pelo acrômio ( 2 ) e sua faceta
articular 3.
A clavícula ( 4 ) e sua faceta articular ( 5 ).
Processo coracóide ( 7 ).
O ligamento conóide ( 7 ).
O ligamento trapezóide ( 8).
A fossa supraespinhal ( 9 ) e a cavidade glenóide ( 10 ).
A cápsula reforçada acima pelo potente ligamento acromioclavicular (15).
A fibrocartilagem inter-articular ( 11 ), presente em 1/3 dos casos.

Papel do Ligamento Conóide


Na abertura do ângulo entre a clavícula e a escápula, o ligamento conóide
fica tenso e limita o movimento.

Papel do Ligamento Trapezóide


No fechamento do ângulo entre a clavícula e a escápula, o ligamento
trapezóide fica tenso e limita o movimento.

Movimento de Rotação Axial da Articulação Acromioclavicular


Tensão dos ligamentos conóide e trapezóide.
A amplitude desta rotação é de 30°, adiciona-se a rotação de 30° da
articulação esterno-costo-clavicular, para permitir a amplitude de 60° dos
movimentos de báscula da escápula.
14

3.A Articulação Esternocostoclavicular

É uma articulação em forma de “ sela”.


Ela permite à clavícula os movimentos de elevação, abaixamento, e de rotação
sobre o seu eixo.
Tais movimentos se produzem automaticamente ao mover-se a escápula.

segundo Rouvière – a articulação esternoclavicular

Distingue-se na metade direita.


O ligamento costoclavicular ( 1 ). Insere-se na face superior da 1ª costela,
e dirige-se para cima e para fora, em direção à face inferior da clavícula.
Menisco articular ( 3 ) possibilitando maior congruência articular.
O ligamento interclavicular ( 4 ), é revestido por cima pelo ligamento
internoclavicular (5).
Distingue-se na metade esquerda ( vista anterior).
O ligamento costoclavicular ( 1 ) e o músculo subclávio ( 2 ).

Amplitudes de Movimento da Clavícula


Eixo X Elevação 10 cm
Abaixamento 3 cm

Eixo Y Anteposição da extremidade lateral 10 cm


Retroposição da extremidade lateral 3 cm
Existe também o movimento de rotação axial da clavícula com 30° de amplitude.
Este movimento só se torna possível graças ao jogo mecânico da articulação,
devido à lassidão dos ligamentos.
15

4. A Articulação Omotorácica

Situação da Escápula em Relação ao Tórax

Segundo Kapandji – A articulação omotorácica

Estende-se da 2ª a 7ª costela em posição normal.


O ângulo súpero medial corresponde ao processo espinhoso de T1
O seu ângulo inferior , ao processo espinhoso de T7 e T8.
A extremidade medial da espinha da escápula, corresponde ao processo
espinhoso de T3.
A borda medial da escápula, fica de 5 a 6 cm de distância, da linha dos
processos espinhosos.
16

O Serrato Anterior está separado da caixa torácica e do subescapular por


camadas celuloadiposas estas são indispensáveis para um bom deslizamento da
escápula sobre o tórax, e são consideradas como parte do complexo articular
do ombro.

Segundo Blandine – Calais Germain. Camadas Celuloadiposas

Para toda ação de força do membro superior que necessita da escápula fixada,
o serrato anterior, trabalha em sinergia com o trapézio médio, que é adutor.
Suas ações opostas permitem estabilizar a escápula.

Segundo Blandine – Calais Germain: as ações musculares nos movimentos da


escápula

5.A Articulação Subdeltóidiana ou Plano Subdeltóideo

Se distingue duas bolsas serosas

• A bolsa subcoracoidiana situada na frente do tubérculo menor, entre o


subescapular e o processo coracóide.
• A bolsa subacromial ou subdeltoidiana, situada entre o deltóide e o
tubérculo maior. Esta bolsa pode se calcificar do decorrer da evolução das
periartrites escapuloumerais.
• Nesse espaço subdeltoidiano passam vasos e nervos.

Corte Vértico-Frontal do Ombro


Braço em posição vertical ao longo do corpo
17

Segundo Kapandji – Corte vértico - frontal do ombro, braço em posição


vertical ao longo do corpo
O supraespinhal ( 1 ) passando sob a articulação acrômioclavicular ( 2 ) para
fixar-se sobre o tubérculo ( 3 ). O deltóide ( 4 ), abaixo do qual se
encontra a bolsa serosa subdeltóidea ( 5 ).

Papel do Supraespinhal e Deltóide

Segundo Kapandji – O túnel do músculo supraespinhal

O Túnel do Músculo Supraespinhal


É limitado:
• Posteriormente, pela espinha da escápula e o acrômio.
• Anteriormente, pelo processo coracóide.
18

• Acima, pelo ligamento acromiocoracóideo.


O acrômio, o ligamento e o processo coracóide, formam uma abóboda
osteoligamentosa: A abóboda acromiocoracóidea.
Este túnel do supraespinhoso forma um anel rígido e inextensível, Se o tendão
do músculo aumenta de volume, por ação de uma cicatriz ou de uma inflamação,
ele não pode mais deslizar dentro do túnel.
Se o nódulo desliza no túnel, o movimento de abdução pode prosseguir com um
ressalto.

O Músculo Supraespinhal

Segundo Kapandji – O músculo supraespinhal

Se estende da fossa supraespinhal ao tubérculo maior, passando abaixo do


ligamento acromiocoracóideo.

Os Quatro Músculos da abdução

1. - Deltóide
2. - Supraespinhal
Estes dois formam um par funcional, motor da abdução na articulação
glenoumeral
3. - Serrátil anterior
4. - Trapézio
Estes dois músculos formam um par funcional, motor da abdução na articulação
omotorácica
O deltóide, ativo desde o início da abdução, pode realizar a amplitude
completa. O seu máximo de atividade situa-se ao redor de 90° de abdução.
O músculo supraespinhal era considerado o “starter da abdução”, iniciador da
abdução.
Sabe-se atualmente que o deltóide sozinho é suficiente para realizar uma
abdução completa.
O supraespinhal ajuda intensamente o deltóide, que quando age sozinho,
fadiga-se facilmente.
Na totalidade a sua ação é o mesmo tempo qualitativa, sobre a coaptação
articular, e quantitativa, sobre a tolerância e a potência da abdução.

Os Três Tempos da Abdução


19

1º Tempo da Abdução ( de 0 a 90° )

− O deltóide ( 1 )
− O supraespinhoso ( 2 )

Este primeiro tempo é realizado na articulação glenoumeral. Aproximadamente a


90° a articulação glenoumeral fica bloqueada devido ao choque do tubérculo
maior, com a borda da glena.
A rotação externa desloca posteriormente o tubérculo, aumentando a
possibilidade de abdução, assim como uma antepulsão de 30°.
Pode-se considerar a abdução com antepulsão de 30°, no plano do corpo da
escápula como a verdadeira abdução fisiológica.

2º Tempo da Abdução ( de 90° a 150° )

Com bloqueio da articulação glenoumeral, a abdução só pode continuar com a


participação da cintura escapular.
O movimento de báscula medial que orienta a glena para cima, é de 60°.
O movimento de rotação axial, ligado às articulações esterno-costo-clavicular
e acromioclavicular, participa cada uma com 30°.

Músculos Motores do 2º Tempo


O trapézio ( 3 e 4 )
O serrato anterior ( 5 )
20

Constituem o par de abdução na articulação escapulotorácica.


O movimento é limitado em 150° ( 90° + 60° ) de amplitude de báscula
escapular, pela resistência dos músculos adutores: o grande dorsal e o
peitoral maior.

3º Tempo da abdução ( de 150° a 180° )

Para alcançar a vertical, é necessário que a coluna vertebral participe do


movimento.
Para alcançar a vertical, é necessário uma inclinação lateral oposta, para a
abdução de um só MS, e uma hiperlodose lombar, para a abdução dos dois MSs.
No final da abdução todos os músculos motores da abdução estão contraídos.

Os Três Tempos da Antepulsão – Flexão

O 1° Tempo da antepulsão (flexão)


( de 0 a 50 - 60° )
Músculos Motores
− (1 ) O feixe anterior do deltóide
− (2) o coracobraquial
− (3) O feixe clavicular do peitoral maior.

A antepulsão é limitada por dois fatores


− A tensão do ligamento coracoumeral.
− A resistência dos músculos redondo maior, menor e infraespinhoso.

2º tempo da antepulsão ( de 60° a 120°).


Báscula medial de 60°, que orienta a glena para cima e para frente.
Rotação axial ligada às articulações esterno-costo-clavicular,
acromioclavicular cada uma participando com 30°.
Músculos Motores.
21

− ( 4 e 5 ) O trapézio
− O Serrato anterior.
Limitada pela resistência do músculo grande dorsal e do feixe inferior do
peitoral maior.

3º tempo da antepulsão ( de 120° a 180° )


Com intervenção da coluna vertebral, devido ao bloqueio da antepulsão na
glenoumeral e da escapulotorácica.
Para antepulsão unilateral, finaliza-se o movimento realizando a abdução
máxima e inclinando lateralmente a coluna, para antepulsão bilateral,
realiza-se uma hiperlardos.

Fisiologia Muscular

Antepulsão entre 0° - 70°


Os músculos que se contraem são:
1. Deltóide anterior
2. Coracobraquial
3. Feixe clavicular do peitoral maior

Antepulsão entre 70° - 120°


4 - Trapézio superior
5 - Trapézio inferior
6 - Serrato anterior

Antepulsão entre 120°-180°


5 - Trapézio inferior
6 -Serrato anterior
7 - Póstero-flexores contralateral ( para 1 só membro e bilateral para os
dois membros)

Abdução entre 0°-90°


1- Deltóides
2- Supraespinhoso
Abdução entre 90° - 150°
1 - Deltóide Médio
3 - Trapézio superior
4 - Trapézio inferior
5 - Serrato anterior.

Abdução entre 150° - 180°


1 - Deltóide Médio
3 - Trapézio superior
4 - Trapézio inferior
5 - Serrato anterior
6 - Póstero flexores
22

Os Músculos que se Contraem Durante o Movimento Mão Costa:


1 - Deltóide posterior
2 - Redondo maior
3 - Grande dorsal
4 - Rombóides
5 - Trapézio Médio
6 - Trapézio inferior
7 - Redondo menor.

Durante o Movimento Mão Cabeça:


1 - Peitoral maior
2 - Grande dorsal
3 - Rombóides
4 - Redondo maior

Biomecânica da Antepulsão

120o até 180o : Elevação do Ombro e Extensão-


Lateroflexão da Coluna
• Rotação posterior da clavícula;
• Extensão e lateroflexão contralateral da
coluna;
• A extremidade externa da clavícula sobe;
• A extremidade interna da clavícula abaixa;
• Báscula lateral da escápula

80o até 120o : Antepulsão do Ombro


• A extremidade externa da clavícula
anterioriza-se
• A extremidade interna da clavícula recua;
• A Escápula acopla-se com as costelas.

0o até 80o : Flexão da Glenoumeral


• A cabeça do úmero abaixa-se e descreve um
arco de círculo em relação ã cavidade
glenóide: a cabeça posterioriza-se.

Biomecânica da Abdução
23

Abdução entre 0o e 80o Abdução entre 80o e 130o Abdução entre 130o e 180o
– A cabeça do úmero – Articulação Idem, com ainda mais
abaixa-se em relação à esternoclavicular: a lateroflexão
cavidade glenóide da extremidade interna da contralateral da coluna e
escápula clavícula abaixa-se. lateroflexão homolateral
da coluna cervical.
– A articulação
acromioclavicular: o
ombro sobe: a
extremidade lateral da
clavicular sobe e a
clavícula faz uma
rotação posterior.
– Articulação
omotorácica: báscula
lateral da escápula.
Movimento Mão-Cabeça

Esse movimento complexo necessita da combinação de várias articulações e a


associação de vários movimentos.
– Antepulsão e Abdução das Articulações:
• Glenoumeral;
• Acromioclavicular
• Esternoclavicular

– Rotação Externa do Úmero e Rotação Posterior da Clavícula


– Elevação do Ombro e Retropulsão:
– A extremidade interna da clavícula anterioriza-se, enquanto a extremidade
externa recua.
24

– Báscula Lateral e Abdução da Escápula


– Extensão da Coluna Torácica
– Valgo e Flexão do Cotovelo

Movimento Mão nas Costas

Este movimento completo necessita a combinação de


várias articulações e a associação de vários
movimentos
– Retropulsão da Articulação Glenoumeral:
A cabeça umeral anterioriza-se em relação à cavidade
glenóide
– Abdução e Rotação Interna do Úmero
– Retropulsão do Ombro:
A extremidade interna da clavícula anterioriza-se,
enquanto a extremidade externa recua.
– Rotação Anterior da Clavícula
– Ombro abaixa-se:
A extremidade interna da clavícula sobre, enquanto a
extremidade externa abaixa-se.
– Báscula medial e Abdução da Escápula
– Flexão da Coluna Torácica
– Flexão e Varo do Cotovelo
25

Dores na Antepulsão
Dor entre 0 - 80º
Deve-se pensar numa lesão da cabeça do úmero:
• Lesão de superioridade
• Lesão de inferioridade
• Sobretudo lesão de anterioridade
A lesão de anterioridade está freqüentemente associada a uma lesão de
superioridade ou inferioridade.
A lesão que restringe mais o movimento, é a lesão associada de
anterioridade e superioridade. Para fazer uma antepulsão a cabeça
umeral necessita descer.
Dor durante 80° e 120°
• Lesão de rotação anterior da clavícula.
• Lesões de anterioridade da esternoclavicular.
• Lesão de separação da acromioclavicular
Dor durante 120° - 180°
• Lesão esternoclavicular
• Lesão omotorácica
• Coluna cervical, torácica, costelas, principalmente as 5 primeiras
costelas.

Dores na abdução
Dor entre 0-80°
• Lesão anterior, superior e inferior da glenoumeral
A mais patógena é a lesão de superioridade, que provoca uma tendinite
do supraespinhoso.
Dor durante 80° - 120°
• Lesões da Articulação Acromioclavicular
Principalmente lesões de separação (hipermobilidade)
• Espasmo do redondo maior
Dor durante 120° - 180º
• Lesões da Omotorácica
• Lesões de Superioridade da Esternoclavicular
• Lesão Cervicotorácica
• Lesão da 1a Costela

As Dores da Rotação
Mão – Cabeça
Lesão de anterioridade da cabeça umeral ou superioridade
Rotação anterior da clavícula
Subluxação anterior da 1a costela
26

Lesões do Cotovelo
Mão – Costa
Lesão de posterioridade da cabeça umeral
Rotação posterioridade da clavícula
Subluxação posterior da 1a costela
Lesões da omotorácica
Lesões do cotovelo

Generalidades da Disfunção Osteopática da Cintura Escapular

1 - A Articulação Glenoumeral
As lesões de inferioridade correspondente a problemas de origem ligamentar,
criando dores do tipo ligamentar.
As lesões de anterioridade da cabeça umeral, é conseqüência de um
desequilíbrio tônico, do manguito rotador.

2 - A Articulação Acromioclavicular
A lesão da acromioclavicular se produz por um desequilíbrio tônico entre o
trapézio superior e o deltóide médio.
Um desequilíbrio tipo hipertonia do trapézio superior, hipotonia do deltóide
médio, aumenta a mobilidade da articulação acromio clavicular, e tende a
separar a articulação.
A torção pélvica está associada a uma torção da cintura escapular. A torção
pélvica sendo primária, trata-se inicialmente a torção pélvica, antes de
tocar o ombro.
A torção da clavícula está associada a uma torção da 1° costela.
O músculo chave dessa região é o subclávio. Se o subclávio está normal, não
há lesão acromioclavicular e esternoclavicular.

3 - A articulação Esternoclavicular
Dois músculos importantes:
• Esternocleidomastóideo.
Ação craniossacra, dinâmica cervical, função inspiratória.
• O subclávio

4 – A articulação Omotorácica
É uma articulação especial, pois a escápula é um osso sesamóide envolvida por
um sistema muscular.

• O tratamento dessa articulação é unicamente muscular.


• Os músculos chaves da articulação são o serrátil anterior e o peitoral
menor. Os outros músculos importantes são o elevador da escápula que está
ligado com a coluna cervical, os rombóides que estão ligados às vértebras
torácicas

Os Sintomas da Disfunção Somática da Cintura Escapular


27

1 -Disfunção Osteopática da Glenoumeral


Esclerótomo da cabeça umeral, e da cavidade glenóidea: C5, C6 e C7.
Miótomo: investigar os deltóides, supraespinhoso, corocobraquial,
subescapular, infraespinhoso.
A característica patognomônica de um problema da glenoumeral é uma dor que se
produz entre 0 a 80° , em antepulsão ou em abdução. Igualmente revelador é a
limitação da rotação interna e externa, com o cotovelo contra o tórax.

2 - Disfunção Osteopática da Articulação Acromioclavicular


Esclerótomo da clavícula: C5, C6
Esclerótomo da Acromioclavicular: C4, C5.
As características ao nível da mobilização, é uma dor na antepulsão e
sobretudo na abdução ativa entre 80 e 120. Restrição da rotação interna e
externa, com o ombro em abdução de 90.
Dor ao carregar uma maleta pesada.
Dor quando encostado sobre o ombro lesado.
Miótomo: Investigar os músculos deltóides, trapézio superior e inferior,
subclávio.

3 - Disfunção Osteopática da Articulação Esternoclavicular


Esclerótomo C4,C5.
Quando fixada cria uma hipermobilidade reacional ao nível da
acromioclavicular.
Miótomo: Feixe clavicular do peitoral maior, subclávio,
esternocleidomastóideo.
Dor entre 120° a 180° de antepulsão e abdução.

4 - A Articulação Omotorácica
Se o paciente apresenta dor ao final da amplitude de movimento de antepulsão
significa um problema omotorácico ou da coluna torácica.
Quando o paciente apresenta uma dor ao tentar iniciar o movimento, pode-se
pensar em uma calcificação do supraespinhoso, uma ruptura da bainha dos
rotadores, e capsulite retrátil.
Se a dor aparece aos 70° de antepulsão pode ser um problema de capsulite
retrátil, ou um problema biomecânico da glenoumeral.
Uma limitação de movimento ao nível de 90°, deve-se a uma fixação
acromioclavicular.
Se não existe limitação, porém, existe dor ao nível dos 100°, é sinal de
hipermobilidade da acromioclavicular, devido principalmente a uma lesão de
anterioridade da cabeça umeral.

Anatomia Osteopática

O ombro é composto por 3 ossos, o úmero, a clavícula e a escápula.


O úmero apresenta uma articulação superior ( a glenoumeral ), e uma
articulação inferior (cotovelo ).. Elas são interdependentes, se existe um
problema de lateralidade do cotovelo, poderá repercutir na glenoumeral e vise
versa.
Existe duas zonas de sofrimento patológico, que é o tubérculo maior, e o
sulco bicipital.
28

Devido a instabilidade óssea, já citada, da glenoumeral, a natureza criou um


anel de fibrocartilagem, que aumenta o encaixe das superfícies articulares, e
permite uma melhor distribuição da sinóvia.
Uma hipermobilidade ao nível da glenoumeral, pode provocar uma degeneração do
anel glenoidiano. O paciente apresenta então, um ombro em mola.
O conjunto capsuloligamentar da articulação glenoumeral, não é muito potente
anteriormente. A articulação está predisposta a luxações. Principalmente a
luxação ântero-medial, na qual a cápsula pode ser distendida ou rompida.
As luxações comprometem a estabilidade do ombro, e a estabilidade deve ser
mantida pelos músculos da bainha rotatória, músculos profundos que funcionam
como ligamentos ativos, o redondo menor, o infraespinhoso, o supraespinhal, e
principalmente o subescapular.
Os ligamentos posteriores são potentes. Não existe luxações posteriores do
ombro sem fratura da escápula.
A articulação acromioclavicular é uma artródia, é instável e apresenta um
menisco intraarticular. Quando existe uma hipermobilidade, escuta-se um ruído
articular, devido ao deslocamento deste menisco.
A articulação esternoclavicular possui conexão importante com a 1ª costela,
através do ligamento costoclavicular. Portanto a mecânica da 1ª costela está
ligada à clavícula.
O músculo mais freqüentemente patológico é o supraespinhoso, ele apresenta
numerosos pontos gatilhos.
Durante o movimento de abdução, pode haver fricção na parte terminal do
tendão, sobretudo quando existe uma fixação em rotação interna da cabeça do
úmero. Pois para realizar uma abdução acima de 90°, o úmero deve fazer uma
rotação externa automática para evitar o choque do tubérculo com a glena. Se
a rotação externa não é possível, a fricção cria uma tendinite do
supraespinhoso.
Ao nível do ombro existe dois músculos que podem criar uma retração fascial,
o peitoral menor e o redondo maior.
Quando existe uma dor durante a abdução da escápula, deve-se estudar a
báscula da escápula. Se uma escápula bascula lateralmente mais rápido que a
outra, é que apresenta uma retratação do redondo maior e uma inibição dos
fixadores da escápula. Deve-se restituir o tônus normal ao trapézio médio e
rombóides, e a mobilidade normal ao ombro.
Outro local de sofrimento muscular é a porção longa do bíceps, que está
situada no sulco bicipital. Isto pode ser produzido por um movimento de
lançamento, que provoca uma luxação do tendão para fora ou para dentro,
principalmente para dentro.
O músculo subescapular é muito importante, ele pode desenvolver tendinite,
devido a sua fricção sobre a parede costal.
Os músculos fixadores da escápula são os seguintes: elevador da escápula,
trapézio superior e médio, rombóides.
O serrato anterior apresenta problemas de inibição. Para tratá-lo deve-se
fazer o ajustamento das costelas sobre as quais se insere.
A síndrome do desfiladeiro cervicotorácico, está relacionada com os
problemas do ombro.
29

Patologia e Radiologia

Periartrite Escapuloumeral

A tendinite degenerativa constitui 90% da patologia dolorosa não traumática,


envolve bursite, pericapsulite, tendinite, capsulite aderente, ombro
congelado.

Localização dos Tecidos Dolorosos

1. Tubérculo maior: inserção do


supraespinhoso
2. Tubérculo menor
3. Sulco intertubercular ou
bicipital
4. Bolsa subacromial
5. Articulação glenoumeral e sua
cápsula
6. Bolsa subdeltoidiana

Tendinite Retrátil e Degenerativa

Causas:
Trabalho que exige que as mãos estejam na altura do acrômio para sustentar
uma carga sobe os ombros, esta posição leva a uma isquemia do manguito,
comprimindo-o entre o tubérculo maior e acrômio.
Entre 50 e 60 anos aparece com freqüência, ruptura do manguito, devido aos
microestiramentos sofridos durante muitos anos.
O manguito deteriora, erosões aparecem nos tubérculos que se tornam
irregulares, sinal radiológico de geodas nos tubérculos, a profundidade do
sulco bicipital diminui, forma-se osteófitos ao nível da articulação
acromioclavicular, hipertrofia da cabeça do úmero e do acrômio.
A idade e as posturas cifóticas contribuem para o aparecimento de tendinites
degenerativas.

Bursites

Uma bursite é raramente um processo primitivo, geralmente é a conseqüência de


lesões degenerativas do manguito.
Existe relações estreitas entre a camada superior da bolsa e a fáscia
subdeltoidiana ricamente inervada e vascularizada. A bolsa serosa
subdeltoidiana constitui essencialmente uma cobertura interna do deltóide e
do acrômio e externa da bainha, ocupado por uma pequena quantidade de
líquido, as duas camadas da bursa deslizam uma sobre a outra, durante os
movimentos de antepulsão e abdução do ombro.
30

Segundo René Cailliet, a bolsa serosa subacromial ou subdeltoidiana


Sintomas:
A dor aparece após um esforço importante como pintar o teto, após trabalho
prolongado numa posição inadequada, após imobilização por gesso, durante um
movimento brusco não fisiológico, atividade normal numa pessoa ansiosa,
preocupada.
Dor e impotência funcional, a dor aparece primeiro, inicia-se no tubérculo
maior e no acrômio.
Na ausência de tratamento a limitação da abdução ocorrerá, também antepulsão
e rotações.
A compressão do tendão entre a cabeça umeral e o arco acrômio-coracoidiano é
responsável pela dor.

Fig. 43 –Segundo Renè Cailliet, tendinite aguda e inflamação dos tecidos


vizinhos.
A) Os tecidos situados entre o manguito ( c ) e seus tendões ( + ) e a
fáscia subdeltoidiana (fsd ) que cobre a face inferior do deltóide (d). A
fáscia subdeltoidiana é ricamente vascularizada e inervada por fibras
originadas nos gânglios estelares. Entre a fáscia subdeltoidiana e a
fáscia que recobre o manguito existe um tecido conjuntivo frouxo na qual
se localiza a bolsa serosa subdeltoidiana (b).
B) Edema súbito do tendão comprime e irrita. Entumece as fáscias e a bursa. É
a fase aguda mecânica durante a qual a dor é intensa e a impotência
funcional máxima.
C) O edema do tendão desaparece, porém, a inflamação das fáscias e da bolsa
serosa persiste, levando a rigidez do ombro. O processo é reversível, mas
o tendão fica frágil e as modificações anatomo-patológicas persistem.

Mecanismo da Impotência Funcional

Emoções Traumatismo
Irritação
Injecção Imobilização
Dor

Tensão Muscular
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Isquemia local Edema Depósitos metabólicos

Inflamação

Reação fibrosa
• Limitação do estiramento do
músculo.
• Limitação de deslizamento
articular.
• Limitação do deslizamento
do tendão.
• Retração da aponeurose

Impotência Funcional

Capsulite Adesiva

O Ombro Congelado
Deve ser considerada não como uma doença, mas como uma entidade clínica. Toda
afecção que ocasiona dor no ombro pode ter como conseqüência um ombro rígido,
ombro congelado, principalmente nas pessoas ansiosas, depressivas, apáticas,
e com limiar doloroso baixo.
Os movimentos passivos e ativos são limitados e dolorosos ao nível da
articulação glenoumeral e da omotorácica, não evidencia-se uma causa
intrínseca, a cura faz-se espontaneamente em numerosos casos.

Diagnóstico
Limitação dolorosa do ombro, cuja dor diminui progressivamente, enquanto a
limitação aumenta.
Quando o ombro gela, não existe dor, quando o braço está imóvel. Mas todas as
amplitudes de movimento estão limitadas.
O braço encontra-se fixado ao tronco em adução e rotação interna. O grau de
limitação é variável e pode chegar a uma imobilização completa do braço. O
movimento do braço é realizado pela omotorácica que também está limitada.

Manguito Rotador
Ruptura

Causas:
32

• Um estiramento mínimo é capaz de provocar uma ruptura parcial ou completa


do manguito fragilizado por processos degenerativos. Eles são expostos
diariamente a estiramentos posturais, profissionais ou traumático. Com a
idade a vascularização diminui e favorece as rupturas.
• Geralmente acontece por volta dos 50 anos num trabalho normal.
• Esporte como barco e vela.
• Queda com o braço estendido para frente, provoca uma ruptura e impacto da
cabeça umeral na parte ântero-superior do manguito. Caso a abdução não se
associe a uma rotação necessária, o manguito será comprimido contra o arco
acrômio-coracoidiano e a ruptura se produz.
• Manipulações brutais em um manguito fragilizado.
• Atividade onde os braços estão elevados: Ex: pintar o teto
• A dificuldade, a impossibilidade de fazer abdução ativa do braço, de
sustentar o braço em abdução, o teste do braço em abdução que cai quando
empurrado para baixo, constitui elementos diagnósticos da ruptura completa
do manguito. A artrografia confirmará e precisará se a ruptura é completa
ou incompleta.

Tratamento
Ruptura parcial: Imobilização com gesso, braço imobilizado em abdução,
antepulsão e rotação externa, para aproximar as fibras rompidas e impedir o
movimento durante 8 semanas.
Ruptura completa: Cirurgia
Tratamento: exercícios passivos, depois ativos, imobilização em antepulsão
depois em abdução.
No final do 1o mês, o braço será progressivamente aduzido, manter
imobilização durante a noite.

Sintomas:
Dor aguda, seguida de um intervalo de alívio de 6 a 12 horas. Reaparece
progressivamente e dura de 4 a 7 dias.
Os sintomas de ruptura incompleta assemelha-se aos da tendinite do supra-
espinhoso.
A ruptura parcial provoca um espessamento do tendão semelhante ao encontrado
nas tendinites, a abdução é possível ainda que dolorosa e limitada, o ritmo
escápulo-torácico não está comprometido.
É a parte alta do tendão que é a zona habitual da ruptura. Ela se produz
freqüentemente ao nível do supraespinhoso onde o tendão é palpável sobre o
tubérculo maior.
O diagnóstico da ruptura incompleta pode ser feita através dos sintomas e a
artrografia pode ser necessária.
Nas rupturas completas, o paciente é incapaz de iniciar a abdução. A perda
ativa da abdução é causada pela lesão do manguito, especialmente do
supraespinhoso, dor importante.
Na ruptura completa a cabeça do úmero não está firmemente mantida na glena e
a articulação torna-se instável.

A Síndrome Costo-Escapular

Causa freqüente de dor no ombro com irradiação para a parte distal do membro
superior.
Esta síndrome é também chamada “Síndrome de Fadiga”.
33

Esta síndrome apresenta sinais de compressão neurovascular na fossa


supraclavicular.
Os sintomas aparecem em repouso, posição assentada e ereta.
A característica principal e o deslocamento do ângulo súpero-medial para
baixo, e para fora, estirando o elevador da escápula que irrita-se, torna-se
isquêmica e às vezes espasma-se.
A irritação é responsável pelos sinais clínicos, dor ao nível da inserção do
elevador, hemicrania, dor na parte póstero-lateral do pescoço, dores
radiculares do lado afetado até a extremidade do membro, tipo vascular,
nervosa ou ambas, parestesias podem estar associadas uni ou bilateralmente.
Todas as síndromes posturais são atribuídas à tensão da fáscia pré e pós
vertebral, que provoca sintomas inflamatórios musculares e fasciculares com
dores locais e projetadas.
Os sinais neurovasculares são explicados pela proximidade anatômica com o
plexo braquial e vasos subclávios.
Tumor do Ápice do Pulmão:

Síndrome de Pancoast – Tobias


Pode ser revelado por afecção do plexo.
A dor é importante e irradia-se para o braço e ombro.

Compressão do Nervo Supra-escapular


Origina-se de C3 a C6 e pode ser comprimido na incisura coracoidiana.
Inerva a cápsula glenoumeral, articulação acromioclavicular, e os músculos
supra-espinhoso e infraespinhoso, nervo principalmente motor.
As dores que ele provoca são atribuídas a uma distribuição sensitiva
retrógrada do seu miótomo, dores vagas, profundas, mal descritas. Dor
habitual na região póstero-lateral do ombro.

Compressão do Nervo Rombóide e do Angular


O nervo C5 atravessa o escaleno médio, pode ser irritado pelo estiramento do
músculo e provocar seu espasmo. Dor vaga e profunda ao longo da borda medial
da escápula, o nervo é sobretudo motor.

Dores Viscerais Projetadas no Ombro


As patologias vesiculares e hepáticas associam dor epigástrica e dor na
escápula e no ombro D.

Radiologia do Ombro

O Ombro
34

a) A. P: b) Perfil:
1. Interlinha escápulo-umeral 19. Espaço que separa o processo
coracóide da cabeça, e que
2. Glena, tubérculo corresponde ao tendão do
subglenoidiano supraespinhal.
3. Colo da escápula 20. Interlinha acromioclavicular
4. Pé do processo coracóide
5. Bico do processo coracóide
6. Cabeça umeral
7. Colo anatômico
8. Tubérculo maior
9. Tubérculo menor
10. Acrômio
11. Clavícula
12. Espaço subacrômio –
clavicular
(1 cm aproximadamente)
13. Zona de inserção do
supraespinhoso
14. Colo cirúrgico do úmero
15. Sulco bicipital
16. Diáfise umeral
17. Partes moles axilar
18. Tecido adiposo subcutâneo

Luxações do Ombro

O Rx em AP é geralmente suficiente para o diagnóstico


A luxação ântero-medial é a mais freqüente sobretudo na sua forma
subcoracoidiana.
A luxação posterior freqüentemente acompanha-se de uma fratura de borda
posterior da glena.
35

Luxação ântero-medial subcoracoidiana.

Luxação reincidivante do ombro.

1. Incisura da borda superior da cabeça umeral (melhor visível em


rotação interna.
2. Erosão da borda inferior da glena.

Fratura

A fratura do colo cirúrgico do úmero é mais freqüente do que a do colo


anatômico
As fraturas da diáfise umeral possuem uma grande obliqüidade. Os fragmentos
podem lesar o n. radial.

As Lesões da Cintura Escapular

Etiologia, Mecanismos, Sintomas e Diagnósticos

1. Lesões da Glenoumeral

Freqüência das Lesões da Articulação Glenoumeral

∗ Lesão de Anterioridade + + + +
∗ Lesão de Superioridade + +
∗ Lesão de Inferioridade +
∗ Lesão de Posterioridade (são raras)
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Lesão de Anterioridade da Cabeça do Úmero

Etiologia
• Um traumatismo direto;
• Uma queda sobre as nádegas braço extendido, retropulsão e amortecimento da
queda com as mãos;
Mecanismos
• A cabeça está anterior em relação a glena da escápula e em rotação interna
devido ao espasmo do subescapular e peitoral maior. Está quase sempre
associada a uma inferioridade da cabeça umeral. (Mas pode também estar
associada a uma superioridade, bursite subacromial, tendinite do
supraespinhoso).
• Quando associada a uma inferioridade, coloca em tensão os ligamentos
glenoumerais e coracoumerais, com irritação do tendão da porção longa do
bíceps, desenvolvendo uma tendinite do mesmo.
• Essa lesão é favorecida por uma hipotonia do músculo coracobraquial. Ela
só pode produzir-se caso exista uma fraqueza do coracobraquial.
Sintomas
• Dor na parte anterior do ombro por tensão ligamentar e estiramento com
inflamação do deltóide anterior e porção longa do bíceps
• Dor durante a antepulsão entre 0° a 90°
• Dor ao movimento mão cabeça (ABD + RE)
• Dor durante a abdução entre 0° a 90°, menos importante. Sobretudo caso
esteja associada a uma lesão de superioridade da cabeça umeral

Diagnóstico
• Na palpação estática, a cabeça encontra-se mais anterior
• Dor ao nível do sulco bicipital ou intertubercular
• Restrição ao movimento ântero-posterior no teste de mobilidade
• Ao teste muscular pode encontrar-se mais freqüentemente uma fraqueza do
deltóide anterior, mas pode-se também encontrar-se uma debilidade do
corocobraquial.
• Risco de luxação medial do tendão longo do bíceps

Lesão de Posterioridade da Cabeça Umeral

Esta lesão é muito rara.


Etiologia
• Traumatismo direto;
• Queda com o cotovelo em extensão, extensão de punho, mãos abertas
amortecendo a queda, e antepulsão (MS para frente).
Mecanismo
• Como a cápsula posteriormente é muito potente, não é muito aceito que essa
lesão possa ocorrer.
• Teoricamente existe uma subluxação posterior da cabeça do úmero, associada
geralmente a uma lesão de superioridade do supraespinhoso. Uma rotação
externa do úmero, e uma irritação da parte posterior da cápsula e do feixe
posterior do ligamento coracoumeral. Músculos fixadores, infraespinhoso,
redondo menor.
37

Sintomas e diagnóstico
• Dor na parte posterior do ombro:
Essa dor acredita-se que seja devido a um problema de aderência entre o
deltóide posterior e o infraespinhoso .
• Dor ao movimento de retropulsão e ao movimento de mão-costa.(AD + RI)
• Na palpação estática a cabeça umeral encontra-se mais posterior que do lado
são.
• No teste de mobilidade, a cabeça umeral aceita deslizar-se para trás. Não
aceita deslizar para frente.
• Ao teste muscular encontra-se uma debilidade do deltóide posterior.

Lesão de Superioridade da Cabeça Umeral

Etiologia
Queda sobre a mão ou sobre o cotovelo
Espasmo dos músculos do manguito rotador

Mecanismo
• Elevação da cabeça umeral em relação a glena
• Sofrimento por imbricação do anel glenoidiano (dores fortes), e da bolsa
subdeltóidea
• Pode provocar tendinite do supraespinhoso e bursite.
Sintomas
Dor à abdução entre 80o e 90o e rotação externa, mão-cabeça.
Dor à palpação na região ântero-lateral do ombro
Diagnóstico
• Pode haver crepitação ao movimento ativo
• Dor à palpação do supraespinhoso
• Palpação: cabeça está mais alta
• Teste de Jobe: positivo
• Diminuição do espaço tubérculo maior e acrômio
• Teste de mobilidade: restrição do abaixamento da cabeça umeral
Teste muscular
• Supraespinhoso e deltóide médio fracos

Lesão de Inferioridade

Etiologia
Tração violenta no eixo do membro superior, cargas pesadas
Mecanismo
• Geralmente associada a lesão de anterioridade
• A cabeça umeral inferioriza-se em relação à glena
• Sofrimento e dor do anel glenoidiano (decoaptação) com dor invalidante
• Dor do ligamento coracoumeral tensionado
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• Dor na porção longa do bíceps


Sintomas e Diagnóstico
• Dor na porção longa do bíceps e no ligamento coracoumeral
• Dor na parte anterior do ombro
• Dor aumenta com antepulsão e abdução (entre 0 –80o)
• Dor ao movimento mão cabeça
• Palpação: cabeça do úmero mais baixa
• Distância acrômio/umeral aumentada
• Teste de mobilidade: restrição do movimento de elevação ou ausência de
rebote
• Teste Muscular
Debilidade dos músculos da face ântero-lateral do ombro (deltóides
anterior e médio, supraespinhoso e peitoral maior)

2. Lesão da Acromioclavicular

Entorse e luxação da Acromioclavícular


Grau 1 – Entorse
Grau 2 – Subluxação
Grau 3 – Luxação

Entorse e luxação da Acromioclavicular

Mecanismo
– Queda sobre o ombro
– Existe 3 graus de lesão:
∗ Grau 1: Entorse
– Existe uma distensão ligamentar
– Aumento da interlinha articular (normal 1 mm)
– bocejo articular aumenta com a abdução do braço – Posição RX –
– Sinal da tecla de piano (-)
– Sinal de gaveta ântero-posterior (-)
Tratamento:
Bandagem funcional durante 15 dias

∗ Grau 2: Subluxação
– Ruptura do ligamento acromioclavicular
– Ruptura parcial dos ligamentos trapezóide e conóide, subluxação para cima
e para trás da clavicular
– Pseudo tecla de piano
– Sinal de gaveta ântero-posterior positivo por ruptura do ligamento
lateral
Tratamento:
39

Imobilização durante 3 semanas

∗ Grau 3: Luxação
– Ruptura do ligamento acromioclavicular e coracoclaviculares
– Luxação superior da extremidade lateral devido a tração do trapézio
superior
– Hipermobilidade
– Sinal da tecla de piano (+)
– Sinal de gaveta anteroposterior (+)
Tratamento: cirúrgico com fixação articular

Lesão de Separação da Articulação Acromioclavicular

Etiologia
• A mais freqüente é uma queda do paciente sobre a parte lateral do ombro ou
sobre o braço extendido
Mecanismo
• Ascenção do ombro, deslizamento das facetas articulares e elevação da
extremidade lateral da clavícula
• Estiramento dos ligamentos e separação da articulação acromioclavicular.
Não há entorse. A lesão de separação é fixada pelo espasmo do trapézio
superior, que puxa para cima a clavícula e hipotonia do deltóide. O
subclávio está estirado e hipotônico
Sintomas e diagnóstico
• Dor com MS pendurado, devido ao abaixamento do acrômio, enquanto o trapézio
traciona para cima a clavícula
• Dor durante os movimentos de antepulsão e abdução do ombro a 80° e
impossibilidade aos 90o
• Elevação da extremidade lateral da clavícula
• Dor na parte ântero-lateral do ombro
• Teste de mobilidade: hipermobilidade, aumento da rotação externa
Tratamento
• Deve-se tratar primeiramente os músculos antes de manipular

Lesão de Rotação Anterior da Clavícula

Etiologia
• Jogar uma bola fazendo um movimento brusco para cima ou lift tênis
• Movimentos de báscula medial.
• Movimentos forçados de retropulsão, da escápula ou mão costa
• Elevar pesos
• Cifose:
• Queda sobre a parte anterior do ombro
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Mecanismo
• Ao realizar-se um movimento de báscula medial da escápula, produz-se uma
rotação anterior.
• Os músculos espasmados que fixam a lesão: trapézio superior, deltóide
anterior, feixe clavicular do peitoral maior e subclávio
• Hipotonia do deltóide posterior
• Lesão de superioridade da 1a costela, tracionada pelos escalenos e
distensão do ligamento costoclavicular
Sintomas e diagnóstico
• Dor aos movimentos de abdução e antepulsão acima de 90o e dor ao
movimentos mão-cabeça
Existe uma dor à palpação da parte superior da articulação, que é o
primeiro sinal de lesão da articulação acromioclavicular, com limitação da
rotação cervical oposta e lateroflexão do mesmo lado da lesão de rotação
anterior da clavícula
• Dor abdução entre 80o e 130o
• Limitação da rotação externa do ombro
• A clavícula e o acrômio formam um ângulo, que em caso de rotação anterior
da clavícula será menor.
• Dor na região anterior e lateral do ombro irradiada para o deltóide
• Maior evidência da face súpero-lateral da clavícula
• Convexidade do terço medial mais apagada
• Zona plana da parte lateral mais anterior
• Teste de mobilidade: restrição da rotação posterior

Lesão de Rotação Posterior da Clavícula

Etiologia
• Saque no tênis
• Movimento de báscula lateral da escápula
• Movimentos forçados de mão-cabeça ou rotação externa
• Traumatismo na região posterior do ombro
• Distúrbio postural como inversão da curva torácica
Mecanismo
• A lesão é fixada pelo espasmo do trapézio superior, e espasmo do redondo
maior.
• Debilidade do deltóide anterior e feixe clavicular do peitoral maior
• Rotação posterior da clavícula que empurra a costela para baixo e para
frente através do ligamento costoclavicular
Sintomas e diagnóstico
• Dor ou restrição ao movimento de retropulsão e mão-costa
Apresenta-se dor à palpação da parte superior da articulação, e o ângulo
formado entre a clavícula e o acrômio parece maior que o do lado oposto.
• Limitação do movimento de rotação interna do ombro
• Convexidade do terço medial da clavícula mais proeminente
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• Zona plana lateral mais posterior


• Maior evidência da borda inferior da clavícula, impressão das curvas
aumentadas
• Teste de mobilidade: restrição de rotação anterior da clavícula e rotação
interna do ombro

3. A Articulação Esternoclavicular

É uma articulação muito rígida, apresenta uma congruência importante, devido


a forma em sela da articulação.
Existem ligamentos superiores, anteriores, posteriores e um ligamento
importante : o esternocostal ou costoclavicular. Este ligamento se insere na
parte ínfero-interna da articulação, e sobre a face superior da primeira
costela.
Os movimentos da clavícula podem através do ligamento esternocostal,
influenciar os movimentos da 1° costela, e a posição da 1° costela pode
modificar a posição da extremidade interna da clavícula.
Ao nível traumatológico existe 3 graus de entorse desta articulação.
− 1°grau: Distensão do ligamento, entorse simples
− 2°grau: Ruptura do ligamento esternoclavicular mais os
costoclaviculares estão intactos
Dor espontânea com irradiação, discreta impotência funcional
− 3o grau: Ruptura ligamentar, deformação visível “teclado de
piano”
Existe 3 tipos de subluxação: preesternal (lesão de anterioridade),
supraesternal(lesão de superioridade), retroesternal (risco de compressão
visceral e vascular rara)

1a Lesão Pré-esternal

Lesão de Anterioridade da Esternoclavicular

Etiologia e mecanismo
• Traumatismo ântero-posterior
• Wiplash posterior, durante o movimento de extensão, que provoca um
deslocamento anterior importante da 1ª costela, sem que haja ruptura
ligamentar.
Sintomas
• Dor ao movimento de abdução e rotação externa do ombro (mão-cabeça)
• Lateroflexão e rotação limitadas ao lado oposto à lesão, devido a 1ª
costela
• Restrição da retropulsão local do ombro ( desenrolar do ombro)
Diagnóstico
• Palpa-se a face anterior da extremidade interna da clavícula. O lado
lesado estará mais anterior.
• Teste de mobilidade: posterioridade limitada
• Fraqueza ao teste muscular do feixe esternal do peitoral maior

2a Lesão Supra-esternal
42

Lesão de Superioridade da Esternoclavicular

Etiologia e mecanismo
• Traumatismo da parte súpero-externa da clavícula, que produz uma elevação
da parte interna.
• Elevação de uma carga muito pesada, a lesão coloca em tensão o ligamento
costoclavicular com rotação posterior da 1a costela
Sintomas
• Restrição do movimento de elevação dos ombros.
• Dor na abdução do ombro, acima de 120o
• Pode existir uma limitação ou dor à lateroflexão, ou a rotação do pescoço
para o mesmo lado da lesão, que é devido a posição da 1ª costela. Muito
freqüente nos acidentes de carro, no Wiplash.
• Movimento mão-cabeça limitado
• Se existe uma lesão de superioridade pode haver uma separação da clavícula
de uns 5 mm.
• Debilidade ao teste muscular do feixe clavicular do peitoral maior.

3a Retro-esternal
Risco de compressão vascular e visceral rara
43

4. A Articulação Omotorácica

A escápula é um osso sesamóide entre um grupo de músculos.


Pode-se distinguir 6 lesões da escápula:
• Lesão de báscula medial,
• Lesão de báscula lateral,
• Lesão de adução da escápula.
• Lesão de abdução
• Lesão de superioridade,
• Lesão de inferioridade.

Lesão de Báscula Lateral da Escápula

Etiologia
• Postural
• Lesões vertebrais ( ao nível do metâmero )
Mecanismos
Os músculos que fixam a lesão de báscula lateral da escápula, é o trapézio
superior, redondo maior.
A clavícula em caso de báscula lateral, adapta-se em rotação posterior e em
elevação.
Sintomas
• Dor isquêmica dos músculos lesados principalmente do trapézio superior e do
redondo maior.
Limitação da abdução acima de 140°, da retropulsão e rotação interna (mão-
costa).
Diagnóstico
• Rotação posterior da clavícula
• Dores referidas provenientes dos pontos gatilhos do trapézio superior e do
redondo maior.
• Fazendo-se uma inspecção, a escápula estará mais alta do lado lesado.
• Pode haver sintomas relacionados com a dobradiça cervicotorácica.
• Limitação da báscula medial e da retropulsão horizontal do ombro.
• Ao teste:
A báscula medial estará restrita, e a báscula lateral mais rápida e mais
ampla do lado lesado.
• Aproximação da articulação acromioclavicular e restrição da
esternoclavicular

Lesão de Báscula Medial

Etiologia e mecanismo
Sempre associada à lesão de adução da escápula. É uma lesão rara.
É associada e fixada por um espasmo do elevador da escápula e trapézio
inferior, em conseqüência de lesão vertebral situada entre os níveis C2 e C4,
de uma lesão occipito-atlas ou de uma lesão torácica (inserções musculares).
44

Associado encontra-se também um espasmo do trapézio médio e dos rombóides.


Diagnóstico
• Fazendo-se a inspecção, do lado da lesão, a escápula estará mais próxima
dos processos espinhosos que a do lado são.
• Ao teste de abdução, do lado lesado, a escápula fará uma báscula lateral
mais restrita. A báscula medial será mais ampla do lado lesado.
• Dores referidas no território dos pontos gatilhos dos rombóides
• Restrição da abdução acima de 140° e do movimento mão-cabeça.
• Separação da acromioclavicular e anterioridade esternoclavicular

Lesão de Superioridade da Escápula

Existe dois músculos hipertônicos: O elevador da escápula e o trapézio


superior.
Existe dois músculos hipotônicos: O trapézio inferior e o grande dorsal.
Para tratá-los, deve-se primeiro normalizar os músculos hipotônicos, e depois
estirar os músculos hipertônicos.
Fixação: Elevador da Escápula
Trapézio Superior
Peitoral menor
Sintomas: Dor isquêmica
Dor ao movimento de retropulsão do braço
Dor ao movimento mão-costa
Diagnóstico: Escápula mais elevada
Ângulo inferior mais lateralizado
Limitação do movimento mão-costa
Tendência separação acromioclavicular

Lesão de Inferioridade da Escápula

O problema é o mesmo que o precedente.


Só que os músculos hipotônicos são o elevador da escápula e o trapézio
superior.
E os músculos hipertônicos são o trapézio inferior e o grande dorsal.
Deve-se também, tratar primeiro os músculos hipotônicos, e depois estirar os
músculos hipertônicos.

Lesão de Adução
Fixação: Trapézio médio
Rombóides
Sintomas: Dor à abdução do braço entre 120o e 180o
Dor à antepulsão entre 120o e 180o
Movimento mão-cabeça restrito
Final do movimento de ABD e antepulsão restrito
Diagnóstico: Diminuição do espasmo escápulo vertebral
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Limitação do movimento mão-cabeça


Restrição antepulsão e final do movimento de ABD

Lesão de Abdução
Fixação: Serrátil Anterior
Sintoma/diagnóstico: Aumento do espaço escápulo vertebral
Movimento mão-cabeça limitado
Final movimento ADD e retropulsão restrito

Diagnóstico da Cintura Escapular

Palpação e Testes Ortopédicos

Teste para Anel Glenóide

1 - Palpação da porção Longa do Tendão do Bíceps


Palpa-se o sulco intertubercular, e pede-se ao paciente para fazer flexão e
extensão do cotovelo. Quando localiza-se corretamente, sente-se o tendão do
bíceps que se move longitudinalmente.
Palpa-se o sulco intertubercular , paciente com o cotovelo flexionado a 90º,
pede-se para fazer rotação interna e externa do ombro, e deve-se sentir o
tendão que se move medialmente e lateralmente.
Uma dor à palpação do sulco, pode ser devida a uma tendinite da porção longa
do bíceps, ou ao deltóide anterior, que testa-se em antepulsão de 90º do
ombro.
Uma fraqueza ao teste do deltóide médio (em abdução), é sinal de tendinite do
supraespinhoso ou do tendão longo do bíceps.
Para fazer o diagnóstico diferencial utiliza-se o teste de Gilcrist.
46

Teste Global de mobilidade da Cintura Escapular

Glenoumeral

Acromioclavicular

Se a dor aparece

Esternoclavicular

Coluna Dorsal e
Omotorácica

2 - Teste de Gilcrist
Paciente assentado.
MS em antepulsão de 90º.
Faz-se a supinação do antebraço.
O osteopata empurra para baixo e o paciente resiste.
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Se o teste de Gilcrist é positivo, ou seja, se desperta dor no ombro, é sinal


de tendinite da porção longa do bíceps. Se o teste não revela dor, é sinal de
tendinite do supraespinhoso.
Se o teste de Gilcrist é positivo, verificar se existe luxação medial ou
lateral do tendão do bíceps. Quando existe luxação é evidente.

Teste Global para Omotorácica

3 - Teste de Hawkins
Paciente Assentado ou de Pé.
Ombro em antepulsão de 90°, cotovelos fletidos.
Aumenta-se a antepulsão empurrando para cima, a fim de colocar o úmero em
contato com o acrômio.
Se aparecer dor, é que existe uma inflamação da bolsa serosa. Um conflito de
fricção entre o tendão do supraespinhoso e da bolsa serosa.

4 - Teste de Yocum
Pede-se ao paciente para colocar a mão no ombro oposto (Antepulsão e abdução
maior que 90º).
Com uma mão toma-se contato com o ombro e a articulação acromioclavicular do
paciente.
Com a outra mão empurra-se o cotovelo para cima, e o paciente resiste
empurrando no sentido oposto.
Se aparece dor, é sinal de problema da articulação acromioclavicular.

5 - Teste de Jobe
Paciente de pé ou assentado
Osteopata atrás do ombro do paciente.
Paciente com abdução de 90º do ombro, palma da mão para frente.
Osteopata segura com a mão interna o ombro do paciente.
Com a mão externa apoia contra o antebraço, e empurra para baixo. O paciente
resiste empurrando para cima.
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Se aparece dor, é sinal de tendinite do supraespinhoso.

6 - Teste do Ombro Congelado


Durante o movimento de abdução do ombro, caso não exista movimento da
glenoumeral, e somente um movimento escapulotorácico, é um sinal de ombro
congelado.

7 - O teste de Apley
É a manobra ativa mais rápida para avaliar a e capacidade de movimentação do
paciente:
− Teste da abdução, rotação externa
Pede-se ao paciente para alcançar, por trás da cabeça, o ângulo médio
superior da escápula contralateral.
− Teste da adução, rotação interna
Pede-se para tocar o acrômio contralateral passando o braço pela face
anterior do tórax.
Pede-se com o braço atrás das costas, tocar o ângulo inferior da escápula
contralateral.
− Teste abdução de braço
Abdução do braço a 90º, mantendo os cotovelos em linha reta. A seguir, peça
para voltar as palmas das mãos para cima em supinação e continuar o movimento
de abdução até que as mãos se encontrem acima da cabeça.
Complementando os testes que objetivam avaliar a abdução e a rotação externa,
peça ao paciente para colocar as mãos atrás do pescoço; a seguir mande-o
forçar os cotovelos para trás.
Para testar a adução e a rotação interna, solicite ao paciente para, após
passar ambas as mãos para trás das costas, elevá-las o mais alto possível,
tentando alcançar o ângulo inferior das escápulas.
A principal vantagem dos testes rápidos de avaliação da mobilidade, é que os
movimentos do paciente podem ser estudados bilateralmente ao mesmo tempo, o
que facilita o exame da simetria do movimento e oferece condições para
determinar qualquer deficiência, por menor que seja.

8 - Teste de Yergason
Para avaliar a estabilidade do tendão da porção longa do bíceps, no interior
do sulco biciptal.
Faz-se 90º de flexão de cotovelo, e segura-se o cotovelo, braço junto ao
tórax
Com a outra mão, segura-se o punho, e faz-se rotação externa até encontrar
resistência.
Simultaneamente a mão que segura o cotovelo, puxa-o para baixo.
Caso exista instabilidade do tendão, ele se deslocará do sulco, e o paciente
apresentará dor.

9 - Teste da Queda de Braço


Avalia se existe ruptura da bainha rotatória .
Faz-se uma abdução de 90º. Depois retorna-se lentamente o MS para o lado do
corpo.
Na presença de ruptura da bainha rotatória (especialmente do supraespinhal),
o MS tenderá a cair bruscamente. Se for capaz de manter-se em abdução, ao
menor toque no antebraço, ele cairá bruscamente.
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10 - Teste de Apreensão para o Deslocamento do Ombro


Para testar a luxação crônica do ombro, faz-se uma abdução de 90º, e uma
rotação externa, com cotovelo flexionado, até uma amplitude de movimento em
que o ombro esteja prestes a deslocar. Então o paciente ficará apreensivo, e
para defender-se resistirá de prosseguir com o movimento.
É um teste similar, ao teste de apreensão para o deslocamento da patela.

Diagnóstico Osteopático

1 - Teste para a Articulação Glenoumeral

Diagnóstico das Lesões de Anterioridade da Cabeça Umeral

− Teste de Mobilidade

Paciente assentado.
Osteopata em finta lateral, atrás do paciente.
Fixa-se o ombro com a mão interna, e com a mão externa movimenta-se o ombro
obliquamente, de frente para trás e de dentro para fora, de trás para frente,
e de fora para dentro.
Pode-se fazer os dois lados ao mesmo tempo e comparar a mobilidade.
Osteopata atrás do paciente, bloqueia o tronco do mesmo, contra o seu peito.
Coloca-se os polegares sobre a espinha da escápula, e com os outros dedos,
toma-se contato com a parte anterior da cabeça do úmero.
Faz-se movimentos oblíquos de frente para trás, e de dentro, para fora, de
trás para frente, e de fora para dentro. O anular e médio empurra para trás,
e o polegar para frente.
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Diagnósticos das Lesões Umerais em Superioridade e Inferioridade

− Teste de Mobilidade

Paciente assentado.
Osteopata de pé, atrás do paciente.
Coloca-se o polegar sobre o acrômio e os outros dedos sobre o tubérculo
maior do úmero, e empurra-se para baixo.
Se ao empurrar para baixo, a cabeça do úmero não desce, é que existe uma
lesão de superioridade.
Se a cabeça do úmero desce, e ao relaxar-se a pressão, ela permanece embaixo,
é que existe uma lesão de inferioridade.

Variante:
Teste de mobilidade

Paciente assentado
Osteopata lateralmente do lado a ser testado
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Cotovelo do paciente flexionado. Segura-se o antebraço e braço, puxa-se para


baixo.

2 – Testes para Articulação Acromioclavicular

Diagnóstico das Lesões da Acromioclavicular


Paciente assentado.
Osteopata atrás do paciente.
Localiza-se a articulação acromioclavicular, e compara-se o ângulo formado
pela clavícula e o acrômio do lado D e E, o mais aberto e o mais fechado. A
lesão se encontra do lado da dor.
Palpa-se a clavícula com o dedo médio e o indicador na parte lateral, para
avaliar se existe, uma báscula anterior ou posterior da clavícula.

Teste de Mobilização Direta da Acromioclavicular

Teste para Associar Antepulsão e Rotação Posterior


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Teste para Associar Retropulsão e Rotação Anterior

Teste de Mobilidade Ântero-Posterior da Clavícula

Paciente assentado.
Com a mão externa fixa-se o ombro, anteriormente com os dedos, e
posteriormente com o polegar sobre a espinha da escápula.
Com a mão interna empalma-se em bico de pato ( com o indicador e o polegar) a
parte lateral da clavícula.
Testa-se a mobilidade ântero-posterior da clavícula dos dois lados.

Teste de Sensibilidade do Ligamento Acromioclavicular


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Teste de Altura Diminuída do Lado da Restrição

Teste de Mobilidade para Rotação Anterior e Posterior da Clavícula

Paciente assentado.
Osteopata atrás do paciente, coloca o pé do lado a ser testado sobre a mesa.
Faz-se a abdução do ombro a 90°, coloca-se o cotovelo do paciente sobre o
joelho do osteopata. O úmero deve estar ao nível do eixo longo da clavícula.
A mão externa segura o punho.
A mão interna, com os dedos segura a clavícula, o polegar posteriormente.
Faz-se a rotação interna, e observa se a clavícula gira para frente.
Faz-se a rotação externa, e observa se a clavícula gira posteriormente.
Testa-se os dois lados e compara-se.

Teste variante para Rotação da clavícula


Utilizando antepulsão. A antepulsão faz girar a clavícula posteriormente.
Utilizando retropulsão. A retropulsão faz girar a clavícula anteriormente.

3 - A Articulação esternoclavicular

Diagnóstico da Lesão
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Palpação

Paciente assentado ou em decúbito dorsal


Osteopata de pé atrás do paciente.
Coloca-se as mãos sobre o ombro, polegar posteriormente, indicadores nas
faces superiores das extremidades internas das clavículas, e avalia se existe
uma diferença de altura entre as duas clavículas.
Se existe uma lesão é possível que exista uma hipermobilidade da
acromioclavicular
A palpação do ligamento esternocostal é dolorosa.

3.1 – Teste global de Elevação dos Ombros

Paciente assentado
Coloca-se os dedos, posteriormente à espinha da escápula, e pede-se ao
paciente para elevar os ombros. O lado da lesão eleva-se menos que o lado não
lesado.
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3.2 - Testes de Mobilidade

Mesma posição do osteopata e paciente que anterior.


Segura-se em “bico de pato”, a articulação esternoclavicular, e mobiliza-se
de cima para baixo, e da frente para trás.

3.3 – Variante:
Mesma posição do osteopata e paciente.
Pode-se também segurar a extremidade medial da clavicular em “ bico de pato”,
com a mão interna.
E com mão externa mobilizar globalmente o ombro em rotação, e apreciar a
mobilidade da esternoclavicular.

3.4 - Relação da Mobilidade da clavícula e na Costela


Quando encontra-se uma lesão da esternoclavicular, pode-se apreciar a
importância da repercussão da lesão da 1ª costela sobre a clavícula.
Quando realiza-se uma póstero-flexão cervical, a 1ª costela vai recuar, e a
clavícula gira posteriormente.
56

Quando faz-se uma anteflexão cervical, a 1ª costela avança e a clavícula gira


anteriormente.
Paciente assentado.
Osteopata agachado frente ao paciente.
Coloca-se os indicadores sobre a clavícula, e o médio sobre a 1ª costela.
Se a mobilidade da 1ª costela não está normal, manipula-se a 1ª costela do
lado da lesão esternoclavicular.

Teste de Antepulsão associada com Recuo da Esternoclavicular

Teste de Retropulsão associada com deslocamento anterior da


Esternoclavicular

3.5 - Teste de Mitchell


Paciente em decúbito dorsal ou assentado
Coloca-se indicadores na extremidade medial e superior da clavícula. Pede-se
ao paciente para elevar os ombros, e se um dos lados não se move, é que
existe uma lesão de superioridade da esternoclavicular.

3.6 - Teste para Lesão de Anterioridade da Esternoclavicular


Paciente assentado.
Coloca-se os dois braços em antepulsão de 90°. Pede-se ao paciente para
empurrar com suas mãos para frente, produzindo um movimento bilateral de
antepulsão.
Palpa-se a face anterior da articulação esternoclavicular, deve-se sentir
durante a antepulsão bilateral, um movimento posterior da extremidade interna
da clavícula. Se o movimento não acontece, é sinal de uma lesão anterior da
esternoclavicular.
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4 - Teste Muscular

4.1 - Para lesão acromioclavicular:


Testa-se os deltóides

4.2 - Para a esternoclavicular:


Testa-se o feixe clavicular do peitoral maior.
Pede-se ao paciente uma posição entre 100 a 120° de antepulsão, e pede-se ao
paciente uma abdução.

5 – Teste para Articulação Omotorácica

Teste de Mobilidade

5.1 – Para lesão de Báscula Lateral


Paciente assentado.
Osteopata atrás do paciente.
Coloca-se os dedos mínimos no ângulo inferior da escápula, e pede-se abdução
do ombro.
Provoca-se a báscula lateral e medial
Do lado lesado a báscula será mais rápida. Sinal de restrição de mobilidade.

5.2 – Para Lesão de Báscula Medial Medial


Paciente assentado.
Osteopata atrás do paciente.
Faz-se uma rotação interna com e adução (mão em supinação nas costas). Do
lado lesado a báscula será mais rápida, sinal de restrição de mobilidade.
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Técnicas da Cintura Escapular

Técnicas da Glenoumeral

1 - Stretching do Peitoral Maior

Paciente em decúbito dorsal, na borda da mesa, cotovelo estendido para fora


da mesa.
Osteopata em finta anterior do mesmo lado a ser tratado, ao nível do ombro.
Coloca-se o braço, orientado segundo as fibras que se deseja alongar:
Amplitude menor que 90°, alonga-se as fibras superiores do peitoral
Amplitude de 90°, alonga-se as fibras médias.
Amplitude maior que 90°, alonga-se as fibras inferiores.
A mão caudal, fixa as fibras que deseja-se alongar sobre o tórax.
A mão cefálica empalma a face extensora de cotovelo e braço.
O antebraço do paciente, cotovelo estendido, é colocado entre o braço e o
tórax do osteopata.
Realiza-se o stretching em antepulsão e abdução, alongando-se através do
deslocamento de peso para o MI posterior, e flexão dos joelhos do osteopata.

2 - Stretching do Elevador da Escápula


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Paciente em decúbito dorsal.


Osteopata em finta lateral na cabeceira da mesa, coxas contra a borda da mesa
Coloca-se o cotovelo do paciente em flexão, e seu antebraço abaixo de sua
cabeça, mão abaixo das 1as torácicas
Com a mão que está do lado a ser tratado, o osteopata segura o cotovelo do
paciente e faz uma abdução máxima da glenoumeral, bloqueando-se assim a
escápula.
A mão do lado oposto sob a nuca do paciente, faz flexão e rotação para o
lado oposto a ser tratado.
Realiza-se o stretching pressionando o cotovelo na direção da mesa e
abduzindo o ombro.

3 - Stretching do Peitoral Menor

Paciente em decúbito dorsal na borda da mesa.


Osteopata em finta anterior, ao nível do ângulo superior da mesa,
obliquamente ao ombro do paciente, do lado a ser tratado.
Osteopata coloca o MS estendido do paciente, entre seu antebraço e seu tórax.
Com a mão caudal segura a face posterior e braço do paciente.
Com a mão cefálica localiza-se o processo coracóide, e apoia-se logo abaixo
dele, sobre a 3ª, 4ª e 5ª costelas.
Faz-se pressão sobre as costelas, e traciona-se o braço, realizando-se o
stretching em retropulsão.

Stretching Global do Ligamento Nucal


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4 - Stretching dos Rombóides


Paciente em decúbito lateral do lado oposto a ser trabalhado.
Osteopata em finta anterior, frente ao paciente, ao nível do ombro.
Coloca-se o braço do paciente com o cotovelo fletido sobre a lateral do seu
tórax, antebraço e mão sobre o seu peito.
Toma-se contato através do tórax sobre o braço do paciente para, comprimir e
relaxar os rombóides.
Empalma-se com a mão caudal a parte inferior da escápula, e com a mão
cefálica a parte superior.
Palpa-se com os dedos ao longo da borda medial, buscando uma tensão
Então realiza-se o stretching em circundução e aprofundando os dedos ao nível
da tensão
Os dedos de ambas as mãos palpam a borda medial da escápula em busca das
tensões. Encontrando-se uma tensão, mobiliza-se a escápula em circundução,
penetrando cada vez mais os dedos, a fim de relaxar a tensão. Aumenta-se a
amplitude de movimento de forma a descolar a escápula, e aprofunda-se
progressivamente o contato.
Pode-se trabalhar os rombóides ao longo da borda medial, e trabalhar também
o elevador da escápula e o trapézio superior.
Com a mesma técnica em decúbito lateral, pode-se trabalhar os redondos,
seguindo-se a borda lateral da escápula.
Pode-se utilizar a técnica dos rombóides em decúbito ventral, porém com a
desvantagem da impossibilidade de colocar-se pressão para relaxar.

Stretching do Subescapular

5 - Stretching em Decoaptação para Lesão Superior da Glenoumeral


Paciente assentado
Osteopata atrás do paciente, do lado lesado
A mão que está do lado lesado do paciente, passando sob o anel formado pelo
seu braço e antebraço segura o seu antebraço
O MS oposto do osteopata passa por cima do ombro do paciente e a mão toma
contato com o punho do mesmo.
Faz-se o stretching decoaptando, empurrando o antebraço para baixo, e puxando
o punho para cima simultaneamente.

6 - Stretching do Redondo Maior


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Paciente em decúbito lateral, do lado oposto a ser tratado.


Coluna reta, quadril e joelho em flexão de 90°.
MS inferior flexionado sob a cabeça do paciente. O corpo do paciente e o do
osteopata formam um quadrado.
Osteopata em finta anterior, frente ao paciente, ao nível do ombro.
Fixa-se a borda lateral da escápula com a mão caudal, pressionando em direção
à mesa, evitando assim a báscula lateral da escápula, e para estirar
fortemente o redondo maior e menor.
Faz-se abdução de ombro do paciente com flexão do cotovelo a 90°.
MS do osteopata passa sob o antebraço e apoia-se na frente do braço do
paciente.
Realiza-se o stretching aumentado a abdução, e ao mesmo tempo fixando a
borda lateral da escápula.
Caso a retração não seja acentuada pode-se utilizar um contato diferente:
Faz-se uma abdução do MS do paciente com cotovelo semi-fletido.
O braço do paciente repousa sobre o cotovelo cefálico do osteopata, a mão do
osteopata sobre a escápula do paciente.
Fixa-se a borda lateral da escápula com a mão caudal.
Puxa-se o paciente para frente, e através do apoio do tronco do osteopata no
braço do paciente, realiza-se o stretching.
62

Pompage, Sutherland e Técnica Articulatória para os Escalenos

7 - Técnica de Jones para Corocobraquial

Paciente em decúbito dorsal.


Osteopata do lado oposto ao lesado.
Palpa-se o ponto gatilho na zona do processo coracóide, apoiando com o
indicador reforçado pelo dedo médio.
Para realizar a técnica, pressiona-se o ponto gatilho com a mão cefálica, e
com a mão caudal coloca-se os parâmetros de adução e antepulsão horizontal.
Para conseguir esta posição, deve-se colocar a mão do paciente no seu ombro
oposto. Coloca-se a mão sobre o cotovelo do paciente, e faz-se pressão contra
seu tórax.
Se a dor desaparecer é que o músculo está relaxado. Significa que o músculo
encurtou suas fibras intra e extrafusais.
Mantêm-se a posição por 90 seg., tempo necessário para que o sistema gama se
auto regule. Voltar passiva e lentamente o membro para a posição inicial, a
fim de não ativar o sistema gama.
Quando a técnica é eficaz, o ponto gatilho desaparece.

8 – Músculo Energia Músculo Infraespinhoso e Redondo Menor


Paciente em decúbito dorsal na borda da mesa.
63

Osteopata em finta anterior, do lado lesado ao nível da cintura escapular (MI


cefálico anterior).
Apoia-se o cotovelo do paciente flexionado a 90°, sobre a coxa anterior do
osteopata.
Coloca-se o músculo em tensão, fazendo-se uma rotação interna.
Estabiliza-se o ombro com a mão cefálica.
A mão e o antebraço caudal apoia o punho e antebraço do paciente.
Faz-se 2 a 3 ciclos de 3 contrações isométricas, ganhando em amplitude a cada
ciclo.

9 – Músculo Energia do Músculo Subescapular


Paciente em decúbito dorsal na borda da mesa.
Osteopata em finta anterior ao nível da cintura escapular, ( MI caudal
anterior) do lado a ser tratado
Com a mão caudal e o antebraço, estabiliza-se o ombro do paciente.
O cotovelo do paciente em flexão de 90°, apoia-se sobre a coxa anterior do
osteopata.
Com a mão cefálica apoia-se na face anterior do punho e antebraço do
paciente.
Faz-se 3 ciclos....

10 - Stretching do Músculo Deltóide Anterior e Médio

Paciente em decúbito dorsal na borda da mesa.


Osteopata em finta anterior, do lado a ser tratado, direção cabeça do
paciente, MI interno anterior, a coxa interna apoiando-se contra a mesa.
Com a mão interna, faz-se deslizamentos profundos perpendiculares às fibras
musculares.
Com a mão externa, segura-se o 1/3 inferior do braço do paciente, faz-se
tração e rotação interna.
Realiza-se o stretching pressionando e deslizando com a mão interna, e
simultaneamente fazendo rotação interna com a mão externa.

Para o Deltóide Posterior:


Paciente em decúbito ventral

11 – Técnica de Deslocamento do Plano Profundo do Peitoral maior e menor


64

Paciente assentado, ombro apoiado contra o tórax do osteopata


Osteopata assentado a cavalo e lateralmente ao paciente
Coloca-se e aprofunda o polegar na parte posterior do Peitoral maior
Cuidado com o plexo-braquial, nunca deve-se empurrar na direção subclavicular
Empurrar aprofundando sempre para frente, descolando o peitoral
Pode-se associar a respiração com esta técnica e empurrar anteriormente o
ombro do paciente para facilitar o deslocamento.
Desloca-se na direção da parte medial da clavícula, dirigindo-se pouco a
pouco para o processo coracóide para trabalhar o pequeno peitoral.

12 – Técnica de Decoaptação Subdeltóidea


Paciente assentado
Osteopata de pé atrás do paciente
Coloca-se o ombro do paciente em abdução de 90o , cotovelo fletido a 90o e
apoiado na coxa do osteopata.
Empalma-se o deltóide anterior e posteriormente decoaptando para cima
Tenta-se localizar pontos fixos e aderências
Encontrando ponto fixo e aderência, aumenta-se a decoaptação localmente para
cima, e empurra-se contra a resistência do tecido.
Eventualmente pode-se realizar um thrust de tecido mole
Se a aderência ou ponto fixo for anterior coloca-se antepulsão horizontal,
caso seja posterior coloca-se retropulsão horizontal.

13 - Stretching do Trapézio Superior e Elevador da Escápula

( Utiliza-se muito para a região cervicotorácica)


Paciente em decúbito lateral.
Osteopata em finta anterior, ao nível da cintura escapular do paciente. MI
posterior do lado do MS caudal.
Paciente repousa seu cotovelo fletido a 90°, sobre o antebraço fletido do
osteopata. O antebraço do paciente é colocado contra o tórax do osteopata.
A mão caudal alonga o braço do paciente, através do deslocamento do peso para
o MI posterior.
65

A mão cefálica passa perpendicularmente através das fibras do trapézio


superior, e do elevador, durante o alongamento do braço. E durante o
relaxamento toma-se contato com as fibras musculares.
*Pode-se colocar talco na região para melhor deslizamento, e diminuir o
possível dolorimento da pele.

14 - Técnica de Jones para o Subclávio

Paciente em decúbito lateral sobre o lado são.


Osteopata em finta anterior atrás do paciente ao nível do ombro.
Busca-se abaixo da clavícula o ponto gatilho, e apoia-se o médio reforçado
pelo indicador da mão cefálica sobre ele.
A mão caudal apoia sobre o ombro do paciente.
Coloca-se o MS do paciente em antepulsão horizontal, e pede-se para que
segure a borda da mesa frente a ele, para relaxar o peitoral maior.
Com a mão caudal, colocada sobre o ombro do paciente, busca-se a posição na
qual a dor desaparece, mobilizando o ombro para frente, para cima, para
baixo. A posição indolor poderá ser encontrada com a colocação de um
parâmetro, ou com a combinação dos três parâmetros.
Pode-se acrescentar, caso necessário uma compressão na direção do eixo longo
da clavícula
Manter a pressão sobre o ponto gatilho durante 90 seg., e retornar lentamente
à posição inicial.
Como o subclávio se insere sobre a 1ª costela, pode-se pedir inspiração e
expiração durante 90 segundos.

Antes de tratar o subclávio, se necessário:


− Liberar a acromioclavicular
− Liberar a esternoclavicular
− Liberar a 1ª costela
( A esternoclavicular relaciona-se através de um ligamento com a 1ª costela.)

15 – Técnica com Thrust para Lesão de Anterioridade da Cabeça Umeral


66

Paciente em decúbito dorsal, na borda da mesa, MS estendido


Osteopata em finta anterior, internamente ao braço do paciente, direção
cabeça do mesmo.
O osteopata coloca sua coxa contra a axila do paciente realizando desta forma
uma abdução do ombro e uma decoaptação da glenoumeral.
Aumenta-se a abdução/decoaptação da glenoumeral fazendo uma rotação do tronco
para fora.
A mão caudal segura o cotovelo do paciente.
A mão cefálica coloca-se anteriormente, pisiforme na tuberosidade do ombro
Faz-se decoaptação com a mão caudal
O antebraço do osteopata deve estar inclinado de dentro para fora (oblíquo)
para respeitar o plano articular
Busca-se a barreira motora, empurrando de dentro para fora e para trás.
O thrust é dado na mesma direção.

Variante:

Técnica de Thrust para Anterioridade


Paciente assentado
67

16 – Stretching do Supraespinhal
Paciente em decúbito lateral do lado são
Osteopata em finta anterior ao nível da cintura escapular
Coloca-se uma almofadinha sob a axila do paciente, braços apoiados no tronco,
cotovelos feltidos
Fixa-se o ombro com a mão cefálica, realiza-se o stretching com a mão caudal
que repousa sobre a parte distal do braço do paciente

17 – Alongamento do Grande Dorsal


Paciente em decúbito lateral do lado são, MI superior alongado e inferior
flexionado
Osteopata frente ao paciente ao nível do tronco
MS do paciente em abdução/antepulsão máxima e rotação externa
Faz-se tração axial MS e fixa-se o ilíaco ou as últimas costelas
18 -Técnica com Thrust para Lesão de Posterioridade da Cabeça Umeral
Paciente em decúbito ventral na borda da mesa, ombro para fora da borda,
cotovelo fletido.
Osteopata em finta anterior, olhando na direção da cabeça do paciente.
Cotovelo do paciente apoia sobre a coxa anterior do osteopata, MI posterior
interno.
A mão externa empalma o cotovelo do paciente.
A mão interna anterioriza a cabeça do úmero, respeitando o plano articular,
oblíquo de dentro para fora.
68

Reduz-se o slack e realiza-se o thrust, empurrando a cabeça do úmero para


baixo e puxando o braço para cima.

19 - Técnica de Faye para Anterioridade da Cabeça do Úmero

Paciente em decúbito ventral na borda da mesa, ombro para fora da borda.


Osteopata em finta lateral do lado lesado, ao nível do ombro.
Coloca o ombro do paciente em abdução de 90° e o antebraço entre suas coxas,
empalmando a cabeça umeral anteriormente.
Testa-se as amplitudes de movimento, abaixo e acima de 90°.
Onde encontra-se restrição, reduz-se o slack empurrando na direção do teto, e
realiza-se um pequeno thrust na mesma direção.
Busca-se também a resistência articular, utilizando uma tração e circundução
no sentido horário e anti-horário. Encontrando-se um ponto de resistência
conserva-se a posição, reduz-se o slack e realiza-se um pequeno thrust.
É uma boa técnica para finalizar o tratamento.

20 - Técnica com Thrust para Lesão de Inferioridade da Cabeça Umeral


Lesão de Anterioridade associada a Inferioridade

Paciente assentado.
Osteopata de pé atrás do paciente
69

Uma mão passa sobre o ombro oposto a ser tratado, e empalma o cotovelo.
A outra mão do lado a ser manipulado empalma o cotovelo. Os dedos de ambas as
mãos cruzam-se.
Faz-se a abdução do braço a 90°, coloca-se a mão em pronação sobre o ombro do
paciente, e leva-se o braço em antepulsão.
Reduz-se o slack puxando-se o paciente contra o peito do osteopata.
Coloca-se o braço a 90o para corrigir uma anterioridade.
Coloca-se o braço no plano do tronco para corrigir uma lesão de
inferioridade.
Se existe uma lesão de anterioridade associada com a lesão de inferioridade,
coloca-se o braço numa amplitude aproximada de 45°.
Realiza-se o thrust, puxando-se em direção ao osteopata.

Thrust em Berço para Superioridade


Paciente assentado

21 - Técnica de Snap para Lesão de Superioridade da Cabeça Umeral

Paciente em decúbito dorsal.


Osteopata em finta anterior do mesmo lado da correção.
Flexiona-se a cabeça do paciente para o lado a ser manipulado, a fim de
proteger o plexo braquial.
Avalia-se a distância onde deve-se colocar, para poder obter tração
suficiente e corretiva.
O princípio é realizar-se uma tração e uma rotação interna do ombro, que
provoca a descida da cabeça umeral, uma tensão sobre o deltóide, e tração da
70

articulação acromioclavicular, que então se abrirá. É também uma técnica para


correção da acromioclavicular.
A técnica é realizada através de um impulsão, devido ao peso do MS.
Não provoca ruído articular. Repete-se de 5 a 6 vezes.

22 - Técnica em Decoaptação
Capsulite Retrátil

( Derivada das técnicas do Americano Mennel )


Paciente em decúbito dorsal na borda da mesa.
Osteopata em finta anterior ao nível do ombro do paciente.
Consiste em utilizar uma alavanca para decoaptar a glenoumeral, não no eixo
longo do úmero, mas no eixo curto da cabeça do úmero.
Paciente com limitação de antepulsão a 90°:
Faz-se flexão do cotovelo, e busca-se a amplitude de 90°.Permanecer sempre
abaixo do limiar doloroso.
Coloca-se a mão cefálica, com os dedos estendidos, o mais próximo possível do
cavo axilar do paciente.
Reforça-se o contato com a mão caudal, finta anterior perpendicular ao ombro
do paciente.
O braço do paciente repousa sobre o ombro do osteopata.
O ombro do osteopata faz um ponto de apoio que empurra no sentido da
antepulsão horizontal, enquanto as duas mãos tentam decoaptar a articulação
gleonoumeral.
Ao finalizar o stretching, pode-se realizar uma sucessão de thrust, na medida
que não seja muito doloroso para o paciente.
É uma técnica bastante potente.

23 - Técnica para Lesão de Superioridade da Cabeça Umeral


Paciente em decúbito dorsal na borda da mesa.
Osteopata em finta lateral ao nível da cintura escapular do lado lesado.
A mão caudal, fixadora, empalma o cotovelo do paciente, em 90° de flexão. O
antebraço e a mão do paciente é colocado entre o braço e o tronco do
osteopata.
Com a mão cefálica, localiza-se o tubérculo maior, e faz-se um contato
indexial sobre ele.
71

O osteopata flexiona os seus joelhos, para que o seu antebraço fique na


direção do eixo longo do úmero.
O braço do paciente deve estar horizontal em relação a mesa.
Reduz-se o slack em direção ao pé do paciente, com todo o peso do corpo do
osteopata, e realiza-se o thrust na mesma direção.

24 – Técnica Articulatória para Lesão de Superioridade


Lesão de Superioridade
Paciente em decúbito lateral do lado são
Osteopata em finta anterior ao nível da cintura escapular frente ao paciente
MS extendido do paciente, apoia-se sobre o antebraço caudal do osteopata,
cujo cotovelo está fletido a 90o
Mão cefálica do osteopata apoia-se sobre a cabeça umeral, dedos na direção do
cotovelo do paciente
Articula-se realizando uma abdução com o antebraço caudal e simultaneamente
abaixando a cabeça umeral
Pode-se realizar em diferentes graus de abdução, segundo a limitação do
paciente e rotação externa e interna
Realiza-se inicialmente em rotação externa

Em decúbito lateral, MS pousado no tronco.


Pode-se dar impulsos para abaixar a cabeça umeral
72

25 - A Técnica de Spencer

Tratamento global da glenoumeral


É uma técnica global de músculo energia para finalizar um tratamento.
Permite aumentar as amplitudes articulares e inclui 9 etapas.
Paciente assentado. Em cada tempo pede-se 3 contrações isométricas e ganha-
se em amplitude em cada contração.
1º Tempo:
Coloca-se a barreira máxima em antepulsão do ombro e pede-se 3 contrações
isométricas no sentido da retropulsão - contato com o cotovelo.
2º Tempo:
Coloca-se a retropulsão máxima, e pede-se 3 contrações isométricas no sentido
da antepulsão.
Contato com o cotovelo.
3º Tempo:
Encontra-se a barreira em rotação externa e pede-se contrações isométricas no
sentido da rotação interna.
Contato com a face anterior do punho. O braço do paciente contra o tórax do
osteopata.
4º Tempo:
Coloca-se a barreira em rotação interna do ombro, e pede-se contrações
isométricas no sentido da rotação externa.
Contato da mão interna do osteopata com o ombro do paciente e da mão externa
com a parte posterior do cotovelo .
5º Tempo: Coloca-se a barreira em antepulsão horizontal. Pede-se contrações
isométricas no sentido da retropulsão horizontal.
Contato sobre a face posterior do cotovelo.
6º Tempo:
Coloca-se a barreira em retropulsão horizontal. Pede-se contrações
isométricas no sentido da antepulsão horizontal.
Contato com a face anterior do cotovelo.
7º Tempo:
Começa-se o trabalho da acromioclavicular.
Trabalha-se o feixe clavicular do peitoral maior.
Coloca-se o braço em abdução de 90° e rotação externa. Para isto, o osteopata
coloca o seu pé sobre a mesa, e apoia o braço do paciente sobre o seu joelho.
Pede-se 3 contrações isométricas no sentido da rotação interna.
8º Tempo:
Mesmo posicionamento anterior. Porém que coloca-se a barreira em rotação
interna, e pede-se 3 contrações no sentido da rotação externa do ombro.
Contato com a face dorsal do punho.
9º Tempo:
Coloca-se um dedo sobre a clavícula e outro sobre o acrômio. Pede-se uma
abdução acima de 90° com flexão de 90° de cotovelo. Quando a articulação
acromioclavicular começa a abrir-se, pede-se 3 contrações isométricas no
sentido da adução.

Técnicas da Articulação Acromioclavicular


73

1 – Técnica em Snap

Técnica para corrigir o deslizamento anterior da clavícula produzido pela


fixação em rotação anterior da mesma
Paciente assentado.
Osteopata de pé atrás do paciente, em finta anterior.
Pede-se o paciente para estender seu MS, e com a mão externa segura-lhe o
punho.
Coloca-se o ombro do paciente em rotação interna, o antebraço e a mão atrás
do seu tronco, para fazer recuar a clavícula.
Fixa-se a posição da clavícula com os dedos da mão interna.
E estende-se rapidamente o MS.
Pode-se realizar a técnica de 2 a 3 vezes.

2 - Thrust para abertura da Articulação Acromioclavicular


74

Paciente assentado.
Osteopata de pé atrás do paciente.
A mão do osteopata do lado lesado segura o cotovelo, faz-se uma abdução de
90° do ombro, e coloca-se a mão do paciente em pronação sobre o seu ombro.
Em seguida faz-se uma antepulsão horizontal.
O MS do lado oposto ao lesado, passa sobre o ombro do paciente.
Ambas as mãos se cruzam sobre o cotovelo.
Reduz-se o slack puxando-se o paciente para trás, contra o tórax do
osteopata.
O thrust é realizado, empurrando-se sob a articulação acromioclavicular, para
abri-la superiormente.
Como uma técnica de lift off.

3 - Técnica de Articulação da Acromioclavicular


75

Objetivo - Abrir a parte anterior da articulação acromioclavicular.


Paciente em decúbito dorsal na borda da mesa.
Osteopata em finta anterior do lado lesado.
A mão cefálica segura o punho do paciente.
MS em antepulsão de 90°, cotovelos estendidos.
A mão caudal segura com a eminência tenar e hipotenar a face anterior do
ombro, os dedos em contato posteriormente com a espinha da escápula, para
bloquear a articulação acromioclavicular.
1º Tempo - Eleva-se o ombro do paciente, com a mão que segura o punho, e a
mão caudal acompanha a elevação, e fixa a posição, impedindo o abaixamento do
ombro durante toda técnica.
2º Tempo - Leva-se o braço em antepulsão horizontal, fixa-se a nova posição
ao nível do ombro.
3º Tempo - Leva-se o braço em rotação externa.
4º Tempo - Articula-se a acromioclavicular no sentido da rotação externa.
Técnica muito útil, quando o paciente sente dor ao colocar a mão atrás da
cabeça.

4 - Técnica Fisiológica Para Correção da Rotação Anterior e Posterior da


Clavícula
Paciente assentado (Pode-se realizar em decúbito lateral)
Osteopata em finta anterior atrás do paciente.
Com a mão interna o osteopata toma contato com o indicador e polegar sobre a
extremidade lateral da clavícula, o indicador na clavícula, o polegar na
espinha da escápula, os outros dedos sobre a face anterior do ombro.
Com a mão externa faz-se abdução do ombro a 90°, cotovelo em flexão de 90°, e
apoia-se o cotovelo e antebraço do paciente.

Para uma lesão de rotação anterior da clavícula


O contato do MP da mão interna, faz-se sobre a face posterior da extremidade
lateral da clavícula, pressionando-a verticalmente para fazê-la girar para
trás.
Ao mesmo tempo a mão externa, aumenta a abdução, realiza uma retropulsão, e
faz-se um arco de círculo para trás, o que também faz girar posteriormente a
clavícula.
76

Para uma Lesão de Rotação Posterior da Clavícula


O contato do indicador da mão interna, faz-se sobre a face anterior da
extremidade lateral da clavícula, pressionando verticalmente para fazê-la
girar para frente.
Ao mesmo tempo a mão externa, aumenta a abdução, realiza uma antepulsão e
faz-se um arco de círculo para a frente, o que também faz girar anteriormente
a clavícula.

Variante 1 da técnica fisiológica de rotação anterior e posterior da


clavícula
Paciente em decúbito lateral do lado lesado
Osteopata em finta anterior atrás do paciente e perpendicular à clavícula
A metacarpofalangia do indicador do osteopata contacta a clavícula anterior
ou posteriormente.
A técnica é realizada da mesma forma que a anterior

4 - Técnica de Músculo Energia para Correção da Lesão em Rotação Anterior


da Clavícula

Paciente assentado.
Osteopata atras do paciente, o pé do lado lesado sobre a mesa.
Coloca-se o braço do paciente em abdução de 90° sobre o joelho do osteopata,
segura-se o punho do paciente com a mão externa.
Faz-se uma rotação externa, até que se obtenha uma resistência e um rebote
muscular. Quando faz-se a rotação externa e relaxa, o ombro retorna. É
exatamente a resposta que se obtêm quando existe um espasmo muscular que fixa
a articulação.
O braço é colocado ao nível do eixo longo da clavícula.
A mão interna fixa o ombro.
Com a mão externa, busca-se a barreira motora em rotação externa, e pede-se
contração isométrica no sentido da rotação interna.
Faz-se 3 ciclos de 3 contrações isométricas, buscando-se em cada 3 ciclos uma
nova barreira motora.
77

5 - Técnica de Músculo Energia para Correção da Lesão em Rotação Posterior


da Clavícula

Paciente assentado.
Mesmo posicionamento que a técnica anterior.
Porém, coloca-se o ombro em rotação interna, até encontrar-se a barreira
articular.
E pede-se contração isométrica no sentido da rotação externa.
Faz-se 3 ciclos d e 3 contrações isométricas, buscando-se em cada ciclo, uma
nova barreira motora.

A Articulação Esternoclavicular

1 – Thrust para Lesão de Anterioridade Esternoclavicular

Paciente em decúbito dorsal na borda da mesa


Osteopata em finta anterior do lado da lesão, direção cabeça do paciente
Ombro do paciente em abdução antepulsão, cotovelo estendido
Mão externa segura o cotovelo e faz uma tração
Mão interna em contato pisiforme sobre a face ântero-medial da clavícula
78

Mantendo a tração busca-se a barreira motora empurrando a clavícula na


direção da mesa para posteriorizá-la.
Antebraço perpendicular a clavícula, realiza-se o thrust puxando o MS e
simultaneamente a clavícula para baixo.

2 - Thrust para Abertura da Articulação Esternoclavicular


Técnica da B.S.O

Paciente em decúbito dorsal, cabeça girada para o lado oposto ao lesado.


Ombro em abdução máxima, repousando na mesa.
Osteopata em finta anterior, direção cabeça do paciente, do lado lesado.
O pisiforme da mão cefálica apoia-se sobre a articulação esternoclavicular.
O pisiforme da mão caudal, cruza-se posteriormente a mão cefálica, e apoia-se
sobre a extremidade lateral e anterior da clavícula.
Reduz-se o slack deixando-se pesar sobre a clavícula e a esternoclavicular.
O thrust é realizado com um body drop, que apoia sobre a articulação
esternoclavicular, empurrando em vírgula para baixo e para frente.
É uma técnica mais global

3 - Variante
Para Lesão de Superioridade da Esternoclavicular
Paciente em decúbito lateral sobre o lado são. Cintura escapular
perpendicular a mesa.
Osteopata em finta anterior, atrás do paciente ao nível da cintura escapular.
Coloca-se o abdome sobre o ombro, e exerce-se uma compressão no eixo
longitudinal da clavícula, provocando um relaxamento muscular e ligamentar.
A mão interna passa anteriormente para sustentar o pescoço e a cabeça do
paciente.
A mão externa em pronação entra em contato com a extremidade superior interna
da clavícula.
Reduz-se o slack deslizando-se o corpo para cima, para provocar uma elevação
do ombro do lado lesado, e abaixar a extremidade interna da clavícula.
Enquanto a mão externa empurra na direção do pé do paciente.
Aumenta-se a compressão, soltando mais peso sobre o ombro do paciente.
O thrust consiste em realizar um body drop, e um impulso na direção do pé do
paciente.

4 - Variante
Para Lesão Anterior da Esternoclavicular
Mesmo posicionamento que para a técnica de superioridade.
79

Porém , a mão externa sustenta o pescoço e a cabeça do paciente.


A mão interna em pronação apoia na parte infero-interna da clavícula.
Faz-se compressão e antepulsão do ombro do paciente com o abdome do
osteopata. Simultaneamente empurra-se para trás a extremidade ínfero-interna
da clavícula.
Reduz-se o slack aumentando a compressão e empurrando-se mais para trás.
Realiza-se o thrust com um body drop e um impulso para trás.

6 - Thrust para Lesão de Superioridade da Esternoclavicular

Paciente em decúbito dorsal.


Osteopata atrás e lateralmente ao paciente, em finta anterior, na cabeceira
da mesa.
Gira-se a cabeça do paciente para o lado oposto.
Coloca-se o pisiforme da mão interna, sobre a extremidade súpero medial da
clavícula, a fim de abaixá-la.
Com a mão externa, construi-se uma alavanca, colocando o ombro em antepulsão
e abdução máxima. Quando realiza-se a abdução a extremidade medial da
clavícula desliza-se para baixo. Utiliza-se então este efeito, para reduzir a
lesão.
Bloqueia-se o antebraço do paciente contra o tórax, e realiza-se uma dupla
força para reduzir o slack.
Simultaneamente puxa-se o braço para fazer abaixar a extremidade medial, e
empurra-se com o pisiforme para abaixar a clavícula.
O thrust é realizado aumentado os dois parâmetros do slack, simultaneamente.

6 - Músculo Energia para Lesão de Anterioridade Esternoclavicular


Paciente em decúbito dorsal na borda da mesa
Osteopata em finta anterior, do lado lesado, direção cabeça do paciente
A mão externa segura o MS do paciente e coloca entre o MS e o tórax do
osteopata. Então empalma o ombro fazendo antepulsão do mesmo até a barreira
motora esternoclavicular.
A mão interna toma contato pisiforme com a face ântero-medial da clavícula
O paciente empurra o ombro na direção da mesa e o osteopata resiste
Faz-se 3 ciclos de 3 contrações, aumentando a barreira a cada ciclo.
80

7- Técnica de Músculo Energia para Superioridade Esternoclavicular


Paciente em decúbito dorsal
Osteopata em finta anterior e lateralmente na cabeceira da mesa, do lado
lesado
Paciente com MS ao longo do corpo
A mão interna toma contato pisiforme com a extremidade súpero-medial da
clavícula, empurrando para baixo.
A mão externa segura o antebraço
Eleva-se o ombro do paciente, facilitando o abaixamento articular
Paciente puxa o braço para baixo e o osteopata resiste
Faz-se 3 ciclos de 3 contrações isométricas, aumentando a barreira a cada
ciclo

Variante 1:
Pode-se realizar a técnica, fazendo antepulsão e rotação interna do ombro
Pede-se ao paciente para fazer retropulsão do MS e resiste.
81

A Articulação Omotorácica

1 - Correção da Lesão de Báscula Lateral

Paciente em decúbito lateral sobre o lado são.


Osteopata em finta lateral frente ao paciente, ao nível da escápula.
Coloca-se o braço do paciente sobre o seu tronco, cotovelo fletido, antebraço
e mão sobre o seu peito.
Osteopata coloca seu tronco sobre o braço do paciente, e faz compressão
utilizando o seu peso.
Empalma a escápula superiormente com a mão cefálica, abaixando-a.
Empalma com a mão caudal o ângulo inferior da escápula e sua borda lateral, e
realiza uma báscula medial.
Reduz-se o slack, empurrando para baixo com a mão cefálica, e em direção a
cama com a mão caudal.
Realiza-se o thrust, aumentando simultaneamente os dois movimentos.

2 - Correção da Lesão de Báscula Medial

Mesmo posicionamento do paciente e osteopata que a técnica de Báscula


Lateral.
A mão cefálica empalma superiormente a escápula, abaixando-a.
A mão caudal empalma o ângulo inferior da escápula e sua borda medial, e
realiza uma báscula lateral.
Reduz-se o slack empurrando para baixo com a mão cefálica, e puxando na
direção do teto com a mão caudal.
Realiza-se o thrust, aumentando simultaneamente os dois movimentos.
82

3- Stretching Global para Omotorácica

Paciente em decúbito lateral do lado oposto a ser tratado (antebraço atrás do


corpo, na frente ou contra o tórax)
Osteopata em finta anterior, perpendicular à escápula
Com a mão caudal empalma o ângulo inferior da escápula, dedos na borda medial
Osteopata toma contato com o ombro através do seu esterno
O osteopata realiza deslocamento, tração, mobilização, alternando ou
simultaneamente, para normalizar a articulação omotorácica, atuando sobre
todos os seus músculos.
A mão cefálica passa pelo anel formado pelo braço e antebraço do paciente e
empalma superiormente a escápula, dedos na borda medial
Com a mão caudal empalma o ângulo inferior da escápula, dedos na borda medial
Osteopata toma contato com o ombro através do seu esterno
O osteopata realiza deslocamento, tração, mobilização, alternando ou
simultaneamente, para normalizar a articulação omotorácica, atuando sobre
todos os seus músculos.

4 - Pompage do Elevador
Paciente deitado
Osteopata sentado na cabeceira da mesa
Mão interna apoia na região interna da espinha da escápula (ângulo superior)
Mão externa segura a base do crânio
Movimento:
– Abaixar o ângulo
– Obter lateroflexão e rotação

5 - Stretching do Trapézio Superior


Paciente em decúbito
Osteopata sentado atrás
Mão cefálica segura o trapézio para baixo do pescoço
Mão caudal segura o ombro
83

Movimento:
A mão cefálica coloca os parâmetros:
– Flexão
– Lateroflexão / rotação oposta
– Compressão ou tração
84

Articulação

COXOFEMORAL
85

Anatomia e Biomecânica da Coxofemoral

É a articulação proximal do membro inferior. Difícil de ser palpada, pois se


encontra no interior de importantes massas musculares.
Sua estabilidade e possante musculatura são necessárias para a posição
ortostática e para a marcha.
É freqüentemente rígido. Essa rigidez provoca compensações ao nível
lombopélvico e ao nível do joelho e pé
A articulação do quadril é uma enartrose: as suas superfícies articulares são
esféricas.
Numa vista anterior o eixo do colo femural forma com o eixo diafisário um
ângulo chamado de inclinação. Este ângulo é de 125o do adulto.
Numa vista superior e com o plano frontal, forma um ângulo chamado de
declinação ou anteversão de 10o a 30o
− Coxa vara
Diminui o ângulo de anteversão, abaixo de 120o . Favorece a protrusão
acetabular, excesso de congruência.
− Coxa valga
O ângulo de anteversão aumenta, superior a 145o , diminuindo a congruência
fêmur/acetábulo, a cabeça do fêmur fica mais descoberta, menos protegida
nos dois casos há maior possibilidade de coxaortrose.
Na coxa valga, a ABD + RE favorece a luxação do quadril.
As superfícies articulares do quadril adicionadas ao anel de fibrocartilagem,
forma uma unidade articular bastante encaixada.
Entretanto na posição ereta, com os pés paralelos, na posição anatômica, a
cabeça femoral não está completamente coberta pelo acetábulo.
Ela está mais coberta na posição de flexão do quadril a 90o .
A posição onde as superfícies articulares estão mais encaixadas é uma
combinação da flexão, abdução, rotação externa.

Segundo Cabrol: A) ângulo de inclinação de uma criança de três anos


B) ângulo de inclinação adulto
C) ângulo de inclinação no velho
D) Coxa vara
E) Coxa valga
F) ângulo de anteversão
86

A Cápsula e os Ligamentos da Coxofemoral

A cápsula é muito espessa e reforçada por ligamentos.


Anteriormente o ligamento é formado por 3 feixes em forma de N ou Z.
Os feixes superiores e médio denomina-se ligamento de Bertin ou iliofemoral.
Posteriormente encontra-se o ligamento isquiofemoral.

Segundo Blandine Calais - Germain, o ligamento do quadril


− Durante a ABD:
O feixe superior do ligamento iliofemoral relaxa-se.
O feixe medial distende-se pouco.
O ligamento pubofemoral ( feixe inferior ) tensiona-se.
O ligamento isquiofemoral tensiona-se.

− Durante o ADD:
O feixe superior do ligamento iliofemoral tensiona-se.
O feixe medial tensiona-se pouco.
O ligamento pubofemoral se relaxa.
O ligamento isquiofemoral relaxa-se.

− Durante a Rotação Externa


Os ligamentos iliofemoral e pubofemoral estão tensionados.
O ligamento isquiofemoral está relaxado

− Durante a Rotação Interna


O ligamento iliofemoral e pubofemoral estão relaxados.
O ligamento isquiofemoral está tensionado.
− Durante a Flexão
Todos os ligamento estão relaxados

− Durante a Extensão
Todos os ligamentos estão tensionados, principalmente o feixe superior do
ligamento iliofemoral.
87

Segundo Blandine Calais-Germain: a tensão e o relaxamento dos ligamentos,


durante os movimentos do quadril
Os Fatores de Coaptação da Coxofemoral

• Peso do corpo e a reação ao peso


• Os ligamentos e músculos possuem um papel essencial na coaptação.

Anteriormente existem poucos músculos e ligamentos poderosos.


Posteriormente ocorre inverso.
Na extensão do quadril os ligamentos estão em tensão, feitos de coaptação.
Na flexão os ligamentos estão relaxados, fator de instabilidade.
88

Anatomia Palpatória

Palpação da tuberosidade
isquiática e
Palpação da bolsa
trocanteriana

Triângulo de Scarpa e
Palpação da Artéria Femoral

Uma dor e edema no triângulo


de Scarpa podem ser os sinais
de adenopatias secundárias a
uma infecção ascendente ou a
um processo expansivo da pelve

Palpação do Psoasilíaco e
Palpação do Adutor Magno

Segundo Hoppenfild – Anatomia Palpatória


89

1o Tempo: 2o Tempo:
Palpação da artéria femoral Palpação do n. femoral
Contato bidigital entre EIAS e Deslocar um dedo para fora na
tubérculo do púbis direção do Sartório

Aorta Descendente

L4
Artéria Sacra

Artéria Ilíaca Primitiva

Ilíaca Asas Sacras


Externa
Artéria Epigástrica Ilíaca Interna
Artéria Circunflexa (Hipogástrica)
Profunda
Artéria Artéria
Femoral Obturatória

– Possibilidade de artrite por compressão da artéria • Umbilical


hipogástrica por uma lesão sacroilíaca • Gênito-vesicular
• Isquiática
– A bifurcação entre os ilíacos faz-se Patologias • Hemorroidal
posteriormente
A coxoartroseas articulações sacroilíacas • Uterina
• Prostática
A dor do quadril localiza-se na região inguinal e irradia-se para a face
anterior da coxa, mas raramente para os glúteos e em direção ao trocanter
maior. Dores ao movimento do quadril.
A coxoartrose é frequetemente nos dois sexos a partir dos 40 anos. Na metade
dos casos ela é secundária a um dismorfismo do quadril. A medida dos diversos
ângulos da articulação coxofemoral, a coxometria, permite precisar o tipo e a
intensidade desta dismorfia.
A coxometria de base faz-se com 3 incidências:
90

Uma incidência em AP da pelve


Uma incidência em falso perfil de Lesquene
Medida da anteversão do colo femoral.

A coxometria

Etiologia das coxoartroses secundárias:


Malformações subluxante (displasia do quadril), caracterizada por:
Obliquidade exagerada do teto do acetábulo
Defeito de cobertura da cabeça muitas vezes associado a uma coxa valga
(abertura do ângulo cervico-diafisário e um aumento exagerado do ângulo de
anteversão).
Protrusão acetabular, fratura do acetábulo, a necrose da cabeça femoral.
Sinais radiológicos da coxoartrose: são sinais encontrados em todas as
artroses.
– O pinçamento articular é polar, súpero-externo ou superior, mais raramente
global.
– Os osteófitos podem ter numerosas localizações. A presença de um só
osteófito é suficiente para o diagnóstico da artrose.
– A osteocondensação subcondral local das zonas de apoio.
– As geodas de hiperpressão não são raras, sobretudo sobre o acétabulo.

Fig. 2.100 – Coxoartrose primitiva.


91

1. osteofitose acetabular súpero- 6. Osteofitose peri-foveal


externo 7. Osteofitose inferior do
2. osteofitose acetabular interna colo
(duplo fundo) 8. Densificação do teto do
3. Osteofitose acetabular inferior acetábulo e da parte
(corno marginal) superior da cabeça femoral A
4. Osteofitose acetabular inferior 9. Geoda na cabeça e no coxop
5. Osteofitose peri-cefálica acetábulo atia
10. Pinçamento da destr
interlinha utiva
rápid
a (C.D.R.)

Em um paciente com mais de 65 anos, uma mulher quase sempre, nas dores
invalidantes do quadril aparece em poucos dias. A radiografia da pelve está
normal nesse estágio.
Dois meses mais tarde a interlinha coxofemoral perdeu 50% de altura.
Em seis meses a interlinha desaparece, a cabeça e o acetábulo se desgasta.
Pode-se temer uma artrite, a velocidade de sedimentação está elevada, mas não
existe febre, o pinçamento da interlinha é eletivo, a mobilidade do quadril
não é tão limitada quanto numa artrite.
Uma prótese será necessária em menos de um ano.

A Coxoartrose tolerada durante muito tempo

– A Coxoartrose Polar Interna associada com protrusão acetabular ou não.


Estes quadris perderam toda abdução, adução e rotação
Eles não possuem flexum e conserva 80 a 90o de flexão. Elas perturbam pouco
a marca e são pouco dolorosas.
– quadril da enfermidade Hyperostosante de Forestier
– quadril osteofíticos dos esportistas.
Em todos os casos busca-se os fatores agravantes:
– Obesidade, sobrecarga articular ou ao contrário atrofia muscular por
reeducação insuficiência favorecendo os desequilíbrios posturais.
– Estado das outras articulações, em particular do outro quadril, devido a
frequência da coxoartrose bilateral.
– Estado dos joelhos, estado arteiral (palpar os pulsos, estado das veias
antecedentes de flebites, estado cardiorespiratório)
– Perguntar sobre os medicamentos já utilizados para a coxoartrose,
verificando sua eficacidade, sua tolerância. Buscar os antecedentes de
úlcera. Os medicamentos podem interferir com os tratamentos antiálgicos ou
antiinflamatóiros ou complicar uma intervenção cirúrgica.

Patologia do Nervo Femoral

O nervo femoral nasce de 3 raízes dos ramos anteriores de L2, L3, L4 entre os
planos do psoas.
Ele se constitui ao nível de L5 e desce através da fossa ilíaca externa
passando em seguida pelo Triângulo de SCARPA e termina em 4 ramos terminais.
• N. musculocutâneo externo: sartório e face ântero-medial do quadril
• N. musculocutâneio interno: pectíneo e adutor médio
• N. do quadríceps
• N. saferno interno: face póstero-interna do joelho
As lesões de bloqueio anterior e posterior são somente secundárias.
Bloqueio anterior e posterior o MI alonga-se ou encurta-se devido a forma do
acetábulo levando a cabeça femoral anterior e um pouco para baixo e posterior
e um pouco para cima.
92

As lesões de rotação anterior do ilíaco pode provocar lesões secundárias de


RI da coxofemoral.
As lesões de rotação posterior do ilíaco pode provocar lesões secundárias da
RE da coxofemoral.

Patologia do Nervo Obturador

Eles nasce por 3 raizes dos ramos anteriores de L2, L3, L4 e passa entre os 2
planos do psoas. Ele atravessa os dois feixes do ligamento iliolombar
inferior e cruza a articulação sacroilíaca.
Ao nível do canal subpubiano, ele se divide em 2 ramos:
• Ramo superficial desce ao longo dos adutores e os inerva e também a face
medial da coxa.
• Ramo profundo ao longo dos adutores
• nervo obturador emite colaterais para a parte ântero-medial da articulação
coxofemoral e ao músculo obturador externo.

Patologia dos Músculos do Quadril

1 - Tendinite dos Adutores

A tendinite dos adutores é do tipo da tendinobursite.


Pode haver problemas de isquemia muscular dos adutores.
Existe vários graus na tendinite dos adutores. O maior problema é quando
existe ruptura de fibras ao nível do tendão.
É muito difícil de ser tratado, e necessita-se de imobilização com bandagem
funcional. Algumas vezes só se resolve cirurgicamente. Quando existe uma
ruptura do periósteo, o tratamento é sempre cirúrgico.
Sinais Clínicos
• O paciente apresenta dor durante os movimentos de adução, e principalmente
ao estirar os adutores e durante a contração isométrica dos mesmos.
Existe uma relação importante entre os adutores e a retração dos
isquiostibiais.
Não é possível tratar uma tendinite dos adutores, ou do adutor magno e longo,
sem tratar ao mesmo tempo, a retração dos isquiostibiais do mesmo lado.
A chave dos problemas dos adutores está na pelve, no púbis e nos
isquiostibiais.
Diagnóstico diferencial
Necessita-se eliminar uma pubalgia, um reumatismo inflamatório do púbis.
Deve-se eliminar uma neuropatia dos nervos sensitivos que emergem de L1 - L2,
ou um problema de ruptura muscular sobretudo nos esportistas.
93

Radiologia

Radiologia da pelve e do Quadril

As incidências Radiológicas
a) a pelve em AP (fig.2.27) permite um estudo comparativo das articulações
coxofemorais, a linha dos processos espinhosos passam no centro da sínfise
púbica. A extremidade superior do fêmur tem um aspecto que depende do grau
de rotação do membro inferior (fig.2.28 e 2.29)
b) A coxofemoral de perfil (fig.2.30) pode realizar-se de diversas formas.
c) As incidências especiais:
– As incidências oblíquas da pelve obtidas com uma rotação de 4o, permite
visualizar a asa ilíaca do mesmo lado (3/4 da asa), ou o forame obturador
do lado oposto (3/4 obturador)

Fig. 2.27 – Pelve em AP.

1. articulações 5. Ramo iliopubiano


sacroilíacas 6. Extremidade
2. linha inominada superior do fêmur
3. sacro 7. ísquio
4. sínfise púbica

A- Esquema do fêmur, vista inferior (os côndilos encontram-se em primeiro


plano e repousam sobre um plano horizontal)
1. Plano dos côndilos
2. Rotação do colo femoral
(ângulo de anteversão normal e da ordem de 15o)
B- Coxofemoral em AP
a) rotação externa
b) rotação neutra
c) rotação interna
94
95

1. Tubérculos do trocanter maior


2. Trocanter menor
3. Fossa do ligamento redondo
4. Cortical interna da diáfise femoral

Os traumatismos
a) As luxações
As luxações do quadril são raras. As luxações posteriores acompanham-se
frequentemente de uma fratura da borda posterior do anel cotiloidiano.
As luxações anteriores, as luxações centrais com impactação da cabeça
femoral através do acétabulo fraturado são menos habituais.

b) As fraturas da pelve
Frequentes no adulto. Seu estudo radiológico pode apresentar
dificuladades, em particular nos feridos graves.
Estas fraturas são complicadas muitas vezes por lesões dos órgãos
intrapélvicos (vesícular, ureteres, ceco, reto, etc).
As fraturas isoladas da asa ilíaca, do ísquio, do púbis, da borda do
acétabulo não interfere na estática. Ao contrário, as fraturas do anel da
pelve associam uma fratura anterior (obturador, sinfisária) a uma fratura
posterior passando pela asa sacra ou asa ilíaca, podendo comprometer a
estática da pelve.
Entre as fraturas do acétabulo as mais graves, são as fraturas da borda
superior do anel cotiloidiano, pois comprometem a zona de apoio na posição
ereta. Elas podem se acompanhar por lesões do n. ciático.

Fig. 2.28 – A articulação do quadril em AP com rotação interna de 15o


1. Crista cotidoidiana 8. Colofemoral
2. Teto do acétabulo 9. Trocanter menor
3. Fundo do acétabulo 10. Ísquio
4. V. de Colot 11. Ramo iliopubiano
5. Interlinha articular 12. Espinha isquiática
coxofemoral 13. Linha inominada
6. Cabeça femoral
7. Trocanter maior

– Incidências especiais para o sacro e as sacroilíacas


– As incidências para a coxometria são resumidas na figura (2.31). A medida
do ângulo de anteversão do colo femoral em relação ao plano forntal
necessita de técnicas apropriadas. Este ângulo mede normalmente 15 a 20º
– Incidências na posição ereta observando uma desigualdade no comprimento
dos membros inferiores.
96

Fig. 2.29 – Critérios de rotação


c) As fraturas do colo do fêmur
O exame radiológico permite apreciar o local da linha de fratura
(fig.2.32) e o deslocamento em coxa valga ou em coxa vara.
A vascularização arterial da cabeça femoral é feita através de uma peuena
parte da artéria do ligamento redondo, mas sobretudo das artérias
epifisárias anteriores, superiores, posteriores, vindo das artérias
circunflexas.
Elas passam pelas fibras recorrentes da cápsula articular e são frágeis e
finas.
Quando são lesadas, durante um traumatismo, pode provocar secundariamente
uma necrose isquêmica da cabeça femoral, sobretudo nas fraturas do colo
subcapital ou transcervical.

Fig. 2.32 – Diferentes fraturas da extremidade superior do fêmur

1. Suboccipital 3. Intertrocanteri
2. Transcervical ana
4. Pertrocanterian
a

Fig. 2.30 – Variedades de perfil do quadril

1. Crista cotiloidiana 6. Crista


97

2. Teto do acetábulo intertrocanteriana


3. Cabeça femoral 7. Trocanter menor
4. Colo femoral 8. Ísquio
5. Trocanter maior 9. Espinha isquiática
10. Espinha ilíaca
ântero-superior

a) Perfil de Ducroquet
– A pelve vista em Ap
– A cabeça e o colo femoral não estão superpostos ao maciço trocanteriano

b) Perfil “médico”
– Pelve vista ¾
– A cabeça e o colo femoral não estão superpostos ao maciço trocanteriano

c) Perfil uretral
– Pelve cista e ¾
– Cabeça bem visível, mas o colofemoral está superposto com o maciço
trocanteriano

d) Perfil cirúrgico do quadril


– Importante no estudo do colofemoral

Fig. 2.31 – Princípios da Coxometria


98

1. Asa ilíaca 4. Diáfise


2. Cabeça femoral femoral
3. Colofemoral 5. Ísquio

Os dois esquemas da parte inferior representam a pelve vista de cima, a


direção dos raios X está figurado pelas setas.

a) A pelve em AP (membro inferior em rotação interna de 15o)

1. Ângulo de cobertura externa da cabeça pelo acetábulo (normal, superior ou


igual a 25o)
2. Ângulo de obliquidade do teto do acetábulo (inferior a 10o)
3. Ângulo cervico-diafisário aproximadamente de 135o

b) Falso perfil
A projeção do quadril, sobre um plano vertical fazendo um ângulo de 65o com
o plano frontal permite medir o ângulo de cobertura da cabeça, normalmente
superior a 20º
99

A Articulação Coxofemoral

Etiologia e Mecanismo Lesional da Coxofemoral

Muitos sintomas que o paciente queixa ao nível do quadril é proveniente de


outras regiões do corpo.
Geralmente são dores irradiadas ou projetadas. Como as discopatias L5 – S1
irradiando na direção da região inguinal.
Dores provenientes do joelho podem irradiar-se até o quadril.
O funcionamento da coxofemoral depende do funcionamento lombopélvico. Existe
poucos traumatismos de subluxação e luxação desta articulação.
Ao contrário existe muitas tensões articulares, musculares e ligamentares que
passam frequentemente despercebidas num primeiro tempo. Os sinais dolorosos
aparecendo somente no 2o tempo.
É importante diagnosticar e corrigir uma lesão ao nível do quadril, pois cada
lesão pode provocar futuramente problema de artrose.

As restrições de movimentos da articulação podem Ter diferentes causas:


Traumáticas (direetas ou indiretas)
Espasmos e encurtamentos dos músculos e tecidos periarticulares
É essencial precisar a origem do déficit de amplitude articular:
• Origem muscular
• Origem articular
Esta precisão permitirá determinar se existe uma verdadeira lesão osteopática
ou um movimento lesional e escolher a manobra adequada.
Para isto o exame será obrigatoriamente comparativo e é impotante fazer a
diferença entre quantidade e qualidade de movimento.
Na presença de uma diferença de amplitude de movimento, será necessário um
trabalho miotensivo.
Os grandes músculos relacionados com a coxofemoral são os seguintes:
– Psoasíliaco
– Adutores
– Pririforme
– Isquiostibiais
Quando após o trabalho deste músculos o déficit de amplitude articular
desaparece pode-se concluir que é um problema miotensivo a causa do déficit.
Caso a diminuição de amplitude persista após o trabalho muscular é que existe
um bloqueio articular.
Lesões da Coxofemoral

Lesões Osteopáticas da Coxofemoral

Disfunção:
• Compressão
• Rotação externa ou anterioridade
• Rotação interna ou posterioridade
• ADD
100

• ABD
• FLEX

Forma de instalação das Lesões da Coxofemoral


Lesões Primárias:
• Traumatismos
• Queda
• Movimentos amplos sobretudo nos esportistas
• Movimentos bruscos
• Movimentos repetitivos, excessos
Lesão Secundária:
Ela instala-se em relação a uma lesão primária
– A posição do ilíaco produz variações das tensões dos músculos que insere-
se sobre o ilíaco e o fêmur.
– As disfunções das articulações ilíacas vão provocar tensões musculares
pelvitrocanterianas, podendo então provocar perturbações ao nível da
articulação coxofemoral
• A rotação anterior do ilíaco é reponsável pela rotação interna da
coxofemoral através dos seguintes músculos:
– Fiexe anterior do glúteo mínimo
– Feixe anteriro do glúteo médio
• A rotação posterior do ilíaco é responsável pela rotação exteerna da
coxofemoral através dos músculos:
– Feixe posterior do glúteo mínimo
– Feixe posterior do glúteo médio
– Pelvitrocanterianos
∆ !!! Essas disfunções secundárias da coxofemoral podem provocar o
aparecimento de pontos gatilhos ao nível dos músculos implicados
→ Dores referidas à parte dos músculos:
– Glúteo mínimo
– Glúteo médio
– Piriforme
→ Essas dores referidas podem parecer ciáticas

∆ !!! O movimento da coxofemoral repercute sobre o movimento do ilíaco


– ADD + Rotação Externa da coxofemoral provoca um ilíaco anterior por
intermédio dos ligamentos iliofemorais que são colocados em tensão
– ABD + Rotação Interna da coxofemoral provoca um ilíaco em rotação
posterior por intermédio dos ligamentos isquiofemorais colocados em
tensão.
101

Etiologia das Lesões da Coxofemoral

A Compressão Coxofemoral

É a mais frequente, está associada a todas as outras. É favorecida pela


pressão atmosférica que coapta.
A posição ortostática, o peso, os sistemas ligamentares e musculares,
provocam a coaptação

Os músculos mais importantes:


• O glúteo mínimo e médio
• Os pelvitrocanterianos

Papel de prevenção das técnicas osteopáticas:


– Com a utilização das técnicas de tração (decoaptação) e da pompage ao
longo do eixo da diáfise femoral e ao longo do eixo do fêmur

Lesão de Rotação Externa ou Anterioridade da Cabeça Femoral


Etiologia:
• Lesão de compressão da coxofemoral
• Rotação do ilíaco
• Disfunção de L2 a S2, ou seja, a inervação dos músculos que fixam a lesão
que modifica o tônus dos músculos.
Mecanismo da lesão
• R.E do quadril fixado por espasmos musculares, principalmente dos
músculos pelvitrocanterianos, rotadores externos
• Psoas (perna curta + R.E)
• Pectíneo e porção profunda do Adutor Magno
Sinais Clínicos
• Dor na parte posterior do trocanter maior
• Trocanter maior posterior (palpação em decúbito ventral e em pé)
• Membro inferior em rotação externa
• Dor a palpação dos músculos
• Dor na nádega, ciatalgias, tendinite dos adutores, pubalgia
• Problemas ginecológicos associados
• Pontos gatilhos, com dores referidas à palpação
Teste de Mobilidade
• Restrição ou dor em R.I, em abdução, com o quadril a 90o
Compara-se a R.I. e a R.E em ambos os lados

Lesões de Rotação Interna


Etiologia
• Lesão em compressão da articulação coxofemoral
102

• Rotação anterior do ilíaco


• Disfunção L4 – L5 – S1, ou seja, a inervação dos músculos que fixam a
lesão
Uma lesão do quadril não é uma lesão articular, é uma lesão de tecidos
moles. Um lesão do quadril é essencialmente uma lesão muscular
Mecanismo da Lesão
O quadril está em R.I, os músculos que fixam a lesão são o glúteo mínimo e o
feixe anterior do glúteo médio. O principal fixador é o glúteo mínimo.
Sinais Clínicos
• Dor na parte anterior do trocanter
• Quadril em rotação interna
• Pseudo-cruralgias, dores referidas musculares ao nível do glúteo mínimo,
tendinite do glúteo médio, problema vesical associado (bexiga)
Teste de Mobilidade
Restrição da rotação externa
103

Diagnóstico

Diagnóstico Diferencial

Teste diferencial entre disfunção sacroilíaca e coxofemoral


Paciente em decúbtio dorsal, joelhos flexionados, segura e mantêm o joelho do
lado são.
Depois alonga gradualmente o MI oposto até o momento que os sintomas
apareçam.
Mantendo o MI nesta posição, realiza-se uma pressão vertical sobre EIAS
– Caso os sintomas despareçam ou diminuam significativamente é sinal de uma
disfunção sacroilíaca
– Caso os sintomas persistam é sinal de uma disfunção coxofemora;

Testes de Mobilidade

1o Tempo

Testes para os músculos Psoas, Adutores, Isquiostibiais, piriforme.


104
105

2O Tempo

Testes Específicos
– Teste de Mobilidade da Rotação Interna e Externa
Paciente em decúbtio dorsal
MIs extendidos
Osteopata em finta lateral aos pés da mesa
Para Rotação Interna: Empalma a borda medial do pé e leva para dentro
Para Rotação externa: Empalma a borda lateral do pé e leva para fora

– Teste de Mobilidade da Rotação Interna e Externa


Paciente em decúbito dorsal, quadril e joelho flexionado a 90o
Osteopata lateralmente ao lado a ser testado
Mão cefálica: contata com o joelho
Mão caudal: contato com o tornozelo
Para Rotação Interna: Faz movimento de rotação interna
Para Rotação externa: Faz-se rotação externa

Técnicas da Articulação Coxofemoral

1 – Stretching do Glúteo Máximo e Piriforme

Paciente em decúbito ventral


MI a ser tratado com flexão de 90o do joelho
Osteopata do lado oposto a ser tratado ao nível da pelve
Mão caudal empalma o tornozelo e realiza mobilização, rotação interna/externa
Mão cefálica passa transversalmente nas fibras do glúteo e piriforme

2 – Técnica Toggle Recoil do Piriforme


106

Paciente em decúbito ventral


Osteopata do mesmo lado da lesão
Busca-se na borda posterior do trocantr maior do fêmur, uma zona mais dura e
sensível
Apoia-se a polpa do polegar reforçado pelo outro polegar
Imprime-se 2 impulsões rápidas

3 – Inibição dos Adutores

Paciente em decúbito dorsal


Osteopata em finta anterior ao nível do quadril, direção pés do paciente, do
lado lesado
O membro inferior a ser tratado em flexão de joelho e quadril, repousa o
tornozelo sobre o outro membro que deve estar estendido sobre a mesa, ao
nível da parte distal da coxa.
Uma mão fixa a pelve, sobre E.I.A.S do lado oposto
A outra mão, na parte interna do joelho aumenta a abdução, e mantêm até que
os adutores se relaxem, e ganha-se em amplitude.

7 – Thrust em tape do Trato Iliotibial


107

Paciente em decúbito lateral, do lado oposto a ser tratado


Osteopata em finta anterior
O membro inferior superior do paciente flexionado, apoia sobre uma almofada
para relaxar o trato iliotibial
Palpa-se a borda anterior do trato iliotibial, buscando-se uma zona que
recusa-se a deslizar e que é dolorosa à palpação
Com o indicador faz-se um tissu pull lateralmente sobre a zona subcutânea, e
toma-se um contato pisiforme sem perder o tissu pull
O antebraço é orientado no eixo do pisiforme
A outra mão em posição de tapotagem (posicionamento ao nível do braço)
realiza um thrust em tapa sobre a outra, para evitar um impulso redutor ao
trato iliotibial
Depois, palpa-se a borda posterior, coloca-se a mão no outro sentido e libera
as aderências da mesma forma.

8 – Stretching do T.F.L

Paciente em decúbito lateral, do lado oposto ao lesado


Osteopata em finta anterior
Para as fibras posteriores:
O MI inferior em discreta flexão
O MI superior do paciente extendido, a perna para fora da borda da mesa, é
colocada anteriormente
A mão cefálica fixa a pelve, a mão caudal sobre a parte distal e lateral da
coxa
Realiza-se o stretching em adução
108

Para as fibras anteriores


O membro inferior flexionado, o superior extendido, a perna para fora da mesa
é colocada posteriormente
O stretching é realizado empurrando a parte distal e lateral da coxa para
baixo

6 – Técnica de Músculo Energia para Lesão de Rotação Externa

Paciente em decúbito dorsal


Osteopata do lado lesado
Busca-se a tensão muscular, flexionado o joelho do paciente e colocando seu
quadril em rotação interna
Pede-se ao paciente para empurrar no sentido da rotação externa e resiste-se
Faz-se 3 ciclos de 3 contrações isométricas e no final de cada ciclo, ganha-
se em rotação interna
Para rotação interna:
Paciente em decúbito dorsal
Osteopata do lado lesado
Faz-se a mesma técnica, porém com rotação externa do quadril

7 – Stretching em Decoaptação
109

Paciente em decúbito lateral do lado oposto ao lesado


Osteopata em finta anterior ao nível do quadril e atrás do paciente, coloca
sua coxa com o joelho flexionado sobre a mesa, o mais perto possível da pelve
do paciente
A coxa do paciente apoiando na coxa do osteopata
A mão cefálica fixa a pelve
A mão caudal apoia sobre a parte distal e lateral da coxa do paciente
O stretching é realizado abaixando o membro inferior do mesmo

8 – Técnica Fisiológica
Técnica de Shutz

Para Lesão Anterior ou Rotação Externa


Osteopata em finta lateral
Empalma-se o tornozelo
Faz-se rotação interna do quadril
O osteopata deixa cair seu tronco para trás realizando uma decoaptação e
articula o quadril em adução, sem perder a rotação interna

Para Lesão Posterior ou Rotação Interna


Mesma técnica, porém o MI é colocado em rotação externa e articula-se em
abdução sem perder a rotação externa.

9 – Técnica Articulatória
Paciente em decúbito dorsal
Osteopata em finta anterior do lado a ser tratado
MI do paciente em tríplice flexão
Faz-se amplas circunduções em sentido horário do quadril, para estirar ao
máximo todas as fibras da cápsula
Quando encontra-se uma tensão muscular, bloqueia-se a posição e realiza-se
contrações isométricas

10 – Técnica para Disfunção em Rotação Externa


Paciente em decúbito ventral, joelho flexionado a 90o
Osteopata em finta anterior ao nível da pelve do lado oposta a disfunção
110

Com a mão caudal segura o tornozelo do paciente


Contato através da heminência tenar e hipotenar com a parte posterior do
trocanter maior, deslizando o contato de dentro para fora.
O osteopata efetua com a mão caudal uma rotação interna do membro inferior e
com a mão cefálixa exerce uma pressão progressiva sobre o trocanter maior na
direção do plano da mesa.
Após encontrar a barreira motora realiza um thrust na mesma direção
11 – Thrust em decoaptação para rotação interna

Paciente em decúbito dorsal


Osteopata em finta anterior do lado da lesão
Coloca-se o MI em flexão quadril 90o, em flexão e rotação externa
A mão cefálica toma contato mais próximo possível da articulação do quadril
A mão caudal passa sob o joelho do paciente e reforça a outra mão
Busca-se a barreira motora em rotação externa, flexão utilizando o tronco do
osteopata e decoaptação
Realiza-se o thrust em decoaptação
Pode-se realizar o thrust:
• Segundo o eixo do colo do fêmur, ou transversal
• Segundo o eixo da diáfise do fêmur ou vertical

12- Thrust em decoaptação para rotação externa


111

Idem a técnica anterior, exceto que coloca-se a barreira motora em rotação


interna
Pode-se realizá-lo também segundo o eixo do colo ou da diáfise femoral

13 – Thrust no Trocanter maior para disfunção de Rotação Externa

Paciente com joelho e quadril em flexão de 90o


Osteopata em finta anterior direção cabeça do paciente
Osteopata passa seu antebraço interno de dentro para fora sob a perna do
paciente e encosta o dorso da mão na parte superior distal da coxa do mesmo.
Faz-se uma rotação externa da coxofemoral
A mão externa apoia posteriormente no trocanter maior
Busca-se a barreira motora
Realiza-se o thrust empurrando anteriormente o trocanter maior

14 – Thrust no Trocanter Maior para disfunção de Rotação Interna


112

Osteopata em finta anterior, direção pés do paciente


Paciente com joelho e quadril em flexão de 90o
O osteopata passa seu antebraço interno de dentro para fora sob a perna do
paciente
A mão externa apoia anteriormente no trocanter maior
Busca-se a barreira motora em rotação externa
Realiza-se o thrust empurrando posteriormente o trocanter maior

15 – Thrust para disfunção em Abdução


Paciente em decúbito lateral do lado a ser tratado, MIS alongados
MI superior coloca-se posteriormente
Osteopata atrás do paciente em finta anterior ao nível da sua pelve
estabilizando-a
Contato MF do indicadro da mão cefálica na região inguinal
A mão e o antebraço caudal empalma a perna e o joelho do MI inferior do
paciente e realiza adução até encontrar a barreira motora
Afina seu contato inguinal e realiza um thrust aumentando a adução e a
pressão ao nível da região inguinal

16 – Thrust para Disfunção em Adução


Paciente em decúbito lateral do lado são, MI inferior flexão do quadril e
joelho MI superior em extensão
Osteopata atrás do paciente ao nível da pelve em finta anterior, direção
cabeça do paciente, estabilizando-o
Mão cefálica toma contato com a face pósteo-superior do trocanter maior
Mão e antebraço caudal empalma perna e joelho do paciente
Osteopata faz uma abdução até a barreira motora
Afina seu contato sobre o trocanter maior
Realiza-se um thrust aumentando simultaneamente a abdução e a pressão sobre o
trocanter maior na direção do joelho flexionado
113

O JOELHO
114

Anatomia e Biomecânica do Joelho

É uma articulação anacrônica, que combina 2 fatores incompatíveis:


estabilidade e mobilidade
É a articulação intermediária do membro inferior, trabalha essencialmente em
Compressão pela ação do peso.
Articulação do tipo troclear, instável do ponto de vista ósseo.
A estabilidade é assegurada, principalmente pelos ligamentos e músculos.
O principal grau de liberdade do joelho é o de flexão-extensão.
segundo grau de liberdade é o de rotação, só possível com o joelho
flexionado.
A articulação do joelho, inclui a articulação femoro-tibial e fêmoro patelar.
Para o estudo da osteopatia é importante incluirmos no conjunto, a
articulação tibio-fibular superior.
O joelho recebe a maior parte das resultantes das linhas de gravidade, que
passam em sua face interna.

ADM do Joelho:
• Flexão passiva 160o .
• Flexão ativa com o quadril extendido 120o .
• Flexão ativa com flexão quadril 140o .
• Rotação externa 40o .
• Rotação interna 30o .

Superfícies articulares

Os côndilos do fêmur se articulam com as glenas da tíbia.


No centro do platô tibial, as glenas salientam-se formando os tubérculos
intercondilares.
Na frente e atrás dos tubérculos intercondilares, encontra-se a área
intercondilar anterior e posterior.
Na face anterior da tíbia, encontra-se uma zona saliente chamada tuberosidade
da tíbia.

Segundo Blandine Calais – Germain, superfícies articulares do joelho


115

Movimentos dos Côndilos sobre as Glenas


Nos movimentos de flexão-extensão, associam-se o rolamento e o deslizamento.
– Na flexão:
Sob a ação dos flexores, os côndilos rolam.
O ponto de contato passa para a frente do terço posterior na flexão. Então
o ligamento cruzado anterior tenciona-se e bloqueia rapidamente o
movimento. A tração continua e as superfícies condilares deslizam sobre os
platôs, retidas pela tensão do ligamento cruzado anterior.
– Na extensão, o mecanismo é comparável:
O quadríceps rola os côndilos. Devido a tensão do ligamento cruzado posterior
e retidos por ele, os côndilos deslizam sobre os platôs tibiais.
Nos dois casos, há primeiro rolamento, e depois deslizamento das superfícies.

Segundo Blandine, Calais-Germain, movimento dos côndilos sobre as glenas.


As Rotações Automáticas do Joelho

São devido:
1 - A forma óssea dos côndilos e das glenas.
O côndilo medial é mais curvo que o lateral.
As glenas são transversalmente côncavas, porém, ântero-posteriormente, a
glena lateral é ligeiramente convexa, e a glena media é côncava.
A glena medial permite menos rolamento, e o côndilo medial por ser mais
curvo rola menos. O côndilo lateral rola mais, e a glena lateral convexa
permite maior rolamento.
2 - O ligamento colateral tibial é mais forte que o colateral fibular.

A Articulação Tibiofibular

Na flexão dorsal do tornozelo a Fíbula eleva-se.


Na flexão plantar, a Fíbula abaixa

Segundo Blandine, Calais – Germain, articulação tibiofibular

Meniscos

São lamelas de cartilagem fibrosa em forma de cunha colocados sobre as


glenas, que permitem maior congruência aos movimentos.
Aumentam a concavidade das glenas e as superfícies de apoio, permitindo maior
estabilidade, proporcionando melhor distribuição da sinóvia.
O movimento dos músculos acompanham o côndilo femoral
Na extensão os meniscos avançam e na flexão recuam.
116

Na rotação avança do lado da rotação

Segundo Kapandji, os meniscos.


Constituição dos meniscos:

1. Porção parameniscal
2. Porção tendinosa
3. Porção cartilaginosa

Obs: Antes de um problema de meniscos há um problema ligamentar

Patela

É um osso pequeno, enquadrado no tendão do quadríceps.


Sua face anterior está sob a pele, facilmente localizável ao tocar.
Em sua face posterior há uma superfície articular que corresponde a tróclea
femoral.
Os meniscos não se rompem por compressão e sim por tração e torção
A principal função da patela é a de proteger o tendão do quadríceps.
A articulação femoropatelar está exposta a fortes solicitações,
principalmente do lado lateral.
A Patela é estabilizada pela vertente lateral da tróclea mais saliente do que
a medial, e pela ação do músculo vasto medial, que a faz retornar
medialmente.
Realiza-se os movimentos de deslizamento e bascula, desliza 2X mais que sua
altura.
* Na extensão sobe, na flexão recua e desliza ao longo do círculo (bascula
medial); na rotação interna bascula lateralmente, na rotação externa bascula
medialmente. Quanto mais flexão, maior é a pressão patelar.

Ligamentos
117

Ligamentos cruzados

Segundo Kapandji, ruptura dos ligamentos cruzados


O ligamento cruzado anterior fixa-se embaixo na área intercôndilar anterior,
e em cima, na face medial do côndilo femoral lateral.
O ligamento cruzado anterior impede a gaveta anterior, ou deslizamento para
frente da tíbia.
O ligamento cruzado posterior impede a gaveta posterior, de deslizamento para
trás da tíbia.
Na rotação interna os ligamentos cruzados irão se cruzar para coaptar a
articulação e na rotação externa se afastam para decoaptar, eles portanto,
limitam a rotação interna e favorecem.

Ligamento Colaterais

Segundo Blandine, Calais – Germain, os ligamentos colaterais. Ruptura dos


ligamentos
Ligamento Colateral Tibial ( medialmente )

Em cima, fixa-se no epicôndilo medial, embaixo na tíbia, atrás da pata do


ganso.
Estabiliza medialmente o joelho, e o impede de bocejar medialmente.
Uma lateralidade lateral indica a lesão do ligamento colateral tibial, com
bocejo medial, e movimento lateral da tíbia.
118

Ligamento Colateral Fibular (lateralmente)

Fixa-se em cima no epicôndilo lateral e embaixo na cabeça da fíbula.


Estabiliza lateralmente o joelho e o impede de abrir lateralmente.
Uma lateralidade medial indica lesão do ligamento colateral fibular, com
bocejo lateral, e movimento medial da tíbia.
Os ligamentos colaterais irão limitar a rotação externa, e favorecer a
rotação interna.

Obs: Nos movimentos de rotação há sempre um ligamento cruzado relaxado e um


colateral também relaxado.

O ligamento cruzado posterior é perpendicular ao ligamento colateral tibial.


O ligamento cruzado anterior é perpendicular ao ligamento colateral fibular.
Patologias

1. Luxação da Patela
É a saída da patela do sulco femoral patelar.
Mecanismo:
- Queda ou lesões externas, esforço lateral rotatório violento no MI que
sustenta o peso.
- Congênito (formação defeituosa da patela ou do sulco fêmoro patelar)
- Defeito de alinhamento do joelho (valgo / varo)

Luxação recorrente
Sempre após lesão aguda.
Fatores que predispõe a lesão:
- Geno valgo
- Alongamento do tendão patelar
- Vasto medial débil
- Torção externa da tíbia
- Sulco femoro patelar raso
- Inserção patelar tibial lateralizada
- Côndilo femoral lateral raso
- Deformidade de patela
Sintomas:
Falseio, perda de equilíbrio.
Dor na região anterior do joelho
Derrame articular
Limitações ao movimento de extensão do joelho

Obs: A luxação recorrente pode levar a condromalácia patelar.

Tratamento:
Mudança da linha de tração do quadríceps
Diminuição da frouxidão do quadríceps
119

Condromalácia Patelar
É uma condução dolorosa devido a anormalidade cartilaginosa da face posterior
da patela, devido algumas vezes a traumatismos, porém sem causa exata. Ocorre
degeneração gradual e progressiva da cartilagem por diminuição nutricional da
mesma.
É classificada de acordo com a lesão de grau I (enfraquecimento da
cartilagem) até grau IV (erosão da cartilagem abaixo do osso subcondral)
Fatores etiológicos:
Crista no côndilo femoral, incongruência da articulação patelo femoral,
excesso de peso, comprimento anormal do tendão patelar.
Tratamento:
Conservador, evitando-se movimentos de flexão do joelho

Osgood Schlatter
É uma ostocondrite do tubérculo tibial, freqüente em adolescentes e
geralmente bilateral
Sintomas: Dor na região do tubérculo tibial que aumenta com exercício ou
pressão direta (flexão)
Edema no tubérculo ou tendão patelar
As pressões repetidas predispõe a uma pequena avulsão do centro de
ossificação.
Relacionada ao encurtamento do reto anterior da coxa devido a tração sobre o
tendão patelar
Relaciona a problemas de ilíaco posterior e a encurtamento do isquiotibial.

Osteoartroses
Os processo degenerativos e de outra natureza podem causar esgarçamento e
destruição da cartilagem articular, com lesão subseqüentemente do osso
subcondrial subjacente.
O espessamento do espaço articular é o surgimento de esporões ósseos e faz
com que o RX seja o processo de investigação mais útil

a) 1. Osteofito rotuliano póstero 5. Osteofitose pré espinhal


superior 6. Osteofitose tibial anterior
2. Osteófito rotuliano póstero 7. Osteofitose côndilo posterior
inferior
3. Osteofitose supra trocleana
4. Osteofitose do tibial
posterior
120

b) Artrose em um joelho varo. Os sinais de artrose se localizam no


compartimento femoro tibial interno, devido as pressões excessivas do
joelho varo.
Nos casos de artrose devemos sempre perguntar se a causa se localiza à
nível do joelho ou algum outro fator à distância:
- Cruralgia
- Problemas de quadril
- Problemas a nível do pé
No caso de artrose do joelho, qual o compartimento que sofre?
Femoro patelar: compartimento interno? Compartimento externo?

A) Artrose femoro patelar:


- dor na face anterior do joelho
- síndrome rotuliana: dor a palpação
- dores mínimas ou nulas durante a marcha no plano e se manifestam ao subir
ou descer escadas
- Ao RX de frente a interlinea fêmoro tibial é normal. No clichê axial a 30o
existe um pinçamento da interlinha fêmoro patelar

B) Artrose femoro tibial


- Dores no joelho internas ou externas podendo ser posteriores ou globais
- Se manifestam durante a marcha no plano
- Dor mais intensa com uma das interlinhas interna ou externa
- Os RX anteriores em carga mostram um pinçamento eletivo de um dos dois
compartimentos.
Obs: A artrose pode ser global tocando às vezes um desses compartimentos,
interno ou externo e a femuro patelar.
Tratamento:
Reeducação funcional

C) Três objetivos:
1. Trabalhar a mobilidade articular
2. Prevenção ou correção da tendência ao flexum pelas posturas adequadas
3. Trabalho do quadríceps principalmente do vasto medial (contrações
isométricas contra resistência manual nos 30 primeiros graus de flexão

Este trabalho que deve ser indolor, interrompe o círculo vicioso: amiotrofia
do deslocamento externo da patela e tendência ao flexum.
É completado por um trabalho isométrico dos estabilizadores laterais dos
rotatores do joelho, dos isquitibiais.
Elege-se o tratamento cirúrgico quando o tratamento médico é reeducativo bem
conduzidos, não são suficientes.

Tratamento da artrose femoro tibial:


Se bem tolerada: acompanhamento médico simples (sobretudo nos idosos)
Se mal tolerada e acompanhada de desvio axial (varo mais que valgo), as
ostotonias de correção são bem escolhidas.
Em caso de artrose intensa e se tem joelho estável: prótese.
121

A - Dor referida distal mais T.P


B - Dor referida próxima mais T.P

Radiologia

Frente Perfil
1. diáfise femoral 8.canal do tendão do músculo
poplíteo
2.côndilo interno 9.cabeça da fíbula
3.côndilo externo 10.tendão do quadríceps
4.rótula 11.gordura subquadríciptal
5.interlinha femurotibial 12.côndilos superpostos
6.espinhosas tibiais 13.troclea (parte anterior do V
femoral)
7.plataformas tibiais

- De frente a interlinea femorotibial é paralela tanto de frente quanto por


trás.
- De perfil a rótula se situa em frente a trócela. A distância entre a
extremidade inferior da rótula e tuberosidade tibial é invariável, mas, de
acordo com a flexão do joelho há variação da posição da rótula em relação
a troclea
- A interlinea femoro patelar: mede em torno de 6 mm e deve ser simétrica
nos RX a 30o, 60o e 90o de flexão do joelho.

a) Posição do paciente para realização da incidência femoro patelar de 45o de


flexão do joelho. O RX se faz a 30o, 45o, 60o, 90o de flexão do joelho
b) Incidência femoro patelares bilaterais
1. Rotular
2. Troclea
3. Interlinha femoro patelar interna
4. Interlinha femoro patelar externa

- A incisura intercondiliana se estuda, projetando o joelho flexionado ao


redor de 45o sobre o plano frontal.
122

Lesões Meniscais ( Artrografia)

Imagem normal. Se realizam placas com imagens tangenciais em rotação


sucessiva de diferentes ângulos para radiografia as diferentes partes dos
meniscos.
1. Corno anterior do menisco interno
2. Porção média do menisco interno
3. Corno posterior menisco interno
4. Corno anterior do menisco externo
5. Corno posterior do menisco externo

Goniometria

Grande placo em posição de pé:


1. Eixo mecânico do fêmur, que une o centro da cabeça femoral com as espinhas
tibiais
2. Eixo mecânico da tíbia une as espinhas com o ponto médio da articulação
tibiotársica
a) No centro está representado um menisco inferior normal, com genu valgo
fisiológico de 1o a 3º
b) Genu valgo: o eixo mecânico da tíbia está desviado para fora
c) Genu varo: o eixo da tíbia se desvia para o centro (membros inferiores em
parênteses)
123

As Lesões Osteopáticas

1 – Lesões de posterioridade da cabeça da fíbula


Etiologia e Mecanismo:
Traumático: força de abdução e valgo do tornozelo, hipertonia do tensor da
fáscia lata, bíceps femoral
Se deve aos movimentos do tornozelo; a fíbula sobe e se posterioriza
Toda lesão da fíbula repercute ao nível do joelho (ligamento colateral
fibular)
Esta lesão está fixada por espasmo do bíceps femoral
Sintomas:
Cãibras na panturrilha, dor à extensão do joelho, principalmente na região
latero/externa, no LCF
Sensação de instabilidade do joelho
Diagnóstico
a) Palpação: cabeça da fíbula posterior. Sensibilidade posterior da cabeça da
fíbula.
b) Teste de mobilidade: restrição posterior / anterior
c) Teste muscular: fibular longo fraco

2 – Lesão de anterioridade da cabeça da fíbula


Etiologia e Mecanismo:
Força em adução e varo do tornozelo que leva a fíbula para baixo e para
frente e para fora. É fixada por espasmo do fibular longo
Sintomas:
Dor na região lateral do joelho (LCF)
Diagnóstico:
a) Palpação: fíbula mais anterior, sensibilidade na região anterior da fíbula
b) Teste de mobilidade: restrição de mobilidade anterior / posterior

Deve-se avaliar as articulações tibiofibulares superior e inferior já que são


indissociáveis.
A cabeça da fíbula está situada 2 a 3 cm abaixo da interlinha articular.
A lesão tibiofibular geralmente é a 1a a ser tratada já que a fíbula é um
osso chave que atua como polia de transmissão de força ascendente e
descendente.
3 – Lesões de lateralidade
a) Lesão de Lateralidade Externa da Tíbia
Lesão fêmoro tibial em abdução
Etiologia e Mecanismo:
Choque direto aplicado na parte lateral do fêmur com a tíbia fixa, tende a
aumentar o valgo fisiológico
Sintomas:
Dor na região medial do joelho (valgo mais pronunciado), ao nível do LCT
– Dor a flexão / extensão do joelho
– Dor na patela, hiperpressão na parte lateral da patela
Diagnóstico:
124

a) Palpação: dor no LCT (tensão) devido ao bocejo medial


b) Mobilidade: faz-se movimento de abdução (em relação a tíbia), se está
livre, há restrição em add)
c) Teste muscular: sartório fraco, espasmo do TFL

b) Lesão de Lateralidade Interna


Lesão fêmoro tibial em adução:
Etiologia e Mecanismo:
A força é aplicada sobre a parte interna do joelho de dentro para fora,
estando o pé e o quadril fixos, tende a endireitar o valgo fisiológico,
aumento do varo
Está freqüentemente associada a uma lesão posterior da cabeça da fíbula
Sintomas:
Dor na parte lateral do joelho (tensão no LCF)
Dor na patela (tração do tendão patelar)
Dor à flexão / extensão do joelho
Diagnóstico:
a) Palpação: bocejo lateral (fêmur está mais interno)
b) Teste de mobilidade: livre em add e restrito em abdução (em relação a
tíbia)
c) Teste muscular: TFL fraco

4 – Lesão de rotação interna da tíbia


Etiologia e Mecanismo:
Trauma em torção do tronco ou da tíbia com pé fixo ao solo.
Está fixada por espasmo do poplíteo e músculos de para de ganso (rotatores
internos)
A lesão de rotação interna está associada a uma lesão de valgo (sofrimentos
de LCT: tensão)
Sintomas:
Dor na região medial do joelho
Pé gira para dentro em relação a patela
Dor na parte lateral da patela ( ↑ pressão)
Restrição do movimento e dor à extensão do joelho
Diagnóstico:
a) Palpação: rotação interna da tíbia: platô tibial externo saliente,
tuberosidade anterior da tíbia desvia para o lado medial
b) Teste de mobilidade: restrição em rotação externa
c) Teste muscular: fraqueza do poplíteo (devido ao espasmo) e fraqueza dos
isquiostibiais devido a hipotonia.

5 – lesão de rotação externa da tíbia


Etiologia e Mecanismo:
Devido a hipotonia do poplíteo. É fixado por um espasmo do bíceps e do TFL.
Está associado a add. Lesão de lateralidade interna e lesão posterior da
cabeça da fíbula
Sintomas:
Dor na parte lateral (tensão do LCT)
125

Dor na parte medial da patela ↑ pressão


Pé gira para fora
Fêmur normal, tibial e pé em rotação externa
Dor na parte medial da patela
Dor + restrição de movimento à flexão do joelho
Diagnóstico
a) Palpação: platô tibial medial mais saliente, tuberosidade anterior da
tíbia desviada lateralmente
b) Teste de mobilidade: restrição em rotação interna
c) Teste muscular: fraqueza do poplíteo e isquiostibiais

6 – Lesão da gaveta anterior da tíbia


Lesão do Ligamento Cruzado Anterior
Etiologia e Mecanismo:
Flexão mais rotação interna forçada do joelho (rotação do tronco com a tíbia
fixa)
Sintomas:
Dor à extensão do joelho, atitude antálgica em flexão do joelho
Diagnóstico
a) Palpação: platô tibial mais anterior em relação ao lado são. Pé em rotação
externa
b) Teste de mobilidade: gaveta anterior, restrição à extensão do joelho
c) Teste muscular: quadríceps fraco

7 – Lesão de gaveta posterior da tíbia


Lesão do Ligamento Cruzado Posterior
Mecanismo:
Golpe direto sobre o joelho, lesão do ligamento cruzado posterior mais
hipotonia do quadríceps
Sintomas:
Dor à flexão do joelho, dor ao agachar devido a hiperpressão patelar, dor na
fossa poplítea, tensão nas asas patelares
Diagnóstico:
a) Palpação: dor no platô tibial posterior com relação ao lado são
b) Teste muscular: quadríceps fraco
c) Teste de mobilidade: gaveta posterior, restrição de deslizamento anterior,
diminuição da flexão do joelho.
126

Fisiologia da Síndrome de Hiperpressão Patela

Espasmo dos Inibição de Inibição dos vastos mediais e


músculos Sheringhton laterais (fibras dinâmicas)
fibrosos
estáticos (IT e ↓
reto anterior)

Flexão do joelho Vasto medial Vasto lateral
e aumentos das débil, rotação + débil, rotação +
pressões hiperpressão hiperpressão
patelares lateral medial

1- Hiperpressão lateral da patela ( vasto medial fraco)


- aumento da contração lateral da patela
- aumento da contração do quadríceps (compressão da patela)
- estiramento das fibras do vasto medial
- desvio lateral da patela: hiperpressão lateral.

Síndrome do vasto medial

Amiotrofia do vasto medial


↓ ↓
Déficit do vasto Inatividade
medial: mal
controle patelar Dor
↓ ↓
Aumento das forças → Condromalácia→ Corpos estranhos
de contração das articulares
cartilagens

2- Hiperpressão medial da patela ( vasto lateral fraco)


Teste (+): desvio medial da patela ao contrair o quadríceps.
Dor na parte medial

3- Patela Alta Globalmente → Espasmo da aponeurose femoral


Patela baixa → quadríceps hipotônico e ísquios tibiais hipertônicos
127

Entorses do Joelho

1- Mecanismos:
São lesões que se produzem a ± 60o de flexão do joelho. Haverá
instabilidade do joelho no mecanismo de rotação do tronco.
Distingue-se 2 tipos de mecanismo do entorse:
a) choque direto: sobre a parte anterior do joelho
b) choque interno:
b.1) flexão + rotação externa + abdução da tíbia: estiramento do L C T,
tensão do L C A devido ao aumento da rotação externa.
Lesões osteopáticas associadas:
- disfunção em abdução da articulação fêmoro-tibial
- disfunção em gaveta anterior do joelho
- lesão de rotação externa da tíbia

b.2) flexão + rotação interna + add joelho: estiramento do L C F, tensão L


C A
Lesões osteopáticas associados:
- lesão em add. da articulação fêmoro-tibial
- gaveta anterior da tíbia
- rotação interna da tíbia

Lesões Meniscais

1- Lesão menisco medial ( mais freqüente)


Torção em flexão associada a add. + rotação externa. Haverá bloqueio em
flexão: subluxação do menisco medial com lesão do corno posterior (80o ) ou
corno anterior
Lesões associadas a lesão do menisco medial:
- Lesão de add.
- Lesão de rotação externa da tíbia

2 – Lesão menisco lateral:


Torção em flexão associada a abdução + rotação interna
Obs: Na rotação interna: meniscos mediais avançam
Na rotação externa: meniscos laterais avançam
Na lesão do menisco medial:
Pouca flexão → Lesão do Corno Anterior
Muita flexão → Lesão do Corno Posterior
Sintoma:
Corno Anterior → dor em flexão com impossibilidade de extensão
dor na parte antero medial do joelho
Corno Posterior → dor póstero-medial
dor na fossa poplítea
∗ A referência é de acordo com o movimento do fêmur

Repercussão de uma lesão posterior da fíbula sobre o menisco lateral:


128

- Compressão posterior do menisco


- Espasmo do poplíteo

Repercussão de uma gaveta anterior sobre os meniscos:


- Pinçamentos posterior dos meniscos no caso de gaveta posterior: pinçamento
anterior dos meniscos em caso de gaveta anterior

No caso de rotação externa da tíbia: pinçamentos do compartimento anterior do


menisco lateral (espasmo do semi-tendinoso)
No caso de rotação interna da tíbia: pinçamentos do corno posterior do
menisco medial (espasmo poplíteo)

Obs: Quando há dor meniscal, ela é linear ao longo da interlinha articular,


quando há problema nos ligamentos colaterais a dor é local.

Posição da perna e do joelho


( com relação ao valgo e varo)
1. Sobrecarga 1- Sobrecarga na
transversal da musculatura
musculatura abdutora
adutora, pata 2. Eixo mecânico
de ganso desviado
2. Eixo medialmente
mecânico Tensão excessiva
desviado do ligamento
lateralmente colateral
Tensão fibular
excessiva do L Carga excessiva
C T: Carga no menisco e
excessiva no cartilagens
menisco e medialmente
cartilagens Os dois membros
lateralmente se aproximam à
Côndilos se altura dos
tocam, maléolos joelhos.
separados Não pode haver
extensão
completa nem
rotação final.

Segundo Cabrol – Desequilíbrio do valgo e varo do joelho


129

Protocolo de Tratamento Osteopático do Joelho

1- Pé: quick scaninng ( procurar lesão): fazer o tratamento


{
Lateralidade
2 – Joelho: Rotação
Gaveta
Meniscos
Patela
3- Ilíacos

4- Psoas

5- Lombar

6- Dobradiça T12 / L1

7- Occipital: (astrágalo anterior / occipital anterior)

Depois trabalha-se postura

Diagnóstico do Joelho

1- Palpação: observar degrau ( como no cotovelo e desvio lateral


(varo/valgo)
2- Observar se a rotação é só a nível do joelho ou se é de todo o MI (rotação
de quadril: lesão quadril)

Obs: caso haja rotação externa do MI de um lado e rotação interna do MI de


outro lado: lesão sacroilíaca

3- Verificar a altura do fêmur em relação a tíbia:


Se há diferença na altura do joelho trata-se primeiro psoas, quadrado
lombar ou dobradiça T12 – L1
4- Traça-se uma linha da região central da patela até o pé. Esta linha deve
seguir a crista da tíbia até a linha média do pé ( astragalo)

Teste em lateralidade para lesão de lateralidade interna e externa da tíbia


Paciente em decúbito dorsal na borda da mesa com joelho extendido, perna para
fora da mesa e entre as coxas do osteopata
Empalma-se a tíbia e o fêmur ao nível dos joelhos do paciente cruzando-se os
dedos mínimo e anular abaixo do mesmo.
Faz-se tração e testa-se a lateralidade do fêmur em relação à tíbia, da tíbia
em relação ao fêmur. Troca-se a colocação das mãos, e testa-se novamente a
lateralidade

Teste para Gaveta Anterior e Posterior


Paciente em decúbito dorsal, joelho flexionado, pé apoiado sobre a mesa
Osteopata assentado, fixando o pé do paciente com se MI.
Empalma a tíbia do paciente, os dedos no cavo poplíteo e as eminências
tenares no platô tibial interno e externo,
130

Para testar uma gaveta anterior, puxa para frente a tíbia com ambas as mãos
Para testar uma gaveta posterior, empurra a tíbia para trás com ambas as mãos

Diagnóstico das Entorses do Joelho


Quando o paciente sofre uma entorse, permanece com o joelho em flexão, a
extensão provoca dor.
Em função da extensão possível do joelho
− Inicia-se com movimentos de valgo e varo do joelho para testar a sua
estabilidade lateral.
Utiliza-se o mesmo posicionamento do paciente e osteopata que para o teste
de lateralidade do joelho.
Se o ligamento colateral fibular foi rompido, haverá uma frouxidão, quando
empurra-se de dentro para fora, ou seja, faz-se um esforço em varo para
abrir a face lateral.
Se o ligamento colateral tibial foi rompido, haverá uma frouxidão, quando
empurra-se, de fora para dentro, ou seja, faz-se um esforço em valgo para
abrir a face medial.

Teste de Gaveta Anterior e Cruzado Anterior


Gira-se a tíbia externamente alinhando-se com o ligamento
Mesmo posicionamento que o teste de gaita

Cruzado Posterior
Gira-se a tíbia em rotação interna alinhando-se com o ligamento
O restante do teste já foi citado. Testa-se um lado em relação a outro

Teste para o Cruzado Anterior


Paciente em decúbito dorsal
Osteopata em finta anterior do lado a ser testado, direção cabeça do paciente
Segura-se o joelho externamente, os dedos na fossa poplítea e o polegar no
platô tibial medial, a outra mão sustenta o tornozelo, faz-se uma flexão de
30o do joelho, coloca adução e rotação interna e faz-se uma extensão
Se o cruzado anterior foi rompido, sente-se que o platô tibial medial avança,
ou seja, que a tíbia gira para frente.

Os Testes de Mobilidade para Lesões da Fíbula


− Teste para lesão anterior e posterior da cabeça da Fíbula
131

Teste Fisiológico

A cabeça da Fíbula sobe e recua durante a flexão dorsal do tornozelo


A cabeça da Fíbula desce e avança, durante a flexão plantar do tornozelo.
Paciente em decúbito dorsal, MI extendido
Coloca-se o indicador na ponta da cabeça da Fíbula.
Pede-se ao paciente para fazer uma flexão plantar
Se a cabeça da Fíbula não desce na flexão plantar, é que existe uma lesão
posterior.
Se a cabeça da Fíbula não sobe na flexão dorsal, é que existe uma lesão
anterior.

Palpação Estática
Palpando-se a cabeça da Fíbula bilateralmente e posteriormente, estará mais
posterior na lesão posterior e mais afundada na lesão anterior.
Dor à palpação da cabeça da Fíbula, em caso de lesão posterior

− Teste para lesão Anterior e Posterior da Cabeça da Fíbula

Paciente em decúbito dorsal.


Joelhos flexionados a 80o, pé apoiado na mesa
O osteopata assenta-se oblíqua e externamente ao joelho do paciente
Com uma mão fixa medialmente a tíbia.
Com a outra mão, segura a Fíbula em bico de pato, e mobiliza ântero-
posteriormente e póstero-anteriormente.
Se a cabeça aceita recuar e não aceita avançar, é que existe uma lesão
posterior
132

Se a cabeça aceita avançar e não aceita recuar, é que existe uma lesão
anterior.

Diagnóstico da Patela

Os Testes Patelares

Teste de Compressão da Patela


Paciente em decúbito dorsal
Segura-se entre o indicador e o polegar da mão cefálica, a parte superior da
patela.
Segura-se da mesma forma com a mão caudal, a ponta da patela.
Bloqueia-se a patela contra o fêmur e realiza-se um deslocamento da mesma
para cima e para baixo, ao longo da tróclea do fêmur.
Quando existe problemas de artrose ou osteocondrite, observa-se o sinal de
plaina e bastante dor ao teste.
A cartilagem articular encontra-se degenerada.
Pede-se então RX com incidências complementares para diagnosticar a patologia
específica.

Teste Modificado de Compressão da Patela

Teste de Compressão Modificado


Para diagnosticar uma síndrome de compressão Patelar Medial ou Lateral
Paciente em decúbito dorsal
Mesma colocação de mãos que o teste anterior
Abaixa-se a patela, e pressiona-se contra a borda medial ou lateral da
tróclea, e pede-se uma contração muscular
Caso o paciente não consiga corrigir a patela, é que existe uma hipotonia
muscular do lado oposto a pressão.

Exame de mobilidade da patela


133

Segundo Travell – Exame de mobilidade da patela

a) Rótula em posição de repouso


b) Deslocamento para cima
c) Deslocamento para baixo
d) Deslocamento medial
e) Deslocamento lateral
f) Rotação medial (em referência a borda superior da rótula)
g) Rotação lateral.

Se o teste desperta dor, é que existe uma Síndrome de Hiperpressão Lateral ou


medial
Então, empurra-se a patela para baixo e medialmente pressionando-a e pede-se
a contração do vasto lateral. O paciente não consegue corrigir a posição da
patela, mas não apresenta dor.
( ao 1o teste verificou-se o sinal de plaina), então ele apresenta hipotonia
do vasto lateral, e um terreno próprio para desenvolver-se uma hiperpressão
patelar.
Empurrando-se a patela para baixo e lateralmente, pede-se a contração do
vasto medial. O paciente não consegue corrigir a posição da patela e
apresenta dor.
Então ele apresenta hipotonia do vasto medial e uma síndrome de compressão
patelar lateral.
Se o paciente apresenta hipotonia do vasto medial e lateral, o seu quadríceps
está fraco.

Teste do Quadríceps
Paciente em decúbito dorsal, perna para fora da mesa, joelho extendido
Empurra-se a perna para baixo e o paciente resiste
Para testar o vasto medial, coloca a perna em rotação interna.
Para testar o vasto lateral coloca-se a perna em rotação externa

Teste de mobilidade da patela


Paciente em decúbito dorsal com flexão de joelho e quadril a 90o
Osteopata ao lado do paciente
Mão caudal: calcâneo
Mão cefálica: fixa a patela colocando o dedo médio em seu centro
Faz-se movimento de rotação interna e rotação externa da tíbia com a mão
caudal (compara-se bilateralmente).
Observa-se o movimento da patela.
134

Diagnóstico das Lesões de Rotação da Tíbia

Palpação
Na rotação interna da tíbia, o platô tibial lateral está mais saliente que o
medial.
Na rotação externa encontra-se o contrário.

Teste de Mobilidade
Paciente em decúbito dorsal, MI em tríplice flexão.
Osteopata do lado a ser testado ao nível do joelho.
Segura-se a parte distal do fêmur com a mão cefálica, o dedo médio apoiado
sobre a crista da tíbia.
Empalma-se o calcanhar e o tornozelo com a mão caudal.
Fixa-se o joelho, e faz-se rotação interna e externa com a mão caudal,
apreciando a amplitude e a qualidade da elasticidade.
Compara-se a mobilidade de um lado em relação ao outro.

Obs: Como para a mobilidade da patela, porém, neste caso iremos observar os
platôs tibiais

Outro Teste
Empalma a patela colocando o indicador em direção do pé do paciente, e
observando se o eixo da tíbia está alinhado com o eixo da patela.
Se não existe lesão, a ponta da patela está alinhada com o pé,
Se existe lesão da tíbia em relação ao fêmur, a ponta da patela não está
alinhada com o pé.
Se o pé está externo em relação a ponta da patela, é possível que exista uma
lesão em rotação externa da tíbia.
Se o pé está interno em relação a ponta da patela, é possível que exista uma
lesão em rotação interna da tíbia.
O problema das lesões de rotação, é que ela torce, enrola, os ligamentos
cruzados, e diminui o espaço entre o fêmur e a tíbia, colocando em sofrimento
os meniscos, mas sem bloquear os joelhos.

Teste de Músculo Poplíteo


− Teste do Músculo Poplíteo como Rotador Interno
Paciente em decúbito dorsal
Osteopata de pé do lado lesado, segurando o tornozelo com a mão caudal e o
joelho do paciente com a mão cefálica. Encosta-se a perna do paciente sobre
seu tórax.
Faz-se flexão de 30o do joelho, faz-se rotação externa da tíbia.
Pede-se ao paciente para empurrar no sentido de rotação interna e resiste-se.

Teste do Músculo Poplíteo como Stater da Flexão


Paciente em decúbito ventral, com joelho em flexão de 30o .
Faz-se rotação externa da tíbia, empurra-se na direção da extensão, e o
paciente resiste.
135

Teste para Lesão do Menisco

Teste Apley
Paciente em decúbito ventral, joelho em flexão de 90o
Osteopata apoia sobre o pé, comprimindo o joelho em rotação interna e
externa.
Caso apresente dor em rotação interna, supõe-se lesão no menisco medial
Em rotação externa, supõe-se lesão do menisco lateral

Teste de Grindig
Na mesma posição anterior realiza-se uma tração axial, caso apareça dor,
deve-se aos ligamentos colaterais.

Teste de Mobilidade dos Compartimentos do Joelho

Teste das Gavetas

a) Anterior e Rotação externa - gaveta anterior


136

b) Posterior e Rotação interna – gaveta posterior

Thrust para Valgos

Fêmur interno em relação a tíbia


137

Tíbia interna em relação ao fêmur

Técnica Articulatória Global do Joelho


138

Técnicas do Joelho

1 - Para Lateralidade Interna da Tíbia


Objetivo: Abrir externamente (corrigir varo)
Paciente em decúbito dorsal na borda da mesa, com joelho extendido, perna
para fora da mesa.
Osteopata do lado lesado, olhando para a cabeça do paciente, coloca a perna
do paciente entre as suas coxas.
Empalma a parte distal do fêmur com sua mão externa, e proximal da tíbia com
sua mão interna.
Entrelaça os dedos mínimo e anular sob o joelho do paciente.
Faz-se tração, rotação externa ( para abrir o compartimento interno e
utiliza-se simultaneamente uma dupla força, uma que empurra o fêmur
internamente e a outra que empurra externamente a tíbia.(em semi-flexão do
joelho) → abrir interno e fechar externo
No caso de artrose posso usar esta técnica somente articulando

2 - Para Lateralidade Externa da Tíbia ou Lesão de abdução


Objetivo: Abrir internamente ( corrigir valgo)
Mesma posição do paciente e osteopata que a técnica anterior
Empalma a parte distal do fêmur com sua mão interna, e a proximal da tíbia
com sua mão externa.
Entrelaça os dedos mínimo e anular sob o joelho do paciente.
Faz-se a tração, rotação interna (para abrir o compartimento externo), e
utiliza-se simultaneamente uma dupla força, uma que empurra o fêmur
externamente e a outra que empurra a tíbia internamente → abrir externo e
fechar interno

3 - Técnica de Articulação do Joelho em Lateralidade


Paciente em decúbito dorsal na borda da mesa, perna para fora da mesma.
Osteopata em finta anterior, coloca o côndilo medial sobre a mesa e fixa com
seu MI posterior a face lateral do fêmur do paciente.
A mão interna toma contato com o côndilo medial, com o antebraço
perpendicular à articulação do joelho.
A mão externa segura o tornozelo do paciente
Se existe uma restrição em rotação interna, então fixa-se a tíbia em rotação
interna tendo o fêmur como ponto fixo.
Busca-se o ângulo de flexão do joelho no qual pode-se realizar circunduções
da tíbia.
Articula-se em diferentes graus de flexão, até que se obtenha em todos os
ângulos o jogo articular.
Quando localiza-se precisamente o ângulo de restrição, pode-se diminuir a
amplitude do movimento e aumentar a velocidade.

4 - Variante para Lateralidade Externa da Tíbia


139

Paciente em decúbito dorsal na borda da mesa.


Osteopata em finta anterior do lado lesado, orientado na direção da cabeça do
paciente.
Coloca a perna do paciente entre o braço interno e tronco, repousando sobre o
seu antebraço, que está contra o tórax. (para estabilizar o MI do paciente e
colocar tração).
A mão externa repousa sobre a face lateral proximal da tíbia, os dedos
abaixo do joelho, antebraço no eixo da articulação.
A mão interna, segura o antebraço externo, reforçando o contato com a tíbia.
Coloca-se tração, rotação interna do MI.
O thrust realiza-se com uma impulsão na direção interna, e com uma rotação do
tronco do osteopata para aumentar a tração.

5 – Variante para Lateralidade Interna da Tíbia


Mesma posição para o paciente e osteopata que a técnica anterior.
Aqui coloca-se a perna do paciente entre o braço externo e o tronco do
osteopata.
A mão interna repousa sobre a face medial proximal da tíbia.
O restante da técnica faz-se da mesma forma que a lateralidade externa.

6 - Thrust para Lesão de Gaveta Anterior


Paciente em decúbito dorsal, MIs extendidos.
Osteopata em finta anterior do lado lesado, direção cabeça do paciente.
Coloca uma pequena almofada abaixo da parte distal da coxa do paciente.
Empalma com ambas as mãos o platô tibial medial e lateral.
Empurra-se na direção da mesa para reduzir o slack e quando percebe-se uma
resistência, faz-se o thrust.
A técnica é melhor realizada numa mesa com drop.

7 - Thrust para Lesão de Gaveta Posterior


140

Paciente em decúbito dorsal, joelho flexionado, pé apoiado na mesa.


Osteopata assentado, fixando o pé do paciente com sua coxa.
Dedos cruzados no cavo poplíteo, polegares no platô tibial medial e lateral.
Reduz-se o slack e realiza-se o thrust puxando a tíbia para frente.

9 - Thrust em Extensão Tração para Gaveta Anterior

Paciente em decúbito dorsal, MIs extendidos.


Osteopata em finta anterior do lado lesado, direção pés do paciente.
Coloca-se o MI em ligeira rotação interna, segura-se o calcanhar com a mão
caudal, e faz-se discreta flexão do joelho do paciente.
A mão cefálica faz um contato pisiforme sobre a tuberosidade anterior da
tíbia.
Antebraço no eixo da tíbia.
A técnica consiste em realizar uma extensão e tração da tíbia.
No momento em que extende-se o joelho, realiza-se um thrust em tração, com a
mão cefálica na direção dos pés do paciente.
141

9 - Thrust em Flexão para Gaveta Posterior


Paciente em decúbito dorsal, joelho flexionado do lado lesado.
Osteopata em finta anterior, do lado a ser tratado, direção cabeça do
paciente.
Ambas as mãos empalmam a tíbia proximalmente, os dedos cruzam-se sob a fossa
poplítea, e os polegares na face anterior da tíbia.
Flexiona-se o joelho do paciente e com o cotovelo interno, faz-se contato com
a parte distal da tíbia.
A técnica consiste em aumentar a flexão e simultaneamente puxar a tíbia para
frente

10 - Thrust para Lesão Posterior da Cabeça da Fíbula em Decúbito Dorsal

Paciente em decúbito dorsal, na borda da mesa.


Osteopata em finta anterior do lado lesado, direção cabeça do paciente.
Faz-se flexão de quadril e joelho do paciente, segurando-se o tornozelo com a
mão interna e o joelho com a externa.
Para diminuir a sensibilidade da cabeça da Fíbula, passa-se a mão externa
através da fossa poplítea até o lado oposto e puxa-se o músculo gastrocnêmio
até a cabeça da Fíbula. Faz-se assim, um contato indexial com a cabeça da
Fíbula, interpondo uma massa considerável de tecidos moles e tornando indolor
o contato.
Coloca-se os parâmetros em flexão do joelho e rotação externa da tíbia.
Esta rotação faz girar posteriormente a cabeça da Fíbula, e aumenta o contato
indexial.
Faz-se adução da tíbia para obter abertura articular.
Faz-se abdução rotação do quadril
Coloca-se o abdome sobre a tíbia do paciente.
Reduz-se o slack aumentando os parâmetros e faz-se um body drop.

11 - Thrust para Lesão Posterior da Cabeça da Fíbula em Decúbito Lateral


142

Paciente em decúbito lateral do lado oposto ao lesado.


Posiciona-se o MI são posteriormente ao lesado.
Faz-se flexão de aproximadamente 45o do quadril e de 90o do joelho.
Osteopata em finta anterior
Localiza-se a face posterior da cabeça da Fíbula e faz-se um contato
pisiforme com a mão cefálica. O antebraço no eixo articular, ou seja, no eixo
da coxa do paciente.
Faz-se contato pisiforme com a mão caudal na face anterior do maléolo
lateral, empurra-se a cabeça da Fíbula para frente e o maléolo lateral para
trás simultaneamente.
Empurra-se com a mão caudal o maléolo lateral contra a mesa
Nessa posição pode-se articular a cabeça da Fíbula, e também realizar um
thrust, com o pisiforme da mão cefálica.

12 - Thrust para Lesão Anterior da Cabeça da Fíbula

Paciente em decúbito dorsal, a fossa poplítea e o côndilo medial do fêmur


apoiados sobre a mesa, a perna pendente.
Osteopata em finta lateral do lado lesado, com a perna do paciente entre suas
coxas.
Faz-se rotação interna do quadril, para avançar a cabeça da Fíbula e
verticalizar o plano articular.
A mão interna toma contato com a tíbia e fixa-se a rotação interna.
Localiza-se a face anterior da cabeça da Fíbula, e faz-se um contato
pisiforme com a mão externa
143

reduz-se o slack empurrando na direção do solo, e faz-se um thrust em


impulsão, body drop e tração.
Pode-se colocar uma pequena almofada sob o joelho, para proteger o côndilo,
cujo apoio é doloroso.
O mais eficiente é utilizar uma mesa com drop.

13 - Técnica de Músculo Energia para Lesão Posterior da Fíbula

Utilizando a contração do fibular longo.


Paciente em decúbito dorsal
Osteopata assentado na borda da mesa, perna do paciente do lado lesado sobre
a coxa do osteopata.
Palpa-se a cabeça da Fíbula.
Faz-se flexão plantar adução + supinação do tornozelo, tensionando o
ligamento colateral lateral principalmente o feixe anterior, e fazendo descer
a cabeça da Fíbula.
Fibular longo → abdução + pronação
Fixa-se a posição e pede-se o paciente para empurrar na direção de flexão
dorsal e da eversão, o osteopata resiste.
Faz-se 5 a 6 contrações isométricas seguidas, sobretudo no sentido da
eversão, aumentando a flexão plantar do tornozelo

13 - Técnica de Músculo Energia para Lesão Anterior da Fíbula

Mecanismo positivo ósseo e solear


Paciente em decúbito dorsal.
Osteopata assentado na borda da mesa, com a perna do paciente apoiada sobre
sua coxa.
144

Faz-se eversão do pé, o que aumenta o contato do astrágalo com a ponta do


maléolo lateral.
Força-se a flexão dorsal, o que provoca a elevação e recuo da cabeça da
Fíbula.
Flexiona-se o joelho do paciente para obter a ação isolada do solear, pede-se
que empurre na direção da flexão plantar, e resiste-se.
Faz-se de 5 a 6 contrações isométricas aumentando-se a amplitude de flexão
dorsal do tornozelo.

14 -Técnica de Shultz

Thrust em Flexão Tração em Decúbito Ventral


Para Rotação interna e Externa da Tibial
Paciente em decúbito ventral, joelhos flexionados a 90o , pé apoiado sobre o
ombro do osteopata.
Osteopata em finta ajoelhado aos pés da cama do lado a ser trabalhado, a
perna posterior toca o solo.
As mãos são colocadas sob a fossa poplítea e as eminências tenares são
colocadas sob os platôs medial e lateral, o que permite realizar uma rotação
interna ou externa girando a cintura escapular.
Para Lesão de rotação externa, coloca-se a tíbia em rotação interna.
Para lesão de rotação interna, coloca-se a tíbia em rotação externa
Eleva um pouco a perna que está ao solo
Reduz-se o slack, puxando na direção anterior e faz-se o thrust na direção da
gaveta anterior, uma TUG – Técnica 2 ou 3 vezes seguidas.
Esta técnica alonga o músculo que fixa a lesão e o inibe.
Pode-se utilizar a técnica mantendo a tíbia em posição neutra, para correção
da lesão de gaveta posterior.
Pode-se utilizar também para lesão posterior da Fíbula, colocando o pisiforme
posteriormente à cabeça da Fíbula, e fazendo uma rotação externa da tíbia.
16 - Técnica deThrust em Rotação em Decúbito Ventral
Para Lesão de Rotação Interna da Tíbia
145

Paciente em decúbito ventral, joelhos flexionados a 90o .


Osteopata em finta anterior do lado lesado, direção cabeça do paciente.
Faz-se flexão dorsal máxima do tornozelo e coloca-se a planta do pé, sob a
axila caudal do osteopata.
A mão cefálica empalma a fossa poplítea do paciente, dedos na fossa poplítea,
polegar no platô tibial externo
A mão caudal segura o antebraço cefálico reforçando o contato da fossa
poplítea.
Reduz-se o slack, realizando uma rotação externa da tíbia, girando o tronco
na direção dos pés do paciente.
Nessa posição pode-se realizar um thrust girando um pouco mais a cintura
escapular, ou pode realizar uma técnica de músculo energia, pedindo-se ao
paciente uma rotação interna da tíbia, e resistindo-se.

Para Lesão de Rotação Externa da Tíbia

Mesma posição do paciente que a técnica anterior.


Mesma posição do osteopata , troca posição das mãos
Faz-se rotação interna da tíbia, girando a cintura escapular na direção da
cabeça do paciente.
146

Pede-se rotação externa ao paciente e resiste-se.

17 - Técnica de Descompressão da Patela e da Inibição do Quadríceps

Paciente em decúbito dorsal.


Osteopata em finta anterior do lado lesado, direção pés do paciente.
Faz-se discreta flexão do joelho, não flexiona-se muito para não colocar em
tensão o reto femoral e bloquear a patela, nem extende-se o joelho, porque
colocaria em tensão os ligamentos colaterais bloqueando o joelho.
As duas mãos vão realizar um thrust.
Com a mão externa toma-se contato com a fossa poplítea.
A mão interna segura a parte superior da pele entre o polegar e indicador.
Faz-se discreta flexão do joelho.
Reduz-se o slack empurrando a patela para baixo.
Faz-se o thrust com as duas mãos, na direção dos pés, repetindo 3 vezes.
Este Thrust não tem outro objetivo que realizar um stretching do reto
femoral.
Os receptores de Golgi do quadríceps estão localizados, sobretudo na zona da
patela, então estirando-se fortemente a patela para baixo, faz-se uma
inibição reflexa do retofemoral.

18 - Técnica de Estiramento das Asas Patelares

Paciente em decúbito dorsal.


Osteopata em finta lateral.
Testa-se a mobilidade lateral da patela.
147

Encontrando-se uma restrição do movimento lateral da patela:


Osteopata posiciona-se do lado oposto ao lesado.
Coloca-se o polegar sobre a borda lateral medial da patela, reforça-se o
polegar com contado pisiforme da outra mão.
Reduz-se o slack, girando-se o quadril em rotação externa, o que provoca o
deslizamento lateral da patela.
Faz-se 3 impulsos curtos na direção externa, alongando as asas patelares.
Retesta-se a mobilidade lateral da patela.

Encontrando-se uma restrição de mobilidade medial da patela:


O osteopata posiciona-se do lado lesado.
Mesma posição das mãos que a anterior.
Reduz-se o slack em rotação interna do quadril
Faz-se 3 impulsos curtos na direção interna.
Retesta-se a mobilidade medial da patela.

19 - Técnica Articulatória Para Menisco Medial

Paciente em decúbito dorsal.


Osteopata do lado lesado.
Flexiona-se o quadril e joelho do paciente a 90o .
O osteopata segura o joelho do paciente com a mão cefálica ao nível da
interlinha lateral, o indicador tocando a interlinha medial.
Com a mão caudal empalma-se o tornozelo internamente.
Faz-se abdução e rotação externa da tíbia, adução quadril.
Articula-se o joelho em rotação, extensão, sem perder a abdução, no sentido
da extensão
Quando chega-se a extensão faz-se tração, fixa-se o joelho e faz-se rotação
interna

20 - Técnica de Auto-Postura para o Menisco Lateral

Menisco Lateral Esquerdo

Paciente de pé, em finta , perna anterior E.


Flexiona-se os joelhos, desloca-se o peso do corpo para o joelho E, abrindo a
interlinha lateral.
148

Coloca-se as mãos superpostas sobre a interlinha medial.


Faz-se circunduções no sentido da abertura da interlinha lateral.

21 - Técnica de Strair Conter Strain para o Menisco Medial

Paciente em decúbito ventral, joelho flexionado a 90o .


Osteopata do lado lesado.
Fixa-se o fêmur ao nível da fossa poplítea com a mão cefálica.
Mão caudal segura o tornozelo.
Busca-se o ponto doloroso ao nível do menisco.
Busca-se o ponto inter-medial entre a flexão extensão.
Faz-se abdução da tíbia, abrindo-a até que a dor desapareça.
Mantêm-se a pressão no ponto doloroso durante 90o segundos.
Pode-se realizar uma técnica de músculo energia a partir desta posição,
utilizando contracões isometricas no sentido da adução
Caso tenha dor em flexão, flexionar até o início da dor.
Caso tenha dor em extensão, extender até o início da dor.

22 – Técnica de Loggan
149

Articulatória para Menisco Interno e externo


Perna do paciente entre as coxas do osteopata
Tração através do corpo deslocado para trás
Menisco Interno:
Fixa-se em adução o fêmur (valgo) e provoca-se rotação externa da tíbia
(abdução) sem perder a adução
Articula-se em rotação externa extendendo o joelho
Menisco lateral:
Fiza-se em abducão do fêmur e provoca-se rotação interna da tíbia (adução) e
articula-se no sentido da rotação interna
Pode-se realizar articulação no sentido da flexão
150

Bibliografia
1. B. Amor, F. Debriem, M. Dougados, A Kahan, M. Revel, C. Roux, L. Sapota
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2. Cailliet, Renè. L’E’paule. Editora Masson – 2a Edição, Paris – 1.985
3. Calais - Germain, Blaudine. Anatomia para o Movimento. Editora Manole -
São Paulo, 1992.
4. Cabrol, C. Anatomie Appareil Locomoteur V. I – Flammarion – Paris – 1.987
5. Dângelo e Fattini - Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar. Atheneu: Rio de
Janeiro. São Paulo, 1988.
6. Kapandji, I. A Fisiologia Articular. Vol III. Editora Manole: São Paulo,
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7. Monier e Tubiana. Radiodiagnostic. Editora Masson, 5a Edição, Paris – 1.996
8. Pitzen Peter, Rosseler Helmut, Manual de Ortopedia, Ed. Atheneu – São
Paulo – 1.980
9. Ricard, Francois e Sallé, Jean Luc. Tratado de Osteopatia. Robe Editora –
São Paulo – 1.996
10. Snider, R. Tratamento das Doenças do Sistema Músculo Esquelético.
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11. Travell, Janet. Simons, David. Douleurs et Troubles Fonctionnels
Myofasciaus. Editions Hang International: Bruxelles, 1993.
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