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1 Noções Gerais de Gramática

1.1 Fonologia
A Fonética, ou Fonologia, estuda os sons emitidos pelo ser humano, para efetivar a comunicação. Diferentemente da
escrita, que conta com vogais e consoantes, a Fonética se ocupa dos fonemas (= sons); são eles as vogais, as consoantes e
as semivogais.

Consoante = Qualquer letra - ou conjunto de letras representando um som só - que só possa ser soada com o auxílio de
uma vogal (com + soante = soa com). Na fonética são consoantes b, d, f, g (ga, go, gu), j (ge, gi, j) k (c ou qu), l, m (antes de
vogal), n (antes de vogal), p, r, s (s, c, ç, ss, sc, sç, xc), t, v, x (inclusive ch), z (s, z), nh, lh, rr.

Semivogal = São as letras e, i, o e u quando formarem sílaba com uma vogal, antes ou depois dela, e as letras m e n, nos
grupos AM, EM e EN, em final de palavra - somente em final de palavra.

1.2 Encontros de Vocálicos


1.2.1 Hiato
Quando as vogais se encontram em sílabas diferentes.

BAÚ BA – Ú

CAÍ CA – Í

JOELHO JO – E – LHO

HIATO HI – A – TO

ENJOO EN – JO – O

ÁLCOOL ÁL – CO – OL
1.2.2 Ditongo
É o agrupamento de uma vogal e uma semivogal, em uma mesma sílaba. Quando a vogal estiver antes da
semivogal, chamaremos de Ditongo Decrescente, e, quando a vogal estiver depois da semivogal, de Ditongo Crescente.

Sé – rie

Pás – coa

Os ditongos podem ser crescentes ou decrescentes.

O ditongo é crescente quando a segunda vogal do ditongo é a mais forte Exemplos:

Qua-se

Goe-la

A-quá-rio

Fre-quen-te

O ditongo é decrescente quando a primeira vogal do ditongo é a mais forte. Exemplos:

He-rói

Boi

Céu

Fui

1.2.3 Dígrafos
Dígrafo é o agrupamento de duas letras com apenas um fonema. Os principais dígrafos são rr, ss, sc, sç, xc, xs, lh,
nh, ch, qu, gu. Os dígrafos rr, ss, sc, sç, xc e xs têm suas letras separadas silabicamente; lh, nh, ch, qu, gu, não.

 arroz = ar-roz - aRos;


 assar = as-sar - aSar;
 nascer = nas-cer - naSer;
 desço = des-ço - deSo;
 alho = a-lho - aĹo;
 banho = ba-nho - baÑo;
 cacho = ca-cho - kaXo;
 querida = que-ri-da - Kerida;

1.2.4 Separação Silábica


A divisão silábica deve ser feita a partir da soletração, ou seja, dando o som total das letras que formam cada sílaba,
cada uma de uma vez.

...................
2 Significação das Palavras (Semântica)

2.1 Sinônimos
São palavras que apresentam, entre si, o mesmo significado.

 triste = melancólico.
 resgatar = recuperar
 maciço = compacto
 ratificar = confirmar
 digno = decente, honesto
 reminiscências = lembranças
 insipiente = ignorante.

2.2 Antônimos
São palavras que apresentam, entre si, sentidos opostos, contrários.

 bom x mau
 bem x mal
 condenar x absolver
 simplificar x complicar

2.3 Homônimos
São palavras iguais na forma e diferentes na significação. Há três tipos de homônimos:

2.3.1 Homônimos Perfeito


 Têm a mesma grafia e o mesmo som.
 cedo (advérbio) e cedo (verbo ceder);
 meio (numeral), meio (adjetivo) e meio (substantivo).

2.3.2 Homônimos Homófonos


 Têm o mesmo som e grafias diferentes.
 sessão (reunião), seção (repartição) e cessão (ato de ceder);
 concerto (harmonia) e conserto (remendo).

2.3.3 Homônimos Homógrafos


 Têm a mesma grafia e sons diferentes.
 almoço (refeição) e almoço (verbo almoçar);
 sede (vontade de beber) e sede (residência).
2.4 Parônimos
São palavras de significação diferente, mas de forma parecida, semelhante.

 retificar e ratificar;
 emergir e imergir.

2.5 Denotação
Uma palavra é usada no sentido denotativo (próprio ou literal) quando apresenta seu significado original,
independentemente do contexto frásico em que aparece. Quando se refere ao seu significado mais objetivo e comum,
aquele imediatamente reconhecido e muitas vezes associado ao primeiro significado que aparece nos dicionários, sendo o
significado mais literal da palavra.

A denotação tem como finalidade informar o receptor da mensagem de forma clara e objetiva, assumindo assim
um caráter prático e utilitário. É utilizada em textos informativos, como jornais, regulamentos, manuais de instrução, bulas
de medicamentos, textos científicos, entre outros.

Exemplos com sentido denotativo


 O elefante é um mamífero.
 Já li esta página do livro.
 A empregada limpou a casa.

2.6 Conotação
Uma palavra é usada no sentido conotativo (figurado) quando apresenta diferentes significados, sujeitos a
diferentes interpretações, dependendo do contexto frásico em que aparece. Quando se refere a sentidos, associações e
ideias que vão além do sentido original da palavra, ampliando sua significação mediante a circunstância em que a mesma
é utilizada, assumindo um sentido figurado e simbólico.

A conotação tem como finalidade provocar sentimentos no receptor da mensagem, através da expressividade e
afetividade que transmite. É utilizada principalmente numa linguagem poética e na literatura, mas também ocorre em
conversas cotidianas, em letras de música, em anúncios publicitários, entre outros.

Exemplos com sentido conotativo

 Você é o meu sol!


 Minha vida é um mar de tristezas.
 Você tem um coração de pedra!
2.7 Resumo
Sinônimos – Palavras com o mesmo significado. (digno = decente, honesto )

Antônimos – Palavras com sentidos opostos. (bom x mau)

Homônimos - Palavras iguais na forma e diferentes na significação. (cedo (advérbio) e cedo (verbo ceder)

Parônimos – Palavras de significados diferentes, mas de forma parecida, semelhante. (retificar e ratificar)

Denotativo – Sentido real, literal. (Os domadores conseguiram enjaular a fera)

Conotativo – Sentido figurado. (Ele ficou uma fera quando soube da notícia)
3 Figura de Linguagem (Sentido Figurado)

Figuras de Linguagem, também chamadas de figuras de estilo, são recursos estilísticos usados para dar maior ênfase à
comunicação e torná-la mais bonita.

Dependendo da sua função, elas são classificadas em:

Figuras de palavras ou semânticas: estão associadas ao significado das palavras. Exemplos: metáfora, comparação,
metonímia, catacrese, sinestesia e perífrase.

Figuras de pensamento: trabalham com a combinação de ideias e pensamentos. Exemplos: hipérbole, eufemismo,
litote, ironia, personificação, antítese, paradoxo, gradação e apóstrofe.

Figuras de sintaxe ou construção: interferem na estrutura gramatical da frase. Exemplos: elipse, zeugma, hipérbato,
polissíndeto, assíndeto, anacoluto, pleonasmo, silepse e anáfora.

Figuras de som ou harmonia: estão associadas à sonoridade das palavras. Exemplos: aliteração, paronomásia,
assonância e onomatopeia.

3.1 Figuras de Palavras


3.1.1 Metáfora
A metáfora representa uma comparação de palavras com significados diferentes e cujo termo comparativo fica
subentendido na frase.

Exemplo: A vida é uma nuvem que voa. (A vida é como uma nuvem que voa.)

Uso da metáfora em "meu amor é uma caravana de rosas vagando num deserto inefável"

3.1.2 Comparação
Chamada de comparação explícita, ao contrário da metáfora, neste caso são utilizados conectivos de comparação
(como, assim, tal qual).

Exemplo: Seus olhos são como jabuticabas.


Uso da comparação por meio do conectivo "como": "o amor é como uma flor" e "o amor é como o motor do carro"

3.1.3 Metonímia
A metonímia é a transposição de significados considerando parte pelo todo, autor pela obra.

Exemplo: Costumava ler Shakespeare. (Costumava ler as obras de Shakespeare.)

Uso da metonímia que substitui o vocábulo boi por "cabeças de gado"


3.1.4 Catacrese
A catacrese representa o emprego impróprio de uma palavra por não existir outra mais específica.

Exemplo: Embarcou há pouco no avião.

Embarcar é colocar-se a bordo de um barco, mas como não há um termo específico para o avião, embarcar é o utilizado.

O uso da expressão "bala perdida" é utilizada por não ter outra mais específica.

3.1.5 Sinestesia
A sinestesia acontece pela associação de sensações por órgãos de sentidos diferentes.

Exemplo: Com aquele olhos frios, disse que não gostava mais da namorada.

A frieza está associada ao tato e não à visão.

Na tirinha, a expressão "olhar frio" é um exemplo de sinestesia


3.1.6 Perífrase
A perífrase, também chamada de antonomásia, é a substituição de uma ou mais palavras por outra que a
identifique.

Exemplo: O rugido do rei das selvas é ouvido a uma distância de 8 quilômetros. (O rugido do leão é ouvido a uma distância
de 8 quilômetros.)

Na charge acima, a "Terra da Garoa" substitui "cidade de São Paulo"

3.2 Figuras de Pensamento


3.2.1 Hipérbole
A hipérbole corresponde ao exagero intencional na expressão.

Exemplo: Quase morri de estudar.

A expressão "morrendo de inveja" é uma hipérbole

3.2.2 Eufemismo
O eufemismo é utilizado para suavizar o discurso.

Exemplo: Entregou a alma a Deus.

Acima, a frase informa a morte de alguém.


Na charge acima, a explicação de fofoqueira é usada para suavizar o discurso

3.2.3 Litote
O litote representa uma forma de suavizar uma ideia. Neste sentido, assemelha-se ao eufemismo, bem como é a oposição
da hipérbole.

Exemplo: — Não é que sejam más companhias… — disse o filho à mãe.

Pelo discurso, percebemos que apesar de as suas companhias não serem más, também não são boas.

No exemplo acima, nota-se o uso do litote por meio da expressão "acho que você deveria aperfeiçoar essa técnica"
3.2.4 Ironia
A ironia é a representação do contrário daquilo que se afirma.

Exemplo: É tão inteligente que não acerta nada.

Nota-se o uso da ironia, uma vez que o personagem está zangado com a pessoa e utilizou o termo "inteligente" de
maneira irônica

3.2.5 Personificação
A personificação ou prosopopeia é a atribuição de qualidades e sentimentos humanos aos seres irracionais.

Exemplo: O jardim olhava as crianças sem dizer nada.

A personificação é expressa na última parte do quadrinho onde o Zé Lelé afirma que o espelho está olhando ele. Assim,
utilizou-se uma caraterística dos seres vivos (olhar) em um ser inanimado (o espelho)
3.2.6 Antítese
A antítese é o uso de termos que têm sentidos opostos.

Exemplo: Toda guerra finaliza por onde devia ter começado: a paz.

Uso da antítese expressa pelos termos que têm sentidos opostos: positivo, negativo; mal, bem; paz e guerra

3.2.7 Paradoxo
O paradoxo representa o uso de ideias que têm sentidos opostos, não apenas de termos (tal como no caso da antítese).

Exemplo: Estou cego de amor e vejo o quanto isso é bom.

Como é possível alguém estar cego e ver?

Uso do paradoxo pelas ideias com sentidos opostos realçada pelos termos que explicam a "certeza": relativa e absoluta
3.2.8 Gradação
A gradação é a apresentação de ideias que progridem de forma crescente (clímax) ou decrescente (anticlímax).

Exemplo: Inicialmente calma, depois apenas controlada, até o ponto de total nervosismo.

No exemplo acima, acompanhamos a progressão da tranquilidade até o nervosismo.

Na tirinha, o personagem foi explicando de forma crescente a ideia

3.2.9 Apóstrofe
A apóstrofe é a interpelação feita com ênfase.

Exemplo: Ó céus, é preciso chover mais?

Notamos a ênfase na segunda parte da tirinha com o uso dos pontos de exclamação e interrogação: "Ai meu Deus!!! Ele
vai me matar" O que faço!? É o fim!"
3.3 Figuras de Sintaxe
3.3.1 Elipse
A elipse é a omissão de uma palavra que se identifica de forma fácil.

Exemplo: Tomara você me entenda (Tomara que você me entenda).

Na segunda imagem do quadrinho, notamos o uso da elipse: "depois (ele começou) a comer sanduíches entre as
refeições..."

3.3.2 Zeugma
A zeugma é a omissão de uma palavra pelo fato de ela já ter sido usada antes.

Exemplo: Fiz a introdução, ele a conclusão. (Fiz a introdução, ele fez a conclusão.)

A zeugma é utilizada na segunda e terceira parte dos quadrinhos: "(você é) um descongestionante nasal para o meu
nariz"; (você é) um antiácido para meu estômago!"
3.3.3 Hipérbato
O hipérbato é a alteração da ordem direta da oração.

Exemplo: São como uns anjos os seus alunos. (Os seus alunos são como uns anjos.)

A ordem direta do nosso hino é "Das margens plácidas do Ipiranga ouviram um brado retumbante de um povo heroico"

3.3.4 Polissíndeto
O polissíndeto é o uso repetido de conectivos.

Exemplo: As crianças falavam e cantavam e riam felizes.

Uso do polissíndeto pela repetição do conectivo "se for"


3.3.5 Assíndeto
O assíndeto representa a omissão de conectivos, sendo o contrário do polissíndeto.

Exemplo: Não sopra o vento; não gemem as vagas; não murmuram os rios.

3.3.6 Anacoluto
O anacoluto é a mudança repentina na estrutura da frase.

Exemplo: Eu, parece que estou ficando zonzo. (Parece que eu estou ficando zonzo.)
3.3.7 Pleonasmo
Pleonasmo é a repetição da palavra ou da ideia contida nela para intensificar o significado.

Exemplo: A mim me parece que isso está errado. (Parece-me que isto está errado.)

No tirinha acima, o "saia para fora" é um pleonasmo, uma vez que o verbo "sair" já significa "para fora"

 Subir para cima.

3.3.8 Silepse
A silepse é a concordância com o que se entende e não com o que está implícito. Ela é classificada em: silepse de
gênero, de número e de pessoa.

Exemplos:

Vivemos na bonita e agitada São Paulo. (silepse de gênero: Vivemos na bonita e agitada cidade de São Paulo.)

A maioria dos clientes ficaram insatisfeitas com o produto. (silepse de número: A maioria dos clientes ficou insatisfeita
com o produto.)

Todos terminamos os exercícios. (silepse de pessoa: neste caso concordância com nós, em vez de eles: Todos terminaram
os exercícios)

Uso da silepse
de pessoa em "mais da metade da população mundial somos crianças" e "as crianças, vamos ter o mundo nas mãos"
3.3.9 Anáfora
A anáfora é a repetição de uma ou mais palavras de forma regular.

Exemplo: Se você sair, se você ficar, se você quiser esperar. Se você “qualquer coisa”, eu estarei aqui sempre para você.

Uso da anáfora pela repetição do termo "falta"

3.4 Figuras de Som

3.4.1 Aliteração
A aliteração é a repetição de sons consonantais.

Exemplo: O rato roeu a roupa do rei de Roma.

Uso da aliteração em "O rato roeu a roupa do rei de Roma"


3.4.2 Paronomásia
Paronomásia é a repetição de palavras cujos sons são parecidos.

Exemplo: O cavaleiro, muito cavalheiro, conquistou a donzela. (cavaleiro = homem que anda a cavalo, cavalheiro = homem
gentil)

Uso da paronomásia por meio dos termos que possuem sons parecidos: "grama" e "grana"

3.4.3 Assonância
A assonância é a repetição de sons vocálicos.

Exemplo:

"O que o vago e incógnito desejo


de ser eu mesmo de meu ser me deu." (Fernando Pessoa)

Na tirinha acima, o uso da assonância é expresso pela repetição das vogais "a" em: "massa", "salga", "amassa"
3.4.4 Onomatopeia
Onomatopeia é a inserção de palavras no discurso que imitam sons.

Exemplo: Não aguento o tic-tac desse relógio.

No primeiro e último quadrinho temos o uso da onomatopeia com "Bum, Bum, Bum" e "Buááá...; Buááá...". O primeiro
expressa o som do tambor, e o segundo, o choro do cebolinha
3.5 Resumo das Figuras de Linguagem
Confira na tabela abaixo o que diferencia cada uma das figuras de linguagem, bem como cada um dos seus tipos.

Figuras de
Figuras de Figuras de Sintaxe ou Figuras de Som ou
Palavras ou
Pensamento construção harmonia
semânticas

Produzem maior
Produzem maior
Produzem maior expressividade à Produzem maior
expressividade à
expressividade à comunicação através expressividade à
comunicação através
comunicação da inversão, repetição comunicação
da combinação de
através das ou omissão dos termos através da
ideias e
palavras. na construção das sonoridade.
pensamentos.
frases.

 hipérbole
 eufemismo
 elipse
 metáfora  litote
 pleonasmo
 comparaçã ironia  aliteração
 zeugma
o  personificaçã  paronomás
 hipérbato
 metonímia o ou prosopopeia ia
 silepse
 catacrese  antítese  assonância
 polissíndeto
 sinestesia  paradoxo ou  onomatope
 assíndeto
 perífrase oxímoro ia
 anacoluto
ou antonomásia  gradação ou
 anáfora
clímax
 apóstrofe
3.6 Hífen
Topônimos iniciados por grã, grão ou formas verbais:

 Grã-Bretanha;
 Grão-Pará;
 Passa-Quatro;
 …

Nomes de espécies botânicas e zoológicas:

 bem-te-vi;
 erva-doce;
 andorinha-do-mar;
 capim-açu;
 …

Palavras com advérbios mal e bem:

 mal-estar;
 bem-estar;
 mal-humorado;
 bem-humorado;
 …

Palavras com além, aquém, recém e sem:

 recém-nascido;
 além-fronteiras;
 sem-vergonha;
 …

Com a nova ortografia, o hífen foi abolido nas palavras compostas por justaposição quando já se perdeu esta noção de
composição.

Com hífen - segunda palavra com a mesma letra:

 micro-organismo;
 micro-ondas;
 contra-ataque;
 contra-atacante;
 anti-inflamatório;
 sobre-exaltar;
 sobre-erguer;
 extra-amazônico;
 extra-alcance;
 …
Com hífen - segunda palavra com h:

 micro-história;
 contra-habitual;
 anti-higiênico;
 sobre-humano;
 extra-humano;
 extra-hospitalar;
 …

Nos prefixos sob- e sub-, além do h e do b, também se utiliza hífen quando a segunda palavra começa pela letra r:

 sub-bibliotecário;
 sub-base;
 sub-região;
 sub-reino;
 …

Com os prefixos pró-, pós- e pré- utiliza-se o hífen quando os prefixos forem tônicos e autônomos da segunda palavra:

 pós-graduação;
 pré-fabricado;
 pró-vida;
 …

Com os prefixos ex-, vice-, vizo-, soto- e sota- utiliza-se sempre o hífen:

 ex-diretor;
 vice-presidente;
 vizo-rei;
 soto-mestre;
 ...

Uso do hífen em encadeamentos vocabulares

O hífen é usado na ligação de palavras que se juntam em algumas situações, formando encadeamentos vocabulares, com
significados distintos:

 a ponte Rio-Niterói;
 a rodovia Rio-Santos;
 a divisa Liberdade-Igualdade-Fraternidade;
 a ponte aérea São Paulo-Manaus;
 …

Sem hífen

Sem hífen - com consoantes r e s duplicadas:

 microrregião;
 microssegundo;
 antissocial;
 antirrugas;
 contrassenso;
 contrarreforma;
 ...
Substantivos compostos sem hífen:

 girassol;
 madressilva;
 paraquedas;
 paraquedista;
 paraquedismo;
 …

Com o prefixo co- apenas se utiliza o hífen quando a segunda palavra começa com h. Em todas as outras situações, não
se usa o hífen:

 cooperar;
 coordenar;
 coadjuvar;
 coprodutor;
 copiloto;
 ...

Uso do hífen em locuções

Segundo o atual acordo ortográfico, não deverá ser utilizado hífen nas locuções substantivas, adjetivas, pronominais,
adverbiais, prepositivas ou conjuncionais:

 dia a dia;
 fim de semana;
 sala de jantar;
 cão de guarda;
 cor de vinho;
 café com leite;
 à toa;
 à vontade;
 …

São exceções a essa regra algumas locuções consagradas pelo uso, com significado próprio:

 água-de-colônia;
 arco-da-velha;
 cor-de-rosa;
 mais-que-perfeito;
 pé-de-meia;
 ao deus-dará;
 à queima-roupa.

3.7 Uso dos Porquês.


3.7.1 Porque
Quando usar porque?
Porque (junto e sem acento) é usado principalmente em respostas e em explicações. Indica a causa ou a explicação de
alguma coisa.

Porque pode ser substituído por:

 pois;
 visto que;
 uma vez que;
 por causa de que;
 dado que;
 …

Exemplos com porque

 Choro porque machuquei o pé.


 Ela não foi à escola porque estava chovendo.

Substituição do porque

 Choro pois machuquei o pé.


 Choro visto que machuquei o pé.
 Ela não foi à escola pois estava chovendo.
 Ela não foi à escola uma vez que estava chovendo.

Porque é uma conjunção subordinativa causal ou explicativa, unindo duas orações que dependem uma da outra para
ter sentido completo.

3.7.2 Por que


Quando usar por que?

Por que (separado e sem acento) pode ser usado para introduzir uma pergunta ou para estabelecer uma relação
com um termo anterior da oração.

Por que interrogativo

Possuindo um caráter interrogativo, por que é usado para iniciar uma pergunta, podendo ser substituído por:

 por que motivo;


 por qual motivo;
 por que razão;
 por qual razão.

Exemplos com por que (interrogativo)

 Por que você não foi dormir?


 Por que não posso sair com meus amigos?

Substituição do por que (interrogativo)

 Por qual motivo você não foi dormir?


 Por qual razão você não foi dormir?
 Por qual motivo não posso sair com meus amigos?
 Por qual razão não posso sair com meus amigos?
Com este uso, por que é formado pela preposição por seguida do pronome interrogativo que.

Por que relativo

Estabelecendo uma relação com um termo antecedente, por que é usado como elo de ligação entre duas
orações, podendo ser substituído por:

 pelo qual;
 pela qual;
 pelos quais;
 pelas quais;
 por qual;
 por quais.

Exemplos com por que (relativo)

 Não achei o caminho por que passei.


 As razões por que fui embora são pessoais.

Substituição do por que (relativo)

 Não achei o caminho pelo qual passei.


 Não achei o caminho por qual passei.
 As razões pelas quais fui embora são pessoais.
 As razões por quais fui embora são pessoais.

Com este uso, por que é formado pela preposição por seguida do pronome relativo que.

3.7.3 Por quê


Quando usar por quê?
Por quê (separado e com acento) é usado em interrogações. Aparece sempre no final da frase, seguido de ponto
de interrogação ou de um ponto final.

Por quê pode ser substituído por:

 por qual motivo;


 por qual razão.

Exemplos com por quê

 Você não comeu? Por quê?


 O menino foi embora e nem disse por quê.

Substituição do por quê

 Você não comeu? Por qual motivo?


 Você não comeu? Por qual razão?
 O menino foi embora e nem disse por qual motivo.
 O menino foi embora e nem disse por qual razão.

Por quê é formado pela preposição por seguida do pronome interrogativo tônico quê.
3.7.4 Porquê
Quando usar porquê?
Porquê (junto e com acento) é usado para indicar o motivo, a causa ou a razão de algo.

Aparece quase sempre junto de um artigo definido (o, os) ou indefinido (um, uns), podendo também aparecer
junto de um pronome ou numeral.

Porquê pode ser substituído por:

 o motivo;
 a causa;
 a razão.

Exemplos com porquê

 Todos riam muito e ninguém me dizia o porquê.


 Gostaria de saber os porquês de ter sido mandada embora.

Substituição do porquê

 Todos riam muito e ninguém me dizia o motivo.


 Todos riam muito e ninguém me dizia a razão.
 Gostaria de saber os motivos de ter sido mandada embora.
 Gostaria de saber as causas de ter sido mandada embora.

Porquê é um substantivo masculino, podendo sofrer flexão em gênero: o porquê, os porquês.

3.7.5 Dicas para o uso dos porquês.


Por que = usado no início das perguntas.
Por quê? = usado no fim das perguntas.
Porque = usado nas respostas.
Porquê = usado como um substantivo.

4 Classes Gramaticais (Emprego das classes de palavras)


Apostila – Página 738 e 739.

4.1 Substantivo
Substantivos são palavras que nomeiam seres, lugares, qualidades, sentimentos, noções, entre outros. Podem ser
flexionados em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau (diminutivo, normal, aumentativo).
Exercem sempre a função de núcleo das funções sintáticas onde estão inseridos (sujeito, objeto direto, objeto indireto e
agente da passiva).
4.1.1 Substantivos simples
 casa;
 amor;
 roupa;
 livro;
 felicidade.

4.1.2 Substantivos compostos


 passatempo;
 arco-íris;
 beija-flor;
 segunda-feira;
 malmequer.

4.1.3 Substantivos primitivos


 folha;
 chuva;
 algodão;
 pedra;
 quilo.

4.1.4 Substantivos derivados


 território;
 chuvada;
 jardinagem;
 açucareiro;
 livraria.

4.1.5 Substantivos próprios


 Flávia;
 Brasil;
 Carnaval;
 Nilo;
 Serra da Mantiqueira.

4.1.6 Substantivos comuns


 mãe;
 computador;
 papagaio;
 uva;
 planeta.

4.1.7 Substantivos coletivos


 rebanho;
 cardume;
 pomar;
 arquipélago;
 constelação.

4.1.8 Substantivos concretos


 mesa;
 cachorro;
 samambaia;
 chuva;
 Felipe.

4.1.9 Substantivos abstratos


 beleza;
 pobreza;
 crescimento;
 amor;
 calor.

4.1.10 Substantivos comuns de dois gêneros


 o estudante / a estudante;
 o jovem / a jovem;
 o artista / a artista.

4.1.11 Substantivos sobrecomuns


 a vítima;
 a pessoa;
 a criança;
 o gênio;
 o indivíduo.

4.1.12 Substantivos epicenos


 a formiga;
 o crocodilo;
 a mosca;
 a baleia;
 o besouro.

4.1.13 Substantivos de dois números


 o lápis / os lápis;
 o tórax / os tórax;
 a práxis / as práxis.

4.2 Artigo
Artigos são palavras que antecedem os substantivos, determinando a definição ou a indefinição dos mesmos.
Sendo flexionados em gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural), indicam também o gênero e
o número dos substantivos que determinam.

4.2.1 Artigos definidos


 o;
 a;
 os;
 as.
4.2.2 Artigos indefinidos
 um;
 uma;
 uns;
 umas.

4.3 Adjetivo
Adjetivos são palavras que caracterizam um substantivo, conferindo-lhe uma qualidade, característica, aspecto ou estado.
Podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau (normal, comparativo,
superlativo).

4.3.1 Adjetivos simples


 vermelha;
 lindo;
 zangada;
 branco.

4.3.2 Adjetivos compostos


 verde-escuro;
 amarelo-canário;
 franco-brasileiro;
 mal-educado.

4.3.3 Adjetivo primitivo


 feliz;
 bom;
 azul;
 triste;
 grande.

4.3.4 Adjetivo derivado


 magrelo;
 avermelhado;
 apaixonado.

4.3.5 Adjetivos biformes


 bonito;
 alta;
 rápido;
 amarelas;
 simpática.

4.3.6 Adjetivos uniformes


 competente;
 fácil;
 verdes;
 veloz;
 comum.
4.3.7 Adjetivos pátrios
 paulista;
 cearense;
 brasileiro;
 italiano;
 romeno.

4.4 Pronome
Pronomes são palavras que substituem o substantivo numa frase (pronomes substantivos) ou que acompanham,
determinam e modificam os substantivos, atribuindo particularidades e características aos mesmos (pronomes adjetivos).
Podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e pessoa (1.ª, 2.ª ou 3.ª pessoa do
discurso).

4.4.1 Pronomes pessoais retos


 eu;
 tu;
 ele;
 nós;
 vós;
 eles.

4.4.2 Pronomes pessoais oblíquos


 me;
 mim;
 comigo;
 o;
 a;
 se;
 conosco;
 vos.

4.4.3 Pronomes pessoais de tratamento


 você;
 senhor;
 Vossa Excelência;
 Vossa Eminência.

4.4.4 Pronomes possessivos


 meu;
 tua;
 seus;
 nossas;
 vosso;
 sua.

4.4.5 Pronomes demonstrativos


 este;
 essa;
 aquilo;
 o;
 a;
 tal.

4.4.6 Pronomes interrogativos


 que;
 quem;
 qual;
 quanto.

4.4.7 Pronomes relativos


 que;
 quem;
 onde;
 a qual;
 cujo;
 quantas.

4.4.8 Pronomes indefinidos


 algum;
 nenhuma;
 todos;
 muitas;
 nada;
 algo.

4.5 Numeral
Numerais são palavras que indicam quantidades de pessoas ou coisas, bem como a ordenação de elementos numa série.
Alguns numerais podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural), outros são
invariáveis.

4.5.1 Numerais cardinais


 um;
 sete;
 vinte e oito;
 cento e noventa;
 mil.

4.5.2 Numerais ordinais


 primeiro;
 vigésimo segundo;
 nonagésimo;
 milésimo.

4.5.3 Numerais multiplicativo


 duplo;
 triplo;
 quádruplo;
 quíntuplo.
4.5.4 Numerais fracionários
 um meio;
 um terço;
 três décimos.

4.5.5 Numerais coletivos


 dúzia;
 cento;
 dezena;
 quinzena.

4.6 Verbo
Verbos são palavras que indicam, principalmente, uma ação. Podem indicar também uma ocorrência, um estado ou um
fenômeno. Podem ser flexionados em número (singular e plural), pessoa (1.ª, 2.ª ou 3.ª pessoa do discurso), modo
(indicativo, subjuntivo e imperativo), tempo (passado, presente e futuro), aspecto (incoativo, cursivo e conclusivo) e voz
(ativa, passiva e reflexiva).

4.6.1 Verbos regulares


 cantar;
 amar;
 vender;
 prender;
 partir;
 abrir.

4.6.2 Verbos irregulares


 medir;
 fazer;
 ouvir;
 haver;
 poder;
 crer.

4.6.3 Verbos anômalos


 ser;
 ir.

4.6.4 Verbos principais


 comer;
 dançar;
 saltar;
 escorregar;
 sorrir;
 rir.

4.6.5 Verbos auxiliares


 ser;
 estar;
 ter;
 haver;
 ir.

4.6.6 Verbos de ligação


 ser;
 estar;
 parecer;
 ficar;
 tornar-se;
 continuar;
 andar;
 permanecer.

4.6.7 Verbos defectivos


 falir;
 banir;
 reaver;
 colorir;
 demolir;
 adequar.

4.6.8 Verbos impessoais


 haver;
 fazer;
 chover;
 nevar;
 ventar;
 anoitecer;
 escurecer.

4.6.9 Verbos unipessoais


 latir;
 miar;
 cacarejar;
 mugir;
 convir;
 custar;
 acontecer.

4.6.10 Verbos abundantes


 aceitado / aceito;
 ganhado / ganho;
 pagado / pago.

4.6.11 Verbos pronominais essenciais


 arrepender-se;
 suicidar-se;
 zangar-se;
 queixar-se;
 abster-se;
 dignar-se.
4.6.12 Verbos pronominais acidentais
 pentear / pentear-se;
 sentar / sentar-se;
 enganar / enganar-se
 debater / debater-se.

4.7 Advérbio
Advérbios são palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou um advérbio, indicando uma circunstância (tempo, lugar,
modo, intensidade,…). São invariáveis, não sendo flexionadas em gênero e número. Contudo, alguns advérbios podem ser
flexionados em grau.

4.7.1 Advérbio de lugar


 aqui;
 ali;
 atrás;
 longe;
 perto;
 embaixo.

4.7.2 Advérbio de tempo


 hoje;
 amanhã;
 nunca;
 cedo;
 tarde;
 antes.

4.7.3 Advérbio de modo


 bem;
 mal;
 rapidamente;
 devagar;
 calmamente;
 pior.

4.7.4 Advérbio de afirmação


 sim;
 certamente;
 certo;
 decididamente.

4.7.5 Advérbio de negação


 não;
 nunca;
 jamais;
 nem;
 tampouco.
4.7.6 Advérbio de dúvida
 talvez;
 quiçá;
 possivelmente;
 provavelmente;
 porventura.

4.7.7 Advérbio de intensidade


 muito;
 pouco;
 tão;
 bastante;
 menos;
 quanto.

4.7.8 Advérbio de exclusão


 salvo;
 senão;
 somente;
 só;
 unicamente;
 apenas.

4.7.9 Advérbio de inclusão


 inclusivamente;
 também;
 mesmo;
 ainda.

4.7.10 Advérbio de ordem


 primeiramente;
 ultimamente;
 depois.

4.8 Preposição
Preposições são palavras que estabelecem conexões com vários sentidos entre dois termos da oração. Através de
preposições, o segundo termo (termo consequente) explica o sentido do primeiro termo (termo antecedente). São
invariáveis, não sendo flexionadas em gênero e número.

4.8.1 Preposições simples essenciais


 a;
 após;
 até;
 com;
 de;
 em;
 entre;
 para;
 sobre.

4.8.2 Preposições simples acidentais


 como;
 conforme;
 consoante;
 durante;
 exceto;
 fora;
 mediante;
 salvo;
 segundo;
 senão.

4.8.3 Preposições compostas ou locuções prepositivas


 acima de;
 a fim de;
 apesar de;
 através de;
 de acordo com;
 depois de;
 em vez de;
 graças a;
 perto de;
 por causa de.

4.9 Conjunção
Conjunções são palavras utilizadas como elementos de ligação entre duas orações ou entre termos de uma mesma
oração, estabelecendo relações de coordenação ou de subordinação. São invariáveis, não sendo flexionadas em gênero e
número.

4.9.1 Conjunções coordenativas aditivas


 e;
 nem;
 também;
 bem como;
 não só...mas também.

4.9.2 Conjunções coordenativas adversativas


 mas;
 porém;
 contudo;
 todavia;
 entretanto;
 no entanto;
 não obstante.

4.9.3 Conjunções coordenativas alternativas


 ou;
 ou...ou;
 já…já;
 ora...ora;
 quer...quer;
 seja...seja.

4.9.4 Conjunções coordenativas conclusivas


 logo;
 pois;
 portanto;
 assim;
 por isso;
 por consequência;
 por conseguinte.

4.9.5 Conjunções coordenativas explicativas


 que;
 porque;
 porquanto;
 pois;
 isto é.

4.9.6 Conjunções subordinativas integrantes


 que;
 se.

4.9.7 Conjunções subordinativas adverbiais causais


 porque;
 que;
 porquanto;
 visto que;
 uma vez que;
 já que;
 pois que;
 como.

4.9.8 Conjunções subordinativas adverbiais concessivas


 embora;
 conquanto;
 ainda que;
 mesmo que;
 se bem que;
 posto que.

4.9.9 Conjunções subordinativas adverbiais condicionais


 se;
 caso;
 desde;
 salvo se;
 desde que;
 exceto se;
 contando que.

4.9.10 Conjunções subordinativas adverbiais conformativas


 conforme;
 como;
 consoante;
 segundo.

4.9.11 Conjunções subordinativas adverbiais finais


 a fim de que;
 para que;
 que.

4.9.12 Conjunções subordinativas adverbiais proporcionais


 à proporção que;
 à medida que;
 ao passo que;
 quanto mais… mais,…

4.9.13 Conjunções subordinativas adverbiais temporais


 quando;
 enquanto;
 agora que;
 logo que;
 desde que;
 assim que;
 tanto que;
 apenas.

4.9.14 Conjunções subordinativas adverbiais comparativas


 como;
 assim como;
 tal;
 qual;
 tanto como.

4.9.15 Conjunções subordinativas adverbiais consecutivas


 que;
 tanto que;
 tão que;
 tal que;
 tamanho que;
 de forma que;
 de modo que;
 de sorte que;
 de tal forma que.

4.10 Interjeição
Interjeições são palavras que exprimem emoções, sensações, estados de espírito. São invariáveis e seu significado fica
dependente da forma como as mesmas são pronunciadas pelos interlocutores.
4.10.1 Interjeições de alegria
 Oh!;
 Ah!;
 Oba!;
 Viva!;
 Opa!.

4.10.2 Interjeições de estímulo


 Vamos!;
 Força!;
 Coragem!;
 Ânimo!;
 Adiante!.

4.10.3 Interjeições de aprovação


 Apoiado!;
 Boa!;
 Bravo!.

4.10.4 Interjeições de desejo


 Oh!;
 Tomara!;
 Oxalá!.

4.10.5 Interjeições de dor


 Ai!;
 Ui!;
 Ah!;
 Oh!.

4.10.6 Interjeições de surpresa


 Nossa!;
 Cruz!;
 Caramba!;
 Opa!;
 Virgem!;
 Vixe!.

4.10.7 Interjeições de impaciência


 Diabo!;
 Puxa!;
 Pô!;
 Raios!;
 Ora!.

4.10.8 Interjeições de silêncio


 Psiu!;
 Silêncio!.

4.10.9 Interjeições de alívio


 Uf!;
 Ufa!;
 Ah!.

4.10.10 Interjeições de medo


 Credo!;
 Cruzes!;
 Uh!;
 Ui!.

4.10.11 Interjeições de advertência


 Cuidado!;
 Atenção!;
 Olha!;
 Alerta!;
 Sentido!.

4.10.12 Interjeições de concordância


 Claro!;
 Tá!;
 Hã-hã!.

4.10.13 Interjeições de desaprovação


 Credo!;
 Francamente!;
 Xi!;
 Chega!;
 Basta!;
 Ora!.

4.10.14 Interjeições de incredulidade


 Hum!;
 Epa!;
 Ora!;
 Qual!.

4.10.15 Interjeições de socorro


 Socorro!;
 Aqui!;
 Piedade!;
 Ajuda!.

4.10.16 Interjeições de cumprimentos


 Olá!;
 Alô!;
 Ei!;
 Tchau!;
 Adeus!.

4.10.17 Interjeições de afastamento


 Rua!;
 Xô!;
 Fora!;
 Passa!.
5 Derivação Prefixal e Sufixal

5.1 Derivação Sufixal


A derivação sufixal é um dos processos de formação de palavras existentes.

Na derivação sufixal ocorre a junção de um sufixo a um radical ou palavra simples já existente, que atua como palavra
primitiva. O sufixo é colocado depois da palavra primitiva, alterando o seu sentido e formando uma palavra derivada, com
um significado próprio.

No português existem, principalmente, sufixos que formam substantivos, sufixos que formam adjetivos, sufixos que
formam advérbios e sufixos que formam verbos. Existem também sufixos que atribuem um grau aumentativo ou
diminutivo às palavras.

Exemplos de palavras formadas por derivação sufixal

 analisar (análise + -ar);


 assessoria (assessor + -ia);
 bimestral (bimestre + -al);
 catalisador (catalisar + -dor);
 chatice (chato + -ice);
 coceira (coçar + -eira);
 criancice (criança + -ice);
 empresário (empresa + -ário);
 encefálico (encéfalo + -ico);
 entrevistar (entrevista + -ar);
 gentileza (gentil + -eza);
 harmonioso (harmonia + -oso);
 harmonizar (harmonia + -izar);
 hilário (hilo + - ário);
 lotação (lotar + -ção);
 maçudo (maça + -udo);
 simplesmente (simples + -mente);
 surtir (surto + -ir);
 suspensório (suspenso + -ório);
 zoeira (zoar + -eira);

Sufixos nominais, verbais e adverbiais

Sufixos nominais dão origem a substantivos e adjetivos.


Sufixos verbais dão origem a verbos.
Sufixos adverbiais dão origem a advérbios.
Sufixos nominais Sufixos verbais Sufixos adverbiais

-dor
-ada
-eiro
-ear
-oso
-ecer
-ável
-izar -mente
-al
-ar
-ão
-aço
-inho

Exemplos de substantivos formados por derivação sufixal:

 gritaria;
 aprendizagem;
 investidor;
 esquecimento;
 incansável;
 …

Exemplos de adjetivos formados por derivação sufixal:

 vergonhoso;
 narigudo;
 incansável;
 animado;
 brilhante;
 …

Exemplos de aumentativos formados por derivação sufixal:

 garotão;
 homenzarrão;
 corpaço;
 cabeçorra;
 mulherona;
 …

Exemplos de diminutivos formados por derivação sufixal:

 casinha;
 animalzinho;
 maleta;
 namorico;
 filhote;
 …

Exemplos de verbos formados por derivação sufixal:

 memorizar;
 folhear;
 caprichar;
 tapar;
 amolecer;
 …

Exemplos de advérbios formados por derivação sufixal:

 lentamente;
 felizmente;
 rapidamente;
 docemente;
 ferozmente;
 …

5.2 Derivação Prefixal


A derivação prefixal é um dos processos de formação de palavras existentes.

Na derivação prefixal ocorre a junção de um prefixo a um radical ou palavra simples já existente, que atua como
palavra primitiva. O prefixo é colocado antes da palavra primitiva, alterando o seu sentido e formando uma palavra
derivada, com um significado próprio.

No português existem prefixos de origem grega e prefixos de origem latina. Diferentes prefixos transmitem
diferentes significados: negação, superioridade, inferioridade, repetição, simultaneidade, …

Exemplos de palavras formadas por derivação prefixal

 afiliar (a- + filiar);


 anaeróbico (an- + aeróbico);
 antemão (ante- + mão);
 anti-inflamatório (anti- + inflamatório);
 através (a- + través);
 autoavaliação (auto- + avaliação);
 bicarbonato (bi- + carbonato);
 contracorrente (contra- + corrente);
 coparticipação (co- + participação);
 descriminar (des- + criminar);
 desculpar (des- + culpar);
 desfavorável (des- + favorável);
 imprescindível (im- + prescindível);
 inadiável (in- + adiável);
 interlocutor (inter- + locutor);
 predominar (pre- + dominar);
 reaver (re- + haver);
 ressalvar (re- + salvar);
 sobre-humano (sobre- + humano);
 subgerente (sub- + gerente);
 supracitado (supra- + citado);
 …

Prefixos gregos e latinos

Prefixos latinos Prefixos gregos Expressam…

des- in- a- na- negação

contra- antí- oposição

ambi- anfí- duplicidade

ab- apó- afastamento

bi- bis- di- duplicidade

trans- diá- metá- através de, mudança

in- en- posição interior

intra- endo- posição interior

ex- ec- ex- posição exterior

super- supra- epí- hipér- posição superior

pre- ante- pro- anterioridade

bene- eu- bem ou excelência

semi- hemi- metade ou quase

sub- hipó- inferioridade

ad- pará- aproximação

circum- peri- à volta de

de- catá- movimento para baixo

cum- sin- companhia


6 Sintaxe

Frase, oração, período, pontuação, tipos de frases, complementos verbais e nominais.

Frase, oração e período são três conceitos essenciais da sintaxe.

Uma frase é um enunciado que apresenta um sentido e uma estrutura completa. A estruturação de palavras em frase visa
a um propósito de comunicação, de transmissão de um conteúdo. Existem frases simples e complexas, nominais e verbais,
com diferentes intenções comunicativas.

Uma oração é uma unidade sintática que indica uma ação verbal. As frases mais complexas apresentam um ou mais
verbos ou locuções verbais. Cada um desses verbos ou locuções verbais é uma oração.

Um período é uma frase onde há a junção de uma ou mais orações de sentido completo. são simples ou compostos,
conforme o número de orações que apresentam.

6.1 Frase
Frase é um conceito muito abrangente, compreendendo desde estruturas muito simples a estruturas muito complexas:

Bom dia!

Não.

Para!

Cuidado com isso!

O menino não obedeceu ao pai.

Por favor, sente-se aqui comigo.

Você quer saber o motivo da minha preocupação?

Embora tenha sido pedida a colaboração de todos, poucos funcionários dedicaram parte do seu tempo à elaboração de
uma lista de melhorias do processo de produção da fábrica.

Uma frase é classificada de frase verbal quando apresenta um verbo na sua constituição e de frase nominal quando não
apresenta um verbo na sua constituição.

Frase verbal: Você leu o projeto com atenção?


Frase nominal: Que maravilha!

Veja também outros exemplos de frases nominais.

Conforme a intencionalidade comunicativa que apresentam, as frases podem ser classificadas em diferentes tipos de
frase.

Frase declarativa: Gosto muito de ler.


Frase interrogativa: Você gosta de ler?
Frase imperativa: Leia mais!
Frase exclamativa: Que bonita leitura!
Frase optativa: Tomara que ele leia sem errar!
Além disso, caso exprimam uma afirmação ou uma negação, as frases podem ser também classificadas em frases
afirmativas e negativas.

6.2 Oração
As orações são facilmente identificáveis através da contagem dos verbos ou locuções verbais:

Eu fui ao cinema. (uma oração)

Eu fui ao cinema e me diverti muito. (duas orações)

Eu fui ao cinema e me diverti muito, apesar do filme ser horrível. (três orações)

As orações são classificadas em orações coordenadas e orações subordinadas.

As orações coordenadas estão unidas pelo sentido, mas são independentes, possuindo sentidos completos. São
classificadas em assindéticas e sindéticas, sendo estas últimas ainda classificadas conforme o sentido que apresentam.

Veja aqui os diferentes tipos de orações coordenadas existentes.

As orações subordinadas não são independentes, uma vez que uma oração completa o sentido da outra. São classificadas
principalmente em substantivas, adjetivas e adverbiais, mas cada uma dessas classificações apresenta outras
subclassificações.

6.3 Período
De acordo com o número de orações que apresentam, os períodos podem ser classificados em simples (apenas uma
oração) ou compostos (duas ou mais orações).

Período simples: Eu visitei minha tia ontem.


Período composto: Eu visitei minha tia, mas meu tio não estava em casa.

Nos períodos compostos, as orações estabelecem entre si relações de coordenação ou de subordinação.

Período composto por coordenação: Eu fui a Paris e vi a Torre Eiffel.


Período composto por subordinação: Não visitei o Museu do Louvre porque estava uma fila enorme para entrar.

6.4 Pontuação
Os sinais de pontuação e os sinais gráficos auxiliares da escrita são usados na linguagem escrita e servem para:

Representar pausas, destaques, entonações e transmissão de sentimentos e intenções existentes na linguagem oral,
marcando o ritmo de um texto.

Conferir à linguagem escrita uma maior clareza, coesão e coerência textual, de forma a esclarecer sentidos ambíguos e
promover a fácil leitura e compreensão do texto escrito.

Conheça todos os sinais de pontuação e os sinais gráficos de escrita:

6.4.1 Ponto final [.]


O ponto final é usado no final das frases declarativas e imperativas para marcar uma pausa total.
Exemplos de uso do ponto final:

A Helena vai trazer o bolo da festa.

As comemorações começarão amanhã.

6.4.2 Ponto de interrogação [?]


O ponto de interrogação é um sinal de pontuação usado apenas em frases interrogativas diretas. É usado para indicar uma
pergunta.

Exemplos de uso do ponto de interrogação:

Que horas são?

Você vem comigo?

6.4.3 Ponto de exclamação [!]


O ponto de exclamação é usado em frases exclamativas para indicar admiração, alegria, raiva,… É também usado em
frases imperativas para indicar uma ordem.

Exemplos de uso do ponto de exclamação:

Parabéns!

Já chega!

6.4.4 Vírgula [,]


A vírgula é usada para separar elementos. Separa alguns termos dentro de uma oração e separa também orações dentro
de um período.

Exemplos de uso da vírgula:

Eu já comprei queijo, presunto, pão e refrigerante.

Se seu pai chegar cedo, iremos ao shopping jantar.

6.4.5 Ponto e vírgula [;]


O ponto e vírgula (;) é usado para indicar uma pausa num período frásico que ainda não acabou, sendo usado
principalmente em itens enumerados, orações extensas, conjunções adversativas e orações sindéticas.

Exemplos de uso do ponto e vírgula:

As imposições feitas pelos trabalhadores foram: direito a pelo menos uma folga semanal fixa; direito a duas horas para
almoço; direito à formação anual.

Sempre te defendi e te apoiei; não esperava, portanto, que tu me enganasses dessa forma.

6.4.6 Dois pontos [:]


Os dois pontos marcam uma pequena suspensão no ritmo de uma frase não concluída. É usado para introduzir uma
enumeração, o discurso direto, uma citação, um esclarecimento e um exemplo, entre outros.

Exemplos de uso do dois pontos:

Descartes declarou: “Penso, logo existo”.

Você precisa comprar: tecidos de várias cores, linha prateada, tesoura para tecido e agulhas resistentes.
6.4.7 Travessão [—]
O travessão é usado, principalmente, para introduzir uma fala no discurso direto. Pode ser usado também para separar
uma oração intercalada da oração principal.

Exemplos de uso do travessão:

— Você vem agora? — perguntou Paulo.

— Não, apenas saio daqui a meia hora. — respondeu Patrícia.

— Ok, eu espero!

6.4.8 Reticências [...]


As reticências são usadas, principalmente, para indicar uma suspensão ou interrupção na frase ou na ação, que
permanece inacabada ou se prolonga no tempo. Podem ser usadas também para transmitir insegurança, dúvida,
suspense,…

Exemplos de uso das reticências:

Vou fazer diversas melhorias nesta casa: lixar e pintar paredes, trocar a canalização, mudar o pavimento, reforçar
estruturas, envernizar o corrimão das escadas,…

Nada se resolvia e as horas iam passando…

6.4.9 Parênteses [( )]
Os parênteses são usados para introduzir uma informação acessória

Exemplos de uso dos parênteses:

Os artigos sofrem flexão em gênero (masculino e feminino) e em número (singular e plural).

Ele insistiu (mas ninguém acreditou) que foi considerado o melhor aluno da escola.

6.4.10 Hífen [-]


O hífen indica, maioritariamente, união semântica entre duas palavras. Existem diversas regras para o seu uso. É usado em
variadas situações: substantivos compostos, palavras formadas por derivação prefixal, locuções, colocação pronominal,
divisão silábica, translineação e encadeamentos vocabulares.

Exemplos de uso do hífen:

terça-feira;

matéria-prima;

bem-humorado;

micro-ondas;

Amo-te!

6.4.11 Barra oblíqua [/]


A barra oblíqua é usada tanto para separar, como para juntar conceitos relacionado. Pode ser usada para separa tanto
palavras, como números, em situações específicas.

Exemplos de uso da barra oblíqua:

Você pode escolher carne e/ou peixe.


Não ultrapasse 120km/h.

07/07/2014

6.4.12 Aspas [“ ”]
As aspas são usadas para destacar uma parte do texto, como citações, transcrições, nomes de obras literárias, palavras
estrangeiras,…

Exemplos de uso das aspas:

Você sabe quem disse: “Vim, vi e venci”?

Estou lendo “Mar Morto”, de Jorge Amado.

6.4.13 Colchetes [ [ ] ]
Os colchetes são usados, principalmente, para indicar uma citação incompleta. São usados também nas transcrições
fonéticas.

Exemplos de uso dos colchetes:

“[…] hei de espalhar meu canto / E rir meu riso e derramar meu pranto […]”

Carro ['karu] e caro ['kaɾu].

6.4.14 Chaves ou chavetas [{}]


As chaves ou chavetas são usadas para reunir diversos itens com relações entre si na formação de um conjunto. No
português, são usadas para representar morfemas. São também muito usadas na matemática.

Exemplos de uso das chaves ou chavetas:

O radical do verbo encontrar é {encontr-}.

Múltiplos de 3: {0, 3, 6, 9, 15, 18, 21, 24,… }

6.4.15 Parênteses quebrados ou angulares [< >]


Os parênteses quebrados ou angulares são usados, principalmente, na representação dos grafemas de uma palavra. São
também utilizados em bibliografias, na indicação das fontes de uma consulta na Internet.

Exemplos de uso dos parênteses quebrados ou angulares:

O grafema < x > representa diversos fonemas.

Aliteração, < http://www.normaculta.com.br/aliteracao/>, com acesso em 25 de julho de 2017

6.4.16 Asterisco [*]


O asterisco é usado, principalmente, para fazer a indicação de uma nota de rodapé ou remissão.

Exemplo de uso do asterisco:

A população brasileira é de quase 191 milhões de habitantes*.

*De acordo com o censo demográfico de 2010, realizado pelo IBGE.

6.4.17 Meia-risca ou meio-traço [–]


A meia-risca ou meio-traço une elementos que se encontram enumerados numa série, indicando o intervalo que existe
entre o primeiro e o último elemento.
Exemplos de uso da meia-risca ou meio-traço:

1500¬–1550;

D–L.

6.4.18 Parágrafo [§]


Um parágrafo é uma unidade de sentido inserida dentro de um texto. Engloba um conjunto de frases que se estruturam
em torno de um grupo de ideias.

Num texto, os parágrafos identificam-se com um espaçamento na sua primeira linha, não sendo usado o sinal gráfico de
parágrafo. Este sinal tem pouco uso, sendo usado maioritariamente na designação de artigos de leis.

6.4.19 Alínea [a)]


A alínea é uma forma de estruturação da informação. Através do seu uso, a informação fica divida em subtópicos.

Exemplo de uso da alínea:


Os termos acessórios da oração são:
a) Adjunto adnominal;
b) Adjunto adverbial;
c) Aposto.

6.5 Tipos de Frases


Uma frase é um enunciado falado ou escrito que apresenta um sentido completo, podendo conter apenas uma ou
várias palavras. Através dos tipos de frase é possível compreender a intencionalidade discursiva de uma frase.

Exemplos de frases:

 Minha professora leu o livro.


 Estamos estudando ciências.
 Deseja algo?
 Mãe, posso ir ao cinema amanhã?
 Adoro viajar!
 Parabéns!
 Sente-se imediatamente!
 Pare, for favor!
Como podemos verificar, as frases apresentam diferentes intenções comunicativas. Usamos frases para expor um assunto,
para indagar sobre algo, para expressar sentimentos, para chamar a atenção, para dar uma ordem,...

Nas frases faladas, a intencionalidade discursiva é transmitida através da entonação, do contexto, das expressões faciais,
das pausas,…

Nas frases escritas, os sinais de pontuação ajudam a definir o sentido das frases, representando por escrito esses diversos
recursos existentes na linguagem oral.

6.5.1 Frases declarativas


Uma frase declarativa tem como intenção dar uma informação ou constatar um fato. É pontuada com ponto final
e pode ser afirmativa ou negativa.

Frases declarativas afirmativas:

 Gosto de ler antes de dormir.


 Meu irmão foi à natação.
 A palestra começará na hora marcada.

Frases declarativas negativas:

 Não gosto de ler antes de dormir.


 Meu irmão nunca foi à natação.
 A palestra jamais começará na hora marcada.

6.5.2 Frases interrogativas


Numa frase interrogativa, o emissor faz uma pergunta ao interlocutor. Ocorrendo uma interrogação direta, a frase deverá
ser pontuada com ponto de interrogação. Ocorrendo uma interrogação indireta, a frase deverá ser pontuada com ponto
final.

Frases interrogativas diretas:

 Que horas são?


 Você viu meu irmão?
 Posso passar?

Frases interrogativas indiretas:

 Eu queria saber que horas são.


 Eu queria saber se você viu meu irmão.
 Gostaria de saber se posso passar.

6.5.3 Frases imperativas


Uma frase imperativa tem como intenção dar ordens ou conselhos, bem como fazer pedidos, havendo uma ação direta
sobre o comportamento do interlocutor. Pode ser pontuada com ponto de exclamação ou ponto final e pode ser
afirmativa ou negativa.

Frases imperativas afirmativas:

Pare com esse barulho imediatamente!

 Ajuda-me aqui, por favor.


 Fale com minha mulher, ela pode ajudá-la.

Frases imperativas negativas:


 Não seja paranoico, ninguém estava falando de você.
 Não empurre seu irmão!
 Não faça confusão.

6.5.4 Frases exclamativas


Numa frase exclamativa, o emissor exprime um estado emotivo, exteriorizando seus sentimentos. É pontuada com ponto
de exclamação.

 Que dia maravilhoso!


 Que bom que você chegou!
 Nossa, que horror!

6.5.5 Frases optativas


Uma frase optativa é utilizada para exprimir um desejo, uma vontade. Deverá ser pontuada com ponto de exclamação.

 Deus te acompanhe!
 Bons ventos te levem!
 Tomara que tudo dê certo!

6.5.6 Frase nominal e frase verbal


Além da classificação dos tipos de frase, as frases podem ser classificadas em nominais e verbais.

Frase verbal é a frase que apresenta verbos na sua formação:

 O dia amanheceu frio.


 Já li o livro todo.
 Você entendeu alguma coisa?

Frase nominal é uma frase que não apresenta verbos na sua formação:

 Atenção!
 Coisa estranha...
 Que lindo!

6.6 Complementos Verbais e Nominais


7 Concordância Verbal e Nominal

A concordância verbal ocorre quando o verbo de flexiona para concordar com o sujeito gramatical. Essa flexão verbal é
feita em número (singular ou plural) e em pessoa (1.ª, 2.ª ou 3.ª pessoa).

A concordância nominal ocorre quando há flexão de um termo (artigo, adjetivo, pronome,…) para concordar com um
substantivo. Essa flexão é feita em gênero (masculino ou feminino) e em número (plural ou singular).
7.1.1 Exemplos de concordância verbal

 Eu aprendi;
 Ele aprendeu;
 Nós aprendemos;
 Eles aprenderam.

7.1.2 Exemplos de concordância nominal

 O amigo verdadeiro;
 A amiga verdadeira;
 Os amigos verdadeiros;
 As amigas verdadeiras.

Apesar dessas regras básicas, existem casos específicos de concordância verbal e de concordância nominal.

7.2 Casos específicos de concordância verbal

Existem diversos casos específicos de concordância verbal. Os principais são:

7.2.1 Concordância verbal com verbos impessoais

Os verbos impessoais, como não apresentem sujeito, são conjugados sempre na 3.ª pessoa do singular:

 Havia várias pessoas esperando. (verbo haver com sentido de existir)


 Faz cinco anos que eu te conheci. (verbo fazer indicando tempo decorrido)
 Aqui onde moro, chove todos os dias. (verbos que indicam fenômenos atmosféricos)

7.2.2 Concordância verbal com a partícula apassivadora se

Com a partícula apassivadora se, o objeto direto assume a função de sujeito paciente. Assim, o verbo estabelece
concordância em número com o objeto direto:

 Vende-se casa.
 Vendem-se casas.

7.2.3 Concordância verbal com a partícula de indeterminação do sujeito se

Quando a partícula se atua como indeterminadora do sujeito, o verbo fica sempre conjugado na 3.ª pessoa do singular:

 Precisa-se de empregado.
 Precisa-se de empregados.
7.2.4 Concordância verbal com a maioria, a maior parte, a metade,...

Com essas expressões, o verbo fica conjugado, preferencialmente, na 3.ª pessoa do singular. Contudo, já se considera
aceitável o uso da 3.ª pessoa do plural:

 A maioria dos alunos vai…


 A maior parte dos alunos vai…
 A maioria dos alunos vão…
 A maior parte dos alunos vão…

7.2.5 Concordância verbal com pronome relativo que

O verbo concorda com o termo antecedente ao pronome relativo que:

 Fui eu que pedi…


 Foi ele que pediu…
 Fomos nós que pedimos…

7.2.6 Concordância verbal com pronome relativo quem

O verbo concorda com o termo antecedente ao pronome relativo quem ou fica conjugado na 3.ª pessoa do singular:

 Fui eu quem pedi…


 Fomos nós quem pedimos…
 Fui eu quem pediu…
 Fomos nós quem pediu…

7.2.7 Concordância verbal com o infinitivo pessoal

O infinitivo é flexionado, principalmente, quando se pretende definir o sujeito e quando o sujeito da segunda oração é
diferente do da primeira:

 Isto é para nós fazermos.


 Eu pedir para eles fazerem tudo.

7.2.8 Concordância verbal com o infinitivo impessoal

O infinitivo não é flexionado, principalmente, em locuções verbais e em verbos preposicionados:

 As pessoas conseguiram entender a verdade.


 Foram incentivados a entender a verdade.
 Foram impedidos de entender a verdade.

7.2.9 Concordância verbal com o verbo ser

Com o verbo ser, a concordância em número é estabelecida com o predicativo do sujeito:


 Isto é brincadeira!
 Isto são brincadeiras!

7.2.10 Concordância verbal com um dos que

Com a expressão um dos que, o verbo fica sempre na 3.ª pessoa do plural:

 Um dos que foram…


 Um dos que querem…
 Um dos que podem…

Veja aqui outros casos específicos de concordância verbal.

7.3 Casos específicos de concordância nominal

Existem diversos casos específicos de concordância nominal. Os principais são:

7.3.1 Concordância nominal com pronomes pessoais

O pronome pessoal e o adjetivo estabelecem concordância em gênero e número:

 Ele é falador.
 Ela é faladora.
 Eles são faladores.
 Elas são faladoras.

7.3.2 Concordância nominal com vários substantivos

O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo mais próximo ou assume a forma no masculino plural:

 mochila e livro emprestado;


 livro e mochila emprestada;
 mochila e livro emprestados;
 livro e mochila emprestados.

7.3.3 Concordância nominal com vários adjetivos

O substantivo fica no singular quando há vários adjetivos no singular que se encontram determinados por artigos. Sem a
presença de artigos, o substantivo fica no plural:

 a professora simpática e a antipática;


 o professor simpático e o antipático;
 as professoras simpática e antipática;
 os professores simpático e antipático.
7.3.4 Concordância nominal com bastante, muito, pouco, meio, caro, barato, longe

As palavras bastante, muito, pouco, meio, caro, barato e longe, enquanto adjetivos, concordam em gênero e número com
o substantivo:

 muitas joias;
 bastantes joias;
 poucas joias;
 joias caras;
 joias baratas.

Nota: Essas palavras permanecem invariáveis apenas quando assumem a função de advérbios, modificando um verbo.

7.3.5 Concordância nominal com é permitido e é proibido

Com estas expressões, o adjetivo varia em gênero e número quando houver a presença de um artigo determinando o
substantivo. Quando não houver artigo, o adjetivo permanece invariável no masculino singular:

 É permitida a entrada de animais.


 É proibida a entrada de animais.
 É permitido entrada de animais.
 É proibido entrada de animais.

Nota: Essa mesma regra de concordância é também aplicada às expressões: é necessário, é preciso, é bom.

7.3.6 Concordância nominal com mesmo e próprio

As palavras mesmo e próprio estabelecem concordância em gênero e número com o substantivo quando atuam como
adjetivo:

 na mesma função;
 no mesmo trabalho;
 nas mesmas funções;
 nos mesmos trabalhos;
 na própria casa;
 no próprio escritório;
 nas próprias casas;
 nos próprios escritórios.

Nota: Esta regra de concordância estende-se também às palavras obrigado, quite, anexo e incluso.

7.3.7 Concordância nominal com menos

A palavra menos permanece sempre invariável:


 menos alegria;
 menos alegrias;
 menos problema;
 menos problemas.

8 Regência Verbal e Nominal

Chama-se regência à relação estabelecida, na oração, entre um termo regente e um termo regido. O
termo regente depende do termo regido, uma vez que o seu sentido permanece incompleto sem a
presença do termo regido.

De acordo com a natureza do termo regente, a regência pode ser classificada de regência verbal ou
regência nominal. Conforme o nome indica, na regência verbal o termo regente é um verbo e na
regência nominal o termo regente é um nome.

Regência verbal:
Termo regente: verbo
Termos regidos: objeto direto e objeto indireto

Regência nominal:
Termo regente: nome
Termo regido: complemento nominal

8.1 Regência verbal


Na regência verbal, se o verbo regente for transitivo direto, terá como termo regido um objeto direto
(não preposicionado). Se o verbo regente for transitivo indireto, terá como termo regido um objeto
indireto (preposicionado).

8.1.1 Exemplos de regência verbal não preposicionada

 Leu o livro.
 Comeu a sobremesa.
 Bebeu o refrigerante.
 Ouviu a notícia.
 Estudou a lição.
 Fez o recheio.

8.1.2 Exemplos de regência verbal preposicionada

 Procedeu à construção de um novo prédio.


 Pagou ao funcionário.
 Desobedeceu aos pais.
 Apoiou-se na parede.
 Apaixonou-se por seu primo.
 Meditou sobre o assunto.
Quando a regência verbal é estabelecida através de uma preposição, as mais utilizadas são: a, de, com,
em, para, por, sobre.

 agradar a;
 obedecer a;
 assistir a;
 visar a;
 lembrar-se de;
 simpatizar com;
 comparecer em;
 convocar para;
 trocar por;
 alertar sobre;
 ...

Veja também: Exemplos de regência verbal com diversas preposições.

8.2 Regência nominal


Na regência nominal, o nome que atua como termo regente pode ser um substantivo, um adjetivo ou
um advérbio. Já o complemento nominal, que atua como termo regido, pode ser um substantivo, um
pronome ou um numeral.

8.2.1 Exemplos de regência nominal

 acessível a todos;
 diferente de mim;
 amoroso com ambos;
 perito em criminologia;
 mau para a saúde;
 ansioso por férias.

A regência nominal é estabelecida através de uma preposição, sendo a, de, com, em, para, por as
preposições mais utilizadas:

 inerente a;
 idêntico a;
 livre de;
 seguro de;
 descontente com;
 interesse em;
 pronto para;
 respeito por;
 ...
9 Crase (Emprego do acento indicativo crase)
A crase é, na língua portuguesa, a contração de duas vogais iguais, sendo representada com acento grave.

9.1 Quando não usar crase?


Não ocorre crase:

Antes de substantivos masculinos:

 Gosto de andar a pé.


 Este passeio será feito a cavalo.
 Será estipulado um tipo de pagamento a prazo.
 Escreve a lápis, assim podemos apagar o que for preciso.

Antes de verbos:

 Não sei se ela chegou a falar sobre esse assunto.


 Meu filho está aprendendo a cantar essa música na escola.
 O arquiteto está começando a renovar essa casa.
 Meu irmão se dispôs a ajudar no que fosse necessário.

Antes da maior parte dos pronomes:

 Desejamos a todos um bom fim de semana.


 Você já pediu ajuda a alguém?
 Dei todos os meus carrinhos a ele.
 Refiro-me a quem nunca esteve presente nas reuniões.

Nota: Antes de alguns pronomes pode ocorrer crase.

 Não entregamos o trabalho à mesma professora.


 Eu pedi a fatura à própria gerente do estabelecimento.
 Solicitei à senhora que não fizesse mais reclamações.
 Esta é a reportagem à qual me referi.

Em expressões com palavras repetidas, mesmo que essas palavras sejam femininas:

 Estamos estudando as expressões mais usadas pelos falantes no dia a dia.


 Gota a gota, minha paciência foi enchendo!
 Preciso conversar com você face a face.
 Por favor, permaneçam lado a lado.

Antes de palavras femininas no plural antecedidas pela preposição a:


 Este artigo se refere a pessoas que estão desempregadas.
 A polêmica foi relativa a mulheres defensoras da emancipação feminina.
 As bolsas de estudo foram concedidas a alunas estrangeiras.

Nota: Caso se especifique os substantivos femininos através da utilização do artigo definido as, ocorre crase,
dada a contração desse artigo com a preposição a: a + as = às.

 Este artigo se refere às pessoas que estão desempregadas.


 A polêmica foi relativa às mulheres defensoras da emancipação feminina.
 As bolsas de estudo foram concedidas às alunas estrangeiras.

Antes de um numeral (exceto horas, conforme acima mencionado):

 O número de concorrentes chegou a quinhentos e vinte e sete.


 O hotel fica a dois quilômetros daqui.
 O motorista conduzia a 180 km/h.

9.2 Quando usar crase?


Ocorre crase:

Antes de palavras femininas em construções frásicas com substantivos e adjetivos que pedem a preposição a e
com verbos cuja regência é feita com a preposição a, indicando a quem algo se refere, como: agradecer a, pedir
a, dedicar a,…

 Aquele aluno nunca está atento à aula.


 Suas atitudes são idênticas às de sua irmã.
 Não consigo ser indiferente à falta de respeito dessa menina!
 É importante obedecer às regras de funcionamento da escola.
 As testemunhas assistiram à cena impávidas e serenas.

Em diversas expressões adverbiais, locuções prepositivas e locuções conjuntivas: à noite, à direita, à toa, às
vezes, à deriva, às avessas, à parte, à luz, à vista, à moda de, à maneira de, à exceção de, à frente de, à custa de,
à semelhança de, à medida que, à proporção que,…

 Ligo-te hoje à noite.


 Ele está completamente à parte do grupo.
 A funcionária apenas conseguiu a promoção à custa de muito esforço.
 Meu filho mais velho está completamente à deriva: não estuda, não trabalha, não faz nada.

Nota: Pode ocorrer crase antes de um substantivo masculino desde que haja uma palavra feminina que se
encontre subentendida, como no caso das locuções à moda de e à maneira de.

 Decisões à Pedro Neves. (à maneira de Pedro Neves)


 Estilo à Paulo Sousa. (à moda de Paulo Sousa)

Antes da indicação exata e determinada de horas:

 Meu filho acorda todos os dias às seis da manhã.


 Chegaremos a Brasília às 22h.
 A missa começará à meia-noite.

Nota: Com as preposições para, desde, após e entre, não ocorre crase.

 Estou esperando você desde as seis horas.


 Marcaram o almoço para as duas horas da tarde.

Em diversas expressões de modo ou circunstância, atuando como fator de transmissão de clareza na leitura:

 Vou lavar a mão na pia.


 Vou lavar à mão a roupa delicada.
 Ele pôs a venda nos olhos.
 Ele pôs à venda o carro.
 Ela trancou a chave na gaveta.
 Ela trancou à chave a porta.
 Estudei a distância.
 Estudei à distância.

9.3 Quando a crase é facultativa?


O uso acento grave indicativo de crase é facultativo:

Antes de pronomes possessivos:

 Na festa de Natal, fizeram referência a minha falecida mãe.


 Na festa de Natal, fizeram referência à minha falecida mãe.

Antes de nomes próprios femininos:

 Enviei cartas a Heloísa.


 Enviei cartas à Heloísa.

Nota: Não ocorre crase em contexto formal e na nomeação de personalidades ilustres porque nestes casos,
segundo a norma culta, não se usa artigo definido.

 Em seu discurso sobre poesia, fez referência a Cecília Meireles.


 A cerimônia foi em homenagem a Clarice Lispector.
Depois da preposição até antecedendo substantivos femininos:

 Não desistiremos, iremos até as últimas consequências.


 Não desistiremos, iremos até às últimas consequências.

9.4 Casos específicos para o uso da crase


Em algumas situações, o uso da crase fica sujeito a verificação:

Antes de nomes de localidades: Apenas ocorre crase antes de nomes de localidades que admitam a
anteposição do artigo a quando regidos pela preposição a. Uma forma fácil de verificar se há anteposição do
artigo a é substituir a preposição a pelas preposições de ou em.

Contração da preposição a com artigo definido feminino a: a + a = à


Contração da preposição de com artigo definido feminino a: de + a = da
Contração da preposição em com artigo definido feminino a: em + a = na

Havendo contração com as preposições de e em, ficando da e na, também haverá contração com a preposição
a, ficando à:

 Vim da Bahia.
 Estou na Bahia.
 Vou à Bahia no próximo mês.

Não havendo contração com as preposições de e em, permanecendo de e em, também não haverá contração
com a preposição a, permanecendo a:

 Vim de Brasília.
 Estou em Brasília.
 Vou a Brasília no próximo mês.

Nota: Se houver adjunto adnominal que determine a cidade, ocorre crase.

 Cheguei à Brasília dos políticos corruptos.


 Regressei à Curitiba de minha infância.

Antes da palavra terra: Ocorre crase apenas com o sentido de Planeta Terra e de localidade, se esta estiver
determinada. Com o sentido de chão, estando indeterminado, não ocorre crase.

 Fui à terra onde meu pai nasceu. (localidade identificada)


 O astronauta regressou à Terra trinta dias após sua partida. (Planeta Terra)
 Os marinheiros chegaram a terra de madrugada. (chão indeterminado)
Antes da palavra casa: Ocorre crase apenas quando a palavra casa está determinada com um adjunto
adnominal. Sem a determinação de um adjunto adnominal não há crase.

 Regresso a casa sempre que posso. (Sem adjunto adnominal)


 Regresso à casa de meus pais sempre que posso. (Com adjunto adnominal)

9.5 O que é a crase?


A crase é a contração de duas vogais iguais, sendo a contração mais comum a da preposição a com o artigo
definido feminino a (a + a = à).

 Dei a indicação à senhora mas ela não a entendeu. (a + a = à)


 Os alunos pediram um favor à professora. (a + a = à)

Existem outras contrações, embora menos utilizadas, como a contração da preposição a com os pronomes
demonstrativos a, aquele, aquela e aquilo:
a + aquele = àquele;
a + aquela = àquela;
a + aquilo = àquilo.

 Fui àquele serviço para resolver esse problema. (a + aquele = àquele)


 Apenas dou a encomenda àquela funcionária. (a + aquela = àquela)
 Refiro-me àquilo que aconteceu semana passada. (a + aquilo = àquilo)

9.6 Dica para o uso da crase


Uma forma fácil de verificar a existência ou não da crase em diversas situações é substituir o substantivo
feminino por um substantivo masculino e verificar se haverá ou não a presença da preposição a contraindo com
o artigo definido a.

Contração da preposição a com artigo definido feminino a: a + a = à


Contração da preposição a com artigo definido masculino o: a + o = ao

Dúvida no uso da crase: “Vou à praia” ou “Vou a praia”?


Substituição por um substantivo no masculino: Substituição de praia por parque.
Reconstrução da dúvida com o substantivo masculino: “Vou ao parque” ou “Vou o parque”?
Generalização da resposta correta: A forma correta é “Vou ao parque”, com a contração ao. Assim, a forma
correta também será “Vou à praia”, com a contração à.

Dúvida no uso da crase: “Vale à pena” ou “Vale a pena”?


Substituição por um substantivo no masculino: Substituição de pena por sacrifício.
Reconstrução da dúvida com o substantivo masculino: “Vale ao sacrifício” ou “Vale o sacrifício”?
Generalização da resposta correta: A forma correta é “Vale o sacrifício”, sem a contração ao. Assim, a forma
correta também será “Vale a pena”, sem a contração à.

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