Empirismo
Empirismo
Empirismo
Já os conhecimentos advindos da
pratica racionalista seriam abstratos, portanto “dedutivos”, ou seja, os seres humanos
criariam hipóteses que são explicações abstratas e teóricas sobre um determinado
objeto.
Francis Bacon, faz a seguinte divisão para a ciência, são elas: poesia ou ciência da
imaginação; história ou ciência da memória; a filosofia ou ciência da razão. Bacon
subdividiu a história em duas: natural e civil. Já na filosofia o pensador fez uma
distinção entre: filosofia da natureza e antropologia.
Bacon acreditava ainda que para uma produção do conhecimento correto, nós
devêssemos evitar o que ele chamava de “Ídolos”. Os Ídolos são classificados em
quatro: Idola Tribus (ídolos da tribo), são os próprios homens que criam explicações do
mundo a partir deles mesmo, ou seja, de nossa própria natureza, abastração; Idola
Specus (ídolos da caverna), corresponde a educação que pode em certo sentido
limitar o avanço do conhecimento;
Idola Fori (ídolos da vida pública do fórum ou do mercado), diz respeito ao mau uso da
linguagem, ou seja, o emprego errôneo da linguagem quanto a comunicação; Idola
Theatri (ídolos do Teatro ou da autoridade), diz respeito aos sistemas filosóficos que
se transformam em autoridades (dogmas) e que portanto são difíceis de serem
questionados.
Bacon foi importante por estabelecer o primeiro esboço de uma técnica cientifica
moderna, mesmo assim não avanço em suas pesquisas nas ciências naturais. Está
gostando desta aula sobre o Empirismo? Veja os vídeos e os demais pensadores para
completar o seu raciocínio.
O filósofo John Locke tem uma significativa contribuição na política. Porém, neste
momento vamos estudar suas orientações quanto à questão do método indutivo.
Locke acreditava que a mente humana seria como uma “folha em branco”.
John Locke.
Desde que nascemos vivenciamos experiências que são percebidas pelos nossos
sentidos. Deste modo o pensador acreditava que ao nascermos não haveria ideias
inatas em nossa mente. Todo o conhecimento seria adquirido pelas frequentes
experiências que somamos ao longo de nossas vidas.
Para confirmar tal hipótese, o filósofo tenta responder a duas questões centrais quanto
ao método indutivo. São elas: De onde se originam os pensamentos e as noções que
os seres humanos produzem acerca do mundo exterior? Podemos confiar nas
informações que percebemos através de nossos sentidos?
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Para isso Locke estabelece que através das experiências a mente humana registraria
a ideia das coisas. Deste modo o nosso cérebro seria capaz de dar sentido ao que nós
vivenciamos. Bom, para Locke, o nosso cérebro faria uma classificação do que seriam
as “qualidades sensoriais primarias” e “qualidades sensoriais secundárias” das coisas
que experimentamos.
As “qualidades sensoriais primárias” são entendidas por Locke como sendo: o peso, a
forma, movimento e número das coisas, ou seja, os objetos em si mesmos; Já as
“qualidades sensoriais secundárias”, dizem respeito aos efeitos que os objetos
produzem em nós ao experimentá-los como: calor, frio, doce, salgado, claro, escuro,
ou seja, são as sensações que os objetos nos passam em uma experiência. Neste
sentido as sensações são as impressões que temos dos objetos.
David Hume é o maior expoente da teoria empirista, foi com ele que o método indutivo
chegou ao auge. Sua proposta quanto ao método indutivo era a de afirmar que: os
nossos sentidos apesar de nos fornecerem impressões, estas, as impressões, não são
iguais as nossas ideias. Hume interpreta que as ideias são mais fracas que as
impressões. A partir dos nossos sentidos nossa mente faria associações diversas que
somadas produziriam o que chamamos de ideias.
Deste modo por “impressão”, Hume entende a percepção, a experiência vivida no ato
do acontecimento. Por “ideia”, ele entende a lembrança ou a imaginação de uma
impressão. Por exemplo: um dia você já deve ter caído de algum modo e se
machucado. O ato de cair e de sentir a dor, no momento em que acontece é o que
Hume chama de “impressão”.
Depois de passado algum tempo, quando você se lembra do tombo, Hume diz que
você faz uma “ideia” do ocorrido. Do mesmo modo, quando um colega seu diz que
caiu, podemos dizer que ele teve a impressão. Depois do ocorrido quando ele conta
para você sobre o tombo tanto ele como você fazem uma ideia do que aconteceu.
Ele faz a ideia porque lembra como tudo aconteceu e você também, isso porque
provavelmente você já caiu e essa experiência ficou gravada em sua mente, daí sua
capacidade de ter ideia do que aconteceu com seu amigo.
Esta interpretação de “ideia” e “impressão” fazem com que Hume ache pouco provável
que o homem possa ser capaz de criar algo realmente novo. Para ele, no máximo, os
seres humanos conseguiriam fazer meras associações, ou seja, não seriamos
criativos. Ex: unicórnios, extra-terrestres, lobisomem, sereias etc.
Para Hume esta percepção não é um evento racional e sim psicológico. Portanto para
Hume a causalidade (causa e efeito) não existiria no mundo natural. Isso abre espaço
para a incerteza do mundo que nos rodeia de modo que conseguiríamos apenas nos
aproximar sobre realmente o que pesquisamos.