Dnit167 2013 Es
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DEPARTAMENTO NACIONAL DE
Processo: 50607.002585/2012-93
INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES Aprovação pela Diretoria Colegiada DNIT na Reunião de 21/10/ 2013
DIRETORIA GERAL
DIRETORIA EXECUTIVA
Direitos autorais exclusivos do DNIT, sendo permitida reprodução parcial ou total, desde que
INSTITUTO DE PESQUISAS RODOVIÁ- citada a fonte (DNIT), mantido o texto original e não acrescentado nenhum tipo de propaganda
RIAS comercial.
l) DNIT 011-PRO: Gestão da qualidade em obras gem, e emulsão asfáltica para pintura de proteção.
b) Sem a aprovação prévia pelo DNIT do projeto de – Desgaste Los Angeles igual ou inferior a 55%
dosagem e da metodologia de trabalho; (DNER-ME 035/98), admitindo-se agregados
der a outros requisitos tecnicamente ou operacional- rodas e potência de motor mínima de 400 HP, para
NORMA DNIT 167/2013-ES 4
permitir empurrar caminhão de água além de fresar 5.2.6 Motoniveladora autopropelida com largura míni-
profundidades de pelo menos 300 mm numa única ma de lâmina de 3,6 metros e potência de motor sufici-
passada; ente para cortar, espalhar e nivelar o material reciclado.
b) Câmara de mistura dotada de dispositivo para 5.2.7 Equipamentos para espalhamento de insumos
permitir fragmentação da capa asfáltica e
a) Espalhamento de agregados (caso necessário)
pedregulhos e assim restringir o diâmetro máximo
admissível; Deve ser utilizado distribuidor de agregados, de preferência
autopropelido, para permitir a distribuição homogênea e na
c) Sistema automático de profundidade e nivelamento
quantidade especificada de material e, também, permitir
para manter a espessura de corte nivelada e
melhor controle das taxas de aplicação;
uniforme. A largura mínima efetiva, em uma única
passada, deve ser de 2,50 metros; b) Espalhamento de cimento Portland
d) Rolo misturador/fresador equipado com ferramentas O cimento deve ser espalhado uniformemente nas
de cortes especiais. Deve ser capaz de operar, no direções longitudinal e transversal. O equipamento deve
mínimo, em três velocidades diferentes, conforme a ser dotado de controle eletrônico, para permitir a
necessidade, para permitir melhor desagregação e máxima precisão na taxa de aplicação,
homogeneização dos materiais; independentemente da velocidade de avanço. Também
e) Dispositivo para ajustar com precisão a taxa de deve possuir sistema de espalhamento controlado por
aplicação de água em função da velocidade de avanço. um computador de bordo capaz de ser ajustado a
qualquer momento e sempre que necessário.
5.2.2 Caminhões tanque
5.2.8 Equipamentos para compactação
a) Caminhão tanque para abastecimento de água com
capacidade mínima de 10.000 litros, equipado com a) Rolos metálicos vibratórios do tipo liso e/ou pé de
registro de água (diâmetro 3”), engate para mangueira carneiro, de peso operacional mínimo de 11,3
do tipo rápido (macho / fêmea) e engate para cambão; toneladas e dispositivos para ajustar as amplitudes e
frequências de vibração para as condições de
b) Outro caminhão tanque de água com capacidade
trabalho requeridas. Tais equipamentos devem ser
mínima de 10.000 litros, para umidificar a superfície
dotados de inversores de sentido e possuir
durante as operações de compactação e, também,
deslocamento suave;
para controlar a emissão de poeira e manter a umidade
na superfície da camada reciclada após o acabamento. b) Rolo pneumático autopropulsor, de peso operacional
NOTA: Um terceiro caminhão tanque pode ser de 20 a 30 toneladas, dotado de dispositivo que
necessário para abastecer de água o caminhão permita a calibragem de variação da pressão dos
tanque do trem de reciclagem, permitindo desta pneus de 0,25 MPa a 0,84 MPa (35 a 120 psi).
5.3 Execução diametral, aos sete dias de cura, entre 0,25 MPa e
0,35 MPa.
O processo construtivo compreende a operação simul-
NOTA: É desejável que a fração passante na
tânea de desagregação do pavimento e incorporação de
peneira nº 4 (4,75 mm) seja de, no mínimo,
materiais novos (espalhados previamente sobre a pista),
50%.
mistura e homogeneização “in situ”, compactação e
acabamento, segundo alinhamento e cotas definidos no 5.3.1.3 Orientações para dosagem de mistura recicla-
projeto geométrico, resultando numa camada nova de da:
pavimento.
a) Coleta de amostras
5.3.1 Mistura reciclada.
A coleta de amostras para elaboração do projeto de
5.3.1.1 A mistura reciclada deve apresentar uma gra- dosagem da mistura reciclada deve ser efetuada
nulometria densa e bem graduada e se enquadrar em preferencialmente com o auxílio da própria
uma das faixas granulométricas da Tabela 1: recicladora que será utilizada nos serviços de
reciclagem. Na ausência deste equipamento é
Tabela 1 – Composição granulométrica
permitida a utilização de fresadora de asfalto.
Percentagem
Peneira de malha Tolerância
passando, em massa É fundamental que a coleta de amostras seja feita
quadrada da faixa de
(%)
projeto de forma a cobrir todas as possíveis variações da
Abertura
ABNT I II (%) estrutura do pavimento existente. A cada uma
(mm)
destas variações corresponde um segmento
2” 50,8 100 100 homogêneo, para o qual deve ser elaborado um
1” 25,4 75 – 90 100 ±7 projeto de dosagem específico.
por metro quadrado (Kg/m²); tação vem imediatamente atrás da recicladora, para
dar consistência à mistura antes que qualquer con-
– Indicação, em volume, do consumo de
formação geométrica seja feita pela motoniveladora;
agregados por metro quadrado (m³/m²), caso
haja necessidade da adição dos mesmos. g) Após a pré-compactação deve ser realizada a con-
formação inicial dos perfis transversais e longitudi-
5.3.2 Reciclagem do pavimento
nais da camada com emprego de motoniveladora.
A reciclagem “in situ” do pavimento deve ser executada
NOTAS:
nas condições e sequência a seguir descritas:
1. Quando a operação de reciclagem é interrom-
a) Espalhamento do agregado adicional (caso necessá-
pida, juntas transversais são formadas. Mesmo
rio) na espessura determinada e, preferencialmente,
nas paradas que levam apenas alguns minutos
com o emprego de distribuidor de agregados. Opci-
para carregar tanque de água ou para realizar
onalmente, poderá ser admitido o emprego de moto-
pequenas manutenções, cria-se uma junta que
niveladora.
é essencialmente uma alteração na uniformi-
A largura das faixas longitudinais deve ser fixada de dade do material reciclado. Portanto, deve-se
modo a executar-se o menor número possível de juntas ter atenção no sentido de minimizar as paradas
e se consiga a maior continuidade de tratamento; e, quando for inevitável, tratar cuidadosamente
cie, na taxa indicada no projeto de mistura. O cimen- 2. Se houver alguma paralisação temporária, de-
to deve ser distribuído preferencialmente por equi- ve ser feita uma marca no local exato onde a
pamento dotado de controle eletrônico, para garantia recicladora parou. Quando a operação for re-
da precisão na taxa de aplicação. Excepcionalmen- começada, a recicladora deve voltar alguns
te, poderá ser admitido o espalhamento manual, metros e reiniciar o corte sem adição de mate-
desde que a área a ser coberta pelo conteúdo de um riais e água para compactação. No momento
saco de cimento seja previamente demarcada. em que chegar ao local marcado o operador
c) O tempo entre a aplicação do cimento e o início da deve reiniciar a reciclagem.
mistura dos materiais não deve exceder 30 minutos;
A reciclagem, portanto, somente deve ser inter-
d) Reciclagem na seção e espessura de corte indicadas rompida por necessidade imperiosa.
em projeto. Nesta operação o cimento Portland, agre-
5.3.3 Compactação
gados adicionais (caso necessário) e a água para com-
pactação são simultaneamente incorporados e homo- a) Finalizada a pré-compactação, inicia-se efetivamen-
geneizados com os materiais do pavimento existente. te a compactação final, devendo ser concluída den-
tro do prazo de trabalhabilidade do material recicla-
A recicladora deve ser ajustada para fragmentar ao
do. À medida que se processa a compactação, a
máximo o revestimento asfáltico. As eventuais pla-
motoniveladora vai modelando a superfície, confor-
cas do revestimento produzidas durante a operação
me estabelecido no projeto geométrico. O formato
devem ser removidas manualmente;
desejado deve ser obtido com a ajuda de referências
e) Para execução de juntas longitudinais entre cortes fixas (piquetes e estacas).
adjacentes recomenda-se uma sobreposição mínima O objetivo da compactação é atingir a máxima den-
de 15 cm entre passadas da recicladora. Deve-se sidade em toda a espessura da camada reciclada. O
tomar cuidado para não aplicar água para compac- número de passadas e a composição da patrulha de
tação na largura de sobreposição; rolos devem ser definidos e aprovados pela Fiscali-
NORMA DNIT 167/2013-ES 7
zação no início dos serviços de cada segmento ho- permeabilidade e permitir condições de aderência entre a
mogêneo; superfície e o revestimento a ser executado.
b) A compactação deve ser executada longitudinalmen- É vedado o emprego de asfalto diluído sobre a base
te, de forma contínua e sistemática, até atingir o tratada com cimento.
grau de compactação pretendido. Se a reciclagem
5.3.6 Liberação para o tráfego
se realizar por faixas paralelas os cilindros devem
sobrepor a faixa adjacente em pelo menos 15 cm. a) A liberação ao tráfego só deve ser permitida depois
da execução de capa selante sobre a pintura de pro-
A compactação deve ser iniciada pela borda mais bai-
teção e de três dias, no mínimo, da execução da
xa da faixa, prosseguindo até a borda mais elevada
camada reciclada. Também é permitida a aplicação
da faixa, sobrepondo-se as passadas sucessivas;
de revestimentos delgados do tipo tratamento super-
c) Durante as operações finais de compactação deve ser ficial ou microrrevestimento asfáltico, de acordo com
realizada a umidificação da superfície por meio da o especificado no projeto de engenharia;
adição de pequenas quantidades de água, a fim de
b) Caso a exposição ao tráfego promova degradação
evitar a secagem prematura do material reciclado;
da base reciclada, uma nova camada de proteção
d) O Grau de Compactação (GC) a ser obtido deve ser (pintura de proteção + capa selante) deve ser apli-
de, no mínimo, 98% em relação à densidade de refe- cada, após varredura do material solto;
rência obtida com a Energia Modificada.
c) Antes da aplicação do revestimento final a camada
5.3.4 Acabamento reciclada devidamente protegida (pintura de proteção
+ capa selante) deve ser submetida à ação do tráfego
Após a conclusão da compactação deve ser feito o
por um período de 3 a 7 dias, de forma que eventuais
acerto final da superfície, de acordo com o projeto geo-
deficiências se exteriorizem e possam ser sanadas.
métrico. Nesta etapa, as saliências devem ser elimina-
das com o emprego de motoniveladora e a superfície da
6. Condicionantes ambientais
base deve ser comprimida até que se apresente lisa e
isenta de partes soltas ou sulcadas. A motoniveladora 6.1 Condicionantes ambientais gerais
deve atuar exclusivamente em operação de corte, por-
Devem ser devidamente observados a legislação ambi-
tanto não é permitida a correção de depressões pela
ental vigente e os procedimentos prescritos no instru-
adição de material.
mental técnico normativo pertinente do DNIT, especial-
O prazo de trabalhabilidade da mistura reciclada não mente a Norma DNIT 070/2006-PRO, e cumprido o
deve ultrapassar 2 (duas) horas. estabelecido na documentação vinculada à execução do
NOTA: Prazo de trabalhabilidade da mistura reciclada empreendimento, constituída pelo projeto de engenha-
é o intervalo de tempo entre o início da mistura ria, estudos ambientais e o licenciamento ambiental.
lares, conforme DNER-ME 086/94: Um ensaio no a) Coleta de material fresado para ensaio de granulo-
início da utilização do agregado na obra e sempre metria (sem adição de cimento);
que houver variação da natureza do material;
b) Verificação da umidade do material fresado, antes
– Durabilidade, conforme DNER-ME 089/94: Um da adição de materiais (DNER-ME 052/94);
ensaio no início da utilização do agregado na
c) Verificação da taxa de aplicação de cimento;
obra e sempre que houver variação da natureza
do material. d) Verificação da taxa de aplicação de agregados
– Uma determinação do Equivalente de Areia, con- × 20 cm da mistura reciclada, para verificação da re-
forme DNER-ME 054/97: Um ensaio por dia de sistência à compressão simples, sendo a moldagem
b) Depois da moldagem no campo os corpos de prova ou até 0,5% em excesso para a declividade trans-
devem permanecer por sete dias em câmara úmida, versal de caimento simples, não se tolerando falta
ais), para determinação da densidade máxima apa- (direita e esquerda) e o centro da pista.
rente seca de referência a ser utilizada na aferição A deflexão obtida sobre cada camada deve ser in-
do Grau de Compactação (DNIT 164/2013 – ME); ferior ao valor considerado no dimensionamento
do pavimento constante do projeto. Os segmen-
b) Verificação do Grau de Compactação, conforme a
tos que apresentarem valores superiores aos
norma DNER-ME 092/94.
considerados no projeto devem ser pesquisados
das nas seções 4 e 5 desta Norma e observados os mente definida, de acordo com a Norma DNIT
critérios e disposições seguintes: 011/2004-PRO, a qual prescreve que o executante da
obra deve estabelecer e manter procedimentos do-
a) Quando especificado valor(es) mínimo(s) e/ou má-
cumentados para implementar as ações corretivas e
ximo(s) a ser atingido(s) devem ser verificadas as
preventivas na execução da obra, com o objetivo de
seguintes condições:
detectar e eliminar as causas das não conformidades.
– Condições de conformidade:
c) Os serviços só devem ser aceitos se atenderem às
X - ks ≥ valor mínimo especificado; prescrições desta Norma.
x i
de licitação, ou na falta desses critérios em conformida-
s
( xi X ) 2 e obedecidos os alinhamentos e cotas de projeto,
n 1 admitidas as tolerâncias estabelecidas nesta Norma.
Índice Geral
Agregados adicionais 5.1.3, 7.1.2 ........... 3,8 Emulsão asfáltica RR-2C 7.1.3 ..................... 8
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