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CURSO COMPLEMENTAR

SEP - Sistema Elétrico de Potência

NR 10 - Norma Regulamentadora
Segurança em Instalações e Serviços
em Eletricidade
SEP - Sistema elétrico de potencia

SEP é um conjunto das instalações e equipamentos destinados à geração, transmissão e distribuição


de energia elétrica até a medição, inclusive.

1. GERAÇÃO
2. TRANSMISSÃO
3. DISTRIBUIÇÃO

1. GERAÇÃO:

a. Hidroelétrica
b. Termoelétrica
c. Eólica
d. Nuclear

a. HIDROELETRICA

Nas usinas Hidroelétricas, os geradores são acionados pela força das


águas dos rios, normalmente com quedas artificiais, através de
grandes represas.

b. TERMOELETRICA

Nas usinas termelétricas, o gerador é acionado pelo vapor d’água


que sai de uma caldeira aquecida.
Para aquecer esta caldeira, utiliza-se o calor desenvolvido na
combustão de óleo, carvão e outros combustíveis e, assim, nestas
usinas temos a transformação da energia térmica em energia
elétrica.

c. EÓLICA

A energia dos ventos é uma alternativa renovável, disponível


localmente, não poluente e economicamente competitiva às fontes
convencionais que aquecem o planeta e agridem o ambiente.

Cata-ventos melhorados tecnologicamente podem transformar o


movimento do ar em grandes quantidades de energia elétrica, sem
emitir gases poluentes, sem alagar solos férteis e sem despejar
elementos radiativos na natureza.
d. NUCLEAR
As usinas nucleares funcionam da mesma maneira que uma usina
termelétrica, com a única diferença que o calor utilizado para
produzir o vapor que aciona o gerador é obtido por meio de reações
nucleares que se desenvolvem em um reator atômico.
Portanto, nestas usinas, temos a transformação de energia nuclear em
energia elétrica.

2.Transmissão de energia elétrica

TRANSMISSÃO:

Basicamente está constituída por linhas de condutores


destinados a transportar a energia elétrica desde a fase de
geração até a fase de distribuição, abrangendo processos
de elevação e rebaixamento de tensão elétrica, realizados
em estações próximas aos centros de consumo, ao lado das
cidades.

ATIVIDADES CARACTERÍSTICAS DO SETOR DE TRANSMISSÃO:

Inspeção de linhas de transmissão

Inspetores de linha verificam o estado da estrutura e seus


elementos, a altura dos cabos elétricos e a faixa de servidão,
área ao longo da extensão da linha de domínio da
companhia de transmissão.
Esse processo de inspeção periódica poderá ser realizado
por terra ou por helicóptero, dependendo dos recursos da
empresa e especificidade do serviço.
As inspeções por terra demandam periodicamente subidas
em torres e estruturas.

Inspeção Aérea

A inspeção aérea juntamente com a inspeção terrestre, é um dos principais instrumentos de diagnóstico
das linhas de transmissão, servindo para a programação das manutenções preventivas e corretivas das
mesmas.
A inspeção aérea detalhada é a inspeção periódica realizada com helicóptero em velocidade reduzida
(média de 60 km/h), para observar todos os pontos.
Inspeção Terrestre

As inspeções terrestres são executadas pelas divisões de transmissão seguindo um roteiro pré-
estabelecido, que leva em consideração o diagnóstico da linha de transmissão, sua idade, desempenho,
características próprias, etc.
Os serviços de inspeção em geral são executados pelas turmas de inspeção, compostos por empregados
experientes e tecnicamente capacitados.

Inspeção Instrumental (Termográfica)

Termovisor

Também conhecido como termógrafos, são câmeras equipadas com detectores especiais, que
transformam leituras de campos de temperatura em imagem de vídeo.

Desempenho

O desempenho de uma linha de transmissão deve ser analisado sob o aspecto operativo e sob o aspecto
de manutenção.
Desempenho operativo é feito através dos "Relatórios de Desligamentos Forçados em Linhas de
Transmissão", que indicam se a linha de transmissão está adequada ou não.
O desempenho quanto à manutenção leva em conta o número e a duração das intervenções em cada
linha de transmissão, ocorrência de falhas e defeitos registrados e relatórios emitidos.

Diagnóstico Individual

Basicamente, o diagnóstico é uma análise do desempenho


operativo e da manutenção da linha no ano anterior,
complementado com as recomendações dos serviços necessários à
permanência ou melhoria do desempenho apresentado.
Programação dos Serviços de Manutenção

Com base no diagnóstico de cada linha de transmissão, deve-se elaborar a programação dos serviços.
Nesta programação devem estar incluídos os serviços relacionados no Plano de Trabalho na Diretoria
de Operação.

Atribuições

O planejamento, acompanhamento e controle de todos os serviços


de manutenção das linhas de transmissão, barramentos aéreos de
subestações e estruturas de telecomunicações sob responsabilidade
do respectivo órgão responsável par tal, da empresa

O planejamento, acompanhamento e controle de todos os serviços de manutenção das linhas de


transmissão, barramentos aéreos de subestações e estruturas de telecomunicações sob
responsabilidade do respectivo órgão responsável par tal, da empresa.

Inspeção e Fiscalização de Linhas

As principais atribuições das turmas de inspeção e fiscalização são:

Inspeção terrestre detalhada das linhas anotando em formulários próprios o estado geral das faixas de
servidão e de segurança, das estruturas, cabos condutores e pára-raios, isoladores e ferragens das
cadeias, sistemas de aterramento (rabichos e contrapeso), etc.;

Execução de ensaios com instrumentos específicos para verificação das condições das instalações,
tais como medição de vibração eólica em cabos condutores e pára-raios, medição de resistência de
aterramento das estruturas e resistividade do solo, verificação de potencial em isoladores (teste de
ruído), etc.;

Relação de serviços manutenção transmissão:

 Substituição e correção de problemas em isoladores, cruzetas, amortecedores, espaçadores, anéis


e chifres equalizadores, ferragens de cadeias, grampos, etc., em linhas de transmissão; substituição
de postes;
 Substituição e reparo de cabos condutores e para-raios; correção de jumps;
 Reaperto de parafusos e troca de peças em estruturas metálicas;
 Instalação de placas de pintura de identificação e sinalização de estruturas de linhas de
transmissão;
 Instalação de esferas de sinalização e balizadores;
 Execução e fiscalização de serviços de pintura de conservação de estruturas metalizadas de linhas
de transmissão, pórticos e suportes de subestações;
 Montagem e desmontagem de variantes com estruturas de emergência;
 Armazenamento de estruturas de emergência;
 Instalação e substituição de bobinas de bloqueio;
 Apoio às "Turmas de Inspeção de Linhas de Transmissão" nas atividades de inspeção que
requeiram manobras, envolvendo grande número de pessoas, tais como inspeção de cabos
condutores e pára-raios, grampos, espaçadores, bem como medições de vibração eólica em cabos,
gradiente de potencial em isoladores e resistência de aterramento e resistividade do solo;
 Ampliação e reparo do sistema de aterramento de estrutura (contrapeso);
 Combate de erosão e formigueiros nas proximidades das estruturas; corte de árvores nas faixas de
servidão e de segurança;
 Instalação, substituição e manutenção de estruturas de telecomunicações;
 Verificação das tensões mecânicas dos estais das estruturas de telecomunicações;
 Substituição de isoladores, grampos e conectores em barramentos de subestações;
 Conexão de subestação móvel ao barramento aéreo de subestações, com instalações energizadas
ou não;
 Manutenção de barramentos aéreos de subestações;
 Desconexão e conexão de equipamentos de subestações com instalação energizada.

Corrosão

O combate à corrosão tem como principais atribuições as seguintes tarefas:

 Inspeção das instalações quanto ao estado de corrosão e levantamento das necessidades de


tratamento nas linhas de transmissão e subestações da Transmissão Paulista;
 Fiscalização de todo o processo de tratamento anticorrosivo, ou seja, desde a compra dos materiais
utilizados à contratação dos serviços;
 Fiscalização de todo processo de tratamento anticorrosivo;
 Pintura dos suportes de equipamento das subestações.

Equipamento garante inspeção mais eficiente em linhas de transmissão e redes de distribuição.

Trata-se do Sistema com Câmara Termográfica - Gimbal, equipamento que vai permitir a localização
precisa e rápida de defeitos nos sistemas de fornecimento de energia elétrica. (Esta sendo utilizado
pela CEMIG)
Manutenção em Linhas

Lavagem de isoladores de torre de Transmissão


(necessário retirar o “limo” que interfere nas
propriedades de isolamento)

Reparo em isolador –
linha de transmissão 230 kV
Lançamento de cabos

DISTRIBUIÇÃO DE NERGIA ELÉTRICA

É o segmento do setor de energia elétrica que congrega o


maior número de trabalhadores eletricitários,
compreendendo os potenciais após a transmissão, indo até
estações de transformação e distribuição, e entregando
energia elétrica aos consumidores INDUSTRIAIS,
COMERCIAIS E RESIDENCIAIS.
Manutenção em linhas desenergizadas (desligadas).
As atividades de distribuição de energia elétrica podem ser
realizadas em sistemas energizados (linha viva) ou
desenergizados.
Todas as atividades envolvendo manutenção no setor
elétrico devem priorizar os trabalhos com circuitos
desenergizados.
Apesar de desenergizados devem obedecer a procedimentos e medidas de segurança, adequados.

Manutenção com a linha energizada. (Linha viva).

Essa atividade pode ser realizada mediante a adoção de


procedimentos que garantam a segurança dos trabalhadores.
Nessa condição de trabalho as atividades podem se
desenvolver mediante 3 métodos, abaixo descritos:

Método ao contato
Método ao potencial
Método à Distância
Método ao contato

O trabalhador tem contato com a rede energizada, mas


não fica ao mesmo potencial da rede elétrica, pois está
devidamente isolado desta, utilizando equipamentos de
proteção individuais adequados ao nível de tensão tais
como botas, luvas e mangas isolantes e equipamento
de proteção coletiva como cobertura e mantas
isolantes.

Método ao potencial

É o método onde o trabalhador fica em contato


direto com a tensão da linha, no mesmo potencial da
rede elétrica.
Nesse método é importantíssimo o emprego de
medidas de segurança que garantam o mesmo
potencial elétrico no corpo inteiro do trabalhador,
devendo ser utilizado conjunto de vestimentas
condutoras (roupas, botinas, luvas, capuzes), ligadas
através de cabo condutor elétrico e cinto a rede
objeto da atividade.

Obs. Mais utilizado na transmissão

Método à Distância

É o método onde o trabalhador interage com a parte


energizada a uma distância segura, através do emprego de
procedimentos, estruturas, equipamentos, ferramentas e
dispositivos isolantes apropriados.
INSPEÇÃO DE LINHAS DE DISTRIBUIÇÃO

A inspeção visa identificar as irregularidades e anomalias existentes no sistema elétrico de distribuição


que, se não corrigidas a tempo, resultam em falhas e ou interrupções.
O fluxo do processo de inspeção é constituído pelas etapas: programar, executar, controlar e atuar,
formando um ciclo contínuo e fechado de procedimentos, cujo produto é o diagnóstico da rede de
distribuição no que se refere às condições físicas e elétricas.
Para efeito de inspeção das linhas e redes de distribuição, devem ser utilizados os seguintes métodos
de inspeção:
Minuciosa ou poste a poste, onde são inspecionados todos os postes e estruturas existentes.
Por amostragem, onde são inspecionados apenas alguns postes dentre o total de postes instalados.
Setorial, onde são inspecionados alguns componentes específicos.
Os sistemas operacionais responsáveis pela divulgação dos indicadores de continuidade devem
fornecer subsídios necessários para as inspeções utilizando-se de recursos como DEC, FEC ou
relatórios de acompanhamento de interrupções.

Planejamento da Inspeção

Antes de se executar a inspeção nos circuitos, deve-se planejar o trabalho, considerando os seguintes
aspectos:
Análise das características da linha ou rede para servir de base para observações durante a inspeção.
a) Trechos problemáticos.
b) Rede urbana e ou rural.
c) Redes exclusivas, industriais ou residenciais.
d) Trechos com incidência de vandalismo, pipas, árvores, descarga atmosférica, etc.
e) Padrão da rede (compacta ou convencional).

Necessidade de coordenação da proteção.

a) Instalação de equipamentos de proteções seletivas ou coordenadas em função da região atendida.


b) Relocação de chaves fusíveis de transformadores.
c) Relocação de chaves fusíveis de derivações.
d) Divisão de circuitos.

FORMULÁRIO DE INSPEÇÃO

Deverá ser criado um formulário de inspeção de redes primárias ou secundárias que atenda a
necessidade da empresa e facilite a inspeção, com respectiva instrução de preenchimento

2-Organização do trabalho.

Para executar qualquer tarefa com sucesso, é preciso que nos organizemos antes.

Organizar significa pensar antes de iniciarmos a tarefa.

Mas pensar em quê?

 Na maneira mais simples de fazer a tarefa, evitando complicações ou controles exagerados.


 No modo mais barato de fazer a tarefa.
 No meio menos cansativo para quem vai realizar a tarefa.
 Num procedimento que seja mais rápido.
 Em obter a melhor qualidade e o resultado mais confiável.
 Na maneira menos perigosa de fazer a tarefa.
 Numa forma de trabalho que não prejudique o meio ambiente, ou seja, que não cause poluição
do ar, da água e do solo.

É fácil tratar cada um desses itens isoladamente para tomar providências.

O problema surge quando desejamos tratar todos os itens juntos. Podemos, por exemplo, escolher uma
forma mais rápida de realizar uma tarefa.

Entretanto, essa forma pode afetar a qualidade e a segurança, tornando o trabalho perigoso.

Se, por exemplo, precisamos trocar rapidamente uma lâmpada queimada sobre a máquina de trabalho,
podemos fazer a troca subindo na máquina.

Mas esse procedimento não é bom, porque pode nos levar a um acidente.

O correto seria usarmos uma escada.

A tarefa seria mais demorada, mas a segurança e a qualidade estariam asseguradas.

Portanto, todos os itens devem ser pensados juntos, para que no final haja equilíbrio entre eles, de
modo que um não prejudique o outro.

Além disso, precisamos pensar, também, na quantidade e qualidade das pessoas e dos materiais
necessários, na hora e no local em que eles devem estar.

Antes de iniciar o trabalho, precisamos providenciar.

 Material adequado
 Ferramentas adequadas e em bom estado
 Veículo com equipamento adequado.
 Equipamentos de segurança, individuais e coletivos.
 Tempo necessário
 Pessoal qualificado.
 Ordem de serviço
 Comunicação aos setores envolvidos.
 Etc...
Quando fazemos, com antecedência, um estudo de todos os fatores que vão interferir no trabalho e
reunimos o que é necessário para a sua execução, estamos organizando o trabalho para alcançar bons
resultados.
Ritmo
O trabalho deve ser feito com ritmo, ou seja, cadência.
Quando andamos uma longa distância, devemos manter um ritmo constante, de modo que não nos
cansemos andando muito rápido, nem demoremos andando muito devagar.
Mas é preciso lembrar que cada pessoa tem um ritmo próprio.
Assim, o trabalhador deve seguir o seu próprio ritmo e mantê-lo constantemente.
Um movimento excessivamente rápido, além de cansar quem está serrando, pode resultar num corte
malfeito, sem boa qualidade.
Também pode causar redução da produção pois o trabalhador, após excessivo esforço, vê-se obrigado
a parar por muito cansaço.

Um lugar para cada coisa


Deve haver sempre um lugar para cada coisa e cada coisa
deve estar sempre em seu lugar.
Pondo isso em prática, evita-se fadiga, perda de tempo e
irritação por não se encontrar o que se necessita.
Um exemplo desse princípio de ordem e organização é o
dos quadros de oficinas mecânicas, que apresentam
contornos das ferramentas a fim de que cada uma volte
sempre ao seu local.

Objetos em ordem
Objetos em ordem facilitam o trabalho.

Se, numa seqüência de operações, você usa ferramentas ou outros objetos, procure colocá-los na
mesma ordem da seqüência de uso e na zona em que vai trabalhar.

Os objetos de uso mais freqüente devem ficar mais próximos de você.


Fatores ambientais
Outros fatores, como iluminação, barulho, temperatura etc., devem ser considerados para aumentar
ou diminuir a produtividade e assegurar a qualidade do serviço que está sendo feito.
Ferramentas
As ferramentas devem ser adequadas ao trabalho, tanto no tipo quanto no tamanho.

Por exemplo, para pregar pregos pequenos, devemos usar martelos pequenos e para pregos grandes,
martelos grandes.
Devemos apertar uma porca com chave de boca com tamanho e tipo apropriados.

Seria incorreto usar um alicate.


ISTO É UMA ORGANIZAÇÃO QUE PRODUZ?
3-Procedimentos de trabalho

10.11 - PROCEDIMENTOS DE TRABALHO

10.11.1. Os serviços em instalações elétricas devem ser planejados e realizados em conformidade com
procedimentos de trabalho específicos, padronizados, com descrição detalhada de cada tarefa, passo
a passo, assinados por profissional que atenda ao que estabelece o item 10.8 desta NR.

10.11.2. Os serviços em instalações elétricas devem ser precedidos de ordens de serviço especificas,
aprovadas por trabalhador autorizado, contendo, no mínimo, o tipo, a data, o local e as referências aos
procedimentos de trabalho a serem adotados.

10.11.3. Os procedimentos de trabalho devem conter, no mínimo, objetivo, campo de aplicação, base
técnica, competências e responsabilidades, disposições gerais, medidas de controle e orientações
finais.

10.11.4. Os procedimentos de trabalho, o treinamento de segurança e saúde e a autorização de que


trata o item 10.8 devem ter a participação em todo processo de desenvolvimento do Serviço
Especializado de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho -SESMT, quando houver.

10.11.5 A autorização referida no item 10.8 deve estar em conformidade com o treinamento
ministrado, previsto no Anexo II desta NR.

10.11.6. Toda equipe deverá ter um de seus trabalhadores indicado e em condições de exercer a
supervisão e condução dos trabalhos.

10.11.7 Antes de iniciar trabalhos em equipe os seus membros, em conjunto com o responsável pela
execução do serviço, devem realizar uma avaliação prévia, estudar e planejar as atividades e ações a
serem desenvolvidas no local, de forma a atender os princípios técnicos básicos e as melhores técnicas
de segurança aplicáveis ao serviço.

10.11.8 A alternância de atividades deve considerar a análise de riscos das tarefas e a competência
dos trabalhadores envolvidos, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho.

PLANEJAMENTO

Por que planejar?

"O planejamento não diz respeito a decisões futuras,


mas às implicações futuras de decisões presentes" -
PETER DRUCKER
Qualquer atividade humana realizada sem qualquer tipo de
preparo, é uma atividade aleatória que conduz, em geral, o
indivíduo e as organizações a destinos não esperados,
altamente emocionantes e via de regra a situações piores
que aquelas anteriormente existentes.
A QUALIDADE é fruto de um esforço direcionado de um
indivíduo ou grupo para fazer algo acontecer conforme o
que foi anteriormente desejado e estabelecido, portanto a qualidade somente poderá ser alcançada
através de um trabalho planejado.
O PLANEJAMENTO PROVOCA MODIFICAÇÕES EM PESSOAS, TECNOLOGIA E
SISTEMAS.

Portanto deve-se considerar que o planejamento é condição básica para o sucesso de qualquer trabalho
que procure a melhoria da qualidade.
Esse planejamento deverá ser feito nas diversas etapas da cadeia de fornecimento de um produto ou
serviço, isto é, desde a pesquisa de mercado, o projeto, o fornecedor até a loja que fornece este item
ao consumidor ou cliente.

Portanto fica claro que a qualidade somente será conseguida se ela for planejada e que este
planejamento ocorra de forma organizada, isto é, dentro de uma seqüência de eventos pré-
determinada.
Vale a pena recordar um ditado chinês que afirma que "se você não
souber onde pretende chegar, qualquer caminho serve”. Isto
significa: se uma empresa ou pessoa quer alcançar a qualidade
competitiva, isto não se dará por acaso, mas será o resultado de um
esforço de todos aqueles que trabalham na organização, desde o
presidente até o mais simples funcionário.
Qualquer trabalho, por mais simples que seja, só deve ser executado
após planejamento de todas as suas fases, incluindo a escolha dos
meios necessários á sua execução, bem como a previsão dos
possíveis riscos de acidente e o seu controle.
Cabe a cada profissional planejar o trabalho em conjunto com seus
companheiros de equipe, abordando todos os pontos de vista técnico
e de segurança, sobre o serviço a ser executado.
Nos trabalhos em redes elétricas, deve indicar os circuitos
energizados, sua tensão nominal e a posição mais seguram para o
profissional.
No planejamento devem ser consideradas as condições pessoais dos elementos da equipe,
especialmente em partes energizadas.
Se alguém se apresentar indisposto, deve executar tarefas de menor risco e, se necessário, ser
encaminhado ao setor competente.

RESPONSABILIDADE

Independentemente da responsabilidade de cada empregado pela observância rigorosa das Normas de


Segurança, compete á chefia imediata exigir o seu cumprimento.
No impedimento ou em casos que não haja encarregado, a segurança no trabalho é de responsabilidade
de cada um, que deve selar belo bem-estar físico e psíquico de si próprio.

ATITUDE NO TRABALHO

A máxima atenção e cuidados devem ser tomados pelos empregados ao executarem qualquer serviço,
sendo indispensável e altamente perigosas conversas alheias ao trabalho, brincadeiras com
companheiros ou terceiros e outras atitudes que possam distrair a atenção dos empregados,
especialmente na execução de trabalhos aéreos ou próximos a instalações elétricas energizadas.
5-Prontuário de Instalações Elétricas
NR10 subitem 10.2.6

10.2.6 O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser organizado e mantido atualizado pelo empregador ou
pessoa formalmente designada pela empresa, devendo permanecer à disposição dos trabalhadores envolvidos
nas instalações e serviços em eletricidade.

10.2.7. Os documentos técnicos previstos no Prontuário de Instalações Elétricas devem ser elaborados por
profissional legalmente habilitado.

Prontuário: sistema organizado de forma a conter uma memória dinâmica de informações pertinentes às
instalações e aos trabalhadores.

É um arquivo onde fica guardado toda a documentação, vida e ações adotadas em uma instalação elétrica.

Documentos que farão parte do prontuário:

Podemos considerar de grande importância no processo os documentos listados a seguir:


1) Procedimentos – instruções de segurança.
2) Treinamentos.
3) Documentos de qualificação e autorização.
4) Cat e relatórios de acidentes. (Comunicação de acidentes de trabalho)
5) Contratos com empresas prestadoras de serviço.
6) PCMSO. (NR7-programa de controle médico de saúde ocupacional)
7) PPRA. (NR9 - programa de prevenção dos riscos ambientais)
8) PCMAT. ( NR18 - programa de condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção)
9) Documentos da cipa. (NR5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes)
10) Sesm.t (NR-4 - serviços especializados em engenharia de segurança e medicina do trabalho)
11) Documentos de registro funcional do trabalhador.
12) Prova de entrega de EPI. (NR6 - Equipamentos de Proteção Individual – EPI)
13) Certificação de EPC.
14) Registros de horas de trabalho.
15) Laudos periciais de periculosidade e insalubridade. ( NR15 - Atividades e Operações Insalubres)
16) Outros documentos.
a. Ordens de serviço.
b. Medições da qualidade dos sistemas de aterramento e dos sistemas de proteção contra
descargas atmosféricas (pára-raios).
c. Os sistemas de aterramento elétrico fixos devem ser avaliados periodicamente com o objetivo
de comprovação de sua eficiência, mediante inspeções do sistema e medição ôhmica da
resistividade dos elementos.
d. Tais inspeções e medições deverão ser realizadas por profissional legalmente habilitado e
possuir registro em relatório de inspeção ou laudo técnico.
e. Programa de Conservação Auditiva. Conforme os níveis de ruído e as particularidades de
estações e subestações e usinas de geração.
f. Todos os documentos relacionadas as instalações elétricas.

6-Método de trabalho

Seqüência lógica de procedimentos ou operações para se realizar determinada tarefa ou atingir


determinado objetivo.
Toda empresa deve desenvolver seu método de trabalho ou aderir a métodos já existentes.
Todo método de trabalho deve ser submetido apreciação da área de segurança.
ADOTADOS PELO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA EM LINHAS ENERGIZADAS:

1) METODO AO CONTATO
a) Equipamento de elevação.
b) Plataformas isoladas.
c) Escadas isoladas.
d) Andaimes isolados
2) METODO A DISTÂNCIA.
a) Bastões
b) Plataformas isoladas

7-Indução

A indução eletrostática é o processo de carregar eletricamente um objeto colocando-o no campo


elétrico de outro objeto carregado, às vezes também é chamada de indução elétrica.
Um campo elétrico é o campo de força provocado por cargas eléctricas (elétrons, prótons ou íons) ou
por um sistema de cargas. Cargas elétricas num campo elétrico estão sujeitas a uma força elétrica

8-RAIOS.

A descarga atmosférica, popularmente conhecida como


raio, faísca ou corisco, é um fenômeno natural que ocorre
em todas as regiões da terra. Na região tropical do planeta,
onde está localizado o Brasil, os raios ocorrem geralmente
junto com as chuvas.

Como os raios se formam

Durante as tempestades observa-se uma queda da temperatura e um


aumento da umidade relativa do ar, o que diminui suas propriedades
dielétricas. Ao mesmo tempo, o movimento das nuvens provoca um
aumento do potencial elétrico entre elas e o solo. Esses dois fatores
contribuem para eventual movimento de cargas elétricas entre nuvem e
solo, isto é, uma descarga elétrica de curta duração mas de alta intensidade.
PARA-RAIOS

O pára-raios nada mais é que um elemento metálico situado a determinada altura e eletricamente
ligado a terra, de forma que as descargas ocorram pelo caminho mais fácil, protegendo as suas
imediações

O captor mais usado atualmente é o tipo Franklin, que consiste de um conjunto de algumas hastes
pontiagudas para facilitar a condução, montado em um mastro vertical.

Até certa época, foram usados tipos semelhantes, mas com adição de material radioativo que, segundo
os fabricantes, aumentava o raio de ação. Não são mais permitidos devido aos riscos inerentes.

Em alguns casos são também usados fios horizontais como captores, mas esta forma não está no
escopo desta página.

Campo de proteção.

Campo de proteção de um captor Franklin em mastro vertical.

É dado pelo cone com vértice no captor, com geratriz que faz ângulo
de 60º com a vertical (para níveis de proteção maiores este ângulo
deverá ser menor).

Assim,

A figura abaixo mostra a instalação padrão com apenas 1 captor. Entretanto, o número de captores
deve ser dado em função da área a proteger conforme critério anterior.
Todo o prédio e áreas a proteger devem estar dentro do campo de
proteção.
O cabo de descida é normalmente de cobre, com seção não inferior a
35 mm2.
Como regra geral, a descida deve ser a mais direta possível, com o
mínimo de curvas. Essas, quando necessárias, devem ter raio mínimo
de 20 cm.
Não deve haver emendas, exceto para os conectores indicados,
próximos ao solo, que permite separar as partes para medições do
aterramento.
Os espaçadores devem ser usados a cada 2 m no máximo e devem
proporcionar um separação mínima de 20 cm entre cabo e prédio ou
outras partes.

Aterramento

Define-se como um sistema formado por hastes verticais, cabos ou ambos, que permite a fácil condução da
corrente recebida pelo captor para o solo.

O principal parâmetro a considerar é a resistência do aterramento (definida conforme normas), que não deve
ser superior a 10 ohms para uso geral e 1 ohm para prédios com explosivos ou inflamáveis.

Ela depende das dimensões e características construtivas do sistema (também chamado malha de terra) e da
resistividade do solo, que depende da sua natureza geológica e de outros fatores como temperatura, umidade,
sais dissolvidos, etc.
A tabela a baixo dá valores médios para os tipos mais comuns de solo.A variação é grande para um mesmo tipo
de solo.

Assim, o ideal é efetuar medições em diversas épocas do ano para definir o melhor valor a considerar.

Tipo de solo Resistividade W m

Areia 250 a 500

Argila 20 a 60

Argila com areia 80 a 200

Humus 10 a 150

Lama 5 a 100
Limo 20 a 100
Rocha maior que 1000
Turfa 150 a 300

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE RAIOS

1-É perigoso tomar banho em chuveiros elétricos durante as tempestades?

Sim. O chuveiro elétrico está ligado à rede elétrica que alimenta a residência e se um raio cair próximo
ou sobre a mesma poderemos ter o aparecimento de "voltagens" perigosas na fiação e a pessoa que
está tomando banho pode tomar um choque elétrico.

2-Não devemos operar aparelhos elétricos e telefônicos durante as tempestades?

Não, pelo mesmo motivo apresentado no caso de tomar banho. Os aparelhos elétricos e telefônicos
estão ligados a fios, que podem ter suas "voltagens" elevadas quando há queda de um raio sobre ou
perto das redes telefônicas e elétricas, ou mesmo no caso de um raio que caia sobre a casa.

3-É possível se proteger contra os raios?

Sim. A adoção de medidas de segurança pessoal minimiza bastante os perigos provocados pelos raios.
A maior parte dos acidentes ocorre com pessoas que estão em locais descampados. Raramente temos
acidentes com pessoas dentro de edificações durante as tempestades com raios:

 Evite ficar em locais descampados e descobertos;


 As casas, edifícios, galpões, carros, ônibus e trens são locais seguros;
 Dentro de uma edificação, procure ficar afastada (no mínimo um metro) de paredes, janela,
aparelhos elétrica e telefônica;
 Evite tomar banho em chuveiro elétrico e operar aparelhos elétricos e telefônicos;
 Ficar em baixo de uma árvore alta e isolada é muito perigoso, no entanto procura abrigo
dentro de uma mata fechada é seguro;
 Se estiver em local descampado, não carregue objetos longos, tais como guarda-chuva,
vara de pescar, enxada, ancinho, etc;
 Não entre dentro de rios, lagoas e mar;
 Não opere trator ou qualquer máquina agrícola que não tenha cabine metálica fechada;
 Evite ficar perto de cercas e estruturas elevadas (torre, caixa d'água suspensa, árvore alta,
etc.);

4-É possível proteger equipamentos elétricos e telefônicos contra raios?

Sim. Existem protetores especiais que devem ser instalados nas tomadas e nos telefones. Em dias de
tempestade é aconselhável desligar os equipamentos das tomadas.

5-É possível proteger casas e edificações contra raios?

Sim. A norma brasileira NBR 5419 - Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas - Jun/93,
estabelece os critérios e procedimentos para a instalação de pára-raios em casas e edificações.

6-Existem os raios e o corisco?

Raio e corisco são nomes popularmente utilizados para designar as descargas atmosféricas.

7-O que é "raio-bola"?

É um tipo de raio muito raro. Ele tem o formato de uma bola de fogo, que fica flutuando no ar e algumas vezes
ele explode, podendo provocar queimaduras em animais e pessoas próximas.

8-Caem mais raios em locais rochosos?

Não existe evidência científica de que o tipo de terreno influencie no número de raios que caem. O que sabemos
é que em locais elevados caem mais raios de que em locais mais baixos.

9-Redes elétricas que cortam fazendas aumentam os riscos com raios?

Um raio que cai sobre uma rede elétrica, provavelmente cairia no mesmo local do terreno, mesmo se não
existisse a rede elétrica. Como a rede elétrica se destaca, ou seja, ela acostuma ser um ponto elevado sobre o
terreno, raio que iriam cair no solo ou sobre árvores acabam caindo sobre a rede.

O perigo que a rede elétrica traz é devido ao fato dela estar ligada à instalação elétrica de casas e edificações.
Um raio que cai na rede elétrica ou nas suas proximidades acaba provocando o aparecimento de "voltagens"
perigosas na fiação das edificações.

Quando um rebanho inteiro morre devido a um raio próximo a uma cerca, é devido ao próprio agrupamento
dos animais ou à proximidade do rebanho da cerca.

10-O que atrai mais, o agrupamento de animais ou a cerca?

O que atrai o raio é a altura relativa do objeto ou animal em relação ao solo.


O raio sempre cai na estrutura mais alta.

Em muitos casos os animais são mais altos que a cerca e neste caso eles são pontos preferenciais para a queda
de raios.

Como a altura dos animais e da própria cerca não é grande, eles não atraem muitos raios. As árvores isoladas,
em geral, atraem mais raios que cercas e animais.

Mesmo no caso de uma cerca devidamente protegida (aterrada e seccionada), se um raio cair sobre ela e se
junto dela estiver um rebanho, provavelmente o resultado será catastrófico.
O raio que cai diretamente na cerca energiza apenas um trecho dela, ou seja, o seccionamento e aterramento
evitam a energização de toda a cerca. Apenas os animais junto ao trecho de cerca energizado correm grandes
riscos.

9- Eletricidade estática

A eletricidade estática é a carga elétrica num corpo cujos átomos apresentam um desequilíbrio em sua
neutralidade. O ramo da física que estuda os efeitos da eletricidade estática é a Eletrostática.
O fenômeno da eletricidade estática ocorre quando a quantidade de elétrons gera cargas positivas ou
negativas em relação à carga elétrica dos núcleos dos átomos. Quando existe um excesso de elétrons
em relação aos prótons, diz-se que o corpo está carregado negativamente. Quando existem menos
elétrons que prótons, o corpo está carregado positivamente. Se o número total de prótons e elétrons é
equivalente, o corpo está num estado eletricamente neutro.
Existem muitas formas de "produzir" eletricidade estática, uma delas é friccionar certos corpos, por
exemplo, o bastão de âmbar, para produzir o fenômeno da eletrização por fricção.

10-Campo eletromagnético

É gerado quando da passagem da corrente elétrica alternada nos meios


condutores.

Os efeitos danosos do campo eletromagnético nos trabalhadores


manifestam-se especialmente quando da execução de serviços na
transmissão e distribuição de energia elétrica, nas quais empregam-se
elevados níveis de tensão.

Os efeitos possíveis no organismo humano decorrente da exposição ao campo eletromagnético são de


natureza elétrica e magnética.
Os efeitos do campo elétrico já foram mencionados acima.

Quanto aos de origem magnética citamos os efeitos térmicos, endócrinos e suas possíveis patologias
produzidas pela interação das cargas elétricas com o corpo humano.
Não há comprovação científica, porém, há indícios de que a radiação eletromagnética criada nas
proximidades de meios com elevados níveis de tensão e corrente elétrica possa provocar a ocorrência
de câncer, leucemia e tumor de cérebro.

Contudo certos que essa situação promove nocividade térmica (interior do corpo) e efeitos endócrinos
no organismo humano.
Especial atenção aos trabalhadores, expostos a essas condições, que possuam em seu corpo próteses
metálicas (pinos, encaixes, articulações), pois a radiação promove aquecimento intenso nos elementos
metálicos podendo provocar as necroses ósseas, assim como aos trabalhadores portadores de
aparelhos e equipamentos eletrônicos (marca-passo, auditivos, dosadores de insulina, etc..), pois a
radiação interfere nos circuitos elétricos e poderão criar disfunções e mau funcionamento desses.

11-Efeitos do campo eletromagnético

• Os campos elétricos e magnéticos em 50/60Hz, também conhecidos pela sigla CEM,


coexistem em ambientes residenciais e de trabalho, em função da operação de qualquer tipo
de equipamento elétrico, da existência de fiação em prédios e também pela proximidade a
linhas e subestações de energia elétrica.
De uma forma geral tais campos decorrem da geração, distribuição e uso da energia elétrica,
constituindo linhas de força circundando os corpos e dispositivos existentes no ambiente.
Ainda que os CEM sejam produzidos pelas mesmas fontes, as pesquisas sobre efeitos na saúde
humana têm se detido mais em campos magnéticos do que em elétricos, isso porque estudos
epidemiológicos têm indicado maior associação de riscos de doenças com campos magnéticos.
• Uma pessoa debaixo de uma linha de transmissão de alta-tensão pode sentir um moderado
choque ao tocar em objetos do ambiente, diminuindo rapidamente tais efeitos com a distância
e obstáculos existentes. Campos magnéticos podem induzir correntes elétricas no corpo das
pessoas, porém, em geral, bem menores que as correntes elétricas naturais existentes no
cérebro, nervos e coração.
• A grande variedade de pesquisas realizadas e em andamento, tais como, experiências com
animais e em laboratório, estudos clínicos, simulações em computador, bem como estudos
epidemiológicos, têm provido valiosa informação para a avaliação dos efeitos na saúde pela
exposição a CEM, pois os cientistas têm que considerar resultados de estudos com diversas
abordagens e disciplinas, pois nenhum experimento isoladamente pode ser considerado
conclusivo.
As pesquisas buscam também entender os mecanismos biológicos através dos quais as doenças
ocorrem. Experiências com animais podem possibilitar a observação de agentes específicos sob
condições controladas. Porém, nem estudos biológicos ou em animais podem reproduzir a
complexidade da natureza do ser humano em seu ambiente natural de vida.
Sem entender como os efeitos acontecem, é difícil avaliar como resultados de laboratório podem ser
extrapolados para efeitos na saúde humana.

É importante também distinguir entre um efeito biológico e um efeito na saúde, pois muitos efeitos
biológicos estão dentro da gama normal de alteração do organismo, não sendo necessariamente
prejudiciais.
Nesse contexto, a epidemiologia é uma valiosa ferramenta científica para se identificar riscos à saúde
humana.

O epidemiologista observa e compara grupos de pessoas que tiveram ou não exposição a CEM para
ver se o risco de doenças é diferente entre esses grupos.

Vários fatores têm que ser considerados para validação de resultados de um estudo epidemiológico:
 Intensidade de associação entre CEM e doença, resposta em função da dose de exposição;
 Consistência de reprodução de resultados;
 Corroboração de experimentos de laboratório;
 Metodologia consistente de estudo;
 Significação estatística;
 Análise agrupada de diversas experiências.
Conclusões
Os problemas referentes aos efeitos dos campos elétricos e magnéticos sobre organismos vivos, vêm
sendo objetos de inúmeros estudos e publicações dentre as nações do primeiro mundo, desde a década
de 1960.
O assunto tem sido discutido com grande interesse em diversos países, que vem desenvolvendo
pesquisas científicas, havendo, todavia, divergências com relação aos padrões de tolerância à
exposição recomendados, particularmente entre os países do leste europeu, mais restritivos, e os do
mundo ocidental.

Em que pese uma pequena parcela de estudos epidemiológicos sugira uma associação entre a
exposição, especialmente ao campo magnético e a ocorrência de alguns tipos de câncer em crianças,
adultos e trabalhadores ocupacionalmente expostos, essa associação é extremamente fraca, e não pôde
ser satisfatoriamente explicada até o momento, pelos fundamentos teóricos existentes de interação
entre esse tipo de campo e os organismos vivos.
Esses estudos não são conclusivos, sendo ainda bastante contraditórios com a grande maioria dos
estudos epidemiológicos disponíveis sobre essa questão, que não vem encontrando quaisquer
associações.

Considerando que a associação da exposição a campos elétricos e magnéticos de baixas freqüências


(1 a 100 kHz), onde se inclui a faixa de ELF, com a ocorrência de algumas patologias importantes,
como o câncer, encontra-se em fase de discussão, não havendo à luz do conhecimento científico atual
quaisquer indicativos que viabilizem a necessária comprovação epidemiológica, sem a qual não pode
ser evidenciada tal associação, as diretrizes aqui estabelecidas deverão ser revisadas e atualizadas, no
caso de avanços na identificação da correlação entre os efeitos desses campos em relação à saúde.
Ao estabelecer os critérios e recomendações aqui contidas, a ABRICEM pretende subsidiar o órgão
público competente (ANEEL) com relação à regulamentação da exposição a campos elétricos e
magnéticos de 60 Hz, analogamente ao recentemente realizado por essa Associação quando, por
solicitação da ANATEL desenvolveu trabalho de normalização que subsidiou a Resolução ANATEL
303/2002, de 2 de julho de 2002, que estabelece o Regulamento sobre Limitação da Exposição a
Campos Elétricos, Magnéticos e Eletromagnéticos na faixa de Radiofreqüência , entre 9 KHz e
300GHz, disciplinando sobre a utilização do espectro de telecomunicações.
Assim, considerando-se que:
1) não existe regulamentação brasileira para exposição da população em geral a campos magnéticos
de baixa freqüência;
2) existe norma da ABNT que estabelece limite de campo elétrico para faixas de segurança de linhas
aéreas de transmissão de energia elétrica, porém sob revisão;
3) os limites da ICNIRP são reconhecidos oficialmente pela Organização Mundial da Saúde e
adotados pela maioria dos países europeus; a ABRICEM recomenda, em conformidade com os
resultados de pesquisa do projeto Eletropaulo, que os limites a serem adotados pelas empresas do setor
elétrico brasileiro pela.

12-Riscos no SEP

NR-9- Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais é um documento de revisão anual, sendo
fundamental a abordagem, dentre todos os riscos ambientais, sobretudo dos riscos relativos à:

Radiação eletromagnética, principalmente na construção e manutenção de linhas de elevado potencial


(transmissão e sub-transmissão) e em subestações;

Ruído em usinas de geração elétrica e subestações;


Calor em usinas de geração elétrica (sala de máquinas), serviços em redes subterrâneas de distribuição
de energia elétrica e telefonia e em subestações;
Calor em usinas de geração elétrica (sala de máquinas), serviços em redes subterrâneas de distribuição
de energia elétrica e telefonia e em subestações;

Umidade em caixas subterrâneas;

Riscos biológicos diversos nos serviços em redes subterrâneas de distribuição de energia elétrica e
telefonia (eventual proximidade com redes de esgoto), e obras de construção de modo geral;

Gases tóxicos, asfixiantes, inflamáveis nos serviços em redes subterrâneas de distribuição de energia
elétrica e telefonia tais como metano, monóxido de carbono, etc;
Produtos químicos diversos como solventes para limpeza de acessórios;

Óleos dielétricos utilizados nos equipamentos, óleos lubrificantes minerais e hidrocarbonetos nos
serviços de manutenção mecânica em equipamentos sobretudo em subestações de energia, usinas de
geração e transformadores na rede de distribuição;
Ácido sulfúrico em baterias fixas de acumuladores em usinas de geração elétrica e nas estações
telefônicas;

Ascarel ou Bifenis Policlorados (PCBs), ainda presente em transformadores e capacitores de


instalações elétricas antigas, em atividades de manutenção em subestações de distribuição elétrica e
em usinas de geração elétrica, por ocasião da troca de transformadores e capacitores e, em especial,
da recuperação de transformadores e descarte desse produto.
Outros riscos ambientais, conforme a especificidade dos ambientes de trabalho e riscos porventura
decorrentes de atividades de construção, tais como vapores orgânicos em atividades de pintura, fumos
metálicos em solda, poeiras em redes subterrâneas e obras, etc.

É fundamental a verificação da existência dos aspectos estruturais no documento base do PPRA, que
dentre todos legalmente estabelecidos, cabe especial atenção para os seguintes:

Discussão do documento base com os empregados (CIPA);


Descrição de todos os riscos potenciais existentes em todos ambientes de trabalho, internos ou
externos e em todas as atividades realizadas na empresa (trabalhadores próprios ou de empresa
contratadas);
Realização de avaliações ambientais quantitativas dos riscos ambientais levantados (radiação; calor,
ruído, produtos químicos, agentes biológicos, dentre outros), contendo descrição de metodologia
adotadas nas avaliações, resultados das avaliações, limites de tolerância estabelecidos na NR-15
(ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES) esta NR estabelece os procedimentos obrigatórios,
nas atividades ou operações insalubres que são executadas acima dos limites de tolerância previstos
na Legislação, comprovadas através de laudo de inspeção do local de trabalho.
Agentes agressivos: ruído, calor, radiações, pressões, frio, umidade, agentes químicos, etc.)
Ou na omissão dessa Norma na ACGIH (American Conference of Governamental Industrial
Higyenists) e medidas de controle sugeridas, devendo ser assinado por profissional legalmente
habilitado;

Descrição das medidas de controle coletivas adotadas;


Cronograma das ações a serem adotadas no período de vigência do programa.
O PPRA deve estar articulado com os demais documentos de SST, como PCMSO (Programa de
Controle Médico de Saúde Ocupacional), PCA e o PCMAT (Programa de Condições e Meio
Ambiente de Trabalho na Indústria da) (Construção) (em caso de construção de linhas elétricas, obras
civis de apoio a estruturas, prediais), e, inclusive, com todos os documentos relativos ao sistema de
gestão em SST (segurança e saúde no trabalho) adotado pela empresa.

13-TRABALHOS EM ALTURA

INTRODUÇÃO

Se perguntarmos a qualquer profissional de segurança qual o tipo de acidente de trabalho que mais
mata com certeza obteremos como resposta as quedas de níveis diferentes. E não nos referimos de
forma alguma apenas a realidade brasileira.

Ora, se os acidentes desta natureza implicam em tais resultados, porque as Normas relativas a
trabalhos deste tipo são tão reduzidas?

Plantão de final de semana de uma grande empresa qualquer. Tempo e momento de realizarem os
trabalhos de manutenção, sai de campo a equipe da produção e entra em campo a equipe da
manutenção, hora e vez de realizarem todos os trabalhos que não é possível realizar durante a semana,
alguns em tempo recorde, todos imprescindíveis a continuidade e ampliação das operações.
Em tempos passados, era o momento de a manutenção desdobrar-se, hoje, é tempo de encontrarmos
diversas empresas contratadas, realizando aqueles trabalhos considerados "especiais" que vão desde
as Áreas Confinadas até mesmo aos temidos trabalhos em altura. Não é preciso ir a uma fábrica ou
mesmo ser da área de segurança do trabalho para saber que os trabalhos em altura matam, basta tão
somente saber ler e durante a semana abrir os jornais para encontrarmos noticias sobre as mortes
ocorridas por quedas de fachadas, telhados e outras mais.

Nós de segurança, em especial, sabemos o que é isso. Diante das autorizações para execução de
serviços, por mais que sejamos experientes e habilidosos ficamos temerosos. Trabalhos em altura são
sempre perigosos, mais ainda porque trata-se de uma área onde desenvolvimento de métodos e
tecnologias quase inexiste. Além disso, apesar de significar tanto risco, trabalhos desta natureza
geralmente são realizados por pessoas totalmente despreparadas, seja do ponto de vista técnico, seja
quanto a aptidão certificada por exame medico. Aquilo que por natureza já é perigoso, passa a ser
ainda mais quando sabemos que nas estruturas estarão trabalhando pessoas mal alimentadas, de pouco
ou nenhuma instrução, levadas a este tipo de trabalho pela necessidade de sobrevivência.

É fácil afirmar, que na atualidade a realização destes trabalhos está mais associada a uma loteria de
fatores do que qualquer condição real de assegurar condições mínimas de segurança.

Não há muito o que fazer. Se na teoria de nossas convicções filosóficas a vida é de suma importância,
naquele momento a realização do trabalho tornar-se prioritária; A empresa precisa do trabalho e os
empregados que irão realiza-lo precisam do emprego.

Todos nós conhecemos este quadro. Todos nós sabemos como são feitos a maioria dos trabalhos em
altura. Por tantos conhecerem, pelas evidências escritas nos inúmeros e incontáveis acidentes fatais
que já ocorreram, parece-nos por demais estranho que não exista ainda uma legislação especifica para
este assunto. Supostamente as leis são feitas para assegurarem direitos, é a vida ainda é um direito.
Supostamente as leis devem resguardar os interesses de todos os grupos e segmentos, e estes
trabalhadores fazem parte de um segmento que carece demais deste tipo de garantia. A questão do
trabalho em altura merece com certeza mais atenção do que vem merecendo, deixando de ser apenas
uma citação na NR 6 (cinto de segurança) e alguns poucos itens da NR 18, para ser de fato uma norma
clara e abrangente, capaz de auxiliar na prevenção destes acidentes geralmente fatais.

O que pode ser feito?

Com certeza muito. A primeira atitude a ser tomada é rompermos com o paradigma da mera e
constante culpa do empregado, não só apenas em acidentes deste tipo, mas acidentes de toda natureza.
Rompendo-se com este velho paradigma, aquela que nos leva a escrever com tanta facilidade ATO
INSEGURO, talvez nos vejamos obrigados a de fato estudar e conseqüentemente propiciar condições
mais adequadas e reais de segurança. Parece-nos pelo menos desonesto, quando não anti-ético,
supormos que a mera entrega de um cinto de segurança a uma pessoa seja tudo que se possa fazer
tecnicamente para assegurar condições seguras em um trabalho desta natureza. E pelo menos ridículo
notar o quanto as pessoas nem ao menos observam a ausência de um local adequado a fixação do
mesmo.

O principio é simples: Homens não voam! E assim sendo, não devem em qualquer momento de um
trabalho em superfície acima do nível do piso estarem soltos. Deve ficar claro, que qualquer situação
diferente desta é a anti-prática da prevenção. Portanto qualquer planejamento de trabalho em altura
deve prever a possibilidade real de manter o homem preso durante todo o tempo de realização do
trabalho, inclusive e em especial nos acessos/decessos necessários.

Passo a passo entendemos que a situação mereça a seguinte atenção:


Toda equipe de trabalho em altura deve ter um coordenador, que para desenvolver seu trabalho deverá
receber treinamento compatível. Deve conhecer cabos de aço e cordas, a ponto de poder inspecioná-
los, fixá-los de forma correta e rejeitá-los antes do inicio de cada jornada quando não apresentarem
condições plenas de uso. Deve conhecer andaimes e escadas, desde a montagem correta dos primeiros
até a inspeção detalhada de ambos. Deve saber inspecionar, montar e usar cintos de segurança com
habilidade impar. Deve ter conhecimentos sobre a capacidade e resistência dos diversos tipos de telhas
e coberturas. Deve também estar treinado para métodos de socorro para empregados projetados e
presos por cinto de segurança. Neste primeiro item, vemos logo de cara a incoerência com que se trata
o assunto, visto que na atualidade os trabalhos em altura são coordenados na grande maioria das vezes
por pessoas sem qualquer conhecimento, que se expõe e faz o mesmo com toda sua equipe de trabalho.

Qualificação especifica do profissional de segurança do trabalho que fará acompanhamento, mesmo


porque é muita pretensão supor que qualquer um de nos domina todas as áreas da prevenção com
amplo conhecimento. Ao longo dos anos tenho visto verdadeiros atestados de óbitos prévios através
das prescrições feitas por alguns de nossos colegas para trabalhos em altura. Diga-se de passagem,
Trabalhos em Altura deveria ser uma matéria especifica de nossos cursos, onde aprendemos tantas
coisas que jamais usamos e de certa forma deixamos de ver aquilo que de fato nos interessa.

Planejamento prévio do trabalho, tal como se fosse uma ação de guerra, com analise de risco
elaborada por todo grupo, questionando-se fase a fase, definindo-se passagens, transporte de materiais
e responsabilidades.

Exame medico compatível com o risco do trabalho. Já tivemos a infeliz oportunidade de encontrarmos
pessoas com epilepsia trabalhando em altura. No entanto, a seleção medica não deve ser apenas a
única fase de responsabilidade quanto ao assunto, visto que operários alcoolizados devem ser retirados
deste tipo de trabalho, situação que deve ficar clara a todos membros da equipe na fase de
planejamento.

Treinamento da equipe. Parece absurdo dizer, mas a grande maioria das equipes que trabalham em
altura jamais treinaram para isso. Vale mesmo, a valentia! Não é preciso ser muito especialista para
entender que andar ou permanecer em superfícies altas não é algo inerente a pessoa humana.

Equipamento de uso individual adequado. Há pouco tempo assistimos uma demonstração de um


especialista francês, o qual apresentou uma infinidade de equipamentos modernos, leves e versáteis
para trabalhos em altura, na verdade, adaptação de equipamentos de alpinismo para esta finalidade. O
que temos hoje em uso, além de obsoleto é perigoso, desconfortável a ponto de ser desinteressante
seu uso. O equipamento de segurança deve ser agradável ao homem, deve induzi-lo ao interesse por
conhecê-lo e saber usá-lo. Deve ser guardado e cuidado como uma ferramenta especial, limpo o
bastante para ser atrativo. Qualquer um de nós sabe que a realidade não é esta. Nem mesmo calçados
com solados antiderrapantes, um equipamento mínimo para tal trabalho consegue-se encontrar nestes
locais de trabalho.

O equipamento de uso coletivo. Sem dúvida alguma, uma das maiores industrias do Brasil é a que
fabrica informalmente escadas e andaimes, notável por sua capacidade de gambiarras e improvisações
que tem como uma única constante a insegurança. Em qualquer empresa, em qualquer obra é possível
encontrar uma série destas escadas e andaimes, fabricadas pelo improviso necessário que ocorre pela
falta de meios adequados e tecnicamente corretos.

Com o advento da NR 18, muito pode ser melhorada nos andaimes, infelizmente tal melhoria ainda
estão restritas as paginas da referida Norma e há poucas empresas que fazem com que se cumpra. De
fato, as condições são precárias e mata-se por isso, mata-se pela total falta de respeito ao que há de
mínimo em alguns segmentos.
Termo de Responsabilidade Técnica, mesmo porque trabalho em altura é e deve ser visto
sempre como uma atividade que deve ser tratada de forma especial.

Regras Gerais

1. Todo e qualquer trabalho a ser executado, deve possuir prévia autorização.


2. O local deverá ser sinalizado através de placas indicativas e ser feito um isolamento para
prevenir acidentes com transeuntes ou pessoas que estejam trabalhando embaixo. Ex.: Cuidado
- Homens trabalhando acima desta área.
3. É obrigatório o uso do cinto de segurança, tipo pára-quedista, para trabalhos em altura superior
a 2 metros.
4. O transporte do material para cima ou para baixo, deverá ser feito preferencialmente com a
utilização de cordas em cestos especiais ou de forma mais adequada.
5. Materiais e ferramentas não podem ser deixados desordenadamente nos locais de trabalho
sobre andaimes, plataformas ou qualquer estrutura elevada, para evitar acidentes com pessoas
que estejam trabalhando ou transitando sob as mesmas.
6. As Ferramentas não podem ser transportadas em bolsos; utilizar sacolas especiais ou cintos
apropriados.
7. Todo trabalho em altura deverá ser previamente autorizado pelo SESMT da empresa
contratante.
8. Somente poderão trabalhar em alturas os empregados que possuírem a "Autorização para
Trabalho em Alturas". Que será emitida com a apresentação de atestado médico capacitando-
o para tal. Exames esses que devem conter pressão arterial e teste de equilíbrio. Estão
impedidas de trabalhar em alturas pessoas com histórico de hipertensão ou epilepsia.

RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHO EM ALTURA


 iço.

móvel.


 olo, deve ser utilizado equipamento adequado (cordas ou
cestas especiais), caso não seja possível, a área destinada para jogar o material deve ser cercada,
sinalizada e com a devida autorização do SESMT da empresa Contratante.
 ordas ou cestas especiais) para erguer materiais e ferramentas.

autorizados.
 Imobilizar a escada ou providenciar para que alguém se posicione na base para calçá-la.
 descer ou subir escadas, faça com calma e devagar.
 Não improvisar.

14-RISCOS DE QUEDA

Constitui-se numa das principais causas de acidentes nos setores elétrico, sendo característico de
diversos ramos de atividade, mas muito representativo nas atividades de construção e manutenção do
setor de transmissão e distribuição de energia elétrica e de construção e manutenção de redes
telefônicas.
As quedas ocorrem em conseqüência de choques elétricos, de inadequação de equipamentos de
elevação (escadas, cestos, plataformas), inadequação de EPI, falta de treinamento dos trabalhadores,
falta de delimitação e sinalização do canteiro do serviço nas vias públicas e ataque de insetos.
15-Riscos em instalações e serviços com eletricidade:

10.2 - MEDIDAS DE CONTROLE

10.2.1 Em todas as intervenções em instalações elétricas devem ser adotadas medidas preventivas de
controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais, mediante técnicas de análise de risco, de forma
a garantir a segurança e a saúde no trabalho.

10.2.2 As medidas de controle adotadas devem integrar-se às demais iniciativas da empresa, no âmbito
da preservação da segurança, da saúde e do meio ambiente do trabalho.

CONCEITO DE RISCO

A noção de risco tem a ver com a possibilidade de perda ou dano, ou como


sinônimo de perigo.

A palavra risco é utilizada em muitas áreas e com vários significados, como a


matemática, a economia, a engenharia e o campo da saúde pública.

Nós adotaremos uma concepção abrangente de risco de interesse à saúde dos


trabalhadores, significando toda e qualquer possibilidade de que algum elemento
ou circunstância existente num dado processo e ambiente de trabalho possa causar dano à saúde, seja
através de acidentes, doenças ou do sofrimento dos trabalhadores, ou ainda através da poluição
ambiental.

Os riscos podem estar presentes na forma de substâncias químicas, agentes físicos e mecânicos,
agentes biológicos, inadequação ergonômica dos postos de trabalho ou, ainda, em função das
características da organização do trabalho e das práticas de gerenciamento das empresas, como
organizações autoritárias que impedem a participação dos trabalhadores, tarefas monótonas e
repetitivas, ou ainda a discriminação nos locais de trabalho em função do gênero ou raça.

É claro que a saúde dos trabalhadores é muito mais abrangente do que os riscos nos locais de trabalho,
e tem a ver com as condições mais gerais de trabalho e vida, como salário, moradia, alimentação,
lazer, existência de creche no trabalho e a participação nas decisões da sociedade.

Também é bom lembrar que o trabalho pode ser uma importante fonte de saúde, se é realizado de
forma gratificante e num ambiente saudável.

Concentraremos basicamente na análise dos riscos presentes nos locais de trabalho, mas não devemos
nos esquecer que esta análise deve considerar os aspectos mais gerais de interesse da saúde e vida dos
trabalhadores.

O termo risco é usado de diferentes formas por profissionais de saúde e segurança.


CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE RISCOS

Os riscos à segurança e saúde dos trabalhadores nesses setores são, via de regra, elevados podendo
levar a lesões de grande gravidade e são específicos a cada tipo de atividade. Contudo, o maior risco
à segurança e saúde dos trabalhadores é o de origem elétrica.

Devemos salientar que no ano de 2001 o maior volume de trabalhadores concentrou-se na distribuição
de energia elétrica, cujo número de empregados das concessionárias era de aproximadamente 70.000
e suas prestadoras de serviços contavam com aproximadamente 280.000 empregados, totalizando
350.000 trabalhadores.

Contemplamos os principais riscos presentes nas atividades desenvolvidas nos setores elétrico e
telefônico.

RISCOS DE ORIGEM ELÉTRICA

A eletricidade constitui-se em agente de elevado potencial de risco ao homem.

Mesmo em baixas tensões ela representa perigo à integridade física e saúde do trabalhador.

Sua ação mais nociva é a ocorrência do choque elétrico com conseqüências: diretas, e indiretas
(quedas, batidas, queimaduras indiretas e outras).

Também apresenta risco devido à possibilidade de ocorrências de curtos-circuitos ou mau


funcionamento do sistema elétrico originando grandes incêndios, explosões ou acidentes ampliados.

É importante lembrar que o fato da linha estar desenergizadas não elimina o risco elétrico, tampouco
se pode prescindir das medidas de controle coletivas e individuais necessárias, já que a energização
acidental pode ocorrer devido a erros de manobra, contato acidental com outros circuitos energizados,
tensões induzidas por linhas adjacentes ou que cruzam a rede, descargas atmosféricas mesmo que
distantes dos locais de trabalho, fontes de alimentação de terceiros.

CHOQUE ELÉTRICO será visto no item 41

Arco voltaico

Constitui-se em outro risco de origem elétrica.

O arco voltaico caracteriza-se pelo fluxo de corrente elétrica


através de um meio “isolante”, como o ar, e geralmente é
produzido quando da conexão e desconexão de dispositivos
elétricos e em caso de curto-circuito.

Um arco voltaico produz calor que pode exceder a barreira de


tolerância da pele e causar queimaduras de segundo ou
terceiro grau.

O arco elétrico possui energia suficiente para queimar as roupas e provocar incêndios, emitindo
vapores de material ionizado e raios ultravioleta.
OUTROS RISCOS

RISCOS NO TRANSPORTE E COM EQUIPAMENTOS

Neste item abordaremos riscos de acidentes envolvendo transporte de trabalhadores e a utilização de


veículos de serviço e equipamentos.

Citamos como exemplo:

Para tanto é comum o deslocamento diário dos trabalhadores até os efetivos pontos de prestação de
serviços.
Esses deslocamentos expõem os trabalhadores aos riscos característicos das vias de transporte, sendo
muitas vezes realizados em carroçarias abertas ou em condições inadequadas potencializando esses
riscos.

Um agravante, também, da condição de risco é situação em que o motorista exerce outra função além
dessa, ou seja, múltipla função.

Como exemplo, é atribuída ao motorista a função de dirigir e inspecionar a linha, para encontrar
pontos que demandam reparos ou manutenção, tarefas estas incompatíveis.

Veículos e equipamentos para elevação de cargas, cestas aéreas e cadeiras.

Nos serviços de construção, instalação ou manutenção em linhas redes elétricas e de telefonia nos quais são
utilizados cestos aéreos, cadeiras ou plataformas, além de elevação de cargas (equipamentos, postes) é
necessária a aproximação dos veículos junto às estruturas (postes, torres) e da grua junto das linhas ou cabos.
Nestas operações podem acontecer graves acidentes e exigem cuidados especiais que vão desde o correto
posicionamento do veículo, o seu adequado travamento e fixação, até a precisa operação da grua, guincho ou
equipamento de elevação.
Além das situações acima descritas, agravam os riscos a utilização de veículos improvisados.
Riscos de ataques de insetos

Ataques de insetos, tais como abelhas e marimbondos, ocorrem na execução de serviços em torres,
postes, subestações, leitura de medidores, serviços de poda de árvores e outros.
Ataque de animais

Ocorre, sobretudo nas atividades


de construção, supervisão e
manutenção em redes de
transmissão em regiões silvícolas
e florestais.

Atenção especial deve ser dada à


possibilidade de picadas de animais peçonhentos nessas regiões.
Também é freqüente no setor de distribuição de energia com os trabalhadores leituristas domiciliares,
que são normalmente atacados por animais domésticos.

Riscos em ambientes fechados

Os trabalhos em espaços fechados, como caixas subterrâneas e


estações de transformação e distribuição, fechadas, expõem os
trabalhadores ao risco de asfixia por deficiência de oxigênio ou
por exposição a contaminantes, tanto nas atividades do setor
elétrico como no setor de telefonia.

Nestes ambientes pode ocorrer a presença de gases asfixiantes


(ex: monóxido e dióxido de carbono) e/ou explosivos (ex:
metano, vapores de combustíveis líquidos).

Estes contaminantes originam-se por formação de gases


orgânicos oriundos de reações químicas nos esgotos e presença
de agentes biológicos de putrefação existentes nesses ambientes, e, ainda, de vazamentos de
combustíveis dos tanques subterrâneos de postos de abastecimento e da canalização de gás
combustível.

Além desses riscos, nos trabalhos executados em redes de distribuição de energia elétrica e de
telefonia subterrâneas, devido à proximidade com redes de esgoto e locais encharcados, existe a
possibilidade de contaminação por agentes biológicos.

Riscos ergonômicos

São significativos, nas atividades do setor elétrico e telefônico os riscos ergonômicos,


relacionados aos fatores:

Biomecânicas - posturas não fisiológicas de trabalho provocadas pela exigência de ângulos e posições
inadequadas dos membros superiores e inferiores para realização das tarefas, principalmente em
altura, sobre postes e apoios inadequados, levando a intensas solicitações musculares, levantamento e
transporte de carga, etc.

Organizacional - pressão no tempo de atendimento a emergências ou a situações com períodos de


tempo rigidamente estabelecidos, realização rotineira de horas extras, trabalho por produção, pressões
da população com falta do fornecimento de energia elétrica.

Psicossociais – elevada exigência cognitiva necessária ao exercício das atividades associada à


constante convivência com o risco de vida devido à presença do risco elétrico e também do risco de
queda (neste caso, sobretudo para atividades em linhas de transmissão, executadas em grandes
alturas).

Ambientais – representados pela exposição ao calor, radiação, intempéries da natureza, agentes


biológicos, etc.

Calor. Nas atividades desempenhadas em espaços fechados ou em subestações (devido à proximidade


de conjunto de transformadores e capacitores).

Radiação solar. Os trabalhos em instalações elétricas ou serviços com eletricidade quando realizados
em áreas abertas podem também expor os trabalhadores à radiação solar.

Como conseqüências podem ocorrer queimaduras, lesões nos olhos e até câncer de pele, provocadas
por radiação infravermelho ou ultravioleta.

Ruído. Presente nas usinas de geração de energia elétrica, devido ao movimento de turbinas e
geradores. Ocorre também em estações e subestações de energia, decorrente do funcionamento de
conjunto de transformadores, como também da junção e disjunção de conectores, que causam forte
ruído de impacto.

Ascarel ou Bifenis Policlorados (PCB). Seu uso como líquido isolante em equipamento elétrico (ex:
capacitores, transformadores, chaves de manobras e disjuntores) tornou-se bastante difundido porque,
além de apresentar boas qualidades dielétricas e térmicas, é resistente ao fogo.

Apesar do uso desse produto estar proibido, transformadores e capacitores antigos podem contê-lo.
Exposição dos trabalhadores pode ocorrer em atividades de manutenção executadas em subestações
de distribuição elétrica e em usinas de geração, por ocasião da troca ou recuperação desses
equipamentos, em especial, quando do descarte desse produto.

Acidentes com vazamento de Ascarel já ocorreram e encontram registro no nosso país.


Os danos à saúde causados pelo Ascarel estão relacionados aos processos genéticos da reprodução,
funções neurológicas e hepáticas.
Ainda, é considerado como provável carcinogênico.

UMIDADE.

A umidade existente no ar é produzida a partir de diversos tipos de fontes.

Os alimentos que estão sendo cozidos produzem grande quantidade de vapor de água.
No processo de respiração desenvolvida pelos animais, inclusive o ser humano, é produzido uma
quantidade considerável de vapor de água.

Quando a temperatura ambiente sobe, nosso organismo produz o suor como forma de resfriar o nosso
corpo.

O Banheiro produz muito vapor de água. Quanto mais quente e demorado for o banho mais vapor de
água é produzida.

As plantas, vasos, aquários também produzem vapor de água.


Como a umidade afeta o nosso organismo:

Quando aumenta a umidade do ambiente, o nosso corpo perde a capacidade de suar. Aumenta a
dificuldade de respirar e o corpo se sente sufocado.

Quando aumenta a umidade do ar, o nosso corpo transpira menos, o suor se condensa na pele e
sentimos mais calor ainda.

Quando aumenta a umidade do ambiente aumenta as condições biológicas para os micro-organismos


se desenvolverem.

Daí surgem mais Bactérias, Fungos e Mofos.

Quando a umidade abaixa, o ar fica mais seco e, mesmo com a temperatura elevada, não sentimos
tanto calor assim.

Quando surgem os micro-organismos, surgem também as traças.

RISCOS ADICIONAIS

Riscos Adicionais: todos os demais grupos ou fatores de risco, além dos elétricos, específicos de cada
ambiente ou processos de Trabalho que, direta ou indiretamente, possam afetar a segurança e a saúde
no trabalho.

Temos como exemplo:

 Materiais de limpeza, materiais elétricos em desuso e equipamentos armazenados em cabines


de força.
 Veículo de transporte de pessoal inadequado.
 Terceiros na área de trabalho.
 Som alto na área de trabalho.
 Desavenças com colegas.
 Dividas.
 Etc.

15-Técnicas Análise de Risco

CONCEITO DE RISCO

A noção de risco tem a ver com a possibilidade de perda ou dano, ou como


sinônimo de perigo. A palavra risco é utilizada em muitas áreas e com
vários significados.
Explicação dos Termos Fundamentais
Risco - Uma ou mais condições de uma variável com o potencial necessário
para causar danos.

Esses danos podem ser entendidos como lesões as pessoas, danos a


equipamentos e instalações, danos ao meio ambiente, perda de material em
processo, ou redução da capacidade de produção.

Havendo um risco, persistem as possibilidades de efeitos adversos.


Perigo - Expressa uma exposição relativa a um risco, que favorece a sua materialização em danos
Um risco pode estar presente, mas pode haver baixo nível de perigo, devido às precauções tomadas.

Assim, um banco de transformadores de alta Tensão possui um risco inerente de eletrocussão, uma
vez que esteja energizado.

Há um alto nível de perigo se o banco estiver desprotegido, no meio de uma área onde circulam
pessoas.

O mesmo risco estará presente quando os transformadores estiverem trancados num cubículo sob o
piso por exemplo.

Entretanto, o perigo agora será mínimo para as pessoas.

Vários outros exemplos poderiam ser citados, para mostrar como os níveis de perigo diferem, ainda
que o risco se mantenha o mesmo.

 Danos –
É a gravidade (severidade) da perda-humana, material, ambiental ou financeira que pode resultar,
caso o controle sobre um risco seja perdido.
Um operário desprotegido pode cair de uma viga a 3 m de altura, e sofrer um dano físico, por exemplo,
uma fratura na perna.

Se a viga estivesse a 90 m de altura, ele, com certeza, estaria morto.

O risco (possibilidade) e o perigo (exposição) de queda são os mesmos. Entretanto, a diferença reside
na gravidade do dano que poderia ocorrer com a queda.

 Causa - É a origem de caráter humano ou material relacionado com o evento catastrófico (acidente
ou falha), resultante da materialização de um risco, provocando danos.

 Segurança - É freqüentemente definida como isenção de riscos. Entretanto, é praticamente


impossível a eliminação completa de todos os riscos. Segurança é, portanto, um compromisso
acerca de uma relativa proteção de exposição a riscos. É o antônimo de perigo.
 Risco - Expressa uma probabilidade de possíveis danos dentro de um período específico de tempo
ou número de ciclos operacionais.
 Incerteza quanta à ocorrência de um determinado evento.
 Chance de perda que uma empresa pode sofrer por causa de um acidente ou série de acidentes.
 Perdas ou Sinistro- É o prejuízo sofrido por uma organização, sem garantia de ressarcimento por
seguro ou outros meios.
 Incidente - Qualquer evento ou fato negativo com potencial para provocar danos.
 É também chamado de quase-acidente.
 Terminologia
 RISCO: Como vimos, é uma condição (de uma variável) com potencial para causar danos.
Exemplos:

SITUAÇÃO RISCO VARIÁVEL


CONDIÇÃO
Trabalho com Queimaduras Temperatura da Temperatura da chapa muito maior
chapas Chapa que a temperatura da pele.
aquecidas

Trabalho em Altura de Altura de trabalho muito maior que a


Queda Fatal
altura Trabalho altura do indivíduo.
Trabalho em Redução da Dose de Ruído Dose maior que 1 ou 100%
ambiente Capacidade Diária
ruidoso Auditiva
Trabalho com
eletricidade Choque elétrico Corrente e tempo de exposição acima
Corrente elétrica
fatal do limite suportável

RISCO:
Como vimos, é probabilidade de possíveis danos dentro de um período de tempo definido ou ciclos
operacionais.
PERIGO: Parâmetro que caracteriza uma relativa exposição a um risco. É a exposição que favorece a
“materialização” do risco como causa de um fato catastrófico (acidente) e dos danos resultantes.

RISCO
De maneira figurativa: PERIGO = -------------------------------
MEDIDAS DE CONTROLE

Por exemplo:

Situação: Trabalho em LIMPEZA de peças com solventes.

MEDIDAS DE CONTROLE QUANTO À EXPOSIÇÃO PERÍGO


AO RISCO
Nenhuma medida Alto
Moderado a baixo
Uso de máscara filtrante e (EPI´s)
Limitação do Tempo de exposição (se viável) Baixo
Automatização do processo (não há necessidade do Praticamente nulo
operador no recinto).

Como Conhecer os Riscos nos Locais de Trabalho

Os riscos nos locais de trabalho estão relacionados às características do processo do trabalho, seu
ambiente e organização. Por isso, uma primeira etapa consiste no reconhecimento dos principais riscos
existentes dentro das atividades executadas.
Todo o processo de trabalho e toda atividade de trabalho sejam eles exercidos no campo, em fabricas
ou dentro de escritórios, podem possuir diferentes riscos simultaneamente.
Mesmo quando se levantam prioridades para um setor ou categoria, a análise e prevenção de risco
somente serão plenamente levadas a cabo quando realizada no cotidiano (dia a dia) dos locais de
trabalho, junto com os trabalhadores que vivenciam suas situações particulares.
Para conhecer e sistematizar o processo de trabalho algumas técnicas e documentos podem ajudar
bastante.

Estes documentos podem ser:

 Descrição das principais características da empresa;


 Equipes e jornadas de trabalho;
 Detalhamento dos locais de trabalho;
 Descrição detalhada das tarefas e atividades realizadas (Análise Prevencionista da Tarefa)
APT.

Análise Prevencionista de Tarefas – APT

 É a descrição detalhada das Etapas que compõem uma dada Tarefa, identificando os Riscos
de acidentes ou doenças ocupacionais de cada Etapa, e respectivas providências e
procedimentos para garantir uma execução segura.
 Cada APT é apresentada em Formulário padrão com 3 colunas, sendo a 1ª para descrever as
Etapas, a 2ª para identificar os Riscos e a 3ª para especificar as Medidas Prevencionistas
recomendadas.
 Ao definir os Objetivos para o ano, cada Supervisor deverá apresentar a Lista de Tarefas
Críticas (LTC), para as quais planeja elaborar ou revisar APTs em conjunto com sua equipe,
indicando o prazo para cada uma. Cada equipe deverá elaborar ou revisar pelo menos uma
APT por mês. Sempre que for detectada necessidade, novas Tarefas poderão ser acrescentadas
à Lista e ao cronograma.
 É responsabilidade da equipe elaborar ou revisar as APTs,, sendo que os colaboradores
receberão treinamento específico sobre APTs.
 Independente disso, sempre que se tratar de tarefa, processo ou equipamento complexo,
poderá ser pedida ajuda a outros profissionais, durante ou após o trabalho de Análise.
 Esta ajuda pode ser muito útil nas revisões periódicas, pois devem ser feitas como forma de
aprendizado, mesmo que não pareçam ter muitas novidades.

 Pessoas de fora da equipe podem trazer uma nova visão,
 enriquecendo o processo.
 Depois de elaborada ou revisada, uma APT deve ficar facilmente disponível (de preferência
plastificada e pendurada no local da tarefa) para ser consultada pelos colaboradores antes da
execução da tarefa, lendo no local e seguindo suas recomendações . O objetivo é que todas as
tarefas com potencial de risco sejam realizadas utilizando-se APT.
 A Lista de Tarefas Críticas e as APTs devem ficar disponíveis não só para a equipe mas para
consulta de qualquer outro colaborador. Equipes de diferentes áreas devem procurar comparar
e compartilhar o que há de bom nas suas APTs , sendo que Tarefas idênticas, mesmo em áreas
diferentes, deveriam ter APTs iguais. Cada equipe deve ter pelo menos um conjunto em pasta
própria, além dos exemplares plastificados avulsos que forem necessários. É responsabilidade
do Supervisor garantir que todos conheçam a Lista e as APTs, que a quantidade de exemplares
é suficiente e que todas as cópias sejam da revisão mais recente.
 Sempre que houver necessidade de executar uma tarefa nova, que não seja usual ou rotineira,
recomenda-se que seja feita uma avaliação de seus riscos usando APT. Isto é obrigatório em
situações como :
 Serviços não usuais de Manutenção, construção ou montagem
 Partida de novos equipamentos
 Novos produtos, processos ou procedimentos

Mesmo no caso de já terem sido incluídas recomendações prevencionistas numa Instrução, é


responsabilidade do Supervisor fazer o levantamento das Tarefas Críticas e discuti-las com a Área
de Segurança, encaminhando para decisão da Gerência. Em caso de dúvida, a APT deverá ser
elaborada e colocada disponível.

Critérios de Medição:

(APTs elaboradas ou revisadas no mês)


% APT = ------------------------------------------------------------------ X 100
(Elaborações ou revisões programadas no mês)

 A verificação do conhecimento das APTs e do seu uso correto e freqüente pelos colaboradores
será avaliada em cada Inspeção de Segurança, observando, questionando e checando
pessoalmente.

Responsabilidades Gerais

 É responsabilidade do Gerente da Empresa assegurar a implementação deste Programa e garantir o cumprimento


de seus procedimentos e recomendações, liderando com seu exemplo na prática.
 É responsabilidade da Área de Segurança do trabalho elaborar atualizações deste Programa, obter aprovações,
emitir e divulgar
 A Área de Segurança do Trabalho deverá acompanhar seu andamento constantemente, verificando sua aplicação,
dando suporte e orientando os Colaboradores quando necessário, assegurando continuidade das ações, recebendo
e processando dados para Medição da aplicação e resultados do Programa, e disseminando as informações que
possam ser úteis.
 O setor de Manutenção deverá priorizar o atendimento aos serviços relativos a Riscos detectados, principalmente
os que são Iminentes e com potencial para danos graves. Estas pendências deverão ser encaminhadas com
especial atenção.
 A atuação dos Supervisores de área é considerada de essencial importância para o sucesso, devendo suas atitudes
e ações mostrar exemplo de responsabilidade, comprometimento e envolvimento para com os aspectos de
Segurança. (Entende-se como Supervisor de área aquele que tem subordinados trabalhando em áreas de exposição
a riscos)
 É dever de todos os colaboradores procurar conhecer e dar apoio a este Programa, assumindo sua obrigação de
co-responsabilidade e, acima de tudo, trabalhando sempre com atitudes pró-ativas de segurança.
 As Chefias dos diversos níveis devem assegurar que todos os recursos, organização e procedimentos estão
providenciados; colaboradores sejam orientados e treinados; documentação e instalações requeridas estão
disponíveis; para garantir atendimento contínuo da Instrução Normativa da Empresa.
MODELO DE CONTROLE DE RISCO (ANÁLISE PREVENCIONISTA DA TAREFA)

Tarefa: Operação de Grampos (Garras) de Linha Viva


Controles (Medidas
Desenvolvimento Competência Riscos
Prevencionistas)
Passo 1 Motorista ou Abalroamento/ Obedecer ao Código Nacional de
Estacionar o eletricista Colisão/ Transito.
veículo. Atropelamento
Eletricistas Ataque de insetos/ Certificar-se de inexistência de
Passo 2 Animais insetos e animais agressivos caso
Analisar as existam providenciar a remoção;
condições de Usar calçado de segurança e
trabalho proteção para as pernas.
Passo 3 Eletricista Planejamento Executar estritamente a ordem de
Planejar a execução incorreto serviço;
da tarefa Seguir as normas e procedimentos
existentes na empresa
Passo 4 Eletricistas
Equipar com EPI´s
adequados
Passo 5 Motorista ou Abalroamento; Ligar o pisca alerta;
Posicionar o veículo Eletricista Colisão; Engrenar o veículo;
para o trabalho e Atropelamento; Usar o frei de Estacionamento;
calçá-lo Tombamento. · Acender os faróis baixos quando
estacionar no contra fluxo;
Alguém no solo deverá orientar o
motorista durante as manobras;
Verificar as condições do terreno;
Usar luvas de serviços gerais
Passo 6 Eletricista Lesão nas mãos;  Usar luvas de serviços gerais;
Sinalizar e isolar a área Atropelamento; · Estacionar com o pisca alerta ligado,
de trabalho Abalroamento; numa posição que ofereça proteção
Acidentes com para a instalação da
terceiros/ Entorse sinalização;· Evitar caminhar pela via
muscular. antes da sinalização da área de
trabalho;· Instalar os equipamentos de
sinalização no sentido da mão de
direção, mantendo-se de frente para o
fluxo do veículo;· Não permitir a
presença de pessoas estranhas ou bens
dentro da área de trabalho; Adotar
técnica e postura correta para
levantamento de peso.
Passo 7 Eletricistas Lesão nas mãos;  Usar luvas de serviços gerais;
Analisar as condições Queda do poste. Suspender a execução da tarefa e
do poste. providenciar a regularização da
Descrição: situação.
Verificar a existência de
erosão junto à base do
poste e se o mesmo está
aprumado.Verificar se
está quebrado ou existe
ferragem exposta que
comprometa a
resistência mecânica.

Passo8 Eletricistas Entorse muscular;  Adotar técnica e postura


Selecionar ferramentas Lesão nas mãos. correta para levantamento de
peso;
 Usar luvas de serviços gerais.
Passo 9 Eletricistas Queda da escada;  O transporte da escada deve
Transportar a escada Entorse muscular; ser feito por duas pessoas;
para o ponto de trabalho Lesão nas mãos.  · A escada deve ser
transportada com a parte
móvel recolhida, na posição
horizontal; Adotar técnica e
postura correta para
levantamento de peso;
 Usar luvas de serviços gerais.
Passo 10 Eletricistas Queda da escada;  A escada deve ser manuseada
Levantar a escada Lesão nas mãos; por duas pessoas;
Entorse  A bases dos montantes devem
muscular;Lesão nos ser apoiadas no solo, evitando
olhos e cabeça calçá-las com pedra ou
pedaços de madeira;
 Usar luvas de serviços gerais;
Usar óculos e capacete de segurança

Passo 11 Eletricistas Queda da escada;  A escada deverá ser manuseada por duas
Posicionar a Lesão nas mãos; pessoas;
escada. Lesão nos pés;  As bases dos montantes devem ser apoiadas
Descrição: Impacto da escada; no solo evitando calçá-las com pedras ou
Estender a Entorse da escada; madeira;
escada e Entorse muscular;  Usar luvas de serviços gerais;
posicioná-la Lesão nos olhos e cabeça.  Manter os dedos afastados da área de
na altura da deslocamento da parte móvel da escada;
cinta da mão  Usar calçado de segurança;
francesa de  · Manter os pés afastados da área de
forma que deslocamento da parte móvel da escada;
sua base Observar a trajetória da escada mantendo a
fique atenção voltada para o seu topo
afastada do
 Usar óculos e capacete de segurança.
poste 1/ 4 da
altura
alcançada
pela escada.
Passo 12 Eletricistas Lesão nas mãos;  Usar luvas de serviços gerais;
Amarra a Queda da escada.
base da
escada.
Descrição:
Amarrar a
base da
escada no
poste a 1 m
do solo,
mantendo a
corda na
posição
horizontal.
Passo 13 Eletricistas
Equipar-se
com cinturão
de segurança
e talabarte e
nele prender
a corda da
carretilha,e

Passo 14 Eletricistas Queda da  A escada deve ser segura pelo ajudante;


Subir na escada escada e  Usar calçado de segurança;
eletricistas;  · Subir com cuidado degrau por degrau, com
Lesão nas as mãos livres e segurar firme nos montantes
mãos; da escada;· Usar luvas de borracha isolantes
Lesão nos classe 1; Usar óculos e capacete de segurança.
olhos e cabeça
Passo 15 Eletricistas Queda do  escada deve ser segura pelo ajudante;
Fixar-se ao poste. eletricista e  · Certificar-se que a trava do mosquetão do
Descrição: escada; talabarte travou adequadamente; Escolher a
Fixar o trava-quedas Lesão nas posição adequada para realizar a tarefa
ao poste;Instalar o mãos;
talabarte logo abaixo Lesão nos
do trava- olhos e cabeça
quedas;Posicionar o
trava-quedas logo
acima do talabarte e
puxar a corda para
prendê-lo.
Amarrar a escada.
Passo 16 Eletricistas Queda do  Manusear firmemente o bastão;
Receber do eletricista bastão;  Usar luvas de borrachas isolantes
do solo através da Lesão nas
corda e carretilha o mãos.
bastão de garra de
linha viva.
Passo 17 Eletricistas Choque  Usar luvas isolantes de borracha classe 1;
Proceder à abertura dos elétrico;  Usar óculos de segurança;
grampos de linha viva Lesão nos  Manusear o conjunto firmemente.
na seqüência abaixo:1- olhos;
Grampo da fase do Queda do
meio;2- Grampo mais
bastão.
afastado da fase do
meio;3- Grampo mais
próximo da fase do
meio.OBS: Caso as
garras de linha viva a
serem abertas forem as
de transformadores,
desligar antes o
transformador conforme
procedimentos de
operação de chaves
fusíveis.

Resumo

RISCO: Uma ou mais condição com potencial para causar danos a pessoa; equipamentos e instalações;
ambiental; material.
PERIGO: É a exposição relativa a um risco, que favorece a sua materialização em danos.
DANOS: É a gravidade da perda (humana; material; ambiental; financeira).
CAUSA: É a origem de caráter humano ou material, relacionado com o evento (acidente ou falha).
SEGURANÇA: É o antônimo de perigo.
PERDAS OU SINISTRO: É o prejuízo sofrido por uma empresa, sem garantia de ressarcimento por
seguro ou outro forma.
INCIDENTE: Qualquer evento ou fato negativo.

23-MAPA DE RISCO

1. INTRODUÇÃO

A prevenção de acidente de trabalho no Brasil registra décadas de iniciativas sem sucesso.

Em 1944 foi criada a primeira legislação estabelecendo a obrigatoriedade de formação das Comissões
Internas de Prevenção de Acidentes CIPAs.

A partir de 1970 o avanço da industrialização resultou no aumento do número de acidentes, que já era
alto. Criou se uma série de normas para enfrentar essa situação, dentre elas a obrigatoriedade das
empresas maiores de terem profissionais especializados (engenheiros, médicos e técnicos) na área de
segurança e medicina do trabalho. Mas a quantidade de acidentes continuou a crescer, mesmo quando
o ritmo da atividade econômica se reduziu. Em 1975 e 1976 o Brasil chegou a ter quase 10% dos seus
trabalhadores acidentados.

Há quase meio século o quadro se mantém e, se nesse período não se conseguiu reduzir os acidentes
de trabalho no Brasil, é porque o modelo de prevenção, paternalista, está errado.
Problemas crônicos exigem soluções inovadoras. É nessa situação de persistência de elevados índices
de acidentes de trabalho, com grandes perdas humanas e econômicas, que surge o Mapa de Riscos.

Esse instrumento representa uma tentativa inédita no Brasil, de comprometer e envolver os


trabalhadores e também os empresários com a solução de um problema que interessa a todos superar.

2. Quanto a Implantação do Mapa de Riscos

Implantado pela Portaria nº5 de 17 de agosto de 1992 do Ministério do Trabalho e da Administração,


ele é obrigatório nas empresas com grau de risco e número de empregados que exijam a constituição
de uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.
O mapa de riscos é a representação gráfica dos riscos de acidentes nos diversos locais de trabalho,
inerentes ou não ao processo produtivo, de fácil visualização e afixado em locais acessíveis no
ambiente de trabalho, para informação e orientação de todos os que ali atuam e de outros que
eventualmente transitem pelo local, quanto as principais, áreas de risco.
No mapa de riscos, círculos de cores e tamanhos diferentes mostram os locais e os fatores que podem
gerar situações de perigo pela presença de agentes físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de
acidentes.

O Mapa de riscos é elaborado segundo a Portaria nº 25, pela CIPA, ouvidos os trabalhadores
envolvidos no processo produtivo e com a orientação do Serviço Especializado em Segurança e
Medicina do Trabalho SESMT da empresa, quando houver.

É considerada indispensável, portanto, a participação das pessoas expostas ao risco no dia-a-dia.

O Mapeamento ajuda a criar uma atitude mais cautelosa por parte dos trabalhadores diante dos perigos
identificados e graficamente sinalizados.
Desse modo, contribui para a eliminação ou controle dos riscos detectados.

Para o empresário, as informações mapeadas são de grande interesse com vista à manutenção e ao
aumento da competitividade, prejudicada pela descontinuidade da produção interrompida por
acidentes, Também permite a identificação de pontos vulneráveis na sua planta.

Primeira medida não paternalista na área, o mapa de risco é um modelo participativo e pode ser um
aliado de empresários e empregados para evitar acidentes, encontrar soluções práticas para eliminar
ou controlar riscos e melhorar o ambiente e as condições de trabalho e a produtividade, com isso
ganham os trabalhadores, com a proteção da vida, da saúde e da capacidade profissional. Ganham as
empresas, com a redução de perdas por horas paradas, danos em equipamentos e desperdícios de
matérias primas. Ganha o País, com a redução dos vultosos gastos do sistema previdenciário no
pagamento de pensões e com o aumento da produtividade geral da economia.

O mapeamento deve ser feito anualmente, toda a vez que se renova a CIPA. Com essa reciclagem
cada vez mais trabalhadores aprendem a identificar e a registrar graficamente os focos de acidentes
nas empresas, contribuindo para eliminá-los ou controlá-los.

3.A Legislação Brasileira

Com redação dada pela Portaria nº 25 de 2911211994, incluiu se na NR 5-(CIPA), item 5.16, alínea
o, "elaborar, ouvidos os trabalhadores de todos os setores do estabelecimento e com a colaboração do
SESMT, quando houver, o MAPA DE RISCOS, com base nas orientações constantes do anexo IV
devendo o mesmo ser refeito a cada gestão da CIPA
ANEXO I V MAPA DE RISCOS

1. O Mapa de Riscos tem como objetivos:

a) reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de segurança e saúde


no trabalho na empresa,
b) possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e divulgação de informações entre os trabalhadores,
bem como estimular sua participação nas atividades de prevenção.

2. Etapas de elaboração:

a) conhecer o processo de trabalho no local analisado:

- Os trabalhadores:
Número, sexo, idade, treinamentos profissionais e de segurança e saúde, jornada;
- os instrumentos e materiais de trabalho;
- as atividades exercidas;
- O ambiente.

b) identificar os riscos existentes no local analisado, conforme a classificação da tabela 1.

c) identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia: medidas de proteção coletiva.

 Medidas de organização do trabalho


 Medidas de proteção individual;
 Medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiários, armários, bebedouro,
refeitório, área de lazer.

d) identificar os indicadores de saúde:

 Queixas mais freqüentes e comuns entre os trabalhadores.


 Expostos aos mesmos riscos.
 Acidentes de trabalho ocorridos,
 Doenças profissionais diagnosticadas,

A intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve ser representada por
tamanhos proporcionalmente diferentes de círculos.

3.Após discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de Riscos, completo ou setorial, deverá ser afixado
em cada local analisado, de forma claramente visível e de fácil acesso para os trabalhadores

4.No caso das empresas da indústria da construção, o Mapa de Riscos do estabelecimento deverá ser
realizado por etapa de execução dos serviços, devendo ser revisto sempre que um fato novo e
surpreendente, modificar a situação de riscos estabelecidas.
A realização do mapa é informada formalmente ao empregador por meio da cópia da ata da respectiva
reunião da CIPA. Após 30 dias ele deverá dizer se cabe a adoção das medidas sugeridas pela CIPA
para eliminar os focos de risco.
Os prazos para adoção das medidas são negociados entre as Cipas e as empresas.

A falta de elaboração e de afixação, nos locais de trabalho, do mapa de riscos ambientais pode implicar
em multas de valor elevado.
A maior multa, no campo da Segurança do Trabalho, é aplicada em casos extremos, quando fica
evidenciada a posição do empregador em fraudar a lei ou resistir à fiscalização.
Além das situações extremas existem outras previstas na NR 28 – (fiscalização e penalidades) da
Portaria 3.214178 (com a redação dada pelas Portarias nº 3, de 10 de julho de 1992, e 7, de 5 de
outubro de 1992), que também implicam multas vultosas.

Existem três incisos de intensidade máxima na escala de infrações (14, sendo “V de infração)” quando
o Mapa de riscos não for refeito em cada gestão da CIPA, quando o empregador deixar de se
manifestar no prazo de 30 dias após o recebimento do relatório da CIPA, e quando a direção do
estabelecimento deixar de fazer as alterações nos locais de trabalho, dentro do prazo combinado com
a CIPA.
É interessante notar que, neste último caso, a Cipa passa a ser investida de uma competência de
fiscalizar a própria empresa, cabendo lhe não só negociar o prazo com o empregador como,
principalmente, encaminhar à DRT uma cópia do mapa de riscos e do relatório, para análise e
inspeção.

Só é obrigada a fazer o mapa de riscos a empresa que deve ter CIPA. Mesmo quando esse órgão for
inoperante ou não tiver condições de realizar o mapa de riscos, no entanto, a empresa é quem estará
exposta à punição em função disso.

A fiscalização e as penalidades a que estão sujeitas as empresas que deixarem de elaborar o mapa de
riscos ou o fizerem incorretamente encontram se previstas na Norma Regulamentadora NR 28-
(fiscalização e penalidades) ( da mesma Portaria 3.214178, com a redação dada pela Portaria nº 7,
expedida pelo mesmo órgão em 5 de Outubro de 1992.

Cabe ao empregador dar condições para a realização do mapeamento de riscos ambientais afixando
o, em local visível. 0 mapa de riscos será executado (pela CIPA, depois de consultados os
trabalhadores de todos os setores produtivos da empresa)

4. Classificação dos Riscos Ambientais

Os riscos estão presentes nos locais de trabalho e em todas as demais atividades humanas,
comprometendo a segurança e a saúde das pessoas e a produtividade da empresa.

Esses riscos podem afetar o trabalhador a curto, médio e longos prazos, provocando acidentes com
lesões imediatas e ou doenças chamadas profissionais ou do trabalho, que se equiparam a acidentes
do trabalho.

Os agentes que causam riscos à saúde dos trabalhadores e que costumam estar presentes nos locais de
trabalho são agrupados em cinco tipos:

 Agentes químicos;
 Agentes físicos;
 Agentes biológicos;
 Agentes ergonômicos;
 Agentes de acidentes (mecânicos).

Cada um desses tipos de agentes é responsável por diferentes riscos ambientais que podem provocar
danos à saúde ocupacional dos funcionários da empresa.
Para fazer o mapa de riscos, consideram se os riscos ambientais provenientes de:
GRUPO I

1. Agentes químicos:

São considerados agentes químicos, aqueles capazes de provocar riscos à saúde:

 Poeira, fumos, névoas, vapores, gases, produtos químicos em geral, neblina, etc.

Os principais tipos de agentes químicos que atuam sobre o organismo humano, causando problemas
de saúde, são:

 Gases, vapores e névoas; aerodispersóides (poeiras e fumos metálicos).

Riscos à saúde

Os gases, vapores e névoas podem provocar efeitos irritantes, asfixiantes ou anestésicos:

Efeitos irritantes: são causados, por exemplo, por ácido clorídrico, ácido sulfúrico, amônia, soda
cáustica, cloro, que provocam irritação das vias aéreas superiores.

Efeitos asfixiantes: gases como hidrogênio, nitrogênio, hélio, metano, acetileno, dióxido de carbono,
monóxido de carbono e outros causam dor de cabeça, náuseas, sonolência, convulsões, coma e até
morte.

Efeitos anestésicos: a maioria dos solventes orgânicos assim como o butano, propano, aldeídos,
acetona, cloreto de carbono, benzeno, xileno, álcoois, tolueno, tem ação depressiva sobre o sistema
nervoso central, provocando danos aos diversos órgãos. 0 benzeno especialmente é responsável por
danos ao sistema formador do sangue.

. Os aerodispersóides: que ficam em suspensão no ar em ambientes de trabalho, podem ser poeiras:


minerais, vegetais, alcalinas, incômodas ou fumos metálicos:

. Poeiras minerais: provêm de diversos minerais, como sílica, asbesto, carvão mineral, (e provocam
silicose quartzo), asbestose (asbesto), pneurnoconioses (ex. carvão minerais, minerais em geral).
Poeiras vegetais: são produzidas pelo tratamento industrial, por exemplo, de bagaço de cana de açúcar
e de algodão, que causam bagaçose e bissinose, respectivamente.

Poeiras alcalinas: provêm em especial do calcário, causando doenças pulmonares obstrutivas


crônicas, como enfisema pulmonar.

Poeiras incômodas: podem interagir com outros agentes agressivos presentes no ambiente de
trabalho, tornando os mais nocivos à saúde,

Fumos metálicos: provenientes do uso industrial de metais, como chumbo, manganês, ferro etc.,
causa doença pulmonar obstrutiva crônica, febre de fumos metálicos, intoxicações específicas, de
acordo com o metal.

GRUPO II

2. Agentes físicos

São considerados agentes físicos, aqueles capazes de provocar riscos à saúde:


Ruídos, vibrações, radiações ionizantes e não ionizantes, pressões anormais, temperaturas extremas,
iluminação deficiente, umidade, etc.

Riscos à saúde

Ruídos provocam cansaço, irritação, dores de cabeça, diminuição da audição (surdez temporária,
surdez definitiva e trauma acústico), aumento da pressão arterial, problemas no aparelho digestivo,
taquicardia, perigo de infarto,

Vibrações provocam cansaço, irritação, dores nos membros, dores na coluna, doença do movimento,
artrite, problemas digestivos, lesões ósseas, lesões dos tecidos moles, lesões circulatórias.

Calor ou frio extremos provocam taquicardia aumento da pulsação, cansaço, irritação, fadiga
térmica, prostração térmica, choque térmico, perturbação das funções digestivas, hipertensão.

Radiações ionizantes provocam alterações celulares, câncer, fadiga, problemas visuais, acidentes do
trabalho.

Radiações não íonizantes provocam queimaduras, lesões na pele, nos olhos e em outros órgãos. É
muito importante saber que a presença de produtos ou agentes no local de trabalho como, por exemplo,
radiações infravermelho, presentes em operações de fornos, de solda oxiacetilênica; ultravioleta,
produzida pela solda elétrica; de raios laser podem causar ou agravar problemas visuais ( ex. catarata,
queimaduras, lesões na pele, etc.), mas isto não quer dizer que, obrigatoriamente, existe perigo para a
saúde, isso depende da combinação de muitas condições como a natureza do produto, a sua
concentração, o tempo e a intensidade que a pessoa fica exposta a eles, por exemplo.

.Umidades provocam doenças do aparelho respiratórias, da pele e circulatórias.

GRUPO III

3. Agentes biológicos

Microrganismos e animais são os agentes biológicos que podem afetar a saúde do trabalhador. São considerados
agentes biológicos os bacilos, bactérias, fungos, protozoários, parasitas, vírus. Entram nesta classificação
também os escorpiões, bem como as aranhas, insetos e ofídios peçonhentos.

Riscos à saúde

Pode causar as seguintes doenças: Tuberculose, intoxicação alimentar, fungos (microrganismos causadores
infecções), brucelose, malária, febre amarela.

As formas de prevenção para esses grupos de agentes biológicos são: vacinação, esterilização, higiene pessoal,
uso de EPI; ventilação, controle médico e controle de pragas.

GRUPO IV

4. Agentes ergonômicos

São os agentes caracterizados pela falta de adaptação das condições de trabalho às características
psicofisiológicas do trabalhador.
Entre os agentes ergonômicos mais comuns estão:

 Trabalho físico pesado;


 Posturas incorretas;
 Posições incômodas,
 Repetitividade;
 Monotonia,
 Ritmo excessivo;
 Trabalho em turnos e trabalho noturno,
 Jornada prolongada;

Riscos à saúde

Trabalho físico pesado, posturas incorretas e posições incômodas provocam cansaço, dores
musculares e fraqueza, além de doenças como hipertensão arterial, diabetes, úlceras, moléstias
nervosas, alterações no sono, acidentes, problemas de coluna, etc.

.Ritmo excessivo, monotonia, trabalho em turnos, jornada prolongada, conflitos, excesso de


responsabilidade provocam desconforto, cansaço, ansiedade, doenças no aparelho digestivo (gastrite,
úlcera), dores musculares, fraqueza, alterações no sono e na vida social (com reflexos na saúde e no
comportamento), hipertensão arterial, taquicardia, cardiopatias (angina, infarto), diabetes, asmas,
doenças nervosas, tensão, medo, ansiedade.

GRUPO V
Agentes de acidentes (mecânicos):

São arranjos físicos inadequados ou deficientes, máquinas e equipamentos, ferramentas defeituosas,


inadequadas ou inexistentes, eletricidade, sinalização, perigo de incêndio ou explosão, transporte de
materiais, edificações, armazenamento inadequado, etc.

Essas deficiências podem abranger um ou mais dos seguintes aspectos:

 Arranjo físico;
 Edificações;
 Sinalizações;
 Ligações elétricas;
 Máquinas e equipamentos sem proteção,
 Equipamento de proteção contra incêndio;
 Ferramentas defeituosas ou inadequadas,
 EPI inadequado,
 Armazenamento e transporte de materiais.
 Iluminação deficiente - fadiga, problemas visuais, acidentes do trabalho.

Riscos à saúde

 Arranjo físico: quando inadequado ou deficiente, pode causar acidentes e provoca desgaste
físico excessivo nos trabalhadores.
 Máquinas sem proteção: podem provocar acidentes graves.
 Instalações elétricas deficientes: trazem riscos de Curto circuito, choque elétrico, incêndio,
queimaduras, acidentes fatais.
 Matéria prima sem especificação e inadequada: acidentes, doenças profissionais, queda da
qualidade de produção.
 Ferramentas defeituosas ou inadequadas: acidentes, com repercussão principalmente nos
membros superiores.
 Falta de EPI ou EPI inadequados ao risco: acidentes, doenças profissionais.
 Transporte de materiais, peças, equipamentos sem as devidas precauções: acidentes.
 Edificações com defeitos de construção: a exemplo de piso com desníveis, escadas fora de
ausência de saídas de emergência, mezaninos sem proteção, passagens sem a atura necessária :
quedas, acidentes.
 Falta de sinalização das saídas de emergência, da localização de escadas e caminhos de fuga,
alarmes, de incêndios: ações desorganizadas nas emergências, acidentes.
 Armazenamento e manipulação inadequados de inflamáveis e gases, curto circuito,
sobrecargas de redes elétricas: incêndios, explosões.
 Armazenamento e transporte de materiais: a obstrução de áreas traz fiscos de acidentes, de
quedas, de incêndio, de explosão etc.
 Equipamento de proteção contra incêndios: quando deficiente ou insuficiente, traz efetivos
riscos de incêndios.
 Sinalização deficiente: falta de uma política de prevenção de acidentes, não identificação de
equipamentos que oferecem fisco, não delimitação de áreas, informações de segurança
insuficientes etc. comprometem a saúde ocupacional dos funcionários.

5. Riscos Químicos, Físicos, Biológicos, Ergonômicos, Acidentes

5.1. Agentes Químicos

Os agentes químicos mais comuns apresentam-se sob as seguintes formas:

Formas dos Agentes Químicos


Forma Gasosa Monóxido de carbono
Bióxido de enxofre
Vapores de solventes
Óxido de hidrogênio
Amônia
Ácido clorídrico
Ácido sulfúrico
Sulfeto de carbono
Sulfeto de hidrogênio
Forma sólida Soda em escamas, pós, poeiras de sílica,
Granito, algodão, etc.
Forma liquida Álcalis
Ácidos
Solventes
5.1.1 Contaminantes ambientais

No ambiente de trabalho, podemos encontrar seis tipos mais comuns de agentes químicos ou
substâncias contaminantes:

Poeiras
São produzidas mecanicamente por ruptura de partículas maiores. Exemplo: fibras de amianto e
poeiras de sílica.

Fumos
Os chamados fumos são partículas sólidas produzidas por condensação de vapores metálicos.
Exemplos: fumos de óxido de zinco nas operações de soldagem com ferro, de chumbo em trabalhos
a temperaturas acima de 500'C e de outros metais em operações de fusão.

Fumaças
Fumaças produzidas pela combustão incompleta como a liberada pelos escapamentos dos
automóveis, que contém monóxido de carbono, são contaminantes ambientais e representam riscos de
acidentes e à saúde.

Neblinas
As neblinas são partículas líquidas produzidas por condensação de vapores. Exemplos: anidrido
sulfúrico, gás clorídrico, etc.

Gases
Os gases são dispersões de moléculas que se misturam com o ar. Exemplo: GLP Gás Liquefeito de
Petróleo, monóxido de carbono, gás sulfídrico, gás cianídrico, etc.
Vapores
São dispersões de moléculas no ar que podem se condensar para formar líquidos ou sólidos em
condições normais de temperatura e pressão. Exemplos: vapores de benzol, dissulfito de carbono, etc.

5.1.2 Fatores que influenciam a toxicidade dos contaminantes ambientais

Deve se lembrar que a presença de produtos ou agentes no local de trabalho não quer dizer que,
obrigatoriamente, existe perigo para a saúde.

O risco representado pelas substâncias químicas depende dos seguintes fatores:

a) Concentração: Quanto maior for a concentração do produto, mais rapidamente os seus efeitos
nocivos se manifestarão no organismo.

b) índice respiratório: Representa a quantidade de ar inalado pelo trabalhador durante a jornada.

c) Sensibilidade individual: É o nível de resistência de cada um varia de pessoa para pessoa.

d) Toxicidade: É o potencial tóxico da substância no organismo.

e) Tempo de exposição: É o tempo que o organismo fica exposto ao contaminante.


5.1.3 Vias de penetração dos agentes químicos

O agente químico pode penetrar no trabalhador pela pele (via cutânea), pela boca e estômago (via
digestiva) e pelo nariz e pulmões (via respiratória).

Via Cutânea

Os ácidos, álcalis e solventes, ao atingirem a pele, podem ser absorvidos ou provocar lesões como
caroços ou chagas (acne química), podendo também comprometer as mucosas dos olhos, boca e nariz.
A soda em escamas e os pós também podem penetrar na pele e contaminar.
Esses problemas podem acontecer quando os trabalhadores manipulam produtos químicos sem
equipamentos de proteção individual EPI como luvas, aventais, botas, máscaras e óculos de segurança.
Via Digestiva

A contaminação do organismo ocorre pela ingestão acidental ou não de substâncias nocivas, presentes
em alimentos contaminados, deteriorados ou na saliva. Hábitos inadequados como alimentar se ou
ingerir líquidos no local de trabalho, umedecer os lábios com a língua, usar as mãos para beber água
e a falta de higiene contribuem para a ingestão de substâncias nocivas.Há casos de ingestão
acidental ou proposital de ácidos, álcalis, solventes. Conforme o tipo de produto ingerido, podem
ocorrer lesões (queimaduras na boca, esôfago e estômago).

Via Respiratória

As substâncias penetram pelo nariz e boca, afetando a garganta e chegando aos pulmões. Através da
circulação sangüínea, podem seguir para outros órgãos, onde manifestarão seus efeitos tóxicos.
Substâncias químicas na forma de pó em suspensão no ar podem facilmente penetrar no organismo
pela respiração. Partículas muito pequenas podem vencer as barreiras naturais das vias respiratórias,
chegando a atingir partes mais profundas do pulmão. Em todos esses casos pode existir risco de
contaminação se os funcionários não usarem os equipamentos de proteção individual ou se não houver
sistemas de ventilação ou exaustão adequados.

5.1.4 Riscos possíveis dos produtos químicos para a saúde

O quadro a seguir mostra a utilização, os riscos e as conseqüências para a saúde de alguns dos
principais produtos químicos utilizados pelas indústrias, a depender da toxicidade de cada um no
ambiente de trabalho.

Possíveis Riscos dos Produtos Químicos


Princípios Sintomas e
Riscos para a Uso Produto Conseqüências
Saúde Prováveis a partir da
Contaminação
Sabor metálico. Dores
de estômago ou
Encontra-se associado complicações
com o chumbo e o intestinais.
Empregado nas ligas com arsênico. Vômitos, diarréia,
chumbo, fabricação de metais Seus compostos podem irritabilidade, fadiga,
para imprensa, soldagens, irritar olhos, pele e vertigens e dores
Antimônio fabricação de tintas, etc. mucosas das vias musculares.
podem provocar lesões Redução dos glóbulos
nos pulmões. brancos.
Lesões nos músculos
cardíacos.
Demência, fadiga,
cólicas intestinais,
cefaléia, visão dupla,
Usado como catodo Penetra no organismo alteração de conduta,
De baterias na construção, em e por inalação e ingestão. anemia, degeneração
Chumbo inseticidas. Tubulações, metal Pode provocar lesões dos rins e fígado e
de imprensa, munições, nos rins e no fígado. depressão do SNC -
fabricação de automóveis, latas Alguns compostos do Sistema Nervoso
pesticidas tintas, vernizes, provocar câncer. Central. Seus
compostos orgânicos
podem provocar lesões
cerebrais, alterações
mentais, ansiedade,
delírio e morte.

Usado na fabricação de O mercúrio acumula-se Náuseas, Vômitos,


termômetros, barômetros, ouro e nos rins, fígado, baço e diarréia, cefaléia, dores
Mercúrio por dentistas contatos elétricos e ossos. abdominais, tremores,
na extração de bombas de 0 envenenamento convulsões, espasmos
vácuo. provoca inchaço das musculares e alteração
glândulas salivares e de conduta,
pode resultar em queda nervosismo,
dos dentes e úlceras na irritabilidade,
boca e nas gengivas. ansiedade e depressão.

Usado na fabricação de baterias, Os fumos provocam a Dermatite, irritações


pilhas, ligas de latão, bronze e febre dos metalúrgicos digestivas
galvanização. (calafrio, febre alta e provocando náuseas e
secura na boca). vômitos.
Seus compostos
Zinco prejudicam os olhos, a
pele e as mucosas.
Usado em ligas com o aço na Pode provocar Dor de cabeça falta de
produção de máquinas, dermatite e alergias. ar, morte. Vômito,
automóveis e componentes É também um agente febre alta, tosse,
elétricos, como catalisador em cancerígeno, podendo delírio, alucinações,
banhos eletrolíticos em banhos atingir os pulmões, a diminuição sangüínea e
Níquel eletroliticos (niquelagem), cavidade nasal os ossos vertigens,
baterias, acumuladores e no e o estômago.
fabrico de moedas.
Alumínio Usado na
Construção, indústrias. Oferece risco sob a O pó pode provocar
Aeronáutica e automobilística. forma de rebolos. irritação nos olhos,
Fabricação de utensílios de raspantes e no uso de enfisema ou fibrose
cozinha e papel de alumínio. lixas e pó, na produção pulmonar.
Usado também, como pigmento industrial.
em algumas pinturas como a de
alumínio e ligas.
Acetileno Gás básico no processo de solda e Transforma-se em Vertigens, cefaléia,
corte de metais narcótico quando se indisposição estomacal e
mistura com o oxigênio, dificuldades respiratórias.
provocando sonolência e
perda dos sentidos.
Ácido Nítrico Usado na dissolução e tratamento É tóxico para a pele, o Irritação das mucosas
de minérios metálicos. olho e a mucosa das vias (nariz, garganta e olhos),
respiratórias. Pode opressão torácica, angústia,
produzir edema respiração agitada, náuseas,
pulmonar. vertigens, salivação,
sensação de fadiga
muscular e bronquite.
Ácido Sulfúrico Usado como dissolvente na Provoca irritação do Tosse, pneumonia química
degradação de certos minérios. sistema respiratório. e erosão dos dentes, náusea,
Forma-se espontaneamente no Quando diluído pode vômitos e dores
tratamento do minério de enxofre. causar dermatite e causar abdominais.
dermatite e lesões nos
pulmões. Seus vapores
são corrosivos para a pele
e os olhos.
Cloro Usado na extração de alguns Irrita os olhos, a pele e as Causa sensação de picadas,
minérios na eletrólise de alguns mucosas das vias ardor e congestão nos olhos
metais. É liberado nos gases de respiratórias. e na pele e hipertensão. Em
explosão e de fusão. altas doses pode causar
colapso respiratório.
Cádmio Usado na galvanização de outros Os fumos podem causar Febre alta, queimação na
metais para evitar corrosão. envenenamento. garganta, tosse, náuseas,
Facilita o processo de solda. opressão no peito, vômito,
É usado em algumas peças de dor de cabeça e cianose
motores, baterias de cádmio, (coloração azulada por
níquel, foguetes, mísseis e aviões. deficiência de oxigênio no
sangue).
Metanol O metariol (álcool metílico) é um Os efeitos no organismo Distúrbios visuais,
álcool retirado da madeira e do ocorrem pela vertigens, dor de cabeça,
gás natural. Também é chamado contaminação através da perturbações digestivas,
de carbinol ou álcool de madeira. respiração, ingestão e irritaçâo nas mucosas do
Usado como combustível de contato com a pele. Se nariz. O cantata com os
veículos. ingerido, pode provocar olhos pode produzir
cegueira e ser fatal. irritação, lacrimejamento,
sensação de queimação e
cegueira. O cantato com a
pele pode causar dermatose.

Agentes Químicos Típicos de Algumas Indústrias


Indústria Processo ou Operação Agentes químicos potencialmente nocivos que podem
estar presentes no ambiente de trabalho

Aciaria Fundição Poeiras contendo sílica livre cristalizada, óxido de ferro,


silicatos, carbonatos, monóxido de carbono (CO),
dióxido de enxofre (50), fumos de fósforo, chumbo,
ferro, manganês (função da composição do metal
fundido).
Abridores, cardas, Poeira de algodão.
batedores filatórios Hidróxido de sódio, ácido sulfúrico.
conicaleiras, etorcedeiras Hipoclorito de sódio, cloro de sódio Para - nitroferiol
Mercerização acrilonitrila.
Algodão Branqueamento
Acabamento
Borracha Natural Preparação da mistura Aminas aromáticas (ex. 4 difenil amima, naffil amima).
Solventes orgânicos.
Borracha sintética Tolueno diisocianato ou outros isocianatos. Ácido acético, ácido
sulfúrico,
dicloroetano.
etilbenzeno, isoproperio,
Acrilonitrila, cloro butadieno, estireno,

Botões de plástico Estirol, feriol, formaldeido, ácido acrílico, dissulfeto de carbono,


tetracloreto de carbono.
Calçados Colagern Solventes orgânicos constituintes da cola (ex. benzerio, tolueno,
xileno).
Cera Cloro naftalina ou difenil.
Cerâmica Manuseio matérias primas. Poeira contendo sílica livre cristalizada. Chumbo, poeira
Rebarbação, polimento, contendo sílica livre cristalizada.
esmaltação Esmaltação Aguarrás, poeira contendo sílica livre cristalizada.
Limpeza, decoração Querosene, poeira contendo sílica livre
Desmonte de caixas Benzeno, nitrobenzerio, tricloroetilerio,

Cerveja Fermentação Revestimentos Dióxido de carbono (CD2). Freon.


dos Amônia.
Refrigerantes Tricloetileno.
Vazamento de gases
vasilhames

Choque Reparação de material Poeira contendo sílica livre cristalizada.


refratário e corte. Monóxido de carbono (CO). Benzopireno.
Reparação de sistemas de Naftil amima.
retorta

Couro Berizerio, xilerio, toluol.


Espelhos Ácido clorídrico (HCI), nitrato de prata, amônia,
hidróxido de prata, amina.
Explosivos Nitroglicerina, dinitrato de etileno glicol, tetrilo, trinitrotolueno.
Fibra de vidro Poeira de sílica livre no manuseio de matéria prima.
Em geral Poeira de fibra de vidro.
Colagem Álcool metílico. Acetato de etila.
Fibras artificiais Diosulfeto de carbono (CS), benzeno, ácido acético, gás
sulfídrico (H2S), ácidos inorgânicos
Refrigerante Vazamento de Gases Amônia de hidrocarbonetos halogenados.
Refrigerante
Siderúrgica Monóxido de carbono (CO), poeira de óxido de
ferro.
Tintas Sais de chumbo, óxido de zinco, óxido de ferro, óxido de cromo
(pigmentos).
Álcoois, esteres, cetonas e éteres de glicol (solventes). Ácidos
inorganicos.
Vidro Sílica, chumbo, poeira de soda e potassa, dióxido de enxofre
(S02).
Agentes Químicos Presentes em Vários Tipos de Indústrias

Processo ou Operação Agentes químicos potencialmente nocivos que podem estar


Presentes no trabalho
Decapagem Ácido sulfúrico, ácido clorídrico, ácido fosfórico, ácido nítrico,
ácido fluoridrico.
Desengraxamento Gasolina, querosene, tetracioreto de carbono (CC14),
hidrocarbonetos clorados (tricloroetileno), tetracloroetileno.
Fosfatização Ácido crômico-
Galvanização Fumos de óxido de zinco.
Ácido clorídrico, amônia, ácido sulfúrico.
Jateamento de areia Poeira contendo sílica livre cristalizada.
Polimento eletrolitico de metais Ácido fosfórico, ácido sulfúrico, vapores de solventes ,
orgânicos.
Revelação fotográfica Amino derivados (fenolamina), ácidos fortes, álcalis fortes,
aldeídos
(formaldeldo), amimas alifáticas.
Solda ou cone oxiacetilênico óxidos de nitrogênio, hidrogenio.
Solda de cote a arco Ozona, monóxido de carbono, fosgênio.
Tratamento de água doce Cloro.
Tratamento térmico de metais Monóxido de carbono (Co), propano, oxidas de nitrogênio, gás
cianidrico.

5.1.5 Limites de Tolerância

0 fato dos trabalhadores estarem expostos a agentes físico Químicos ou biológicos não implica
necessariamente que venham a contrair uma doença do trabalho. Para tanto, é necessário que estejam
expostos a uma determinada concentração ou intensidade e que o tempo de exposição seja suficiente
para atuação nociva destes agentes sobre o ser humano. "Limites de Tolerância" são concentrações
dos agentes químicos ou intensidades dos agentes físicos presentes no ambiente de trabalho sob as
quais os trabalhadores podem ficar expostos durante toda a sua vida laboral sem sofrer efeitos adversos
à sua saúde.

5.2. Riscos Físicos

Pressões extremas

As atividades exercidas em locais de pressões extremas (altas ou baixas) requerem equipamentos


especiais e rigoroso treinamento. Um exemplo é o dos mergulhadores que trabalham em obras
submarinas.

Ruídos

As máquinas e equipamentos utilizados pelas empresas produzem ruídos que podem atingir níveis
excessivos, provocando a curto, médio e longos prazos sérios prejuízos à saúde. Dependendo do
tempo da exposição, do nível sonoro e da sensibilidade individual, as alterações auditivas poderão
manifestar se imediatamente ou se começará a perder a audição gradualmente. Quanto maior o nível
de ruído, menor deverá ser o tempo de exposição ocupacional (Ver Tabela).
Níveis de Ruídos Aceitáveis

Nível de Ruído DB(A) Máxima Exposição Diária Permissível


85 8h
86 7h
87 6h
88 5h
89 4 h 30 min
90 4h
91 3 h 30 min
92 3h
93 2 h 40 min
94 2 h 15 min
95 2h
96 1 h 45 min
98 1 h 45 min
100 1h
102 45 min
104 35 min
105 35 min
106 30 min
108 20 min
110 15 min
112 10 min
114 8 min
115 7 min

PRINCIPAIS EFEITOS PREJUDICIAIS DO RUÍDO EXCESSIVO SOBRE A PESSOA

EFEITOS NOCIVOS DO RUIDO


Modificações das ondas eletroencefalográficas,
Fadiga nervos
Sobre o sistema nervoso Perda de memória, irritabilidade, dificuldade
em coordenar idéias

Hipertensão
Aparelho Cardiovascular Modificação do ritmo cardíaco
Modificação do calibre dos casos sanguíneos

Modificação do ritmo respiratório


Perturbações gastrintestinais
Diminuição da visão noturna
Outros efeitos Dificuldade na percepção das cores
Perda temporária da capacidade auditiva.

Para a confecção do mapa de riscos não será necessária a medição do nível de ruído. à avaliação é
sensitiva: "aquele ruído que incomoda um pouco ou mais ou menos?" Não interessa se é da ordem de
85 ou 70 db, o que importa é que incomoda e tornar-se- ão medidas para minimizá -lo.
Radiações

Radiações ionizantes.

 Os operadores de aparelhos de Raios X e Radioterapia frequentemente estão expostos a esse


tipo de radiação. Seus efeitos podem afetar o organismo (crônicos, agudos, genéticos ou
somáticos "físicos"), podendo se manifestar nos descendentes. Deve se tomar cuidado
especiais quanto às operações e ao ambiente.

Radiciações não ionizastes

 As radiações infravermelho, presentes em operações de fornos de solda oxiacetilênica;


ultravioleta, produzida pela solda elétrica; de raios laser podem causar ou agravar problemas
visuais a exemplo da catarata provocar queimaduras, lesões na pele, etc.

Temperaturas extremas

Calor

 Altas temperaturas são nocivas à saúde do trabalhador, podendo provocar catarata, câimbras,
insolação, desidratação, distúrbios psiconeuróticos, erupção da pele, problemas circulatórios.
Obs. O uso de lentes de contato por operadores de fornos, soldadores (arco voltaico) e demais
trabalhadores que enfrentam calor externo é contra indicado, podendo provocar até perda da
visão.

Frio

 Baixas temperaturas também são nocivas à saúde podendo provocar feridas, rachaduras e
necrose da pele, enregelamento, gangrena e amputação do membro lesado.Outras
conseqüências possíveis de temperaturas muito baixas são o agravamento de doenças
musculares periféricas preexistentes e de doenças reumáticas, predisposição para acidentes e
doenças das vias respiratórias.

Vibrações

 Na indústria é comum o uso de máquinas e equipamentos que produzem vibrações, as quais


podem ser prejudiciais para o trabalhador. As vibrações, podem ser localizadas ou
generalizadas.Vibrações localizadas são causadas por ferramentas manuais, elétricas
pneumáticas. Com o tempo poderão provocar alterações neurovasculares nas mãos, problemas
nas mãos e braços e osteoporose (perda da substancia óssea). As vibrações generalizadas ou
do corpo inteiro podem afeitar os operadores de grandes máquinas, como os motoristas de
caminhões, ônibus e trotares, provocando dores lombares e lesões na coluna vertebral.

Umidade
 As atividades ou operações executadas em locais alagados; ou encharcados, com umidade
excessiva, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores, são situações insalubres e
devem ter a atenção dos prevencionistas através de inspeções realizadas nos locais de trabalho
para se estudar a implementação de medidas de controle.
5.3 Riscos Biológicos

Agentes Biológicos são microrganismos que, em contato com o homem podem provocar inúmeras
doenças. São considerados como agentes biológicos os bacilos, bactérias, fungos, protozoários,
parasitas, vírus. Entram nesta classificação também os escorpiões, bem como as aranhas, insetos e
ofídios peçonhentos.Muitas atividades profissionais favorecem o contato com tais agentes. É o caso
das indústrias de alimentação, hospitais, limpeza pública (coleta de lixo), laboratórios etc.

Entre as inúmeras doenças profissionais provocadas por microorganismos incluem se:


TUBERCULOSE, BRUCELOSE, MALÁRIA, FEBRE AMARELA etc.
Para que estas doenças possam ser consideradas DOENÇA PROFISSIONAL é necessária que haja
exposição do funcionário a estes microorganismos.
É necessário que sejam tomadas medidas preventivas cara que as condições de higiene e segurança
nos diversos setores de trabalho sejam adequadas.

As medidas preventivas mais comuns são:

o Controle médico permanente;


o Uso do E. P. I. (Equipamento de Proteção Individual);
o Higiene rigorosa nos locais de trabalho;
o Hábitos de higiene pessoal; uso de roupas adequadas;
o Vacinação;
o Treinamento.

Para que uma substância seja nociva ao homem é necessário que ela entre em contato com seu corpo.
Existem diferentes vias de penetração no organismo humano com relação à ação dos agentes
biológicos: cutânea (através da pele), digestiva (ingestão de alimentos) e respiratória (aspiração de ar
contaminado).

5.4 Riscos Ergonômicos

São os riscos ligados à execução e à organização de todos os tipos de tarefas. Por exemplo, a altura
inadequada do assento da cadeira, a distância insuficiente entre as pessoas numa seção, a monotonia
do trabalho, o isolamento do trabalhador, o treinamento inadequado ou inexistente, etc. A ergonomia
ou engenharia humana é uma ciência relativamente recente que estuda as relações entre homem e seu
ambiente de trabalho.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) define a ergonomia como a "aplicação das ciências
biológicas humanas em conjunto com os recursos e técnicas da engenharia para alcançar os
ajustamentos mútuos, ideais entre o homem e seu trabalho, e cujos resultados se medem em termos
de eficiência humana e bem estar no trabalho".
Os agentes ergonômicos podem gerar distúrbios psicológicos e fisiológicos e provocar sérios danos à
saúde do trabalhador porque produzem alterações no organismo e nos estados emocional,
comprometendo sua produtividade, saúde e segurança.
Para evitar que esses agentes comprometam a atividade é necessário adequar o homem às condições
de trabalho do ponto de vista da praticidade, do conforto físico e psíquico e do visual agradável. Isso
reduz a possibilidade da ocorrência de acidentes.
Essa adequação pode ser obtida por meio de melhores condições de higiene no local de trabalho,
melhoria do relacionamento entre as pessoas, modernização de máquinas e equipamentos, uso de
ferramentas adequadas, alterações no ritmo de tarefas, postura adequada, racionalização,
simplificação e diversificação do trabalho.
5.5 Riscos de Acidentes (Mecânicos)

Os riscos de acidentes (mecânicos) são muitos diversificados e podem estar presentes em ferramentas
defeituosas, máquinas, equipamentos ou partes destes.

Os agentes de acidentes (mecânicos) mais comuns dizem respeito a:

Construção e instalação da empresa:

 Prédio cair, área insuficiente;


 Arranjo físico deficiente
 Pisos pouco resistentes e irregulares;
 Matéria prima fora de especificações
 Falta de equipamento de proteção individual ou EPI inadequado ao risco.
 Instalações elétricas impróprias ou com defeitos.
 Iluminação: é necessário que as condições de iluminação natural ou artificial dos locais de trabalho
sejam apropriadas para o tipo de atividade a ser desenvolvida. Iluminação insuficiente ou excessiva
pode dificultar as tarefas, provocar perturbações visuais e causar acidentes.
Máquinas, equipamentos e ferramentas:

 Localização imprópria das máquinas.


 Falta de proteção em partes móveis e pontos de operação;
 Máquinas com defeitos;
 Ferramentas defeituosas ou usadas de forma incorreta.

É importante, por exemplo, reconhecer a ferramenta adequada para cada finalidade e as conseqüências
de seu uso incorreto, conforme mostra o quadro a seguir:

RISCOS DO MAU USO DAS FERRAMENTAS


FERRAMENTA USOINCORRETO USO CORRETO
Faca Uso da faca como chave de fenda ou Uso da faca para cortar.
alavanca.
Chaves de Como alavanca ou talhadeira. Para apertar ou soltar parafusos.
fenda
Martelos Uso de martelo de unha em aço alta Uso de martelo de unha em
têmpera, carpintaria,
de martelo de mecânica em carpintaria, de de martelo mecânico para trabalho em
martelo de unha como talhadeira. máquinas, de martelo de unha para
extrair pregos.
Limas Como maneio ou alavanca. Para limar materiais.
Talhadeiras Como chave de fenda ou alavancas. Para cortar madeira ou metal.
Serras de mão Uso em material impróprio. Uso em material indicado.
Uso de serra para corte perpendicular ás Uso do trançador para cortar
fibras. Uso do trançador para corte no perpendicularmente as fibras e da
sentido das fibras. serra para cortar no sentido das fibras.

6.0 O que é Mapa de Risco?

Mapa é a representação gráfica do reconhecimento dos riscos existentes nos locais de trabalho, por
meio de círculos de diferentes tamanhos; e cores. O seu objetivo é informar e conscientizar os
trabalhadores pela fácil visualização desse riscos. É um instrumento que pode ajudar a diminuir a
ocorrência de a acidentes do trabalho objetivo que interessa aos empresários a aos trabalhadores.
7.0 Quem faz?

O mapa de riscos é feito pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes CIPA, após ouvir os
trabalhadores de todos os setores produtivos e com a orientação do Serviço Especializado em
Engenharia e Segurança e Medicina do Trabalho SESIVIT da empresa, quando houver.

8.0 Planta ou croqui!

É importante ter uma planta do local, mas se não houver condições de conseguir, isto não deverá ser
um obstáculo: faz se um desenho simplificado, um esquema ou croqui do local.

9.0 Estudo dos tipos de riscos

A CIPA deve se familiarizar com a tabela abaixo, que classifica os riscos de acidentes de trabalho.
Nessa tabela que faz parte dos anexos da Portaria Ministerial há cinco tipos de riscos que
corresponderão a cinco cores diferentes no mapa.

TABELA DOS RISCOS AMBIENTAIS

Riscos Ambientais
Grupo I Grupo II Grupo III Grupo IV Grupo V
Agentes Agentes Agentes Agentes Agentes
Químicos Físicos Biológicos Ergonômicos Mecânicos
Poeira Ruído Vírus Trabalho Arranjo
físico pesado físico deficiente
Fumos Metálicos Vibração Bactéria Posturas Máquinas
incorreras sem proteção
Névoas Radiação Protozoários Treinamento Matéria-prima
ionizante Inadequado, fora de
e não ionizante inexistente especificação
Vapores Pressões Fungos Jornadas Equipamentos
anormais prolongadas inadequados
de trabalho defeituosos ou
inexistentes
Gases Temperatura Bacilos Trabalho Ferramentas
extremas noturno defeituosas/
inadequadas ou
inexistentes
Produtos químicos Frio Parasitas Responsabilidade Iluminação

em geral e deficiente
Calor Conflito
Tensões Eletricidade
emocionais
Substâncias, Umidade Insetos Desconforto Incêndio
compostos ou cobras Monotonia Edificações
produtos químicos aranhas, etc. Armazenamento

em geral
outros outros outros outros outros
VERMELHO VERDE MARROM AMARELO AZUL
10.0 Exemplos de riscos em algumas atividades e seções

A obrigatoriedade de elaboração do mapa de riscos abrange, no país, 750 mil empresas em 973
atividades econômicas. Por essa razão, é praticamente impossível apresentar aqui uma lista completa
dos riscos ambientais. Para facilitar a elaboração dos mapas, seguem alguns exemplos de riscos:

RISCOS EM SEÇÕES OU ATIVIDADES

10.1 Como levantar e identificar os riscos durante a visita à fábrica

Após o estudo dos tipos de risco, deve se dividir a fábrica em áreas conforme as diferentes fases da
produção. Geralmente isso corresponde às diferentes seções da empresa. Essa divisão facilitará a
identificação dos riscos de acidentes de trabalho.Em seguida o grupo deverá percorrer as áreas a serem
mapeadas com lápis e papel na mão, ouvindo as pessoas acerca de situações de riscos de acidentes de
trabalho.
Sobre esse assunto, é importante perguntar aos demais trabalhadores o que incomoda e quanto
incomoda, pois isso será importante para se fazer o mapa, Também é preciso marcar os locais dos
riscos informados em cada área.
Nesse momento, não se deve ter a preocupação de classificar os riscos. 0 importante é anotar o que
existe e marcar o lugar certo. 0 grau e o tipo de risco serão identificados depois.

10.2 A avaliação dos riscos para a elaboração do mapa

Com as informações anotadas, a CIPA deve fazer uma reunião para examinar cada risco identificado
na visita à seção ou fábrica. Nesta fase, faz se a classificação dos perigos existentes conforme o tipo
de agente, conforme a Tabela de Riscos Ambientais. Também se determina o grau ("tamanho"):
pequeno, médio ou grande.

10.3 A colocação dos círculos na planta ou croqui

Depois disso é que se começa a colocar os círculos na planta ou croqui para representar os riscos. Os
riscos são caracterizados graficamente por cores e círculos.
O tamanho do círculo representa o grau do risco. (Segundo a portaria ministerial, o risco pequeno é
representado menor, o médio por um círculo médio e o grande, por um círculo maior.) E a cor do
círculo representa o tipo de risco, conforme a Tabela mostrada.

Risco Médio Risco


Risco
Pequeno
Grande

Os círculos podem ser desenhados ou colados.


O importante é que os tamanhos e as cores correspondam aos graus e tipos. Cada círculo deve ser
colocado naquela parte do mapa que corresponde ao lugar onde existe o problema.
Caso existam, num mesmo ponto de uma seção, diversos riscos de um só tipo por exemplo, riscos
físicos: ruído, vibração e calor não é preciso colocar um círculo para cada um desses agentes.

Basta um círculo apenas neste exemplo, com a cor verde, dos riscos físicos, desde que os riscos tenham
o mesmo grau de nocividade.
Uma outra situação é a existência de riscos de tipos diferentes num mesmo ponto. Neste caso, divide
se o círculo conforme a quantidade de riscos em 2, 3, 4 e até 5 partes iguais, cada parte com a sua
respectiva cor, conforme a figura abaixo (este procedimento é chamado de critério de incidência):
Diversos tipos de risco num mesmo ponto

Postura
Fagulhas Incorreta
Cortes Monotoni
a

Gases
Ruído Poeira
Calor
Quando um risco afeta a seção inteira exemplo: ruído , uma forma de representar isso no mapa é
colocá lo no meio do setor e acrescentar setas nas bordas, indicando que aquele problema se espalha
pela área toda. veja como fica:

11.0 Relatório para a direção da empresa

Concluída a elaboração do mapa, a CIPA deve preencher os quadros abaixo do Anexo 1 com os riscos
encontrados e encaminhá los para a diretoria da empresa, que deverá se manifestar dentro de 30 dias
a partir da data do recebimento desses documentos.

A fonte geradora é o que causa o problema. Para se preencher a coluna intitulada nº no mapa é preciso
colocar um número diferente em cada círculo do mapa de riscos. Caso o círculo tenha mais de uma
cor, coloca se um número em cada uma delas. Desse modo os círculos do mapa poderão ser
representados por números nessa coluna.

Na coluna: Proteção individual/ coletiva, deve se anotar os equipamentos existentes e o seu uso.

A planilha de Recomendações deve ser preenchida com as medidas sugeridas para eliminar ou
controlar as situações de risco de acidentes de trabalho.
RELATÓRIO DOS RISCOS ENCONTRADOS

(preencher um conjunto para cada departamento / setor)

Departamento / setor: ..................................................................................................


Nº de funcionários: Masc.:............ Fem.:................. Total: ...........................

GRUPO 1 – RISCOS QUÍMICOS


Riscos Fonte Geradora Nº no Mapa Proteção Recomendações
Individual /coletiva
Gases e
vapores
Poeira
Fumos
Névoas
Neblinas
Outros

Departamento / setor:..................................................................................................
Nº de funcionários: Masc.:............ Fem.:................. Total: ...........................

GRUPO 11 - RISCOS FíSICOS


Agentes/ Vapores Nº no Mapa Fonte Geradora Proteção Recomendações
Individual coletiva
Ruído
Vibrações
Radiações ionizantes
Radiações não ionizantes
Pressões anormais
Temperaturas externas
Iluminação deficiente
Umidade
Outros

Departamento / setor: ..................................................................................................


Nº de funcionários: Masc.:............ Fem.:................. Total: ...........................

GRUPO III-RISCOS BIOLOGICOS


Agentes /RISCOS Nº no Mapa Local Recomendações
Vírus
Bactérias
Protozoários
Fungos
Maciços
Parasitas
Escorpionismo
Ofidismo
Insetos
Outros
Departamento / setor: ..................................................................................................
Nº de funcionários: Masc.:............ Fem.:................. Total: ...........................
GRUPO IV - RISCOS ERGONO MICOS
Agentes x Riscos Nº no Função / Local Recomendações
Mapa
Trabalho físico pesado
Postura incorreta
Treinamento inadequado /
inexistente
Trabalho em turnos e noturnos
Atenção e responsabilidade
Monotonia
Ritmo excessivo
Outros

Departamento / setor: ..................................................................................................


Nº de funcionários: Masc.:............ Fem.:................. Total: ...........................

GRUPO V - RISCOS DE ACIDEN ES (MECÂNICOS)


Agentes / Riscos Nº no Mapa SIM / Descrição do Problema Recomendações
NÃO
Arranjo Físico
Máquinas e equipamentos
Ferramentas manuais
defeituosas, inadequadas ou
inexistentes
Eletricidade
Sinalização
Perigo de incêndio ou explosão
Transporte de materiais
Edificações
Armazenamento inadequado
outros

11.1. Resultados localização do mapa e o que acontece com os círculos

Caso se constate a necessidade de medidas corretivas nos locais de trabalho, a direção do


estabelecimento definirá a data e o prazo para providenciar as alterações propostas, através de
negociação com os membros da CIPA e do SESMT. Tais datas deverão ficar registradas no livro de
atas da CIPA.

O Mapa de riscos deve ficar em local visível para alertar as pessoas que ali trabalham sobre os riscos
de acidentes em cada ponto marcado com os círculos.

O objetivo final do mapa é conscientizar sobre os riscos e contribuir para eliminá-los, reduzi-los ou
controlá-los.

Graficamente, isso significa a eliminação ou diminuição do tamanho/quantidade dos círculos.


Também podem ser acrescentados novos círculos, por exemplo quando se começa um novo processo,
se constrói uma nova seção na empresa ou se descobre perigos que não foram encontrados quando se
fez o primeiro mapa.
O mapa, portanto, é dinâmico. Os círculos mudam de tamanho, desaparecem ou surgem. Ele deve ser
revisado quando houver modificações importantes que alterem a representação gráfica (círculos) ou
no mínimo de ano em ano, a cada nova gestão da CIPA.

25-Exemplos de mapas de riscos.


1-Mapa de Riscos

Mapa de Risco Simplificado de uma Instalação Industrial

2. Cores Usadas no Mapa de Riscos


3. Tabela Descritiva dos Riscos

TIPO DE
Químico Físico Biológico Ergonômico Mecânico
RISCO
COR Vermelho Verde Marrom Amarelo Azul
Má postura do
Fumos Microorganismos corpo
Ruído e ou som Equipamentos inadequados,
metálicos (Vírus, bactérias, em relação ao
muito alto defeituosos ou inexistentes
e vapores protozoários) posto
de trabalho
Gases
Oscilações e Lixo hospitalar, Trabalho Máquinas e equipamento
asfixiantes
vibrações doméstico e de estafante sem Proteção e ou
H, He, N
mecânicas animais e ou excessivo manutenção
eCO2
Pinturas e Falta de
Ar rarefeito Esgoto, sujeira, Risco de queda de nível,
névoas em Orientação
e ou vácuo dejetos lesões por impacto de objetos
geral e treinamento
Solventes Jornada dupla
Mau planejamento
(em Pressões Objetos e ou
do lay-out e ou
especial os elevadas contaminados trabalho sem
do espaço físico
Agentes voláteis) pausas
Causadores
Ácidos,
bases,
Contágio pelo ar Movimentos Cargas e transportes
sais, Frio e ou calor
e ou insetos repetitivos em geral
álcoois,
éters, etc
Picadas de
Equipamentos
animais (cães, Risco de fogo,
Reações inadequadoe e
Radiação insetos, repteis, detonação de explosivos,
químicas não
roedores, quedas de objetos
ergonômicos
aracnídeos, etc)
Fatores
Ingestão Aerodispersóides Alergias,
psicologicos
de no ambiente intoxicações e
(não gosta do Risco de choque elétrico
produtos (poeiras de quiemaduras
trabalho, (correte contínua e alternada)
durante vegetais e causadas por
pressão do
pipetagem minerais) vegetais
chefe, etc)
MAPA DE RISCOS AMBIENTAIS

DEPAN-DEPTO.ENGª. PLANEJAMENTO ALIMENTAR

TÉRREO

PISO SUPERIOR
BIOTÉRIO

CALDEIRA

Mapa de riscos UNESP Botucatu http://www.btu.unesp.br/cipa/mapaderisco.htm


O Diário Oficial da União de 20 de agosto de 1992 publicou uma portaria do Departamento Nacional
de Segurança e Saúde do Trabalhador (DNSST) implantando a obrigatoriedade da elaboração de
mapas de riscos pelas Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPAS) nas empresas. Essa
portaria entrou em vigor em dezembro último.

O mapa é um levantamento dos pontos de risco nos diferentes setores das empresas. Trata-se de
identificar situações e locais potencialmente perigosos.

A partir de uma planta baixa de cada seção são levantados todos os tipos de riscos, classificando-os
por grau de perigo: pequeno, médio e grande.

Estes tipos são agrupados em cinco grupos classificados pelas cores vermelho, verde, marrom,
amarelo e azul. Cada grupo corresponde a um tipo de agente: químico, físico, biológico, ergonômico
e mecânico.

A idéia é que os funcionários de uma seção façam a seleção apontando aos cipeiros os principais
problemas da respectiva unidade. Na planta da seção, exatamente no local onde se encontra o risco
(uma máquina, por exemplo) deve ser colocado o círculo no tamanho avaliado pela CIPA e na cor
correspondente ao grau de risco.

O mapa deve ser colocado em um local visível para alertar aos trabalhadores sobre os perigos
existentes naquela área. Os riscos serão simbolizados por círculos de três tamanhos distintos: pequeno,
com diâmetro de 2,5 cm; médio, com diâmetro de 5 cm; e grande, com diâmetro de 10 cm.

A empresa receberá o levantamento e terá 30 dias para analisar e negociar com os membros da CIPA
ou do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), se
houver, prazos para providenciar as alterações propostas. Caso estes prazos sejam descumpridos, a
CIPA deverá comunicar a Delegacia Regional do Trabalho

01 - Cores usadas no Mapa de Risco e Tabela de Gravidade


02 - Tabela descritiva dos riscos ambientais
03 - Riscos Físicos
04 - Riscos Químicos
05 - Riscos Biológicos
06 - Riscos Ergonômicos
07 - Riscos de Acidentes
08 - Como elaborar o Mapa de Risco?
09 - Exemplos de Mapa de Risco
01 - Cores usadas no Mapa de Risco e Tabela de Gravidade

Tabela de Gravidade

Símbolo Proporção Tipos de Riscos

4 Grande

2 Médio
1 Pequeno

02 - Tabela descritiva dos riscos ambientais

Gp Riscos Cor de Descrição


identificação
1 Físicos Verde Ruído,
calor,
frio,
pressões,
umidade,
radiações ionizantes e não ionizantes,
vibrações,
etc.
2 Químicos Vermelho Poeiras,
fumos,
gases,
vapores,
névoas,
neblinas,
etc.
3 Biológicos Marrom Fungos,
vírus,
parasitas,
bactérias,
protozoários,
insetos,
etc.
4 Ergonômicos Amarela Levantamento e transporte manual de peso,
monotonia,
repetitividade,
responsabilidade,
ritmo excessivo,
posturas inadequadas de trabalho,
trabalho em turnos,
etc.
5 Acidentes Azul Arranjo físico inadequado,
iluminação inadequada,
incêndio e explosão,
eletricidade,
máquinas e equipamentos sem proteção,
quedas e animais peçonhentos.

RUÍDOS

As máquinas e equipamentos utilizados pelas empresas produzem ruídos que podem atingir níveis
excessivos, podendo a curto, médio e longo prazos provocar sérios prejuízos à saúde.

Dependendo do tempo de exposição, nível sonoro e da sensibilidade individual, as alterações danosas


poderão manifestar-se imediatamente ou gradualmente.

Quanto maior o nível de ruído, menor deverá ser o tempo de exposição ocupacional.

Limite de tolerância para ruído contínuo ou intermitente

Nível de ruído dB(A) Máxima exposição diária permissível


85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 40 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos

Conseqüências

O ruído age diretamente sobre o sistema nervoso, ocasionando:

a) Fadiga nervosa;
b) Alterações mentais: perda de memória, irritabilidade, dificuldade em coordenar idéias;
c) Hipertensão;
d) Modificação do rítmo cardíaco;
e) Modificação do calibre dos vasos sanguíneos;
f) Modificação do ritmo respiratório;
g) Perturbações gastrointestinais;
h) Diminuição da visão noturna;
i) Dificuldade na percepção de cores.

. Além destas conseqüências, o ruído atinge também o aparelho auditivo causando a perda
temporária ou definitiva da audição.

Medidas de controle

Para evitar ou diminuir os danos provocados pelo ruído no local de trabalho, podem ser
adotadas as seguintes medidas:

a) Medidas de proteção coletiva: enclausuramento da máquina produtora de ruído; isolamento de


ruído.
b) Medida de proteção individual: fornecimento de equipamento de proteção individual (EPI)
(nocaso, protetor auricular). O EPI deve ser fornecido na impossibilidade de eliminar o ruído ou
como medida complementar.
c) Medidas médicas: exames audiométricos periódicos, afastamento do local de trabalho,
revezamento.
d) Medidas educacionais: orientação para o uso correto do EPI, campanha de conscientização.
e) Medidas administrativas: tornar obrigatório o uso do EPI: controlar seu uso.
VIBRAÇÕES

Na indústria é comum o uso de máquinas e equipamentos que produzem vibrações, as quais


podem ser nocivas ao trabalhador.

As vibrações podem ser:


Localizadas - (em certas partes do corpo) . São provocadas por ferramentas manuais, elétricas e
pneumáticas.
Conseqüências: alterações neurovasculares nas mãos, problemas nas articulações das mãos e
braços; osteoporose (perda de substância óssea).

Generalizadas - (ou do corpo inteiro) . As lesões ocorrem com os operadores de grandes


máquinas, como os motoristas de caminhões, ônibus e tratores. Conseqüências: Lesões na coluna
vertebral; dores lombares.
Medidas de controle:
Para evitar ou diminuir as conseqüências das vibrações é recomendado o revezamento dos
trabalhadores expostos aos riscos (menor tempo de exposição).

RADIAÇÕES

São formas de energia que se transmitem por ondas eletromagnéticas. A absorção das radiações
pelo organismo é responsável pelo aparecimento de diversas lesões. Podem ser classificadas em
dois grupos:

Radiações ionizantes:

Os operadores de raio-x e radioterapia estão freqüentemente expostos a esse tipo de radiação, que
pode afetar o organismo ou se manifestar nos descendentes das pessoas expostas.

Radiações não ionizantes:

São radiações não ionizantes a radiação infravermelha, proveniente de operação em fornos , ou de


solda oxiacetilênica, radiação ultravioleta como a gerada por operações em solda elétrica, ou ainda
raios laser, microondas, etc.

Seus efeitos são perturbações visuais (conjuntivites, cataratas), queimaduras, lesões na pele, etc.

Medidas de controle:

 Medidas de proteção coletiva: isolamento da fonte de radiação (ex: biombo protetor para
operação em solda), enclausuramento da fonte de radiação (ex: pisos e paredes
revestidas de chumbo em salas de raio-x).
 Medidas de proteção individual: fornecimento de EPI adequado ao risco (ex: avental,
luva, perneira e mangote de raspa para soldador , óculos para operadores de forno).
 Medida administrativa: (ex: dosímetro de bolso para técnicos de raio-x).

 Medida médica: exames periódicos.


CALOR

Altas temperaturas podem provocar:


desidratação;
erupção da pele;
câimbras;
fadiga física;
distúrbios psiconeuróticos;
problemas cardiocirculatórios;
insolação.

FRIO

Baixas temperaturas podem provocar:


feridas;
rachaduras e necrose na pele;
enregelamento: ficar congelado;
agravamento de doenças reumáticas;
predisposição para acidentes;
predisposição para doenças das vias respiratórias.

Medidas de controle:


Medidas de proteção coletiva: ventilação local exaustora com a função de retirar o
calor e gases dos ambientes, isolamento das fontes de calor/frio.
Medidas de proteção individual: fornecimento de EPI (ex: avental, bota, capuz, luvas
especiais para trabalhar no frio).

PRESSÕES ANORMAIS

Há uma série de atividades em que os trabalhadores ficam sujeitos a pressões ambientais


acima ou abaixo das pressões normais, isto é, da pressão atmosférica a que normalmente
estamos expostos.

Baixas pressões: são as que se situam abaixo da pressão atmosférica normal e ocorrem
com trabalhadores que realizam tarefas em grandes altitudes. No Brasil, são raros os
trabalhadores expostos a este risco.

Altas pressões: são as que se situam acima da pressão atmosférica normal. Ocorrem em
trabalhos realizados em tubulações de ar comprimido, máquinas de perfuração, caixões
pneumáticos e trabalhos executados por mergulhadores. Ex: caixões pneumáticos,
compartimentos estanques instalados nos fundos dos mares, rios, e represas onde é
injetado ar comprimido que expulsa a água do interior do caixão, possibilitando o
trabalho. São usados na construção de pontes e barragens.

Conseqüências:

ruptura do tímpano quando o aumento de pressão for brusco;
liberação de nitrogênio nos tecidos e vasos sangüíneos e morte.
Medidas de controle

Por ser uma atividade de alto risco, exige legislação específica (NR-15) a ser obedecida.

UMIDADE

As atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcados, com umidade


excessiva, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores, são situações insalubres e
devem ter a atenção dos prevencionistas por meio de verificações realizadas nesses locais
para estudar a implantação de medida de controle.
Conseqüências:
doenças do aparelho respiratório;
quedas;
doenças de pele;
doenças circulatórias.

Medidas de controle:

Medidas de proteção coletiva: estudo de modificações no processo do trabalho, colocação


de estrados de madeira, ralos para escoamento.
Medidas de proteção individual: fornecimento do EPI (ex: luvas, de borracha, botas,
aventa para trabalhadores em galvanoplastia, cozinha, limpeza etc).

04 - Riscos Químicos

Os riscos químicos presentes nos locais de trabalho são encontrados na forma sólida, líquida e gasosa
e classificam-se em: poeiras, fumos, névoas, gases, vapores, neblinas e substâncias, compostos e
produtos químicos em geral.
Poeiras, fumos, névoas, gases e vapores estão dispersos no ar (aerodispersóides).

POEIRAS

São partículas sólidas geradas mecanicamente por ruptura de partículas maiores. As poeiras são
classificadas em:

Poeiras minerais

Ex: sílica, asbesto, carvão mineral.

Conseqüências: silicose (quartzo), asbestose (amianto), pneumoconiose dos minérios de carvão


(mineral).

Poeiras vegetais

Ex: algodão, bagaço de cana-de-açúcar.

Conseqüências: bissinose (algodão), bagaçose (cana-de-açúcar) etc.

Poeiras alcalinas
Ex: calcário

Conseqüências: doenças pulmonares obstrutivas crônicas, enfizema pulmonar.

Poeiras incômodas
Conseqüências: interação com outros agentes nocivos presentes no ambiente de trabalho,
potencializando sua nocividade.

FUMOS

Partículas sólidas produzidas por condensação de vapores metálicos. Ex: fumos de óxido de zinco nas
operações de soldagem com ferro.
Conseqüências: doença pulmonar obstrutiva, febre de fumos metálicos, intoxicação específica de
acordo com o metal.

NÉVOAS

Partículas líquidas resultantes da condensação de vapores ou da dispersão mecânica de líquidos. Ex:


névoa resultante do processo de pintura a revólver, monóxido de carbono liberado pelos escapamentos
dos carros.

GASES

Estado natural das substâncias nas condições usuais de temperatura e pressão. Ex: GLP, hidrogênio,
ácido nítrico, butano, ozona, etc.

VAPORES

São dispersões de moléculas no ar que podem condensar-se para formar líquidos ou sólidos em
condições normais de temperatura e pressão. Ex: nafta, gasolina, naftalina, etc.

Névoas, gases e vapores podem ser classificados em:

Irritantes: irritação das vias aéreas superiores.

Ex: ácido clorídrico, ácido sulfúrico, soda caústica, cloro, etc.

Asfixiantes: dor de cabeça, náuseas, sonolência, convulsões, coma e morte.


Ex: hidrogênio, nitrogênio, hélio, metano, acetileno, dióxido de carbono, monóxido de carbono, etc.
Anestésicos: (a maioria solventes orgânicos). Ação depressiva sobre o sistema nervoso, danos aos
diversos órgãos, ao sistema formador de sangue (benzeno), etc.
Ex: butano, propano, aldeídos, cetonas, cloreto de carbono, tricloroetileno, benzeno, tolueno,
álcoois, percloritileno, xileno, etc.

Vias de penetração dos agentes químicos


Via cutânea (pele);

Via digestiva (boca);

Via respiratória (nariz)

A penetração dos agentes químicos no organismo depende de sua forma de utilização.

Fatores que influenciam a toxicidade dos contaminantes ambientais

Para avaliar o potencial tóxico das substâncias químicas, alguns fatores devem ser levados em
consideração:
Concentração: quanto maior a concentração, mais rapidamente seus efeitos nocivos manifestar-se-
ão no organismo;
Índice respiratório: representa a quantidade de ar inalado pelo trabalhador durante a jornada de
trabalho;
Sensibilidade individual: o nível de resistência varia de indivíduo para indivíduo;
Toxicidade: é o potencial tóxico da substância no organismo;
Tempo de exposição: é o tempo que o organismo fica exposto ao contaminante.

Medidas de controle

As medidas sugeridas abaixo pretendem dar apenas uma idéia do que pode ser adotado, pois existe
uma grande quantidade de produtos químicos em uso e as medidas de proteção devem ser adaptadas
a cada tipo.

Medidas de proteção coletiva

Ventilação e exaustão do ponto de operação, substituição do produto químico utilizado por outro
menos tóxico, redução do tempo de exposição, estudo de alteração de processo de trabalho,
conscientização dos riscos no ambiente.

Medidas de proteção individual

Fornecimento do EPI como medida complementar (ex: máscara de proteção respiratória para poeira,
para gases e fumos; luvas de borracha, neoprene para trabalhos com produtos químicos, afastamento
do local de trabalho.

05 - Riscos Biológicos

São considerados riscos biológicos: vírus, bactérias, parasitas, protozoários, fungos e bacilos.

Os riscos biológicos ocorrem por meio de microorganismos que, em contato com o homem, podem
provocar inúmeras doenças. Muitas atividades profissionais favorecem o contato com tais riscos. É o
caso das indústrias de alimentação, hospitais, limpeza pública (coleta de lixo), laboratórios, etc.

Entre as inúmeras doenças profissionais provocadas por microorganismos incluem-se: tuberculose,


brucelose, malária, febre amarela.

Para que essa doenças possam ser consideradas doenças profissionais é preciso que haja exposição do
funcionário a estes microorganismos.
São necessárias medidas preventivas para que as condições de higiene e segurança nos diversos
setores de trabalho sejam adequadas.

Medidas de controle

As mais comuns são: saneamento básico (água e esgoto), controle médico permanente, uso de EPI,
higiene rigorosa nos locais de trabalho, hábitos de higiene pessoal, uso de roupas adequadas,
vacinação, treinamento, sistema de ventilação/exaustão.

Para que uma substância seja nociva ao homem, é necessário que ela entre em contato com seu corpo.
Existem diferentes vias de penetração no organismo humano, com relação à ação dos riscos
biológicos:

Cutânea: ex: a leptospirose é adquirida pelo contato com águas contaminadas pela urina do rato;
Digestiva: ex: ingestão de alimentos deteriorados;
Respiratória: ex: a pneumonia é transmitida pela aspiração de ar contaminado.

07 - Riscos de Acidentes

São considerados como riscos geradores de acidentes: arranjo físico deficiente; máquinas e
equipamentos sem proteção; ferramentas inadequadas; ou defeituosas; eletricidade; incêndio ou
explosão; animais peçonhentos; armazenamento inadequado.

Arranjo físico deficiente

É resultante de: prédios com área insuficiente; localização imprópria de máquinas e equipamentos;
má arrumação e limpeza; sinalização incorreta ou inexistente; pisos fracos e/ou irregulares.

Máquinas e equipamentos sem proteção

Máquinas obsoletas; máquinas sem proteção em pontos de transmissão e de operação; comando de


liga/desliga fora do alcance do operador; máquinas e equipamentos com defeitos ou inadequados; EPI
inadequado ou não fornecido.

Ferramentas inadequadas ou defeituosas

Ferramentas usadas de forma incorreta; falta de fornecimento de ferramentas adequadas; falta de


manutenção.

Eletricidade

Instalação elétrica imprópria , com defeito ou exposta; fios desencapados; falta de aterramento
elétrico; falta de manutenção.

Incêndio ou explosão

Armazenamento inadequado de inflamáveis e/ou gases; manipulação e transporte inadequado de


produtos inflamáveis e perigosos; sobrecarga em rede elétrica; falta de sinalização; falta de
equipamentos de combate ou equipamentos defeituosos.
08 - Como elaborar o Mapa de Risco

1º) PASSO:

Conhecer os setores/seções da empresa: O que é e como produz. Para quem e quanto produz (direito
de saber);

2º) PASSO:
Fazer o fluxograma (desenho de todos os setores da empresa e das etapas de produção);

3º) PASSO:
Listar todas as matérias-primas e os demais insumos (equipamentos, tipo de alimentação das máquinas
etc.) envolvidos no processo produtivo.

4º) PASSO:
Listar todos os riscos existentes, setor por setor, etapa por etapa (se forem muitos, priorize aqueles
que os trabalhadores mais se queixam, aqueles que geram até doenças ocupacionais ou do trabalho
comprovadas ou não, ou que haja suspeitas). Julgar importante qualquer informação do trabalhador.

NÃO FAÇA JULGAMENTOS PRECIPITADOS,


PEQUENAS QUEIXAS PODEM ESCONDER GRANDES
PROBLEMAS

26-2-Segurança em projetos
10.3 - SEGURANÇA EM PROJETOS

10.3.1 É obrigatório que os projetos de instalações elétricas especifiquem dispositivos de


desligamento de circuitos que possuam recursos para impedimento de reenergização, para sinalização
de advertência com indicação da condição operativa.

 Chaves Fusíveis.
 Chaves Facas.
 Religadores.
 Religadores automáticas telecomandadas.
 Seccionalizadores.
 Chaves tripolares.
 Etc.

10.3.2 O projeto elétrico, na medida do possível, deve prever a instalação de dispositivo de


seccionamento de ação simultânea, que permita a aplicação de impedimento de reenergização do
circuito.
10.3.3 O projeto de instalações elétricas deve considerar o espaço seguro, quanto ao dimensionamento
e a localização de seus componentes e as influências externas, quando da operação e da realização de
serviços de construção e manutenção.

10.3.3.1 Os circuitos elétricos com finalidades diferentes, tais como: comunicação, sinalização,
controle e tração elétrica devem ser identificados e instalados separadamente, salvo quando o
desenvolvimento tecnológico permitir
compartilhamento, respeitadas as definições de
projetos.

10.3.4 O projeto deve definir a configuração do


esquema de aterramento, a obrigatoriedade ou não
da interligação entre o condutor neutro e o de
proteção e a conexão à terra das partes condutoras
não destinadas à condução da eletricidade.

10.3.5 Sempre que for tecnicamente viável e


necessário, devem ser projetados dispositivos de
seccionamento que incorporem recursos fixos de
equipotencialização e aterramento do circuito
seccionado.
10.3.6 Todo projeto deve prever condições para a adoção de aterramento temporário.

10.3.7 O projeto das instalações


elétricas deve ficar à disposição
dos trabalhadores autorizados, das
autoridades competentes e de
outras pessoas autorizadas pela
empresa e deve ser mantido
atualizado.

10.3.8 O projeto elétrico deve


atender ao que dispõem as Normas
Regulamentadoras de Saúde e
Segurança no Trabalho, as
regulamentações técnicas oficiais
estabelecidas, e ser assinado por
profissional legalmente habilitado.

10.3.9 O memorial descritivo do


projeto deve conter, no mínimo, os
seguintes itens de segurança:

a) especificação das características relativas à proteção contra choques elétricos, queimaduras e outros
riscos adicionais;

b) indicação de posição dos dispositivos de manobra dos circuitos elétricos: (Verde - “D”, desligado
e Vermelho - “L”, ligado);

c) descrição do sistema de identificação de circuitos elétricos e equipamentos, incluindo dispositivos


de manobra, de controle, de proteção, de intertravamento, dos condutores e os próprios equipamentos
e estruturas, definindo como tais indicações devem ser aplicadas fisicamente nos componentes das
instalações;

d) recomendações de restrições e advertências quanto ao acesso de pessoas aos componentes das


instalações;

e) precauções aplicáveis em face das influências externas;

f) o princípio funcional dos dispositivos de proteção, constantes do projeto, destinados à segurança


das pessoas;

g) descrição da compatibilidade dos dispositivos de proteção com a instalação elétrica.

10.3.10 Os projetos devem assegurar que as instalações proporcionem aos trabalhadores iluminação
adequada e uma posição de trabalho segura, de acordo com a NR 17 – Ergonomia.
26-4-Planejamento de Serviço
Planejamento do serviço é um dos fatores essenciais para a Prevenção de Acidentes de Trabalho. É
durante esta fase que podemos detectar as condições inseguras e os riscos de acidentes que poderão
ocorrer durante a realização de uma determinada tarefa a ser executada.

Conhecendo-se as condições inseguras e os riscos, pode-se determinar as medidas descontrole.

Compete ao Supervisor de uma equipe a responsabilidade direta pela realização das tarefas livres de
Acidentes do Trabalho, portanto deve planejar cuidadosamente os serviços, de forma a garantir que
todos os Métodos e Procedimentos de Segurança sejam adotados, para o controle efetivo dos riscos
de acidentes.

Considera-se Supervisor qualquer empregado designado pelo superior hierárquico, como responsável
pela execução de um serviço. Logicamente, espera-se que somente sejam indicados com Supervisor,
empregados que tenham perfil para atender as exigências da função.

A seguir abordaremos os principais elementos que devem ser observados pelo Supervisor, para
o planejamento de um serviço.

"Os serviços somente devem ser atribuídos a empregados que estiverem habilitados e autorizados a
executa-los e distribuir as tarefas de acordo com a capacidade técnica de cada um."
Os empregados que forem designados para executar trabalhos em instalações elétricas devem possuir
capacitação através de treinamento para as tarefas específicas, para prestar os primeiros socorros em
caso de acidentes e utilização de agentes extintores para combater princípios de incêndios.
Não permitir que empregados, mesmo que tecnicamente capacitados, façam serviços de ajustes em
equipamentos, dirijam veículos, subam em escadas ou estruturas, durante o período que estiverem
fazendo uso de medicamentos que altere o seu comportamento.
O Supervisor deve ter uma visão global do que é de sua incumbência realizar; ele não poderá se deter
em minúcias, perdendo a noção do todo.
O Supervisor deve ser capaz de prever os resultados sem subestimar possíveis falhas.
O Supervisor deve fazer a distribuição de tarefas.
O Supervisor deve determinar numero de empregados suficiente para que a tarefa seja realizada com
segurança.
O Supervisor deve explicar aos empregados o serviço a ser executado e os resultados desejados.
O Supervisor deve identificar os riscos do serviço sob sua orientação e alertar devidamente seus
subordinados sobre os controles desses riscos.
O Supervisor deve transmitir-lhes claramente as Normas e Procedimentos aplicáveis, dedicando
especial atenção à execução das tarefas fora da rotina.
O Supervisor deve corrigir as irregularidades e as situações que possam comprometer a Segurança no
Trabalho.
Antes de sair para o local de trabalho assegurar-se que os membros da equipe sob sua responsabilidade
possuam todos os materiais, ferramentas, equipamentos de proteção individual e coletiva necessários
ao serviço e se estão em perfeitas condições de utilização.
Lembrar aos integrantes da equipe que as condições de execução de um serviço nem sempre são as
mesmas.
Procurar iniciar o serviço quando existir a total certeza de todos os integrantes da equipe estão
conscientes do que devem fazer, de como fazer e quando fazer.
Todo condutor ou equipamento elétrico, somente poderá ser considerado desenergizado, após testado
para verificação de ausência de tensão e devidamente aterrado.
Qualquer trabalho a ser efetuado em instalações elétricas energizadas ou que possam ficar
acidentalmente sob tensão, somente poderá ser realizado com a utilização de luvas de borracha para
eletricista, da classe de tensão compatível com a das instalações, cobertas pelas luvas de proteção
mecânica..
O planejamento deve prever os riscos de contato do empregado com os componentes energizados das
instalações, para os quais deverão ser adotados protetores isolantes e sinalização delimitando a área
de risco.
Especial cautela deve ser destacada na sinalização da área de trabalho, de forma a evitar que pessoas
estranhas entre na área de risco. Nos logradouros públicos, caso seja inevitável a obstrução total do
passeio, deve-se providenciar a devida sinalização de proteção e orientação para os pedestres.
Iniciar o serviço somente depois de constatado que todas os dispositivos de segurança estão colocados
em seus lugares e oferecem segurança efetiva.
Após a realização da tarefa, o supervisor deve reunir a equipe para discutir as dificuldades encontradas
durante a realização do serviço, objetivando utilizá-las como experiência, com a finalidade de
introduzir melhorias em planejamentos futuros.

Cuidados Preliminares

Alguns cuidados devem ser tomados, antes de se iniciar um serviço em redes aéreas de distribuições.

Visita ao local

O técnico responsável pela programação dos serviços em linhas energizada acompanhado ou não pelo
Encarregado, deve visitar previamente o local de trabalho para que dificuldades como trânsito, obras
civis, estacionamento ou qualquer outro evento não previsível venham impedir a execução do serviço.
Na mesma ocasião verifica e anotar os números de identificação dos pontos elétricos anterior e
posterior ao poste onde será executado o serviço. Nessa identificação poderá usar numero de zonas
aéreas, chaves de faca, chaves fusíveis e outras placas de identificação dos equipamentos instalados
no sistema.

Comunicação com o Órgão de Operação da Distribuição

É imprescindível a existência de rádio transceptor ou qualquer outro meio de comunicação na viatura


da turma para melhor atender às necessidades de comunicação com Órgão de Operação da
Distribuição.

Chegando ao local de serviço

Ao chegar no local de serviço, o Técnico e/ou Encarregado utilizando telefone, rádio ou outro meio
de comunicação disponível, entra em contato com o Órgão da Distribuição e procede da seguinte
forma:

O Técnico e ou Encarregado identifica-se, fornecendo nome, tipo de turma e o Setor de Rede


correspondente.

Informa sua localização (rua, avenida, estrada etc...)


Informa a natureza do serviço a ser executado e o método de execução (linha energizada)

Fornece os números de identificação dos equipamentos levantados e anotados na visita prévia e que
caracterizam o ponto (poste) onde executará os serviços e solicita a confirmação do nome da linha e
a classe de tensão que está alimentando o local caracterizado.
Confirmada a identificação da linha supridora, solicita a retirada de serviço e impedimento do seu relé
religador (bloqueio do circuito). Conforme o caso, será solicitada a retirada de serviço do dispositivo
de religamento automático do religador na subestação ou no próprio circuito.

26-SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
10.10- SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

10.10.1 Nas instalações e serviços em eletricidade deve ser adotada sinalização adequada de
segurança, destinada à advertência e à identificação, obedecendo ao
disposto na NR-26 - Sinalização de Segurança, de forma a atender, dentre
outras, as situações a seguir:

a) identificação de circuitos elétricos;

b) travamentos e bloqueios de dispositivos e sistemas de manobra e


comandos;

c) restrições e impedimentos de acesso;

d) delimitações de áreas;

e) sinalização de áreas de circulação, de vias públicas, de veículos e de movimentação de cargas;

SINALIZAÇÃO PARA PROTEÇÃO DE PÚBLICO E DOS EMPREGADOS

Quando o serviço a executar oferecer perigo aos transeuntes ou


ao tráfego, a área de trabalho deve ser isolada e sinalizada
adequadamente, para a segurança dos empregados e do público,
por meio de cones, placas, grades de proteção, faixas de
sinalização, cavaletes cordões de isolamento e outros, cabendo
a cada empregado, advertir afastar, usando de toda cortesia, aos
que adentrarem a área de risco demarcada.

Sempre que necessário, a via deve ser interditada ao trafego de


veículos, de acordo com autorização prévia do órgão oficial
responsável da cidade ou região.

f) sinalização de impedimento de energização;


DESLIGAMENTO E BLOQUEIO DO CIRCUITO

Todo circuito deve ser considerado desenergizado somente se estiver desligado e devidamente
aterrado.

Cabe ao setor competente, de acordo com o tipo de


tarefas e das condições em que será realizado,
determinar se o circuito deve ser desenergizado
(desligado e aterrado) ou se o serviço pode ser
executado com linhas energizadas.

O desligamento do circuito deve ser providenciado pelo


Setor Competente vigente na Empresa e o trabalho não
poderá ser iniciado antes que o circuito, sempre
identificado, esteja desligado e aterrado.

Cuidados especiais devem ser tomados na abertura de


fechamento de corta-circuito, facas, disjuntores,
seccionalizadores, etc.

Quando as chaves não forem adotadas de dispositivos


para abertura com carga, devem ser operadas de acordo com as situações abaixo:

Circuitos com cargas iguais ou inferiores a 5 A.

As chaves podem ser operadas sem interrupção na fonte, desde que apresentem boas condições
mecânicas e se tenha segurança da inexistência de defeitos no trecho do circuito situado no sentido de
carga.

Circuitos com cargas superiores a 5 A

As operações de abertura e fechamento somente podem ser efetuadas após interrupção na fonte,
através dos dispositivos próprios para abertura com carga, tais como: disjuntores, chaves a óleo, etc.

A abertura, se o corta-circuito for apropriado, poderá ser feita com carga, utilizando-se de dispositivo
próprio para abertura com carga.

As placas de advertência de manobras devem ser colocadas junto a todas chaves desligadas, e também
nas chaves normalmente abertas, que determinem que estejam no interior do trecho desligado para
execução de serviços, devendo ter seus cartuchos retirados.

g) identificação de equipamento ou circuito impedido.

Constar na ordem de serviço o equipamento e circuito desligado e o ponto a ser aterrado


temporariamente.
27-SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
ENERGIZADAS
10.6 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ENERGIZADAS

10.6.1 As intervenções em instalações elétricas com tensão


igual ou superior a 50 Volts em corrente alternada ou superior
a 120 Volts em corrente contínua somente podem ser
realizadas por trabalhadores que atendam ao que estabelece o
item 10.8 desta Norma.

10.6.1.1 Os trabalhadores de que trata o item anterior devem


receber treinamento de segurança para trabalhos com
instalações elétricas energizadas, com currículo mínimo,
carga horária e demais determinações estabelecidas no Anexo
II desta NR.

ANEXO II - TREINAMENTO

1. Curso básico - Segurança em instalações e serviços com eletricidade


I - Para os trabalhadores autorizados: carga horária mínima -40h:
Programação Mínima:
1. introdução à segurança com eletricidade.
2. riscos em instalações e serviços com eletricidade:
a) o choque elétrico, mecanismos e efeitos;
b) arcos elétricos; queimaduras e quedas;
c) campos eletromagnéticos.
3. Técnicas de Análise de Risco.
4. Medidas de Controle do Risco Elétrico:
a) desenergização.
b) aterramento funcional (TN / TT / IT); de proteção; temporário;
c) equipotencialização;
d) seccionamento automático da alimentação;
e) dispositivos a corrente de fuga;
f) extra baixa tensão;
g) barreiras e invólucros;
h) bloqueios e impedimentos;
i) obstáculos e anteparos;
j) isolamento das partes vivas;
k) isolação dupla ou reforçada;
l) colocação fora de alcance;
m) separação elétrica.
5. Normas Técnicas Brasileiras - NBR da ABNT: NBR-5410, NBR 14039 e outras;
6) Regulamentações do MTE:
a) NRs;
b) NR-10 (Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade);
c) qualificação; habilitação; capacitação e autorização.
7. Equipamentos de proteção coletiva.
8. Equipamentos de proteção individual.
9. Rotinas de trabalho - Procedimentos.
a) instalações desenergizadas;
b) liberação para serviços;
c) sinalização;
d) inspeções de áreas, serviços, ferramental e equipamento;
10. Documentação de instalações elétricas.
11. Riscos adicionais:
a) altura;
b) ambientes confinados;
c) áreas classificadas;
d) umidade;
e) condições atmosféricas.
12. Proteção e combate a incêndios:
a) noções básicas;
b) medidas preventivas;
c) métodos de extinção;
d) prática;
13. Acidentes de origem elétrica:
a) causas diretas e indiretas;
b) discussão de casos;
14. Primeiros socorros:
a) noções sobre lesões;
b) priorização do atendimento;
c) aplicação de respiração artificial;
d) massagem cardíaca;
e) técnicas para remoção e transporte de acidentados;
f) práticas.
2. Curso complementar - Segurança no sistema elétrico de
potência (SEP) e em suas proximidades.
É pré-requisito para freqüentar este curso complementar, ter participado, com aproveitamento
satisfatório, do curso básico definido anteriormente.
Carga horária mínima - 40h
(*) Estes tópicos deverão ser desenvolvidos e dirigidos especificamente para as condições de trabalho
características de cada ramo, padrão de operação, de nível de tensão e de outras peculiaridades
específicas ao tipo ou condição especial de atividade, sendo obedecida a hierarquia no
aperfeiçoamento técnico do trabalhador.

I - Programação Mínima:
1 - Organização do Sistema Elétrico de Potencia - SEP.
2 - Organização do trabalho:
a) programação e planejamento dos serviços;
b) trabalho em equipe;
c) prontuário e cadastro das instalações;
d) métodos de trabalho; e
e) comunicação.
3. Aspectos comportamentais.
4. Condições impeditivas para serviços.
5. Riscos típicos no SEP e sua prevenção (*):
a) proximidade e contatos com partes energizadas;
b) indução;
c) descargas atmosféricas;
d) estática;
e) campos elétricos e magnéticos;
f) comunicação e identificação; e
g) trabalhos em altura, máquinas e equipamentos especiais.
6. Técnicas de análise de Risco no S E P (*)
7. Procedimentos de trabalho - análise e discussão. (*)
8. Técnicas de trabalho sob tensão: (*)
a) em linha viva;
b) ao potencial;
c) em áreas internas;
d) trabalho a distância;
d) trabalhos noturnos; e
e) ambientes subterrâneos.
9. Equipamentos e ferramentas de trabalho (escolha, uso, conservação, verificação, ensaios) (*).
10. Sistemas de proteção coletiva (*).
11. Equipamentos de proteção individual (*).
12. Posturas e vestuários de trabalho (*).
13. Segurança com veículos e transporte de pessoas, materiais e equipamentos(*).
14. Sinalização e isolamento de áreas de trabalho(*).
15. Liberação de instalação para serviço e para operação e uso (*).
16. Treinamento em técnicas de remoção, atendimento, transporte de acidentados (*).
17. Acidentes típicos (*) - Análise, discussão, medidas de proteção.
18. Responsabilidades
10.6.1.2 As operações elementares como ligar e desligar circuitos elétricos, realizadas em baixa
tensão, com materiais e equipamentos elétricos em perfeito estado de conservação, adequados para
operação, podem ser realizadas por qualquer pessoa não advertida.

10.6.2 Os trabalhos que exigem o ingresso na zona controlada devem ser realizados mediante
procedimentos específicos respeitando as distâncias previstas no Anexo I.

ANEXO I - ZONA DE RISCO E ZONA CONTROLADA

Tabela de raios de delimitação de zonas de risco, controlada e livre.

Faixa de tensão Nominal da Rr - Raio de Rc - Raio de


instalação elétrica em kV delimitação entre delimitação entre
zona de risco e zona controlada e
controlada em metros livre em metros

<1 0,20 0,70


<1 e <3 0,22 1,22
<3 e <6 0,25 1,25
<6 e <10 0,35 1,35
<10 e <15 0,38 1,38
<15 e <20 0,40 1,40
<20 e <30 0,56 1,56
<30 e <36 0,58 1,58
<36 e <45 0,63 1,63
<45 e <60 0,83 1,83
<60 e <70 0,90 1,90
<70 e <110 1,00 2,00
<110 e <132 1,10 3,10
<132 e <150 1,20 3,20
<150 e <220 1,60 3,60
<220 e <275 1,80 3,80
<275 e <380 2,50 4,50
<380 e <480 3,20 5,20
<480 e <700 5,20 7,20
Figura 1 - Distâncias no ar que delimitam radialmente as zonas de risco, controlada e livre

Figura 2 - Distâncias no ar que delimitam radialmente as zonas de risco, controlada e livre, com
interposição de superfície de separação física adequada.

ZL = Zona livre

ZC = Zona controlada, restrita a trabalhadores autorizados.

ZR = Zona de risco, restrita a trabalhadores autorizados e com a adoção de técnicas,


instrumentos e equipamentos apropriados ao trabalho.

PE = Ponto da instalação energizado.

SI = Superfície isolante construída com material resistente e dotada de todos dispositivos de


segurança.
10.6.3 Os serviços em instalações energizadas, ou em suas proximidades devem ser suspensos de
imediato na iminência de ocorrência que possa colocar os trabalhadores em perigo.

10.6.4 Sempre que inovações tecnológicas forem implementadas ou para a entrada em operações de
novas instalações ou equipamentos elétricos devem ser previamente elaboradas análises de risco,
desenvolvidas com circuitos desenergizados, e respectivos procedimentos de trabalho.

10.6.5 O responsável pela execução do serviço deve suspender as atividades quando verificar situação
ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível.
Para garantir uma boa qualidade no serviço de fornecimento de energia é indispensável que não haja,
ou que sejam minimizadas, as interrupções no fornecimento desta, pois havendo interrupções
freqüentes a qualidade dos serviços será insatisfatória.
A manutenção em linhas e redes de distribuição e transmissão, sem interrupção do fornecimento de
energia elétrica aos consumidores, torna-se, hoje, uma necessidade para a melhoria da qualidade dos
serviços, pois a medida que a demanda cresce e as cargas conseqüentemente aumentam, a
responsabilidade das empresas de energia elétrica aumentam proporcionalmente no fornecimento
ininterrupto de energia.
Por mais perfeito que seja o sistema, sempre ocorrem avarias, as quais implicam em serviços de
reparo, que devem ser efetuados sem desenergizá-lo. Para este tipo de trabalho é necessárias a
utilização de equipamentos especiais, de qualidade comprovada, e uma equipe especializada para sua
execução.
O método de trabalho em instalações energizada apresenta mais segurança do que os trabalhos em
linha desenergizada. Para comprovar esta afirmativa basta analisar que a maioria dos acidentes
registrados nos serviços em linhas desenergizadas se deve a uma das razões abaixo:
1. Erro na manobra, onde não se previu a energização do circuito;
2. Engano na determinação da zona de trabalho;
3. Contato com instalações energizada vizinha à zona de trabalho.

Considerações Gerais:

Como pré-requisito dos mais importantes na formação de uma equipe em instalação energizada, está
a avaliação rigorosa do estado físico e psicológico de cada elemento indicado para compor esta equipe.

Indiscutivelmente, esta observação irá garantir uma porcentagem de segurança nos trabalhos em
linhas energizada. Além disso, a utilização de equipamentos adequados e a conscientização de toda a
equipe sobre os riscos das tarefas irão garantir a execução dos trabalhos com a máxima
segurança.Concluindo-se que um homem não possuindo o temperamento adequado para esta classe
de trabalho não deve continuar com seu treinamento, será aproveitado em outros deveres dentro de
suas responsabilidades.

Três dos fatores mais significativos que devem ressaltar nos homens que se dedicam a esta classe de
trabalho são:
1. Alto grau de habilidade manual;
2. Coordenação de primeira classe;
3. Temperamento tranqüilo.
Metodologia das Equipes de Linha Viva
1 - Metodologia de Trabalho

Para o desenvolvimento dos trabalhos e Rede de Distribuição Aérea Energizadas, poderão ser
classificados por duas metodologia básicas a serem adotadas nas tarefas com linha viva como à
distância e ao contato. O que não inviabiliza a utilização simultânea dos dois métodos de trabalho,
que é uma técnica muito utilizada e que se aplica perfeitamente na execução dos serviços com Linha
Viva.
Por se tratar de dois métodos de trabalho diferente para se executar serviços com redes energizadas o
treinamento dos eletricista se inicia com o serviço em Linha Viva à distância que só habilita a
executarem serviços somente neste método, passando por um período de avaliação de 3 a 6 meses
para se adaptarem a esta nova sistemática de trabalho.
Deverá ser observado rigorosamente a distância de segurança para trabalho, mínima necessária para
que o eletricista possa se movimentar, inclusive manipulando equipamentos ou ferramentas, de modo
a não ocorrer risco de abertura de arco elétrico em relação ao seu corpo, como sendo de 75 cm,
independente da classe de tensão da rede entre 1 Kv e 26,5 Kv, quando em serviços nas redes
energizadas ser à distância ou ao contato. Sempre que não for possível respeitar a distancia de
segurança para o trabalho, devem ser colocados protetores e coberturas isolantes.
Depois deste período de adaptação se inicia o treinamento com Linha Viva ao contato e só depois de
passar por esta fase de avaliação é que o eletricista estaria se credenciando a trabalhar com rede
energizada ao contato ficando apto para executar os serviços em redes energizadas aplicando os dois
métodos de trabalho de acordo com o procedimento técnico de segurança.
Os trabalhos ao contato direto, somente poderão ser realizados desde que disponíveis os equipamentos
nas seguintes classes de tensões:

- classe 0 de isolamento
- classe 2 de isolamento
- classe 3 de isolamento

2 - Método à Distância

Na execução dos serviços utilizando este método, nestas tarefas com Linha Viva os eletricista
trabalham em potencial de terra ou seja posicionados em escadas comuns de madeira, ou até mesmo
em esporas, executando todos os serviços usando ferramentas e equipamentos adequados.
Na execução de serviços neste método de trabalho, o eletricista deverá estar perfeitamente acomodado
na escada, calçando luva de borracha com luva de cobertura na classe de tensão da rede e todo serviço
será executado através de bastões. Em hipótese nenhuma será permitido que o eletricista toque nas
redes diretamente, mesmo equipado com luvas de borracha.

2.1 - Descrição dos Serviços Método à Distância

No inicio da formação de uma equipe de linha viva se aplica este método para executar as tarefas mais
simples nas Redes de Distribuição Aérea como:

com isolador
de suspensão em estruturas simples ou duplas

ou equipamentos
Na pratica se executa todos os serviços de linha ao contato direto e em determinada situações durante
a execução de algumas tarefas pode ser utilizada serviços com método à distância facilitando e
agilizando o desenvolvimento das tarefas.
Nos locais de difícil acesso, como alto de morro ou local onde não se chega com a cesta aérea aplica-
se este método de trabalho com muita eficiência para atendimento deste tipo serviços. Também se
mostra muito útil nas estruturas das subestações para se executar manutenção, limpeza de isoladores,
par raios, etc...

3 - Método ao Contato
Com este novo método de trabalho os eletricistas se transferem para um potencial intermediário
ficando isolado do potencial de terra posicionando dentro de cesta aérea, plataforma isolada ou escada
isolada (fiberglass) usando ferramentas e equipamentos adequados.

Na execução de serviços neste método de trabalho o eletricista se acomoda em uma cesta aérea, ou
em cima de uma plataforma isolada ou ainda uma escada isolada (fiberglass) devidamente
aparamentados com mangas de borracha, luva de borracha com luva de cobertura na classe de tensão
da rede, e todo o serviço será executado diretamente na fase energizada.

28-TRABALHO EM TURNOS E NOTURNOS


1. Introdução

Estaremos apresentando neste trabalho, um pouco sobre a constituição dos turnos de trabalho, onde
poderemos perceber, que com o passar dos tempos, os trabalhadores começam a apresentar alguns
distúrbios que afetam tanto em sua produção de trabalho quanto na vida social, familiar e emocional
deste indivíduo.

Uma abordagem mais ampla e um pouco comparativa será apresentada, para termos idéia do que
significam estes turnos e noturnos e suas posteriores influências no cotidiano do indivíduo em questão:
o trabalhador.

2. Turnos e Noturnos

2.1. O trabalho em turnos

O trabalho em turnos são formas de organização da jornada diária de trabalho em que são realizadas
atividades em diferentes horários ou em horário constante .

O turno é resultante das mesmas atividades realizadas em diferentes períodos do dia e da noite.

Nas grandes indústrias trabalha-se geralmente em turnos seguidos, e nas empresas apresenta-se na
forma de turnos irregulares (pelo fato de acúmulos de trabalhos nos diferentes horários).

2.2. Formas básicas de sistemas de trabalho em turnos

Em princípio, podemos dizer, que existem duas formas básicas de trabalhos em turnos, sendo elas:

Permanentes: são os turnos em que o trabalhador tem um determinado horário por muitos anos ou
por toda a vida de trabalho, ou seja, este trabalhador trabalha todos os dias no mesmo horário, por
exemplo só durante o dia, ou à tarde, ou anoitecer, ou turno da noite.
Alternados ou rodiziantes: é quando os funcionários fazem rodízios de turnos, pelo fato que todos
devem ter o mesmo salário (esta é uma das causas para ser em forma de rodízio), portanto, todos
devem cumprir tanto horários matutinos quanto vespertinos ou noturnos, assim, o salário não é
modificado no valor final. Esta forma de turnos, pode ter uma rotação lenta, ou seja, a rotação ou
rodízio é maior que uma semana, geralmente é em torno de 21 dias trabalhando no mesmo turno.
Outra forma deste rodízio é a rotação semanal, onde a cada cinco ou sete dias o trabalhador troca de
turno, indo para a manhã, a tarde ou à noite.

Os turnos podem ser programados de acordo com 2 tipos de tempo ou horas de trabalhos, mas este
sistema, para ser utilizado, varia de empresa para empresa, depende da organização empresarial e
econômica/ financeira:

Tempo flexível: ou flextime, dá ao trabalhador considerável escolha para programar suas horas de
trabalho diário no atendimento de suas obrigações semanais.

Horas escalonadas: os trabalhadores são designados ou se permite que escolham as horas de começar
a trabalhar dentro dos turnos já existentes.

Temos hoje a presença dos turnos de trabalho para uma melhor forma de organização de acordo com
3 motivos:

1. causas tecnológicas: onde certos tipos de produtos só podem ser elaborados com alta qualidade
se o processo produtivo não for interrompido a cada 8 ou 16 horas. Estes motivos tecnológicos
quase sempre levam ao trabalho ininterrupto, no qual o trabalho não ocorre em função da hora,
mas sim em função da semana.
2. imposições econômicas: porque leva à instalação de máquinas extremamente caras e só podem
ser pagas através de prazos, levando assim, ao seu funcionamento contínuo para gerar lucro e
assim, ser paga.
3. atendimento à população: este aspecto é direcionado à população, seus desejos e necessidades
de consumo, ou seja, por exemplo: se uma padaria deixasse de funcionar aos domingos,
deixaria de atender à vizinhança, que está em casa, descansando e que mais deseja seus
produtos, enquanto que a padaria em si, deixa de ter lucro com a venda dos pães e gasta menos
com os funcionários que deveriam estar de plantão naquele dia.

2.3. Quando ocorrem os turnos?

Dificilmente consegue-se fazer uma descrição da distribuição dos turnos, mas sabe-se que as
empresas, estão sempre em negociação com seus trabalhadores, e sempre implantando novas idéias
baseadas em pesquisas e relatos ou estudos anteriores, de acordo com o ramo de atividade e com o
porte da empresa.

Estes turnos são sempre estabelecidos dentro de 8 a 12 horas de trabalho em horários diferentes
(matutino, vespertino e noturno – quando existe na empresa um sistema de 3 turnos; ou então,
matutino e noturno – nas empresas que mantém 2 turnos).

2.4. O efeito dos turnos nos trabalhadores

Nossa sociedade é representada por seu aspecto onde o homem tem sua vida social e ritmo
orgânico ligada à vivência diurna, ou seja, o homem costuma acordar no período da manhã, onde
temos a luz do dia e dormir durante a noite (quando o sol se põe).
A organização temporal do trabalho em turnos e noturno traz inegáveis prejuízos para a saúde
do trabalhador, tanto no aspecto físico, como psíquico, emocional e social; em virtude das
organizações do trabalho, ocorrem marcas indeléveis no trabalhador.

O trabalho em turnos e noturnos pode ser causa de uma série de distúrbios fisiológicos e
psicossociais devido às mudanças dos ritmos biológicos, dessincronização familiar e social da vida
do trabalhador, levando, a um quadro designado como Síndrome de Maladaptação do trabalho em
turnos.

Num primeiro mês de trabalhos em turnos e noturnos, o trabalhador já pode apresentar algumas
manifestações agudas como a insônia, excessiva sonolência durante o trabalho, distúrbios do humor,
aumento de acidentes e problemas familiares, sociais e emocionais. Após alguns anos nesta forma de
trabalho, o indivíduo passa a apresentar algumas manifestações crônicas como desordens do sono,
doenças cardiovasculares e gastrointestinais, absenteísmo, separação e divórcios.

Esta inadaptação do trabalhador aos turnos e noturnos, pode também leva-lo ao uso abusivo
de substâncias para dormir e uso de álcool, sem contar a presença de uma fadiga crônica e
manifestações contínuas de estresse. Este quadro, de uma forma geral, pode levar em conta também a
segurança e vigília do trabalhador, causando posteriormente, acidentes de trabalho que podem leva-
lo a sérios riscos de vida ou mesmo a morte.

29-Espaço Confinado
Definição:

Espaço Confinado é qualquer área não projetada para ocupação contínua, a qual tem meios limitados
de entrada e saída e na qual a ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes perigosos
e ou deficiência/enriquecimento de oxigênio que possam existir ou se desenvolverem.

Recomendações gerais:

1- Todos os espaços confinados devem ser sinalizados, identificados e isolados;


2- Deve haver medidas efetivas para que pessoas “não autorizadas” não entrem no espaço confinado;
3- Deve ser desenvolvido e implantado um programa escrito de Espaço Confinado com Permissão
de Entrada;
4- Deve ser eliminada qualquer condição insegura no momento anterior à remoção do vedo (tampa);
5- Para trabalho em Atmosfera Imediatamente Perigosa à Vida e à Saúde -(IPVS) ou acima da metade
do Limite de Tolerância, adotar o critério da ventilação do ambiente ou então optar pelo uso de
Equipamento de Proteção Individual -(EPI) (definido após a análise de risco);
6- Se uma atmosfera perigosa for detectada, o espaço deverá ser analisado para que se determine
como surgiu e ser registrado;
7- O empregador ou representante legal deve verificar se o Espaço Confinado está seguro para
entrada;
8- Proceder manobras de travas, bloqueios e raqueteamento quando necessário;
9- Proceder a avaliação da atmosfera quanto a: gases e vapores tóxicos e ou inflamáveis e
concentração de oxigênio;
10- Proceder a avaliação de poeira quando reconhecido o risco;
11- Purgar, inertizar, lavar ou ventilar o espaço confinado são ações para eliminar ou controlar riscos;
12- Proceder a avaliação de riscos físicos, químicos, biológicos e ou mecânicos;
13- Todo trabalho em espaço confinado deve ter, no mínimo, 2 pessoas, sendo uma delas o vigia;
14- Verificar se na empresa existe espaço confinado em áreas classificadas de acordo com as normas
do IEC e ABNT.
Responsabilidades do empregador:

1- Indicar o responsável técnico para trabalhos em espaços confinados;


2- Reconhecer, cadastrar e sinalizar, identificando os espaços confinados existentes no
estabelecimento ou de sua responsabilidade;
3- Identificar os riscos gerais e específicos de cada espaço confinado;
4- Implementar a gestão em segurança e saúde no trabalho de forma a garantir permanentemente
ambientes e condições adequadas de trabalho;
5- Garantir a capacitação permanente dos trabalhadores sobre os riscos, as medidas de controle, de
emergência e resgate em espaços confinados;
6- Garantir que o acesso a espaço confinado somente ocorra após emissão da Permissão de Entrada,
restringindo o acesso a todo e qualquer espaço que possa propiciar risco à integridade física e à
vida;
7- Fornecer às empresas contratadas informações sobre os riscos potenciais nas áreas onde
desenvolverão suas atividades;
8- Acompanhar a implementação das medidas de segurança e saúde dos trabalhadores das empresas
contratadas, provendo os meios e condições para que possam atuar em espaços confinados com
segurança;
9- Interromper todo e qualquer tipo de trabalho no caso de suspeição de condição de risco grave e
iminente, procedendo a imediata evacuação do local;
10- Garantir informações atualizadas sobre os riscos e medidas de controle antes de cada acesso aos
espaços confinados;
11- Garantir que os trabalhadores possam interromper suas atividades e abandonar o local de trabalho
sempre que suspeitarem da existência de risco grave e iminente para sua segurança e saúde ou a
de terceiros;
12- Implementar as medidas de proteção necessárias para a execução de trabalho seguro em espaço
confinado.

Responsabilidades dos empregados:

a) Trabalhadores autorizados:

1- Conheçam os riscos e as medidas de prevenção;


2- Usem adequadamente os equipamentos;
3- Saibam operar os recursos de comunicação para permitir que o vigia monitore a atuação dos
trabalhadores e alerte da necessidade de abandonar o espaço confinado.

b) Vigia:

1- Conhecer os riscos e as medidas de prevenção que possam ser enfrentadas durante a entrada;
2- Estar ciente dos riscos de exposição dos trabalhadores autorizados;
3- Manter continuamente uma contagem do número de trabalhadores autorizados no espaço
confinado e assegurar que os meios usados para identificar os trabalhadores sejam exatos na
identificação;
4- Permanecer fora do espaço confinado junto à entrada, durante as operações, até que seja
substituído por outro vigia;
5- Acionar a equipe de resgate quando necessário;
6- Operar os movimentadores de pessoas em situações normais ou de emergência;
7- Manter comunicação com os trabalhadores para monitorar o estado deles e para alertá-los quanto
à necessidade de abandonar o espaço confinado;
8- Não realizar tarefas que possam comprometer o dever primordial que é o de monitorar e proteger
os trabalhadores.
c) Supervisores:

1- Conhecer os riscos que possam ser encontrados durante a entrada, incluindo informação sobre o
modo, sinais ou sintomas e conseqüência da exposição;
2- Conferir que tenham sido feitas entradas apropriadas segundo a permissão e que todos os testes
tenham sido executados e todos os procedimentos e equipamentos tenham sido listados;
3- Cancelar os procedimentos de entrada quando necessário;
4- Verificar se os sistemas de emergência e resgate estão disponíveis e que os meios estejam
operantes;
5- Na troca de vigia, transferir a responsabilidade para o próximo vigia.

Riscos gerais

Antes de entrar no Espaço Confinado, o mesmo deve ser inspecionado e serem identificados os riscos
existentes, dentre eles podemos encontrar:

1- Riscos mecânicos:
- Equipamento que podem movimentar-se subitamente;
- Choques e golpes por chapas defletoras, agitadores, elementos salientes, dimensões reduzidas da
boca de entrada, obstáculos no interior, etc.
2- Riscos de choque elétrico por contato com partes metálicas que, acidentalmente, podem ter tensão;
3- Quedas a diferentes níveis e ao mesmo nível por escorregão, etc.;
4- Quedas de objetos no interior enquanto se está trabalhando;
5- Posturas incorretas;
6- Ambiente físico agressivo: ruído elevado e vibrações (martelos pneumáticos, esmeril, etc.);
7- Ambiente quente ou frio;
8- Iluminação deficiente;
9- Um ambiente agressivo, além do risco de acidentes, acrescenta fadiga;
10- Presença de animais no espaço confinado (vivos ou mortos);
11- Fechamento acidental do vedo (tampa);
12- Riscos derivados de problemas de comunicação entre interior e exterior do espaço confinado.

Riscos específicos

Antes de entrar no Espaço Confinado, o mesmo deve ser inspecionado e serem identificados os riscos
específicos existentes, dentre eles podemos encontrar:

1- Deficiência de oxigênio (asfixia): concentrações de oxigênio abaixo de 19,5%, sendo que abaixo
de 18% o risco é grave e iminente.
A deficiência de oxigênio pode ser por deslocamento (ex: vazamento de nitrogênio no espaço
confinado) e consumo de oxigênio ex: oxidação de superfície metálica no interior de tanques);
2- Enriquecimento de oxigênio: concentrações de oxigênio acima de 23,5% (ex: ventilar oxigênio
para o espaço confinado);
3- Intoxicação: contaminantes com concentrações acima do Limite de Tolerância até Imediatamente
Perigosa à Vida e à Saúde – IPVS (ex: monóxido de carbono LT acima de 25 ppm e IPVS de 1200
ppm;
4- Incêndio e explosão: presença de substâncias inflamáveis, tais como, metano, acetileno, GLP,
gasolina, querosene, etc.
Para trabalhos em Espaços Confinados verifique os equipamentos que você vai precisar:

1- Equipamentos de detecção de gases e vapores;


2- Equipamentos de ventilação mecânica;
3- Equipamentos de comunicação;
4- Equipamentos de iluminação;
5- Equipamentos de proteção respiratória;
6- Equipamentos de proteção individual;
7- Equipamentos de primeiros socorros.
Serviços de emergência e resgate:

1- O empregador deve assegurar que cada membro do serviço tenha EPI respiratório e de resgate
necessários para operar em espaços confinados e sejam treinados no uso dos mesmos;
2- Cada membro do serviço de resgate deverá ser treinado para desempenhar as tarefas de resgate
designadas;
3- Cada membro do serviço deverá receber o mesmo treinamento requerido para os trabalhadores
autorizados;
4- Cada membro do serviço de resgate deverá ser capacitado, fazendo resgate ao menos uma vez a
cada 12 meses, por meio de simuladores de espaços confinados.

PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS

O Ministério do Trabalho e Emprego exige, para serviços em espaços confinados com risco de queda,
equipamentos adequados que garantam, em qualquer situação, conforto e segurança do trabalhador
nas três operações fundamentais:

a) Fácil movimentação de subida / descida;


b) Proteção contra eventual queda;
c) Rápido e fácil resgate por um só vigia.

Para efetuar as operações acima, são usados suportes de ancoragem, guinchos, trava-quedas, cinturões
de segurança, cadeiras suspensas, cabos de aço ou cordas que, criteriosamente combinados, oferecem
solução prática, segura e econômica para qualquer situação de trabalho.

Importante: Usar cabo de aço ou corda ?

Para escolha adequada, devem ser considerados os seguintes aspectos:

1- Para segurança contra perigo de faísca em espaço confinado com atmosfera potencialmente explosiva
é comum usar equipamentos com corda sintética ou cabo de aço com revestimento sintético;
2- Em serviços envolvendo solda, máquinas de corte ou produtos ácidos, costuma-se usar cabo de aço;
3- Em locais com risco de contato com fiação energizada, costuma-se usar corda devido à sua baixa
condutividade elétrica;
4- Nas indústrias farmacêuticas e alimentícias, é normal usar cabo de aço inoxidável;
5- Em locais com risco de haver movimentação do cabo sobre quinas cortantes de concreto ou aço,
durante uma emergência, adota-se o robusto cabo de aço com 8 mm de diâmetro, carga de ruptura de
3480 kg.

Aprovação de uso: equipamentos patenteados, obedecem às exigências do Ministério do Trabalho e à norma


NBR 14751 da ABNT (itens 4.2.7, 4.3 e 5.4).

Fácil transporte: os nossos guinchos são fornecidos em sacolas de nylon resinado para transporte e
armazenagem, junto com seu cabo ou corda.
30-FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS
COLETIVOS
Não é aconselhável o uso de ferramentas ou equipamentos em mau
estado de conservação (cabos quebrados, rachados ou pouco firmes,
isolação estragada, garras ou dentes gastos, etc.) ou inadequados ao
serviço a se executado, pois o trabalho
torna-se mais difícil, demorado e perigoso.
Por isso, antes de sair a campo, deve ser
feita inspeção dos materiais que serão
utilizados, tais como: sacolas, ferramentas,
equipamentos de proteção, guinchos e
outros.

Equipamentos e ferramentas com partes


cortantes ou pontiagudas, tais como:

lâmina de serra, trados, esporas, enxó, lima, furador e outros, devem


possuir proteção para essas partes, para evitar acidentes. Essa
proteção será retirada no momento do uso.

Ferramentas de fibra de vidro.

As ferramentas isolantes para trabalhos nas redes elétricas


devem ser guardadas à sombra em local seco, sem poeira,
livres da possibilidade de choque com materiais duros e do
atrito com outras superfícies, para que estejam sempre em
boas condições de uso.
Durante o transporte devem ser acondicionados adequadamente no armário do veículo, caixas ou
sacolas próprias ou em suportes revestidos internamente com material macio (espuma ou similar),
para evitar danos à ferramenta. Antes durante e depois da execução dos serviços, as ferramentas devem
ser limpas com um pano de algodão cru sem goma ou corantes, para remoção de poeiras e umidade .
Manchas e sujeiras em geral devem ser removidas com água e sabão neutro e se não for o suficiente,
utilizar álcool, benzina ou acetona. As ferramentas ao perderem o brilho ou apresentarem riscos ou
manchas incrustadas em sua superfície devem ser encaminhadas para manutenção, não sendo
permitido uso de ferramentas danificadas ou em más condições de conservação.
As partes metálicas móveis devem ser lubrificadas adequadamente, com vaselina neutra, sempre que
necessário.
É responsabilidade do usuário inspecionar as ferramentas, antes do uso, verificando principalmente
se há partes metálicas avariadas ou tortas, pinos ou ferragens deslocadas de sua posição original, riscos
ou fissuras na superfície das ferramentas, falhas ou bolhas na película superficial, ausência de brilho
superficial ou outros.
Não é permitido reparar partes metálicas danificadas, sem conhecimento, devendo ser encaminhada
`manutenção que decidirá o que fazer quanto ao conserto ou substituição.
Durante a execução de serviços, as ferramentas devem ser colocadas em suportes apropriados ou sobre
encerado limpo e seco estendido no chão, para evitar contato direto com o solo.
Todas as ferramentas devem ser inspecionadas, quanto à sua isolação elétrica e demais aspectos, por
técnico especializado, dentro de um período a ser estipulado pela empresa.

CORDAS

Antes de utilizar cordas para qualquer serviço, é necessário inspecioná-


las para observar se não estão desfiadas, apodrecidas, ou com fibras
partidas.
Quando estão úmidas, não podem ser utilizadas em condutores e, em
linhas de alta tensão (acima de 1000 V), nem mesmo secas, com exceção
das cordas próprias utilizadas pelas turmas de linha viva. Se estiverem
molhadas, devem ser colocadas em local arejado, ã sombra, para secar e,
para melhorar conservação, não devem ser dobradas em quinas vivas.
Devem ser guardadas em lugar seco de preferência dependurada e na
foram de laçadas.

ARREMATES EM CORDAS
Esporas

O esporão da espora deve ser mantido afiado e o seu comprimento, medido na sua parte interna, não
devendo ser inferior a 3 cm., devendo ser substituído
quando avariado ou desgastado.
Não é aconselhável caminhar com as esporas calçadas, pois
danifica
as pontas afiadas dos esporões e podem ocorrer acidentes
Depois de usadas, devem ser limpas, presas umas à outra
pelas correias e colocadas as proteções de couro nos
esporões.
Para conservação das partes de couro deve-se passar óleo
de mocotó ou mamona ou ainda outro produto aprovado
pela empresa.
Devem ser guardadas separadas de outras das ferramentas.

Chaves de fenda

Pontas de chaves de fenda, somente


devem ser recondicionadas com o uso de
lima mursa adequada.
A haste da chave de fenda deve ser
isolada, para uso em contatos elétricos de baixa tensão, com fita isolante, espaguete ou outro material
apropriado.

Alicates

Devem ser inspecionados os pontos de movimento, o corte, os dentes e principalmente os cabos,


quanto à isolação elétrica

Chave inglesa

Verificar periodicamente os desgastes das partes móveis. Uma chave inglesa com muita folga nas
partes móveis, não oferece condições de regulagem e pode provocar acidentes, pois não se consegue
firmá-la seguramente nos parafusos ou porcas.
Escadas

As escadas devem ser examinadas quanto ao estado


de conservação das ferragens, da madeira e se estão
dotadas de corda em bom estado para sua extensão e
amarração.
Essas cordas devem ser encastoadas nos pontos onde
são fixadas nas escadas e também em suas
extremidades.
As ferragens não podem estar enferrujadas, trincadas, desgastas ou soltas e, as partes de madeira, não
devem apresentar rachaduras ou apodrecimentos , o que pode ser verificado com o auxilio de uma
chave de fenda.
Sempre que necessário, as escadas deverão ser lixadas para retirar as possíveis farpas de madeira,
envernizadas com verniz isolante e pintadas.
Devem ser armazenadas em suportes apropriados, abrigadas do tempo, a fim de evitar empenamento
e apodrecimento precoce.

Cabo de aço, Superlaços (estropos) e ganchos.

Devem ser apropriados a esforço de tração a que serão submetidos e sempre


que apresentarem avarias, como, por exemplo, soltar uma cocha, desgastes, ou
quando estiver com 5% dos fios partidos em 50 cm. De comprimento, devem
ser substituídos. Para maior durabilidade deve ser lubrificada.
Deve ser evitado o uso de correntes em substituição ao cabo de aço, pois se
podem quebrar instantaneamente sendo, portanto, perigosa.
Os ganchos utilizados devem ter travas de segurança para não soltarem aos objetos içados e caso
sofram avarias devem ser substituídos, nunca consertados por pessoas não capacitadas para tal.

Moitões

Durante o uso não deve permitir que as cordas atritem uma na outra. O
diâmetro da roldana deve ser, pelo menos oito vezes maior que o
diâmetro da corda.
Periodicamente, deve-se verificar as condições da ferragem, o arremate
da corda no encastoamento e lubrificar os eixos das roldanas.

Cuidados Gerais
Em trabalhos aéreos, o profissional deve tomar as precauções necessárias para não deixar cair
ferramentas ou objetos com que estiver trabalhando.
31- Equipamentos para Linha Viva
Ferramentas de Tracionamento e Suporte

Existem produtos diferentes de Ferramentas de Tracionamento e Suporte para trabalhos na Linha


Viva.

As Ferramentas de tracionamento e Suportes são divididas em 6 (seis) sub-grupos:

 Bastões;
 Conjuntos de Elevação e Afastamento de Linhas;
 Selas e Componentes;
 Talhas e Suportes.

Bastões

Existem diferentes bastões e cabeçotes para reposição, para trabalhos na Linha Viva.

1- Bastões Garra

DIMENSÕES (mm)
BITOLA COMPRIMENTO Capacidade Peso Aprox. (kg)
A B (daN)
78 3.445 3.775 1.360 14,00
78 4.205 4.535 1.360 16,40
78 4.720 5.050 1.360 20,00
38 1.735 1.990 680 3,30
38 2.345 2.605 680 3,80
38 2.950 3.210 680 4,20
51 1.720 1.995 907 4,50
51 2.310 2.590 907 5,20
51 2.940 3.215 907 6,00
64 2.285 2.610 1.134 6,80
64 2.890 3.210 1.134 7,70
64 3.450 3.775 1.134 8,60
64 4.115 4.440 1.134 9,90
64 4.738 5.070 1.134 13,40
2- Cabeçotes para Reposição

Peso
Descrição
Aprox. (Kg)
Cabeçote superior p/ bastão de 38 mm 1,20
Cabeçote superior p/ bastão de 51 mm 1,27
Cabeçote superior p/ bastão de 64 mm 1,33
Cabeçote superior p/ bastão de 78 mm 1,51
Cabeçote inferior p/ bastão de 38 mm 0,60
Cabeçote inferior p/ bastão de 51 mm 0,75
Cabeçote inferior p/ bastão de 64 mm 0,85
Cabeçote inferior p/ bastão de 78 mm 1,05

3-Bastões de Tração com Torniquete

COMPRIMENTO Capac. Peso


BITOLA
(daN) Aprox. (kg)
A B
32 1.710 2.025 1.588 2,20
32 2.320 2.640 1.588 2,50
32 2.955 3.265 1.588 2,90
32 3.540 3.860 1.588 3,20
32 4.165 4.480 1.588 3,60
32 510 825 1.588 1,60
32 1.115 1.425 1.588 1,90
38 470 865 2.948 2,70
38 1.090 1.483 2.948 3,20
38 1.690 2.085 2.948 3,60
38 2.305 2.695 2.948 4,00
38 2.910 3.300 2.948 4,50
38 3.525 3.920 2.948 5,00
38 1.080 1.480 2.948 3,60
38 1690 2090 2948 4,00
38 1080 1520 2948 4,50
38 1690 2130 2948 5,00
38 2305 2745 2948 5,40
38 2925 3370 2948 5,90
38 3525 3970 2948 6,40
3- Bastões de Tração com Rolete

BITOLA COMPRIMENTO Capacidade Peso


A B (daN) Aprox.(kg)
32 1.050 1.335 454 2,30
32 1.745 2.025 454 2,60
32 3.570 3.855 454 3,80

5- Bastão de Tração com Espiral

BITOLA COMPRIMENTO Capacidade (kg)


A B
32 290 700 1586
32 970 1340 1586
32 1570 1950 1586

6-Bastões de Suspensão para Linhas Pesadas

6 A-Bastões com cabeçotes grandes p/ condutor de 1" a 2½" Ø

BITOLA COMPRIMENTO Capacidade (kg


A B

38 1670 3010 2948


38 1970 2410 2948
38 2440 2880 2948
38 2560 3000 2948
6 B-Bastões com cabeçotes pequenos p/ condutor de ¾" a 1¾" Ø

BITOLA COMPRIMENTO Capacidade (kg)


A B

38 1670 2095 2948


38 1970 2400 2948
38 2440 2865 2948
38 2560 2985 2948

7-Bastão de Suspensão com Gancho Ajustável

Dimensões (mm)
Comprimento Capacidade (kg)
Ø
B
64 2000

8-Bastões de Suspensão com Mordaça Ajustável

Dimensões (mm)
Ø Comprimento Regulagem (mm) Capacidade (kg)
A B
51 2375 2885 1500 1588
51 2985 3495 1500 1588
51 3600 4110 1500 1588
51 4505 5020 1500 1588
Mordaça ajustável para suspensão
9-Bastão Tensor Garfo Olhal

BITOLA COMPRIMENTO Capacidade Peso


A B (daN) Aprox. (Kg)
51 2.870 3.160 5.443 6,60
51 3.400 3.690 5.443 7,20

Conjuntos de Elevação e Afastamento de Linhas

Existem 3 (três) produtos diferentes para Elevação e Afastamento de Linhas para trabalhos na Linha
Viva.

1. Conjunto de Elevação;
2. Extensão de Cruzeta;
3. Cruzetas Auxiliares.

1-Conjunto de Elevação

Descrição Compr. (A)


Conjunto de elevação c/presilha de 1½" 2.415 mm
Conjunto de elevação c/presilha de 1" 2.415 mm

ACESSÓRIOS

Cabeçote olhal c/isolador Presilha c/roldana p/linhas pesadas Presilha de elevação 1½" s/isolador
Presilha de elevação 1" Presilha de elevação c/roldana isolador

Presilha de suspensão s/isolador

Estribo p/mão francesa

Isolador suporte Cabeçote olhal s/isolador

2-Extensão de Cruzeta

Comprimento
Descrição
(mm)(A)
Extensão de cruzeta c/1 presilha 1.415
Extensão de cruzeta c/2 presilhas 1.710
Extensão de cruzeta c/1 presilha 1.415
Extensão de cruzeta c/2 presilhas 1.710
3-Cruzetas Auxiliares

Cruzeta auxiliar para guindauto Cruzeta auxiliar

Presilha de
suspensão s/ isolador
Presilha de
suspensão c/isolador

Selas e Componentes

Colarinho para Bastão

Descrição
Colarinho de 51mm p/ bastão
Colarinho de 64mm p/ bastão
Colarinho

Descrição
Colarinho de 38mm p/ moitão
Colarinho de 51mm p/ moitão
Colarinho de 64mm p/ moitão
Colarinho de 76mm p/ moitão

Colar com Argola

Descrição
Colar de 38mm c/ argola
Colar de 51mm c/ argola
Colar de 64mm c/ argola

Selas para Estrutura Metálica

Descrição
Sela sem colar
Sela com colar de 38mm
Sela com colar de 51mm
Sela com colar de 64mm
Sela com colar de 76mm
Selas para Poste

Sela simples de elevação - capacidade 454 kg

Sela c/ manilha - capacidade 454 kg

Sela c/ colar de 64mm - capacidade 454 kg

Sela c/ extensor e colar de 64mm - Capacidade 363 kg


Sela p/ amarração de corda capacidade 454 kg

Colar de 38mm
Colar de 51mm Extensor
Colar de 64mm
Colar de 76mm

Sela com corrente

Talhas e Suportes

1. Talhas Manuais;
2. Tensor Isolado;
3. Carretilhas, Ganchos e Estropos;
4. Moitões;
5. Mastros;
6. Cordas;
7. Suportes Temporários.

1- Talhas Manuais

As Talhas Manuais são confeccionadas nas versões com tirantes de nylon e tirantes de corrente.
Sua concepção simples, robusta e segura, permite operações em diversos serviços na construção
e manutenção em redes de transmissão e distribuição desenergizadas.
Possuem dispositivos de travas e descida gradativa da carga, ganchos de aço forjado dispostos
com trava de segurança.
2-Tensor Isolado

Comp. (mm) (B)


Descrição Capacidade (kg)
Máximo Mínimo
Tensor isolado p/34, 5kV 1.814 1.778 1.473
Tensor isolado p/69kV 1.814 2.083 1.778

3-Carretilhas, Ganchos e Estropos


4-Moitões

Moitões Pesados:

Moitões Leves:

5- Mastros
6-Corda e Separador Isolante para Cordas

Separador isolante para cordas

Ruptura Peso
Capac.
Descrição Ø Minima Aprox.
(kg)
(kg) (kg)
Corda de fibra sintética 1/4" 107 538 0,030
Corda de fibra sintética 3/8" 240 1.163 0,051
Corda de fibra sintética 1/2" 381 1.810 0,104
Corda de fibra sintética 5/8" 508 2.682 1,441
Corda de fibra sintética 3/4" 726 3.663 0,210

7-Suportes Temporários

Suporte p/condutor c/ fixação em cruzeta

Suporte temporário p/ jumpers


Ferramentas Manuais

Existem produtos diferentes de Ferramentas Manuais para trabalhos na Linha Viva.

As Ferramentas Manuais são divididas em sub-grupos:

1. Alicates e Tesourões.
2. Aterramento Estático.
3. By-Pass para Chave Fusível.
4. Bastões Manuais.
5. Chave Fusível Temporária para 15 kV e 27 kV
6. Ferramentas Universais.
7. Jampes Provisórios.

1-Alicates e Tesourões

Tesourões Isolados

Dimensões (mm)
P/cabos até
Ø A
32 460
32 1175 1/0
32 1795 ACSR
38 1145 4/0
38 1760 ACSR
38 1145 336,8
38 1760 MCM

2-Aterramento Estático
2- By-Pass Provisório para Chave Fusível

Dispositivo projetado para liberação do cartucho fusível para permitir a substituição do elo fusível.

A operação consiste em instalar o dispositivo com Bastão ou Vara de Manobra evitando assim o
desligamento do circuito para o serviço de troca do elo fusível.

O BY-PASS é composto de 1 (um) tubo isolante de Ø 32mm, com barramento interno para 80
ampéres, o qual está fixado à suportes de alumínio, que farão o contato com as partes metálicas
da chave.

O conjunto é provido de mola interna que irá permitir uma variação de até 64mm. Possui sistema
de travamento por giro quando totalmente aberto, facilitando a sua adaptação, sob tensão
mecânica, às chaves de diversos fabricantes.

By-Pass Provisório para Chave Fusível, Rosqueável

Uma solução para a substituição do elo fusível de


cartuchos, sem interrupção, no fornecimento de
energia, é o by-pass provisório para chave fusível
.

Trata-se de um dispositivo projetado para liberação do cartucho fusível, que permite a substituição do
elo fusível.
A operação consiste em instalar o dispositivo com bastão ou vara de manobra evitando assim o
desligamento do circuito para o serviço de troca do elo fusível.
O by-pass é composto de um tubo de fibra de vidro epóxi de 32mm de diâmetro por 247mm de
comprimento, dentro do qual se aloja uma cordoalha com capacidade para 80A, fixada a suportes de
alumínio, que farão o contato com as partes metálicas da chave. O conjunto é rosqueável, permitindo
variações de 293 a 434mm, facilitando a sua adaptação, sob tensão mecânica, às chaves de diversos
fabricantes.
Um exclusivo sistema de proteção isolante tubular
evita e exposição da parte metálica rosqueável
durante a operação.
4-Bastões Manuais

Existem diferentes produtos de Bastões Manuais para Trabalhos em Linha Viva, são eles:

1. Bastão Podador;
2. Bastão Punho;
3. Bastão de Amarração;
4. Bastão Prendedor de Condutor;
5. Bastão com Almotolia;
6. Bastão para Volt-Amperímetro;
7. Bastão de Manobra;
8. Bastão com Soquete Flexível;
9. Bastão com Soquete Multi-Angular;
10. Limitador de Distância para Bastões;
11. Alça de Descanso para Bastões;
12. Bastões Universais

1- Bastão Podador

2-Bastão Punho

Bastão punho c/alicate Somente bastão punho


2- Bastão Bastão de amarração.

Gancho Rotativo Lâmina Rotativa Gancho Duplo

Descrição Dimensões (mm)


Bastão de Amarração com Ø A
Gancho duplo - cabeçote plástico 32 2.410
Lâmina fixa - cabeçote plástico 32 2.410
Gancho rotativo - cabeçote plástico 32 2.410
Gancho rotativo - cabeçote universal 32 2.375
Gancho duplo - cabeçote universal 32 2.375
Lâmina rotativa - cabeçote plástico 32 2.410
Gancho rotativo - lâmina rotativa 32 2.375
Lâmina rotativa - cabeçote universal 32 2.375

4-Bastão Prendedor de Condutor

Peso
Dimensões (mm) Capacidade
Aprox. (kg)
Ø Compr. Mínimo Máximo
32 1.800 0,162" 1" 3,00
32 2.410 0,162" 1" 3,60
5-Bastão com Almotolia

Dimensões (mm)
Ø B
32 1.200
32 1.800
32 2.500

6-Bastão para Volt-Amperímetro

7-Bastões de Manobra

Destinado a garantir a distância de segurança e o isolamento necessário nas intervenções em


instalações eléctricas o BASTÃO DE MANOBRA é fabricado com ,fibra de vidro, impregnada com
resina epoxy com espuma de poliuretano internamente.
Os modelos leve, cujo cabeçote era reduzido proporcionalmente ao diâmetro do Bastão são atualmente
fornecidos com o mesmo cabeçote do modelo normal, de modo a permitir o encaixe no olhal de toda
nossa linha de grampos de aterramento, bem como componentes e acessórios para trabalhos em redes
energizadas.

Aberto-Posição para enganchar o olhal do grampo de aterramento ou de outra


peça a ser manuseada.
Fechado-Nesta posição o gancho envolve o olhal do grampo de aterramento,
mantendo-o preso, porém articulável, permitindo o movimento de torção,
inclusive em ângulos.

Recolhido-O gancho recolhido dentro do cabeçote, mantém o grampo


de aterramento rigidamente engastado ao bastão, posição adequada à sua
instalação e retirada.

Modelo Normal

Dimensões (mm) Tensão Peso


Comprimento Máxima Aprox.
Ø
B (kV) (Kg)
32 1.350 15 2,20
32 1.970 35 2,70
32 2.580 138 3,10
32 3.190 230 3,60
32 3.800 345 4,10

Modelo Leve

Dimensões (mm) Tensão Peso


Comprimento Máxima Aprox.
Ø
B (kV) (Kg)
25 1.350 15 1,90
25 1.970 35 2,20
25 2.580 138 2,50
25 3.190 230 2,80
25 3.800 345 3,50
Acessórios

Adaptador universal
Colarinho Articulável

8-Bastão com Soquete Flexível

Soquete flexível e soquete fixo

Soquete flexível e cabeçote universal

Soquete flexível e chave catraca


9-Bastão com Soquete Multi-Angular

Comprimento (mm)
Ø (mm)
A B
38 835 1.840
38 1.435 2.450
38 2.040 3.060
38 2.500 3.670

10-Limitador de Distância para Bastões


11-Alça de Descanso para Bastões

12-Bastões Universais

Dimensões (mm)
Descrição Comprimento
Ø
A B
Bastão universal c/1 cabeçote e gancho auxiliar p/amarração 32 2.405 2.575
Bastão universal c/1 cabeçote 32 1.800 1.885
Bastão universal c/2 cabeçotes e gancho auxiliar p/amarração 32 1.760 1.940
Bastão universal c/2 cabeçotes e gancho auxiliar p/amarração 32 2.375 2.550
Bastão universal c/2 cabeçotes 32 2.925 3.100
Bastão universal c/2 cabeçotes 32 3.580 3.750
Bastão universal c/1 cabeçote e 2 pingadeiras 32 2.405 2.495
Bastão universal c/1 cabeçote e 3 pingadeiras 32 2.405 2.495
Bastão universal c/2 cabeçotes e alça de descanso 38 2.375 2.555
Bastão universal c/2 cabeçotes 38 2.920 3.100
Bastão universal c/2 cabeçotes 38 3.570 3.755
Emenda rígida Ø 38mm x32mm - - -
Somente cabeçote p/bastão de 32mm
Somente cabeçote p/bastão de 38mm
Bastão universal seccionável, c/1 cabeçote e alça de descanso,de
6.000
32/3000 + 38/3000
Pingadeira p/bastão de 32mm Ø
Pingadeira p/bastão de 38mm Ø
Chave Fusível Temporária para 15 kV e 27 kV

Para manter a proteção durante as manutenções em linha viva, a CHAVE FUSÍVEL TEMPORÁRIA
é simplesmente conectada ao condutor primário com um bastão de manobra. O pino de bronze na
extremidade inferior é usado para conectar o grampo do jampe provisório.

O bastão laranja de 1 - 1/4” de diâmetro com duas pingadeiras de borracha EPDM é usado como
elemento isolante.

O tubo porta-fusível deve ser adaptado com elo-fusível, com capacidade máxima de 100 amperes.

TIPO STANDARD TIPO ALAVANCA-PIVÔ


Classe Classe
Peso (KG) . Peso (KG)
de Tensão de Tensão
15 kV 2,70 15 kV 3,35
27 kV 4,05 27 kV 4,70

A chave fusível temporária do tipo com alavanca-pivô permite fechar com uso de um bastão de
manobra do lado oposto ao porta-fusível. (A alavanca com gancho revestido em plastisol é usada
apenas na operação de fechamento da chave).

Ferramentas Universais

Garra de amarração Chave com Catraca Colocador


e Sacador de Pino
Desconector Adaptador de Peças Extrator de Contrapino por Impulso

Desconector por Impulso Locador de Pino metro

Instalador de Contrapino Sacador Auxiliar de Contrapino Suporte de Concha

Arco de Serra

Serra para Poda

Brocha
Chave de Fenda

Cabeçote para Grampo de Linha Viva até 6"

Torniquete Auxiliar Adaptador de Ferramentas Espelho

Gancho para Isolador Lâmina Fixa para Amarração Suporte Flexível para
Soquete Hexagonal
Escova em "V" para Condutor

Faca
Tenaz para Isolador
com Encaixe Universal

Gancho Rotativo Lâmina Rotativa Medidor de Bitola de Condutor


para Amarração para Amarração

Extrator de Cartucho Gancho Espiral Coloca de Contrapino

Adaptador Universal Martelo


Garfo Ajustador de Concha
Sacador Multi-Angular Adaptador c/mola
de Contrapino para Impulso Tenaz Multi-Angular

Gancho Auxiliar de Amarração Chave Cachimbo com Catraca

Sacador de Contrapino Instalador de Pino


em Alavanca

Instalador Multi-angular de Contrapino

Jampes Provisórios

O Jampeamento provisório é uma prática usual nas intervenções em instalações energizadas de média
tensão, podendo ser executado pelo método à distância, com o auxílio de bastões de manobra , ou pelo
método ao contato, com o uso de luvas isolantes.
Como todo equipamento de linha viva, o jampe provisório deve ser constituído de componentes
especialmente projetados e ensaiados, de forma a atender, com segurança, as solicitações elétricas e
mecânicas especificadas, bem como manuseado e instalado por pessoal devidamente capacitado e
familiarizado com as práticas de trabalho em instalações energizadas.

Apresentamos abaixo, uma série de componentes para jampe provisório, buscando atender as mais
diversas aplicações.

1. Cabo Protegido para Jampe Provisório de 15 kV.


2. Terminal de Cobre para Cabo Jampe.
3. Dispositivo de Proteção para Jampe Provisório.
4. Suporte Isolado.
1-Cabo Protegido para Jampe Provisório de 15 kV

Projetado especialmente para uso como jampe provisório nos


trabalhos em linha viva, este cabo é constituido de condutor de
cobre extra-flexível, protegido com uma lâmina semicondutora
e uma camada isolante de etileno propileno (EPR), de cor
avermelhada, resistente ao calor, humidade e ozônio, com
identificação em sua superfície, da bitola e classe de tensão de
uso.
É importante observar, que a proteção isolante deste cabo, deve
ser considerada apenas para os eventuais contatos acidentais de
fase fase ou fase terra.
Estes contatos de forma prolongada, devem ser evitados, com o
uso de coberturas protetoras adicionais

Bitola Ø Aprox. doCapac. Aprox.Peso


AWG Condutor (mm) de Corrente (Amp.) Aprox. (kg/m)
2 8,0 200 1,00
1/0 10,0 260 1,40
2/0 11,5 300 1,70
4/0 15,0 400 2,35

Nota: Para a aquisição de jampe provisório montado em fábrica, deverá ser informado em sua
solicitação, a bitola e o comprimento do cabo protegido para jampe, bem como o tipo de Grampo.

2-Terminal de Cobre para Cabo Jampe

Fornecido nas bitolas padrão, conforme tabela abaixo, este terminal é utilizado na conexão do cabo
jampe ao grampo isolado e ao grampo para bucha de transformador
Possui rosca de 5/8" e é fornecido com porca e arruela de pressão .

Nº da MatrizNº dePeso
Descrição
Burnd ou Equivalente Compressão Aprox.(Kg)
Para cabo 2 AWG 164 - 275 + 2 0,12
Para cabo 1/0 AWG 164 - 275 + 2 0,13
Para cabo 2/0 AWG 166 - 206 + 2 0,14
Para cabo 4/0 AWG 168 - 208 + 3 0,15
3- Dispositivo de Proteção para Jampe Provisório

Este dispositivo consiste de um cartucho porta fusível, com


terminais de acoplamento em alumínio, que permitem a sua
conexão em série com jampe provisório.

Em uma das extremidades conecta-se o grampo de torção, através


de um pino e na outra extremidade, através de um conector, o cabo
para jampe de 2 AWG a 4/0 AWG.

4- Suporte Isolado

Este suporte é indispensável para a instalação do jampe provisório em linha


viva, quando realizado por apenas um eletricista.
Ele suporta uma das extremidades do jampe provisório sem energizá-lo,
permitindo o manuseio e instalação da outra extremidade com total segurança.

O suporte é dotado de duas hastes laterais, em liga de bronze de


Ø12mmx64mm, isoladas do grampo por um bastão de Ø25mmx315mm.

Sua fixação ao condutor é feita através do grampo de torção, com parafuso


olhal, operável com bastão de manobra .

Descrição Peso Aprox. (Kg).


Suporte isolado para jampe provisório até 34,5kV 1,0

Instrumentos de Detecção e Testes

Fase Tester

O FASE TESTER é um equipamento portátil, que permite de forma fácil e segura, leituras de tensões
CA, fase-fase ou fase-terra, em circuitos de transmissão e distribuição de 1kV a 48kV.

A unidade básica é composta de um voltímetro que faz leituras de 1kV a 16kV, um carretel com 6,5
metros de cabo protegido para 15kV, montados em dois bastões , que são unidades de alta impedância,
necessárias para permitir a leitura no instrumento.

O FASE TESTER é operado através de bastões universais, com total segurança, por um único
eletricista.
Para tensões acima de 16kV, faz-se necessário a utilização de resistores de extensão, fornecidos em
pares, os quais são disponíveis para as tensões até 48kV.

O FASE TESTER possibilita verificar a comparação das fases para interligação de alimentadores
energizados.

Kit para teste e medição de fases até 75kV

Para teste de fase até 16kv, incluído testador (que também possibilita a aferição do aparelho), estojo
para acondicionamento, dois bastões universais, sacola para bastões e folheto de instruções.

Inflador de Luvas

Teste de Luvas de Borracha

Evite risco de vida, controle com segurança a condição de uso das luvas
isolantes de borracha.
O INFLADOR DE LUVAS, é um instrumento de teste robusto, de fácil
manuseio, que pode ser operado alternativamente, de forma manual, através de
uma bomba pneumática, ou conectado a uma fonte de ar comprimido.
Sua utilização é indispensável na inspeção visual das Luvas de Borracha
Isolantes , inflando-as por completo, permitindo detectar de imediato, qualquer
dano que possa comprometer as suas características de isolamento.
Por se tratar de equipamento sujeito a fissuras, perfurações, cortes, etc. danos
estes, que comprometem de forma grave, as suas característica isolantes, pondo
em risco a vida de seu usuário, as Luvas de Borracha Isolantes merecem
cuidado especial, mediante uma inspeção visual rigorosa antes de sua
utilização, além de ensaios elétricos periódicos.
O INFLADOR DE LUVAS é um instrumento de teste projetado especialmente para permitir, no
próprio local de trabalho ou no laboratório de testes, uma inspeção visual segura e completa, das Luvas
de Borracha Isolantes, inflando-as uniformemente, de tal forma, que seja possível detectar qualquer
dano, por menor que seja, em qualquer ponto de sua superfície
Escadas e Plataformas

Andaime Modular Isolante

O ANDAIME MODULAR ISOLANTE é um equipamento


indispensável nas intervenções em instalações elétricas de alta tensão
energizadas, principalmente em subestações, proporcionando uma
condição extremamente segura de acesso e posicionamento do
eletricista, em alturas até 15 metros, para a realização dos mais
diversos tipos de trabalho, pelos métodos à distância e ao potencial.

A nova plataforma de 2,0m² oferece maior espaço de locomoção ao


eletricista, facilitando a sua condição de entrada ao potencial, além
de fazer com que a base do ANDAIME permaneça sempre afastada
das partes aterradas da instalação.
Para maior segurança, foi introduzido o sistema de travamento entre
os módulos, através de contrapinos

 Montagem fácil e simples

Constituído de peças encaixáveis e intercambiáveis, de peso reduzido, sua montagem é


fácil, simples e rápida, podendo ser executada por apenas dois elementos, dispensando o
uso de qualquer ferramenta adicional.

 Excelente isolamento elétrico e alta capacidade mecânica. Sua estrutura é construída


com tubos cujas características elétricas e mecânicas atendem às normas IEC-855 e
ASTM-F-711, o que permite o seu uso em instalações energizadas em tensões até 800
kV, com total garantia de isolamento elétrico e uma capacidade nominal de carga de
300 kg.

Construídos com tubos de 38mm de diâmetro, ensaiados eletricamente com 100 kV a cada
300 mm, possui degraus com tratamento anti-derrapante, conexões de alumínio fundido, pinos
de encaixe de aço carbono e contrapinos para travamento.
Escada Isolada para Trabalhos em Linha Viva

Escada isolante para linha viva com suporte giratório, escada de fibra de vidro para linha viva, tensão
de teste 100kV/30cm.

Banqueta Isolada

Descrição Altura (mm) Peso (Kg)


Piso Anti-derrapante (495 x 495 mm) 312 5
Cesta Aérea Isolada

Além de proporcionar mais qualidade e segurança no serviço


de plantão, que envolve troca de fusível, troca de lâmpada, etc,
com consequente melhoria da qualidade do atendimento ao
consumidor, a MICRO, devidamente equipada com o KIT DE
FERRAMENTAS, fornecido à parte, permite a intervenção
em instalações energizadas de distribuição, para a execução de
vários outros serviços, o que faz com que esta unidade sob a
ótica do custo benefício, seja sem dúvida o melhor
investimento em equipamentos desta categoria.

Extensão Isolante para


Gruas

Com esse equipamento,


você pode usar sua grua
de médio ou grande
porte, para operações em
linha viva, ao invés de investir em unidades aéras isoladas.

Detalhe de um eletricista reparando uma conexão em subestação energizada de 440kV, após de


equalização do potencial de sua roupa condutiva com barramento energizado, usando conector
grampo especial, operado por bastão de Manobra Ritz
1)-

Lança isolante inferior, com dispositivo metálico de fixação no topo da grua (conforme desenhos a
serem fornecidos com o pedido) com anel de cobre incorporado na isolação e conexão especial para
o cabo, a fim de medir a corrente de fuga a partir do solo, com o Micro-Amperímetro.

Lança Isolante: Comprimento da seção isolante: 3.200mm, aproximadamente.

Dimensões externas: 135 x 185 mm, aproximadamente.

Espessura: 15mm, aproximadamente.

Peso: 93kg, aproximadamente.

Nota: O dispositivo de fixação na grua poderá ser constituido de 2 peças dependendo da melhor
solução para sua adaptação.

2-)

Lança de extensão isolante: Comprimento da isolação: 2,250mm, aproximadamente.


Dimensões externas: 100 x 100 mm, aproximadamente.
Espessura: 9mm, aproximadamente.
Peso com o dispositivo de fixação incorporado: 26kg, aproximadamente.

3-) Cabo flexível com isolação especial de 30m de comprimento, com conexões apropriadas para
medição da corrente de fuga.
EXTENSÃO ISOLANTE IE-500 montada numa GRUA DE MÉDIO PORTE, operando em
uma SUBESTAÇÃO de 440kV .

Detalhe da extensão isolante tocando a Linha de 440 kV, para o teste de


corrente de fuga, antes de iniciar o trabalho.

Detalhe da extensão isolante montada em uma grua de médio porte. O


eletricista verifica uma conexão numa subestação de 440 kV.

EXTENSÃO ISOLANTE IE-500 montada em GRUA DE GRANDE PORTE, para trabalhos


em INSTALAÇÕES ENERGIZADAS até 500 kV.

Detalhe da extensão isolante IE-500


montada em uma grua de grande porte,
para operação em uma Linha de
Transmissão de 500 kV.

Detalhe da extensão isolante IE-500


operando em uma Linha de Transmissão
de 440 kV, montada em uma grua de grande porte.
Extensão Isolante e Acessórios
Todos os componentes necessários preparados para montagem da extensão isolante e para iniciar o
trabalho em linha viva, incluindo a roupa condutiva, micro-amperímetro com cabo especial para
monitoramento contínuo da corrente de fuga, bastão de manobra, etc.

Extensão Isolante para Empilhadeira

Equipamento isolante acoplável em


empilhadeira para intervenção em
subestações energizadas até 500 kV.

APLICAÇÃO:

- Movimentação de cargas até 800 Kg, possibilitando a substituição em linha viva de vários
equipamentos de subestação.

- Elevar e posicionar o eletricista para execução de serviços ao potencial.

- Seção isolante fabricada com tubos de fibra de vidro para Linha Viva ensaiados conforme norma
ASTM F711 e IEC-855.

- Chassis de aço com tratamento anticorrosivo e pintura na cor preta.


- Demais componentes metálicos também em aço, alumínio e bronze.
- Dispõe de sistema para acoplamento fácil e rápido no garfo da empilhadeira.
- Capacidade nominal de carga: 800 Kg (no ângulo de 65º).
- Montagem em empilhadeira com capacidade mínima de carga de 5.000 Kg.
* Consulte sempre no fabricante da empilhadeira, os limites de carga especificados.
ACESSÓRIOS:

Equipamentos de Proteção

Encerado de lona

Encerado de lona, para uso das equipes de linha viva a distância e ao contato, para evitar o contato
das ferramentas com solo.
Existem produtos diferentes Equipamentos de Proteção para trabalhos em Linha Viva, são eles:

Coberturas e Proteções;

Cuidados: Estas ferramentas compreendem as coberturas de proteção das partes energizadas e deverão
periodicamente serem submetidas ao processo de limpeza, através de um pano seco, sendo que em
casos extremos poderão ser lavadas com água e sabão de coco. Não é recomendável usar solventes,
tais como, tinner, acetona ou gasolina para limpeza destas coberturas.

A recuperação das ferramentas acima é impossível, portanto danos profundos na superfície torna-se
obrigatório o sucateamento das mesmas.

Importante: Estas coberturas não devem ser colocadas em estufas, ou em superfícies super aquecidas
pois são sensíveis ao calor.

Existem diferentes Coberturas de Proteção para trabalhos em Linha Viva, são eles:

1. Coberturas Protetoras para Postes;


2. Coberturas Protetoras Circulares;
3. Coberturas Protetoras para Cruzetas;
4. Coberturas Protetoras para Carcaça de Chave Faca;
5. Coberturas Protetoras para Suporte de RDC;
6. Coberturas Protetoras para Condutor;
7. Coberturas Protetoras para Isolador de Disco;
8. Coberturas Protetoras Isoladores de Pino e Pilar;
9. Coberturas Protetoras para Chave Fusível e Chave Faca;
10. Coberturas Protetoras p/ Espaçador Losangular de RDC;
11. Pregador de cobertura.

1-Coberturas Protetoras para Postes

São usadas para proteção isolante na instalação ou troca de postes.


Possuem alças de corda sintética, para facilitar sua colocação e remoção com luvas isolantes.

Os modelos com comprimento de 1200mm e 1800mm possuem um botão de nylon, que permite unir
duas ou mais unidades, para proteger um comprimento maior do poste.

As coberturas possuem nervuras internas,


detalhe importante p/ evitar danos em sua
superfície, durante a sua manipulação,
contribuindo ainda dicisivamente para aumentar a
vida util das mesmas. São fornecidas em 2
diâmetros, uma para proteger postes ate 230mm de
diâmetro e a outra até 300 mm de diâmetro, em
comprimentos que variam de 300 mm a 1800
mm.

1A-Coberturas Protetoras para postes até 230 mm de Diâmetro

Dimensões Peso
A B C Aprox. (kg))
300 230 ~195 1,20
600 230 ~195 2,20
1200 230 ~195 5,00
1800 230 ~195 7, 50

Tensão Nominal: 36,6kV (Fase/Fase)


Tensão de Teste: 32kV (Fase/Terra)

1B-Coberturas Protetoras para postes até 300 mm de Diâmetro

Dimensões Peso
A B C Aprox. (kg))
300 300 ~115 1,50
600 300 ~115 2,50
1200 300 ~115 5,80
1800 300 ~115 8,10

Tensão Nominal: 36,6kV (Fase/Fase)

Tensão de Teste: 32kV (Fase/Terra)


3- Coberturas Protetoras Circulares

Devido à sua versatilidade, estas coberturas são utilizadas para a proteção das extremidades dos
postes, proteção da mão francesa, proteção das cruzetas, proteção dos pára-raios, etc.
Por não possuir uma aplicação específica, cada utilização merece cuidado especial, no sentido de
averiguar a real proteção que a cobertura oferece.
Possui alça de corda sintética pra facilitar a instalação e remoção com luvas isolantes.

2A-Coberturas Protetoras Circulares de 100 mm de Diâmetro

Dimensões Peso
A B C Aprox. (kg))
300 100 ~196 0,40
600 100 ~196 0,80
900 100 ~196 1,20

Tensão Nominal: 14,6kV (Fase/Fase)

Tensão de Teste: 13kV (Fase/Terra)

2B-Coberturas Protetoras Circulares de 150 mm de Diâmetro

Dimensões Peso
A B C Aprox. (kg))
300 150 ~135 0,50
600 150 ~135 0,90
900 150 ~135 1,30

Tensão Nominal: 14,6kV (Fase/Fase)


Tensão de Teste: 13kV (Fase/Terra)
3- Cobertura Protetora para Cruzetas
Tem como aplicação principal evitar o contato dos laços de amarração com a cruzeta, nas tarefas de
troca de isolador de pino ou pilar.
Pode ser usada também para apoio do jumper provisório ou do condutor sobre a cruzeta. No caso de
condutor, este deve ser protegido com a cobertura adequada.
São disponíveis dois modelos, sendo um para uso em cruzeta com isolador de pino e outra para
isolador de pilar

Peso
Descrição
Aprox. (kg))
Cobertura protetora para cruzeta com isolador pilar 1,30
Cobertura protetora do tipo curta, para cruzeta com isolador pilar 1,00

Tensão Nominal: 36,6kV (Fase/Fase)


Tensão de Teste: 32kV (Fase/Terra)

Peso
Descrição
Aprox. (kg))
Cobertura protetora para cruzeta 1,40

Tensão Nominal: 36,6kV (Fase/Fase)

Tensão de Teste: 32kV (Fase/Terra)

4- Coberturas Protetoras para Carcaça de Chave Faca

Uma vez instalada entre a primeira e a segunda saia do isolador de chave faca, esta cobertura
estabelece uma proteção isolante entre o terminal e a parte aterrada

Peso
Descrição
Aprox. (kg))
Cobertura protetora para carcaça de chave faca 1,40

Tensão Nominal: 14,6kV (Fase/Fase) Tensão de Teste: 13kV (Fase/Terra)


5- Coberturas Protetoras para Suporte de RDC

(Rede de Distribuição Compacta)

Estas novas coberturas foram desenvolvidas para a proteção dos suportes de RCD (Rede de
Distribuição Compacta), na troca de isoladores de pino. São disponíveis em 2 modelos: Para
suporte horizontal e para suporte "C"
Cada modelo é composto de duas peças, que são instaladas sobrepostas, proporcionando total
proteção dos componentes

Peso
Descrição
Aprox. (kg))
Cobertura protetora para suporte horizontal de RDC 1,40
Cobertura protetora para suporte "C" de RDC 0,80

Tensão Nominal: 26,4kV (Fase/Fase) Tensão de Teste: 24kV (Fase/Terra)


6-Coberturas Protetoras para Condutor

Estas coberturas são as que oferecem a maior área de proteção nas áreas
energizadas e portanto as mais utilizadas nos trabalhos em linha viva.
São disponíveis em vários modelos para atender aos diversos tipos de
instalações elétricas de tensões nominais até 48,3kV.
- Suas extremidades são dotadas de sistemas de encaixe macho/fêmea,
que permite a conexão de duas ou mais unidades, ou a sua conexão
com outras coberturas, como exemplo as coberturas para isolador de
pino e coberturas para isolador de disco

Alguns modelos possuem presilhas metálicas com olhais, que permitem a sua instalação com bastão
de manobra

6 A-Cobertura para proteção de Rede Secundária

Peso
Descrição
Aprox. (kg))
Cobertura protetora para condutor de B.T. até 25mmØ 0,50

Tensão Nominal: 14,6kV (Fase/Fase)


Tensão de Teste: 13kV (Fase/Terra)
6 B- Cobertura para rede primária

Tensão Nominal: 26,4kV (Fase/Fase)


Tensão de Teste: 24kV (Fase/Terra)
6C-Cobertura flexível para condutor.

Cobertura flexível para condutor, para uso das equipes de linha viva ao contato, na isolação das redes
aéreas de distribuição.

Classe tensão Comprimento


2 - 15 kV 1820 mm

Cobertura flexível para condutor, tipo II, confeccionada em borracha natural ou sintética.

6- Coberturas Protetoras para Isolador de Disco

Estas coberturas estabelecem a proteção das partes energizadas, junto aos isoladores de disco em
cadeias de ancoragem. Elas possuem encaixes em suas extremidades, sendo em uma extremidade
para acoplamento no isolador e na outra extremidade para acoplamento na cobertura do cobertura
do condutor.

São disponíveis em dois modelos, exclusiva para isoladores de disco e o modelo novo
redimensionado e mais leve, também para isoladores de disco, para isoladores poliméricos e
rígidos de porcelana.

Ambas dispõe de olhais metálicos, que permitem a sua instalação à distância com o bastão de
manobra.
Peso
Descrição
Aprox. (kg))
Cobertura protetora para isolador de disco até 266mm Ø 1,90

Tensão Nominal: 36,6kV (Fase/Fase)

Tensão de Teste: 32kV (Fase/Terra)

Peso
Descrição
Aprox. (kg))
Cobertura protetora para isoladores de ancoragem, poliméricos,
1,60
rígidos de porcelana e de discos até 160mm Ø

Tensão Nominal: 26,4kV (Fase/Fase)

Tensão de Teste: 24kV (Fase/Terra)


8-Coberturas Protetoras para Isoladores de Pino e Pilar

Estas coberturas são destinadas a proteger o condutor energizado junto ao isolador de pino ou pilar,
sendo normalmente utilizadas conjuntamente com as coberturas de condutor, nas quais são acopláveis
através de encaixes padronizados.

Peso
Descrição
Aprox. (kg))
Cobertura protetora para isolador de Pino 0,70
Tensão Nominal: 26,4kV (Fase/Fase)

Tensão de Teste: 24kV (Fase/Terra

Peso
Descrição
Aprox. (kg))
Cobertura protetora para isolador de Pino e pilar 0,80

Tensão Nominal: 26,4kV (Fase/Fase)


Tensão de Teste: 24kV (Fase/Terra)

Peso
Descrição
Aprox. (kg))
Cobertura protetora para isolador de Pino 4,00

Tensão Nominal: 48,3kV (Fase/Fase) Tensão de Teste: 42kV (Fase/Terra


9-Coberturas Protetoras para Chave Fusível e Chave Faca

Estas coberturas são usadas como proteção nas estruturas onde existem chaves fusíveis ou faca,
podendo ser instaladas com luvas isolantes ou à distância com bastão de manobra.

A cobertura para chave faca é instalada envolvendo-se as duas saias do isolador, nas quais se mantém
presa por pressão.

Peso
Descrição
Aprox. (kg))
Cobertura protetora para chave fusível 2,80

Tensão Nominal:26,4kV (Fase/Fase)

Tensão de Teste: 24kV (Fase/Terra)

Peso
Descrição
Aprox. (kg))
Cobertura protetora para chave faca 2,60

Tensão Nominal:26,4kV (Fase/Fase)

Tensão de Teste: 24kV (Fase/Terra)


10-Coberturas Protetoras para Espaçador Losangular de RDC

Esta cobertura é específica para use em RDC (Rede de Distribuição Compacta) e tem como função
proteger o condutor junto ao espaçador losangular.
Ela é usada em conjunto com as coberturas de condutor nas quais é acoplada através de encaixes em
suas extremidades.

Peso
Descrição
Aprox. (kg))
Cobertura protetora para espaçador lozangular de RDC 0,70

Tensão Nominal:26,4kV (Fase/Fase)

Tensão de Teste: 24kV (Fase/Terra)

11- Pregador de Cobertura


Manutenção, Teste, Acondicionamento e Transporte do Equipamento.

Existem produtos diferentes para a Manutenção, Teste, Acondicionamento e Transporte do


Equipamento para trabalhos em Linha Viva, são eles:

1. Acondicionamento e Transporte;
2. Restauradores e Lubrificantes;
3. Cabide e Cavalete para Bastões.

Acondicionamento e Transporte

1-Reboques para Ferramentas de Linha Viva

Os reboques para acondicionamento e transporte de ferramentas de Linha Viva, são construídos em


fiberglass poliéster.

2-Restauradores e Lubrificantes

Limpeza e reparo dos bastões para Linha Viva

Sob condições ideais de trabalho, os bastões de Linha Viva não


requerem manutenção periódica. Contudo, devido ao uso constante,
abrasão ou uso indevido, poderá ser necessário uma manutenção
ocasional.

Recomenda-se uma limpeza a cada 6 (seis) meses ou mais


frequentemente se as ferramentas apresentarem sinais visíveis de
contaminação.

Limpeza dos Bastões

A maioria das impurezas são removidas passando-se um pano embebido em acetona. Depois de lavado
como acima, deve-se usar um pano seco para a secagem dos líquidos de limpeza.
Depois de estar limpo e seco, passa-se o TECIDO PARA LIMPEZA DE BASTÕES, que na verdade
é um pano impregnado de susbtância própria para proteção dos mesmo. Feito isto, testa-se
eletricamente o bastão de Linha Viva usando o Testador de Bastões. Isto deve ser feito para verificar
se todas as impurezas foram removidas.

O RESTAURADOR DE BRILHO deve ser aplicado somente quando for evidente que a película do
revestimento está em más condições!
Antes de aplicar o RESTAURADOR DE BRILHO, seque o bastão como recomendado acima, em
seguida use uma lixa fina para remover o antigo restaurador de brilho. Este bastão deve ser limpo
novamente usando-se acetona e então seco com um pano limpo, antes da aplicação do
RESTAURADOR DE BRILHO.

Recuperação de Rupturas
A aplicação do "Restaurador de Brilho" é recomendado para arranhões normais na superfície. Se
parecer que o dano é mais que superficial, pode ser usado o RESTAURADOR DE RUPTURA
preenchendo a área danificada.
Em seguida use uma lixa fina para retirar o excesso de restaurador.
Para o uso dos "Restauradores de Ruptura e Brilho" consulte o nosso MANUAL DE
RECUPERAÇÃO DE BASTÕES E VARAS DE MANOBRA.

Deve-se fazer diariamente uma inspeção nas ferramentas para Linha Viva. Isto pode ser feito pelo
próprio usuário.

Antes de serem levadas para os eletricistas na estrutura, as ferramentas devem ser limpas usando-se o
TECIDO PARA LIMPEZA DE BASTÕES. Durante estas operações de limpeza pode-se fazer a
inspeção visual das partes metálicas e isolantes.
3-Cabide e Cavalete para Bastões
34-MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA
10.2.8 - MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA

10.2.8.1 Em todos os serviços executados em instalações elétricas devem ser previstas e adotados,
prioritariamente, medidas de proteção coletiva aplicáveis, mediante procedimentos, às atividades a
serem desenvolvidas, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores.

10.2.8.2 As medidas de proteção coletiva compreendem, prioritariamente, a desenergização elétrica


conforme estabelece esta NR e, na sua impossibilidade, o emprego de tensão de segurança.

Tensão de Segurança

Pode definir-se “Tensão de Segurança” como o valor máximo de tensão a que uma pessoa pode estar
sujeita, durante um período de tempo determinado, sem sofrer perigo de eletrocussão:

Se admitirmos como uma corrente perigosa para indivíduos normais de 50 mA (caso extremo), com
uma resistência do corpo humano de 500W (caso extremo), verificamos que a tensão correspondente
a que a pessoa tem de estar sujeita é de 25V. Não se tendo verificado nenhuma eletrocussão com
menos de 50V, considera-se ser esta a Tensão Reduzida de Segurança (TRS).

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA

No desenvolvimento de serviços em instalações elétricas e em suas proximidades devem ser previstos


e adotados prioritariamente equipamentos de proteção coletiva.

Os EPC são dispositivos, sistemas, fixos ou móveis de abrangência coletiva, destinados a preservar a
integridade física e a saúde dos trabalhadores, usuários e terceiros.

As ferramentas utilizadas nos serviços em instalações elétricas e em suas proximidades devem ser
eletricamente isoladas, em especial àquelas destinadas a serviços em instalações elétricas energizadas.

Abaixo citamos alguns dos principais equipamentos de proteção que constituem proteções coletivas
para atividades realizadas nos setores em questão, sobretudo no setor elétrico.

DISPOSITIVOS DE SECCIONAMENTO.

Chaves Fusíveis

São dispositivos automáticos de manobra (conexão e desconexão),


que na ocorrência de sobre-corrente (corrente elétrica acima do limite
projetado) promove a fusão do elo metálico fundível (fusível), e
conseqüentemente a abertura elétrica do circuito.

Dessa forma, quando há uma sobrecarga, o elo fusível se funde


(queima) e o trecho é desligado.
Normalmente em rede de distribuição elétrica estão instaladas em
cruzetas. Também permitem a abertura mecânica, devendo ser
operadas por dispositivo de manobra, a exemplo de vara de manobra.
Seccionalizador tipo cartucho eletrônico - crs

O seccionalizador eletrônico é composto de uma base


(cartucho) com um módulo eletrônico, pode-ser instalado em
qualquer tipo de corta circuito equivalente, portanto é
intercambiável.

Chaves Facas

São dispositivos que permitem a conexão e desconexão mecânica


do circuito. Geralmente estão instaladas em cruzetas e são usadas
na distribuição e transmissão.

Existe dois tipos: mecânica e telecomandada.

Religadoras

Religadoras automáticas telecomandadas


Outras Medidas de proteção Coletiva

10.2.8.2.1 Na impossibilidade de implementação do estabelecido no subitem 10.2.8.2., devem ser


utilizadas outras medidas de proteção coletiva, tais como: isolação das partes vivas, obstáculos,
barreiras, sinalização, sistema de seccionamento automático de alimentação, bloqueio do religamento
automático.

DISPOSITIVOS DE ISOLAÇÃO ELÉTRICA

São elementos construídos com materiais dielétricos (não condutores de eletricidade) que têm por
objetivo isolar condutores ou outras partes da estrutura que estão energizadas, para que os serviços
possam ser executados sem exposição do trabalhador ao risco elétrico.

Têm de ser compatíveis com os níveis de tensão do serviço. Normalmente são de cor laranja.

Esses dispositivos devem ser bem acondicionados para evitar sujidade e umidade, que possam torná-
los condutivos.
Também devem ser inspecionados a cada uso.

Exemplos:

Proteções rede secundárias, construídas com materiais isolantes rígidos ou flexíveis.

Proteção rede primária utilizado pela linha viva.

Manta de borracha (lençol inteiriço ou partido)


São de polietileno rígido ou borracha
flexível.

Luvas e Mangas de borracha


SINALIZAÇÃO

Placa de sinalização
BARREIRA, IMPEDIMENTO DE REENERGIZAÇÃO, INVÓLUCRO, ISOLAMENTO
ELÉTRICO, OBSTÁCULO E TRAVAMENTO

Barreira: dispositivo que impede qualquer contato com partes energizadas das instalações elétricas.

Impedimento de Reenergização: condição que garante a não energização do circuito através de


recursos e procedimentos apropriados, sob controle dos trabalhadores envolvidos nos serviços.

Invólucro: envoltório de partes energizadas destinado a impedir qualquer contato com partes internas.

Isolamento Elétrico: processo destinado a impedir a passagem de corrente elétrica, por interposição
de materiais isolantes.

Obstáculo: elemento que impede o contato acidental, mas não impede o contato direto por ação
deliberada.

Travamento: ação destinada a manter, por meios mecânicos, um dispositivo de manobra fixo numa
determinada posição, de forma a impedir uma operação não autorizada.

Tudo que dificulta a aproximação a instalações elétricas, desde que construídas dentro de um padrão
e dentro das normas de segurança prevista, podemos dizer ser um obstáculo ou barreiras.
Exemplos:

Grades de proteção (de metal ou isoladas), caixas de proteção, caixas brindadas de chaves elétricas,
proteção isolante de barramentos etc.

PROTEÇÃO CONTRA CONTATOS DIRETOS E INDIRETOS.

DISPOSITIVOS DE BLOQUEIO

BLOQUEIO DO RELIGAMENTO AUTOMÁTICO

Bloqueio ou travamento é a ação destinada a manter, por meios mecânicos um dispositivo de manobra
fixa numa determinada posição, de forma a impedir uma ação não autorizada.

Assim, dispositivos de travamento são aqueles que impedem o acionamento ou religamento de


dispositivos de manobra. (chaves, interruptores)
Em geral utilizam cadeados. É importante que tais dispositivos possibilitem mais de um bloqueio, ou
seja, a inserção de mais de um cadeado, por exemplo, para trabalhos simultâneos de mais de uma
equipe de manutenção.
É importante salientar que o controle do dispositivo de travamento é individual por trabalhador.
Toda ação de bloqueio ou travamento deve estar acompanhada de “etiqueta de sinalização”, com o
nome do profissional responsável, data, setor de trabalho e forma de comunicação.

As empresas devem possuir procedimentos padronizados do sistema de bloqueio ou travamento,


documentado e de conhecimento de todos os trabalhadores, além de etiquetas, formulários e ordens
documentais próprias.

Cuidado especial deve ser dado ao termo “Bloqueio”, que no SEP (sistema elétrico de potência)
também consiste na ação de impedimento de religamento automático de circuito, sistema ou
equipamento elétrico.

Isto é, quando há algum problema na rede, devido a acidentes ou disfunções, existem equipamentos
destinados ao religamento automático do disjuntor na subestação, que religam os circuitos
automaticamente tantas vezes quanto for pré-programado e, conseqüentemente, podem colocar em
perigo os trabalhadores.

Quando se trabalha em linha viva, é obrigatória a desativação desse equipamento, pois se


eventualmente houver algum acidente ou um contato ou uma descarga indesejada o circuito se desliga
através da abertura do disjuntor da subestação, desenergizando todo o trecho.

Essa ação é também denominada “bloqueio” do sistema de religamento automático e possui um


procedimento especial para sua adoção.

Travamento de fonte de energia de máquinas industriais

O travamento de fontes de energia assegura que na


realização de trabalhos com máquinas, equipamentos e
instalações, estes estejam totalmente desenergizados.

Conceitos

ENERGIA: Qualquer fonte de alimentação de máquinas,


equipamentos ou sistemas. As mais usuais são: elétrica,
pneumática, mecânica e térmica.

ENERGIA RESIDUAL: Energia latente que pode se


apresentar após o desligamento da fonte de alimentação.

(Ex: gravitacional, estática, térmica, pressão residual, etc).

ENERGIA ZERO: Condição do equipamento, instalação ou sistema, onde todas as formas de energia
estão bloqueadas e ou desativadas.
DISPOSITIVO DE BLOQUEIO:

Qualquer dispositivo que previna fisicamente a transmissão ou liberação de energia, não se limitando
a cortadores de circuitos elétricos, tendo ainda dispositivos para bloqueio de válvulas, registros,
chaves, etc.

Travamento para disjuntores e interruptores elétricos.

Travamento para plugs elétricos.

CADEADO DE SEGURANÇA:

Fechadura portátil, numerada com o registro do empregado habilitado. Deve ser acoplado diretamente
no equipamento a ser bloqueado (painel, válvula, etc.) e ou associados a um dispositivo de bloqueio
(ex: dispositivo para múltiplos cadeados; cabos de aço; bloqueadores mecânicos, etc.).

Dispositivo para múltiplos cadeados e cabo de aço.

Cadeados de segurança.
CARTÃO DE TRAVAMENTO:

Documentos individuais, nominativos, que identifica a


energia bloqueada e o responsável pelo bloqueio.

AÇÕES PARA TRAVAMENTO, BLOQUEIO E ACESSO À FONTES DE ENERGIA.

COMUNICAR: Ordem de reparo ou serviço: Solicitação formal


feita pelo responsável do setor do equipamento e ou instalação,
ao setor de manutenção, onde deve constar o tipo de equipamento,
localização e as energias a serem bloqueadas.(O.S. ou O.R.).

ANALISAR: Com base na ordem de reparo ou serviço, o


responsável pela manutenção, em conjunto com o responsável do
setor solicitante, devem analizar todos os riscos existentes e
determinar as recomendações de segurança que devem ser
aplicadas para a execução o serviço.

Nos casos de trabalho em altura, ambiente confinado, deverá ser


emitida a A.E.S.(Autorização para a Execução de Serviço) e para Terceiros, esta deverá ser emitida
para qualquer tipo de serviço.

BLOQUEAR e ETIQUETAR: Depois de cumpridas as etapas de comunicar e analisar deve-se


proceder ao bloqueio e etiquetagem da fonte de energia, que são feitos por:

a) Dispositivos específicos (flange, cadeados de segurança, trava múltipla, etc.).

b) Cartão de travamento, do responsável pelo bloqueio.

c) Dispositivo para múltiplos cadeados, quando mais de uma pessoa estiver envolvida no trabalho.
TESTE DE ENERGIA:

Após bloqueadas as energias, deve-se fazer o teste de “ENERGIA ZERO”, para garantir a segurança
do bloqueio. Os procedimentos e instrumentos para este teste serão definidos pelas áreas de
manutenção de acordo com o tipo de energia.

LIBERAR A ATIVIDADE DE REPARO e MANUTENÇÃO:

Após cumpridas todas as etapas anteriores, e inspeção final do local, o equipamento e instalação
estarão liberados para o início do serviço.

RELIGAR O EQUIPAMENTO OU SISTEMA:

Após efetuado o reparo deverá ser verificado se todos


os sistemas de proteção estão em funcionamento e o
equipamento esta seguro para voltar a operar. Em
seguida serão retirados os dispositivos de bloqueio e
cartões de travamento.

OBSERVAÇÕES:
Durante as mudanças de turno, se os equipamentos
precisarem ser mantidos sem energia, a nova equipe
que estiver assumindo o trabalho deverá substituir os
dispositivos de bloqueio, o cadeado de segurança e o
cartão de travamento.

RESPONSABILIDADES

CHEFIA DO SETOR SOLICITANTE:

Solicitar por escrito o tipo de serviço a ser executado (O.R. ou O.S.).


Comunicar e envolver todos os afetados com a paralisação do equipamento.

CHEFIA DO SETOR SOLICITADO:

 Analisar o serviço que esta sendo solicitado.

 Comunicar outras áreas envolvidas (outras manutenções).

 Controlar o cadeado de terceiros (fornecimento e guarda).

EMPREGADOS HABILITADOS:

 Aplicar corretamente todas as etapas do procedimento.

 Manter a guarda das chaves dos cadeados de segurança e etiquetas.

 Inspecionar o local após o desbloqueio, para liberação do serviço.


SUPERVISOR DAS ÁREAS DE MANUTENÇÃO:

 Fazer com que todos os envolvidos cumpram a diretriz.

 Fornecer os meios (suprimentos) necessários para o travamento de energias, incluindo os


terceiros no caso de envolvimento dos mesmos.

DISPOSIÇÕES FINAIS:

 Em todos os serviços que envolvam aumento de carga em qualquer tipo de energia, o


solicitante deverá informar às áreas de Engenharia de Fábrica e Engenharia de Construções
e Utilidades, para aprovação.

 Nas trocas de turno, onde deva permanecer o bloqueio, a equipe que esta saindo deverá
manter seus cadeados no local até que o responsável pelo setor (encarregado, líder, etc.) se
dirija ao local onde esta aplicado o bloqueio e libere os mesmos com auxílio de chave
mestra sob sua responsabilidade, para em seguida ser aplicado os cadeados da equipe que
esta assumindo o serviço.

Obs: a guarda dos cadeados retirados é de responsabilidade do encarregado, líder, etc. que
realizou o desbloqueio.

 Áreas de Engenharia e Manutenção na aquisição de novos equipamentos, os mesmos


deverão ser providos de meios para travamento de energia.

LEMBRE-SE

SEMPRE CUMPRA OS PROCEDIMENTOS


DE SEGURANÇA,
QUEM FAZ SUA SEGURANÇA É VOCÊ MESMO.
DISPOSITIVOS CONTRA QUEDA DE ALTURA

• Esporas:

Duplo T: utilizados para escalar postes duplo T. É de aço redondo


com diâmetro de 16 mm ou mais, com correias de couro.

Ferro Meia Lua (redonda): utilizada para postes de madeira. É de aço, com estribo para apoio total
do pé, correias de couro, e três pontas de aço para fixação ao poste.

Espora Extensível: utilizadas para escalar postes de madeira.

Composta por haste em forma de “J” com duas almofadas.

Escadas

Escada extensível portátil de madeira.

Escada extensível de fibra de vidro.

Esta é muito mais adequada que a de madeira, pois é mais leve e mais isolante
que a de madeira.

Escada extensível de madeira ou de fibra de vidro para suporte giratório


Escada singela de madeira ou fibra de vidro.
Escada para trabalhos em
linha viva.

Cestas Aéreas

Confeccionadas em PVC, revestidas com fibra de vidro, normalmente acoplado ao guindauto ou a


equipamento isolado para linha viva.
Pode ser individual ou duplo.
Utilizado principalmente nas atividades em linha viva, pelas suas características isolantes e devido a
melhor condição de conforto em relação à escada.
Os movimentos do cesto possuem duplo comando (no veículo e no cesto) e são normalmente
comandados no cesto.
Tanto as hastes de levantamento como os cestos devem sofrer ensaios de isolamento elétrico periódico
e possuir relatório das avaliações realizadas.

Equipamento em testes de isolação


Plataformas

Plataformas para degraus de escada Isolantes.

Em fibra de vidro ou madeira.

Extensão isolante para grua.

Em fibra de vidro ou madeira.

Plataformas e gaiolas

Confeccionadas em fibra de vidro e alumínio e também utilizada em linha viva.

Gaiola em grua dotada de extensão

ANDAIME MODULAR ISOLANTE

O ANDAIME MODULAR ISOLANTE é um equipamento indispensável nas intervenções em


instalações elétricas de alta tensão energizadas, principalmente em subestações, proporcionando uma
condição extremamente segura de acesso e posicionamento do eletricista, em alturas até 15 metros,
para a realização dos mais diversos tipos de trabalho, pelos métodos à distância e ao potencial.
Plataforma para Linha viva.

Utilizadas na manutenção da rede de distribuição e transmissão no método de linha viva ao contato


ou a distancia.

Cadeira de suspensão: utilizado para trabalhos em alturas e com segurança.

DISPOSITIVOS DE MANOBRA

São instrumentos isolantes utilizados para executar trabalhos em linha viva e operações em
equipamentos e instalações energizadas ou desenergizadas onde existe possibilidade de energização
acidental, tais como:

 Operações de instalação e retirada dos conjuntos de Aterramento e curto circuitamento


temporário em linhas desenergizadas. (Distribuição e transmissão);

 Manobras de chave faca e chave fusível;

 Retirada e colocação de cartucho porta fusível ou elo fusível;

 Operação de detecção de tensão;

 Troca de lâmpadas e elementos do sistema elétrico;

 Poda de árvores;

 Limpeza de rede.
Varas de manobras

São fabricadas com materiais isolantes, normalmente em fibra de vidro e epóxi, e, em geral, na cor
laranja. São segmentos (aprox. 1 m cada) que se somam de acordo com a necessidade de alcance.

São providas de suporte universal e cabeçote, onde na ponta pode-se colocar o detector de tensão,
gancho para desligar chave fusível ou para conectar o cabo de aterramento nos fios, etc. Nesta ponta
há uma “borboleta” onde se aperta com a mão o que se deseja acoplar.

As varas mais usuais suportam uma tensão de até 100 KV para cada metro.
Sujidades (poeiras, graxas) reduzem drasticamente o isolamento. Por isso, antes de serem usadas
devem ser limpas de acordo com procedimento.

Outro aspecto importante é o acondicionamento para o transporte, que deve ser adequado. Para tensões
acima de 60 KV devem ser testadas quanto à sua condutividade antes de cada uso, com aparelho
próprio.

Bastões

São similares e do mesmo material das varas de manobra.


São utilizados para outras operações de apoio e serviço de linha viva a distancia.
Nos bastões de salvamento há ganchos para remover o acidentado.
INSTRUMENTOS DE DETECÇÃO DE TENSÃO E AUSÊNCIA DE TENSÃO

São pequenos aparelhos de medição ou detecção acoplados na ponta da vara que


serve para verificar se existe tensão no condutor.
Antes do início dos trabalhos em circuitos desenergizados é obrigatório a
constatação de ausência de tensão através desses equipamentos Esses aparelhos
emitem sinais sonoros e luminosos na presença da tensão.
Este equipamento sempre deve estar no veículo das equipes de campo.
É freqüente improvisações na verificação da tensão, ou não usarem o aparelho, fato que tem gerado
acidentes graves.
Esses instrumentos devem ser regularmente aferidos e possuírem um certificado de aferição

São encontrados os seguintes tipos:

 Detectores de tensão por contato;


 Detectores de tensão por aproximação;
 Micro amperímetro para medição de correntes de fuga - para medição de correntes de fuga em
cestas aéreas, escadas e andaimes isolantes nas atividades de manutenção em instalações.
 Micro Amperímetro tipo Micro Tester

Utilizado para medição de corrente de fuga nos ensaios elétricos de campo do ANDAIME; possui
escala de 0 a 200 micro ampéres.

ATERRAMENTOS

10.2.8.3 O aterramento das instalações elétricas deve ser executado conforme regulamentação
estabelecida pelos órgãos competentes e, na ausência desta, deve atender às Normas Internacionais
vigentes.

INTRODUÇÃO

Por se tratar de um fator preponderante para o bom desempenho e segurança de um sistema elétrico
e, mais ainda, para garantir os limites dos níveis de segurança pessoal, o quesito aterramento deve
sempre merecer uma atenção especial.

Normalmente, o sistema de aterramento de linhas de distribuição trifásicas, bifásicas e monofásicas


com neutro físico é meramente uma medida protetora; portanto, a corrente flui no circuito de terra
somente durante um curto ou sob condições de desequilíbrio.

Por outro lado, no caso da linha MONOFILAR COM RETORNO POR TERRA - MRT -, na qual o
solo é o “condutor” de retorno da corrente, o sistema de aterramento instalado conduz a corrente de
carga do circuito tanto quanto qualquer corrente de curto na linha, o que leva à necessidade de atenção
especial para o aterramento das linhas MRT.

Pode vir a acontecer que, em algumas regiões, em que os solos apresentem alta resistividade, sejam
necessários complexos sistemas de aterramento, os que aumentarão consideravelmente os seus custos
e poderá vir a inviabilizá-los economicamente.

Em síntese, os principais objetivos do sistema de aterramento de uma linha de distribuição são:


 No caso de linhas com fase(s) e neutro físico, garantir a eficiência dos mesmos, limitando em
valores adequados os deslocamentos do neutro, por ocasião de ocorrência de faltas a terra.

 Permitir a terra ser um retorno de corrente no caso da linha MRT.


 Garantir a segurança pessoal, através da limitação das diferenças de potencial de passo e de
toque a valores aceitáveis, quando da ocorrência de circulação de correntes pelo neutro, em
condições normais ou de surto.

 Fazer com que os equipamentos de proteção sejam mais sensibilizados e isolem o mais
rapidamente possível as faltas a terra.
 Escoar as cargas estáticas geradas nas carcaças dos equipamentos.
 Viabilizar o escoamento de sobre tensões indesejáveis para a terra, limitando as tensões
transferidas ao longo da rede, em consequência da incidência de surtos atmosféricos.

Denomina -se aterramento a ligação com a massa condutora da terra, os aterramentos devem
assegurar de modo eficaz a fuga de corrente para a terra, propiciando as necessidades de segurança
e de funcionamento de uma instalação elétrica.

O valor da resistência de aterramento deve satisfazer às condições de proteção e funcionamento


da instalação elétrica, de acordo com os esquemas de aterramento.

ATERRAMENTO ELÉTRICO

O aterramento elétrico cumpre a finalidade principal de:

 Sensibilizar a proteção para que sua atuação seja eficiente e segura;

 Os potenciais de toque e passo sejam menores que os limites da fibrilação do coração;

 Escoar as cargas estáticas, equalizando os potenciais.

Aterramento elétrico fixo em Equipamentos

Esse sistema de proteção coletiva é obrigatório nos invólucros, carcaças de equipamentos, barreiras e
obstáculos aplicados às instalações elétricas, fazendo parte integrante e definitiva delas.

Visa assegurar rápida e efetiva proteção elétrica, assegurando o escoamento da energia para potenciais
inferiores (terra), evitando a passagem da corrente elétrica pelo corpo do trabalhador ou usuário, caso
ocorra mau funcionamento (ruptura no isolamento, contato acidental de partes).

É visível e muito comum nas subestações, cercas e telas de proteção, carcaças de transformadores e
componentes, quadros e painéis elétricos, torres de transmissão, etc..

Nos transformadores, há o terminal de terra conectado ao neutro da rede e ao cabo de pára-raios.

Aterramento fixo em redes e linhas

Quando o neutro está disponível estará ligado ao circuito de aterramento. Neste caso (freqüente) o
condutor neutro é aterrado a cada 300 m, de modo que nenhum ponto da rede ou linha fica a mais de
200 m de um ponto de aterramento.
Aterramento fixo em estais.

Os estais de âncora e contra poste são sempre aterrados e conectados ao neutro da rede se estiver
disponível. O condutor de aterramento é instalado internamente ou externamente ao poste, sempre
que possível.

Aterramento de veículos.

Nas atividades com linha viva de distribuição, o veículo sempre deve ser aterrado com grampo de
conexão no veículo, grampo no trado e cabo flexível que liga ambos.

ATERAMENTO PARA COMPUTADORES

Como normalmente as residências (95%) não possuem o fio terra o indicado para a instalação de um
computador a solução é utilizar estabilizador de carcaça plástica, pois para ser um isolante evita 100%
dos choques elétricos sendo essencial para o funcionamento dos computadores. Normalmente são
colocados no chão onde o perigo torna-se de alto risco, pois os adultos e principalmente as crianças
poderão tomar um choque, porque os caixas dos estabilizadores normalmente são metálicos e na
instalação não se usa o terra, correndo um constante perigo.

Os usuários que estão nesta situação devem trocar urgentemente o estabilizador por um de gabinete
plástico ou regularizar a sua instalação.

Esquemas de Aterramento

A NB-3 fixa os seguintes esquemas de aterramento:

Obs: Para classificar os esquemas de aterramento é utilizada a seguinte simbologia:

 A primeira letra representa a situação da alimentação em relação a terra

o T = um ponto diretamente aterrado.


o I = isolação de todas as partes vivas em relação à terra ou aterramento de um ponto
através de uma impedância.

 A segunda letra representa a situação das massas da instalação elétrica em relação a terra.

o T = massas diretamente aterradas, independente do aterramento eventual de um ponto


da alimentação.
o N = massas ligadas diretamente ao ponto de alimentação aterrado ( em CA o ponto
aterrada é normalmente o neutro );

 Outras letras indicam a disposição do condutor neutro e do condutor de proteção.

o S = funções de neutro e de proteção asseguradas por condutores distintos.


o C = funções de neutro e de proteção combinadas em um único condutor.(condutor
PEN)
Esquema TN

Este esquema possui um ponto de alimentação diretamente aterrado, sendo as massas ligadas a esse
ponto através de condutor de proteção, são considerados 3 tipos de esquemas TN :

o TN-S, o condutor neutro e o de proteção são distintos.


o TN-C-S, o condutor neutro e o de proteção são combinados em um único condutor em
uma parte da instalação.
o TN-C, o condutor neutro e o de proteção são combinados em um único condutor ao
longo de toda a instalação.

Esquema TT

Este esquema possui um ponto de alimentação diretamente aterrado, estando as massas da instalação
ligado as a eletrodos de aterramento eletricamente distintos do eletrodo de aterramento da
alimentação.

Esquema IT

Este esquema não possui nenhum ponto de alimentação diretamente aterrado, somente as massas da
instalação são aterradas.

Ligações à Terra

Os aterramentos podem ser ligados em conjunto ou separadamente, para finalidades de proteção ou


funcionais de acordo com as exigências da instalação, no Brasil a maioria das instalações são
separadas apesar da terra ser sempre terra, as concessionárias de força e de telefonia sempre exigem
seus terras independentes, sem falar das companhias de informática que também querem o seu.
Aterramentos separados causam diferença de potencial entre eles o que pode causar problemas na
instalação, a NB-3 recomenda que seja instalado um condutor principal de equipotencialidade que
reúna :

 Condutor de proteção principal.


 Condutor de aterramento principal.
 Condutor de aterramento dos sistemas.

Eletrodos de Aterramento

O tipo e a profundidade de instalação dos eletrodos de aterramento devem ser de acordo com as
condições do solo, a eficiência de qualquer eletrodo depende das condições do local, o projeto deve
considerar o desgaste do eletrodo devido a corrosão, aqui no Brasil os eletrodos mais usados são os
do tipo Copperwel.

Na instalação dos eletrodos deve tomar o cuidado do tipo de fechamento da malha se em triangulo ou
linear, todos sabemos que para efeito de curto-circuito o fechamento linear é mais eficiente, para
correntes de descarga atmosféricas o fechamento mais indicado é o triangulo.

Mas como atender aos 2 casos se deve haver equipotencialidade entre os aterramentos?

É simples o que interessa a corrente de fuga é como ela vê o aterramento antes de sua chegada a malha,
ou seja, os cabos de descida dos sistemas de pára-raios devem ser interligados em eletrodos que
inicialmente possam propiciar fácil escoamento, ou seja, as primeiras hastes devem estar interligadas
na forma de triangulo, o restante da malha não interessa.
NOTAS

1- A experiência tem demonstrado que as armaduras de aço das estacas, dos blocos de fundação e das
vigas baldrames, interligadas nas condições correntes de execução, constituem um eletrodo de
aterramento de excelentes características elétricas.

2- As armaduras de aço das fundações, juntamente com as demais armaduras do concreto da


edificação, podem constituir, nas condições prescritas pela NBR 5419, o sistema de proteção contra
descargas atmosféricas (aterramento e gaiola de Faraday, completado por um sistema captor).

3- Em geral os elementos em concreto pretendido não devem integrar o sistema de proteção contra
descargas atmosféricas.
No caso de fundações em alvenaria, o eletrodo de aterramento pode ser constituído por uma fita de
aço ou barra de aço de construção, imersa no concreto das fundações, formando um anel em todo o
perímetro da estrutura.
2
A fita deve ter, no mínimo, 100 mm de seção e 3 mm de espessura e deve ser disposta na posição
2
vertical. A barra deve ter o mínimo 95 mm de seção. A barra ou a fita deve ser envolvida por uma
camada de concreto com espessura mínima de 5 cm.

Aterramento de proteção

Aterramentos na rede de distribuição.

Finalidade

Estabelecer critérios básicos para execução do sistema de aterramento das instalações e equipamentos
utilizados na área de distribuição.
Tem ainda, como objetivo, identificar eventuais condições inseguras nas instalações elétricas de
edifícios até o centro de medição.

CONCEITOS BÁSICOS

O aterramento do neutro da rede, pára-raios, reguladores, religadores, chaves a óleo, transformadores,


etc., destina-se à proteção de pessoas e do próprio equipamento contra descargas atmosféricas e
vazamentos de corrente, conduzindo à terra as correntes e assegurando o bom funcionamento dos
equipamentos de proteção do sistema elétrico.

É aconselháveis a existência do neutro contínuo e multiaterrado nos seguintes casos:

 Área urbana com rede secundária.


 Área urbana com rede secundária e primária.
 Alimentadores – desde a S/E (o neutro é interligado ao sistema de terra da S/E) até a área
urbana onde é interligado ao neutro da rede.
 Nos alimentadores extensos e de linhas rurais.

Nos locais onde existe o neutro contínuo e multiaterrado, os aterramentos estão todos interligados e se auxiliam
mutuamente.

Nos casos onde não existe neutro, contínuo e multiaterrado, o aterramento local deve ser autossuficiente.
ATERRAMENTO SIMPLES

 É aplicado somente onde existe o neutro comum e multiaterrado.


 Há duas formas de instalar o condutor de descida :

1. Internamente ao poste de concreto, quando o aterramento é executado junto com a rede.


2. Externamente ao poste, quando o aterramento é executado em poste de concreto
existente ou de madeira.

O aterramento simples deve ser instalado nos seguintes pontos da rede de distribuição urbana:

 Nos transformadores de distribuição.


 Nos seccionamentos e fins de linha das redes secundárias.
 A cada 300m, aproximadamente, de modo que nenhum ponto da rede fique a mais de 200m
de um ponto de aterramento, seja este aterramento simples ou especial.

Aterramento Simples Condutor Externo ao Poste ou poste de madeira.

NOTAS

1. O condutor neutro da rede deverá ser interligado ao terra com grampo paralelo ( ponto1).
2. Este tipo de aterramento deve ser utilizado em postes de madeira ou poste de concreto já implantado.
3. No trecho entre os pontos A e B deverá ser utilizado fio 6 Cu e no trecho entre os pontos C e D
arame de aço zincado n. 4 BWG ou equivalente.
Aterramento Simples Condutor Interno ao Poste

NOTAS

1. O condutor neutro da rede deverá ser interligado ao terra com grampo paralelo ( ponto 1 ).

2. No trecho entre os pontos A e B deverá ser utilizado fio 6 Cu e no trecho entre os pontos C e
D arame de aço zincado n. 4 BWG ou arame cobreado.
Aterramento Simples Condutor Interno e externo ao poste ao Poste – Relação de material.

ATERRAMENTO ESPECIAL NA REDE COM NEUTRO MULTIATERRADO

O aterramento especial deve ser executado nos seguintes pontos da rede de distribuição urbana:

 Chaves à óleo.
 .Bancos de capacitores.
 Reguladores de tensão em poste.
 Religadores Seccionalizadores.
 Medições Primárias.
 Todos os aterramentos deverão ter medições de resistência de aterramento.
 Equipamentos de medição primária.
Haste cobreada.

Haste Zincada

NOTAS

1 - Tomar cuidados especiais para


evitar que os eletrodos de terra
fiquem encostados ou muitos
próximos de encanamentos
enterrados na calçadas.

2 - O anel que circunda o poste,


destina –se a reduzir a tensão de
passo e de toque em ocasiões de
defeito.

3. O condutor neutro da rede, deverá


ser interligado ao sistema de terra,
através de grampo paralelo e
protegido por massa calafetadora.

4. Fixar o cano com bandagens de 5


voltas de arame de aço zincado n. 12 BWG espaçados ou com fita adequada.
ATERRAMENTO ESPECIAL NA ENEXISTÊNCIA DE NEUTRO MULTIATERRADO.

Este tipo de aterramento, será utilizado para Chaves a óleo, Bancos de capacitores, Reguladores de
tensão em poste, Religadores, Seccionalizadores, Medições Primárias, pára raios em linhas rurais,
transformadores rurais, sempre que no local do aterramento não houver neutro contínuo e
multiaterrado.
-Quando os referidos equipamentos forem instalados próximos à malha do neutro multiaterrado,
deverá ser feita a extensão do neutro, através do posteamento existente, até o poste do equipamento e
interligar com o aterramento especial.
Aconselha-se que essa extensão deverá ser feita sempre que o equipamento distanciar até 500m do
neutro da rede ou a distâncias maiores quando as condições do solo não permitirem a obtenção de
baixos valores de resistência de aterramento.
A bitola desse condutor neutro poderá ser escolhida conforme a Tabela 1 a seguir:

TABELA 1 - Bitola do Neutro em Função da Bitola dos Condutores da Rede


Primária.

NOTA:

A bitola entre parênteses é recomendável ser usadas nas saídas de subestações até 50m para dentro da
cidade.

É recomendável que os equipamentos distem mais de 50m de residências, currais, bicas de água,
granjas etc.

O aterramento básico será constituído de dois anéis concêntricos de cabo de cobre nº 2 AWG ou
compatíveis enterrados a profundidade diferentes com o intuito de atenuar as tensões de passo e de
toque, eventualmente ocasionadas por vazamentos elétricos na estrutura, e de quatro hastes emendadas
ou não, dependendo do grau de penetrabilidade do terreno, conectadas ao anel externo e igualmente
espaçadas entre si.

O aterramento básico poderá ser complementado pelos módulos adicionais de aterramento, mostrados,
que são constituídos de duas hastes, emendáveis ou não, e 6m de cabo de cobre nº 2 AWG ou
compatível.

O projetista poderá orçar, além do aterramento básico, 1 a 8 módulos adicionais, dependendo do


resultado da medição de resistividade efetuada no local, adotando-se a opção mais econômica
encontrada no projeto de aterramento.

O número máximo de pontos de fincamento das hastes será 20 considerando 1 haste em cada ponto
(o número máximo de hastes será 20).

Nos casos em que for necessário fincar em cada ponto mais de uma haste emendada, deverá ser
reduzido proporcionalmente o número de pontos de fincamento de modo a não ultrapassar os números
máximos de 20 hastes, executando sempre, no mínimo o aterramento básico.

Nos casos em que o projeto indique que não será possível obter a resistência máxima admissível com
20 hastes, deverá ser verificada a possibilidade de utilizar o aterramento em profundidade.
ATERRAMENTO DE TRANSFORMADORES RURAIS.

Para transformadores na zona rural, deverá ser empregado o Aterramento de Transformadores Rurais.

Além do módulo básico deverão ser utilizados tantos módulos adicionais (máximo de 8 que totaliza
20 hastes) quantos forem necessários para obter o valor de resistência de aterramento indicado na
tabela.

É recomendável, que os transformadores rurais fiquem localizados distantes de no mínimo 30 metros


das edificações que abriguem pessoas ou animais.

Distâncias menores que a citada, aumentam os riscos às exposições das tensões perigosas de toque ou
de passo, durante a ocorrência de surtos atmosféricos e curto-circuito.

É recomendável que o neutro da rede secundária rural seja aterrado um vão antes das residências ou
de outros pontos de consumo de energia elétrica.

Devem ser conectados ao mesmo condutor de descida ao aterramento: a carcaça do transformador,


pára-raios e quadro de medidores.

ATERRAMENTO DE TRANSFORMADORES DE PEQUENAS LOCALIDADES

Se uma pequena localidade possuir mais de 4 transformadores de distribuição com os neutros


interligados sugere-se instalar aterramentos simples.

Se uma pequena localidade possuir até 4 transformadores, sugere-se s aplicar aterramentos simples e
o transformador que estiver no local de mais fácil aterramento deverá ser aterrado, além do módulo
básico deverão ser utilizados tantos módulos adicionais (máximo de 8 que totaliza 20 hastes) quantos
forem necessários para obter o valor de resistência de aterramento indicado na tabela.

ATERRAMENTO EM PROFUNDIDADE

Este tipo de aterramento, executado com o equipamento de perfuração, é constituído de um cabo de


cobre nº 2 AWG ou equivalente, de comprimento igual a profundidade perfurada, de modo que a
resistência de aterramento obtida seja inferior a 25 ohms.

È recomendada sua instalação, em substituição ao aterramento especial na inexistência de neutro


contínuo e multiaterrado, desde que seja constatada a sua vantagem econômica e elétrica.

Quando a camada mais profunda for de resistividade maior que a das camadas superiores esse
aterramento não será vantajoso.
Aterramento monofilares com retorno por terra (MRT)

ATERRAMENTO DE TRANSFORMADOR – HASTE ZINCADA – MÓDULO BÁSICO

NOTAS:

1) Todas as conexões devem ser cobertas com massa calafetadora;

2) Os anéis que circundam o poste, destinam-se a reduzir a tensão de passo e de toque em ocasiões de
defeito.

3) As bandagens devem ser feitas com 5 (cinco) voltas de arame zincado 12 BWG, de 2 (dois) em 2
(dois) metros e no mínimo 3 (três) bandagens.
ATERRAMENTO DE TRANSFORMADOR – HASTE ZINCADA MÓDULOS BÁSICOS E
ADICIONAIS

ATERRAMENTO DE TRANSFORMADOR – HASTE ZINCADA DETALHES DAS


CONEXÕES

NOTA: As presilhas “Crossby” devem ser instaladas em sentidos opostos, conforme detalhe “A”.
ATERRAMENTO DE TRANSFORMADOR – HASTE COBREADA MÓDULOS BÁSICOS E
ADICIONAIS

NOTAS:
1) Todas as conexões devem ser cobertas
com massa calafetadora.

2) Os anéis que circundam o poste


destinam-se a reduzir a tensão de passo e
de toque em ocasiões de defeito.

3) As bandagens devem ser feitas com 5


(cinco) voltas de arame zincado 12
BWG, de 2 (dois) em 2 (dois) metros e
no mínimo 3 (três) bandagens.

ATERRAMENTO DE TRANSFORMADOR – HASTE COBREADA


INDICAÇÃO DAS CONEXÕES
NOTAS:

1. Módulo adicional: MA.

2. À configuração básica podem ser acrescentados de 1 a 8 módulos adicionais.

ATERRAMENTO DE TRANSFORMADOR – HASTE COBREADA


INDICAÇÃO DAS CONEXÕES
ATERRAMENTO TEMPORÁRIO E EQUIPOTENCIALIZAÇÃO

Toda instalação elétrica somente poderá ser considerada


desenergizada depois de adotado o procedimento de
aterramento elétrico. O aterramento elétrico da linha
desenergizada tem por função evitar acidentes gerados pela
energização acidental da rede, propiciando rápida atuação do
sistema automático de seccionamento ou proteção. Também
tem o objetivo de promover proteção aos trabalhadores contra
descargas atmosféricas que possam interagir ao longo do
circuito em intervenção.

O aterramento temporário deve ser realizado em todos os


circuitos (cabos) em intervenção através de seu curto-
circuitamento, ou seja, da equipotencialização desses (colocar todos os cabos no mesmo potencial
elétrico) e conexão com o ponto de terra.
Esse procedimento deverá ser adotado antes e depois do ponto de intervenção do circuito, salvo
quando a intervenção ocorrer no final do trecho. Deve ser retirado ao final dos serviços.

A energização acidental pode ser causada por:

 Erros na manobra;
 Fechamento de chave seccionadora;
 Contato acidental com outros circuitos energizados, situados ao longo do circuito;
 Tensões induzidas por linhas adjacentes ou que cruzam a rede;
 Fontes de alimentação de terceiros (geradores);
 Linhas de distribuição para operações de manutenção e instalação e colocação de
transformadores;
 Torres e cabos de transmissão nas operações de construção de linhas de transmissão;
 Linhas de transmissão nas operações de substituição de torres ou manutenção de componentes
da linha.

Para cada situação existe um tipo de aterramento temporário.
O mais usado em trabalhos de manutenção ou instalação nas linhas de distribuição é um conjunto ou
‘Kit’ padrão composto pelos seguintes elementos:

 Vara ou bastão de manobra em material isolante e acessório, isto é, cabeçotes de manobra;


 Grampos condutores – para conexão do conjunto de aterramento com os pontos a serem
aterrados;
 Trapézio de suspensão - para elevação do conjunto de grampos à linha e conexão dos cabos
de interligação das fases, de material leve e bom condutor, permitindo perfeita conexão elétrica
e mecânica dos cabos de interligação das fases e descida para terra;
 Trapézio tipo sela, para instalação do ponto intermediário de terra na estrutura (poste, torre),
propiciando o jumpeamento da área de trabalho e eliminando, praticamente, a diferença de
potencial em que o homem estaria exposto;

 Grampos de terra – para conexão dos demais itens do conjunto com o ponto de terra, estrutura
ou trado;
 Cabos de aterramento de cobre, flexível e isolado;
 Trado ou haste de aterramento para ligação do conjunto de aterramento com o solo deve ser
dimensionado para propiciar baixa resistência de terra e boa área de contato com o solo.
Todo o conjunto deve ser dimensionado considerando:

 Tensão da rede de distribuição ou linha de transmissão;


 Material da estrutura (poste ou torre);

PROCEDIMENTOS DE OPERAÇÃO.

Nas subestações, por ocasião da manutenção dos componentes, se conecta os componentes do


aterramento temporário à malha de aterramento fixa, já existente.

Interligação das fases a um único cabo de descida para a terra, com um ponto intermediário de aterramento na
estrutura, jumpeando a área de trabalho.
Antes da instalação do conjunto de aterramento, certificar-se de que o circuito realmente está desligado, através
do detector de tensão.
Cuidados especiais devem ser tomadas em linha desligadas, paralelas ou cruzando com linhas de transmissão,
ou mesmo de distribuição, onde ocorrem os fenômenos da indução.
Nesse caso, o detector de tensão é ineficaz, sendo necessário medir a tensão do circuito fase por fase, através
de aparelho adequado, a fim de verificar se a tensão é a nominal do circuito, revelando que a linha não foi
desligada ou se é resultante da indução, quando a linha deve ser aterrada, para a realização dos serviços e ainda
mesmo o pessoal deve trabalhar munido de luvas de borracha e proteção.
Na instalação do conjunto de aterramento temporário, o operador deve manter-se afastado dos cabos de
interligação, atentar cuidadosamente a uma possível abertura de arco elétrico, e não conectar os cabeçotes à
linha, diretamente com as mãos, mas através dos bastões apropriados, fazendo uso das luvas de borracha e de
proteção de couro.
Nos serviços de construção ou manutenção de linhas, onde haja estiramento de condutores, devem ser aterrados
as ancoragens provisórias e abertura de jumper, bem como tomar cuidados especiais em relação a contatos com
outros circuitos energizados e descarga atmosférica.

Quando, na estrutura a ser aterrada, houver estai ou outros pontos ligados `a terra, deve-ser feito um “jumper”
interligando todos os pontos aterrados, para equipotencialização do circuito.

Conjunto de Aterramento temporário primário


ATERRAMENTO SECUNDÁRIO

Na instalação do conjunto de aterramento secundário


temporário, após verificar a ausência de tensão com o
detector de tensão, devem-se inicialmente ligar um
grampo de torção ao neutro da rede e em seguida os
demais grampos de torção aos condutores restantes.

Para a retirada, efetuar a operação na ordem inversa.

A inobservância destes requisitos considerada falta grave,


pois podem ocasionar graves acidentes.

Todas vezes que um equipamento de aterramento for


submetido a um curto circuito, devem ser examinados
minuciosamente e testado, antes de ser usado novamente.

Cabe a cada um inspecionar periodicamente, zelar e fazer


bom uso do equipamento de aterramento, bem como
encaminhá-lo a manutenção, quando necessário.

Só devem ser usados equipamentos de aterramento


aprovado por sua empresa, sendo proibido qualquer improvisação.

Modelos de aterramentos secundários

Nota:
Quando houver consumidor com geração própria, interligado à rede onde será
executado algum trabalho, o ramal do consumidor deve ser desligado e aterrado.

Ao se desligar um circuito que tenha banco de capacitores, aguardar cerca de 20


minutos para aterrá-lo ou descarregá-lo através do uso do bastão apropriado.
Detectores de Tensão

Detectores de Tensão por Contato

É um instrumento detector de tensão CA por contato que deve ser utilizado em conjunto com Vara ou
Bastão de Manobra. Seu circuito eletrônico de concepção atualizada permite uma resposta segura e
precisa, através de indicações luminosas e sonoras.

Sua utilização é indispensável nas operações de manutenção em instalações de corrente alternada


(linhas de transmissão, distribuição, subestações, cubículos, etc), para permitir ao eletricista certificar-
se que o local de trabalho está desenergizado, possibilitando assim a instalação do conjunto de
aterramento temporário, que garantirá a segurança necessária à execução das tarefas.

O design CIRCULAR possibilitou a criação de um equipamento mais leve, além de permitir ao


eletricista uma melhor visualização do ponto a ser testado.

CT - Modelo Tradicional - equipados com chave liga/desliga/teste.


35-MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
10.2.9 - MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

10.2.9.1 Nos trabalhos em instalações elétricas, quando as medidas de proteção coletiva forem
tecnicamente inviáveis ou insuficientes para controlar os riscos, devem ser adotados equipamentos de
proteção individual específicos e adequados às atividades desenvolvidas, em atendimento ao disposto
na NR- 6.

NR 6 - Equipamento de Proteção Individual

6.1 - Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora - NR, considera-se Equipamento de
Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador,
destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

6.1.1 - Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual, todo aquele composto por
vários dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou mais riscos que possam ocorrer
simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

6.2 - O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importada, só poderá ser posto
à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação - CA, expedido pelo órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.
(206.001-9 /I3)

6.3 - A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em
perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:

a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de
acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; (206.002-7/I4)

b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; (206.003-5 /I4)

c) para atender a situações de emergência. (206.004-3 /I4)

6.4 - Atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional, e observado o disposto no item 6.3,
o empregador deve fornecer aos trabalhadores os EPI adequados, de acordo com o disposto no
ANEXO I desta NR.
ANEXO I

LISTA DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

A - EPI PARA PROTEÇÃO DA CABEÇA

A.1 – Capacete

a) Capacete de segurança para proteção contra impactos de objetos sobre o


crânio;
b) capacete de segurança para proteção contra choques elétricos;
c) capacete de segurança para proteção do crânio e face contra riscos
provenientes de fontes geradoras de calor nos trabalhos de combate a incêndio.

A.2 – Capuz

a) Capuz de segurança para proteção do crânio e pescoço contra riscos de


origem térmica;
b) capuz de segurança para proteção do crânio e pescoço contra respingos de
produtos químicos;
c) capuz de segurança para proteção do crânio em trabalhos onde haja risco de
contato com partes giratórias ou móveis de máquinas.

B - EPI PARA PROTEÇÃO DOS OLHOS E FACE

B.1 – Óculos

a) Óculos de segurança para proteção dos olhos contra impactos de


partículas volantes;
b) óculos de segurança para proteção dos olhos contra luminosidade
intensa;
c) óculos de segurança para proteção dos olhos contra radiação
ultravioleta;
d) óculos de segurança para proteção dos olhos contra radiação
infravermelha;
e) óculos de segurança para proteção dos olhos contra respingos de
produtos químicos.

B.2 - Protetor facial

a) Protetor facial de segurança para proteção da face contra impactos de


partículas volantes;
b) protetor facial de segurança para proteção da face contra respingos de
produtos químicos;
c) protetor facial de segurança para proteção da face contra radiação
infravermelha;
d) protetor facial de segurança para proteção dos olhos contra
luminosidade intensa
B.3 - Máscara de Solda
a) Máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra
impactos de partículas volantes;
b) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra
radiação ultravioleta;
c) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra
radiação infravermelha;
d) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra
luminosidade intensa.

C - EPI PARA PROTEÇÃO AUDITIVA.

C.1 - Protetor auditivo

a) Protetor auditivo circum-auricular para proteção do sistema auditivo


contra níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR - 15,
Anexos I e II;
b) protetor auditivo de inserção para proteção do sistema auditivo
contra níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR - 15,
Anexos I e II;
c) protetor auditivo semi-auricular para proteção do sistema auditivo
contra níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR - 15,
Anexos I e II.

D - EPI PARA PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

D.1 - Respirador purificador de ar.

a) Respirador purificador de ar para proteção das vias


respiratórias contra poeiras e névoas;
b) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias
contra poeiras, névoas e fumos;
c) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias
contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos;

d) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias


contra vapores orgânicos ou gases ácidos em ambientes com concentração inferior a 50 ppm (parte
por milhão);
e) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra gases emanados de produtos
químicos;
f) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra partículas e gases emanados
de produtos químicos;
g) respirador purificador de ar motorizado para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas,
fumos e radionuclídeos.
D.2 - Respirador de adução de ar.

a) respirador de adução de ar tipo linha de ar comprimido para proteção das vias respiratórias em
atmosferas com concentração Imediatamente Perigosa à Vida e à Saúde e em ambientes confinados;
b) máscara autônoma de circuito aberto ou fechado para proteção das vias respiratórias em atmosferas
com concentração Imediatamente Perigosa à Vida e à Saúde e em ambientes confinados;

D.3 - Respirador de fuga

a) Respirador de fuga para proteção das vias respiratórias contra agentes químicos em condições de
escape de atmosferas Imediatamente Perigosos à Vida e à Saúde ou com concentração de oxigênio
menor que 18 % em volume.

E - EPI PARA PROTEÇÃO DO TRONCO.

E.1 - Vestimentas de segurança que ofereçam proteção ao tronco contra riscos de


origem térmica, mecânica, química, radioativa e meteorológica e umidade
proveniente de operações com uso de água.

F - EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES.

F.1 – Luva

a) Luva de segurança para proteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes;
b) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes cortantes e perfurantes;
c) luva de segurança para proteção das mãos contra choques elétricos;
d) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes térmicos;
e) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes biológicos;
f) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes químicos;
g) luva de segurança para proteção das mãos contra vibrações;
h) luva de segurança para proteção das mãos contra radiações ionizantes.
F.2 - Creme protetor

a) Creme protetor de segurança para proteção dos membros superiores contra agentes químicos, de
acordo com a Portaria SSST nº 26, de 29/12/1994.
F.3 – Manga
a) Manga de segurança para proteção do braço e do antebraço
contra choques elétricos;
b) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço
contra agentes abrasivos e escoriantes;
c) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço
contra agentes cortantes e perfurantes;
d) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço
contra umidade proveniente de operações com uso de água;
e) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço
contra agentes térmicos.
F.4 - Braçadeira
a) Braçadeira de segurança para proteção do antebraço contra agentes cortantes.

F.5 – Dedeira

a) Dedeira de segurança para proteção dos dedos contra agentes abrasivos e escoriantes.

G - EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES

G.1 – Calçados.
a) Calçado de segurança para proteção contra
impactos de quedas de objetos sobre os artelhos;
b) calçado de segurança para proteção dos pés contra
choques elétricos;
c) calçado de segurança para proteção dos pés contra
agentes térmicos;
d) calçado de segurança para proteção dos pés contra
agentes cortantes e escoriantes;
e) calçado de segurança para proteção dos pés e
pernas contra umidade proveniente de operações com uso de água;
f) calçado de segurança para proteção dos pés e pernas contra respingos de produtos químicos.

G.2 – Meia.
a) Meia de segurança para proteção dos pés contra baixas temperaturas.

G.3 – Perneira

a) Perneira de segurança para proteção da perna contra agentes abrasivos e


escoriantes;
b) perneira de segurança para proteção da perna contra agentes térmicos;
c) perneira de segurança para proteção da perna contra respingos de produtos
químicos;
d) perneira de segurança para proteção da perna contra agentes cortantes e
perfurantes;
e) perneira de segurança para proteção da perna contra umidade proveniente
de operações com uso de água.
G.4 – Calça

a) Calça de segurança para proteção das pernas contra agentes abrasivos e


escoriantes;
b) calça de segurança para proteção das pernas contra respingos de produtos
químicos;
c) calça de segurança para proteção das pernas contra agentes térmicos;
d) calça de segurança para proteção das pernas contra umidade proveniente
de operações com uso de água.

H – EPI PARA PROTEÇÃO DO CORPO INTEIRO.

H.1 – Macacão.
a) Macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra chamas;
b) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra agentes
térmicos;
c) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra respingos
de produtos químicos;
d) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra umidade
proveniente de operações com uso de água.

H.2 – Conjunto

a) Conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para proteção do tronco e
membros superiores e inferiores contra agentes térmicos;
b) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para proteção do tronco e
membros superiores e inferiores contra respingos de produtos químicos;
c) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para proteção do tronco e
membros superiores e inferiores contra umidade proveniente de operações com uso de água;
d) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para proteção do tronco e
membros superiores e inferiores contra chamas.

H.3 - Vestimenta de corpo inteiro.

a) Vestimenta de segurança para proteção de todo o corpo contra respingos de produtos químicos;
b) vestimenta de segurança para proteção de todo o corpo contra umidade proveniente de operações
com água.

I - EPI PARA PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE NÍVEL.

I.1 - Dispositivo trava-queda.

a) Dispositivo trava-queda de segurança para proteção do usuário contra quedas em operações com
movimentação vertical ou horizontal, quando utilizado com cinturão de segurança para proteção
contra quedas.

I.2 – Cinturão
a) Cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda em trabalhos em altura;
b) cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda no posicionamento em
trabalhos em altura.
Nota: O presente Anexo poderá ser alterado por portaria específica a ser expedido pelo órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, depois de observado o disposto no subitem
6.4.1.

6.4.1 - As solicitações para que os produtos que não estejam relacionados no ANEXO I, desta NR,
sejam considerados como EPI, bem como as propostas para reexame daqueles ora elencados, deverão
ser avaliadas por comissão tripartite a ser constituída pelo órgão nacional competente em matéria de
segurança e saúde no trabalho, após ouvida a CTPP, sendo as conclusões submetidas àquele órgão do
Ministério do Trabalho e Emprego para aprovação.

6.5 - Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho -


SESMT, ou a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, nas empresas desobrigadas de
manter o SESMT, recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente em determinada
atividade.

6.5.1 - Nas empresas desobrigadas de constituir CIPA, cabe ao designado, mediante orientação de
profissional tecnicamente habilitado, recomendar o EPI adequado à proteção do trabalhador.

6.6 - Cabe ao empregador

6.6.1 - Cabe ao empregador quanto ao EPI:

a) adquirir o adequado ao risco de cada atividadeb) exigir seu uso; c) fornecer ao trabalhador somente o
aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; (206.007-8/I3)
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação; e) substituir imediatamente,
quando danificado ou extraviadof) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada. (206.011-6 /I1)

6.7 - Cabe ao empregado

6.7.1 - Cabe ao empregado quanto ao EPI:

a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;

b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;

c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso;

d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

6.8 - Cabe ao fabricante e ao importador.

6.8.1. - O fabricante nacional ou o importador deverá:

a) cadastrar-se, segundo o ANEXO II, junto ao órgão nacional competente em matéria de segurança
e saúde no trabalho; (206.012-4 /I1).
6.9 - Certificado de Aprovação - CA

6.9.1 - Para fins de comercialização o CA concedido aos EPI terá validade:

a) de 5 (cinco) anos, para aqueles equipamentos com laudos de ensaio que não tenham sua
conformidade avaliada no âmbito do SINMETRO;

b) do prazo vinculado à avaliação da conformidade no âmbito do SINMETRO, quando for o caso;

c) de 2 (dois) anos, para os EPI desenvolvidos até a data da publicação desta Norma, quando não
existirem normas técnicas nacionais ou internacionais, oficialmente reconhecidas, ou laboratório
capacitado para realização dos ensaios, sendo que nesses casos os EPI terão sua aprovação pelo órgão
nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, mediante apresentação e análise
do Termo de Responsabilidade Técnica e da especificação técnica de fabricação, podendo ser
renovado até 2006, quando se expirarão os prazos concedidos; e,

d) de 2 (dois) anos, renováveis por igual período, para os EPI desenvolvidos após a data da publicação
desta NR, quando não existirem normas técnicas nacionais ou internacionais, oficialmente
reconhecidas, ou laboratório capacitado para realização dos ensaios, caso em que os EPI serão
aprovados pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, mediante
apresentação e análise do Termo de Responsabilidade Técnica e da especificação técnica de
fabricação.

6.9.2 - O órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, quando necessário e
mediante justificativa, poderá estabelecer prazos diversos daqueles dispostos no subitem 6.9.1.

6.9.3 - Todo EPI deverá apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da empresa
fabricante, o lote de fabricação e o número do CA, ou, no caso de EPI importado, o nome do importador, o
lote de fabricação e o número do CA. (206.022-1/I1)

6.9.3.1 - Na impossibilidade de cumprir o determinado no item 6.9.3, o órgão nacional competente


em matéria de segurança e saúde no trabalho poderá autorizar forma alternativa de gravação, a ser
proposta pelo fabricante ou importador, devendo esta constar do CA.

6.10 - Restauração, lavagem e higienização de EPI

6.10.1 - Os EPI passíveis de restauração, lavagem e higienização, serão definidos pela comissão
tripartite constituída, na forma do disposto no item 6.4.1, desta NR, devendo manter as características
de proteção original.

6.11 - Da competência do Ministério do Trabalho e Emprego / MTE

6.11.1 - Cabe ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho:

a) cadastrar o fabricante ou importador de EPI;

b) receber e examinar a documentação para emitir ou renovar o CA de EPI;

c) estabelecer, quando necessário, os regulamentos técnicos para ensaios de EPI;

d) emitir ou renovar o CA e o cadastro de fabricante ou importador;

e) fiscalizar a qualidade do EPI;


f) suspender o cadastramento da empresa fabricante ou importadora; e,

g) cancelar o CA.

6.11.1.1 - Sempre que julgar necessário o órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no
trabalho, poderá requisitar amostras de EPI, identificadas com o nome do fabricante e o número de
referência, além de outros requisitos.

6.11.2 - Cabe ao órgão regional do MTE:

a) fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e a qualidade do EPI;

b) recolher amostras de EPI; e,

c) aplicar, na sua esfera de competência, as penalidades cabíveis pelo descumprimento desta NR.

6.12 - Fiscalização para verificação do cumprimento das exigências legais relativas ao EPI.

6.12.1 - Por ocasião da fiscalização poderão ser recolhidas amostras de EPI, no fabricante ou importador
e seus distribuidores ou revendedores, ou ainda, junto à empresa utilizadora, em número mínimo a ser
estabelecido nas normas técnicas de ensaio, as quais serão encaminhadas, mediante ofício da autoridade
regional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, a um laboratório credenciado junto ao
MTE ou ao SINMETRO, capaz de realizar os respectivos laudos de ensaios, ensejando comunicação
posterior ao órgão nacional competente.

6.12.2 - O laboratório credenciado junto ao MTE ou ao SINMETRO, deverá elaborar laudo técnico, no
prazo de 30 (trinta) dias a contar do recebimento das amostras, ressalvados os casos em que o laboratório
justificar a necessidade de dilatação deste prazo, e encaminhá-lo ao órgão nacional competente em matéria
de segurança e saúde no trabalho, ficando reservado a parte interessada acompanhar a realização dos
ensaios.

6.12.2.1 - Se o laudo de ensaio concluir que o EPI analisado não atende aos requisitos mínimos
especificados em normas técnicas, o órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no
trabalho expedirá ato suspendendo a comercialização e a utilização do lote do equipamento referenciado,
publicando a decisão no Diário Oficial da União - DOU.

6.12.2.2 - A Secretaria de Inspeção do Trabalho - SIT, quando julgar necessário, poderá requisitar
para analisar, outros lotes do EPI, antes de proferir a decisão final.

6.12.2.3 - Após a suspensão de que trata o subitem 6.12.2.1, a empresa terá o prazo de 10 (dez) dias
para apresentar defesa escrita ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no
trabalho.

6.12.2.4 - Esgotado o prazo de apresentação de defesa escrita, a autoridade competente do


Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho - DSST, analisará o processo e proferirá sua decisão,
publicando-a no DOU.

6.12.2.5 - Da decisão da autoridade responsável pelo DSST, caberá recurso, em última instância, ao
Secretário de Inspeção do Trabalho, no prazo de 10 (dez) dias a contar da data da publicação da
decisão recorrida.

6.12.2.6 - Mantida a decisão recorrida, o Secretário de Inspeção do Trabalho poderá determinar o


recolhimento do(s) lote(s), com a conseqüente proibição de sua comercialização ou ainda o
cancelamento do CA.
6.12.3 - Nos casos de reincidência de cancelamento do CA, ficará a critério da autoridade competente
em matéria de segurança e saúde no trabalho a decisão pela concessão, ou não, de um novo CA.

6.12.4 - As demais situações em que ocorra suspeição de irregularidade, ensejarão comunicação


imediata às empresas fabricantes ou importadoras, podendo a autoridade competente em matéria de
segurança e saúde no trabalho suspender a validade dos Certificados de Aprovação de EPI emitidos
em favor das mesmas, adotando as providências cabíveis.

VESTIMENTAS

10.2.9.2 As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades, devendo contemplar a


condutibilidade, inflamabilidade e influências eletromagnéticas.

10.2.9.3 É vedado o uso de adornos pessoais nos trabalhos com instalações elétricas ou em suas
proximidades.

36-1 A POSTURA DE TRABALHO:

A presente Nota Técnica tem por objetivo a orientação de empregados, empregadores, Auditores
Fiscais do Trabalho, profissionais ligados à área e outros interessados na indicação da melhor postura
a ser adotada na concepção dos postos de trabalho.

1. A POSTURA DE TRABALHO:

A postura mais adequada ao trabalhador é aquela que ele escolhe livremente e que pode ser variada
ao longo do tempo. A concepção dos postos de trabalho ou da tarefa deve favorecer a variação de
postura, principalmente a alternância entre a postura sentada e em pé.

O tempo de manutenção de uma postura deve ser o mais breve possível, pois seus efeitos nocivos ou
não, serão função do tempo durante o qual ela será mantida. Segundo Mairiaux (1992) a apreciação
do tempo de manutenção de uma postura deve levar em conta, por um lado, o tempo unitário de
manutenção (sem possibilidades de modificações posturais) e, por outro, o tempo total de manutenção
registrado durante a jornada de trabalho.

Todo esforço de manutenção postural leva a uma tensão muscular estática (isométrica) que pode ser
nociva à saúde.
Os efeitos fisiológicos dos esforços estáticos estão ligados à compressão dos vasos sangüíneos. O
sangue deixa de fluir e o músculo não recebe oxigênio nem nutrientes, os resíduos metabólicos não
são retirados, acumulando-se e provocando dor e fadiga muscular. Manutenções estáticas prolongadas
podem também induzir ao desgaste das articulações, discos intervertebrais e tendões. A postura de
trabalho adotada é função da atividade desenvolvida, das exigências da tarefa (visuais, emprego de
forças, precisão dos movimentos etc.), dos espaços de trabalho, da ligação do trabalhador com
máquinas e equipamentos de trabalho como, por exemplo, o acionamento de comandos. As amplitudes
de movimentos dos segmentos corporais como os braços e a cabeça, assim como as exigências da
tarefa em termos visuais, de peso ou esforços, influenciam na posição do tronco e no esforço postural,
tanto no trabalho sentado como no trabalho em pé.
Citamos a seguir, alguns exemplos da influência sobre a postura sentada ou em pé, devido aos
movimentos dos segmentos corporais:
Estudos de Nachemson e Elfstrom (1970) demonstraram que inclinações do tronco para frente ou
torções do tronco devidas às exigências da tarefa (visuais ou de movimentos) levam a um aumento de
mais de 30% na pressão sobre o disco intervertebral.
Segundo estudos de Anderson e col. (1974) quando motoristas mudam de marcha, são observadas
pressões intradiscais mais elevadas, devido aos movimentos dos joelhos e da perna quando do uso da
embreagem, tendo como conseqüência uma flexão lombar e, ainda, uma flexão adicional do tronco
com o movimento do braço.
Outros estudos (Oliver e Middledith, 1998, apud Schuldt e col. ,1986) demonstram que existe um
aumento dos níveis de atividade da coluna torácica superior e dos extensores da coluna vertebral como
resultado, por exemplo, da abdução do braço, quando se trabalha sobre uma mesa muita alta.

A POSTURA EM PÉ

De maneira geral, na concepção dos postos de trabalho não se leva em consideração o conforto do
trabalhador na escolha da postura de trabalho, mas sim as necessidades da produção.
A escolha da postura em pé, muitas vezes, tem sido justificada por considerar que, nesta posição, as
curvaturas da coluna estejam em alinhamento correto e que, desta forma, as pressões sobre o disco
intervertebral são menores que na posição sentada. Segundo vários autores (Oliver e Middledith, 1998,
apud Adams e Hutton, 1980) os músculos que sustentam o tronco contra a força gravitacional, embora
vigorosos, não são muito adequados para manter a postura em pé. Eles são mais eficazes na produção
dos movimentos necessários às principais mudanças de postura. Por mais econômica que possa ser
em termos de energia muscular, a posição em pé ideal não é usualmente mantida por longos períodos,
pois as pessoas tendem a utilizar alternadamente a perna direita e esquerda como apoio, para
provavelmente facilitar a circulação sanguínea ou
reduzir as compressões sobre as articulações.

A manutenção da postura em pé imóvel tem ainda as seguintes desvantagens:

1) Tendência à acumulação do sangue nas pernas o que predispõe ao aparecimento de


insuficiência valvular venosa nos membros inferiores, resultando em varizes e sensação de
peso nas pernas;
2) Sensações dolorosas nas superfícies de contato articulares que suportam o peso do corpo (pés,
joelhos, quadris);
3) A tensão muscular permanentemente desenvolvida para manter o equilíbrio dificulta a
execução de tarefas de precisão;
4) A penosidade da posição em pé pode ser reforçada se o trabalhador tiver ainda que manter
posturas inadequadas dos braços (acima do ombro, por exemplo), inclinação ou torção de
tronco etc.;
5) A tensão muscular desenvolvida em permanência para manutenção do equilíbrio traz mais
dificuldades para a execução de trabalhos de precisão.
6) A escolha da postura em pé só está justificada nas seguintes condições:
7) A tarefa exige deslocamentos contínuos como no caso de carteiros e pessoas que fazem rondas;
8) A tarefa exige manipulação de cargas com peso igual ou superior a 4,5 kg;
9) A tarefa exige alcances amplos freqüentes, para cima, para frente ou para baixo; no entanto,
deve-se tentar reduzir a amplitude destes alcances para que se possa trabalhar sentado;
10) A tarefa exige operações freqüentes em vários locais de trabalho, fisicamente separados;
11) A tarefa exige a aplicação de forças para baixo, como em empacotamento.

Fora destas situações, não se deve aceitar, em hipótese alguma, o trabalho contínuo em pé. Muitos
profissionais, no afã de resolver as dificuldades dos empregadores, têm emitido opiniões favoráveis
ao trabalho em pé apenas para evitar que o plano de trabalho seja adaptado, o que acarretaria um certo
custo monetário. Ora, os custos destas pequenas adaptações são mínimos se comparados à fadiga e a
penosidade das tarefas que vão ser executadas em pé durante todo o dia e por vários anos. Na maioria
das vezes nem é o gasto econômico que está na origem da dificuldade. Muitos empregadores têm a
falsa impressão de que o trabalho sentado induz à indolência. Evidentemente, trata-se de uma falácia.
A POSIÇÃO SENTADA
O esforço postural (estático) e as solicitações sobre as articulações são mais limitados na postura
sentada que na em pé. A postura sentada permite melhor controle dos movimentos pelo que o esforço
de equilíbrio é reduzido. É, sem sombra de dúvida, a melhor postura para trabalhos que exijam
precisão.
Em determinadas atividades ocupacionais (escritórios, trabalho com computadores, administrativo
etc.) a tendência é de se permanecer sentado por longos períodos.
De maneira geral, os problemas lombares advindos da postura sentada são justificados pelo fato de a
compressão dos discos intervertebrais ser maior na posição sentada que na posição em pé. No entanto,
tais problemas não são apenas decorrentes das cargas que atuam sobre a coluna vertebral, mas
principalmente da manutenção da postura estática. A imobilidade postural constitui um fator
desfavorável para a nutrição do disco intervertebral que é dependente do movimento e da variação da
postura. A incidência de dores lombares é menor quando a posição sentada é alternada com a em pé,
e menor ainda quando se podem movimentar os demais segmentos corporais como em pequenos
deslocamentos.
A postura de trabalho sentado, se bem concebida (com apoios e inclinações adequados), pode até
apresentar pressões intradiscais inferiores à posição em pé imóvel, desde que o esforço postural
estático e as solicitações articulares sejam reduzidos ao mínimo. Trabalhar sentado permite maior
controle dos movimentos porque o esforço para manter o equilíbrio postural é reduzido.

As vantagens da posição sentada são:

a) Baixa solicitação da musculatura dos membros inferiores, reduzindo assim a sensação de


desconforto e cansaço;
b) Possibilidade de evitar posições forçadas do corpo;
c) Menor consumo de energia;
d) Facilitação da circulação sangüínea pelos membros inferiores.

As desvantagens são:

a) Pequena atividade física geral (sedentarismo);


b) Adoção de posturas desfavoráveis: lordose ou cifoses excessivas;
c) Estase sangüínea nos membros inferiores, situação agravada quando há compressão da face
posterior das coxas ou da panturrilha contra a cadeira, se esta estiver mal posicionada.

CONFORTO DE TRABALHO NA POSIÇÃO SENTADO E NA POSIÇÃO EM PÉ

a) O conforto do trabalho sentado ou do trabalho em pé é função:


b) Do tempo de manutenção da postura (evitar esforços estáticos);
c) Da adaptação às exigências visuais: a localização das fontes de informações visuais vai
determinar o posicionamento da cabeça que pode, por sua vez, influenciar a postura do tronco,
levando o trabalhador a adotar posturas inadequadas prolongadas ou repetitivas da nuca em
flexão, extensão e torção extrema ou de inclinação/torção do tronco. Exemplo comum: colocar
monitores de vídeo lateralmente e/ou muito baixo ou muito alto;
d) Dos espaços para pernas e pés: a falta de espaço suficiente para pernas e pés induz o
trabalhador a adotar posturas tais como: inclinação e torção do tronco, pernas muito
flexionadas, aumento do braço de alavanca;
e) Da altura do plano de trabalho: a altura do plano de trabalho é um elemento importante para o
conforto postural. Se o plano de trabalho é muito alto, o trabalhador deverá elevar os ombros
e os braços durante toda a jornada. Se for muito baixo, ele trabalhará com as costas inclinadas
para frente. Esta observação é válida tanto para trabalho sentado como para o trabalho em pé.
O ponto de referência utilizado para determinar a altura confortável de trabalho é a altura dos
cotovelos em relação ao piso, mas a natureza da tarefa tem que ser levada em consideração.
No planejamento / adaptação do posto de trabalho sentado deve-se sempre levar em
consideração duas medidas principais: a altura da cadeira e a altura do plano de trabalho.
Considerando que as dimensões corporais são muito diversas (Inter e interindividuais), no
mínimo uma destas alturas tem que ser regulável, para facilitar a adaptação do posto à maioria
dos trabalhadores;
f) Das características da cadeira: o assento de trabalho ideal deve ser determinado em função da
atividade desenvolvida, das condições ambientais de trabalho e principalmente da opinião dos
usuários.

A SELEÇÃO DO ASSENTO

O assento deve ser adequado à natureza da tarefa e às dimensões antropométricas da população. Não
existe uma cadeira que seja “ergonômica” independentemente da função exercida pelo trabalhador.
Basta lembrar que uma cadeira confortável para assistir à televisão não é adequada para uma secretária
que deve se movimentar entre a mesa, um arquivo e um aparelho de telefax. O contrário também é
verdadeiro.
A altura do assento deve ser definida de forma que os pés estejam bem apoiados. A partir daí, ajusta-
se a altura do assento em função da superfície de trabalho assento é muito alto, o apoio dos membros
inferiores sobre o solo é diminuído, e uma parte do peso é suportada pelas coxas, levando a
compressão da parte posterior das mesmas. Para diminuir esta pressão as pessoas tendem a se sentar
na parte anterior da cadeira, exigindo contração estática dos membros inferiores e das costas. No
assento muito baixo, o ângulo coxa-tronco diminui induzindo a uma cifose lombar e pressão sobre os
órgãos abdominais.
Quando o plano de trabalho e o assento são reguláveis em altura, a adequação do posto de trabalho é
facilitada, o único problema que pode ainda existir é o de espaço para as coxas.
Quando a altura do plano de trabalho for fixa, a regulagem do assento deve satisfazer três critérios.
- O conforto dos membros inferiores: os pés devem estar bem apoiados sobre o solo e não deve haver
compressão das coxas. Para adequar o posto de trabalho a todos, deve ser disponibilizado suporte para
os pés para os que têm estatura menor. O suporte não deve ser uma barra fixa, mas sim uma superfície
inclinada (ângulo de inclinação no máximo de 20º) que apóie uma grande parte da região plantar e
com material antiderrapante, podendo necessitar ainda de regulagem em altura para melhor adaptação
ao comprimento das pernas dos trabalhadores.
- O conforto dos membros superiores: ângulos de conforto do braço e do antebraço.
Obs.: Os ângulos de conforto (para todos os segmentos corporais) não são os de limite máximo de
mobilidade articular, mas limites de conforto, determinados em função de três critérios: opinião
subjetiva dos trabalhadores, análise de dados médicos e medidas com eletromiografia.
Estudos com eletromiografia demonstram que quando as mãos se situam em um nível superior ao dos
cotovelos, a atividade muscular é maior no antebraço e ombros que quando as mãos estão um pouco
abaixo dos cotovelos, porque as pessoas tendem a elevar lateralmente os cotovelos ou os ombros
(esforço estático).
- O conforto visual: função da distância olho-plano de trabalho, das características da atividade e da
acuidade visual do trabalhador.

CARACTERÍSTICAS DOS ASSENTOS:

A profundidade do assento não pode ser muito reduzida nem muito grande.
Deve ser de um tamanho tal que o maior percentil (pessoas mais altas) mantenha seu centro de
gravidade sobre o assento. O maior percentil precisa, então, ter profundidade de assento, no mínimo,
igual à profundidade do tórax mais 2,5 cm para evitar uma base que não lhe dê firmeza. Na literatura
encontramos medidas que vão de 38 a 45 cm para a largura e de 38 a 43 cm para a profundidade. No
entanto, o assento não pode ser muito profundo para que o menor percentil (pessoas pequenas) tenha
mobilidade na área poplítea.
A conformação do assento deve também permitir alterações de postura, aliviando, assim, as pressões
sobre os discos intervertebrais e as tensões sobre os músculos dorsais de sustentação. Portanto,
assentos “anatômicos”, em que as nádegas se encaixam neles, não são recomendados, pois permitem
poucos movimentos.
A densidade do assento também é importante para suportar as tuberosidades isquiáticas (densidade
mínima recomendável de 50 kg/cm3).
É importante que o encosto forneça um bom suporte lombar e seja regulável em inclinação e altura
para favorecer a adaptação da maioria das pessoas.

CONCLUSÃO:

Qualquer postura desde que mantida de maneira prolongada é mal tolerada.


A alternância de posturas deve ser sempre privilegiada, pois permite que os músculos recebam seus
nutrientes e não fiquem fatigados.
A alternância da postura deve sempre ficar à livre escolha do trabalhador.
Ele é quem vai saber, diante da exigência momentânea da tarefa, se é melhor a posição sentada ou em
pé. Uma tarefa tem exigências variadas, por isso, nunca se pode afirmar de antemão qual é a melhor
postura baseando-se apenas em critérios biomecânicos. Por exemplo, um caixa de supermercado
prefere ficar sentado quando manipula mercadorias leves, quando faz um troco ou quando confere
cheques. Mas prefere se levantar quando lida com mercadoria pesada ou frágil, assim como, quando
percebe um cliente potencialmente agressivo. Permanecendo em pé, os olhos de ambos situam-se na
mesma altura, diminuindo a sensação subjetiva de inferioridade. Logo, não são os fisiologistas que
têm a palavra final sobre o conforto.
A postura de trabalho adotada é função da atividade desenvolvida, das exigências da tarefa (visuais,
emprego de forças, precisão dos movimentos etc.), dos espaços de trabalho, da ligação do trabalhador
com máquinas e equipamentos de trabalho como, por exemplo, o acionamento de comandos.
Um posto de trabalho, mesmo quando bem projetado do ponto de vista antropométrico, pode se revelar
desconfortável se os fatores organizacionais, ambientais e sociais não forem levados em consideração.
A opinião dos trabalhadores antes da compra de mobiliário tem mostrado um bom resultado em nossa
prática de trabalho. Algumas empresas colocam algumas opções para teste e decidem por aqueles que
tiveram melhor aceitação.
Pode-se notar que, quando o usuário tem influência na escolha, os fabricantes dos equipamentos
investem mais em pesquisas para aperfeiçoá-los.
Citamos como exemplo, as cadeiras de odontológicas e os veículos automotores.
36-POSTURA E VESTUÁRIO

O trabalho e posições forçadas e incomodas, por longos períodos de duração, em condições climáticas
adversas e, às vazes, com redes próximas que se encontram energizadas, são fatores condicionantes à
fadiga, tornando o homem mais vulnerável aos acidentes, além de ocasionar o comprometimento de
sua capacidade laborativa.
Os riscos inerentes à altura, que são a queda do funcionário ou de objetos, choques elétricos, entre
outros, podem ser também controlados com a observação, pelo empregado, da postura correta durante
a execução de cada uma de suas tarefas especificas.
Importante também a pesquisa da coordenação motora do empregado, a investigação do seu equilíbrio
estático e dinâmico, principalmente nas atividades em estruturas acima do solo.
A máxima atenção e cuidado devem ser observados pelos empregados ao executarem o serviço, sendo
indesejáveis e altamente perigosas as conversas, brincadeiras e outras atitudes que possam distrair a
sua atenção, especialmente, quando em trabalhos nas proximidades de redes energizadas.
Nos desenvolvimentos dos serviços em instalações elétricas, devem ser previstos sistemas de proteção
coletiva por meio de isolamento, aterramento, sinalização e outros similares. Alem dos equipamentos
de proteção coletiva e individual de uso obrigatório, devemos considerar como importante fator de
segurança e higiene do trabalho o vestuário utilizado pelo empregado, sendo necessário observar o
seguinte:

a) A vestimenta, fornecida ou não pela empresa, deve ser mantida limpa e em boas condições de
uso, não sendo recomendado o uso de vestuário rasgado ou impregnado de substâncias tóxicas
ou inflamáveis, tais como óleos, graxas, tintas etc.
b) O capacete e o calçado de segurança devem ser utilizados em todos os serviços, devendo o
calçado ser do tipo adequado para o tipo de serviço e estar bem amarrados ou presos nos pés.
c) Os empregados devem conservar unhas, barba e cabelos bem aparados, a fim de manter sua
higiene e de evitar acidentes.
d) Nos trabalhos, de instalações elétricas, é terminantemente proibido o uso de objetos de metais,
tais como relógios, molho de chaves, pulseiras, cordão, anel e outros que possam provocar
acidentes.
e) Não é aconselhável o uso de telefone celular quando na execução de tarefas em eletricidade.
A observação da postura e do vestuário do empregado deve ser feita durante a realização do
trabalho ou, melhor ainda, no momento em que ele se está preparando para iniciar as tarefas
quando deixar o local de trabalho, pois a sua fisionomia, sua atitude, sua posição, suas vestimentas,
seu ritmo de trabalho e de caminhar fornecem indicações mais úteis para analise e o controle dos
riscos decorrentes do trabalho.
O empregado deve trabalhar provido de todos os elementos de proteção e defesa, tais como luvas,
luvas isolantes, cintos, capacetes, calçados isolantes e leves, perneiras de couro, de lã, ou materiais
isolantes, óculos protetores, capa, equipamentos especiais em geral, enfim, de tudo que representa
defesa e proteção para qualquer parte do corpo.
O vestuário deve ser apropriado ao trabalho, não devendo incomodar ou atrapalhar a postura do
empregado e nem, também, oferecer riscos dos quais possam ocorrer acidentes.
38- Veiculo com equipamento hidráulico
INSPEÇÕES

NO Veículo

 Antes que o veículo se desloque para o local de trabalho, o motorista deverá fazer uma
inspeção no equipamento e anotar as irregularidades encontradas em formulário próprio.
No Equipamento

 Verificar se existe vazamento de óleo;


 Verificar se há peças soltas;
 Verificar todos os comandos quanto às suas operações específicas;
 Verificar o nível de óleo do reservatório;
Verificar se o cabo repousa corretamente na polia e não apresenta esmagamento ou tento partido;
 Verificar componentes mecânicos como lança, braço estabilizadores, etc ;
 Verificar conservação das mangueiras;
 Antes de locomover o veículo verifique sempre se as sapatas e a plataforma estão totalmente
recolhidas e travadas;
 Verificar se a alavanca da tomada de força não está engatada.

MANUTENÇÃO

É importante que o operador faça semanalmente a seguinte manutenção no equipamento:


 Verificar e limpar o respiro de óleo;
 Engraxar os pontos articulados;
 Verificar e engraxar o cabo do guincho;
 Reapertar pontos de fixação do equipamento sobre o caminhão, inclusive cardan da bomba
hidráulica;
 Fazer limpeza geral do equipamento
RECOMENDAÇÕES

 Pessoal sem treinamento não deverá operar equipamentos hidraulicos.


 Quando do encerramento das operações, cuidados devem ser tomados na colocação da lança
no seu apoio e, vagarosamente, colocá-la na posição correta.
 Os acessórios foram projetados e instalados para serem utilizados.
 A correta utilização do equipamento proporcionará uma vida maior ao equipamento e
segurança ao operador e componentes da equipe.
 Na operação de retirada de poste é indispensável o uso do saca-poste.
 Consulte a tabela de carga sempre que for movimentar, instalar ou retirar cargas.
 Sempre que utilizar o equipamento, as duas sapatas devem estar firmemente apoiadas.
 Nunca opere o equipamento sem as sapatas apoiadas, e ou com apenas uma delas.
 Sempre que estacionar o veículo em ladeira, calce as rodas dianteiras e traseiras.

OPERAÇÕES PROIBIDAS

 Não é permitido colocar calços nas sapatas de apoio, para obter maior alcance vertical.
 Não é permitido operar as alavancas de comando no lado da carga.
 Deslocar postes implantado com movimentos oscilatórios, pois esta operação acarretará sérios
danos ao sistema de giro, com reflexos no chassis do caminhão e possibilidade de torção da
coluna, com riscos de acidentes.
 Arrancar poste sem o saca-poste. Esta operação produz abalos na estrutura do equipamento,
nos sistema de ligações, especificamente no braço e trincas em diversos pontos do
equipamento, com sérios riscos de acidentes.
 Movimentar o veículo com carga (não apoiada) no guindauto. Esta operação poderá produzir
estragos generalizados dos componentes hidráulicos.
 Girar o equipamento em grande velocidade. Esta operação poderá provocar torção na coluna
e/ou no chassi do caminhão e abalos generalizados no sistema de giro, com riscos de acidentes.
 Alçar (levantar) pesos acima das capacidades específicas para o guindauto. Esta prática
poderá causar torção e/ou ruptura do sistema de lança e extensão da lança, com severos riscos
de acidentes.

RISCOS NO TRANSPORTE E COM EQUIPAMENTOS

a) Veículos a caminho dos locais de trabalho em campo


Para tanto é comum o deslocamento diário dos trabalhadores até os efetivos pontos de prestação de
serviços. Esses deslocamentos expõem os trabalhadores aos riscos característicos das vias de
transporte, sendo muitas vezes realizados em carroçarias abertas ou em condições inadequadas
potencializando esses riscos.

b)Um agravante, também, da condição de risco é situação em que o motorista exerce outra função
além dessa, ou seja, múltipla função.

Como exemplo, é atribuída ao motorista a função de dirigir e inspecionar a linha, para


encontrar pontos que demandam reparos ou manutenção, tarefas estas incompatíveis.

c)Veículos e equipamentos para elevação de cargas, cestas aéreas e cadeiras.


Nos serviços de construção, instalação ou manutenção em linhas redes elétricas e de telefonia nos quais são
utilizados cestos aéreos, cadeiras ou plataformas, além de elevação de cargas (equipamentos, postes) é
necessária a aproximação dos veículos junto às estruturas (postes, torres) e da grua junto das linhas ou cabos.
Nestas operações podem acontecer graves acidentes e exigem cuidados especiais que vão desde o correto
posicionamento do veículo, o seu adequado travamento e fixação, até a precisa operação da grua, guincho ou
equipamento de elevação.

Além das situações acima descritas, agravam o risco a utilização de veículos improvisados.

39-SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA
10.12 - SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA

10.12.1 As ações de emergência que envolva as instalações e serviços com eletricidade devem constar
do plano de emergência da empresa.

10.12.2 Os trabalhadores autorizados devem estar aptos a executar o resgate e prestar primeiros
socorros a acidentados, especialmente por meio de reanimação cardiorrespiratória.

10.12.3 A empresa deve possuir métodos de resgate padronizados e adequados às suas atividades,
disponibilizando os meios para a sua aplicação.

10.12.4 Os trabalhadores autorizados devem estar aptos a manusear e operar equipamentos de


prevenção e combate a incêndio existentes nas instalações elétricas.
41-CHOQUE ELÉTRICO
É o principal causador de acidentes no setor e
geralmente originado por contato do trabalhador com
partes energizadas. Constitui-se em estímulo rápido e
acidental sobre o sistema nervoso devido à passagem
de corrente elétrica, acima de determinados valores,
pelo corpo humano.
Seus efeitos diretos são contrações musculares,
tetânica, queimaduras (internas e externas), parada
respiratória, parada cardíaca, eletrólise de tecidos,
fibrilação cardíaca e óbito (eletro explosão) e seus
efeitos indiretos quedas, batidas e queimaduras
indiretas (externas).
A extensão do dano do choque elétrico depende da
magnitude da corrente elétrica, do caminho por ela percorrido no corpo humano e do seu tempo de
duração. O risco de choque elétrico está presente em praticamente todas as atividades executadas nos
setores elétrico e telefônico a exemplo de construção, montagem, manutenção, reparo, inspeção,
medição de sistema elétrico potência (SEP) e poda de árvores em suas proximidades.
No dia a dia, seja no lar ou na indústria a maior preocupação sem dúvida é com o choque elétrico,
visto que este é o tipo de acidente que ocorre com maior freqüência. Incêndios e explosões causados
pela eletricidade são sinistros que ocorrem com menor freqüência.
É importante alertar que os riscos do choque elétrico e os seus efeitos estão diretamente ligados aos
valores das tensões (Voltagens) da instalação, e é bom lembrar que apenas altas tensões provocam
grandes lesões. Mas por um outro lado existem mais pessoas expostas à baixa tensão do que às altas
tensões e que leigos normalmente não se expõem às altas, proporcionalmente podemos considerar que
as baixas tensões são as mais perigosas. O maior risco no trabalho com a eletricidade é o contato
direto, que pode ser definido como o ocorrido quando uma pessoa tem acesso a alguma parte
energizada de uma instalação, provocando uma passagem de corrente através do corpo, uma vez que
este é condutor e fecha um curto-circuito entre a massa e a terra. O que torna a eletricidade mais
perigosa do que outros riscos físicos como o calor, o frio e o ruído é que ela só é sentida pelo organismo
quando o mesmo está sob sua ação. Para quantificar melhor os riscos e a gravidade do problema
apresentamos alguns dados estatísticos:

43% dos acidentes ocorrem na residência

30% nas empresas

27% não foram especificados.

O que é um choque elétrico?

Choque elétrico é o conjunto de perturbações de natureza e efeitos diversos,


que se manifestam no organismo humano ou animal, quando este é
percorrido por corrente elétrica.

As manifestações relativas ao choque elétrico dependendo das condições e


intensidade da corrente pode ser desde uma ligeira contração superficial até
uma violenta contração muscular que pode provocar a morte. Até chegar de
fato a morte existe estágios e outras conseqüências que veremos adiante. Os
tipos mais prováveis de choque elétrico são aqueles que a corrente elétrica
circula da palma de uma das mãos à palma da outra mão, ou da palma da mão até a planta do pé.
 A famosa gambiarra.
 Campainhas.
 Cercas elétricas.
 Cercas Metálicas.
 Construções próximas à rede elétrica.
 Registro do Chuveiro.
 Chuveiros Elétricos.
 Computadores.
 Cortadores de Grama.
 Equipamentos cirúrgicos
 Fios Caídos.
 Fogões elétricos.
 Fornos elétricos.
 Fiação em má condição.
 Geladeiras.
 Holofotes e Postes.
 Lâmpadas.
 Lava louças
 Lava roupas
 Manobras erradas.
 Poda de Árvores.
 Soldas elétricas.
 Tomadas tripolares.
 Tomadas ao alcance de crianças.
 Tomadas com defeitos.

Algumas considerações:

Computadores

Como normalmente as residências (95%) não possuem o fio terra o indicado para a instalação de um
computador a solução é utilizar estabilizador de carcaça plástica, pois para ser um isolante evita 100%
dos choques elétricos sendo essencial para o funcionamento dos computadores. Normalmente são
colocados no chão onde o perigo torna-se de alto risco, pois os adultos e principalmente as crianças
poderão tomar um choque, porque a caixa dos estabilizadores normalmente é metálica e na instalação
não se usa o terra, correndo um constante perigo.

TOMADA TRIPOLAR

As tomadas tripolares que alimentam equipamentos monofásicos, tem a vantagem de ter posição única
e bem definida. Em termos de segurança, a desvantagem é que não se tem certeza do contato elétrico
do pino terra do plug com o ponto de recepção terra da tomada tripolar. Este detalhe pode se dar
devido haver uma tomada de péssima qualidade, ou mesmo não haver internamente a parede o fio
terra chegando na tomada, muito comum em instalações residenciais, com objetivo de evitar o corte
do pino terra de equipamentos como estabilizadores de voltagem ou diretamente computadores e
outros.

A perda do terra deixa o equipamento em condição insegura. Esta situação é a grande causadora de
mortes e principalmente nos exames evasivos dos equipamentos elétricos hospitalares.
CHUVEIRO ELÉTRICO

Na residência, o chuveiro elétrico é o equipamento de maior risco porque o choque elétrico ocorre no
corpo humano com a pele molhada. De acordo com as Normas, na área do chuveiro, isto é, no box,
não podem existir tomadas nem dispositivos de controle e manobras. A mudança de temperatura de
chuveiros comumente utilizados é feita utilizando-se uma chave seccionadora do tipo faca, instalada
na parte superior do chuveiro.

Esta chave de manobra tem os seguintes problemas:

Não é adequada para operar sob carga;


Não está posicionada na parte superior;
Está muito alta para o operador;
Está muito próxima do chuveiro;
Geralmente é muito dura; contraria a Norma.

Muitas pessoas, e com razão, tem receio em manobrar esta chave, utilizando para tal, atitudes
esdrúxulas, com o emprego de:

Cabo de vassoura;Toalhas;Chinelos;Etc.

Muitas pessoas, por desconhecimento, efetuam a mudança de temperatura do banho com o chuveiro
ligado, correndo sérios riscos de vida, pois inevitavelmente nestas condições a pele está molhada.

Choque no Registro do Chuveiro

Por falta de aterramento ou aterramento inadequado o registro do chuveiro pode dar choque podendo
ocasionar sérios acidentes.

Existe três categorias de choque elétrico:

a) Choque produzido por contato com circuito energizado.

Aqui o choque surge pelo contato direto da pessoa com a parte energizada da instalação, o choque
dura enquanto permanecer o contato e a fonte de energia estiver ligada. As conseqüências podem ser
pequenas contrações ou até lesões irreparáveis.

b) Choque produzido por contato com corpo eletrizado

Neste caso analisaremos o choque produzido por eletricidade estática, a duração desse tipo de choque
é muito pequena, o suficiente para descarregar a carga da eletricidade contida no elemento energizado.
Na maioria das vezes este tipo de choque elétrico não provoca efeitos danosos ao corpo, devido à
curtíssima duração.

c) Choque produzido por raio (Descarga Atmosférica)

Aqui o choque surge quando acontece uma descarga atmosférica e esta entra em contato direto ou
indireto com uma pessoa, os efeitos desse tipo de choque são terríveis e imediatos, ocorre casos de
queimaduras graves e até a morte imediata
Avaliação da Corrente Elétrica Produzida por Contato com Circuito Energizado

Para avaliação da corrente elétrica que circula num circuito vamos utilizar a Lei de Ohm, que
estabelece o seguinte:

I = V/R, onde:
I = Corrente em Ampéres.
V = Voltagem em Volts
R = Resistência em Ohms

Lei de Ohm estabelece que a intensidade da corrente elétrica que circula numa carga é tão maior
quanto maior for a tensão, ou menor quanto menor for a tensão. No caso do choque elétrico o corpo
humano participa como sendo uma carga, o corpo humano ou animal é condutor de corrente elétrica,
não só pela natureza de seus tecidos como pela grande quantidade de água que contém.O valor a
resistência em Ohms do corpo humano varia de individuo para individuo, e também varia em função
do trajeto percorrido pela corrente elétrica. A resistência média do corpo humano medida da palma de
uma das mãos à palma da outra, ou até a planta do pé é da ordem de 1300 a 3000 Ohms, de acordo
com a Lei de Ohm, e com base no valor da resistência do corpo humano podemos avaliar a intensidade
da corrente elétrica produzida por um choque elétrico, isso serve de análise dos efeitos provocados
pela corrente elétrica em função de sua intensidade.

Efeitos da eletricidade no corpo humano

Ao passar pelo corpo humano a corrente elétrica danifica os tecidos e lesa os tecidos nervosos e
cerebrais, provoca coágulos nos vasos sanguíneos e pode paralisas a respiração e os músculos
cardíacos. A corrente elétrica pode matar imediatamente ou pode colocar a pessoa inconsciente, a
corrente faz os músculos se contraírem a 60 ciclos por segundo, que é a freqüência da corrente
alternada. A sensibilidade do organismo a passagem de corrente elétrica inicia em um ponto conhecido
como Limiar de Sensação e que ocorre com uma intensidade de corrente de 1mA para corrente
alternada e 5mA para corrente contínua. Pesquisadores definiram 3 tipos de efeitos manifestados pelo
corpo humano quando da presença de eletricidade.

a) Limiar de Sensação (Percepção)

O corpo humano começa a perceber a passagem de corrente elétrica a partir de 1 mA.

b) Limiar de Não Largar

Está associada às contrações musculares provocadas pela corrente elétrica no corpo humano, a
corrente alternada a partir de determinado valor, excita os nervos provocando contrações musculares
permanentes, com isso cria se o efeito de agarramento que impede a vítima de se soltar do circuito, a
intensidade de corrente para esse limiar varia entre 9 e 23 mA para os homens e 6 a 14 mA para as
mulheres.

c) Limiar de Fibrilação Ventricular

O choque elétrico pode variar em função de fatores que interferem na intensidade da corrente e nos
efeitos provocados no organismo, os fatores que interferem são:

- Trajeto da corrente elétrica no corpo humano


- Tipo da corrente elétrica
- Tensão nominal
- Intensidade da corrente
- Duração do choque elétrico
- Resistência do circuito
- Freqüência da corrente

d) Trajeto da corrente elétrica no corpo humano

O corpo humano é condutor de eletricidade e sua resistência varia de pessoa para pessoa e ainda
depende do percurso da corrente. A corrente no corpo humano sofrerá variações conforme for o trajeto
percorrido e com isso provocará efeitos diferentes no organismo, quando percorridos por corrente
elétrica os órgãos vitais do corpo podem sofrer agravamento e até causar sua parada levando a pessoa
a morte.

e) Tipo da corrente elétrica

O corpo humano é mais sensível a corrente alternada do que á corrente continua, os efeitos destes no
organismo humano em geral são os mesmos, passando por contrações simples para valores de baixa
intensidade e até resultar em queimaduras graves e a morte para valores maiores. Existe apenas uma
diferença na sensação provocada por correntes de baixa intensidade; a corrente continua de valores
imediatamente superiores a 5 mA que é o Limiar de Sensação, cria no organismo a sensação de
aquecimento ao passo que a corrente alternada causa a sensação de formigamento, para valores
imediatamente acima de 1 mA.

f) Tensão nominal

A tensão nominal de um circuito é a tensão de linha pela qual o sistema é designado e à qual são
referidas certas características operacionais do sistema.De acordo com os padrões atuais norte-
americanos, as tensões nominais dos sistemas são classificadas em:

Baixa Tensão 0V >1000 V


Média Tensão >1000 V < 72500 V
Alta Tensão > 72500 V < 242000 V
Extra- alta Tensão >242000 V < 800000 V

Partindo das premissas que os efeitos danosos ao organismo humano são provocados pela corrente e
que esta pela Lei de Ohm é tanto maior quanto maior for a tensão, podemos concluir que os efeitos
do choque são mais graves à medida que a tensão aumenta, e pela mesma Lei de Ohm quanto menor
a resistência do circuito maior a corrente, portanto concluímos que não existem valores de tensões que
não sejam perigosas. Para condições normais de influências externas, considera-se perigosa uma
tensão superior a 50 Volts, em corrente alternada e 120 Volts em corrente continua, o corpo humano
possui em média uma resistência na faixa de 1300 a 3000 Ohms, assim uma tensão de contato no valor
de 50 V, resultará numa corrente de:

I = V/R, onde:
I = Corrente em Ampéres.
V = Voltagem em Volts
R = Resistência em Ohms

I = 50 / 1300 = 38,5 mA
O valor de 38,5 mA em geral não é perigoso ao organismo humano, abaixo apresentamos o valor de
duração máxima de uma tensão em contato com o corpo humano, os valores indicados baseiam se em
valores limites de corrente de choque e correspondem a condições nas quais a corrente passa pelo
corpo humano de uma mão para outra ou de uma mão para a planta do pé, sendo que a superfície de
contato é considerada a pele relativamente úmida:

Duração máxima da tensão de contato CA


Tensão de Contato ( V ) Duração Máxima ( Seg. )
<50 infinito
50 5
75 0,60
90 0,45
110 0,36
150 0,27
220 0,17
280 0,12
Duração máxima da tensão de contato CC
Tensão de Contato ( V ) Duração Máxima ( Seg. )
<120 infinito
>120 5
>140 1
>160 0,5
>175 0,2
>200 0,1
>250 0,05
>310 0,03

g) Intensidade da corrente

As perturbações produzidas pelo choque elétrico dependem da intensidade da corrente que atravessa
o corpo humano, e não da tensão do circuito responsável por essa corrente. Até o limiar de sensação,
a corrente que atravessa o corpo humano é praticamente inócua, qualquer que seja sua duração, a partir
desse valor, á medida que a corrente cresce, a contração muscular vai se tornando mais desagradável.
Para as freqüências industriais (50 - 60 Hz), desde que a intensidade não exceda o valor de 9 mA, o
choque não produz alterações de conseqüências graves, quando a corrente ultrapassa 9 mA, as
contrações musculares tornam se mais violentas e podem chegar ao ponto de impedir que a vítima se
liberte do contato com o circuito, se a zona do tórax for atingida poderão ocorrer asfixia e morte
aparente, caso em que a vítima morre se não for socorrida a tempo.Correntes maiores que 20 mA são
muito perigosas, mesmo quando atuam durante curto espaço de tempo, as correntes da ordem de 100
mA, quando atingem a zona do coração, produzem fibrilação ventricular em apenas 2 ou 3 segundos,
e a morte é praticamente certa. Correntes de alguns Ampéres, além de asfixia pela paralisação do
sistema nervoso, produzem queimaduras extremamente graves, com necrose dos tecidos, nesta faixa
de corrente não é possível o salvamento, a morte é instantânea.
Duração máxima da tensão de contato CC
Intensidade Estado após
Perturbações prováveis Salvamento Resultado Final
( mA ) o choque
1 Nenhuma Normal ----- Normal
Sensação cada vez mais
desagradável à medida que a
1-9 Normal Desnecessário Normal
intensidade aumenta.
Contrações musculares.
Sensação dolorosa, contações
Morte Respiração
9 - 20 violentas, perturbações Restabelecimento
aparente artificial
circulatórias
Sensação insuportável,
contrações violentas, asfixia,
Morte Respiração Restabelecimento
20 - 100 perturbações circulatórias
aparente artificial ou morte
graves inclusive fibrilação
ventricular
asfixia imediata, fibrilação Morte
>100 Muito difícil Morte
venticular aparente
Morte
Varios Asfxia imediata, queimaduras Praticamente
aparente ou Morte
Aaperes graves impossível
imediata

h) Duração do choque

O tempo de duração do choque é de grande efeito nas conseqüências geradas, as correntes de curta
duração tem sido inócuas, razão pela qual não se considerou a eletricidade estática, por outro lado
quanto maior a duração, mais danosos são os efeitos.

i) Resistência do circuito

Quando o corpo humano é intercalado ao circuito elétrico, ele passa a ser percorrido por uma corrente
elétrica cuja intensidade de acordo com a lei de Ohm é em função da tensão e da resistência.
Dependendo das partes do corpo intercalados ao circuito a resistência do conjunto pode variar, e com
isso a corrente também será alterada.

j) Frequência da corrente

O Limiar de Sensação da corrente cresce com o aumento da freqüência, ou seja correntes com
freqüências maiores são menos sentidas pelo organismo, estas correntes de altas freqüências acima de
100000 Hz, cujos efeitos se limitam ao aquecimento são amplamente utilizadas na medicina como
fonte de febre artificial. Nessas condições pode se fazer circular até 1 A sobre o corpo humano sem
causar perigo. O quadro abaixo lista diversos valores de Limiar de Sensação em função do aumento
da freqüência da corrente elétrica.

Frequência da Corrente Elétrica


Frequência (Hz) 50-60 500 1.000 5.000 10.000 100.000
Limiar de Sensação (mA) 1 1,5 2 7 14 150
44-SALVAMENTO DO ELETRICISTA
ACIDENTADO DO ALTO DA ESTRUTURA

I.INTRODUÇÀO

A execução de tarefas na rede de distribuição aérea exige atenção, treinamento e capacitação por parte
daqueles que a realizam.
O comprometimento de todos os seguimentos hierárquicos da empresa, com a perfeita execução
dessas atividades, proporciona a continuidade operacional, o aumento da produtividade, maior
segurança das instalações e, principalmente, a segurança do pessoal envolvido.

Contudo acidentes podem acontecer.


Nesses casos, em função da altura e das características próprias do trabalho, a prestação de primeiros
socorros torna-se difícil, devendo o acidentado ser descido em tempo hábil, a fim de receber o pronto
atendimento ser transferido para um posto médico
A vitima pode ser socorrida por eletricista da própria equipe, técnico de energia elétrica habilitado
conforme a NR 10 da portaria n. 3214 do MTB, que estabelece:

10.8.8 Os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas devem possuir


treinamento específico sobre os riscos decorrentes do emprego da energia elétrica e as principais
medidas de prevenção de acidentes em instalações elétricas, de acordo com o estabelecido no
Anexo II desta NR.

ANEXO II - TREINAMENTO

1-Curso básico - Segurança em instalações e serviços com eletricidade.

Para os trabalhadores autorizados:

Carga horária mínima -40h:

Programação Mínima:

1.introdução à segurança com eletricidade.


2. riscos em instalações e serviços com eletricidade:
a) o choque elétrico, mecanismos e efeitos;
b) arcos elétricos; queimaduras e quedas;
c) campos eletromagnéticos.

3. Técnicas de Análise de Risco.

4. Medidas de Controle do Risco Elétrico:


a) desenergização.
b) aterramento funcional (TN / TT / IT); de proteção; temporário;
c) equipotencialização;
d) seccionamento automático da alimentação;
e) dispositivos a corrente de fuga;
f) extra baixa tensão;
g) barreiras e invólucros;
h) bloqueios e impedimentos;
i) obstáculos e anteparos;
j) isolamento das partes vivas;
k) isolação dupla ou reforçada;
l) colocação fora de alcance;
m) separação elétrica.
5. Normas Técnicas Brasileiras - NBR da ABNT: NBR-5410, NBR 14039 e outras;

6) Regulamentações do MTE:
a) NRs;
b) NR-10 (Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade);
c) qualificação; habilitação; capacitação e autorização.

7. Equipamentos de proteção coletiva.

8. Equipamentos de proteção individual.

9. Rotinas de trabalho - Procedimentos.


a) instalações desenergizadas;
b) liberação para serviços;
c) sinalização;
d) inspeções de áreas, serviços, ferramental e equipamento;

10. Documentação de instalações elétricas.


11. Riscos adicionais:
a) altura;
b) ambientes confinados;
c) áreas classificadas;
d) umidade;
e) condições atmosféricas.

12. Proteção e combate a incêndios:


a) noções básicas;
b) medidas preventivas;
c) métodos de extinção;
d) prática;
13. Acidentes de origem elétrica:
a) causas diretas e indiretas;
b) discussão de casos;

14. Primeiros socorros:


a) noções sobre lesões;
b) priorização do atendimento;
c) aplicação de respiração artificial;
d) massagem cardíaca;
e) técnicas para remoção e transporte de acidentados;
f) práticas.

15. Responsabilidades.

2-Curso complementar - Segurança no sistema elétrico de potência (SEP) e em suas


proximidades.

É pré-requisito para freqüentar este curso complementar, ter participado, com aproveitamento
satisfatório, do curso básico definido anteriormente.

Carga horária mínima - 40h

(*) Estes tópicos deverão ser desenvolvidos e dirigidos especificamente para as condições de trabalho
características de cada ramo, padrão de operação, de nível de tensão e de outras peculiaridades
específicas ao tipo ou condição especial de atividade, sendo obedecida a hierarquia no
aperfeiçoamento técnico do trabalhador.

1 - Organização do Sistema Elétrico de Potência - SEP.

2 - Organização do trabalho:
a) programação e planejamento dos serviços;
b) trabalho em equipe;
c) prontuário e cadastro das instalações;
d) métodos de trabalho; e
e) comunicação.

3. Aspectos comportamentais.

4. Condições impeditivas para serviços.


5. Riscos típicos no SEP e sua prevenção (*):
a) proximidade e contatos com partes energizadas;
b) indução;
c) descargas atmosféricas;
d) estática;
e) campos elétricos e magnéticos;
f) comunicação e identificação; e
g) trabalhos em altura, máquinas e equipamentos especiais.

6. Técnicas de análise de Risco no S E P (*)


7. Procedimentos de trabalho - análise e discussão. (*)

8. Técnicas de trabalho sob tensão: (*)


a) em linha viva;
b) ao potencial;
c) em áreas internas;
d) trabalho a distância;
d) trabalhos noturnos; e
e) ambientes subterrâneos

9. Equipamentos e ferramentas de trabalho (escolha, uso, conservação, verificação, ensaios) (*).

10. Sistemas de proteção coletiva (*).

11. Equipamentos de proteção individual (*).

12. Posturas e vestuários de trabalho (*).

13. Segurança com veículos e transporte de pessoas, materiais e equipamentos (*).

14. Sinalização e isolamento de áreas de trabalho (*).

15. Liberação de instalação para serviço e para operação e uso (*).

16. Treinamento em técnicas de remoção, atendimento, transporte de acidentados (*).

17. Acidentes típicos (*) - Análise, discussão, medidas de proteção.

18. Responsabilidades

II.CONSIDERAÇÕES

A operação da descida de um acidentado de uma estrutura requer conhecimento do método, prática e


recursos que permitam que a mesma seja feita com rapidez e segurança, sobretudo evitando o
agravamento das lesões sofridas.
Em função disso, após testes e experiência de campo a equipe-projeto optou pelo método que emprega
a corda com salvamento, que satisfaz as condições necessárias para resgate do acidentado de estruturas
de instalações elétricas, em redes de distribuição aéreas por um ou mais eletricistas.
A discrição do método aqui apresentado visa pura e simplesmente o resgate, não abordando os
procedimentos a serem observados no planejamento, preparação, sinalização da área de serviço, testes
de ausência de tensão, aterramento temporário, seleção de materiais, ferramentas e equipamentos,
além de outros cuidados relativos a cada método de trabalho e primeiros socorros
Esclarecemos que não são contemplados os casos de acidentes ocorridos com os profissionais das
funções isoladas.
Serviços Isolados em Redes de Distribuição Aéreas denominado eletricista de localidade isolada, por
trabalharem sozinhos.

III.Objetivo

Estabelecer o método e os procedimentos para o resgate de eletricista acidentado do alto de estruturas


de instalações elétricas em redes de distribuição aéreas.

IV.Tipos de acidentes

a) Mal súbito, tais como: convulsão, desmaio, ataque cardíaco, entre outros.
b) Reações adversas do corpo a movimento voluntário ou involuntário como: torção, distensão
muscular, contusão, entorse e suas conseqüências.
C- Choque elétrico.
CONVULSÃO, DESMAIO, ATAQUE CARDÍACO, ENTRE OUTROS:

Convulsão-
É muitas vezes conhecida por "ataque" e caracteriza-se por alguns dos seguintes sinais e ou sintomas:
Sinais e Sintomas
Movimentos bruscos e descontrolados da cabeça e ou extremidades.
Perda de consciência com queda desamparada.
Olhar vago, fixo e ou "revirar dos olhos".
Espumar pela boca.
Perda de urina e ou fezes.
Morder a língua e ou lábios.

O que fazer:

1º - cuidar para que a cabeça não sofra traumatismos;

2º - acomodar o indivíduo;

3º - retirar da boca pontes, dentaduras e eventuais detritos;

4º - afrouxar as roupas da vítima;

5º - virar o rosto para o lado, para evitar asfixia por ou secreções; vômitos;

6º - colocar um lenço entre os seus dentes para evitar que morda a língua;

7º - deixá-lo em local espaçoso e sem objetos duros para não se machucar;

8º Afastar curiosos;

9º - procurar logo um Serviço Médico, pela necessidade de diagnostico e tratamento


precisos.

O que não deve fazer:

Tentar imobilizar durante a fase de movimentos bruscos


Estimular a pessoa dando a cheirar aromas fortes, tentando que beba água ou molhando-a.

Desmaio:
É provocado por falta de oxigénio no cérebro, a que o organismo reage de forma automática, com
perda de consciência e queda do corpo brusca e desamparada. Normalmente, o desmaio dura 2 ou 3
minutos. Tem diversas causas: excesso de calor, fadiga, falta de alimentos, permanência de pé durante
muito tempo, etc.
• Palidez
• Suores frios
• Falta de forças
• Pulso fraco
O que deve fazer: Se percebermos que uma pessoa está prestes a desmaiar.

• Sentá-la.
• Colocar-lhe a cabeça entre as pernas.
• Molhar-lhe a testa com água fria .
• Dar-lhe a beber chá ou café
açucarados

2. Se a pessoa já estiver desmaiada:

• Deitá-la com a cabeça de lado e mais baixa do que as pernas.


• Afastar os curiosos
• Desapertar-lhe as roupas
• Mantê-la confortavelmente aquecida.
• Logo que recupere os sentidos, dar-lhe a beber chá açucarados.
• Consultar o médico posteriormente.

Queimaduras

A gravidade da queimadura depende de vários fatores:

Da zona atingida pela queimadura


Da extensão da pele queimada
Da profundidade da queimadura

O que fazer:

• Se a roupa estiver a arder, envolver a vítima numa toalha molhada ou, na sua falta, fazê-la
rolar pelo chão ou envolvê-la num cobertor (cuidado com os tecidos sintéticos).
• Se a vítima se queimou com água ou outro líquido a ferver, despi-la imediatamente.
• Dar água a beber freqüentemente.
• Levar imediatamente ao médico.

O que não fazer

• Retirar qualquer pedaço de tecido que tenha ficado agarrado à queimadura


• Rebentar as bolhas ou tentar retirar a pele das bolhas que rebentaram
• Aplicar sobre a queimadura qualquer produto.

Note bem

Encaminhar imediatamente para um médico ou hospital


Ataque cardíaco:

O que é um ataque cardíaco?

Um ataque cardíaco acontece quando parte de seu coração não recebe oxigênio em quantidade
suficiente.
O coração é um músculo e como os outros do corpo, precisa de oxigênio, que é fornecido pelo sangue
dos vasos sangüíneos, conhecidos como artérias coronárias. Um coágulo sangüíneo em uma dessas
artérias pode bloquear o fluxo de sangue para o músculo cardíaco o que acarreta prejuízos ao coração
e a depender do tempo de duração deste bloqueio, uma parte do coração morre fazendo com que pare
de funcionar corretamente.
Quais são os sintomas?

- Dor no meio do peito.


- Dor no ombro, braço, barriga ou mandíbula.
- Falta de ar.
- Suor intenso.
- Náuseas.
- Fraqueza ou tonteira.
- Palidez.

O que fazer:

Levar imediatamente ao médico.

DISTENSÃO MUSCULAR, CONTUSÃO, , ENTORSE E SUAS CONSEQÜÊNCIAS.

Todos os músculos têm uma capacidade elástica limitada.


Se esse limite for ultrapassado, acontece o que se conhece como distensão muscular, contusão, ,
entorse e suas conseqüências.
Não acontece apenas entre os atletas profissionais, que têm os músculos exigidos diariamente, mas
também entre nós.

C- Choque elétrico.

A eletricidade pode produzir inúmeros acidentes, muitos dos quais mortais ou com seqüelas.
Quando uma pessoa sofre uma descarga elétrica, esta passa por seu corpo e as conseqüências podem
ser mais ou menos graves, dependendo da intensidade da corrente elétrica, resistência e voltagem.

Na industria, encontramos esse acidente quando há falta de segurança em eletricidade como:


fios descascados, falta de aterramento elétrico, ferramentas portáteis, parte elétrica de um motor que,
por defeito, está em contato com sua carcaça, etc.

MUITAS VESES NÃO DA PARA SALVAR....


POIS CHEGAMOS ATRASADOS

EVITE SALVAR ALGUEM... NÃO DEIXANDO UM ACIDENTE


ACONTECER
V.FOTOS DE UM ACIDENTE DE ORIGEM ELÉTRICA

ESTE NÃO PODE SER SALVO...NÃO PLANEJOU...SEUS COMPANHEIROS NÃO


FORAM SOLIDÁRIOS, NÃO O ALERTARAM DO PERIGO...NÃO VOLTOU AO
CONVÍVIO DA FAMÍLIA...
VI.Etapas de salvamento:

Ocorrendo um acidente com o eletricista, o socorrista, antes de iniciar o resgate, deverá analisar a
posição em que se encontra o acidentado, a fim de melhor se posicionar no alto da estrutura.
(tudo muito rápido e com muita segurança)
OBS:
Vale a pena relembrar que as atividades do eletricista no alto da estrutura devem sempre ser
acompanhadas desde o inicio, pelos componentes da equipe de serviço que se encontram no solo, os
quais deverão estar de posse dos equipamentos de segurança necessários a qualquer eventualidade,
que possa ocorrer e que os coloque na condição de socorristas.

VII.Desligamento da rede.

Caso o acidente tenha ocorrido na área de atuação do Centro de Operação da Distribuição – COD,
COS Centro de Operação do Sistema em que haja boa comunicação, o socorrista deverá,
imediatamente, solicitar o desligamento da rede, informando a causa.

O despachante deverá providenciar as manobras de desenergização e a interdição da área onde ocorreu


o acidente, conforme norma de operação da empresa, liberando a rede para que o eletricista possa
iniciar o resgate

Ao mesmo tempo, o despachante poderá desenvolver ações que auxiliam no socorro ao acidentado,
tais como:
a) Deslocar outras equipes que estejam próximas ao local do acidente, para auxiliarem no socorro
à vítima;
b) Providenciar, se necessário, ambulância para transporte do acidentado ou avisar o corpo de
bombeiros, caso haja.
c) Comunicar o ocorrido a chefia imediata
Caso o acidente tenha ocorrido onde não haja possibilidade de desligamento rápido da rede, o resgate
torna-se mais difícil e arriscado, devendo o socorrista tomar precauções a fim de não se tornar uma
outra vítima, evitando que seu corpo entre em contato com qualquer objeto energizado, inclusive com
o próprio acidentado.

Nota: O socorrista só pode e deve efetuar o resgate após a rede desligada

VIII.RESGATE DO ACIDENTADO

Quando ocorrer emergência em trabalhos no alto da estrutura, é necessário o conhecimento e o


treinamento prévio de métodos de resgate do eletricista conforme descrito a seguir:
VIII-I.Método de resgate

Antes de iniciar o resgate, o socorrista deverá observar as condições da estrutura e dos equipamentos
da rede, a fim de planejar os procedimentos a serem seguidos.
A instalação da corda de salvamento dependerá da posição e altura do acidentado.

VIII-1A.Fixação da corda na cruzeta de madeira.


Quando o acidentado estiver próximo de estrutura com cruzeta de madeira, a corda de salvamento
deverá ser colocada com uma volta e meia por cima da cruzeta, deixando a ponta mais curta para
amarrar o acidentado (figa 1)

Cruzeta de madeira

Obs. Tomar cuidado para que a corda não se sobreponha uma volta sobre a outra ou se prenda
a uma reentrância da estrutura ( não se esqueça o acidentado tem pressa)

VIII-1B.FIXAÇÃO DA CORDA EM CRUZETA DE FERRO OU CONCRETO


Quando a cruzeta for de ferro ou concreto, a corda deverá passar sobre a cruzeta, sem dar volta
completa e a ponta mais curta deverá ser utilizada para amarrar o acidentado

Cruzeta de ferro ou concreto


VIII-1C.FIXAÇÃO DA CORDA EM OUTRAS PARTES DA ESTRUTURA

A corda poderá ser instalada em outras partes da estrutura, conforme figuras


VIII-1D.COMO AMARRAR O ACIDENTADO

A extremidade mais curta da corda deverá ser passada por baixo dos braços do acidentado,
efetuando um nó cego, pela frente e à altura do peito da vítima.(fig. 5)

O eletricista socorrista, após amarrar o acidentado, deverá segurar com uma das mãos a extremidade
mais longa da corda ou solicitar ao seu companheiro do solo que segure firmemente, se houver, e com
uma faca ou canivete, cortar o talabarte e iniciar a descida afrouxando, paulatinamente a corda, de
forma contínua e sem trancos, até que o acidentado chegue ao solo.

Observação importante:

Sendo detectado parada cardiorrespiratória no acidentado, inicie a reanimação no alto da estrutura,


pois pode não dar tempo
Quanto tempo você tem para salvar seu companheiro ???
Duração máxima da tensão de contato CC
Intensi-
dade Perturbações prováveis Estado após o choque Salvamen to Resultado Final
( mA )
1 Nenhuma Normal ----- Normal

Sensação cada vez mais


desagradável à medida que a
1-9 Normal Desne-cessário Normal
intensidade aumenta.
Contrações musculares.

Sensação dolorosa, contrações


Respira Restabe
9 - 20 violentas, perturbações Morte aparente
ção artificial lecimento
circulatórias

Sensação insuportável,
contrações violentas, asfixia,
Restabele
20 - 100 perturbações circulatórias Morte aparente Respiração artificial
cimento ou morte
graves inclusive fibrilação
ventricular

asfixia imediata, fibrilação


>100 Morte aparente Muito difícil Morte
venticular

Morte aparente ou
Vários Asfxia imediata, queimaduras Prati
imedia Morte
Ampéres graves camente impossível
ta

Chances de Salvamento

Tempo após o choque p/ iniciar respiração artificial Chances de reanimação da vítima

1 minuto 95 %

2 minutos 90 %

3 minutos 75 %

4 minutos 50 %

5 minutos 25 %
6 minutos 1%
8 minutos 0,5 %
VIII-IE.PROVIDÊNCIAS A SEREM TOMADAS

Prestar os primeiros socorros conforme conhecimentos (massagem e Respiração boca a boca).


Providenciar a remoção do acidentado ao hospital, para atendimento médico especializado.

IX.RECURSOS MATERIAIS

a) Corda de salvamento
Corda de sisal ou nylon, de 12 mm (12 polegada) resistência de ruptura de 850 kgf, com 25 m de
comprimento ou mais, de acordo com a altura da estrutura.

b) Canivete.

O socorrista deverá estar atento e obedecer aos passos a seguir:

Mantenha-se calmo e evite o pânico.

Certifique-se de que há condições seguras o bastante para atendimento pré-hospitalar,


sem risco para o socorrista e a vítima.

Faça uma avaliação primária da vítima e dê prioridade aos casos mais graves, como:

hemorragia abundante, inconsciência, parada cardiorrespiratória, choque.

Você pode agravar o estado da vítima com manobras intempestivas.

Não abandone a vítima para procurar socorro.

Não dê líquidos ou mesmo produtos para inalação.

Não tracione membros ou faça movimentos bruscos com a vítima.

Garanta as funções vitais do acidentado (respiração e circulação).

Só remova a vítima se puder manter as funções vitais (respiração e circulação).

Mantenha a vítima em posição confortável e aquecida.

O atendimento deve ser feito preferencialmente no solo.


Transporte a vítima para o hospital mantendo as funções vitais.

Após qualquer atendimento de emergência, a vítima deve ser encaminhada para um atendimento
médico especializado.

Preste informações corretas ao hospital sobre os procedimentos realizados, bem como, se possível,
sobre os dados de saúde da vítima que você saiba (hipertensão, diabetes, hemofilia, epilepsia,
gravidez, asma etc.).
45-RESPONSABILIDADES
EMPRESA.
EMPREGADOS.
SESMT – SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM
MEDICINA DO TRABALHO.
CIPA - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES.

EMPRESA

Conforme o Art. 157 da CLT - Consolidação das Leis Trabalhistas Cabe às empresas:
• Cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;
• Instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de
evitar acidentes do trabalho e doenças ocupacionais;
• Adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelos órgãos competentes;
• Facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente.

EMPREGADOS

Conforme o Art. 158 da CLT - Consolidação das Leis Trabalhistas


Cabe aos empregados:
• Observar as normas de segurança e medicina do trabalho, bem como as instruções dadas pelo
empregador;
• Colaborar com a empresa na aplicação das leis sobre segurança e medicina do trabalho;
• Usar corretamente o EPI quando necessário.

SESMT – SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EMENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM


MEDICINA DO TRABALHO.

Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho está regulamentado


conforme dispositivo da Lei 6.514/77 – Portaria
3.214/78, especificado na Norma Regulamentadora NR 4.
A NR- 4 estabelece a obrigatoriedade da existência do SESMT em todas as empresas privadas,
públicas, órgãos públicos da administração direta e indireta dos poderes Legislativo e Judiciário, que
possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT, com a finalidade de
promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho.
O dimensionamento do SESMT vincula-se à graduação do risco da atividade principal e ao número
total de empregados do estabelecimento.
Para que o funcionamento do SESMT atinja seus objetivos, é necessário que a política visando a
segurança e a saúde do trabalhador, seja bem definida e garantida pelo apoio da administração e pela
conscientização de cada trabalhador da empresa em todos os níveis hierárquicos. Atribuições do
SESMT
• Aplicar os conhecimentos de Engenharia de Segurança e Medicina do
Trabalho no ambiente de trabalho e a todos os seus componentes, inclusive máquinas e equipamentos,
de modo a reduzir até controlar os riscos ali existentes à saúde do trabalhador;
• Determinar ao trabalhador a utilização de Equipamentos de Proteção Individual
– EPI, quando esgotados todos os meios conhecidos para a eliminação do risco como determina a NR
6 e se mesmo assim este persistir, e desde que a concentração, a intensidade ou característica do agente
assim o exija;
• Colaborar, quando solicitado, nos projetos e na implantação de novas instalações físicas e
tecnológicas da empresa;
• Responsabilizar-se tecnicamente, pela orientação quanto ao cumprimento do disposto nas NR’s
aplicáveis às atividades executadas pelos trabalhadores das empresas e/ou estabelecimentos;
• Manter permanente relacionamento com a CIPA, valendo-se ao máximo de suas observações, além
de apoiá-la, treiná-la e atendê-la, conforme dispõe a NR 5;
• Promover a realização de atividades de conscientização, educação e orientação dos trabalhadores
para a prevenção de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, tanto através de campanhas quanto
de programas de duração permanente (treinamentos);
• Esclarecer e conscientizar os empregados sobre acidentes do trabalho e doenças ocupacionais,
estimulando-os em favor da prevenção;
• Analisar e registrar em documentos específicos todos os acidentes ocorridos na empresa ou
estabelecimento, e todos os casos de doença ocupacional, descrevendo a história e as características
do acidente e/ou da doença ocupacional, os fatores ambientais, as características do agente e as
condições dos indivíduos portadores de doença ocupacional ou acidentado;
• As atividades dos profissionais integrantes do SESMT são essencialmente prevencionistas, embora
não seja vedado o atendimento de emergência, quando se tornar necessário. A elaboração de planos
de controle de efeitos de catástrofes, disponibilidade de meios que visem ao combate a incêndios e o
salvamento e de imediata atenção à vítima de qualquer outro tipo de acidente estão incluídos em suas
atividades.

PPRA-Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais é um documento de revisão anual, que visa


identificar, avaliar, registrar, controlar e mitigar os riscos ambientais existentes ou que venham a
existir no ambiente de trabalho, promovendo a preservação da saúde e da integridade dos
trabalhadores, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.
• radiação eletromagnética, principalmente na construção e manutenção de linhas de elevado potencial
(transmissão e sub-transmissão) e em subestações;
• ruído em usinas de geração elétrica e subestações;
• calor em usinas de geração elétrica (sala de máquinas), serviços em redes subterrâneas de
distribuição de energia elétrica e em subestações; • umidade em caixas subterrâneas;
• riscos biológicos diversos nos serviços em redes subterrâneas de distribuição de energia elétrica
(eventual proximidade com redes de esgoto), e obras de construção de modo geral;
• gases tóxicos, asfixiantes, inflamáveis nos serviços em redes subterrâneas de distribuição de energia
elétrica tais como metano, monóxido de carbono, etc;
• produtos químicos diversos como solventes para limpeza de acessórios;
• óleos dielétricos utilizados nos equipamentos, óleos lubrificantes minerais e hidrocarbonetos nos
serviços de manutenção mecânica em equipamentos sobretudo em subestações de energia, usinas de
geração e transformadores na rede de distribuição;
• ácido sulfúrico em baterias fixas de acumuladores em usinas de geração elétrica.
• Ascarel ou Bifenil Policlorados (PCBs), ainda presente em transformadores e capacitores de
instalações elétricas antigas, em atividades de manutenção em subestações de distribuição elétrica e
em usinas de geração elétrica, por ocasião da troca de transformadores e capacitores e, em especial,
da recuperação de transformadores e descarte desse produto.
• outros riscos ambientais, conforme a especificidade dos ambientes de trabalho e riscos porventura
decorrentes de atividades de construção, tais como vapores orgânicos em atividades de pintura, fumos
metálicos em solda, poeiras em redes subterrâneas e obras, etc.
É fundamental a verificação da existência dos aspectos estruturais no documento base do PPRA, que
dentre todos legalmente estabelecidos, cabe especial atenção para os seguintes:
• discussão do documento base com os empregados (CIPA);
• descrição de todos os riscos potenciais existentes em todos ambientes de trabalho, internos ou
externos e em todas as atividades realizadas na empresa (trabalhadores próprios ou de empresa
contratadas);
• realização de avaliações ambientais quantitativas dos riscos ambientais levantados (radiação, calor,
ruído, produtos químicos, agentes biológicos, dentre outros), contendo descrição de metodologia
adotadas nas avaliações, resultados das avaliações, limites de tolerância estabelecidos na NR15 e
medidas de controle sugeridas, devendo ser assinado por profissional legalmente habilitado;
• descrição das medidas de controle coletivas adotadas;
• cronograma das ações a serem adotadas no período de vigência do programa.
O PPRA deve estar articulado com os demais documentos de Saúde e Segurança do Trabalho - SST,
como PCMSO, PCA e o PCMAT (em caso de construção de linhas elétricas, obras civis de apoio a
estruturas, prediais), e inclusive, com todos os documentos relativos ao sistema de gestão em SST
adotado pela empresa. PCMSO
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. É fundamental que o PCMSO seja elaborado e
planejado anualmente com base em um preciso reconhecimento e avaliação dos riscos presentes em
cada ambiente de trabalho, em conformidade com os riscos levantados e avaliados no
PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, no PCMAT – Programa de Condições e Meio
Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, bem como em outros documentos de saúde e
segurança, e inclusive no mapa de riscos desenvolvido pela Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes (CIPA).
Esse Programa constitui-se num dos elementos de Saúde e Segurança do Trabalho
- SST da empresa e não pode prescindir de total engajamento e correspondência com o sistema de
gestão adotado na empresa, se houver, integrando-o, tanto na fase de planejamento de ações quanto
na fase de monitoração dos resultados das medidas de controle implementadas.
Frente às situações específicas do setor elétrico, onde na maioria dos casos não estão presentes os
riscos clássicos industriais, o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) deve
considerar com profundidade fatores ergonômicos:
• de ordem psicossocial relacionados à presença do risco de vida no trabalho com eletricidade e dos
trabalhos em altura, seja no poste urbano quanto nas atividades em linhas de transmissão, como:
“stress” associado a tais riscos, grande exigência cognitiva e de atenção, necessidade de
condicionamento psíquico e emocional para execução dessas tarefas, entre outros fatores estressores.
• de natureza biomecânica relacionados às atividades em posturas pouco fisiológicas e inadequadas
(em postes, torres, plataformas), com exigências extremas de condicionamento físico;
• de natureza organizacional relacionados às tarefas planejadas sem critérios de respeito aos limites
técnicos e humanos, levando a premência de tempo, atendimento emergencial, pressão produtiva.
Além dos fatores citados, evidentemente o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
(PCMSO) deverá levar em conta os demais riscos presentes nas atividades executadas conforme cada
caso especificamente.
O controle médico deverá incluir:
• avaliações clínicas cuidadosas, admissionais e periódicas, com ênfase em aspectos neurológicos e
osteo-músculo-ligamentares de modo geral;
• avaliação de aspectos físicos do trabalhador pertinentes a outros riscos levantados, incluindo ruído,
calor ambiente e exposição a produtos químicos;
• avaliação psicológica voltada para o tipo de atividade a desenvolver;
• avaliação de acuidade visual, (trabalho muitas vezes à distância, e com percepção de detalhes).

Exames complementares poderão ser solicitados, a critério médico, conforme cada caso.
Ainda, ações preventivas para situações especiais devem ser previstas, como vacinação contra Tétano
e Hepatite, no caso de atividades em caixas subterrâneas próximas à rede de esgoto. O Programa de
Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), além da avaliação individual de cada trabalhador
envolvido, periodicamente, tem o caráter de um estudo de corte, longitudinal, onde o médico do
trabalho tem oportunidade de acompanhar uma determinada população de trabalhadores ao longo de
sua vida laboral, estudando o possível aparecimento de sintomas ou patologias, a partir da exposição
conhecida a fatores agressores. É fundamental que os relatórios anuais sejam detalhados, com a guarda
judiciosa dos prontuários médicos, sendo a implementação do programa verificada pelo Auditor Fiscal
do Trabalho por meio da correção dos Atestados de Saúde Ocupacionais, quanto a dados obrigatórios
e periodicidade, disponibilidade dos relatórios anuais e, caso necessário, por meio das análises dos
prontuários médicos.

CIPA-Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

Conforme determina a NR 5 as empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista, órgãos


da administração direta e indireta, instituições beneficentes, associações recreativas, cooperativas,
bem como outras instituições que admitam trabalhadores como empregados devem constituir CIPA
por estabelecimento e mantê-la em regular funcionamento.
A CIPA tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a
tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do
trabalhador.
A CIPA é composta por representantes do empregador - (designados) e dos empregados (eleitos).
O organograma pode ser representado conforme segue:

Atribuições da CIPA

• Identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a participação do


maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver;
• Elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de segurança
e saúde no trabalho;
• Participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção necessárias, bem
como da avaliação das prioridades de açãonos locais de trabalho;
• Realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando a identificação
de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores;
• Realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de trabalho e
discutir as situações de risco que foram identificadas;
• Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho;
• Participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador, para avaliar
os impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionados à segurança e saúde dos
trabalhadores;
• Requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de máquina ou setor onde
considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores;
• Colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros programas
relacionados à segurança e saúde no trabalho;
• Divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como cláusulas de acordos
e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde no trabalho;
• Participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador da análise das causas
das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas identificados;
• Requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham interferido na
segurança e saúde dos trabalhadores;
• Requisitar à empresa as cópias das CAT’s emitidas;
• Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna de Prevenção
de Acidentes do Trabalho – SIPAT;
• Participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de
Prevenção da AIDS.

46-DIREITO DE RECUSA
10.14 - DISPOSIÇÕES FINAIS

10.14.1 Os trabalhadores devem interromper suas tarefas exercendo o direito de recusa, sempre que
constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras pessoas,
comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis.

Direito de Recusa: instrumento que assegura ao trabalhador a interrupção de uma atividade de


trabalho por considerar que ela envolve grave e iminente risco para sua segurança e saúde ou de outras
pessoas.

O trabalhador deve tomar muito cuidado para não confundir direito de recusa com falta de vontade
em executar. Quando se recusa uma tarefa você tem que apontar os reais riscos que o levaram a tomar
tal decisão e ter poder de convencimento.
47-CONTROLE DE RISCOS de outrem
10.14.2 As empresas devem promover ações de controle de riscos originados por outrem em suas
instalações elétricas e oferecer, de imediato, quando cabível, denúncia aos órgãos competentes.

Temos com exemplo:

 Acesso de terceiros a locais de riscos.


 Cargas excessivamente altas que possam atingir a rede elétrica.
 Construção de estradas sob redes elétricas existentes.
 Construção próxima a rede elétrica.
 Construções sobre rede elétricas.
 Contratação de pessoal terceirização sem qualificação técnica.
 Desvio de energia elétrica.
 Equipamentos agrícolas altos próximos a rede elétrica.
 Faixas de propagandas amarradas em postes da rede elétrica.
 Instalações elétricas particulares sem segurança.
 Pipas próximas as redes elétrica.
 Placas de propaganda próximas as redes elétricas.
 Profissionais não habilitados executando serviços de eletricidade.
 Sacadas de prédios próximos a rede elétrica.
 Uso indevido da eletricidade.
 Permitir que eletricistas executem serviços sem a mínima segurança.

48-NR3 - Embargo ou Interdição:


Estabelece as situações em que as empresas se sujeitam a sofrer paralisação de seus serviços, máquinas
ou equipamentos, bem como os procedimentos a serem observados, pela fiscalização trabalhista, na
adoção de tais medidas punitivas no tocante à Segurança e a Medicina do Trabalho.

3.1. O delegado Regional do Trabalho ou delegado do Trabalho Marítimo, conforme o caso, à vista
de laudo técnico do serviço competente que demonstre grave e iminente risco para o trabalhador,
poderá interditar estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento, ou embargar obra,
indicando na decisão tomada, com a brevidade que a ocorrência exigir, as providências que deverão
ser adotadas para prevenção de acidentes do trabalho e doenças profissionais.

3.1.1. Considera-se grave e iminente risco toda condição ambiental de trabalho que possa causar
acidente do trabalho ou doença profissional com lesão grave à integridade física do trabalhador.

3.2. A interdição importará na paralisação total ou parcial do estabelecimento, setor de serviço,


máquina ou equipamento. (103.001-9 / I4)

3.3. O embargo importará na paralisação total ou parcial da obra. (103.002-7 / I4)

3.3.1. Considera-se obra todo e qualquer serviço de engenharia de construção, montagem, instalação,
manutenção e reforma.
3.4. A interdição ou o embargo poderá ser requerido pelo Setor de Segurança e Medicina do Trabalho
da Delegacia Regional do Trabalho - DRT ou da Delegacia do Trabalho Marítimo - DTM, pelo agente
da inspeção do trabalho ou por entidade sindical.

3.5. O delegado Regional do Trabalho ou o delegado do Trabalho Marítimo dará ciência imediata da
interdição ou do embargo à empresa, para o seu cumprimento.

3.6. As autoridades federais, estaduais ou municipais darão imediato apoio às medidas determinadas
pelo delegado Regional do Trabalho ou delegado do Trabalho Marítimo.

3.7. Da decisão do delegado Regional do Trabalho ou delegado do Trabalho Marítimo, poderão os


interessados recorrer, no prazo de 10 (dez) dias, à Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho -
SSMT, à qual é facultado dar efeito suspensivo.

3.8. Responderá por desobediência, além das medidas penais cabíveis, quem, após determinada a
interdição ou o embargo, ordenar ou permitir o funcionamento do estabelecimento ou de um dos seus
setores, a utilização de máquinas ou equipamento, ou o prosseguimento da obra, se em conseqüência
resultarem danos a terceiros.

3.9. O delegado Regional do Trabalho ou delegado do Trabalho Marítimo, independentemente de


recurso, e após laudo técnico do setor competente em segurança e medicina do trabalho, poderá
levantar a interdição ou o embargo.

3.10. Durante a paralisação do serviço, em decorrência da interdição ou do embargo, os empregados


receberão os salários como se estivessem em efetivo exercício. (103.003-5 / I4)

49-DOCUMENTAÇÃO PREVISTA
10.14.4 A documentação prevista nesta NR deve estar permanentemente à disposição dos
trabalhadores que atuam em serviços e instalações elétricas, respeitadas as abrangências, limitações e
interferências nas tarefas.

10.14.5 A documentação prevista nesta NR deve estar, permanentemente, à disposição das autoridades
competentes.

DOCUMENTAÇÃO:

1. Documentação da Instalação.

2. Manual do Usuário da Instalação.

3. Resultados da Inspeção Visual.

4. Resultados dos Ensaios Realizados na Instalação.

Vejamos agora a descrição de cada um desses itens.


1. Documentação da Instalação:

a) plantas;

b) esquemas elétricos;

c) detalhes de montagem, quando necessário;

d) especificação dos componentes da instalação: descrição sucinta dos componentes, características


nominais e normas a que devem atender.

2. Manual do Usuário

Para os locais utilizados predominantemente por pessoal leigo, onde não haja a presença permanente
de equipe técnica de manutenção, tais como unidades residenciais e pequenos estabelecimentos
comerciais, deverá ser elaborado um manual do usuário que contenha, no mínimo, em linguagem
acessível aos usuários leigos, os seguintes elementos:
a) Esquema(s) do(s) quadro(s) de distribuição com indicação e finalidade dos circuitos terminais e dos
pontos alimentados;

b) Potências máximas que podem ser ligadas em cada circuito terminal existente;
c) Potências máximas previstas nos eventuais circuitos de reserva;
d) Recomendação explícita para que não sejam trocados, por tipos com características diferentes, os
dispositivos de proteção existentes no(s) quadro(s).

3. Resultados da Inspeção Visual.

A Inspeção Visual é um procedimento que visa detectar rapidamente os pontos críticos e ou


problemáticos de uma instalação elétrica. Conforme se verá, é um procedimento que exige
conhecimento técnico, objetividade e bom senso.

O seu principal objetivo é confirmar se os componentes da instalação estão:

a) Em conformidade com as normas aplicáveis (isso se verifica pela marca de conformidade gravada
no corpo do componente ou por termo de responsabilidade emitido pelo fornecedor);

b)Corretamente selecionados e instalados de acordo com as Normas aplicáveis;


c) Não visivelmente danificados, de modo a restringir seu funcionamento adequado e sua segurança.

A inspeção visual deve incluir, no mínimo, a verificação dos seguintes pontos:

 Medidas de proteção contra choques.


 Medidas de proteção contra efeitos térmicos.
 Seleção das linhas elétricas.
 Escolha, ajuste e localização dos dispositivos de proteção.
 Escolha, ajuste e localização dos dispositivos de seccionamento e comando.
 Identificações dos componentes.
 Execução das conexões.
 Acessibilidade.
4. Resultados dos ensaios realizados

Os ensaios são procedimentos regidos por normas técnicas específicas. Os ensaios a serem realizados
dependerão do tipo de instalação ou serviço contratado. Caso o serviço implique a alteração das
características originais de um equipamento, ensaios específicos deverão ser realizados para que se
verifique se o equipamento permanece em conformidade. É o caso, por exemplo, do enrolamento de
um motor, da substituição do óleo de um transformador, de um reparo em um disjuntor de alta tensão.

Para uma instalação elétrica em baixa tensão, a título de exemplo, são exigidos pela NBR 5410, os
seguintes ensaios:

a) continuidade dos condutores de proteção e das ligações equipotenciais principal


suplementares;
b) b) resistência de isolamento da instalação;

c) seccionamento automático da alimentação;

d) ensaio de tensão aplicada;

e) ensaios de funcionamento;

f) separação elétrica dos circuitos;

g) resistência elétrica do piso e das paredes.

Obs. Cada um desses ensaios tem seus métodos descritos e valores estabelecidos na própria Norma.
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