1-Artigo - VEGANISMO X Ministério Da Saúde

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FACULDADE EDUCACIONAL DA LAPA – FAEL

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA

Linha de Pesquisa: Saúde Pública / Políticas de Saúde

Veganismo: uma tendência para o Guia Alimentar para


a População Brasileira, do Ministério da Saúde

Nome do aluno: Fábio Dozza de Miranda1


Orientador: Elizabeth Macuco Zanetti Rodrigues2

Foz do Iguaçu – Paraná – Brasil


Março - 2015

1 Economista – UNILA, Bacharel em Ciências Economicas – UFRGS


2Mestre em Engenharia da Produção UFSC, Especialista em Psicologia de RH-UNICAMP,
Bacharel em Administração de Empresas- FESP. Especialista/EAD. Professor Adjunto da UTP.
Orientadora de TCC UNINTER, UFPR e FAEL
RESUMO

O presente artigo objetiva mostrar a importância de hábitos veganos para


nossa saúde, e consequentemente para a saúde de um país, inclusive a saúde
financeira. Ao longo do trabalho, são apresentados diversos dados e pesquisas,
que mostram a relação de doenças com o consumo de ingredientes de origem
animal. Tendo como característica uma pesquisa exploratória, descritiva,
quantitativa e de caráter documental, foram agrupados inúmeros relatos de
especialistas no assunto, em tabelas, imagens e texto. Pode constar que a dieta
vegana é uma tendência a ser sugerida pelo Ministério da Saúde.

Palavras–chave: Veganismo, Dieta saudável, Doenças causadas pelo leite,


Doenças causadas pela carne animal, Consumo de agua, Leite Vegetal,
Alternativas ao Ovo
Sumário

INTRODUÇÃO..................................................................................................................................... 4
1 – VEGANISMO: UMA CONTRIBUIÇÃO A SER ADOTADA PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE 6
1..1 - GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA (2014).......................................................... 6
1.2 – PH X SAÚDE................................................................................................................................... 8
1.3 – VEGANISMO .................................................................................................................................. 13
1.3.1 Veganismo e o Planeta ...................................................................................................... 13
1.3.2 – Veganismo e Saúde ........................................................................................................ 19
2.2.2.1 O problema do Leite Animal .................................................................................................... 23

2 - RESULTADOS ............................................................................................................................. 31
Leite = Doenças......................................................................................................................................... 32
Carne = Doenças....................................................................................................................................... 39

3 – DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ........................................................................................... 42


Sugestões de Consumo .......................................................................................................................... 43
Pirâmide alimentar vegana ........................................................................................................................ 43
Alternativa ao Leite animal ..................................................................................................................... 44
Alternativa ao Carne Animal .................................................................................................................. 44
Alternativa ao Ovo (Ovulação) .............................................................................................................. 46

CONCLUSÃO .................................................................................................................................... 47
REFERENCIAS ................................................................................................................................. 48

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Introdução

O meio ambiente e a saúde estão entre os principais assuntos no mundo.


Precisamos cuidar do Planeta, precisamos cuidar da saúde, mas o que fazer
para isso? Há hábitos que podemos ter onde esses dois desejos convergem para
o mesmo ponto: o veganismo. Cuidar do planeta vai muito além de separar o
lixo orgânico do lixo reciclável, tomar banho em menos tempo, não deixar a
torneira aberta enquanto escova-se os dentes. Cuidar da saúde vai muito além
de ir à academia, fazer exercícios físicos.

O objetivo desse trabalho é mostrar que podemos fazer muito para o


planeta e para nossa saúde, mudando nosso hábito alimentar. Como o próprio
Guia Alimentar, do Ministério da Saúde, mostra, ainda há muito a ser feito, e que
embora muitas das doenças deixaram de ser agudas, agora elas são crônicas.
É lembrado o caso da famosa desnutrição infantil, presente há décadas no Brasil,
que agora não é mais aguda, passou a ser crônica principalmente em grupos
vulneráveis da população, como em indígenas, quilombolas e crianças. E ao
mesmo tempo, o Brasil enfrenta aumento expressivo do sobrepeso e da
obesidade. O excesso de peso acomete um em cada dois adultos e uma em
cada três crianças brasileiras.

No Guia, o Ministério da Saúde alerta que para enfrentar esse cenário, é


urgente a ampliação de ações sobre os “diversos determinantes da saúde e
nutrição”. Com o importante papel na promoção da alimentação adequada e
saudável, compromisso expresso na Política nacional de alimentação e nutrição
e na Política nacional de Promoção da saúde, esse artigo reforma a importância
do Ministério da Saúde, em manter essa tendência (sinalizada ao compararmos
o Guia 2014 com o Guia 2006), e para uma revisão para a próxima versão, afim
de contribuir para o desenvolvimento de estratégias para a promoção e a
realização do direito humano à alimentação adequada.

E é sobre a saúde, sobre a alimentação adequada, confrontando com as


sugestões do GAPB, publicado em Novembro de 2014, que esse artigo busca
mostrar através de dados, que o Veganismo passa a ser uma alternativa
adequada para atingir os objetivos citados, pelo próprio Ministério da Saúde, que
é: a Saúde!

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1 – Veganismo: uma contribuição a ser adotada pelo
Ministério da Saúde

1..1 - Guia Alimentar para a População Brasileira (2014)

Nesta seção será apresentado um dos instrumentos de política pública de


saúde sobre alimentação para a população brasileira, o Guia Alimentar para a
População Brasileira. Além disso, será apontado como que essa visão do
Ministério da Saúde, corrobora a ideia da alimentação de melhor qualidade com
as questões ambientais.

Lançado em novembro de 2014, o governo brasileiro admite que produtos


de origem animal podem ser prejudiciais à saúde e certamente são prejudiciais
ao meio ambiente. O documento será distribuído em escolas e hospitais
gratuitamente e também está disponível no endereço
eletrônico http://bvsms.saude.gov.br .

O novo material, que substitui o guia lançado em 2006, muda


completamente o tom em relação à alimentação que não inclui produtos de
origem animal. Atualizado por pesquisas oficiais publicadas ao longo dos anos
em todo o mundo, trata a alimentação vegetariana de forma mais natural e
cotidiana. O novo guia reconhece que não é necessário consumir carne,
laticínios ou ovos para ser saudável, embora mantenha o posicionamento
presente no guia antigo de que vegetarianos precisam ter atenção na hora de
combinar os alimentos.

Na página 84, é dito que:

“Por diversas razões, algumas pessoas optam por não consumir


alimentos de origem animal, sendo assim denominadas vegetarianas. A
restrição pode ser apenas com relação a carnes ou pode envolver também
ovos e leite ou mesmo todos os alimentos de origem animal. Embora o
consumo de carnes ou de outros alimentos de origem animal, como o de
qualquer outro grupo de alimentos, não seja absolutamente imprescindível
para uma alimentação saudável, a restrição de qualquer alimento obriga que
se tenha maior atenção na escolha da combinação dos demais alimentos que
farão parte da alimentação. Quanto mais restrições, maior a necessidade de
atenção e, eventualmente, do acompanhamento por um
nutricionista.” (Ministério da Saúde).

Na página 30, é informado que alimentos de origem animal são boas


fontes de proteínas, de vitaminas e minerais essenciais, mas que não contem

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fibras, e excesso de calorias e gorduras não saudáveis. Mas, continua indicando
que a população brasileira consuma carnes, ovos e laticínios, ainda que alerte
que produtos de origem animal podem ser fortes colaboradores para a
obesidade, para doenças do coração e para outras doenças crônicas. O
posicionamento se alinha perfeitamente aos grandes estudos de nutrição da
última década.

Outro ponto importante que o guia aborda é a questão do meio ambiente.


Sobre este assunto, o Ministério da Saúde é enfático em dizer que a produção
de produtos de origem animal é um dos maiores problemas ambientais do Brasil
e motivo de preocupação. O guia aponta danos desde o desmatamento para
abertura de pastos e uso intenso da água até os problemas causados pelas
monoculturas de soja e milho utilizadas para a fabricação de ração para animais
da pecuária.

“A diminuição da demanda por alimentos de origem animal reduz


notavelmente as emissões de gases de efeito estufa (responsáveis pelo
aquecimento do planeta), o desmatamento decorrente da criação de novas
áreas de pastagens e o uso intenso de água. O menor consumo de alimentos
de origem animal diminui ainda a necessidade de sistemas intensivos de
produção animal, que são particularmente nocivos ao meio ambiente. Típica
desses sistemas é a aglomeração de animais, que, além de estressá-los,
aumenta a produção de dejetos por área e a necessidade do uso contínuo de
antibióticos, resultando em poluição do solo e aumento do risco de
contaminação de águas subterrâneas e dos rios, lagos e açudes da região.
Sistemas intensivos de produção animal consomem grandes quantidades de
rações fabricadas com ingredientes fornecidos por monoculturas de soja e de
milho. Essas monoculturas, por sua vez, dependem de agrotóxicos e do uso
intenso de fertilizantes químicos, condições que acarretam riscos ao meio
ambiente, seja por contaminação das fontes de água, seja pela degradação
da qualidade do solo e aumento da resistência de pragas, seja ainda pelo
comprometimento da biodiversidade. O uso intenso de água e o emprego de
sementes geneticamente modificadas (transgênicas), comuns às
monoculturas de soja e de milho, mas não restritos a elas, são igualmente
motivo de preocupações ambientais.” – explicam as páginas 31 e 32.

O Guia Alimentar Para a População Brasileira é o material mais importante


do país e o posicionamento oficial do governo a respeito da alimentação dos
brasileiros. Serve também para formar a opinião de milhares de profissionais de
saúde como médicos e nutricionistas. Por isso, o novo jeito do Ministério da
Saúde encarar a alimentação praticada pelos vegetarianos e veganos é uma
excelente notícia, para a saúde, para os animais e para o planeta.

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1.2 – PH X Saúde

O potencial Hidrogeniônico, ou pH, é uma escala logarítmica que mede o


grau de acidez, neutralidade ou alcalinidade de uma determinada solução. Este
conceito foi introduzido em 1909 pelo químico Dinamarquês Søren Peter Lauritz
Sørensen. O pH varia de acordo com a temperatura e a composição de cada
substância (concentração de ácidos, metais, sais, etc).

As substâncias em geral, podem ser caracterizadas pelo seu valor de pH,


sendo que este é determinado pela concentração de íons de Hidrogênio (H+).
Quanto menor o pH de uma substância, maior a concentração de íons H+ e
menor a concentração de íons OH-.

Podemos medir os valores de pH, que variam de 0 a 14, com o aparelho


chamado pHmetro, ou com menos precisão com o uso de indicadores
(substância que revela a presença de íons hidrogênio livres em uma solução, ele
muda de cor em função da concentração de H+ e de OH- ).

pH = 0,0 (máximo de acidez);


pH = 7,0 (neutro);
pH = 14,0 (máximo de alcalinidade).

Dra. Cristina Pirajá, ressalta que para manter o equilíbrio do pH é


importante evitar alimentos com pH baixo, ou seja, ácidos (como ingredientes de
origem animal, café, refrigerante e etc) e consumir alimentos com PH alto, ou
seja, alcalinos (como vegetais, frutas com pouco açúcar, etc). (PIRAJÁ, 2015).

Pirajá também informa que embora o pH no interior do estômago dos


humanos seja de aproximadamente 5, graças à presença do ácido clorídrico, o
pH do sangue é de +/- 7,4 (bem como da maioria de nossas células e fluídos), e
a diminuição desse PH esta relacionado com o surgimento de inúmeras doenças.

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Abaixo desse valor, a acidez do sangue torna-se um meio propício para os mais
variados fungos, bactérias e vírus. Medições do pH da saliva de pacientes com
câncer registraram valores entre 4,5 e 5,7. A “gota” nada mais é que o ácido
úrico está elevado no sangue que transporta nutrientes as células e cria cristais
nas articulações. Um bebê é alcalino, e um idoso é mais ácido. Para reverter o
processo é necessário alimentação alcalina.

Dr. Roberto Amaral também ressalta que a acidez no organismo pode


levar a várias condições médicas, tais como úlceras, problemas de pele, artrite,
osteoporose e até mesmo fadiga e depressão. O nosso organismo foi projetado
para ser alcalino. Assim como o nosso corpo tem mecanismos para regular a
temperatura, de forma que se mantenha num valor determinado, ele faz o
mesmo para tentar manter o valor de alcalinidade do sangue.

Ele também mostra que um dos fatores que determinam o pH do sangue


é o alimento ingerido. Muitos médicos do passado já diziam que a alimentação
correta é a maior prevenção contra doenças. O importante disso tudo é ter em

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mente que o sangue, que leva os nutrientes por todo o organismo, deve ter em
média o pH entre 7,36 a 7,42. Ou seja, levemente alcalino. Em algumas
situações, como estresse, envelhecimento, poluição e alimentação incorreta, é
possível que a produção de ácidos aumente e coloque em risco o equilíbrio do
pH sanguíneo. Nesses casos, o organismo ativa alguns mecanismos
regulatórios, como por exemplo, o “sequestro” do cálcio dos ossos. Estas
reservas de minerais alcalinos são facilmente consumidas devido ao nosso estilo
de vida ocidental, ou seja, a maioria de nós ingere alimentos e bebidas que
contém ácidos fortíssimos. Estes ácidos manifestam-se na nossa dieta através
das colas e demais bebidas gaseificadas, pizza, batatas fritas, bolos, biscoitos,
refeições feitas no micro-ondas, pão, cafeína, queijo, alimentos com gordura,
tabaco, bebidas alcoólicas, lácteas, etc. Por isso, os efeitos de uma dieta
constituída por carne, produtos lácteos, bebidas gaseificadas, álcool, etc., são
os de provocar uma rápida utilização das nossas reservas alcalinas.

Se o organismo está constantemente utilizando o cálcio para eliminar


os ácidos que consumimos, então futuramente surgirão os sintomas da
osteoporose (estudos científicos comprovam e associam o consumo de
bebidas gaseificadas à ocorrência da osteoporose) (Amaral Neto).

Estudos recentes reforçam a ideia de que uma dieta com pH equilibrado


otimiza o metabolismo, aumentando a capacidade do organismo na eliminação
de toxinas, além de diminuir a retenção de líquidos, consequentemente
contribuindo com o processo de emagrecimento. É necessário que haja
equilíbrio na ingestão de alimentos ácidos e alcalinos, mas também na
quantidade de alimento consumido. A dieta alcalina, baseia-se em pesquisas
realizadas pelo Dr. Robert Young e que levaram a nutricionista Vicki Edgson e a
chef Natasha Corrett a publicar o livro “Honestly Healthy”. A proposta do
programa é aumentar o consumo de alimentos ricos em minerais alcalinos
(magnésio, potássio, cálcio e sódio) como: chá verde, grãos integrais, vegetais
e amêndoas, inhame, lentilha, melão, brócolis, repolho, maçã, mamão, frutas
cítricas e secas, folhas verdes, legumes, raízes, azeite de oliva, milho verde,
abobrinha, quiabo e chuchu cru e de bebidas saudáveis que não contenham
cafeína ou açúcar, como suco de vegetal fresco, água destilada, água de limão,

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chá de ervas, caldo de legumes, entre outros. E evitar os alimentos ricos em
ácidos como refrigerantes (incluindo água com gás e água tônica), café, chá-
preto, açúcar, adoçantes, amendoim, grãos e vegetais ricos em amido (trigo,
massas e feijão), farinhas brancas, todos os produtos processados, lácteos e
chocolate.

Nesta dieta todos os alimentos são permitidos, porém os alcalinos devem


estar presentes numa proporção maior, explica a nutricionista Patricia Rung, da
Clínica de Nutrição Funcional Patricia Davidson Haiat. Esta proporção entre os
alimentos pode variar entre as diferentes pessoas, mas geralmente ela deve ter
pelo menos 60% alcalinos e 40% ácidos. É importante ressaltar que a acidez dos
alimentos deve ser medida sobre seu efeito no organismo após a digestão e não
em seu teor de acidez e alcalinidade intrínseca, ou seja, o limão torna-se
alcalino no organismo!

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Dr. Amaral Neto, enfatizo que o ideal para o bom funcionamento orgânico
é que o paciente não faça a dieta por um período curto de tempo, mas que seja
um estilo de alimentação a ser adotada para a vida. A dieta não tem
contraindicações e qualquer pessoa pode aderir. Porém é necessário evitar
dietas muito restritivas, para que o organismo não seja prejudicado pela falta de
outros nutrientes, além de respeitar a individualidade bioquímica e adequar as
necessidades nutricionais de cada um. Por isso é fundamental ter um
acompanhamento de um nutricionista com experiência no assunto.

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1.3 – Veganismo

O veganismo é uma filosofia de vida e postura política que elimina o uso


de produtos de origem animal. Veganismo é o hábito em não consumir nada que
explorou animais em qualquer um dos estágio de produção do produto, além de
ajudar aos animais, proteger o meio ambiente, também colabora com a saúde.

Há uma frequente confusão entre Vegetarianos, Ovo-Lacto-Vegetarianos


e Veganos. Vegetarianos não consomem nenhum alimento que possua
ingredientes de origem animal. Os ovo-lacto-vegetarianos, apenas não
consomem carne animal, consumindo ovos e leites. Já o Veganismo, além da
dieta, também preocupa-se em não explorar os animais, seja da forma que for
(além de não comer nada com ingredientes de origem animal, também não usam
nada de animais, nem que foram testados em animais, ou mesmo que explorem
animais, como zoológicos, por exemplo. A ideia é deixá-los viverem em paz, sem
causar sofrimentos, das mais variadas formas que a exploração de suas vidas,
pelos seres-humanos, causa.

1.3.1 Veganismo e o Planeta

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No documentário “A Engrenagem”, do Instituto Nina Rosa, são narrados
diversos argumentos em favor da dieta vegana, como ao invés de plantar grãos
para alimentar animais, que virarão comida para poucos que podem consumi-
los, esses grãos (ou outros vegetais) poderiam alimentar muito mais pessoas. É
mostrado que com metade dos grãos e vegetais que os animais comem, poderia
acabar com a fome no mundo. Com os cereais utilizados para gerar 225g de
carne bovina, daria para alimentar 40 pessoas!

Fonte: HOESKTRA(2002)

Um boi, necessita de 1 hectare (10mil m²), para gerar 210kg de carne, em


2 ou 3 anos. Se essa área fosse destinada a agricultura, no mesmo período de
tempo, geraria:
 5 toneladas de feijão;  40 toneladas de tomate;
 16 Toneladas de Trigo;  13 toneladas de arroz;
 4 toneladas de cenoura;  23 toneladas de milho

Abaixo um comparativo do consumo de água, para alguns produtos:


Produto Litros de Água
Consumidos
1 ovo 200
1kg carne bovina 15.400
1kg de carne suína 5.988
1kg de queijo 5.988
1kg de carne frango 4.325
1kg de Milho 1.222
1kg de banana 790
1kg de Laranja 560
Fonte: Instituto Nina Rosa
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Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), mais de 1 bilhão de
pessoas não possuem acesso a água potável.

— A alocação dos recursos hídricos, além de ambiental, é uma


questão econômica, porque quando a água é escassa é preciso destiná-la
para onde haverá maiores benefícios para a sociedade. Mas sendo a água
um bem público, o mercado não é o único determinante. A água deve ser
usada para produzir alimentos para a população, para culturas ligadas a
biocombustíveis ou para plantações de commodities para exportação? Isso é
uma escolha política — aponta Arjen Hoekstra, criador do conceito de “pegada
hídrica” e autor de diversos estudos sobre água virtual numa parceria entre Unesco e
a Universidade de Twente. (THAIS LOBO, O Globo)

Fonte: HOESKTRA(2002)

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Em Slywitch, é mostrado que “...das áreas cultiváveis do planeta 30% são
destinados a pecuária e 33% destinado a produção de grãos para alimentar
animais. A previsão para 2050 é que o consumo vai dobrar, ou seja, 126% da
área do planeta cultivável para criar animais. A pecuária é o grande fator de
desmatamento dos biomas, contaminação da água”

No Brasil, há mais bois do que pessoas, são 205 milhões de bovinos. São
abatidos anualmente 4 bilhões de frangos, 40 milhões de porcos. Quanta
comida, quanta água, quanto espaço esses animais necessitam, que poderiam
ser usados para alimentação humana, através de Vegetais (ROSA).

Ao longo do ano, o Brasil envia ao Exterior cerca de 112 trilhões de litros


de água doce, segundo dados da Unesco — o equivalente a quase 45 milhões
de piscinas olímpicas ou mais de 17 mil lagoas do tamanho da Rodrigo de
Freitas, no Rio de Janeiro. Tantos litros são o total dos recursos hídricos
necessários para produzir essas commodities. A soja, o principal cereal
exportado, pelo Brasil, alimenta, sob a forma de ração, boa parte do rebanho
bovino da China, que tem aumentado exponencialmente seu consumo de carne.
(LOBO, 2015)

Na Terra, de uma população de 7 bilhões de pessoas, um bilhão passam


fome e dois bilhões são subnutridas; 70% da água potável é usada na agricultura

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e, mesmo com a produção de alimentos per capita aumentando, cresce a
pressão por terras e água para alimentar outros 2 bilhões, que aqui chegarão até
2050 (previsão da ONU).

O veganismo (consumo zero de produtos de origem animal) pode evitar a


catastrófica escassez de água, que se avizinha dos mananciais hídricos
mundiais, já que, com dietas não veganas, não haverá água o bastante na
agricultura para produzir comida a uma população de 9 bilhões.
É sabido que mais da metade da produção agrícola mundial é usada para
alimentação de animais e que a produção de alimentos de origem animal
consomem até 10 vezes mais água que aqueles da dieta vegana. Além disso,
são conhecidos os resultados intangíveis de medidas como eliminação do
desperdício e incremento comercial entre países com excedentes de alimentos
e os com déficit. Decorre daí que a adoção da dieta vegana é a única opção
restante que, ao reduzir ou zerar a pecuária, poderá aumentar a quantidade de
água disponível à agricultura e também oportunizar o redirecionamento de mais
produtos agrícolas para uso de pessoas.

O alarme sobre esta escassez de água, seus efeitos e solução foi dado
pelos relatórios produzidos pela ONU, preparando os países para uma possível
segunda crise global nos próximos anos.

A pecuária é responsável por emitir anualmente 7,1 giga toneladas de


dióxido de carbono equivalente (CO2e), cerca de 14,5% de toda a liberação de

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gases do efeito estufa (GEEs) resultante das atividades humanas. Em alguns
países, como no Brasil, o setor e as mudanças do uso da terra provocadas por
ele e pela agricultura são o principal contribuinte para as emissões nacionais.
(FAO)

De acordo com o relatório, “Tackling climate change through livestock: A


global assessment of emissions and mitigation opportunities”, (algo como
Lidando com a mudança climática através da pecuária: uma avaliação global das
emissões e oportunidades de mitigação), as principais fontes de emissões da
pecuária são: produção de alimentos para os animais (transformação de áreas
intocadas para pastagens) e processamento (45%), liberação de GEEs durante
o processo digestivo do gado (39%), decomposição dos resíduos (10%). A
porcentagem restante é proveniente do transporte dos animais e do
processamento industrial da carne.

Brasil
Um relatório sobre emissões da pecuária não poderia deixar de fora o país
com maior rebanho comercial de bovinos do mundo, com aproximadamente 209
milhões de cabeças. O Brasil recebe destaque justamente por suas NAMAs
(Nationally Appropriate Mitigation Action), ou seja, ações nacionais que os
países em desenvolvimento já possuem ou pretendem adotar para a adaptação
e mitigação das mudanças climáticas.

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1.3.2 – Veganismo e Saúde

"70% das doenças modernas são de origem animal" (PIRAJA, 2015)

A humanidade poderia se ver livre de sete em cada dez doenças que


apareceram nas últimas décadas, caso mudassemos nossos hábitos
alimentares, deixando de lado o consumo de produtos de origem animal. Carnes
(frango, porco, peixe e boi), laticínios e ovos prejudicam a saúde humana, como
é mostrado através da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação
e Agricultura), a ONU alertou em seu relatório intitulado “World Livestock 2013:
Changing Disease Landscapes.” (“Pecuária Mundial 2013: Mudando o
Panorama das Doenças”, em tradução livre) que a busca por mais alimentos de
origem animal tem deixado nossa sociedade mais doente:

“O aumento da população, a expansão agrícola e a existência de cada


vez mais cadeias de abastecimento alimentar globais alteraram dramaticamente
a forma como as doenças emergem, como passam de uma espécie para outra
e como se espalham.” (World Livestock 2013 – ONU)

No pesquisa, realizada pelo Instituto de Saúde do Estado de São Paulo e


pela Faculdade de Medicina da USP e que foi apresentado em agosto/2014 na
conferência da Sociedade Internacional de Epidemiologia Ambiental
(Internacional Society for Environmental Epidemiology), revelou que o consumo
de três ou mais porções diárias de frutas e verduras protege fortemente contra o
impacto da poluição, no organismo humano. Para a diretora do Instituto de
Saúde, Silvia Saldiva, não é uma novidade os benefícios de dietas compostas
por frutas e verduras.

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"Estamos em um processo de epidemia mundial de obesidade e a
Organização Mundial de Saúde já divulgou muitos documentos sobre a
necessidade de dietas saudáveis... O que conseguimos mostrar são os efeitos a
partir de três porções e o mecanismo protetor contra doenças crônicas
associadas à poluição. É difícil controlar os efeitos da poluição, a maior parte
passa por políticas públicas, mas esse estudo mostra que podemos nos
proteger".

O consumo de produtos de origem animal pode trazer problemas diretos


como doenças cardiovasculares, diabetes, alguns tipos de câncer etc., mas é
ainda mais nocivo se pensarmos que toda a dieta baseada em grandes
quantidades de proteína de origem animal demanda quantidades imensas de
recursos naturais. Com o meio ambiente afetado, a tendências de novas
doenças surgirem é maior. Por causa da globalização, há ainda maior facilidade
de um novo vírus se espalharem, como já aconteceu com as gripes aviária e
suína, recentemente.

Criações intensivas como as de frango para carne, de galinhas para a


produção de ovos e a de porcos são grandes celeiros de novas doenças, uma
vez que a proximidade dos animais e as condições quase sempre insalubres do
ambiente colaboram para a proliferação de doenças.

Ha redução de até 35% do colesterol em vegetarianos estritos, redução


de até 31% de mortes por infarto, redução de até 50% de risco de apresentar
diabetes. Mostram que vários órgãos de saúde indicam essa dieta, como
American Institute for Cancer Research, American Heart Association, FDA (Food
and Drug Administration), Departamento de Agricultura dos USA, e a Associação
Dietética americana e nutricionistas do Canadá, que diz:

"Dietas vegetarianas ou veganas corretamente planejadas são


saudáveis, adequadas em termos nutricionais e trazem benefícios para a
saúde na prevenção e no tratamento de determinadas doenças”

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Em 2014, a Escola de saúde pública de Harvard, nos EUA, restringiu o
leite e derivados de sua famosa pirâmide, inovando-a, agora em forma de prato.
Um grande avanço para a saúde mundial, pois até Harvard já demonstra uma
tendência de mudança.

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Pirâmide anterior de Harvard:

A “Pirâmida nova” de Harvard, agora na forma de prato:

A Universidade de Harvard inovou o modelo alimentar, instituindo o prato


como modelo ilustrativo, e sugerindo mudanças significativas no padrão
alimentar para uma população saudável. Abaixo alguns pontos fundamentais, na
opinião da Dra. Cristina Pirajá.
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 A preferência por óleos vegetais, minimizando o consumo de manteiga.
 Uma diminuição considerável no consumo de leite e derivados para 1a 2
porções ao dia, sob a alegação de que estes produtos estão associados com o
risco de certos tipos de câncer. A imagem e nome destas categorias de alimentos
sequer aparecem no prato, o que demonstra uma enorme mudança de
paradigma na dieta. Harvard ressalta que as fontes vegetais de cálcio devem ser
priorizadas, em detrimento do leite.
 A preferência por carnes brancas e fontes vegetais de proteína
(leguminosas principalmente) em detrimento das carnes vermelhas. A alegação
é de que as carnes vermelhas, mesmo em pequenas quantidades, quando
consumidas regularmente, aumentam os riscos de doenças cardiovasculares,
diabetes tipo 2 e câncer de intestino.
 Frisa a importância de que os grãos e cereais sejam integrais. Na pirâmide
alimentar isso não é enfatizado.
 Frisa a importância de reduzir o consumo de doces ao mínimo, enquanto
a pirâmide alimentar sugere uma porção desse grupo alimentar igual ou superior
à ingestão de leguminosas e óleos e gorduras.

2.2.2.1 O problema do Leite Animal

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Dr Lair Ribeiro, ressalta em sua palestra MITO do LEITE que há vasta
literatura, mas as pessoas não procuram. Para o que ele chama de “Mito do
Leite” e “Mito do Calcionismo”. Ele chama de febre, uma crise de bom senso,
esse consumo errôneo que foi disseminado no mundo, principalmente no
Ocidente.

“Um rato dobra de peso em quatro dias. Ele nasceu, você pesa ele
logo que ele nasce, quatro dias depois ele pesa o dobro. Um bezerro dobra
de peso em 47 dias. Um ser humano em média dobra de peso em 180 dias.
Claro que o leite do rato deve ser diferente do leite do bezerro, que deve ser
diferente do leite humano. Porque nós estamos falando de estruturas bem
diferentes. E ai começa a problemática. Leite foi feito para bezerro, o leite
de vaca foi feito para o bezerro, o leite do rato foi feito para o rato, o leito
humano foi feito para humano.” (Dr. Lair Ribeiro)

O consumo de leite, na história, é um hábito recente. Há 10mil anos não


haviam vacas domesticadas. Dr. Lair lembra que o nosso genoma não mudou
porque começamos a tomar leite de vaca, e mostra que países com alto
consumo de leite e derivados, como é o caso dos EUA, tem maior incidência de
osteoporose e fraturas ósseas. Ele indaga a questão de que a grande maioria
dos estudos não consegue demonstrar uma correlação positiva entre ingestão
de cálcio, na forma de produtos lácteos, e um equilíbrio do cálcio no organismo.

Por que os países com menor consumo de leite e derivados têm menor
incidência de osteoporose e fraturas ósseas? No mundo é assim, onde se toma
mais leite tem mais osteoporose e mais fraturas, onde toma menos leite se tem
menos osteoporose e menos fratura.

Nos países orientais, como China, Japão, Vietnam ou Tailândia, não há


consumo de produtos lácteos. E os habitantes desses países possuem uma as
menores taxas de osteoporose e fratura óssea do mundo.(Hegsted, M.
Fractures)

As informações sobre os hábitos alimentares do povo chinês


revelam que os mesmos são inteiramente alheios à preocupação dos
povos ocidentais em beber leite de vaca. Os chineses nunca utilizam o
leite de vaca e, muito menos, amamentam os bebês dessa forma. E, não
deve ser uma simples casualidade o fato de que grandes percentuais da
população mundial sejam incapazes de digerir a lactose. Parece que a
"natureza" tenta nos avisar que estamos ingerindo alimentos errados. É

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preciso atentar para a inclusão de leite de vaca não apenas nos produtos
diretamente derivados do leite mas, também, nos alimentos que contém
leite, como biscoitos, bolos, sorvetes, etc.

Além desses detalhes, é importante ressaltar que desde os anos


noventa do século vinte, o Dr. Daniel Cramer, da Universidade de Harvard,
discutiu a relação existente entre o consumo de derivados do leite e o
aparecimento de câncer dos ovários. Outros estudos confirmam a mesma
relação com o câncer da próstata. Essa última relação é confirmada pelos
dados da Organização Mundial de Saúde, que mostram a ocorrência de 1
caso de câncer da próstata em cada grupo de 20.000 homens, nos países
que como a China não consomem leite, enquanto no Reino Unido,
ocorrem 70 vezes mais casos de câncer da próstata em igual número de
indivíduos. (PLANT, 2007)

Mas mesmo assim, o que mais ouve-se é que: Tenho que tomar leite por
causa dos meus ossos! Mesmo que a natureza mostre que a única espécie que
toma leite de outra espécie, a única espécie que toma leite depois de adulto é a
humana.

Austrália, Nova Zelândia, América do Norte e Oeste Europeu possuem as


maiores taxas de consumo de leite de vaca, e também tem a maior incidência
de osteoporose e risco de fratura óssea! (FESKANICH, 1997)

O Dr. Robert Kradjian, Chefe da Divisão de Cirurgia da Mama do Seton


Medical Centre, na Califórnia recomenda evitar o consumo de leite e seus
derivados a todas as suas pacientes (KRADJIAN, 2008).

O número de americanos diagnosticados com osteoporose aumentou


55% de 1995 a 2006 (US Departament of Health and Human Services, Agency
for healthcare Research and Quality, Osteoporosis-linked fractures rise
dramatically.) E cada vez mais os anúncios para consumirem leite aumenta nos
EUA, e cada vez se tem mais osteoporose.

Dr. Lair Ribeiro também ressalta a questão da Intolerância à lactose. Ele


explica que o leite tem um açúcar chamado lactase, que quando a enzima
lactose atua no leite, quebra a lactase em galactose e glicose. Para onde vai
parar essa galactose? E explica, que um outro polimorfismo genético onde essa
galactose, mesmo sendo quebrada pela lactose, ou seja, mesmo que você não

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tenha nenhum problema com a lactose, você pode ter intolerância a galactose.
Que não é manifestada no teste porque ela está presa na molécula, na hora que
ela separa é outra história.

O ser humano para de fabricar lactose por volta dos quatro, cinco anos
de idade em média. Mostrando o seguinte: você esta ficando adulto,
você esta crescendo, você tem que parar de mamar, parar de tomar leite.
NÃO HÁ NECESSIDADE DE tomar leite a vida inteira, por isso não ha
necessidade de se produzir lactose a vida inteira (Dr. Lair Ribeiro)

Há campanhas, inclusive do Ministério da Saúde, para evitar ao máximo


dar leite de vaca ao bebê, nos primeiros anos de vida. Isso é estabelecido no
mundo inteiro.

Leite não pode ser considerado um "sports drink", não previne


osteoporose e possivelmente contribui para o desenvolvimento de DCV
(Doença cardio vascular) e câncer de próstata. (Physicians Committee
for Responsible Medicine, Good Medicine 2, Spring 2001:23.).

Um comitê dos médicos norte americanos reuniu-se em 2001 e fez uma


manifestação sobre isso: Osteoporose é uma doença pediátrica com
consequências geriátricas. (Dr. Duane Alexander).

Estudos demonstram que leite de vaca não protege seres humanos contra
fraturas ósseas do modo como nos foi ensinado. De fato, o alto consumo pode
aumentar o risco de fratura. (Feskanich, D. et al, Milk, dietary calcium and bone
fractures in women: a 12-year prospective study. AJPH 87 (1997):992-997)

Uma avaliação de 58 estudos mostrou que não ha relação entre o


consumo de leite, os níveis de cálcio e a saúde óssea. (LANOU, A.J et al.
Dairy products and bone health in children and young adults: A reevaluation of
the evidence. Pediatircs 115 (2005): 736-43.: News Online, "Conventional
wisdom on milk questioned, " Mar, 7, 2005)

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O cálcio do leite da vaca é muito pobre, a biodisponibilidade dele é muito
pequena, 32% do cálcio que esta no leite é absorvido. “A vaca não precisa
tomar leite para ter cálcio, ela come o verde, a biodisponibilidade do cálcio
que você consegue na verdura é MUITO maior do que a do leite” (DR. LAIR
RIBEIRO).

Na palestra Mito do Leite, vemos que o cálcio para se segurar ao osso


precisa ter vitamina D3, magnésio, e como falta isso na maioria das pessoas
esse cálcio não fica nos ossos, ele vai ser depositado nas artérias. Que artérias?
coronária, aneurisma de aorta, ele vai para esses lugares.

Dr. Lair Ribeiro mostra que a análise dos nutrientes em 100 gramas de
leite de vaca e 100 gramas de leite humano. A primeira concentração de
proteína é muito diferente, claro o bezerro tem que dobrar de tamanho em 47
dias, o ser humano em 180 dias dobra de peso. O carboidrato é ao contrário, o
leite de vaca tem pouco carboidrato o leite humano tem muito carboidrato. O
sódio é muito maior, o fosforo que é outro problema, é muito maior, e o cálcio é
muito maior que no leite do ser humano (ver tabela abaixo):

Análise de 100g de Leite

Nutrientes Vaca Ser Humano


Proteínas 4,0 1,1
Carboidrato 4,9 9
Sódio 50 16
Fósforo 97 18
Cálcio 118 33

A discrepância é muito grande quando se analisa o leite de vaca e o leite


humano. Sem falar dos outros problemas, como a caseína perce que causa
alergia, a lactose desenvolve intolerância. Caseína é apenas um exemplo, há
várias proteínas lácteas que tem o potencial de desencadear fenômenos
alérgicos, bem mais complicados.

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Pasteurização: Antigamente o sujeito tirava o leite e vendia na própria
fazenda, não tinha processo de pasteurização. A pasteurização do leite resolveu
alguns problemas e criou outros. O leite que sai do peito da vaca não é o leite
que sai da caixinha. Pasteur sugeriu que o leite deveria ser aquecido a uma
temperatura de 71,7°C por 15 segundos. E isso mataria todos os micróbios,
todas as bactérias. Foi inventado depois outra pasteurização que é a
temperatura altíssima onde você chega a 150 graus centígrados por 5
segundos. Quando isso é feito o leite se torna totalmente ESTÉRIL. Onde a
desnaturação das proteínas é maior, porque não existe proteína com
conjugação secundária e terciária que aguente essa temperatura. O leite que
sai do peito da vaca, apesar de todos os problemas, pelo menos há lactobacilos,
ele tem uma flora que vai lhe ajudar de alguma forma, mas quando ele passa
pelo processo de pasteurização aquela bactérias, muitas delas são mortas
todas, o leite fica totalmente estéril. Além dos conservantes, das desnaturações
no processo da pasteurização, e outros químicos, como:

* ANTIBIÓTICOS (MASTITES). Quando se tira duas, ou três vezes por dia, o


úbere da vaca desenvolve uma inflamação, desenvolve mastite. Para combater
isso, é dado antibióticos, que vão para o leite (se não é dado o antibiótico, fica
inflamado, onde há inflamação, há pus). E assim, a resistência bacteriana
surge. Uma das causas dos antibióticos não estarem mais funcionando são as
vacas, o leite que tomamos dela.

- SUBSTÂNCIAS RADIOATIVAS.
- HORMÔNIOS
- METAIS
- BACTÉRIAS
- VITAMINA A & D acrescentadas. Ter um leite com vitamina D em termos de
saúde não significa absolutamente NADA. Só serve para vender mais, como
estratégia de marketing

Hormônios no leite:

- 8 HORMÔNIOS PITUITÁRIOS DA VACA NO LEITE


- 7 HORMÔNIOS ESTEROIDAIS (E1,E3,P,T) DA VACA NO LEITE

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- 6 HORMÔNIOS TIREOIDIANOS DA VACA NO LEITE
- 11 FATORES DE CRESCIMENTO, porque o bezerro tem que crescer ele tem
que dobrar de tamanho em 47 dias, então os fatores de crescimento são mais
concentrados, está TUDO NO LEITE. E fator de crescimento é proliferativo, se
o ambiente é propício, CAUSA CÂNCER! Todo fator de crescimento num
ambiente propício desenvolve a proliferação das células, predispondo ao
câncer. (Mito do Leite)
- JA FORAM ISOLADOS NO LEITE 59 HORMÔNIOS DISTINTOS!
Ao analisar o leite, vemos que há 59 hormônios distintos, que não
pertencem a você, são hormônios bovinos. 87% do leite de vaca é composto de
água. Aí você pensa, eu tomo leite a 2%, ou seja, a concentração de gordura
no leite é de 3,9%, porque a maioria do leite é água, o que tem de gordura é
3,9%. Quando você diz que um leite é 2%, você pensa que esse leite tem
apenas 2% de gordura. Mas na realidade 2% de gordura em peso, mas 37% em
calorias. Porque ele usa a coisa do peso, porque a maioria é água, então parece
que é quase nada!! Mas 37% num leite a 2%, 37% da caloria advinda desse
leite, a água não conta, advém da gordura, mesmo ele sendo a 2%. Então você
está ingerindo grande quantidade de gordura saturada. (MITO DO LEITE).

Em geral, lactase é produzida pelo corpo humano até a idade de 4 anos.


(Wiliams, SR. Nutrition And Diet Therapy, 7th Ed.(Mosby: St. Louis, 1993), p41.).

A partir dos 4 anos começa a cair, aos nove anos não tem mais nada !!!
Teoricamente o máximo que você poderia tomar leite até os oito nove anos de
idade, não tomando no primeiro ano. Então a intolerância a lactose é uma coisa,
alergia ao leite é outra. (RIBEIRO).

No livro “Galactolatria: mau deleite”, a autora Sônia T. Felipe, defende


que a partir do momento de erupção da primeira dentição o ser humano para de
produzir a enzima digestiva do leite e essa seria a razão de tantos problemas
de saúde relacionadas ao alimento. O leite de vaca, segundo ela, não é bem
digerido pelo organismo humano por questões biológicas.

“A maior parte dos seres humanos não tem mais a produção da enzima
que permite digerir o açúcar do leite, que é a lactose. Em função disso, as

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pessoas sofrem uma série de disfunções digestivas e outros males que hoje os
estudiosos apontam como de origem galactogênica” (FELIPE, 2012)

Dr. Sônia ainda critica a qualidade do leite que é vendido no país.


Onde o produto comercializado em caixas é industrializado e processado
para mascarar contaminações causadas por sangue e pus de animais com
inflamações (mastite) nos mamilos e nos cascos. Segundo ela, as vacas
tornaram-se “máquinas” de fabricar leite, com um alto nível de sofrimento
físico e psicológico: vivem confinadas, alimentando-se de grandes
quantidades de grãos (que não estão preparadas para digerir) e até de
outros alimentos (como restos triturados de carnes de outras vacas),
produzindo leite até a estafa completa. (FELIPE, 2012)

A intolerância a lactose é a sua inabilidade de transformar a lactose em


galactose e glicose. Já quanto a alergia ao leite, veja uma lista das principais
que foram detectados anticorpos contra:

 CASEINA;
 BLG – Betalacto Globulina
 ALG – Alfa Lacto Globulina
 BGG – Bovino Gama Globulina
 BSA – Bovino Soro Albumina
 BTC – Beta -Celulina

Na famosa palestra Mito do Leite, ouvimos que:

“...homologia estrutural, o mimetismo molecular, ou seja se o leite cria um


anticorpo contra a caseína e lá no seu pâncreas tem uma proteína que na cadeia
de aminoácidos dela tem um grupo de aminoácidos parecido com o grupo de
aminoácidos da caseína, aquele anticorpo agora não só vai atacar a caseína do
leite com também vai lá e ataca o seu pâncreas! E você desenvolve diabetes tipo
1. Então, a incidência de diabetes tipo 1 está relacionada com o consumo de leite,
pelo processo do mimetismo molecular, pelo processo da homologia estrutural.
Ou seja, a proteína, caseína tem proteínas primas semelhantes que estão no
fígado, que estão no pâncreas, que estão em outras partes do corpo” (Dr. Lair
Ribeiro)

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Em BRIGGS (1960), é mostrado que a ideia de que o leite seria bom para
quem tem úlcera causou um aumento de 600% na incidência de infarto do
miocárdio nesse grupo.

2 - Resultados

Em 1931, Otto Heinrich Warburg (1883-1970), recebeu o prêmio Nobel


por descobrir a CAUSA PRIMÁRIA DE MUITAS DOENÇAS E DO CÂNCER,
provou que um estilo de vida antifisiológico e com uma alimentação
antifisiológica gera condições para as doenças invadirem o organismo. Para ele
a alimentação antifisiológica – dieta baseada em alimentos acidificantes mais
sedentarismo cria no organismo um ambiente de acidez abaixo de pH 7,0

“A falta de oxigênio e a acidez são as duas caras de uma mesma


moeda: quando você tem um, você tem o outro. As substâncias ácidas
repelem o oxigênio; em oposto, as substâncias alcalinas atraem o oxigênio.
Privar uma célula de 35% de seu oxigênio durante 48 horas, pode convertê-
la em cancerígena. Todas as células normais tem como requisito absoluto o
oxigênio, porém as células cancerosas podem viver sem oxigênio – uma
regra sem exceção. Os tecidos cancerosos são tecidos ácidos, enquanto que
os saudáveis são tecidos alcalinos” (Warbug, 1931).

Em sua obra “O metabolismo dos tumores”, Doutor Otto mostrou que


todas as formas de câncer se caracterizam por duas condições básicas: a
acidose (acidez do sangue) e a hipóxia (falta de oxigênio). Ele também
demonstrou que as células cancerosas são anaeróbias (não respiram oxigênio)
e não sobrevivem na presença de altos níveis de oxigênio; mas sobrevivem
graças a glicose, sempre que o ambiente está livre de oxigênio.

Então, o câncer é uma forma de defesa que certas células do organismo


apresentam para continuarem com vida, em um ambiente ácido e carente de
oxigênio. Já nas crianças com câncer, a herança da mãe é o fator, já que os
alimentos e bebidas que ingeridos pela mãe são compartilhados com o bebê.

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Leite = Doenças

“Para fazer a vaca dar mais leite eles tiveram a brilhante ideia de
engravidar a vaca hoje (porque tudo é feito por inseminação artificial) e
daqui a dois meses engravidá-la novamente. Ela já está grávida hoje,
então o útero está perfeito para receber a gravidez só não tem o óvulo,
mas é feito tudo por inseminação artificial. Eles vão lá e fecundam ela
novamente. Então ela está sendo ordenhada e ela está grávida de novo.
Só que quando ela fica grávida ela tem placenta e quando tem placenta
tem hormônio. A produção de progesterona aumenta 20 25x numa
mulher grávida, a produção de estriol aumenta 20x numa mulher grávida.
No caso da vaca aumenta 33x no leite, no sangue eu não sei, o dado
aqui é de leite. Estrona! Que é um hormônio NÃO DESEJÁVEL, um
hormônio CANCERÍGENO! A mulher tem 10% de estrona, a vaca tem
80% de estrona. O perfil hormonal da vaca, obviamente é muito diferente
do perfil da mulher” (Dr. Lair Ribeiro)

Os malefícios relacionados à ingestão do leite animal são diversos, como


veremos nos itens citados abaixo (ESTEVES, 1999), (CURVO, 1992),
(KRADJIAN, 2008), (MELO, 1999), (PROUNDLOVE, 1996), (RÓMAN, 2003),
(PCRM, 2009), (PLANT, 2007), (NutritionMD), Os efeitos são conhecidos apenas
a médio ou longo tempo e, então, detectáveis com certeza, apenas em exames
detalhados, que não são divulgados na grande imprensa. Podem ter como

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causas micro-organismos e bactérias, como os originários da brucelose e
tuberculose e dos grupos da salmonela e de estafilococos. As manifestações
são:

 Acne
 Alergia (morte súbita em recém nascidos foram associadas a alergia ao
leite)
 Anemia
 Anorexia
 Asma
 Autismo (O autismo em 1970 você encontrava 1 caso a cada 10 mil crianças,
em 2005 1 caso a cada 500 crianças e em 2009 1 caso a cada 100 crianças. O autismo
vem aumentando no mundo e tem a ver com a nutrição, com a contaminação do leite
e do leite materno – Dr. Lair Ribeiro)
 Câncer de Próstata
 Câncer de mama
 Conjuntivites
 Diarreias
 Doença de Parkinson
 Dores abdominais
 Doença cardíaca
 Dor nas costas
 Dores articulares
 Endocardites
 Enxaqueca
 Esclerose múltipla
 Esquizofrenia (devido ao Beta Casomorfina 7 – Dr. Robert Cade)
 Febre (inclusive a ondulante e tifoide)
 Infecções de pele superficiais e profundas
 Infertilidade
 Mau hálito
 Meningites
 Náuseas
 Nevralgia
 Obesidade
 Obstipação (prisão de ventre)
 Perturbações intestinais, hepato-biliares e vesiculares
 Pneumonias
 Septicemia (infecções da correntes sanguínea)
 Suor excessivo
 Tuberculose
 Vertigens
 Vômitos
 E etc

Há também os males que se desenvolvem pela absorção da gordura

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saturada e do colesterol, como também do excesso de proteína animal,
altamente presentes no leite animal. Estes males são:

 obesidade
 diabetes
 infartos (infarto do miocárdio)
 doenças coronarianas
 AVC (acidente vascular cerebral)
 impotência sexual masculina
 trombose
 dislipidemias
 arteriosclerose
 artrite
 reumatismo
 osteoporose

A presença dos hormônios naturais ou ainda os hormônios sintéticos


aplicados ao animal para aumento da produção do leite está também vinculado
à diversos males, principalmente de ordem sexual e de reprodução. Entre eles:

 alterações hormonais
 desequilíbrio menstrual
 obesidade
 diabetes
 nanismo
 gigantismo
 doenças renais
 hipertensão
 crescimento de pelos nas mulheres
 desenvolvimento precoce dos seios em meninas
 ginecomastia (aumento das mamas no homem)
 puberdade precoce
 masculinização de mulheres
 feminilização de homens
 tumores de próstata
 tumores de mama
 tumores de útero
 tumores de ovário
 tumores de testículos
 tumores benignos e malignos, principalmente dos órgãos ligados à
reprodução
 abortos prematuros
 impotência sexual masculina
 infertilidade

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A concentração de estrona no soro do leite de uma vaca não prenha é de
30pg/ml. A concentração numa vaca prenha (41-60 dias) é de 151pg/ml. Numa
vaca prenha (220-240 dias) é de 1000pg/ml. Houve um aumento de 33 vezes
na concentração de estrona no leite. (Mito do Leite)

Mulheres que tomam dois ou mais copos de leite têm um aumento de 66%
no risco de desenvolverem câncer de ovário (PECK, 2000)

“Existe uma correlação entre ingestão de leite e câncer de próstata”


(GIAVANNUCCI, 2001, pag 87-92)

No gráfico acima, é possível perceber que a incidência de esclerose


múltipla aumenta com o consumo de leite. Um paciente com esclerose múltipla
precisa parar de tomar leite, para parar de desencadear processos autoimunes
causados por uma série de proteínas. Muitas começaram por causa do leite, ela
tem uma alergia ao leite, cria o anticorpo esse ataca a mielina nos nervos e
desenvolve a esclerose múltipla. (Dr. Lair Ribeiro).

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Dr. Lair, também mostra que quanto maior o consumo de leite, maior a
incidência de câncer de mama. A incidência de câncer de mama na Holanda é
altíssima, pois consomem muito leite. E na Coréia do Sul, onde o consumo é
nulo ou baixíssimo, ocorre justamente o contrário. Todos os estudos
apresentados até hoje, epidemiológicos, existe uma correlação entre a
quantidade de leite que se toma e a incidência de câncer de mama.

Quanto maior o consumo de caseína, maior a incidência de diabetes tipo


1, pela homologia estrutural. Quanto mais leite você toma, mais caseína tem.

O Dr Walter C. Willet , autor do estudo "Nurses Health Study" onde 77.761


mulheres com idades entre 30 e 45 anos foram acompanhadas por 12 anos.
Foram analisadas a dieta e fraturas de rádio e fêmur. Conclusão desse estudo:
AS MULHERES QUE INGERIRAM DOIS OU MAIS COPOS DE LEITE POR DIA
TIVERAM MAIS FRATURAS QUE AQUELAS QUE INGERIRAM UM OU
MENOS DE UM COPO POR SEMANA.

Grupo que fez suplementação com cálcio, conclusão: O GRUPO QUE


FEZ SUPLEMENTAÇÃO COM CÁLCIO, TEVE MAIS INFARTO DO QUE O
GRUPO QUE NÃO SUPLEMENTOU. Porque o cálcio não é só absorver ele, ele
teria que ficar preso no osso. Se ele não fica no osso ele se deposita nas artérias
e cria problemas. Suplementação de cálcio em mulheres saudáveis
menopausadas aumenta o risco de infarto do miocárdio.

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Quanto maior a ingestão de cálcio, maior a incidência de fratura de quadril.
Quando você toma o cálcio sozinho, você facilita fraturas no quadril.

Percebe-se, que problema não é apenas o cálcio, é a relação


cálcio/magnésio. Na palestra virtual, Mito do Leite, é mostrado que na Finlândia,
se morria muito do coração, onde mais tinha doenças cardíacas no mundo. Mas
isso mudou, pois o departamento de saúde da Finlândia criou um sal, onde
aumentaram a concentração de magnésio, diminuíram a concentração de cálcio
e esse problema sério caiu dramaticamente. Mostrando a relação ideal entre
cálcio / magnésio é de no máximo 2 para 1. E no leite é mais de 10 para 1. Ou
seja o cálcio proveniente do leite é MALÉFICO, pois traz a relação com o
magnésio ruim para a saúde, o risco de morte aumenta!

Já que o problema não é cálcio, qual é o problema? Primeiro que 85 a


90% do osso é PROTEÍNA, não é mineral. Segundo, produtos lácteos tem
sido considerados alimentos saudáveis, e, isso infelizmente é apenas um mito
(CAMPBELL, 2006)

Não faz sentido que tenhamos que depender a vida toda de leite de uma
outra espécie para preencher nossas necessidades de cálcio.

O esqueleto é constituído de dois tipos de ossos:

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- Cortical (exterior)------------------ 80%

- Trabecular (interior)---------------- 20%

É só no trabecular que tem a mineralização. E os estudos de cremação


mostram que você pegando um jovem de 18 anos, 1,80m pesando 80kg. E
pegar um indivíduo de 80 anos, 1,80 pesando 80kg, Eles morrendo e são
cremados, o que sobra de cinza é igual. Como a cinza são os são os minerais,
é o cálcio que ficou, podemos dizer que é mito dizer que o osso tem menos
cálcio a medida que envelhece, pois senão as cinzas do homem de 80 anos
deveria pesar bem menos do que as do de 18 anos. (Dr. Lair Ribeiro)

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Carne = Doenças

“Só há relatos de cânceres


em animais com hábitos carnívoros”
(A Carne é Fraca)

“Ninguém nunca ouviu


alguém dizer que está com déficit de
proteínas” (A Carne é fraca)

“Carnívoros verdadeiros secretam uma enzima, a URICASE, para


metabolizar o ácido úrico da carne. Na sua ausência, o organismo neutraliza
esse forte ácido usamos minerais alcalinos, como o cálcio, podendo formar
cristais e causar gota, pedra no rim, doenças renais, artrite e reumatismo.
SE NÃO FABRICA A URICASE, COMO PODE O HOMEM CONSIDERAR-
SE CARNÍVORO? Por isso os produtos ácidos desmineralizam o organismo,
retirando dos ossos principalmente o cálcio, para corrigir o pH ácido gerado
pela alimentação ácida”. (PIRAJA, 2015)

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O Dr. Shynia, do Japão, mostra em sua famosa apresentação no YouTube que
Câncer, polipos e outras doenças tem sua origem no consumo de proteína animal
(Carne, Leite e derivados).

“O consumo de carne é INSALUBRE, tanto que a Ciência já associou


o consumo de carne com vários tipos de câncer, como mama, intestino e
próstata, além de aumentar a incidência de patologias cardíacas e
metabólicas e transmitir doenças graves, como a Neurocisticercose e a
Doença da Vaca Louca. É ANTIFISIOLÓGICO, pois todo nosso organismo
tem evidências a favor de uma dieta vegetariana. Não temos garras para
capturar nossas vítimas, nem presas para mastigar sua carne, e nossos
molares são achatados. Nosso fígado, órgão que neutraliza os venenos, é
pequeno, comparado proporcionalmente com o tamanho de nosso corpo.
Nosso intestino é longo e cheio de microvilosidades, que aumentam a
absorção dos alimentos, ao contrário do dos carnívoros, que é curto, por isso
o contato deles com a carne e suas toxinas dá-se por um breve período.
Nossos ácidos estomacais são mais fracos, porque ácidos fortes não são
necessários para digerir frutas e vegetais; então o PH de nosso estômago é
em torno de 5, ao passo que o dos carnívoros, 1. Temos Ptialina na boca, a
Amilase salivar, enzima que começa a digerir os carboidratos dos vegetais
assim que entram na cavidade oral, ausente nos carnívoros verdadeiros, pois
esses não ingerem vegetais. Não fabricamos a Uricase, enzima que
metaboliza o ácido úrico presente na carne em grande quantidade, aí

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utilizamos nosso cálcio para alcalinizar esse forte ácido, o que acidifica o
organismo e provoca a formação de radicais livres, relacionados ao
envelhecimento. Fora que os cristais formados podem depositar-se nas
articulações, dando origem à Gota e a Reumatismos” (PIRAJA, 2015)

Carnívoros tem um intestino curto para rápida expulsão da carne em


decomposição. Vegetarianos, incluindo o homem, tem um intestino longo, para
a digestão lenta de frutas e vegetais. Carnívoros possuem longos e afiados
dentes, vegetarianos possuem dentes aptos a cortar e moer grãos, frutas e
vegetais.

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3 – Discussão dos Resultados

Meio-ambiente: A escassez de água em alguns países, de fato, pode levar


a escolhas políticas para restringir a exportação de alimentos. Na reportagem,
do O Globo “O Brasil exporta certa de 112 trilhões de Litros de água doce por
ano”, lembram que o governo de Israel, por exemplo, desencoraja a exportação
de laranjas — tradicionalmente cultivadas com um sistema de irrigação pesado
—, para evitar que grandes quantidades de água virtual sejam exportadas para
diferentes partes do mundo. Mesmo no Brasil, abundante de recursos hídricos,
precisa levar em conta o uso de água nas culturas diante de uma distribuição
desigual em seu território. Menos povoada, a Região Amazônica concentra a
maior parte da água superficial do país, enquanto a populosa Região Sudeste
tem disponível 6% do total da água doce. No semiárido nordestino, os rios são
pobres e temporários, o que acaba criando uma pluviosidade baixa. O consumo
de água necessária para gerar alimentos de origem animal, não é
economicamente (levando-se o custo da agua para o futuro) viável.

Saúde: Como visto, dados, fatos e argumentos para deixarmos de lado o


consumo de ingredientes de origem animal são abundantes. Sabemos que o
lobby das industrias para continuarmos, aumentarmos esse consumo é forte,
logo não podemos esperar que haja campanhas publicitárias divulgando esses
fatos, na mesma proporção.

Dra. Piraja, define os consumidores de carne em 3 tipos:

 CARNÍVORO: O animal que mata a própria presa e a devora com o sangue


ainda quente. Ex: leão, leopardo, onça, tigre.
 CARNICEIRO: O animal que não tem capacidade de matar a própria presa,
espera que ela morra ou que um predador mate-a, e a devora mais tarde,
com o sangue já frio. Ex: abutre, urubu, hiena, corvo.
 NECRÓFAGO: Come a carne com meses de estocagem nos frigoríficos.
Não saliva ao vê-la no seu estado natural, precisa maquiá-la para enganar
seus sentidos e conseguir comê-la. Ex.: homem.
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Sugestões de Consumo

Como vimos, a dieta vegana é mais do que uma alternativa, é essencial


para vivermos mais e melhor:

Pirâmide alimentar vegana

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Alternativa ao Leite animal

Além dos leites vegetais da tabela acima, há outras opções, como os leites
de: Alpiste, Amêndoas, Amendoim, Brotos de Soja (Moyashi), Cânhamo,
Castanha-do-Brasil(Castanha do Para), Girassol, Macadâmia, Sementes de
Abóbora, podem ser feitos em casa, e receitas são facilmente encontradas pela
internet.

Alternativa ao Carne Animal

Primeiro, não há um único alimento vegetal para substituir a carne animal,


nenhum é idêntico a ela. E nem precisa ser, pois a dieta vegetariana pode ser muito

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mais rica e variada do que a dieta que onívora (que inclui as carnes). Precisa-se quebrar
pré-conceitos, pois a carne não é o centro da dieta, ela é(deveria ser) apenas uma
opção.

A questão da proteína, não é problema, pois há uma diversidade enorme de


fontes, como castanhas e sementes (nozes, avelãs, castanha-do-Brasil/Pará, castanha
de caju, amêndoas, gergelim, semente de girassol) e pelas leguminosas (feijão, lentilha,
ervilha, grão-de-bico, soja e derivados). Compara com à carne, esses alimentos
vegetais suprem nossas necessidades, mas com uma carga menor de gordura total e
gordura saturada. Isto permite que haja espaço para a inclusão de outros alimentos que
serão fontes de ainda outros nutrientes e assim a dieta se torna mais rica e mais
completa.

Se considerarmos a qualidade desta proteína, veremos ainda que a ideia da


“substituição”, nestes termos, fica ainda mais inviável. Isto não significa dizer que seja
inviável suprir a nossa necessidade proteica com vegetais, significa apenas que a busca
por um substituto vegetal idêntico à carne tem grandes chances de ser frustrada, pois é
raro um alimento vegetal que contenha todos os aminoácidos essenciais. No entanto,
uma combinação de alimentos vegetais garante a ingestão destes aminoácidos de
forma completa e é aqui que encontramos a melhor ilustração deste paradigma inerente:
se são raros os vegetais com um bom perfil de aminoácidos, como pode um vegetal
suprir adequadamente a nossa necessidade destes? Um único vegetal raramente
poderá, mas uma variedade de vegetais o fará tranquilamente, reforçando a ideia de
que a adequação da dieta não está em um “substituto” à carne, mas na reforma global
das escolhas alimentares.

Dr. George Guimarães diz que os maiores benefícios da dieta vegetariana


advém justamente desta necessidade de variar a dieta. Precisa-se mudar os velhos
hábitos que contam com uma variedade muito limitada de alimentos para manter o
indivíduo razoavelmente saudável. Necessitamos explorar novos ingredientes, novas
preparações, novas influências culinárias. O resultado será uma dieta bastante variada,
que permite o consumo de uma gama maior de nutrientes, e com isso, permitirem-nos
o consumo de uma gama maior de substâncias protetoras (antioxidantes, fitoquímicos,
fibras), um quesito essencial para uma vida saudável.

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Alternativa ao Ovo (Ovulação)

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Conclusão

Cada vez mais os meios de comunicação procuram mostrar a importância


do consumo consciente da água, que devemos poupar água. Como vimos nesse
trabalho, a pecuária representa 70% do consumo mundial de água. Logo,
parece-me óbvio pararmos de incentivar esse consumo. Não é racional
reduzirmos o tempo no chuveiro e continuarmos consumido carnes, que como
foi visto ao longo do trabalho, consome água de vários dias de banho.

Precisamos abster-nos desse hábito, que além de cruel, insalubre a nossa


saúde, também consome muita água, o que em algumas décadas, se não
mudarmos, tornar-se-á insustentável.

No Guia de Alimentação para a população Brasileira, de 2014, publicado


pelo Ministério da Saúde, embora houve avanços em relação ao de 2006, ainda
foram reticentes em abolir o leite e a carne animal. Como é mostrado nesse
artigo, eles não deveriam considerar o leite como opção alimentar. Já quanto à
carne, a única observação que fazem é que é rica em gorduras saturadas, pode
causar doenças, inclusive o câncer. Mas não falam sobre a ausência da uricase
em humanos, da associação entre o consumo de carne vermelha e o câncer de
mama, nem sobre o fato da carne ser extremamente ácida e por isso espoliar
cálcio e minerais do organismo, na tentativa de equilibrar o pH, e etc., como
também foi apresentado nesse artigo.

Houveram avanços, mas ainda precisamos de um Ministério da Saúde


sem medo, que não seja influenciado por “lobistas”, sejam eles diretos ou não.
A saúde, principalmente para tal Órgão Público, deveria estar primeiro lugar.

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