Meta Análise PDF
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Artigo
Ranulfo Paranhos
([email protected]),
Docente Instituto de Ciências Sociais / UFAL
http://dx.doi.org/10.4322/tp.2014.018 205
T&P O que é, para que serve e como se faz uma meta-análise?
Introdução
O que é, para que serve e como se faz uma meta-análise? O principal objetivo des-
te trabalho é responder essas questões. Nosso público-alvo são estudantes de gradu-
ação e pós-graduação em Ciência Política. Metodologicamente, descrevemos o passo
a passo do planejamento de um desenho de pesquisa meta-analítico e apresentamos
dois exemplos aplicados sobre como fazer revisões sistemáticas. A importância desse
trabalho repousa no fato de que a grande maioria das revisões de literatura em Ciências
Humanas são realizadas de forma narrativa-literária, ou seja, sem critérios objetivos de
seleção/inclusão de trabalhos. A principal consequência da falta de procedimentos sis-
temáticos de revisão é a baixa confiabilidade das sínteses produzidas. Com esse artigo,
esperamos facilitar não só a compreensão, mas principalmente a utilização da técnica
de meta-análise. Em termos substantivos, esperamos ainda contribuir para que as revi-
sões de literatura sejam realizadas de forma sistemática, favorecendo a cumulatividade
do conhecimento científico.
Para tanto, o artigo está dividido em quatro seções. Na próxima seção, discutire-
mos as vantagens da meta-análise como instrumento para produzir revisões de litera-
tura. Depois disso, descreveremos o passo a passo do planejamento de um desenho de
o que é necessário são métodos que integrem os resultados dos estudos dis-
poníveis no sentido de revelar padrões relativamente estáveis a respeito de relações
e causalidades. O estabelecimento disso constituirá princípios gerais e conhecimento
acumulado (Hunter et al., 1982: 26).
1 Para um software específico sobre meta-análise ver: http://www.meta-analysis.com/pages/why_use.php. Para cursos ver:
http://www.meta-analysis.com/pages/online_courses.php. Para uma instituição voltada especificamente para meta-análi-
se ver: http://www.cochrane-net.org/openlearning/html/mod12-2.htm. Para o artigo pioneiro sobre o assunto ver Glass
(1976). Para uma introdução, ver Wolf (1986). Para abordagens mais avançadas, recomendamos Hunter e Schmidt (2004)
e Cooper, Hedges e Valentine (2009). Para diferentes aplicações em Ciência Política ver Doucouliagos e Ulubasoglu (2008),
Roscoe e Jenkins (2005), Imbeau et al. (2001), Lau et al. (1999). Em Economia ver Stanley e Jarrell (1989).
2 Santos (2009), Figueiredo Filho (2012), Medeiros, Crantschaninov e Silva (2013) e Paranhos (2014) adotam critérios siste-
máticos para elaboração de revisão de literatura.
3 O replication consiste no processo de realizar novas análises a partir de um banco de dados já existente com o objetivo de
aprimorar os resultados de pesquisa. Nas palavras de King (1995), “replication standard holds that sufficient information exists
with which to understand, evaluate, and build upon a prior work if a third party could replicate the results without any additional
information from the author” (King, 1995: 444).
the reviewers; conflicting interpretations of the evidence are not uncommon, while
even consistent interpretations by independent reviewers my be built on similar bias-
es and misreadings of the literature (Wolf, 1986: 10).
Para Cooper (2010), “concern about the potential for error and imprecision in tra-
ditional narrative syntheses encouraged social science methodologists to develop the
more rigorous and transparent alternatives (Cooper, 2010: 07). É exatamente contra es-
ses problemas que se presta a utilização da meta-análise.4
Mas o que é meta-análise, afinal? Na definição pioneira de Glass (1976),
Primary analysis is the original analysis of data in a research study (...) Secondary
analysis is the re-analysis of data for the purpose of answering the original research
question with better statistical techniques, or answering new questions with old data
(…) Meta-analysis refers to the analysis of analyses (…) the statistical analysis of a large
collection of analysis results from individual studies for the purpose of integrating
the findings. It connotes a rigorous alternative to the casual, narrative discussions of
research studies which typify our attempts to make sense of the rapidly expanding
research literature (Glass, 1976: 03).5
4 Leviton e Cook (1981) apresentam uma comparação entre os métodos tradicionais de revisão de literatura e a perspectiva
meta-analítica.
5 A literatura especializada é unânime em atribuir a Glass (1976) o pioneirismo não só na utilização do termo meta-análise,
mas também no desenvolvimento do argumento de que revisões da literatura deveriam ser produzidas seguindo técnicas
específicas. Todavia, é importante ressaltar que desde 1975 Schmidt e Hunter vinham aplicando técnicas meta-analíticas em
suas pesquisas, o que culminou com a conquista do prêmio James McKeen Cattell também em 1976. No entanto, a publi-
cação do trabalho ocorreu apenas em 1977.
procedimentos metodológicos. Por exemplo, ela permite estimar em que medida uma
técnica específica se correlaciona com um determinado padrão de conclusão.
Concluindo, o termo meta-análise é utilizado como sinônimo de síntese de pes-
quisa, revisão de pesquisa ou revisão sistemática. Nesse artigo, definimos meta-análise
como a utilização de técnicas estatísticas para analisar resultados empíricos de pesquisa
com o objetivo de produzir sínteses de literatura.
Diferentes manuais apresentam algumas variações no que diz respeito aos está-
gios que devem ser seguidos para elaborar uma meta-análise. Para os propósitos deste
trabalho, replicamos o modelo desenvolvido por Cooper (2010). O quadro abaixo suma-
riza esses estágios.
Estágio Descrição
1 Identificação/formulação do problema de pesquisa
2 Coleta da literatura (livros, artigos, teses, documentos, artigos não publicados, etc.)
3 Coleta das informações de cada estudo
4 Avaliação da qualidade dos estudos
5 Análise e síntese dos resultados dos estudos
6 Interpretação dos dados coletados
7 Apresentação dos resultados de pesquisa
6 Pode gerar resultados inconsistentes, quando a maior parte dos estudos demonstra resultados na mesma direção.
7 Pode gerar resultados inconsistentes, quando aplicado a amostras pequenas (N<10).
8 Para estimar o desvio padrão nesse caso específico, deve utilizar a seguinte fórmula:
Onde σ1 e σ2 representam o desvio padrão dos grupos 1 e 2, respectivamente e n1 e n2 representam o tamanho da amos-
tra do grupo 1 e grupo 2, respectivamente.
tem-se a correlação de Pearson9 como a medida mais usualmente empregada. Esse coefi-
ciente é uma medida de associação linear entre variáveis. Ele varia entre -1 e + 1, o sinal
indica a direção da correlação, enquanto o valor do coeficiente indica a magnitude da
associação.
Por fim, é possível analisar os coeficientes de regressão. Cooper (2010) adverte que
a combinação de coeficientes de regressão em análises meta-analíticas é um proce-
dimento extremamente complicado. Isso porque o coeficiente não padronizado é in-
fluenciado pelas escalas das variáveis. Por esse motivo, a agregação de coeficientes de
regressão oriundos de variáveis com diferentes escalas não tem interpretação substan-
tiva. Uma eventual solução seria utilizar os coeficientes padronizados, todavia, aqui se
tem o problema da inclusão de diferentes variáveis de controle de diferentes estudos, o
que também impossibilita a agregação desses coeficientes.
Tecnicamente, para que a agregação de coeficientes de regressão seja inteligível,
é necessário satisfazer três pressupostos: (a) a variável dependente e a variável indepen-
dente foram mensuradas de forma semelhante em diferentes estudos; (b) as variáveis
de controle são constantes entre os diferentes trabalhos e (c) as distribuições da variável
dependente e independente devem ser similares.
9 O coeficiente de correlação de Pearson não tem esse nome por acaso. É comum atribuir exclusivamente a Karl Pearson o
desenvolvimento dessa estatística, no entanto, como bem lembrou Stanton (2001), a origem desse coeficiente remonta ao
trabalho conjunto de Karl Pearson e Francis Galton (Stanton, 2001:1).
Essa seção apresenta dois exemplos sobre como elaborar revisões sistemáticas de
literatura. O primeiro foi realizado por Figueiredo Filho (2009) e o segundo por Paranhos
(2014).11 O quadro abaixo sumariza a questão de pesquisa e uma amostra de quatro
variáveis extraídas de cada estudo.
Qual é a relação entre contribuições (1) nome do periódico; (2) tipo de desenho de
Figueiredo Filho (2009) de campanha e comportamento pesquisa; (3) tipo de efeito e (4) número de
congressual? variáveis independentes.
10 Por exemplo, tem-se o Quality of Reporting of Meta-analysis (QUORUM), Preferred Reporting Items for Systematic Reviews
and Meta-analyses (PRISMA) e Meta-analysis of Observational Studies in Epidemiology (MOOSE).
11 Os interessados no assunto devem consultar os trabalhos originais no sentido de observar o desenho de pesquisa
utilizado e as variáveis incluídas na análise.
12 Para leitores e pesquisadores interessados no banco de dados completo sobre a revisão sistemática de literatura,
acessar o The Institute for Quantutative Social Science (IQSS/Harward University) em: http://dx.doi.org/10.7910/
DVN/25551.
Periódico N %
American Journal of Agricultural Economics 1 2,50
American Journal of Political Science 2 5,00
American Political Science Review 3 7,50
American Politics Quarterly 2 5,00
Economic Inquiry 2 5,00
Industrial and Labor Relations Review 1 2,50
Journal of Conflict Resolution 1 2,50
Journal of Health Politics, Policy and Law 1 2,50
Journal of Labor Research 2 5,00
Journal of Law and Economics 3 7,50
Journal of Political Economy 2 5,00
Legislative Studies Quarterly 3 7,50
Public Choice 6 15,00
Quarterly Review of Economics and Business 1 2,50
Review of Economics and Statistics 2 5,00
Social Forces 1 2,50
Social Science Quarterly 3 7,50
Southern Economic Journal 1 2,50
The Journal of Politics 1 2,50
Western Political Quarterly 2 5,00
Total 40 100,00
maior concentração relativa (15,00%), totalizando seis artigos. Em segundo lugar apare-
cem a American Political Science Review, Journal of Law and Economics, Legislative Studies
Quarterly e Social Science Quarterly, com um percentual de 7,50%, veiculando três artigos
cada. No outro extremo, aparecem oito revistas que apresentaram uma única publica-
ção (Industrial and Labor Relations Review; Journal of Conflict Resolution; Journal of Health
Politics, Policy and Law; Quarterly Review of Economics and Business; Social Forces; Southern
Economic Journal e The Journal of Politics).
A figura 1 apresenta a frequência dos artigos analisados por tipo de desenho de
pesquisa utilizado.
Landman N %
Case Studies 16 42,10
Small N Studies 15 39,50
Large N Studies 7 18,40
Total 38 100,00
Tipo de efeito N %
Nsig 9 23,70
Sig 23 60,50
Mixed results 6 15,80
Total 38 100,00
13 O desvio padrão é uma medida de dispersão dos valores em torno da média. Quanto maior o seu valor, maior é o grau
de heterogeneidade dos casos vis-à-vis o valor da média. Quanto menor, mais homogênea é a distribuição dos casos em
torno do termo médio.
Qualis/CAPES N %
A1 52 37,41
A2 18 12,95
B1 4 2,88
B2 7 5,04
B3 26 18,71
B4 5 3,60
B5 4 2,88
C 23 16,55
Total 139 100,0
Quanto maior o Qualis (A1), subentende-se que tanto melhor será a publicação, ou
no mínimo, maior o grau de exigência e concorrência a que esse artigo foi submetido.
A distribuição descreve que 70 papers foram publicados em revistas de Qualis A1 e A2,
respectivamente 52 artigos (37,4%) e 18 artigos (12,9%), somando mais de 50% das pu-
blicações. A distribuição para as demais categorias é a seguinte: 18,71% (B3) e 16,55%
(C). Esse tipo de análise não só descreve a distribuição das publicações por subáreas
do conhecimento, como serve para identificar o potencial de publicação da agenda de
pesquisa segundo a qualidade das revistas acadêmicas.
Em seguida analisamos as publicações em relação às variáveis quanto à quantida-
de de tabelas, gráficos, quadros e figuras. A tabela 3 sumariza essas informações.
14 O Qualis é um sistema de avaliação de periódicos mantido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (CAPES), o qual relaciona e classifica os periódicos utilizados para a divulgação da produção intelectual dos progra-
mas de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) quanto ao âmbito da circulação (local, nacional ou internacio-
nal) e à qualidade (A, B, C), por área de avaliação (Rocha-e-Silva, 2009).
Figura 4 – Palavras-chave15
Foram encontradas 458 palavras-chave, o que indica uma média de 3,29 palavras
por artigo, uma vez que os trabalhos apresentam uma variação de 3 a 5 palavras-chave
e 17,98% (25 artigos) deles não apresentam nenhuma palavra-chave. No que diz respei-
to à análise, as palavras que aparecem em maior tamanho são as de maior frequência na
base de dados. Em termos práticos, Poder Legislativo (3,7%), Câmara dos Deputados (3,6%)
e Partidos Políticos (3,6%) são os termos mais recorrentes, seguidos de Eleição/Reeleição
(2,3%) e Senado Federal (1,8%).
15 A criação desse tipo de figura ou gráfico pode ser gratuitamente elaborada a partir de: http://www-958.ibm.com/sof-
tware/analytics/manyeyes/.
Nosso último exemplo a respeito de uma revisão sistemática é a classificação cruzada de subáre-
as, ou seja, distribuição simultânea dos artigos segundo duas subáreas de classificação.
Teoria/Estudo Comparado
Carreiras/Recrutamento
Legislativo Subnacional
Comissão Parlamentar
Comport. Legislativo
Rel. Exec.-Legislativo
Produção Legislativa
Processo Legislativo
Líder/Mesa Diretora
Orçamento Público
Processo Decisório
Subáreas
Eleição/Reeleição
Conexão Eleitoral
Partidos Políticos
Políticas Públicas
Representação
TOTAL
Representação 1 1 1 2 1 6
Teoria/Estudo
1 1 2 4 2 1 1 12
Comparado
Políticas Públicas 1 1 2
Líder/Mesa Diretora 1 1
Modelo Espacial de
1 1
Voto
Legislativo Subnacional 2 1 3
Comissão Parlamentar 1 1 1 2 2 1 3 11
Conexão Eleitoral 1 1
Processo Legislativo 1 1 2 4
Migração Partidária 5 1 6
Produção Legislativa 3 3 1 1 2 10
Comport. Legislativo 1 2 1 1 1 1 1 1 1 12
Processo Decisório 1 2 2 1 1 1 1 9
Carreiras/Recrutamento 4 3 1 2 10
Rel. Exec.-Legislativo 3 4 4 4 1 1 1 5 23
Eleição/Reeleição 2 1 2 1 2 1 1 2 12
Partidos Políticos 1 1 4 1 2 1 1 1 1 13
TOTAL 22 9 7 5 11 19 15 1 8 2 8 2 4 8 7 8 139
5. Considerações finais
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Recebido: 21/06/2014
Aceito: 1/09/2014