Caderno Rotinas Administracao Pessoal
Caderno Rotinas Administracao Pessoal
Caderno Rotinas Administracao Pessoal
Administração
de Pessoal
Rotinas de
Administração
de Pessoal
SUMÁRIO
Legislação Trabalhista aplicada Férias................................................... 73
às Relações de Trabalho............................ 5
Décimo Terceiro Salário........................... 83
Procedimentos para Admissão
e os Programas de Segurança Rescisão de Contrato.............................. 91
e Medicina do Trabalho............................ 17
Folha de Pagamento - Cálculo................ 105
Contrato de Trabalho, Jornada
de Trabalho e Alteração Contratual........... 33 Férias - Cálculo.....................................119
FACULDADE DE CIÊNCIAS
EMPRESARIAIS (FACE)
Diretor-Geral
Prof. Marco Túlio de Freitas
Diretora de Ensino
Profª. Renata de Sousa da Silva Tolentino
FACULDADE DE ENGENHARIA
E ARQUITETURA (FEA)
Diretor-Geral
Prof. Eduardo Georges Mesquita
Diretora de Ensino
Profª. Maria Silvia Santos Fiuza
BELO HORIZONTE
2017
Rotinas de
Administração
de Pessoal
LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
APLICADA ÀS RELAÇÕES
DE TRABALHO
PRINCIPAIS LEGISLAÇÕES APLICADAS NO DIREITO DO TRABALHO
PESSOAS ENVOLVIDAS NA RELAÇÃO DE TRABALHO E MAIS...
APRESENTAÇÃO
C aro (a) aluno (a), seja bem-vindo (a)! Neste módulo você vai conhecer um pouco
sobre a legislação trabalhista aplicada as relações de trabalho.
Às vezes não é fácil lidar com as relações trabalhista, considerando que os interesses
normalmente se conflitam. Em matéria de direito, o empregado busca através do trabalho
o seu sustento, já o empregador é visto como aquele que vai de encontro ao lucro.
Diante deste conflito de interesses, nós profissionais da área de recurso humanos,
devemos cumprir o nosso papel de gerenciar este confronto. Lembre-se que devemos agir
sempre com o máximo de bom senso e dentro da legalidade.
No decorrer do módulo, vamos utilizar uma linguagem acessível para que possamos
agregar com facilidade os novos conceitos. Com muito entusiasmo, convido você para
compartilharmos deste conhecimento. Bons estudos!
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final desse módulo você deverá ser capaz de:
• Conhecer as principais legislações aplicadas no direito do trabalho.
• Identificar as pessoas envolvidas na relação de trabalho.
• Adquirir um conhecimento introdutório concernente à interpretação das leis trabalhistas.
Ela deve gerenciar os conflitos, seguindo as determinações legais e, desta forma, garan-
tindo a aplicação dos direitos trabalhistas.
Não há como falar em relação trabalhista sem tratar as duas partes mais importantes
nesta relação, o EMPREGADO e o EMPREGADOR.
TRABALHADOR URBANO
TRABALHADOR RURAL
TRABALHADOR DOMÉSTICO
O profissional autônomo é aquele que exerce sua atividade profissional sem vínculo
empregatício, por conta própria, assumindo seus próprios riscos. Este trabalhador tem
autonomia para a prestação de serviços que acontece de forma eventual e não habitual.
1. Empregado
-- Pessoa Física
-- Habitualidade
-- Subordinação
-- Assalariado
2. Empregador
-- Admite e assalaria
-- Corre o risco econômico
-- Gerencia o empreendimento
3. Autônomo
-- Profissional sem vínculo empregatício
-- Corre seu próprio risco econômico
-- Autonomia do seu trabalho
Agora que você já conhece as pessoas envolvidas na relação de trabalho, veja a seguir as
normas aplicadas nesta relação.
Uma CCT tem validade para todos os empregados de uma categoria e para todas as
empresas que os empregam.
Sua validade, portanto, é limitada a quem participou do acordo, ou seja, é limitada, somen-
te, aos trabalhadores daquela empresa.
REFLITA
Veja um exemplo. A instituição FUMEC fecha um acordo com o sindicato dos professores,
logo, aqueles direitos ali estipulados, podem ser aplicados apenas aos professores da entida-
de FUMEC, não servindo de aplicação para outra instituição.
As convenções e os acordos coletivos têm força de lei,
conforme artigo 7º da Constituição Federal.
Vamos supor que uma empresa queira fornecer uniformes aos seus empregados. Esta
é uma situação perfeitamente possível. Diante disso, surgem algumas indagações: O
empregado terá sempre que usar o uniforme dentro da empresa? Qual o tempo de troca
deste uniforme? Em caso de perda, haverá custo para outro uniforme? Quantas peças
serão entregues ao funcionário?
Observe que podem surgir vários questionamentos. Por isso, a necessidade do regula-
mento interno. Nele estarão previstos estes questionamentos.
Pelo tempo que lido com as relações de trabalho, passei a perceber que o difícil não é
entender a lei, mas sim lidar com os conflitos desta relação. Posso afirmar que um regu-
lamento bem elaborado não acabará com os conflitos, mas reduzirá os problemas em
números aceitáveis. Pense nisso!
Acabamos de conceituar as leis, mas isso não é o bastante para entendermos a legis-
lação. Poderíamos passar horas lendo a CLT e decorando cada um dos seus artigos e,
mesmo assim, provavelmente não seriamos coerentes na sua aplicação.
Para que você entenda a aplicação de uma lei trabalhista, é necessário conhecer os prin-
cípios de onde ela se originou. Pois, são eles que te direcionará na perfeita interpretação
da norma.
Princípios do Direito do Trabalho
Princípios são parecidos com valores, maneiras de comportamento, a que nos antecede a
forma de pensar e nos propicia o saber da aplicação.
Para que você entenda melhor, veja alguns princípios do Direito do Trabalho:
1. Proteção;
2. Imperatividade das Normas Trabalhistas;
3. Inalterabilidade Contratual Lesiva;
4. Aplicação da Norma mais Favorável;
5. Irredutibilidade Salarial;
6. Primazia da Realidade;
7. Irrenunciabilidade dos Direitos Trabalhistas;
8. Continuidade da Relação de Emprego.
PRINCIPIO DA PROTEÇÃO
O empregado é visto como a parte mais fraca da relação de trabalho e, por esse motivo,
merece ser protegido.
Visa prevalecer a legislação do trabalho sobre qualquer outra legislação, não podendo as
partes, via de regra, as afastarem desta legislação mediante declaração bilateral de vonta-
des. Por exemplo, o empregado e o empregador não podem pactuar um contrato que não
seja regido pelas leis do trabalho.
Considero este uns dos princípios mais importantes para a proteção do empregado. Ele
explica que o contrato de trabalho não pode ser alterado se trouxer prejuízos, diretos ou
indiretos, ao mesmo. O patrão não pode simplesmente alterar as cláusulas do contrato,
deve-se verificar se ela causa prejuízo ao empregado. Se for verificado que a alteração
prejudica o empregado, ela poderá ser considerada nula.
O salário não poderá ser reduzido ou penhorado. Ele visa garantir ao empregado o seu
ganho pela contra prestação do serviço, independente das oscilações da economia ou
da empresa. Por exemplo, uma empresa em dificuldade econômica não poderá reduzir os
salários dos empregados para reduzir seus custos.
O contrato será analisado pela situação real, independente das situações formais. Por
exemplo, para fugir dos encargos trabalhistas, o empregador considera o empregado
como autônomo, tentando ludibriar a legislação. Porém, qualquer argumento ou docu-
mento assinado cai por terra, se for provado que se trata de uma relação de trabalho.
A fim de que o direito trabalhista prevaleça independente da vontade das partes, este princí-
pio assegura que o empregado não possa renunciar ao direito já conquistado. A grávida, por
exemplo, não pode abrir mão de sua estabilidade ao emprego garantida pela constituição.
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE
Por exemplo, se alguém quiser adquirir uma empresa, tem que saber quais são os direitos
dos empregados e que eles não cessam com a venda. Em caso de pendências trabalhis-
tas, a responsabilidade será do novo proprietário, explicação que está em harmonia com
o princípio da continuidade.
É muito importante que você saiba que o direito do trabalho, não é compreendido somen-
te realizando a leitura das normas. É necessário ir além e entender como elas se apre-
sentam em cada caso. Para isso, você deve saber os seus conceitos, seus modos de
interpretação e aplicações.
Lembre-se que bom senso é fundamental para gerenciar os conflitos! Nem sempre os
interesses das partes, patrão e empregado, são os mesmos. Então, aja sempre pautado(a)
pela coerência e em harmonia com a legislação.
Referências
CAMPANHOLE, Adriano. Consolidação das Leis do Trabalho e Legislação Complementar a
CLT. 113. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
15
Rotinas de
Administração
de Pessoal
Procedimentos para
admissão e os programas
de segurança
e medicina do
trabalho
PRINCIPAIS DOCUMENTOS
NECESSÁRIOS NA ADMISSÃO
DO EMPREGADO
PROGRAMAS DE
PROTEÇÃO À
SAÚDE DO
TRABALHADOR
E MAIS...
APRESENTAÇÃO
C aro (a) aluno (a), seja bem-vindo (a)! Neste módulo você vai conhecer quais são os
documentos e procedimentos que devem ser utilizados na admissão do empregado e,
também, quais são os programas de proteção à saúde do trabalhador.
O módulo vai apresentar também o departamento de pessoal que é o setor da empresa
responsável pela admissão, pagamento, demissão e, às vezes, dependendo da estrutura
da empresa, até pelo recrutamento e seleção. Este departamento é como um elo
entre o empregado e o empregador. O profissional que atua neste setor, dentre outras
características, deve ser responsável, discreto, ágil e organizado.
Agora, convido você para compartilharmos deste conhecimento. Bons estudos!
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final desse módulo você deverá ser capaz de:
• Saber quais são os principais documentos necessários na admissão do empregado.
• Identificar os registros que devem ser feitos no ato da contratação.
• Identificar os programas de proteção à saúde do trabalhador.
CARTEIRA DE TRABALHO E
PREVIDÊNCIA SOCIAL - CTPS
A Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS, conhecida popularmen-
te como carteira de trabalho, é o documento mais importante no decor-
rer da vida profissional do individuo. Nela são feitas todas as anotações
relativas ao contrato de trabalho, admissão, férias, alterações de salário,
dentre outras. A carteira de trabalho é obrigatória para o exercício de qual-
quer emprego, inclusive de natureza rural, ainda que em caráter temporário.
IMPORTANTE
As anotações não verdadeiras feitas dolosamente na CTPS do empregado, constitui crime de falsi-
dade, a ser punido de acordo com o Artigo 299 do Código Penal.
A CTPS, ao ser retida para admissão, deve ser devolvida ao empregado em, no máximo, 48 horas.
Caso a empresa não respeite este prazo, estará sujeita a multa de R$ 201,00 (duzentos e um reais).
SITE
Consulte o link www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848.htm para saber mais
sobre o Artigo 299
Atestados Médicos
Antes de proceder à contratação do empregado é necessário verificar a sua saúde no ato
da admissão, alias, os atestados também são comuns na vida profissional do empregado,
são várias as situações em que eles são exigidos:
O exame médico admissional deve ser realizado antes de o empregado assumir as suas
funções. A contratação ficará condicionada ao resultado do exame, mas a aprovação do
candidato no exame médico não obriga a empresa a contratá-lo, pois o mesmo não cria
vínculo empregatício com a empresa. Esse exame compreende:
20
EXAME MÉDICO DEMISSIONAL
O exame médico admissional deve ser realizado, obrigatoriamente, até a data da homolo-
gação da rescisão de contrato de trabalho.
O exame médico periódico deve ser realizado anualmente para os menores de 18 anos e
maiores de 45 anos e a cada 02 anos para os empregados de idade entre 18 a 45 anos.
Em alguns casos ele pode ser realizado em menor tempo, de acordo com as determina-
ções contidas no PCMSO.
O exame médico de mudança de função é exigido quando a nova função expor o empre-
gado a riscos diferentes daqueles a que estava exposto antes da mudança.
IMPORTANTE
Todos os exames integrantes do PCMSO, inclusive o admissional, devem ser custeados inte-
gralmente pela empresa e realizados por médico com especialização em medicina do trabalho.
Imagine o transtorno que seria admitir um empregado e depois verificar que ele não estava
apto a ser admitido, ou ainda, uma admissão em um ambiente que pode agravar alguma
lesão que o empregado tenha.
Outros dois programas previstos pela legislação no universo das relações de trabalho
são o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA e o Perfil Profissiográfico
Previdenciário – PPP. Veja a seguir maiores informações sobre estes dois programas.
A empresa deve elaborar e manter atualizado o PPP para todos os trabalhadores e forne-
cer cópia autêntica do documento ao trabalhador na ocasião da rescisão do contrato
de trabalho.
Registro do empregado
O empregado deverá ser registrado no momento em que passa a prestar serviços à empresa.
IMPORTANTE
Não há previsão legal de prazo de tolerância para o registro do empregado, por isso deve ser
feito imediatamente. A falta de registro do empregado pode gerar para o empregador uma
multa de R$ 402,00 (quatrocentos e dois reais).
Veja a seguir, alguns documentos que devem ser solicitados ao empregado para que seja
realizada a contratação:
22
IMPORTANTE
A não entrega ou entrega incompleta da documentação, pode gerar prejuízos pra o empre-
gado e para a empresa.
Este cadastro é feito pelo NIS que significa Número de Identificação Social. É um número
de cadastro atribuído pela Caixa às pessoas que serão beneficiadas por algum projeto
social e ainda não possuem cadastro no PIS. O NIS está associado ao PIS (Programa de
Integração Social), destinado aos trabalhadores do setor privado.
SITE
A ficha para cadastro está disponível no site da Caixa Econômica Federal e pode ser acessa-
da pelo link http://www.caixa.gov.br/voce/social/beneficios/pis/como_cadastrar.asp
IMPORTANTE
As CTPS novas, tipo passaporte, já vêm com o numero do PIS.
Veja os que valores de Salário Família que poderão ser pagos varia conforme remuneração
do empregado.
Valor da cota
- Remuneração até R$ 645,55 R$ 33,16
- Remuneração de R$ 645,56 até R$ 971,78 R$ 23,36
Terão direito ao salário família, além da remuneração citada, os que comprovarem ter
filhos menores de 14 anos ou inválidos de qualquer idade.
O salário família será pago mensalmente pela empresa ao empregado e deduzido na guia
de INSS que o empregador paga sobre a remuneração dos empregados
-- O cônjuge;
-- O companheiro ou a companheira, desde que haja vida em comum por mais de
cinco anos ou por período menor, se da união resultou filho;
-- A filha, o filho, a enteada ou enteado de até 21 anos ou de qualquer idade,
quando incapacitado física ou mentalmente para o trabalho; ou maior, até 24
anos, se ainda estiver cursando estabelecimento de ensino superior ou escola
técnica de segundo grau;
-- O menor pobre, até 21 anos, que o contribuinte crie e eduque e do qual detenha
a guarda judicial;
-- O irmão, o neto ou o bisneto, sem arrimo dos pais, do qual o contribuinte dete-
nha a guarda judicial até 21 anos, ou de qualquer idade, quando incapacitado
física ou mentalmente para o trabalho; ou maior, até 24 anos, se ainda estiver
cursando estabelecimento de ensino superior ou escola técnica de segundo grau;
-- Os pais, os avós ou os bisavós, desde que não aufiram rendimentos, tributáveis
ou não, superiores ao limite de isenção mensal;
O empregado deve ser orientado que ele só poderá solicitar o vale transporte, somente, se
necessitar de transporte público para o seu deslocamento residência – trabalho e trabalho
– residência. Caso contrário, este beneficio não é devido.
IMPORTANTE
A empresa descontará a parcela de 6% do salário básico ou vencimento do empregado, inde-
pendente dos dias de trabalho prestados.
Referências
CAMPANHOLE, Adriano. Consolidação das Leis do Trabalho e Legislação Complementar a CLT. 113. ed. São
Paulo: Atlas, 2009.
CARRION, Valentin. Comentários à consolidação das leis do trabalho. 24. ed. São Paulo: Saraiva, 1999.
31
Rotinas de
Administração
de Pessoal
OS PRINCIPAIS TIPOS DE CONTRATO DE
TRABALHO PREVISTOS NA LEGISLAÇÃO
OS CONTRATOS NO ATO DA ADMISSÃO
A JORNADA DE TRABALHO DETERMINADA
EM LEI E SUA CORRETA APLICAÇÃO
Contrato
de trabalho,
jornada de trabalho e
alteração contratual
APRESENTAÇÃO
C aro(a) aluno(a), seja bem-vindo (a)! Neste módulo você vai conhecer os tipos de
contrato de trabalho que podem ser formalizados entre empregado e empregador,
hipóteses em que poderá ocorrer a suspensão do contrato e o procedimento necessário
para que seja feita uma alteração contratual.
Considerações sobre obrigatoriedade de relógio de ponto, quadro de horário de trabalho e
intervalos para descanso serão abordados.
O módulo vai apresentar também informações sobre jornada de trabalho e seus limites,
tema abordado segundo determinação contida no artigo 7º da Constituição Federal. O
profissional do departamento de pessoal deverá estar apto a formalizar o contrato de
trabalho e também definir a carga horária de trabalho do empregado, de forma que possa
evitar ou minimizar futuros passivos trabalhistas para o empregador.
Agora, convido você para compartilharmos destes conhecimentos. Bons estudos!
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final deste módulo, você deverá ser capaz de:
• Conhecer os principais tipos de contrato de trabalho previstos na legislação.
• Saber aplicar corretamente os contratos no ato da admissão
• Identificar a jornada de trabalho determinada em lei e sua correta aplicação.
Contrato de trabalho
O contrato de trabalho é um acordo verbal
ou através de termo escrito, corresponden-
te à relação de emprego. Pelo fato de ser um
acordo bilateral, não poderá ser alterado sem a
concordância de todas as partes envolvidas.
ATENÇÃO
Veja o Artigo 444 da CLT:
Caro(a) aluno(a), o contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expres-
samente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado.
Quando formalizado por escrito, as cláusulas do contrato devem ser redigidas de forma
simples e clara, com todas as obrigações, direitos e deveres do empregado e empregador.
36
A) CONTRATO DE TRABALHO POR OBRA CERTA
Deve ser especificado no contrato, da forma mais detalhada possível, o serviço a ser
executado. Poderá ser estipulado por prazo máximo de até 2 anos, podendo ser prorroga-
do uma única vez. Este tipo de contrato deve ser obrigatoriamente anotado na CTPS do
empregado pelo construtor, neste caso, constituído como empregador, desde que exerça
a atividade em caráter permanente.
É permitido o contrato por obra certa com profissionais da construção civil (armador,
pedreiro, pintor, etc.) porque eles são necessários em etapas distintas, não justificando a
permanência ociosa do empregado na obra.
B) CONTRATO DE EXPERIÊNCIA
IMPORTANTE
Ao final da vigência do contrato o empre-
gado ou o empregador poderão manifestar
o desejo de encerrar o vínculo e, caso não
seja rescindido, o contrato passará a vigo-
rar como contrato por prazo indeterminado.
DE EXPERIÊNCIA
AB ALHO A TÍTULO
CONTRATO DE TR
……, com
nto , qu e fir ma m entre si …………
Pelo presente ins tru me ste ato denomi-
… … … … … … … … ……, n.° ………., ne
sede nesta … e o Sr. (a)
MPREGADORA”,
nada simplesmente “E ) da Carteira de Trab
alho e Previdência
po rta do r(a
…………… … … .., CPF/MF sob o
… … ., sé rie ………., inscrito(a) no
Social n.° … … … PASEP sob o n.°
… ., e ca da str ad o( a) em ……….. no PIS-
n.° ……… ….., Agência
………………………
…………., no Banco Ru a ………………………
,
… … … … … … … , domiciliada à
……… ., Estado de
e de ………………… A-
n.° ………, na cidad sim plesmente “EMPREG
… … … .., do rav an te designado(a) , em ca rát er de
……… trabalho
fir ma m o pr es en te contrato individual de Co ns oli da çã o
DO”, igo 443 da
a letra “c” § 2° do art
experiência, conforme gu int es condições:
Tr ab alh o, mediante as se exercen-
da s Le is do
tra ba lha rá pa ra a EMPREGADORA,
1 - O EMPREGAD
O ………………,
… … … … … … …, na seção ………
do as funções de … ……..........
lus ive os se gu int es serviços …………
compreendendo inc concordando
… … … … … .. O EMPREGADO
……………… … … … EMPREGADO-
ex erc er es tas atividades na sede da
expressamente em ha o mesmo
ue r ou tra empresa que compon
RA ou ainda em qu alq m, expressamen-
O EM PR EG ADO concorda també
grupo econôm ico . EGADORA,
via ge ns a tra ba lho exigidas pela EMPR
te, em realiz ar estabelecimento.
igure transferência de
sem que tal fato conf .,
………………............
O EM PR EG AD O receberá salário de R$ iza nd o ex pr es sa -
2- dia ou hora)……, autor
..… ..( mê s, io
por …………….... scontados de seu salár
nte qu e os se gu int es benefícios sejam de
me
………………
mensal: ……………
A a descontar de
O au tor iza a EMPREGADOR
3 - O EM PR EG AD EGADO vier a dar
er pr eju ízos que ele (a) EMPR ia
seu salár io qu ais qu prudência, negligênc
ja po r má -fé ou do lo, ou mesmo por im
causa, se es.
ação de suas atividad
ou imperícia na realiz
O será o seguinte:
lho do EMPREGAD
4 - O horário de traba O EMPREGADO
……………………
……………………… ……………………..…
balhar no regime de )………………..
concorda ainda em tra s, horário noturno, etc…
, ho rár ios mi sto
(revezamento
38
……… de
a partir de …… de …………
5 - Este contrato tem início …. de
…….. de ………………
……….., vencendo-se em …… dias,
ser prorrogado por mais ……
…………….., podendo 445 da CL T.
único do artigo
obedecido o disposto no §
ime de
promete a trabalhar em reg
6 - O EMPREGADO se com o not urn o, sem pre que as
lusive em períod
compensação de horas, inc des legais.
em, observadas as formalida
necessidades assim o exigir
ar com dedica-
- O EM PR EG AD O com promete-se, além de execut
7 o Interno da
o, a cumprir o Regulament
ção e lealdade o seu serviç ão e as ordens de
truções de sua administraç
EMPREGADORA, as ins uliaridades dos
rárquicos, relativas às pec
seus chefes e superiores hie
feridos.
serviços que lhe forem con
PREGADO
eriência e continuando o EM
8 - Vencido o período de exp ind ete rminado,
EGADORA, por tempo
a prestar serviços à EMPR lec ida s, enq uanto não
cláusulas aqui estabe
ficam prorrogadas todas as
alho.
rescindir o contrato de trab
duas vias de
rdo, assinam as partes, em
E, por estarem de pleno aco unh as.
ça de duas testem
igual teor e forma, na presen
de .................
.... de ................................
......................................, .....
EMPREGADO
EMPREGADORA
TESTEMUNHAS: .
…………………………….
1) …………………………
Nome:
Endereço:
………………………………
2) …………………………
Nome:
Endereço:
ÇÃO:
TERMO DE PRORROGA o de experiên-
tuo aco rdo ent re as par tes, fica o presente contrat
Por mú até ..... ../.. ...../.........
ta data, prorrogado
cia, que deveria vencer nes ..... ..... ..... .. de .....................
.... de ...............
......................................, ..... EMPREGADO
EMPREGADORA
TESTEMUNHAS:
IMPORTANTE
1. Quando o Contrato por prazo Determinado ou de Experiência for rescindido antes do
término ajustado e não ocorrer à hipótese do Artigo 481, além do 13º salário, férias,
saldo da remuneração e do FGTS, o empregado terá direito de receber, a título de inde-
nização, 50% da remuneração a que teria direito até o término do Contrato conforme
Artigo 479 da CLT. Caso a rescisão seja pedida pelo empregado, sem justa causa, o
mesmo deverá indenizar o empregador conforme o artigo Artigo 480 CLT.
2. Se o contrato for rescindido no prazo certo, o empregado terá direito a férias, 13º salá-
rio, saldo de salários e o FGTS depositado Portanto, não terá o direito ao Aviso Prévio
e aos 40% do FGTS.
3. Celebrado um contrato por prazo certo, não pode ser firmado outro com um mesmo
empregado, dentro do período de 6 meses, mesmo que seja para ocupar função ou cargo
diverso, sob pena de o segundo ser considerado como de prazo indeterminado. Esta
regra não se aplica, apenas, aos casos em que a expiração do primeiro contrato decor-
reu da execução de serviços especializados ou da realização de certos acontecimentos.
O contrato por prazo indeterminado não tem previsão para sua rescisão,
ficando esta na dependência da vontade do empregado e do empregador.
Ocorrendo a rescisão do contrato você poderá verificar uma das principais diferenças
entre os contratos por prazo determinado e por prazo indeterminado, que é a exigência do
aviso prévio pela parte que tomar a iniciativa da rescisão.
Veja a seguir, casos em que o contrato de trabalho por prazo determinado poderá se trans-
formar em contrato de trabalho por prazo indeterminado.
1. Quando o contrato de trabalho por prazo determinado for prorrogado mais de uma vez;
2. Quando exceder o prazo de 2 anos ou 90 dias (contrato de experiência);
3. Quando um contrato por prazo determinado suceder, antes do prazo de seis meses
a outro contrato por prazo determinado, observadas as exceções de execução de
serviços especializados ou da realização de certos acontecimentos.
4. Contrato por prazo determinado com cláusula assecuratória do direito recíproco
de rescisão;
5. Quando extrapolados os objetivos do contrato, por exemplo, o empregado continua
trabalhando embora a obra já esteja terminada.
ALTERAÇÃO CONTRATUAL
Saiba que qualquer alteração contratual, conforme Art. 468 da CLT, deve observar os
seguintes requisitos:
ATENÇÃO
A alteração contratual sempre deverá ser formalizada e o sindicato representativo da catego-
ria profissional deverá estar ciente da referida alteração.
Suspensão e interrupção de contrato
Inicialmente parece que suspensão e interrupção têm o mesmo significado, não é mesmo?
Mas, legalmente são duas coisas distintas.
Nos períodos de suspensão, tendo em vista não serem devidos salários, não há neces-
sidade de recolhimento previdenciário, nem obrigação de depósito do Fundo de Garantia
por Tempo de Serviço (FGTS).
• Férias gozadas;
• Afastamento inicial de 15 dias;
• Licença remunerada;
• Aviso prévio indenizado;
• Licença maternidade;
• Faltas justificadas (art. 473 CLT);
• Acidente de trabalho.
Contrato de estagiário
A Lei 11.788 sancionada pelo Presidente da República em 25 de setembro de 2008,
dispõe sobre estágio de estudantes, promovendo alterações nos contratos de estágio.
Veja o que o Artigo 1 da Lei 11.788 apresenta:
ATENÇÃO
Art. 1º Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de traba-
lho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam freqüentando
o ensino regular, em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino
médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profis-
sional da educação de jovens e adultos.
Jornada de trabalho
Caro(a) aluno(a), o tema da jornada de trabalho está inserido no art. 7º do Segundo
Título da Constituição Federal. O Segundo Título trata “Dos Direitos e Garantias
Fundamentais”. Dentre esses direitos, os “Direitos Sociais” abrigam o referido artigo
e enumera uma série de direitos dos trabalhadores, iniciando com a igualdade entre os
trabalhadores rurais e urbanos.
A Constituição Federal, em seu art. 7º, estabelece a jornada de trabalho, definindo que a
duração normal da mesma é de 8 (oito) horas diárias e 44 (quarenta e
quatro) horas semanais, facultada a compensação de horários
e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção
coletiva de trabalho.
42
Concluindo, de acordo com o art. 7º da Constituição Federal, pode-se afirmar que a dura-
ção da jornada de trabalho diária é de 8 horas, a jornada de trabalho semanal é de 44
horas e a jornada de trabalho mensal é de 220 horas. Sendo assim, pode-se calcular outra
jornada de trabalho mensal tendo como base jornadas de trabalho semanais inferiores a
44 horas, utilizando o critério de proporcionalidade ou regra de três simples.
JORNADA DE TRABALHO 12 X 36
Caro(a) aluno(a), saiba que não existe jornada de 12 horas de trabalho por 36 horas de
descanso previstas na CLT. Portanto, é necessário que a referida jornada tenha autori-
zação expressa no Acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho, para que seja adotada
pelo empregador.
SAIBA MAIS
Sabia que todo empregado tem direito ao período de descaso ou intervalo no decorre da sua
jornada de trabalho?
RELÓGIO DE PONTO
Caro(a) aluno(a), para os estabeleci-
mentos com mais de dez empregados,
será obrigatória a anotação da hora de
entrada e de saída, em registro manu-
al, mecânico ou eletrônico, conforme
instruções expedidas pelo Ministério do
Trabalho, devendo haver pré-assinala-
ção do período de repouso.
ATENÇÃO
De acordo com o art. 62 da CLT, estão desobrigados do registro de ponto os empregados
que exercem atividades externas incompatíveis com a fixação de horário de trabalho, desde
que seja impossível o controle e a fiscalização da jornada. Neste caso, o registro não é obri-
gatório por não ser possível conhecer o tempo, realmente, dedicado pelo empregado com
exclusividade à empresa.
TOLERÂNCIA
De acordo com o artigo 58 da CLT, não serão descontadas, nem computadas como jorna-
da extraordinária, as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco
minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Este parágrafo foi incluído
pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001.
Referências
CARRION, Valentin. Comentários à consolidação das leis do trabalho. 24. ed. São Paulo: Saraiva, 1999.
OLIVEIRA, Aristeu de. Manual de Prática Trabalhista. 41. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2007.
45
Rotinas de
Administração
de Pessoal
Folha de Pagamento
Proventos
O CÁLCULO DOS PROVENTOS PAGOS
NA FOLHA DE PAGAMENTO
OS PROVENTOS DA FOLHA DE PAGAMENTO
SOB O ÂMBITO LEGAL E CONTÁBIL
OS ELEMENTOS INTEGRANTES DA
REMUNERAÇÃO DO EMPREGADO
APRESENTAÇÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final deste módulo, você deverá ser capaz de:
• Elaborar o cálculo dos proventos pagos na folha de pagamento.
• Descrever os proventos da folha de pagamento sob o âmbito legal e contábil.
• Identificar quais são os elementos integrantes da remuneração do empregado.
Folha de pagamento
Muito bem aluno(a), vamos começar
nossos estudos analisando o artigo
32 da Lei Orgânica da Seguridade
Social, Lei 8212/91º. No referido arti-
go a empresa deverá preparar folha de
pagamento das remunerações pagas,
ou creditadas, a todos os segurados a
seu serviço, de acordo com os padrões e
normas estabelecidos pelo órgão compe-
tente da Seguridade Social, devendo ser
elaborado mensalmente em forma coletiva,
com sua correspondente totalização.
PROVENTOS
Vejamos agora o que são os proventos. Pois bem, os proventos
são todos os valores devidos ao empregado em virtude de um
contrato de trabalho, que deverão ser pagos mensalmente através
da folha de pagamento.
-- Salário; -- Comissões;
-- Gratificação; -- Ajuda de custo e Diárias;
-- Prêmios; -- Horas Extras;
-- Adicional de Insalubridade; -- Repouso Semanal Remunerado;
-- Adicional de Periculosidade; -- Gorjetas;
-- Adicional Noturno; -- Quebra de Caixa.
Você sabia que a legislação assegura proteção ao salário do trabalhador? Isto mesmo,
existem 6 princípios básicos que foram criados para esta finalidade, veja só:
O segundo princípio é a inalterabilidade, na qual o salário não pode ser alterado por ato
do empregador de forma prejudicial ao empregado. Alterar o salário significa modificar a
sua forma e modo de pagamento.
Temos também o princípio da Impenhorabilidade, onde o salário por ser a única fonte
de subsistência do empregado não pode ser penhorado, exceto, apenas, para o caso de
pagamento de pensão alimentícia.
A intangibilidade é o quarto princípio, com ela o salário não pode sofrer descontos, salvo
os previstos em lei, em convenção coletiva e no caso de dano causado pelo empregado.
Para finalizar, apresento o princípio da “Não retenção”, onde o empregador não pode por
sua própria deliberação reter o salário do empregado. A retenção dolosa do salário será
considerada como crime.
SALÁRIO SEMANAL: Dividir o salário mensal por 30 e multiplicá-lo por sete. O resultado
será igual ao salário semanal, ou seja, 6 dias trabalhados mais um dia de repouso semanal
remunerado.
SALÁRIO QUINZENAL: Dividir o salário mensal por 30 e multiplicá-lo por 15. O resultado
será igual ao salário quinzenal.
SALÁRIO MENSAL: É o valor pactuado no contrato de trabalho, que será pago mensal-
mente ao empregado, que por sua vez, será conhecido como mensalista.
SALÁRIO HORA: Dividir o salário mensal pela jornada de trabalho mensal (150, 180, 220
ou outro). O resultado será igual a uma hora normal.
Empregado foi admitido com salário de R$800,00 por mês, porém, o trabalho é realizado
em um ambiente insalubre e o empregado faz jus ao adicional de insalubridade de 20%
sobre o valor do salário mínimo:
Salário = R$800,00
GRATIFICAÇÃO
As gratificações podem ser ajustadas tácita ou expressamente. As gratificações podem
ser pagas pelo exercício de um cargo, pela satisfação dos resultados de negócio, bem
como pela gratificação à colaboração do empregado. As gratificações habituais integram
a remuneração do empregado.
PRÊMIOS
Já os prêmios são valores usados pelos empregadores para estimular os empregados
ao trabalho, recompensando a eficiência, a pontualidade, a antigüidade, a capacidade
inventiva, etc. Os prêmios normalmente não se destinam a todos os empregados, pois ele
decorre da liberalidade do empregador, dependendo, para sua concessão, do cumprimen-
to das exigências do empregador.
CURIOSIDADE
Você sabia que o prêmio integra a remuneração para todos os efeitos trabalhistas e previden-
ciários? Exatamente, ele poderá ser devido, também, em cumprimento a cláusula específica
de convenção ou acordo coletivo de trabalho.
IMPORTANTE
Art. 189 - Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua
natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos
à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do
agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE
ADICIONAL NOTURNO
Considera-se noturno nas atividades urbanas, o trabalho realizado entre às 22 horas de
um dia às 5 horas do dia seguinte. Nas atividades rurais, é considerado noturno o trabalho
executado na lavoura entre 21 horas de um dia às 5 horas do dia seguinte, e na pecuária,
entre 20 horas às 4 horas.
IMPORTANTE
O empregado que trabalha neste horário terá direito a receber o adicional noturno que é de
20 %, pelo menos, sobre a hora diurna.
COMISSÕES
Comissão é uma forma de salário em que o empregado recebe um percentual do produto
de seu trabalho. Não existe percentual estipulado, porém, dentro de uma mesma empresa
e trabalhando com o mesmo produto, deverá o empregador, combinar o mesmo percen-
tual a todos os trabalhadores.
OBSERVAÇÃO
Ao empregado comissionista é garantido o recebimento de uma “Garantia Mínima”, que
nunca será inferior ao Salário Mínimo, observando o disposto em convenção ou acordo cole-
tivo de trabalho.
Ajuda de custo é a parcela paga de uma só vez para o empregado atender a certas despe-
sas, sobretudo de transferência, sempre de caráter indenizatório, nunca salarial, mesmo
ultrapassando os 50 % do salário.
DICA
A ajuda de custo não incide INSS, FGTS e IR.
HORAS EXTRAS
São as horas trabalhadas além do
limite previsto no artigo 7º da
Constituição Federal de 1988, de
8 horas diárias e 44 horas sema-
nais, facultada a compensação de
horários e a redução da jornada,
mediante acordo ou convenção
coletiva de trabalho.
Portanto, ao horário normal pode-se acrescer no máximo 02 horas extras diárias, desde
que a jornada de trabalho diária não ultrapasse o limite de 10 horas.
CURIOSIDADE
O percentual mínimo definido pela legislação do trabalho para remuneração das horas extras
é de 50%.
Sendo assim, o cálculo de hora extra será o salário (R$840,00), dividido pelas horas
contratuais (220 horas), multiplicado pelo índice de hora extra (50%), ou seja:
OBSERVAÇÃO
Quando da aplicação do percentual de hora extra (50%), coloca-se 1.(um e ponto) antes do
percentual da hora extra, retirando-se o símbolo de percentual. Desta forma você já estará
calculando o valor do salário hora, acrescido do percentual de hora extra. Ex.: 50% = 1.50,
75% = 1.75.
DICA
Fique atento, pois as horas extras trabalhadas em horário noturno, de 22 horas às 05 horas,
deverão ser remuneradas utilizando-se o percentual mínimo de 50% para horas extras, acres-
cido de 20% referente ao adicional noturno, aplicando-se uma taxa sobre a outra.
IMPORTANTE
É devido o reflexo do repouso semanal remunerado sobre o pagamento de comissões, horas
extras e adicional noturno.
Para apurar valor devido a título de repouso semanal remunerado, são utilizadas duas
formas de cálculos:
Acompanhe o exemplo…
OBSERVAÇÃO
Mesmo os valores sendo diferentes, os dois modelos são aceitos pela jurisprudência e fisca-
lização do trabalho.
Não havendo condições de se apurar qual o valor recebido pelo empregado a título de
gorjeta espontânea, o sindicato da categoria, por meio de convenção ou acordo coletivo
de trabalho estipula valores estimativos para cada grupo funcional.
IMPORTANTE
TST - Enunciado nº 354 - As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou ofere-
cidas espontaneamente pelos clientes, integram a remuneração do empregado, não servindo
de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, horas extras e repouso
semanal remunerado.
QUEBRA DE CAIXA
A quebra de caixa pode ser definida como um valor pago aos funcionários que trabalham dire-
tamente com dinheiro do empregador, ou seja, trabalhando diretamente no caixa da empresa.
SALÁRIO MATERNIDADE
O salário maternidade é um benefício concedido pelo INSS às empre-
gadas, empregada doméstica, contribuinte individual e facultativa, e
também a segurada desempregada, por ocasião do parto, da adoção
ou da guarda judicial para fins de adoção.
57
ATENÇÃO
A Lei n° 10.710, de 05/08/2003, publicada no DOU de 06/08/2003, alterou a Lei n° 8.213,
de 24 de julho de 1991, para restabelecer o pagamento, pela empresa, do salário-materni-
dade devido à segurada empregada gestante
SALÁRIO FAMÍLIA
Valor da cota
SALÁRIO PROPORCIONAL:
Salário Base ÷ 30 x Dias Trabalhados
SALÁRIO MATERNIDADE:
Remuneração ÷ 30 x Quantidade de dias de Salário Maternidade
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE:
• Grau Mínimo: Salário Mínimo x 10%
• Grau Médio: Salário Mínimo x 20%
• Grau Máximo: Salário Mínimo x 40%
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE:
Salário Base x 30%
Referências
ALMEIDA, Amador Paes de. CLT Comentada. 5ª Edição - Revista, atualizada e ampliada. São Paulo: Saraiva, 2008.
CARRION, Valentin. Comentários à consolidação das leis do trabalho. 24. ed. São Paulo: Saraiva, 1999.
GOMES, Elizeu Domingues. Rotinas Trabalhistas e Previdenciárias. 13ª Edição - Editora: Líder, 2013.
OLIVEIRA, Aristeu de- Manual de Prática Trabalhista – 41ª Edição – Editora Atlas -São Paulo – SP – 2007.
60
Rotinas de
Administração
de Pessoal
Folha de Pagamento e
Descontos
C aro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a)! Neste módulo você vai conhecer quais são os
descontos legais que poderão ocorrer na folha de pagamento do empregado e que
deverão estar devidamente discriminados no documento.
Você verá também as tabelas específicas que serão utilizadas nos cálculos de Instituto
Nacional do Seguro Social - INSS e Imposto de Renda Retido na Fonte - IRRF e a forma
correta da empresa repassar esses descontos aos órgãos competentes.
Neste módulo, será informada a forma correta de se encontrar a base de cálculo, que é
imprescindível para calcular o desconto corretamente.
Agora, convido você para compartilharmos deste conhecimento. Bons estudos!
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final deste módulo, você deverá ser capaz de:
• Elaborar o cálculo dos descontos feitos na folha de pagamento.
• Descrever os descontos da folha de pagamento sob o âmbito legal e contábil.
• Identificar quais são as bases de cálculo para efetuar todos os descontos.
• Emitir a Guia da Previdência Social.
Descontos
De acordo com o artigo 462 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, é vedado ao
empregador efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este
resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo.
Veja a seguir, os principais descontos que poderão ser efetuados pelo empregador na
folha de pagamento dos empregados:
• Faltas e Atrasos;
• Previdência Social;
• Imposto de Renda Retido na Fonte - IRRF;
• Vale Transporte;
• Adiantamento Salarial;
• Contribuição Sindical;
• Pensão Alimentícia;
• Alimentação;
• Assistência Média, odontológica, farmácia, seguros ou associações;
• Empréstimos consignados;
• Descontos de danos, por culpa ou dolo.
FALTAS E ATRASOS
Quando o empregado, sem motivo justificado, faltar ou chegar atrasado ao trabalho, o
empregador poderá descontar-lhe do salário A quantia correspondente à falta ou atraso;
poderá descontar inclusive o repouso semanal remunerado, quando o empregado não
cumprir integralmente seu horário trabalhado na semana anterior,
havendo controvérsias sobre o assunto por força da lei.
1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm
63
PREVIDÊNCIA SOCIAL
Todo empregado é classificado como segurado obrigatório pelo Instituto Nacional do
Seguro Social - INSS, ou seja, está sujeito ao desconto em folha de pagamento, que
poderá ser de 8%, 9% ou 11%, de acordo com o salário de contribuição.
Fonte:<http://www.portaltributario.com.br/guia/tabela_inss_empregados.html>
Para calcular a base de cálculo do IRRF são considerados rendimentos do trabalho assala-
riado, os valores relativos a todas as espécies de remuneração por trabalho, serviços pres-
tados no exercício de empregos, cargos e funções, deduzindo os valores de faltas e atrasos.
I - O cônjuge;
III - A filha, o filho, a enteada ou enteado até 21 anos ou de qualquer idade, quando inca-
pacitado física ou mentalmente para o trabalho; ou maior, até 24 anos, se ainda estiver
cursando estabelecimento de ensino superior ou escola técnica de segundo grau;
IV - O menor pobre, até 21 anos, que o contribuinte crie e eduque e do qual detenha
a guarda judicial;
V - O irmão, o neto ou o bisneto, sem arrimo dos pais, do qual o contribuinte dete-
nha a guarda judicial até 21 anos, ou de qualquer idade, quando incapacitado física
ou mentalmente para o trabalho; ou maior, até 24 anos, se ainda estiver cursando
estabelecimento de ensino superior ou escola técnica de segundo grau;
VALE-TRANSPORTE
Quando da admissão, o empregado deverá assinar declaração infor-
mando se utilizará ou não o vale-transporte. A declaração do empregado
deve ser sempre por escrito para salvaguardar a empresa de problemas
futuros quando de uma reclamatória trabalhista.
IMPORTANTE
A informação deve ser atualizada anualmente ou sempre que ocorrer alteração quanto ao
número de transportes utilizados, conforme a Lei 7418/85 e o Decreto 95.247/87.
IMPORTANTE
O Vale Transporte será custeado da seguinte forma:
O empregado tem o ônus de responder com parcela de 6% do seu salário básico ou venci-
mento, independente dos dias de trabalho prestados. A proporcionalidade não pode se vincu-
lar aos dias de trabalho. Então, seguiremos o seguinte critério:
66
ADIANTAMENTO SALARIAL
O empregador só terá a obrigatoriedade de conceder adiantamento salarial quando deter-
minado em acordo ou convenção coletiva de trabalho. Quando houver essa obrigação,
o pagamento do adiantamento salarial, geralmente, é concedido entre os dias 15 e 20,
sendo o valor adiantado ou outros vales concedidos, descontados na ocasião do fecha-
mento da folha de pagamento.
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL
A contribuição Sindical, também conhecida como imposto sindical, é devida para todos
aqueles que participam de uma determinada categoria econômica e profissional liberal,
em favor do Sindicato representativo da respectiva categoria ou profissão ou, em sua
ausência, à Federação correspondente à mesma categoria econômica ou profissional.
Caso ocorra a admissão de um empregado após o mês de março e ele ainda não tenha
pago a contribuição sindical, o desconto deverá ser efetuado no mês subseqüente ao da
admissão, exceto, nos meses de janeiro e fevereiro.
ATENÇÃO
As contribuições confederativas, mensalidades sindicais, contribuições assistenciais, previs-
tas em convenção, somente serão descontadas dos empregados filiados ao sindicato, confor-
me preceitua o Precedente Normativo nº 119 do TST e a Súmula nº 666 do STF.
PENSÃO ALIMENTÍCIA
Quando o empregado estiver sujeito ao pagamento da prestação de pensão alimentícia
aos seus dependentes, por determinação judicial, a empresa deverá efetuar o desconto
em conformidade com o percentual ou valor estabelecido no Ofício a ela endereçado pelo
Juiz da Ação.
ALIMENTAÇÃO
Em caso de determinação em acordo ou
convenção coletiva de obrigatoriedade do
empregador em fornecer alimentação ou
cesta básica aos empregados, o desconto
deverá obedecer ao disposto no Programa
de Alimentação do Trabalhador - PAT.
Suponhamos que o empregado tenha recebido no mês, o beneficio de cesta básica, no valor
de R$ 200,00. Neste caso, a empresa poderia descontar do referido empregado o valor
de até 20% do custo, logo o desconto poderia ser de até R$ 40,00 (R$ 200,00 x 20%).
EMPRÉSTIMOS CONSIGNADOS
Os empregados poderão autorizar, de forma irrevogável e irretratável, o desconto em folha
de pagamento dos valores referentes ao pagamento de empréstimos, financiamentos e
operações de arrendamento mercantil, desde que concedidos por instituições financei-
ras e sociedades de arrendamento mercantil, quando previsto nos respectivos contratos,
estando limitado a 30% da remuneração.
Saiba que se o dano por dolo ou ato praticado pelo empregado acontecer com intenção
deliberada de prejudicar o empregador, má fé, o desconto é lícito mesmo que não esteja
previsto no contrato, porém o ônus da prova é do empregador.
Caro(a) aluno(a), a GPS deverá ser emitida após o fechamento da folha de pagamento
mensal, contendo o pagamento das contribuições previdenciárias devidas pelo emprega-
dor e o repasse das contribuições descontadas no salário do empregado.
• Valor devido pelo empregador: 20% da Base do INSS apurado na folha de pagamento;
• Valor dos Riscos Ambientais do Trabalho - RAT Ajustado: corresponde à multipli-
cação do RAT x Fator Acidentário de Prevenção - FAP, para se encontrar o índice
percentual que será calculado também sobre a Base do INSS apurado na folha de
pagamento. É obrigatória a utilização do índice com 4 casas decimais.
• Valor descontado dos segurados: corresponde à soma dos valores das contribuições
previdenciárias que foram descontadas dos empregados;
• Valor devido pelo empregador sobre o Pró-labore: 20% do total bruto das retiradas
mensais a título de Pró-labore feitas pelos sócios;
• Valor devido pelo empregador sobre serviços autônomos: 20% do valor bruto pago
a autônomos;
• Valor devido pelo empregador como contribuição a Outras Entidades: para se encon-
trar o percentual a ser aplicado devemos consultar a Tabela de Alíquotas por Código
do Fundo de Participação e Assistência Social - FPAS, que será calculado também
sobre a Base do INSS. Saiba que o percentual mais comum é 5,8%.
O valor devido pelo empregador como contribuição a Outras Entidades deverá ser lançado
diretamente no campo 9 da GPS.
FALTAS
Remuneração ÷ 30 x dias de falta
ATRASOS/HORAS
Remuneração ÷ CH x Quantidade de Horas de Atraso
ATRASOS/MINUTOS
Remuneração ÷ CH ÷ 60 x Quantidade de Minutos de Atraso
INSS
Total de Proventos x Alíquota do INSS
IRRF
Total de Proventos – INSS – Dependentes – Pensão Alimentícia = Base de Cálculo x Alíquota
– Parcela a deduzir
VALE TRANSPORTE
Salário Base x 6%
Tarifa x Quantidade de Vales
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL
Remuneração ÷ 30
TOTAL DE DEDUÇÕES
INSS + IRRF + VT + Contribuição Sindical + Outros Descontos
È importante que você saiba que sobre o salário é devido vários descontos, que impactar
diretamente no valor liquido que o empregado receberá.
Referências
CAMPANHOLE, Adriano. Consolidação das Leis do Trabalho e Legislação Complementar CLT. 113. ed. São Paulo:
Editora Atlas, 2009.
OLIVEIRA, Aristeu de. Manual de Prática Trabalhista. 41. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2007.
BRASIL. Decreto-Lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943. Consolidação das leis do trabalho. Presidência da
República. Casa Civil. Brasília, 1 maio 1943.
BRASIL. Instrução Normativa nº 101, de 30 de dezembro de 1997. Secretaria da Receita Federal. Brasília, 30
dez. 1997.
BRASIL. Resolução nº 1.308, de 27 de maio de 2009. Ministério da Previdência Social. Conselho Nacional de
Previdência Social. Brasília, 27 maio 2009.
BRASIL. Lei nº 7.418, de 16 de dezembro de 1985. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para
Assuntos Jurídicos. Brasília, 16 dez. 1985.
BRASIL. Decreto nº 95.247, de 17 de novembro de 1987. Presidência da República. Brasília, 17
nov. 1987.
71
Rotinas de
Administração
de Pessoal
FÉRIAS
PERÍODO AQUISITIVO E O
PERÍODO CONCESSIVO
DE FÉRIAS.
CÁLCULOS DE
FÉRIAS INDIVIDUAIS E
FÉRIAS COLETIVAS.
C aro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a)! Neste módulo você vai conhecer quais são as
obrigações do empregador por ocasião das férias de seus empregados, os prazos que
devem ser obedecidos e demais situações que devem ser observadas para a concessão.
Você verá, também, as particularidades das férias individuais, férias coletivas e descontos
autorizados.
Neste módulo ainda serão repassados esclarecimentos quanto à venda de férias e perda
do direito.
Agora, convido você para compartilharmos deste conhecimento. Bons estudos!
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final deste módulo, você deverá ser capaz de:
• Identificar o período aquisitivo e o período concessivo de férias.
• Efetuar os cálculos de férias individuais e férias coletivas.
• Efetuar os cálculos de férias com e sem abono pecuniário.
Férias Anuais
Caro(a) aluno(a), férias é o período de descanso anual que é assegurado a todos traba-
lhadores, a cada doze meses de trabalho completados na mesma empresa, sendo esse
período, no máximo, de 30 dias corridos.
IMPORTANTE
Veja o que diz o Artigo 7º da Constituição Federal:
Constituição Federal – Art. 7º - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de
outros que visem à melhoria de sua condição social:
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o
salário normal.
PERÍODO AQUISITIVO
É o período em que o empregado adquire direito a férias, iniciando na data em que o
empregado é admitido e terminando após um ano de serviço. Sempre que o empregado
completa um ano na empresa é completado um período aquisitivo e a cada período aqui-
sitivo completado, o empregado poderá gozar férias.
Suponhamos que o empregado tenha sido admitido em 05/03/2011. Isto significa que a
duração do primeiro período aquisitivo é de 05/03/2011 à 04/03/2012.
Férias 75
PERÍODO CONCESSIVO
É o prazo que o empregador tem para conceder as férias a seu empregado, iniciando no dia
seguinte ao término do período aquisitivo. Este período também tem a duração de um ano.
IMPORTANTE
O empregado deverá gozar todo o período de férias dentro do período concessivo, ou seja, o
último dia de férias não poderá ultrapassar a data de encerramento do período concessivo.
FALTAS INJUSTIFICADAS
Por ocasião da concessão das férias, você deverá verificar se o empregado faltou ao servi-
ço sem justificativa no decorrer do período aquisitivo e, também, a quantidade de dias de
férias que o empregado terá direito a gozar.
ATENÇÃO
As faltas justificadas estão determinadas nos artigos 131 e 473 da Consolidação das Leis
do Trabalho - CLT.
Veja a tabela que discrimina a proporção dos dias de férias, tendo em vista as faltas
injustificadas:
0A5 30
06 A 14 24
15 A 23 18
24 A 32 12
Mais de 32 0
ABONO PECUNIÁRIO
É a conversão em dinheiro de 1/3 dos dias de férias a que o empregado tem direito. Esta
é a forma legal de se vender férias.
Caro(a) aluno(a), o abono pecuniário é uma opção do empregado e deverá ser requerido
formalmente ao empregador até 15 dias antes do vencimento do período aquisitivo.
76 Férias
IMPORTANTE
O requerimento de abono pecuniário não pode ser recusado, desde que seja realizado formal-
mente até 15 dias antes do vencimento do período aquisitivo.
A quantidade de dias que poderão ser convertidos em abono pecuniário, vai variar de
acordo com os dias de férias a que o empregado tem direito. Veja:
IMPORTANTE
Para que o pagamento da primeira parcela do 13º salário seja feito juntamente com as férias,
o empregado deverá fazer a solicitação por escrito, diretamente ao empregador, no mês de
janeiro do ano correspondente.
a. Deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 dias subsequentes á sua saída;
b. Permanecer em gozo da licença, com percepção de salários, por mais de 30 dias;
c. Deixar de trabalhar, com percepção de salário por mais de 30 dias em virtude de
paralisação parcial ou total dos serviços da empresa;
d. Tiver percebido da previdência social prestação de acidente do trabalho ou de
auxílio-doença por mais de 6 meses, embora descontínuos.
Férias 77
No caso de paralisação, a empresa comunicará ao órgão local do ministério do trabalho,
com antecedência mínima de 15 dias, as datas de início e fim da paralisação total dos
serviços da empresa e, em igual prazo, comunicará ao sindicato e aos empregados.
O empregado que recebe salário fixo, receberá, durante as férias, a remuneração que lhe
for devida na data da sua concessão. Quando o salário for pago por hora com jornadas
variáveis, será apurada a média do período aquisitivo, aplicando-se o valor do salário na
data da concessão das férias. Para o empregado comissionista, será aplicada a média
recebida nos 12 (doze) meses que precederem à concessão das férias.
IMPORTANTE
Atenção à seguinte informação, retirada da CLT:
FÉRIAS EM DOBRO
A CLT em seu artigo 137 determina que se as férias forem concedidas após vencido o
período concessivo, o empregador pagará em dobro a respectiva remuneração. Vencido o
mencionado prazo sem que o empregador tenha concedido às férias, o empregado pode-
rá ajuizar reclamação pedindo a fixação por sentença, da época de gozo das mesmas,
conforme parágrafo 1 do artigo 137 da CLT.
• O pagamento das férias normais e em dobro devem ser efetuados até dois dias
antes do início do período de gozo;
• Quando algum ou alguns dos dias do período de gozo das férias, recaem além do
período concessivo, as férias serão devidas em dobro parcialmente;
• Quando ocorrer dobra das férias e o empregado tiver solicitado o abono pecuniário,
este também será pago de forma dobrada.
78
IMPORTANTE
De acordo com o Enunciado nº 81 - Resolução 121/2003, publicada pelo TST em 21.11.2003,
os dias de férias gozados após o período legal de concessão, deverão ser remunerados em dobro.
Férias individuais
O período de férias é computado, para todos os efeitos, como tempo de serviço. A legis-
lação vigente só prevê antecipação das férias, nos casos de férias coletivas.
SAIBA MAIS
Aos menores de 18 e maiores de 50 anos, as férias terão de ser concedidas de uma só vez.
O empregado estudante, menor de 18 anos, terá direito a fazer coincidir suas férias
escolares (art.136 § 2º da CLT) e os membros de uma família que trabalharem no mesmo
estabelecimento ou empresa, terão direito a gozar férias no mesmo período se assim o
desejarem e se disto não resultar prejuízo para o serviço (art.136 § 1º da CLT).
Férias coletivas
Saiba que o empregador poderá conceder férias coletivas, paralisando toda a empresa ou
determinados setores, devendo haver comunicação escrita ao Ministério do Trabalho e ao
Sindicato da Classe com, no mínimo, 15 dias de antecedência.
Férias 79
O empregado que tiver menos de 1 ano de trabalho na empresa na época das férias
coletivas, também irá gozar a mesma quantidade de dias que os outros funcionários,
porém, receberá o valor dos dias de férias a que tiver direito acrescido de 1/3. Os dias
que completarão a quantidade total de férias que os outros funcionários irão gozar, serão
pagos a título de Licença Remunerada e não terão incidência de 1/3 sobre esse valor.
Após o período das férias coletivas, se ainda restarem dias de férias para o empregado,
eles deverão ser concedidos em um único período e dentro do período concessivo.
Férias proporcionais
Na rescisão contratual, o pagamento das férias será devido de forma proporcional aos
meses trabalhados, sendo o pagamento da remuneração feito em doze avos, que corres-
ponde a cada mês ou fração de pelo menos 15 dias trabalhados no mês.
1/12 2/12 3/12 4/12 5/12 6/12 7/12 8/12 9/12 10/12 11/12 12/12
24 dias
2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24
(de 6 a 14
DIAS DE FÉRIAS
dias dias dias dias dias dias dias dias dias dias dias dias
faltas)
18 dias
1,5 3 4,5 6 7,5 9 10,5 12 13,5 15 16,5 18
(de 15 a
dias dias dias dias dias dias dias dias dias dias dias dias
23 faltas)
12 dias
1 2 3 4 5 6 7 9 10 11 12
(de 24 a 32 8 dias
dias dias dias dias dias dias dias dias dias dias dias
faltas)
80 Férias
Síntese
As férias são um merecido descanso dos trabalhadores, após um ano de trabalho.
Neste período o empregado poderá descasar haja vista que esta sendo remunerado pelo
empregador
Referências
CAMPANHOLE, Adriano. Consolidação das Leis do Trabalho e Legislação Complementar CLT. 113. ed. São Paulo:
Editora Atlas, 2009.
GOMES, Elizeu Domingues. Rotinas Trabalhistas e Previdenciárias. 13. ed. Belo Horizonte: Editora Líder, 2013.
OLIVEIRA, Aristeu de. Manual de Prática Trabalhista. 41. Ed. São Paulo: Editora Atlas, 2007
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, Senado, 1998.
81
Rotinas de
Administração
de Pessoal
Décimo Terceiro
SALÁRIO
OS PRAZOS DE PAGAMENTO DE
ACORDO COM A LEGISLAÇÃO
OS CÁLCULOS DA PRIMEIRA E DA
SEGUNDA PARCELA DO 13º SALÁRIO
A CORRETA BASE DE CÁLCULO
OS PROCEDIMENTOS QUANDO O
EMPREGADO FOR COMISSIONISTA
APRESENTAÇÃO
C aro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a)! Neste módulo você vai conhecer quais são as
obrigações do empregador por ocasião do pagamento do 13º aos seus empregados,
os prazos que devem ser obedecidos e demais situações que devem ser observadas.
Você verá também as particularidades existentes com relação às parcelas devidas, prazos
de pagamentos e descontos autorizados.
Neste módulo ainda serão repassados esclarecimentos quanto à forma de se calcular o
13º salário para o empregado com remuneração variável.
Agora, convido você para compartilharmos deste conhecimento. Bons estudos!
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final deste módulo, você deverá ser capaz de:
• Identificar quais são os prazos de pagamento de acordo com a legislação.
• Efetuar os cálculos da primeira e da segunda parcela do 13º salário.
• Identificar a correta base de cálculo.
• Identificar os procedimentos quando o empregado for comissionista.
DIREITO
Têm direito a receber o pagamento do
13º salário todos os empregados regidos pela Consolidação das
Leis do Trabalho - CLT, os trabalhadores rurais, trabalhadores avulsos e os
empregados domésticos.
FORMAS DE PAGAMENTO
O 13º salário será pago de forma integral ou proporcional, conforme
o período trabalhado durante o ano. O que vai determinar o valor a ser
pago ao empregado é o número de meses trabalhados dentro do ano-
-calendário, que vai de janeiro a dezembro.
ATENÇÃO
Assim, o valor do 13º salário será computado à razão de 1/12 da remu-
neração integral devida no mês de dezembro, (ou no mês da rescisão
contratual), por mês de serviço, sendo que a fração igual ou superior a
15 dias de trabalho será considerada como mês integral.
85
As faltas legais e justificadas ao serviço não são deduzidas para fins de cálculo do 13º
salário, somente poderão ser deduzidas as faltas não justificadas, as que tenham sido
descontadas na remuneração do empregado, consideradas, faltas injustificadas.
A empresa deverá apurar o período que foi trabalhado e o que deixou de ser trabalhado,
de forma a levantar o número de meses que vão definir o seu valor. devendo ser verificado
somente se dentro de cada mês o empregado trabalhou mais de 14 dias.
PRAZO DE PAGAMENTO
O 13º salário deve ser pago em duas parcelas:
a. A primeira parcela será paga entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano.
b. A segunda parcela será paga até o dia 20 de dezembro de cada ano.
IMPORTANTE
Não existe previsão legal para a quitação do 13º salário em apenas uma parcela, portanto,
caso o empregador decida efetuar o pagamento em uma única parcela deverá fazê-lo obser-
vando que o prazo máximo é 30 de novembro.
CÁLCULO
A forma de você fazer o cálculo do 13º salário pode variar de acordo com a forma que o
empregado recebe sua remuneração, salário fixo ou variável.
a. Primeira parcela - Calcular a média das comissões pagas até o mês anterior ao mês
do pagamento e dividir por 2 o resultado encontrado, sem efetuar descontos. Se o
empregado for comissionista misto, somar a média das comissões ao salário fixo
e dividir por 2 o resultado encontrado, sem efetuar descontos.
b. Segunda parcela - Calcular a média das comissões pagas até o mês de novembro e
deduzir INSS, IRRF, o valor pago por ocasião da primeira parcela e, se for o caso, o
valor a ser descontado a título de pensão alimentícia judicial. Se o empregado for
comissionista misto, somar a média das comissões ao salário fixo antes de fazer
as deduções citadas acima.
Você deve calcular a terceira parcela apenas para apurar as diferenças de 13º salário, dife-
rença de INSS, diferença de IRRF da 3ª parcela com relação ao que foi pago na 2ª parcela.
ATENÇÃO
As diferenças apuradas no cálculo da 3ª parcela poderão ser lançadas individualmente na
folha de pagamento do mês de dezembro, mas deverão ser quitadas até o dia 10 de janeiro
do ano subsequente.
-- somente para
Quem recebe? -- todos os funcionários -- todos os funcionários funcionários que
recebem salário variável
-- metade do salário do
Valor devido -- Maior remuneração -- diferença
mês anterior
INSS
IR
Descontos -- Não há desconto -- diferença
Pensão Alimentícia
1ª parcela
-- efetuar o depósito
-- efetuar o depósito
equivalente a 8% da -- efetuar o depósito
equivalente a 8%
diferença entre a maior equivalente a 8%
FGTS do valor devido
remuneração e a 1ª da diferença no mês
no mês Seguinte
parcela no mês seguinte seguinte ao pagamento
ao pagamento
ao pagamento
Você irá fazer o cálculo do 13º salário proporcional levando em consideração a quantidade
de doze avos que o empregado trabalhou durante o ano, sendo que cada doze avo corres-
ponde a 1 (um) mês trabalhado ou no mínimo 15 (quinze) dias trabalhados dentro do mês.
Portanto, para se calcular os valores das parcelas de 13º salário, você deverá, antes, calcu-
lar a remuneração do empregado proporcional ao número de dozeavos a que ele tem direito.
OBS.: Os doze avos deverão ser contados desde a admissão do empregado até o mês do
pagamento de cada parcela.
Exemplos:
Para se calcular a remuneração para pagamento do 13º salário proporcional, você deve-
rá dividir a remuneração integral por 12 e multiplicar pela quantidade de doze avos
correspondente.
Outras considerações
LICENÇA MATERNIDADE
A licença maternidade é tida como a ausência legal remunerada, computada como tempo
de serviço para efeito de férias, décimo terceiro salário, FGTS, aposentadoria e demais
efeitos legais.
AUXILIO DOENÇA
Quando um empregado se afasta por motivo de doença por mais de 15 dias, seu contrato
de trabalho é suspenso a partir do 16º dia. Quanto aos primeiros dias, a empresa deve
pagar o salário; do 16º dia em diante (Auxílio Doença) a responsabilidade é do INSS.
Portando, com relação ao 13º salário, a empresa deve pagar o período anterior e posterior
ao auxílio doença, ficando a Previdência Social responsável pelo pagamento do período
em que o empregado se encontrava afastado.
88
ACIDENTE DE TRABALHO
As faltas decorrentes de acidente de trabalho não são consideradas para cálculo de grati-
ficação natalina (enunciado n º 46 TST); isto quer dizer que o 13 º salário deve ser pago
integralmente, não se levando em consideração o tempo que o empregado esteve ausente
por motivo de acidente do trabalho.
Neste caso, tendo em vista que o empregado receberá o abono anual da Previdência
Social, entende-se que a empresa deve apenas complementar o valor do 13º salário,
calculando-o como se o contrato de trabalho não tivesse sido interrompido pelo acidente.
Assim, o valor do abono anual pago pela Previdência Social mais o complemento a cargo
da empresa devem corresponder ao valor integral do 13º salário do empregado.
ATENÇÃO
O empregado com salário fixo, que fez horas extras, adicionais noturnos ou horas de sobre-
aviso durante o ano calendário, deverá ter a remuneração do 13º salário formada pela média
do ano referente a essas verbas somadas ao salário do empregado.
Referências
CAMPANHOLE, Adriano– Consolidação das Leis do Trabalho e Legislação Complementar CLT – 113ª- ed. –
Editora Atlas - São Paulo – SP -2009
GOMES, Elizeu Domingues. Rotinas Trabalhistas e Previdenciárias. 13ª Edição - Editora: Líder, 2013.
OLIVEIRA, Aristeu de- Manual de Prática Trabalhista – 41ª Edição – Editora Atlas -São Paulo – SP - 2007
ALMEIDA, Amador Paes de. CLT Comentada. 5ª Edição - Revista, atualizada e ampliada. São Paulo: Saraiva, 2008.
90
Rotinas de
Administração
de Pessoal
RESCISÃO
DE
RESCISÃO E EXTINÇÃO DE
CONTRATO DE TRABALHO
CUIDADOS A SEREM TOMADOS NO
DESLIGAMENTO DO EMPREGADO
VERBAS RESCISÓRIAS DEVIDAS DE
ACORDO COM O TIPO DE DEMISSÃO
APRESENTAÇÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final deste módulo, você deverá ser capaz de:
• Diferenciar rescisão e extinção de contrato de trabalho.
• Verificar quais os cuidados a serem tomados no desligamento do empregado.
• Identificar as verbas rescisórias devidas de acordo com o tipo de demissão.
A rescisão de contrato, que estudaremos agora, ocorre quando uma das partes decide
pelo fim do vínculo empregatício. Assim, tendo em vista a cessação da relação de empre-
go, podemos definir que a extinção, ou resilição de contrato, ocorre em razão de término
normal do contrato por prazo determinado ou experiência; por morte do empregado; por
extinção da empresa ou por motivo de força maior. Já a rescisão de contrato, ocorre por
vontade do empregador; por vontade do empregado ou por decisão judicial.
Rescisão de Contrato 93
VERBAS RESCISÓRIAS DEVIDAS
Você verá que o cálculo das verbas rescisórias será baseado em todos os
cálculos anteriores aqui estudados, ou seja, folha de pagamento, férias e
13º salário, além de outras verbas ou benefícios devidos por força de lei
ou previsão em acordo ou convenção coletiva de trabalho. Algumas verbas
rescisórias são comuns à grande maioria das rescisões contratuais, como
você verá a seguir.
AVISO PRÉVIO
De acordo com o art. 487 da CLT, nos contratos por prazo indeterminado, a parte que
desejar a rescisão sem justo motivo, deverá avisar à outra parte a sua decisão, com ante-
cedência mínima de 30 dias, ou seja, o aviso prévio é uma obrigação do empregador e
também do empregado.
ATENÇÃO
A falta do aviso prévio por parte do empregador o obriga a indenizar o empregado, pagando-
lhe os salários do período correspondente e, quando a falta do aviso acontecer por parte do
empregado, os salários correspondentes ao período do aviso prévio poderão ser descontados
por ocasião da rescisão contratual.
Tendo em vista que o artigo 7º da Constituição Federal determina que o aviso prévio deve-
rá ser no mínimo de 30 dias, a Lei 12.506/2011 estabeleceu que a o aviso prévio seria
no máximo de 90 dias e, para sanar as dúvidas com relação à forma de aplicar a propor-
cionalidade do aviso prévio, o Ministério do Trabalho publicou em 07 de maio de 2012, a
Nota Técnica 184, esclarecendo que, em caso de demissão promovida pelo empregador,
a cada ano completo de serviço na empresa serão acrescentados 3 dias de aviso prévio,
conforme tabela a seguir:
94 Rescisão de Contrato
...continuação
6 48
7 51
8 54
9 57
10 60
11 63
12 66
13 69
14 72
15 75
16 78
17 81
18 84
19 87
20 90
REFLITA
Você sabia que o empregado com direito ao recebimento do salário família, irá recebê-lo na
rescisão contratual? É isto mesmo, e ele será proporcional à quantidade de dias trabalhados
no mês da rescisão.
INDENIZAÇÕES
Existem algumas situações em que, além das verbas rescisórias, são devidos alguns
valores a título de indenização. Vamos conhecer esses valores a seguir, fique atento(a)!
Rescisão de Contrato 95
FGTS – FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO
Quando o motivo da rescisão for desligamento sem justa causa a pedido do empregador
ou, rescisão antecipada pelo empregador, por meio de contrato por prazo determinado,
será devida também a multa sobre o saldo do FGTS no percentual de 50%, sendo que
40% serão depositados diretamente na conta vinculada do trabalhador e os 10% restan-
tes serão direcionados ao conselho curador do FGTS a título de contribuição social.
HOMOLOGAÇÃO
Para resguardar os interesses das partes, a legislação assegura o direito de serem assisti-
das pelo Ministério do Trabalho e Emprego ou pelos sindicatos de classe no ato do paga-
mento das verbas rescisórias, de forma que uma pessoa conhecedora dos direitos das
partes possa conferir o termo da rescisão.
Não havendo esses órgãos, poderão prestar assistência as seguintes autoridades ou entidades:
VOCÊ SABIA?
Tratando-se de menor de 18 anos, a rescisão contratual só terá validade mediante a assistên-
cia do pai ou da mãe, ou do responsável legal (Art. 439 da CLT).
96 Rescisão de Contrato
O pagamento que fizer jus ao empregado, será efetuado no ato da homologação da resci-
são contratual, em dinheiro ou cheque administrativo, salvo se o empregado for analfabe-
to, quando o pagamento somente poderá ser feito em dinheiro.
Quando o tempo de serviço do empregado for inferior ou igual a 1(um) ano, o empre-
gador estará dispensado de fazer a homologação no Ministério do Trabalho ou Sindicato
da categoria, podendo o empregador efetuar o pagamento das verbas rescisórias dire-
tamente na empresa.
PRAZOS DE PAGAMENTO
Os prazos para se fazer a homologação da rescisão contratual, serão:
a. Próximo dia útil, após a data de afastamento, quando se tratar de extinção normal
de contrato por prazo determinado;
b. Quando se tratar de rescisão em que tenha ocorrido o cumprimento doaviso prévio,
o prazo será no dia seguinte à data de afastamento;
c. Quando se tratar de rescisão em que não tenha ocorrido o cumprimento doavi-
so prévio, o prazo será de até dez dias corridos, iniciando a contagem na data
do afastamento.
ATENÇÃO
Quando a data do pagamento da rescisão coincidir com sábado, domingo ou feriado, a homo-
logação deverá ser antecipada para o dia útil imediatamente anterior.
Rescisão de Contrato 97
ESTABILIDADE PROVISÓRIA
SEGURO DESEMPREGO
O empregador, no ato da dispensa sem justa causa ou rescisão antecipada por decisão
do empregador, deve fornecer ao empregado as guias do formulário da Comunicação de
Dispensa e requerimento Seguro Desemprego (CD/SD). Mas atenção, o trabalhador só
pode usufruir uma vez do beneficio a cada 16 (dezesseis) meses. A não ser que interrom-
pa o recebimento das parcelas porque foi admitido em novo emprego.
98 Rescisão de Contrato
A partir do 7º dia até o 120º dia subsequente à data de sua dispensa, o empregado
dispensado poderá encaminhar o Requerimento do Seguro Desemprego no Ministério
do Trabalho, por intermédio da DRT ou SINE, no qual o órgão recebedor fornecerá o
comprovante ao trabalhador. Após a aprovação do Requerimento do Seguro Desemprego
por parte do Ministério do Trabalho, será enviado à agência da Caixa Econômica Federal,
previamente escolhida pelo trabalhador habilitado do documento de pagamento do Seguro
Desemprego. O número das parcelas será de três a cinco.
Vale ressaltar que o pagamento do Seguro Desemprego será suspenso caso haja admissão
do trabalhador em um novo emprego, ou início da percepção de beneficio de prestação
continuada da Previdência Social, exceto o auxílio-acidente e o abono de permanência.
• Saldo de Salário
• Férias vencidas ou proporcionais acrescidas de 1/3
• 13º salário proporcional
• Salário Família
• Depósito e Saque do FGTS
Rescisão de Contrato 99
RESCISÃO ANTECIPADA, PELO EMPREGADOR, DO
CONTRATO DE TRABALHO POR PRAZO DETERMINADO
Ocorre quando o empregador demite o empregado antes do prazo final acordado no
contrato por prazo determinado ou contrato de experiência. Neste caso, as verbas resci-
sórias devidas são:
• Saldo de Salário
• Férias vencidas ou proporcionais acrescidas de 1/3
• 13º salário proporcional
• Salário Família
• Depósito e Saque do FGTS
• Indenização art. 479 da CLT
• Multa de 50% do saldo da conta vinculada do FGTS
• Entrega do formulário do Seguro Desemprego
• Saldo de Salário
• Férias vencidas ou proporcionais acrescidas de 1/3
• 13º salário proporcional
• Salário Família
• Depósito do FGTS
• Indenização art. 480 da CLT, devida pelo empregado
• Saldo de Salário
• Férias vencidas ou proporcionais acrescidas de 1/3
• 13º salário proporcional
• Salário Família
• Depósito e Saque do FGTS
• Aviso Prévio
• Multa de 50% do saldo da conta vinculada do FGTS
• Entrega do formulário do Seguro Desemprego
• Saldo de Salário
• Férias vencidas ou proporcionais acrescidas de 1/3
• 13º salário proporcional
• Salário Família
• Depósito do FGTS
• Aviso Prévio de responsabilidade do empregado
• Saldo de Salário
• Férias vencidas acrescidas de 1/3
• 13º salário somente integral
• Salário Família
• Depósito do FGTS
OBSERVAÇÃO
Os motivos para despedida por justa causa, estão discriminados no art. 482 da CLT.
• Saldo de Salário
• Férias vencidas ou proporcionais acrescidas de 1/3
• 13º salário proporcional
• Salário Família
• Depósito e Saque do FGTS
VOCÊ SABIA
Para receber as verbas rescisórias e sacar o saldo do FGTS, os dependentes do empregado
falecido deverão apresentar a certidão PIS/PASEP expedida pelo INSS ou alvará judicial auto-
rizando o recebimento.
• Saldo de Salário
• Férias vencidas ou proporcionais acrescidas de 1/3
• 13º salário proporcional
• Salário Família
• Depósito e Saque do FGTS
• Aviso Prévio
• Multa de 50% do saldo da conta vinculada do FGTS
• Entrega do formulário do Seguro Desemprego
IMPORTANTE
Os motivos para o empregado solicitar a rescisão indireta, estão discriminados no art. 483 da
CLT e ele deverá ajuizar ação na Justiça do Trabalho.
Referências
ALMEIDA, Amador Paes de. CLT Comentada. 5ª Edição - Revista, atualizada e ampliada. São Paulo: Saraiva, 2008.
CARRION, Valentin. Comentários à consolidação das leis do trabalho. 24. ed. São Paulo: Saraiva, 1999.
GOMES, Elizeu Domingues. Rotinas Trabalhistas e Previdenciárias. 13ª Edição - Editora: Líder, 2013.
OLIVEIRA, Aristeu de- Manual de Prática Trabalhista – 41ª Edição – Editora Atlas -São Paulo – SP – 2007.
103
Rotinas de
Administração
de Pessoal
FOLHA DE PAGAMENTO
– CÁLCULO
O CÁLCULO DOS PROVENTOS PAGOS
NA FOLHA DE PAGAMENTO
O CÁLCULO DOS DESCONTOS NA
FOLHA DE PAGAMENTO
O SALÁRIO LÍQUIDO PAGO AO EMPREGADO
APRESENTAÇÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final deste módulo, você deverá ser capaz de:
• Elaborar o cálculo dos proventos pagos na folha de pagamento.
• Elaborar o cálculo dos descontos na folha de pagamento.
• Apurar o salário líquido pago ao empregado.
Salário
O salário é acordado na ocasião da admissão sendo pago conforme valor estipulado no
contrato de trabalho e na carteira de trabalho, ou mesmo em convenção/acordo coletivo
de Trabalho.
Gratificação
As gratificações podem ser pagas pelo exercício de um cargo, pela satisfação dos resulta-
dos de negócio, bem como pela gratificação à colaboração do empregado.
Exemplo
Cálculo
Exemplo
Adicional de Insalubridade
O adicional de insalubridade é devido ao empregado que trabalha em um ambiente insalu-
bre, ou seja, um ambiente que poderá causar danos à saúde do trabalhador.
Exemplo
Adicional de Periculosidade
O adicional de periculosidade é devido ao empregado que trabalhar exposto ao perigo,
no contato permanente com inflamável, explosivos ou energia. Esse adicional é de, no
mínimo, 30% sobre o salário base do empregado.
Exemplo
Cálculo
Exemplo
Um empregado com carga horária mensal de 220 horas, que recebe salário de R$800,00
e adicional de insalubridade grau mínimo e trabalhou 105 horas noturnas.
Cálculo
Comissões
Caro(a) aluno(a), o percentual de comissão a que o empregado terá direito é acordado
com o empregador no ato da admissão e geralmente é calculado sobre o volume de
vendas feitas no decorrer do mês.
Exemplo
Cálculo
Exemplo
ATENÇÃO
As diárias para viagem são valores pagos habitualmente ao empregado para cobrir despe-
sas necessárias, tais como alimentação, hotéis, transporte, alojamento para realização de
serviços externos. Mas, quando estes referidos valores excedem 50% do valor do salário do
empregado, integram a remuneração para todos os efeitos legais.
Exemplo
Cálculo
Para apurar valor devido a título de repouso semanal remunerado, poderão ser utilizadas
duas formas de cálculos:
ATENÇÃO
Ambos os cálculos são aceitos por nossa doutrina.
Exemplos
a. Considerando o exemplo “a” do item “1.9” onde encontramos o valor das horas
extras igual R$179,99 e, considerando que o mês de dezembro teve 25 dias úteis
e 6 dias não úteis poderemos encontrar os seguintes valores:
Cálculo
Valor das horas extras ÷ dias úteis x dias não úteis → 179,99 ÷ 25 x 6 = 43,19
Ou o seguinte cálculo: valor das horas extras ÷ 6 → 179,99 ÷ 6 = 29,99
Gorjetas
As gorjetas recebidas pelos empregados deverão ser somadas no final do mês e lançadas
no recibo de pagamento, porém, não havendo condições de se apurar qual o valor recebi-
do pelo empregado a título de gorjeta espontânea, o sindicato da categoria, por meio de
convenção ou acordo coletivo de trabalho estipula valores estimativos para cada grupo
funcional.
Quebra de Caixa
A quebra de caixa é o valor pago aos funcionários que trabalham diretamente com dinhei-
ro do empregador, ou seja, trabalhando diretamente no caixa da empresa. O valor do
quebra de caixa, geralmente, é estipulado em convenção ou acordo coletivo de trabalho.
112
Cálculo de Descontos
Alguns descontos em folha de pagamento também são acordados na ocasião da admis-
são do empregado, outros serão efetuados por estarem estipulados em lei, convenção ou
acordo coletivo.
Faltas e Atrasos
As faltas e atrasos do empregado, sem justificativa legal, poderão ser descontados na
ocasião do fechamento da folha de pagamento.
Exemplos
O empregado, com salário de R$1.100,00 e carga horária mensal de 220 horas faltou ao
serviço 1 dia e outro dia chegou atrasado 2 horas e 40 minutos.
Previdência Social
É o valor que será repassado ao INSS e será calculado somando todos os proventos,
deduzindo o valor descontado a título de faltas e atrasos e multiplicando o resultado pela
alíquota do INSS de acordo com a tabela de contribuição mensal (Tabela 1).
Exemplo
Vamos calcular o valor a ser descontado e repassado para previdência social da situação
colocada no item “2.1”.
Para calcular o IRRF você terá que calcular primeiramente o valor do INSS.
Após o cálculo do INSS (Tabela 1) consultar a tabela do IRRF (Tabela 2). Você vai veri-
ficar que na referida tabela consta um valor de dedução para cada dependente legal do
empregado e também um valor denominado “parcela a deduzir” que altera de acordo com
alíquota em que a remuneração do empregado estiver enquadrada.
Parcela a deduzir do
Base de cálculo mensal em R$ Alíquota %
imposto em R$
Até R$1.787,77 Isento -
De R$1.787,78 até R$2.679,29 7,5% R$134,08
De R$2.679,30 até R$3.572,43 15,0% R$335,03
De R$3.572,44 até R$4.463,81 22,5% R$602,96
Acima de R$4.463,81 27,5% R$826,15
*Dedução por dependente – R$ 179,71
Fontes: <http://www.receita.fazenda.gov.br/aliquotas/contribfont2012a2015.htm> e
<http://www.receita.fazenda.gov.br/aliquotas/tabdependentes.htm>
Exemplo
Cálculo
Adiantamento Salarial
Caso o empregador tenha concedido algum adiantamento salarial ao empregado, esse
valor deverá ser descontado no fechamento da folha de pagamento.
Contribuição Sindical
Descontada geralmente no mês de março e corresponde a 1/30 da remuneração do mês
anterior ao mês em que ocorrer o desconto.
Exemplo
Tendo como base o exemplo do ítem “2.4”, em um salário de R$850,00 qual seria o valor
do desconto da contribuição sindical?
Cálculo
Pensão Alimentícia
A empresa deverá efetuar o desconto em conformidade com o percentual ou valor esta-
belecido no ofício a ela endereçado pelo Juiz da Ação.
Alimentação
O empregador poderá descontar no salário do empregado até 20% do custo da alimentação.
Exemplo
Cálculo
Empréstimos Consignados
Também deverão estar devidamente autorizados e em conformidade com convênios exis-
tentes com instituições financeiras.
Referências
ALMEIDA, Amador Paes de. CLT Comentada. 5ª Edição. Revista, atualizada e ampliada.
São Paulo. Saraiva. 2008.
CARRION, Valentin. Comentários à consolidação das leis do trabalho. 24. ed. São Paulo.
Saraiva. 1999.
OLIVEIRA, Aristeu de. Manual de Prática Trabalhista. 41ª Edição. Editora Atlas. São Paulo.
SP. 2007.
117
Rotinas de
Administração
de Pessoal
FÉRIAS – CÁLCULO
O CÁLCULO DE FÉRIAS INDIVIDUAIS
SEM ABONO PECUNIÁRIO
O CÁLCULO DE FÉRIAS INDIVIDUAIS
COM ABONO PECUNIÁRIO
O CÁLCULO DE FÉRIAS COLETIVAS
APRESENTAÇÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final deste módulo, você deverá ser capaz de:
• Elaborar o cálculo de férias individuais sem abono pecuniário.
• Elaborar o cálculo de férias individuais com abono pecuniário.
• Elaborar o cálculo de férias coletivas.
Para cálculo do valor a ser recebido por ocasião das férias, você deverá somar a remune-
ração do empregado a 1/3 do abono de férias desta remuneração, e subtrair os valores de
INSS, IRRF e pensão alimentícia se for o caso.
Parcela a deduzir do
Base de cálculo mensal em R$ Alíquota %
imposto em R$
Até R$1.787,77 Isento –
De R$1.787,78 até R$2.679,29 7,5% R$134,08
De R$2.679,30 até R$3.572,43 15,0% R$335,03
De R$3.572,44 até R$4.463,81 22,5% R$602,96
Acima de R$4.463,81 27,5% R$826,15
* Dedução por dependente – R$ 179,71
Fonte: < http://www.portaltributario.com.br/guia/tabelairf.html>
Exemplo
Fórmula Cálculo
Férias normais 994,80
+ 1/3 constitucional + 331,60 994,80 ÷ 3
= Total de Proventos = 1.326,40 994,80 + 331,60
– Inss – 119,37 1.326,40 x 9%
– Irrf – 0,00 Isento
– Pensão Alimentícia – 0,00 Não paga pensão
= Líquido de Férias = 1.207,03 1.326,40 – 119,37
Férias Reduzidas
O período de gozo de férias será reduzido quando o empregado faltar ao serviço, sem
justificativa, acima 5 dias, sendo:
Exemplo
Um empregado com salário mensal de R$724,00 faltou ao serviço 9 dias, sem justifica-
tiva, durante o período aquisitivo. Portanto, ele terá direito a gozar 24 dias de férias e a
remuneração para o pagamento das férias será proporcional aos 24 dias.
Fórmula Cálculo
Férias normais 579,19
+ 1/3 constitucional + 193,06 579,19 ÷ 3
= Total de Proventos = 772,25 579,19 + 193,06
– Inss – 61,78 772,25 x 8%
– Irrf – 0,00 Isento
– Pensão Alimentícia – 0,00 Não paga pensão
= Líquido de Férias = 710,47 772,25 – 61,78
Exemplo
Fórmula Cálculo
Férias normais 1.327,23
+ 1/3 constitucional + 442,41 1.327,23 ÷ 3
= Total de Proventos = 1.769,64 1.327,23 + 442,41
– Inss – 159,26 1.769,64 x 9%
– Irrf – 0,00 Isento
– Pensão Alimentícia – 0,00 Não paga pensão
= Líquido de Férias = 1.610,x38 1.769,64 – 159,26
Exemplo
Um empregado comissionista puro irá gozar 30 dias de férias com início em 01/12/2014.
Fórmula Cálculo
Férias normais 1.587,08
+ 1/3 constitucional + 529,02 2.116,10 x 11%
= Total de Proventos = 2.116,10 1.587,08 + 529,02
– Inss – 232,77 1.587,08 ÷ 3
– Irrf – 7,16 (2.116,10 – 232,77) x 7,5% - 134,08
– Pensão Alimentícia – 0,00 Não paga pensão
= Líquido de Férias = 1.876,17 2.116,10 – 232,77 – 12,93
Exemplo
Um empregado com salário de R$1.200,00, irá gozar 30 dias de férias com início em
10/03/2015. Essas férias se referem ao período aquisitivo de 05/04/2013 a 04/04/2014,
portanto, o período concessivo será de 05/04/2014 a 04/04/2015.
Obs.: O período de gozo de férias iniciará dia 10/03/2015 e, portanto, encerrará dia
08/04/2015, ou seja, o final das férias ultrapassará o final do período concessivo em
quatro dias e esses dias deverão ser remunerados em dobro.
Fórmula Cálculo
Férias normais 1.200,00
+ 1/3 constitucional + 400,00 1.200,00 ÷ 3
+ Férias em dobro + 160,00 1.200,00 ÷ 30 x 4
+ 1/3 constitucional em dobro + 53,33 160,00 ÷ 3
1.200,00 + 400,00 + 160,00
= Total de proventos = 1.813,33
+ 53,33
– Inss (cálculo s/ férias normais + 1/3) – 144,00 (1.200,00 + 400,00) x 9%
– Irrf – 0,00 Isento
– Pensão Alimentícia – 0,00 Não paga pensão
= Líquido de Férias = 1.669,33 1.813,33 – 144,00
Obs.: Sobre o valor do abono pecuniário e 1/3 desse abono não há incidência de INSS,
IRRF e FGTS.
Exemplo
Fórmula Cálculo
Férias normais (valor de 20 dias) 1.333,33 2.000,00 ÷ 30 x 20
+ 1/3 constitucional + 444,44 1.333,33 ÷ 3
+ Abono Pecuniário (valor de 10 dias) + 666,66 2.000,00 ÷ 30 x 10
+ 1/3 do Abono Pecuniário + 222,22 666,66 ÷ 3
1.333,33 + 444,44 +
= Total de proventos = 2.666,65
666,66+ 222,22
(1.333,33 + 444,44)
– Inss (cálculo s/ férias normais + 1/3) – 159,99
x 9%
– Irrf (cálculo s/ férias normais + 1/3) – 0,00 Isento
– Pensão Alimentícia – 0,00 Não paga pensão
= Líquido de Férias = 2.506,66 2.666,65 – 159,99
Férias - Cálculo
Síntese
Caro Aluno(a), neste módulo foram apresentadas as diversas fórmulas para se calcular as
férias do empregado, tendo em vista sua correta aplicação de acordo com a legislação
trabalhista, exemplos e fórmulas corretas para a execução dos cálculos. Agora é a sua
vez de colocar este conhecimento em prática, para isto realize as atividades propostas.
Bons estudos!
Referências
ALMEIDA, Amador Paes de. CLT Comentada. 5ª Edição - Revista, atualizada e ampliada.
São Paulo: Saraiva, 2008.
OLIVEIRA, Aristeu de. Manual de Prática Trabalhista – 41ª Edição – Editora Atlas -São
Paulo – SP – 2007.
127
Rotinas de
Administração
de Pessoal
13º SALÁRIO
CÁLCULO
O CÁLCULO DE 13º SALÁRIO
INTEGRAL
O CÁLCULO DE 13º SALÁRIO
PROPORCIONAL
O CÁLCULO DE 13º SALÁRIO
PARA REMUNERAÇÃO VARIÁVEL
APRESENTAÇÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final deste módulo, você deverá ser capaz de:
• Elaborar o cálculo de 13º salário integral.
• Elaborar o cálculo de 13º salário proporcional.
• Elaborar o cálculo de 13º salário para remuneração variável.
Introdução
O cálculo do 13º salário será efetuado de forma integral ou proporcional, de acordo com
a quantidade de doze avos do ano em questão a que o empregado tem direito, e o paga-
mento deverá ser feito em até duas parcelas.
Exemplo
Com relação ao 13º salário do ano de 2014, um empregado com admissão ocorrida em
01/11/2013, que vier a receber a partir de agosto de 2014 o salário fixo de R$900,00.
Exemplo
Quantidade Quantidade
Mês
Adicional Noturno horas extras
01/2014 55 22
02/2014 70 12 Obs.: Para calcular a quantidade média de horas extras e adicio-
03/2014 56 15 nais noturnos, você deverá somar todas as horas de janeiro até
04/2014 60 10 outubro e dividir por dez.
05/2014 0 8
Após calcular essa média, utilizar as fórmulas de cálculo de hora
06/2014 50 16 extra e adicional noturno, calcular o repouso semanal remunerado
07/2014 56 4 e somar ao salário fixo para encontrar a base de cálculo da 1ª
08/2014 56 24 parcela.
09/2014 80 13
Média adic. not. → 1200,00 ÷ 220 x 20% x 48,30 = 52,65
10/2014 0 11
11/2014 ** ** Média h.extra → 1200,00 ÷ 220 x 1,5 x 13,50 = 110,36
12/2014 ** ** Valor do RSR → (52,65 + 110,36) ÷ 6 = 27,18
Total >> 483 hs 135 hs Remuneração → 1200,00+52,65+110,36+27,18 = 1.390,19
Média > 48,30 hs 13,50 hs
Quantidade Quantidade
Mês
Adicional Noturno horas extras
01/2014 55 22
Obs.: Para calcular a quantidade média de horas extras e adicio-
02/2014 70 12 nais noturnos, você deverá somar todas as horas do ano e dividir
03/2014 56 15 por 12.
04/2014 60 10
05/2014 0 8 Após calcular essa média, utilizar as fórmulas de cálculo de hora
extra e adicional noturno, calcular o repouso semanal remunerado
06/2014 50 16
e somar ao salário fixo para encontrar a base de cálculo do 13º
07/2014 56 4 salário.
08/2014 56 24
09/2014 80 13
10/2014 0 11 Média 13º sal. → 1200,00 ÷ 220 x 20% x 49,75 = 54,23
11/2014 58 8
Média h.extra → 1200,00 ÷ 220 x 1,5 x 13,33 = 108,97
12/2014 56 17
Valor do RSR → (54,23 + 108,97) ÷ 6 = 27,20
Total >> 597 hs 160 hs
Remuneração → 1200,00+54,23+108,97+27,20 = 1.390,40
Média > 49,75 hs 13,33 hs
Exemplo
Calcular o 13º salário de um empregado comissionista misto, ou seja, ele recebe além das
comissões informadas a seguir, um salário fixo, no valor de R$800,000.
OBSERVAÇÃO
É necessário o cálculo da 3ª parcela porque na ocasião do pagamento da 2ª parcela, 20 de
dezembro, em regra, ainda não houve a apuração do valor das comissões referentes ao mês
de dezembro, fato que só vai ocorrer após 31 de dezembro. A data de pagamento dessas
diferenças apuradas será até o dia 10/01/2015.
mb ro
deze
l ár io
º s a
13
Após esta definição, observar que a forma de calcular tanto a primeira como a segunda
parcela obedecerá ao mesmo critério utilizado para o 13º salário integral.
Exemplo
Com relação ao 13º salário do ano de 2014, um empregado com admissão ocorrida em
01/04/2014, recebendo até setembro de 2014 o salário fixo de R$800,00 e de outubro a
dezembro de 2014, passando a receber o salário fixo de R$900,00. Desde a admissão o
empregado recebeu também, adicional de periculosidade de 30% do salário base.
Após esta definição, observar que a forma de calcular tanto a primeira como a segunda
parcela obedecerá ao mesmo critério utilizado para o 13º salário integral.
Exemplo
04/2014 1.400,00
05/2014 1.569,00
06/2014 1.200,00
07/2014 1.578,00 Obs.: Para a primeira parcela, somar as comissões de abril
a outubro, dividir por 7, somar o salário de 800,00 e dividir
08/2014 1.600,00 por 2, sem efetuar descontos.
09/2014 1.698,00 Para a segunda parcela somar as comissões de abril a
10/2014 1.786,00 novembro, dividir por 8, somar o salário de 800,00 e deduzir
INSS, IRRF e o valor do pagamento da primeira parcela.
11/2014 1.896,00
Para a terceira parcela somar as comissões de abril a dezem-
12/2014 1.900,00
bro, dividir por 9, somar o salário de 800,00 e deduzir INSS,
IRRF e o valor do pagamento da primeira parcela.
Média até outubro → 7 meses
OBSERVAÇÃO
Lembrar que a contagem para você saber a quantidade de doze avos a que o empregado tem
direito, deve ser iniciada pela data de admissão do mesmo e encerrada no mês em que será
paga cada parcela, com exceção da 3ª parcela, que terá a mesma quantidade de doze avos
da 2ª parcela.
OBSERVAÇÃO
É necessário o cálculo da 3ª parcela porque na ocasião do pagamento da 2ª parcela, 20 de
dezembro, ainda não houve a apuração do valor das comissões referentes ao mês de dezem-
bro, fato que só vai ocorrer após 31 de dezembro. A data de pagamento dessas diferenças
apuradas será até o dia 10/01/2015.
Síntese
Caro Aluno(a), neste módulo foram apresentadas as possíveis variações do cálculo do 13º
salário do empregado, tendo em vista sua correta aplicação de acordo com a legislação
trabalhista, exemplos e fórmulas corretas para a execução dos cálculos. Agora é a sua
vez de colocar este conhecimento em prática, para isto realize as atividades propostas.
Bons estudos!
Referências
ALMEIDA, Amador Paes de. CLT Comentada. Revista, atualizada e ampliada. 5ª Edição.
São Paulo. Saraiva, 2008.
OLIVEIRA, Aristeu de. Manual de Prática Trabalhista. 41ª Edição. São Paulo. SP Editora
Atlas, 2007.
139
Rotinas de
Administração
de Pessoal
RESCISÃO DE CONTRATO
CÁLCULO
APRESENTAÇÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final deste módulo, você deverá ser capaz de:
• Elaborar o cálculo das verbas rescisórias devidas.
• Elaborar o cálculo dos descontos legais em rescisões.
• Elaborar o cálculo do FGTS rescisório.
Introdução
As verbas devidas por ocasião da rescisão de contrato serão baseadas nos cálculos de
folha de pagamento, férias e 13º salário, além de outras verbas ou benefícios devidos por
força de lei ou previsão em acordo ou convenção coletiva de trabalho.
Parcela a deduzir
Base de cálculo mensal em R$ Alíquota %
do imposto em R$
Até R$1.787,77 Isento -
De R$1.787,78 até R$2.679,29 7,5% R$134,08
De R$2.679,30 até R$3.572,43 15,0% R$335,03
De R$3.572,44 até R$4.463,81 22,5% R$602,96
Acima de R$4.463,81 27,5% R$826,15
* Dedução por dependente – R$ 179,71
Fonte: < http://www.portaltributario.com.br/guia/tabelairf.html>
Exemplo
OBSERVAÇÃO
Você pode observar que o empregado não tem 1 ano de serviço, portanto, não tem direito a
férias vencidas.
Cálculos
Indenização
Saldo de 13º salário Férias Férias 1/3 de Salário Saque do Multa do
artigo 479
Salário proporcional vencidas proporcionais férias família FGTS FGTS
da CLT
Exemplo
Um empregado com salário de R$1.600,00 firmou contrato por prazo determinado inician-
do em 01/02/2013 e encerramento previsto para 31/01/2015. Porém foi dispensado pelo
empregador em 03/11/2014, ou seja, 90 dias antes do término previsto no contrato.
Considerar R$3.100,00 como saldo do FGTS.
OBSERVAÇÃO
O empregado ainda não gozou seu período de férias vencidas e terá direito a 9 doze avos de
férias proporcionais.
Cálculos
Exemplo
OBSERVAÇÃO
O empregado ainda não gozou seu período de férias vencidas e terá direito a três doze avos
de férias proporcionais.
Saldo de 13º salário Férias Férias 1/3 de Salário Aviso Saque do Multa do
Salário proporcional vencidas proporcionais férias família Prévio FGTS FGTS
Exemplo
OBSERVAÇÃO
Observa-se que quando se tratar de aviso indenizado, as férias e o 13º salário serão proje-
tados também pelo tempo do aviso. Neste caso as férias e o 13º salário irão contar até
05/10/2013.
Cálculos
FGTS do mês da (Saldo de salário + aviso indenizado + 13º (1.000,00 + 166,66 + 583,33) x
rescisão salário) x 8% 8% = 139,99
Saldo do FGTS + depósitos do FGTS na resci- (850,00 + 166,66) x 40% =
Multa sobre o FGTS
são x 40% 406,66
Contribuição Social s/ Saldo do FGTS + depósitos do FGTS na resci-
(850,00 + 166,66) x 10% = 101,66
FGTS são x 10%
FGTS devido ao Somar todos os depósitos calculados na
139,99 + 406,66 = 546,65
trabalhador rescisão
FGTS devido pela Somar a contribuição social ao FGTS devido ao
101,66 + 546,65 = 648,31
Empresa trabalhador
Exemplo
Um empregado que recebe salário de R$980,00. Ele foi admitido em 01/04/2014 e pediu
demissão em 19/11/2014 e não cumpriu aviso prévio, estando ciente que a empresa iria
descontar o valor referente a 30 dias de aviso prévio na rescisão contratual. O FGTS do
empregado, nesse caso, fica retido na Caixa Econômica Federal.
OBSERVAÇÃO
O empregado não tem período aquisitivo de férias vencido, mas terá direito a oito doze avos
de férias proporcionais.
VOCÊ SABIA
A empresa poderá optar em descontar ou não a parcela do aviso, caso o empregado peça
demissão e deseje sair imediatamente sem cumprir o aviso de 30 dias.
Exemplo
Um empregado que recebe salário de R$1.000,00. Ele foi admitido em 01/07/2013 e foi
demitido por justa causa em 27/09/2014. O FGTS do empregado, nesse caso, também
fica retido na Caixa Econômica Federal.
OBSERVAÇÃO
O empregado tem férias vencidas, mas não terá direito a três doze avos de férias proporcio-
nais. Também perderá o 13º salário uma vez que ele não é integral. Sintetizando, o empregado
que é demitido por justa causa, tem direito somente ao saldo de salário e parcelas vencidas.
Agora é a sua vez de colocar este conhecimento em prática, para isto realize as atividades
propostas. Bons estudos!
Referências
ALMEIDA, Amador Paes de. CLT Comentada. 5ª Edição. Revista, atualizada e ampliada.
São Paulo. Saraiva. 2008.
OLIVEIRA, Aristeu de. Manual de Prática Trabalhista. 41ª Edição. Editora Atlas. São Paulo.
SP. 2007.
152