Epilepsia
Epilepsia
Epilepsia
1. INTRODUÇÃO
Crise convulsiva é uma alteração aguda e transitória da função cortical cerebral caracterizada por
descargas neuronais anômalas, excessivas e sincronizadas. Dependendo da localização e extensão do
processo, um amplo espectro de manifestações clínicas pode ocorrer, desde os típicos abalos
musculares até experiências sensoriais ou psíquicas subjetivas.
Epilepsia é um termo genérico (e não uma doença específica) que se refere ao fenótipo
de crises convulsivas recorrentes e espontâneas, isto é, não necessariamente provocadas por
algum fator reversível ou evitável. Por definição, é preciso que tenha havido duas ou mais crises
convulsivas espontâneas (num intervalo > 24h) para se estabelecer o diagnóstico de epilepsia.
Status epilético: crise epiléptica única que dura mais de 5 minutos ou duas sem recuperação
completa da consciência.
Crise epiléptica: toda crise convulsiva é uma crise epiléptica. Nem toda crise epiléptica é uma crise
convulsiva. Podem ser por: alterações visuais, alterações auditivas, alterações de personalidade,
humor, focal.
As crises podem ser provocas, preciptadas, reflexas (a voz de uma pessoa pode desencadear uma
crise).
2. TIPOS DE EPILEPSIA
Não generalizadas: focais. Ocorre em uma área do cérebro, pode esternder mas vai ficar só
em um hemisfério. Movimentos anormais que duram certo tempo. EEG tem padrão especifico.
Geralmente vem com aura: dejavu, sensação de cheiro forte, som desagradável, parestesia.
4. FISIOPATOLOGIA
Descarga ocorre de maniera paroxística com alta frequência de maneira hipersincronizada
5. CONDUTA
AVALIAÇÃO CLÍNICA Em crise: preocupar-me com os sinais vitais. Depois a causa da convulsão.
Causas agudas: metabólica (Na,CA,Mg, insuf renal, hepática) TCE, AVC, hipoglicemia.
AVALIAÇÃO LABORATORIAL
Exames de sangue rotineiros são indicados para a identificação das causas metabólicas mais comuns
da crise epiléptica, como anormalidades dos eletrólitos, glicose, cálcio, magnésio e doença hepática
ou renal. Deve-se realizar triagem de toxinas no sangue e na urina, sobretudo quando não é
identificado nenhum fator precipitante. A PL está indicada se houver suspeita de infecção do SNC,
como meningite ou encefalite; é obrigatória nos pacientes com infecção pelo HIV, mesmo na
ausência de sinais e sintomas sugestivos de infecção. O teste para autoanticorpos no soro e no LCS
deve ser considerado em pacientes que apresentam uma forma agressiva de epilepsia associada a
distúrbios cognitivos.
Eletrencefalograma
Todos os pacientes devem ser avaliados tão logo possível com um EEG, que detecta a atividade
elétrica cerebral a partir de eletrodos fixados ao couro cabeludo. A presença de atividade epiléptica
eletrográfica durante o evento clinicamente aparente, isto é, uma atividade rítmica, repetitiva e
anormal, com início e término abruptos, claramente estabelece o diagnóstico. Entretanto, a ausência
de atividade epiléptica eletrográfica não exclui um distúrbio epiléptico. O EEG sempre é anormal
durante crises tônico-clônicas generalizadas. A monitoração contínua por períodos prolongados pode
ser necessária para a detecção de anormalidades no EEG. O EEG pode evidenciar descargas anormais
durante o período interictal, que apoiam o diagnóstico de epilepsia, e é útil na classificação dos
distúrbios epilépticos, na seleção das medicações anticonvulsivantes e na definição do prognóstico.
Peço EEC para todos? Quando já está estabilizado, serve mais para saber se não tem mais.
Exames de neuroimagem
Todo paciente com início recente e inexplicado de crises epilépticas deve ser submetido a um exame
de neuroimagem (RM ou TC) à procura de anormalidades estruturais subjacentes; a única exceção
podem ser crianças com história inequívoca e exame clínico sugestivo de distúrbio epiléptico
generalizado benigno, como epilepsia de ausência. Novos métodos de RM aumentaram a
sensibilidade para a detecção de anormalidades da arquitetura cortical, como a atrofia hipocampal
associada à esclerose temporal mesial e anormalidades da migração neuronal cortical.
6. TRATAMENTO.
Benzo – acido valproico – fenitoina – último não entendi.
Trêê s pilarês:
Quando vou entrar com antiepilepticos? Crises recorrentes de causas conhecidas ou desconhecidas.
Se convulsionou uma só vez não é indicação de recorrência. Se convulsionou mais de duas vezes sim.
EEC anormal
Já entrou alguma vez em status epiléptico (sx febril prolongado epilptico, tive que
entubar, tem porcentagem alta para recorrência)
Hereditariedade.
Como êscolhêr?
Segmento: pode iniciar com a menor dose possível, sempre em monoterapia. A ideia é que o
paciente não tenha recorrência, não convulsione. Como vou aumentar a dose? Guiar-me pelos
efeitos adversos dosando os anticonvulsivante em plasma. Em caso de tratamento refratário, para
adicionar outro medicamento eu diminuo a dose progressivamente do primeiro medicamento e
adiciono outro aumentando a dose progressivamente até em que o primeiro seja excluído. Se faço
diagnóstico de uma crise recorrente preciso manter pelo menos por 2 anos. Em 3 meses posso tentar
tirar se o paciente não teve novas crises, EEG normal, imagem normal. Sempre de acordo com o meu
paciente.
7. TRATAMENTO AGUDO
A maioria das crises convulsivas ocorre fora do hospital e tem curta duração. Nestes
casos, quando o paciente chega ao médico, a crise já cessou espontaneamente... Logo, quando
falamos de tratamento agudo de uma crise convulsiva de um modo geral estamos nos referindo ao
chamado status epilepticus (estado de mal epiléptico), uma síndrome definida da seguinte forma:
crise convulsiva contínua ou crises repetitivas (“subentrantes”) sem recuperação da consciência entre
os episódios. Crise epiléptica única que dura mais de 5 minutos ou duas sem recuperação completa
da consciência.
O SECG é uma emergência médica, pois a crise tônico-clônica prolongada causa disfunção
cardiorrespiratória, rabdomiólise e hipertermia, além de lesar diretamente os neurônios. A
mortalidade pode chegar a 20%, dependendo da causa básica e da duração do evento... Sua principal
etiologia é a má adesão à terapia anticonvulsivante em portadores de epilepsia, contudo, fatores
como distúrbios metabólicos (hiponatremia, hipoglice-mia), infecções e tumores do SNC,
intoxicações e trauma craniano também podem ser responsabilizados, mesmo em pacientes que
aderem corretamente ao tratamento.
Sedado, entubado e UTI.