Apostila Cimentos
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Apostila de Cimentos
SUMÁRIO
1. CSN ........................................................................................................................................ 4
2. TIPOS DE INDÚSTRIAS DE CIMENTO .................................................................................... 5
2.1. FÁBRICA DE MOAGEM .................................................................................................. 5
2.2. FÁBRICA MISTURADORA .............................................................................................. 6
2.3. FÁBRICA INTEGRADA .................................................................................................... 6
3. MATÉRIAS PRIMAS PARA PRODUÇÃO DO CIMENTO .......................................................... 6
3.1. CALCÁRIO ...................................................................................................................... 6
3.2. CLÍNQUER ...................................................................................................................... 7
3.3. GESSO ............................................................................................................................ 7
3.4. ESCÓRIA ........................................................................................................................ 7
3.5. POZOLANA .................................................................................................................... 8
4. TIPOS DE CIMENTOS ............................................................................................................. 8
4.1. CIMENTO PORTLAND CP III-32 e CP III-40 RS - FICHA TÉCNICA ................................... 9
4.1.1. VANTAGENS E APLICAÇÕES DO CP III-32 E CP III-40 RS ..................................... 12
4.2. CIMENTO PORTLAND CP II-E-32 – FICHA TÉCNICA..................................................... 12
4.2.1. VANTAGENS E APLICAÇÕES DO CP II .................................................................. 13 3
5. PROCESSO DE PRODUÇÃO DO CIMENTO........................................................................... 14
6. TIPOS DE CIMENTO E APLICAÇÕES RECOMENDADAS ....................................................... 16
7. CONTROLE DE QUALIDADE DOS CIMENTOS CSN .............................................................. 16
8. CONCRETO .......................................................................................................................... 17
8.1. AGREGADOS PARA O CONCRETO ............................................................................... 17
8.2. MELHORES PRÁTICAS PARA EVITAR PATOLOGIAS NO CONCRETO ........................... 18
9. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL .................................................................... 18
10. SAÚDE E ERGONOMIA .................................................................................................... 19
11. EMBALAGEM................................................................................................................... 20
12. RECEBIMENTO E ESTOCAGEM ........................................................................................ 21
13. PRAZO DE VALIDADE ...................................................................................................... 22
14. DICAS ............................................................................................................................... 22
15. MINIDICIONÁRIO DE CIMENTOS .................................................................................... 23
16. DÚVIDAS MAIS FREQUENTES (FAQ) ............................................................................... 25
17. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................... 27
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1. CSN
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2. TIPOS DE INDÚSTRIAS DE CIMENTO
1
Silo - Grande depósito, em forma de cilindro, feito de metal ou de cimento, destinado a armazenar
matérias-primas.
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2.2. FÁBRICA MISTURADORA
3.1. CALCÁRIO
local e, num processo que dura milhares de anos, vão formando a rocha calcária.
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3.2. CLÍNQUER
3.3. GESSO
3.4. ESCÓRIA
2
Silicatos - Materiais compostos principalmente de silício e oxigênio. Ex.: o grosso dos solos, rochas,
argilas e areias.
3
Aglomerantes - Materiais que dão liga, ou seja, que unem os outros materiais e promovem o
endurecimento. Ex.: cimento, gesso, cal etc.
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ferro gusa (matéria-prima do aço). Esse processo é realizado em unidades industriais
chamadas altos-fornos onde, por resfriamento brusco, reduzem-se os óxidos contidos
nos minerais de ferro e separam-se as impurezas que os acompanham. A massa
composta por esses processos é removida e denominada escória de alto-forno.
A característica mais importante da escória granulada de alto-forno é a
capacidade hidráulica potencial, que permite que quando moída e em contato com a
água, ela endureça (propriedade cimentante). Isso possibilita a substituição de parte
do clínquer na fabricação de cimentos. A escória possui várias aplicações e é
frequentemente reprocessada para separar quaisquer metais que possa conter.
Dependendo das características das escórias de alto-forno, estas podem ter diversas
aplicações, tais como: bases de estrada, asfalto, aterro/terraplanagem, agregado para
concreto, cimento e aplicações especiais (lastro ferroviário, material para cobertura,
isolamento, vidro, filtros, condicionamento de solo e produtos de concreto). A
utilização da escória de alto forno tornou possível obter como resultado um tipo de
cimento que, além de atender plenamente aos usos mais comuns, apresenta evolução
de algumas propriedades, como maior resistência final e durabilidade.
3.5. POZOLANA
4. TIPOS DE CIMENTOS
4
MPa - Unidade conhecida como Mega Pascal. Utilizada para calcular resistência.
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resistências mínimas à compressão5, aos 28 dias de idade (período de cura6). Todos os
tipos são produzidos de acordo com as normas ABNT.
A tabela 1, abaixo, apresenta a composição dos cimentos Portland comuns e
compostos:
5
Resistência à compressão - Capacidade de suportar uma força de compressão aplicada sobre uma
superfície em direção ao seu interior. Pode ser determinada a partir do ensaio de compressão.
6
Cura - Tempo necessário para que a água do concreto, pasta ou argamassa evapore e atinja a
resistência adequada.
7
Compostos Agressivos – Compostos que promovem uma degradação acelerada dos materiais. Estão
presentes em esgotos, armazéns de fertilizantes, ambientes marinhos etc.
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a) Os cimentos cujo teor de aluminato de tricálcio (C3A) do clínquer seja igual ou
inferior a 8% e cujo teor de adições carbonáticas seja igual ou inferior a 5% da massa
do aglomerante total e/ou;
b) Os cimentos Portland de alto forno (CP III) cujo teor de escória granulada de
alto-forno esteja entre 60% e 70% e/ou;
c) Os cimentos Portland pozolânicos (CP IV) cujo teor de materiais pozolânicos
esteja entre 25% e 40% e/ou;
d) Os cimentos que tenham antecedentes com base em resultados de ensaios de
longa duração ou referências de obras que comprovadamente indiquem resistência a
sulfatos.
A adição da escória de alto-forno à composição do cimento CP III contribui para o
aumento da resistência final do concreto. E é essa mesma escória que é a responsável
pela coloração mais clara do CP III, quando comparado às outras classes de cimento.
Ou seja, a cor do cimento é determinada pelas matérias-primas componentes do
produto, não tendo relação alguma com a resistência ou não do concreto. A mistura de
cimento, água e outros materiais de construção civil produzem argamassas8 e
concretos para as mais diversas aplicações.
8
Argamassa - Mistura homogênea de agregados com a finalidade de unir materiais, como tijolos e
ladrilhos. Pode ser utilizado também para regularizar ou impermeabilizar superfícies.
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Tabela 3: Principais características físicas do cimento CP III-40 RS
TIPO DE
Classe
CIMENTO Resíduo na
MPa MPa MPa MPa Início Fim À frio À quente
Peneira
3 dias 7 dias 28 dias 91 dias (horas) (horas) (mm) (mm)
75 µm
40 ≥ 12 ≥ 23 ≥ 40 ≥ 48
CP III ≤ 8,0 ≥1 ≤ 12 ≤5 ≤5
32 ≥ 10 ≥ 20 ≥ 32 ≥ 40
9
Porosidade Capilar - Quantidade de vazios (ou poros) que existem dentro do concreto.
10
Agregados reativos - Elementos químicos presentes na areia ou brita que podem reagir com o
cimento, causando redução na resistência química e física do concreto.
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4.1.1. VANTAGENS E APLICAÇÕES DO CP III-32 E CP III-40 RS
11
Impermeabilidade - Capacidade de impedir a passagem de líquido ou de outras substâncias.
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Tabela 5: Proporção em massa para composição do CP II-E-32 segundo a NBR 11578
ESCÓRIA
MATERIAL
TIPO DE CIMENTO CLÍNQUER E GESSO GRANULADA DE
CARBONÁTICO
ALTO-FORNO
CP II-E-32 56 - 94% 6 - 34 % 0 - 10 %
CP II 32 ≥ 10 ≥ 20 ≥ 32 - ≤ 12,0 ≥1 ≤ 10 ≤5 ≤5
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Resistência iniciais superiores: Sua composição garante ao CP II resistência
inicial superior;
Ecologicamente correto: A escória de alto-forno na composição reduz o
impacto ao meio ambiente, uma vez que necessita de menor quantidade de
material oriundo das jazidas naturais. Reduz a emissão de CO2 na atmosfera
durante o processo de produção do cimento. Além disso, auxilia na redução da
exploração das reservas naturais de calcário, argila e de matérias-primas do
clínquer.
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Figura 3 – Processo de Fabricação do Cimento CSN (Fonte: CSN)
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6. TIPOS DE CIMENTO E APLICAÇÕES RECOMENDADAS
16
13
Finura da Malha # 325 - Peneira utilizada para teste de finura do cimento com malha de número 325.
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necessários: resíduo insolúvel (RI), perda ao fogo (PF), óxido de magnésio (MgO),
trióxido de enxofre (SO3) e anidrido carbônico (CO2).
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8. CONCRETO
14
Reação Álcali-Agregado - Reação química entre o cimento e compostos adicionados para a produção
do concreto, que causam a fragilização da estrutura durante a cura da mistura (fissurações,
pipocamento e diminuição das resistências química e física).
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benéfica quanto à retração e resistência, o tamanho dos agregados, densidade e
formato podem definir as características de um concreto. Com relação ao tamanho
dos grãos, os agregados podem ser divididos em graúdos e miúdos. São considerados
graúdos os agregados que ficam retidos na peneira de número 4 (malha quadrada com
4,8 mm de lado) e miúdos os que conseguem passar por esta peneira.
Tão importante quanto realizar uma obra com qualidade, é realizá-la com
segurança. E para isso é essencial que se utilize os Equipamentos de Proteção
Individual (EPI). Segundo a Norma Regulamentadora 6 (NR 6) considera-se EPI todo
dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à
proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Tal
equipamento só poderá ser colocado à venda ou utilizado se tiver a indicação do
Certificado de Aprovação (CA), expedido pelo órgão nacional competente em matéria
de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
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Com relação ao uso de EPI’s nas obras e pensando exclusivamente no uso do
cimento temos as seguintes indicações (figura 1):
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máquina, equipamento, ambiente e, particularmente, da aplicação de conhecimentos
de anatomia e fisiologia na solução dos problemas surgidos desse relacionamento”.
Assim como para os EPI‘s, existem normas regulamentadoras implementadas
para reduzir o risco do funcionário na obra. A Norma Regulamentadora 17 (NR – 17)
visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho, de
modo que seja proporcionado o máximo de conforto, segurança e desempenho ao
trabalhador.
11. EMBALAGEM
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Figura 9: Verso do saco de cimento CSN (Fonte: CSN)
21
Para garantir a qualidade do produto alguns cuidados devem ser tomados com a
sacaria durante o recebimento:
Os sacos de cimento não devem estar úmidos, ou com aparência de que já
foram molhados;
Não devem existir pedras, pois isso indica que o cimento absorveu umidade e
encontra-se hidratado. Este cimento não deverá ser utilizado, pois sua qualidade foi
alterada;
Caso não tenha sido contaminado, o cimento que está com o saco rasgado
pode ser utilizado. A melhor forma de comercializar este cimento é por quilo,
comumente chamada de "venda picada";
O cimento deve ser estocado em local seco, coberto e fechado, longe do
contato com água, afastado do chão e das paredes.
É recomendável iniciar a pilha de sacos de cimento sobre um tablado de
madeira, montado a cerca de 30 cm do chão ou do piso e a 10 cm de distância das
paredes. As pilhas devem ter no máximo 10 sacos, pois o grande peso sobre as
primeiras embalagens faz com que os grãos fiquem quase endurecidos, sendo
necessário “afofá-las” antes do uso, o que pode levar ao rompimento do saco e à
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perda do material. Além disso, a pilha de 10 sacos também facilita a contagem na hora
da entrega e no controle dos estoques.
22
13. PRAZO DE VALIDADE
14. DICAS
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protegido por lonas plásticas ou areia úmida durante sua cura. Depois de curado o
material torna-se 30% mais resistente.
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Aglomerantes - Materiais que dão liga, ou seja, que unem os outros materiais e
promovem o endurecimento. Ex.: cimento, gesso, cal etc.
Agregados reativos - Elementos químicos presentes na areia ou brita que podem reagir
com o cimento, causando redução na resistência química e física do concreto.
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Ambiente agressivo – Ambiente que promove uma degradação acelerada dos
materiais devido à presença de certos compostos químicos (Ex: Esgotos, armazéns de
fertilizantes, ambientes marinhos etc.).
Calor de Hidratação – Calor gerado durante a reação química entre o cimento e a água
que, caso seja muito elevado, pode levar ao aparecimento de fissuras e trincas.
Concreto - Material utilizado na construção civil composto por cimento, areia, pedra e
água. Pode conter outros aditivos dependendo da propriedade específica que se 24
deseja alcançar.
Finura da malha #325 - Peneira utilizada para teste de finura do cimento com malha de
número 325.
Fundação – Parte da construção que suporta o peso, mantem fixo e nivelado o prédio
ao terreno.
Início de pega - Tempo decorrido após o contato inicial do cimento com a água. É o
tempo em que se iniciam as reações que provocam o endurecimento do concreto ou
argamassa.
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MPa – Unidade de medida conhecida como Mega Pascal. Utilizada para calcular
resistência.
Período de cura - Tempo necessário para que a água do concreto, pasta ou argamassa
evapore e atinja a resistência adequada.
Porosidade capilar - Quantidade de vazios (ou poros) que existem dentro do concreto.
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2. A coloração do cimento tem alguma influência na sua qualidade?
A coloração mais clara ou mais escura não interfere na qualidade do produto,
está relacionada com a origem da matéria prima e adições utilizadas. Por isso
recomendamos que você utilize a mesma marca e tipo de cimento durante toda obra.
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se que você utilize sempre areia e brita na quantidade certa de acordo com a indicação
da proporção.
10. Preciso comprar cimento para uma obra que terei aqui em casa. É possível
comprar direto da CSN?
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CIMENTOS PORTLAND RESISTENTES A SULFATOS. NBR 5737: Cimentos Portland
resistentes a sulfatos. Rio de Janeiro, 1992.4 p.
CALLISTER, William d. Jr. Materials Science and Engineering an Introduction. New York:
John Wiley & Sons,Inc., 1991.
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<http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr17.htm#17.2._Levantamento,_tr
ansporte_e_descarga_individual_de_materiais>
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