Piaget Wallon
Piaget Wallon
Piaget Wallon
O conceito de Infância
Até a Sociedade Medieval o sentimento de Infância não existia. A criança passava a ser
“adulta” a partir do momento em que tinha condições para não depender diretamente de sua
mãe ou de outros adultos. O conceito de Infância surge a partir do século XVIII, passando a
ser visto como um período de ingenuidade e fragilidade.
Desenvolvimento
O que é o desenvolvimento humano? Quando começa e quando se encerra?
• Inatismo
Enfatiza os fatores maturacionais e hereditários, entendendo que o ser humano é um
sujeito fechado em si mesmo, nasce com potencialidades, com dons e aptidões que serão
desenvolvidos de acordo com o amadurecimento biológico.
Dessa forma, não tem possibilidade de mudança, não age efetivamente e nem recebe
interferências significativas do social. Nada depois do nascimento é importante, visto que já
nasce pronto, incluindo a personalidade, valores, hábitos, pensamentos, emoções e conduta
social.
Ambientalismo
Essa concepção está fundamentada na filosofia empirista e positivista.
• Empirista: Ocorre a partir da experiência sensorial e dela deriva.
• Positivista: Se baseia numa suposta harmonia do social. A criança é regida por leis
naturais
Construtivismo
Interacionismo
Interacionismo e Construtivismo
Interacionismo
• J. Piaget
• H. Wallon
• L.S. Vigostsky
1. JEAN PIAGET
Nasceu em 09 de agosto de 1896. Foi um jovem intelectualmente precoce:
• Com 10 anos publica na revista da Sociedade dos Amigos da Natureza de Neuchâtel
um artigo com estudos sobre um pardal branco.
• Aos 19 anos, forma-se em Biologia pela Universidade de Neuchâtel.
• Aos 21 anos já havia publicado 25 trabalhos profissionais.
• Aos 22 anos torna-se doutor. Sua tese foi sobre moluscos.
Muda-se para a Zurique para estudar Psicologia (principalmente psicanálise).
• Passou da biologia para a filosofia e para a psicologia, sendo famoso aos 30 anos por
suas publicações na área. Piaget gostava de ser classificado como EPISTEMÓLOGO
GENÉTICO.
O seu trabalho em biologia o levou a concluir que o desenvolvimento biológico não era
devido apenas à maturação (e hereditariedade), mas também a variáveis do ambiente, e que
o desenvolvimento biológico era um processo de adaptação ao meio, não podendo ser
explicado apenas pela maturação.
Passou da biologia para a filosofia e para a psicologia, sendo famoso aos 30 anos por
suas publicações na área. Piaget gostava de ser classificado como epistemólogo genético
(estuda como o conhecimento é adquirido). Descrição e explicação da origem e do
desenvolvimento das estruturas intelectuais e do conhecimento.
Piaget passou a estudar psicologia, e em 1919 (com 22 anos) trabalhou com Binet,
padronizando testes. Ficou intrigado com as respostas incorretas que as crianças davam às
questões dos testes; começa a trabalhar no exame dos processos de raciocínio subjacentes
às respostas das crianças.
A sua preocupação principal foi com o desenvolvimento cognitivo do indivíduo, com o
“sujeito epistêmico”, em como ocorre os processos de pensamento desde a infância até a
idade adulta. Procurou entender a gênese do conhecimento, ou seja, quais os processos
mentais envolvidos numa situação de resolução de problemas e quais os processos que
ocorreram na criança para possibilitar este tipo de atuação.
Utilizou o método de observação sistemática de seus três filhos – é implícito em sua
teoria que o curso geral do desenvolvimento das estruturas intelectuais é o mesmo em todas
as pessoas. Neste caso, o tamanho da amostra torna-se irrelevante.
Piaget observou que os organismos vivos se adaptam constantemente às mudanças
das condições ambientais. Os atos biológicos são atos de adaptação ao meio físico e
organizações do meio ambiente. A atividade mental não pode ser separada do funcionamento
total do organismo, e também se submete às mesmas leis que governam a atividade
biológica.
A organização e adaptação intelectual são explicadas a partir de 4 conceitos básicos.
Qualquer coisa pode ser assimilada por uma criança. Os esquemas que ela usa pode
não estar em harmonia com os do adulto, mas é sempre apropriado ao seu nível de
desenvolvimento. Não há organização errada. Há apenas organizações cada vez melhores, à
medida em que o desenvolvimento intelectual avança;
Frente a um estímulo novo, a criança tenta assimilá-lo em esquemas já existentes. Se
bem sucedida, há o equilíbrio.se não, tenta fazer uma acomodação, modificando um esquema
ou criando um esquema novo. Ocorre então a assimilação do estímulo e o equilíbrio é
alcançado.
Dessa maneira, se processam o crescimento e desenvolvimento cognitivo, em todas as
suas fases, sendo os esquemas do adulto construídos sobre os esquemas das crianças.
Assimilação e acomodação explicam o desenvolvimento das estruturas cognitivas como um
processo de adaptação e organização.
ESTÁGIO SENSÓRIO-MOTOR
ESTÁGIO PRÉ-OPERACIONAL
A criança (2 aos 7 anos) torna-se mais apta a representar eventos internamente (pensamento)
e menos dependente de suas ações sensório-motoras para direcionar seu comportamento.
Características:
Representações: qualquer coisa, que não os objetos e eventos, é usada para representar os
objetos e os eventos. Função simbólica (ou semiótica) uso de símbolos e signos. Símbolos
guardam alguma semelhança com o que representam (desenho, silhuetas, formas); signos
são arbitrários (escrita, números, etc).
Formas de representação:
Imitação Diferida: copia fielmente um comportamento prévio.
Desenho: garatujas, desenhos.
Linguagem falada: som ou palavra usados para representar objeto: - fala egocêntrica
(para ela); fala socializada (para os outros)
Egocentrismo – a criança vê o mundo apenas do seu ponto de vista, sem consciência
da existência de outros pontos de vista. Todos pensam como ela e pensam a mesma coisa.
Não reflete sobre seus próprios pensamentos, mesmo quando confrontada com evidências
contra o seu pensamento. Quando há uma contradição, conclui que a evidência deve estar
errada, não seus pensamentos. Do seu ponto de vista, seu pensamento é sempre lógico e
correto.
Realismo: tendência a concretizar os acontecimentos, desejos, pensamentos, a
encará-los como entidades físicas e concretas.
Animismo: tendência de atribuir aos objetos e acontecimentos físicos características
humanas (dotá-los de vida, consciência e sentimento)
Artificialismo: tendência a considerar os fenômenos físicos como produtos da criação
humana; tudo foi feito pelo homem.
2. HENRI WALLON
A gênese da inteligência para Wallon é genética e organicamente social, ou seja, "o ser
humano é organicamente social e sua estrutura orgânica supõe a intervenção da cultura para
se atualizar" (Dantas, 1992). Nesse sentido, a teoria do desenvolvimento cognitivo de Wallon
é centrada na psicogênese da pessoa completa.
3. Personalismo, ocorre dos três aos seis anos. Nesse estágio desenvolve-se a
construção da consciência de si mediante as interações sociais, reorientando o
interesse das crianças pelas pessoas;
PSICOLOGIA GENÉTICA
3. L. S. VYGOTSKY
PRINCIPAIS INFLUÊNCIAS
Vygotsky sofreu uma significativa influência de pesquisadores da área da lingüística,
que, a partir de uma abordagem histórica, se dedicavam ao estudo da origem da
linguagem e sua relação com o desenvolvimento do pensamento;
Também se interessou pelo estudo comparativo entre o comportamento animal e
humano;
O pensamento marxista também foi para ele uma fonte valiosa. As concepções de
Marx e Engels sobre a sociedade, o trabalho humano,o uso dos instrumentos, e a
interação dialética entre o homem e a natureza serviram como fundamento principal às
suas teses sobre o desenvolvimento humano profundamente enraizado na sociedade e
na cultura.
Vygotsky também foi influenciado por autores que estudavam o desenvolvimento
humano enquanto fenômeno histórico e socialmente determinado.
Teve um interesse enorme pelo estudo do desenvolvimento dos processos mentais ao
longo da história da espécie e em diferentes culturas.
A partir da 1932, a obra de Vygotsky começou a sofrer severas críticas na sua terra, o
governo de Stalin chegou a considerá-la “idealista”, pois ao contrário do pensamento corrente
da época que afirmava que o ser humano tinha a capacidade de se adaptar ao meio
ambiente, Vygotsky afirmava que o ser humano não só se adaptava, mas também o
modificava. Para ele, a capacidade humana de transformar o mundo ao seu redor, era
superior à simples habilidade de ser adaptar às condições ambientais.
Após a sua morte, a publicação de suas obras ficou proibida entre 1936 a 1956, na
Rússia, o que contribuiu para que o Ocidente só tivesse acesso aos seus trabalhos a partir de
1962, data da primeira edição americana do livro Pensamento e Linguagem. No Brasil, a
primeira publicação de Vygotsky foi em 1984, com o título A formação social da mente. Até
hoje o mundo ocidental não teve acesso à totalidade de sua obra, visto que a tradução do
original russo para o inglês, francês, italiano, português, ainda não se completou.
PROJETO DE TRABALHO
Seu projeto de trabalho era estudar o desenvolvimento humano nas suas dimensão filo e
ontogenética e histórico e social. Deteve-se no estudo das funções psicológicas superiores
típicas da espécie humana. Estas ações são ditas superiores pois são intencionais,
conscientemente controladas e voluntárias (independência em relação ao meio:
o controle consciente do comportamento;
a atenção e lembrança voluntária;
memorização ativa;
pensamento abstrato;
raciocínio dedutivo;
capacidade de planejamento (intenção); etc.
PENSAMENTO E LINGUAGEM
A linguagem é o instrumento mais complexo usado pelo ser humano para as suas trocas
sociais. O pensamento é determinado pela linguagem, ou seja, para que o sujeito se
expresse, ele precisa aprender dentro de um contexto social, a forma de se comunicar com os
outros sujeitos sociais (verbal, gestual e por escrito).
LINGUAGEM
SISTEMA SIMBÓLICO
FORMA DE ORGANIZAÇÃO DO REAL
MEDIAÇÃO ENTRE O SUJEITO E O CONHECIMENTO
É através da linguagem que aprendemos a pensar.
DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM
A aprendizagem resulta do desenvolvimento e este não ocorre sem aprendizagem.
A aquisição de conhecimento é mediada pela cultura, não há como ter acesso direto ao
objeto, pois o que aprendemos são recortes sócio-históricos dos eventos que nos cercam
(mediados constantemente). Vygotsky propôs a ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL
para explicar o processo de desenvolvimento e aprendizagem.
Para Vygotsky, as oportunidades que se abrem para cada criança são muitas e
variadas, adquirindo destaque, em sua teoria, as formas pelas quais as condições sociais e as
interações humanas afetam o pensamento e o raciocínio. Os fatores biológicos preponderam
sobre os sociais apenas no início da vida da criança. Gradativamente, as interações sociais
com adultos ou com companheiros mais experientes governam o desenvolvimento do
pensamento e o próprio comportamento da criança.
A forma como a fala é utilizada na interação social com adultos e colegas mais velhos
desempenha, portanto um papel importante na formação e organização do pensamento
complexo e abstrato, a nível individual. À medida que as crianças crescem, elas internalizam a
ajuda externa que vai-se tornando desnecessária. O pensamento infantil, amplamente guiado
pela fala e pelo comportamento dos mais experientes, gradativamente adquire a capacidade
de se auto-regular.
Através da própria fala, o ambiente físico e social pode ser melhor apreendido,
aquilitado e equacionado: a fala modifica, assim, a qualidade do conhecimento e pensamento
que se tem do mundo em que se encontra. Ao internalizar instruções, as crianças modificam
suas funções psicológicas: percepção, atenção, memória, capacidade para solucionar
problemas. É dessa maneira que formas historicamente determinadas e socialmente
organizadas de operar com informação influenciam o conhecimento individual, a consciência
de si e do mundo.
Ex. A visão de mundo e as conseqüentes formas de interagir com as crianças adotadas pelos
adultos no século XV diferem substancialmente das utilizadas hoje em dia, especialmente se
as compararmos com as do mundo urbano moderno, fortemente influenciado pelos meios de
comunicação de massa. Traduzem formas diferentes de organizar, planejar e atuar sobre a
realidade.
Desenvolvimento e Aprendizagem
Piaget
Jean Piaget :(1.896-1.980) Suiça, é o mais conhecido dos teóricos que defendem a visão
interacionista de desenvolvimento. Formado em Biologia e Filosofia, dedicou-se a investigar
cientificamente como se forma o conhecimento. Ele considerou que se estudasse
cuidadosamente e profundamente a maneira pela qual as crianças constróem as noções
fundamentais de conhecimento lógico, tais como as de tempo, espaço,objeto,
causalidade,etc.,(o nascimento e a evolução do conhecimento humano). Piaget, propôs-se a
investigar como, através de quais mecanismos, a lógica infantil se transforma em lógica
adulta, partindo de uma concepção de desenvolvimento envolvendo um processo contínuo de
trocas entre o organismo vivo e o meio ambiente.
Equilíbrio – Equilibração
A noção de equilíbrio é o alicerce da teoria de Piaget. Todo organismo vivo, para ele,
procura manter um estado de equilíbrio ou de adaptação com o seu meio, agindo de forma a
superar perturbações na relação que ele estabelece com o meio. Para Piaget, o
desenvolvimento cognitivo do indivíduo ocorre através de constantes desequilíbrios e
equilibrações. O aparecimento de uma nova possibilidade orgânica no indivíduo ou a
mudança de alguma característica do meio ambiente, por mínima que seja, provoca a ruptura
do estado de repouso, da harmonia entre o organismo e meio, causando um desequilíbrio.
1º- Assimilação: o organismo através dele, sem alterar suas estruturas, desenvolve ações
destinadas a atribuir significações, a partir da sua experiência anterior, aos elementos do
ambiente com os quais interage.
2º- Acomodação: o organismo tenta restabelecer um equilíbrio superior com o meio
ambiente, entretanto o organismo é impelido a se modificar, a se transformar para se ajustar
às demandas impostas pelo ambiente.
Assimilação e acomodação são processos distintos e opostos mas que ocorrem ao mesmo
tempo.
Ex.: A criança pequena, ao pegar uma bola, ocorre assimilação na medida em que ela faz uso
do esquema de pegar, que já lhe é conhecido, atribuindo à bola o significado do “objeto que
se pega”,mas a acomodação também está presente, uma vez que o esquema em questão
precisa ser modificado para se ajustar às características do objeto, por tanto, a abertura dos
dedos e a força empregada para retê-lo são diferentes quando se pega uma bola de gude ou
uma bola de futebol.Ao longo do processo de desenvolvimento, há momentos em que a
assimilação prevalece sobre a acomodação, como ocorre no jogo simbólico infantil e onde o
mesmo esquema é aplicado a diferentes objetos ou diferentes esquemas a um mesmo objeto,
modificando-lhes o significado.
Ex.: A criança utiliza o jornal nas suas brincadeiras de diferentes maneiras ( Bola,
cobertor,avião,etc.), mas ela também pode aplicar o esquema de “jogar para cima”a uma bola
de papel, a uma folha de jornal, a uma boneca, etc..
É a etapa que marca o início da linguagem oral. Ela permitirá a criança, além de dispor
da inteligência prática construída na fase anterior, da possibilidade de ter esquemas de ação
interiorizado, chamados de esquemas representativos ou simbólicos, ou seja, esquemas que
envolvem uma idéia preexistente a respeito de algo.
Ex.: A criança é capaz de formar, representações de avião, de papai, de sapato, que não se
deve bater em outra criança, etc.
A partir dessas novas possibilidades de lidar com o meio, dos dois anos em diante a
criança poderá tomar um objeto ou uma situação por outra, pode também substituir objetos,
ações, situações e pessoas por símbolos, que são as palavras. Tem origem, o pensamento
sustentado por conceitos.
Ex.: A criança toma um boneco por um bebê; pode agir como se fosse sua mãe com uma
bolsa nos braços; compreende que “papai” refere-se a uma pessoa específica, etc.
Ex.: A cadeira é má quando a criança cai; o vento quer embaraçar o seu cabelo penteado.
Ex .: OOOOOO
O O O O O O
A criança não consegue voltar ao ponto de partida, embora já internalize, ela não
consegue ter reversibilidade (retornar mentalmente ao ponto de partida).
É importante observar que, as faixas etárias previstas para cada etapa não são
rigidamente demarcadas; ao contrário elas se referem apenas às medidas de idade onde
prevalecem determinadas construções de pensamento.Nesse sentido, o modelo piagetiano é
fortemente marcado pela maturação, pois atribui-se a ela o fato de crianças apresentarem
sempre determinadas características psicológicas em uma mesma faixa etária. Piaget,
reconhece que, a despeito de preponderar em determinadas faixas etárias uma forma
específica de pensar e atuar sobre o mundo, podem existir atrasos ou avanços
individuais em relação a norma do grupo. Essa variação pode ser devida, a natureza do
ambiente em que as crianças vivem. Contextos que colocam desafios às crianças são
potencialmente mais estimulantes para o desenvolvimento cognitivo.
A seqüência das etapas é sempre invariável, muito embora, como já foi visto, a época
em que as mesmas são alcançadas possa não ser sempre a mesma para todas as crianças.
· A interação social na teoria piagetiana, tem o menor peso, desta maneira , a educação,
em especial a aprendizagem tem, no entender de Piaget, um impacto reduzido sobre o
desenvolvimento intelectual.. Desenvolvimento cognitivo e aprendizagem não se
confundem.: o primeiro é um processo espontâneo, que se apóia predominantemente
no biológico. Aprendizagem, por outro lado, é encarada como um processo mais
restrito, causado por situações específicas (como a frequência à escola) e subordinado
tanto à equilibração quanto à maturação.
Para maior clareza das contribuições dos principais teóricos em questão- Piaget e
Vygotsky, explicitaremos algumas diferenças e semelhanças entre eles,o que poderá clarear
divergências e convergências entre as duas proposições.
As anotações abaixo forma baseadas em Kramer e Souza( 1991), Isaia e Moskvera
(1987), Kohl de Oliveira (1993), Vygotsky (1987) , La Taille,Kohl de Oliveira e Dantas (1992),
Kramer (1992) e Leite (1987).
Piaget
Vygotsky
Piaget
Vygotsky
- criança nasce num mundo social, e vai formando uma visão de mundo através da interação
com adultos ou crianças mais experientes.
- construção do real é mediada pelo interpessoal antes de ser internalizada pela criança (do
social para o individual).
Piaget
Vygotsky
Piaget
- o pensamento aparece antes da linguagem, que é uma das suas formas de expressão.
- as operações cognitivas não podem ser trabalhadas por meio de treinamento específico
feito com o auxílio da linguagem (não se pode ensinar, usando apenas palavras, a classificar,
a seriar, a pensar com reversibilidade).
Vygotsky
- pensamento e linguagem são processos interdependentes, desde o início da vida.
- a aquisição da linguagem pela criança modifica suas funções mentais superiores, dando
uma forma definida ao pensamento, possibilitando o aparecimento da imaginação, o uso da
memória e o planejamento da ação.
- a linguagem sistematiza a experiência direta das crianças e por isso adquire uma função
central no desenvolvimento cognitivo, reorganizando os processo que nele estão em
andamento.
Piaget
- considera os erros das crianças como importantes no processo educativo e para partir dele
compreender seu modo de pensar.
Vygotsky
- é importante que se respeite o nível da criança na colocação mínima e máxima para cada
ensinamento.
BIBLIOGRAFIA
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