Relatório 6 Bioquímica
Relatório 6 Bioquímica
Relatório 6 Bioquímica
Em geral as enzimas são mais estáveis em temperatura baixa. Existem poucas enzimas
que são mais instáveis a 0-10oC que a 20-30oC, devido aos tipos de ligações que unem as
subunidades. Há também grande diferença entre enzimas e sua susceptibilidade ao calor.
As enzimas termoestáveis já têm sido usadas como ferramenta para a Biologia
Molecular (Taq polimerase), como aditivo de detergentes e sabões (proteases e celulases) e na
indústria de polpa e papel (xilanase) e surgem como alternativas de interesse em outros
bioprocessos, como o de síntese orgânica (lipases, proteases, oxidorredutases), no setor de
diagnóstico e no tratamento de resíduos [1]. Na indústria de alimentos, as amilases são
empregadas na liquefação e sacarificação do amido para a obtenção de glicose, em produtos
de panificação, em cervejarias e bebidas fermentadas, em cereais para alimentação infantil
como também são aplicadas na ração animal [8]. SPIER et al (2004) também relatam vários
exemplos da utilização das enzimas amilolíticas com o objetivo de modificar matérias-primas
amiláceas e/ou obter produtos específicos, destacando-se os usos na indústria de alimentos
(modificação de farinhas utilizadas em panificação, na modificação enzimática de materiais
amiláceos para a obtenção de açúcares, na fabricação de bebidas (fermentadas), na etapa de
degomagem na indústria têxtil, na indústria de papel, na indústria química e farmacêutica
além de seu emprego na indústria de ração animal.
SZAKACS (2004) relata que as enzimas microbianas também são aplicadas na
indústria de alimentos, em sabão em pó e detergentes, na fabricação de papel e tecidos, em
sínteses orgânicas, diagnósticos e outros.
As enzimas termoestáveis, de maneira geral, apresentam vantagens para a aplicação na
indústria, visto que processos biotecnológicos conduzidos em elevadas temperaturas têm o
risco de contaminação por microrganismos mesófilos, que são a maioria em um ambiente
industrial, significativamente reduzido [1].
A maioria dos processamentos industriais do amido envolve a hidrólise desse
polímero. Os chamados "hidrolisados de amido" englobam todos os produtos resultantes do
fracionamento do amido, independentemente do catalisador ou do grau de fracionamento. São
incluídos nesta denominação diferentes tipos de produtos, como xaropes de glicose, maltose,
frutose, maltotetrose, dextrinas e ciclodextrinas. A composição de um hidrolisado que se
deseja obter é definida em função do direcionamento da aplicação do mesmo. Cada tipo de
xarope requer, portanto, diferentes combinações de enzimas amilolíticas [1].
Durante muito tempo, o amido foi hidrolisado quimicamente, por ação de ácidos. Esse
processo, no entanto, gerava subprodutos indesejáveis, como compostos coloridos ou de
"flavor", além de dificultar o controle dos teores dos produtos finais. Nos últimos 30 anos, as
amilases substituíram o tratamento ácido [1].
Aα -amilase termoestável de Bacillus licheniformis ou de Bacillus stearothermophilus
hidrolisa parcialmente as ligações α -1,4, liberando maltodextrinas, com redução acentuada
da viscosidade [1].
As condições de pH e temperatura do processamento dos xaropes foram definidas de
modo a evitar subprodutos indesejáveis e, principalmente, levando em consideração
condições ótimas de atividade e de estabilidade das enzimas [1].
2 OBJETIVOS
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Materiais:
3.2 Métodos:
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 Resultados
Onde ∆ Abs é a diferença entre os valores de Abs do tubo controle e da amostra dos
tubos teste e:
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1- GOMES, E.; Guez, M. A. U.; MARTIN, N.; SILVA, R. Enzimas termoestáveis: fontes,
produção e aplicação industrial, Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas,
Universidade Estadual Paulista - São José do Rio Preto – SP, 2007. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-40422007000100025&script=sci_arttext
Acessado em: 30/04/2009.
2- BEZERRA, R. P.; BORBA, F. K. S. L.; MOREIRA, K. A.; LIMA J. L.; PORTO A. L. F.;
CHAVES A. C., Extração líquido-líquido da amilase produzida pelo Bacillus Subtilis no
sistema de duas fases aquosas, Instituto de Ciências Biológicas - UPE, Recife – PE, 2004.
3- GOMES, E.; GUEZ, M. A. U.; MARTIN, N.; SILVA, R., Enzimas termoestáveis:
fontes, produção e aplicação industrial, Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas,
Universidade Estadual Paulista, 2005.
11- REED, G. Enzymes in Food Processing. 2.ed. New York: Academic Press Inc., 1975. p.
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