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Aula 00

Direito do Trabalho p/ TRT-SC (Analista Judiciário - Áreas Jud e Of Just Av Federal)


Com videoaulas

Professor: Antonio Daud Jr

00000000000 - DEMO
DIREITO DO TRABALHO P/ TRT-SC
Teoria e Questões
Aula 00 – Prof. Antonio Daud Jr

AULA 00
Aula demonstrativa
Sumário
1 - Apresentação ..................................................................................... 2
2 - Cronograma ....................................................................................... 4
3 - Desenvolvimento ................................................................................ 6
3.1. Jornada de trabalho .......................................................................... 6
3.1.1. Tempo à disposição do empregador .............................................. 7
3.1.2. Tempo in itinere ......................................................................... 9
3.1.3. Prontidão e sobreaviso .............................................................. 13
3.1.4. Tempo residual à disposição do empregador ................................ 16
3.2. Modalidades de jornada de trabalho .................................................. 19
3.2.1. Jornada padrão (normal) de trabalho .......................................... 19
3.2.2. Jornadas especiais de trabalho ................................................... 19
3.3. Jornada extraordinária .................................................................... 28
3.3.1. Compensação de jornada .......................................................... 30
4 – Questões comentadas ....................................................................... 35
5 – Lista das Questões Comentadas ......................................................... 71
6 – Gabarito.......................................................................................... 85
7 – Resumo .......................................................................................... 86
8 – Conclusão ....................................................................................... 89
9 – Lista de Legislação, Súmulas e OJ do TST relacionados ao tema ............. 90

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Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da
Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras
providências.
Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que
elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente
através do site Estratégia Concursos ;-)

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AULA 00 – AULA DEMONSTRATIVA.


1 - Apresentação
Oi amigos (as),
Será um prazer poder auxiliá-los na preparação para o concurso do Tribunal
Regional do Trabalho de Santa Catarina (TRT da 12ª Região), para os
cargos de Analista Judiciário – Área Judiciária (AJAJ) e de Analista
Judiciário – Oficial de Justiça Avaliador Federal (OJAF).
Como muitos sabem, o edital do concurso foi publicado no dia 26/06/2017, tendo
como organizadora a FGV – Fundação Getúlio Vargas e marcando as provas
para 27/08/2017! Agora é a reta final para o concurso!
Para quem já vinha se preparando com base no edital anterior, as mudanças no
conteúdo programático de Direito do Trabalho foram pontuais.
Este curso mescla teoria com questões e possui cerca de 500 questões
comentadas, sendo parte advinda de concursos de outros Tribunais (concursos
similares ao que você irá fazer) e outra parte de concursos/exames organizados
pela FGV.
O curso também está atualizado de acordo com as últimas alterações na
legislação e na jurisprudência do TST, incluindo as Leis 13.419, 13.257 e
13.287. Além disso, a jurisprudência mais recente do TST, incluindo a Resolução
209, de 30/5/2016, e os últimos julgados do STF sobre o tema já se encontram
contemplados neste curso, a exemplo do decidido no Recurso Extraordinário nº
70912.
Antes de explicar como vai funcionar este curso, peço licença para apresentar-
me.
Meu nome é Antonio Daud Jr, sou natural de Uberlândia (MG) e tenho 33 anos.
Sou bacharel em Engenharia Elétrica e em Direito.
Comecei minha vida de concurseiro em 2007, conseguindo minha aprovação no
concurso de Analista de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da
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União/Presidência da República (CGU/PR), em 2008. No mesmo ano, fui aprovado


para o cargo de Auditor Federal de Controle Externo (AUFC) do Tribunal de Contas
da União (TCU), o qual exerço.
Aproveito para divulgar minha página no Facebook
(www.facebook.com/adaudjr). Curta para receber notícias, questões etc a
respeito do Direito do Trabalho e dos concursos trabalhistas de modo geral.
Agora, sim, vamos ao nosso curso!
Os cursos online, como o Estratégia Concursos, possibilitam uma preparação
de qualidade, com flexibilidade de horários e contato com o professor da matéria,
através do fórum de dúvidas.
E, além disso, o curso conta com videoaulas de apoio, para maximizar a fixação
do conteúdo.

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Bem, nosso curso será composto de teoria e questões comentadas de Direito


do Trabalho para o concurso do TRT-SC.
Em linhas gerais nossas aulas terão a seguinte estrutura:

ESTRUTURA DAS AULAS DO CURSO

- Introdução
- Desenvolvimento (parte teórica)
- Questões comentadas de concursos anteriores (FGV, FCC e
Cespe)
- Lista das questões comentadas (para o aluno poder praticar sem
olhar as respostas)
- Gabaritos das questões
- Breve resumo
- Conclusão, com destaque para aspectos mais relevantes
- Lista de artigos da legislação e Súmulas do TST (relacionados ao
tema da aula)

A Aula Demonstrativa não irá abranger todo o conteúdo jornada de


trabalho, pois não se destina a transmitir conteúdo, e sim apresentar a didática
e a metodologia dos professores. Em outras palavras, este tema (jornada e
descansos) será tratado de forma completa durante o curso.
As demais aulas do curso terão entre 50 (cinquenta) e 150 (cento e
cinquenta) páginas. O número de questões comentadas em cada aula será
variável, pois alguns assuntos são rotineiramente exigidos nos concursos,
enquanto outros aparecem com menos frequência.

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2 - Cronograma
O cronograma de nosso curso será o seguinte:
Aula 00 Apresentação do curso. Trecho teórico demonstrativo sobre Duração
(28/06) do Trabalho.
1. Dos princípios, fontes, integração e aplicação direta e subsidiária
inclusive no tempo e no espaço, do Direito do Trabalho. Convenções
da OIT.
Aula 01 2. Dos direitos constitucionais dos trabalhadores (arts. 7º a 11 da
(30/06) CF/88) e demais direitos constitucionais aplicáveis às relações de
trabalho (arts. 5º, I a VI, VIII a XVIII, XX, XXIII, XXIX, 6º, 37, II e
170, da CF/88 e 10, I e 19, do ADCT da CF/88).
28. Da renúncia e transação.
3. Da relação de trabalho e da relação de emprego: requisitos e
distinção; relações de trabalho lato sensu: trabalho autônomo,
trabalho eventual, trabalho temporário e trabalho avulso.
4. Dos sujeitos do contrato de trabalho stricto sensu: do empregado
Aula 02 e do empregador: conceito e caracterização; empregado de confiança
(02/07) e altos empregados: tratamento jurídico; dos poderes do
empregador no contrato de trabalho e sanções
disciplinares; regulamento de empresa.
5. Do grupo econômico; da sucessão da empregadoras; das
responsabilidades solidária e subsidiária.
Aula 3 6. Da prestação de serviços a terceiros: conceito, limites, hipótese e
(09/07) efeitos.
7. Do contrato individual de trabalho: conceito, classificação e
características. Contratos especiais
de trabalho. Trabalho presencial e teletrabalho. Bens
extrapatrimoniais, direitos indisponíveis e direitos negociáveis. Do
dano moral: caracterização e critério de quantificação.
Aula 04
8. Da alteração do contrato de trabalho: alteração unilateral e
(10/07)
bilateral; alterações quantitativas, qualitativas e circunstanciais; o
jus variandi.
9. Da suspensão e interrupção do contrato de trabalho:
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caracterização, distinção e hipóteses.


23. Da licença-paternidade.
10. Da rescisão do contrato de trabalho: das justas causas; da
despedida indireta; da dispensa arbitrária; da culpa recíproca; do
distrato; dos efeitos e da indenização; PDV ou PDI e efeitos.
Aula 05
11. Do aviso prévio.
(11/07)
12. Da estabilidade e garantias provisórias do emprego: das formas
de estabilidade e efeitos; da despedida e da reintegração de
empregado estável.
13. Da duração do trabalho; da jornada de trabalho e tempo à
Aula 06 disposição; dos períodos de descanso; do intervalo para repouso e
(12/07) alimentação; do descanso semanal remunerado; do trabalho noturno
e do trabalho extraordinário: caracterização e respectivos adicionais;

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compensação de horário e banco de horas. Horasin itinere.


14. Do salário mínimo: irredutibilidade a garantia.
16. Do salário e da remuneração: conceito e distinções; composição
Aula 07 do salário; modalidades de salário; formas e meios de pagamento do
(13/07) salário; 13º salário; das parcelas indenizatórias.
17. Da isonomia e equiparação salarial; do princípio da igualdade de
salário; do desvio de função.
15. Das férias: do direito a férias a da sua duração; da concessão,
Aula 08 duração, gozo e época das férias; da remuneração e do abono de
(14/07) férias; das férias proporcionais; das férias coletivas.
19. Da prescrição e decadência.
20. Da segurança e medicina no trabalho; das atividades insalubres,
perigosas e penosas.
PPRA e PCMSO.
Das CIPAS.
Doenças profissionais, doenças do trabalho e acidentes típicos do
Aula 09 trabalho: caracterização e responsabilidade civil objetiva e subjetiva
(21/07) do empregador.
Culpa concorrente, culpa exclusiva e concausas.
Danos materiais, danos morais e dano estético.
21. Da proteção ao trabalho do menor.
22. Da proteção ao trabalho da mulher; da estabilidade da gestante;
da licença-maternidade.
24. Direitos difusos e direitos coletivos.
Aula 10 25. Do direito coletivo do trabalho: das convenções e acordos
(25/07) coletivos de trabalho.
27. Das comissões de Conciliação Prévia.
Aula 00
18. Do FGTS.
(26/07)
25. Do direito coletivo do trabalho: da liberdade sindical (Convenção
nº 87 da OIT) e o art.8º, da CF/88); da organização sindical: conceito
Aula 11 de categorias econômica e profissional; categoria diferenciada; da
(27/07) contribuição sindical e sua repartição.
26. Do direito de greve nos serviços em geral e nos serviços
00000000000

essenciais.
Aula 13
[Trabalho doméstico]
(23/07)
Aula 14 Simulado questões FGV
(25/07)

Destaco, ainda, que as súmulas/OJs do TST e as súmulas do TRT-SC (exigidas


para AJAJ) serão comentadas ao longo do curso.
Além disso, estamos incluindo, por prudência, o tópico “trabalho doméstico”.

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3 - Desenvolvimento
Veremos nesta aula um dos assuntos mais exigidos em provas, que são duração
do trabalho, jornada de trabalho e descansos.
É um assunto que cai em muitas questões, além de ser extremamente importante
no dia a dia, pois gera inúmeras ações trabalhistas em curso nos Tribunais do
Trabalho.

3.1. Jornada de trabalho


Antes de adentrar ao assunto jornada de trabalho vejamos a diferenciação entre
os conceitos relacionados.
Jornada de trabalho é o tempo diário em que o empregado presta serviços ao
empregador ou então permanece à disposição do mesmo.
Exemplo: vamos imaginar o caso de um hospital veterinário pouco frequentado,
no qual nenhum cliente entrou durante determinado dia. A recepcionista não
atendeu ninguém, mas permaneceu à disposição do empregador, então aquele
período é contado como jornada de trabalho normalmente.
Neste sentido, o artigo 4º da Consolidação das leis do Trabalho (CLT):
CLT, art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o
empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou
executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada.
Também se inclui no conceito de jornada de trabalho o tempo in itinere, que
se caracteriza quando ocorre simultaneamente o conjunto de circunstâncias
elencadas no art. 58, § 2º:
CLT, art. 58, § 2º O tempo despendido pelo empregado até o local de
trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, não será
computado na jornada de trabalho, salvo quando, tratando-se de local de
difícil acesso ou não servido por transporte público, o empregador fornecer
a condução.
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Além do tempo efetivo de trabalho, do tempo à disposição do empregador e da


jornada in itinere, também se inclui no termo jornada de trabalho o tempo de
prontidão e o tempo de sobreaviso, que são definidos, respectivamente, pelos
§§ 2º e 3º do art. 244:
CLT, art. 244. As estradas de ferro poderão ter empregados
extranumerários, de sobre-aviso e de prontidão, para executarem serviços
imprevistos ou para substituições de outros empregados que faltem à
escala organizada.
§ 2º Considera-se de "sobre-aviso" o empregado efetivo, que permanecer
em sua própria casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o
serviço. Cada escala de "sobre-aviso" será, no máximo, de vinte e quatro
horas, As horas de "sobre-aviso", para todos os efeitos, serão contadas à
razão de 1/3 (um terço) do salário normal.

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§ 3º Considera-se de "prontidão" o empregado que ficar nas dependências


da estrada, aguardando ordens. A escala de prontidão será, no máximo, de
doze horas. As horas de prontidão serão, para todos os efeitos, contadas à
razão de 2/3 (dois terços) do salário-hora normal.
Esquematizando os conceitos que acabamos de ver (“subconjuntos” integrantes
do “conjunto” jornada de trabalho):

Já a duração do trabalho é um conceito que envolve a jornada de trabalho, os


horários de trabalho e os descansos trabalhistas, tanto é que o Capítulo II da
CLT, intitulado “Da Duração do Trabalho”, divide-se nas Seções “Da Jornada de
Trabalho”, “Dos Períodos de Descanso” e “Do Quadro de Horário”.
O horário de trabalho, por sua vez, limita o período entre o início e o fim da
jornada de trabalho diária. Este conceito pode ser associado ao seguinte artigo
da CLT:
CLT, art. 74 - O horário do trabalho constará de quadro, organizado
conforme modelo expedido pelo Ministro do Trabalho, Indústria e Comercio,
00000000000

e afixado em lugar bem visível. Esse quadro será discriminativo no caso de


não ser o horário único para todos os empregados de uma mesma seção
ou turma.
Feitas as distinções, façamos agora uma análise aprofundada das regras
importantes para nossa preparação para concursos públicos.

3.1.1. Tempo à disposição do empregador


Em diversas circunstâncias, pelos mais variados motivos, o empregado
permanece no centro de trabalho mas não pode realizar suas tarefas.
Exemplo 1: a indústria não tem a quantidade de pedidos necessária e deixa de
produzir em sua capacidade máxima, o que faz com que máquinas e empregados
deixem de trabalhar durante parte do dia.

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Exemplo 2: em alguns casos, o empregador concede intervalo não previsto em


lei como, por exemplo, um intervalo para lanche de 15 minutos aos que laboram
8 horas por dia.
Nestes períodos o empregador não trabalha, mas permanece à disposição do
empregador e, portanto, os períodos devem ser incluídos na jornada de trabalho.
Em relação ao exemplo do intervalo, como foi concedido pelo empregador sem
previsão em lei, é um tempo considerado à disposição do empregador.
Cuidado para não confundir os conceitos: os intervalos legais, como para almoço,
têm previsão legal e por isso não são considerados à disposição do empregador.
Vejamos um exemplo prático envolvendo estes dois tipos de intervalo:

08h00min Intervalo 14h00min


12h00min 2h 18h00min

Neste caso acima, o intervalo de 2 horas – entre 12h00min e 14h00min - é para


almoço (com previsão legal1), não computado na jornada de trabalho.
Neste outro exemplo há o mesmo intervalo de almoço e outro, não previsto em
lei – das 15h45min às 16h00min:

08h00min Intervalo 14h00min Interva 16h00min


12h00min 2h 15h45min lo 15’ 18h00min

Neste 2º exemplo, o intervalo de 15 minutos concedido no período da tarde é


considerado tempo à disposição do empregador (e, portanto, integra a
jornada de trabalho).
Se a jornada fosse estendida até às 18h15min (para “compensar” o intervalo de
15’), a jornada diária seria de 08h15min, e não apenas de 08h00min.
Neste exemplo, como a jornada superou as 08 horas, o período de 15 minutos
deve ser remunerado como hora extraordinária. Segue a Súmula 118 do TST,
que corrobora este entendimento: 00000000000

SUM-118 JORNADA DE TRABALHO. HORAS EXTRAS


Os intervalos concedidos pelo empregador na jornada de trabalho, não
previstos em lei, representam tempo à disposição da empresa,
remunerados como serviço extraordinário, se acrescidos ao final da
jornada.
Feitas as considerações, vamos reler o art. 4º da CLT para reforçar o que
aprendemos neste tópico:

1
CLT, art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é
obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo,
de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder
de 2 (duas) horas.

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CLT, art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o


empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou
executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada.

3.1.2. Tempo in itinere


Em regra, o tempo in itinere, ou horas in itinere (tempo de deslocamento do
empregado de casa para o trabalho e do trabalho para casa) não é computado
como jornada de trabalho no Brasil.
A exceção é feita nos casos em que, concomitantemente, o local de trabalho for
de difícil acesso (ou não servido por transporte público) e o empregador forneça
a condução:
CLT, art. 58, § 2º O tempo despendido pelo empregado até o local de
trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, não
será computado na jornada de trabalho, salvo quando, tratando-se de local
de difícil acesso ou não servido por transporte público, o empregador
fornecer a condução.

Local de trabalho é de difícil acesso ou


não servido por transporte público
Horas in itinere
E

O empregador fornece a condução

Assim, podemos ter as seguintes situações:

00000000000

Local de difícil acesso; Serão devidas as


CASA TRABALHO
empregador fornece a condução horas in itinere

Serão devidas as
CASA TRABALHO
horas in itinere

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Local não servido por transporte


público; empregador fornece a
condução

Vejamos uma questão sobre o assunto:


MPT – 16° Concurso para Procurador do Trabalho - 2010
O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para seu
retorno, por qualquer meio de transporte, será computado na jornada de
trabalho, exceto se o empregador fornecer a condução.
Comentários
A alternativa está incorreta, pois confundiu o conceito: o fornecimento da
condução pelo empregador é requisito para configuração da hora in itinere.

➢ Fornecimento da condução
Em face das circunstâncias, quando o empregador fornece a condução pode-se
configurar a jornada in itinere.
Percebam que se o empregador fornece a condução, mas o local de trabalho é
servido por transporte público e não se enquadra como difícil acesso, não será o
caso de horas in itinere!

➢ Local de trabalho de difícil acesso ou não servido


por transporte público
Essas características não precisam ser concomitantes, ou seja, basta que uma
delas se configure.
Não há definição legal do que seja local de “difícil acesso”. Em geral locais de
trabalho nos centros urbanos não são de difícil acesso, enquanto no meio rural
tendem a ser de difícil acesso. Isto não é uma regra fixa, pois há que se
00000000000

analisarem as reais condições do local.


Quanto à expressão “não servido por transporte público”, frise-se que se o
transporte regular for incompatível com os horários de início e término da jornada
dos empregados poderá configurar-se a jornada in itinere.
Caso haja transporte público regular, mas este não coincida com a jornada dos
empregados, isso é circunstância que também gera o direito às horas in itinere.
Para fazermos os demais comentários pertinentes sobre tempo in itinere, vamos
utilizar o recurso de perguntas e respostas:
1- Quando o empregador terceiriza o transporte, permanece o direito às
horas in itinere?
Resposta: sim.

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Conforme entendimento dominante, não é necessário que o empregador


forneça a condução diretamente para que se configure a jornada in itinere.
Caso ele contrate uma empresa terceirizada de transporte, por exemplo,
permanecerão as horas in itinere (isto considerando que o local é de difícil acesso
ou não servido por transporte público regular).
2- Se o empregador fornecer diretamente o transporte (com veículo
próprio), mas cobrar pelo serviço, permanece o direito às horas in itinere?
Resposta: sim.
A cobrança do transporte pelo empregador não afasta o direito às horas in itinere.
Segue abaixo a Súmula do TST que se relaciona às 2 perguntas feitas:
SUM-320 HORAS "IN ITINERE". OBRIGATORIEDADE DE CÔMPUTO NA
JORNADA DE TRABALHO
O fato de o empregador cobrar, parcialmente ou não, importância pelo
transporte fornecido, para local de difícil acesso ou não servido por
transporte regular, não afasta o direito à percepção das horas "in itinere".
A questão abaixo, incorreta, propôs o contrário disso:
CESPE/TRT17 – Analista Judiciário – Área Execução de Mandados - 2009
Quando o empregador cobra importância pelo transporte fornecido pela
empresa, para local de difícil acesso, afasta do empregado o direito à
percepção do pagamento das horas in itinere.

3- Se um empregado termina seu torno de trabalho às 22h00min e o último


ônibus do transporte regular passa no local às 21h00min, poderá ser o caso
de horas in itinere?
Resposta: Sim.
Conforme entendimento do TST, havendo incompatibilidade entre os horários
de início e término da jornada do empregado e os do transporte público regular
é circunstância que também gera o direito às horas in itinere.
00000000000

4- Considere a situação de um frigorífico, localizado a 20 km da área urbana


do município, em localidade rural (difícil acesso) servida por transporte
público regular apenas até a metade do caminho. Se o empregador fornecer
a condução, será o caso de horas in itinere?
Resposta: Sim, apenas em relação ao trecho não servido por transporte
público.
Vamos acrescentar essa hipótese no nosso quadro anterior:

Ponto de
CASA TRABALHO
ônibus

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Local não servido por


Local servido por transporte público;
transporte público empregador fornece
a condução

Não cabe a exigência Serão devidas as horas in


de horas in itinere itinere

Segue a Súmula do TST que baliza tais entendimentos:


SUM-90 HORAS "IN ITINERE". TEMPO DE SERVIÇO
I - O tempo despendido pelo empregado, em condução fornecida pelo
empregador, até o local de trabalho de difícil acesso, ou não servido por
transporte público regular, e para o seu retorno é computável na jornada
de trabalho.
II - A incompatibilidade entre os horários de início e término da jornada
do empregado e os do transporte público regular é circunstância que
também gera o direito às horas "in itinere".
III - A mera insuficiência de transporte público não enseja o pagamento de
horas "in itinere".
IV - Se houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido
em condução da empresa, as horas "in itinere" remuneradas limitam-se ao
trecho não alcançado pelo transporte público.
V - Considerando que as horas "in itinere" são computáveis na jornada de
trabalho, o tempo que extrapola a jornada legal é considerado como
extraordinário e sobre ele deve incidir o adicional respectivo.
00000000000

Quanto a esta última alínea da Súmula 90, vamos pensar o seguinte: considere
a jornada in itinere de um empregado que labora 8 horas diárias, além de 30
minutos in itinere pela manhã (itinerário casa-trabalho) e 30 minutos in itinere à
tarde (itinerário trabalho-casa).
Neste caso deve haver meio de controle da jornada no veículo de transporte (um
registrador eletrônico de ponto móvel, por exemplo) e, como está havendo 9
horas de jornada por dia (8 horas de trabalho efetivo e 1 hora in itinere), em
princípio o empregado deve ser remunerado em 1 hora extraordinária (inclusive
com seu respectivo adicional).
Quanto ao tempo in itinere, a CLT permite que haja um controle diferenciado para
as microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP):

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CLT, art.58, § 3º Poderão ser fixados, para as microempresas e empresas


de pequeno porte, por meio de acordo ou convenção coletiva, em caso de
transporte fornecido pelo empregador, em local de difícil acesso ou não
servido por transporte público, o tempo médio despendido pelo
empregado, bem como a forma e a natureza da remuneração.
Assim, empresas de um modo geral cujos deslocamentos de empregados
demandem horas in itinere devem controlar a jornada e registrar o tempo efetivo
de deslocamento para seu pagamento.
No caso da ME/EPP, por meio de negociação coletiva, pode-se estabelecer o
tempo médio in itinere.

Percebam que não é permitido às


negociações coletivas envolvendo ME/EPP
simplesmente desconsiderar as horas in
itinere, mas apenas estipular o tempo
médio de tal deslocamento.

3.1.3. Prontidão e sobreaviso


Os conceitos de prontidão e sobreaviso foram aplicados inicialmente à categoria
dos ferroviários, tendo em vista as peculiaridades de organização do trabalho
no setor.
Posteriormente legislações específicas estenderam o regime de sobreaviso a
aeronautas e petroleiros, e também houve extensão do sobreaviso aos
eletricitários por meio de entendimento do TST. Seguem abaixo os artigos da CLT
respectivos:
CLT, art. 244, § 2º Considera-se de "sobre-aviso" o empregado efetivo,
que permanecer em sua própria casa, aguardando a qualquer momento o
chamado para o serviço. Cada escala de "sobre-aviso" será, no máximo, de
vinte e quatro horas, As horas de "sobre-aviso", para todos os efeitos, serão
contadas à razão de 1/3 (um terço) do salário normal.
00000000000

CLT, art. 244, § 3º Considera-se de "prontidão" o empregado que ficar


nas dependências da estrada, aguardando ordens. A escala de prontidão
será, no máximo, de doze horas. As horas de prontidão serão, para todos
os efeitos, contadas à razão de 2/3 (dois terços) do salário-hora normal.
À época da elaboração da CLT não existiam aparelhos como BIP, Pager, celular,
etc., que podem ser utilizados para manter contato com o empregado casa haja
necessidade do comparecimento do mesmo ao local de trabalho.
Quanto à utilização destes aparelhos na relação de trabalho e sua relação com o
regime de sobreaviso existe Súmula do TST com entendimento de que o uso de
tais equipamentos, por si só, não caracteriza o sobreaviso.
É de se destacar, também, que o referido verbete foi alterado em setembro de
2012:

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SUM-428 SOBREAVISO
O uso de aparelho de intercomunicação, a exemplo de BIP, “pager” ou
aparelho celular, pelo empregado, por si só, não caracteriza o regime de
sobreaviso, uma vez que o empregado não permanece em sua residência
aguardando, a qualquer momento, convocação para o serviço.
SUM-428 SOBREAVISO. APLICAÇÃO ANALÓGICA DO ART. 244, § 2º DA CLT
I - O uso de instrumentos telemáticos ou informatizados fornecidos pela
empresa ao empregado, por si só, não caracteriza regime de sobreaviso.
II – Considera-se em sobreaviso o empregado que, à distancia e submetido
a controle patronal por instrumentos telemáticos ou informatizados,
permanecer em regime de plantão ou equivalente, aguardando a qualquer
momento o chamado para o serviço durante o período de descanso.
A atual redação do item I tem o mesmo sentido da anterior, de modo que não
basta apenas o uso de meios de comunicação fornecidos pela empresa para que
se configure o sobreaviso.
Sobre o instituto do sobreaviso e sua relação com os meios de comunicação é
interessante conhecer a lição de Sérgio Pinto Martins2:
“O sobreaviso se caracteriza pelo fato do empregado ficar em sua casa (e
não em outro local), aguardando ser chamado para o serviço. Permanece
em estado de expectativa durante o seu descanso, aguardando ser
chamado a qualquer momento. Não tem o empregado condições de assumir
outros compromissos, pois pode ser chamado de imediato, comprometendo
até os seus afazeres familiares, pessoais e até o seu lazer. (...) Em razão
da evolução dos meios de comunicação, o empregado tanto pode ser
chamado pelo telefone ou pelo telégrafo (como ocorria nas estradas de
ferro), como também por BIP, “pagers”, lap top ligado à empresa, telefone
celular, etc. O artigo 244 da CLT3 foi editado exclusivamente para os
ferroviários, pois os últimos meios de comunicação na época ainda não
existiam. O Direito do Trabalho passa, assim, a ter de enfrentar essas novas
situações para considerar se o empregado está ou não à disposição do
empregador, principalmente quanto à liberdade de locomoção do obreiro”.
00000000000

Sobre o uso, no verbete, da expressão “instrumentos telemáticos ou


informatizados” cite-se a alteração feita na CLT em 2011, a partir da qual o seu
art. 6º passou a contar com o § único cuja redação segue abaixo:

2
MARTINS, Sérgio Pinto. Comentários às Súmulas do TST. 11 ed. São Paulo: Atlas, 2012, p. 340.
3 CLT, art. 244. As estradas de ferro poderão ter empregados extranumerários, de sobre-aviso e de prontidão,
para executarem serviços imprevistos ou para substituições de outros empregados que faltem à escala
organizada.
(...)
§ 2º Considera-se de "sobre-aviso" o empregado efetivo, que permanecer em sua própria casa, aguardando a
qualquer momento o chamado para o serviço. Cada escala de "sobre-aviso" será, no máximo, de vinte e
quatro horas, As horas de "sobre-aviso", para todos os efeitos, serão contadas à razão de 1/3 (um terço) do
salário normal.

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CLT, art. 6º Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento


do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a
distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação
de emprego.
Parágrafo único. Os meios telemáticos e informatizados de comando,
controle e supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos
meios pessoais e diretos de comando, controle e supervisão do trabalho
alheio.
Voltando à Súmula 428, vejamos seu item II:
II – Considera-se em sobreaviso o empregado que, à distancia e submetido
a controle patronal por instrumentos telemáticos ou informatizados,
permanecer em regime de plantão ou equivalente, aguardando a qualquer
momento o chamado para o serviço durante o período de descanso.
Como frisamos ao comentar o item I, não basta que o empregado utilize meio
de comunicação da empresa para configurar o sobreaviso: deve haver algum tipo
de restrição de locomoção, como o regime de plantão.
Seguem abaixo três julgados cuja leitura ajuda a fixar este entendimento:
HORAS DE SOBREAVISO. REGIME DE PLANTÃO. USO DE APARELHO
CELULAR. Nos termos da novel Súmula 428, item I, do TST- o uso de
instrumentos telemáticos ou informatizados fornecidos pela empresa ao
empregado, por si só, não caracteriza regime de sobreaviso-. Ocorre que,
na hipótese dos autos, a condenação para pagamento das horas de
sobreaviso foi fixada em razão de haver prova de que o empregado ficava
de plantão desde a sexta-feira de uma semana até a sexta-feira
subsequente. (...)
(RR - 45400-34.2006.5.09.0072 , Relator Ministro: Mauricio Godinho Delgado,
Data de Julgamento: 26/09/2012, 3ª Turma, Data de Publicação: 28/09/2012)

HORAS DE SOBREAVISO. USO DE CELULAR. De acordo com o


entendimento desta Corte, o simples uso de instrumentos telemáticos ou
informatizados fornecidos pela empresa ao empregado não caracteriza o
00000000000

regime de sobreaviso. Entretanto, considera-se em sobreaviso o


empregado que é submetido a controle patronal pelos referidos
instrumentos, desde que permaneça em regime de plantão ou equivalente.
Essa é a dicção da Súmula nº 428 do TST, alterada pelo Tribunal Pleno
desta Corte em sessão do dia 14/09/2012. Na presente hipótese, há
registro de que o reclamante tenha permanecido em casa, aguardando
eventual chamado do empregador. De fato, consta no acórdão regional que
- o autor ficava à disposição da ré à noite e em finais de semana, em sua
residência, à espera de chamados por telefone celular, para realizar a
manutenção em transmissores e antenas da RBS TV (...) que,
evidentemente, redundava em tolhimento de sua liberdade de locomoção.
(...)

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(RR - 7200-44.2009.5.04.0701, Relator Ministro: Pedro Paulo Manus, Data de


Julgamento: 26/09/2012, 7ª Turma, Data de Publicação: 28/09/2012)

EMBARGOS REGIDOS PELA LEI Nº 11.496/2007 HORAS DE SOBREAVISO -


USO DE BIP OU APARELHO CELULAR - SUBMISSÃO À ESCALA DE
ATENDIMENTO - SÚMULA Nº 428 DO TST. O acórdão da Turma,
transcrevendo a decisão regional, dispôs que a Corte de origem considerou
caracterizado o regime de sobreaviso, amparando-se não apenas na
utilização do uso do aparelho celular, mas na constatação, extraída do
conjunto probatório, de que o reclamante permanecia, efetivamente, à
disposição do empregador fora do horário normal de trabalho, uma vez que
estava submetido à escala de atendimento, devendo permanecer pronto
para a chamada. (...) Destarte, a condenação do reclamado ao pagamento
de horas de sobreaviso não decorreu unicamente da utilização de bip ou
celular pelo reclamante, mas do fato de que ele estava submetido a escalas
de atendimento. (...).
(E-ED-RR - 3843800-92.2009.5.09.0651, Redator Ministro: José Roberto Freire
Pimenta, Data de Julgamento: 23/08/2012, Subseção I Especializada em Dissídios
Individuais, Data de Publicação: 07/01/2013)

3.1.4. Tempo residual à disposição do empregador


Este termo foi cunhado pela jurisprudência para caracterizar pequenos intervalos
de tempo nos quais o empregado está adentrando ou saindo do local de trabalho.
Este conceito se relaciona a pequenos intervalos de tempo em que o empregado,
em tese, aguarda a marcação do seu ponto.
Exemplo: uma empresa possui 100 (cem) empregados e tem apenas 2 (dois)
Registradores Eletrônicos de Ponto (REP) – o chamado “relógio ponto”, onde
os empregados registram as entradas e saídas.
Como não é possível que todos registrem simultaneamente o ponto (e a maioria
chega à empresa no mesmo horário), e considerando a prática jurisprudencial,
foi inserida na CLT regra que permite desconsiderar pequenas variações no ponto
do empregado, qual seja: 00000000000

CLT, art. 58, § 1º Não serão descontadas nem computadas como jornada
extraordinária as variações de horário no registro de ponto não
excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez
minutos diários.
Percebam, então, que a desconsideração do tempo residual somente terá lugar
quando as variações de registro não excederem de 05 (cinco) minutos e, além
disso, sendo observado o limite máximo diário de 10 (dez) minutos.
Se algum destes requisitos for extrapolado, toda a variação será acrescentada na
jornada de trabalho. Reforça tal entendimento a Súmula 366 (com redação
atualizada em maio de 2015):

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SUM-366 CARTÃO DE PONTO. REGISTRO. HORAS EXTRAS. MINUTOS QUE


ANTECEDEM E SUCEDEM A JORNADA DE TRABALHO
Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as
variações de horário do registro de ponto não excedentes de cinco minutos,
observado o limite máximo de dez minutos diários. Se ultrapassado esse
limite, será considerada como extra a totalidade do tempo que exceder
a jornada normal, pois configurado tempo à disposição do empregador,
não importando as atividades desenvolvidas pelo empregado ao longo do
tempo residual (troca de uniforme, lanche, higiene pessoal, etc)
Além disso, após a Súmula 449 (resultante da conversão da OJ nº 372 da SBDI-
1), não mais se pode elastecer a tolerância de 5 minutos em cada trajeto por
meio de negociação coletiva. Vejamos:
SUM-449
A partir da vigência da Lei nº 10.243, de 19.06.2001, que acrescentou o §
1º ao art. 58 da CLT, não mais prevalece cláusula prevista em
convenção ou acordo coletivo que elastece o limite de 5 minutos que
antecedem e sucedem a jornada de trabalho para fins de apuração das
horas extras.
Vejamos uma questão sobre o assunto:
ESAF/MTE – Auditor Fiscal do Trabalho - 2010
Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as
variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos,
observado o limite máximo de dez minutos diários.

Gabarito: Certa, conforme comentários anteriores.

Esta questão também se relaciona à mesma regra:


FCC/TRT14 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2011
A Consolidação das Leis do Trabalho prevê a possibilidade de uma variação
00000000000

de horário no registro de ponto que não será descontado nem computado


como jornada extraordinária. Esta variação de horário possui o limite
máximo diário de
(A) seis minutos.
(B) sete minutos.
(C) oito minutos.
(D) dez minutos.
(E) quinze minutos.

O gabarito, no caso, é a alternativa (D).

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Considerando a regra, imaginemos as seguintes situações práticas de um


empregado que labora das 08h00min às 18h00min, com intervalo de almoço das
12h00min às 14h00min:

CARTÃO PONTO

Saída do Retorno do
Dia Entrada Saída
intervalo intervalo

(...)

Quarta- 07h58min 12h02min 14h02min 18h01min


feira

Quinta-feira 07h55min 12h02min 14h01min 18h08min

Sexta-feira 07h53min 12h01min 13h59min 18h00min

(...)

Na quarta-feira a jornada totalizou 08h03min, e não houve registro excedente de


05 (cinco) minutos, então não será o caso de descontar nem computar tempo
como jornada extraordinária.
Na quinta-feira a jornada totalizou 08h14min, então deverão ser computados
14min como jornada extraordinária.
Na sexta-feira a jornada totalizou 08h09min, não ultrapassando os 10min diários.
Entretanto, na entrada houve registro que excedeu de 05 (cinco) minutos (a
entrada ocorreu às 07h53min), então os 09min devem ser computados como
jornada extraordinária.
Ressalte-se que esta regra permite as mais diversas interpretações, então caso
haja cobrança em prova será necessário analisar todas as alternativas.
00000000000

No caso da sexta-feira, por exemplo, há entendimentos no sentido de que


deveriam ser registrados com extraordinários os 07 minutos da entrada
(aplicação direta da Súmula 366), mas não deveriam ser registrado os outros 02
minutos das demais marcações.
É importante, sobre o assunto tempo residual, conhecer a Súmula 429 do TST,
que considera o deslocamento dentro da empresa como tal:
SUM-429 TEMPO À DISPOSIÇÃO DO EMPREGADOR. ART. 4º DA CLT.
PERÍODO DE DESLOCAMENTO ENTRE A PORTARIA E O LOCAL DE
TRABALHO
Considera-se à disposição do empregador, na forma do art. 4º da CLT, o
tempo necessário ao deslocamento do trabalhador entre a portaria da

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empresa e o local de trabalho, desde que supere o limite de 10 (dez)


minutos diários.

3.2. Modalidades de jornada de trabalho


Após estudarmos as regras gerais sobre a composição da jornada de trabalho,
passemos agora à definição do que seja uma jornada normal (padrão) e quais
são as jornadas especiais de trabalho.

3.2.1. Jornada padrão (normal) de trabalho


A jornada normal de trabalho é de 8 (oito) horas por dia, com fundamento na
atual Constituição Federal:
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de
outros que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e
quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a
redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
Como deve haver repouso semanal (assunto de outro tópico), chega-se ao limite
máximo trabalho de 220 horas por mês, pelo seguinte:

3.2.2. Jornadas especiais de trabalho


Diversas categorias possuem jornadas distintas do padrão estudado no tópico
anterior. Veremos abaixo os exemplos que possuem vinculação mais estreita com
a CLT.

3.2.2.1. Turnos ininterruptos de revezamento


Os turnos ininterruptos de revezamento (TIR) possuíram tratamentos
diferenciados ao longo do tempo, e atualmente estão regrados pela Constituição
Federal da seguinte forma:
00000000000

CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de


outros que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos
ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;
Para caracterização do turno ininterrupto de revezamento não basta que a
jornada seja de 06 horas. É imprescindível que haja significativa alternância de
horários de trabalho compreendendo dia e noite:
OJ-SDI1-360 TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. DOIS TURNOS.
HORÁRIO DIURNO E NOTURNO. CARACTERIZAÇÃO

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Faz jus à jornada especial prevista no art. 7º, XIV, da CF/1988 o


trabalhador que exerce suas atividades em sistema de alternância de
turnos, ainda que em dois turnos de trabalho, que compreendam, no todo
ou em parte, o horário diurno e o noturno, pois submetido à alternância
de horário prejudicial à saúde, sendo irrelevante que a atividade da
empresa se desenvolva de forma ininterrupta.
Para a caracterização da alternância de horários é necessário que o empregado
labore em períodos alternados que cubram todas as 24 horas do dia?
Resposta: ainda não há definição precisa por parte da doutrina, mas a OJ
exposta acima tende a aceitar como alternância os horários que não cubram as
24 horas do dia.
Como explicado por Mauricio Godinho Delgado4:
“(...) enquadra-se no tipo legal em exame o sistema de trabalho que
coloque o empregado, alternativamente, em cada semana, quinzena, mês
ou período relativamente superior, em contato com as diversas fases do dia
e da noite, cobrindo as horas da composição dia/noite ou, pelo menos, parte
importante das fases diurnas e noturnas. (...) De toda maneira, é evidente
que o contato com os diversos horários da noite e do dia há que ser
significativo – ainda que não integral -, sob pena de se estender
demasiadamente o tipo jurídico destacado pela Constituição.”
Exemplo: um empregado que trabalha na câmara fria de um frigorífico,
cumprindo horários de trabalho alternados nos dias da semana de 08h00min às
14h00min, 17h00min às 23h00min e 01h00min às 07h00min, de acordo com a
necessidade da empresa.
Neste caso, o empregado tem evidentes prejuízos à sua saúde e convívio social,
pois tal organização do trabalho afeta seu ritmo biológico (os horários de sono
sempre variam) e prejudica sua inserção na sociedade (tem dificuldades para
freqüentar uma faculdade ou realizar cursos, por exemplo, visto que a alternância
de horários não lhe permite acompanhar as turmas).
Caso o empregado laborasse em turno fixo (somente de manhã, somente de
tarde ou somente de noite, sem alternância), não seria o caso de aplicabilidade
00000000000

das regras atinentes ao turno ininterrupto de revezamento (TIR).


Seguindo adiante no assunto precisamos destacar outro aspecto relevante para
fins de prova: se a empresa parar de funcionar um dia por semana (aos
domingos, por exemplo) isto prejudica a tipificação do TIR?
Resposta: Não. Parte da doutrina entende que isso seria necessário, mas o TST
já possui entendimento quanto ao fato de as interrupções da atividade
empresarial não descaracterizarem o regime de turno ininterrupto de
revezamento; vejamos o verbete relacionado ao tema:
OJ-SDI1-360 TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. DOIS TURNOS.
HORÁRIO DIURNO E NOTURNO. CARACTERIZAÇÃO

4 DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho.12 Ed. São Paulo: LTr, 2013, p. 930.

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Faz jus à jornada especial prevista no art. 7º, XIV, da CF/1988 o


trabalhador que exerce suas atividades em sistema de alternância de
turnos, ainda que em dois turnos de trabalho, que compreendam, no todo
ou em parte, o horário diurno e o noturno, pois submetido à alternância de
horário prejudicial à saúde, sendo irrelevante que a atividade da empresa
se desenvolva de forma ininterrupta.
Outra questão que pode ser exigida em provas: se o empregador concede um
intervalo intrajornada (15 minutos para lanche, por exemplo), isso descaracteriza
o regime de TIR?
Resposta: Não, visto que o termo “ininterrupto” se refere à alternância dos
turnos em si, e não impede que haja intervalo intrajornada (durante o turno)
para descanso dos empregados:
SUM-360 TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO. INTERVALOS
INTRAJORNADA E SEMANAL
A interrupção do trabalho destinada a repouso e alimentação, dentro de
cada turno, ou o intervalo para repouso semanal, não descaracteriza o
turno de revezamento com jornada de 6 (seis) horas previsto no art. 7º,
XIV, da CF/1988.
Corrobora o entendimento a posição do Ministro Godinho 5:
“(...) a ideia de falta de interrupção dos turnos centra-se na circunstância
de que eles se sucedem ao longo das semanas, quinzenas ou meses, de
modo a se encadearem para cobrir todas as fases da noite e do dia – não
tendo relação com o fracionamento interno de cada turno de trabalho.”
Este tema foi exigido no concurso de AFT 2009/2010:
ESAF/MTE – Auditor Fiscal do Trabalho - 2010
De acordo com a jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, a
concessão do intervalo para repouso e alimentação, dentro de cada turno,
ou o intervalo para descanso semanal, descaracteriza o sistema de turnos
ininterruptos de revezamento previsto na Constituição.
00000000000

Pelo que estudamos, a alternativa é incorreta.


Continuando no assunto precisamos analisar a viabilidade da existência de turno
ininterrupto de revezamento com jornada acima de 06 horas.
Pelo disposto na CF/88 isto é possível, desde que pactuado por meio de
negociação coletiva:
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de
outros que visem à melhoria de sua condição social:
(...)

5
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 915.

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XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos


ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;
Deste modo, é permitido que haja turnos de revezamento com jornadas de até
08 horas.
Caso não haja tal previsão na negociação coletiva as horas excedentes à 6ª
deverão ser remuneradas como extraordinárias.
Entretanto, se houver previsão no acordo ou convenção, as horas excedentes à
6ª (no caso, a 7ª e 8ª) não serão remuneradas como extra:
SUM-423 TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. FIXAÇÃO DE
JORNADA DE TRABALHO MEDIANTE NEGOCIAÇÃO COLETIVA. VALIDADE.
Estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a oito horas por meio
de regular negociação coletiva, os empregados submetidos a turnos
ininterruptos de revezamento não tem direito ao pagamento da 7ª e 8ª
horas como extras.
No caso de empregado horista que labore em turnos ininterruptos de
revezamento, do mesmo modo caberá o pagamento da hora e seu respectivo
adicional caso a jornada seja prorrogada para além da sexta hora.
Este é o entendimento da do seguinte verbete do TST:
OJ-SDI1-275 TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. HORISTA. HORAS
EXTRAS E ADICIONAL. DEVIDOS
Inexistindo instrumento coletivo fixando jornada diversa, o empregado
horista submetido a turno ininterrupto de revezamento faz jus ao
pagamento das horas extraordinárias laboradas além da 6ª, bem como ao
respectivo adicional.
Segue abaixo trecho de julgado do TST que corrobora este entendimento:
“Esta Corte tem reiteradamente decidido que, no caso de trabalho realizado
em turnos ininterruptos de revezamento, as horas extras excedentes a
sexta diária devem ser pagas de forma integral, com o respectivo adicional,
independentemente de o empregado ser horista ou mensalista, pois a
contraprestação remunera apenas as seis primeiras horas trabalhadas”.
00000000000

(RR - 41700-69.2008.5.15.0086, Relatora Ministra: Kátia Magalhães Arruda, Data


de Julgamento: 29/08/2012, 6ª Turma, Data de Publicação: 31/08/2012)
Se houver previsão em negociação coletiva, por exemplo, de jornada de 07 (sete)
horas em turnos ininterruptos, haveria o pagamento da 7ª hora, mas não caberia
o pagamento do adicional (mínimo de 50%) desta hora, pois o sindicato
concordou em que a jornada fosse de 07 (sete) horas, ou seja, esta 7ª hora não
será extraordinária.
Para encerrar o tópico sobre turnos ininterruptos é necessário comentar a Súmula
110 do TST, que trata dos casos em que não são respeitados o descanso semanal
e o intervalo interjornada.

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Como veremos durante esta aula, o descanso semanal é de 24 horas


consecutivas, enquanto o intervalo entre duas jornadas de trabalho (chamado de
intervalo interjornada) é de no mínimo 11 (onze) horas.
Assim, do término de uma jornada do turno ininterrupto até o início da próxima
jornada que sucede o descanso semanal deve haver 35 horas de intervalo (24 +
11).
Caso não se respeite esse intervalo de descanso deve haver o pagamento das
horas, inclusive com o respectivo adicional:
SUM-110 JORNADA DE TRABALHO. INTERVALO
No regime de revezamento, as horas trabalhadas em seguida ao repouso
semanal de 24 horas, com prejuízo do intervalo mínimo de 11 horas
consecutivas para descanso entre jornadas, devem ser remuneradas como
extraordinárias, inclusive com o respectivo adicional.
Exemplo: a jornada de sábado encerrou-se às 22h00min, e o descanso semanal
é domingo. Somando o intervalo interjornada e o descanso semanal, a jornada
de segunda-feira somente poderia iniciar às 09h00min.
Segue abaixo a visualização do exemplo na linha do tempo:

Jornada
Intervalo Descanso Início da jornada às
encerrada às
interjornada de semanal de 24 09h00min de
22h00min de
11 horas horas segunda
sábado

Se a jornada de segunda-feira tivesse iniciado às 08h00min, de acordo com a


Súmula 110, dever-se-ia pagar 1 (uma) hora como extraordinária, inclusive com
o respectivo adicional.
Vejamos uma questão sobre o tema:
CESPE/TRT21 – Técnico Judiciário – Área Judiciária - 2010
Considere que Jacinto esteja sujeito ao turno ininterrupto de revezamento
e tenha trabalhado das 16 horas às 22 horas do sábado e retornado ao
trabalho na segunda-feira seguinte para cumprir jornada das 6 horas às 12
00000000000

horas. Nessa situação, Jacinto não tem direito ao pagamento de hora extra.

Alternativa incorreta, pois Jacinto faria jus a 3 horas extras.


Observando nosso quadro, podemos ver que Jacinto somente poderia ter iniciado
seu labor na segunda-feira às 09h00min, e como começou antes não foi
respeitado o intervalo mínimo.

3.2.2.2. Outras jornadas especiais


Iniciaremos o tópico com as disposições relativas aos bancários, que possuem
previsão de jornada diferenciada na CLT:

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CLT, art. 224 - A duração normal do trabalho dos empregados em bancos,


casas bancárias e Caixa Econômica Federal será de 6 (seis) horas
contínuas nos dias úteis, com exceção dos sábados, perfazendo um total
de 30 (trinta) horas de trabalho por semana.
§ 1º - A duração normal do trabalho estabelecida neste artigo ficará
compreendida entre 7 (sete) e 22 (vinte e duas) horas, assegurando-se ao
empregado, no horário diário, um intervalo de 15 (quinze) minutos
para alimentação.
Pela regra estabelecida os bancários não trabalharão nos sábados e, com isso, o
divisor a ser aplicado para a categoria é 180 (6 horas x 30 dias), diferentemente
do divisor aplicado em regra que é, como vimos acima, de 220 horas.
Entretanto, nem todos os empregados da categoria serão vinculados à limitação
de jornada definida acima, visto que a lei traz a exceção dos ocupantes de funções
de gerência, fiscalização, chefia e equivalentes:
CLT, art. 224, § 2º - As disposições deste artigo não se aplicam aos que
exercem funções de direção, gerência, fiscalização, chefia e equivalentes,
ou que desempenhem outros cargos de confiança, desde que o valor da
gratificação não seja inferior a 1/3 (um terço) do salário do cargo
efetivo.
Além disso, o gerente também não estará sujeito a controle de jornada, desde
que cumpridos os requisitos do art. 62 da CLT:
CLT, art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo:
(...)
II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão,
aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores
e chefes de departamento ou filial.
Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos
empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do
cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver,
for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40%
(quarenta por cento).
00000000000

No caso do segmento bancário, a regra do art. 62 se aplicaria ao gerente geral


da agência, enquanto a do art. 224 se aplicaria aos gerentes de contas, de
relacionamento, etc. Nesta linha o ensinamento de Valentin Carrion6:
“Gerente de agência bancária. Os hábitos contemporâneos permitem
distinguir duas espécies de empregados absolutamente distintas, apesar de
terem a mesma denominação: de um lado, o gerente titular, ou principal,
da agência bancária, com mais poderes de representação, e de decisão,
sem fiscalização imediata, a não ser a genérica de regulamentos e normas
internas (...), e, de outro lado, um ou vários gerentes de segundo nível,

6
CARRION, Valentim. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 37ª ed. São Paulo: Saraiva, 2012,
p. 150-151.

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que prestam contas e submissão ao gerente-titular. A CLT acolhe o


primeiro, no art. 62, II, e os segundos, verdadeiros subgerentes, apesar de
outra denominação que utilizam, e que estão inseridos, junto com outros
cargos de segundo nível, no art. 224, §2º, da CLT.”
Há também previsão na CLT de regra específica para os trabalhadores em
minas de subsolo:
CLT, art. 293 - A duração normal do trabalho efetivo para os empregados
em minas no subsolo não excederá de 6 (seis) horas diárias ou de 36
(trinta e seis) semanais.
O trabalho em subsolo nas atividades de mineração é responsável por uma série
de agravos à saúde, que vão desde o choque elétrico até pneumoconiose (doença
do pulmão ocasionada pelo contato com sílica livre cristalizada, oriunda da poeira
gerada pela extração de minérios).
Dadas as condições de insalubridade da atividade, existe até previsão de redução
deste limite máximo:
CLT, art. 295, parágrafo único - A duração normal do trabalho efetivo no
subsolo poderá ser inferior a 6 (seis) horas diárias, por determinação da
autoridade de que trata este artigo, tendo em vista condições locais de
insalubridade e os métodos e processos do trabalho adotado.
Além disso, como em alguns empreendimentos a boca da mina (entrada para o
subsolo) fica a vários quilômetros da frente de trabalho, a CLT também esclareceu
que este tempo de deslocamento deve ser computado:
CLT, art. 294 - O tempo despendido pelo empregado da boca da mina ao
local do trabalho e vice-versa será computado para o efeito de pagamento
do salário.
No que tange às atividades de telefonia, a CLT também trouxe previsões
distintas da regra geral:
CLT, art. 227 - Nas empresas que explorem o serviço de telefonia,
telegrafia submarina ou subfluvial, de radiotelegrafia ou de
radiotelefonia, fica estabelecida para os respectivos operadores a duração
máxima de seis horas contínuas de trabalho por dia ou 36 (trinta e seis)
00000000000

horas semanais.
Com base nesta previsão legal, o TST estendeu a regra aos empregados que
operam telefone de mesa (de empresas em geral):
SUM-178 TELEFONISTA. ART. 227, E PARÁGRAFOS, DA CLT.
APLICABILIDADE
É aplicável à telefonista de mesa de empresa que não explora o serviço de
telefonia o disposto no art. 227, e seus parágrafos, da CLT.
Os operadores de teleatendimento e telemarketing (atividades recentes, que
não existiam quando da publicação da CLT) não possuem restrição legal de sua
jornada de trabalho.

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Estas pessoas laboram em locais denominados call centers, que são ambientes
de trabalho nos quais a principal atividade é conduzida via telefone e/ou rádio
com utilização simultânea de terminais de computador.
Ainda não há consenso doutrinário sobre a aplicação analógica do artigo 227 da
CLT (comentado acima) para as atividades de teleatendimento e telemarketing.
Sobre isto é de notar que havia um verbete do TST, cancelado em 2011, que
dispunha ser inaplicável, por analogia, a jornada reduzida do art. 227 a esta
categoria:
OJ-SDI1-273 "TELEMARKETING". OPERADORES. ART. 227 DA CLT.
INAPLICÁVEL
A jornada reduzida de que trata o art. 227 da CLT não é aplicável, por
analogia, ao operador de televendas, que não exerce suas atividades
exclusivamente como telefonista, pois, naquela função, não opera mesa de
transmissão, fazendo uso apenas dos telefones comuns para atender e
fazer as ligações exigidas no exercício da função.
Frise-se que há disposições específicas sobre intervalos durante a jornada de
trabalho dos operadores de teleatendimento e telemarketing na NR 17
(ERGONOMIA), mas este é um assunto a ser tratado no curso de Segurança e
Saúde no Trabalho.
Em relação à categoria dos jornalistas profissionais a CLT possui seção
específica, onde se estipula jornada diferenciada:
CLT, art. 303 - A duração normal do trabalho dos empregados
compreendidos nesta Seção não deverá exceder de 5 (cinco) horas, tanto
de dia como à noite.
CLT, art. 304 - Poderá a duração normal do trabalho ser elevada a 7 (sete)
horas, mediante acordo escrito, em que se estipule aumento de ordenado,
correspondente ao excesso do tempo de trabalho, em que se fixe um
intervalo destinado a repouso ou a refeição.
Quanto aos operadores cinematográficos a Consolidação define jornada
padrão de 06 (seis) horas:
00000000000

CLT, art. 234 - A duração normal do trabalho dos operadores


cinematográficos e seus ajudantes não excederá de seis horas diárias,
assim distribuídas:
a) 5 (cinco) horas consecutivas de trabalho em cabina, durante o
funcionamento cinematográfico;
b) 1 (um) período suplementar, até o máximo de 1 (uma) hora para
limpeza, lubrificação dos aparelhos de projeção, ou revisão de filmes.
Em relação aos tripulantes de embarcações pode-se destacar o artigo 248:
CLT, art. 248 - Entre as horas 0 (zero) e 24 (vinte e quatro) de cada dia
civil, o tripulante poderá ser conservado em seu posto durante 8 (oito)
horas, quer de modo contínuo, quer de modo intermitente.

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§ 1º - A exigência do serviço contínuo ou intermitente ficará a critério do


comandante e, neste último caso, nunca por período menor que 1 (uma)
hora.
Aproveitando o tópico, precisamos comentar também sobre a situação dos
trabalhadores contratados a tempo parcial.
Nesta modalidade de contratação o empregado tem jornada inferior ao padrão
de 08 horas diárias e 44 semanais, com a redução proporcional de seu salário:
CLT, art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele
cuja duração não exceda a vinte e cinco horas semanais.
§ 1º O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial
será proporcional à sua jornada, em relação aos empregados que cumprem,
nas mesmas funções, tempo integral.
§ 2º Para os atuais empregados, a adoção do regime de tempo parcial será
feita mediante opção manifestada perante a empresa, na forma prevista
em instrumento decorrente de negociação coletiva.
Assim, a jornada de um empregado contratado a tempo parcial pode ser, por
exemplo, de 05 horas diárias (de segunda a sexta).
O §2º do artigo 58-A abriu a possibilidade de que, mediante negociação coletiva,
empregados sujeitos à jornada padrão de 08 horas pudessem ter seu regime de
trabalho alterado para tempo parcial, mediante a redução proporcional dos
salários.
Conforme previsto no §4º do artigo 59,
CLT, art. 59, § 4º Os empregados sob o regime de tempo parcial não
poderão prestar horas extras.
Corrobora as regras a seguinte questão, cujo gabarito é a alternativa (E):
FCC/TRT8 – Analista Judiciário – Área Execução de Mandados - 2010
Solange é empregada da empresa Amor Perfeito, trabalhando como
ajudante na elaboração de cestas de café da manhã. Solange é considerada
empregada em regime de tempo parcial. Neste caso, a duração da sua
00000000000

jornada de trabalho
(A) poderá ser livremente pactuada entre as partes, desde que não
ultrapasse vinte e oito horas semanais, sendo vedada a prestação de horas
extras.
(B) não poderá exceder a vinte horas semanais, sendo vedada a prestação
de horas extras.
(C) deverá ser obrigatoriamente de vinte e quatro horas semanais.
(D) poderá ser livremente pactuada entre as partes, desde que não
ultrapasse dezoito horas semanais, bem como oito horas extras mensais.
(E) não poderá exceder a vinte e cinco horas semanais, sendo vedada a
prestação de horas extras.

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Já que falamos em horas extras, passemos ao próximo assunto da aula, que é


justamente a jornada extraordinária.

3.3. Jornada extraordinária


A jornada extraordinária (também conhecida como sobrejornada ou horas
extraordinárias) é o lapso temporal em que o empregado permanece laborando
após sua jornada padrão (jornada normal).
O limite de horas extraordinárias diárias estabelecido pela CLT é o seguinte:
CLT, art. 59 - A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas
suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante acordo
escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de
trabalho.
Atenção para o fato de que, por simples acordo escrito entre empregado e
empregador, é possível a realização de horas extraordinárias. Por acordo tácito,
entretanto, não se permite a prática.
Quanto à expressão contrato coletivo, podemos entendê-la como sinônimo de
negociação coletiva.
O efeito do acordo escrito de horas suplementares é que cabe ao empregador
exigir do empregado a prestação da sobrejornada quando for necessário (jus
variandi do empregador), não podendo o empregado se recusar a prestar tais
horas.
E se a empresa mantém empregados laborando acima do limite máximo
permitido em lei, isso a exime do pagamento das horas extraordinárias
excedentes de 2?
Certamente não, mas tendo em vista as alegações de que a sobrejornada ilegal
não deveria ser remunerada (por ser ilegal) o TST editou Súmula 376:
SUM-376 HORAS EXTRAS. LIMITAÇÃO. ART. 59 DA CLT. REFLEXOS
I - A limitação legal da jornada suplementar a duas horas diárias não exime
o empregador de pagar todas as horas trabalhadas.
00000000000

Ainda sobre o acordo escrito é oportuno comentarmos sobre a impossibilidade de


pré-contratação de horas extraordinárias.
Seria o caso da contratação de profissional bancário cuja jornada padrão diária
deva ser de 06 horas, sendo contratado para prestar 08 horas diárias.
SUM-199 BANCÁRIO. PRÉ-CONTRATAÇÃO DE HORAS EXTRAS
I - A contratação do serviço suplementar, quando da admissão do
trabalhador bancário, é nula. Os valores assim ajustados apenas
remuneram a jornada normal, sendo devidas as horas extras com o
adicional de, no mínimo, 50% (cinqüenta por cento), as quais não
configuram pré-contratação, se pactuadas após a admissão do bancário.

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Sobre o assunto, lembremos que não se admite a legalidade de condições que


prejudiquem o empregado:
CLT, art. 9º - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo
de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na
presente Consolidação.
Quanto à sobrerremuneração (adicional) da hora suplementar, vejamos o
dispositivo constitucional e as regras celetistas:
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de
outros que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em
cinqüenta por cento à do normal;

Isto permite concluir que toda hora suplementar será remunerada com o
respectivo adicional?
A resposta é negativa.
No caso de regime de compensação de horas haverá a prestação de labor além
da jornada padrão mas, como as horas serão compensadas, não será devido o
respectivo adicional.
Nesta linha, segue o ensinamento do Ministro Godinho7, citando Amauri Mascaro
Nascimento:
“A noção de jornada extraordinária não se estabelece em função da
remuneração suplementar à do trabalho normal (isto é, pelo pagamento do
adicional de horas extras). Estabelece-se em face da ultrapassagem da
fronteira normal da jornada. A remuneração do adicional é apenas um
efeito comum da sobrejornada, mas não seu elemento componente
necessário.”
Quanto ao percentual, cuidado para não confundirmos a disposição da CLT (que
previa 20%) com a redação da CF/88, vista acima, com adicional mínimo de
00000000000

50%:
CLT, art. 59, § 1º - Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho deverá
constar, obrigatoriamente, a importância da remuneração da hora
suplementar, que será, pelo menos, 20% (vinte por cento) superior à da
hora normal.
Considera-se que este dispositivo celetista supratranscrito não foi recepcionado
pela CF/88.
Também é viável (e bastante comum) que acordos coletivos de trabalho (ACT) e
convenções coletivas de trabalho (CCT) prevejam percentuais maiores que 50%.

7
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 936.

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Nestes casos, deve-se respeitar a previsão da negociação coletiva, mais benéfica


à categoria.

3.3.1. Compensação de jornada


Falaremos aqui sobre as duas modalidades de compensação de jornada: o acordo
de prorrogação de jornada (compensação intrassemanal) e o banco de horas
(compensação que ultrapassa o módulo semanal).
As principais diferenças para fins de prova são as seguintes:

Compensação de jornada

Acordo de prorrogação de
Banco de horas
jornada

Compensação intrassemanal (dentro Compensação que ultrapassa o


da semana) módulo semanal

Sua validade demanda acordo


Sua validade demanda previsão em
escrito entre empregador e
negociação coletiva
empregado

Vejamos agora outros aspectos importantes sobre o assunto.

➢ Acordo de prorrogação de jornada


Além de prever a duração normal do trabalho (regra geral) de 08 horas diárias e
44 horas semanais, a CLT prevê a possibilidade de compensação, que ocorre
quando o empregado trabalha algumas horas a mais em um (ou mais) dia(s) e
menos em outro(s):
00000000000

CLT, art. 59 - A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas


suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante acordo
escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de
trabalho.

Segue abaixo um cartão ponto hipotético, para analisar esta regra:

CARTÃO PONTO

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Saída do Retorno do
Dia Entrada Saída
intervalo intervalo

Segunda- 07h58min 12h02min 14h02min 18h47min


feira

Teça-feira 07h58min 12h02min 14h01min 18h49min

Quarta-feira 07h56min 12h01min 13h59min 18h47min

Quinta-feira 07h58min 12h02min 14h02min 18h50min

Sexta-feira 07h59min 12h03min 14h01min 18h49min

Sábado - - - -

Domingo - - - -

Neste caso hipotético (que é bem comum no cotidiano) o empregado trabalhou


mais que 08 horas de segunda a sexta, mas não laborou no sábado.
Desconsiderando as pequenas variações no ponto a jornada do empregado foi de
08h48min de segunda a sexta, o que resulta em 44 horas de trabalho no módulo
semanal (08h48min x 5 dias).
O resultado disto é que não será devido pagamento de adicional de horas extras.
Diferente da compensação de jornada por meio de banco de horas, que exige
previsão em negociação coletiva, o acordo de prorrogação de jornada pode
ser realizado mediante acordo escrito entre empregado e empregador:
CLT, art. 59 - A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas
suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante acordo
escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de
trabalho.
A questão abaixo, incorreta, sugeriu que o acordo de prorrogação poderia ser
00000000000

escrito:
CESPE/TRT17 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2009
O acordo de prorrogação de horas pode ser celebrado de forma verbal.

É importante notar que o acordo de prorrogação não se confunde com o banco


de horas (tópico anterior), e esta diferença foi destacada na Súmula 85 do TST:
SUM-85 COMPENSAÇÃO DE JORNADA
I. A compensação de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo
individual
escrito, acordo coletivo ou convenção coletiva.

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II. O acordo individual para compensação de horas é válido, salvo se houver


norma coletiva em sentido contrário.
III. O mero não atendimento das exigências legais para a compensação de
jornada, inclusive quando encetada mediante acordo tácito, não implica a
repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária, se
não dilatada a jornada máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo
adicional.
IV. A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de
compensação de jornada. Nesta hipótese, as horas que ultrapassarem a
jornada semanal normal deverão ser pagas como horas extraordinárias e,
quanto àquelas destinadas à compensação, deverá ser pago a mais apenas
o adicional por trabalho extraordinário.
V. As disposições contidas nesta súmula não se aplicam ao regime
compensatório na modalidade banco de horas, que somente pode ser
instituído por negociação coletiva.
VI - Não é válido acordo de compensação de jornada em atividade
insalubre, ainda que estipulado em norma coletiva, sem a necessária
inspeção prévia e permissão da autoridade competente, na forma do art.
60 da CLT.
Segundo o inciso III, caso tenha sido feito acordo verbal para compensação e o
empregado laborou, por exemplo, 8h48min horas por dia, a descaracterização da
compensação não implica a repetição do pagamento das horas excedentes à
jornada normal diária.
Isto porque o salário do empregado já inclui todas as horas trabalhadas, e, por
isso, a descaracterização do acordo de compensação implicará no pagamento
apenas do respectivo adicional.
Exemplo: o empregado trabalhou 8h48min de segunda a sexta conforme acordo
verbal. Como é inválido e ele já recebeu o valor das horas trabalhadas, a
descaracterização da compensação implicará no pagamento de adicional de 50%
sobre 48 minutos diários.
Por outro lado, imaginemos agora que foi devidamente formalizada compensação
00000000000

de jornada (por acordo escrito) e o empregado deveria laborar 8h48min de


segunda a sexta-feira, para não trabalhar no sábado (no caso, o módulo semanal
continua sendo de 44 horas = 8h48min x 5 dias).
Na prática, entretanto, este empregado trabalha 10h00min de segunda a sexta
e mais 4h00min aos sábados.
Como há prestação habitual de horas extras, descaracteriza-se o acordo de
prorrogação ("IV. A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo
de compensação de jornada (...)").
O que o item IV faz é separar as horas da compensação (os 48 minutos no
exemplo), que deverão ser remunerados pelo seu adicional (pois o valor da hora
normal já foi pago no salário), das outras 1h12min diárias (que excedem as
8h48min) + 4h00min aos sábados, que devem ser remuneradas pela hora normal

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+ adicional de hora extraordinária ("IV. (...) as horas que ultrapassarem a


jornada semanal normal deverão ser pagas como horas extraordinárias.).
Por fim, o item VI, inserido em 2016, afirma que negociação coletiva não tem o
condão de estipular compensação de jornada em atividade insalubre.

➢ Banco de horas
Outra possibilidade de compensação de jornada é o banco de horas, na qual a
compensação extrapola o período de uma semana.
Para que haja banco de horas (período máximo de um ano) é necessária previsão
em negociação coletiva de trabalho.
O banco de hora atende ao jus variandi do empregador, que exigirá mais labor
(hora extras) quando haja maior demanda do mercado e, ao revés, quando a
produção ficar em ritmo mais lento, poderá dispensar o empregado de alguns
dias de trabalho para compensar as horas positivas do banco, tudo isso sem
pagamento de horas extraordinárias.
A previsão legal é a seguinte:
CLT, art. 59, § 2º Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por
força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em
um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de
maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das
jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite
máximo de dez horas diárias.

➢ Compensação 12 x 36 horas
Destacamos esta possibilidade em tópico específico tendo em vista a edição da
Súmula 444 em setembro de 2012.
Em algumas profissões é comum se estabelecer organização de escalas de 12
horas de trabalho seguidas de 36 horas de descanso.
Apesar da duração diária do trabalho extrapolar as 10 horas, o módulo semanal
acaba sendo reduzido, pois há 36 horas de descanso entre uma jornada e outra.
Com a edição da Súmula 444 o TST materializa seu entendimento de que é
00000000000

admissível a compensação de 12 x 36, desde que haja previsão em negociação


coletiva:
SUM-444 JORNADA DE TRABALHO. ESCALA DE 12 POR 36. VALIDADE.
É valida, em caráter excepcional, a jornada de 12 horas de trabalho por
trinta e seis de descanso, prevista em lei ou ajustada exclusivamente
mediante acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva de trabalho,
assegurada a remuneração em dobro dos feriados trabalhados. O
empregado não tem direito ao pagamento de adicional referente ao labor
prestado na décima primeira e décima segunda horas.
A Súmula destaca, também, que o empregado que labora em feriado neste
regime de trabalho fará jus a remuneração em dobro.

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Segue abaixo um dos julgados que serviram de precedente para a Súmula 444:
HORAS EXTRAS - JORNADA 12X36. A jurisprudência desta Corte é pacífica
em reconhecer a validade do regime de compensação de 12 por 36 horas,
quando autorizado por norma coletiva, considerando indevido o pagamento
como horas extras da 11ª e da 12ª horas diárias. Agravo de Instrumento
não provido. (...)
(ARR - 101800-54.2008.5.04.0002, 8ª Turma, Rel. Juíza Conv. Maria Laura Franco
Lima de Faria, DEJT 27.4.2012).
E se a jornada de 12 x 36 foi pactuada diretamente com o empregado, ou seja,
sem a participação do sindicato obreiro e nem com base em previsão legal?
A teor da Súmula 444, esta pactuação não é admitida. Neste caso, conforme
ementa abaixo, o regime será inválido:
RECURSO DE REVISTA. (...) JORNADA ESPECIAL - 12X36 HORAS - SÚMULA
444/TST. INVALIDADE - SÚMULA 85/TST. O Tribunal Pleno, na sessão
extraordinária do dia 14.09.2012 (Semana do TST), aprovou o enunciado
de Súmula n.º 444, (...). Entretanto, uma vez reconhecida a invalidade
desse regime de jornada 12x36, é razoável a observância dos parâmetros
dos itens III e IV da Súmula 85/TST, para fins de pagamento das horas
extras. Assim, a condenação deve limitar-se ao pagamento do adicional de
horas extras relativamente às horas laboradas, quando não dilatada a
duração máxima semanal, e da hora extraordinária, acrescida do respectivo
adicional, quando ultrapassada a duração semanal normal. Recurso de
revista conhecido e parcialmente provido no particular.
(RR - 133200-86.2009.5.04.0023, Relator Ministro: Mauricio Godinho Delgado,
Data de Julgamento: 12/12/2012, 3ª Turma, Data de Publicação: 14/12/2012)

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4 – Questões comentadas
4.1 – Jornada de trabalho normal
1. FCC/TRT23 – Técnico Judiciário – Área Administrativa –
2016
De acordo com o artigo 58, caput, da Consolidação das Leis do Trabalho “a
duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade
privada, não excederá de oito horas diárias, desde que não seja fixado
expressamente outro limite”. Segundo entendimento Sumulado do TST,
para estes empregados quando sujeitos a 40 horas semanais de trabalho,
para o cálculo do valor do salário-hora aplica-se o divisor
(A) 200.
(B) 220.
(C) 176.
(D) 160.
(E) 170.
Comentários
Gabarito (A), nos termos da SUM-431 do TST:
SUM-431
Para os empregados a que alude o art. 58, caput, da CLT, quando sujeitos
a 40 horas semanais de trabalho, aplica-se o divisor 200 (duzentos)
para o cálculo do valor do salário-hora.
Para quem desejar conhecer a lógica matemática por trás dessa súmula, note o
seguinte: sendo o módulo semanal de 40 horas, respeitado um dia de descanso
semanal, restam 6 dias por semana para o trabalho; dividindo-se 40 por 6, temos
6,66h/dia.
6,66h/dia = 6h + 0,66h = 6h + 2/3h = 6h + 40min = 6h40min
00000000000

Multiplicando 6h40min por 30 dias = 200h (este é o divisor do salário).


Além desse divisor, temos o de 220 (para aqueles que laboram 44 horas
semanais) e os divisores dos bancários (detalhados na súmula 124 do TST).

2. FCC/TRT23 – Técnico Judiciário – Área Administrativa –


2016
Estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a oito horas por meio
de regular negociação coletiva, os empregados submetidos a turnos
ininterruptos de revezamento

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(A) têm direito ao pagamento da 7a e 8a horas como extras, sendo devido


o referido adicional em sua integralidade.
(B) não têm direito ao pagamento da 7a e 8a horas como extras.
(C) têm direito ao pagamento apenas da 7a hora como extra.
(D) têm direito ao pagamento apenas da 8a hora como extra.
(E) têm direito ao pagamento da 7a e 8a horas como extras, sendo devido
apenas 50% do referido adicional.
Comentários
Gabarito (B), nos termos da SUM-423 do TST:
SUM-423 TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. FIXAÇÃO DE
JORNADA DE TRABALHO MEDIANTE NEGOCIAÇÃO COLETIVA. VALIDADE.
Estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a oito horas por meio
de regular negociação coletiva, os empregados submetidos a turnos
ininterruptos de revezamento não tem direito ao pagamento da 7ª e 8ª
horas como extras.

3. FCC/TRT23 – Analista Judiciário - Área Judiciária - 2016


Considerando a jurisprudência pacífica do TST sobre horas in itinere,
(A) havendo incompatibilidade entre os horários de início e término da
jornada do empregado e os do transporte público regular, o empregado não
terá direito às horas in itinere.
(B) na hipótese de o transporte público ser insuficiente, o empregado terá
direito às horas in itinere.
(C) as horas in itinere remuneradas devem ser consideradas em relação a
todo o trecho do trajeto, ainda que haja transporte público regular em parte
do trajeto percorrido em condução da empresa.
(D) como as horas in itinere são computadas na jornada de trabalho, o
tempo que extrapola a jornada normal deve considerado como
extraordinário, incidindo sobre ele o adicional respectivo.
00000000000

(E) caso o empregador cobre, parcialmente ou não, importância pelo


transporte fornecido, para local de difícil acesso ou não servido por
transporte regular, o empregado não terá direito à percepção das horas in
itinere.
Comentários
Gabarito definitivo (D), conforme SUM-90 do TST:
SUM-90 HORAS "IN ITINERE". TEMPO DE SERVIÇO
III - A mera insuficiência de transporte público não enseja o pagamento de
horas "in itinere".

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IV - Se houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido


em condução da empresa, as horas "in itinere" remuneradas limitam-se ao
trecho não alcançado pelo transporte público.
V - Considerando que as horas "in itinere" são computáveis na jornada de
trabalho, o tempo que extrapola a jornada legal é considerado como
extraordinário e sobre ele deve incidir o adicional respectivo.

SUM-320 HORAS "IN ITINERE". OBRIGATORIEDADE DE CÔMPUTO NA


JORNADA DE TRABALHO
O fato de o empregador cobrar, parcialmente ou não, importância pelo
transporte fornecido, para local de difícil acesso ou não servido por
transporte regular, não afasta o direito à percepção das horas "in itinere".

4. FCC/TRT14 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2016


Para trabalhadores que fazem a jornada legal prevista no artigo 7º, inciso
XIII da Constituição Federal, a compensação de jornada denominada
“banco de horas” sem a remuneração de horas suplementares e observada
a soma das jornadas semanais de trabalho previstas, será legalmente
possível, desde que mediante
(A) acordo individual, observado o período máximo de um mês e não seja
ultrapassado o limite máximo de 12 horas diárias.
(B) acordo judicial, observado o período máximo de um ano e não seja
ultrapassado o limite máximo de 12 horas diárias.
(C) acordo individual, observado o período máximo de seis meses e não
seja ultrapassado o limite máximo de 8 horas diárias.
(D) acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva de trabalho,
observado o período máximo de dois anos e não seja ultrapassado o limite
máximo de 10 horas diárias.
(E) convenção coletiva de trabalho ou acordo coletivo de trabalho,
00000000000

observado o período máximo de um ano e não ultrapasse o limite máximo


de 10 horas diárias.
Comentários
Gabarito (E). O banco de horas é a possibilidade de compensação de jornada
que extrapola o período de uma semana. Para que haja banco de horas (período
máximo de um ano) é necessária previsão em negociação coletiva de trabalho:
CLT, art. 59, § 2º Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por
força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em
um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de
maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das
jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite
máximo de dez horas diárias.

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Para gravar, as principais diferenças do banco de horas para o acordo de


prorrogação são as seguintes:

Compensação de jornada

Acordo de prorrogação de
Banco de horas
jornada

Compensação intrassemanal (dentro Compensação que ultrapassa o


da semana) módulo semanal

Sua validade demanda acordo


Sua validade demanda previsão
escrito entre empregador e
em negociação coletiva
empregado

5. Cespe/TRT8 – Técnico Judiciário – Área Administrativa -


2016
Acerca da jornada de trabalho, assinale a opção correta.
(A) É facultado ao empregador reduzir unilateralmente a jornada de
trabalho.
(B) Não se admite pagamento diferenciado de salário a empregados com a
mesma função, e jornadas de trabalho distintas.
(C) Mesmo que previsto em contrato, a jornada de trabalho do empregado
privado não poderá exceder as oito horas diárias.
(D) Caso o empregador forneça a condução, o tempo de deslocamento até
o local de trabalho pode ser contado como período de expediente.
(E) São admitidas variações de até trinta minutos no registro de ponto, sem
prejuízo ao salário e ao pagamento de horas extras, observado o limite
diário de quarenta e cinco minutos.00000000000

Comentários
Gabarito (D). Trata-se da jornada in itinere, tratada no art. 58, § 2º, da CLT, e
na SUM-90 do TST.
A alternativa (A) está incorreta, já que não há previsão para redução unilateral
da jornada de trabalho.
A alternativa (B) está incorreta, já que, por exemplo, no caso de jornada de
trabalho noturna, haverá, por força da CF e da CLT, o pagamento de um adicional.
Caso os trabalhadores noturnos tenham a mesma função dos diurnos, eles irão
receber a mais que estes.
A alternativa (C) está incorreta. É possível haver compensação de jornada e
esta extrapolar as 8 horas diárias. É possível, também, no caso dos empregados

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citados no art. 62 da CLT (desempenham atividade externa e gerentes), que a


jornada extrapole as 8 horas diárias, mas, como não é mensurada, nem se
registre isto. É possível, em alguns casos, a jornada de 12 horas de trabalho (por
36 de descanso). E é possível, ainda, a realização de horas extras, de modo que
a jornada irá ultrapassar as 8 horas diárias.
A alternativa (E) está incorreta, pois, conforme o art. 58, § 1º, da CLT e a
SUM-366, as variações, para não serem computadas, devem ser de até 5 minutos
e, no dia, de 10 minutos:
CLT, art. 58, § 1º Não serão descontadas nem computadas como jornada
extraordinária as variações de horário no registro de ponto não
excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez
minutos diários.

6. CESPE/TRT8 – Analista Judiciário – Área Judiciária OJAF -


2016
Considerando a jurisprudência pacificada do TST, assinale a opção correta.
(A) Não devem ser descontadas nem computadas como jornada
extraordinária as variações de horário do registro de ponto não excedentes
de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários;
ultrapassado esse limite, será considerada como extra a totalidade do
tempo que exceder a jornada normal.
(B) No caso de cumprimento integral da jornada noturna, com prorrogação
até o período diurno, o adicional noturno não será devido quanto às horas
prorrogadas.
(C) A compensação de jornada de trabalho se dá por meio do chamado
banco de horas e deve ser ajustada por acordo individual escrito, acordo
coletivo ou convenção coletiva, sob pena de nulidade.
(D) Por se tratar de um instituto próprio e com regras específicas, as horas
in itinere são computáveis na jornada de trabalho, sendo o tempo que
extrapola a jornada legal pago com adicional de 25% mensal estabelecido,
e não com o adicional de horas extras previsto na CF.
00000000000

(E) O repouso semanal remunerado concedido após o sétimo dia


consecutivo de trabalho deve ser pago com o adicional de 50%
constitucional.
Comentários
Gabarito (A), conforme SUM-366 do TST:
Súmula nº 366 do TST
Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as
variações de horário do registro de ponto não excedentes de 5 minutos,
observado o limite máximo de 10 minutos diários. Se ultrapassado
esse limite, será considerada como extra a totalidade do tempo que
exceder a jornada normal, pois configurado o tempo à disposição do

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empregador, não importando as atividades desenvolvidas pelo empregado


ao longo do tempo residual (troca de uniforme, lanche, higiene pessoal,
etc.).
A alternativa (B) está incorreta. Se a jornada noturna for prorrogada, o
adicional noturno também irá incidir sobre a jornada prorrogada diurna:
SUM-60, II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e
prorrogada esta, devido é também o adicional quanto às horas prorrogadas.
Exegese do art. 73, § 5º, da CLT.
A alternativa (C) está incorreta. A compensação pode se dar por meio do
banco de horas (via ACT ou CCT) ou por meio de acordo de prorrogação de
jornada (via acordo individual escrito).
A alternativa (D) está incorreta. As horas in itinere são consideradas como
jornada de trabalho, assim como os demais períodos em que o empregado se
coloca à disposição do empregador:
SUM-90, V - Considerando que as horas "in itinere" são computáveis na
jornada de trabalho, o tempo que extrapola a jornada legal é considerado
como extraordinário e sobre ele deve incidir o adicional respectivo.
A alternativa (E) está incorreta, já que, nessa situação, o pagamento deverá
ser em dobro:
OJ-SDI1-410 REPOUSO SEMANAL REMUNERADO. CONCESSÃO APÓS O
SÉTIMO DIA CONSECUTIVO DE TRABALHO. ART. 7º, XV, DA CF. VIOLAÇÃO.
Viola o art. 7º, XV, da CF a concessão de repouso semanal remunerado após o
sétimo dia consecutivo de trabalho, importando no seu pagamento em dobro.

7. FCC/TRT3 – Analista Judiciário – Avaliador Federal - 2015


Em relação à limitação da jornada de trabalho,
(A) serão computadas como jornada extraordinária as variações de horário
no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite
máximo de dez minutos diários.
(B) o tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o
00000000000

seu retorno, por qualquer meio de transporte, não será, em qualquer


hipótese, computado na jornada de trabalho.
(C) em face do princípio da igualdade, não há distinção entre os
funcionários que exercem função operacional e os funcionários que
exercem função de gestão (chefes de departamento ou filial), no que se
refere ao direito ao recebimento de horas extraordinárias.
(D) para as microempresas e empresas de pequeno porte, em caso de
transporte fornecido pelo empregador, em local de difícil acesso ou não
servido por transporte público, poderão ser fixados, por meio de acordo ou
convenção coletiva, o tempo médio despendido pelo empregado, bem como
a forma e a natureza da remuneração.

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(E) a duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas


suplementares, em número não excedente de duas horas diárias, desde
que haja previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho.

Comentários
Gabarito (D), visto que a CLT permite que haja um controle diferenciado para
as microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP):
CLT, art.58, § 3º Poderão ser fixados, para as microempresas e empresas
de pequeno porte, por meio de acordo ou convenção coletiva, em caso de
transporte fornecido pelo empregador, em local de difícil acesso ou não
servido por transporte público, o tempo médio despendido pelo
empregado, bem como a forma e a natureza da remuneração.
A alternativa A está incorreta porque, como não é possível que todos registrem
simultaneamente o ponto (e a maioria chega à empresa no mesmo horário), e
considerando a prática jurisprudencial, foi inserida na CLT regra que permite
desconsiderar pequenas variações no ponto do empregado, qual seja:
CLT, art. 58, § 1º Não serão descontadas nem computadas como jornada
extraordinária as variações de horário no registro de ponto não
excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez
minutos diários.
Portanto, as variações dentro deste limite não são consideradas jornada
extraordinária, ao contrário do que diz a questão.
Por sua vez, a alternativa B está incorreta porque ignorou a exceção prevista
no final do §2º abaixo, que trata justamente do tempo in itinere:
CLT, art. 58, § 2º O tempo despendido pelo empregado até o local de
trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, não será
computado na jornada de trabalho, salvo quando, tratando-se de local de
difícil acesso ou não servido por transporte público, o empregador fornecer
a condução.
00000000000

A alternativa C está incorreta porque os funcionários que exercem função de


gestão (chefes de departamento ou filial) não têm direito ao recebimento de
horas extras, caso não seja exercido controle sobre els:
CLT, art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo [Da
Duração do Trabalho]:
(..)
II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão,
aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores
e chefes de departamento ou filial8.

8
Além do encargo de gestão a CLT também exige a percepção de gratificação de função não inferior
a 40%, como estudado anteriormente.

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Por fim, a alternativa E está incorreta porque omitiu a possibilidade de ajuste


de horas extras mediante acordo escrito entre empregado e empregador:
CLT, art. 59 - A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas
suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante
acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato
coletivo de trabalho.
8. FCC/TRT4 – Analista Judiciário – Avaliador Federal - 2015
Dentre as normas gerais de tutela do trabalho encontramos na
Consolidação das Leis do Trabalho regras que disciplinam a duração
de trabalho, os períodos de descanso e intervalos e o trabalho noturno.
Sobre esse tema:
(A) não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária
as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco
minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários.
(B) o tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o
seu retorno, não será computado na jornada de trabalho, mesmo quando,
tratando-se de local de difícil acesso ou não servido por transporte público,
o empregador fornecer a condução.
(C) entre duas jornadas de trabalho haverá um período mínimo de oito
horas consecutivas para descanso do trabalhador.
(D) em qualquer trabalho contínuo que não exceder de 6 (seis) horas
diárias, mas ultrapassar quatro horas diárias, será obrigatório um intervalo
de trinta minutos.
(E) considera-se noturno, para o trabalhador urbano, o trabalho executado
entre as vinte e uma horas de um dia e às seis horas do dia seguinte.
Comentários
Gabarito (A), conforme art. 58 da CLT:
CLT, art. 58, § 1º Não serão descontadas nem computadas como jornada
extraordinária as variações de horário no registro de ponto não
excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez
minutos diários. 00000000000

A letra B está errada já que o examinador trocou o “salvo” por um “mesmo


quando” do dispositivo abaixo sobre jornada in itinere:
CLT, art. 58, § 2º O tempo despendido pelo empregado até o local de
trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, não
será computado na jornada de trabalho, salvo quando, tratando-se de local
de difícil acesso ou não servido por transporte público, o empregador
fornecer a condução.
A letra C está incorreta, pois o intervalo interjornadas é de 11 horas.

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A letra D está errada, pois, nessa hipótese, o intervalo obrigatório é de 15


minutos:

Jornada Intervalo intrajornada

Não há obrigatoriedade de concessão de intervalo


Igual ou inferior a 04 horas
intrajornada
Maior que 04 horas e igual ou inferior a
Intervalo de 15 minutos
06 horas

Superior a 06 horas Intervalo de 1 a 2 horas

Por fim, a letra E peca ao citar os limites do horário noturno para o trabalhador
urbano, já que este é, na verdade, das 22 hs às 05 hs do dia seguinte.

9. FCC/TRT2 – Técnico Judiciário – Área Administrativa -


2014
O conceito de turnos ininterruptos de revezamento diz respeito ao tipo de
jornada a que se submete o empregado, caracterizando-se pela alternância
periódica de horários em que a referida jornada é prestada. Visando
compensar os prejuízos ao trabalhador decorrente dessa modalidade de
jornada, o constituinte estabeleceu jornada especial de trabalho de
(A) seis horas diárias em uma semana e oito horas diárias na outra semana,
de forma alternada.
(B) oito horas diárias e quarenta horas semanais.
(C) seis horas diárias, salvo negociação coletiva.
(D) oito horas diárias, salvo negociação coletiva.
(E) seis horas diárias e trinta horas semanais.
Comentários
Gabarito (C). Questão sem grandes dificuldades, cobrando a literalidade dos
dispositivos constitucionais relacionados ao trabalhador.
Segundo o art. 7º, inciso XIV, da Constituição Federal, são direitos dos
00000000000

trabalhadores (urbanos e rurais):


XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos
ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;

10. FCC/TRT18 – Técnico Judiciário – Área Administrativa -


2013
Em relação à duração do trabalho, aos períodos de descanso e ao trabalho
noturno, conforme legislação trabalhista aplicável, é correto afirmar:
(A) A hora do trabalho noturno para o trabalho realizado nas cidades será
computada como de 50 minutos.

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(B) As variações de horário no registro de ponto não excedentes de dez


minutos, observado o limite máximo de quinze minutos diários, não serão
descontadas nem computadas como jornada extraordinária.
(C) O intervalo mínimo para refeição e descanso será de dez minutos
quando o trabalho for executado entre duas horas e até seis horas diárias.
(D) O horário noturno para o trabalhador urbano é aquele executado entre
as vinte e quatro horas de um dia e seis horas do dia seguinte.
(E) A duração normal do trabalho é de oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação e a redução da jornada, mediante
acordo ou convenção coletiva de trabalho.
Comentários
Gabarito (E). A alternativa trata da hora ficta noturna, que é de 52º30’, de
acordo com a previsão celetista:
CLT, art. 73, § 1º A hora do trabalho noturno será computada como de 52
minutos e 30 segundos.
O adicional mínimo de hora noturna (para urbanos) é de 20%, sendo esta das
22h00min às 05h00min:
CLT, art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal 9, o
trabalho noturno terá remuneração superior a do diurno e, para esse efeito,
sua remuneração terá um acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo
menos, sobre a hora diurna.

CLT, art. 73, § 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o


trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia
seguinte.
Quanto ao intervalo intrajornada, temos:
CLT, art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6
(seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou
alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo
00000000000

escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas)


horas.
§ 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto,
obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração
ultrapassar 4 (quatro) horas.

Segue a tabela que consolida as regras:

9
Restrição não recepcionada pela CF/88.

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Jornada Intervalo intrajornada


Não há obrigatoriedade de concessão
Igual ou inferior a 04 horas
de intervalo intrajornada
Maior que 04 horas e igual ou
Intervalo de 15 minutos
inferior a 06 horas
Superior a 06 horas Intervalo de 1 a 2 horas
Quanto às variações de horário no cartão de ponto:
CLT, art. 58, § 1º Não serão descontadas nem computadas como jornada
extraordinária as variações de horário no registro de ponto não
excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez
minutos diários.
Por fim a assertiva (E) é a literalidade do inciso XIII do art. 7º da CF/88.

11. FCC/TRT9 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2013


Com fundamento nas disposições celetistas sobre jornada extraordinária e
jornada noturna, é correto afirmar:
(A) Nos horários mistos, assim entendidos os que abrangem períodos
diurnos e noturnos, em relação às horas trabalhadas no período
considerado noturno aplica-se a redução da hora e deve ser pago o
respectivo adicional.
(B) Os empregados sob o regime de tempo parcial poderão prestar horas
extras, desde que autorizados expressamente pelo sindicato.
(C) O adicional noturno equivale a 30% (trinta por cento), pelo menos,
sobre a hora diurna.
(D) Como forma de proteção da saúde e da integridade física dos
trabalhadores, a prorrogação da jornada de trabalho deve ser prevista em
convenção ou acordo coletivo de trabalho.
(E) As horas extras são remuneradas com adicional de, no mínimo, 25%
(vinte e cinco por cento) sobre o valor da hora normal de trabalho.
00000000000

Comentários
Gabarito (A), consoante previsão celetista:
CLT, art. 73, § 4º Nos horários mistos, assim entendidos os que abrangem
períodos diurnos e noturnos, aplica-se às horas de trabalho noturno o
disposto neste artigo e seus parágrafos.
Tal artigo prevê o adicional de hora noturna, a hora ficta noturna (52’30’’) e o
período que se considera noturno - para os empregados em geral, das 22h00min
às 05h00min.

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A alternativa (B) está incorreta porque empregados contratados a tempo


parcial10 não podem prestar horas extras:
CLT, art. 59, § 4º Os empregados sob o regime de tempo parcial não
poderão prestar horas extras.
O adicional noturno mínimo é de 20%, e por isso a alternativa (C) está incorreta:
CLT, art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal 11, o
trabalho noturno terá remuneração superior a do diurno e, para esse efeito,
sua remuneração terá um acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo
menos, sobre a hora diurna12.
Já a alternativa (D) está incorreta porque não se exige previsão em
negociação coletiva para viabilizar a prestação de horas extraordinárias:
CLT, art. 59 - A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas
suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante acordo
escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de
trabalho.
Por fim, a alternativa (E) errou no percentual mínimo do adicional:
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de
outros que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em
cinqüenta por cento à do normal;

12. FCC/TRT12 – Técnico Judiciário – Área Administrativa -


2013
Analisando as normas da legislação trabalhista quanto à duração do
trabalho, jornadas de trabalho e períodos de descanso,
(A) a duração do trabalho normal não será superior a oito horas diárias e
quarenta horas semanais, facultada a compensação e a redução de jornada.
00000000000

(B) não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária


as variações de horário no registro de ponto não excedentes de dez
minutos, observado o limite máximo de quinze minutos diários.
(C) entre duas jornadas de trabalho diário haverá um período mínimo de
onze horas consecutivas para descanso, além de um descanso semanal
remunerado de vinte e quatro horas consecutivas, preferencialmente, aos
domingos.

10
CLT, art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a
vinte e cinco horas semanais.
11
Tal restrição ao alcance do direito ao adicional noturno não foi recepcionada pela Constituição Federal.
12
Para os rurais o adicional é de 25%, conforme previsto na Lei do Trabalho Rural (Lei 5.889/73).

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(D) a duração normal do trabalho diário poderá ser acrescida de horas


suplementares, em número não excedente de quatro, mediante acordo
escrito, individual ou coletivo.
(E) em qualquer trabalho contínuo cuja duração ultrapassar de quatro horas
e não exceder de seis horas ao dia, será obrigatório um intervalo de vinte
minutos para refeição e descanso.
Comentários
Gabarito (C), conforme previsões da CLT e CF/88:
CLT, art. 66 - Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período
mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para descanso.

CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de


outros que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
A alternativa (A) está incorreta porque o módulo semanal dos empregados
celetistas é de 44 horas, e não 40:
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de
outros que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e
quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a
redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
Já a alternativa (B) distorceu a redação do art. 58, § 1º da CLT:
CLT, art. 58, § 1º Não serão descontadas nem computadas como jornada
extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes
de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários.
A alternativa (D) está incorreta porque o limite máximo da sobrejornada e de
00000000000

2 horas, e não 4:
CLT, art. 59 - A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas
suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante acordo
escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de
trabalho.
A alternativa (E) errou ao sugerir que o intervalo, no caso, seria de 20 minutos:
CLT, art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6
(seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou
alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo
escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas)
horas.

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§ 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto,


obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração
ultrapassar 4 (quatro) horas.

13. FCC/TRT12 – Técnico Judiciário – Área Administrativa -


2013
As normas trabalhistas regulamentam o trabalho noturno e as horas
extraordinárias. Segundo tais normas,
(A) a hora do trabalho noturno para o trabalhador urbano será computada
como de cinquenta e dois minutos e trinta segundos.
(B) a remuneração da hora extraordinária ou suplementar, que será, pelo
menos, 20% (vinte por cento) superior à da hora normal.
(C) os gerentes que exercem cargos de gestão, bem como os diretores e
chefes de departamento ou filial também estão sujeitos ao regime de
duração do trabalho, recebendo pelo trabalho extraordinário superior a 10
horas por dia.
(D) o trabalho noturno urbano será considerado como aquele que é
executado entre às vinte e três horas de um dia e às seis horas do dia
seguinte.
(E) o trabalho noturno terá remuneração superior à do diurno e, para esse
efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 50% (cinquenta por cento),
pelo menos, sobre a hora diurna.
Comentários
Gabarito (A), que trouxe a regra da hora ficta noturna:
CLT, art. 73, § 1º A hora do trabalho noturno será computada como de
52 minutos e 30 segundos.
A alternativa (B) está incorreta porque o adicional de hora extra é de no
mínimo 50%:
00000000000

CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de


outros que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em
cinqüenta por cento à do normal;
A alternativa (C) está incorreta porque, em regra, os gerentes não são
abrangidos pelo controle de jornada:
CLT, art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo [Da
Duração do Trabalho]:

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I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com a


fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na
Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados;
II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão,
aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores
e chefes de departamento ou filial13.
O mencionado capítulo da CLT (Capítulo II - Da Duração do Trabalho) trata da
jornada de trabalho, descanso, intrajornada, descanso interjornadas e trabalho
noturno.
As incorreções das alternativas (D) e (E) são comentadas abaixo.
Na CLT estipulou-se o percentual mínimo de 20% para o adicional noturno, e
para os rurícolas a Lei 5.889/73 (Lei do Trabalho Rural) estipulou o percentual de
25%.
Quanto aos horários, de fato as regras para o rural também são diferentes.
Abaixo um esquema que consolida as previsões normativas:

Trabalhador urbano (CLT) Trabalhador rural

Horário noturno entre as Horário noturno entre as 21h00min


22h00min de um dia e as de um dia e as 05h00min do dia
05h00min do dia seguinte seguinte (lavoura)

Horário noturno entre as 20h00min


de um dia e as 04h00min do dia
seguinte (pecuária)

00000000000

Hora ficta noturna de 52 minutos Não possui direito a hora ficta


e 30 segundos noturna

Adicional noturno de 20% Adicional noturno de 25%

14. FCC/TRT12 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2013

13
Além do encargo de gestão a CLT também exige a percepção de gratificação de função não inferior
a 40%, como estudado anteriormente.

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Hércules trabalha na empresa "Semideuses Produções Ltda.", cumprindo


jornada legal de oito horas por dia. Ele gasta vinte minutos para se deslocar
de sua residência até o local de trabalho e o mesmo tempo para o seu
retorno, utilizando ônibus fretado pago pela empresa, embora pudesse
utilizar transporte público coletivo para fazer o trajeto, diante da
proximidade da empresa e de sua casa do ponto de ônibus. Nessa situação,
conforme norma legal,
(A) somente em caso de previsão em cláusula de acordo ou convenção
coletiva é que o tempo de trajeto e o seu retorno será computado na
jornada de trabalho.
(B) será computado na jornada de trabalho o tempo gasto no deslocamento
e para seu retorno visto que foi excedente de cinco minutos, observado o
limite máximo de dez minutos diários.
(C) diante do fornecimento da condução pelo empregador, o período de
deslocamento será computado na jornada de trabalho, ainda que haja a
possibilidade de utilização de transporte público.
(D) o tempo de deslocamento da residência ao local de trabalho e o seu
retorno será considerado na jornada de trabalho do empregado, visto que
não ultrapassa 30 minutos.
(E) o tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o
seu retorno, não será computado na jornada de trabalho.
Comentários
Gabarito (E), pois não será o caso de horas in itinere.
CLT, art. 58, § 2º O tempo despendido pelo empregado até o local de
trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, não será
computado na jornada de trabalho, salvo quando, tratando-se de local de
difícil acesso ou não servido por transporte público, o empregador fornecer
a condução.
Assim, duas condições devem ser obedecidas para o reconhecimento das horas
in itinere: 00000000000

Local de trabalho é de difícil acesso ou


não servido por transporte público

e Horas in itinere

O empregador fornece a condução

A primeira condição não foi atendida, pois o enunciado mencionou que havia
condução do empregador "embora pudesse utilizar transporte público coletivo
para fazer o trajeto, diante da proximidade da empresa e de sua casa do ponto
de ônibus”.

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15. FCC/TRT1 – Analista Judiciário – Área Execução de


Mandados - 2013
Considerando as normas da CLT e o entendimento sumulado do TST, é
correto afirmar:
(A) A remuneração do trabalho noturno terá um acréscimo de trinta por
cento, pelo menos, sobre a hora diurna.
(B) Para os estabelecimentos com mais de quinze empregados é obrigatório
o controle de jornada de trabalho.
(C) Considera-se trabalho noturno o executado entre às vinte e duas horas
de um dia e às quatro horas do dia seguinte.
(D) Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada
esta, devido é também o adicional quanto às horas prorrogadas.
(E) O empregado transferido para o período diurno de trabalho não pode
deixar de receber o adicional noturno, sob pena de redução salarial.
Comentários
Gabarito (D), com fundamento na Súmula 60 do TST:
SUM-60 ADICIONAL NOTURNO. INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO E
PRORROGAÇÃO EM HORÁRIO DIURNO
I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do
empregado para todos os efeitos.
II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada
esta, devido é também o adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese
do art. 73, § 5º, da CLT14.
O adicional mínimo de hora noturna (para urbanos) é de 20%, sendo esta das
22h00min às 05h00min:
CLT, art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal 15, o
trabalho noturno terá remuneração superior a do diurno e, para esse efeito,
sua remuneração terá um acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo
00000000000

menos, sobre a hora diurna.


CLT, art. 73, § 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o
trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia
seguinte.
Relembrando as regras de labor noturno de urbanos e rurais:
Trabalhador urbano (CLT) Trabalhador rural

14 CLT, art. 73, § 5º Às prorrogações do trabalho noturno aplica-se o disposto neste


capítulo [Do Trabalho Noturno].
15
Restrição não recepcionada pela CF/88.

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Horário noturno entre as 22h00min Horário noturno entre as 21h00min


de um dia e as 05h00min do dia de um dia e as 05h00min do dia
seguinte seguinte (lavoura)

Horário noturno entre as 20h00min


de um dia e as 04h00min do dia
seguinte (pecuária)

Hora ficta noturna de 52 minutos e Não possui direito a hora ficta


30 segundos noturna

Adicional noturno de 20% Adicional noturno de 25%

O controle de jornada mencionado na alternativa (B) é obrigatório quando o


estabelecimento possua mais de 10 empregados:
CLT, art. 74, § 2º - Para os estabelecimentos de mais de dez trabalhadores
será obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, em registro
manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas
pelo Ministério do Trabalho, devendo haver pré-assinalação do período de
repouso.
A alternativa (E), por sua vez, está incorreta tendo em vista a natureza de
salário-condição do adicional noturno: se o labor deixou de ser prestado em
condição mais gravosa, o direito ao adicional será prejudicado:
SUM-265 ADICIONAL NOTURNO. ALTERAÇÃO DE TURNO DE TRABALHO.
POSSIBILIDADE DE SUPRESSÃO
A transferência para o período diurno de trabalho implica a perda do direito
ao adicional noturno.

16. FCC/TRT5 – Analista Judiciário – Área Administrativa -


00000000000

2013
Conforme normas contidas na Constituição Federal e na Consolidação das
Leis do Trabalho,
(A) é considerado trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração
não exceda a 30 horas semanais.
(B) a duração normal do trabalho poderá ser acrescida por até quatro horas
suplementares por dia, mediante acordo verbal ou escrito entre empregado
e empregador.
(C) os empregados sob o regime de tempo parcial poderão prestar até duas
horas extras por dia, desde que haja ajuste por meio de norma coletiva.

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(D) a hora do trabalho noturno urbano será computada como de 52 minutos


e 30 segundos.
(E) as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco
minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários, serão
descontadas, bem como computadas como jornada extraordinária.
Comentários
Gabarito (D). A alternativa trata da hora ficta noturna, que é de 52º30’, de
acordo com a previsão celetista:
CLT, art. 73, § 1º A hora do trabalho noturno será computada como de 52
minutos e 30 segundos.
Trabalhador a tempo parcial, citado na alternativa (A), é aquele que labora até
25 horas semanais:
CLT, art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele
cuja duração não exceda a vinte e cinco horas semanais.
Já a jornada extraordinária, mencionada na alternativa (B), representa um
acréscimo de até 2, e não 4 horas na jornada normal:
CLT, art. 59 - A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas
suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante acordo
escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de
trabalho.
Retomando a situação peculiar dos empregados contratados a tempo parcial,
diferente do que a alternativa (D) sugeriu, a CLT proíbe a prestação de horas
extras pelos empregados contratados a tempo parcial:
CLT, art. 59, § 4º Os empregados sob o regime de tempo parcial não
poderão prestar horas extras.
Por fim, os acréscimos de supressões citados na alternativa (E) não são
computados nem descontados da jornada:
CLT, art. 58, § 1º Não serão descontadas nem computadas como jornada
extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes
00000000000

de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários.

17. FCC/TRT1 – Técnico Judiciário – Área Administrativa -


2013
Conforme normas legais vigentes, o adicional
(A) noturno equivale a vinte por cento, no mínimo, sobre o valor do salário
mínimo.
(B) de horas extras equivale a vinte e cinco por cento sobre o valor da hora
normal, de acordo com a Constituição Federal.

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(C) de horas extras incorpora-se ao salário após um ano de pagamento


habitual, de acordo com a Constituição Federal.
(D) noturno equivale a cinquenta por cento, pelo menos, sobre o valor da
hora diurna.
(E) noturno equivale a vinte por cento, pelo menos, sobre o valor da hora
diurna.
Comentários
Gabarito (E), sendo este percentual definido pela CLT:
CLT, art. 73. (...), o trabalho noturno terá remuneração superior a do diurno
e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20% (vinte
por cento), pelo menos, sobre a hora diurna.
A Lei do Trabalho Rural estipulou adicional mínimo de 25% para os rurícolas,
mas a questão não entrou neste mérito.

18. FCC/TRT11 – Técnico Judiciário – Área Administrativa -


2012
De acordo com previsão da Constituição Federal brasileira e da CLT, em
relação à duração do trabalho é correto afirmar que
(A) a duração do trabalho normal não poderá ser superior a 8 horas diárias
e 40 horas semanais, não sendo facultada a compensação de horários.
(B) a duração do trabalho normal não poderá ser superior a 8 horas diárias
e 48 horas semanais, sendo facultada a compensação de horários.
(C) será considerado trabalho noturno para o trabalhador urbano aquele
executado entre às 22 horas de um dia e às 5 horas do dia seguinte.
(D) será considerado horário noturno para o trabalhador urbano aquele
executado entre às 21 horas de um dia e às 4 horas do dia seguinte.
(E) para a jornada diária de trabalho contínuo superior a 4 horas e não
excedente a 6 horas o intervalo obrigatório será de, no mínimo, uma hora
00000000000

e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá


exceder de duas horas.
Comentários
Gabarito (C), com fundamento no artigo 73, § 2º da CLT:
CLT, art. 73, § 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o
trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia
seguinte.

As alternativas (A) e (B) estão incorretas porque o módulo semanal padrão


é de 44 horas, conforme definido em nossa Constituição Federal:

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CF,88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de


outros que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e
quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a
redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
Na alternativa (D) sugeriu-se horário noturno inexistente. As regras para o
horário noturno no meio rural são diferenciadas. Vamos relembrar a diferenciação
que existe entre o que se considera noturno de acordo com o trabalhador ser
urbano (regido pela CLT) ou rural:
Lei 5.889/73, art. 7º - Para os efeitos desta Lei, considera-se trabalho
noturno o executado entre as vinte e uma horas de um dia e as cinco horas
do dia seguinte, na lavoura, e entre as vinte horas de um dia e as quatro
horas do dia seguinte, na atividade pecuária.
Segue abaixo o esquema com as diferenças:

Trabalhador urbano (CLT) Trabalhador rural

Horário noturno entre as Horário noturno entre as


22h00min de um dia e as 21h00min de um dia e as
05h00min do dia seguinte 05h00min do dia seguinte
(lavoura)

Horário noturno entre as


20h00min de um dia e as
04h00min do dia seguinte
(pecuária)
00000000000

Hora ficta noturna de 52 minutos Não possui direito a hora ficta


e 30 segundos noturna

Adicional noturno de 20% Adicional noturno de 25%

Já a alternativa (E) está incorreta porque o intervalo intrajornada, no caso


citado, é de 15 minutos. Relembrando:
CLT, art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6
(seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou

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alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo


escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas)
horas.
§ 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto,
obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração
ultrapassar 4 (quatro) horas.
Assim, temos 3 situações:

Jornada Intervalo intrajornada

Não há obrigatoriedade de
Igual ou inferior a 04 horas concessão de intervalo
intrajornada

Maior que 04 horas e igual ou inferior


Intervalo de 15 minutos
a 06 horas

Superior a 06 horas Intervalo de 1 a 2 horas

4.2 – Jornadas especiais de trabalho

19. FCC/TRT9 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2015


Considerando que Carlito foi contratado como técnico em energia de
potência pela empresa Raio de Luz Eletricidade Industrial Ltda.,
inicialmente para cumprimento de uma jornada de 8 horas diárias e 44
horas semanais, e teve sua jornada validamente alterada para 25 horas na
semana, ele
(A) poderá converter 1/3 do seu período de férias a que tiver direito em
abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias
correspondentes. 00000000000

(B) terá direito a 16 dias de férias, sendo que, se tiver mais de sete faltas
injustificadas durante o período aquisitivo, terá o período de férias reduzido
à metade.
(C) poderá prestar no máximo 5 horas extras por semana, em razão do
regime de contratação a tempo parcial.
(D) terá direito ao adicional de periculosidade, em percentual inferior ao
legal e proporcional ao tempo de exposição ao risco, desde que tal condição
conste do acordo coletivo de trabalho que autorizou a contratação a tempo
parcial.

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(E) deverá manifestar perante a empresa, na forma prevista em


instrumento decorrente de negociação coletiva, sua opção para adoção do
regime de tempo parcial.
Comentários
Gabarito (E), conforme CLT, art. 58-A § 2º:
CLT, art. 58-A, § 2º Para os atuais empregados [isto é, aqueles em regime
integral], a adoção do regime de tempo parcial será feita mediante opção
manifestada perante a empresa, na forma prevista em instrumento
decorrente de negociação coletiva.

20. FCC/TRT23 – Analista Judiciário – Área Execução de


Mandados - 2011
Os digitadores
(A) equiparam-se aos trabalhadores nos serviços de mecanografia
(datilografia, escrituração ou cálculo), razão pela qual têm direito a
intervalos de descanso de
10 minutos a cada 90 minutos de trabalho consecutivo.
(B) não se equiparam aos trabalhadores nos serviços de mecanografia
(datilografia, escrituração ou cálculo), tratando-se de categorias distintas
com direitos distintos, não havendo qualquer analogia relacionada aos
períodos de descanso.
(C) equiparam-se aos trabalhadores nos serviços de mecanografia
(datilografia, escrituração ou cálculo), razão pela qual têm direito a
intervalos de descanso de
5 minutos a cada 90 minutos de trabalho consecutivo.
(D) equiparam-se aos trabalhadores nos serviços de mecanografia
(datilografia, escrituração ou cálculo), razão pela qual têm direito a
intervalos de descanso de 15 minutos a cada 120 minutos de trabalho
consecutivo. 00000000000

(E) equiparam-se aos trabalhadores nos serviços de mecanografia


(datilografia, escrituração ou cálculo), razão pela qual têm direito a
intervalos de descanso de
15 minutos a cada 90 minutos de trabalho consecutivo.
Comentários
Gabarito (A), conforme Súmula 346 do TST:
SUM-346 DIGITADOR. INTERVALOS INTRAJORNADA. APLICAÇÃO
ANALÓGICA DO ART. 72 DA CLT
Os digitadores, por aplicação analógica do art. 72 da CLT, equiparam-se
aos trabalhadores nos serviços de mecanografia (datilografia, escrituração

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ou cálculo), razão pela qual têm direito a intervalos de descanso de 10 (dez)


minutos a cada 90 (noventa) de trabalho consecutivo.
A atividade de digitação não existia à época da elaboração da CLT, pois não havia
a utilização generalizada de computadores. Como esta atividade possui efeitos
semelhantes às outras funções citadas na lei (problemas nos tendões em face da
repetitividade da tarefa) a Súmula consolida a aplicação analógica do intervalo
de 10 minutos a cada 90 minutos de trabalho.

4.3 – Jornada extraordinária e Compensação


21. FCC/TRT9 – Analista Judiciário – Avaliador Federal - 2015
A propósito da jornada de trabalho,
(A) os titulares da relação de emprego podem pactuar livremente a sua
duração, desde que observem parâmetros de razoabilidade e
proporcionalidade.
(B) os seus limites legais podem ser alterados pelos contratantes, ainda
que em prejuízo do trabalhador, mas, nesse caso, deverá ele estar assistido
por seu sindicato profissional.
(C) as negociações coletivas podem estabelecer regras relativas à sua
duração, mas a aplicação dessas disposições aos contratos individuais de
trabalho está condicionada à concordância expressa de trabalhadores e
empregadores, sob pena de ineficácia da cláusula normativa
correspondente.
(D) a jornada de trabalho fixada em lei pode ser objeto de prorrogação
mediante ajuste entre empregado e empregador, desde que respeitado o
máximo de duas horas diárias, as quais deverão ser pagas com adicional
mínimo de 50%.
(E) em casos excepcionais, em que a preservação do contrato dependa da
dilação horária sem a remuneração correspondente, pode o trabalhador
renunciar ao crédito resultante desse labor.
00000000000

Comentários
Gabarito (D). Questão praticamente idêntica a uma da ESAF, de 2003, aplicada
na prova de AUDITOR FISCAL DO TRABALHO_MTE.
A alternativa D está correta, conforme art. 59 da CLT:
CLT, art. 59 - A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas
suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante
acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato
coletivo de trabalho.
§ 1º - Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho deverá constar,
obrigatoriamente, a importância da remuneração da hora suplementar, que
será, pelo menos, 20% (vinte por cento) [50%] superior à da hora
normal.

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As alternativas A, B e C estão incorretas, porque as normas de limitação de


jornada e descansos não podem ser alteradas livremente (são normas de ordem
pública): a CF/88 estabeleceu o limite de jornada, que não pode ser ampliado
nem mesmo por negociação coletiva.
CF,88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de
outros que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e
quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a
redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
A alternativa E está incorreta porque, se a lei estabelece que a hora
extraordinária seja remunerada, não se permite que o empregado renuncie ao
valor (princípio da indisponibilidade).

22. FCC/TRT2 – Analista Judiciário – Oficial Avaliador - 2014


Em relação ao trabalho extraordinário, é correto afirmar que
(A) os empregados contratados sob o regime de tempo parcial poderão
prestar horas extras, desde que acordado expressamente com o sindicato
da categoria.
(B) as horas extras decorrentes de força maior ou de serviços inadiáveis
podem ser prestadas, desde que existente acordo de prorrogação de horas
firmado entre empregado e empregador.
(C) o acordo de prorrogação de jornada de trabalho deve ser escrito e
necessariamente celebrado coletivamente, mediante negociação coletiva
de trabalho.
(D) o trabalho em horas extras é permitido aos empregados que trabalham
em atividades insalubres, sendo necessária, porém, licença prévia das
autoridades competentes em matéria de higiene do trabalho.
(E) todo empregado tem direito a um descanso de 15 minutos, no mínimo,
00000000000

antes do início do período extraordinário de serviço em caso de prorrogação


do horário normal de trabalho.
Comentários
Gabarito (D). Vejamos as alternativas uma a uma:
Alternativa (A): Empregados sob o regime de tempo parcial não poderão
prestar horas extras, nem mesmo mediante negociação coletiva (CLT, art. 59, §
4º).
Alternativa (B): O trabalho em jornada extraordinária decorrente de força maior
ou de serviços inadiáveis, por força do art. 61 da CLT, prescinde, ou seja,
independe, de acordo escrito entre empregado e empregador.

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Teoria e Questões
Aula 00 – Prof. Antonio Daud Jr

A doutrina considera que são casos de realização independentemente de acordo.


No caso de sobrejornada decorrente de força maior, até mesmo os empregados
menores realizam horas extras, caso imprescindível seu labor e com o limite de
até a 12ª hora.
Alternativa (C):
CLT, art. 59 - A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas
suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante acordo
escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de
trabalho.
Portanto, por simples acordo escrito entre empregado e empregador, é
possível a realização de horas extraordinárias. Por acordo tácito,
entretanto, não se permite a prática.
Portanto, o que se exige é um acordo escrito, seja individual com o empregado
(acordo empregador-empregado), seja coletivo (via negociação coletiva da qual
decorra acordo ou convenção coletiva de trabalho).
Alternativa (D): A alternativa (D) é a correta, pois está em consonância com
o disposto no art. 60 da CLT:
Art. 60 - Nas atividades insalubres, (..), quaisquer prorrogações só
poderão ser acordadas mediante licença prévia das autoridades
competentes em matéria de higiene do trabalho, as quais, para esse efeito,
procederão aos necessários exames locais (..).
Portanto, jornada extraordinária em atividade insalubre, somente com
autorização prévia do Ministério do Trabalho e Emprego.
Lembremos que, em 2011 a Súmula 349 foi cancelada, de modo que,
atualmente, a necessidade de licença prévia do MTE é regra absoluta, não
excepcionada nem mesmo por acordo ou convenção coletiva.
SUM-349 ACORDO DE COMPENSAÇÃO DE HORÁRIO EM ATIVIDADE
INSALUBRE, CELEBRADO POR ACORDO COLETIVO. VALIDADE
A validade de acordo coletivo ou convenção coletiva de compensação de
jornada de trabalho em atividade insalubre prescinde da inspeção prévia da
00000000000

autoridade competente em matéria de higiene do trabalho (art. 7º, XIII, da


CF/1988; art. 60 da CLT).
Quanto à alternativa (E):
Pela literalidade da CLT, apenas as mulheres e os menores teriam este intervalo
de, no mínimo, 15 minutos antes do início da sobrejornada. Vejamos:
O art. 384 da CLT, inserido no Capítulo III (Da proteção ao trabalho da mulher),
prevê que:
CLT, art. 384 - Em caso de prorrogação do horário normal, será
obrigatório um descanso de 15 (quinze) minutos no mínimo, antes do
início do período extraordinário do trabalho.

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Nos últimos tempos, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou a


constitucionalidade deste artigo (RE 658.312 SC), de modo que não há mais
dúvidas de que a Constituição recepcionou este dispositivo, permanecendo uma
situação diferenciada para as empregadas.
Além disso, o art. 384 acima é também aplicado ao trabalho do menor por
força do art. 413, parágrafo único, da CLT.
Portanto, para fins de concurso, o empregador deve observar intervalo de, no
mínimo, 15 minutos para a prestação de horas extraordinárias pela mulher e
pelos menores.
Assim sendo, não é uma regra aplicável a todo empregado, como pretende dizer
a assertiva.

23. FCC/TRT18 – Analista Judiciário – Oficial Avaliador - 2013


A respeito da duração do trabalho, incluindo períodos de descanso, o labor
noturno e o trabalho extraordinário, a legislação trabalhista prevê que
(A) o adicional a ser pago pelo trabalho extraordinário será de no mínimo
100% sobre a hora normal e o adicional a ser pago pelo trabalho noturno
será de no mínimo 50% sobre a hora diurna.
(B) a duração do trabalho normal não será superior a oito horas diárias e
quarenta horas semanais, facultada a compensação de horas dentro do mês
por decisão do empregador.
(C) as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco
minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários, não serão
descontadas nem computadas como jornada extraordinária.
(D) o período mínimo para o descanso entre duas jornadas de trabalho será
de dez horas consecutivas.
(E) o limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição para o trabalho
contínuo cuja duração exceda seis horas não poderá ser reduzido em
nenhuma hipótese.
00000000000

Comentários
Gabarito (C). Sabemos que, por força constitucional, o adicional horas extras é
de no mínimo 50%, e não 100% como afirmado na letra (A). Como se não
bastasse, o examinador também trocou o percentual do adicional noturno de 20%
(correto) para 50% na questão. Portanto, item errado.
A assertiva (B) começa bem, mas no final afirma que a compensação de horas
dentro do mês depende de decisão do empregador. As principais diferenças para
fins de prova entre as modalidades de compensação de jornada (banco de horas
e acordo de prorrogação de jornada) são as seguintes:

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Acordo de prorrogação de
Banco de horas
jornada

Compensação intrassemanal Compensação que ultrapassa o


(dentro da semana) módulo semanal

Sua validade demanda acordo


Sua validade demanda previsão
escrito entre empregador e
em negociação coletiva
empregado

Portanto, verificamos que a compensação referida na assertiva diz respeito à


compensação que ultrapassa o módulo semanal (banco de horas), a qual depende
de negociação coletiva, e não de decisão do empregador apenas. Veja a Súmula
85 do TST:
SUM-85 COMPENSAÇÃO DE JORNADA
I. A compensação de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo
individual escrito, acordo coletivo ou convenção coletiva.
II. O acordo individual para compensação de horas é válido, salvo se houver
norma coletiva em sentido contrário.
III. O mero não atendimento das exigências legais para a compensação de
jornada, inclusive quando encetada mediante acordo tácito, não implica a
repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária, se
não dilatada a jornada máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo
adicional.
IV. A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de
00000000000

compensação de jornada. Nesta hipótese, as horas que ultrapassarem a


jornada semanal normal deverão ser pagas como horas extraordinárias e,
quanto àquelas destinadas à compensação, deverá ser pago a mais apenas
o adicional por trabalho extraordinário.
V. As disposições contidas nesta súmula não se aplicam ao regime
compensatório na modalidade banco de horas, que somente pode ser
instituído por negociação coletiva.
VI - Não é válido acordo de compensação de jornada em atividade
insalubre, ainda que estipulado em norma coletiva, sem a necessária
inspeção prévia e permissão da autoridade competente, na forma do art.
60 da CLT.

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A assertiva (C), correta, retrata justamente o dispositivo transcrito no


comentário da questão anterior:
CLT, art. 58, § 1º Não serão descontadas nem computadas como jornada
extraordinária as variações de horário no registro de ponto não
excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez
minutos diários.
A letra (D) está incorreta, pois o intervalo interjornadas é de onze horas
consecutivas, e não de dez.
CLT, art. 66 - Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período
mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para descanso.
Por fim, a letra (E) aborda a possibilidade de se reduzir o intervalo mínimo de
uma hora, para jornadas superiores a seis horas diárias, desde que seja feita por
autorização do Ministério do Trabalho e Emprego.
Quando a empresa interessada demonstrar que atende integralmente às
exigências de organização de refeitórios, ela pode solicitar ao MTE autorização
para reduzir o limite mínimo de 1 hora do intervalo intrajornada:
CLT, art. 71, § 3º O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição
poderá ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio,
quando ouvido o Serviço de Alimentação de Previdência Social, se verificar
que o estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à
organização dos refeitórios, e quando os respectivos empregados não
estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares.

24. CESPE/TRT8 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2013


Acerca do entendimento jurisprudencial do TST sobre a duração do
trabalho, assinale a opção correta.
(A) As horas extras habituais incorporam-se à remuneração do empregado
para fins de gratificação natalina e repouso semanal remunerado.
(B) No regime de revezamento, as horas trabalhadas em seguida ao
repouso semanal de vinte e quatro horas, com prejuízo do intervalo mínimo
00000000000

de onze horas consecutivas para descanso entre jornadas, não são


remuneradas como extraordinárias.
(C) A concessão, pelo empregador, de intervalos na jornada de trabalho
não previstos em lei não representa tempo à disposição da empresa e,
consequentemente, não deve ser considerada serviço extraordinário.
(D) A mera incompatibilidade entre os horários de início e término da
jornada do empregado e os do transporte público regular é circunstância
que não gera direito às horas in itinere.
(E) A compensação de jornada de trabalho somente é válida se ajustada
por acordo coletivo ou convenção coletiva de trabalho, sendo vedado
acordo individual escrito para tal fim.

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Comentários
Gabarito (A). A questão cobra posicionamentos do TST acerca da realização de
horas extras, intervalos e duração do trabalho.
As horas extras habitualmente prestadas incorporam-se sim à gratificação
natalina (Súmula 45) e ao DSR (Súmula 172). Vejamos:
SUM-172 REPOUSO REMUNERADO. HORAS EXTRAS. CÁLCULO
Computam-se no cálculo do repouso remunerado as horas extras
habitualmente prestadas.

SUM-45 SERVIÇO SUPLEMENTAR


A remuneração do serviço suplementar, habitualmente prestado, integra o
cálculo da gratificação natalina prevista na Lei nº 4.090, de 13.07.196216.
A letra (B) está incorreta, pois quando há prejuízo do intervalo interjornadas
(mínimo de 11 horas), estas horas devem ser remuneradas como extraordinária.
Vejamos a OJ relacionada:
OJ-SDI1-355 INTERVALO INTERJORNADAS. INOBSERVÂNCIA. HORAS
EXTRAS. PERÍODO PAGO COMO SOBREJORNADA. ART. 66 DA CLT.
APLICAÇÃO ANALÓGICA DO § 4º DO ART. 71 DA CLT
O desrespeito ao intervalo mínimo interjornadas previsto no art. 66 da CLT
acarreta, por analogia, os mesmos efeitos previstos no § 4º do art. 71 da
CLT e na Súmula nº 110 do TST, devendo-se pagar a integralidade das
horas que foram subtraídas do intervalo, acrescidas do respectivo adicional.
Já para a letra (C), devemos lembrar que é considerado tempo à disposição do
empregador a concessão de intervalo não previsto em lei como, por exemplo,
um intervalo para lanche de 15 minutos aos que laboram 8 horas por dia.
Neste período o empregador não trabalha, mas como o intervalo foi concedido
pelo empregador sem previsão em lei, é um tempo considerado à disposição do
empregador. Assim sendo, ele é considerado na jornada e também considerado
00000000000

como serviço extraordinário, caso a jornada do dia extrapole a jornada legal.


Cuidado para não confundir os conceitos: os intervalos legais, como para almoço,
têm previsão legal e por isso não são considerados à disposição do empregador.
Já os intervalos não previstos em lei (portanto não obrigatórios) são considerados
tempo à disposição.
A letra (D) cobra conceitos relacionados à jornada in itinere. Todavia, conforme
entendimento do TST, havendo incompatibilidade entre os horários de início e
término da jornada do empregado e os do transporte público regular é sim
circunstância que também gera o direito às horas in itinere. (Súm. 90, item II).

16
Lei que institui a Gratificação de Natal para os Trabalhadores.

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Por fim, a letra (E), também incorreta, tenta confundir a exigência para se
estabelecer compensação de jornada intrassemanal (via simples acordo escrito
entre empregado e empregador) com a exigência para o estabelecimento de
banco de horas (negociação coletiva).

Acordo de prorrogação de jornada Banco de horas

Compensação intrassemanal (dentro Compensação que ultrapassa o


da semana) módulo semanal

Sua validade demanda acordo escrito Sua validade demanda previsão em


entre empregador e empregado negociação coletiva

Portanto, verificamos que a compensação intrassemanal de jornada independe


de negociação coletiva, nos termos da Súmula 85 do TST.

25. CESPE/TRT8 – Técnico Judiciário – Área Administrativa -


2013
À luz da jurisprudência do TST a respeito da jornada de trabalho, assinale
a opção correta.
(A) Ao empregado que labore, habitualmente, por seis horas durante o dia
é garantido o direito de gozo de intervalo intrajornada mínimo de uma hora.
(B) A jornada de trabalho em escala de doze horas de trabalho por trinta e
seis horas de descanso excepcionalmente descrita em norma coletiva é
inválida, devendo ao empregado ser pago adicional de horas extras relativo
00000000000

à décima primeira e à décima segunda hora de trabalho.


(C) O adicional de horas extras devido pelo empregador em virtude da não
concessão de intervalo para repouso e alimentação ao empregado possui
natureza salarial, repercutindo no cálculo de outras parcelas salariais.
(D) A concessão parcial do intervalo intrajornada implica o pagamento
apenas do período de intervalo suprimido, com acréscimo de, no mínimo,
50% sobre o valor da remuneração da hora normal.
(E) Em virtude do poder regulamentar concedido aos sindicatos, cláusula
de acordo ou convenção coletiva que determine a supressão do intervalo
intrajornada é considerada válida e eficaz.
Comentários

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Gabarito (C). Esta questão buscou saber se o candidato estava atento às


recentes Súmulas do TST (considerando a data da prova), em especial a 437 e a
444.
Caso o empregado labore habitualmente até seis horas diárias, ele faz jus
somente ao intervalo de 15 minutos para descanso e alimentação.
CLT, art. 71, § 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será,
entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a
duração ultrapassar 4 (quatro) horas.
A letra (A) tentou confundir o candidato com a redação do item IV da Súmula
437 do TST:
IV - Ultrapassada habitualmente a jornada de seis horas de trabalho, é
devido o gozo do intervalo intrajornada mínimo de uma hora, obrigando o
empregador a remunerar o período para descanso e alimentação não
usufruído como extra, acrescido do respectivo adicional, na forma prevista
no art. 71, caput e § 4º da CLT.
A letra (B), por sua vez, cobrou a Súmula 444, por meio da qual o TST permite,
em caráter excepcional, a escala de 12x36 horas.
É valida, em caráter excepcional, a jornada de doze horas de trabalho
por trinta e seis de descanso, prevista em lei ou ajustada
exclusivamente mediante acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva
de trabalho, assegurada a remuneração em dobro dos feriados trabalhados.
O empregado não tem direito ao pagamento de adicional referente ao labor
prestado na décima primeira e décima segunda horas.
Já a letra (C), correta, buscou saber se o candidato sabia que a parcela paga
em decorrência da não concessão ou da concessão parcial do intervalo
intrajornada tem sim natureza salarial:
Súmula 437, item III - Possui natureza salarial a parcela prevista no art.
71, § 4º, da CLT, com redação introduzida pela Lei nº 8.923, de 27 de julho
de 1994, quando não concedido ou reduzido pelo empregador o intervalo
mínimo intrajornada para repouso e alimentação, repercutindo, assim, no
cálculo de outras parcelas salariais.
00000000000

Quanto à assertiva (D) note o item da Súmula 437 do TST:


I - Após a edição da Lei nº 8.923/94, a não-concessão ou a concessão
parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação,
a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento total do período
correspondente, e não apenas daquele suprimido, com acréscimo de, no
mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho
(art. 71 da CLT), sem prejuízo do cômputo da efetiva jornada de labor para
efeito de remuneração.
Acerca da letra (E) vejamos a Súmula 437 do TST:

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II - É inválida cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho


contemplando a supressão ou redução do intervalo intrajornada
porque este constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho,
garantido por norma de ordem pública (art. 71 da CLT e art. 7º, XXII, da
CF/1988), infenso à negociação coletiva.

26. FCC/TRT15 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2013


Maria Marta é empregada do hotel fazenda “Vale das Águas Claras”, hotel
este localizado em área urbana. Maria Marta exerce a função de cozinheira
e, sendo assim, todo dia se desloca a pé da portaria do hotel até a cozinha
que fica no final do terreno. Neste trajeto, Maria Marta demora diariamente
cerca de quinze minutos. Neste caso, de acordo com o entendimento
sumulado do Tribunal Superior do Trabalho, o tempo necessário ao
deslocamento de Maria Marta entre a portaria do hotel e o local de trabalho
(A) só será considerado tempo à disposição do empregador se ultrapassar
trinta minutos.
(B) não se considera à disposição do empregador, em nenhuma hipótese.
(C) só será considerado tempo à disposição do empregador se ultrapassar
vinte minutos.
(D) considera-se à disposição do empregador uma vez que ultrapassou dez
minutos.
(E) considera-se à disposição do empregador em qualquer hipótese.
Comentários
Gabarito (D). Esta questão cobrou o entendimento contido na Súmula 429 do
TST:
Considera-se à disposição do empregador, na forma do art. 4º da CLT, o
tempo necessário ao deslocamento do trabalhador entre a portaria da empresa
e o local de trabalho, desde que supere o limite de 10 (dez) minutos diários.
Portanto, como a empregada levava mais do que 10 minutos por dia no trajeto
00000000000

portaria-posto de trabalho, este tempo deve ser considerado como à disposição


do empregador.

27. FCC/TRT15 – Analista Judiciário – Área Administrativa -


2013
Simone e Flaviana são empregadas da empresa “MNL Ltda” e possuem
jornada de trabalho de oito horas diárias. De acordo com os cartões de
ponto das empregadas, ontem, Simone chegou à empresa cinco minutos
adiantada e deixou a empresa quinze minutos além de sua jornada de
trabalho. Flaviana, por sua vez, chegou à empresa cinco minutos adiantada
e deixou a empresa quatro minutos após o término da sua jornada de
trabalho.

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Nestes casos,
(A) apenas Simone terá direito ao pagamento de horas extraordinárias uma
vez que ultrapassou a jornada normal de trabalho.
(B) Simone e Flaviana terão direito ao pagamento de horas extraordinárias
uma vez que ultrapassaram a jornada normal de trabalho, bem como a
variação de jornada legal permitida de cinco minutos diários.
(C) nenhuma das empregadas terá direito ao pagamento de horas
extraordinárias, uma vez que não serão descontadas nem computadas
como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto
não excedentes de quinze minutos diários.
(D) nenhuma das empregadas terá direito ao pagamento de horas
extraordinárias, uma vez que não serão descontadas nem computadas
como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto
não excedentes de quinze minutos, observado o limite máximo de vinte
minutos diários.
(E) nenhuma das empregadas terá direito ao pagamento de horas
extraordinárias, uma vez que ambas chegaram na empresa antes do
horário de trabalho, iniciando o labor a revelia da empresa empregadora.
Comentários
Gabarito (A). O objeto desta questão consiste nos minutos que antecedem e
sucedem a jornada de trabalho. Portanto, são as disposições contidas no art. 58,
§ 1º, da CLT e a Súmula 366 do TST.
Súmula nº 366 do TST - Não serão descontadas nem computadas como
jornada extraordinária as variações de horário do registro de ponto não
excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez
minutos diários. Se ultrapassado esse limite, será considerada como extra
a totalidade do tempo que exceder a jornada normal, pois configurado
tempo à disposição do empregador, não importando as atividades
desenvolvidas pelo empregado ao longo do tempo residual (troca de
uniforme, lanche, higiene pessoal, etc).
00000000000

Portanto, como Simone deixou a empresa 15 minutos após o horário de trabalho


(ou seja, superior aos 5 minutos de tolerância), esta deverá ter estes minutos
pagos como jornada extraordinária. Já Flaviana, como não excedeu a tolerância
de 5 minutos, nem para entrar na empresa, nem para sair, esta não terá direito
a horas extras.
Por oportuno, ressaltamos um entendimento sumulado do TST quanto à
impossibilidade de se elastecer o limite de cinco minutos por meio de convenção
coletiva. Veja:
SÚMULA Nº 449.
A partir da vigência da Lei nº 10.243, de 19.06.2001, que acrescentou o §
1º ao art. 58 da CLT, não mais prevalece cláusula prevista em
convenção ou acordo coletivo que elastece o limite de 5 minutos que

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antecedem e sucedem a jornada de trabalho para fins de apuração das


horas extras.
O examinador adora estas mudanças na jurisprudência! Devemos ficar atento a
elas!

28. FCC/TRT1 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2013


De acordo com o entendimento sumulado do TST, em relação à
compensação de jornada é correto afirmar:
(A) O regime compensatório na modalidade "banco de horas" somente pode
ser instituído por negociação coletiva.
(B) A prestação de horas extras habituais não descaracteriza o acordo de
compensação de jornada.
(C) O acordo individual para compensação na modalidade "banco de horas"
é válido, salvo se houver norma coletiva em sentido contrário.
(D) É válido acordo tácito para compensação de jornada, exceto na
modalidade "banco de horas".
(E) A descaracterização do acordo de compensação em razão da prestação
de horas extras habituais implica o pagamento em dobro das horas
excedentes à jornada normal, inclusive em relação às que tenham sido
compensadas.
Comentários
Gabarito (A). As principais diferenças para fins de prova entre as modalidades
de compensação de jornada (banco de horas e acordo de prorrogação de
jornada) são as seguintes:

Acordo de prorrogação de jornada Banco de horas

Compensação intrassemanal (dentro da Compensação que ultrapassa o módulo


00000000000

semana) semanal

Sua validade demanda acordo escrito Sua validade demanda previsão em


entre empregador e empregado negociação coletiva

A correção da alternativa (A) e a incorreção das demais se verifica na leitura


da Súmula 85 do TST:
SUM-85 COMPENSAÇÃO DE JORNADA
I. A compensação de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo
individual escrito, acordo coletivo ou convenção coletiva.

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II. O acordo individual para compensação de horas é válido, salvo se houver


norma coletiva em sentido contrário.
III. O mero não atendimento das exigências legais para a compensação de
jornada, inclusive quando encetada mediante acordo tácito, não implica a
repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária, se
não dilatada a jornada máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo
adicional.
IV. A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de
compensação de jornada. Nesta hipótese, as horas que ultrapassarem a
jornada semanal normal deverão ser pagas como horas extraordinárias e,
quanto àquelas destinadas à compensação, deverá ser pago a mais apenas
o adicional por trabalho extraordinário.
V. As disposições contidas nesta súmula não se aplicam ao regime
compensatório na modalidade banco de horas, que somente pode ser
instituído por negociação coletiva.
VI - Não é válido acordo de compensação de jornada em atividade
insalubre, ainda que estipulado em norma coletiva, sem a necessária
inspeção prévia e permissão da autoridade competente, na forma do art.
60 da CLT.

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5 – Lista das Questões Comentadas


5.1 – Jornada de trabalho normal
1. FCC/TRT23 – Técnico Judiciário – Área Administrativa –
2016
De acordo com o artigo 58, caput, da Consolidação das Leis do Trabalho “a
duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade
privada, não excederá de oito horas diárias, desde que não seja fixado
expressamente outro limite”. Segundo entendimento Sumulado do TST,
para estes empregados quando sujeitos a 40 horas semanais de trabalho,
para o cálculo do valor do salário-hora aplica-se o divisor
(A) 200.
(B) 220.
(C) 176.
(D) 160.
(E) 170.

2. FCC/TRT23 – Técnico Judiciário – Área Administrativa –


2016
Estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a oito horas por meio
de regular negociação coletiva, os empregados submetidos a turnos
ininterruptos de revezamento
(A) têm direito ao pagamento da 7a e 8a horas como extras, sendo devido
o referido adicional em sua integralidade.
(B) não têm direito ao pagamento da 7a e 8a horas como extras.
(C) têm direito ao pagamento apenas da 7a hora como extra.
00000000000

(D) têm direito ao pagamento apenas da 8a hora como extra.


(E) têm direito ao pagamento da 7a e 8a horas como extras, sendo devido
apenas 50% do referido adicional.

3. FCC/TRT23 – Analista Judiciário - Área Judiciária - 2016


Considerando a jurisprudência pacífica do TST sobre horas in itinere,
(A) havendo incompatibilidade entre os horários de início e término da
jornada do empregado e os do transporte público regular, o empregado não
terá direito às horas in itinere.
(B) na hipótese de o transporte público ser insuficiente, o empregado terá
direito às horas in itinere.

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(C) as horas in itinere remuneradas devem ser consideradas em relação a


todo o trecho do trajeto, ainda que haja transporte público regular em parte
do trajeto percorrido em condução da empresa.
(D) como as horas in itinere são computadas na jornada de trabalho, o
tempo que extrapola a jornada normal deve considerado como
extraordinário, incidindo sobre ele o adicional respectivo.
(E) caso o empregador cobre, parcialmente ou não, importância pelo
transporte fornecido, para local de difícil acesso ou não servido por
transporte regular, o empregado não terá direito à percepção das horas in
itinere.

4. FCC/TRT14 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2016


Para trabalhadores que fazem a jornada legal prevista no artigo 7º, inciso
XIII da Constituição Federal, a compensação de jornada denominada
“banco de horas” sem a remuneração de horas suplementares e observada
a soma das jornadas semanais de trabalho previstas, será legalmente
possível, desde que mediante
(A) acordo individual, observado o período máximo de um mês e não seja
ultrapassado o limite máximo de 12 horas diárias.
(B) acordo judicial, observado o período máximo de um ano e não seja
ultrapassado o limite máximo de 12 horas diárias.
(C) acordo individual, observado o período máximo de seis meses e não
seja ultrapassado o limite máximo de 8 horas diárias.
(D) acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva de trabalho,
observado o período máximo de dois anos e não seja ultrapassado o limite
máximo de 10 horas diárias.
(E) convenção coletiva de trabalho ou acordo coletivo de trabalho,
observado o período máximo de um ano e não ultrapasse o limite máximo
de 10 horas diárias.
00000000000

5. Cespe/TRT8 – Técnico Judiciário – Área Administrativa -


2016
Acerca da jornada de trabalho, assinale a opção correta.
(A) É facultado ao empregador reduzir unilateralmente a jornada de
trabalho.
(B) Não se admite pagamento diferenciado de salário a empregados com a
mesma função, e jornadas de trabalho distintas.
(C) Mesmo que previsto em contrato, a jornada de trabalho do empregado
privado não poderá exceder as oito horas diárias.

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(D) Caso o empregador forneça a condução, o tempo de deslocamento até


o local de trabalho pode ser contado como período de expediente.
(E) São admitidas variações de até trinta minutos no registro de ponto, sem
prejuízo ao salário e ao pagamento de horas extras, observado o limite
diário de quarenta e cinco minutos.

6. CESPE/TRT8 – Analista Judiciário – Área Judiciária OJAF -


2016
Considerando a jurisprudência pacificada do TST, assinale a opção correta.
(A) Não devem ser descontadas nem computadas como jornada
extraordinária as variações de horário do registro de ponto não excedentes
de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários;
ultrapassado esse limite, será considerada como extra a totalidade do
tempo que exceder a jornada normal.
(B) No caso de cumprimento integral da jornada noturna, com prorrogação
até o período diurno, o adicional noturno não será devido quanto às horas
prorrogadas.
(C) A compensação de jornada de trabalho se dá por meio do chamado
banco de horas e deve ser ajustada por acordo individual escrito, acordo
coletivo ou convenção coletiva, sob pena de nulidade.
(D) Por se tratar de um instituto próprio e com regras específicas, as horas
in itinere são computáveis na jornada de trabalho, sendo o tempo que
extrapola a jornada legal pago com adicional de 25% mensal estabelecido,
e não com o adicional de horas extras previsto na CF.
(E) O repouso semanal remunerado concedido após o sétimo dia
consecutivo de trabalho deve ser pago com o adicional de 50%
constitucional.

7. FCC/TRT3 – Analista Judiciário – Avaliador Federal - 2015


00000000000

Em relação à limitação da jornada de trabalho,


(A) serão computadas como jornada extraordinária as variações de horário
no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite
máximo de dez minutos diários.
(B) o tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o
seu retorno, por qualquer meio de transporte, não será, em qualquer
hipótese, computado na jornada de trabalho.
(C) em face do princípio da igualdade, não há distinção entre os
funcionários que exercem função operacional e os funcionários que
exercem função de gestão (chefes de departamento ou filial), no que se
refere ao direito ao recebimento de horas extraordinárias.
(D) para as microempresas e empresas de pequeno porte, em caso de
transporte fornecido pelo empregador, em local de difícil acesso ou não

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servido por transporte público, poderão ser fixados, por meio de acordo ou
convenção coletiva, o tempo médio despendido pelo empregado, bem como
a forma e a natureza da remuneração.
(E) a duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas
suplementares, em número não excedente de duas horas diárias, desde
que haja previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho.

8. FCC/TRT4 – Analista Judiciário – Avaliador Federal - 2015


Dentre as normas gerais de tutela do trabalho encontramos na
Consolidação das Leis do Trabalho regras que disciplinam a duração
de trabalho, os períodos de descanso e intervalos e o trabalho noturno.
Sobre esse tema:
(A) não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária
as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco
minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários.
(B) o tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o
seu retorno, não será computado na jornada de trabalho, mesmo quando,
tratando-se de local de difícil acesso ou não servido por transporte público,
o empregador fornecer a condução.
(C) entre duas jornadas de trabalho haverá um período mínimo de oito
horas consecutivas para descanso do trabalhador.
(D) em qualquer trabalho contínuo que não exceder de 6 (seis) horas
diárias, mas ultrapassar quatro horas diárias, será obrigatório um intervalo
de trinta minutos.
(E) considera-se noturno, para o trabalhador urbano, o trabalho executado
entre as vinte e uma horas de um dia e às seis horas do dia seguinte.

9. FCC/TRT2 – Técnico Judiciário – Área Administrativa - 2014


O conceito de turnos ininterruptos de revezamento diz respeito ao tipo de
jornada a que se submete o empregado, caracterizando-se pela alternância
periódica de horários em que a referida jornada é prestada. Visando
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compensar os prejuízos ao trabalhador decorrente dessa modalidade de


jornada, o constituinte estabeleceu jornada especial de trabalho de
(A) seis horas diárias em uma semana e oito horas diárias na outra semana,
de forma alternada.
(B) oito horas diárias e quarenta horas semanais.
(C) seis horas diárias, salvo negociação coletiva.
(D) oito horas diárias, salvo negociação coletiva.
(E) seis horas diárias e trinta horas semanais.

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10. FCC/TRT18 – Técnico Judiciário – Área Administrativa -


2013
Em relação à duração do trabalho, aos períodos de descanso e ao trabalho
noturno, conforme legislação trabalhista aplicável, é correto afirmar:
(A) A hora do trabalho noturno para o trabalho realizado nas cidades será
computada como de 50 minutos.
(B) As variações de horário no registro de ponto não excedentes de dez
minutos, observado o limite máximo de quinze minutos diários, não serão
descontadas nem computadas como jornada extraordinária.
(C) O intervalo mínimo para refeição e descanso será de dez minutos
quando o trabalho for executado entre duas horas e até seis horas diárias.
(D) O horário noturno para o trabalhador urbano é aquele executado entre
as vinte e quatro horas de um dia e seis horas do dia seguinte.
(E) A duração normal do trabalho é de oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação e a redução da jornada, mediante
acordo ou convenção coletiva de trabalho.

11. FCC/TRT9 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2013


Com fundamento nas disposições celetistas sobre jornada extraordinária e
jornada noturna, é correto afirmar:
(A) Nos horários mistos, assim entendidos os que abrangem períodos
diurnos e noturnos, em relação às horas trabalhadas no período
considerado noturno aplica-se a redução da hora e deve ser pago o
respectivo adicional.
(B) Os empregados sob o regime de tempo parcial poderão prestar horas
extras, desde que autorizados expressamente pelo sindicato.
(C) O adicional noturno equivale a 30% (trinta por cento), pelo menos,
sobre a hora diurna.
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(D) Como forma de proteção da saúde e da integridade física dos


trabalhadores, a prorrogação da jornada de trabalho deve ser prevista em
convenção ou acordo coletivo de trabalho.
(E) As horas extras são remuneradas com adicional de, no mínimo, 25%
(vinte e cinco por cento) sobre o valor da hora normal de trabalho.

12. FCC/TRT12 – Técnico Judiciário – Área Administrativa -


2013
Analisando as normas da legislação trabalhista quanto à duração do
trabalho, jornadas de trabalho e períodos de descanso,

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(A) a duração do trabalho normal não será superior a oito horas diárias e
quarenta horas semanais, facultada a compensação e a redução de jornada.
(B) não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária
as variações de horário no registro de ponto não excedentes de dez
minutos, observado o limite máximo de quinze minutos diários.
(C) entre duas jornadas de trabalho diário haverá um período mínimo de
onze horas consecutivas para descanso, além de um descanso semanal
remunerado de vinte e quatro horas consecutivas, preferencialmente, aos
domingos.
(D) a duração normal do trabalho diário poderá ser acrescida de horas
suplementares, em número não excedente de quatro, mediante acordo
escrito, individual ou coletivo.
(E) em qualquer trabalho contínuo cuja duração ultrapassar de quatro horas
e não exceder de seis horas ao dia, será obrigatório um intervalo de vinte
minutos para refeição e descanso.

13. FCC/TRT12 – Técnico Judiciário – Área Administrativa -


2013
As normas trabalhistas regulamentam o trabalho noturno e as horas
extraordinárias. Segundo tais normas,
(A) a hora do trabalho noturno para o trabalhador urbano será computada
como de cinquenta e dois minutos e trinta segundos.
(B) a remuneração da hora extraordinária ou suplementar, que será, pelo
menos, 20% (vinte por cento) superior à da hora normal.
(C) os gerentes que exercem cargos de gestão, bem como os diretores e
chefes de departamento ou filial também estão sujeitos ao regime de
duração do trabalho, recebendo pelo trabalho extraordinário superior a 10
horas por dia.
(D) o trabalho noturno urbano será considerado como aquele que é
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executado entre às vinte e três horas de um dia e às seis horas do dia


seguinte.
(E) o trabalho noturno terá remuneração superior à do diurno e, para esse
efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 50% (cinquenta por cento),
pelo menos, sobre a hora diurna.

14. FCC/TRT12 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2013


Hércules trabalha na empresa "Semideuses Produções Ltda.", cumprindo
jornada legal de oito horas por dia. Ele gasta vinte minutos para se deslocar
de sua residência até o local de trabalho e o mesmo tempo para o seu
retorno, utilizando ônibus fretado pago pela empresa, embora pudesse
utilizar transporte público coletivo para fazer o trajeto, diante da

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proximidade da empresa e de sua casa do ponto de ônibus. Nessa situação,


conforme norma legal,
(A) somente em caso de previsão em cláusula de acordo ou convenção
coletiva é que o tempo de trajeto e o seu retorno será computado na
jornada de trabalho.
(B) será computado na jornada de trabalho o tempo gasto no deslocamento
e para seu retorno visto que foi excedente de cinco minutos, observado o
limite máximo de dez minutos diários.
(C) diante do fornecimento da condução pelo empregador, o período de
deslocamento será computado na jornada de trabalho, ainda que haja a
possibilidade de utilização de transporte público.
(D) o tempo de deslocamento da residência ao local de trabalho e o seu
retorno será considerado na jornada de trabalho do empregado, visto que
não ultrapassa 30 minutos.
(E) o tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o
seu retorno, não será computado na jornada de trabalho.

15. FCC/TRT1 – Analista Judiciário – Área Execução de


Mandados - 2013
Considerando as normas da CLT e o entendimento sumulado do TST, é
correto afirmar:
(A) A remuneração do trabalho noturno terá um acréscimo de trinta por
cento, pelo menos, sobre a hora diurna.
(B) Para os estabelecimentos com mais de quinze empregados é obrigatório
o controle de jornada de trabalho.
(C) Considera-se trabalho noturno o executado entre às vinte e duas horas
de um dia e às quatro horas do dia seguinte.
(D) Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada
esta, devido é também o adicional quanto às horas prorrogadas.
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(E) O empregado transferido para o período diurno de trabalho não pode


deixar de receber o adicional noturno, sob pena de redução salarial.

16. FCC/TRT5 – Analista Judiciário – Área Administrativa -


2013
Conforme normas contidas na Constituição Federal e na Consolidação das
Leis do Trabalho,
(A) é considerado trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração
não exceda a 30 horas semanais.

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(B) a duração normal do trabalho poderá ser acrescida por até quatro horas
suplementares por dia, mediante acordo verbal ou escrito entre empregado
e empregador.
(C) os empregados sob o regime de tempo parcial poderão prestar até duas
horas extras por dia, desde que haja ajuste por meio de norma coletiva.
(D) a hora do trabalho noturno urbano será computada como de 52 minutos
e 30 segundos.
(E) as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco
minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários, serão
descontadas, bem como computadas como jornada extraordinária.

17. FCC/TRT1 – Técnico Judiciário – Área Administrativa -


2013
Conforme normas legais vigentes, o adicional
(A) noturno equivale a vinte por cento, no mínimo, sobre o valor do salário
mínimo.
(B) de horas extras equivale a vinte e cinco por cento sobre o valor da hora
normal, de acordo com a Constituição Federal.
(C) de horas extras incorpora-se ao salário após um ano de pagamento
habitual, de acordo com a Constituição Federal.
(D) noturno equivale a cinquenta por cento, pelo menos, sobre o valor da
hora diurna.
(E) noturno equivale a vinte por cento, pelo menos, sobre o valor da hora
diurna.

18. FCC/TRT11 – Técnico Judiciário – Área Administrativa -


2012
De acordo com previsão da Constituição Federal brasileira e da CLT, em
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relação à duração do trabalho é correto afirmar que


(A) a duração do trabalho normal não poderá ser superior a 8 horas diárias
e 40 horas semanais, não sendo facultada a compensação de horários.
(B) a duração do trabalho normal não poderá ser superior a 8 horas diárias
e 48 horas semanais, sendo facultada a compensação de horários.
(C) será considerado trabalho noturno para o trabalhador urbano aquele
executado entre às 22 horas de um dia e às 5 horas do dia seguinte.
(D) será considerado horário noturno para o trabalhador urbano aquele
executado entre às 21 horas de um dia e às 4 horas do dia seguinte.
(E) para a jornada diária de trabalho contínuo superior a 4 horas e não
excedente a 6 horas o intervalo obrigatório será de, no mínimo, uma hora

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e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá


exceder de duas horas.

5.2 – Jornadas especiais de trabalho

19. Questão 26 – FCC/TRT9 – Analista Judiciário – Área


Judiciária - 2015
Considerando que Carlito foi contratado como técnico em energia de
potência pela empresa Raio de Luz Eletricidade Industrial Ltda.,
inicialmente para cumprimento de uma jornada de 8 horas diárias e 44
horas semanais, e teve sua jornada validamente alterada para 25 horas na
semana, ele
(A) poderá converter 1/3 do seu período de férias a que tiver direito em
abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias
correspondentes.
(B) terá direito a 16 dias de férias, sendo que, se tiver mais de sete faltas
injustificadas durante o período aquisitivo, terá o período de férias reduzido
à metade.
(C) poderá prestar no máximo 5 horas extras por semana, em razão do
regime de contratação a tempo parcial.
(D) terá direito ao adicional de periculosidade, em percentual inferior ao
legal e proporcional ao tempo de exposição ao risco, desde que tal condição
conste do acordo coletivo de trabalho que autorizou a contratação a tempo
parcial.
(E) deverá manifestar perante a empresa, na forma prevista em
instrumento decorrente de negociação coletiva, sua opção para adoção do
regime de tempo parcial.

20. FCC/TRT23 – Analista Judiciário – Área Execução de


00000000000

Mandados - 2011
Os digitadores
(A) equiparam-se aos trabalhadores nos serviços de mecanografia
(datilografia, escrituração ou cálculo), razão pela qual têm direito a
intervalos de descanso de
10 minutos a cada 90 minutos de trabalho consecutivo.
(B) não se equiparam aos trabalhadores nos serviços de mecanografia
(datilografia, escrituração ou cálculo), tratando-se de categorias distintas
com direitos distintos, não havendo qualquer analogia relacionada aos
períodos de descanso.

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(C) equiparam-se aos trabalhadores nos serviços de mecanografia


(datilografia, escrituração ou cálculo), razão pela qual têm direito a
intervalos de descanso de
5 minutos a cada 90 minutos de trabalho consecutivo.
(D) equiparam-se aos trabalhadores nos serviços de mecanografia
(datilografia, escrituração ou cálculo), razão pela qual têm direito a
intervalos de descanso de 15 minutos a cada 120 minutos de trabalho
consecutivo.
(E) equiparam-se aos trabalhadores nos serviços de mecanografia
(datilografia, escrituração ou cálculo), razão pela qual têm direito a
intervalos de descanso de
15 minutos a cada 90 minutos de trabalho consecutivo.

5.3 – Jornada extraordinária e Compensação


21. FCC/TRT9 – Analista Judiciário – Avaliador Federal - 2015
A propósito da jornada de trabalho,
(A) os titulares da relação de emprego podem pactuar livremente a sua
duração, desde que observem parâmetros de razoabilidade e
proporcionalidade.
(B) os seus limites legais podem ser alterados pelos contratantes, ainda
que em prejuízo do trabalhador, mas, nesse caso, deverá ele estar assistido
por seu sindicato profissional.
(C) as negociações coletivas podem estabelecer regras relativas à sua
duração, mas a aplicação dessas disposições aos contratos individuais de
trabalho está condicionada à concordância expressa de trabalhadores e
empregadores, sob pena de ineficácia da cláusula normativa
correspondente.
(D) a jornada de trabalho fixada em lei pode ser objeto de prorrogação
mediante ajuste entre empregado e empregador, desde que respeitado o
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máximo de duas horas diárias, as quais deverão ser pagas com adicional
mínimo de 50%.
(E) em casos excepcionais, em que a preservação do contrato dependa da
dilação horária sem a remuneração correspondente, pode o trabalhador
renunciar ao crédito resultante desse labor.
22. FCC/TRT2 – Analista Judiciário – Oficial Avaliador - 2014
Em relação ao trabalho extraordinário, é correto afirmar que
(A) os empregados contratados sob o regime de tempo parcial poderão
prestar horas extras, desde que acordado expressamente com o sindicato
da categoria.

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(B) as horas extras decorrentes de força maior ou de serviços inadiáveis


podem ser prestadas, desde que existente acordo de prorrogação de horas
firmado entre empregado e empregador.
(C) o acordo de prorrogação de jornada de trabalho deve ser escrito e
necessariamente celebrado coletivamente, mediante negociação coletiva
de trabalho.
(D) o trabalho em horas extras é permitido aos empregados que trabalham
em atividades insalubres, sendo necessária, porém, licença prévia das
autoridades competentes em matéria de higiene do trabalho.
(E) todo empregado tem direito a um descanso de 15 minutos, no mínimo,
antes do início do período extraordinário de serviço em caso de prorrogação
do horário normal de trabalho.
23. FCC/TRT18 – Analista Judiciário – Oficial Avaliador -
2013
A respeito da duração do trabalho, incluindo períodos de descanso, o labor
noturno e o trabalho extraordinário, a legislação trabalhista prevê que
(A) o adicional a ser pago pelo trabalho extraordinário será de no mínimo
100% sobre a hora normal e o adicional a ser pago pelo trabalho noturno
será de no mínimo 50% sobre a hora diurna.
(B) a duração do trabalho normal não será superior a oito horas diárias e
quarenta horas semanais, facultada a compensação de horas dentro do mês
por decisão do empregador.
(C) as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco
minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários, não serão
descontadas nem computadas como jornada extraordinária.
(D) o período mínimo para o descanso entre duas jornadas de trabalho será
de dez horas consecutivas.
(E) o limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição para o trabalho
contínuo cuja duração exceda seis horas não poderá ser reduzido em
nenhuma hipótese. 00000000000

24. CESPE/TRT8 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2013


Acerca do entendimento jurisprudencial do TST sobre a duração do
trabalho, assinale a opção correta.
(A) As horas extras habituais incorporam-se à remuneração do empregado
para fins de gratificação natalina e repouso semanal remunerado.
(B) No regime de revezamento, as horas trabalhadas em seguida ao
repouso semanal de vinte e quatro horas, com prejuízo do intervalo mínimo
de onze horas consecutivas para descanso entre jornadas, não são
remuneradas como extraordinárias.

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(C) A concessão, pelo empregador, de intervalos na jornada de trabalho


não previstos em lei não representa tempo à disposição da empresa e,
consequentemente, não deve ser considerada serviço extraordinário.
(D) A mera incompatibilidade entre os horários de início e término da
jornada do empregado e os do transporte público regular é circunstância
que não gera direito às horas in itinere.
(E) A compensação de jornada de trabalho somente é válida se ajustada
por acordo coletivo ou convenção coletiva de trabalho, sendo vedado
acordo individual escrito para tal fim.

25. CESPE/TRT8 – Técnico Judiciário – Área Administrativa -


2013
À luz da jurisprudência do TST a respeito da jornada de trabalho, assinale
a opção correta.
(A) Ao empregado que labore, habitualmente, por seis horas durante o dia
é garantido o direito de gozo de intervalo intrajornada mínimo de uma hora.
(B) A jornada de trabalho em escala de doze horas de trabalho por trinta e
seis horas de descanso excepcionalmente descrita em norma coletiva é
inválida, devendo ao empregado ser pago adicional de horas extras relativo
à décima primeira e à décima segunda hora de trabalho.
(C) O adicional de horas extras devido pelo empregador em virtude da não
concessão de intervalo para repouso e alimentação ao empregado possui
natureza salarial, repercutindo no cálculo de outras parcelas salariais.
(D) A concessão parcial do intervalo intrajornada implica o pagamento
apenas do período de intervalo suprimido, com acréscimo de, no mínimo,
50% sobre o valor da remuneração da hora normal.
(E) Em virtude do poder regulamentar concedido aos sindicatos, cláusula
de acordo ou convenção coletiva que determine a supressão do intervalo
intrajornada é considerada válida e eficaz.
FCC/TRT15 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2013
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26.
Maria Marta é empregada do hotel fazenda “Vale das Águas Claras”, hotel
este localizado em área urbana. Maria Marta exerce a função de cozinheira
e, sendo assim, todo dia se desloca a pé da portaria do hotel até a cozinha
que fica no final do terreno. Neste trajeto, Maria Marta demora diariamente
cerca de quinze minutos. Neste caso, de acordo com o entendimento
sumulado do Tribunal Superior do Trabalho, o tempo necessário ao
deslocamento de Maria Marta entre a portaria do hotel e o local de trabalho
(A) só será considerado tempo à disposição do empregador se ultrapassar
trinta minutos.
(B) não se considera à disposição do empregador, em nenhuma hipótese.

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(C) só será considerado tempo à disposição do empregador se ultrapassar


vinte minutos.
(D) considera-se à disposição do empregador uma vez que ultrapassou dez
minutos.
(E) considera-se à disposição do empregador em qualquer hipótese.

27. FCC/TRT15 – Analista Judiciário – Área Administrativa -


2013
Simone e Flaviana são empregadas da empresa “MNL Ltda” e possuem
jornada de trabalho de oito horas diárias. De acordo com os cartões de
ponto das empregadas, ontem, Simone chegou à empresa cinco minutos
adiantada e deixou a empresa quinze minutos além de sua jornada de
trabalho. Flaviana, por sua vez, chegou à empresa cinco minutos adiantada
e deixou a empresa quatro minutos após o término da sua jornada de
trabalho.
Nestes casos,
(A) apenas Simone terá direito ao pagamento de horas extraordinárias uma
vez que ultrapassou a jornada normal de trabalho.
(B) Simone e Flaviana terão direito ao pagamento de horas extraordinárias
uma vez que ultrapassaram a jornada normal de trabalho, bem como a
variação de jornada legal permitida de cinco minutos diários.
(C) nenhuma das empregadas terá direito ao pagamento de horas
extraordinárias, uma vez que não serão descontadas nem computadas
como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto
não excedentes de quinze minutos diários.
(D) nenhuma das empregadas terá direito ao pagamento de horas
extraordinárias, uma vez que não serão descontadas nem computadas
como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto
não excedentes de quinze minutos, observado o limite máximo de vinte
minutos diários. 00000000000

(E) nenhuma das empregadas terá direito ao pagamento de horas


extraordinárias, uma vez que ambas chegaram na empresa antes do
horário de trabalho, iniciando o labor a revelia da empresa empregadora.

28. FCC/TRT1 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2013


De acordo com o entendimento sumulado do TST, em relação à
compensação de jornada é correto afirmar:
(A) O regime compensatório na modalidade "banco de horas" somente pode
ser instituído por negociação coletiva.

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(B) A prestação de horas extras habituais não descaracteriza o acordo de


compensação de jornada.
(C) O acordo individual para compensação na modalidade "banco de horas"
é válido, salvo se houver norma coletiva em sentido contrário.
(D) É válido acordo tácito para compensação de jornada, exceto na
modalidade "banco de horas".
(E) A descaracterização do acordo de compensação em razão da prestação
de horas extras habituais implica o pagamento em dobro das horas
excedentes à jornada normal, inclusive em relação às que tenham sido
compensadas.

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6 – Gabarito
Questão 01 – A Questão 02 – B Questão 03 – D Questão 04 – E

Questão 05 – D Questão 06 – A Questão 07 – D Questão 08 – A

Questão 09 – C Questão 10 – E Questão 11 – A Questão 12 – C

Questão 13 – A Questão 14 – E Questão 15 – D Questão 16 – D

Questão 17 – E Questão 18 – C Questão 19 – E Questão 20 – A

Questão 21 – D Questão 22 – D Questão 23 – C Questão 24 – A

Questão 25 – C Questão 26 – D Questão 27 – A Questão 28 – A

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7 – Resumo
Jornada de trabalho
• Tempo de trabalho efetivo
• Tempo à disposição do empregador
• Tempo in itinere
• Sobreaviso
• Prontidão

Tempo in itinere

Local de trabalho é de difícil


acesso ou não servido por
transporte público
Horas in itinere
E

O empregador fornece a condução

Sobreaviso: no máximo 24 horas, remunerado à razão de 1/3 do salário


normal.
Prontidão: no máximo 12 horas, remunerada à razão de 2/3 do salário
normal.
Jornada normal de trabalho: 44 horas semanais e 8 horas diárias
Turnos Ininterruptos de Revezamento (TIR): 6 horas, salvo negociação
coletiva
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Jornadas especiais:
Bancários: 6 horas diárias e 30 horas semanais
Mina de subsolo e atividades de telefonia: 6 horas diárias e 36 horas
semanais
Jornalistas profissionais: 5 horas diárias (prorrogável até 7 horas por
acordo escrito)
Operadores cinematográficos: 6 horas diárias (5 horas na cabina + 1 hora
para limpeza/lubrificação)
Tempo parcial: até 25 horas semanais

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Jornada extraordinária:
Em regra:
• não excedente de 2 (duas) horas diárias
• mediante acordo escrito ou negociação coletiva
• remunerada com, no mínimo, 50% de adicional

Em necessidades imperiosas:
Serviços
Recuperação
inadiáveis ou
do tempo
cuja
perdido
inexecução
Força maior decorrente de
possa
causas
acarretar
acidentais ou
prejuízo
força maior
manifesto
Comunicação Comunicação
Comunicação ao MTE, dentro ao MTE, dentro Comunicação
ao MTE de 10 (dez) de 10 (dez) prévia ao MTE.
dias. dias.
2 (duas) horas
ao dia, desde
que não exceda
de 10 (dez)
Não há limite Não poderá
horas diárias, em
Sobrejornada expressamente exceder de 12
período não
fixado na CLT (doze) horas
superior a 45
(quarenta e
cinco) dias por
ano
00000000000

Máximo de 12
(doze) horas e
Trabalho de desde que o
Proibido Proibido
menores trabalho do
menor seja
imprescindível

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Compensação de jornada:

Compensação de jornada

Acordo de prorrogação de
Banco de horas
jornada

Compensação intrassemanal Compensação que ultrapassa


(dentro da semana) o módulo semanal

Sua validade demanda acordo Sua validade demanda


escrito entre empregador e previsão em negociação
empregado coletiva

Hora noturna:
Trabalhador urbano (CLT) Trabalhador rural

Horário noturno entre as Horário noturno entre as


22h00min de um dia e as 21h00min de um dia e as
05h00min do dia seguinte 05h00min do dia seguinte
(lavoura)

00000000000

Horário noturno entre as


20h00min de um dia e as
04h00min do dia seguinte
(pecuária)

Hora ficta noturna de 52 Não possui direito a hora ficta


minutos e 30 segundos noturna

Adicional noturno de 20% Adicional noturno de 25%

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8 – Conclusão
Bem, pessoal,

Estamos finalizando a aula demonstrativa, na qual abordamos parcialmente os


assuntos “jornada de trabalho” e “descansos”, que são recorrentes em provas.
Direito do Trabalho é uma matéria de fácil aprendizado, apesar da grande
quantidade de regras e exceções, jurisprudência etc.
Espero que tenham gostado da aula demonstrativa, tanto em termos de conteúdo
quanto de estruturação e linguagem, e espero contar com a participação de vocês
neste curso.

Grande abraço e bons estudos,

Prof. Antonio Daud Jr


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9 – Lista de Legislação, Súmulas e OJ do TST


relacionados ao tema
Constituição Federal/88

CF,88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de


outros que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
(...)
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e
quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a
redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
(...)
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos
ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em
cinqüenta por cento à do normal;
(...)
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de
saúde, higiene e segurança;

CLT

Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o


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empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando


ordens, salvo disposição especial expressamente consignada.

Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer


atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não
seja fixado expressamente outro limite.
§ 1º Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária
as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco
minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários.
§ 2º O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o
seu retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na

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jornada de trabalho, salvo quando, tratando-se de local de difícil acesso ou


não servido por transporte público, o empregador fornecer a condução.
§ 3º Poderão ser fixados, para as microempresas e empresas de pequeno
porte, por meio de acordo ou convenção coletiva, em caso de transporte
fornecido pelo empregador, em local de difícil acesso ou não servido por
transporte público, o tempo médio despendido pelo empregado, bem como
a forma e a natureza da remuneração.

Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja


duração não exceda a vinte e cinco horas semanais.
§ 2º Para os atuais empregados, a adoção do regime de tempo parcial será
feita mediante opção manifestada perante a empresa, na forma prevista
em instrumento decorrente de negociação coletiva.

Art. 59 - A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas


suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante acordo
escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de
trabalho.
§ 1º - Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho deverá constar,
obrigatoriamente, a importância da remuneração da hora suplementar, que
será, pelo menos, 20% (vinte por cento) superior à da hora normal.
§ 2o Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo
ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for
compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que
não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais
de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas
diárias.
§ 4o Os empregados sob o regime de tempo parcial não poderão prestar
horas extras.
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Art. 60 - Nas atividades insalubres, assim consideradas as constantes dos


quadros mencionados no capítulo "Da Segurança e da Medicina do
Trabalho", ou que neles venham a ser incluídas por ato do Ministro do
Trabalho, Industria e Comercio, quaisquer prorrogações só poderão ser
acordadas mediante licença prévia das autoridades competentes em
matéria de higiene do trabalho, as quais, para esse efeito, procederão aos
necessários exames locais e à verificação dos métodos e processos de
trabalho, quer diretamente, quer por intermédio de autoridades sanitárias
federais, estaduais e municipais, com quem entrarão em entendimento
para tal fim.

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Art. 61 - Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho


exceder do limite legal ou convencionado, seja para fazer face a motivo de
força maior, seja para atender à realização ou conclusão de serviços
inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto.
§ 1º - O excesso, nos casos deste artigo, poderá ser exigido
independentemente de acordo ou contrato coletivo e deverá ser
comunicado, dentro de 10 (dez) dias, à autoridade competente em matéria
de trabalho, ou, antes desse prazo, justificado no momento da fiscalização
sem prejuízo dessa comunicação.
§ 2º - Nos casos de excesso de horário por motivo de força maior, a
remuneração da hora excedente não será inferior à da hora normal. Nos
demais casos de excesso previstos neste artigo, a remuneração será, pelo
menos, 25% (vinte e cinco por cento) superior à da hora normal, e o
trabalho não poderá exceder de 12 (doze) horas, desde que a lei não fixe
expressamente outro limite.
§ 3º - Sempre que ocorrer interrupção do trabalho, resultante de causas
acidentais, ou de força maior, que determinem a impossibilidade de sua
realização, a duração do trabalho poderá ser prorrogada pelo tempo
necessário até o máximo de 2 (duas) horas, durante o número de dias
indispensáveis à recuperação do tempo perdido, desde que não exceda de
10 (dez) horas diárias, em período não superior a 45 (quarenta e cinco)
dias por ano, sujeita essa recuperação à prévia autorização da autoridade
competente.

Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo:


I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com a
fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na
Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados;
II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão,
aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores
e chefes de departamento ou filial.00000000000

Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos


empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do
cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver,
for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40%
(quarenta por cento).

Art. 63 - Não haverá distinção entre empregados e interessados, e a


participação em lucros e comissões, salvo em lucros de caráter social, não
exclui o participante do regime deste Capítulo.

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Art. 64 - O salário-hora normal, no caso de empregado mensalista, será


obtido dividindo-se o salário mensal correspondente à duração do trabalho,
a que se refere o art. 58, por 30 (trinta) vezes o número de horas dessa
duração.
Parágrafo único - Sendo o número de dias inferior a 30 (trinta), adotar-se-
á para o cálculo, em lugar desse número, o de dias de trabalho por mês.

Art. 65 - No caso do empregado diarista, o salário-hora normal será obtido


dividindo-se o salário diário correspondente à duração do trabalho,
estabelecido no art. 58, pelo número de horas de efetivo trabalho.

Art. 66 - Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo


de 11 (onze) horas consecutivas para descanso.

Art. 67 - Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24


(vinte e quatro) horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência
pública ou necessidade imperiosa do serviço, deverá coincidir com o
domingo, no todo ou em parte.

Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis)


horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou
alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo
escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas)
horas.
§ 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto,
obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração
ultrapassar 4 (quatro) horas.
§ 2º - Os intervalos de descanso não serão computados na duração do
trabalho.
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§ 3º O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser


reduzido por ato do Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, quando
ouvido o Serviço de Alimentação de Previdência Social, se verificar que o
estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à
organização dos refeitórios, e quando os respectivos empregados não
estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares.
§ 4º - Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste
artigo, não for concedido pelo empregador, este ficará obrigado a
remunerar o período correspondente com um acréscimo de no mínimo 50%
(cinqüenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de
trabalho.
§ 5º - O intervalo expresso no caput poderá ser reduzido e/ou fracionado,
e aquele estabelecido no § 1o poderá ser fracionado, quando

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compreendidos entre o término da primeira hora trabalhada e o início da


última hora trabalhada, desde que previsto em convenção ou acordo
coletivo de trabalho, ante a natureza do serviço e em virtude das condições
especiais de trabalho a que são submetidos estritamente os motoristas,
cobradores, fiscalização de campo e afins nos serviços de operação de
veículos rodoviários, empregados no setor de transporte coletivo de
passageiros, mantida a remuneração e concedidos intervalos para descanso
menores ao final de cada viagem.

Art. 72 - Nos serviços permanentes de mecanografia (datilografia,


escrituração ou cálculo), a cada período de 90 (noventa) minutos de
trabalho consecutivo corresponderá um repouso de 10 (dez) minutos não
deduzidos da duração normal de trabalho.

Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho


noturno terá remuneração superior a do diurno e, para esse efeito, sua
remuneração terá um acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo menos,
sobre a hora diurna.
§ 1º A hora do trabalho noturno será computada como de 52 minutos e 30
segundos.
§ 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho
executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte.
§ 3º O acréscimo, a que se refere o presente artigo, em se tratando de
empresas que não mantêm, pela natureza de suas atividades, trabalho
noturno habitual, será feito, tendo em vista os quantitativos pagos por
trabalhos diurnos de natureza semelhante. Em relação às empresas cujo
trabalho noturno decorra da natureza de suas atividades, o aumento será
calculado sobre o salário mínimo geral vigente na região, não sendo devido
quando exceder desse limite, já acrescido da percentagem.
§ 4º Nos horários mistos, assim entendidos os que abrangem períodos
diurnos e noturnos, aplica-se às horas de trabalho noturno o disposto neste
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artigo e seus parágrafos.


§ 5º Às prorrogações do trabalho noturno aplica-se o disposto neste
capítulo.

Art. 74 - O horário do trabalho constará de quadro, organizado conforme


modelo expedido pelo Ministro do Trabalho, Industria e Comercio, e afixado
em lugar bem visível. Esse quadro será discriminativo no caso de não ser o
horário único para todos os empregados de uma mesma seção ou turma.
§ 1º - O horário de trabalho será anotado em registro de empregados com
a indicação de acordos ou contratos coletivos porventura celebrados.

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§ 2º - Para os estabelecimentos de mais de dez trabalhadores será


obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual,
mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo
Ministério do Trabalho, devendo haver pré-assinalação do período de
repouso.
§ 3º - Se o trabalho for executado fora do estabelecimento, o horário dos
empregados constará, explicitamente, de ficha ou papeleta em seu poder,
sem prejuízo do que dispõe o § 1º deste artigo.

Art. 224 - A duração normal do trabalho dos empregados em bancos, casas


bancárias e Caixa Econômica Federal será de 6 (seis) horas continuas nos
dias úteis, com exceção dos sábados, perfazendo um total de 30 (trinta)
horas de trabalho por semana.
§ 1º - A duração normal do trabalho estabelecida neste artigo ficará
compreendida entre 7 (sete) e 22 (vinte e duas) horas, assegurando-se ao
empregado, no horário diário, um intervalo de 15 (quinze) minutos para
alimentação.
§ 2º - As disposições deste artigo não se aplicam aos que exercem funções
de direção, gerência, fiscalização, chefia e equivalentes, ou que
desempenhem outros cargos de confiança, desde que o valor da
gratificação não seja inferior a 1/3 (um terço) do salário do cargo efetivo.

Art. 225 - A duração normal de trabalho dos bancários poderá ser


excepcionalmente prorrogada até 8 (oito) horas diárias, não excedendo de
40 (quarenta) horas semanais, observados os preceitos gerais sobre a
duração do trabalho.

Art. 226 - O regime especial de 6 (seis) horas de trabalho também se aplica


aos empregados de portaria e de limpeza, tais como porteiros, telefonistas
de mesa, contínuos e serventes, empregados em bancos e casas
bancárias.
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Parágrafo único - A direção de cada banco organizará a escala de serviço


do estabelecimento de maneira a haver empregados do quadro da portaria
em função, meia hora antes e até meia hora após o encerramento dos
trabalhos, respeitado o limite de 6 (seis) horas diárias.

Art. 227 - Nas empresas que explorem o serviço de telefonia, telegrafia


submarina ou subfluvial, de radiotelegrafia ou de radiotelefonia, fica
estabelecida para os respectivos operadores a duração máxima de seis
horas contínuas de trabalho por dia ou 36 (trinta e seis) horas semanais.

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Art. 234 - A duração normal do trabalho dos operadores cinematográficos


e seus ajudantes não excederá de seis horas diárias, assim distribuídas:
a) 5 (cinco) horas consecutivas de trabalho em cabina, durante o
funcionamento cinematográfico;
b) 1 (um) período suplementar, até o máximo de 1 (uma) hora para
limpeza, lubrificação dos aparelhos de projeção, ou revisão de filmes.

Art. 244. As estradas de ferro poderão ter empregados extranumerários,


de sobre-aviso e de prontidão, para executarem serviços imprevistos ou
para substituições de outros empregados que faltem à escala organizada.
§ 2º Considera-se de "sobre-aviso" o empregado efetivo, que permanecer
em sua própria casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o
serviço. Cada escala de "sobre-aviso" será, no máximo, de vinte e quatro
horas, As horas de "sobre-aviso", para todos os efeitos, serão contadas à
razão de 1/3 (um terço) do salário normal.
§ 3º Considera-se de "prontidão" o empregado que ficar nas dependências
da estrada, aguardando ordens. A escala de prontidão será, no máximo, de
doze horas. As horas de prontidão serão, para todos os efeitos, contadas à
razão de 2/3 (dois terços) do salário-hora normal.

Art. 248 - Entre as horas 0 (zero) e 24 (vinte e quatro) de cada dia civil, o
tripulante poderá ser conservado em seu posto durante 8 (oito) horas, quer
de modo contínuo, quer de modo intermitente.
§ 1º - A exigência do serviço contínuo ou intermitente ficará a critério do
comandante e, neste último caso, nunca por período menor que 1 (uma)
hora.

Art. 253 - Para os empregados que trabalham no interior das câmaras


frigoríficas e para os que movimentam mercadorias do ambiente quente ou
normal para o frio e vice-versa, depois de 1 (uma) hora e 40 (quarenta)
00000000000

minutos de trabalho contínuo, será assegurado um período de 20 (vinte)


minutos de repouso, computado esse intervalo como de trabalho efetivo.

Art. 293 - A duração normal do trabalho efetivo para os empregados em


minas no subsolo não excederá de 6 (seis) horas diárias ou de 36 (trinta e
seis) semanais.

Art. 294 - O tempo despendido pelo empregado da boca da mina ao local


do trabalho e vice-versa será computado para o efeito de pagamento do
salário.

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Art. 295 - A duração normal do trabalho efetivo no subsolo poderá ser


elevada até 8 (oito) horas diárias ou 48 (quarenta e oito) semanais,
mediante acordo escrito entre empregado e empregador ou contrato
coletivo de trabalho, sujeita essa prorrogação à prévia licença da autoridade
competente em matéria de higiene do trabalho.
Parágrafo único - A duração normal do trabalho efetivo no subsolo poderá
ser inferior a 6 (seis) horas diárias, por determinação da autoridade de que
trata este artigo, tendo em vista condições locais de insalubridade e os
métodos e processos do trabalho adotado.

Art. 303 - A duração normal do trabalho dos empregados compreendidos


nesta Seção não deverá exceder de 5 (cinco) horas, tanto de dia como à
noite.

Art. 304 - Poderá a duração normal do trabalho ser elevada a 7 (sete)


horas, mediante acordo escrito, em que se estipule aumento de ordenado,
correspondente ao excesso do tempo de trabalho, em que se fixe um
intervalo destinado a repouso ou a refeição.

Art. 318 - Num mesmo estabelecimento de ensino não poderá o professor


dar, por dia, mais de 4 (quatro) aulas consecutivas, nem mais de 6 (seis),
intercaladas.
Art. 319 - Aos professores é vedado, aos domingos, a regência de aulas e
o trabalho em exames.

Art. 372 - Os preceitos que regulam o trabalho masculino são aplicáveis


ao trabalho feminino, naquilo em que não colidirem com a proteção especial
instituída por este Capítulo.
Parágrafo único - Não é regido pelos dispositivos a que se refere este artigo
o trabalho nas oficinas em que sirvam exclusivamente pessoas da família
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da mulher e esteja esta sob a direção do esposo, do pai, da mãe, do tutor


ou do filho.

Art. 373 - A duração normal de trabalho da mulher será de 8 (oito) horas


diárias, exceto nos casos para os quais for fixada duração inferior.

Art. 381 - O trabalho noturno das mulheres terá salário superior ao diurno.
§ 1º - Para os fins desse artigo, os salários serão acrescidos duma
percentagem adicional de 20% (vinte por cento) no mínimo.

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§ 2º - Cada hora do período noturno de trabalho das mulheres terá 52


(cinqüenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos.

Art. 411 - A duração do trabalho do menor regular-se-á pelas disposições


legais relativas à duração do trabalho em geral, com as restrições
estabelecidas neste Capítulo.

Art. 413 - É vedado prorrogar a duração normal diária do trabalho do


menor, salvo:
I - até mais 2 (duas) horas, independentemente de acréscimo salarial,
mediante convenção ou acôrdo coletivo nos têrmos do Título VI desta
Consolidação, desde que o excesso de horas em um dia seja compensado
pela diminuição em outro, de modo a ser observado o limite máximo de 48
(quarenta e oito) horas semanais ou outro inferior legalmente fixada;
II - excepcionalmente, por motivo de fôrça maior, até o máximo de 12
(doze) horas, com acréscimo salarial de, pelo menos, 25% (vinte e cinco
por cento) sôbre a hora normal e desde que o trabalho do menor seja
imprescindível ao funcionamento do estabelecimento.
Parágrafo único. Aplica-se à prorrogação do trabalho do menor o disposto
no art. 375, no parágrafo único do art. 376, no art. 378 e no art. 384 desta
Consolidação.
Art. 414 - Quando o menor de 18 (dezoito) anos for empregado em mais
de um estabelecimento, as horas de trabalho em cada um serão totalizadas.

Art. 432. A duração do trabalho do aprendiz não excederá de seis horas


diárias, sendo vedadas a prorrogação e a compensação de jornada.
§ 1o O limite previsto neste artigo poderá ser de até oito horas diárias para
os aprendizes que já tiverem completado o ensino fundamental, se nelas
forem computadas as horas destinadas à aprendizagem teórica.
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CLT, art. 501 - Entende-se como força maior todo acontecimento inevitável,
em relação à vontade do empregador, e para a realização do qual este não
concorreu, direta ou indiretamente.

Legislação específica
Lei 605/1949, art. 1º Todo empregado tem direito ao repouso semanal
remunerado de vinte e quatro horas consecutivas, preferentemente aos
domingos e, nos limites das exigências técnicas das empresas, nos feriados
civis e religiosos, de acordo com a tradição local.

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Lei 605/49, art. 6º Não será devida a remuneração [do descanso semanal]
quando, sem motivo justificado, o empregado não tiver trabalhado durante
toda a semana anterior, cumprindo integralmente o seu horário de
trabalho.

Lei 10.101/2000, art. 6º Fica autorizado o trabalho aos domingos nas


atividades do comércio em geral, observada a legislação municipal, nos
termos do art. 30, inciso I, da Constituição.

Lei 5.889/73, art. 7º - Para os efeitos desta Lei, considera-se trabalho


noturno o executado entre as vinte e uma horas de um dia e as cinco horas
do dia seguinte, na lavoura, e entre as vinte horas de um dia e as quatro
horas do dia seguinte, na atividade pecuária.
Parágrafo único. Todo trabalho noturno será acrescido de 25% (vinte e
cinco por cento) sobre a remuneração normal.

TST
SUM-14 CULPA RECÍPROCA
Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484
da CLT), o empregado tem direito a 50% (cinqüenta por cento) do valor do
aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais.

SUM-32 ABANDONO DE EMPREGO


Presume-se o abandono de emprego se o trabalhador não retornar ao
serviço no
prazo de 30 (trinta) dias após a cessação do benefício previdenciário nem
justificar o motivo de não o fazer.

SUM-44 AVISO PRÉVIO 00000000000

A cessação da atividade da empresa, com o pagamento da indenização,


simples ou em dobro, não exclui, por si só, o direito do empregado ao aviso
prévio.

SUM-73 DESPEDIDA. JUSTA CAUSA


A ocorrência de justa causa, salvo a de abandono de emprego, no decurso
do prazo do aviso prévio dado pelo empregador, retira do empregado
qualquer direito às verbas rescisórias de natureza indenizatória.

SUM-85 COMPENSAÇÃO DE JORNADA

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I. A compensação de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo


individual escrito, acordo coletivo ou convenção coletiva.
II. O acordo individual para compensação de horas é válido, salvo se houver
norma coletiva em sentido contrário.
III. O mero não atendimento das exigências legais para a compensação de
jornada, inclusive quando encetada mediante acordo tácito, não implica a
repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária, se
não dilatada a jornada máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo
adicional.
IV. A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de
compensação de jornada. Nesta hipótese, as horas que ultrapassarem a
jornada semanal normal deverão ser pagas como horas extraordinárias e,
quanto àquelas destinadas à compensação, deverá ser pago a mais apenas
o adicional por trabalho extraordinário.
V. As disposições contidas nesta súmula não se aplicam ao regime
compensatório na modalidade banco de horas, que somente pode ser
instituído por negociação coletiva.
VI - Não é válido acordo de compensação de jornada em atividade
insalubre, ainda que estipulado em norma coletiva, sem a necessária
inspeção prévia e permissão da autoridade competente, na forma do art.
60 da CLT.

SUM-163 AVISO PRÉVIO. CONTRATO DE EXPERIÊNCIA


Cabe aviso prévio nas rescisões antecipadas dos contratos de experiência,
na forma do art. 481 da CLT.

SUM-230 AVISO PRÉVIO. SUBSTITUIÇÃO PELO PAGAMENTO DAS HORAS


REDUZIDAS DA JORNADA DE TRABALHO
É ilegal substituir o período que se reduz da jornada de trabalho, no aviso
prévio, pelo pagamento das horas correspondentes.
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SUM-244 GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA


I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o
direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10,
II, "b" do ADCT).
II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se
der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-
se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de
estabilidade.
III - Não há direito da empregada gestante à estabilidade provisória na
hipótese de admissão mediante contrato de experiência, visto que a

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extinção da relação de emprego, em face do término do prazo, não constitui


dispensa arbitrária ou sem justa causa.
III – A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista
no art.10, inciso II, alínea b, do ADCT, mesmo na hipótese de admissão
mediante contrato por tempo determinado.

SUM-253 GRATIFICAÇÃO SEMESTRAL. REPERCUSSÕES


A gratificação semestral não repercute no cálculo das horas extras, das
férias e do aviso prévio, ainda que indenizados. Repercute, contudo, pelo
seu duodécimo na indenização por antigüidade e na gratificação natalina.
SUM-276 AVISO PRÉVIO. RENÚNCIA PELO EMPREGADO
O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de
dispensa de cumprimento não exime o empregador de pagar o respectivo
valor, salvo comprovação de haver o prestador dos serviços obtido novo
emprego.

SUM-330 QUITAÇÃO. VALIDADE


A quitação passada pelo empregado, com assistência de entidade sindical
de sua categoria, ao empregador, com observância dos requisitos exigidos
nos parágrafos do art. 477 da CLT, tem eficácia liberatória em relação às
parcelas expressamente consignadas no recibo, salvo se oposta ressalva
expressa e especificada ao valor dado à parcela ou parcelas impugnadas.
I - A quitação não abrange parcelas não consignadas no recibo de quitação
e, conseqüentemente, seus reflexos em outras parcelas, ainda que estas
constem desse recibo.
II - Quanto a direitos que deveriam ter sido satisfeitos durante a vigência
do contrato de trabalho, a quitação é válida em relação ao período
expressamente consignado no recibo de quitação.

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SUM-339 CIPA. SUPLENTE. GARANTIA DE EMPREGO. CF/1988


I - O suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, II,
"a", do ADCT a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988.
II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal,
mas garantia para as atividades dos membros da CIPA, que somente tem
razão de ser quando em atividade a empresa. Extinto o estabelecimento,
não se verifica a despedida arbitrária, sendo impossível a reintegração e
indevida a indenização do período estabilitário.

SUM-348 AVISO PRÉVIO. CONCESSÃO NA FLUÊNCIA DA GARANTIA DE


EMPREGO. INVALIDADE

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É inválida a concessão do aviso prévio na fluência da garantia de emprego,


ante a incompatibilidade dos dois institutos.

SUM-354 GORJETAS. NATUREZA JURÍDICA. REPERCUSSÕES


As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas
espontaneamente pelos clientes, integram a remuneração do empregado,
não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional
noturno, horas extras e repouso semanal remunerado.

SUM-369 DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA


I – É assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical,
ainda que a comunicação do registro da candidatura ou da eleição e da
posse seja realizada fora do prazo previsto no art. 543, § 5º, da CLT, desde
que a ciência ao empregador, por qualquer meio, ocorra na vigência do
contrato de trabalho.
II - O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988.
Fica limitada, assim, a estabilidade a que alude o art. 543, § 3.º, da CLT a
sete dirigentes sindicais e igual número de suplentes.
III - O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza
de estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria
profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente.
IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base
territorial do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade.
V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical
durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura
a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da
Consolidação das Leis do Trabalho.

SUM-371 AVISO PRÉVIO INDENIZADO. EFEITOS. SUPERVENIÊNCIA DE


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AUXÍLIO-DOENÇA NO CURSO DESTE


A projeção do contrato de trabalho para o futuro, pela concessão do aviso
prévio indenizado, tem efeitos limitados às vantagens econômicas obtidas
no período de pré-aviso, ou seja, salários, reflexos e verbas rescisórias. No
caso de concessão de auxílio-doença no curso do aviso prévio, todavia, só
se concretizam os efeitos da dispensa depois de expirado o benefício
previdenciário.

SUM-378 ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DO TRABALHO. ART.


118 DA LEI Nº 8.213/1991. CONSTITUCIONALIDADE. PRESSUPOSTOS

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I - É constitucional o artigo 118 da Lei nº 8.213/1991 que assegura o direito


à estabilidade provisória por período de 12 meses após a cessação do
auxílio-doença ao empregado acidentado.
II - São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento
superior a 15 dias e a conseqüente percepção do auxílio-doença
acidentário, salvo se constatada, após a despedida, doença profissional que
guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego.
III – O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo
determinado goza da garantia provisória de emprego decorrente de
acidente de trabalho prevista no art. 118 da Lei nº 8.213/91.

SUM-390 ESTABILIDADE. ART. 41 DA CF/1988. CELETISTA.


ADMINISTRAÇÃO DIRETA, AUTÁRQUICA OU FUNDACIONAL.
APLICABILIDADE. EMPREGADO DE EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE
ECONOMIA MISTA. INAPLICÁVEL
I - O servidor público celetista da administração direta, autárquica ou
fundacional é beneficiário da estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988.
II - Ao empregado de empresa pública ou de sociedade de economia mista,
ainda que admitido mediante aprovação em concurso público, não é
garantida a estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988.

OJ-SDI1-247 SERVIDOR PÚBLICO. CELETISTA CONCURSADO. DESPEDIDA


IMOTIVADA. EMPRESA PÚBLICA OU SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA.
POSSIBILIDADE
I - A despedida de empregados de empresa pública e de sociedade de
economia mista, mesmo admitidos por concurso público, independe de ato
motivado para sua validade;
II - A validade do ato de despedida do empregado da Empresa Brasileira
de Correios e Telégrafos (ECT) está condicionada à motivação, por gozar a
empresa do mesmo tratamento destinado à Fazenda Pública em relação à
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imunidade tributária e à execução por precatório, além das prerrogativas


de foro, prazos e custas processuais.

OJ-SDI1-270 PROGRAMA DE INCENTIVO À DEMISSÃO VOLUNTÁRIA.


TRANSAÇÃO EXTRAJUDICIAL. PARCELAS ORIUNDAS DO EXTINTO
CONTRATO DE TRABALHO. EFEITOS
A transação extrajudicial que importa rescisão do contrato de trabalho ante
a adesão do empregado a plano de demissão voluntária implica quitação
exclusivamente das parcelas e valores constantes do recibo.
OJ-SDI1-356 PROGRAMA DE INCENTIVO À DEMISSÃO VOLUNTÁRIA (PDV).
CRÉDITOS TRABALHISTAS RECONHECIDOS EM JUÍZO. COMPENSAÇÃO.
IMPOSSIBILIDADE

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Os créditos tipicamente trabalhistas reconhecidos em juízo não são


suscetíveis de compensação com a indenização paga em decorrência de
adesão do trabalhador a Programa de Incentivo à Demissão Voluntária
(PDV).
OJ-SDI1-365 ESTABILIDADE PROVISÓRIA. MEMBRO DE CONSELHO
FISCAL DE SINDICATO. INEXISTÊNCIA
Membro de conselho fiscal de sindicato não tem direito à estabilidade
prevista nos arts. 543, § 3º, da CLT e 8º, VIII, da CF/1988, porquanto não
representa ou atua na defesa de direitos da categoria respectiva, tendo sua
competência limitada à fiscalização da gestão financeira do sindicato (art.
522, § 2º, da CLT).
OJ-SDI1-369 ESTABILIDADE PROVISÓRIA. DELEGADO SINDICAL.
INAPLICÁVEL
O delegado sindical não é beneficiário da estabilidade provisória prevista no
art. 8º, VIII, da CF/1988, a qual é dirigida, exclusivamente, àqueles que
exerçam ou ocupem cargos de direção nos sindicatos, submetidos a
processo eletivo.
OJ-SDC-16 TAXA DE HOMOLOGAÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL.
ILEGALIDADE
É contrária ao espírito da lei (art. 477, § 7º, da CLT) e da função precípua
do Sindicato a cláusula coletiva que estabelece taxa para homologação de
rescisão contratual, a ser paga pela empresa a favor do sindicato
profissional.
OJ-SDC-30 ESTABILIDADE DA GESTANTE. RENÚNCIA OU TRANSAÇÃO DE
DIREITOS CONSTITUCIONAIS. IMPOSSIBILIDADE
Nos termos do art. 10, II, "b", do ADCT, a proteção à maternidade foi
erigida à hierarquia constitucional, pois retirou do âmbito do direito
potestativo do empregador a possibilidade de despedir arbitrariamente a
empregada em estado gravídico. Portanto, a teor do artigo 9º da CLT,
torna-se nula de pleno direito a cláusula que estabelece a possibilidade de
renúncia ou transação, pela gestante, das garantias referentes à
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manutenção do emprego e salário.

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