Classificação Doutrinária de Crimes
Classificação Doutrinária de Crimes
Classificação Doutrinária de Crimes
Crime doloso: Crime cometido com a intenção de praticar a conduta , o agente prevê o
resultado lesivo de sua conduta (dolo direto) ou assumindo o risco de produzi-la (dolo
eventual).
Crime culposo: Ato ilícito praticado sem a intenção , mas a ele dá causa por imprudência,
negligência ou imperícia.
Exemplo : Quando um motorista trafegando por via pública em alta velocidade, agindo com
imprudência , atropela um pedestre que circulava pelo local.
Crime preterdoloso: caracteriza-se quando o agente pratica uma conduta dolosa, menos
grave , porém obtém um resultado danoso mais grave do que o pretendido , na forma
culposa.
Exemplo : Uma pessoa tem a intenção de causar uma lesão , e soca a outra no rosto,
e essa acaba caindo , batendo a cabeça e morrendo.
- Crime instantâneo, permanente e instantâneo de efeitos permanentes.
Crime instantâneo: Aquele em que há consumação imediata, em único instante, ou
seja ,uma vez encerrado está consumado, o resultado não se prolonga no tempo.
Crime permanente: A consumação se prolonga no tempo , por vontade do agente.
Exemplo : O crime de sequestro, que se consuma com a retirada da liberdade da
vítima, mas o delito continua consumando-se enquanto a vítima permanecer em poder
do agente.
Crime instantâneo de efeito permanente: A consumação também ocorre em momento
determinado , mas os efeitos dela decorrentes são irreversíveis.
Exemplo : Homicídio , é instantâneo , pois se consuma em um momento imediato, cujo
resultado é irreversível , seus efeitos são permanentes.
- Crime consumado e tentado.
Crime consumado: Quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal.
Crime tentado: Quando , iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias
alheias à vontade do agente.
- Crime de dano e de perigo.
Crime privilegiado: Ocorre esse tipo de crime quando o legislador, após a descrição do
delito, estabelecer circunstâncias com o intuito de reduzir a pena.
Exemplo : caso o homicídio for praticado por motivo de relevante valor social ou
moral, a pena será reduzida de 1/6 a 1/ 3.
- Crime plurissubjetivo e unissubjetivo
Crime plurissubjetivo: Exige dois ou mais agentes para a prática da conduta criminosa,
as condutas podem ter o mesmo objetivo.
Exemplo : Crime de formação de quadrilha.
Crime unissubjetivo: É aquele que pode ser praticado por uma só pessoa, embora nada
impeça a co-autoria ou a participação.
Exemplo : Calúnia e estelionato.
- Crime comissivo e omissivo
Crime comissivo: São aqueles que consistem na prática de uma ação positiva visando
um resultado ilícito, ou seja, fazer o que a lei proíbe.
Exemplo : O furto , ato de subtrair coisa alheia.
Crime omissivo: Podem ser próprios ou impróprios.
O crime omissivo próprio consiste em deixar de realizar uma conduta, tendo a
obrigação jurídica de fazê-lo. Ou seja, é a abstenção de uma conduta devida, que
poderia ou deveria ter sido realizada. Por exemplo, no caso de omissão de socorro,
onde uma pessoa deixa de prestar assistência à outra simplesmente por que não quis
fazê-lo. Sua simples omissão é um crime.
Já o crime omissivo impróprio , a omissão é o meio através do qual o agente produz
um resultado. Nesse tipo de crime, em regra a omissão não constitui crime, mas o fato
de ter condicionado uma lesão ao bem jurídico. Nesse caso, o agente responde não
pela omissão, mas pelo resultado causado por esta.
- Crime unissubsistente e plurissubsistente
Crime unissubsistente: o conjunto de um só ato (ato único). Por esse motivo não existe
a tentativa. Exemplo: injúria verbal
Crime plurissubsistente: é o constituído de vários atos, que fazem parte de uma única
conduta. Exemplo: roubo (violência ou constrangimento ilegal + subtração).
- Crime habitual
Descreve a reiteração ou habitualidade de uma mesma conduta reprovável, ilícita, de
forma a constituir um estilo ou hábito de vida. É o caso do crime de curandeirismo,
quando o agente pratica as ações com intenção de lucro, a habitualidade aqui, é em
face do próprio autor da conduta e não do crime.