Relatorio 2 - Dilatação - UnB
Relatorio 2 - Dilatação - UnB
Relatorio 2 - Dilatação - UnB
Grupo 5
Participantes:
1.Introdução Teórica:
A maioria dos materiais sofre expansão ou dilatação térmica quando aquecidos. As estruturas das
pontes devem ser projetadas com suportes e juntas especiais para permitir a dilatação dos
materiais. Uma garrafa cheia de água e tampada muito firmemente pode quebrar quando for
aquecida; no entanto, você pode afrouxar a tampa metálica de um recipiente jogando água quente
sobre ela. Todas essas situações exemplificam a dilatação térmica.
Supondo que uma barra possua comprimento 𝐿" em uma dada temperatura 𝑇" . Quando a
temperatura varia de ∆𝑇, o comprimento varia de ∆𝐿. A experiência mostra que, quando ∆𝑇 não
é muito grande, ∆𝐿 é diretamente proporcional a ∆𝑇. Quando duas barras feitas com o mesmo
material sofrem a mesma variação de temperatura, mas uma possui o dobro do comprimento da
outra, então a variação do comprimento também é duas vezes maior.
Portanto, ∆𝐿 também deve ser proporcional a 𝐿" . Introduzindo uma constante de
proporcionalidade (que não é a mesma para todos os materiais), podemos expressar essas
dependências mediante a equação:
∆𝐿 = 𝛼𝐿" ∆𝑇
A constante 𝛼, que descreve as propriedades de expansão térmica de um dado material,
denomina-se coeficiente de dilatação linear.
2.Objetivos:
Determinar experimentalmente o coeficiente de dilatação térmica linear do latão, do aço, e do
alumínio.
3.Materiais:
• 3 dilatômetros lineares com tubos de latão, aço e alumínio, respectivamente;
• Circulador de água com aquecedor e controle de temperatura;
• Termômetro.
4.Procedimentos:
O procedimento consiste em determinar qual metal foi dado a cada grupo por meio de seu
coeficiente de dilatação linear. Dentro de cada circulador de água é colocado gelo com a finalidade
de esfriar o tubo, assim que o fluxo de água começar a passar por ele. Após chegar a temperatura
mínima (em torno de 3~5°C), ajusta-se o relógio comparador para a marca de 0 (ZERO) e aumenta-
se a temperatura de 5°C em 5°C, até chegar a 70°C (a temperatura anotada deve ser a que está
indicada no termômetro, não no dilatômetro, pois este é muito impreciso). Medir a variação que o
relógio comparador faz a cada aumento de temperatura programado.
5.Resultados e Análise:
Comprimento inicial do metal 1: 𝐿" = 83,00 ± 0,05 𝑐𝑚
Tabela 2 – Metal 2.
Temperatura (ºC) ∆𝑇 (º𝐶) ∆𝐿 (mm) ∆𝐿/𝐿"
3,5 ± 0,5 0 ± 0,7 0 ± 0,005 0 ± 0,000008
8,5 ± 0,5 5,0 ± 0,7 0,060 ± 0,005 0,000096 ± 0,000008
14,5 ± 0,5 11,0 ± 0,7 0,120 ± 0,005 0,000192 ± 0,000008
19,0 ± 0,5 15,5 ± 0,7 0,170 ± 0,005 0,000272 ± 0,000008
24,0 ± 0,5 20,5 ± 0,7 0,220 ± 0,005 0,000352 ± 0,000008
29,0 ± 0,5 25,5 ± 0,7 0,270 ± 0,005 0,000432 ± 0,000008
34,0 ± 0,5 30,5 ± 0,7 0,330 ± 0,005 0,000528 ± 0,000008
39,0 ± 0,5 35,5 ± 0,7 0,370 ± 0,005 0,000592 ± 0,000008
44,0 ± 0,5 40,5 ± 0,7 0,430 ± 0,005 0,000688 ± 0,000008
49,0 ± 0,5 45,5 ± 0,7 0,480 ± 0,005 0,000768 ± 0,000008
54,0 ± 0,5 50,5 ± 0,7 0,540 ± 0,005 0,000864 ± 0,000008
59,0 ± 0,5 55,5 ± 0,7 0,590 ± 0,005 0,000944 ± 0,000008
64,0 ± 0,5 60,5 ± 0,7 0,640 ± 0,005 0,001024 ± 0,000008
69,0 ± 0,5 65,5 ± 0,7 0,690 ± 0,005 0,001104 ± 0,000008
Gráfico 1- Três curvas da variação fracional do comprimento dos tubos em função da variação da
temperatura.
O coeficiente angular obtido pelo gráfico será o coeficiente de dilatação linear, já que:
∆𝐿 = 𝛼𝐿" ∆𝑇
∆𝐿
= 𝛼∆𝑇
𝐿"
Equação aproximada obtida de cada curva por regressão linear:
∆;
Material 1: = 0,00000996 ± 0,00000008 ∆𝑇 𝛼= = 0,996. 10?@ ± 0,008. 10?@ º𝐶 ?=
;<
∆;
Material 2: = 0,0000168 ± 0,0000001 ∆𝑇 𝛼A = 1,68. 10?@ ± 0,01. 10?@ º𝐶 ?=
;<
∆;
Material 3: = 0,0000212 ± 0,0000001 ∆𝑇 𝛼B = 2,12. 10?@ ± 0,01. 10?@ º𝐶 ?=
;<
A partir dos valores dos coeficientes de cada material, pode-se descobrir a natureza de cada
metal comparando cada constante encontrada com os valores tabelados dos coeficientes.
A partir da comparação entre os valores, percebe-se que o material 1 era o aço, o material 2 era o
latão e o material 3 era o alumínio. Mesmo que os valores tabelados não estejam dentro da faixa
de erro das constantes calculadas, ainda pode-se afirmar a natureza de cada material ao analisar a
proximidade entre cada valor. Ademais, ao observar os gráficos formados, percebe-se que a
análise inicial é correta, visto que, quanto mais inclinada a reta, maior é o coeficiente de
dilatação, o que confirma a afirmação dita no início do parágrafo.
6.Conclusão:
Os objetivos do experimento foram alcançados com êxito, ocorrendo tudo dentro do esperado.
A partir da análise das tabelas, gráficos e coeficientes lineares, constatou-se que o metal 3
apresentou maior dilatação, devido ao seu maior coeficiente linear. O material 2, por ter α1 ≤ α2
≤ α3, teve dilatação intermediária. Já o metal 3, por ter o menor α, teve a menor dilatação. Além
disso, foi possível determinar o tipo de metal que cada material era.
7.Bibliografia:
[1] JOSE, Edson. Tabela: coeficiente de dilatação linear de alguns materiais. Disponível em:
<http://docente.ifrn.edu.br/edsonjose/disciplinas/fisica-ii-licenciatura-em-quimica-1/tabela-
coeficiente-de-dilatacao-linear-de-alguns-materiais/view> Acesso em:8 de abril de 2019.
[2] YOUNG & FREEDMAN. Física II Termodinâmica e Ondas. 12 ed. São Paulo: Pearson,
2008.