Divórcio Consensual - Deroci Santana Ok

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 6

EXECELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA

ÚNICA DA COMARCA DE NOVO REPARTIMENTO-PA

DEROCI SANTANA, brasileiro, casado, lavrador, portador da


cédula de identidade RG nº 2201600, SSP/PA, inscrito no CPF nº
393.890.652-91, residente e domiciliado na Av. Brasil, Quadra D, Casa
01, Vale do Sol II, e LUCIANA DORTA SANTANA, brasileira, casada,
balconista, portadora da cédula de identidade RG nº 4250101, SSP/PA,
inscrita no CPF nº 672.240.672-53, residente e domiciliada na Rua
Jambo, Quadra 10, Casa 13, Vila Nova, Novo Repartimento - PA, por
meio do seu advogado infra-assinado com procuração anexa, com
endereço profissional e eletrônico constante no rodapé, doravante
encaminhadas às intimações do feito, vem, respeitosamente, a presença
de Vossa Excelência, propor:

AÇÃO DE DIVÓRCIO CONSENSUAL


I- DA JUSTIÇA GRATUITA

Inicialmente, requer a Vossa Excelência que sejam deferidos os


benefícios da Assistência Judiciária, por não ter condições de arcar com
as custas processuais e honorários advocatícios, sem comprometer o
seu orçamento familiar.

Conforme inteligência do parágrafo único do artigo 2º da Lei n.º


1.060/50, temos a definição legal da pessoa desprovida de meios
financeiros, ao estabelecer que:

Art. 2º. (...) Parágrafo Único. Considera-se necessitado, para os fins


legais, todo aquele cuja situação econômica não lhe permita pagar as
custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo do
sustento próprio ou da família.

Sendo assim, segundo dispõe o artigo 4º, da Lei n.º 1.060/50,


com as alterações introduzidas pela Lei n.º 7.510/86, a parte gozará dos
benefícios da assistência judiciária, mediante simples afirmação, na
própria petição inicial, de que não está em condições de pagar as custas
do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo próprio ou de
sua família.

Pelo exposto, com base na garantia jurídica que a lei oferece,


requerem os Autores, a concessão do beneficio da justiça gratuita, em
todos os seus termos, a fim que seja isentos de qualquer ônus
decorrente do presente feito.
II- DA SINTESE FÁTICA

O requerente casou com a requerida em 22 de Julho de 1997,


sob o regime de Comunhão de Bens, junto ao Tabelionato Antonio Oscar
Demétrio 2º Oficio, Tucuruí - PA (certidão de casamento anexa).

Desta união os bens que foram adquiridos ficaram com a ex


companheira, os filhos que vieram da união o primogênito já se
encontram na maioridade civil e o menor se encontra sob guarda da
mãe, ao qual ficou assegurado a quantia de 25% do salário mínimo de
pensão aos mesmos.

O requerente já se encontra separado da requerida de FATO há


vários anos, e não teve mais qualquer tipo de relação com a mesma.

Por consequência, transcorrido o período de separação de fato do


casal e objetivando legalizar a sua vida pessoal desse relacionamento
com sua ex - esposa, pretende o requerente desfazer o vinculo conjugal
que ainda mantém com a requerida.

Dessa forma, não havendo mais nenhuma ligação de sentimento


entre o casal, não há porque se perpetuar tamanha ligação entre ambos,
sendo assim o divorcio é o remédio obrigatório para tal fim.

III- DO DIREITO
Após a publicação da Emenda Constitucional 66, de 13 de julho
de 2010, os casais que desejam se divorciar pode fazê-lo sem a
necessidade da separação prévia. Ou seja, hoje a decisão de manter-se
a relação matrimonial é do casal e conforme demonstrado, no caso do
requerente, não existe há tempos, nenhuma possibilidade de reatar esse
romance mal sucedido, ou seja, no caso fático, não cabe ao Estado
intervir na vontade e necessidades das pessoas, infringindo assim o
direito a liberdade, a intimidade da vida privada e à dignidade da pessoa
humana. Assim se posiciona Maria Berenice Dias, senão vejamos:

“(...) estando à sociedade vivendo um novo momento histórico, tão


bem apreendido pela Constituição Federal, que trouxe um sem
números de garantias ao cidadão e assegurou-lhe a liberdade e o
respeito à dignidade, é de se questionar se o Estado dispõe de
legitimidade para impor aos cônjuges restrições à sua vontade de
romper o casamento”.

Nesse sentido, também agora dispõe a nova redação à


Constituição Federal, em seu artigo 226, parágrafo 6º que:

Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do


Estado.
(...)
§6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio.

Os requerentes, por estarem separados há mais de 05 (cinco)


requerem a homologação do divórcio consensual, previsto no art. 731 do
CPC, conforme abaixo:

Art. 731. A homologação do divórcio ou da separação consensuais,


observados os requisitos legais, poderá ser requerida em petição
assinada por ambos os cônjuges, da qual constarão:

I – as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns;

II – as disposições relativas à pensão alimentícia entre os cônjuges;


III – o acordo relativo à guarda dos filhos incapazes e ao regime de
visitas; e

IV – o valor da contribuição para criar os filhos.

Os requerentes declaram que não possuem bens móveis ou


imóveis e nem dividas, a serem partilhadas.

IV - DAS PROVAS

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em


direito admitidos, especialmente pelo depoimento pessoal do Autor, oitiva
de testemunhas, documentos já anexados, bem como outras provas
eventualmente cabíveis, para fins de direito.

V – DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer a Vossa Excelência:

A) A concessão do beneficio da Assistência Judiciária


Gratuita, nos termos do inciso LXXIV, do art. 5º da
Constituição Federal de 1988, art. 98, NCPC e arts. 1º e 4º
da Lei Federal nº 1.060/50, por não ter condições de arcar
com custas processuais e honorários advocatícios;
B) Que seja intimado o ilustre Membro do Ministério Público,
para que seja ouvido e se manifeste acerca da presente
ação;

C) A procedência do pedido com a homologação do divórcio


consensual do casal nas condições expostas nesta
exordial, com a expedição do mandado de averbação;

D) O pagamento da pensão alimentícia correspondente ao


valor de 25% do salário mínimo vigente, correspondente a
R$ 238,50 (duzentos e trinta e oito reais e cinquenta
centavos);

Dá-se a causa o valor de R$ 954,00 (novecentos e cinquenta e


quatro reais), a títulos fiscais.

Nestes termos,
Pede deferimento.

Novo Repartimento, 25 de junho de 2019

Cândido Lima Júnior


OAB-PA 25.926-A

Você também pode gostar