Fundamentos e Aplicacoes em Engenharia Civil (Final)
Fundamentos e Aplicacoes em Engenharia Civil (Final)
Fundamentos e Aplicacoes em Engenharia Civil (Final)
em Engenharia Civil
Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 5
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 8
UNIDADE I
CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE.................................................................................................... 9
CAPÍTULO 1
EVOLUÇÃO E ORIGENS NA HISTÓRIA DAS SOCIEDADES HUMANAS............................................ 9
CAPÍTULO 2
AS DIVERSAS CIÊNCIAS........................................................................................................... 14
CAPÍTULO 3
OS MÉTODOS CIENTÍFICOS..................................................................................................... 18
UNIDADE II
A HISTÓRIA DA ENGENHARIA................................................................................................................ 20
CAPÍTULO 1
ORIGEM E EVOLUÇÃO DA ENGENHARIA CIVIL......................................................................... 20
UNIDADE III
A ENGENHARIA CIVIL BRASILEIRA.......................................................................................................... 27
CAPÍTULO 1
CONCEITOS E FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA ENGENHARIA........................................ 27
UNIDADE IV
CARACTERIZAÇÃO DA PROFISSÃO DE ENGENHEIRO............................................................................. 33
CAPÍTULO 1
FUNÇÕES NA ENGENHARIA CIVIL............................................................................................ 33
CAPÍTULO 2
PERFIL PSICOPROFISSIONAL DO ENGENHEIRO......................................................................... 39
CAPÍTULO 3
ÁREAS DE ATUAÇÃO E ATRIBUIÇÕES........................................................................................ 42
CAPÍTULO 4
PÓS-GRADUAÇÃO NA ENGENHARIA CIVIL............................................................................... 45
UNIDADE V
CONCEPÇÃO E PROJETO DE ENGENHARIA.......................................................................................... 50
CAPÍTULO 1
O EMPREENDIMENTO DE ENGENHARIA E SUAS FASES............................................................... 50
UNIDADE VI
A ENGENHARIA DO FUTURO................................................................................................................. 56
CAPÍTULO 1
VISÃO SISTÊMICA, A ERA DA INFORMÁTICA CONDICIONANTES ECONÔMICOS E
AMBIENTAIS, PERSPECTIVAS E MUDANÇAS TECNOLÓGICAS, SOCIAIS E CULTURAIS.................... 56
CAPÍTULO 2
PROBLEMAS DE ENGENHARIA.................................................................................................. 68
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 70
Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se entendem
necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. Caracteriza-se pela
atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela interatividade e modernidade
de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade dos conhecimentos
a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos específicos da área e atuar de forma
competente e conscienciosa, como convém ao profissional que busca a formação continuada para
vencer os desafios que a evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo a facilitar
sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na profissional. Utilize-a
como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em capítulos, de
forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos básicos, com questões
para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam a tornar sua leitura mais agradável. Ao
final, serão indicadas, também, fontes de consulta, para aprofundar os estudos com leituras e
pesquisas complementares.
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de Estudos
e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Praticando
Atenção
6
Saiba mais
Sintetizando
Exercício de fixação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não
há registro de menção).
Avaliação Final
7
Introdução
Gostaria de introduzir o nosso tema fazendo uma pergunta a você. Qual a importância da construção
civil no desenvolvimento humano e das cidades? Esta pergunta é de fundamental importância para
iniciarmos os nossos estudos! Você já parou para pensar como procuramos criar um ambiente
confortável para nossa sobrevivência? Estamos sempre buscando melhorar, evoluir e construir
cidades cada vez mais sustentáveis? Você já parou para pensar sobre isto? Você, de fato, já estudou
sobre a engenheira como responsável pela melhoria de vida nas cidades.
Com esta intenção, este módulo sobre “Fundamentos e aplicações em Engenharia Civil” foi
elaborado. Você estudará na Unidade I o percurso que o conhecimento sobre o desenvolvimento
humano, por meio da ciência, tecnologia e sociedade, percorreu ao longo dos tempos para chegar ao
que temos hoje. Estudará, também, sobre a evolução e origens na história da ciência nas sociedades
humanas, as diversas ciências e sobre os métodos científicos.
Já na Unidade II, você terá contato com a história da engenharia. Estudará a origem e a evolução
da engenharia civil no mundo. Na Unidade III, você receberá informações sobre a engenharia civil
brasileira. Na Unidade IV, você conhecerá a caracterização da profissão de engenheiro, por meio
de temas como funções, perfil psicoprofissional, áreas de atuação e pós-graduação. Na Unidade V,
você receberá conceitos e informações básicas sobre concepção e projeto de engenharia. A última
unidade apresenta temas importantes tais como, a engenharia do futuro, em que abordamos uma
visão sistêmica, a era da informática, condicionantes econômicos e ambientais, perspectivas e
mudanças tecnológicas, sociais e culturais, além de problemas na engenharia.
Esperamos que você aproveite bem seus estudos e que eles possam contribuir, de fato, para o seu
sucesso como profissional de Engenharia!
Objetivos
»» Conhecer os principais conceitos e a história da engenharia civil, bem como as suas
contribuições para a sociedade, percebendo que a importância e o grau de influência
das atividades da construção civil no meio ambiente e na sociedade.
8
CIÊNCIA,
TECNOLOGIA E UNIDADE I
SOCIEDADE
CAPÍTULO 1
Evolução e origens na história das
sociedades humanas
9
UNIDADE I │ CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE
Mesopotâmia
É a região compreendida entre os rios Tigre e Eufrates, onde atualmente é o Iraque. Nesta região,
tem a primeira citação da existência de uma esteira movimentada sobre troncos. O povo sumério já
nessa época apresentava conhecimentos para construção de muralhas e casas para as suas cidades.
Existem registros de 2000 a.C. que descrevem o uso de um astrolábio, instrumento de astronomia
que consistia em haste deslizante e círculo graduado em 60 segmentos, base do sistema numérico
por eles utilizado. Esse sistema serviu de base para o nosso sistema atual de 360 graus. Uma das
contribuições substanciais desse povo foi o Código de Hamurabi, que representa o conjunto de leis
escritas. Uma das valiosas contribuições registradas na Mesopotâmia é, sem dúvida, o Código de
Hamurabi, um dos reis da Babilônia, que entre outras leis, especificava a respeito das construções
ás seguintes leis:
1. “O construtor que erguer uma casa e que tal casa sofra desabamento causando a
morte de seu dono será também penalizado com a morte”;
3. “Caso a casa desabe sem perdas humanas, o construtor deverá reerguer a casa às
suas próprias expensas”;
Podemos observar o rigor nas penalidades pelos erros cometidos pelos profissionais da época, em
qualquer tempo a preservação a vida e bem-estar são obrigatórios; uma das ações dos construtores
da Mesopotâmia é também a construção de canais de irrigação, cujos traços permanecem ainda
hoje. Há registros de canais com aproximadamente 120 m por 360 km.
Os egípcios
Um povo que, por muito tempo, intrigou em suas obras pela precisão, complexidade e grandiosidade
de suas construções para época. O construtor, no Egito antigo, tinha tanta importância que a ele era
dispensado o título de “chefe dos trabalhos”, assegurando-lhe, inclusive, um símbolo nas escritas
hieroglíficas. O povo egípcio dominava as técnicas de irrigação e de agricultura; construíram diques,
dominavam o transporte através dos rios. Foi o povo que construiu as maiores e mais resistentes
estruturas até hoje, sendo as pirâmides as mais famosas, Os túmulos dos faraós deveriam refletir
toda sua importância. O povo egípcio acreditava em vida após a morte e, como tal, esta deveria ter
continuidade. Uma das grandiosidades das pirâmides é que podiam chegar a ter dois milhões de
blocos, cada um com 2,5 toneladas. Umas das principais pirâmides construídas foram: Sakara,
Quéops, Quéfren e Miquerinos.
10
CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE │ UNIDADE I
Os gregos
Nenhum povo do mundo antigo contribuiu tanto para a riqueza e a compreensão da Política, no seu
sentido mais amplo, como fizeram os gregos. Os nomes de Sócrates, Platão e Aristóteles, no campo
da teoria, de Péricles e de Demóstenes, na arte da oratória, estão presentes em qualquer estudo
erudito que se faça a respeito, e até mesmo nos mais singelos manuais de divulgação.
Aristóteles formalizou o pensamento lógico dedutivo. Na Idade Média, este pensamento lógico
dedutivo foi usado em abundância pelos filósofos escolásticos, e o resultado foi um total vazio
científico durante essa época. Francis Bacon, na Renascença, afirmava que: “A lógica de Aristóteles
é ótima para criar brigas e contendas, mas totalmente incapaz de produzir algo de útil para a
humanidade.”.
A Cloaca Massima ou “Grande Esgoto”, em Roma é uma grande rede subterrânea que foi construída
no final do Século VI a.C, para receber esgoto e lixo, águas pluviais, e funcionam até os dias de hoje,
com mais de dois milênios de existência. Os engenheiros civis romanos desenvolviam projetos de
construção de pontes em arcos constituídos por blocos de rochas, estradas pavimentadas, palácios,
entre outras grades projetos de engenharia civil e arquitetura, que permanecem até hoje.
Heron de Alexandria. Geômetra e engenheiro grego, Heron esteve ativo em torno do ano 62. É
especialmente conhecido pela fórmula que leva seu nome e aplica-se ao cálculo da área do triângulo.
Seu trabalho mais importante no campo da geometria, Metrica, permaneceu desaparecido até 1896.
Ficou conhecido por inventar um mecanismo para provar a pressão do ar sobre os corpos, que ficou
para a história como o primeiro motor a vapor documentado, a eolípila.
Os romanos
Entre as inovações técnicas, pode-se destacar: a construção de aquedutos, arenas, templos, torres,
piscinas públicas, entre diversas outras obras com grande durabilidade. Observa-se que os romanos
11
UNIDADE I │ CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE
baseavam-se mais na experiência prática do que na teoria. Tinham em sua solução a utilização
da hidráulica e o cimento.
Idade Média
Na Idade Média, o pensamento lógico alheio ao fato experimental já se demonstrou ineficiente para
criação de teorias científicas e para descrever a natureza.
René Descartes, já afirmava que: “Matemática é uma ferramenta para se fazer ciência, mas não é
uma ciência”.
A matemática – inclusa a lógica – é a linguagem com a qual se descreve a natureza. Sócrates, Platão
e Demócrito defendiam que somente a matemática traz clareza ao pensamento.
Meirelles (1996) relata que principiou com a edificação urbana, estendeu-se gradativamente a todos
os domínios da atividade pacífica do homem como fator de progresso e elemento de civilização.
Transformou-se em indústria – a indústria da construção civil descobriu novos campos, aplicou
novas técnicas, utilizou novos materiais, solicitou novas especializações, ensejando, assim, o florescer
da Engenharia Civil e da Arquitetura e, paralelamente, o alvorecer do Urbanismo. Finalmente, a
complexidade da vida urbana e a trama das metrópoles converteram a construção numa atividade
eminentemente técnica e especializada, privativa de profissionais habilitados, que porfiam em
adaptar a estrutura e a forma à função social que a construção desempenha em nossos dias.
1637 – Descarte publicou o primeiro tratado da geometria analítica e formula as leis da refração;
12
CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE │ UNIDADE I
Princípios na ciência
Pode-se dizer que a ciência apoia-se basicamente, entre outros, sobre cinco pilares:
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CAPÍTULO 2
As diversas ciências
A área de Construção Civil tem interfaces com diversas outras áreas profissionais.
Além da nítida integração com a área de Gestão, claramente definida nas atividades
de gerenciamento da execução e de obras, devem ser ressaltadas as relações com
as áreas de Transporte, Tecnologia, Geomática, Mineração, Química, Meio Ambiente,
Agropecuária, Artes, Design, Saúde, Informática e Comércio.
Em que consiste a natureza humana? O que diferencia o ser humano dos demais
seres vivos? Essas são algumas das questões centrais da antropologia filosófica.
Como se vê, o ser humano produz diversos tipos de informações, conhecimentos e
saberes. Ele é capaz porque pensa, problematiza, raciocina, julga, avalia, decide e age
no mundo. O humano é internacional e relacional, e é, em meio às múltiplas relações
que vivencia no mundo que ele pode construir, representações aproximativas deste
mundo.
As diversas ciências
Semelhante à indagação filosófica, o saber científico também é racional e é produzido mediante a
investigação da realidade, seja por meio de experimentos, seja por meio da busca do entendimento
lógico de fatos, fenômenos, relações, coisas, seres e acontecimentos que ocorrem na realidade
cósmica, humana e natural. Trata-se de um conhecimento que é sistemático, metódico e que não é
realizado de maneira espontânea, intuitiva, baseada na fé ou simplesmente na lógica racional. Ele
prevê, ainda, experimentação, validação e comprovação daquilo a que chega a título de representação
do real. Mediante as leis que formula, o conhecimento científico possibilita ao ser humano elaborar
instrumentos que são utilizados para intervir na realidade e transformá-la para melhor ou para pior.
O termo ciência pode ser encarado sob dois pontos de vista: objetivo e subjetivo.
»» Subjetivo: a ciência é o conhecimento certo das coisas por suas causas ou por suas
leis. (A pesquisa das causas propriamente ditas (ou o porquê das coisas) é reservada
principalmente à Filosofia.). Só existe ciência do geral e do necessário. Isto resulta
da própria definição da ciência.
14
CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE │ UNIDADE I
A classificação das ciências tem por objeto determinar e ordenar logicamente esses grupos ou
categorias.
As diferentes classificações
Os filósofos, há muito procuram classificar racionalmente as ciências. Tal classificação teria, com
efeito, a vantagem de dar uma espécie de quadro ordenado de todo o real. Os principais ensaios
de classificação são os seguintes:
As ciências
O homem é objeto de estudo das diversas ciências, como Filosofia, Física, Biologia, Psicologia,
Sociologia, Antropologia, etc., que procuram descrever e explicar os aspectos multitemáticos de sua
vida, e suas necessidades são objeto de estudos em outras ciências, mas todas têm como objetivo
melhorar a qualidade de vida ou entender a dinâmica do problema.
Filosofia
Filosofia é um termo com variadas definições. A filosofia busca o saber absoluto, as causas de todas
as coisas, a essência do ser, a realidade total e absoluta. As primeiras ideias foram desenvolvidas no
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UNIDADE I │ CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE
século VI a.C, com o filósofo grego Tales de Mileto e, mais tarde, com Platão, Sócrates e Aristóteles.
Eis alguns dos principais filósofos:
»» La Mattrie (1709-1751);
Física
Física é a ciência que estuda os fenômenos naturais e as propriedades das matérias, segundo ordem
e critérios teóricos e experimentais. Os mais importantes físicos:
»» Ptolomeu (100-178);
»» Copérnico (1473-1543);
»» Galileu (1564-1642);
»» Kepler (1571-1630);
»» Bessel (1784-1846);
Biologia
Biologia é a ciência que estuda a estrutura, a função e a evolução dos seres vivos. Destacaram-se
nesse ramo da ciência:
»» Vesálio (1514-1564);
16
CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE │ UNIDADE I
»» Harvey (1578-1657);
»» Lineu (1707-1778).
Agropecuária, a interface da construção civil dá-se, por exemplo, no que se refere ao extrativismo da
madeira, quanto à especificação de seus tipos, às suas propriedades físicas e mecânicas, às técnicas
de beneficiamento, conservação e estocagem, à resistência ao ataque de térmitas e fungos, etc.
A informática ou tecnologia computacional é uma área que praticamente está interagindo com
todas as áreas profissionais; na construção civil, está caracterizada no uso e no desenvolvimento de
ferramentas computacionais para auxílio e intervenção na execução em projetos.
<http://pt.wikiquote.org/wiki/Special:Search/ci%C3%AAncia>
<http://pt.wikiquote.org/wiki/Special:Search/Categoria:ci%C3%AAncias>
<http://pt.wiktionary.org/wiki/Special:Search/ci%C3%AAncia>
<http://pt.wikinews.org/wiki/Special:Search/ci%C3%AAncia>
17
CAPÍTULO 3
Os métodos científicos
Podemos utilizar novos métodos para organizar o canteiro de obras com a intenção
de que os resíduos da construção sejam menores e não tenham grande impacto
no meio ambiente, mas os impactos provocados por essas novas intervenções
podem criar alguns inconvenientes para as pessoas que moram ou transitam na
região onde foram executadas. A escolha do método e das tecnologias influencia no
desenvolvimento do projeto? As ciências buscam novos métodos e soluções?
Conceitos
O método científico é o conjunto de passos seguidos por uma ciência para alcançar conhecimentos
válidos, podendo estes ser verificados por instrumentos fiáveis. O método científico é, por assim
dizer, o conjunto de passos que permite que o investigador descarte a sua própria subjetividade.
Método é uma palavra que provém do termo grego methodos (“caminho” ou “via”) e que se refere
ao meio utilizado para chegar a um fim.
Segundo o filósofo inglês Francis Bacon, as várias etapas do método científico são:
»» Indução: com base em observações extrai-se o princípio particular de cada uma delas,
18
CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE │ UNIDADE I
19
A HISTÓRIA DA UNIDADE II
ENGENHARIA
CAPÍTULO 1
Origem e evolução da engenharia civil
Os homens das cavernas criavam, com galhos e pedras, lanças para ajudar na caça e na pesca, com
a necessidade contínua de proteção e expansão territorial. Devido ao aumento de população das
comunidades, começaram a desenvolver ferramentas rudimentares, porém mais elaboradas; eram
artefatos que auxiliariam nas atividades domésticas ou para proteção.
20
A HISTÓRIA DA ENGENHARIA │ UNIDADE II
Dessa permanência mais constante pelo homem em uma única região, veio a necessidade de proteger
e posteriormente expandir seus territórios.
Inicialmente, existiam apenas duas classificações para a engenharia, quais sejam: civil e militar; o
que as diferenciava eram as naturezas das construções; a engenharia militar destinava-se apenas a
construções de equipamentos militares como muralhas e fortes, e a engenharia civil destinava-se às
construções de obras que beneficiariam os demais cidadãos (habitação, canais, igrejas etc).
Marcos históricos
»» 1510: Leonardo da Vinci, entre diversos outros projetos criados, inventou uma roda
horizontal que aproveitava uma queda d´água cujo princípio de funcionamento foi
utilizado para a construção da turbina hidráulica;
»» 1590: Galileu, entre diversos outros feitos, criou o experimento científico por meio
da experimentação com queda livre de corpos de massas diferentes.
»» 1638: Galileu calculou e determinou o valor da resistência à flexão que uma viga
poderia suportar, estando esta viga engastada a uma parede de um lado e submetida
a um peso do outro.
»» 1642-1727: Newton formulou suas três leis e mais a Lei da Gravitação Universal,
inventou o cálculo, e descobriu os segredos da luz e das cores.
21
UNIDADE II │ A HISTÓRIA DA ENGENHARIA
Em Portugal, desde o início do século XVIII, havia começado um surto de progresso da engenharia
e ciências afins (astronomia, cartografia etc.), por iniciativa do Rei D. João V. Para esse progresso
muito contribuíram Manoel de Azevedo Fortes, engenheiro-mor do reino, e o Colégio de Santo
Antão, dirigido pelos padres jesuítas, no qual, desde o século XVI, havia a Aula da Esfera, na
qual se ensinava matemática aplicada à navegação e as fortificações, e de onde provieram muitos
dos engenheiros militares que atuaram no Brasil-colônia. Nesse Colégio, o Rei D. João V mandou
instalar, em 1739, um observatório astronômico que era tido como um dos melhores da Europa
no seu tempo. Azevedo Fortes nunca esteve no Brasil, mas a sua influência foi grande na nossa
engenharia, pelos projetos; principalmente pelo seu livro clássico O Engenheiro Português,
verdadeira enciclopédia de todos os conhecimentos de engenharia de sua época.
22
A HISTÓRIA DA ENGENHARIA │ UNIDADE II
da natureza. Depois, escavou a rocha e habitou a caverna; abateu a árvore e fez a choupana; lascou
a pedra e construiu a casa; manipulou a areia e fez a argamassa e ergueu o palácio; forjou o ferro e
levantou o arranha-céu, num lento e perene aprimoramento da técnica de construir, que marcou o
advento da Engenharia e da Arquitetura.
Cada vez mais, percebe-se que no futuro é necessário tratar a questão da qualidade habitacional
como a busca do atendimento à satisfação das necessidades sociais, do bem-estar e da qualidade de
vida do ser humano.
Engenharia civil
A engenharia civil é uma das mais antigas profissões da humanidade. O engenheiro civil é o
profissional da área na indústria da construção civil; o resultado do trabalho do profissional
permanece por longo período de tempo servindo a humanidade, como uma estrada, um edifício,
uma rede de abastecimento de água, uma rede de esgotos, uma ponte, um túnel etc.
A engenharia civil é uma profissão-fim, pois é responsável pelo planejamento, coordenação, projeto,
fiscalização, construção, operação e manutenção de qualquer obra ou atividade ligada à indústria da
construção civil.
Fatos históricos
A primeira denominação para a engenharia civil vem dos romanos Ingenium Civitas, isto é,
Engenharia das Cidades ou Engenharia da Civilização, pois era a profissão que durante o
Império Romano era responsável por projetar e construir as estradas, pontes, aquedutos, palácios,
sistemas de esgotos, termas, ou qualquer obra ligada à vida das pessoas em sociedade.
Cloaca Massima ou “Grande Esgoto”, em Roma, é uma das obras monumentais da época dos
romanos. Essa grande rede subterrânea foi construída no final do século VI a.C., para receber
esgoto, lixo e as águas pluviais.
23
UNIDADE II │ A HISTÓRIA DA ENGENHARIA
Durante a Idade Média, a engenharia civil passou a ser denominada somente de engenharia e
incorporava tanto a parte civil como a militar. Nessa fase da história, foram construídas grandes
catedrais e castelos e os profissionais começaram a se organizar em sociedades de construtores.
A partir do início do século XVIII, passou a ser utilizada a denominação Engenharia Civil, mais
precisamente em 1744, na Politécnica de Paris, França, quando houve a separação entre engenharia
militar e civil. Sendo nessa época, o engenheiro civil, considerado profissional responsável
pelo projeto e construção das obras de infraestrutura para a sociedade civil, sendo, portanto, o
engenheiro que construía para o bem da humanidade. Na Inglaterra, o primeiro engenheiro civil
foi John Smeaton (1725-1792), criou o Institution of Civil Engineers de Londres, considerado
modernamente o Patrono da Engenharia Civil.
Observa-se, portanto, que a engenharia civil era, naquela época, e continua sendo nos dias atuais,
uma profissão muito ampla e de grande importância para a sociedade civil moderna, implicando
muita responsabilidade para quem a exerce.
Ao longo da história, a engenharia civil teve inúmeros profissionais que contribuíram para o
progresso das ciências e da engenharia e para o desenvolvimento da humanidade por meio da
materialização de suas obras.
A seguir, são apresentados de forma resumida alguns engenheiros civis e sua contribuição na
engenharia civil:
24
A HISTÓRIA DA ENGENHARIA │ UNIDADE II
25
UNIDADE II │ A HISTÓRIA DA ENGENHARIA
A engenharia civil no Brasil é bem desenvolvida, equiparando-se à dos países mais desenvolvidos.
Isto se deve à construção de grandes obras como usinas hidrelétricas, rodovias, pontes etc., e a
centros de pesquisas avançadas nas diversas áreas da engenharia civil. Ao longo da história, o Brasil
contou com inúmeros profissionais de elevada competência, entre eles, podem-se citar:
Este feito fez com que de 1921 a 1926, o Brasil ganhasse uma ferrovia eletrificada com o sistema mais
moderno existente na época, superando então quase todos os demais países.
A história da engenharia civil confunde-se com a história da humanidade e, portanto, com a história
da civilização, desde a idade antiga até a era moderna. Cada livro de história descreve o homem
inserido com suas manifestações arquitetônicas, disputas territoriais, políticas etc.
26
A ENGENHARIA UNIDADE III
CIVIL BRASILEIRA
CAPÍTULO 1
Conceitos e fundamentos
metodológicos da engenharia
Você acha que a engenharia civil brasileira deve desempenhar papel fundamental
para o crescimento econômico e social, de forma sustentável e inovadora para as
cidades?
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UNIDADE III │ A ENGENHARIA CIVIL BRASILEIRA
Engenharia civil
Lembremos que contemporaneamente, denomina-se engenharia o conjunto sistemático de
conhecimentos e técnicas aplicadas ao projeto, construção e manutenção de estruturas, quer se trate
das edificações de natureza habitacional ou viária, funcional ou produtiva, quer se trate de máquinas
de produção em série, instrumentos, veículos, aparelhos ou máquinas para o prolongamento da
vida humana. O nome também designa a profissão de quem se ocupa de um ou mais desses campos
do saber e fazer tecnológico.
Não basta ensinar ao homem uma especialidade. Porque se tornará assim uma
máquina utilizável, mas não uma personalidade. É necessário que adquira um
sentimento, um senso prático daquilo que vale a pena ser apreendido, daquilo
que é belo, do que é moralmente correto. A não ser assim, ele se assemelhará,
com seus conhecimentos profissionais, mais a um cão ensinado do que a uma
criatura harmoniosamente desenvolvida. Deve aprender a compreender as
motivações dos homens, suas quimeras e suas angústias para determinar com
exatidão seu lugar exato em relação a seus próximos e à comunidade. Estas
reflexões essenciais, comunicadas à jovem geração graças aos contatos vivos
com os professores, de forma alguma se encontram escritas nos manuais. É
assim que expressa e se forma de início toda a cultura. Quando aconselho
com ardor ‘as Humanidades’, quero recomendar esta cultura viva e não um
saber fossilizado, sobretudo em história e filosofia. Os excessos do sistema
de competição e de especialização prematura, sob o falacioso pretexto da
eficácia, assassinam o espírito, impossibilitam qualquer vida cultural e
chegam a suprimir os progressos nas ciências do futuro. É preciso, enfim,
tendo em vista a realização de uma educação, desenvolver o espírito crítico
na inteligência do jovem. Ora, a sobrecarga do espírito pelo sistema de notas
entrava e necessariamente transforma a pesquisa em superficialidade e falta
de cultura. “O ensino deveria ser assim: quem o receba o recolha como um dom
inestimável, mas nunca como uma obrigação penosa” (Einstein, 1981, p. 29).
Convém destacar, como apresentamos anteriormente, que a engenharia civil é uma das mais antigas
profissões da humanidade. Para a engenharia civil, uma definição geral é: “engenharia civil é a arte
da aplicação da ciência e da tecnologia na utilização racional dos recursos naturais em benefício do
homem em sociedade”.
28
A ENGENHARIA CIVIL BRASILEIRA │ UNIDADE III
Durante a Idade Média, a engenharia civil passou a ser denominada somente de engenharia e
incorporava tanto a parte civil como a militar. Nessa fase da história, foram construídas grandes
catedrais e castelos e os profissionais começaram a se organizar em sociedades de construtores.
Observa-se, portanto, que a engenharia civil era, naquela época, e continua sendo nos dias atuais,
uma profissão muito ampla e de grande importância para a sociedade civil moderna, implicando
muita responsabilidade para quem a exerce.
A engenharia civil é uma profissão-fim, pois é responsável pelo planejamento, coordenação, projeto,
fiscalização, construção, operação e manutenção de qualquer obra ou atividade ligada à indústria da
construção civil.
Na história moderna, a engenharia civil produziu e produz mudanças na geografia da Terra, com
a construção de grandes canais, como o Canal do Panamá, que liga o Oceano Atlântico ao Pacifico,
e o Canal de Suez, ligando o Mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho, construção de grandes túneis
submarinos, pontes, ferrovias transcontinentais, ilhas artificiais para grandes aeroportos etc.
Engenharia e arquitetura
Tudo indica que, desprezando alguns séculos, a engenharia e a arquitetura, áreas de uma mesma raiz
científica, como exemplos, são tantas, às vezes, em que os projetos arquitetônicos exigem esbeltez
dos pilares, das vigas, das lajes etc., mas o engenheiro civil compromissado com a estática, com os
princípios científicos, com a segurança e com a normalização faz robustecer aquelas estruturas,
causando polêmicas, tanto teóricas como no dia a dia da atuação profissional. Mas, ao mesmo tempo,
devido a essas mesmas discussões e às provocações arquitetônicas, a engenharia civil estrutural tem
evoluído, buscando sempre responder aos desafios (de encontrar soluções ousadas) que sua «irmã
arquitetura» apresenta-lhe.
Arquitetura pode ser definida de acordo com vários autores em diversas partes do mundo, como
a arte de planejar o espaço, tanto no meio ambiente, como em edifícios e obras, dentro de um
partido funcional e estético, procurando atender às necessidades do ser humano e respeitando as
peculiaridades do meio ambiente.
29
UNIDADE III │ A ENGENHARIA CIVIL BRASILEIRA
Em 1774 surge a École Polytechnique, na França, apoiada em estudiosos como Poisson, Navier,
Poncelet e outros, para ensinar aplicações matemáticas para problemas de Engenharia, surgindo,
ainda, outras escolas pela França.
No século XIX, surgem as primeiras escolas fora da França, no caso na Alemanha e nos Estados
Unidos (MIT – 1865 West Point – 1794/1802 e outras);
A Engenharia no Brasil não contou com grandes avanços no começo, pois a economia era baseada
na escravidão, fato que não propiciava a criação de indústrias.
O provável primeiro registro de ensino de Engenharia data de 1648, quando foi contratado Miguel
Timermans, um holandês, para transmitir seus conhecimentos.
A primeira escola criada foi a Real Academia de Artilharia, Fortificações e Desenho, em 1792;
daquela época em diante, foi recebendo diversos nomes, modificando seu enfoque, até que, por fim,
em 1858, tornou-se a Escola Politécnica do Rio de Janeiro.
Surgiram após, fora do Rio de Janeiro, outras escolas, como a Politécnica de São Paulo, em 1893,
entre outras.
30
A ENGENHARIA CIVIL BRASILEIRA │ UNIDADE III
No período do governo de Aires de Saldanha foi construído um aqueduto que trazia a água das
nascentes do rio da Carioca, ao longo das encostadas da serra, até o atual Largo da Carioca.
Para atravessar o vale existente entre o morro de Santo Antônio e o de Santa Teresa, foi executada
a obra arquitetônica mais notável do Brasil, no período colonial: uma construção ciclópica de
alvenaria, com dupla arcada e considerável extensão.
31
UNIDADE III │ A ENGENHARIA CIVIL BRASILEIRA
Em resumo, a engenharia civil está presente em todos os lugares da Terra onde existe a presença
da civilização e em todos os momentos da nossa vida, enquanto cidadãos. Está presente quando
dirigimos nosso automóvel por uma rodovia, circulamos por uma rua ou avenida, no Metrô em
que viajamos, no edifico em que trabalhamos, na residência em que vivemos; na água potável que
bebemos e utilizamos, no lixo ou no esgoto que descartamos; na energia elétrica que consumimos
nos aeroportos, que decolamos e aterrissamos com as aeronaves, nos portos onde são feitos os
transbordos de mercadorias, nas ferrovias que transportam passageiros e cargas, nas hidrovias,
nos túneis, no trânsito urbano, no planejamento dos sistemas de transportes de passageiros e de
mercadorias, no planejamento urbano e territorial, nas barragens e diques, nas pontes e viadutos,
nas escolas, nos hospitais, nas indústrias, nas fundações dos edifícios e pontes, nas áreas de lazer
que frequentamos, enfim, em qualquer espaço construído ou modificado pelo homem na superfície
e subsuperfície terrestre.
32
CARACTERIZAÇÃO
DA PROFISSÃO DE UNIDADE IV
ENGENHEIRO
CAPÍTULO 1
Funções na engenharia civil
33
UNIDADE IV │ CARACTERIZAÇÃO DA PROFISSÃO DE ENGENHEIRO
»» Estruturas;
»» Estradas e transportes;
»» Geotécnica;
»» Hidráulica e saneamento;
»» Materiais;
»» Construção civil;
»» Meio ambiente.
O engenheiro civil
É o engenheiro da indústria da construção civil, sendo, portanto, um engenheiro pleno. Suas
realizações trazem enorme gratificação ao engenheiro civil, na prática da profissão, pois é uma área
em que o resultado do trabalho do profissional permanece por longo período de tempo servindo
a humanidade, como uma estrada, um edifício, uma rede de abastecimento de água, uma rede de
esgotos, uma ponte, um túnel etc.
34
CARACTERIZAÇÃO DA PROFISSÃO DE ENGENHEIRO │ UNIDADE IV
35
UNIDADE IV │ CARACTERIZAÇÃO DA PROFISSÃO DE ENGENHEIRO
Em sua concepção atual, o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia é regido pela
Lei no 5.194, de 1966, e representa também os geógrafos, geólogos, meteorologistas, tecnólogos
dessas modalidades, técnicos industriais e agrícolas e suas especializações, num total de centenas
de títulos profissionais.
Ainda segundo o site da instituição, em seus cadastros, o Sistema Confea/Crea tem registrado, até a
data atual, 900 mil profissionais que respondem por cerca de 70% do PIB brasileiro, e movimentam
um mercado de trabalho cada vez mais acirrado e exigente nas especializações e conhecimentos da
tecnologia, alimentada intensamente pelas descobertas técnicas e científicas do homem.
O Conselho Federal é a instância máxima à qual um profissional pode recorrer no que se refere ao
regulamento do exercício profissional. (CONFEA, 2009).
Segundo o Confea (2009), no seu endereço eletrônico é possível encontrar os normativos que
regulamentam e regem o exercício profissional da Engenharia, Arquitetura, Agronomia, Geologia,
Geografia e Meteorologia, dos tecnólogos e dos técnicos industriais e agrícolas, e o funcionamento
do Confea e dos Creas, tais como:
36
CARACTERIZAÇÃO DA PROFISSÃO DE ENGENHEIRO │ UNIDADE IV
Câmara especializada
Câmara Especializada é órgão decisório da estrutura básica do Crea-RJ. Constitui a primeira
instância de julgamento no âmbito da jurisdição do Conselho Regional.
Legislação
Lei n° 4.643, de 31 de maio de 1965 Determina a inclusão da especialização de engenheiro florestal na enumeração do art. 16 do
Decreto-Lei no 8.620, de 10 de janeiro de 1946.
Lei n° 4.950-A, de 22 de abril de 1966 Dispõe sobre a remuneração de profissionais diplomados em Engenharia, Química, Arquitetura,
Agronomia e Veterinária.
Lei n° 5.194, de 24 de dezembro de 1966 Regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo, e dá
outras providências.
Lei n° 6.496, de 7 de dezembro de 1977 Institui a “Anotação de Responsabilidade Técnica” na prestação de serviços de Engenharia, de
Arquitetura e Agronomia; autoriza a criação, pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura
e Agronomia (Confea), de uma Mútua de Assistência Profissional, e dá outras providências.
Lei n° 6.619, de 16 de Dezembro de 1978 Altera dispositivos da Lei no 5.194, de 24 de dezembro de 1966, e dá outras providências.
Lei n 6.838, de 29 de outubro de 1980
°
Dispõe sobre o prazo prescricional para a punibilidade de profissional liberal, por falta sujeita a
processo disciplinar, a ser aplicada por órgão competente.
Lei n° 6.839, de 30 de outubro de 1980 Dispõe sobre o registro de empresas nas entidades fiscalizadoras do exercício de profissões.
Lei n 7.270, de 10 de dezembro de 1984
°
Acrescenta parágrafos ao artigo 145 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de
Processo Civil).
Lei n° 7.802, de 11 de julho de 1989 Dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o
transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a
importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação,
o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras
providências.
37
UNIDADE IV │ CARACTERIZAÇÃO DA PROFISSÃO DE ENGENHEIRO
Lei n° 8.078, de 11 de setembro de 1990 Dispõe sobre a proteção do consumidor, e dá outras providências.
Lei n 8.195, de 26 de junho de 1991
°
Altera a Lei no 5.194, de 24 de dezembro de 1966, que regula o exercício das profissões de
Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro Agrônomo, dispondo sobre eleições diretas para Presidente
dos Conselhos Federal e Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, e dá outras
providências.
Lei n° 8.666, de 21 de junho de 1993 Com as alterações introduzidas pela Lei no 8.883, de 8 de junho de 1994 (DOU de
9/6/1994) Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para
licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências.
Lei n° 8.734, de 25 de novembro de 1993 Acrescenta parágrafo ao artigo 3o e revoga o artigo 4o da Lei no 6.994, de 25 de maio de
1982.
Lei n° 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas
ao meio ambiente, e dá outras providências.
ART. online – no site do Crea, a situação cadastral de profissionais e empresas registrados pode ser
conferida e, em caso de necessidade, todo procedimento para a emissão da ART pode ser feito de
maneira simples e em poucos minutos, da residência ou escritório, por meio da ART. eletrônica,
pela Internet. (Crea- RJ)
http://www.sengemg.com.br/downloads/manual_engenheiro.pdf
38
CAPÍTULO 2
Perfil psicoprofissional do engenheiro
O engenheiro
A apropriação do termo engenheiro, pessoa que tinha engenho, inteligente, criador de artefatos,
aquele que “aprende as ciências e artes mais dificultosas, inventa e obra muitas cousas”, tal qual
Arquimedes foi qualificado por Tito Lívio como exímio engenheiro (BLUTEAU, 1717). A criatividade
e a busca por soluções são os principais desafios do profissional de engenharia.
O profissional da área deverá ter formação humanística e cultural para que lhe possibilite
relacionamento humano adequado com os diferentes grupos com os quais, obrigatoriamente, terá
contato.
Deverá estar apto a ocupar cargos de chefia e coordenação junto a empresas públicas e privadas. A
liderança e o dinamismo são características prioritárias no perfil dos engenheiros egressos, uma vez
que o papel desempenhado no exercício profissional os colocará, continuamente, diante de situações
em que são exigidas posturas arrojadas, iniciativa e firme comunicação dos seus pontos de vista.
39
UNIDADE IV │ CARACTERIZAÇÃO DA PROFISSÃO DE ENGENHEIRO
Ética
Ética é um conjunto de princípios ou padrões pelos nos quais se pautam a conduta humana.
Algumas vezes, a ética é chamada de “moral”, e por extensão, seu estudo frequentemente chamado
de Filosofia Moral. Assim, como um ramo da Filosofia, Ética é considerada uma ciência normativa,
já que trata de normas da conduta humana, em diferença às ciências formais (como Matemática e
Lógica) e às ciências empíricas, como a Química e a Física.
Habilidades
O profissional de engenharia civil deve ter as seguintes habilidades no exercício de sua função:
»» iniciativa empreendedora;
40
CARACTERIZAÇÃO DA PROFISSÃO DE ENGENHEIRO │ UNIDADE IV
http://www.confea.org.br/media/codigopdf.pdf
41
CAPÍTULO 3
Áreas de atuação e atribuições
A engenharia civil está presente em todos os lugares da Terra onde exista a presença
da civilização e em todos os momentos da nossa vida, enquanto cidadãos. em
qualquer espaço construído ou modificado pelo homem na superfície e subsuperfície
terrestre. Ao longo dos tempos, foi necessária maior capacitação e especialização
dos profissionais para melhorar e garantir a qualidade dos resultados objetivos. Um
dos desafios era nivelar e normalizar o comportamento profissional para atuação
junto à sociedade.
Áreas de atuação
O engenheiro civil projeta e acompanha todas as etapas de uma construção e/ou reabilitação
(reformas). Cabe-lhe garantir a segurança da edificação, exigindo que os materiais empregados na
obra estejam de acordo com as normas técnicas em vigor. A engenharia civil tem, de alguma forma,
relação com todas as atividades humanas, notadamente com a Arquitetura.
Deve estudar as características dos materiais, do solo, incidência do vento, destino (ou ocupação) da
construção. Com base nesses dados, desenvolve o projeto dimensionando e especifica as estruturas,
hidrossanitárias e gás, bem como os materiais a serem utilizados. No gabinete de obra, chefia as
equipes, supervisionando os prazos, os custos e o cumprimento das normas de segurança, de saúde
e de meio ambiente.
42
CARACTERIZAÇÃO DA PROFISSÃO DE ENGENHEIRO │ UNIDADE IV
9. Elaborações de orçamento;
Responsabilidades técnicas
Toda obra depende, para sua legalidade, da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). Esta
define para efeitos legais, os responsáveis técnicos, pela execução de obras ou prestações de serviços
de engenharia, objeto do contrato; protege e limita a responsabilidade do profissional, identifica
para o proprietário, em caso de discussões futuras, as possíveis responsabilidades por danos no
projeto, obra ou serviço contratado. O engenheiro civil, ao se responsabilizar tecnicamente por uma
construção tem por obrigação acompanhar a execução do projeto, fiscalizando tudo, desde a qualidade
dos materiais empregados até a sua aplicação na obra. Assume, também, a responsabilidade de
cumprir as leis do Código de Obras. Assim, a presente pesquisa tem como objetivo demonstrar que a
responsabilidade do engenheiro civil na Anotação de Responsabilidade Técnica. Para tanto, utiliza-
se do método dedutivo bibliográfico tendo como referências bibliográficas, doutrinas, legislação,
artigos de revistas especializadas e jurisprudências.
Meirelles (1996) bem inicia sua composição literária, descrevendo que o direito de propriedade é
o que afeta diretamente as coisas corpóreas – móveis ou imóveis, subordinando-as à vontade do
homem. O direito de propriedade é real, no sentido de que incide imediatamente sobre a coisa e
a segue em todas as suas mutações e, o domínio particular vem-se socializando ao encontro da
43
UNIDADE IV │ CARACTERIZAÇÃO DA PROFISSÃO DE ENGENHEIRO
afirmativa de Léon Duguit, de que: “a propriedade não é mais o direito subjetivo do proprietário; é
a função social do detentor da riqueza”.
Alves (1999) destaca: “Com efeito, o direito de propriedade é considerado não ilimitado e de exercício
condicionado. Sempre o fora, mas, hoje, o elemento social, nele implícito, aflora de modo palmar”.
Inegavelmente, a afirmativa de René Dekkers, transcrita por Alves (1999), procede em todos os seus
termos, em progressos da tecnologia e o êxodo.
Do campo à cidade densificaram a sociedade, de tal modo que os conflitos entre vizinhos tornaram-
se praticamente inevitáveis, e que, a vizinhança, como círculo social, organismo social, antecedeu a
propriedade imóvel. Essa surgiu com a intervenção operada pelo elemento territorial, causa mesma
de evolução do grupo social.
Alves (1999) trata o termo construção que, a exemplo de edificação, é obra. Toma-se, com ele,
a obra pelo gênero, de que espécie são a edificação, a demolição, a reforma, a reconstrução e a
reparação. Destina-se, coberta, a abrigar atividade humana ou qualquer instalação, equipamento e
material, a obra de construção denomina-se edificação.
O significado de “prédio”
Alves (1999) bem complementa que no conceito de prédio integram-se o de subsolo, solo e sobressolo.
Ainda, o de edificação ou, mais largamente, o de construção. A ideia de prédio é mais ampla que a de
terreno, pedaço da terra, que está no substrato.
http://www.crea-pr.org.br/crea3/html3_site/doc/Caderno07.pdf
44
CAPÍTULO 4
Pós-graduação na engenharia civil
Pós-graduação
Em tempos remotos, como vimos anteriormente, os profissionais eram multidisciplinares, sendo,
ao mesmo tempo, estudiosos das áreas de astronomia, física, matemática, química, artes; enfim,
um gênio, se vivessem em nossa época. Com as subdivisões de ênfase, os aspirantes recebiam uma
bagagem de conhecimento especializada fixando sua área de atuação baseados no conhecimento
recebido. A engenharia dividiu-se em diversas modalidades como Civil, Elétrica, Mecânica.
Aprofundando o conhecimento em diversas áreas, as atividades de pós-graduação permitem
ao profissional também se aprofundar cientificamente em determinado tema, gerando maior
compreensão e conhecimento.
Modalidades de pós-graduação
No Brasil, há dois tipos de pós-graduação: lato sensu (conhecida como especialização ou MBA) e
stricto sensu (que abrange os cursos de mestrado e doutorado).
»» Latu sensu: designa todo e qualquer curso que se segue à graduação. Normalmente,
os cursos de especialização e aperfeiçoamento têm objetivo técnico profissional
específico sem abranger o campo total do saber em que se insere a especialidade.
45
UNIDADE IV │ CARACTERIZAÇÃO DA PROFISSÃO DE ENGENHEIRO
»» Construção Metálica;
»» Engenharia Civil;
»» Engenharia de Estruturas;
»» Engenharia Geotécnica;
»» Engenharia Urbana;
46
CARACTERIZAÇÃO DA PROFISSÃO DE ENGENHEIRO │ UNIDADE IV
»» Geotecnia;
»» Geotecnia e Transportes;
»» Projeto de Estruturas;
47
UNIDADE IV │ CARACTERIZAÇÃO DA PROFISSÃO DE ENGENHEIRO
»» credenciar instituições para, nos termos da legislação pertinente, importar bens com
benefícios fiscais destinados a atividades diretamente relacionadas com pesquisa
científica e tecnológica.
As atividades da Capes podem ser agrupadas nas seguintes linhas de ação, cada qual desenvolvida
por um conjunto estruturado de programas:
48
CARACTERIZAÇÃO DA PROFISSÃO DE ENGENHEIRO │ UNIDADE IV
49
CONCEPÇÃO
E PROJETO DE UNIDADE V
ENGENHARIA
CAPÍTULO 1
O empreendimento de engenharia e
suas fases
=
Conceitos
Contemporaneamente, denomina-se engenharia o conjunto de conhecimentos e técnicas aplicadas
ao projeto, construção e manutenção de estruturas materiais, quer se trate das edificações de
natureza habitacional ou viária, funcional ou produtiva, quer se trate de máquinas de produção
em série, instrumentos, veículos, aparelhos ou máquinas para o prolongamento da vida humana.
O nome também designa a profissão de quem se ocupa de um ou mais desses campos do saber e
fazer tecnológico. O projeto e a construção de estruturas são áreas da engenharia civil nas quais
muitos engenheiros civis especializam-se. Estes são os chamados engenheiros estruturais.
A engenharia estrutural trata do planejamento, projeto, construção e manutenção de sistemas
estruturais para transporte, moradia, trabalho e lazer.
50
CONCEPÇÃO E PROJETO DE ENGENHARIA │ UNIDADE V
Engenharia civil
Conceitos
É o ramo da engenharia que projeta e executa obras como edifícios, pontes, viadutos, estradas,
barragens e outras obras especiais.
Todas as etapas de uma construção devem ser projetadas e acompanhadas por um engenheiro civil.
Cabe-lhe garantir a segurança da edificação, exigindo que os materiais empregados na obra estejam
de acordo com as normas técnicas em vigor. No gabinete de obra, chefia as equipes, supervisiona os
prazos, controla os custos e fiscaliza o cumprimento das normas de segurança, saúde e meio ambiente.
»» O projeto abrange:
›› estudos preliminares, tais como medições do terreno, sondagens do subsolo e
ensaios de laboratório;
›› os cálculos estruturais dos elementos de fundações, vigas, pilares, lajes e demais
elementos estruturais;
›› desenhos representativos de todos os projetos, como de fundações, estruturas,
instalações hidráulicas e sanitárias, instalações elétricas e comunicações, etc.,
com plantas, cortes, fachadas e detalhamentos;
›› especificações técnicas, com descrição detalhada dos materiais e das técnicas a
serem utilizadas, de acordo com as teorias consagradas e as normas técnicas de
todos os projetos, no que diz respeito à execução da obra;
›› memórias de cálculo;
›› orçamentos e cronogramas financeiros e executivos.
51
UNIDADE V │ CONCEPÇÃO E PROJETO DE ENGENHARIA
Estrutura do setor
Segundo os autores Filha, Costa e Rocha, a análise da cadeia produtiva da construção civil precisa
levar em consideração as especificidades desse setor. Vergna (2007) lembra que o setor difere
dos demais, dado que seus outputs são projetos únicos e há uma significativa complexidade de
relacionamentos ao longo da cadeia produtiva.
52
CONCEPÇÃO E PROJETO DE ENGENHARIA │ UNIDADE V
Nesse contexto, entende-se que existem três principais subsetores a serem estudados: materiais
de construção, construção pesada e edificações, que englobavam, em 2008, 80% do PIB total da
cadeia, segundo trabalho desenvolvido por Abramat/FGV (2009).
Materiais de construção
Segundo Filha, Rocha, Costa, cada material de construção tem sua própria cadeia produtiva, o
que contribui para a heterogeneidade do padrão de concorrência dos segmentos. Materiais cujo
mercado é constituído por grandes empresas de capital intensivo e grande produtividade, como o
cimento, coexistem com outros em que os produtos são fornecidos por empresas em que os processos
produtivos ainda se baseiam em produção com pouco valor agregado, baixa produtividade e pouca
qualificação de mão de obra, como as olarias e a extração de areia.
Construção pesada
Para Filha, Costa e Rocha, o subsetor de construção pesada abrange atividades ligadas à construção
de infraestrutura, ou seja, obras de construção de ferrovias, rodovias, portos e aeroportos,
relacionados à estrutura de transportes, além da construção de centrais de abastecimento de água,
instalação de redes de esgoto e pavimentação de ruas, vinculadas à estrutura urbana. As atividades
de construção de usinas de geração de energia (hidrelétricas, termelétricas, nucleares etc.) e das
redes de distribuição de energia, assim como a execução de projetos relacionados a serviços de
telecomunicações e a montagem de instalações industriais, também estão incluídas nesse subsetor.
O principal cliente das obras de construção pesada é o setor público, de tal maneira que o crescimento
desse segmento está diretamente relacionado ao nível de investimento público em infraestrutura no
período.
As atividades da construção pesada são marco regulatório e formatações institucionais próprios, que
afetam a dinâmica do mercado e a atuação das empresas como portos, aeroportos, setor elétrico etc.
Edificações
Os autores Filha, Costa e Rocha classificam o subsetor de edificações que abrange a construção de
edifícios residenciais, comerciais e para o setor público, além das reformas e manutenções correntes.
Envolve a integração de diferentes sistemas e materiais de construção e vasta gama de participantes,
os quais formam um acordo temporário concluído após a finalização do empreendimento. Essas
relações ocorrem de forma complexa, não só por causa da quantidade de atores (que muitas vezes
têm objetivos conflitantes), mas, também, da existência de diversas empresas nos ramos envolvidos.
Nesse subsetor, afirma que existem três tipos de regimes de construção: a construção autogerida
residencial, a construção por contrato e a construção imobiliária.
53
UNIDADE V │ CONCEPÇÃO E PROJETO DE ENGENHARIA
Infraestrutura
54
CONCEPÇÃO E PROJETO DE ENGENHARIA │ UNIDADE V
Os projetos de grande porte compreendem inúmeros serviços de engenharia civil que são prestados
de forma pontual, no transcorrer das etapas do projeto, que são passíveis de fiscalização, tais como:
estudo de viabilidade, fornecimento de concreto, obras de movimentação de terra, drenagens,
topografia etc.
http://www.abntcatalogo.com.br/def. aspx.
55
A ENGENHARIA DO UNIDADE VI
FUTURO
CAPÍTULO 1
Visão sistêmica, a era da informática
condicionantes econômicos e
ambientais, perspectivas e mudanças
tecnológicas, sociais e culturais
Visão sistêmica
A construção civil agrega um conjunto de atividades com grande importância para o desenvolvimento
econômico e social brasileiro, influindo diretamente na qualidade de vida da população e na
infraestrutura econômica do País. Além disso, o setor apresenta forte relacionamento com outros
56
A ENGENHARIA DO FUTURO │ UNIDADE VI
setores industriais, na medida em que há demanda de vários insumos em seu processo produtivo, e
é intenso em trabalho, absorvendo uma parcela significativa da mão de obra com baixa qualificação.
O Brasil é um país grande e carente de infraestrutura. A maior parte desta infraestrutura depende
de obras como redes de esgoto e água, estradas, ferrovias, edifícios especializados. Não se pode
deixar de fora a construção de moradias, que é o maior déficit da área. Portanto, configura-se um
mercado expansível e de grande potencial.
Sustentabilidade na construção
Nos últimos anos, a sustentabilidade vem ganhando força significativa no setor da construção
brasileira. São inúmeros os empreendimentos de diferentes tipologias que vêm sendo objeto
de práticas sustentáveis e certificação ambiental, em diferentes regiões do País. Cresce também
a preocupação das empresas da cadeia produtiva da construção com a adoção de políticas de
sustentabilidade e ações de responsabilidade social empresarial.
Sendo a sustentabilidade e a construção sustentável temas e conceitos ainda novos, que implicam
novos paradigmas, é natural que existam várias abordagens, linhas de atuação, pesquisas ou projetos
em desenvolvimento. No caso da construção sustentável, é importante que seja dada atenção
às questões econômicas, socioambientais e a todas as abordagens que envolvem os impactos, o
desempenho e as tecnologias sustentáveis de um empreendimento ou de uma empresa, e não
apenas a uma abordagem parcial de um ou outro aspecto ambiental da sustentabilidade, pois isto
não garante que um empreendimento ou empresa seja realmente sustentável, mas só responde a
um aspecto da grande gama de soluções a serem implantadas.
As principais práticas sustentáveis que estão sendo adotadas nos empreendimentos no Brasil podem
ser divididas nas seguintes categorias e fases do empreendimento:
57
UNIDADE VI │ A ENGENHARIA DO FUTURO
O edifício sustentável é um produto com maior valor agregado e percebido, ou seja, o edifício
sustentável é um produto melhor em vários aspectos, desde o baixo consumo de água e energia até
o alto nível de conforto para seus usuários, além, é claro, dos benefícios da imagem do produto e
dos empreendedores.
58
A ENGENHARIA DO FUTURO │ UNIDADE VI
Todo este contexto mostra um cenário novo na área de construção civil, caracterizado por empresas
grandes dividindo-se em empresas menores e especializadas, terceirizando parte de suas atividades.
Há empresas especializadas, por exemplo, em fundações, sondagens, projetos arquitetônicos,
estruturais, de instalações, de construção de edifícios residenciais ou comerciais.
Se, por um lado, observa-se uma divisão mais acentuada de trabalho, por outro, percebe-se que
cada um dos profissionais da área, além do domínio das competências de sua especialidade, deve
ter visão ampla do processo de produção envolvido na construção civil e considerar os aspectos de
sustentabilidade e de inovação.
A Carta da Terra preocupa-se com a transição para maneiras sustentáveis de vida e desenvolvimento
humano sustentável. Integridade ecológica é um tema maior. Entretanto, a Carta da Terra reconhece
que os objetivos de proteção ecológica, erradicação da pobreza, desenvolvimento econômico
equitativo, respeito aos direitos humanos, democracia e paz são interdependentes e indivisíveis.
Consequentemente, oferece um novo marco, inclusivo e integralmente ético para guiar a transição
para um futuro sustentável.
A Carta da Terra é resultado de uma década de diálogo intercultural, em torno de objetivos comuns
e valores compartilhados. O projeto da Carta da Terra começou como uma iniciativa das Nações
Unidas, mas se desenvolveu e finalizou como uma iniciativa global da sociedade civil. Em 2000
a Comissão da Carta da Terra, uma entidade internacional independente, concluiu e divulgou o
documento como a carta dos povos.
A redação da Carta da Terra envolveu o mais inclusivo e participativo processo associado à criação de
uma declaração internacional. Esse processo é a fonte básica de sua legitimidade como um marco de
guia ético. A legitimidade do documento foi fortalecida pela adesão de mais de 4.500 organizações,
incluindo vários organismos governamentais e organizações internacionais.
59
UNIDADE VI │ A ENGENHARIA DO FUTURO
À luz desta legitimidade, um crescente número de juristas internacionais reconhece que a Carta da
Terra está adquirindo status de lei branca (soft law). Leis brancas, como a Declaração Universal dos
Direitos Humanos, são consideradas como moralmente, mas não juridicamente, obrigatórias para
os Governos de Estado, que aceitam subscrevê-las e adotá-las, e muitas vezes servem de base para o
desenvolvimento de uma lei stritu senso (hard law).
Neste momento em que é urgentemente necessário mudar a maneira como pensamos e vivemos,
a Carta da Terra desafia-nos a examinar nossos valores e a escolher um melhor caminho. Alianças
internacionais são cada vez mais necessárias, a Carta da Terra encoraja-nos a buscar aspectos em
comum em meio à nossa diversidade e a adotar uma nova ética global, partilhada por um número
crescente de pessoas por todo o mundo. Num momento em que educação para o desenvolvimento
sustentável tornou-se essencial, a Carta da Terra oferece um instrumento educacional muito valioso.
Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade
deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil,
o futuro reserva, ao mesmo tempo, grande perigo e grande esperança. Para seguir adiante, devemos
reconhecer que, no meio de uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma
família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos nos juntar para
gerar uma sociedade sustentável global fundada no respeito pela natureza, nos direitos humanos
universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo
que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a
grande comunidade de vida e com as futuras gerações.
A situação global
Os padrões dominantes de produção e consumo estão causando devastação ambiental, esgotamento
dos recursos e uma massiva extinção de espécies. Comunidades estão sendo arruinadas. Os
benefícios do desenvolvimento não estão sendo divididos equitativamente e a diferença entre ricos e
pobres está aumentando. A injustiça, a pobreza, a ignorância e os conflitos violentos têm aumentado
e são causas de grande sofrimento. O crescimento sem precedentes da população humana tem
60
A ENGENHARIA DO FUTURO │ UNIDADE VI
sobrecarregado os sistemas ecológico e social. As bases da segurança global estão ameaçadas. Essas
tendências são perigosas, mas não inevitáveis.
Desafios futuros
A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros ou arriscar a
nossa destruição e a da diversidade da vida. São necessárias mudanças fundamentais em nossos
valores, instituições e modos de vida. Devemos entender que, quando as necessidades básicas forem
supridas, o desenvolvimento humano será primariamente voltado a ser mais e não a ter mais. Temos
o conhecimento e a tecnologia necessários para abastecer a todos e reduzir nossos impactos no
meio ambiente. O surgimento de uma sociedade civil global está criando novas oportunidades para
construir um mundo democrático e humano. Nossos desafios ambientais, econômicos, políticos,
sociais e espirituais estão interligados e juntos podemos forjar soluções inclusivas.
Responsabilidade universal
Para realizar estas aspirações, devemos decidir viver com um sentido de responsabilidade universal,
identificando-nos com a comunidade terrestre como um todo, bem como com nossas comunidades
locais. Somos, ao mesmo tempo, cidadãos de nações diferentes e de um mundo no qual as dimensões
local e global estão ligadas. Cada um compartilha responsabilidade pelo presente e pelo futuro bem-
estar da família humana e de todo o mundo dos seres vivos. O espírito de solidariedade humana e de
parentesco com toda a vida é fortalecido quando vivemos com reverência o mistério da existência,
com gratidão pelo dom da vida e com humildade em relação ao lugar que o ser humano ocupa na
natureza.
Necessitamos com urgência de uma visão compartilhada de valores básicos para proporcionar um
fundamento ético à comunidade mundial emergente. Portanto, juntos na esperança, afirmamos
os seguintes princípios, interdependentes, visando a um modo de vida sustentável como padrão
comum, por meio dos quais a conduta de todos os indivíduos, organizações, empresas, governos e
instituições transnacionais será dirigida e avaliada.
Princípios
I. Respeitar e cuidar da comunidade de vida
a. Reconhecer que todos os seres são interdependentes e cada forma de vida tem
valor, independentemente de sua utilidade para os seres humanos.
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UNIDADE VI │ A ENGENHARIA DO FUTURO
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A ENGENHARIA DO FUTURO │ UNIDADE VI
b. Atuar com moderação e eficiência no uso de energia e contar cada vez mais com
fontes energéticas renováveis, como a energia solar e do vento.
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UNIDADE VI │ A ENGENHARIA DO FUTURO
a. Garantir o direito à água potável, ao ar puro, à segurança alimentar, aos solos não
contaminados, ao abrigo e saneamento seguro, alocando os recursos nacionais e
internacionais demandados.
b. Prover cada ser humano de educação e recursos para assegurar uma condição de
vida sustentável e proporcionar seguro social e segurança coletiva aos que não
são capazes de se manter por conta própria.
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A ENGENHARIA DO FUTURO │ UNIDADE VI
a. Assegurar os direitos humanos das mulheres e das meninas e acabar com toda
violência contra elas.
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UNIDADE VI │ A ENGENHARIA DO FUTURO
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A ENGENHARIA DO FUTURO │ UNIDADE VI
f. Reconhecer que a paz é a plenitude criada por relações corretas consigo mesmo,
com outras pessoas, outras culturas, outras vidas, com a Terra e com a totalidade
maior da qual somos parte.
O caminho adiante
Como nunca antes na História, o destino comum nos conclama a buscar um novo começo. Tal
renovação é a promessa destes princípios da Carta da Terra. Para cumprir esta promessa, temos
que nos comprometer a adotar e promover os valores e objetivos da Carta.
Isto requer uma mudança na mente e no coração. Requer um novo sentido de interdependência
global e de responsabilidade universal. Devemos desenvolver e aplicar com imaginação a visão de
um modo de vida sustentável nos níveis local, nacional, regional e global. Nossa diversidade cultural
é uma herança preciosa e diferentes culturas encontrarão suas próprias e distintas formas de realizar
esta visão. Devemos aprofundar e expandir o diálogo global que gerou a Carta da Terra, porque
temos muito que aprender a partir da busca conjunta em andamento por verdade e sabedoria.
A vida muitas vezes envolve tensões entre valores importantes. Isto pode significar escolhas difíceis.
Entretanto, necessitamos encontrar caminhos para harmonizar a diversidade com a unidade, o
exercício da liberdade com o bem comum, objetivos de curto prazo com metas de longo prazo.
Todo indivíduo, família, organização e comunidade tem um papel vital a desempenhar. As artes,
as ciências, as religiões, as instituições educativas, os meios de comunicação, as empresas, as
organizações não governamentais e os governos são todos chamados a oferecer uma liderança
criativa. A parceria entre governo, sociedade civil e empresas é essencial para uma governabilidade
efetiva.
Para construir uma comunidade global sustentável, as nações do mundo devem renovar seu
compromisso com as Nações Unidas, cumprir com suas obrigações respeitando os acordos
internacionais existentes e apoiar a implementação dos princípios da Carta da Terra com um
instrumento internacionalmente legalizado e contratual sobre o ambiente e o desenvolvimento.
Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova reverência face à vida, pelo compromisso
firme de alcançar a sustentabilidade, a intensificação dos esforços pela justiça e pela paz e a alegre
celebração da vida. (carta da terra http://www.cartadaterrabrasil.org/prt/what_is.html)
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CAPÍTULO 2
Problemas de engenharia
Contextualização geral
O desenvolvimento da cadeia da construção civil é crucial para o Brasil superar seus históricos
déficits habitacional e de infraestrutura. Cabe lembrar ainda dos compromissos assumidos pelo
País para a realização da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos nesta década. Com base em tais
constatações, procurou-se verificar as dificuldades enfrentadas pela cadeia da construção civil nos
segmentos de construção pesada e de edificações. Nesse contexto, o desenvolvimento de inovações
foi avaliado como uma possibilidade de solução especificamente em edificações, permitindo a
utilização de construção industrializada em grande escala, acompanhada de planejamento urbano
e políticas públicas adequadas, sem esquecer as preocupações ambientais. Contudo, apesar da
relevância, não se estudou no artigo a questão urbana.
Tecnologias
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A ENGENHARIA DO FUTURO │ UNIDADE VI
Indústria (CNI) com 375 empresas do setor”. Segundo o levantamento, 68,4% dos empresários do
ramo apontam a dificuldade em contratar empregados aptos a trabalhar em obras como um dos três
maiores entraves da atividade. Nas grandes empresas, o problema é mais crítico. No levantamento
da CNI, realizado entre os dias 3 e 20 janeiro, 85,4% das empresas consultadas apontaram a falta
trabalhadores qualificados como um de seus principais problemas. Entre as pequenas, 61,5% dos
empresários ouvidos reclamaram da falta de mão de obra qualificada.
Contrariando a tendência geral, a área de construção civil não tem apresentado acentuado grau de
automação e modernização. O uso de máquinas na construção é restrito a grandes obras, à chamada
construção pesada. Entretanto, diversas modificações estão surgindo nos sistemas construtivos, de
forma a torná-los mais simples. O uso de componentes industrializados, como as argamassas e os
concretos, é crescente. Por conta disso e, certamente, por razões ligadas à conjuntura política e
econômica, a construção também passa por redução nos postos de trabalho. Esta redução é pequena,
porém sensível.
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