ABNT NBR 15575 Edificações Habitacionais Desempenho
ABNT NBR 15575 Edificações Habitacionais Desempenho
ABNT NBR 15575 Edificações Habitacionais Desempenho
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização
Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de
Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores
e neutros (universidade, laboratório e outros).
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que alguns dos
elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser considerada
responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.
A ABNT NBR 15575-1 foi elaborada no Comitê Brasileiro da Construção Civil (ABNT/CB-02), pela Comissão
de Estudos de Desempenho de Edificações (CE-02.136.01). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme
Edital nº 10, de 28.09.2007 a 27.11.2007, com o número de Projeto 02:136.01-001/1.
A ABNT NBR 15575, sob o título geral “Edificações habitacionais — Desempenho”, tem previsão de conter as
seguintes partes:
Esta versão da ABNT NBR 15575-1:2013 cancela e substitui as versões anteriores da ABNT NBR 15575-1.
Introdução
Normas de desempenho são estabelecidas buscando atender às exigências dos usuários, que, no caso desta
Norma, referem-se a sistemas que compõem edificações habitacionais, independentemente dos seus materiais
constituintes e do sistema construtivo utilizado.
O foco desta Norma está nas exigências dos usuários para o edifício habitacional e seus sistemas, quanto ao seu
comportamento em uso e não na prescrição de como os sistemas são construídos.
As Normas assim elaboradas visam de um lado incentivar e balizar o desenvolvimento tecnológico e, de outro,
orientar a avaliação da eficiência técnica e econômica das inovações tecnológicas.
As Normas prescritivas estabelecem requisitos com base no uso consagrado de produtos ou procedimentos,
buscando o atendimento às exigências dos usuários de forma indireta.
Por sua vez, as Normas de desempenho traduzem as exigências dos usuários em requisitos e critérios, e são
consideradas como complementares às Normas prescritivas, sem substituí-las. A utilização simultânea delas visa
atender às exigências do usuário com soluções tecnicamente adequadas.
No caso de conflito, diferença ou divergência de critérios ou métodos entre as normas prescritivas e esta norma,
deve-se atender a todos os critérios e métodos de todas as normas.
A abordagem desta Norma explora conceitos que muitas vezes não são considerados em Normas prescritivas
específicas, como, por exemplo, a durabilidade dos sistemas, a manutenibilidade da edificação e o conforto tátil
e antropodinâmico dos usuários.
Todas as disposições contidas nesta Norma são aplicáveis aos sistemas que compõem edificações habitacionais,
projetados, construídos, operados e submetidos a intervenções de manutenção que atendam às instruções
específicas do respectivo manual de operação, uso e manutenção.
Requisitos aplicáveis somente para edificações de até cinco pavimentos serão especificados em suas respectivas
seções.
Requisitos e critérios particularmente aplicáveis a determinado sistema são tratados separadamente em cada
Parte desta Norma.
Esta Parte da ABNT NBR 15575 se refere às exigências dos usuários e aos requisitos gerais comuns aos
diferentes sistemas, estabelecendo as diversas interações e interferências entre estes.
1 Escopo
1.1 Esta Parte da ABNT NBR 15575 estabelece os requisitos e critérios de desempenho que se aplicam às
edifacações habitacionais, como um todo integrado, bem como serem avaliados de forma isolada para um ou mais
sistemas específicos.
1.2 Esta Parte da ABNT NBR 15575 não se aplica a obras em andamento ou a edificações concluídas até a
data da entrada em vigor desta Norma. Também não se aplica a obras de reformas nem de “retrofit” nem
edificações provisórias.
1.3 Esta Parte da ABNT NBR 15575 é utilizada como um procedimento de avaliação do desempenho de
sistemas construtivos.
1.4 Os requisitos estabelecidos nesta Parte da ABNT NBR15575 (Seções 4 a 17) são complementados pelos
requisitos estabelecidos nas ABNT NBR 15575-1 a ABNT NBR15575-6.
1.5 Os sistemas elétricos das edificações habitacionais fazem parte de um conjunto mais amplo de Normas com
base na ABNT NBR 5410 e, portanto, os requisitos de desempenho para esses sistemas não estão estabelecidos
nesta ABNT NBR 15575.
1.6 Esta parte ABNT NBR 15575 estabelece critérios relativos ao desempenho térmico, acústico, lumínico e de
segurança ao fogo, que devem ser atendidos individual e isoladamente pela própria natureza conflitante dos
critérios de medições, por exemplo, desempenho acústico (janela fechada) versus desempenho de ventilação
(janela aberta).
1.7 Requisitos aplicáveis somente para edificações de até cinco pavimentos serão especificados em suas
respectivas seções.
2 Referências Normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas,
aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do
referido documento (incluindo emendas).
ISO 15686-1, Buildings and constructed assets – Service life planning – Part 1: General principles
ISO 15686-2, Buildings and constructed assets -- Service life planning – Part 2: Service life prediction procedures
ISO 15686-3, Buildings and constructed assets -- Service life planning – Part 3: Performance audits and reviews
ISO 15686-5, Buildings and constructed assets – Service life planning – Part 5: Life cycle costing
ISO 15686-6, Buildings and constructed assets -- Service life planning – Part 6: Procedures for considering
environmental impacts (available in English only)
ISO 15686-7, Buildings and constructed assets -- Service life planning – Part 7: Performance evaluation for
feedback of service life data from practice
JIS A 1423, Simplified test method for emissivity by infrared radio meter
UNE - EN 410 – 1998 – Vidrio para la edificación – Determinación de las características luminosas y solares de los
acristalamientos
UNE – EN 12898 – Vidrio para la edificación – Determinación de la emisividad
3 Termos e definições
Para os efeitos desta Parte da ABNT NBR 15575, aplicam-se os seguintes termos e definições.
3.1
agente de degradação
tudo aquilo que agindo sobre um sistema contribui para reduzir seu desempenho
3.2
absortância à radiação solar
Quociente da taxa de radiação solar absorvida por uma superfície pela taxa de radiação solar incidente sobre esta
mesma superfície (ABNT NBR 15220-1:2005)
3.3
capacidade Térmica
quantidade de calor necessária para variar em uma unidade a temperatura de um sistema em kJ/(m².K) calculada
conforme ABNT NBR 15220-2:2005 item 4.3.
3.4
componente
unidade integrante de determinado elemento da edificação, com forma definida e destinada a cumprir funções
específicas (exemplos: bloco de alvenaria, telha, folha de porta)
3.5
condições de exposição; ações
conjunto de ações atuantes sobre a edificação habitacional, incluindo cargas gravitacionais, ações externas
e ações resultantes da ocupação
3.6
construtor
pessoa física ou jurídica, legalmente habilitada, contratada para executar o empreendimento, de acordo com
o projeto e em condições mutuamente estabelecidas
3.7
critérios de desempenho
especificações quantitativas dos requisitos de desempenho, expressos em termos de quantidades mensuráveis,
a fim de que possam ser objetivamente determinados
3.8
custo global
custo total de uma edificação ou de seus sistemas, determinado considerando-se, além do custo inicial, os custos
de operação e manutenção ao longo da sua vida útil
3.9
desempenho
comportamento em uso de uma edificação e de seus sistemas
3.10
degradação
redução do desempenho devido à atuação de um ou de vários agentes de degradação
3.11
dia típico de verão:
é definido como um dia real, caracterizado pelas seguintes variáveis: temperatura do ar, umidade relativa do ar,
velocidade do vento, radiação solar incidente em superfície horizontal para o dia mais quente do ano segundo a
média do período dos últimos 10 anos. A Tabela A2 apresenta os dados para algumas cidades.
3.12
dia típico de inverno:
é definido como um dia real, caracterizado pelas seguintes variáveis: temperatura do ar, umidade relativa do ar,
velocidade do vento, radiação solar incidente em superfície horizontal para o dia mais frio do ano segundo a média
do período dos últimos 10 anos. A Tabela A3 apresenta os dados para algumas cidades.
3.13
durabilidade
capacidade da edificação ou de seus sistemas de desempenhar suas funções, ao longo do tempo e sob condições
de uso e manutenção especificadas.
Nota – Durabilidade é comumente utilizado como termo qualitativo para expressar a condição em que a edificação
ou seus sistemas mantem seu desempenho requerido durante a vida útil (ver ISO 16.311-1).
3.14
elemento
parte de um sistema com funções específicas. Geralmente é composto por um conjunto de componentes
(exemplo: parede de vedação de alvenaria, painel de vedação pré-fabricado, estrutura de cobertura)
3.15
Empresa especializada
organização ou profissional liberal que exerce função na qual é exigida qualificação técnica específica e cujo
controle e disciplina são deferidos legalmente pelos conselhos e ordens profissionais.
3.16
especificações de desempenho
Conjunto de requisitos e critérios de desempenho estabelecido para a edificação ou seus sistemas. As
especificações de desempenho são uma expressão das funções exigidas da edificação ou de seus sistemas e que
correspondem a um uso claramente definido; no caso desta Norma, referem-se ao uso habitacional de edificações.
3.17
exigências do usuário
conjunto de necessidades do usuário da edificação habitacional a serem satisfeitas por este (e seus sistemas), de
modo a cumprir com suas funções
3.18
estado da arte
estágio de desenvolvimento de uma capacitação técnica em um determinado momento, em relação a produtos,
processos e serviços, baseado em descobertas científicas, tecnológicas e experiências consolidadas e pertinentes
3.19
falha
ocorrência que prejudica a utilização do sistema ou do elemento, resultando em desempenho aquém do requerido.
3.20
fornecedor
pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados,
que desenvolvem atividade de montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação,
distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços
3.21
garantia legal
direito do consumidor de reclamar reparos, recomposição, devolução ou substituição do produto adquirido,
conforme legislação vigente.
3.22
garantia certificada
condições dadas pelo fornecedor por meio de certificado ou contrato de garantia para reparos, recomposição,
devolução ou substituição do produto adquirido.
3.23
incorporador
pessoa física ou jurídica, comerciante ou não, que, embora não efetuando a construção, compromisse ou efetive
a venda de frações ideais de terreno, objetivando a vinculação de tais frações a unidades autônomas,
em edificações a serem construídas ou em construção sob regime condominial, ou que meramente aceita
propostas para efetivação de tais transações, coordenando e levando a termo a incorporação e responsabilizando-se,
conforme o caso, pela entrega em certo prazo, preço e determinadas condições das obras concluídas
3.24
inovação tecnológica
aperfeiçoamento tecnológico, resultado de atividades de pesquisa, aplicado ao processo de produção do edifício,
objetivando a melhoria de desempenho, qualidade e custo do edifício ou de um sistema
3.25
inspeção predial de uso e manutenção
verificação, através de metodologia técnica, das condições de uso e de manutenção preventiva e corretiva da
edificação
3.26
manual de operação, uso e manutenção
documento que reúne apropriadamente todas às informações necessárias para orientar as atividades de operação,
uso e manutenção da edificação
Nota – Também conhecido como manual do proprietário, quando aplicado para as unidades autônomas, e manual
das áreas comuns ou manual do síndico, quando aplicado para as áreas de uso comum.
3.27
manutenção
conjunto de atividades a serem realizadas ao longo da vida total da edificação para conservar ou recuperar a sua
capacidade funcional e de seus sistemas constituintes de atender as necessidades e segurança dos seus usuários.
3.28
operação
conjunto de atividades a serem realizadas em sistemas e equipamentos com a finalidade de manter a edificação
em funcionamento adequado
3.29
manutenibilidade
grau de facilidade de um sistema, elemento ou componente de ser mantido ou recolocado no estado no qual
possa executar suas funções requeridas, sob condições de uso especificadas, quando a manutenção é executada
sobre condições determinadas, procedimentos e meios prescritos
3.30
norma de desempenho
conjunto de requisitos e critérios estabelecidos para uma edificação habitacional e seus sistemas, com base em
exigências do usuário, independentemente da sua forma ou dos materiais constituintes
3.31
norma prescritiva
conjunto de requisitos e critérios estabelecidos para um produto ou um procedimento específico, com base na
consagração do uso ao longo do tempo
3.32
patologia
não conformidade que se manifesta no produto em função de falhas no projeto, na fabricação, na instalação, na
execução, na montagem, no uso ou na manutenção bem como problemas que não decorram do envelhecimento
natural.
3.33
pé-direito
distância entre o piso de um andar e o teto desse mesmo andar.
3.34
prazo de garantia legal
período de tempo previsto em lei que o consumidor dispõe para reclamar dos vícios (defeitos) verificados na
compra de produtos duráveis.
3.35
prazo de garantia certificada
período de tempo, acima do prazo de garantia legal, oferecido voluntariamente pelo fornecedor (incorporador,
construtor ou fabricante) na forma de certificado ou termo de garantia ou contrato, para que o consumidor possa
reclamar dos vícios (defeitos) verificados na compra de seu produto. Este prazo pode ser diferenciado para cada
um dos componentes do produto a critério do fornecedor.
3.36
requisitos de desempenho
condições que expressam qualitativamente os atributos que a edificação habitacional e seus sistemas devem
possuir, a fim de que possam satisfazer as exigências do usuário
3.37
“retrofit”
remodelação ou atualização do edifício ou de sistemas, através da incorporação de novas tecnologias e conceitos,
normalmente visando valorização do imóvel, mudança de uso, aumento da vida útil, eficiência operacional
e energética
3.38
ruína
característica do estado-limite último, por ruptura ou por perda de estabilidade ou por deformação acima dos
limites de estado limite último estabelecido em normas
3.39
sistema
a maior parte funcional do edifício. Conjunto de elementos e componentes destinados a cumprir com uma
macrofunção que a define (exemplo: fundação, estrutura, vedações verticais, instalações hidrossanitárias,
cobertura)
Nota - As ABNT NBR 15575-2 a ABNT NBR 15575-6 tratam do desempenho de alguns sistemas da edificação.
3.40
transmitância térmica
transmissão de calor em unidade de tempo e através de uma área unitária de um elemento ou componente
construtivo; neste caso, dos vidros e dos componentes opacos das paredes externas e coberturas, incluindo as
resistências superficiais interna e externa, induzida pela diferença de temperatura entre dois ambientes. A
transmitância térmica deve ser calculada utilizando o método de cálculo da NBR 15220-2:2005 ou determinada
através do método da caixa quente protegida da NBR 6488.
3.41
usuário
pessoa que ocupa a edificação habitacional
3.42
vida útil (VU)
período de tempo em que um edifício e/ou seus sistemas se prestam às atividades para as quais foram
projetados e construídos considerando a periodicidade e correta execução dos processos de manutenção
especificados no respectivo Manual de Uso, Operação e Manutenção (a vida útil não pode ser confundida com
prazo de garantia legal e certificada).
Nota - Interferem na vida útil, além da vida útil projetada, das características dos materiais e da qualidade da
construção como um todo, o correto uso e operação da edifícação e de suas partes, a constância e efetividade
das operações de limpeza e manutenção, alterações climáticas e níveis de poluição no local da obra, mudanças
no entorno da obra ao longo do tempo (trânsito de veículos, obras de infraestrutura, expansão urbana), etc. O
valor real de tempo de vida útil será uma composição do valor teórico de Vida Útil Projetada devidamente
influenciado pelas ações da manutenção, da utilização, da natureza e da sua vizinhança. As negligências no
cumprimento integral dos programas definidos no manual de operação, uso e manutenção da edificação, bem
como ações anormais do meio ambiente, irão reduzir o tempo de vida útil, podendo este ficar menor que o prazo
teórico calculado como Vida Útil Projetada.
3.43
Vida Útil de Projeto (VUP)
Período estimado de tempo para o qual um sistema é projetado a fim de atender aos requisitos de desempenho
estabelecidos nesta norma, considerando o atendimento aos requisitos das normas aplicáveis, o estágio do
conhecimento no momento do projeto e supondo o cumprimento da periodicidade e correta execução dos
processos de manutenção especificados no respectivo Manual de Uso, Operação e Manutenção (a VUP não deve
ser confundida com tempo de vida útil, durabilidade, prazo de garantia legal e certificada).
Nota: A VUP é uma estimativa teórica de tempo que compõe o tempo de vida útil. O tempo de VU pode ou não ser
confirmado em função da eficiência e registro das manutenções, de alterações no entorno da obra, fatores
climáticos, etc.
4 Exigências do usuário
4.1 Generalidades
Para os efeitos desta Norma, apresenta-se uma lista geral de exigências dos usuários, descrita em 4.2 a 4.4
e utilizada como referência para o estabelecimento dos requisitos e critérios. Sendo atendidos os requisitos e
critérios estabelecidos nesta Norma, considera-se para todos os efeitos que estejam satisfeitas as exigências do
usuário.
4.2 Segurança
As exigências do usuário relativas à segurança são expressas pelos seguintes fatores:
segurança estrutural;
4.3 Habitabilidade
As exigências do usuário relativas à habitabilidade são expressas pelos seguintes fatores:
estanqueidade;
desempenho térmico;
desempenho acústico;
desempenho lumínico;
funcionalidade e acessibilidade;
4.4 Sustentabilidade
As exigências do usuário relativas à sustentabilidade são expressas pelos seguintes fatores:
durabilidade;
manutenibilidade;
impacto ambiental.
4.5.2 Os valores relativos aos níveis intermediário (I) e superior (S) estão indicados nos Anexos E
da ABNT NBR 15575-1, ABNT NBR 15575-2 e ABNT NBR 15575-3, no Anexo F da ABNT NBR 15575-4
e no Anexo I da ABNT NBR 15575-5.
5.1 Generalidades
As incumbências técnicas de cada um dos intervenientes encontram-se estabelecidas em 5.2 a 5.6 e na
ABNT NBR 5671.
Convém que fabricantes de produtos, que sem normas brasileiras específicas ou que não tenham seus produtos
com o desempenho caracterizado, que forneçam resultados comprobatórios do desempenho de seus produtos
com base nesta norma ou em normas específicas internacionais ou estrangeiras.
5.3 Projetista
Os projetistas, devem estabelecer a VIDA ÚTIL PROJETADA (VUP) de cada sistema que compõe esta Norma,
com base na Seção 14.
Cabe ao projetista o papel de especificar materiais, produtos e processos que atendam o desempenho mínimo
estabelecido nesta norma com base nas normas prescritivas e no desempenho declarado pelos fabricantes dos
produtos a serem empregados em projeto.
Quando as normas específicas de produtos não caracterizem desempenho, ou quando não existirem normas
específicas, ou quando o fabricante não publicar o desempenho de seu produto, é recomendável ao projetista
solicitar informações ao fabricante para balizar as decisões de especificação.
Quando forem considerados valores de VUP maiores que os mínimos estabelecidos nesta norma, estes devem
constar dos projetos e/ou memorial de cálculo.
5.5 Usuário
Ao usuário ou seu preposto cabe realizar a manutenção, de acordo com o que estabelece a ABNT NBR 5674 e o
manual de operação, uso e manutenção, ou documento similar (ver 3.18).
6 Avaliação de desempenho
6.1 Generalidades
6.1.1 A avaliação de desempenho busca analisar a adequação ao uso de um sistema ou de um processo
construtivo destinado a cumprir uma função, independentemente da solução técnica adotada.
6.1.2 Para atingir esta finalidade, na avaliação do desempenho é realizada uma investigação sistemática
baseada em métodos consistentes, capazes de produzir uma interpretação objetiva sobre o comportamento
esperado do sistema nas condições de uso definidas. Em função disso, a avaliação do desempenho exige o
domínio de uma ampla base de conhecimentos científicos sobre cada aspecto funcional de uma edificação, sobre
materiais e técnicas de construção, bem como sobre as diferentes exigências dos usuários nas mais diversas
condições de uso.
6.1.2.1 Recomenda-se que os resultados desta investigação sistemática, que orientaram a realização do
projeto, sejam registrados por meio de documentação fotográfica, memorial de cálculo, observações
instrumentadas, catálogos técnicos dos produtos, registro de eventuais planos de expansão de serviços públicos
ou outras formas conforme conveniência.
6.1.3 Os requisitos de desempenho derivados de todas as exigências dos usuários podem resultar em uma lista
muito extensa; neste sentido é conveniente limitar o número de requisitos a serem considerados em um contexto
de uso definido. Dessa forma, nas Seções 7 a 17 são estabelecidos os requisitos e critérios que devem ser
atendidos por edificações habitacionais.
6.1.4 Os requisitos de desempenho previstos nesta Norma devem ser verificados aplicando-se os respectivos
métodos de avaliação explicitados nas suas diferentes partes.
6.1.5 Todas as verificações devem ser realizadas com base nas condições do meio físico na época do projeto
e da execução do empreendimento
6.2 Avaliação do desempenho
6.2.1 Generalidades
A avaliação do desempenho de edificações ou de sistemas, de acordo com esta Norma, deve ser realizada
considerando as premissas básicas estabelecidas nesta Seção.
NOTA: Recomenda-se que a avaliação do desempenho seja realizada por instituições de ensino ou pesquisa,
laboratórios especializados, empresas de tecnologia, equipes multiprofissionais ou profissionais de reconhecida
capacidade técnica.
Devem ainda ser considerados riscos de explosões oriundas do confinamento de gases resultantes de aterros
sanitários, solos contaminados, proximidade de pedreiras e outros, tomando-se as providências necessárias para
que não ocorram prejuízos à segurança e à funcionalidade da obra.
6.3.2 Entorno
Os projetos devem ainda prever as interações entre construções próximas, considerando-se convenientemente as
eventuais sobreposições de bulbos de pressão, efeitos de grupo de estacas, rebaixamento do lençol freático e
desconfinamento do solo em função do corte do terreno.
Tais fenômenos também não podem prejudicar a segurança e a funcionalidade da obra, bem como de edificações
vizinhas.
O desempenho da edificação está intimamente associado a todos os projetos de implantação e ao desempenho
das fundações, devendo ser cumpridas as disposições das Normas Brasileiras aplicáveis, particularmente das
ABNT NBR 8044, ABNT NBR 5629, ABNT NBR 11682, ABNT NBR 6122 e NBR 12722
6.4.1 Os requisitos de desempenho devem ser verificados aplicando-se os respectivos métodos de ensaio
previstos nesta Norma.
6.4.2 Os métodos de avaliação estabelecidos nesta Norma consideram a realização de ensaios laboratoriais,
ensaios de tipo, ensaios em campo, inspeções em protótipos ou em campo, simulações e análise de projetos. A
realização de ensaios laboratoriais deve ser baseada nas Normas explicitamente referenciadas, em cada caso,
nesta Norma.
6.5 Amostragem
6.5.1 No caso de sistemas construtivos já utilizados em outras obras, pode-se considerar na avaliação
a realização de inspeções de campo, atendendo aos requisitos e critérios de desempenho estabelecidos nesta
Norma, desde que se comprove que a edificação habitacional ou o sistema seja igual ao da avaliação que se
deseja proceder e que a amostragem seja representativa.
6.5.2 Do ponto de vista da durabilidade, as avaliações de campo só devem ser aceitas se a construção
ou instalação tiver ocorrido há pelo menos dois anos.
6.5.3 Sob qualquer aspecto, deve-se tomar a máxima precaução para, com base nas análises de campo,
não se inferir ou extrapolar resultados para condições diversas de clima, implantação, agressividade do meio
e utilização.
6.5.4 Sempre que a avaliação estiver baseada na realização de ensaios de laboratório, a amostragem deve ser
aleatória.
6.6.1 Quando uma Norma Brasileira prescritiva contiver exigências suplementares a esta Norma, elas devem ser
integralmente cumpridas.
6.6.2 Na ausência de Normas Brasileiras prescritivas para sistemas, podem ser utilizadas Normas Internacionais
prescritivas relativas ao tema.
6.7.1 O relatório resultante da avaliação de desempenho deve reunir informações que caracterizem o edifício
habitacional ou sistema analisado.
6.7.2 Quando houver a necessidade de realização de ensaios laboratoriais, o relatório de avaliação deve conter
a solicitação para realização desses ensaios, com explicitação dos resultados pretendidos e a metodologia a ser
seguida, de acordo com as Normas referenciadas nesta Norma.
6.7.3 A amostra tomada para ensaio deve ser acompanhada de todas as informações que a caracterizem,
considerando sua participação no sistema.
6.7.4 A partir dos resultados obtidos deve ser elaborado um documento de avaliação do desempenho, baseado
nos requisitos e critérios avaliados de acordo com esta Norma.
7 Desempenho estrutural
7.1 Generalidades
De acordo com a ABNT NBR 8681, os estados-limites de uma estrutura estabelecem as condições a partir das
quais a estrutura apresenta desempenho inadequado às finalidades da construção.
O manual do proprietário, ou documento similar (ver 3.13 da ABNT NBR 14037:1998), deve conter as informações
relativas às sobrecargas limitantes no uso das edificações.
Os estados-limites últimos (ELU) determinam a paralisação, no todo ou em parte, do uso da construção, por sua
simples ocorrência.
No estado limite último, o desempenho estrutural de qualquer edificação deve ser verificado pelas Normas
Brasileiras de projeto estrutural específicas.
Dessa forma, devem ser atendidos todos os requisitos estabelecidos nas Normas a seguir:
ABNT NBR 6118, para estruturas de concreto;
ABNT NBR 14762, para estruturas de aço constituídas por perfis formados a frio;
instabilidade;
Em casos particulares, pode ser necessário considerar outros estados-limites últimos, conforme as Normas
Brasileiras específicas de projeto estrutural.
Devem ser previstas nos projetos considerações sobre as condições de agressividade do solo, do ar e da água na
época do projeto, prevendo-se as proteções aos sistemas estruturais e suas partes.
O edifício habitacional ou o sistema deve ser projetado, construído e montado de forma a atender aos requisitos
e critérios especificados nas ABNT NBR 15575-2 a ABNT NBR 15575-6.
Análise do projeto estrutural conforme Norma Brasileira específica e verificações estabelecidas nas
ABNT NBR 15575-2 a ABNT NBR 15575-6.
O comportamento em serviço da edificação habitacional ou do sistema deve ser previsto em projeto, de forma que
os estados-limites de serviço (ELS), por sua ocorrência, repetição ou duração, não causem efeitos estruturais que
impeçam o uso normal da construção ou que levem ao comprometimento da durabilidade da estrutura.
8.1 Generalidades
As exigências desta Norma relativamente à segurança contra incêndio são pautadas em:
Proteger a vida dos ocupantes das edificações e áreas de risco, em caso de incêndio;
Dificultar a propagação do incêndio, reduzindo danos ao meio ambiente e ao patrimônio;
Garantir condições razoáveis para o emprego de socorro público, onde se permita o acesso operacional
de viaturas, equipamentos e seus recursos humanos, com tempo hábil para exercer as atividades de
salvamento (pessoas retidas) e combate a incêndio (extinção);
Evitar ou minimizar danos à própria edificação, às outras adjacentes, à infra-estrutura pública e ao meio
ambiente.
De forma a atender às exigências do usuário quanto à segurança (ver 4.1), devem ser cumpridos os requisitos
estabelecidos na legislação pertinente e na ABNT NBR 14432.
NOTA: Especial atenção deve ser dada para prevenir o risco de ignição dos materiais em função de curto-circuitos
e sobretensões.
Caso não seja possível o atendimento ao critério de isolamento de risco à distância ou proteção (8.5.1),
a edificação não é considerada independente e o dimensionamento das medidas de proteção contra incêndio deve
ser feito considerando o conjunto de edificações como uma única.
8.5.1 Critérios
8.5.1.1 Isolamento de risco à distância
A distância entre edifícios deve atender à condição de isolamento, considerando-se todas as interferências
previstas na legislação vigente.
9.1 Generalidades
A segurança no uso e operação dos sistemas e componentes da edificação habitacional deve ser considerada em
projeto, especialmente as que dizem respeito a agentes agressivos (proteção contra queimaduras e pontos e
bordas cortantes, por exemplo).
a) rupturas, instabilizações, tombamentos ou quedas que possam colocar em risco a integridade física dos
ocupantes ou de transeuntes nas imediações do imóvel;
c) deformações e defeitos acima dos limites especificados nas ABNT NBR 15575-2 a ABNT NBR 15575-6.
a) queda de pessoas em altura: telhados, áticos, lajes de cobertura e quaisquer partes elevadas da construção;
c) queda de pessoas em função de rupturas das proteções as quais deverão ser testadas conforme NBR 14718
ou possuírem memorial de cálculo assinado por profissional responsável que comprove seu desempenho;
d) queda de pessoas em função de irregularidades nos pisos, rampas e escadas, conforme a ABNT NBR 15575-3;
f) ferimentos ou contusões em função da operação das partes móveis de componentes, como janelas, portas,
alçapões e outros;
10.1 Generalidades
A exposição à água de chuva, à umidade proveniente do solo e aquela proveniente do uso da edificação
habitacional, devem ser consideradas em projeto, pois a umidade acelera os mecanismos de deterioração e
acarreta a perda das condições de habitabilidade e de higiene do ambiente construído.
a) condições de implantação dos conjuntos habitacionais, de forma a drenar adequadamente a água de chuva
incidente em ruas internas, lotes vizinhos ou mesmo no entorno próximo ao conjunto;
b) impermeabilização de porões e subsolos, jardins contíguos às fachadas e quaisquer paredes em contato com
o solo, ou pelo direcionamento das águas, sem prejuízo da utilização do ambiente e dos sistemas correlatos
e sem comprometer a segurança estrutural. Em havendo sistemas de impermeabilização, estes devem seguir
a NBR 9575;
d) ligação entre os diversos elementos da construção (como paredes e estrutura, telhado e paredes, corpo
principal e pisos ou calçadas laterais).
11 Desempenho térmico
11.1 Generalidades
A edificação habitacional deve reunir características que atendam às exigências de desempenho térmico,
considerando-se a zona bioclimática definida na ABNT NBR 15220-3
Esta parte da ABNT NBR 15575 estabelece um procedimento normativo apresentado a seguir outro procedimento
informativo mostrado no anexo A para avaliação da adequação de habitações:
Para a realização das simulações computacionais devem ser utilizadas como referência as tabelas A1, A2 e A3
apresentadas no Anexo A, que fornecem informações sobre a localização geográfica de algumas cidades
brasileiras e os dados climáticos correspondentes aos dias típicos de projeto de verão e de inverno.
Na falta de dados para a cidade onde se encontra a habitação, recomenda-se utilizar os dados climáticos de uma
cidade próxima com características climáticas semelhantes, na mesma Zona Bioclimática brasileira (conforme
indicado na NBR 15220-Parte 3). Se o clima na cidade não for semelhante ao de nenhuma outra que tenha dados
disponíveis, recomenda-se evitar o método da simulação computacional.
Para a realização das simulações computacionais recomenda-se o emprego do programa EnergyPlus. Outros
programas de simulação poderão ser utilizados, desde que permitam a determinação do comportamento térmico
de edificações sob condições dinâmicas de exposição ao clima, sendo capazes de reproduzir os efeitos de inércia
térmica e sejam validados pela ASHRAE Standard 140.
Para a geometria do modelo de simulação, deve ser considerada a habitação como um todo, considerando cada
ambiente como uma zona térmica. Na composição de materiais para a simulação, deve-se utilizar dados das
propriedades térmicas dos materiais e/ou componentes construtivos:
Na ausência destes dados ou na impossibilidade de obtê-los junto aos fabricantes, é permitido utilizar os
dados disponibilizados NBR 15220-Parte 2 como referência.
Propriedade Determinação
O nível para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende ao critério de 11.3.1 é mostrado na Tabela
11.2 abaixo:
O nível para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende ao critério de 11.4.1 é mostrado na Tabela
11.3 abaixo:
Para conjuntos habitacionais ou edifícios multipiso, selecionar unidades habitacionais representativas conforme
estabelecido a seguir:
a) conjunto habitacional de edificações térreas: selecionar uma unidade habitacional com o maior número de
paredes expostas e seguir o procedimento estabelecido em 11.5.1 e 11.5.2;
b) edifício multipiso: selecionar uma unidade do último andar, com cobertura exposta, e seguir o procedimento
estabelecido em 11.5.1 e 11.5.2.
11.5.1 Simular todos os recintos da unidade habitacional, considerando as trocas térmicas entre os seus
ambientes e avaliar os resultados dos recintos dormitórios e salas, considerando as condições apresentadas
abaixo.
Na entrada de dados, considerar que os recintos adjacentes, de outras unidades habitacionais, separados,
portanto, por paredes de geminação ou entrepisos, apresentam a mesma condição térmica do ambiente que está
sendo simulado.
A edificação deve ser orientada conforme a implantação. A unidade habitacional desta edificação escolhida para a
simulação deve ser a mais crítica do ponto de vista térmico.
Caso esta orientação da edificação não esteja definida, esta deve ser posicionada de tal forma que a unidade a
ser avaliada tenha a condição mais crítica do ponto de vista térmico.
a) verão: janela do dormitório ou da sala voltada para oeste e a outra parede exposta voltada para norte. Caso
não seja possível, o ambiente deve ter pelo menos uma janela voltada para oeste;
b) inverno: janela do dormitório ou da sala de estar voltada para sul e a outra parede exposta voltada para leste.
Caso não seja possível, o ambiente deve ter pelo menos uma janela voltada para sul;
c) obstrução no entorno: considerar que as paredes expostas e as janelas estão desobstruídas, ou seja, sem a
presença de edificações ou vegetação nas proximidades que modifiquem a incidência de sol e/ou vento.
Edificações de um mesmo complexo, por exemplo um condomínio, podem ser consideradas, desde que
previstas para habitação no mesmo período. Esta informação deve constar na documentação de
comprovação de desempenho;
Adotar uma taxa de ventilação do ambiente de 1 ren/h. A taxa de renovação da cobertura deve ser a mesma, de 1
ren/h.
A absortância à radiação solar das superfícies expostas deve ser definida conforme a cor e as características das
superfícies externas da cobertura e das paredes expostas, conforme orientações a seguir:
a) cobertura: valor especificado no projeto, correspondente, portanto, ao material declarado para o telhado ou
outro elemento utilizado que constitua a superfície exposta da cobertura;
b) parede: assumir o valor da absortância à radiação solar correspondente à cor definida no projeto. Caso a cor
não esteja definida, simular para três alternativas de cor:
11.5.2 A unidade habitacional que não atender aos critérios estabelecidos para verão deve ser simulada
novamente considerando-se as seguintes alterações:
ventilação: configuração da taxa de ventilação de cinco renovações do volume de ar do ambiente por
hora (5,0 Ren/h) e janelas sem sombreamento;
sombreamento: inserção de proteção solar externa ou interna da esquadria externa com dispositivo
capaz de cortar no mínimo 50 % da radiação solar direta que entraria pela janela, com taxa de uma
renovação do volume de ar do ambiente por hora (1,0 ren/h);
12 Desempenho acústico
12.1 Generalidades
A edificação habitacional deve apresentar isolamento acústico adequado das vedações externas, no que se refere
aos ruídos aéreos provenientes do exterior da edifícação habitacional, e isolamento acústico adequado entre
áreas comuns e privativas.
13 Desempenho lumínico
13.1 Generalidades
Durante o dia, as dependências da edificação habitacional listadas na Tabela 13.1 devem receber iluminação
natural conveniente, oriunda diretamente do exterior ou indiretamente, através de recintos adjacentes.
Para o período noturno, o sistema de iluminação artificial deve proporcionar condições internas satisfatórias para
ocupação dos recintos e circulação nos ambientes com conforto e segurança.
Sala de estar;
Dormitório;
60
Copa / cozinha;
Área de serviço.
Banheiro;
Corredor ou escada interna à unidade;
Corredor de uso comum (prédios); Não exigido
Escadaria de uso comum (prédios);
Garagens/estacionamentos
* Valores mínimos obrigatórios, conforme método de avaliação 13.2.2.
NOTA: Para os edifícios multipiso, admitem-se para as dependências situadas no
pavimento térreo ou em pavimentos abaixo da cota da rua níveis de iluminância
ligeiramente inferiores aos valores especificados na tabela acima (diferença máxima de
20% em qualquer dependência).
NOTA 2: Os critérios desta Tabela não se aplicam às áreas confinadas ou que não
tenham iluminação natural.
NOTA 3: Deve-se verificar e atender as condições mínimas exigidas pela legislação
local.
- ,
- Onde :
- Ei é iluminânica no interior da dependência
- Ee é iluminância externa à sombra.
13.2.5 Premissas de projeto
- os requisitos de iluminância natural podem ser atendidos mediante adequada disposição dos cômodos
(arquitetura), correta orientação geográfica da edificação, dimensionamento e posição das aberturas, tipos de
janelas e de envidraçamentos, rugosidade e cores dos elementos (paredes, tetos, pisos etc), inserção de
poços de ventilação / iluminação, eventual introdução de domus de iluminação, etc;
- a presença de taludes, muros, coberturas de garagens e outros obstáculos do gênero não podem prejudicar
os níveis mínimos de iluminância especificados;
- nos conjuntos habitacionais integrados por edifícios, a implantação relativa dos prédios, de eventuais caixas
de escada ou de outras construções, não podem prejudicar os níveis mínimos de iluminância especificados.
14 Durabilidade e manutenibilidade
14.1 Generalidades
A durabilidade do edifício e de seus sistemas é uma exigência econômica do usuário, pois está diretamente
associada ao custo global do bem imóvel. A durabilidade de um produto se extingue quando ele deixa de cumprir
as funções que lhe forem atribuídas, quer seja pela degradação que o conduz a um estado insatisfatório
de desempenho, quer seja por obsolescência funcional. O período de tempo compreendido entre o início de
operação ou uso de um produto e o momento em que o seu desempenho deixa de atender às exigências do
usuário pre-estabelecidas é denominado vida útil. No Anexo C, faz-se uma análise mais abrangente dos conceitos
relacionados com a durabilidade e a vida útil, face à importância que representam para o desempenho do edifício
e seus sistemas.
projetistas, construtores e incorporadores são responsáveis pelos valores teóricos de Vida Útil de Projeto que
podem ser confirmados por meio de atendimento às normas Brasileiras ou Internacionais (Exemplo: ISO e IEC) ou
Regionais (Exemplo: Mercosul) e não havendo estas, podem ser consideradas normas estrangeiras na data do
projeto. Não obstante, não podem prever, estimar ou se responsabilizar pelo valor atingido de Vida Útil (VU) uma
vez que este depende de fatores fora de seu controle, tais como a o correto uso e operação do edifício e de suas
partes, a constância e efetividade das operações de limpeza e manutenção, alterações climáticas e níveis de
poluição no local, mudanças no entorno ao longo do tempo (trânsito de veículos, rebaixamento do nível do lençol
freático, obras de infraestrutura, expansão urbana, etc).
O valor final atingido de Vida Útil (VU) será uma composição do valor teórico calculado como Vida Útil de Projeto
(VUP) influenciado positivamente ou negativamente pelas ações de manutenção, intemperes e outros fatores
internos de controle do usuário e externos (naturais) fora de seu controle.
O Anexo D apenas informativo apresenta sugestão de Diretrizes para o estabelecimento de prazos de garantia.
14.2 Requisito – Vida útil de projeto do edifício e dos sistemas que o compõem
Projetar os sistemas da edificação de acordo com valores teóricos preestabelecidos de Vida Útil de Projeto
VUP mínima
Sistema
anos
Estrutura 50
segundo ABNT NBR 8681-2003
Pisos internos 13
Para os casos não cobertos pela Tabela 14.1, a determinação da Vida Útil de Projeto VUP mínima pode basear-se
nas recomendações da Tabela C.4.
O projeto do edifício deve atender os parâmetros mínimos de VUP indicados na Tabela 14.1. Caso sejam
adotados valores superiores ao da Tabela 14.1, estes devem ser explicitados no projeto. Os sistemas do edifício
devem ser adequadamente detalhados e especificados em projeto, de modo a possibilitar a avaliação da sua Vida
Útil de Projeto. É desejável conhecer as especificações dos elementos e componentes empregados, de modo que
possa ser avaliada a sua adequabilidade de uso em função da Vida Útil de Projeto VUP estabelecida para o
sistema.
Na análise do projeto, a avaliação do atendimento à Vida Útil de Projeto VUP pode ser realizada pela utilização da
metodologia proposta pelas ISO 15686-1 a 15686-3 e ISO 15686-5 a 15686-7. Complementarmente, o Anexo F
relaciona a bibliografia recomendada para avaliação do atendimento à Vida Útil de Projeto VUP.
O período de tempo a partir do qual se iniciam os prazos de vida útil deve ser sempre o da data de conclusão do
edifício habitacional, a qual, para efeitos desta Norma, é a data de expedição do Auto de Conclusão de Edificação,
documento legal que atesta a conclusão das obras.
A avaliação da Vida Útil de Projeto VUP de qualquer um dos sistemas ou do edifício pode ser substituída pela
asseguração por uma terceira parte (companhia de seguros) do desempenho destes.
Decorridos 50 % dos prazos de Vida Útil de Projeto (VUP) conforme Tabela 14.1, contados a partir do auto de
conclusão da obra, Sem a necessidade de intervenções com Custo de manutenção e reposição iguais ou
superiores a categoria D conforme Tabela C3, desde que não previstas no Manual de Gestão de Manutenção,
considera-se atendido o requisito de Vida Útil de Projeto (VUP), salvo prova objetiva em contrário.
Os valores de Vida Útil de Projeto também podem ser comprovados por verificações de cumprimento das normas
nacionais prescritivas na data do projeto, bem como constatações em obra do cumprimento integral do projeto
pela construtora.
a) através da verificação do cumprimento das exigências estabelecidas em Normas Brasileiras que estejam
relacionadas com a durabilidade dos sistemas do edifício. São exemplos de Normas com estas características
as ABNT NBR 6118, ABNT NBR 8800, ABNT NBR 9062 e ABNT NBR 14762;
b) pela comprovação da durabilidade dos elementos e componentes dos sistemas, bem como de sua correta
utilização, conforme as Normas a elas associadas que tratam da especificação dos elementos e componentes,
sua aplicação e métodos de ensaios específicos, como ABNT NBR 5649, ABNT NBR 6136, ABNT NBR 8491,
ABNT NBR 9457, ABNT NBR 10834, ABNT NBR 11173, ABNT NBR 13281, ABNT NBR 13438,
ABNT NBR 13858-2, ABNT NBR 15210-1, ABNT NBR 15319, ABNT NBR 6565; ABNT NBR 7398;
ABNT NBR 7400; ABNT NBR 8094; ABNT NBR 8096 e outras Normas Brasileiras específicas, conforme o
caso;
d) por análise de campo do sistema através de inspeção em protótipos e edificações, que possibilite a avaliação
da durabilidade por conhecimento das características do sistema obedecendo ao tempo mínimo de
comprovação da durabilidade (ver Seção 6) e considerando a vida útil pretendida;
e) pela análise dos resultados obtidos em estações de ensaios de durabilidade do sistema, desde que seja
possível comprovar sua eficácia;
A bibliografia constante no Anexo F pode auxiliar na avaliação da durabilidade.
14.2.5 Premissas
As condições de exposição do edifício devem ser especificadas em projeto, a fim de possibilitar uma análise da
Vida Útil de Projeto(VUP) e da durabilidade do edifício e seus sistemas.
As especificações relativas à manutenção, uso e operação do edifício e seus sistemas que forem considerados em
projeto para definição da Vida Útil de Projeto(VUP) devem estar também claramente detalhadas na documentação
que acompanha o edifício ou subsidia sua construção.
14.3 Manutenibilidade
14.3.1 Requisito – Manutenibilidade do edifício e de seus sistemas
Manter a capacidade do edifício e de seus sistemas e permitir ou favorecer as inspeções prediais, bem como as
intervenções de manutenção previstas no manual de operação, uso e manutenção. Conforme responsabilidades
estabelecidas na Seção 5 desta parte 1.
A incorporadora ou construtora (no caso de não haver incorporação) deve fornecer ao usuário manual atendendo
a ABNT NBR 14037.
Na gestão de manutenção, deve-se atender a NBR 5674, para preservar as características originais da edificação,
prevenir a perda de desempenho decorrente da degradação de seus sistemas, elementos ou componentes.
Nota - Salvo manutenções de rotina (Ex. Limpeza), intervenções na estrutura devem ser feitas sob
responsabilidade de profissional ou empresa especializada, podendo o manual substituir instruções específicas
por recomendação de bibliografias especializadas
15.1 Generalidades
As exigências relativas à saúde devem atender a legislação vigente.
Além do acima estabelecido, recomenda-se que sejam cumpridos os requisitos de 15.2 e 15.3.
15.2.1 Critério
O requisito mencionado deve atender aos critérios fixados na legislação vigente.
15.3.1 Critério
O requisito mencionado deve atender aos critérios fixados na legislação vigente.
15.3.2 Método de avaliação
Verificação pelos métodos de ensaios estabelecidos na legislação vigente.
O sistema de exaustão ou ventilação de garagens internas deve permitir a saída dos gases poluentes gerados por
veículos e equipamentos.
15.4.1 Critério
O requisito mencionado deve atender aos critérios fixados na legislação vigente.
16 Funcionalidade e acessibilidade
Em vestíbulos, halls, corredores, instalações sanitárias e despensas admite-se que o pé-direito se reduza ao
mínimo de 2,30m.
Nos tetos com vigas, inclinados, abobadados ou, em geral, contendo superfícies salientes altura piso a piso e ou o
pé-direito mínimo, devem ser mantidos, pelo menos, em 80 % da superfície do teto, admitindo-se na superfície
restante que o pé-direito livre possa descer até ao mínimo de 2,30m.
16.3 Requisito – Adequação para pessoas com deficiências físicas ou pessoas com mobilidade reduzida
A edificação deve prever o numero mínimo de unidades para pessoas com deficiência física ou com mobilidade
reduzida estabelecido na legislação vigente, e estas unidades devem atender aos requisitos da NBR 9050. As
áreas comuns devem prever acesso a pessoas com deficiência física ou com mobilidade reduzida e idosos.
NOTA: Edificações de caráter evolutivo são aquelas comercializadas já com previsão de ampliações.
O incorporador ou construtor deve anexar ao manual de operação, uso e manutenção (3.13) as especificações
e detalhes construtivos necessários para ampliação do corpo da edificação, do piso, do telhado e das instalações
prediais, considerando a coordenação dimensional e as compatibilidades físicas e químicas com os materiais
disponíveis regionalmente sempre que possível.
As especificações e detalhes construtivos fornecidos devem permitir no mínimo a manutenção dos níveis
de desempenho da construção não ampliada, relativamente ao comportamento estrutural, segurança ao fogo,
estanqueidade à água, desempenho térmico, desempenho, acústico e durabilidade.
As propostas de ampliação devem ser devidamente consideradas nos estudos de arquitetura, devendo atender
aos níveis de funcionalidade previstos nesta Norma.
17.1 Generalidades
As diretrizes para verificação das exigências dos usuários com relação a conforto tátil e antropodinâmico são
normalmente estabelecidas nas respectivas Normas prescritivas dos componentes, bem como nas
ABNT NBR 15575-2 a ABNT NBR 15575-6.
No caso de edifícios habitacionais destinados aos usuários com deficiências físicas e pessoas com mobilidade
reduzida (PMR), os dispositivos de manobra, apoios, alças e outros equipamentos devem obedecer às prescrições
da ABNT NBR 9050.
Não prejudicar as atividades normais dos usuários, dos edifícios habitacionais, quanto ao caminhar, apoiar, limpar,
brincar e semelhantes.
Não apresentar rugosidades, contundências, depressões ou outras irregularidades nos elementos, componentes,
equipamentos e quaisquer acessórios ou partes da edificação.
Os elementos e componentes da habitação (trincos, puxadores, cremonas, guilhotinas etc.) devem ser projetados,
construídos e montados de forma a não provocar ferimentos nos usuários.
Relativamente às instalações hidrossanitárias, devem ser atendidas as disposições da ABNT NBR 15575-6.
Os elementos e componentes que contam com Normalização específica (portas, janelas, torneiras e outros)
devem ainda atender às exigências das respectivas Normas.
Apresentar formato compatível com a anatomia humana. Não requerer excessivos esforços para a manobra e
movimentação.
Análise de projetos, métodos de ensaio relacionados às Normas Brasileiras específicas dos componentes.
18 Adequação ambiental
18.1 Generalidades
18.1.1 Técnicas de avaliação do impacto ambiental resultante das atividades da cadeia produtiva da construção
ainda são objeto de pesquisa e, no atual estado-da-arte, não é possível estabelecer critérios e métodos de
avaliação relacionados à expressão desse impacto.
18.1.2 De forma geral, os empreendimentos e sua infra-estrutura (arruamento, drenagem, rede de água, gás,
esgoto, telefonia, energia) devem ser projetados, construídos e mantidos de forma a minimizar as alterações no
ambiente.
18.1.3 A ABNT NBR 15575-6 estabelece requisitos relativos ao consumo de água e à deposição de esgotos
sanitários.
Independentemente dessas recomendações, devem ser obedecidas as exigências das ABNT NBR 8044 e
ABNT NBR 11682, bem como da legislação vigente.
18.3.2 Recomenda-se a utilização de madeiras cuja origem possa ser comprovada mediante apresentação de
certificação legal ou provenientes de plano de manejo aprovado pelos órgãos ambientais.
18.3.3 Recomenda-se recorrer ao uso de espécies alternativas de madeiras que não estejam enquadradas como
madeiras em extinção, sendo que as características destas espécies podem ser encontradas nas referências
bibliográficas do Anexo F.
18.3.4 Durante a construção, deve-se implementar um sistema de gestão de resíduos no canteiro de obras, de
forma a minimizar sua geração e possibilitar a segregação de maneira adequada para facilitar o reuso, a
reciclagem ou a disposição final em locais específicos.
18.3.5 Recomenda-se aos projetistas que avaliem junto aos fabricantes de materiais, componentes e
equipamentos os resultados de inventários de ciclo de vida de seus produtos, de forma a subsidiar a tomada de
decisão na avaliação do impacto que estes elementos provocam ao meio ambiente.
Nota: É recomendado para as instalações hidrossanitárias privilegiarem a adoção de soluções, caso a caso, que
minimizem o consumo de água e possibilitem o reuso, reduzindo a demanda da água da rede pública de
abastecimento e minimizando o volume de esgoto conduzido para tratamento, sem com isso reduzir a satisfação
do usuário ou aumentar a probabilidade de ocorrência de doenças.
18.4.2 Critério
No caso de reuso de água para destinação não potável, esta deve atender aos parâmetros estabelecidos na
Tabela 18.1abaixo:
Tabela 18.1 – Parâmetros de qualidade de água para usos restritivos não potáveis
Parâmetro Valor
Coliformes totais Ausência em 100 ml
Coliformes termotolerantes Ausência em 100 ml
Cloro residual livreI 0,5 a 3,0 mg/L
< 2,0 uTII, para usos menos restritivos
Turbidez
<5,0 uT
Cor aparente (caso não seja utilizado nenhum corante,
<15uHIII
ou antes da sua utilização)
Deve prever ajuste de pH para proteção das redes de pH de 6,0 a 8,0 no caso de tubulação de aço carbono
distribuição, caso necessário ou galvanizado
Nota: Podem ser usados outros processos de desinfecção além do cloro, como a aplicação de raio ultravioleta e
aplicação de ozônio.
I – No caso de serem utilizados compostos de cloro para pesinfecção
II – uT é a unidade de turbidez
III – uH é a unidade Hazen
As instalações elétricas devem privilegiar a adoção de soluções, caso a caso, que minimizem o consumo
de energia, entre elas a utilização de iluminação e ventilação natural e de sistemas de aquecimento baseados em
energia alternativa.
Tais recomendações devem também ser aplicadas aos aparelhos e equipamentos utilizados durante a execução
da obra e no uso do imóvel (guinchos, serras, gruas, aparelhos de iluminção, eletrodomésticos, elevadores,
sistemas de refrigeração etc.).
Anexo A
(informativo)
A.1.2 Medir a temperatura de bulbo seco do ar no centro dos recintos dormitórios e salas, a 1,20 m do piso.
Para as medições de temperatura, seguir as especificações de equipamentos e montagem dos sensores,
apresentadas na ISO 7726.
A.1.3 Para avaliar edificações existentes, considerar as situações apresentadas a seguir e realizar a avaliação
conforme A.6.4 a A.6.7:
g) no caso de uma única unidade habitacional, medir nos recintos indicados em A.6.2, tal como se apresentam;
h) em conjunto habitacional de unidades térreas e edifícios multipiso, escolher uma ou mais unidades, que
possibilitem a avaliação nas condições estabelecidas a seguir:
verão: janela do dormitório ou sala voltada para oeste e outra parede exposta voltada para norte;
inverno: janela do dormitório ou sala de estar voltada para sul e outra parede exposta voltada para leste;
caso as orientações das janelas dos recintos não correspondam exatamente às especificações anteriores,
priorizar as unidades que tenham o maior número de paredes expostas e cujas orientações das janelas
sejam mais próximas da orientação especificada.
A.1.4 Para avaliação em protótipos, recomenda-se que eles sejam construídos considerando-se as condições
estabelecidas a seguir:
nas regiões bioclimáticas 6 a 8 (ABNT ABNT NBR 15220-3), protótipo com janela do dormitório ou sala
voltada para oeste;
nas regiões bioclimáticas 1 a 5 (ABNT ABNT NBR 15220-3), construir um protótipo que atenda aos
requisitos especificados a seguir:
condição de inverno: janela do dormitório ou sala de estar voltada para sul e outra parede exposta
voltada para leste;
condição de verão: janela do dormitório ou sala voltada para oeste e outra parede exposta voltada para
norte.
A.1.5 Obstrução por elementos externos: quando possível, as paredes e as janelas dos protótipos devem ser
desobstruídas (sem presença de edificações ou vegetação nas proximidades que modifiquem a incidência de sol
e/ou vento).
NOTA: No caso de avaliação em protótipo, este deve reproduzir as condições mais semelhantes possíveis a
aquelas que serão obtidas pela edificação real, evitando-se desvios de resultados causados por sobreamentos ou
ventilação diferentes da obra real.
A.1.6 Período de medição: O dia tomado para análise deve corresponder a um dia típico de projeto, de verão ou
de inverno, precedido por pelo menos um dia com características semelhantes. Recomenda-se, como regra geral,
trabalhar com uma seqüência de três dias e analisar os dados do terceiro dia. Para efeito da avaliação por
medição, o dia típico é caracterizado unicamente pelos valores da temperatura do ar exterior medidos no local.
A.1.7 Os valores da temperatura do ar exterior dos dias típicos de verão e inverno de diversas localidades estão
apresentados nas Tabelas A.2 e A.3. Caso a cidade não conste nestas Tabelas, utilizar os dados climáticos da
cidade mais próxima, dentro da mesma região climática, com altitude de mesma ordem e grandeza.
B.1 Generalidades
A verificação ao atendimento aos requisitos e critérios de desempenho lumínico deve ser efetuada por meio de um
dos métodos propostos a seguir, considerando que o uso dos métodos de cálculo resultará em valores de
iluminância média com no máximo 10% de erro sobre os valores medidos in loco.
medições sem nenhuma entrada de luz externa (portas, janelas e cortinas fechadas);
medições realizadas com a iluminação artificial do ambiente totalmente ativada, sem a presença de
obstruções opacas (Exemplo: roupas estendidas nos varais);
para escadarias, medições nos pontos centrais dos patamares e a meia largura do degrau central de cada
lance.
Calculos sem nenhuma entrada de luz externa (portas, janelas e cortinas fechadas);
Calculos realizadas com a iluminação artificial do ambiente totalmente ativada, sem a presença de obstruções
opacas (Exemplo: roupas estendidas nos varais);
para escadarias, Calculos nos pontos centrais dos patamares e a meia largura do degrau central de cada
lance.
Anexo C
(informativo)
C.1 Conceituação
A vida útil (service life) é uma medida temporal da durabilidade de um edifício ou de suas partes (sistemas
complexos, do próprio sistema e de suas partes: subsistemas; elementos e componentes).
A Vida Útil de Projeto (design life) é definida pelo incorporador e/ou proprietário e projetista, e expressa
previamente.
Conceitua-se ainda a vida útil estimada (predicted service life) como sendo a durabilidade prevista para um dado
produto, inferida a partir de dados históricos de desempenho do produto ou de ensaios de envelhecimento
acelerado.
A Vida Útil de Projeto (VUP) é basicamente uma expressão de caráter econômico de uma exigência do usuário.
A melhor forma para se determinar a VUP para uma parte de uma edificação é através de pesquisa de opinião
entre técnicos, usuários e agentes envolvidos com o processo de construção. Em países europeus, isto foi feito
durante as décadas de 60 e 70 para a regulamentação dos valores das VUP mínimas exigíveis.
A VUP pode ser ainda entendida como uma definição prévia da opção do usuário pela melhor relação custo global
versus tempo de usufruto do bem (o benefício), sob sua ótica particular. Para produtos de consumo ou para bens
não-duráveis o usuário faz suas opções por vontade própria e através de análise subjetiva, tendo por base as
informações que lhe são disponibilizadas pelos produtores, o efeito do aprendizado (através de compras
sucessivas) e a sua disponibilidade financeira. Assim, para regular o mercado de bens de consumo, é suficiente
que se imponha um prazo mínimo (dito “de garantia” e de responsabilidade do fornecedor do bem), para proteção
do usuário, apenas contra defeitos “genéticos”.
No entanto, para bens duráveis, de alto valor unitário e geralmente de aquisição única, como é a habitação,
a sociedade tem de impor outros marcos referenciais para regular o mercado e evitar que o custo inicial prevaleça
em detrimento do custo global e que uma durabilidade inadequada venha a comprometer o valor do bem e a
prejudicar o usuário. O estabelecimento em lei, ou em Normas, da VUP mínima se configura como o principal
referencial para edificações habitacionais, principalmente para as habitações subsidiadas pela sociedade e as
destinadas as parcelas da população menos favorecidas economicamente.
A VUP é uma decisão de projetos que tem de ser estabelecida inicialmente para balizar todo o processo de
produção do bem. Quando se projeta um sistema ou um elemento (por exemplo, a impermeabilização de uma laje),
é possível escolher entre uma infinidade de técnicas e materiais. Alguns, pelas suas características, podem ter
Vida Útil de Projeto (VUP) de 20 anos, sem manutenção, e outros não mais que 5 anos. Evidentemente, as
soluções têm custo e desempenho ao longo do tempo muito diferentes.
Definida a VUP, estabelece-se a obrigação de que todos os intervenientes atuem no sentido de produzir o
elemento com as técnicas adequadas para que a VU atingida seja maior ou igual à VUP. Sem este balizamento,
quem produz o bem pode adotar qualquer das técnicas disponíveis e empregar qualquer produto normalizado sem
que ele esteja errado, do ponto de vista técnico. É evidente que a tendência é optar pelo produto de menor custo
inicial, ou seja, sem a definição da VUP, a tendência é de se produzir bens de menor custo inicial, porém menos
duráveis, de maior custo de manutenção e provavelmente de maior custo global.
A VU pode ser normalmente prolongada através de ações de manutenção. Na Figura C.1 este comportamento é
esquematicamente representado. Quem define a VUP deve também estabelecer as ações de manutenção que
devem ser realizadas para garantir o atendimento à VUP. É necessário salientar a importância da realização
integral das ações de manutenção pelo usuário, sem o que se corre o risco de a VUP não ser atingida.
Por exemplo, um revestimento de fachada em argamassa pintado pode ser projetado para uma VUP de 25 anos,
desde que a pintura seja refeita a cada 5 anos, no máximo. Se o usuário não realizar a manutenção prevista, a VU
real do revestimento pode ser seriamente comprometida. Por conseqüência, as eventuais patologias resultantes
podem ter origem no uso inadequado e não em uma construção falha.
Manutenção
desde a entrega
O impacto no custo global da VUP é fator determinante para definição da durabilidade requerida. O
estabelecimento da VUP é, conceitualmente, resultado do processo de otimização do custo global. O sistema de
menor custo global não é normalmente o de menor custo inicial nem o de maior durabilidade; é um dos sistemas
intermediários. O ideal do ponto de vista da sociedade é a otimização destes dois conceitos conflitantes, isto é,
deve-se procurar estabelecer a melhor relação custo x benefício. Atualmente, sem que o usuário tenha se
conscientizado de suas escolhas, a opção por construções de menor custo, mas menos duráveis, está
necessariamente transferindo o ônus desta escolha para as gerações futuras.
O usuário de uma edificação tem limitações econômicas no momento de sua aquisição, mas pode não tê-las
no futuro. Então, em princípio, pode optar por uma menor VUP em troca de um menor investimento inicial, mas
esta escolha tem um limite inferior, abaixo do qual não é aceitável do ponto de vista social, pois esta situação
impõe custos exagerados de reposição no futuro para a toda a sociedade. Assim, considerando-se tanto as
limitações de recursos da sociedade de investimento na infra-estrutura habitacional do País, quanto às
necessidades de proteção básica do usuário, é que se estabelece nesta Norma o conceito de VUPmínima.
Outros países estabeleceram apenas o conceito de VUPmínima e deixaram para o mercado o estabelecimento
da vida útil de projeto além do mínimo. Nas ABNT NBR 15575-1 a ABNT NBR 15575-6 propõe-se uma
classificação da VUP em dois níveis (mínimo e superior). Uma VUP além do mínimo se justifica, neste momento,
por diversas razões:
para caracterizar que existe a opção pela minimização de custos de operação e manutenção ao longo do
tempo através de uma VUP maior;
para induzir o mercado a buscar soluções de melhor custo-benefício além das que atendam à VUP mínima.
Para parametrização da VUP, com fundamento nestes conceitos, foram utilizados conhecimentos já consolidados
internacionalmente, principalmente os da BS 7453.
As Tabelas C.1, C.2 e C.3 relacionam os parâmetros adotados para a determinação da VUP.
A Tabela C.4 foi construída com base nos parâmetros descritos nas Tabelas C.1, C.2 e C.3.
Valor sugerido de VUP para os sistemas, Efeito da falha Categoria de VUP Categoria de custos
elementos e componentes (Tabela C.1) (Tabela C.2) (Tabela C.3)
Entre 5% e 8% da VUP da estrutura F 1 A
Entre 8% e 15% da VUP da estrutura F 1 B
Entre 15% e 25% da VUP da estrutura E, F 1 C
Entre 25% e 40% da VUP da estrutura D, E, F 2 D
Entre 40% e 80% da VUP da estrutura qualquer 2 D, E
Igual a 100% da VUP da estrutura qualquer 3 qualquer
Nota: As VUPs entre 5% e 15% da VUP da estrutura podem ser aplicáveis apenas a componentes. As demais
VUPs podem ser aplicáveis a todas as partes do edifício (sistemas, elementos e componentes).
Nota: Existem internacionalmente diversas e variadas proposições para determinação da VUP do edifício. No
entanto, em relação aos edifícios habitacionais, observa-se que elas apresentam notável convergência, situando a
VUP destes edifícios entre 50 e 60 anos.
A entidade européia de certificação técnica de processos e componentes inovadores - European Organization for
Technical Approvals (ver CIB Report Publication 294, 2004) – ao estabelecer classes de VUP para edificações,
estabeleceu para a VUP normal o período de 50 anos.
Nesta Norma, recomenda-se a VUP mínima para as diversas partes do edifício, conforma consta na Tabela C.6,
adotando o período de 50 anos para a VUP mínima da estrutura do edifício, de modo a compatibilizar, para a
construção de habitações de interesse social (HIS), as limitações quanto ao custo inicial com as exigências do
usuário em relação à durabilidade e aos custos de manutenção e de reposição, visando garantir, por um prazo
razoável, a utilização em condições aceitáveis do edifício habitacional.
Este prazo, inferior ao aceito internacionalmente como mínimo, foi adotado nas ABNT NBR 15575-1 a
ABNT NBR 15575-6 em função das condições socioeconômicas existentes atualmente e pode ser modificado
quando da sua revisão, recomendando-se manter os percentuais estabelecidos na Tabela C.4. Deve-se atentar
que um período de vida útil de 50 anos implica que anualmente devem ser construídas mais de 1,2 milhão de
habitações apenas para repor o estoque habitacional existente hoje no País, número bastante expressivo diante
da realidade atual.
Para a VUP superior do edifício, recomenda-se o prazo de 75 anos (ver Tabela C.5), de modo a balizar o setor da
construção de edificações em relação ao que é tecnicamente possível de ser obtido, empregando os materiais e
componentes e as técnicas e processos construtivos hoje disponíveis.
Dentre Os aspectos previstos acima, os itens a. e b. são essenciais para que o edifício construído tenha potencial
de atender integralmente a VUP e sua implementação depende do projetista, incorporador e construtor. Já Os
itens c. d. e e. são essenciais para que se atinja efetivamente a VUP e dependem dos usuários. No entanto, para
que possam ser cumpridos, é fundamental que estejam informados no manual de uso, operação e manutenção do
edifício, a ser entregue pelo empreendedor aos usuários.
A definição da VUP é realizada pelo projetista de arquitetura e especificada em projeto para cada um dos sistemas,
com base na Tabela 14.1, respeitando os períodos de tempo mínimos estabelecidos. Na ausência destas
especificações, as ABNT NBR 15575-1 a ABNT NBR 15575-6 admitem que foram adotadas as VUP mínimas
estabelecidas na Tabela 14.1. O projetista pode especificar também a VUP de partes do edifício não
contemplados na Tabela 14.1, atendendo às exigências do usuário e pode tomar por base o que se recomenda
neste Anexo.
Convém que os fabricantes de componentes a serem empregados na construção desenvolvam produtos que
atendam pelo menos a VUP mínima obrigatória e informem em documentação técnica específica as
recomendações para manutenção corretiva e preventiva, contribuindo para que a VUP seja atingida.
Aos usuários incumbe realizar os programas de manutenção, segundo ABNT NBR 5674, considerando as
instruções do manual de uso, operação e manutenção e recomendações técnicas das inspeções prediais.
A inspeção predial configura-se como ferramenta útil para verificação das condições de conservação das
edificações em geral, para atestar se os procedimentos de manutenção adotados são insuficientes ou inexistentes,
além de fornecer subsídios para orientar o plano e programas de manutenção, através das recomendações
técnicas indicadas no documento de inspeção predial (ver Anexo F).
VUP
Sistema anos
Mínimo Superior
Estrutura 50 75
Pisos internos 13 20
VUP
Parte da edificação Exemplos anos
Mínimo Superior
Estrutura principal Fundações, elementos estruturais (pilares, vigas, lajes e outros), 50 75
paredes estruturais, estruturas periféricas, contenções e arrimos
Estruturas auxiliares Muros divisórios, estrutura de escadas externas 20 30
Vedação externa Paredes de vedação externas, painéis de fachada, fachadas-cortina 40 60
Vedação interna Paredes e divisórias leves internas, escadas internas, guarda-corpos 20 30
Cobertura Estrutura da cobertura e coletores de águas pluviais embutidos 20 30
Telhamento 13 20
Calhas de beiral e coletores de águas pluviais aparentes, 4 6
subcoberturas facilmente substituíveis
Rufos, calhas internas e demais complementos (de ventilação,
iluminação, vedação) 8 12
VUP
Parte da edificação Exemplos anos
Mínimo Superior
Esquadrias internas Portas e grades internas, janelas para áreas internas, boxes de banho 8 12
Portas externas, portas corta-fogo, portas e gradis de proteção à 13 20
espaços internos sujeitos a queda > 2 m
Complementos de esquadrias internas, como ferragens, fechaduras,
trilhos, folhas mosquiteiras, alisares e demais complementos de 4 6
arremate e guarnição
Instalações prediais embutidas Tubulações e demais componentes (inclui registros e válvulas) de 20 30
em vedações e manuteníveis instalações hidrossanitários, de gás, de combate a incêndio, de águas
apenas por quebra das pluviais, elétricos
vedações ou dos revestimentos
(inclusive forros falsos e pisos Reservatórios de água não facilmente substituíveis, redes
elevados não-acessíveis) alimentadoras e coletoras, fossas sépticas e negras, sistemas de 13 20
drenagem não acessíveis e demais elementos e componentes de
difícil manutenção e ou substituição
Componentes desgastáveis e de substituição periódica, como
gaxetas, vedações, guarnições e outros
3 4
Instalações aparentes ou em Tubulações e demais componentes 4 6
espaços de fácil acesso
Aparelhos e componentes de instalações facilmente substituíveis 3 4
como louças, torneiras, sifões, engates flexíveis e demais metais
sanitários, sprinklers, mangueiras, interruptores, tomadas, disjuntores,
luminárias, tampas de caixas, fiação e outros
Reservatórios de água
8 12
Equipamentos Médio custo de Equipamentos de recalque, pressurização, aquecimento de água, 8 12
funcionais manutenção condicionamento de ar, filtragem, combate a incêndio e outros
manuteníveis
e substituíveis Alto custo de Equipamentos de calefação, transporte vertical, proteção contra 13 20
manutenção descargas atmosféricas e outros
Para se atingir a VUP, os usuários devem desenvolver os programas de manutenção segundo ABNT NBR 5674.
Os usuários devem seguir as instruções do manual de uso, operação e manutenção, as instruções dos fabricantes
de equipamentos e recomendações técnicas das inspeções prediais. A inspeção predial configura-se como
ferramenta útil para avaliação das condições de conservação das edificações em geral, para atestar se os
procedimentos de manutenção adotados são insuficientes ou inexistentes, além de fornecer subsídios para
orientar o plano e programas de manutenção, através das recomendações técnicas indicadas no documento de
inspeção predial (ver Anexo F).
Anexo D
(informativo)
D.1 Introdução
O desempenho dos sistemas que compõem o edifício habitacional durante a sua Vida Útil (VU) está atrelado às
condições de uso para o qual foi projetado, à execução da obra de acordo com as Normas, à utilização de
elementos e componentes sem defeito de fabricação e à implementação de programas de manutenção corretiva e
preventiva no pós-obra.
D.2 Diretrizes
D.2.1 Este Anexo fornece diretrizes para o estabelecimento dos mínimos prazos de garantia para os elementos,
componentes e sistemas do edifício habitacional.
D.2.2 Apesar desta Norma tratar do desempenho de sistemas e não do desempenho de elementos
e componentes, encontram-se indicados alguns prazos de garantia, usualmente praticados pelo setor da
construção civil, para que os elementos e componentes que usualmente compõem os sistemas contemplados
preencham condições de funcionabilidade.
D.3 Instruções
D.3.1 Gerais
D.3.1.1 Convém que o incorporador ou o construtor indique um prazo de garantia para os elementos
e componentes de baixo valor e de fácil substituição (por exemplo: engates flexíveis, gaxetas elastoméricas de
caixilhos e outros).
D.3.1.2 Pode ocorrer que alguns elementos, componentes ou mesmo sistemas específicos, próprios de cada
empreendimento, não estejam incluídos na Tabela D.1. Nestes casos, recomenda-se ao construtor ou incorporador
fazer constar, em seu manual de uso e operação ou de áreas comuns, os prazos de garantia desses itens.
D.3.2 Prazos
D.3.2.1 A contagem dos prazos de garantia indicados na Tabela D.1 inicia-se a partir da expedição do “Auto
de Conclusão”, denominado “Habite-se”.
D.3.2.2 Para os níveis de desempenho I e S, recomenda-se que os prazos de garantia constantes na Tabela D.1
sejam acrescidos em 25 % ou mais, para o nível I, e 50 % ou mais, para o nível S.
Tabela D.1 — Prazos de garantia
Vidros Fixação
Anexo E
(informativo)
Níveis de desempenho
E.1 Generalidades
E.1.1 As ABNT NBR 15575-1 a ABNT NBR 15575-6 estabelecem os níveis mínimos (M) de desempenho para
cada requisito, que devem ser atendidos.
E.1.2 Considerando a possibilidade de melhoria da qualidade da edificação, com uma análise de valor
da relação custo/benefício dos sistemas, neste anexo são indicados os níveis de desempenho intermediário (I)
e superior (S) e repetido o nível M para facilitar a comparação.
E.1.3 Recomenda-se que o construtor ou incorporador informem o nível de desempenho dos sistemas que
compõem o edifício habitacional, quando exceder o nível mínimo (M).
O valor máximo diário da temperatura do ar interior de recintos de permanência prolongada, como, por exemplo,
salas e dormitórios, sem a presença de fontes internas de calor (ocupantes, lâmpadas, outros equipamentos em
geral), deve ser sempre menor que o estabelecido em 11.2.1. Para maior conforto dos usuários, recomenda-se
para os níveis intermediário (I) e superior (S) os valores apresentados na Tabela E.1.
Critério
Nível de desempenho
Zonas 1 a 7 Zona 8
M Ti,max Te,max Ti,max Te,max
I Ti,max (Te,max – 2° C) Ti,max (Te,max – 1o C)
Ti,max (Te,max – 2o C) e
S Ti,max (Te,max – 4°C)
Ti,min (Te,min + 1o C)
Ti,max é o valor máximo diário da temperatura do ar no interior da edificação, em graus Celsius;
Te,max é o valor máximo diário da temperatura do ar exterior à edificação, em graus Celsius;
Ti,min é o valor mínimo diário da temperatura do ar no interior da edificação, em graus Celsius;
Te,min é o valor mínimo diário da temperatura do ar exterior à edificação, em graus Celsius;
NOTA Zonas bioclimáticas de acordo com a ABNT NBR 15220-3.
Os valores mínimos diários da temperatura do ar interior de recintos de permanência prolongada, como, por
exemplo, salas e dormitórios, em um dia típico de inverno, devem ser sempre maiores do que o estabelecido em
11.3.1. Para maior conforto dos usuários, recomenda-se para os níveis intermediário (I) e superior (S) os valores
apresentados na Tabela E.2.
Tabela E.2 — Critério de avaliação de desempenho térmico para condições de inverno
Nível de Critério
desempenho
M Ti,min (Te,min + 3° C)
S Ti,min (Te,min + 7° C)
Este item visa informar em caráter não obrigatório níveis de desempenho acústico aos ocupantes quando são
operados equipamentos instalados nas dependências da edificação. Equipamentos individuais cujo acionamento
aconteça por ação do próprio usuário (exemplo, caixa d’água em habitações unifamiliares, trituradores de alimento
em cozinha, etc) não podem ser avaliados por esse requisito; trata-se apenas de equipamentos de uso coletivo ou
acionados por terceiros que não o próprio usuário da unidade habitacional a ser avaliada.
O método consiste em medir o nível de pressão sonora durante um ciclo de operação do aparelho hidrossanitário.
A avaliação deve ser realizada no dormitório da unidade habitacional ao lado, acima ou abaixo do local onde o
equipamento está instalado (ruído percebido) quando há o acionamento do aparelho (ruído emitido). A medição
deve ser feita com todas as portas dos banheiros, dormitórios e de entrada, assim como todas as janelas das duas
unidades habitacionais fechadas.
Este requisito visa proporcionar adequação acústica aos ocupantes quando são operados equipamentos
instalados nas dependências da edificação – tais como elevadores e suas casas de máquinas, sistemas coletivos
de exaustão/ventilação e pressurização de “shafts”, sistemas de refrigeração e calefação, geradores (quando não
emergenciais) e portões automatizados. Ruídos de equipamentos hidrossanitários são tratados na NBR 15.575-6.
Equipamentos individuais cujo acionamento aconteça por ação do próprio usuário (exemplo, trituradores de
alimento em cozinha, persianas elétricas, exaustão de banheiros ou lavabos, etc) não podem ser avaliados por
esse requisito; trata-se apenas de equipamentos de uso coletivo ou acionados por terceiros que não o próprio
usuário da unidade habitacional a ser avaliada.
A medição do desempenho acústico deve ser realizada no dormitório da unidade habitacional ao lado, acima ou
abaixo do local onde o equipamento está instalado (ruído percebido) quando há o acionamento do equipamento
(ruído emitido). A medida deve ser feita com todas as portas dos banheiros, dormitórios e de entrada, assim como
todas as janelas das duas unidades habitacionais fechadas.
Nota – Geradores de emergência, sirenes, bombas de incêndio e outros dispositivos com acionamento em
situações de emergência não podem ser contemplados neste requisito.
Devem ser obtidos o nível de pressão sonoro contínuo equivalente padronizado de um ciclo de operação do
equipamento predial, LAeq,nT, e o nível de pressão sonora máximo, LASmax,nT, do ruído gerado pelo operação
do equipamento. O ciclo de operação do produto deve atender aos critérios especificados na norma brasileira
respectiva ao produto. Devem ser atendidos concomitantemente os critérios de 12.4.5.2 e 12.4.5.3.
Tabela E.6 - Valores máximos do nível de pressão sonora contínuo equivalente, LAeq,nT,
medido em dormitórios
≤30 S
≤34 I
≤37 M
Tabela E.7 - Valores máximos do nível de pressão sonora máximo, LASmax,nT, medido em dormitórios
≤36 S
≤39 I
≤42 M
Anexo F
(informativo)
Bibliografia recomendada
Publicação IPT Nº 1791 – Fichas de características das madeiras Brasileiras, São Paulo, 1989.
Publicação IPT Nº 1157 – Métodos de Ensaios e Análises em Preservação de Madeiras, São Paulo
Publicação IPT 2980 – Madeiras – Uso sustentável na construção civil; (citado no item 18.3.3.);
ASHRAE. 2001. ANSI/ASHRAE Standard 140-2001: Standard Method of Test for the Evaluation of Building Energy
Analysis Computer Programs. American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers, Inc.
USA, Atlanta: 2001.
International Organization for Standardization 1998. Ergonomics of The Thermal Environment – Instruments and
methods for measuring physical quantities. (ISO 7726)
ABNT NBR 15220-1, Desempenho térmico de edificações – Parte 1: Definições, símbolos e unidades
ABNT NBR 15220-5, Desempenho térmico de edificações – Parte 5: Medição da resistência térmica e da
condutividade térmica pelo método fluximétrico
ASTM C1363, Standard Test Method for Thermal Performance of Building Materials and Envelope Assemblies by
Means of a Hot Box Apparatus
Mobiliário
Circulação
Dimensões
Ambiente Observações
Móvel ou equipamento m m
l p
Sofá de 3 lugares com braço 1,70 0,70
Largura mínima da sala de estar
Sofá de 2 lugares com braço 1,20 0,70 Prever espaço de deve ser 2,40 m
Poltrona com braço 0,80 0,70 0,50 m na frente
do assento, para Número mínimo de assentos
Sofá de 3 lugares sem braço 1,50 0,70 sentar, levantar e determinado pela quantidade de
Sala de habitantes da unidade, considerando
estar Sofá de 2 lugares sem braço 1,00 0,70 circular.
o número de leitos
Poltrona sem braço 0,50 0,70
Estante/armário para TV 0,80 0,50 0,50 m Espaço para o móvel obrigatório
Mesinha de centro ou
- - - Espaço para o móvel opcional
cadeira
D= Largura mínima da sala de
Mesa redonda para 4 lugares -
Sala 0,95 Circulação estar/jantar
estar/jantar D= mínima de 0,75 e da sala de jantar (isolada) deve ser
Mesa redonda para 6 lugares - m à partir da 2,40 m
Sala de 1,20
borda da mesa
jantar/copa Mesa quadrada para 4 Mínimo: 1 mesa para 4 pessoas.
1,00 1,00 (espaço para
Copa/cozin lugares afastar a cadeira Admite-se leiaute com o lado menor
ha Mesa quadrada para 6 e levantar) da mesa encostado na parede, desde
1,20 1,20 que haja espaço para seu
lugares
Mesa retangular para 4 afastamento, quando da utilização
1,2 0,80
lugares
Mesa retangular para 6
1,50 0,80
lugares
Pia 1,20 0,50 Circulação Largura mínima da cozinha: 1,50 m
Fogão 0,55 0,60 mínima 0,85 m
frontal à pia, Mínimo: pia, fogão e geladeira e
Cozinha
Geladeira 0,70 0,70 fogão e geladeira armário
Armário sob a pia e gabinete - - - Espaço obrigatório para móvel
Apoio para refeição (2 - - -
Espaço opcional para móvel
pessoas)
Cama de casal 1,40 1,90 Circulação Mínimo: 1 cama, 2 criados-mudos e 1
Dormitório guarda-roupa
Criado-mudo 0,50 0,50 mínima entre o
casal
mobiliário e/ou Admite-se apenas 1 criado-mudo,
(dormitório
Guarda-roupa 1,60 0,50 paredes de 0,50 quando o 2º interferir na abertura de
principal)
m portas do guarda-roupa
Tabela 6 (continuação)
Mobiliário
Dimensões Circulação
Ambiente Observações
Móvel ou equipamento m m
l p
Camas de solteiro 0,80 1,90 Circulação
mínima entre as
Criado-mudo 0,50 0,50 camas de 0,60 m
Dormitório Mínimo: 2 camas, 1 criado-mudo
para 2 Demais e 1 guarda-roupa
pessoas Guarda-roupa 1,50 0,50 circulações
(2º dormitório) mínimo de 0,50
m.
Mesa de estudo 0,80 0,60 - Espaço para o móvel opcional
Cama de solteiro 0,80 1,90 Circulação
mínima entre o
Dormitório Criado-mudo 0,50 0,50 Mínimo: 1 cama, 1 guarda-roupa
mobiliário e/ou
para 1 pessoa e 1 criado-mudo
paredes de 0,50
(3º dormitório) Armário 1,20 0,50 m
Mesa de estudo 0,80 0,60 - Espaço para o móvel opcional
Lavatório 0,39 0,29 Circulação
mínima de 0,4 m
Lavatório com bancada 0,80 0,55
frontal ao Largura mínima do banheiro:
Vaso sanitário (caixa 0,60 0,70 lavatório, vaso e
acoplada) bidê 1,10 m, exceto no box
Banheiro Mínimo: 1 lavatório, 1 vaso e 1
Vaso sanitário 0,60 0,60
box
Box quadrado 0,80 0,80
Box retangular 0,70 0,90
Bidê 0,60 0,60 Peça opcional
Tanque 0,52 0,53 Circulação
mínima de 0,50 Mínimo: 1 tanque e 1 máquina
Área de (tanque de no mínimo 20 L)
m frontal ao
serviço Máquina de lavar roupa 0,60 0,65 tanque e
máquina de lavar
NOTA 1 Esta Norma não estabelece dimensões mínimas de cômodos, deixando aos projetistas a competência
de formatar os ambientes da habitação segundo o mobiliário previsto, evitando conflitos com legislações
estaduais ou municipais que versam sobre dimensões mínimas dos ambientes.
NOTA 2 Em caso de adoção em projeto de móveis opcionais, as dimensões mínimas devem ser obedecidas.
ABNT NBR 15575-2_2013
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização
Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de
Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores
e neutros (universidade, laboratório e outros).
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que alguns dos
elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser considerada
responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.
A ABNT NBR 15575-2 foi elaborada no Comitê Brasileiro da Construção Civil (ABNT/CB-02), pela Comissão de
Estudos de Desempenho de Edificações (CE-02.136.01). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme
Edital nº 10, de 28.09.2007 a 27.11.2007, com o número de Projeto 02:136.01-001/2.
A ABNT NBR 15575, sob o título geral “Edificações habitacionais — Desempenho”, tem previsão de conter as
seguintes partes:
Esta versão da ABNT NBR 15575-2:2013 cancela e substitui as versões anteriores da ABNT NBR 15575-2.
Introdução
A abordagem desta Norma explora conceitos que muitas vezes não são considerados em Normas prescritivas
específicas como, por exemplo, a durabilidade dos sistemas, a manutenabilidade da edificação e o conforto tátil
e antropodinâmico dos usuários.
A inter-relação entre Normas de desempenho e Normas prescritivas deve possibilitar o atendimento às exigências
do usuário, com soluções tecnicamente adequadas e economicamente viáveis.
Todas as disposições contidas nesta Norma, aplicáveis a edificações habitacionais e a sistemas projetados,
construídos, operados e submetidos a intervenções de manutenção que atendam às instruções específicas do
respectivo Manual de operação, uso e manutenção.
Requisitos e critérios particularmente aplicáveis a determinado sistema são tratados separadamente em cada
Parte desta Norma.
Objetivamente, esta Norma visa alavancar tecnicamente a qualidade requerida e a oferta de moradias,
ao estabelecer regras para avaliação do desempenho de imóveis habitacionais, auxiliando nas análises que
definem o financiamento de imóveis e possibilitando adequações nos procedimentos de execução, uso
e manutenção dos imóveis.
Esta parte da ABNT NBR 15575 trata dos requisitos para os sistemas estruturais aplicáveis a edificações
habitacionais com respeito ao desempenho estrutural, analisado do ponto de vista dos estados-limites último e de
serviço pelo método semiprobabilístico de projeto estrutural.
Esta Norma considera as solicitações características de acordo com as prescrições das ABNT NBR 8681,
ABNT NBR 6120 e ABNT NBR 6123, simulando através de modelos matemáticos e físicos as situações de ruína
por esgotamento da capacidade de resistência dos materiais ou por instabilidade do equilíbrio.
O estado-limite de serviço tem como premissa assegurar a durabilidade quando da utilização normal da estrutura,
limitando a formação de fissuras, a magnitude das deformações e a ocorrência de falhas localizadas que possam
prejudicar os níveis de desempenho previstos para a estrutura e os demais elementos e componentes que
constituem a edificação, incluindo as instalações hidrossanitárias e demais sistemas prediais.
Outros aspectos do desempenho que condigam com a sua inserção no meio habitacional, tais como segurança
contra incêndio, segurança no uso e operação, estanqueidade, conforto térmico, conforto acústico, conforto
lumínico, saúde, higiene e qualidade do ar, funcionalidade e acessibilidade, conforto táctil e antropodinâmico
e adequação ambiental, são tratados mais propriamente na ABNT NBR 15575-1.
Requisitos aplicáveis somente para edificações de até cinco pavimentos serão especificados em suas respectivas
seções.
1 Escopo
1.1 Esta parte da ABNT NBR 15575 estabelece os requisitos e critérios de desempenho que se aplicam
ao sistema estrutural da edificação habitacional.
1.2 Esta Parte da ABNT NBR 15575 não se aplica a obras em andamento ou a edificações concluídas até a
data da entrada em vigor desta Norma. Também não se aplica a obras de reformas nem de “retrofit” nem
edificações provisórias.
1.3 Esta Parte da ABNT NBR 15575 é utilizada como um procedimento de avaliação do desempenho de
sistemas construtivos.
1.4 Os requisitos estabelecidos nesta Parte da ABNT NBR15575 (Seções 4 a 17) são complementados pelos
requisitos estabelecidos nas ABNT NBR 15575-1 a ABNT NBR15575-6.
1.6 Esta parte ABNT NBR 15575 estabelece critérios relativos ao desempenho térmico, acústico, lumínico e de
segurança ao fogo, que devem ser atendidos individual e isoladamente pela própria natureza conflitante dos
critérios de medições, por exemplo, desempenho acústico (janela fechada) versus desempenho de ventilação
(janela aberta).
1.7 Requisitos aplicáveis somente para edificações de até cinco pavimentos serão especificados em suas
respectivas seções.
2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas,
aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes
do referido documento (incluindo emendas).
ABNT NBR 8800, Projeto e execução de estruturas de aço de edifícios (método dos estados limites)
ABNT NBR 11675, Divisórias leves internas moduladas - Verificação da resistência a impactos
ABNT NBR 14762, Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis formados a frio – Procedimento
ABNT NBR 15575-3, Edificações Habitacionais - Desempenho – Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos;
ABNT NBR 15575-4, Edificações Habitacionais - Desempenho – Parte 4: Requisitos para os sistemas de
vedações verticais internas e externas
ABNT NBR 15575-5, Edificações Habitacionais - Desempenho – Parte 5: Requisitos para os sistemas de
coberturas
ABNT NBR 15575-6, Edificações Habitacionais - Desempenho – Parte 6: Requisitos para os sistemas
hidrossanitários
3 Termos e definições
Para os efeitos desta parte da ABNT NBR 15575, aplicam-se os termos e definições das ABNT NBR 15575-1
e ABNT NBR 8681, e as seguintes.
3.1
integridade estrutural
capacidade da estrutura de evitar seu colapso progressivo na ocorrência de danificações localizadas
3.2
ruína
característica do estado-limite último, por ruptura ou por perda de estabilidade ou por deformação excessiva
3.3
falha
ocorrência que compromete o estado de utilização do sistema ou elemento. Essa ocorrência pode resultar
de fissuração ou deslocamentos acima de limites aceitáveis, avarias no sistema ou no elemento estrutural ou
nas interfaces com outros sistemas ou elementos
3.4
deformação
variação da distância entre pontos de um corpo submetido a uma determinada tensão, com modificação de
sua forma e volume primitivos
3.5
deslocamento
afastamento entre a elástica e o eixo original de uma barra (ou plano original de uma placa) submetida
a um carregamento estático ou dinâmico
3.6
flecha
máximo afastamento entre a elástica e a posição primitiva de uma barra ou de uma placa submetida à flexão
3.7
fissura de componente estrutural
seccionamento na superfície ou em toda seção transversal de um componente, com abertura capilar, provocado
por tensões normais ou tangenciais. As fissuras podem ser classificadas como ativas (variação da abertura em
função de movimentações higrotérmicas ou outras) ou passivas (abertura constante)
3.8
estado inaceitável de fissuração
ocorrência de fissura isolada ou de fissuras múltiplas, ativas ou passivas, que repercutam em não atendimento
a qualquer um dos critérios desta Norma
3.9
trinca
expressão coloquial qualitativa aplicável a fissuras com abertura maior ou igual a 0,6 mm
3.10
mossa
vestígio de pancada ou pressão
4 Exigências do usuário
6 Avaliação do desempenho
7 Segurança estrutural
Atender durante a sua vida útil de projeto, sob as diversas condições de exposição (ação do peso próprio,
sobrecargas de utilização, atuações do vento e outros), aos seguintes requisitos gerais:
b) prover segurança aos usuários sob ação de impactos, choques, vibrações e outras solicitações decorrentes
da utilização normal da edificação, previsíveis na época do projeto;
c) não provocar sensação de insegurança aos usuários pelas deformações de quaisquer elementos da
edificação, admitindo-se tal exigência atendida caso as deformações se mantenham dentro dos limites
estabelecidos nesta Norma;
e) não prejudicar a manobra normal de partes móveis, como portas e janelas, nem repercutir no funcionamento
normal das instalações em face das deformações dos elementos estruturais;
f) cumprir as disposições das ABNT NBR 5629, ABNT NBR 11682 e ABNT NBR 6122 relativamente
às interações com o solo e com o entorno da edificação.
Elementos com função de vedação (paredes e divisórias, não estruturais) devem ter capacidade de transmitir
à estrutura seu peso próprio e os esforços externos que sobre eles diretamente venham atuar, decorrentes
de sua utilização.
7.2.1 Critério – Estado-limite último
Atender às disposições aplicáveis das normas que abordam a estabilidade e a segurança estrutural para todos
os componentes estruturais da edificação habitacional, incluindo-se as obras geotécnicas.
Devem ser necessariamente consideradas nos projetos as cargas permanentes, acidentais (sobrecargas de
utilização), devidas ao vento e a deformações impostas (variação de temperatura e umidade, recalques das
fundações), conforme ABNT NBR 8681, ABNT NBR 6120, ABNT NBR 6122 e ABNT NBR 6123.
NOTA 1 Para efeitos do estado-limite último, podem ser desprezadas as solicitações devidas à retração por secagem, onde
aplicável, caso os materiais apresentem índices de retração livre em corpos-de-prova de laboratório inferiores a 0,06 %.
NOTA 2 Para efeitos do estado-limite último, podem ser desprezadas as solicitações devidas à variação de temperatura,
caso sejam empregados materiais com coeficientes de dilatação térmica linear 10-5/°C; para comprimentos em planta
inferiores a 30 m, levar em consideração somente para valores acima de 2 x 10 -5/°C.
NOTA 3 Para efeitos do estado-limite último, podem ser desprezadas as solicitações devidas à variação da umidade relativa
do ar, caso sejam empregados materiais que, no aumento da umidade relativa de 50 % para 100 %, estabilizam-se
com expansão não superior a 0,1 %; da mesma forma, o efeito da variação da umidade pode ser desprezado para estruturas
cujos componentes foram protegidos com sistemas de impermeabilização que atendam aos requisitos desta Norma.
7.2.2.1 Cálculos
A análise do projeto dos componentes estruturais da edificação habitacional deve ser feita com base nas
seguintes normas, quando aplicáveis: ABNT NBR 6118, ABNT NBR 6120, ABNT NBR 6122, ABNT NBR 6123,
ABNT NBR 7190, ABNT NBR 8681, ABNT NBR 8800, ABNT NBR 9062, ABNT NBR 10837 e ABNT NBR 14762.
Para casas térreas e sobrados, cuja altura total não ultrapasse 6,0 m (desde o respaldo da fundação de cota mais
baixa até o topo da cobertura), não há necessidade de atendimento às dimensões mínimas dos componentes
estruturais estabelecidas nas normas de projeto estrutural específicas (ABNT NBR 6118, ABNT NBR 7190,
ABNT NBR 8800, ABNT NBR 9062, ABNT NBR 10837 e ABNT NBR 14762), resguardada a demonstração
da segurança e estabilidade pelos ensaios previstos nesta Norma (7.2.2.2 e 7.4), bem como atendidos os demais
requisitos de desempenho estabelecidos nesta Norma.
Na inexistência de Norma Brasileira de projeto estrutural específica para o tipo de estrutura analisado, pode ser
aceito o atendimento aos respectivos Eurocódigos, em sua última versão, ou a demonstração da estabilidade
e da segurança estrutural através de cálculos, modelos e ensaios, respeitado o estabelecido em 7.2.2.2.
7.2.2.2 Ensaios
Quando a modelagem matemática do comportamento conjunto dos materiais e componentes que constituem
o sistema, ou dos sistemas que constituem a estrutura, não for conhecida e consolidada por experimentação,
ou não existir Norma Brasileira, permite-se, para fins desta Norma, desde que aplicado a edifícios habitacionais
de até cinco pavimentos, estabelecer uma resistência mínima de projeto através de ensaios destrutivos e do
traçado do correspondente diagrama carga x deslocamento, conforme indicado no Anexo A.
O projeto deve apresentar a justificativa dos fundamentos técnicos com base em Normas Brasileiras ou,
em sua ausência, com base nos Eurocódigos ou em ensaios conforme 7.2.2.2.
Não ocasionar deslocamentos ou fissuras excessivas aos elementos de construção vinculados ao sistema
estrutural, levando-se em consideração as ações permanentes e de utilização, nem impedir o livre funcionamento
de elementos e componentes da edificação, tais como portas e janelas, nem repercutir no funcionamento
das instalações.
NOTA Com o atendimento a este requisito, a probabilidade de ocorrência de danos inaceitáveis tende a ser mínima.
Sob a ação de cargas gravitacionais, de temperatura, de vento (ABNT NBR 6123), recalques diferenciais das
fundações (ABNT NBR 6122) ou quaisquer outras solicitações passíveis de atuarem sobre a construção, conforme
ABNT NBR 8681, os componentes estruturais não devem apresentar:
deslocamentos maiores que os estabelecidos nas normas de projeto estrutural (ABNT NBR 6118,
ABNT NBR 7190, ABNT NBR 8800, ABNT NBR 9062, ABNT NBR 10837 e ABNT NBR 14762) ou, na falta
de Norma Brasileira específica, usar as Tabelas 1 ou 2;
fissuras com aberturas maiores que os limites indicados nas ABNT NBR 6118 e ABNT NBR 9062 , ou outra
norma específica para o método construtivo adotado ou abertura superior a 0,6 mm em qualquer situação.
NOTA A Tabela 1 apresenta limitações de desempenho genéricas e abrangentes, objetivando preservar os elementos
estruturais através de uma modelagem detalhada. A Tabela 2 é expedita e inclui as expectativas com relação a deformações
dependentes do tempo.
Tabela 2 — Flechas máximas para vigas e lajes (cargas gravitacionais permanentes e acidentais)
1) 3)
Flecha imediata Flecha final (total)
Parcela de carga permanente sobre vigas e lajes
Sgk Sqk Sgk +0,7 Sqk Sgk + 0,7 Sqk
2)
Paredes monolíticas, em Com aberturas L/1 000 L/2 800 L/800 L/400
alvenaria ou painéis unidos
ou rejuntados com material Sem aberturas L/750 L/2 100 L/600 L/340
rígido
2)
Paredes em painéis com Com aberturas L/1 050 L/1 700 L/730 L/330
juntas flexíveis, divisórias
leves, gesso acartonado Sem aberturas L/850 L/1 400 L/600 L/300
Atendimento aos valores das Normas Brasileiras específicas ou das Tabelas 1 ou 2. Caso estes valores não sejam
atendidos, proceder à análise do projeto, cumprindo o estabelecido em 7.3.2.1 ou 7.3.2.2.
7.3.2.1 Cálculos
A análise do projeto dos componentes estruturais da edificação habitacional deve ser feita com base
nas ABNT NBR 6118, ABNT NBR 6120, ABNT NBR 6123, ABNT NBR 7190, ABNT NBR 8681, ABNT NBR 8800,
ABNT NBR 9062, ABNT NBR 10837 e ABNT NBR 14762, em função do tipo de estrutura. Devem ser
consideradas as cargas permanentes acidentais devidas ao vento e a deformações específicas, conforme
a ABNT NBR 8681.
Nos casos mais gerais, na análise das deformações podem ser consideradas apenas as ações permanentes
e acidentais (sobrecargas) características, tomando-se para g o valor 1,0 e para q o valor 0,7.
Na avaliação dos deslocamentos, cujos limites são apresentados nas Normas Brasileiras de projeto estrutural
ou na Tabela 1, devem ser levadas em conta as deformações imediatas e as diferidas no tempo.
Para o caso de estruturas de concreto ou argamassa armada, compósitos reforçados com fibras ou materiais
semelhantes, devem ser levados em conta os efeitos de diminuição da rigidez com a ocorrência da fissuração.
7.3.2.2 Ensaios
Quando a modelagem matemática do comportamento conjunto dos materiais e componentes que constituem
o sistema, ou dos sistemas que constituem a estrutura, não for conhecida e consolidada por experimentação,
ou não existir norma técnica, permite-se, para os fins desta Norma, desde que aplicado a edifícios
habitacionais de até cinco pavimentos, estabelecer uma modelagem matemática do comportamento conjunto
para as deformações de serviço através de ensaios destrutivos e do traçado do correspondente diagrama carga x
deslocamento, conforme indicado no Anexo B.
Os elementos estruturais devem ser ensaiados nas condições de solicitação a que se pretende submetê-los
na edificação, traçando o gráfico: carga x deslocamento, conforme indicado no Anexo B, de forma a serem
caracterizados em cada ensaio pelo deslocamento que primeiro estabelecer uma falha.
Não sofrer ruptura ou instabilidade sob as energias de impacto indicadas nas Tabelas 3 a 5. São dispensadas
da verificação deste requisito as estruturas projetadas conforme as ABNT NBR 6118, ABNT NBR 7190,
ABNT NBR 8800, ABNT NBR 9062, ABNT NBR 10837, ABNT NBR 14762, respeitado o descrito em 7.2.2.1.
NOTA 1 A resistência aos impactos de corpo mole e duro, que podem ser produzidos durante a utilização da edificação
habitacional traduz-se na resistência à energia de impacto a ser aplicada em componentes estruturais responsáveis
pela segurança da edificação.
NOTA 2 No que se refere ao estado-limite de serviço e à resistência superficial, os impactos são menos rigorosos.
a) não devem sofrer ruptura ou instabilidade sob as energias de impacto estabelecidas nas Tabelas 3 a 5, sendo
tolerada a ocorrência de fissuras, escamações, delaminações e outros danos em impactos de segurança,
respeitados os limites para deformações instantâneas e residuais dos componentes.
b) não podem causar danos a outros componentes acoplados aos componentes sob ensaio.
As limitações de deslocamentos instantâneos (dh ou dv) e residuais (dhr ou dvr), sendo que h se refere
ao deslocamento horizontal e v se refere ao deslocamento vertical, para o nível mínimo de são apresentados
nas Tabelas 3 a 5. Considerando a possibilidade de melhoria da qualidade da edificação, são recomendados
os valores constantes no Anexo E para os níveis de desempenho intermediário (I) e superior (S).
Energia de
impacto de
corpo mole Critério de desempenho
720 Não ocorrência de ruína; são admitidas falhas localizadas (fissuras, destacamentos e outras)
480 Não ocorrência de ruína; são admitidas falhas localizadas (fissuras, destacamentos e outras)
360 Não ocorrência de ruína; são admitidas falhas localizadas (fissuras, destacamentos e outras)
Não ocorrência de falhas
240 Limitação do deslocamento horizontal:
dh < h/250 e dhr < h/1 250 para pilares, sendo h a altura do pilar
dh < L/200 e dhr < L/1 000 para vigas, sendo L o vão teórico da viga
180 Não ocorrência de falhas
120 Não ocorrência de falhas
Energia de
impacto de
corpo mole Critério de desempenho
J
360 Não ocorrência de ruína; são admitidas falhas localizadas (fissuras, destacamentos e outras)
240 Não ocorrência de ruína; são admitidas falhas localizadas (fissuras, destacamentos e outras)
180 Não ocorrência de falhas
Não ocorrência de falhas
Limitação do deslocamento horizontal:
120
dh < h/250 e dhr < h/1 250 para pilares, sendo h a altura do pilar
dh < L/200 e dhr < L/1 000 para vigas, sendo L o vão teórico da viga
Energia de
impacto de
corpo mole Critério de desempenho
720 Não ocorrência de ruína; são admitidas falhas localizadas (fissuras, destacamentos e outras)
480 Não ocorrência de ruína; são admitidas falhas localizadas (fissuras, destacamentos e outras)
7.4.1.1.1 Verificações
As verificações da resistência e deslocamento dos elementos estruturais devem ser feitas por meio de ensaios de
impacto de corpo mole, realizados em laboratório ou em protótipo ou obra, devendo o corpo-de-prova representar
fielmente as condições executivas da obra, inclusive tipos de apoio/vinculações, conforme método de ensaio
indicado no Anexo C.
Para cada situação ou localização dos elementos deve-se considerar, quando ensaiados, as seguintes
especificidades adicionais:
c) os elementos estruturais de piso devem ser submetidos a um impacto para cada uma das energias
especificadas, ou seja, 120 J, 180 J, 240 J, 360 J, 480 J e 720J (nível M); 120 J, 180 J, 240 J, 360 J, 480 J,
720 J e 960 J (níveis I ou S);
d) os guarda-corpos instalados em terraços, coberturas etc. devem atender às exigências da NBR 14718;
3
e) para os componentes estruturais leves, ou seja, aqueles com massa específica menor ou igual a 1 200 kg/m
2
ou peso próprio menor ou igual a 60 kg/m , admitem-se deslocamentos instantâneos equivalentes ao dobro
dos valores indicados nas Tabelas 4 e 5.
Sob a ação de impactos de corpo duro, os componentes da edificação não devem sofrer ruptura
ou traspassamento sob qualquer energia de impacto, sendo tolerada a ocorrência de fissuras, lascamentos
e outros danos em impactos de segurança. As Tabelas 6 a 8 apresentam os critérios de desempenho.
Considerando a possibilidade de melhoria da qualidade da edificação, são recomendados os valores constantes
no Anexo E para os níveis de desempenho intermediário (I) e superior (S).
Tabela 6 — Critérios e níveis de desempenho para impacto de corpo duro na face externa de elementos
estruturais localizados na fachada da edificação e nas faces externas acessíveis ao público
Energia de
a)
impacto de
corpo duro Critério de desempenho
J
Não ocorrência de falhas
3,75
Mossas com qualquer profundidade
Não ocorrência de ruína e traspassamento
20
Admitidas falhas superficiais como mossas, fissuras e desagregações
a)
Sentido do impacto de fora para dentro.
a)
Energia de impacto
de corpo duro Critério de desempenho
J
Não ocorrência de falhas
2,5
Mossas com qualquer profundidade
Não ocorrência de ruína e traspassamento
10
Admitidas falhas superficiais como mossas, fissuras e desagregações
a)
Sentido do impacto de dentro para fora, aplicado na face interna.
Os guarda-corpos instalados em terraços, coberturas e outros devem atender às exigências da ABNT NBR 14718.
7.4.2.2 Nível de desempenho
10 Estanqueidade
Ver ABNT NBR 15575-1.
11 Desempenho térmico
Ver ABNT NBR 15575-1.
12 Desempenho acústico
Ver ABNT NBR 15575-1.
13 Desempenho lumínico
Ver ABNT NBR 15575-1.
14 Durabilidade e manutenibilidade
A estrutura principal e os elementos que fazem parte do sistema estrutural, comprometidos com a segurança
e a estabilidade global da edificação, devem ser projetados e construídos de modo que, sob as condições
ambientais previstas na época do projeto e quando utilizados conforme preconizado em projeto e submetidos a
intervenções periódicas de manutenção e conservação, segundo instruções contidas no manual de operação, uso
e manutenção, devem manter sua capacidade funcional durante toda a vida útil de projeto, conforme estabelecido
na Seção 14 e Anexo C da ABNT NBR 15575-1:2013.
A comprovação do atendimento aos critérios de 14.1.1 deve ser feita pela análise do projeto ou por ensaios ou
por aplicação de modelos conforme explicitado a seguir:
a) análise do projeto, considerando a adequação dos materiais, detalhes construtivos adotados visando
o atendimento às disposições previstas nas normas específicas utilizadas no projeto; ou
b) ensaios físico-químicos e ensaios de envelhecimento acelerado (porosidade, absorção de água,
permeabilidade, dilatação térmica, choque térmico, expansão higroscópica, câmara de condensação, câmara
de névoa salina, câmara CUV, câmara de SO2, Wheater-O-Meter, e outros); ou
c) aplicação de modelos para previsão do avanço de frentes de carbonatação, cloretos, corrosão e outros.
14.1.3 Premissas de projeto
O projeto deve mencionar as normas aplicáveis, as condições ambientais vigentes na época do projeto e a
utilização prevista da edificação.
A fim de que seja alcançada a Vida Útil de Projeto (VUP) para a estrutura e seus elementos, conforme
ABNT NBR 15575-1, devem ser previstas e realizadas manutenções preventivas sistemáticas e, sempre que
necessário, manutenções com caráter corretivo. Estas últimas devem ser realizadas assim que o problema se
manifestar, impedindo que pequenas falhas progridam às vezes rapidamente para extensas patologias.
As manutenções devem ser realizadas obedecendo-se ao manual de operação, uso e manutenção fornecido pelo
incorporador ou construtora e às boas práticas, de acordo com a ABNT NBR 5674.
Verificação do atendimento às diretrizes das ABNT NBR 5674, ABNT 15575-1 e ABNT NBR 14037 constantes no
manual de operação, uso e manutenção das edificações.
NOTA Esta análise pode levar em consideração as instruções constantes no Anexo D da Parte 1 desta Norma.
16 Funcionalidade e acessibilidade
Ver ABNT NBR 15575-1.
A.1 Princípio
Ensaios destrutivos, com traçado de diagramas de carga x deslocamento, e registros da história do carregamento
conforme indicado na Figura A.1.
Figura A.1 – Gráfico carga x deslocamento para determinação de Rud e RSd por meio de ensaios
A.2 Diretrizes
Estabelecer a resistência mínima de projeto para os sistemas estruturais ou componentes em que não
há Norma Brasileira de projeto de sistemas que não possuem modelagem matemática conhecida e consolidada
por experimentação.
A.3 Aparelhagem
Devem ser empregados instrumentos que forneçam medição de centésimos de milímetro e que registrem toda
a história do carregamento, principalmente a situação dos pontos e regiões mais solicitados.
A.4.2 Para elementos estruturais comprimidos, as cargas devem ser aplicadas com excentricidade:
t
1 cm
30
onde:
A.4.3 A caracterização dos constituintes A, B, C etc. e o tipo de resistência que os caracteriza individualmente,
podem ser obtidos com a realização dos ensaios, examinando-se minuciosamente o comportamento de ruptura
do conjunto e sua dependência do comportamento dos materiais individuais.
A.5 Procedimento
A.5.1 Conduzir o ensaio com pelo menos dez etapas de carregamento, com repetição para três modelos
geométricos idênticos e em escala real.
A.5.2 Caracterizar os componentes pelas resistências Ru1, Ru2 e Ru3, resultados das resistências últimas
observadas nos ensaios
A.5.3 Ensaiar conforme as condições de solicitação a que se pretende submeter os sistemas estruturais ou
componentes na edificação.
R R u1 1
1 0,2 ξ R u1
1
R u d R u1 u3 .ξ (4)
2 γm γm
com γm 1,5
onde:
ξ= [(1+uA).(1+uB).(1+uC)...] (5)
sendo:
No caso de edificações térreas e sobrados cuja altura total não supere 6,0 m, não sendo possível realizar, por
motivos técnicos ou de viabilidade econômica, o controle sistemático dos materiais A, B, C e outros, permite-se
prescindir da obtenção estatística de sA, sB, sC etc., desde que se adote ξ = 1,5 e γm = 2,0;
A.6.3 Comprovação
Sd ≤ Rud
A.6.4 Validade
Para conservar válida a expressão de Rud, as resistências médias dos materiais A, B, C etc. devem estar
caracterizadas para o ensaio, garantindo-se ainda a homogeneidade do processo de produção dos elementos
estruturais, de forma que estas médias sejam mantidas.
A.6.5 Estatísticas
A.6.5.1 A resistência característica assumida para componentes de ligação e ancoragens, quando não
existirem normas específicas, deve ser tomada como a correspondente ao quantil inferior a 5 %, ou seja, 95 %
dos componentes devem apresentar para as propriedades escolhidas como representativas um valor igual
ou acima do característico.
A.6.5.2 Na resistência de cálculo dos componentes de ligação e ancoragens, quando não existirem normas
específicas, deve ser considerado um coeficiente de minoração com base na variabilidade dos resultados de
ensaios; este coeficiente, contudo, não deve ser inferior a 2.
a) identificação do solicitante;
b) identificação do fornecedor;
h) deslocamentos;
i) resistências últimas;
j) nível de desempenho;
k) data do ensaio;
B.1 Princípio
Ensaios destrutivos, com traçado de diagramas de carga x deslocamento, e registros da história do carregamento,
conforme indicado na Figura B.1.
Figura B.1 – Gráfico carga x deslocamento para determinação de Rud e Rsd por meio de ensaios
B.2 Diretrizes
Estabelecer a resistência para a deformação de trabalho para os casos em que não há Norma Brasileira de projeto
de sistemas e que não possuem modelagem matemática conhecida e consolidada por experimentação.
B.3 Aparelhagem
Devem ser empregados instrumentos que forneçam medição de centésimos de milímetro e que registrem toda
a história de carregamento, principalmente a situação dos pontos e regiões mais solicitados.
B.4.2 Para elementos estruturais comprimidos, as cargas devem ser aplicadas com excentricidade:
t
1 cm
30
onde:
B.4.3 A caracterização dos constituintes A, B, C etc. e o tipo de resistência para a deformação que
os caracteriza individualmente podem ser obtidos com a própria realização dos ensaios, examinando-se
minuciosamente o comportamento de ruptura do conjunto e sua dependência do comportamento dos materiais
individuais.
B.5 Procedimento
B.5.1 Conduzir o ensaio com pelo menos dez etapas de carregamento, com repetição para três modelos
geométricos idênticos e em escala real.
B.5.2 Caracterizar os componentes pelas resistências Rs1, Rs2 e Rs3 , resultados das resistências últimas
observadas nos ensaios
B.5.3 Ensaiar conforme as condições de solicitação a que se pretende submeter os sistemas na edificação.
R R s1
R s d R s1 s3 .ξ 1 0,2 ξ R s1 (8)
2
sendo:
ξ= [(1+sA).(1+sB).(1+sC)...] (9)
onde:
Para edificações térreas, onde não seja possível, por motivos técnicos ou de viabilidade econômica, o controle
sistemático dos materiais A, B, C etc., permite-se prescindir da obtenção estatística de sA, sB, sC etc., desde que
se venha a fixar ξ = 1,5.
B.6.3 Comprovação
B.6.4 Validade
Para conservar válida a expressão de RSd, as resistências médias dos materiais A, B, C etc. devem estar
caracterizadas para o ensaio, garantindo-se ainda a homogeneidade do processo de produção dos elementos
estruturais, de forma que estas médias sejam mantidas.
B.6.5 Estatísticas
B.6.5.1 A resistência característica assumida para componentes de ligação e ancoragens, quando não
existirem normas específicas, deve ser tomada como a correspondente ao quantil inferior de 5 %, ou seja, 95 %
dos componentes devem apresentar para as propriedades escolhidas como representativas um valor igual
ou acima do característico.
B.6.5.2 Na resistência de cálculo dos componentes de ligação e ancoragens, quando não existirem normas
específicas, deve ser considerado um coeficiente de minoração com base na variabilidade dos resultados
de ensaios; este coeficiente, contudo, não deve ser inferior a 2.
C.1 Princípio
Corpo com massa e forma conhecidas, abandonado de altura estabelecida para ensaios de componentes
horizontais, e abandonado de altura estabelecida em movimento pendular para ensaios de componentes verticais
que, ao atingir o componente, provoca deslocamentos ou deformações ou rupturas verificáveis.
C.2 Diretrizes
Verificar os deslocamentos ou deformações provenientes do impacto de corpo mole sobre elementos estruturais
ou componentes.
C.3 Aparelhagem
Para a realização deste ensaio deve ser empregada a seguinte aparelhagem:
a) corpo percussor de impacto, com forma e massa (m) definidas na ABNT NBR 11675;
C.5 Procedimento
Conduzir o ensaio no corpo-de-prova tipo, aplicando energias de impacto indicadas na Tabela C.1.
m h E
Impacto
kg m J
40 0,30 120
40 0,45 180
40 0,60 240
Aplicar um impacto de corpo mole, de
acordo com a ABNT NBR 11675, 40 0,90 360
para cada energia
40 1,20 480
40 1,80 720
40 2,40 960
a) identificação do solicitante;
b) identificação do fornecedor;
g) deslocamentos;
h) análise visual;
i) fotos;
j) nível de desempenho
k) data do ensaio;
D.1 Princípio
Corpo com massa e forma conhecidas, abandonado de altura estabelecida, em queda livre, que, ao atingir
o componente, provoca indentação (depressão) verificável.
D.2 Diretrizes
Verificar a indentação proveniente do impacto de corpo duro sobre elementos estruturais ou componentes.
D.3 Aparelhagem
Para a realização deste ensaio deve ser empregada a seguinte aparelhagem:
b) corpo percussor de impacto – esfera de aço maciça com massa de 0,5 kg;
D.5 Procedimento
D.5.1 Aplicar os impactos por meio de esferas de aço maciças, abandonadas em queda livre, registrando-se
as profundidades das mossas e os eventuais danos ocorridos.
D.5.2 Para cada energia especificada são aplicados dez impactos, em pontos ou seções representativas
do elemento (seções enfraquecidas etc.).
D.5.3 As condições de ensaio relativas às massas do corpo duro (m), alturas de queda (h) e energias
de impacto (E) estão apresentadas na Tabela D.1.
m h E
Impacto
kg m J
1 1,00 10
Aplicar 10 impactos de corpo duro de grandes
1 2,00 20
dimensões (esfera de aço) para cada energia
1 3,00 30
0,5 0,50 2,5
Aplicar 10 impactos de corpo duro de pequenas
0,5 0,75 3,75
dimensões (esfera de aço) para cada energia
0,5 1,00 5
Medição das profundidades das mossas, em milímetros, incluindo observação visual das falhas, fissuras,
destacamentos e ruínas.
D.7 Relatório de ensaio
O relatório do ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações:
a) identificação do solicitante;
b) identificação do fornecedor;
h) análise visual;
i) fotos;
k) nível de desempenho;
l) data do ensaio;
Níveis de desempenho
E.1 Generalidades
E.1.1 Este anexo estabelece os níveis mínimos (M) de desempenho para cada requisito, que devem ser
atendidos.
E.1.2 Considerando a possibilidade de melhoria da qualidade da edificação, com uma análise de valor da
relação custo/benefício dos sistemas, neste anexo são indicados os níveis de desempenho intermediário (I)
e superior (S) e repetido o nível M para facilitar a comparação.
E.1.3 Recomenda-se que o construtor ou incorporador informe o nível de desempenho dos sistemas que
compõem a edificação habitacional, quando exceder o nível mínimo (M).
As Tabelas E.1 a E.3 apresentam os critérios de desempenho recomendados para os resultados máximos obtidos
em ensaios de impacto de corpo mole, para os níveis de desempenho intermediário (I) e superior (S).
Tabela E.1 — Critérios e níveis de desempenho para elementos estruturais localizados
na fachada da edificação, em exteriores acessíveis ao público – Impacto de corpo mole
na face externa, ou seja, de fora para dentro
Energia de Nível de
impacto de desempenho
corpo mole Critério de desempenho
M I S
J
dh < L/200 e dhr < L/1 000 para vigas, sendo L o vão teórico da viga
Energia de Nível de
impacto de desempenho
corpo mole Critério de desempenho
M I S
J
Tabela E.3 — Critérios e níveis de desempenho para impacto de corpo mole em pisos
Energia de Nível de
impacto de desempenho
corpo mole Critério de desempenho
M I S
J
As Tabelas E.4 a E.6 apresentam os critérios de desempenho recomendados para os resultados máximos obtidos
em ensaios de impacto de corpo duro, para os níveis de desempenho intermediário (I) e superior (S).
Tabela E.4 — Critérios e níveis de desempenho para impacto de corpo duro
na face externa de elementos estruturais localizados na fachada da edificação
e nas faces externas acessíveis ao público
a)
Energia de impacto
de corpo duro Nível de
Critério de desempenho
desempenho
J
Não ocorrência de falhas
3,75
Mossas com qualquer profundidade
M
Não ocorrência de ruína e traspassamento
20
Admitidas falhas superficiais como mossas, fissuras e desagregações
Não ocorrência de falhas
3,75
Profundidade da mossa: p 5 mm
I
Não ocorrência de ruína e traspassamento
20
Admitidas falhas superficiais como mossas, fissuras e desagregações
Não ocorrência de falhas
3,75
Profundidade da mossa: p 2 mm
S
Não ocorrência de ruína e traspassamento
20
Admitidas falhas superficiais como mossas, fissuras e desagregações
a)
Sentido do impacto de fora para dentro.
Energia de
a)
impacto Nível de
de corpo duro Critério de desempenho
desempenho
J
Não ocorrência de falhas
2,5
Mossas com qualquer profundidade M
Não ocorrência de ruína e traspassamento
10
Admitidas falhas superficiais como mossas, fissuras e desagregações
Não ocorrência de falhas
2,5
Profundidade da mossa: p 5 mm I
Não ocorrência de ruína e traspassamento
10
Admitidas falhas superficiais como mossas, fissuras e desagregações
Não ocorrência de falhas
2,5
Profundidade da mossa: p 2 mm S
Não ocorrência de ruína e traspassamento
10
Admitidas falhas superficiais como mossas, fissuras e desagregações
a)
Sentido do impacto de dentro para fora, aplicado na face interna.
Tabela E.6 — Critérios e níveis de desempenho para impacto de corpo duro em pisos
Energia de impacto
de corpo duro Nível de
Critério de desempenho
desempenho
J
Não ocorrência de falhas
5
Mossas com qualquer profundidade
M
Não ocorrência de ruína e traspassamento
30
Admitidas falhas superficiais como mossas, fissuras e desagregações
Não ocorrência de falhas
5
Profundidade da mossa: p 5 mm
I
Não ocorrência de ruína e traspassamento
30
Admitidas falhas superficiais como mossas, fissuras e desagregações
Não ocorrência de falhas
5
Profundidade da mossa: p 2 mm
S
Não ocorrência de ruína e traspassamento
30
Admitidas falhas superficiais como mossas, fissuras e desagregações
ABNT NBR 15575-3_2013
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização
Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de
Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores
e neutros (universidade, laboratório e outros).
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que alguns dos
elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser considerada
responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.
A ABNT NBR 15575-3 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Construção Civil (ABNT/CB-02), pela Comissão de
Estudo de Desempenho de Edificações (CE-02.136.01)). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme
Edital nº 10, de 28.09.2007 a 27.11.2008, com o número de Projeto 02.136.01-001-3.
A ABNT NBR 15575, sob o título geral “Edificações habitacionais — Desempenho”, tem previsão de conter as
seguintes partes:
Esta versão da ABNT NBR 15575-3:2013 cancela e substitui as versões anteriores da ABNT NBR 15575-3.
Introdução
A abordagem desta Norma explora conceitos que muitas vezes não são considerados em Normas prescritivas
específicas como, por exemplo, a durabilidade dos sistemas, a manutenibilidade da edificação e o conforto tátil
e antropodinâmico dos usuários.
A inter-relação entre Normas de desempenho e Normas prescritivas deve possibilitar o atendimento às exigências
do usuário, com soluções tecnicamente adequadas e economicamente viáveis.
Todas as disposições contidas nesta parte da Norma são aplicáveis a edificações habitacionais e a sistemas
projetados, construídos, operados e submetidos a intervenções de manutenção que atendam às instruções
específicas do respectivo Manual de operação, uso e manutenção.
Requisitos e critérios particularmente aplicáveis a determinado sistema são tratados separadamente em cada
Parte desta Norma.
Objetivamente, esta Norma visa alavancar tecnicamente a qualidade requerida e a oferta de moradias,
ao estabelecer regras para avaliação do desempenho de imóveis habitacionais, auxiliando nas análises que
definem o financiamento de imóveis e possibilitando adequações nos procedimentos de execução, uso
e manutenção dos imóveis.
Esta Parte 3 da ABNT NBR 15575 trata do desempenho do sistema de pisos, destinados para área de uso
privativo ou de uso comum, com a inclusão dos elementos e componentes, de acordo com os critérios
estabelecidos nesta norma.
A segurança em uso de um sistema de piso é um requisito que cada vez mais tem atraído a atenção da
comunidade técnica relacionada à produção do ambiente construído.
As conseqüências de uma queda, principalmente para idosos, podem ser gravíssimas, resultando até em morte
ou imobilização permanente.
Estes acidentes são previsíveis e, portanto evitáveis, exigindo apenas atenção a alguns requisitos na
especificação do sistema de piso da construção.
Esta Parte da ABNT NBR 15575 deve ser utilizada, no que couber, em conjunto com a ABNT NBR 15575-1.
Esta Parte da ABNT NBR 15575 não contempla requisitos de limpabilidade ou manchamento devido a falta de
embasamentos técnicos aplicável a qualquer tipo de camada de acabamento.
Também complementam esta Norma as Normas Brasileiras prescritivas aplicáveis a diferentes materiais utilizados
na produção de sistema de pisos.
Requisitos aplicáveis somente para edificações de até cinco pavimentos serão especificados em suas respectivas
seções.
Requisitos e critérios particularmente aplicáveis a determinado sistema são tratados separadamente em cada
Parte desta Norma.
1 Escopo
1.1 Esta parte da ABNT NBR 15575 estabelece os requisitos e critérios de desempenho que se aplicam
ao sistema de pisos da edificação habitacional.
1.2 Esta Parte da ABNT NBR 15575 não se aplica a obras em andamento ou a edificações concluídas até a
data da entrada em vigor desta Norma. Também não se aplica a obras de reformas nem de “retrofit” nem
edificações provisórias.
1.3 Esta Parte da ABNT NBR 15575 é utilizada como um procedimento de avaliação do desempenho de
sistemas construtivos.
1.4 Os requisitos estabelecidos nesta Parte da ABNT NBR15575 (Seções 4 a 17) são complementados pelos
requisitos estabelecidos nas ABNT NBR 15575-1 a ABNT NBR15575-6.
1.6 Esta parte ABNT NBR 15575 estabelece critérios relativos ao desempenho térmico, acústico, lumínico e de
segurança ao fogo, que devem ser atendidos individual e isoladamente pela própria natureza conflitante dos
critérios de medições, por exemplo, desempenho acústico (janela fechada) versus desempenho de ventilação
(janela aberta).
1.7 Requisitos aplicáveis somente para edificações de até cinco pavimentos serão especificados em suas
respectivas seções.
2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas,
aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes
do referido documento (incluindo emendas).
ABNT NBR 8660, Revestimento de piso - Determinação da densidade crítica de fluxo de energia térmica
- Método de ensaio
ABNT NBR 9442, Materiais de construção – Determinação do índice de propagação superficial de chama pelo
método do painel radiante
ABNT NBR 10636, Paredes divisórias sem função estrutural – Determinação da resistência ao fogo
ABNT NBR 13818, Placas cerâmicas para revestimento – Especificação e métodos de ensaios
ABNT NBR 14323, Dimensionamento de estruturas de aço de edifícios em situação de incêndio – Procedimento
ABNT NBR 14833-1, Revestimento de pisos laminados melamínicos de alta resistência – Parte 1: Requisitos,
características, classes e métodos de ensaio
ABNT NBR 14851-1, Revestimentos de pisos – Mantas (rolos) e placas de linóleo – Parte 1: Classificação e
requisitos
ABNT NBR 14917-1, Revestimentos de pisos – Manta (rolo) vinílica flexível heterogênea em PVC –
Parte 1: Requisitos, características e classes
ABNT NBR 15575-2, Edificações Habitacionais - Desempenho – Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais
ABNT NBR 17240, Sistemas de detecção e alarme de incêndio – Projeto, instalação, comissionamento e
manutenção de sistemas de detecção e alarme de incêndio – Requisitos
ASTM E 662, Standard test method for specific optical density of smoke generated by solid materials
EN 13823, Reaction to fire tests for building products – Building products excluding floorings exposed to the
thermal attack by a single burning item
EN ISO 11925-2, Reaction to fire tests – Ignitability of products subjected to direct impingement of flame – Part 2:
Single-flame source test
ISO 140-4, Acoustics – Measurement of sound insulation in buildings and of building elements –
Part 4: Field measurements of airborne sound insulation between rooms
ISO 140-7, Acoustics – Measurement of sound insulation in buildings and of building elements –
Part 7: Field measurements of impact sound insulation of floors
ISO 6944, Fire containment – Elements of building construction – Part 1: Ventilation Ducts
ISO 717-1, Acoustics – Rating of sound insulation in buildings and of buildings elements – Part 1: Airborne sound
insulation
ISO 717-2, Acoustics – Rating of sound insulation in buildings and of buildings elements –
Part 2: Impact sound insulation
ISO 1182, Reaction to fire tests for building products – Non-combustibility test
ISO 10052, Acoustics – Field measurements od airborne and impact sound insulation and of equipment sound –
Survey method
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR 15575-1 e os seguintes.
3.1
deformação
variação da distância entre pontos de um corpo, com modificação de sua forma e volume primitivos
3.2
propagação superficial de chamas
alastramento da combustão na superfície dos materiais
3.3
estanqueidade
propriedade de um elemento (ou de um conjunto de componentes) de impedir a penetração ou passagem de
fluidos através de si. A sua determinação está associada a uma pressão-limite de utilização (a que se relaciona
com as condições de exposição do elemento ao fluido)
3.4
ruído de impacto
som produzido pela percussão sobre um corpo sólido e transmitido através do ar
3.5
ruído aéreo
som produzido e transmitido através do ar
3.6
áreas molhadas
áreas da edificação cuja condição de uso e exposição poderá resultar na formação de lâmina de água (por
exemplo banheiro com chuveiro, área de serviço e áreas descobertas)
3.7
áreas molháveis
áreas da edificação que recebem respingos de água decorrente da sua condição de uso e exposição e que não
resulte na formação de lâmina de água (por exemplo banheiro sem chuveiro, cozinhas e sacadas cobertas)
3.8
áreas secas
áreas onde, em condições normais de uso e exposição, a utilização direta de água (por exemplo, lavagem com
mangueiras, baldes de água, etc) não está prevista nem mesmo durante a operação de limpeza
3.9
resistência ao fogo
propriedade de suportar o fogo e proteger ambientes contíguos durante sua ação, caracterizada pela capacidade
de confinar o fogo (estanqueidade, gases quentes e isolamento térmico) e de manter a estabilidade ou resistência
mecânica por determinado período
3.10
falha
ocorrência que compromete o estado de utilização do elemento, por fissuração, danos no elemento e nas
interfaces com outros elementos, deslocamentos acima de limites aceitáveis e outros
3.11
Sistema de piso
sistema horizontal ou inclinado (Figura 1) composto por um conjunto parcial ou total de camadas (por exemplo,
camada estrutural, camada de contrapiso, camada de fixação, camada de acabamento) destinado a cumprir a
função de estrutura, vedação e tráfego, conforme os critérios definidos nesta Norma
3.12
Impermeabilização do sistema de piso
conjunto de operações e técnicas construtivas (serviços), composto por uma ou mais camadas que tem por
finalidade proteger as construções contra a ação deletéria de fluidos, vapores e da umidade
3.13
Isolamento térmico do sistema de piso
conjunto de operações e técnicas construtivas (serviços), composto por uma ou mais camadas que tem por
finalidade proteger as construções contra a ação dos efeitos de variações de temperatura
3.14
Isolamento acústico do sistema de piso
conjunto de operações e técnicas construtivas (serviços), composto por uma ou mais camadas que tem por
finalidade atenuar a passagem de ruídos
3.15
Camada de contrapiso
estrato com as funções de regularizar o substrato, proporcionando uma superfície uniforme de apoio, coesa,
aderido ou não e adequada à camada de acabamento, podendo eventualmente servir como camada de
embutimento, caimento ou declividade
3.16
Camada de acabamento do sistema de piso
composta por um ou mais componentes (por exemplo, laminados, placas cerâmicas, vinílicos, revestimentos
têxteis, rochas ornamentais, madeiras, etc) destinado a revestir a superfície do sistema de piso e cumprir funções
de proteção e acabamento estético e funcional
3.17
Camada estrutural do sistema de piso
constitui o elemento resistente às diversas cargas do sistema de pisos
3.18
Áreas de uso privativo
áreas cobertas ou descobertas que definem o conjunto de dependências e instalações de uma unidade autônoma,
cuja utilização é privativa dos respectivos titulares de direito
3.19
Área de uso comum
área coberta e/ou descoberta situada nos diversos pavimentos da edificação e fora dos limites de uso privativo,
que pode ser utilizada em comum por todos ou por parte dos titulares de direito das unidades autônomas
3.20
Fresta
toda e qualquer fenda, planejada ou não, entre componentes do sistema de piso que não esteja preenchida
4 Exigências do usuário
ABNT NBR 15575-1.
6 Avaliação do desempenho
ABNT NBR 15575-1.
7 Desempenho estrutural
7.1 Generalidades
7.1.1 A resistência estrutural e a estabilidade da camada estrutural do sistema de piso são analisadas em
função das combinações de ações possíveis de ocorrerem durante a vida útil de projeto da edificação e se referem
ao estado-limite último (ruína) do sistema de piso, conforme 7.2, bem como à limitação dos deslocamentos
verticais e ocorrência de falhas nos elementos que compõem o sistema de pisos, que se referem ao estado-limite
de utilização, conforme 7.3.
7.1.2 A resistência aos impactos de corpo-duro, os quais podem ser produzidos durante a vida útil de projeto da
edificação, traduz-se na energia de impacto a ser aplicada em sistemas de pisos. Os impactos com maiores
energias referem-se ao estado-limite último, sendo os de utilização aqueles com menores energias. Estes
impactos correspondem a choques acidentais gerados pela própria utilização da edificação, conforme 7.4.
Não apresentar ruína, seja por ruptura ou perda de estabilidade, e nem falhas que coloquem em risco a
integridade física do usuário.
7.2.1 Critério
Para assegurar estabilidade e segurança estrutural, a camada estrutural do sistema de pisos da edificação deve
atender aos critérios especificados na ABNT NBR 15575-2.
Limitar os deslocamentos verticais da camada estrutural do sistema de piso, bem como a ocorrência de fissuras
ou quaisquer falhas, de forma a atender às exigências dos usuários da edificação habitacional.
7.3.1 Critério
A camada estrutural do sistema de pisos da habitação deve atender aos critérios especificados na
ABNT NBR 15575-2.
Resistir aos impactos de corpo-duro previsíveis nas condições normais de serviço, sem apresentar ruína no
sistema de pisos.
NOTA A resistência aos impactos de corpo-duro, passíveis de ocorrerem durante a vida útil de projeto da edificação, pode
ser traduzida pela energia de impacto a ser aplicada em sistemas de pisos.
Os impactos com maiores energias referem-se ao estado-limite último, e os de menores energias referem-se à aos
estados-limites de utilização.
Sob a ação de impactos de corpo duro, o sistema de pisos não pode sofrer ruptura ou traspassamento sob
qualquer energia de impacto, sendo tolerada a ocorrência de fissuras, lascamentos
e outros danos em impactos de segurança. A Tabela 1 apresenta os critérios de desempenho.
Tabela 1 — Critérios e níveis de desempenho para impacto de corpo duro em sistemas de pisos.
Energia de impacto
de corpo duro Critério de desempenho
J
Não ocorrência de ruptura total da camada de acabamento
5
Admitidas falhas superficiais como mossas, lascamentos, fissuras e desagregações
Não ocorrência de ruína e traspassamento
30
Admitidas falhas superficiais como mossas, fissuras, lascamentos e desagregações
Para avaliar a resistência ao impacto de corpo duro da camada de acabamento utilizar as normas específicas do produto
utilizado.
Verificação da resistência ao impacto de corpo duro, por meio de ensaios em laboratório executados em protótipos
ou na própria obra, devendo o corpo-de-prova representar fielmente as condições executivas da obra, inclusive
tipos de apoio/vinculações, e respeitar as normas de aplicação da camada de acabamento.
Indicado na Tabela 1.
O cumprimento dos requisitos estabelecidos corresponde ao nível de desempenho mínimo (M).
Resistir a cargas verticais concentradas previsíveis nas condições normais de serviço, sem apresentar ruína ou
danos localizados nem deslocamentos excessivos.
7.5.1 Critério
Os sistemas de pisos não devem apresentar ruptura ou qualquer outro dano quando submetido a cargas verticais
concentradas de 1 kN aplicadas no ponto mais desfavorável, não devendo, ainda, apresentar deslocamentos
superiores a L/500, se constituídos ou revestidos de material rígido, ou L/300, se constituídos ou revestidos de
material dúctil.
Realização do ensaio para verificação da resistência do sistema de piso, a cargas verticais concentradas, de
acordo com os procedimentos descritos no Anexo B.
O nível mínimo de aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende aos critérios descritos em 7.5.1,
quando ensaiado conforme o Anexo B.
8.1 Generalidades
Além dos requisitos e critérios a seguir listados, devem ser atendidas todas as exigências pertinentes constantes
na ABNT NBR 15575-1.
Dificultar a ocorrência da inflamação generalizada no ambiente de origem do incêndio e não gerar fumaça
excessiva capaz de impedir a fuga dos ocupantes em situações de incêndio.
b) I, II A ou III A, quando estiverem associadas a outros locais internos da habitação, exceto cozinhas;
Os materiais empregados nas camadas do sistema de piso, desde que protegidos por barreiras incombustíveis
que não se desagreguem em situação de incêndio, ou que contenham juntas através das quais o miolo possa ser
afetado, devem classificar-se como I, II A ou III A.
Estas classificações constam da tabela 2 ou da tabela 3, de acordo com o método de avaliação previsto.
Tabela 2 – Classificação dos materiais que compõem as camadas do sistema de piso (camada estrutural) tendo
como base o método ABNT NBR 9442.
Método de Ensaio
Classe ISO 1182 NBR 9442 ASTM E 662
Incombustível
o
ΔT≤ 30 C;
I - -
Δm ≤ 50%;
tf ≤ 10 s
A Combustível Ip ≤ 25 Dm ≤ 450
II
B Combustível Ip ≤ 25 Dm > 450
A Combustível 25 < Ip ≤ 75 Dm ≤ 450
III
B Combustível 25 < Ip ≤ 75 Dm > 450
A Combustível 75 < Ip ≤ 150 Dm ≤ 450
IV
B Combustível 75 < Ip ≤ 150 Dm > 450
A Combustível 150 < Ip ≤ 400 Dm ≤ 450
V
B Combustível 150 < Ip ≤ 400 Dm > 450
VI Combustível Ip > 400 -
Notas:
Ip – Índice de propagação superficial de chama.
Dm – Densidade específica ótica máxima de fumaça
Δt – Variação da temperatura no interior do forno
Notas: Δm – Variação da massa do corpo de prova; tf – Tempo de flamejamento do corpo de prova; Ip – Índice de propagação superficial de
chama; Dm – Densidade específica ótica máxima de fumaça; Δt – Variação da temperatura no interior do forno; ISO 1182 – “Buildings
materials – non–combustibility test”; ABNT NBR 9442 - Materiais de Construção - Determinação do índice de propagação
superficial de chama pelo método do painel radiante - Método de Ensaio; ASTM E 662 – “Standard test method for specific
optical density of smoke generated by solid materials”.
Tabela 3 - Classificação do sistema de piso (camada estrutural) tendo como base o método EN 13823.
Método de Ensaio
EN ISO 11925-2
Classe ISO 1182 EN 13823
(exp. = 30 s)
Incombustível
o
ΔT ≤ 30 C;
I - -
Δm ≤ 50%;
tf ≤ 10 s
FIGRA ≤ 120 W/s
LSF < canto do corpo-de-prova
A Combustível FS ≤ 150 mm em 60s
THR600s ≤ 7,5 MJ
SMOGRA ≤ 180m2/s2 e TSP600s ≤ 200m2
II
FIGRA ≤ 120 W/s
LSF < canto do corpo-de-prova
B Combustível FS ≤ 150 mm em 60s
THR600s ≤ 7,5 MJ
SMOGRA > 180m2/s2 e TSP600s > 200m2
FIGRA ≤ 250 W/s
LSF < canto do corpo-de-prova
A Combustível FS ≤ 150 mm em 60s
THR600s ≤ 15 MJ
SMOGRA ≤ 180m2/s2 e TSP600s ≤ 200m2
III
FIGRA ≤ 250 W/s
LSF < canto do corpo-de-prova
B Combustível FS ≤ 150 mm em 60s
THR600s ≤ 15 MJ
SMOGRA > 180m2/s2 e TSP600s > 200m2
FIGRA ≤ 750 W/s
A Combustível FS ≤ 150 mm em 60s
SMOGRA ≤ 180m2/s2 e TSP600s ≤ 200m2
IV
FIGRA ≤ 750 W/s
B Combustível FS ≤ 150 mm em 60s
SMOGRA > 180m2/s2 e TSP600s > 200m2
FIGRA > 750 W/s
A Combustível FS ≤ 150 mm em 20s
SMOGRA ≤ 180m2/s2 e TSP600s ≤ 200m2
V
FIGRA > 750 W/s
B Combustível FS ≤ 150 mm em 20s
SMOGRA > 180m2/s2 e TSP600s > 200m2
VI - - FS > 150 mm em 20s
Notas: FIGRA – Índice da taxa de desenvolvimento de calor; LFS – Propagação lateral da chama; THR600s – Liberação total
de calor do corpo-de-prova nos primeiros 600 s de exposição às chamas; TSP600s – Produção total de fumaça do corpo-de-
prova nos primeiros 600 s de exposição às chamas; SMOGRA – Taxa de desenvolvimento de fumaça, correspondendo ao
máximo do quociente de produção de fumaça do corpo-de-prova e o tempo de sua ocorrência; FS – Tempo em que a frente da
chama leva para atingir a marca de 150 mm indicada na face do material ensaiado; ISO 1182 – “Buildings materials – non –
combustibility test”;EN 13823 – Reaction to fire tests for building products – Building products excluding floorings exposed to the
thermal attack by a single burning item (SBI); EN ISO 11925-2 – Reaction to fire tests – Ignitability of building products
subjected to direct impingement of flame – Part 2: Single-flame source test
O enquadramento dos materiais na primeira categoria (I, Incombustíveis) é feita com base no método de
ensaio ISO 1182 - Buildings materials - non-combustibility test, conforme classificação dos materiais de
acordo com as Tabelas 2 ou 3.
O método de ensaio de reação ao fogo utilizado como base é a ABNT NBR 9442 “Materiais de
construção – Determinação do índice de propagação superficial de chama p elo método do painel radiante
– Método de ensaio”, conforme classificação dos materiais de acordo com a Tabela 2.
Caso na execução do ensaio pelo método ABNT NBR 9442 se verifique alguma das situações a seguir
relacionadas, considera-se o método não apropriado:
quando ocorre derretimento ou o material sofre retração abrupta afastando -se da chama-piloto;
quando o material é composto por miolo combustível protegido por barreira incombustível que
pode se desagregar em situação de incêndio ou que contenham jun tas através das quais o miolo
possa ser afetado;
materiais compostos por diversas camadas de materiais combustíveis apresentando espessura
total superior a 25 mm;
materiais que na instalação conformam juntas através das quais, especialmente, o fogo pode
propagar ou penetrar;
Nos casos relacionados acima, a classificação das camadas do sistema de piso (camada estrutural) deve
ser feita de acordo com o padrão indicado na Tabela 3. Nestes casos o método de ensaio de reação ao
fogo utilizado como base é a norma EN 13823 – Reaction to fire tests for building products – Building products
excluding floorings exposed to the thermal attack by a single burning item (SBI). Este método não se aplica à
avaliação da camada de acabamento.
A face superior do sistema de piso, compostos pela camada de acabamento incluindo todas as camadas subsequentes que
podem interferir no comportamento de reação ao fogo, deve classificar-se como I, II A, III A ou IV A em todas as áreas da
edificação, com exceção do interior das escadas onde deve classificar -se como I ou II A, com Dm≤100. Estas
classificações constam da tabela 4.
Tabela 4 – Classificação da camada de acabamento incluindo todas as camadas subseqüentes que podem interferir no
comportamento de reação ao fogo da face superior do sistema de piso.
Método de ensaio
ISO 11925-2
Classe ISO 1182 NBR 8660 ASTM E 662
(exp. = 15s)
Incombustível
o
ΔT ≤ 30 C;
I - - -
Δm ≤ 50%;
tf ≤ 10 s
2
A Combustível Fluxo crítico ≥ 8,0 kW/m FS ≤ 150 mm em 20 s Dm ≤ 450
II 2
B Combustível Fluxo crítico ≥ 8,0 kW/m FS ≤ 150 mm em 20 s Dm > 450
2
A Combustível Fluxo crítico ≥ 4,5 kW/m FS ≤ 150 mm em 20 s Dm ≤ 450
III 2
B Combustível Fluxo crítico ≥ 4,5 kW/m FS ≤ 150 mm em 20 s Dm > 450
2
A Combustível Fluxo crítico ≥ 3,0 kW/m FS ≤ 150 mm em 20 s Dm ≤ 450
IV 2
B Combustível Fluxo crítico ≥ 3,0 kW/m FS ≤ 150 mm em 20 s Dm > 450
2
A Combustível Fluxo crítico < 3,0 kW/m FS ≤ 150 mm em 20 s Dm ≤ 450
V 2
B Combustível Fluxo crítico < 3,0 kW/m FS ≤ 150 mm em 20 s Dm > 450
VI Combustível - FS > 150 mm em 20 s -
O enquadramento da camada de acabamento incluindo todas as camadas subseqüentes que podem interferir no
comportamento de reação ao fogo, na primeira categoria I (incombustíveis) é feita com base no método de
ensaio ISO 1182 - Buildings materials - non-combustibility test, conforme a Tabela 4.
O método de ensaio de reação ao fogo utilizado como base da avaliação da camada de acabamento,
incluindo todas as camadas subseqüentes que podem interferir no comportamento de reação ao fogo, composta
por materiais combustíveis é a ABNT NBR 8660 “Revestimento de piso - Determinação da densidade
critica de fluxo de energia térmica”, complementado pelos métodos ISO 11925 -2 – Reaction to fire tests –
Ignitability of building products subjected to direct impingement of flame – Part 2: Single-flame source
test e ASTM E662 – Standard test method for specific optical density of smoke generated by solid
materials, conforme a Tabela 4.
8.3 Requisito – Dificultar a propagação do incêndio, da fumaça e preservar a estabilidade estrutural da
edificação
Os valores de resistência ao fogo que devem ser atendidos são definidos em função da altura da
edificação, entendida como a medida em metros do piso mais baixo ocupado ao piso do último
pavimento. Para mensuração da altura da edificação, não ser ão considerados: os subsolos destinados
exclusivamente a estacionamento de veículos, vestiários e instalações sanitárias, áreas técnicas sem
aproveitamento para quaisquer atividades ou permanência humana; os pavimentos superiores
destinados, exclusivamente, a áticos, casas de máquinas, barriletes, reservatórios de água e
assemelhados; o pavimento superior da unidade duplex do último piso de edificação.
Os entrepisos propriamente ditos, bem como as vigas que lhe dão sustentação, devem atender critérios
de resistência ao fogo conforme definido a seguir, destacando -se que os tempos requeridos referem -se à
categoria corta-fogo, onde são considerados os critérios de isolamento térmico, estanqueidade e
estabilidade:
g) Subsolos: no mínimo igual ao dos pisos elevados da edificação e não menos que 60 minutos para
alturas descendentes até 10 m e não menos que 90 minutos para alturas descendentes
superiores a 10m.
A altura da edificação é a medida em metros do piso mais baixo ocupado ao piso do último pavimento.
Para o subsolo, a altura descendente, é a medida em metros do piso do pavimento térreo até o piso mais
baixo da edificação (piso do último subsolo).
b) Por meio de avaliação técnica, tendo em conta resultados de ensaios de tipo previamente
realizados;
c) Para elementos estruturais de concreto, por meio do método tabular estabelecido na ABNT NBR
15200;
d) Por meio de métodos analíticos segundo as ABNT NBR 15200 (para estruturas de concreto) ou
ABNT NBR 14323 (para estruturas de aço ou mistas de aço e concreto).
8.3.2 Critério – Selagem corta-fogo nas prumadas elétricas e hidráulicas
As aberturas existentes nos pisos para as transposições das instalações elétricas e hidráulicas, devem
ser dotadas de selagem corta-fogo, apresentando tempo de resistência ao fogo idêntico ao exigido para
o sistema de piso, tendo em conta a altura da edificação.
A resistência ao fogo da selagem corta-fogo, considerada como um tipo de vedador, deve ser
comprovada por meio de ensaios conforme a ABNT NBR 6479.
As tubulações de materias poliméricos com diâmetro interno superior a 40 mm que passam através do
sistema de piso devem receber proteção especial representada por selagem capaz de fechar o buraco
deixado pelo tubo ao ser consumido pelo fogo abaixo do piso. Tais selos pode m ser substituídos por
prumadas enclausuradas (Critério 8.3.5).
A resistência ao fogo da selagem corta-fogo, considerada como um tipo de vedador, deve ser
comprovada por meio de ensaios conforme a ABNT NBR 6479.
Os registros corta-fogo devem ser dotados de acionamentos automáticos comandados por sistema de
detecção automática de fumaça que esteja de acordo com a NBR 17240. O status dos registros deve ser
indicado na central do sistema e o fechamento dos dispositivos deve poder ser efetuado por decisão
humana na central do sistema.
Caso o registro não posssa ser instalado em algum tipo de tubulação, como é o caso daquelas
destinadas à pressurização de escadas (quando a tubulação / duto não estiver protegido pelo próprio
enclausuramento da escada), toda a tubulação deve apresentar tempo de resistência ao fogo de, no
mínimo, 120 minutos, porém não inferior ao tempo de resistência ao fogo requerido para a edificação.
A resistência ao fogo do registro corta-fogo, considerado como um tipo de vedador, deve ser comprovada
por meio de ensaios conforme a ABNT NBR 6479.
A resistência ao fogo da tubulação que não pode receber registros corta -fogo instalados no nível de cada
piso deve ser comprovada por meio de ensaios conforme a norma ISO 6944 -1 – Fire containment –
Elements of building construction – Part 1: Ventilation Ducts.
As prumadas totalmente enclausuradas por onde passam as instalações de serviço, como esgoto e
águas pluviais, não necessitam ser seladas desde que as paredes que as componham sejam corta -fogo
e apresentem resistência ao fogo, no mínimo, idêntica àquela exigida para o piso.
As derivações das instalações localizadas nestas prumadas devem ser seladas atendendo ao Critério
8.3.2.
A resistência ao fogo das paredes corta-fogo deve ser comprovada por meio de ensaios conforme a
ABNT NBR 10636.
8.3.6 Critério - Prumadas de ventilação permanente
Caso estas condições não sejam cumpridas, as tomadas de ar em cada derivação deverão ser
protegidas por registros corta-fogo atendendo ao Critério 8.3.4.
O enquadramento dos materiais na primeira categoria I (incombustíveis) é feita com base no método de
ensaio ISO 1182 - Buildings materials - non-combustibility test .
A resistência ao fogo das paredes corta-fogo deve ser comprovada por meio de ensaios conforme a
ABNT NBR 10636.
A resistência ao fogo das grades, consideradas como um tipo de vedador, deve ser comprovada por meio
de ensaios conforme a ABNT NBR 6479.
Os dutos de exaustão de lareiras, churrasqueir as e similares devem ser integralmente compostos por
materiais incombustíveis, ou seja, Classe I, conforme Tabela 2, devem ser dispostos de forma a não
implicarem em risco de propagação de incêndio entre pavimentos , ou no próprio pavimento onde se
originam, e devem atender apenas uma lareira ou churrasqueira e/ou as conexões com prumada coletiva.
O enquadramento dos materiais na primeira categoria I (incombustíveis) é feita com base no método de
ensaio ISO 1182 - Buildings materials - non-combustibility test .
Escadas, elevadores e monta-cargas devem ser considerados, para efeito de avaliação de desempenho de
segurança ao fogo, como interrupções na continuidade dos pisos, através das quais o fogo e a fumaça podem se
propagar. Por tal razão devem ser objeto de avaliação de desempenho de forma a verificar se o sistema
de piso como um todo apresenta a resistência ao fogo compatível com o estabelecido no Critério 8.3.1.
As escadas devem ser enclausuras com paredes e portas corta -fogo. A resistência ao fogo das paredes
deve ser de, no mínimo, 120 minutos, quando a altura da edificação não superar 120 m e 180 minutos
para edifícios mais altos. As portas corta-fogo, quando o hall de acesso à escada for isento de carga de
incêndio, devem apresentar resistência ao fogo de, no mínimo, 60 e 90 minutos, respectivamente, para
escadas com antecâmara (duas portas empregadas) e sem antecâmara (uma porta empr egada). Quando
o hall de acesso não for isento de carga de incêndio, as portas devem apresentar resistência ao fogo de
120 minutos.
As paredes que conformam os poços de elevadores e monta -cargas devem apresentar resistência ao
fogo, na categoria corta-fogo, idêntica aos sistemas de pisos. As portas de andar de elevadores e monta-
cargas, caso localizadas em hall isento de carga de incêndio, devem apresentar resistência ao fogo, na
categoria pára-chamas, de 30 minutos, no mínimo. Caso localizadas em halls não isentos de carga de
incêndio, devem ser corta-fogo com tempo de resistência ao fogo idêntico ao do sistema de piso.
Deve ser procedida análise de projeto e avaliações de resistência ao fogo de acordo com as normas ABNT NBR
10636 e ABNT NBR 6479, respectivamente para elementos fixos e móveis.
9 Segurança
O escorregamento pode ser definido como sendo um decréscimo intenso no valor do coeficiente de atrito entre o
corpo em movimento e a superfície de apoio, ocorrido de maneira bastante rápida. O ato de escorregar pode ser
definido como sendo uma perda de equilíbrio causada por um escorregamento inesperado, imprevisto e fora de
controle, do pé. O coeficiente de atrito é definido como sendo uma propriedade intrínseca da interface dos
materiais que estão em contato; esta por sua vez depende das micro e macro rugosidades destes materiais, das
forças (inter e intra moleculares) de repulsão e atração, e ainda de suas propriedades visco-elásticas. Portanto,
fatores como área de contato, tempo de contato antes da ocorrência do movimento, velocidade do movimento, ou
ainda pressão entre os materiais, representam elementos de influência no coeficiente de atrito.
A resistência ao escorregamento não é uma característica intrínseca do material da superfície, além de não ser
uma constante em todas as condições de utilização, uma vez que esta depende de uma série de fatores
relacionados como: o material empregado, tipo de solado que caminha sobre o mesmo, meio físico entre o solado
e a superfície do produto e a forma como o usuário interage com a superfície durante seu uso. Nenhuma destas
variáveis pode ser responsabilizada isoladamente pela resistência ao escorregamento.
As superfícies rugosas podem apresentar maior resistência ao escorregamento, porém, por serem mais ásperas
não são de fácil manutenção e limpeza.
A camada de acabamento dos sistemas de pisos da edificação habitacional deve apresentar coeficiente de atrito
dinâmico em conformidade aos valores apresentados na ABNT NBR 13818/Anexo N. São considerados
ambientes em que se requer resistência ao escorregamento: áreas molhadas, rampas, escadas em áreas de uso
comum e terraços.
Realização de ensaios de acordo com a ABNT NBR 13818/Anexo N na condição projetada de uso (molhada ou
seca).
O nível mínimo de aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja apresenta índices em conformidade com
aqueles apresentados na ABNT NBR 13818/Anexo N.
Prevenir lesões em seus usuários, provocadas por quedas decorrentes de irregularidades localizadas.
9.2.1 Critério – Desníveis abruptos
Para áreas privativas de um mesmo ambiente eventuais desníveis abruptos no sistema de piso de até 5 mm não
demandam tratamento especial. Desníveis abruptos superiores a 5 mm devem ter sinalização que garanta a
visibilidade do desnível, por exemplo, por mudanças de cor, testeiras, faixas de sinalização.
Análise de projeto ou de protótipo do sistema de piso que inclua as juntas entre seus componentes.
O projeto deve recomendar cuidados específicos para as camadas de acabamento de sistemas de pisos aplicadas
em escadas ou rampas (acima de 5% de inclinação) e nas áreas comuns.
O nível mínimo de aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende à análise do projeto, às premissas
de projeto ou à análise do protótipo.
Os sistemas de pisos não podem apresentar abertura máxima de frestas (ou juntas sem preenchimento), entre
componentes do piso, maior que 4 mm, excetuando-se o caso de juntas de movimentação em ambientes
externos.
Análise de projeto ou de protótipo do sistema de piso que inclua as juntas entre seus componentes.
O nível mínimo de aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende à análise do projeto ou à análise do
protótipo.
Prevenir lesões em seus usuários, provocadas pelo contato direto de partes do corpo com a superfície do sistema
de piso.
A superfície do sistema de piso também não pode liberar fragmentos perfurantes ou contundentes, em condições
normais de uso e manutenção, incluindo as atividades de limpeza.
Análise de projeto ou de protótipo do sistema de piso que inclua as juntas entre seus componentes.
O nível mínimo de aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende à análise do projeto ou à análise do
protótipo.
10 Estanqueidade
10.1 Generalidades
A água é o principal agente de degradação de um amplo grupo de materiais de construção. Ela está presente
no solo, na atmosfera, nos sistemas e procedimentos de higiene da habitação e, portanto, em permanente contato
com alguns dos seus elementos ou sistemas.
O adequado controle da umidade em uma edificação habitacional ou sistema é a chave para o controle de muitas
manifestações patológicas que abreviam sua vida útil, reduzindo seu valor de uso e de troca de uma habitação.
Evitar condições de risco à saúde dos usuários e deterioração da camada de acabamento dos pisos e áreas
adjacentes.
Os sistemas de pisos devem ser estanques à umidade ascendente, considerando-se a máxima altura do lençol
freático prevista para o local da obra.
Análise de projeto, conforme as ABNT NBR 9575 e ABNT NBR 9574, ou inspeções in loco.
O projeto deve indicar o sistema construtivo que impeça a ascensão para o sistema de piso da umidade
ascendente quanto a:
a) estanqueidade à umidade;
O nível mínimo de aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende à análise do projeto e às premissas de
projeto, ou atende à análise in loco do protótipo.
Áreas molháveis não são estanques e, portanto, o critério de estanqueidade não é aplicável. Esta informação
deve constar no Manual de Uso e Operação.
Os sistemas de pisos de áreas molhadas não podem permitir o surgimento de umidade, permanecendo a
superfície inferior e os encontros com as paredes e pisos adjacentes que os delimitam secas, quando submetidos
a uma lâmina de água de no mínimo 10 mm em seu ponto mais alto, por 72 h.
Para todas as áreas molhadas comuns deve-se atender a ABNT NBR 9575.
Para as áreas privativas molhadas, caso sejam utilizados os tipos de sistema de impermeabilização previstos na
ABNT NBR 9575, deve-se atender a ABNT NBR 9574.
10.4.1.1 Método de avaliação
A superfície da face inferior e os encontros com as paredes e pisos adjacentes, reproduzindo-se as respectivas
condições de utilização, devem permanecer secos, quando submetidos a uma lâmina de água de no mínimo 10
mm em seu ponto mais alto, por 72 h.
Para todas as áreas molhadas comuns deve-se atender a ABNT NBR 9574.
Para as áreas privativas molhadas, caso sejam utilizados os tipos de sistema de impermeabilização previstos na
ABNT NBR 9575, deve-se atender o método da ABNT NBR 9574.
O nível mínimo de aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende aos critérios descritos em 10.4.1.
11 Desempenho térmico
Esta parte da norma não estabelece requisitos isolados de desempenho térmico para sistemas de pisos.
Os requisitos de análise global de desempenho térmico de edificações estão considerados na ABNT NBR 15575-
1.
12 Desempenho acústico
12.1 Generalidades
Esta parte 3 da ABNT-NBR-15575 apresenta os requisitos e critérios para a verificação do isolamento acústico do
sistema de piso entre unidades autônomas.
São considerados o isolamento de ruído de impacto no sistema de piso (caminhamento, queda de objetos e
outros) e o isolamento de ruído aéreo (conversas, som proveniente de TV e outros).
Os valores normativos são obtidos por meio de ensaios realizados em campo para o sistema construtivo.
12.3.2 Requisito – Isolamento de ruído aéreo dos sistemas de pisos entre unidades habitacionais
Avaliar o isolamento de som aéreo de ruídos de uso normal (fala, TV, conversas, música) e uso eventual (áreas
comuns, áreas de uso coletivo).
13 Desempenho lumínico
Os requisitos inerentes aos sistemas de pisos e que contribuem para o desempenho lumínico estão considerados
nas ABNT NBR 15575-1, ABNT NBR 15575-4 e ABNT NBR 15575-5.
14 Durabilidade e manutenibilidade
14.1 Generalidades
A durabilidade é um requisito fundamental de uma edificação habitacional ou sistema, decorrente do seu elevado
valor de uso e valor de troca.
As camadas de acabamento devem seguir as normas de aplicação, manutenção e orientações dos fabricantes.
Os sistemas não podem apresentar excessiva sensibilidade às condições de serviço previsíveis, alterando suas
características funcionais ou estéticas além do esperado em função de seu envelhecimento natural ao longo da
vida útil, exigindo maior esforço e investimento dos usuários em atividades de manutenção ou impondo restrições
ao uso normal do ambiente construído.
Esta Norma traduz alguns requisitos julgados relevantes para avaliar a durabilidade.
Resistir à exposição à umidade, em condições normais de uso, sem apresentar alterações em suas propriedades
que comprometam seu uso.
14.2.1 Critério – Ausência de danos em sistema de pisos de áreas molhadas e molháveis pela presença
de umidade
O sistema de pisos de áreas molhadas e molháveis, seguindo corretamente as normas de instalação dos mesmos
e recomendações dos fabricantes, expostos a uma lâmina de água 10 mm na cota mais alta, por um período de
72 h, não podem apresentar, após 24 h da retirada da água, danos como bolhas, fissuras, empolamentos,
destacamentos, descolamentos, delaminações, eflorescências e desagregação superficial. A alteração de
tonalidade, visível a olho nú, frente a umidade é permitida desde que informada previamente pelo fabricante e,
neste caso, deve constar no Manual de Uso e Operação do Usuário. Esta verificação pode ser feita in loco ou
através da construção de um protótipo.
14.2.1.1 Método de avaliação
O nível mínimo de aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende aos critérios descritos em 13.2.1,
quando ensaiado conforme o Anexo C.
Resistir à exposição aos agentes químicos normalmente utilizados na edificação ou presentes nos produtos de
limpeza doméstica.
14.3.1 Critério – Ausência de danos em sistemas de pisos pela presença de agentes químicos.
A resistência química dos sistemas de pisos depende das solicitações de uso e do tipo de camada de acabamento
utilizada.
Todos os componentes utilizados na camada de acabamento devem resistir ao ataque químico de agentes
conforme estabelecido em normas específicas dos produtos.
Para os componentes utilizados na camada de acabamento que não possuem normas específicas de resistência
ao ataque químico, utilizar as metodologias de ensaio apresentadas no Anexo D, conforme a área de aplicação:
seca ou molhada/molhável.
O projeto deve considerar para a seleção da camada de acabamento as principais características de uso de cada
ambiente.
O nível mínimo de aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende aos critérios descritos em 13.3.1.1,
quando ensaiado conforme as normas específicas dos componentes ou o Anexo D.
Resistir aos esforços mecânicos associados às condições normais de uso específicas para cada ambiente.
As camadas de acabamento da habitação devem apresentar resistência ao desgaste devido aos esforços de uso,
de forma a garantir a vida útil estabelecida em projeto conforme a ABNT NBR 15575-1.
O método de avaliação deste requisito depende da camada de acabamento especificada em projeto, devendo
desta forma ser respeitadas as Normas prescritivas aplicáveis aos diferentes materiais: ABNT NBR 7686, ABNT
NBR 8810, ABNT NBR 9457, ABNT NBR 13818, ABNT NBR 14833-1, ABNT NBR 14851-1, ABNT NBR 14917-1,
NBR 7374, e outras, conforme o caso.
a) das características superficiais específicas de cada material (revestimentos têxteis, vinílicos, linóleos, madeiras, cerâmicas,
cimentícios, pétreos, ladrilhos hidráulicos e outros);
b) da natureza do esforço associado (permanente, cíclico, concentrado e outros);
c) das condições de utilização (seco ou molhado, em ambiente contaminado com areia ou limpo, etc).
O projeto deve considerar para a seleção da camada de acabamento as principais características de uso e
condições de exposição de cada ambiente.
O nível mínimo de aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende aos critérios descritos em 13.4.1
quando ensaiado conforme as Normas Brasileiras específicas, bem como às premissas de projeto.
16 Funcionalidade e acessibilidade
16.1 Requisito – Sistema de pisos para pessoas portadoras de deficiência física ou pessoas com
mobilidade reduzida (pmr)
16.1.1Critérios
O sistema de piso deve estar adaptado à moradia de pessoas portadoras de deficiência física ou pessoas com
mobilidade reduzida (pmr).
O projeto deve especificar a sinalização e locais da sinalização, além de considerar a adequação da camada de
acabamento dos degraus das escadas e das rampas, bem como deve especificar desníveis entre as alturas das
soleiras.
O nível mínimo de aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende aos critérios descritos em 15.1.1,
bem como às premissas de projeto.
17.1 Generalidades
O valor atribuído pelos usuários de uma habitação ao ambiente construído não se limita a uma análise puramente
funcional, ou seja, ao cumprimento de requisitos funcionais. Ele também é influenciado pela percepção estética
dos usuários.
Embora o julgamento estético tenha um componente subjetivo acentuado, existem algumas características que
podem ser objetivamente controladas, como a regularidade e homogeneidade das superfícies da camada de
acabamento.
As camadas de acabamento totalizam uma parcela relevante das superfícies de uma habitação e devem,
na sua especificação, ter em conta este aspecto.
Neste requisito são estabelecidos limites para ondulações na camada de acabamento do sistema de piso ou em superfícies
regularizadas para a fixação de camada de acabamento, as quais podem comprometer a estética projetada. Procura-se, deste
modo, regular um aspecto relevante na percepção dos usuários da habitação em relação ao produto construído e,
conseqüentemente, no valor a ele atribuído.
Nota: Este requisito não se aplica nas regiões de mudança de plano (declividades diferentes) do sistema de piso.
A planeza da camada de acabamento ou superfícies regularizadas para a fixação de camada de acabamento das
áreas comuns e privativas deve apresentar valores iguais ou inferiores a 3 mm com régua de 2 metros em
qualquer direção.
Este critério não se aplica a camadas de acabamento em relevo ou àqueles que, por motivos arquitetônicos, assim
foram projetados.
As irregularidades graduais não devem superar 3 mm em relação a uma régua de 2 metros de comprimento em
qualquer direção.
O nível mínimo de aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende aos critérios descritos em 16.2.1.
18 Adequação ambiental
Os requisitos inerentes aos sistemas de pisos e que contribuem para a adequação ambiental estão considerados
na ABNT NBR 15575-1.
Anexo A
(normativo)
A.1 Princípio
Corpo com massa e forma conhecidas, abandonado de altura estabelecida, em queda livre, que, ao atingir o
componente, provoca dano verificável.
A.2 Diretrizes
Verificar os danos provenientes do impacto de corpo duro sobre elementos estruturais ou componentes.
A.3 Aparelhagem
Para a realização deste ensaio deve ser empregada a seguinte aparelhagem:
A.5 Procedimento
A.5.1 Antes de iniciar o ensaio, aplicar azul de metileno na superfície da camada de acabamento para verificar a
existência de danos pré-existentes. Caso a superfície já esteja danificada, deve-se substituir este corpo de prova.
A.5.2 Aplicar os impactos por meio de esferas de aço maciças, no centro de 5 corpos de prova, abandonadas em
queda livre, registrando-se os eventuais danos ocorridos. Se necessário, aplicar azul de metileno na região que
sofreu impacto para facilitar a visualização do dano ocorrido.
A.5.3 As condições de ensaio relativas às massas do corpo duro (m), alturas de queda (h) e energias de
impacto (E) estão apresentadas na Tabela D.1.
m h E
Impacto
kg m J
Aplicar impacto de corpo duro de grandes 1 1,00 10
dimensões (esfera de aço) em 5 corpos de prova 1 2,00 20
para cada energia 1 3,00 30
Aplicar impacto de corpo duro de pequenas 0,5 0,50 2,5
dimensões (esfera de aço) em 5 corpos de prova 0,5 0,75 3,75
para cada energia 0,5 1,00 5
Observação visual da ocorrência de ruptura total da camada de acabamento no caso das esferas de pequenas
dimensões, e das falhas, fissuras, destacamentos e ruínas nos sistema de piso para as esferas de grandes
dimensões.
A.7 Relatório de ensaio
O relatório do ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações:
c) identificação do solicitante;
d) identificação do fornecedor;
h) análise visual;
k) nível de desempenho;
l) data do ensaio;
(Normativo)
B.1 Princípio
Este Anexo estabelece um método de ensaio para verificação da resistência de sistema de pisos a cargas
verticais concentradas.
B.2 Diretrizes
O ensaio consiste em submeter um protótipo do sistema de piso em laboratório ou um sistema de piso real
construído a um carregamento vertical padronizado e avaliar a ocorrência de ruptura ou qualquer outro tipo de
dano no sistema de piso e, no caso de sistema de pisos suspensos, medir a flecha no centro do piso.
B.3 Aparelhagem
Para a realização deste ensaio, é necessária a aparelhagem descrita em B.3.1 a B.3.4.
Gabarito formado por um triângulo eqüilátero de 450 mm de lado, utilizado para posicionar o centro de cada um
dos discos de aplicação do carregamento sobre o sistema de piso. O gabarito deve possuir a marcação da
bissetriz de um de seus ângulos e nela a marcação do centro do triângulo, para permitir o posicionamento do
triângulo no centro do sistema de piso. O erro máximo admissível na construção do gabarito é de 1 mm entre a
distância real e a distância prevista de cada um dos vértices do gabarito e o seu centro.
Discos com diâmetro máximo de 205 mm, com centro marcado para seu posicionamento, utilizando o gabarito e
ressalto com diâmetro de (25 0,5) mm para aplicação do carregamento no sistema de piso (Figura B.1). A
espessura dos discos pode variar, limitando-se o peso de cada disco a um valor máximo de 100 N.
Dimensões em milímetros
máximo 205 mm
(26 0,5) mm
(25 0,5) mm
Outros dispositivos para aplicação do carregamento podem ser utilizados, desde que mantida a superfície de
contato com o sistema de piso por meio de um disco não deformável com (25 0,5) mm de diâmetro e uma
velocidade de carregamento semelhante à descrita em B.3.4.
Aparelho de medida de deslocamentos lineares com sensibilidade mínima de 0,01 mm e erro máximo de 1 %.
Qualquer tipo de dispositivo que permita posicionar vertical e firmemente, sob o sistema de piso suspenso, o
aparelho de medida de deslocamentos lineares para medir a flecha no centro do sistema de piso submetido ao
carregamento vertical com cargas concentradas. Este dispositivo deve estar apoiado em estrutura que não esteja
submetida a deformações provocadas pelo carregamento do ensaio.
B.4.2 O protótipo deve ser construído já no local do ensaio, protegido de carregamentos e impactos e mantido
nas condições e pelo prazo especificado pelo proponente da tecnologia do sistema de piso.
B.4.3 Quando o ensaio for realizado em campo, o corpo-de-prova utilizado no ensaio deve ser um sistema de
piso construído e mantido nas condições e pelo prazo especificado pelo proponente da tecnologia do sistema de
piso.
B.4.4 Tanto no ensaio realizado em laboratório quanto no ensaio realizado em campo devem ser registradas as
especificações de construção do sistema de piso ou protótipo e as condições e prazos em que ele foi conservado
desde sua produção até a realização do ensaio.
B.5 Procedimento
B.5.1 Marcar o centro do sistema de piso ou protótipo para orientar o posicionamento do gabarito, utilizando
uma estrutura independente que permita acessar o centro do sistema de piso sem nele ter apoio.
B.5.2 Utilizar o gabarito orientando uma de suas bissetrizes na direção da maior dimensão do sistema de piso e
posicionar o primeiro disco para aplicação do carregamento em cada um dos seus vértices.
B.5.3 Carregar os três discos posicionados pelo gabarito, acrescentando mais discos sobre eles até atingir a
carga de 1 000 N em cada um deles. O procedimento de carregamento deve distribuir as cargas uniformemente,
não se admitindo que nenhum dos pontos de carregamento em qualquer momento do ensaio tenha uma diferença
superior a 100 N em relação aos demais. O tempo total para o procedimento de carregamento não deve ser
inferior a 3 minutos nem superior a 5 minutos.
B.5.4 No máximo 2 minutos após a conclusão do procedimento de carregamento deve ser registrada a medida
da flecha no centro do sistema de piso, no caso de pisos suspensos. A seguir, observar e registrar todos os danos
existentes no sistema de piso ainda carregado. Retirar uniformemente o carregamento aplicado em um intervalo
de tempo não inferior a 3 minutos nem superior a 5 minutos e observar e registrar todos os danos existentes no
sistema de piso após a retirada do carregamento.
a) identificação do solicitante;
b) identificação do fornecedor;
c) fotos ou desenhos dos corpos-de-prova e sua descrição pormenorizada, incluindo dimensões, materiais
constituintes e processo de produção;
d) descrição das condições e prazos de conservação dos corpos-de-prova, desde sua produção até a realização
do ensaio;
f) flecha medida no centro do sistema de piso durante a realização do ensaio, quando do ensaio de pisos
suspensos;
g) data do ensaio;
i) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios ou outras informações julgadas pertinentes.
ANEXO C
(Normativo)
C.1 Princípio
Este Anexo especifica um método de ensaio para verificação da resistência à umidade do sistema de pisos de
áreas molhadas e molháveis.
C.2 Diretrizes
O ensaio consiste em expor o sistema de piso aplicado em áreas molhadas e molháveis da edificação a uma
lâmina de água de 10 mm na cota mais alta, por um período de 72 horas, e avaliar visualmente, após 24 h da
retirada da lâmina de água, a existência de danos como bolhas, fissuras, empolamentos, destacamentos,
descolamentos, delaminações, eflorescências,desagregação superficial e diferença de tonalidade. A alteração de
tonalidade, visível a olho nu, frente a umidade é permitida desde que informada previamente pelo fabricante.
C.3 Aparelhagem
Não há necessidade de aparelhagem para a realização do ensaio.
C.4.2 O protótipo deve ser construído já no local de ensaio e mantido protegido de carregamentos ou impactos
nas condições e pelo prazo especificado pelo proponente da tecnologia do sistema de piso.
C.4.3 Quando o ensaio for realizado em campo, o corpo-de-prova utilizado deve ser um sistema de piso
construído, mantido nas condições e pelo prazo especificado pelo proponente da tecnologia do sistema de piso.
C.4.4 Tanto no ensaio realizado em laboratório quanto no ensaio realizado em campo devem ser registradas as
especificações de construção do sistema de piso ou protótipo e as condições e prazos em que ele foi conservado
desde sua produção até a realização do ensaio.
C.5 Procedimento
C.5.1 O ensaio se inicia com o tamponamento dos pontos de drenagem existentes nos sistemas de pisos.
C.5.2 A seguir deve ser colocada água sobre a superfície do sistema de piso até formar uma lâmina d’água de
10 mm na cota mais alta que cubra todo o piso.
C.5.3 A lâmina d’água deve ser mantida por um período de 72 h, repondo-se água, se necessário.
C.5.5 Após 24 h da retirada da lâmina de água, o sistema de piso deve ser observado cuidadosamente,
identificando e registrando qualquer alteração existente.
C.6 Expressão dos resultados
Qualquer alteração no sistema de piso, como bolhas, fissuras, empolamentos, destacamentos, descolamentos,
delaminações, eflorescências, desagregação superficial e alteração de tonalidade, deve ser registrada
fotograficamente e descrita no relatório do ensaio.
a) identificação do solicitante;
b) identificação do fornecedor;
d) descrição das condições e prazos de conservação dos corpos-de-prova desde sua produção até a
realização do ensaio;
f) data do ensaio;
h) fotos ou desenhos dos corpos-de-prova e sua descrição pormenorizada, incluindo dimensões, materiais
constituintes e processo de produção;
i) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios ou outras informações julgadas pertinentes.
ANEXO D
(Normativo)
D.1 Princípio
Este Anexo especifica um método de ensaio para verificação da resistência ao ataque químico dos componentes
da camada de acabamento dos sistemas de pisos, frente aos agentes químicos normalmente utilizados na
edificação ou presentes nos produtos de limpeza domésticos.
Nota: Este método de ensaio é destinado aos componentes da camada de acabamento que não possuem normas
específicas de avaliação de resistência ao ataque químico.
D.2 Diretrizes
O ensaio consiste em expor um corpo-de-prova representativo dos componentes da camada de acabamento do
sistema de piso a soluções padronizadas que simulem a ação de produtos domésticos de limpeza e de agentes
químicos normalmente utilizados na edificação e avaliar visualmente a ocorrência de danos na superfície. As
solicitações químicas sobre os componentes da camada de acabamento variam conforme o ambiente de uso: área
seca e áreas molháveis/molhadas.
D.3.1 Materiais
a) detergente doméstico;
c) pano macio;
d) pincel atômico.
D.3.2 Aparelhagem
a) vidro de relógio com diâmetro de 60 mm, para evitar a evaporação do agente químico;
b) cronômetro;
c) espátula de alumínio;
h) superfície horizontal para inspeção, sob uma iluminação de lâmpadas brancas fluorescentes posicionadas
acima e paralelas à linha de visão, propiciando uma iluminação de 800 lux a 1 100 lux.
D.3.3 Preparação dos corpos-de-prova
Os corpos-de-prova devem ser estabilizados numa sala climatizada ou câmara climática durante no mínimo 72 h
em temperatura de (23 2) ºC e (50 5) % de umidade relativa.
Os corpos-de-prova estabilizados à temperatura ambiente devem ser apoiados em uma superfície plana, na
posição horizontal.
Cada amostra deve atender aos requisitos especificados quando ensaiada com cada um dos cinco agentes
químicos identificados na Tabela D.1.
Para os agentes químicos líquidos, aplicar duas a três gotas sobre o corpo-de-prova. Para os sólidos/pastosos,
aplicar com a espátula uma pequena quantidade do agente químico sobre o corpo-de-prova, no entanto, evitando
o atrito. Após a aplicação, cobrir a amostra com o vidro de relógio, com o lado côncavo voltado na direção da
amostra, a fim de evitar a evaporação.
No caso do grupo 2, onde a condição de ensaio define temperatura 80 ºC, esta é apenas a temperatura do agente
químico no ato da aplicação.
A área onde se coloca o agente químico deve ser identificada com o produto aplicado.
Após o tempo de contato determinado conforme a Tabela D.1 de agentes químicos, remover o vidro de relógio.
Caso necessário, utilizar um solvente adequado para remover o agente químico e, na seqüência, lavar o corpo-de-
prova com água e detergente doméstico. Finalmente, limpar a superfície do corpo-de-prova com etanol ou outro
solvente adequado para remover a mancha. No caso de superfícies texturizadas, pode ser utilizada a escova com
cerdas de náilon para remover a mancha.
Após 1 h da limpeza, sobre a superfície para inspeção, analisar a olho nu a superfície da amostra sob diferentes
ângulos de visão a uma distância de 400 mm, verificando se apresenta alterações de aspecto.
O efeito dos agentes químicos sobre a amostra é expresso conforme a seguinte classificação, considerando-se o
pior resultado:
b) nível 3 = leve a moderada alteração de brilho e/ou cor, visível em qualquer ângulo de observação;
c) nível 2 = severa alteração de brilho e/ou cor, mas sem ataque da superfície;
- Produtos para tratamento de água de piscina - solução de hipoclorito de sódio, 20mg/L, preparada a partir do
hipoclorito de sódio grau técnico, com aproximadamente 13% de cloro ativo.
- Solução de ácido clorídrico 3% (V/V), partes em volume, preparada a partir de ácido clorídrico concentrado,
3
densidade igual a (1,190,01)g/cm ;
D.4.2 Aparelhagem
- Recipiente com tampa, feito de vidro de borosilicato 3.3, conforme ISO 3585, ou similar;
- Cilindro de vidro de borosilicato 3.3 conforme ISO 3585, ou similar, que tenha uma tampa ou abertura para
enchimento;
- Camurça;
- Massa de vedação (cola plástica de vedação, massa de modelar ou cera de abelha) ou outro sistema eficiente;
- Cada componente da camada de acabamento, inteiro ou parte dele, isento de defeitos, se constitui em um corpo-
de-prova.
- O ensaio deve ser realizado, no mínimo, em cinco corpos-de-prova para cada solução.
- Limpar totalmente a superfície a ser testada com um solvente apropriado, por exemplo, álcool etílico (etanol).
D.4.4 Procedimento
- Limpar a superfície do corpo-de-prova com álcool etílico (etanol) ou outro solvente adequado.
- Fixar o cilindro de vidro, ou similar, sobre a superfície do corpo-de-prova com a massa de vedação, de modo que
não haja vazamento da solução pelas bordas do cilindro.
- Encher os cilindros com as soluções especificadas em D.4.1 Reagentes, mantendo a temperatura à (25±5)C,
até um nível mínimo de (20±5)mm. A seguir cobrir com uma placa de vidro.
- Manter as soluções em contato com a superfície dos corpos-de-prova durante os espaços de tempos previstos
de acordo com a Tabela D.2.
- Agitar levemente o conjunto em teste uma vez ao dia e se houver abaixamento do nível da solução, reabastecê-
la até o nível de início do ensaio (marcação inicial).
- Substituir a solução após dois dias, para repor eventual consumo de reagente pelo corpo-de-prova.
Tabela D.2: Tempo previsto de ataque
Cloreto de amônio,
Produtos químicos domésticos 24
produtos de limpeza
Ácido citrico 24
Ácido e álcalis de baixa
concentração Ácido clorídrico e Hidróxido
96
de potássio
- Remover a solução de ataque, os cilindros e os resíduos da massa de vedação, limpando a superfície com um
solvente para gordura (por exemplo, thinner) e secando em seguida a superfície do corpo-de-prova.
- Examinar a superfície submetida ao ensaio sob vários ângulos, a uma distância fixa de (25010)mm, a olho nu
(ou com óculos, se usados habitualmente), procurando identificar alguma alteração de brilho, cor ou reflexo, sob
iluminação artificial ou sob a luz do dia, porém evitando a luz direta do sol.
D.4.6 Resultados
O resultado deve ser apresentado como: alteração visível ou não visível da superfície para cada reagente químico
testado.
Este resultado deve servir de referência para informações sobre manutenção da camada de acabamento do
sistema de piso que devem constar no Manual de Uso e Operação
D.4.7 Relatório
- As soluções de ensaio;
- A classificação da resistência química (alteração visível/alteração não visível) para cada solução e para cada
corpo-de-prova;
- Registro fotográfico dos corpos-de-prova após o ensaio;
- Registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios ou outras informações julgadas pertinentes.
Níveis de desempenho
E.1 Generalidades
E.1.1 Esta Norma estabelece os níveis mínimos (M) de desempenho para cada requisito, que devem ser
atendidos.
E.1.2 Considerando a possibilidade de melhoria da qualidade da edificação, com uma análise de valor da
relação custo/benefício dos sistemas, neste Anexo são indicados os níveis de desempenho intermediário (I)
e superior (S) e repetido o nível M para facilitar a comparação.
E.1.3 Recomenda-se que o construtor ou incorporador informem o nível de desempenho dos sistemas que
compõem a edificação habitacional, quando exceder o nível mínimo (M).
Tabela E.1 - Critério e nível de pressão sonora de impacto padrão ponderado, L’nT,w,
L’nT,w Nível de
Elemento
[dB] desempenho
66 a 80 M
Sistema de piso separando unidades habitacionais autônomas
56 a 65 I
posicionadas em pavimentos distintos
55 S
Sistema de piso de áreas de uso coletivo (atividades de lazer e 51 a 55 M
esportivas, como home theater, salas de ginástica, salão de festas,
46 a 50 I
salão de jogos, banheiros e vestiários coletivos, cozinhas e lavanderias
coletivas) sobre unidades habitacionais autônomas 45 S
E.2.2.2 Isolamento de ruído aéreo dos sistemas de pisos entre unidades habitacionais
A Tabela E.2 apresenta recomendações relativas a outros níveis de desempenho da diferença padronizada
de nível ponderada, DnT,w, complementando o valor normalizado do item 12 desta norma.
Bibliografia
CAMPANTE, E.F. O conceito de antiderrapante e o desempenho de pisos cerâmicos. Escola Politécnica da USP,
1996, 296p. (Dissertação de Mestrado).
Li, K.W., Chang, W.R., Leamon, T.B., and Chen, C.J., “Floor Slipperiness Measurement: Friction Coefficient,
Roughness of Floors, and Subjective Perception Under Spillage Conditions,” Safety Science, Vol. 42, Nº. 6,
pp. 547-565, 2004.
LECLERQ, S. The prevention of slipping accidents: a review and discussion of work related to the methodology
of measuring slip resistance. Safety Science, 31 (1999) p.95-125.
CHANG, W.R. From research to reality on slips, trips and falls (Editorial) Safety Science, 40 (2002), p.557-558.
ABNT NBR 7334, Vidros de segurança – Determinação dos afastamentos quando submetidos à verificação
dimensional
ABNT NBR 12721, Avaliação de custos unitários de construção para incorporação imobiliária e outras disposições
para condomínios edifícios - Procedimento
ABNT NBR 14833-2, Revestimento de pisos laminados melamínicos de alta resistência – Parte 2: Procedimentos
para aplicação e manutenção
ABNT NBR 14851-2, Revestimentos de pisos – Mantas (rolos) e placas de linóleo – Parte 2: Procedimentos para
aplicação e manutenção
ABNT NBR 14917-2, Revestimentos de pisos – Manta (rolo) vinílica flexível heterogênea em PVC –
Parte 2: Procedimentos para aplicação e manutenção
ABNT NBR 13753, Revestimento de piso interno ou externo com placas cerâmicas e com utilização de argamassa
colante – Procedimento
ABNT NBR 15575-4_2013
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização
Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de
Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores
e neutros (universidade, laboratório e outros).
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que alguns dos
elementos deste documento podem ser objetos de direito de patente. A ABNT não deve ser considerada
responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.
A ABNT NBR 15575-4 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Construção Civil (ABNT/CB-02), pela Comissão
de Estudo de Desempenho de Edificações (CE-02.136.01). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme
Edital nº 10, de 21.09.2007 a 20.10.2007, com o número de Projeto 02:136.01-001/4.
A ABNT NBR 15575, sob o título geral “Edificações habitacionais — Desempenho”, tem previsão de conter as
seguintes partes:
Esta versão da ABNT NBR 15575-4:2013 cancela e substitui as versões anteriores da ABNT NBR 15575-4.
Introdução
A abordagem desta Norma explora conceitos que muitas vezes não são considerados em Normas prescritivas
específicas.A inter-relação entre Normas de desempenho e Normas prescritivas deve possibilitar o atendimento às
exigências do usuário, com soluções tecnicamente adequadas e economicamente viáveis.
Todas as disposições contidas nesta Norma são aplicáveis a edificações habitacionais, considerando sistemas
projetados, construídos, operados e submetidos a intervenções de manutenção que atendam às instruções
específicas do respectivo manual de operação, uso e manutenção.
Requisitos e critérios particularmente aplicáveis a determinado sistema são tratados separadamente em cada
Parte desta Norma.
Esta Parte da ABNT NBR 15575 trata dos sistemas de vedações verticais internas e externas das edificações
habitacionais, que, além da volumetria e da compartimentação dos espaços da edificação, integram-se de forma
muito estreita aos demais elementos da construção, recebendo influências e influenciando o desempenho da
edificação habitacional.
Mesmo sem função estrutural, as vedações podem atuar como contraventamento de estruturas reticuladas,
ou sofrer as ações decorrentes das deformações das estruturas, requerendo assim uma análise conjunta do
desempenho dos elementos que interagem. Podem também interagir com demais componentes, elementos e
sistemas da edificação, como caixilhos, esquadrias, estruturas, coberturas, pisos e instalações.As vedações
verticais exercem ainda outras funções, como estanqueidade à água, isolação térmica e acústica, capacidade de
fixação de peças suspensas, capacidade de suporte a esforços de uso,compartimentação em casos de incêndio
etc..
Podem também assumir função estrutural, devendo atender a NBR 15575:2, Sistemas estruturais. Alguns critérios
de desempenho definidos nesta parte da norma (parte 4) fazem referência a SVVIE com função estrutural.
Requisitos aplicáveis somente para edificações de até cinco pavimentos serão especificados em suas respectivas
seções.
1 Escopo
1.1 Esta Parte da ABNT NBR 15575 estabelece os requisitos, os critérios e os métodos para a avaliação do
desempenho de sistemas de vedações verticais internas e externas (SVVIE) de edificações habitacionais ou de
seus elementos.
1.2 Esta Parte da ABNT NBR 15575 não se aplica a obras em andamento ou a edificações concluídas até a
data da entrada em vigor desta Norma. Também não se aplica a obras de reformas nem de “retrofit” nem
edificações provisórias.
1.3 Esta Parte da ABNT NBR 15575 é utilizada como um procedimento de avaliação do desempenho de
sistemas construtivos.
1.4 Os requisitos estabelecidos nesta Parte da ABNT NBR15575 (Seções 4 a 17) são complementados pelos
requisitos estabelecidos nas ABNT NBR 15575-1 a ABNT NBR15575-6.
1.6 Esta parte ABNT NBR 15575 estabelece critérios relativos ao desempenho térmico, acústico, lumínico e de
segurança ao fogo, que devem ser atendidos individual e isoladamente pela própria natureza conflitante dos
critérios de medições, por exemplo, desempenho acústico (janela fechada) versus desempenho de ventilação
(janela aberta).
1.7 Requisitos aplicáveis somente para edificações de até cinco pavimentos serão especificados em suas
respectivas seções.
2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas,
aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do
referido documento (incluindo emendas).
ABNT NBR 5628 (e respectiva emenda), Componentes construtivos estru turais – Determinação da
resistência ao fogo
ABNT NBR 5643, Telha de fibrocimento – Verificação da resistência a cargas uniformemente distribuídas
ABNT NBR 8545, Execução de alvenaria sem função estrutural de tijolos e blocos cerâmicos
ABNT NBR 8798, Execução e controle de obras em alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto
ABNT NBR 8800, Projeto e execução de estruturas de aço de edifícios (método dos estados limites)
ABNT NBR 9442 “Materiais de construção – Determinação do índice de propagação superficial de chama
pelo método do painel radiante – Método de ensaio”
ABNT NBR 10636, Paredes divisórias sem função estrutural - Determinação da resistência ao fogo -
Método de ensaio
ABNT NBR 10821-3:2011 Esquadrias externas para edificações Parte 3: Métodos de ensaioABNT NBR 10837,
Cálculo de alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto
ABNT NBR 11675, Divisórias leves internas moduladas – Verificação da resistência a impactos
ABNT NBR 11678, Divisórias leves internas moduladas – Verificação do comportamento sob ação de cargas
provenientes de peças suspensas
ABNT NBR 14037, Manual de operação, uso e manutenção das edificações – Conteúdo e recomendações para
elaboração e apresentação
ABNT NBR 14323, Dimensionamento de estruturas de aço de edifícios em situação de incêndio - Procedimento
ABNT NBR 14432, Exigências de resistência ao fogo de elementos construtivos de edificações - Procedimento
ABNT NBR 14913:2011 Fechadura de embutir – Requisitos, classificação e métodos de ensaio ABNT NBR 14974-
2, Bloco sílico-calcário para alvenaria – Parte 2: Procedimento para execução de alvenaria
ABNT NBR 15220-1, Desempenho térmico de edificações – Parte 1: Definições, símbolos e unidades
ABNT NBR 15220-2, Desempenho térmico de edificações – Parte 2: Métodos de cálculo da transmitância térmica,
da capacidade térmica, do atraso térmico e do fator solar de elementos e componentes de edificações
ABNT NBR 15220-3, Desempenho térmico de edificações – Parte 3: Zoneamento bioclimático brasileiro e diretrizes
construtivas para habilitações unifamiliares de interesse social
ABNT NBR 15220-5, Desempenho térmico de edificações – Parte 5: Medição da resistência térmica e da
condutividade térmica pelo método fluximétrico
ABNT NBR 15270-2, Componentes cerâmicos – Parte 2: Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural –
Terminologia e requisitos
ABNT NBR 15575-2, Edificações Habitacionais - Desempenho – Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais
ABNT NBR 15575-3, Edificações Habitacionais - Desempenho – Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos;
ABNT NBR 15812, Alvenaria estrutural – Blocos cerâmicos – Parte 1: Projetos, Parte 2: Execução e controle de
obras
ISO 10140-2 Acoustics – Measurement of sound insulation of building elements – Part 2: Laboratory
measurements of airbone sound insulation
ISO 140-4, Acoustics – Measurement of sound insulation in buildings and of building elements – Part 4: Field
measurements of airborne sound insulation between rooms
ISO 140-5, Acoustics – Measurement of sound insulation in buildings and of building elements – Part 5: Field
measurements of airborne sound insulation of façade elements and façades
ISO 717-1, Acoustics – Rating of sound insulation in buildings and of buildings elements – Part 1: Airborne sound
insulation
ISO 10052, Acoustics – Field measurements of airborne and impact sound insulation and of service equipment
sound – Survey method
EN 13823 – Reaction to fire tests for building products – Building products excluding floorings exposed to the
thermal attack by a single burning item (SBI)
EN ISO 11925-2 – Reaction to fire tests – Ignitability of building products subjected to direct impingement of flame
– Part 2: Single-flame source test
ASTM E662, Standard test method for specific optical density of smoke generated by solid materials
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições das ABNT NBR 15575-1, ABNT NBR 15575-2
e ABNT NBR 15575-3 e os seguintes.
3.1
sistemas de vedação vertical interno e externo (SVVIE)
partes da edificação habitacional que limitam verticalmente a edificação e seus ambientes, como as fachadas e as
paredes ou divisórias internas.
3.2
ensaio-tipo
ensaios de conformidade de um sistema de vedação vertical interna ou externa, com base em amostras
representativas que reproduzam as condições de projeto e de utilização
3.3
estado-limite último
estado crítico em que o SVVIE não mais satisfaz os critérios de desempenho relativos à segurança, ou seja, é o
momento a partir do qual ocorre perigoso rebaixamento dos níveis de segurança, com risco de colapso ou ruína
do SVVIE. A ruína pode ser caracterizada pela ruptura, pela perda de estabilidade, por deformações ou fissuração
excessivas.
3.4
estado-limite de serviço
estado de solicitação do SVVIE a partir do qual começa a ser prejudicada a funcionalidade, a utilização e/ou a
durabilidade do sistema, configurando-se, em geral, pela presença de deslocamentos acima de limites pré-
estabelecidos, aparecimento de fissuras e outras falhas.
3.5
descolamento
perda de aderência entre o componente de acabamento e sua respectiva base
4 Exigências do usuário
Ver ABNT NBR 15575-1.
6 Avaliação do desempenho
Ver ABNT NBR 15575-1.
7 Desempenho estrutural
Apresentar nível de segurança considerando-se as combinações de ações passíveis de ocorrerem durante a vida
útil da edificação habitacional ou do sistema.
7.1.1 Critério – Estado-limite último
As vedações verticais internas e externas, com função estrutural, devem ser projetadas, construídas e montadas
de forma a atender às exigências de 7.2 da ABNT NBR 15575-2 e as disposições aplicáveis das Normas
Brasileiras que abordam a estabilidade e a segurança estrutural de vedações verticais externas e internas,
conforme o caso.
Cálculos ou ensaios previstos em 7.2 da ABNT NBR 15575-2, quando se tratar de sistema estrutural. O ensaio
previsto de compressão excêntrica, considerando três repetições, limita-se a SVVIE estruturais destinados a
edificações habitacionais de até cinco pavimentos.
Quando se tratar de vedação vertical interna ou externa com função estrutural, o projeto deve mencionar a Norma
Brasileira atendida, conforme o caso (ABNT NBR 6118, ABNT NBR 7190, ABNT NBR 8798, ABNT NBR 8545,
ABNT NBR 8800, ABNT NBR 9062, ABNT NBR 10837, ABNT NBR 15812, ABNT NBR 14974-2, ou
ABNT NBR 15270-2.)
Painéis pré-fabricados estruturais devem ser ensaiados nas mesmas condições do emprego em obra, com a altura
prevista para o pé direito e largura mínima de 1,20m, ou de 5 vezes a espessura para paredes monolíticas.
A resistência de painéis e trechos de paredes estrutrurais deve ser verificada a partir de 3 ensaios, para a
solicitação Sd = g Sgk + q Sqk + w Swk; as cargas devidas ao vento devem ser consideradas somente se
produzirem esforços de compressão em painéis e trechos de parede (no caso de sucção devem ser
desconsideradas). No ensaio a carga vertical no topo da parede deve ser prevista com a excentricidade acidental
e(a) = b / 30 1cm, sendo “b” a espessura da parede, além da eventual excentricidade de projeto. Este modelo
de ensaio aplica-se a sistemas destinados a edificações habitacionais de até cinco pavimentos.
Para SVVE, inclusive para aqueles não estruturais, deve ser realizada verificação analítica ou ensaio de cargas
laterais uniformemente distribuídas, visando simular as ações horizontais devidas ao vento, devendo-se considerar
para efeito da avaliação a solicitação w Swk; no caso de ensaio, o corpo-de-prova deve ser constituído por um
trecho representativo do SVVE, incluindo as fixações e vinculações típicas entre componentes.
Quando a modelagem matemática do comportamento conjunto dos materiais que constituem a parede não for
conhecida e consolidada por experimentação, permite-se estabelecer uma resistência mínima de projeto através
de ensaio destrutivo e traçado do diagrama carga x deslocamento, conforme previsto em 7.2 da ABNT NBR
15575-2.
O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende às premissas de projeto, bem como
atende aos mesmos níveis descritos e correspondentes ao critério de 7.2 da ABNT NBR 15575-2.
Os SVVIE com função estrutural também devem atender as exigências de 7.3 da ABNT NBR 15575-2.
Tabela 1 – Critérios e níveis de desempenho quanto a deslocamentos e ocorrência de falhas sob ação de cargas
de serviço (ver nota)
SVVIE com Sd = Sgk + 0,7 Sqk + Swk Limitação dos deslocamentos horizontais:
função estrutural (desconsiderar Swk no
dh < h/500
caso de alívio da
compressão) dhr < h/2500
SVVIE com ou Cargas permanentes e Não ocorrência de falhas, tanto nas paredes como nas
sem função deformações impostas interfaces da parede com outros componentes
estrutural Sd = Sgk + Sk
(b) Para paredes de fachada leves (G < 60 Kgf/m2), sem função estrutural, os valores de deslocamento instantâneo (dh) podem
atingir o dobro dos valores acima indicados nesta tabela.
onde:
h é altura do elemento parede;
dh é o deslocamento horizontal instantâneo;
dhr é o deslocamento horizontal residual;
Sgk é a solicitação característica devida a cargas permanentes;
Sek é o valor característico da solicitação devida à deformação específica do material;
Sqk é o valor característico da solicitação devida a cargas acidentais ou sobrecargas de uso;
Swk é o valor característico da solicitação devida ao vento.
Nota: estes limites aplicam-se, a princípio, a SVVIE destinados a edificações de até cinco pavimentos
7.2.1.1.1 Para sistemas de vedações verticais externas e internas com função estrutural, efetuar cálculos ou
ensaio previstos em 7.3 da ABNT NBR 15575-2.
7.2.1.1.2 Para sistemas de vedações verticais externas sem função estrutural, realizar ensaio-tipo, análise de
projeto ou cálculos, considerando também os esforços que simulam as ações horizontais devidas ao vento.
As análises, verificações ou ensaios-tipo devem considerar também as fixações e vinculações, bem como o
desenho específico para cada caso, incluindo as justificativas do modelo adotado.
Para o ensaio visando a verificação da resistência a ações horizontais, pode ser adotada a câmara de ensaio
prevista para ensaios de esquadrias externas, conforme a ABNT NBR 10821-3:2011ou realizar ensaio por
intermédio de balão inflável de material plástico, conforme ANEXO G.
Os resultados do ensaio-tipo devem mencionar a ocorrência de fissuras, deslocamentos ou falhas que repercutam
no estado limite de serviço, considerando prejuízo ao desempenho, ou no estado limite último, considerando
prejuízo da segurança estrutural.
7.2.1.1.3 Para avaliar in loco o funcionamento dos componentes dos SVVIE, deve ser realizada verificação de
campo.
a) sistema de vedação vertical interna (SVVI) ou faces internas de sistema de vedação vertical externa (SVVE)
(fachadas):
fissuras no corpo dos SVVI ou nos seus encontros com elementos estruturais, destacamentos entre
placas de revestimento e outros seccionamentos do gênero, desde que não sejam detectáveis a olho nu
por um observador posicionado a 1,00 m da superfície do elemento em análise, num cone visual com
ângulo igual ou inferior a 60°, sob iluminamento igual ou maior que 250 lux, ou desde que a soma das
2
extensões não ultrapasse 0,1 m/m ,referente à área total das paredes do ambiente;
fissuras no corpo das fachadas, descolamentos entre placas de revestimento e outros seccionamentos do
gênero, desde que não sejam detectáveis a olho nu por um observador posicionado a 1,00 m da
superfície do elemento em análise, num cone visual com ângulo igual ou inferior a 60°, sob iluminamento
natural em dia sem nebulosidade;
O projeto deve mencionar a função estrutural ou não das vedações verticais internas ou externas, indicando
também, no caso daquelas com função estrutural, as normas utilizadas.
O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende às premissas de projeto e aos
critérios indicados na Tabela 1, ou previstos em normas técnicas específicas.
Resistir às solicitações originadas pela fixação de peças suspensas (armários, prateleiras, lavatórios, hidrantes,
quadros e outros).
Os SVVIE da edificação habitacional, com ou sem função estrutural, sob ação de cargas devidas a peças
suspensas não devem apresentar fissuras, deslocamentos horizontais instantâneos (dh) ou deslocamentos
horizontais residuas (dhr), lascamentos ou rupturas, nem permitir o arrancamento dos dispositivos de fixação nem
seu esmagamento.
A Tabela 2 indica os valores e os critérios de desempenho em função da carga de ensaio para o dispositivo de
fixação padrão do tipo mão francesa, conforme Anexo A.
Tabela 2 — Cargas de ensaio e critérios para peças suspensas fixadas por mão-francesa padrão
OBSERVAÇÕES:
- além da mão-francesa padrão, prevista na Tabela 2, poderão ser considerados outros tipos de peças
suspensas. Podem ser consideradas outros tipos de mão francesa, porém sugere-se a consideração de,
pelo menos, mais dois tipos, além da mão francesa padrão: a) cantoneira, L, com lados de comprimento
igual a 100mm, largura de 25mm, para um ponto de aplicação de carga, com excentricidade de 75mm em
relação à face da parede; b) dispositivo recomendado pelo fabricante ou proponente da tecnologia, para
aplicação de cargas faceando a parede, ou seja, sem excentricidade; caso não haja indicação específica
do fabricante, adotar arruela de aço de 25mm de diâmetro e 3mm de espessura, como corpo de apoio. O
carregamento deve representar ao máximo a realidade;
- pode-se considerar que a carga de ensaio mencionada na Tabela 2, de longa duração (24h no ensaio),
contempla um coeficiente de segurança da ordem de dois, em relação a situações típicas de uso; a carga
de serviço ou de uso, neste caso, é a metade da carga adotada no ensaio. Para cargas de curta duração,
determinadas em ensaios com aplicação contínua da carga até a ruptura do elemento ou falência do
sistema de fixação, considerar um coeficiente de segurança de 3 (três) para as cargas de uso ou de
serviço das fixações, em relação à carga de ruptura, verificando-se a resistência dos sistemas de fixação
possíveis de serem empregados no tipo de sistema considerado. De forma geral, a carga de uso ou de
serviço deve ser considerada como sendo igual ao menor dos dois valores seguintes: 1/3 (um terço) da
carga de ruptura, ou a carga que provocar um deslocamento horizontal superior a h/500;
- Para qualquer sistema de fixação recomendado deve ser estabelecida a máxima carga de uso, incluindo
as cargas aplicadas muito próximas à face da parede. Caso o fabricante recomende um valor limite da
distância entre dois pontos de fixação este valor deve ser considerado no ensaio, a despeito da mão-
francesa padrão ter sido considerada com 50cm entre pontos de aplicação de carga. Neste caso deve ser
reformulada a distância entre pontos de fixação do equipamento de ensaio;
No caso de “redes de dormir”, considerar uma carga de uso de 2kN, aplicada em ângulo de 60° em relação à face
da vedação. Nesta situação, pode-se admitir um coeficiente de segurança igual a 2 (dois) para a carga de ruptura.
Não deve haver ocorrência de destacamento dos dispositivos de fixação ou falhas que prejudiquem o estado limite
de utilização, para as cargas de serviço. Este critério é aplicável somente se prevista tal condição de uso para a
edificação.
Realização de ensaio-tipo, em laboratório ou protótipo, de acordo com o método de ensaio indicado no Anexo A.
Os critérios são verificados nas condições previstas pelo fornecedor, incluindo detalhes típicos, tipos de fixação e
reforços necessários para fixação da peça suspensa.
7.3.1.2 Premissas de projeto
O projeto deve estabelecer as cargas de uso ou de serviço a serem aplicadas, para cada situação específica, os
dispositivos ou sistemas de fixação previstos, os locais permitidos para fixação de peças suspensas, se houver
restrições, devendo mencionar também as recomendações e limitações de uso. Havendo limitações quanto ao tipo
de mão francesa, o fornecedor deve informá-las e deve fazer constar de seus catálogos técnicos.
O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende às premissas de projeto, além de que,
quando as peças suspensas são ensaiadas de acordo com o Anexo A, a capacidade de suporte das peças
suspensas atende aos critérios da Tabelas 2 ou situações adicionais.
7.4 Requisito – Impacto de corpo-mole nos sistemas de vedações verticais internas e externas,
com ou sem função estrutural
NOTA 1 Este requisito se traduz pela resistência dos SVVIE à energia de impacto dos choques acidentais gerados pela
própria utilização da edificação ou choques provocados por tentativas de intrusões intencionais ou não. Os impactos com
maiores energias referem-se ao estado-limite último.
a) sofrer ruptura ou instabilidade (impactos de segurança), que caracterize o estado limite último, para as
correspondentes energias de impacto indicadas nas Tabelas 3 e 4;
b) apresentar fissuras, escamações, delaminações ou qualquer outro tipo de falha (impactos de utilização)
que possa comprometer o estado de utilização, observando-se ainda os limites de deslocamentos
instantâneos e residuais indicados nas Tabelas 3 e 4;
c) provocar danos a componentes, instalações ou aos acabamentos acoplados ao SVVIE, de acordo com
as energias de impacto indicadas nas Tabelas 3 e 4.
Tabela 3 — Impactos de corpo mole para vedações verticais externas (fachadas) de edifícios
com mais de um pavimento
Energia de impacto
Elemento Impacto de corpo mole Critério de desempenho
J
960
Não ocorrência de ruína (estado limite último)
720
480 Não ocorrência de falhas (estado limite de
360 serviço)
Impacto externo
(acesso externo do Não ocorrência de falhas (estado limite de
público; serviço)
normalmente andar Limitação dos deslocamentos horizontais:
240
térreo)
dh h/250
dhr h/1 250
Vedação vertical 180 Não ocorrência de falhas (estado limite de
com função
120 serviço)
estrutural
480 Não ocorrência de ruína nem traspasse da
parede pelo corpo percussor de impacto
240 (estado limite último)
Não ocorrência de falhas (estado limite de
180
Impacto interno serviço)
(todos os Não ocorrência de falhas (estado limite de
pavimentos) serviço)
Energia de
Elemento impacto de Critério de desempenho
corpo mole J
360 Não ocorrência de ruína (estado limite último)
240 São admitidas falhas localizadas
180 Não ocorrência de falhas (estado limite de
serviço)
Não ocorrência de falhas (estado limite de
Vedações com serviço).
função estrutural
120 Limitação dos deslocamentos horizontais:
dh < h/250;
dhr < h/1250
Não ocorrências de falhas (estado limite de
60
serviço)
Realização de ensaio de tipo em laboratório ou em campo, de acordo com a ABNT NBR 11675. As medições dos
deslocamentos podem ser feitas com extensômetros, paquímetros, réguas ou equipamentos semelhantes. Este
método aplica-se também ao critério previsto em 7.5.1.
7.4.1.2 Premissas de projeto para revestimento interno das vedações verticais externas multicamadas
O projeto deve:
b) explicitar que o revestimento interno da parede de fachada multicamada não é integrante da estrutura da
parede, nem considerado no contraventamento, quando for o caso.
O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende às premissas de projeto, além de que,
quando ensaiado de acordo com a ABNT NBR 11675, atende os níveis indicados nas Tabelas 3 ou 4. O Anexo F
contém recomendações relativas a outros níveis de desempenho.
7.5 Requisito – Impacto de corpo mole nos sistemas de vedações verticais internas e externas
– para casas térreas – com ou sem função estrutural
Sob ação de impactos de corpo mole, os SVVIE para as casas térreas não devem:
a) sofrer ruptura ou instabilidade (impactos de segurança), que caracterize o estado limite último, para as
correspondentes energias de impacto indicadas nas Tabelas 5 e 6;
b) sofrer fissuras, escamações, delaminações ou qualquer outro tipo de falha (impactos de utilização) que possa
comprometer o estado de utilização, observando-se ainda os limites de deslocamentos instantâneos e
residuais (dh é o deslocamento horizontal instantâneo, dhr é o deslocamento horizontal residual, h é a altura da
parede), indicados nas Tabelas 5 e 6; e
c) provocar danos a componentes, instalações ou aos acabamentos acoplados ao SVVIE, de acordo com as
energias de impacto indicadas nas Tabelas 5 e 6.
Tabela 5 — Impactos de corpo mole para vedações verticais externas (fachadas) de casas térreas,
com função estrutural
Energia de
impacto de
Sistema Impacto corpo mole Critérios de desempenho
J
720 Não ocorrência de ruína (estado limite último)
480
Não ocorrência de ruína (estado limite último)
360
Impacto
Não ocorrência de falhas (estado limite de serviço)
externo
(acesso Limitação dos deslocamentos horizontais:
externo do 240
dh h/250
a
público)
Vedações dhr h/1 250
verticais com 180
função estrutural, Não ocorrências de falhas (estado limite de serviço)
para casas 120
térreas 480
Não ocorrência de ruína (estado limite último)
240
180 Não ocorrência de falhas (estado limite de serviço)
Impacto
Não ocorrência de falhas (estado limite de serviço)
interno
Limitação dos deslocamentos horizontais:
120
dh h/250
a
Energia de
impacto de
Sistema Impacto corpo mole Critérios de desempenho
J
480
Não ocorrência de ruína (estado limite último)
360
Impacto Não ocorrência de falhas (estado limite de serviço)
externo Limitação dos deslocamentos horizontais:
(acesso 240
externo ao dh h/125
público) dhr h/625
Vedações 180
verticais sem Não ocorrência de falhas (estado limite de serviço)
função estrutural 120
360
Não ocorrência de ruína (estado limite último)
180
Impacto Não ocorrência de falhas (estado limite de serviço)
interno Limitação dos deslocamentos horizontais:
120
dh h/125
dhr h/625
Vedação vertical 360 Não ocorrência de ruína (estado limite último)
Impacto
externa, sem 180 Não ocorrência de falhas (estado limite de serviço)
externo
função estrutural,
(acesso Limitação dos deslocamentos horizontais:
constituída por
externo do dh h / 62,5
elementos leves 120
2 público)
(G < 60 kg/m ) dhr h / 625
60 Não ocorrência de falhas
Revestimento interno das
Não ocorrência de rupturas localizadas.
vedações verticais externas não
estruturais multicamadas
a 120 Não comprometimento da segurança e da estanqueidade à
água
a
O revestimento interno da parede de fachada multicamada não é integrante da estrutura da parede, nem considerado
componente de contraventamento, bem como os materiais de revestimento empregados são de fácil reposição pelo usuário.
Os SVVIE das edificações habitacionais, com ou sem função estrutural, devem permitir o acoplamento de portas
e apresentar desempenho que satisfaça as seguintes condiçoes:
quando as portas forem submetidas a dez operações de fechamento brusco, as paredes não devem
apresentar falhas, tais como rupturas, fissurações, destacamentos no encontro com o marco, cisalhamento
nas regiões de solidarização do marco, destacamentos em juntas entre componentes das paredes e outros;
sob ação de um impacto de corpo mole com energia de 240 J, aplicado no centro geométrico da folha
de porta, não deve ocorrer arrancamento do marco, nem ruptura ou perda de estabilidade da parede. Admite-
se, no contorno do marco, a ocorrência de danos localizados, tais como fissurações e estilhaçamentos.
O fechamento brusco da porta deve ser realizado segundo a ABNT NBR 15930-2.
O impacto de corpo mole deve ser aplicado no centro geométrico da folha de porta, devidamente instalada no
SVVIE. Podem ser seguidas as diretrizes gerais da ABNT NBR 15930-2, considerando impacto somente no
sentido de fechamento da porta, no caso de SVVI, e tanto no sentido de fechamento como de abertura da porta,
no caso de SVVE. Na montagem da porta para o ensaio, as fechaduras devem ser instaladas de acordo com o
que prescreve a ABNT NBR 14913:2011.
NOTA O ensaio previsto neste item não substitui a avaliação das fechaduras de embutir, nem das portas, que devem ser
avaliadas de acordo com as respectivas normas técnicas..
O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, quando ensaiado de acordo com 7.6.1.1
atende aos critérios mencionados em 7.6.1.
7.7 Requisito – Impacto de corpo duro incidente nos SVVIE, com ou sem função estrutural
Sob a ação de impactos de corpo duro, as paredes verticais externas (fachadas) e as vedações verticais internas
não devem:
a) apresentar fissuras, escamações, delaminações ou qualquer outro tipo de dano (impactos de utilização),
sendo admitidas mossas localizadas, para os impactos de corpo duro indicados nas Tabelas 7 e 8;
b) apresentar ruptura ou traspassamento sob ação dos impactos de corpo duro indicados nas Tabelas 7 e 8.
Energia de
impacto de
Sistema Impacto corpo duro Critério de desempenho
J
Não ocorrência de falhas inclusive no revestimento
Impacto externo 3,75
(estado limite de serviço)
(acesso externo
Vedação vertical do público) Não ocorrência de ruína, caracterizada por ruptura
20
com ou sem função ou transpassamento (estado limite último)
estrutural 2,5 Não ocorrência de falhas (estado limite de serviço)
Impacto interno
(todos os Não ocorrência de ruína, caracterizada por ruptura
pavimentos) 10
ou transpassamento (estado limite último)
Energia de impacto
Sistema de corpo duro Critério de desempenho
J
Vedação 2,5 Não ocorrência de falhas (estado limite de serviço)
vertical com
ou sem função Não ocorrência de ruína, caracterizada por ruptura ou
10
estrutural transpassamento (estado limite último)
Realização de ensaio de tipo, em laboratório ou em campo, de acordo com o Anexo B ou ABNT NBR 11675.
7.7.1.2 Nível de desempenho
O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende aos critérios das Tabelas 7 ou 8.
O Anexo F contém recomendações relativas a outros níveis de desempenho.
Resistir à ação das cargas de ocupação que atuam nos guarda-corpos e parapeitos da edificação habitacional.
c) resistência a impactos.
7.8.1 Critério – Ações estáticas horizontais, estáticas verticais e de impactos incidentes em guarda-
corpos e parapeitos
Os guarda-corpos de edificações habitacionais devem atender o disposto na ABNT NBR 14718, relativamente aos
esforços mecânicos e demais disposições previstas.
Os parapeitos de janelas devem atender aos esforços mecânicos, da mesma forma que os guarda-corpos. No
caso de impactos de corpo mole e corpo duro são aplicáveis os critérios previstos em 7.4.1, 7.5.1 e 7.7.1.
Realização de ensaio de tipo, em laboratório ou em campo, de acordo com os métodos de ensaio indicados na
ABNT NBR 14718.
No caso de parapeitos, adotar as diretrizes gerais dos métodos previstos na ABNT NBR 14718 e os métodos para
ensaios de impacto previstos nesta NBR 15575-4 e normas complementares.
O projeto deve estabelecer os detalhes executivos e as cargas de uso previstas para casos especiais, bem como
atender às dimensões estabelecidas na ABNT NBR 14718, no caso de guarda-corpos.
O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende quando ensaiados de acordo com a
ABNT NBR 14718, ou com suas diretrizes gerais ou com os demais métodos aqui previstos.
Além dos requisitos e critérios considerados nesta parte da norma, devem ser atendidos os requisitos e critérios
pertinentes constantes da ABNT NBR 15575-1 e da ABNT NBR 15575-2
Dificultar a ocorrência da inflamação generalizada no ambiente de origem do incêndio e não gerar fumaça
excessiva capaz de impedir a fuga dos ocupantes em situações de incêndio.
8.2.1 Critério - Avaliação da reação ao fogo da face interna dos sistemas de vedações verticais e respectivos
miolos isolantes térmicos e absorventes acústicos
As superfícies internas das vedações verticais externas (fachadas) e ambas as superfícies das vedações verticais
internas devem classificar-se como:
d) I ou II A, quando estiverem associadas ao interior das escadas, porém com Dm inferior a 100.
Os materiais empregados no meio das paredes (miolo), sejam externas ou internas, devem classificar-se como I, II
A ou III A.
Estas classificações constam da tabela 9 ou da tabela 10, de acordo com o método de avaliação previsto.
Tabela 9 – Classificação dos materais tendo como base o método ABNT NBR 9442
Notas:
Notas:
Ip – Índice de propagação superficial de chama.
Dm – Densidade específica ótica máxima de fumaça
Notas: Δm – Variação da massa do corpo de prova; tf – Tempo de flamejamento do corpo de prova; Ip – Índice de
propagação superficial de chama; Dm – Densidade específica ótica máxima de fumaça; Δt – Variação da
temperatura no interior do forno; ISO 1182 – “Buildings materials – non – combustibility test”; ABNT NBR
9442 - Materiais de Construção - Determinação do índice de propagação superficial de chama pelo
método do painel radiante - Método de Ensaio; ASTM E 662 – “Standard test method for specific optical
density of smoke generated by solid materials”.
Tabela 10 - Classificação dos materais tendo como base o método EN 13823
Método de ensaio
ISO 1182 EN 13823 (SBI) EN ISO 11925-2
Classe (exp. = 30 s)
Incombustível
∆T ≤ 30°C;
I - -
∆m ≤ 50%;
tf ≤ 10 s
FIGRA ≤ 120 W/s
LSF < ca nto do corpo-de-prova
A Combustível THR600s ≤ 7,5 MJ FS ≤ 150 mm em 60 s
SMOGRA ≤ 180 m²/s ² e TSP600s ≤ 200 m²
II
FIGRA ≤ 120 W/s
LSF < ca nto do corpo-de-prova
B Combustível FS ≤ 150 mm em 60 s
THR600s ≤ 7,5 MJ
SMOGRA > 180 m²/s ² ou TSP600s > 200 m²
FIGRA ≤ 250 W/s
LSF < ca nto do corpo-de-prova
A Combustível THR600s ≤ 15 MJ FS ≤ 150 mm em 60 s
SMOGRA ≤ 180 m²/s ² e TSP600s ≤ 200 m²
III
FIGRA ≤ 250 W/s
LSF < ca nto do corpo-de-prova
B Combustível FS ≤ 150 mm em 60 s
THR600s ≤ 15 MJ
SMOGRA > 180 m²/s ² ou TSP600s > 200 m²
FIGRA ≤ 750 W/s
A Combustível FS ≤ 150 mm em 60 s
SMOGRA ≤ 180 m²/s ² e TSP600s ≤ 200 m²
IV
FIGRA ≤ 750 W/s
A Combustível SMOGRA > 180 m²/s ² ou TSP600s > 200 m²
FS ≤ 150 mm em 60 s
VI - - FS > 150 mm em 20 s
Notas: FIGRA – Índice da taxa de desenvolvimento de calor; LFS – Propagação lateral da chama; THR600s –
Liberação total de calor do corpo-de-prova nos primeiros 600 s de exposição às chamas; TSP600s – Produção
total de fumaça do corpo-de-prova nos primeiros 600 s de exposição às chamas; SMOGRA – Taxa de
desenvolvimento de fumaça, correspondendo ao máximo do quociente de produção de fumaça do corpo-de-prova
e o tempo de sua ocorrência; FS – Tempo em que a frente da chama leva para atingir a marca de 150 mm
indicada na face do material ensaiado; ; ISO 1182 – “Buildings materials – non – combustibility test”;EN 13823 –
Reaction to fire tests for building products – Building products excluding floorings exposed to the thermal attack by
a single burning item (SBI); EN ISO 11925-2 – Reaction to fire tests – Ignitability of building products subjected to
direct impingement of flame – Part 2: Single-flame source test
O método de ensaio de reação ao fogo utilizado como base da avaliação dos materiais empregados nas
vedações verticais é o ABNT NBR 9442 “Materiais de construção – Determinação do índice de
propagação superficial de chama pelo método do painel radiante – Método de ensaio”, conforme
classificação dos materiais de acordo com a Tabela 9. Entretanto para as situações mencionadas a
seguir este método não é apropriado:
quando ocorre derretimento ou o material sofre retração abrupta afastando -se da chama-piloto;
quando o material é composto por miolo combustível protegido por barreira incombustível ou que
pode se desagregar;
materiais compostos por diversas camadas de materiais combustíveis apresentando espessura
total superior a 25mm;
materiais que na instalação conformam juntas através das quais, especialmente, o fogo pode
propagar ou penetrar;
Nestes casos listados acima a classificação dos materiais deve ser feita de acordo com o padrão
indicado na Tabela 10. Neste caso o método de ensaio de reação ao fogo utilizado como ba se da
avaliação dos materiais empregados nas vedações verticais é o EN 13823 – Reaction to fire tests for building
products – Building products excluding floorings exposed to the thermal attack by a single burning item (SBI).
Os ensaios para avaliação dos materiais devem considerar a maneira como são aplicados na edificação.
Caso o material seja aplicado sobre substrato combustível, este deverá ser incluído no ensaio. Caso o
material seja aplicado a um substrato incombustível, o ensaio poderá ser realizado ultilizando-se
substrato de placas de fibro-cimento com 6 mm de espessura.
8.3 Requisito - Dificultar a propagação do incêndio
8.3.1 Critério - Avaliação da reação ao fogo da face externa das vedações verticais que compõem a fachada
Estas classificações constam da tabela 9 ou da tabela 10, de acordo com o método de avaliação previsto.
Os sistemas ou elementos de vedação vertical que integram as edificações habitacionais devem atender
a ABNT NBR 14432 para controlar os riscos de propagação do incêndio e preservar a estabilidade
estrutural da edificação em situação de incêndio.
As paredes estruturais devem apresentar resistência ao fogo por um período mínimo de 30 minuto s,
assegurando neste período condições de estabilidade , estanqueidade e isolação térmica, no caso de
edificações habitacionais de até cinco pavimentos. O tempo requerido de resistência ao fogo deve
ser considerado, entretanto, conforme a ABNT NBR 14432, co nsiderando a altura da edificação
habitacional, para os demais casos.
No caso de unidade habitacional unifamiliar, isolada, até 2 pavimentos, exige-se resistência ao fogo de
30 minutos para os SVVIE somente na cozinha e ambiente fechado que abrigue equipamento de gás .
A resistência ao fogo dos elementos estruturais constituintes do SVVIE deve ser comprovada em ensaios
realizados conforme a ABNT NBR 5628.
Para os elementos sem função estrutural constituintes do SVVIE a resistência ao fogo deve ser
comprovada por meio de ensaios realizados conforme a ABNT NBR 10636.
A comprovação do atendimento ao critério pode também ser feita por meio de avaliação técnica,
atendendo às exigências da ABNT NBR 14432, ou com base em resultados de ensaios de tipo
previamente realizados, ou por métodos analíticos segundo as ABNT NBR 15200 (para estruturas de
concreto) ou ABNT NBR 14323 (para estruturas de aço ou mistas de aço e concreto).
9 Uso e operação
Ver ABNT NBR 15575-1.
10 Estanqueidade
10.1 Requisito – Infiltração de água nos sistemas de vedações verticais externas (fachadas)
Ser estanques à água proveniente de chuvas incidentes ou de outras fontes.
10.1.1 Critério – Estanqueidade à água de chuva, considerando-se a ação dos ventos, em sistemas de
vedações verticais externas (fachadas)
Para as condições de exposição indicadas na Tabela 11, e conforme as regiões de exposição ao vento indicadas
na Figura 1, os sistemas de vedação vertical externa da edificação habitacional, incluindo a junção entre a janela e
a parede devem permanecer estanques e não apresentar infiltrações que proporcionem borrifamentos,
ou escorrimentos ou formação de gotas de água aderentes na face interna, podendo ocorrer pequenas manchas
de umidade, com áreas limitadas aos valores indicados na Tabela 12 .
Em função do sistema de vedação vertical externa, deve ser selecionado um dos seguintes ensaios:
a) realização de ensaio de tipo, em laboratório, de acordo com o Anexo C, para a verificação da estanqueidade à
água de vedações verticais externas (ver Tabela 12);
b) realização de ensaio de tipo em laboratório, de acordo com a ABNT NBR 10821 parte 3, para a verificação da
estanqueidade à água de esquadrias externas (janelas, fachadas-cortina e portas externas);
c) análise do projeto.
Os corpos-de-prova (paredes e esquadrias externas) quando forem ensaiados conjuntamente devem reproduzir
fielmente o projeto,as especificações e características construtivas dos sistemas de vedações verticais externas,
janelas e caixilhos, com especial atenção às juntas entre os elementos ou componentes.
NOTA 1 Para as edificações térreas, com beirais de no mínimo 0,50 m de projeção, a pressão estática do ensaio pode ser
reduzida de 10 Pa em qualquer das regiões (esta condição é válida para ensaio conforme anexo C, ou ensaio no conjunto
(parede + esquadria externa)
O projeto deve indicar os detalhes construtivos para as interfaces e juntas entre componentes, a fim de facilitar o
escoamento da água e evitar a sua penetração para o interior da edificação. Esses detalhes devem levar em
consideração as solicitações a que os componentes da vedação externa estarão sujeitos durante a vida útil de
projeto da edificação habitacional.
O projeto deve contemplar também obras de proteção no entorno da construção, a fim de evitar o acúmulo de
água nas bases da fachada da edificação.
O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende ao projeto e às premissas de projeto.
O Anexo F contém recomendações relativas a outros níveis de desempenho.
10.2 Requisito – Umidade nas vedações verticais externas e internas decorrente da ocupação do
imóvel
Não permitir infiltração de água, através de suas faces, quando em contato com áreas molháveis e molhadas.
10.2.1 Critério – Estanqueidade de vedações verticais internas e externas com incidência direta de água –
Áreas molhadas
3
A quantidade de água que penetra não deve ser superior a 3 cm , por um período de 24 h, numa área exposta
com dimensões de 34 cm x 16 cm.
O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende às premissas de projeto, além de que,
quando realizada análise de projeto ou ensaio de acordo com o Anexo D, atende aos critérios indicados em 10.2.1.
10.2.2 Critério – Estanqueidade de vedações verticais internas e externas em contato com áreas
molháveis
Não deve ocorrer presença de umidade perceptível nos ambientes contíguos, desde que respeitadas as condições
de ocupação e manutenção previstas em projeto e descritas no manual de uso e operação.
O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende às premissas de projeto e atende ao
critério indicado em 10.2.2.
11 Desempenho térmico
11.1 Generalidades
Esta parte da ABNT NBR 15575 apresenta os requisitos e critérios para verificação dos níveis mínimos
de desempenho térmico de vedações verticais externas, conforme definições, símbolos e unidades das
ABNT NBR 15220-1 e ABNT NBR 15220-5.
Os SVVE podem ser avaliados, primeiramente, de acordo com os critérios de desempenho constantes desta parte
da ABNT NBR 15575, considerando o procedimento simplificado de análise. Caso o SVVE não atenda aos
critérios analisados conforme o procedimento simplificado, é necessário aplicar o procedimento de análise de
acordo com a ABNT NBR 15575-1, considerando o procedimento de simulação do desempenho térmico ou o
procedimento de realização de medições em campo.
Apresentar transmitância térmica e capacidade térmica que proporcionem pelo menos desempenho térmico
mínimo estabelecido em 11.2.1 para cada zona bioclimática estabelecida na ABNT NBR 15220-3.
Os valores máximos admissíveis para a transmitância térmica (U) das paredes externas estão apresentados na
Tabela 13.
Transmitância Térmica U
2
W/m .K
Zonas 1 e 2 Zonas 3, 4, 5, 6, 7 e 8
U ≤ 2,5 ≤ 0,6 > 0,6
a a
U ≤ 3,7 U ≤ 2,5
é absortância à radiação solar da superfície externa da parede.
a
Cálculos conforme procedimentos apresentados na ABNT NBR 15220-2. Este método está sendo considerado
como simplificado para efeito de análise conforme ABNT NBR 15575-4.
Os valores mínimos admissíveis para a capacidade térmica (CT) das paredes externas estão apresentados na
Tabela 14.
Cálculos conforme procedimentos apresentados na ABNT NBR 15220-2. Este método está sendo considerado
como simplificado para efeito de análise conforme ABNT NBR 15575-4.
No caso de paredes que tenham na sua composição materiais isolantes térmicos de condutividade térmica menor
ou igual a 0,065 W/(m.K) e resistência térmica maior que 0,5 (m2.K)/W, o cálculo da capacidade térmica deve ser
feito desprezando-se todos os materiais voltados para o ambiente externo, posicionados a partir do isolante ou
espaço de ar.
11.2.2.2 Nível de desempenho
O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo),ou seja, atende aos valores indicados na Tabela 14.
Apresentar aberturas, nas fachadas das habitações, com dimensões adequadas para proporcionar a ventilação
interna dos ambientes.
Este requisito só se aplica aos ambientes de longa permanência: salas, cozinhas e dormitórios.
11.3.1 Critério
Os ambientes de permanência prolongada devem ter aberturas para ventilação com áreas que atendam à
legislação específica do local da obra, incluindo Códigos de Obras, Códigos Sanitários e outros.
Quando não houver exigências de ordem legal, para o local de implantação da obra, devem ser adotados os
valores indicados na Tabela 15.
Zonas 1 a 7 Zona 8
Nota: nas zonas de 1 a 6 as áreas de ventilação devem ser passíveis de serem vedadas durante o período de frio.
Análise do projeto arquitetônico, considerando, para cada ambiente de longa permanência, a seguinte relação:
onde:
AA é a área efetiva de abertura de ventilação do ambiente, sendo que para o cálculo desta área somente são
consideradas as aberturas que permitam a livre circulação do ar, devendo ser descontadas as áreas de perfis,
vidros e de qualquer outro obstáculo; nesta área não são computadas as áreas de portas internas. No caso
de cômodos dotados de portas-balcão ou semelhantes, na fachada da edificação, toda a área aberta
resultante do deslocamento da folha móvel da porta é computada.
Como as normas ISO referenciadas não possuem versão em português, foram mantidos os símbolos nelas
consignados com os seguintes significados:
Rw - índice de redução sonora ponderado (weighted sound reduction index).
DnT,w - diferença padronizada de nível ponderada (weighted standardized level difference).
D2m,nT,w - diferença padronizada de nível ponderada a 2 m (weighted standardized level difference at 2 m).
Classe de
Localização da habitação D2m,nT,w [dB]
ruído
12.3.2 Critério - Diferença padronizada de nível ponderada, promovida pela vedação entre ambientes,
verificada em ensaio de campo
12.3.2.1 Método de avaliação
Utilizar um dos métodos de campo de 12.2.1 para a determinação dos valores da diferença padronizada de nível,
DnT,w.
As medições devem ser executadas com portas e janelas dos ambientes fechadas, tais como foram entregues
pela empresa construtora ou incorporadora.
Parede entre unidades habitacionais autônomas (parede de geminação), nas situações onde não
40
haja ambiente dormitório
Parede entre unidades habitacionais autônomas (parede de geminação), caso pelo menos um
45
dos ambientes seja dormitório
Parede cega de dormitórios entre uma unidade habitacional e áreas comuns de trânsito eventual,
40
como corredores e escadaria nos pavimentos
Parede cega de salas e cozinhas entre uma unidade habitacional e áreas comuns de trânsito
30
eventual como corredores e escadaria dos pavimentos
Parede cega entre uma unidade habitacional e áreas comuns de permanência de pessoas,
atividades de lazer e atividades esportivas, como home theater, salas de ginástica, salão de 45
festas, salão de jogos, banheiros e vestiários coletivos, cozinhas e lavanderias coletivas
Conjunto de paredes e portas de unidades distintas separadas pelo hall (DnT,w obtida entre as
40
unidades).
13 Desempenho lumínico
14 Durabilidade e manutenibilidade
As paredes externas, incluindo seus revestimentos, submetidas a dez ciclos sucessivos de exposição ao calor e
resfriamento por meio de jato de água, não devem apresentar:
- deslocamento horizontal instantâneo, no plano perpendicular ao corpo-de-prova, superior a h / 300,
onde h é a altura do corpo de prova;
- ocorrência de falhas como fissuras, destacamentos, empolamentos, descoloramentos e outros danos
que possam comprometer a utilização do SVVE.
14.2 Requisito – Vida útil de projeto dos sistemas de vedações verticais internas e externas
Manter a capacidade funcional e as características estéticas, ambas compatíveis com o envelhecimento natural
dos materiais durante a vida útil de projeto de acordo com o Anexo C da ABNT NBR 15575-1.
14.2.1 Critério – Vida útil de projeto
Os SVVIE da edificação habitacional devem apresentar Vida Útil de Projeto (VUP) igual ou superior aos períodos
especificados na ABNT NBR 15575-1, e ser submetidos a manutenções preventivas (sistemáticas) e, sempre que
necessário, a manutenções corretivas e de conservação previstas no manual de operação, uso e manutenção.
Verificação do atendimento aos prazos constantes no Anexo C da ABNT NBR 15575-1, e verificação da realização
das intervenções constantes no manual de operação, uso e manutenção fornecido pelo incorporador e/ou pela
construtora, bem como evidências das correções.
Considerar na avaliação as condições de exposição que mais afetam as propriedades e a durabilidade dos
materiais e componentes integrantes dos SVVIE
O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende ao projeto e às premissas de projeto.
Manter a capacidade funcional durante a vida útil de projeto, desde que submetidos às intervenções periódicas
de manutenção especificadas pelos respectivos forncedores.
14.3.1 Critério – Manual de operação, uso e manutenção dos sistemas de vedação vertical
Manutenções preventivas e, sempre que necessário, manutenções com caráter corretivo, devem ser previstas
e realizadas. As manutenções corretivas devem ser realizadas assim que algum problema se manifestar, a fim de
impedir que pequenas falhas progridam às vezes rapidamente para extensas patologias.
As manutenções devem ser realizadas em estrita obediência ao manual de operação, uso e manutenção fornecido
pelo incorporador e/ou pela construtora.
Análise do manual de operação, uso e manutenção das edificações, considerando-se as diretrizes gerais das
ABNT NBR 5674 e ABNT NBR 14037.
b) recomendações gerais para prevenção de falhas e acidentes decorrentes de utilização inadequada (fixação
de peças suspensas com peso incompatível com o sistema de paredes, abertura de vãos em paredes com
função estrutural, limpeza de pinturas, travamento impróprio de janelas tipo guilhotina e outros);
O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende às premissas de projeto e há
evidências objetivas do atendimento ao critério descrito em 14.2.1.
15 Saúde
Ver na ABNT NBR 15575-1.
16 Conforto antropodinâmico
Ver ABNT NBR 15575-1
17 Adequação ambiental
Ver ABNT NBR 15575-1.
Anexo A
(normativo)
A.1 Princípio
Este Anexo especifica um método para determinação da resistência e dos deslocamentos dos SVVIE às
solicitações de peças suspensas.
A.2 Diretrizes
O ensaio consiste em submeter o SVVIE a esforços fletores e de cisalhamento solicitantes, por meio de
aparelhagem ou dispositivos de carga compatível com a peça que se pretende ensaiar.
A.3 Aparelhagem
Figura A.1 — Esquema de mão-francesa para ensaios de peças suspensas, como lavatórios e prateleiras
A.3.3 Cantoneira L
Considerar uma cantoneira, “L”, com lados de comprimento igual a 100mm e largura de 25mm, para um ponto de
aplicação de carga. A carga deve ser aplicada com excentricidade de 75mm em relação à face da parede.
Para esses casos, tais como armários especiais, aparelhos de televisão, aparelhos de ar-condicionado, lavatórios
e pias deve-se adotar os dispositivos preconizados pelo fabricante/fornecedor.
O fabricante ou o fornecedor devem fornecer os dados de ensaios, considerando as cargas limites aplicadas e as
cargas de uso com coeficiente de segurança pelo menos igual a 3 (três). Devem ser verificados também os limites
dos valores de deslocamento horizontal, instantâneo e residual, para as cargas de uso.
Dispositivo recomendado pelo fabricante ou fornecedor para aplicação de cargas faceando a parede, ou seja, sem
excentricidade.
A.5.2 Aplicar a carga em patamares de 50 N e sem golpes, aguardando-se um intervalo de 3 min entre
patamares, e cumprir com o estabelecido a seguir:
a) no caso de peças suspensas suportadas por mão-francesa padrão, deve-se elevar o carregamento até a
carga de serviço considerada (0,8 kN, 1,0 kN ou 1,2 kN), mantendo-a por um período de 24 h;
b) no caso de outros dispositivos de fixação, quando se desconhece a carga de serviço, deve-se elevar o
carregamento até a ruptura do SVVIE ou arrancamento ou deslocamento – ensaio de curta duração – que
produza instabilidade do sistema de fixação, devendo-se registrar os arrancamentos, rupturas ou
deslocamentos horizontais da parede ou deslocamentos que criem instabilidade à peça suspensa.
b) deslocamentos horizontal dh e deslocamento horizontal residual dhr do elemento parede, referidos às cargas
de serviço;
e) detalhes e descrição do sistema de fixação recomendado pelo fabricante ou fornecedor, incluindo todos os
acessórios e componentes do sistema;
g) restrições impostas pelo fabricante ou fornecedor sobre a fixação da peça suspensa em determinados locais;
h) identificação do fornecedor;
B.1 Princípio
Esse Anexo estabelece um método para verificação da resistência do SVVIE à indentação provocada pelo impacto
de corpo duro.
B.2 Diretrizes
Abandono pendular, em repouso, de um corpo de massa conhecida a altura determinada.
B.3 Aparelhagem
A aparelhagem consiste em:
a) um corpo percussor de impacto com forma e massa (m) estabelecidas na Tabela B.1;
m h E
Corpo percissor de impacto
kg m J
Corpo duro de grandes dimensões (esfera de aço) – 10 impactos para 1 1,00 10
cada energia
1 2,00 20
Corpo duro de pequenas dimensões (esfera de aço) – 10 impactos para 0,5 0,50 2,5
cada energia
0,5 0,75 3,75
a) valor do impacto;
b) massa do corpo percussor de impacto;
d) detalhes e descrição do sistema de fixação recomendado pelo fabricante ou fornecedor, incluindo todos os
acessórios e componentes do sistema;
e) identificação do fornecedor;
C.1 Princípio
Este Anexo especifica um método para verificar a estanqueidade à água de sistemas de vedação vertical externo
(SVVE), por meio de procedimentos de laboratório.
C.2 Diretrizes
O ensaio consiste em submeter, durante um tempo determinado, a face externa de um corpo-de-prova do SVVE
a uma vazão de água, criando uma película homogênea e contínua, com a aplicação simultânea de uma pressão
pneumática sobre essa face.
O corpo-de-prova é constituído pela parede, com ou sem pintura ou revestimento. O corpo-de-prova deve ser
plano e verticalmente no prumo, possuir largura e comprimento de no mínimo 105 cm e 135 cm, respectivamente.
Não há restrições quanto à sua espessura. No caso de pintura, a tinta deve ser aplicada sobre a face externa da
parede e suas superfícies adjacentes, exceto na face interna, de acordo com as recomendações do fabricante. O
tempo de secagem da pintura, antes do início do ensaio, não deve ser inferior a sete dias.
Quando o SVVE é constituído por várias camadas, com câmaras de ar internas, como no caso de sistemas leves,
deve também ser avaliado se a água penetra pela camada referente à face externa e fica depositada no interior da
parede. Nestas situações, é necessária a execução de janelas de inspeção na face interna do corpo de prova, por
ocasião do ensaio.
C.4 Aparelhagem
A aparelhagem necessária para a realização do ensaio, como mostrado esquematicamente na Figura C.1,
é a seguinte:
a) câmara de formato prismático, de dimensões compatíveis com o corpo-de-prova, estanque e provida de:
orifício da saída de água na base, com um sifão que possibilite a formação de um fecho hídrico no interior
da câmara;
orifício para ligação da alimentação de água, do sistema de aplicação de pressão, do manômetro e para
saída de ar;
b) sistema constituído por ventoinha, tubulação e registros reguladores de pressão que possibilitem a aplicação
de pressão pneumática uniforme de até 50 Pa no interior da câmara durante o ensaio;
NOTA O ar deve ser introduzido no interior da câmara por uma de suas faces laterais, a fim de impedir a incidência
direta do ar sobre o corpo-de-prova.
c) equipamento para medida de pressão, instalado de maneira que a medida não seja afetada pela velocidade
do ar e tenha resolução de 0,5 Pa;
d) sistema constituído de reservatório de água, tubulações, registros e tubo com dispersores de água, que deve
3
permitir a aplicação de vazão constante e igual a 3,0 dm /min junto à parede superior da face externa, criando
uma película homogênea e contínua;
e) medidores de vazão que permitam seu controle durante o ensaio, tais como tubos venturis, rotâmetros
e outros, com resolução igual a 1 % do fundo de escala;
f) grampos para fixação do corpo-de-prova em número não inferior a seis para fixação do corpo-de-prova às
bordas da abertura da câmara.
Legenda:
1. Bóia sensível (para manutenção do nível de água)
2. Registro de gaveta
3. Equipamento para medida de vazão
4. Registro globo para ajuste da vazão
5. Tubo injetor de ar DN 50 (faz a aspersão da água e pressuriza a câmara)
6. Manômetro diferencial para controle da pressão dentro da câmara
7. Tubo dispersor de água
8. Registro de gaveta (ajuste fino da pressão de ar dentro da câmara)
9. Corpo-de-prova
10. Saída de água (sifonada)
11. Registro de gaveta (ajuste de pressão)
12. Sangradouro
C.5.2 No caso de pintura, a tinta deve ser aplicada sobre a face externa da parede e suas superfícies adjacentes,
exceto na face interna, de acordo com as recomendações do fabricante. O tempo de secagem da pintura, antes do
início do ensaio, não deve ser inferior a sete dias.
C.5.3 O ensaio deve ser realizado em pelo menos dois corpos-de-prova preparados de maneira idêntica,
conforme o procedimento descrito em C.5.3.1 a C.5.3.3.
C.5.3.1 O corpo-de-prova deve ser fixado à câmara de ensaio com sua face externa voltada para o interior da
câmara. As áreas de contato entre o corpo-de-prova e a câmara devem ser vedadas por meio de guarnição
esponjosa, empregando-se, onde necessário, cera de abelha ou similar (Figura C.2).
C.5.3.2 O sistema de dispersão de água deve ser acionado e deve ser estabelecida uma vazão igual a
(3,0 0,3) dm /min, que deve ser mantida constante durante o ensaio. Em seguida, aplica-se a pressão
3
C.5.3.3 A duração do ensaio é de 7 h. Após este período, a pressão pneumática deve ser anulada e a
dispersão de água, interrompida.
a) tempo de ensaio quando do aparecimento da primeira mancha de umidade na face interna, oposta à
incidência da água e pressão, ou quando da penetração de água para o interior da parede, no caso de
sistemas de múltiplas camadas, com espaços internos;
b) porcentagem da área da mancha de umidade ao final do ensaio em relação à área total da face interna,
oposta à incidência da água sob pressão.
b) dimensões do corpo-de-prova;
c) no caso de revestimento ou pintura, devem ser identificados:
f) data do ensaio;
D.1 Princípio
Este Anexo especifica um método para verificação da permeabilidade à água de SVVIE.
D.2 Diretrizes
O ensaio consiste em submeter um trecho de parede à presença de água, com pressão constante, por meio
de uma câmara acoplada à parede.
D.3 Aparelhagem
D.3.1 Câmara com formato de caixa, com dimensões internas de 16 cm x 34 cm, contendo no seu perímetro
uma moldura para acoplamento com a parede (Figura D.1).
D.3.2 Bureta graduada em centímetros cúbicos, para manutenção da pressão constante no interior da câmara
e para medida do volume de água eventualmente infiltrado na parede. A bureta deve ser emborcada na câmara,
de tal forma que sua boca tangencie o nível de água no seu interior; caso haja infiltração de água na parede,
o mesmo volume de água infiltrada deve ser reposto pela água contida na bureta, mantendo-se constante o nível
de água no interior da câmara e permitindo-se a quantificação da água infiltrada, conforme ilustrado na Figura D.1.
D.4 Procedimento
D.4.1 Acoplar a câmara de ensaio na região desejada da parede, selando-se suas bordas com mastique ou
outro material.
D.4.2 Preencher a câmara e a bureta com água; registrar o nível inicial de água.
D.4.3 Registrar o nível de água na bureta após os seguintes períodos: 30 min, 1 h, 2 h, 4 h, 6 h e 24 h.
Indicar as paredes mais desfavoráveis, sobretudo nas regiões com juntas ou outras singularidades que possam
favorecer a infiltração de água.
b) detalhes e descrição do sistema recomendado pelo fabricante ou fornecedor, incluindo todos os acessórios;
c) componentes do sistema;
d) identificação do fornecedor;
E.1 Princípio
Este Anexo especifica um método para verificar o comportamento de sistemas de vedação vertical externo (SVVE)
submetidos a ciclos sucessivos de calor proveniente de fonte radiante e resfriamento por meio de jatos de água.
E.2 Aparelhagem
E.2.1 Painel radiante capaz de fornecer calor em quantidade tal que a face externa da parede atinja temperatura
igual a (80 ± 3) °C.
E.2.2 Dispositivo para aspersão de água sobre o corpo-de-prova em sua face externa.
E.2.5 Dispositivo para fixação do corpo-de-prova, de forma a deixá-lo simplesmente aparado em seus bordos
inferior e superior, conforme Figura E.1-b).
E.4.1.1 Os termopares devem ser colocados na face do corpo-de-prova, em número de cinco, conforme
Figura E.1-a).
E.4.1.2 O corpo-de-prova deve ser fixado na posição vertical, conforme Figura E.1-b), e o defletômetro instalado
no ponto central do corpo-de-prova, na face oposta à incidência de radiação.
a – Posicionamento dos termopares na supefície do
corpo-de-prova b – Posicionamento do defletômetro
E.4.2 O painel radiante deve ser disposto defronte o corpo-de-prova, à distância tal que a temperatura
superficial da face exterior se mantenha uniforme e igual a (80 ± 3) °C[(353 ± 3) k].
E.4.3 O corpo-de-prova deve ser submetido a 10 ciclos de ação do calor e da água, consistindo cada ciclo em:
ação do calor: após atingida a temperatura superficial de (80 ± 3) °C, mantê-la durante 1 h;
ação da água: imediatamente após a supressão da radiação, resfriar a face exterior do corpo-de-prova por
meio de jatos de água aspergidos sobre toda sua superfície, até se atingir temperatura superficial igual a
(20 ± 3) °C [(293 ± 3) k].
b) deslocamentos horizontais em milímetros, em cada ciclo, durante a ação do calor e após o resfriamento.
c) identificação do fornecedor;
Níveis de desempenho
F.1 Generalidades
F.1.1 Este Anexo estabelece os níveis mínimos (M) de desempenho para cada requisito, que devem ser
atendidos.
F.1.2 Considerando a possibilidade de melhoria da qualidade da edificação, com uma análise de valor
da relação custo/benefício dos sistemas, neste anexo são indicados os níveis de desempenho intermediário (I)
e superior (S) e repetido o nível M para facilitar a comparação.
F.1.3 Recomenda-se que o construtor ou incorporador informem o nível de desempenho dos sistemas que
compõem a edificação habitacional, quando exceder o nível mínimo (M).
Tabela F.1 — Cargas de ensaio e critérios para peças suspensas fixadas por mão-francesa padrão
Carga de
Carga de ensaio aplicada em ensaio
cada ponto aplicada na Nível de
Critério de desempenho
peça desempenho
kN
kN
Ocorrência de fissuras toleráveis. Limitação
dos deslocamentos horizontais:
0,4 0,8 M
dh < h/500
dhr < h/2 500
Não ocorrência de fissuras ou
destacamentos.
0,5 1,0 Limitação dos deslocamentos horizontais: I
dh < h/500
dhr < h/2 500
Não ocorrência de fissuras ou
destacamentos.
0,6 kN 1,2 kN Limitação dos deslocamentos horizontais: S
dh < h/500
dhr < h/2 500
Onde:
h é altura do elemento parede;
dh é o deslocamento horizontal;
dhr é o deslocamento residual.
F.3 Impacto de corpo mole nos sistemas de vedações verticais externas e internas,
com ou sem função estrutural
Energia de impacto
de corpo mole Nível de
Sistema Critério de desempenho
desempenho
J
360 Não ocorrência de ruína
240 São admitidas falhas localizadas
180 Não ocorrência de falhas
Vedação Não ocorrência de falhas;
com função Limitação dos deslocamentos M
estrutural 120 horizontais:
dh < h/250;
dhr < h/1 250
60 Não ocorrência de falhas
240 Não ocorrência de ruína
180 São permitidas falhas localizadas
Não ocorrência de falhas;
Limitação da ocorrência de
I; S
120 deslocamento:
dh < h/125;
F.3.2.1 A Tabela F.3 informa o desempenho recomendável dos SVVI de casas térreas quanto à resistência ao
impacto de corpo mole para os níveis intermediário e superior.
Tabela F.3 — Impactos de corpo mole para vedações verticais externas (fachadas) de casas térreas, com
função estrutural
Energia de
impacto de Nível de
Sistema Impacto corpo mole Critério de desempenho
desempenho
J
960 Não ocorrência de ruptura
720 Não ocorrência de ruptura
480 Não ocorrência de falhas
360 Não ocorrência de falhas
Não ocorrência de falhas
Limitação dos deslocamentos I; S
240 horizontais:
dh h/250
dhr h/1 250
Impacto
externo 180 Não ocorrência de falhas
(acesso 120 Não ocorrência de falhas
externo do 720 Não ocorrência de ruptura
público)
480
Vedação vertical Não ocorrência de ruptura
360
de casa térrea
com função Não ocorrência de falhas
estrutural Limitação dos deslocamentos
240 horizontais: M
dh h/250
dhr h/1 250
180
Não ocorrências de falhas
120
480 Não ocorrência de ruína e traspasse
240 da parede pelo corpo impactador
180 Não ocorrência de falhas
Impacto Não ocorrência de falhas
M; I; S
interno Limitação dos deslocamentos
120 horizontais:
dh h/250
dhr h/1 250
60 Não ocorrência de falhas
Revestimento das vedações
Não ocorrência de rupturas
verticais internas não
localizadas M; I; S
estruturais, aplicado nas 120
a
fachadas multicamadas Não comprometimento à segurança e
à estanqueidade
a
Ver Tabela 4.
F.3.2.2 A Tabela F.4 informa o desempenho recomendável dos SVVE, sem função estrutural, de casas térreas
quanto à resistência ao impacto de corpo-mole para os níveis intermediário e superior.
Tabela F.4 — Impactos de corpo mole para vedações verticais externas (fachadas) de casas térreas, sem
função estrutural
Energia de
impacto de Nível de
Elemento Impactos corpo mole Critérios de desempenho
desempenho
J
720
Vedações Impactos Não ocorrência de ruptura
verticais sem externos 480 I
função (acesso externo 360 Não ocorrência de falhas
estrutural do público) Não ocorrência de falhas
240
dh h/125
dhr h/625
180
Não ocorrência de falhas
120
480
Não ocorrência de ruína
360
Não ocorrência de falhas
Limitação dos deslocamentos horizontais:
240 M
dh h/125
dhr h/625
180
Não ocorrência de falhas
120
360 Não ocorrência de ruína e traspasse da
180 parede pelo corpo impactador
F.4 Impacto de corpo duro incidente nos SVVIE, com ou sem função estrutural
As Tabelas F.5 e F.6 informam o desempenho recomendável dos SVVIE quanto à resistência ao impacto de corpo
duro para os níveis intermediário e superior.
Tabela F.5 — Impactos de corpo duro para vedações verticais externas (fachadas)
Energia de
impacto de Nível de
Sistema Impacto corpo duro Critério de desempenho
desempenho
J
Energia de impacto
de corpo duro Nível de
Sistema Critério de desempenho
desempenho
J
Os níveis de desempenho para sistemas de vedações verticais externas, quando ensaiados segundo os métodos
descritos em 10.1.1.1 com relação à estanqueidade à água de chuva, considerando-se a ação dos ventos, são os
indicados na Tabela F.7.
Tabela F.7 — Níveis de desempenho para estanqueidade à água de vedações verticais externas
(fachadas) e esquadrias
Diversos exemplos de cálculo e estimativa do grau de inteligibilidade podem ser encontrados na literatura técnica
acústica. A tabela F.8 apresenta uma estimativa simplificada do grau de inteligibilidade da fala em um recinto
adjacente em função do isolamento acústico e do nível de ruído no ambiente.
Tabela F.8 - Influência da DnT,w sobre a inteligibilidade da fala, para ruído no ambiente interno em torno de
35 a 40 dB
Inteligibilidade de fala alta no Isolamento sonoro, DnT,w
recinto adjacente [dB]
Claramente audível: ouve e entende 35
Audível: ouve, entende com dificuldade 40
Audível: não entende 45
Não audível ≥50
Fontes: Adaptado da Association of Australian Acoustical Consultants, 2010
Valores de isolamento para alguns sistemas de parede de geminação, obtidos em ensaios de laboratório e em
campo, podem ser encontrados na bibliografia (Neto et al., 2010).
A Tabela F.9 apresenta recomendações relativas a outros níveis de desempenho da diferença padronizada de
nível ponderada, a 2 m da vedação externa, D2m,nT,w, complementando o valor normalizado do item 12 desta
norma.
Tabela F.9 — Diferença padronizada de nível ponderada da vedação externa , D2m,nT,w,
para ensaios de campo
Classe de Nível de
Localização da habitação D2m,nT,w [dB]
ruído desempenho
≥20 M
Habitação localizada distante de fontes de ruído intenso
I ≥25 I
de quaisquer naturezas.
≥30 S
≥25 M
Habitação localizada em áreas sujeitas a situações de
II ≥30 I
ruído não enquadráveis nas classes I e III
≥35 S
≥30 M
Habitação sujeita a ruído intenso de meios de transporte e
III ≥35 I
de outras naturezas, desde que conforme a legislação.
≥40 S
A Tabela F.10 apresenta recomendações relativas a outros níveis de desempenho da diferença padronizada de
nível ponderada entre ambientes, DnT,w, complementando o valor normalizado do item 12 desta norma.
Tabela F.10 - Diferença padronizada de nível ponderada entre ambientes, DnT,w, para ensaio de campo
DnT,w Nível de
Elemento
[dB] desempenho
40 a 44 M
Parede entre unidades habitacionais autônomas (parede de geminação),
45 a 49 I
nas situações onde não haja ambiente dormitório
50 S
45 a 49 M
Parede entre unidades habitacionais autônomas (parede de geminação), no
50 a 55 I
caso em que pelo menos um dos ambientes é dormitório
55 S
40 a 44 M
Parede cega de dormitórios entre uma unidade habitacional e áreas comuns
45 a 49 I
de trânsito eventual, como corredores e escadaria nos pavimentos
50 S
30 a 34 M
Parede cega de salas e cozinhas entre uma unidade habitacional e áreas
35 a 39 I
comuns de trânsito eventual como corredores e escadaria dos pavimentos
40 S
Parede cega entre uma unidade habitacional e áreas comuns de 45 a 49 M
permanência de pessoas, atividades de lazer e atividades esportivas, como I
50 a 54
home theater, salas de ginástica, salão de festas, salão de jogos, banheiros
e vestiários coletivos, cozinhas e lavanderias coletivas 55 S
40 a 44 M
Conjunto de paredes e portas de unidades distintas separadas pelo hall
45 a 49 I
(DnT,w obtida entre as unidades).
50 S
Na Tabela F.11 são apresentados valores de referência, considerando ensaios realizados em laboratório em
componentes, elementos e sistemas construtivos utilizados para fachadas.
Na Tabela F.12 são apresentados valores de referência, considerando ensaios realizados em laboratório em
componentes, elementos e sistemas construtivos utilizados para sistemas de vedação entre ambientes.
Tabela F.12 - Índice de redução sonora ponderado, Rw, de componentes construtivos
utilizados nas vedações entre ambientes
Rw Nível de
Elemento
[dB] desempenho
45 a 49 M
Parede entre unidades habitacionais autônomas (parede de geminação),
50 a 54 I
nas situações onde não haja ambiente dormitório
55 S
50 a 54 M
Parede entre unidades habitacionais autônomas (parede de geminação),
55 a 59 I
caso pelo menos um dos ambientes seja dormitório
60 S
45 a 49 M
Parede cega de dormitórios entre uma unidade habitacional e áreas comuns
50 a 54 I
de trânsito eventual, como corredores e escadaria nos pavimentos
55 S
35 a 39 M
Parede cega de salas e cozinhas entre uma unidade habitacional e áreas
40 a 44 I
comuns de trânsito eventual como corredores e escadaria dos pavimentos
45 S
Parede cega entre uma unidade habitacional e áreas comuns de 50 a 54 M
permanência de pessoas, atividades de lazer e atividades esportivas, como
55 a 59 I
home theater, salas de ginástica, salão de festas, salão de jogos, banheiros
e vestiários coletivos, cozinhas e lavanderias coletivas 60 S
45 a 49 M
Conjunto de paredes e portas de unidades distintas separadas pelo hall. 50 a 54 I
55 S
ANEXO G
(normativo)
G.1 OBJETIVO
Este anexo estabelece o método para a verificação do comportamento de SVVE quando solicitados por cargas
horizontais uniformemente distribuídas.
G.2 APARELHAGEM
G.2.1.1.1 Deve possuir formato preferencialmente paralelepípedico, com altura de 250mm e tolerância de ± 50
mm; comprimento e largura tal que solicite o corpo de prova de maneira mais uniforme possível, admitindo-se para
comprimento tolerâncias de -5%, e para largura -10% em relação ao vão e à largura respectivamente do corpo de
prova a ser ensaiado.
G.2.1.1.2 Para garantir um melhor contato do balão com a superfície do corpo de prova recomenda-se intercalar
balões secundários com comprimento compatível com a altura a ser ensaiada; este expediente aplica-se nos
casos em que a superfície da fachada apresenta relevos significativos.
G.2.1.1.3 O balão deve possuir válvulas para a entrada e saída de ar com diâmetro mínimos de 38 mm; pelo
menos quatro válvulas com diâmetro mínimo de 13 mm, as quais devem permitir a interligação do balcão com os
manômetros de água com um mínimo de perda de carga possível; estas interligações devem ser distribuídas
uniformemente pelo balão.
G.2.1.1.4 A eventual ligação de balões complementares, deve ser efetuada também com válvula de diâmetro
mínimo de 38 mm.
G.2.1.2. Manômetros
G.2.1.2.1 No mínimo em número de quatro, fixados sobre uma escala graduada, constituídos por tubos
transparentes em U, iguais, o que pode ser conseguido pela interligação das hastes verticais dos tubos por uma
mangueira.
G.2.1.2.2 Os manômetros devem ter diâmetro interno com cerca de 6 mm e estarem completamente cheios; é
recomendável também possuir dispositivo para minimizar o efeito de menisco.
G.2.1.3 Apoios
Quando o ensaio for executado em laboratório, o corpo de prova é instalado em um pórtico, de forma a
representar as condições características do SVVE. São simuladas as vinculações na base e no topo do corpo de
prova; em geral, no topo é permitida a rotação e na base não. A estrutura do pórtico deve ser rígida o suficiente
para apresentar resistência bem maior que o corpo de prova a ser ensaiado e deslocamento bem menor. São
simuladas também condições de continuidade lateral do corpo de prova.
G.2.1.4 Insuflamento de ar
O sistema para insuflamento de ar deve ter dispositivo de comando, que permite fazer com que a coluna d’água
no manômetro se desloque à razão de 3 mm por segundo, no máximo, de forma a permitir a aplicação das cargas
progressivamente e sem golpes.
Os relógios devem possuir curso compatível com os deslocamentos previstos, com valor da menor divisão de no
mínimo 0,1mm.
G.3.1 Corpo-de-prova
G.3.1.1 O corpo de prova deve ter comprimento igual ao vão a ser ensaiado; no máximo 25% acima do vão.
G.3.2 Ensaio
G.3.2.1 Medir inicialmente as dimensões do corpo de prova e verificar suas características construtivas e de
vinculação..
G.3.2.2 As condições de vinculação devem ser representativas das condições reais, indicadas pelo produtor.
Nota: Se houver alguma condição de contorno especificada pelo produtor, tal condição deve ser reproduzida..
G.3.2.3 Interligar os manômetros com as válvulas respectivas, enchendo-se com água o outro ramo do tubo U até
que transborde, evitando-se a penetração de água na tubulação de interligação do manômetro com o balão.
G.3.2.4 Feitas as ligações e verificadas a não existência de pontos de estrangulamento, iniciar o enchimento do
balão; durante a fase inicial não há movimento da água no interior dos manômetros, podendo a velocidade de
insuflamento de ar ser qualquer. Ao iniciar-se a descida da coluna de água num dos ramos do manômetro,
concomitantemente com o transbordamento de água através do outro ramo, controlar a velocidade conforme 2.1.4.
G.3.2.5 Durante o ensaio, podem ser ouvidos estalos decorrentes da acomodação de componentes, sem que
apareçam falhas perceptíveis no corpo de prova. Assim sendo, o ensaio não deve ser interrompido.
G.3.2.6 Ao longo do ensaio, podem surgir falhas, que devem ser anotadas sem paralisar o ensaio, para verificação
do estado limite de serviço (fazer mapeamento das falhas apresentadas pelo corpo de prova, registrando as
pressões correspondentes).
G.3.2.7 Considerar atingido o final do ensaio, quando for aplicada a carga limite definida ou quando for
caracterizado o estado limite último do corpo de prova.
G.4 RESULTADOS
NETO, M. F. F.; BERTOLI, S. R.; BARRY, P. J. “DIFERENÇA ENTRE TESTES DE DESEMPENHO ACÚSTICO
EM LABORATÓRIO E CAMPO EM PAREDES DE ALVENARIA”, Anais do XXIII Encontro da Sociedade Brasileira
de Acústica, Salvador, 2010.
ASSOCIATION OF AUSTRALIAN ACOUSTICAL CONSULTANTS, “Guideline for Apartment and Townhouse Acoustic
Rating”, 2010.
ABNT NBR 15575-5_2013
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização
Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de
Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores
e neutros (universidade, laboratório e outros).
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que alguns dos
elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser considerada
responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.
Os sistemas elétricos das edificações habitacionais fazem parte de um conjunto mais amplo de Normas com base
na ABNT NBR 5410 e, portanto, os requisitos de desempenho para esses sistemas não estão estabelecidos
nesta Norma.
A ABNT NBR 15575-5 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Construção Civil (ABNT/CB-02), pela Comissão de
Estudo de Desempenho de Edifícios Habitacionais (CE-02.136.01). O Projeto circulou em Consulta Nacional
conforme Edital nº 10, de 28.09.2007 a 27.11.2007, com o número de Projeto 02.136.01-001-5.
A ABNT NBR 15575, sob o título geral “Edificações habitacionais — Desempenho”, tem previsão de conter as
seguintes partes:
Esta versão da ABNT NBR 15575-5:2013 cancela e substitui as versões anteriores da ABNT NBR 15575-5.
Introdução
A abordagem desta Norma explora conceitos que muitas vezes não são considerados em Normas prescritivas
específicas como, por exemplo, a durabilidade dos sistemas, a manutenibilidade da edificação, o conforto tátil
e antropodinâmico dos usuários.
A inter-relação entre Normas de desempenho e Normas prescritivas deve possibilitar o atendimento às exigências
do usuário, com soluções tecnicamente adequadas e economicamente viáveis.
Todas as disposições contidas nesta Norma, aplicáveis a edificações habitacionais e a sistemas projetados,
construídos, operados e submetidos a intervenções de manutenção que atendam às instruções específicas do
respectivo manual de operação, uso e manutenção.
Requisitos e critérios particularmente aplicáveis a determinado sistema são tratados separadamente em cada
Parte desta Norma.
Objetivamente, esta Norma visa alavancar tecnicamente a qualidade requerida e a oferta de moradias,
ao estabelecer regras para avaliação do desempenho de imóveis habitacionais, auxiliando nas análises que
definem o financiamento de imóveis e possibilitando adequações nos procedimentos de execução, uso
e manutenção dos imóveis.
Esta Parte da ABNT NBR 15575 se refere às exigências dos usuários e aos requisitos referentes aos sistemas de
coberturas ( SC ).
Os sistemas de coberturas (SC) exercem funções importantes nas edificações habitacionais, desde a contribuição
para preservação da saúde dos usuários até a própria proteção do corpo da construção, interferindo diretamente
na durabilidade dos demais elementos que a compõem.
Os sistemas de coberturas (SC) impedem a infiltração de umidade oriunda das intempéries para os ambientes
habitáveis e previnem a proliferação de microorganismos patogênicos e de diversificados processos de
degradação dos materiais de construção, incluindo apodrecimento, corrosão, fissuras de origem higrotérmica
e outros.
Por esses motivos, os (SC) devem ser planejados e executados de forma a proteger os demais sistemas.
Sendo o (SC) a parte do edificação habitacional mais exposto à radiação direta do sol, ele exerce predominante
influência na carga térmica transmitida aos ambientes (casas térreas e último pavimento de sobrados ou prédios),
influenciando diretamente no conforto térmico dos usuários e no consumo de energia para acionamento
de equipamentos de ventilação forçada e/ou condicionamento artificial do ar.
Os (SC), ao integrarem-se perfeitamente ao corpo das edificações habitacionais, interagem com os sistemas
de instalações hidrossanitárias, sistemas de proteção de descargas atmosféricas, sistemas de isolação térmica
e outros, necessariamente previstos em projeto.
As ações atuantes, particularmente vento, intensidade de chuvas e insolação, são as que exercem a maior
influência e são determinantes nos projetos de (SC).
Os aspectos relacionados à segurança de pessoas, devido aos serviços de execução ou manutenção dos (SC)
serem exercidos em locais acima do solo e de acesso cuidadoso, constituem considerações adicionais previsíveis
nos projetos.
As disposições contidas nesta parte da ABNT NBR 15575 são aplicáveis às edificações habitacionais, referindo-se
aos sistemas de coberturas.
Requisitos aplicáveis somente para edificações de até cinco pavimentos serão especificados em suas respectivas
seções.
Requisitos e critérios particularmente aplicáveis a determinado sistema são tratados separadamente em cada
Parte desta Norma.
1 Escopo
1.1 Esta Parte da ABNT NBR 15575 estabelece os requisitos e critérios de desempenho exigidos dos sistemas de
coberturas para edificações habitacionais.
NOTA: Alguns requisitos ou critérios, por questões essencialmente práticas, podem ser estendidos aos componentes dos
sistemas de coberturas.
1.2 Esta Parte da ABNT NBR 15575 não se aplica a obras em andamento ou a edificações concluídas até a
data da entrada em vigor desta Norma. Também não se aplica a obras de reformas nem de “retrofit” nem
edificações provisórias.
1.3 Esta Parte da ABNT NBR 15575 é utilizada como um procedimento de avaliação do desempenho de
sistemas construtivos.
1.4 Os requisitos estabelecidos nesta Parte da ABNT NBR15575 (Seções 4 a 17) são complementados pelos
requisitos estabelecidos nas ABNT NBR 15575-1 a ABNT NBR15575-6.
1.6 Esta parte ABNT NBR 15575 estabelece critérios relativos ao desempenho térmico, acústico, lumínico e de
segurança ao fogo, que devem ser atendidos individual e isoladamente pela própria natureza conflitante dos
critérios de medições, por exemplo, desempenho acústico (janela fechada) versus desempenho de ventilação
(janela aberta).
1.7 Requisitos aplicáveis somente para edificações de até cinco pavimentos serão especificados em suas
respectivas seções.
2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas,
aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes
do referido documento (incluindo emendas).
ABNT NBR 5643, Telha de fibrocimento – Verificação de resistência a cargas uniformemente distribuídas
ABNT NBR 8521, Emulsões asfálticas com fibras de amianto para impermeabilização
ABNT NBR 8800, Projeto e execução de estruturas de aço de edifícios: (método dos estados limites) –
Procedimento
ABNT NBR 9442, Material de construção – Determinação do índice de propagação superficial de chama pelo
método do painel radiante
ABNT NBR 9686, Solução e emulsão asfállticas empregadas como material de imprimação na impermeabilização
ABNT NBR 9910, Asfaltos modificados para impermeabilização sem adição de polímeros – Características de
desempenho
ABNT NBR 10151, Acústica – Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o conforto da comunidade –
Procedimento
ABNT NBR 11752, Materiais celulares de poliestireno para isolamento térmico na construção civil e reffigeração
industrial
ABNT NBR 13047, Isolante térmico de lã de rocha – Mantas flexíveis com suporte de tela metálica
ABNT NBR 13724, Membrana asfáltica para impermeabilização, moldada no local, com estruturantes
ABNT NBR 14323, Dimensionamento de estruturas de aço de edifícios em situação de incêndio – Procedimento
ABNT NBR 14432, Exigências de resistência ao fogo de elementos construtivos de edificações – Procedimento
ABNT NBR 14762, Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis formados a frio – Procedimento
ABNT NBR 15215-2, Iluminação natural – Parte 2: Procedimentos de cálculo para a estimativa da disponibilidade
de luz natural
ABNT NBR 15215-3, Iluminação natural – Parte 3: Procedimento de cálculo para a determinação da iluminação
natural em ambientes internos
ABNT NBR 15215-4:2005, Iluminação natural – Parte 4: Verificação experimental das condições de iluminação
interna de edificações - Método de medição
ABNT NBR 15220-1, Desempenho térmico de edificações – Parte 1: Definições, símbolos e unidades
ABNT NBR 15220-2, Desempenho térmico de edificações – Parte 2: Métodos de cálculo da transmitância térmica,
da capacidade térmica, do atraso térmico e do fator de calor solar de elementos e componentes de edificações
ABNT NBR 15220-3, Desempenho térmico de edificações – Parte 3: Zoneamento bioclimático brasileiro
e diretrizes construtivas para habitações unifamiliares de interesse social
ABNT NBR 15220-5, Desempenho térmico de edificações – Parte 5: Medição da resistência térmica e da
condutividade térmica pelo método fluximétrico
ABNT NBR 15575-2, Edificações Habitacionais - Desempenho – Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais
ABNT NBR ISO 105-A02, Têxteis – Ensaios de solidez da cor – Parte A02: Escala cinza para avaliação da
alteração da cor
ISO 140-3, Acoustics – Measurement of sound insulation in buildings and of building elements. Part 3: Laboratory
measurements of airborne sound insulation of building elements
ISO 140-5, Acoustics – Measurement of sound insulation in buildings and of building elements. Part 5: Field
measurements of airborne sound insulation of façade elements and façades
ISO 140-7, Acoustics – Measurement of sound insulation in buildings and of building elements. Part 7: Field
measurements of impact sound insulation of floors
ISO 717-1, Acoustics – Rating of sound insulation in buildings and of buildings elements. Part 1: Airborne sound
insulation
ISO 717-2, Acoustics – Rating of sound insulation in buildings and of buildings elements. Part 2: Impact sound
insulation
ISO 1182, Reaction to fire test for building products - Non-combustibility test
ISO 10052, Acoustics – Field measurements of airborne and impact sound insulation and of service equipment
sound – Survey method
ASTM E 96-00e1, Standard test method for water vapor transmission of materials (Desiccant Method)
ASTM G 155-05a, Standard practice for operating xenon arc light apparatus for exposure of non-metallic materials
ASTM E 662-03, Standard test method for specific optical density of smoke generated by solid materials
ASTM C 1371-04, Standard test method for determination of emittance of materials near room temperature using
portable emissometers
ASTM D 2939-03, Standard test methods for emulsified bitumens used as protective coatings
Uniform Building Code Standard 26-3 (UBC 26-3), Room fire test standard for interior of foam plastic systems
ENV 1187 : 2002 (Test method for external fire performance to roofs ):
3 Definições
Para os efeitos desta parte da ABNT NBR 15575 aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR 15575-1
e os seguintes.
3.1
sistema de cobertura (SC)
Conjunto de elementos / componentes , dispostos no topo da construção, com as funções de assegurar
estanqueidade às águas pluviais e salubridade, proteger demais sistemas da edificação habitacional ou elementos
e componentes da deterioração por agentes naturais, e contribuir positivamente para o conforto termoacústico da
edificação habitacional
3.2
telhado
elemento constituído pelos componentes telhas, peças complementares e acessórios, e , indicados na Figura 1
3.3
telhado de alpendre ou simplesmente alpendre
telhado constituído ou formado por uma única água
3.4
telhado de duas águas
telhado formado por dois planos inclinados que concorrem na linha de cumeeira
3.5
3.6
telhado em arco
telhado com águas côncavas
3.7
água, pano ou vertente
cada um dos planos inclinados que constituem um telhado
3.8
água-mestra
água principal de maior área, geralmente trapezoidal, existente em telhados de três ou quatro águas
3.9
ático ou desvão
espaço compreendido entre o telhado e forro ou laje de forro
3.10
caimento
declividade da água
3.11
entreforro ou plenum
espaço compreendido entre o forro e uma laje ou pano de telhado que lhe é paralelo
3.12
cobertura-terraço
cobertura de ambientes habitáveis que disponibiliza sua área, em parte ou em todo, por meio de acesso, para
desenvolvimento de atividades
3.13
laje plana
laje de cobertura com declividade menor ou igual a 5 %
3.14
lanternim
trecho de telhado sobreposto e afastado das águas, destinado a ventilar e/ou iluminar o ambiente coberto
3.15
sótão
Ático acessível e passível de utilização pelos usuários da edificação habitacional
3.16
Subcobertura
Componente impermeável aplicada sob o telhado , com a finalidade de impedir que pequenas infiltrações de água
atinjam o forro ou a laje da cobertura
NOTA Podem ser incorporadas películas reflexivas ou isolantes, com a finalidade de melhorar o desempenho térmico da
cobertura.
3.17
teto
Superfície inferior de uma cobertura , ou de entre pisos , que delimita internam internamente a parte
superior de um cômodo .
Figuras 1: Designações do sub-sistema de telhados
3.18
Forro
Revestimento inferior de cobertura ou de entre pisos , aderido , suspenso ou com estrutura independente .
3.19
viga-calha
Componente estrutural , com formato de canal aberto, destinado à captação e condução da água de chuva do
sistema de cobertura ( SC )
3.20
estrutura principal
conjunto resistente apoiado diretamente na estrutura da edificação habitacional
3.21
estrutura secundária
conjunto de componentes de sustentação do telhado apoiada na estrutura principal
3.22
trama
Estrutura secundaria integrado pelas terças, caibros e ripas
3.23
tesoura
elemento da estrutura principal de sustentação da trama.
4 Exigências do usuário
Sob as diversas ações atuantes nas edificações, os SC devem atender às exigências aplicáveis que se encontram
estabelecidas na ABNT NBR 15575-1, além das descriminadas a seguir.
Em função das necessidades básicas de segurança, saúde, higiene e economia, são estabelecidos requisitos
mínimos de desempenho (Nível M) para os diferentes sistemas de coberturas, que devem ser considerados
e estabelecidos pelos intervenientes e obrigatoriamente atendidos.
Esta parte da ABNT NBR 15575 também prevê atendimento às premissas de projeto, formuladas de modo
qualitativo, e quando da avaliação de seu atendimento, o nível M deve ser entendido como condição obrigatória
quando da análise do projeto.
Considerando as diferentes possibilidades de agregação de qualidade aos SC, o que implica inclusive diferentes
relações custo/benefício, para além dos desempenhos mínimos estabelecidos, foram fixados vários níveis
classificatórios, a saber, os níveis Intermediário (I) e superior (S), conforme Anexo I.
Pode haver situações em que as Normas Brasileiras não sejam suficientes para essas condições,
recomendando-se adicionalmente a adoção de documentos consagrados pelo meio técnico, alguns relacionados
no Anexo L.
NOTA A referência bibliográfica do Documento Técnico ABNT 15575-1 contém uma lista, não excludente, da
documentação.
5.1.1 Os usuários, contratantes, quer sejam agentes públicos financiadores ou promotores da habitação,
e incorporadores têm a incumbência de estabelecer, em cada caso, o nível de desempenho pretendido, desde que
acima do nível mínimo (M).
5.2 Fornecedores
5.2.1 Os fornecedores dos SC podem informar o seu nível de desempenho, quando diferente do mínimo (M),
bem como as ações preventivas para condições ambientais agressivas, consultando os requisitos da Seção 14
da ABNT NBR 15575-1:2013.
5.2.2 Recomenda-se ao construtor ou incorporador que realize inspeções prediais periódicas, visando rápida
correção de defeitos ou vícios que eventualmente se manifestem logo após a entrega da obra.
5.2.3 Recomenda-se ao construtor ou incorporador que examine a correta utilização e a efetiva implementação
dos programas de manutenção por parte dos proprietários ou usuários da edificação habitacional, conforme
manual de uso , operação e manutenção , dentro dos prazos de garantia, indicados no Anexo F da ABNT NBR
15575-1:2013.
5.3.1 Os contratantes, construtores e incorporadores devem exigir que conste nos projetos a vida útil de projeto.
6 Avaliação do desempenho
Ver ABNT NBR 15575-1.
7 Desempenho estrutural
Apresentar um nível satisfatório de segurança contra a ruína e não apresentar avarias ou deformações e
deslocamentos que prejudiquem a funcionalidade do SC ou dos sistemas contíguos, considerando-se as
combinações de ações passíveis de ocorrerem durante a vida útil de projeto da edificação habitacional.
O SC da edificação habitacional deve ser projetado, construído e montado de forma a atender às exigências
de 7.2.1 e 7.3.1 da ABNT NBR 15575-2:2013.
Sob ação do vento calculada conforme ABNT NBR 6123 não podem ocorrer remoção ou danos de componentes
do SC sujeitos à esforços de sucção .
Análise das premissas de projeto do sistema de cobertura, verificação e validação dos cálculos estruturais.
O projeto do SC deve considerar os efeitos de sucção , cabendo ao projetista definir a necessidade da execução
de ensaio , conforme ABNT NBR 5643 , adotando-se adaptações necessárias para cada SC.
O anexo J (informativo) descreve um exemplo de roteiro de cálculo dos esforços atuantes do vento em
coberturas
O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, além de atender às premissas de projeto,
atende aos esforços do vento calculados segundo ABNT NBR 6123 e o SC resiste à ação do vento quando
ensaiados segundo método de ensaio da ABNT NBR 5643 ou, se for o caso, ABNT NBR 13528
Suportar cargas transmitidas por pessoas e objetos nas fases de montagem ou de manutenção.
As estruturas principal e secundária, quer sejam reticuladas ou treliçadas, devem suportar a ação de carga vertical
concentrada de 1 kN aplicada na seção mais desfavorável, sem que ocorram falhas ou que sejam superados
os seguintes limites de deslocamento (dv) em função do vão (L):
,Os deslocamentos sob ação das cargas concentradas, podem ser determinadas por meio do cálculo estrutural,
quando as propriedades dos materiais ou componentes do telhado forem conhecidas ou quando se dispuser
de modelos de cálculo, ou por meio da realização de ensaios, conforme detalhado em 7.2.1.1.1. e 7.2.1.1.2.
O cálculo dos deslocamentos e da resistência deve ser elaborado com base nas propriedades dos materiais
e nas normas ABNT NBR 6118, ABNT NBR 7190, ABNT NBR 8800, ABNT NBR 9062, ABNT NBR 14762.
7.2.1.1.2 Ensaios
Realização de ensaio de tipo, em campo ou em laboratório, nas estruturas principais ou secundárias, incluindo-se
todas as ligações, vinculações e acessórios.
Os projetos devem:
a) mencionar a vida útil de projeto, adotando-se prazos não inferiores aos indicados na ABNT NBR 15575-1;
O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende às premissas de projeto.
Os SC acessíveis aos usuários devem suportar a ação simultânea de três cargas, de 1 kN cada uma, com pontos
de aplicação constituindo um triângulo eqüilátero com 45 cm de lado, sem que ocorram rupturas
ou deslocamentos.
As rupturas ou deslocamentos sob ação das cargas concentradas podem ser determinados por meio do cálculo
estrutural, quando as propriedades dos materiais ou componentes do telhado forem conhecidos ou quando
se dispuser de modelos de cálculo ou por meio da realização de ensaios, conforme detalhado em 7.2.2.1.1
e 7.2.2.1.2.
O cálculo dos deslocamentos e da resistência deve ser elaborado com base nas propriedades dos materiais.
7.2.2.1.2 Ensaios
O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende às premissas de projeto, além de não
ocorrer rupturas ou deslocamentos superiores aos seguintes limites:
Possibilitar o uso dos sistemas de cobertura de acordo com o previsto em projeto sem ocasionar danos
à edificação ou aos usuários.
NOTA A resistência aos impactos de corpos mole e duro corresponde aos choques acidentais gerados pela própria
utilização durante a vida útil do SC da edificação habitacional e se traduz na energia de impacto a ser aplicada nas
coberturas- terraço. Os impactos, com maiores energias, referem-se ao estado-limite último, sendo os estados-limites de
serviço aqueles correspondentes às menores energias.
7.3.1 Critério – Impacto de corpo mole em sistemas de coberturas-terraço acessíveis aos usuários
Os SC devem ser projetados, construídos e montados de forma a atender 7.3.2 da ABNT NBR 15575-2:2013
atendendo a tabela 8 .
Os forros devem suportar a ação da carga vertical correspondente ao objeto que se pretende fixar, adotando-se
coeficiente de majoração no mínimo igual a 3,0. Para carga de serviço limita-se a ocorrência de falhas e o
deslocamento à L/600 , com valor máximo admissível de 5mm , onde L é o vão do forro . A carga mínima de uso é
de 30 N.
NOTA . O fabricante deve informar as condições necessárias para fixação das peças nos forros , diretamente ou em
estrutura auxiliar. Estas informações deverão constar no manual de uso , operação e manutenção da edificação .
7.4.1.1 Método de avaliação
Realização de ensaio , em laboratório ou em campo, de acordo com o Anexo B e verificação da carga máxima
conforme manual de uso e operação e manutenção .
O projeto do forro deve mencionar a carga máxima a ser suportada pelo forro, bem como as disposições
construtivas e sistemas de fixação das peças .
O construtor/incorporador deve informar a carga máxima de projeto no manual de operação, uso e manutenção.
O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende às premissas de projeto .
Não sofrer avarias sob a ação de granizo e de outras pequenas cargas acidentais, desde que os valores
de impacto nas telhas não ultrapassem os critérios descritos em 7.5.1 .
Sob a ação de impactos de corpo duro, o telhado não deve sofrer ruptura ou traspassamento em face da
aplicação de impacto com energia igual a 1,0 J.
É tolerada a ocorrência de falhas superficiais, como fissuras, lascamentos e outros danos, que não impliquem
perda de estanqueidade do telhado.
O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende às premissas de projeto e ao critério
de 7.5.1 em ensaios conforme Anexo C . O Anexo I contém recomendações relativas a outros níveis
de desempenho (ver I.2.1).
8.1 Generalidades
Além dos requisitos e critérios a seguir listados, devem ser atendidas todas as exigências pertinentes constantes
na ABNT NBR 15575-1.
Considerando-se que diversos componentes e instalações podem ser alojados nos entre forros e áticos, especial
atenção deve ser dada aos requisitos relativos à proteção contra descargas atmosféricas, instalações elétricas e
instalações de gás, em atendimento ao estabelecido em 8.2.1.1, 8.2.1.2 e 8.2.1.3 da ABNT NBR 15575-1:2013.
Dificultar a propagação de chamas no ambiente de origem do incêndio e não criar impedimento visual que dificulte
a fuga dos ocupantes em situações de incêndio.
8.2.1 Critério – Avaliação da reação ao fogo da face interna do Sistema de Cobertura das edificações
A superfície inferior das coberturas e subcoberturas, ambas as superfícies de forros, ambas as supe0rfícies de
materiais isolantes térmicos e absorventes acústicos e outros incorporados ao sistema de cobertura do lado
interno da edificação devem classificar-se como I, II A ou III A da tabela 1 ou da tabela 2, de acordo com o método
de avaliação previsto. No caso de cozinhas, a classificação deve ser I ou II A.
Tabela 1: Classificação dos materiais tendo como base o método ABNT NBR 9442
Tabela 2: Classificação dos materiais tendo como base o método EN 13823 (SBI) – classificação dos materiais
especiais que não podem ser caracterizados através da ABNT NBR 9442
EN 13823 – Reaction to fire tests for building products – Building products excluding floorings exposed to the
thermal attack by a single burning item (SBI)
EN ISO 11925-2 – Reaction to fire tests – Ignitability of building products subjected to direct impingement of flame
– Part 2: Single-flame source test
Nestes casos listados acima a classificação dos materiais deve ser feita de acordo com o padrão indicado na
Tabela 2.
Os ensaios para avaliação dos materiais devem considerar a maneira como são aplicados na edificação. Caso o
material seja aplicado sobre substrato combustível, este deverá ser incluído no ensaio. Caso o material seja
aplicado a um substrato incombustível, o ensaio poderá ser realizado utilizando-se substrato de placas de
fibrocimento com 6 mm de espessura.
Na impossibilidade de classificação conforme NBR 9442 ou conforme a tabela 2, pode ser realizado ensaio por
meio do método UBC 26.3, sendo as exigências estabelecidas em termos do Índice de Propagação Superficial de
Chamas, substituída pela exigência de aprovação por meio do UBC 26.3 . Ver Anexo K .
a – Os materiais isolantes térmicos e absorventes acústicos aplicados nas instalações de serviço, em redes de dutos de
ventilação e ar-condicionado, e em cabines ou salas de equipamentos, aparentes ou não, devem enquadrar-se entre as Classes
I a II–A;
b – Componentes construtivos onde não são aplicados revestimentos e/ou acabamentos em razão de já se constituírem em
produtos acabados, incluindo-se telhas, forros, face inferior de coberturas, entre outros, também estão submetidos aos
critérios estabelecidos;
c – Determinados componentes construtivos expostos ao incêndio em faces não voltadas para o ambiente ocupado, como é o
caso de forros, revestimentos destacados do substrato devem atender aos critérios estabelecidos para ambas as faces;
d – Materiais de proteção de elementos estruturais, juntamente com seus revestimentos e acabamentos devem atender aos
critérios dos elementos construtivos onde estão inseridos, ou seja, de tetos para as vigas;
e – Materiais empregados em subcoberturas com finalidades de estanqueidade e de desempenho térmico devem atender os
critérios de desempenho estabelecidos, aplicados a tetos e a superfície inferior da cobertura, mesmo que escondidas por
forro;
f – As circulações (corredores) que dão acesso às saídas de emergência enclausuradas devem possuir classificação Classe I
ou Classe II – A e as Saídas de emergência (escadas, rampas etc), Classe I ou Classe II – A, com Dm ≤ 100;
g – Os materiais utilizados como revestimento, acabamento, isolamento térmico e absorvente acústico no interior dos poços
de elevadores, monta cargas e shafts, devem ser enquadrados na Classe I ou Classe II – A, com Dm ≤ 100;
h - Materiais enquadrados na categoria II, por meio da NBR 9442, ou que não sofrem a ignição no ensaio executado de
acordo com a UBC 26-3, podem ser incluídos na Classe II-A, dispensando a avaliação por meio da ASTM E662, desde que
sejam submetidos especialmente ao ensaio de acordo com a UBC 26-3 e, nos primeiros 5 minutos deste ensaio, ocorra o
desprendimento de todo o material do substrato ou se solte da estrutura que o sustenta e que, mesmo nesta condição, o
material não sofra a ignição.
8.2.2 Critério – Avaliação da reação ao fogo da face externa do Sistema de Cobertura das edificações
• Propagação de chama interna e externa no sentido ascendente deve ser inferior a 700mm;
• Propagação de chama interna e externa no sentido descendente deve ser inferior a 600mm;
• Comprimento máximo interno e externo queimado deve ser inferior a 800mm;
• Ocorrências de aberturas isoladas na cobertura devem ser inferiores ou igual a 25 mm²;
• Soma de todas as aberturas na cobertura deve ser inferior a 4500 mm²;
• Propagação lateral não deve alcançar as extremidades do corpo de prova;
• Não deve ocorrer o desprendimento de gotas ou partículas em chamas;
• Não deve ocorrer a penetração de partículas em chamas no interior do sistema;
• Não deve ocorrer abrasamento interno do material da cobertura.
O método de ensaio de reação ao fogo utilizado como base da avaliação dos materiais empregados no sistema de
cobertura é o ABNT NBR 9442 “Materiais de construção – Determinação do índice de propagação superficial de
chama pelo método do painel radiante – Método de ensaio”, conforme classificação dos materiais de acordo com a
tabela 3.
Nestes casos listados acima a avaliação dos materiais pode ser feita conforme método 1 da norma ENV 1187:
2002 (Test method for external fire performance to roofs). Esta avaliação deve considerar os detalhes construtivos
do telhado analisado quanto à declividade, aos recobrimentos mínimos das diferentes camadas e aos detalhes de
junção entre camadas e de fixação aos suportes de apoio.
A resistência ao fogo da estrutura do SC deve atender as exigências da ABNT NBR 14432, considerando um valor
mínimo de 30 minutos.
No caso de unidade habitacional unifamiliar geminada até 2 pavimentos devem ser atendidas as seguintes
condições:
1 – Na cozinha e ambiente fechado que abrigue equipamento de gás o valor da resistência ao fogo mínima do SC
é de 30 minutos.
2 - Caso nos demais ambientes o SC não atenda esta condição, deve ser previsto um septo vertical entre
unidades habitacionais com resistência ao fogo mínima de 30 minutos.
No caso de unidade habitacional uni familiar, isolada, até 2 pavimentos exige-se resistência ao fogo de 30
minutos somente na cozinha e ambiente fechado que abrigue equipamento de gás.
A comprovação do atendimento ao critério pode também ser feita por meio de avaliação técnica, atendendo às
exigências da ABNT NBR 14432, ou com base em resultados de ensaios de tipo previamente realizados, ou por
métodos analíticos segundo as ABNT NBR 15200 (para estruturas de concreto), ou ABNT NBR 14323 (para
estruturas de aço ou mistas de aço e concreto).
O projeto e o dimensionamento das estruturas devem ser realizados conforme o estabelecido na ABNT NBR
15575-2.
O projeto do SC ou das paredes de geminação deve prever componentes que se prolongue até a face inferior do
telhado, sem a presença de frestas, com resistência ao fogo de 30 minutos, caso o SC não apresente esta
resistência mínima ao fogo.
Não apresentar partes soltas ou destacáveis sob ação do peso próprio e sobrecarga de uso .
Sob ação do peso próprio e sobrecarga de uso eventuais deslizamentos dos componentes não devem permitir
perda da estanqueidade do SC.
Análise das premissas de projeto do sistema de cobertura, verificação e validação dos cálculos estruturais, e
montagens experimentais segundo os métodos de ensaio do Anexo D
9.1.1.2 Premissas de projeto
O projeto deve :
a) estabelecer a inclinação máxima do SC a fim de evitar o não deslizamento dos seus componentes .
Acima da inclinação máxima, o projeto deve estabelecer os meios de fixação;
b) correlacionar os produtos especificados às Normas vigentes de projeto e execução ou, na sua ausência,
informar a metodologia de ensaios para verificação do atendimento aos critérios desta Norma.
Propiciar condições seguras para sua montagem e manutenção, bem como para a operação de dispositivos
instalados sobre ou sob o SC.
Lajes de cobertura das edificações, destinadas à utilização corrente dos usuários da habitação (solariuns, terraços,
jardins e semelhantes), devem ser providas de guarda corpos conforme ABNT NBR 14718 . No caso de
coberturas que permitam o acesso de veículos até o guarda corpo , o mesmo deve resistir a carga horizontal
concentrada com intensidade de 25 kN, aplicada a 50 cm a partir do piso .Caso haja uma barreira fixa que impeça
o acesso ao guarda corpo , esta deve resistir as mesmas cargas.
Análise das premissas de projeto do sistema de cobertura, verificação e validação dos cálculos estruturais,
execução de ensaios conforme ensaios constantes nos Anexos da ABNT NBR 14718.
O projeto deve correlacionar os produtos especificados à ABNT NBR 14718 e às normas vigentes de produtos.
O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, o guarda-corpo atende às premissas de
projeto, além de que, quando ensaiado de acordo com o método ABNT NBR 14718, resiste às cargas verticais
e horizontais mencionadas no critério.
Sistemas ou platibandas previstos para sustentar andaimes suspensos ou balancins leves devem suportar a ação
dos esforços atuantes no topo e ao longo de qualquer trecho, pela força F (do cabo), majorada conforme ABNT
NBR 8681, associados ao braço de alavanca (b) e distância entre pontos de apoio conforme figura do anexo F ,
fornecidos ou informados pelo fornecedor do equipamento e dos dispositivos.
Análise das premissas de projeto do sistema de cobertura, verificação e validação dos cálculos estruturais
e execução de ensaios conforme Anexo F, ou montagens experimentais.
O projeto deve:
b) constar dados que permitam ao incorporador e/ou ao construtor indicar no manual de operação, uso
e manutenção a possibilidade ou não de fixação de andaimes suspensos através de ganchos e às condições
de utilização de dispositivos destinados à ancoragem de equipamentos de sustentação de andaimes
e de cabos de segurança para o uso de proteção individual, conforme esquema estabelecido em projeto.
9.2.2.3 Nível de desempenho
O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende às premissas de projeto e ao critério
de 9.2.2.
Os SC inclinados com declividade superior a 30 % devem estar providos de dispositivos de segurança suportados
pela estrutura principal.
Análise das premissas de projeto do sistema de cobertura, verificação e validação dos cálculos estruturais,
execução de ensaios de tração nos dispositivos de fixação por meio de uma força horizontal igual ou maior que
3 kN, aplicada na posição mais desfavorável.
a) o uso de dispositivos ancorados na estrutura principal, de forma a possibilitar o engate de cordas, cintos
de segurança e outros equipamentos de proteção individual, para declividades superiores a 30 %;
O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende às premissas de projeto e ao critério
de 9.2.3.
Análise do projeto em face das premissas estabelecidas em 9.2.4.2, verificação e validação dos cálculos
estruturais e/ou ensaios de laboratoriais, conforme Anexo G.
O projeto deve:
a) delimitar as posições dos componentes dos telhados que não possuem resistência mecânica suficiente para
o caminhamento de pessoas;
O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende às premissas de projeto e ao critério
de 9.2.4.
Sistemas de cobertura constituídos por estrutura e/ou por telhas metálicas devem ser aterrados, a fim de propiciar
condução das descargas e a dissipação de cargas eletrostáticas eventualmente acumuladas nas telhas
pelo atrito com o vento, bem como para inibir eventuais problemas de corrosão por corrente de fuga (contato
acidental com componentes eletrizados) , para tanto deve atender a ABNT NBR 5419 Proteção de estruturas
contra descargas atmosféricas .
9.2.5.1 Método de avaliação
Análise das premissas de projeto do sistema de cobertura e atendimento às ABNT NBR 13571 e ABNT NBR 5419.
O projeto deve:
O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende às premissas de projeto.
10 Estanqueidade
Ser estanques à água de chuva, evitar a formação de umidade e evitar a proliferação de insetos
e microorganismos.
NOTA Para os componentes, telhas e peças complementares, constituídos por plásticos, aços, alumínio, vidros
ou quaisquer outros materiais historicamente considerados impermeáveis, este requisito está implicitamente atendido.
O SC não deve apresentar escorrimento, gotejamento de água ou gotas aderentes. Aceita-se o aparecimento
de manchas de umidade, desde que restritas a no máximo 35 % da área das telhas.
O projeto deve prever detalhes construtivos que assegurem a não ocorrência de umidade e de suas
conseqüências estéticas no ambiente habitável.
Análise do projeto e atendimento ao critério de 10.1.1. O Anexo I contém recomendações relativas a outros níveis
de desempenho (ver I.3.1)
Durante a vida útil de projeto do sistema de cobertura, não deve ocorrer a penetração ou infiltração de água que
acarrete escorrimento ou gotejamento, considerando-se as condições de exposição indicadas naTabela 1
e Figuras 2, considerando-se todas as suas confluências e interações com componentes ou dispositivos
(parafusos, calhas, vigas-calha, lajes planas, componentes de ancoragem, arremates, regiões de cumeeiras,
espigões, águas furtadas, oitões, encontros com paredes, tabeiras e outras posições específicas, e subcoberturas),
bem como os encontros de componentes com chaminés, tubos de ventilação, clarabóias e outros, em face das
movimentações térmicas diferenciadas entre os diferentes materiais em contato, aliados aos componentes
ou materiais de rejuntamento.
NOTA O critério enfoca a estanqueidade das regiões centrais dos panos, regida sobretudo pelas propriedades físicas do
material constituinte das telhas (porosidade, absorção de água, permeabilidade), pelas sobreposições laterais e longitudinais,
pelos tipos de encaixes e sistema de fixação ou acoplamento das telhas, pela regularidade dimensional das peças e pela
declividade e extensão dos panos (além dos índices pluviométricos, direção e intensidade do vento na região de implantação
da edificação habitacional).
Tabela 1 — Condições de ensaio de estanqueidade de telhados
Condições de ensaio
Regiões Pressão estática Vazão de água
2
Pa L / m / min
I 10
II 20
III 30 4
IV 40
V 50
Figuras 2 — Condições de exposição de acordo com regiões do Brasil (ABNT NBR 6123)
Ensaio da estanqueidade à água do SC de acordo com o método apresentado no Anexo D, com base nas
condições de ensaio descritas na Tabela 2.
a) mencionar as Normas Brasileiras dos componentes para os SC ou, na inexistência de Normas Brasileiras,
as indicações do fabricante do componente telha ou de normas estrangeiras ou internacionais;
barreira isolante térmica ,deve possuir resistência térmica igual ou superior a 90 % da resistência
térmica informada pelo fabricante, quando determinada segundo o método constante na ABNT NBR
15220-5;
–8 2
barreira ao vapor; deve apresentar permeabilidade ao vapor menor ou igual a 11,4 x 10 g /Pa.s.m ,
conforme método ASTM E 96;
i) indicar a ação do vento no local da edificação habitacional , e que foi considerada no projeto. Ver ABNT
NBR 6123
O SC não deve permitir infiltrações de água ou gotejamentos nas regiões das aberturas de ventilação, constituídas
por entradas de ar nas linhas de beiral e saídas de ar nas linhas das cumeeiras, ou de componentes de ventilação.
As aberturas e saídas de ventilação não devem permitir o acesso de pequenos animais para o interior do ático
ou da habitação.
Análise das premissas de projeto e das especificações técnicas dos componentes utilizados.
O projeto deve detalhar e posicionar os sistemas de aberturas e de saídas que atendam ao critério de
estanqueidade e ventilação de maneira que o ático permaneça imune à entrada de água e de animais dentro das
condições previstas em projeto.
O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende às premissas de projeto.
O sistema de cobertura deve ter capacidade para drenar a máxima precipitação passível de ocorrer, na região
da edificação habitacional, não permitindo empoçamentos ou extravasamentos para o interior da edificação
habitacional, para os áticos ou quaisquer outros locais não previstos no projeto da cobertura.
10.1.4.1 Método de avaliação
O projeto deve:
a) considerar as disposições da ABNT NBR 10844, no que diz respeito à avaliação da capacidade
do sistema de captação e drenagem pluvial da cobertura;
c) especificar os caimentos dos panos, encontros entre panos, projeção dos beirais, encaixes, sobreposições
e fixação das telhas;
f) detalhar os elementos que promovem a dissipação ou afastamento do fluxo de água das superfícies
das fachadas, visando prevenir o acúmulo de água e infiltração de umidade
O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende às premissas de projeto.
Os SC impermeabilizados devem :
Os produtos que não possuem Normas Brasileiras específicas devem atender a normas estrangeiras
ou internacionais, estando sujeito à análise.
e) as normas utilizadas;
f) forma de execução;
O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende ao projeto e às premissas de projeto,
mantendo as características de estanqueidade por pelo menos cinco anos. O Anexo I contém recomendações
relativas a outros níveis de desempenho (ver I.3.2).
11 Desempenho térmico
11.1 Generalidades
Esta parte da ABNT NBR 15575 apresenta os requisitos e critérios para verificação dos níveis mínimos
de desempenho térmico de coberturas, conforme definições, símbolos e unidades da ABNT NBR 15220-1
e ABNT NBR 15220-3.
11.2 Requisito – Isolação térmica da cobertura
Apresentar transmitância térmica e absortância à radiação solar que proporcionem um desempenho térmico
apropriado para cada zona bioclimática.
O Critério 11.2.1 a seguir estabelece condição para a avaliação através do método simplificada do desempenho
térmico. No caso de coberturas que não atendam a esse critério simplificado, a verificação do atendimento ou não
do desempenho térmico da edificação como um todo deve ser realizada de acordo com a norma ABNT NBR
15.575 – Parte 1.
Os valores máximos admissíveis para a transmitância térmica (U) das coberturas, considerando fluxo térmico
descendente, em função das zonas bioclimáticas, encontram-se indicados na Tabela 3.
Determinação da transmitância térmica, por meio de método simplificado , conforme procedimentos apresentados
na ABNT NBR 15220-2.
Caso no projeto do SC haja previsão de isolação térmica, este deve fazer referência às Normas Brasileiras
pertinentes.
O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende ao critério de 11.2.1 e às premissas
de projeto. O Anexo I contém recomendações relativas a outros níveis de desempenho (ver I.4.1).
12 Desempenho acústico
12.1 Generalidades
Esta parte 5 da ABNT-NBR-15575 apresenta os requisitos e critérios para a verificação do isolamento acústico
entre o meio externo e o interno de coberturas.
São considerados o isolamento de sons aéreos do conjunto fachada/cobertura de edificações e o nível de ruído de
impacto no piso (caminhamento, queda de objetos e outros) para as coberturas acessíveis de uso coletivo.
Como as normas ISO referenciadas não possuem versão em português, foram mantidos os símbolos nelas
consignados com os seguintes significados:
D2m,nT,w - diferença padronizada de nível ponderada a 2 m (weighted standardized level difference at 2 m).
L’nT,w - nível de pressão sonora de impacto padronizado ponderado ( weighted standardized impact sound pressure
level).
Classe de
Localização da habitação D2m,nT,w [dB]
ruído
12.4 Requisito – Nível de ruído de impacto nas coberturas acessíveis de uso coletivo
Avaliar o som resultante de ruídos de impacto (caminhamento, queda de objetos e outros), naquelas edificações
que facultam acesso coletivo à cobertura.
Devem ser avaliados os dormitórios e as salas de estar da unidade habitacional. Deve-se utilizar um dos métodos
de campo de 12.2.1 para a determinação dos valores do nível de pressão sonora de impacto padronizado
ponderado, L’nT,w.
L’nT,w
Sistema
[dB]
13 Desempenho lumínico
Apresentar vida útil de projeto conforme períodos especificados na Parte 1 da ABNT NBR 15575, desde que o SC
seja submetido a intervenções periódicas de manutenção e conservação.
Demonstrar o atendimento à vida útil de projeto estabelecida na Parte 1 da ABNT NBR 15575.
O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende ao projeto e às premissas de projeto.
A superfície exposta dos componentes pigmentados, coloridos na massa, pintados, esmaltados, anodizados
ou qualquer outro processo de tingimento pode apresentar grau de alteração máxima de 3, após exposição
acelerada durante 1 600 h em câmara/lâmpada com arco de xenônio.
Avaliação da alteração da cor segundo a NBR ISO 105-A02 (escala cinza), após exposição acelerada conforme
Anexo H.
O projeto deve especificar gama de cores que atendem ao critério 14.1.2 e informar os tempos necessários para
manutenção, a fim de que não haja perdas da absortância, em face das alterações ao longo do tempo.
O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende ao critério de 14.1.2. O Anexo I
contém recomendações relativas a outros níveis de desempenho (ver I.7.1).
14.1.3.1 Os fabricantes, quer do SC, quer dos componentes, quer dos subsistemas, bem como o construtor
e o incorporador público ou privado, isolada ou solidariamente, devem especificar todas as condições de uso,
operação e manutenção dos SC, conforme sua especificidade, como definido nas premissas de projeto e na
norma ABNT NBR 5674..
14.1.3.2 O manual a ser fornecido pelo construtor ou pelo incorporador deve contemplar as instruções práticas
para a conservação do SC.
14.1.3.4.1 Condições
O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende ao projeto e às premissas de projeto
16 Funcionalidade e acessibilidade
O SC deve ser passível de proporcionar meios pelos quais permitam atender fácil e tecnicamente às vistorias,
manutenções e instalações previstas em projeto.
Análise dos projetos de arquitetura conforme ABNT NBR 13532, ABNT NBR 9575, ABNT NBR 5419,
ABNT NBR 10844.
O projeto deve:
a) compatibilizar o disposto nas ABNT NBR 5419, ABNT NBR 10844 e ABNT NBR 9575;
c) prever meios de acesso, incluindo: condições de segurança, condições ergonômicas para inspeções
e realização dos serviços de manutenção, bem como desinstalação.
d) quando houver possibilidade prevista de processos evolutivos do SC, respeitando a legislação pertinente,
devem ser indicados os componentes, materiais e detalhes construtivos indicados para ampliação do SC.
18 Adequação ambiental
Considerando-se que a avaliação técnica do impacto gerado ao meio ambiente pelas atividades da cadeia
produtiva da construção ainda é objeto de muitas pesquisas e que no atual estado-da-arte não é possível
estabelecer critérios, métodos de avaliação e níveis de desempenho, recomenda-se para as edificações
a consideração dos aspectos relacionados na Seção 18 da ABNT NBR 15575-1:2013.
Anexo A
(normativo)
Princípio
Este Anexo especifica um método de ensaio que consiste em submeter um trecho representativo do SC a cargas
concentradas passíveis de ocorrerem durante a utilização de coberturas com possibilidade de acesso a pessoas.
Aparelhagem
Três discos rígidos de aço com diâmetro aproximado de 25 mm (1"), cada um.
Procedimento
Aplicar a carga através dos discos.
Medir as deformações.
Relatório de ensaio
O relatório do ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações:
a) identificação do solicitante;
b) identificação do fornecedor;
h) deslocamentos verticais;
j) nível de desempenho;
k) data do ensaio;
Princípio
Este Anexo especifica um método de ensaio que consiste em submeter um trecho representativo do forro a uma
carga concentrada que simule a instalação de uma luminária, alto-falante ou qualquer outro aparelho suspenso ou
fixado no forro.
Aparelhagem
Os acessórios de fixação devem ser exatamente iguais àqueles com que serão instalados no forro, bem como
os dispositivos efetivos como as bandejas com tara predeterminada, acopladas aos referidos acessórios para
sustentação da carga.
Os contrapesos com massas apropriadas, devem simular os incrementos de carga de forma a obedecer
ao disposto em B.4.
Para leitura dos deslocamentos verticais, adotar defletômetro com resolução mínima de décimo de milímetro.
Procedimento
Aplicar a carga em patamares correspondentes a 1/6 da carga de ruptura informada, mantendo-se o carregamento,
em cada patamar, durante 10 min.
No final de cada estágio de carregamento, registrar o deslocamento vertical resultante da aplicação da carga.
Relatório de ensaio
O relatório do ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações:
a) identificação do solicitante;
b) identificação do fornecedor;
h) deslocamentos verticais
i) nível de desempenho;
j) data do ensaio;
Princípio
Este Anexo especifica um método de ensaio que consiste em submeter um trecho representativo do telhado
a impactos de corpo-duro, simulando a ação de granizo, pedras lançadas por crianças e outros.
Aparelhagem
Esfera de aço maciça, com massa de (65,6 ± 2) g, e suporte para repouso da esfera de forma que ela possa ser
abandonada em queda livre a partir das alturas indicadas em C.4.
O corpo-de-prova deve incluir todos os detalhes típicos do sistema de cobertura, tais como declividade,
subsistema de apoios dos componentes telhas.
Procedimento
Aplicar um impacto na posição mais desfavorável no componente telha.
Aplicar a carga de impacto por meio da esfera de aço maciça (diâmetro de 25,4 mm) abandonada em queda livre.
As condições de ensaio relativas à massa do corpo-duro (m), altura de queda (h) e energia de impacto (E) estão
indicadas na Tabela C.1.
m H E
Percussor de impacto
g m J
1,50 1,0
Corpo-duro (esfera de aço maciça) 65,6 2,30 1,5
3,80 2,5
Relatório de ensaio
O relatório do ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações:
a) identificação do solicitante;
b) identificação do fornecedor;
f) nível de desempenho;
h) data do ensaio;
Princípio
Este Anexo especifica um método para verificação da estanqueidade à água do SC, que consiste em submeter
um trecho representativo do SC a uma vazão de água, sob a condição de uma diferença estática de pressão.
NOTA Mediante acordo entre fornecedor e usuário, o ensaio previsto neste anexo pode ser substituído
por ensaios constantes nas normas de produto, desde que atendam ao princípio estabelecido em D.1.
Aparelhagem
Câmara
Câmara com forma prismática, com uma abertura em uma de suas faces, tendo dimensões que permitam
o acoplamento do corpo-de-prova na mesma inclinação que a utilizada em obra (Figuras D.1). A câmara deve
dispor de uma válvula de segurança que garanta a extravasão do ar quando a pressão interna atingir valores
acima dos compatíveis com sua estabilidade estrutural.
Sistema de pressurização que garanta a transmissão de carga de forma estática e a estabilização de carga
aplicada em níveis predeterminados.
A alimentação da câmara deve ser feita de modo a evitar a incidência direta do fluxo de ar sobre o corpo-de-prova
(Figura D.2).
Figura D.2 – Esquema de funcionamento da câmara
Manômetro
Sistema de aspersão de água composto por bicos aspersores que permitam a projeção de água de maneira
uniforme sobre toda a face superior do corpo-de-prova, na vazão de 4 L/min por metro quadrado do
corpo-de-prova, garantindo que todas as suas partes sejam igualmente aspergidas.
Equipamento para medição de vazão de água aspergida, constituído por um caixa com seção de 61 cm x 61 cm
e profundidade superior a 30 cm, quadrialveolar. Para medição da vazão, esta caixa é colocada na abertura da
câmara com sua boca voltada para os aspersores e posicionamento no mesmo plano onde será montado o
corpo-de-prova. Por meio de tubulações, a água aspergida sobre cada um dos alvéolos é conduzida para
recipientes, podendo-se medir os volumes a partir dos quais serão calculadas as vazões por unidade de área de
cada um dos alvéolos.
Na rede de alimentação do sistema de aspersão pode ser colocado um hidrômetro com o intuito de facilitar
a regulagem da vazão desejada.
Procedimento
D.4.1 Ajustar o sistema de aspersão de água da câmara utilizando-se a caixa quadrialveolar, para a vazão
2
de 4 L/min m . O sistema de aspersão deve estar regulado de forma tal que o valor médio das vazões incidentes
sobre os quatro alvéolos seja igual à vazão especificada para o ensaio, admitindo-se para valores individuais
dessas vazões uma variação de 20 % em torno da média. Esta verificação deve cobrir toda a área da abertura
da câmara, onde será montado o corpo-de-prova.
D.4.2 O procedimento descrito em D.4.1 deve ocorrer de forma interativa até que a variação da vazão,
para as diversas partes do vão, não seja superior a 20 % da vazão de ensaio especificada.
D.4.3 Montar o corpo-de-prova na câmara com sua face superior voltada para o seu interior e selar
convenientemente as juntas presentes entre o corpo-de-prova e a abertura da câmara. A câmara deve ser
regulada de forma que o corpo-de-prova tenha a mesma inclinação da cobertura quando da utilização em obra.
D.4.4 Após a instalação do corpo-de-prova e a calibração da vazão de água, aspergir a cobertura durante
30 min.
D.4.5 Aplicar na câmara, escalonadamente, as pressões de 10 Pa, 20 Pa, 30 Pa, 40 Pa, 50 Pa e 60 Pa; manter
cada uma dessas pressões por um período de 5 min, registrando a eventual existência de vazamentos,
escorrimentos ou manchas de umidade nas faces das telhas opostas à aspersão de água. Caso haja pressão
especificada de interesse, o ensaio pode seguir a seqüência anteriormente definida até que tal pressão seja
atingida.
D.4.6 Caso não seja possível aplicar as pressões de ensaio devido ao excessivo vazamento de ar pelo corpo-
de-prova, algumas juntas entre as telhas devem ser seladas com massa de vedação ou outro material adequado,
até o limite de 50 % das juntas existentes. Nessas condições, caso não se consiga atingir a pressão máxima
estabelecida, aplicar a pressão segundo incrementos mencionados em D.4.5, registrando a pressão máxima que
se conseguir administrar no corpo-de-prova.
Deve ainda ser registrada qualquer outra anomalia verificada durante a realização do ensaio, como, por exemplo,
retorno de água, transporte de água por capilaridade, formação de bolhas, empenamentos, descolamentos
e outras.
Relatório de ensaio
O relatório do ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações:
a) identificação do solicitante;
b) identificação do fornecedor;
d) desenhos dos corpos-de-prova, com descrição pormenorizada deles, incluindo dimensões, materiais
constituintes e inclinação do trecho do telhado;
g) registro, para cada uma das pressões aplicadas, dos eventuais vazamentos, escorrimentos ou manchas de
umidade verificados na face inferior da cobertura, bem como os locais onde ocorreram;
h) nível de desempenho;
i) data do ensaio;
k) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios ou outras informações julgadas pertinentes.
Anexo E
(normativo)
Princípio
Este Anexo especifica um método para verificar a resistência das garras de fixação que suportam as telhas
e que consiste na ação do peso próprio sobre as garras em condições desfavoráveis de uso.
Aparelhagem
A aparelhagem necessária para a execução do ensaio está indicada na Figura E.1.
Caibro ou ripa
de suporte
Posição
da telha
de ensaio
Suporte
Apoio para
vertical
assegurar o
posicionamento
correto
Corpo-de-prova
Uma telha inteira saturada constitui um corpo-de-prova.
Procedimento
a) retirar aleatoriamente oito corpos-de-prova do lote de inspeção, podendo usar as telhas do painel de
montagem (ver Anexo G);
c) posicionar o corpo-de-prova conforme indicado na Figura E.1, sobre vigas de madeira espaçadas
convenientemente em função das dimensões das telhas;
d) pendurar o corpo-de-prova;
Relatório do ensaio
No relatório de ensaio devem constar as seguintes informações:
a) identificação do laboratório;
d) data do ensaio;
Princípio
Este Anexo especifica um método para determinação da resistência das platibandas que consiste em reprodução
1)
da ação dos esforços despertados no topo e ao longo de qualquer trecho, pela força F majorada (do cabo),
associada ao braço de alavanca (b) e à distância entre pontos de apoio (a), fornecidos ou informados pelo
fornecedor do equipamento e dos dispositivos.
Aparelhagem
Duas mãos-francesas e conjunto de contrapesos, cada um com massa de (50 ± 0,2) kg, com capacidade d
e aplicação de momentos fletores no topo da platibanda, de acordo com o esquema fornecido em F.4.
Procedimentos
Transformar e reproduzir os dados informados pelo fornecedor do SC de andaimes suspensos em binários,
conforme esquema geral indicado na Figura F.1
Figura F.1 – Binários aplicados no topo da platibanda, simulando ação de andaime suspenso
a) identificação do solicitante;
b) identificação do fornecedor;
d) especificação do produto;
e) características do produto;
j) data do ensaio;
k) referência a esta parte da ABNT NBR 15575 e às normas que serviram de base para os ensaios de
caracterização;
Princípio
Este Anexo especifica um método de ensaio que consiste em submeter um trecho representativo do SC
a uma carga concentrada passível de ocorrer durante a montagem do telhado ou mesmo durante operações
de manutenção (peso próprio do telhadista, apoio de materiais ou ferramentas e outros).
Aparelhagem
A aparelhagem necessária à realização do ensaio consiste em:
pórtico de reação, cilindro hidráulico para aplicação da carga e célula de carga ou anel dinamométrico
com resolução igual ou melhor que 200 g.
3
cutelo de madeira com densidade de 800 kg/m , comprimento de 20 cm e largura de 10 cm.
O corpo-de-prova deve incluir todos os detalhes típicos do sistema cobertura, tais como declividade e subsistema
de apoios dos componentes telhas.
Procedimento
A carga deve ser transmitida na posição mais desfavorável por meio do cutelo de madeira, diretamente sobre
a telha ou sobre dispositivos distribuidores de carga do tipo tábuas, pranchas e outras, especificados
pelo fabricante ou construtor.
O cutelo deve ser conformado para transmitir a carga na direção vertical, intercalando-se um berço de borracha
ou outro material resiliente, de dureza Shore A entre 50 e 60, entre o cutelo e a telha, conforme Figura G.1.
Figura G.1 – Carga concentrada transmitida com o auxílio de cutelo de madeira e berço de borracha
Expressão dos resultados
Gráfico da carga, em newton, e deformações, em centímetros.
Relatório de ensaio
O relatório do ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações:
a) identificação do solicitante;
b) identificação do fornecedor;
g) nível de desempenho;
i) data do ensaio;
Princípio
Este Anexo especifica um método para medição da alteração da cor na escala cinza segundo
a ABNT NBR ISO 105-A02, após exposição acelerada.
Aparelhagem
Câmara de xenônio, de acordo com a ASTM G 155.
Procedimentos
Expor os corpos-de-prova, durante 1 600 h, em ciclos, numa câmara com lâmpada com arco de xenônio.
Submeter o corpo-de-prova a 690 min sob ação da lâmpada, seguindo-se 30 min sob ação simultânea da lâmpada
e aspersão de água deionizada.
Relatório de ensaio
O relatório do ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações, em função de cada determinação
ou verificação:
a) identificação do solicitante;
b) identificação do fornecedor;
d) especificação do produto;
f) análise visual, relatando o grau de alteração na escala cinza , em função do nível de desempenho;
h) nível de desempenho;
k) referência a esta Parte da ABNT NBR 15575 e às normas que serviram de base para os ensaios de
caracterização,
Níveis de desempenho
Generalidades
I.1.1 Este Anexo estabelece os níveis mínimos (M) de desempenho para cada requisito, que devem ser
atendidos.
I.1.2 Considerando a possibilidade de melhoria da qualidade da edificação, com uma análise de valor da relação
custo/benefício dos sistemas, neste anexo são indicados os níveis de desempenho intermediário (I) e superior (S)
e repetido o nível M para facilitar a comparação.
I.1.3 Recomenda-se que o construtor ou incorporador informem o nível de desempenho dos sistemas que
compõem a edificação habitacional, quando exceder ao nível mínimo (M).
É recomendável que, sob a ação de impactos de corpo-duro, o telhado não sofra ruptura ou traspassamento
em face das energias especificadas na Tabela I.1 para os níveis intermediário (I) e superior (S). O nível mínimo
(M) é obrigatório (ver 7.5.1). Fissuras, lascamentos e outros danos que não impliquem perda de estanqueidade
do telhado podem ocorrer.
1,0 M
2,5 S
Critério – Impermeabilidade
É recomendável que o SC apresente o desempenho conforme Tabela I.2, para os níveis intermediário (I)
e superior (S). O nível mínimo é de atendimento obrigatório (ver 10.1.1).
Tabela I.2 – Níveis de desempenho para estanqueidade de telhas
Nível de
Condição
desempenho
Não aparecimento de gotas aderentes
M
Aparecimento de manchas de umidade – no máximo 35 % da área das telhas
É recomendável que o SC apresente durabilidade conforme Tabela I.3, para os níveis intermediário (I) e superior
(S). O nível mínimo é de atendimento obrigatório (ver 10.1.5).
É recomendável que o SC apresente desempenho conforme Tabela I.4, para os níveis intermediário (I) e superior
(S). O nível mínimo é de atendimento obrigatório (ver 11.2.1).
Classe de Nível de
Localização da habitação D2m,nT,w [dB]
ruído desempenho
≥20 M
Habitação localizada distante de fontes de ruído intenso
I ≥25 I
de quaisquer naturezas.
≥30 S
≥25 M
Habitação localizada em áreas sujeitas a situações de
II ≥30 I
ruído não enquadráveis nas classes I e III
≥35 S
≥30 M
Habitação sujeita a ruído intenso de meios de transporte e
III ≥35 I
de outras naturezas, desde que conforme a legislação.
≥40 S
L’nT,w
Elemento Nível de Desempenho
dB
Igual ou < 55 M
Cobertura acessível, de uso
Igual ou < 50 I
coletivo ( Pessoas )
Igual ou < 45 S
É recomendável que o SC apresente desempenho conforme Tabela I.8, para os níveis intermediário (I) e superior
(S). O nível mínimo é de atendimento obrigatório (ver 14.1.2).
ANEXO J
(Informativo)
Roteiro de cálculo dos esforços atuantes do vento em coberturas
Referência bibliográfica:
- Ioshimoto, E. Estudo comparativo entre esforços atuantes devido a ação do vento e esforços
resistentes em coberturas com telhas onduladas de cimento amianto. Dissertação de mestrado
apresentada à POLI/USP. 1983.
- NBR 6123:1988 - Forças devidas ao vento em edificações (Versão Corrigida:1990).
O cálculo dos esforços atuantes do vento numa dada cobertura deve ser desenvolvido considerando as
condições de exposição ao vento, incluindo as velocidade básicas máximas de vento no Brasil, o tipo e
local da edificação.
Define-se velocidade básica de vento (Vo) como a máxima velocidade média medida sobre 3 segundos,
que pode ser excedida em média uma vez em 50 anos, a 10m sobre o nível do terreno em lugar aberto
e plano.
Na Figura 1 são apresentadas as velocidades básicas máximas de vento (Vo) nas cinco regiões
brasileiras, quais sejam: Região I (Vo = 30m/s); Região II (Vo = 35m/s); Região III (Vo = 40m/s); Região
IV (Vo = 45m/s) e Região I (Vo = 50m/s).
Figura J 1 : Gráfico das isopletas da velocidade básica do vento, “V0” em m/s, no Brasil (NBR
6123:1988)
Conhecida a velocidade básica do vento, as dimensões de uma edificação, a topografia da região do
país onde ela estará construída e utilizando a ABNT NBR6123, é possível calcular os esforços atuantes
do vento na cobertura, através do roteiro de cálculo apresentado a seguir:
1) Velocidade característica (Vk)
Vk = Vo x S1 x S2 x S3
onde:
Fator S1
S2 – fator que considera a rugosidade onde a edificação está construída, suas dimensões e altura acima
do terreno (adimensional). O quadro abaixo apresenta a variação do fator S2 pela altura da edificação e
tipo do terreno para a classe A (para o caso de telhado ou do elemento de telha). Observa-se que este
fator pode variar de 0,56 a 1,27 dependendo da altura acima do terreno.
Fator S2
S3 – fator estatístico que se baseia em conceitos estatísticos e considera o grau de segurança requerido
e a vida útil da edificação. O quadro abaixo apresenta os possíveis valores de S3.
O fator S3=0,88 se aplica a coberturas, e representa uma probabilidade de 90% da velocidade básica
ser excediada ou igualada para um período de recorrência de 50 anos.
Fator S3
2) Pressão dinâmica
Estabelecido o valor da velocidade básica e dos coeficientes S1, S2 e S3, calcula-se a pressão dinâmica
pela altura da edificação acima do terreno, pela fórmula:
Com os valores da pressão dinâmica é possível calcular a sucção e sobrepressão que ocrrerão no
telhado, a partir dos coeficientes de pressão conforme detalhado a seguir.
A NBR 6123 fornece quatro tabelas de coeficiente para os casos de telhados com duas águas, telhados
com uma água, telhados simétricos e telhados múltiplos com traves iguais.
Para exemplificar, os quadros abaixo apresentam tais valores de coeficiente, retirados na NBR 6123
para os casos de telhados com uma e duas águas.
Notas:
b) Nas zonas em torno de partes de edificações salientes (chaminés, reservatórios, etc.) ao telhado deve ser
considerado um coeficiente de forma de Ce = - 1,2, até uma distância igual a metade da dimensão da diagonal da
saliência vista em planta.
A NBR 6123 prevê para as várias situações incidência do vento e permeabilidade da construção, os
valores do coeficiente de pressão interna (Cpi) que variam de +0,6 a -0,9. Entretanto, para efeito de
esforços em coberturas, os coeficientes que mais interessam são aqueles que geram sobrepressão no
interior da edificação.
Assim sendo, no caso extremo, quando a proporção entre a área da abertura dominante e a área total
das aberturas em todas as faces submetidas à sucção for igual a 3 ou mais, o coeficiente de pressão
interna será de +0,6. Nos casos de beirais desprotegidos (beiral sem forro) ocorrerá uma sobrepressão,
cujo coeficiente poderá atingir no máximo +1.
5) Cálculo da pressão de sucção no telhado ou no elemento da telha
A partir das considerações acima, faz-se o cálculo da pressão de sucção que deverá ser aplicada no
telhado a partir da metodologia de ensaio da NBR 5643, adotando-se adaptações necessárias para
cada telhado.
A metodologia de ensaio prescrita na NBR 5643 tem a finalidade de avaliar a resistência dos
componentes do SC quando solicitados por cargas uniformemente distribuídas, ou seja, quando
solicitados pelos esforços do vento.
O método da NBR 5643 estabelece uma forma de reproduzir em ensaio de laboratório o fenômeno da
resistência das telhas quando aplicadas em estrutura e solicitadas pela sucção do vento. A sucção do
vento ocorre no sentido de tentar arrancar a telha da edificação, e normalmente gera uma situação de
risco maior do que aquele gerado pela sobrepressão do vento.
A seguir é apresentado um exemplo de cálculo para edificação residencial com 15m de altura (cerca de
5 andares) e pavimento-tipo com largura de 6m (h=15m e b=6m), telhado com duas águas, em terreno
com muitas obstruções.
Para a região central do telhado, tem-se Ce = - 0,8 e Cpi = +0,6 (adotando o mais crítico para
sobrepressão), ou seja, Cp = Ce – Cpi = -0,8 -(+0,6) = -1,4
Para a cumeeira, tem-se Cpe = -1,2 e Cpi = +0,6 (adotando o mais crítico para sobrepressão), ou seja,
Cp = Cpe – Cpi = -1,2 -(+0,6) = -1,8
Para o beiral tem-se Cpe = -1,5 e Cpi = +1,0 (adotando o mais crítico para sobrepressão), ou seja, Cp =
Cpe – Cpi = -1,5 -(+1,0) = -2,5
A partir do cálculo da Velocidade característica do vento Vk e dos coeficientes de pressão Cp, tem-se o
cálulo da pressão de sucção pela fórmula abaixo:
Anexo K
( Normativo )
1 Objetivo
2 Aparelhagem
A estrutura de teste deve compreender uma sala com dimensões interiores de (2438 mm
± 25 mm) por (3658 mm ±25 mm), com um pé direito de (2438 mm ±13 mm) localizada em
uma edificação fechada. Uma porta de (762 mm ±13 mm) por (2134 mm ± 13 mm) deve
estar centralizada na parede de comprimento 2438 mm.
A área do ensaio deve conter secções quadradas de parede com comprimento de 2438
mm, fazendo interseção no canto oposto a entrada da estrutura de teste. O teto deve
cobrir uma área de 2438mm quadrados com duas bordas adjacentes ou descansando
sobre as seções de teste na interseção das paredes.
A estrutura de teste deve ter uma temperatura entre 15,6°C e 32,2°C antes do início do
ensaio e deve ser livre de correntes de ar em excesso.
A temperatura da câmara de ensaio deve ser medida através de sete termopares do tipo
K, com isolação mineral e protegidos com bainha metálica, posicionados conforme
figura 2.
Figura 2
No cantos da base do engradado devem ser posicionados tijolos cortados ao meio que
servirão como apoio do engradado de madeira. A altura do apoio não poderá ser inferior
a 76mm.
2.3.2 Um quilo de serragem de madeira distribuída pelos tijolos da base de apoio. Para
iniciar o ensaio, a serragem deve ser embebida com 0,12 litros de álcool etílico reagente
ou álcool etílico absoluto.
3 Procedimento de ensaio
4 Relatório de ensaio
Bibliografia
Instruções técnicas do Corpo de Bombeiros conforme Decreto Lei relativo à segurança contra incêndio, em vigor
no Estado da Federação onde se localizar a obra, produto ou projeto em avaliação.
ABNT NBR 15575-6
Edificações Habitacionais — Desempenho
Parte 6: Sistemas Hidrossanitários
Prefácio
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização
Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de
Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores
e neutros (universidade, laboratório e outros).
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que alguns dos
elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser considerada
responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.
A ABNT NBR 15575-6 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Construção Civil (ABNT/CB-02), pela Comissão de
Estudo de Desempenho de Edificações (CE-02.136.01). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme
Edital nº 10, de 28.09.2007 a 27.11.2007, com o número de Projeto 02.136.01-001-6.
A ABNT NBR 15575, sob o título geral “Edificações habitacionais — Desempenho”, tem previsão de conter as
seguintes partes:
Esta versão da ABNT NBR 15575-6:2013 cancela e substitui as versões anteriores da ABNT NBR 15575-6.
Introdução
A abordagem desta Norma explora conceitos que muitas vezes não são considerados em Normas prescritivas
específicas como, por exemplo, a durabilidade dos sistemas, a manutenibilidade da edificação e o conforto tátil
e antropodinâmico dos usuários.
A inter-relação entre Normas de desempenho e Normas prescritivas deve possibilitar o atendimento às exigências
do usuário, com soluções tecnicamente adequadas e economicamente viáveis.
Todas as disposições contidas nesta Norma são aplicáveis a edificações habitacionais, de forma geral. Em
algumas partes, tais considerações serão feitas para edificações e a sistemas projetados, construídos, operados e
submetidos a intervenções de manutenção que atendam às instruções específicas do respectivo Manual de
operação, uso e manutenção.
Requisitos e critérios particularmente aplicáveis a determinado sistema são tratados separadamente em cada
Parte desta Norma.
Objetivamente, esta Norma visa alavancar tecnicamente a qualidade requerida e a oferta de moradias,
ao estabelecer regras para avaliação do desempenho de imóveis habitacionais, auxiliando nas análises que
definem o financiamento de imóveis e possibilitando adequações nos procedimentos de execução, uso
e manutenção dos imóveis.
Esta parte da ABNT NBR 15575 se refere às exigências dos usuários e aos requisitos referentes aos sistemas
hidrossanitários.
As instalações hidrossanitárias são responsáveis diretas pelas condições de saúde e higiene requeridas para
a habitação, além de apoiarem todas as funções humanas nela desenvolvidas (cocção de alimentos, higiene
pessoal, condução de esgotos e águas servidas etc.). As instalações devem ser incorporadas à construção,
de forma a garantir a segurança dos usuários, sem riscos de queimaduras (instalações de água quente), ou outros
acidentes. Devem ainda harmonizar-se com a deformabilidade das estruturas, interações com o solo e
características físico-químicas dos demais materiais de construção.
1 Escopo
1.1 Esta parte da ABNT NBR 15575 estabelece os requisitos e critérios de desempenho que se aplicam
ao sistema estrutural da edificação habitacional.
1.2 Esta Parte da ABNT NBR 15575 não se aplica a obras em andamento ou a edificações concluídas até a data
da entrada em vigor desta Norma. Também não se aplica a obras de reformas nem de “retrofit” nem edificações
provisórias.
1.3 Esta Parte da ABNT NBR 15575 é utilizada como um procedimento de avaliação do desempenho de sistemas
construtivos.
1.4 Os requisitos estabelecidos nesta Parte da ABNT NBR15575 (Seções 4 a 17) são complementados pelos
requisitos estabelecidos nas ABNT NBR 15575-1 a ABNT NBR15575-6.
1.5 Os sistemas elétricos das edificações habitacionais fazem parte de um conjunto mais amplo de Normas com
base na ABNT NBR 5410 e, portanto, os requisitos de desempenho para esses sistemas não estão estabelecidos
nesta ABNT NBR 15575.
1.6 Esta parte ABNT NBR 15575 estabelece critérios relativos ao desempenho térmico, acústico, lumínico e de
segurança ao fogo, que devem ser atendidos individual e isoladamente pela própria natureza conflitante dos
critérios de medições, por exemplo, desempenho acústico (janela fechada) versus desempenho de ventilação
(janela aberta).
1.7 Requisitos aplicáveis somente para edificações de até cinco pavimentos serão especificados em suas
respectivas seções.
1.8 Os requisitos e critérios estabelecidos nesta parte ABNT NBR 15575 são sempre os mínimos de desempenho
(M) que devem ser considerados e atendidos. No caso de desempenho acústico, considerado como informativo
nessa parte da norma, o anexo respectivo orienta sobre quais os valores de isolação sonora seriam aplicados aos
níveis intermediário (I) e superior (S).
2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas,
aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do
referido documento (incluindo emendas).
Ministério do Trabalho e Emprego – Norma Regulamentadora NR 13, “Caldeiras e vasos de pressão”, aprovada
pela Portaria 02/84 de 08/05/84
ABNT NBR 5648, Tubos e conexões de PVC-U com junta soldável para sistemas prediais de água fria —
Requisitos
ABNT NBR 5688, Tubos e conexões de PVC-U para sistemas prediais de água pluvial, esgoto sanitário e
ventilação – Requisitos
ABNT NBR 7542, Tubo de cobre médio e pesado, sem costura, para condução de água
ABNT NBR 8220, Reservatório de poliéster, reforçado com fibra de vidro, para água potável para abastecimento
de comunidades de pequeno porte - Especificação
ABNT NBR 10283, Revestimentos Eletrolíticos de Metais e Plásticos Sanitários - Requisitos e métodos de ensaio
ABNT NBR 11535, Misturadores para pia de cozinha tipo mesa – Especificação
ABNT NBR 11815, Misturadores para pia de cozinha tipo parede – Especificação
ABNT NBR 12090, Chuveiros elétricos – Determinação da corrente de fuga – Método de ensaio
ABNT NBR 12451, Cuba de material plástico para pia - Dimensões – Padronização
ABNT NBR 13103, Instalação de aparelhos a gás para uso residencial – Requisitos
ABNT NBR 13206, Tubo de cobre leve, médio e pesado, sem costura, para condução de fluidos – Requisitos
ABNT NBR 13210, Reservatório de poliéster reforçado com fibra de vidro para água potável – Requisitos e
métodos de ensaio
ABNT NBR 13466, Registro do tipo ferrule em ligas de cobre para ramal predial
ABNT NBR 13713, Instalações hidráulicas prediais - Aparelhos automáticos acionados mecanicamente e com
ciclo de fechamento automático - Requisitos e métodos de ensaio
ABNT NBR 13969, Tanques sépticos - Unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes
líquidos - Projeto, construção e operação
ABNT NBR 14016, Aquecedores instantâneos de água e torneiras elétricas – Determinação da corrente de fuga –
Método de ensaio
ABNT NBR 14037, Diretrizes para elaboração de manuais de uso, operação e manutenção das edificações —
Requisitos para elaboração e apresentação dos conteúdos
ABNT NBR 14121, Ramal predial – Registro tipo macho em liga de cobre – Requisitos
ABNT NBR 14534, Torneira de bóia para reservatórios prediais de água potável - Requisitos e métodos de ensaio
ABNT NBR 14580, Instalações em saneamento – Registro de gaveta PN 16 em liga de cobre – Requisitos
e métodos de ensaio
ABNT NBR 14799, Reservatório com corpo em polietileno, com tampa em polietileno ou em polipropileno, para
água potável, de volume nominal até 2 000 L (inclusive) — Requisitos e métodos de ensaio
ABNT NBR 14800, Reservatório com corpo em polietileno, com tampa em polietileno ou em polipropileno, para
água potável, de volume nominal até 2 000 L (inclusive) — Instalação em obra
ABNT NBR 14878, Ligações flexíveis para aparelhos hidráulicos sanitários – Requisitos e métodos de ensaio
ABNT NBR 15097-1, Aparelhos sanitários de material cerâmico - Parte 1: Requisitos e métodos de ensaios
ABNT NBR 15097-2, Aparelhos sanitários de material cerâmico – Parte 2: Procedimento para instalação
ABNT NBR 15206, Instalações hidráulicas prediais – Chuveiros ou duchas – Requisitos e métodos de ensaio
ABNT NBR 15267, Instalações hidráulicas prediais – Misturador monocomando para lavatório – Requisitos e
métodos de ensaio
ABNT NBR 15491, Caixa de descarga para limpeza de bacias sanitárias – Requisitos e métodos de ensaio
ABNT NBR 15704-1, Registro – Requisitos e Métodos de Ensaio – Parte 1: Registros de Pressão
ABNT NBR 15705, Instalações hidráulicas prediais - Registros de gaveta – Requisitos e Métodos de Ensaio
ABNT NBR 15813 – 1, Sistemas de tubulações plásticas para instalações prediais de água quente e fria Parte 1:
Tubos de polipropileno copolimero random (PP-R) tipo 3 – Requisitos
ABNT NBR 15813 – 2, Sistemas de tubulações plásticas para instalações prediais de água quente e fria Parte 2:
Conexões de polipropileno copolímero random (PP-R) tipo 3 – Requisitos
ABNT NBR 15813 – 3, Sistemas de tubulações plásticas para instalações prediais de água quente e fria Parte 3:
Tubos e conexões de poliprolieno copolímero random (PP-R) tipo 3 - Montagem, instalação, armazenamento e
manuseio
ABNT NBR 15857, Válvula de descarga para limpeza de bacias sanitárias — Requisitos e métodos de ensaio
ABNT NBR 15884-1, Sistemas de tubulações plásticas para instalações prediais de água quente e fria –
Policloreto de vinila clorado (CPVC) Parte 1: Tubos – Requisitos
ABNT NBR 15884-2, Sistemas de tubulações plásticas para instalações prediais de água quente e fria –
Policloreto de vinila clorado (CPVC) Parte 2: Conexões – Requisitos
ABNT NBR 15884-3, Sistemas de tubulações plásticas para instalações prediais de água quente e fria –
Policloreto de vinila clorado (CPVC) Parte 3: Montagem, instalação, armazenamento e manuseio
ABNT NBR 15939-1, Sistemas de tubulações plásticas para instalações prediais de água quente e fria —
Polietileno reticulado (PE-X) - Parte 1: Requisitos e métodos de ensaio
ABNT NBR 15939-2, Sistemas de tubulações plásticas para instalações prediais de água quente e fria —
Polietileno reticulado (PE-X) -Parte 2: Procedimentos para projeto
ABNT NBR 15939-3, Sistemas de tubulações plásticas para instalações prediais de água quente e fria —
Polietileno reticulado (PE-X) - Parte 3: Procedimentos para instalação
ISO 1182, Reaction to fire tests for buildings products – Non combustibility test.
ISO 10052, Acoustics -- Field measurements of airborne and impact sound insulation and of service equipment
sound – survey method
ISO 16032, Acoustics -- Measurement of sound pressure level from service equipment in buildings -- Engineering
method
3 Termos e definições
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se os termos e as definições da ABNT NBR 15575-1 e as seguintes:
3.1
corrente de fuga pelo aparelho elétrico de aquecimento de água
corrente elétrica errática que os equipamentos elétricos podem transmitir ao usuário
3.2
fonte de abastecimento de água
sistema destinado a fornecer água para o sistema
NOTA Pode ser a rede pública da concessionária ou qualquer sistema particular de fornecimento de água.
3.3
ponto de utilização
extremidade à jusante do sub-ramal a partir de onde a água passa a ser considerada água, para uso
3.4
protetor térmico
dispositivo que, durante o funcionamento anormal do aparelho de aquecimento instantâneo de água, limita a
temperatura da água aquecida, sem poder ser ajustado ou alterado pelo usuário
3.5
refluxo de água
escoamento de água ou outros líquidos e substâncias, proveniente de qualquer fonte que não a fonte
de abastecimento prevista, para o interior da tubulação destinada a conduzir água desta fonte
3.6
retrossifonagem
refluxo de água servida (proveniente de um reservatório, aparelho sanitário ou qualquer outro recipiente) para
o interior de uma tubulação, devido à sua pressão ser inferior à atmosférica
3.7
separação atmosférica
separação física (cujo meio é preenchido por ar) entre o ponto de utilização ou ponto de suprimento e o nível de
transbordamento dos reservatórios, aparelhos sanitários ou outros componentes associados ao ponto de
utilização
3.8
sistema de aquecimento instantâneo de água
sistema onde a água a ser utilizada se aquece de forma instantânea pela sua passagem pela fonte
de aquecimento, como, por exemplo, os seguintes aparelhos elétricos: chuveiros, torneiras, aquecedor de
passagem a gás e outros
3.9
sistema de aquecimento de água por acumulação
sistema onde a água é aquecida e armazenada em reservatórios termicamente isolados para ser posteriormente
utilizada pelos usuários, como, por exemplo, os boilers e os aquecedores de acumulação a gás
3.10
sistema de aterramento
conjunto de todos os condutores e peças condutoras com os quais é feita a ligação elétrica com a terra
3.11
sistema hidrossanitário
sistemas hidráulicos prediais destinados a suprir os usuários com água potável e de reuso, e a coletar e afastar os
esgotos sanitários, bem como coletar e dar destino às águas pluviais
3.12
tubulação
conjunto de componentes basicamente formado por tubos, conexões, válvulas e registros, destinado a conduzir
água potável e, de reuso esgoto, ou águas pluviais
3.13
calha
canal que recolhe a água de coberturas, terraços e similares e a conduz ao tubo de queda
6 Avaliação do desempenho
Esta parte da ABNT NBR 15575 remete constantemente às verificações do projeto para avaliação do desempenho
para a grande maioria dos critérios.
Assim sendo, deve ser aplicado o Anexo A em complemento aos métodos de avaliação como um requisito a ser
atendido.
7 Segurança estrutural
Os fixadores ou suportes das tubulações, aparentes ou não, assim como as próprias tubulações, devem resistir,
sem entrar em colapso, a cinco vezes o peso próprio das tubulações cheias d’água para tubulações fixas no teto
ou em outros elementos estruturais, bem como não apresentar deformações que excedam 0,5 % do vão.
NOTA Quando as tubulações estiverem sujeitas a esforços dinâmicos significativos, por exemplo, tubulações de recalque
ou água quente, estes esforços devem ser levados em consideração.
Realização de ensaio tipo, em laboratório ou em campo, de acordo com o descrito a seguir, realizado em protótipo,
aplicando-se as cargas mencionadas no ponto médio entre dois fixadores ancorados conforme preconizado
em projeto.
Após 30 min. de atuação da carga, registrar se houve ocorrência de colapso dos fixadores ou dos suportes,
ou de ambos, bem como se houve colapso das tubulações, registrando as deformações.
As tubulações embutidas não devem sofrer ações externas que possam danificá-las ou comprometer a
estanqueidade ou o fluxo.
Verificar em projeto, nos pontos de transição entre elementos (parede x piso, parede x pilar, e outros), a existência
de dispositivos que assegurem a não transmissão de esforços para a tubulação.
Não provocar golpes e vibrações que impliquem risco à sua estabilidade estrutural.
As válvulas de descarga, metais de fechamento rápido e do tipo monocomando não devem provocar
sobrepressões no fechamento superiores a 0,2 MPa.
As válvulas de descarga utilizadas nos sistemas hidrossanitários, quando ensaiadas, devem atender
ao estabelecido na ABNT NBR 15857.
O nível para aceitação é o atendimento aos valores indicados nas ABNT NBR 15857.
O sistema hidrossanitário deve atender à altura manométrica máxima estabelecida na ABNT NBR 5626.
O nível para aceitação é o atendimento aos valores estabelecidos na ABNT NBR 5626.
O projeto pode estabelecer velocidades acima de 10 m/s, desde que estejam previstos dispositivos redutores.
7.2.3.2 Nível de desempenho
O nível para aceitação é o atendimento aos valores estabelecidos para as velocidades previstas em projeto.
As tubulações aparentes fixadas até 1,5 m acima do piso devem resistir aos impactos que possam ocorrer durante
a vida útil de projeto, sem sofrerem perda de funcionalidade (impacto de utilização) ou ruína (impacto limite),
conforme Tabela 1.
Energia
Tipo de impacto
Impacto de utilização Impacto limite
Corpo mole 120 J 240 J
Corpo duro 2,5 J 10 J
Aplicar os impactos de corpo mole e duro às tubulações aparentes até 1,5 m do piso, fixadas (montadas em
protótipo em laboratório) de acordo com as especificações de projeto, observando-se as características do ensaio
apresentadas na Tabela 2.
A tubulação, quando ensaiada, deve estar totalmente cheia de água para as instalações de água potável e de
reuso e vazia nas de esgoto e águas pluviais.
Os impactos devem ser aplicados nas regiões mais críticas da tubulação a ser ensaiada, previstas em projeto.
A aplicação dos impactos deve ser iniciada pelos impactos de utilização de corpo mole e duro e, em seguida, os
impactos limites de corpo mole e duro.
Após cada impacto, deve-se verificar a ocorrência de fissuras ou outros danos superficiais na tubulação. Após a
aplicação de todos os impactos, a ocorrência de vazamentos deve ser verificada através da aplicação de 10.1.1
para as instalações de água e 10.1.3 para as instalações de esgoto e águas pluviais.
O nível para aceitação é o atendimento aos valores estabelecidos na Tabela 2 sem sofrer perda de funcionalidade
ou ruína, quando a tubulação é ensaiada conforme 7.2.4.1.
Dispor de reservatório domiciliar de água fria, superior ou inferior, de volume de água necessário para o combate
a incêndio, além do volume de água necessário para o consumo dos usuários, aplicável para aqueles casos
em que a edificação necessitar de sistema de hidrante.
O volume de água reservado para combate a incêndio deve ser estabelecido segundo a legislação vigente ou,
na sua ausência, segundo a ABNT NBR 13714.
O nível para aceitação é o atendimento aos valores estabelecidos na legislação vigente ou na ABNT NBR 13714.
Os extintores devem ser classificados e posicionados de acordo com a ABNT NBR 12693.
Quando as prumadas de esgoto sanitário e ventilação estiverem aparentes em alvenaria ou no interior de shafts,
devem ser fabricadas com material não propagante de chamas.
Análise de projeto. Caso seja necessário verificar se o material da tubulação é não propagante à chama, deve-se
adotar a ISO 1182.
9.1.1 Critério – Aterramento das instalações, dos aparelhos aquecedores, dos eletrodomésticos e dos
eletroeletrônicos
Todas as tubulações, equipamentos e acessórios do sistema hidrossanitário devem ser direta ou indiretamente
aterrados conforme ABNT NBR 5410.
Verificação do projeto.
Os equipamentos devem atender às ABNT NBR 12090 e ABNT NBR 14016, limitando-se à corrente de fuga,
para outros aparelhos, em 15 mA.
Os equipamentos, quando ensaiados, devem atender às ABNT NBR 12090 e ABNT NBR 14016.
Demais equipamentos, quando ensaiados, não devem exceder 15 mA, medidos in loco.
O nível para aceitação é o atendimento ao estabelecido nas ABNT NBR 12090 e ABNT NBR 14016.
Os aparelhos elétricos de acumulação utilizados para o aquecimento de água devem ser providos de dispositivo
de alívio para o caso de sobrepressão e também de dispositivo de segurança que corte a alimentação de energia
em caso de superaquecimento.
Os aparelhos de acumulação a gás, utilizados para o aquecimento de água devem ser providos de dispositivo
de alívio para o caso de sobrepressão e também de dispositivo de segurança que corte a alimentação do gás
em caso de superaquecimento.
Verificação na etiqueta ou no folheto do aquecedor das características técnicas do equipamento para certificar
o limite de temperatura máxima.
O funcionamento do equipamento instalado em ambientes residenciais deve ser feito de maneira que
a taxa máxima de CO2 não ultrapasse o valor de 0,5 %.
Verificação dos detalhes construtivos, por meio da análise do projeto arquitetônico e de inspeção do protótipo,
quanto ao atendimento às ABNT NBR 13103, NR-13 e ABNT NBR 14011.
O nível para aceitação é o atendimento ao estabelecido nas ABNT NBR 13103, ABNT NBR 14011 e NR 13.
As peças de utilização e demais componentes dos sistemas hidrossanitários que são manipulados pelos usuários
não devem possuir cantos vivos ou superfícies ásperas.
Atender às ABNT NBR 10281, ABNT NBR 10283, ABNT NBR 11535, ABNT NBR 11778, ABNT NBR 11815,
ABNT NBR 12483, ABNT NBR 13713, ABNT NBR 14011, ABNT NBR 14162, ABNT NBR 14390, ABNT NBR
14534, ABNT NBR 14580, ABNT NBR 14877, ABNT NBR 14878, ABNT NBR 15097-1, ABNT NBR 151097-2,
ABNT NBR 15206, ABNT NBR 15267, ABNT NBR 15423, ABNT NBR 15491, ABNT NBR 15704-1, ABNT NBR
15705 ABNT NBR 15857, e verificar por inspeção visual as partes aparentes dos componentes dos sistemas,
inclusive as partes cobertas por canoplas que são passíveis de contato quando da manutenção ou troca de
componente.
As peças e aparelhos sanitários devem possuir resistência mecânica aos esforços a que serão submetidos na sua
utilização e apresentar atendimento às ABNT NBR 10281, ABNT NBR 11535, ABNT NBR 11778, ABNT NBR
11815, ABNT NBR 12483, ABNT NBR 13713, ABNT NBR 14011, ABNT NBR 14162, ABNT NBR 14390, ABNT
NBR 14534, ABNT NBR 14580, ABNT NBR 14877, ABNT NBR 14878, ABNT NBR 15097-1, ABNT NBR 151097-2,
ABNT NBR 15206, ABNT NBR 15267, ABNT NBR 15423, ABNT NBR 15491, ABNT NBR 15704-1, ABNT NBR
15705 ABNT NBR 15857.
De acordo os métodos de ensaios prescritos nas ABNT NBR 10281, ABNT NBR 11535, ABNT NBR 11778, ABNT
NBR 11815, ABNT NBR 12483, ABNT NBR 13713, ABNT NBR 14011, ABNT NBR 14162, ABNT NBR 14390,
ABNT NBR 14534, ABNT NBR 14580, ABNT NBR 14877, ABNT NBR 14878, ABNT NBR 15097-1, ABNT NBR
151097-2, ABNT NBR 15206, ABNT NBR 15267, ABNT NBR 15423, ABNT NBR 15491, ABNT NBR 15704-1,
ABNT NBR 15705 ABNT NBR 15857.
O nível para aceitação é o atendimento, quando ensaiado de acordo com as Normas citadas em 9.3.3.1, às
prescrições nelas contidas.
Quando houver sistema de água quente para os pontos de utilização nos edificações habitacionais, o sistema
deve prever formas de prover ao usuário que a temperatura da água na saída do ponto de utilização seja limitada.
As possibilidades de mistura de água fria, regulagem de vazão e outras técnicas existentes no sistema
hidrossanitário, no limite de sua aplicação, devem permitir que a regulagem da temperatura da água na saída do
ponto de utilização atinja valores abaixo de 50°C.
Os equipamentos, quando ensaiados conforme as ABNT NBR 12090, ABNT NBR 14011 e ABNT NBR 14016,
devem atender ao item 9.4.1.
No caso de uso de válvula de descarga, deve haver coluna exclusiva para abastecê-la, saindo diretamente do
reservatório, não podendo estar ligado nenhum outro ramal nesta coluna.
O nível para aceitação é o atendimento às premissas de projeto. Além dos equipamentos atenderem aos valores
indicados ao item 9.4.1., o projeto atende às Normas ABNT NBR 7198.
10 Estanqueidade
10.1 Requisito – Estanqueidade das instalações dos sistemas hidrossanitários de água fria e
água quente
As tubulações do sistema predial de água não devem apresentar vazamento quando submetidas, durante 1h., à
pressão hidrostática de 1,5 vez o valor da pressão prevista, em projeto, nesta mesma seção, e, em nenhum caso,
devem ser testadas a pressões inferiores a 100 kPa. A tubulação de água quente é testada com água à
temperatura de 80C, durante 1h.
As tubulações devem ser ensaiadas conforme prescrito nas ABNT NBR 5626, ABNT NBR 7198 e ABNT NBR
8160.
As peças de utilização não devem apresentar vazamento quando submetidas à pressão hidrostática prevista nas
ABNT NBR 5626 e ABNT NBR 7198.
Os reservatórios devem ser estanques conforme ABNT NBR 13210, ABNT NBR 14799 e as demais Normas
Brasileiras pertinentes.
Os metais sanitários devem ser estanques conforme ABNT NBR 10281, ABNT NBR 11535, ABNT NBR 11815,
ABNT NBR 13713, ABNT NBR 14162, ABNT NBR 14390, ABNT NBR 14877, ABNT NBR 14878, ABNT NBR
15206, ABNT NBR 15267, ABNT NBR 15423, ABNT NBR 15704-1, ABNT NBR 15705 e ABNT NBR 15857.
As peças de utilização devem ser ensaiadas conforme as ABNT NBR 5626, ABNT NBR 15097-1, ABNT NBR
15097-2 e ABNT NBR 11778.
Os reservatórios quando ensaiados segundo as ABNT NBR 5649, ABNT NBR 8220, ABNT NBR 14799, ABNT
NBR 14863 devem ser estanques.
Os metais sanitários devem ser ensaiados conforme as ABNT NBR 10281, ABNT NBR 11535, ABNT NBR 11815,
ABNT NBR 13713, ABNT NBR 14162, ABNT NBR 14390, ABNT NBR 14877, ABNT NBR 14878, ABNT NBR
15206, ABNT NBR 15267, ABNT NBR 15423, ABNT NBR 15704-1, ABNT NBR 15705 e ABNT NBR 15857.
O nível para aceitação é o atendimento ao estabelecido nas Normas citadas em 10.1.2.1 quando as peças são
ensaiadas de acordo com o prescrito nas mesmas.
As tubulações dos sistemas prediais de esgoto sanitário e de águas pluviais não devem apresentar vazamento
quando submetidas à pressão estática de 60 kPa, durante 15 min se o ensaio for feito com água, ou de 35 kPa,
durante o mesmo período de tempo, caso o ensaio seja feito com ar.
As tubulações devem ser ensaiadas conforme as prescrições constantes das ABNT NBR 8160
e ABNT NBR 10844.
O nível para aceitação é a estanqueidade das instalações quando ensaiadas de acordo com as pressões
estabelecidas em 10.1.3.
As calhas, com todos os seus componentes, do sistema predial de águas pluviais devem ser estanques.
Obturar a saída das calhas e enchê-las com água até o nível de transbordamento, verificando vazamentos.
O nível para aceitação é a estanqueidade das instalações quando ensaiadas de acordo com 10.1.4.1.
11 Desempenho térmico
Não se aplica nesta parte da ABNT NBR 15575.
12 Desempenho acústico
Esta norma estabelece um método de medição dos ruídos gerados por equipamentos prediais. Também
apresenta valores de níveis de desempenho de caráter não obrigatório.
Os métodos e critérios constam do Anexo B (informativo).
13 Desempenho lumínico
Não se aplica nesta parte da ABNT NBR 15575.
14 Durabilidade e manutenibilidade
Manter a capacidade funcional durante vida útil de projeto conforme períodos especificados na ABNT NBR 15575-1,
desde que o sistema hidrossanitário seja submetido às intervenções periódicas de manutenção e conservação.
NOTA As diretrizes de durabilidade contidas na referência bibliográfica “Critérios mínimos de desempenho para habitações
térreas de interesse social” podem ser adotadas entre as partes que fazem acordos baseados nesta Parte da ABNT NBR 15575-6.
Dada a complexidade e variedade dos componentes que constituem o sistema hidrossanitário e a fim de que ele
atenda à Tabela 14.1 ABNT NBR 15575-1:2012, considerando-se ainda que a vida útil também é função da
agressividade do meio ambiente, das características intrínsecas dos materiais e dos solos, os componentes
podem apresentar vida útil menor do que aquelas estabelecidas para o sistema hidrossanitário como vida útil de
projeto. Assim, o projeto deve fazer constar o prazo de substituição e manutenções periódicas pertinentes.
Os elementos, componentes e instalação dos sistemas hidrossanitários devem apresentar durabilidade compatível
com a vida útil de projeto.
NOTA O Anexo C, da ABNT NBR 15575-1 contém instruções sobre esta abordagem.
NOTA Também pode ser tomado como referência o documento “Critérios mínimos de desempenho para habitações
térreas de interesse social”.
Nas tubulações de esgoto e águas pluviais, devem ser previstos dispositivos de inspeção para que qualquer ponto
da tubulação possa ser atingido por uma haste flexível, conforme preconizado nas ABNT NBR 8160
e ABNT NBR 10844.
O fornecedor do SH, elementos ou componentes que compõem a edificação habitacional devem especificar todas
as condições de uso, operação e manutenção dos sistemas hidrossanitárias, incluindo o “Como Construído”.
Análise do manual de operação, uso e manutenção das edificações, considerando-se as diretrizes gerais das
ABNT NBR 5674 e ABNT NBR 14037, e do manual das áreas comuns.
O sistema de água fria deve ser separado fisicamente de qualquer outra instalação que conduza água não potável
ou fluida de qualidade insatisfatória, desconhecida ou questionável.
Os componentes da instalação do sistema de água fria não devem transmitir substâncias tóxicas à água
ou contaminar a água por meio de metais pesados.
Verificação do projeto quanto ao atendimento às ABNT NBR 5626, ABNT NBR 5648, ABNT NBR 5688, ABNT
NBR 7542, ABNT NBR 13206, ABNT NBR 15813-1, ABNT NBR 15813-2, ABNT NBR 15813-3, ABNT NBR 15884-
1, ABNT NBR 15884-2, ABNT NBR 15884-3, ABNT NBR 15939-1, ABNT NBR 15939-2 e ABNT NBR 15939-3.
Verificação da menção em projeto da utilização de componentes que assegurem a não existência de substâncias
nocivas ou presença de metais pesados.
15.1.1.2 Nível de desempenho
O nível para aceitação é o atendimento do projeto às normas citadas em 15.1.1.1, bem como o projeto menciona a
utilização de componentes que atendem ao prescrito em 15.1.1.1.
Não utilizar material ou componente que permita o desenvolvimento de bactérias ou outras atividades biológicas,
as quais provocam doenças.
Todo componente de instalação aparente deve ser fabricado de material lavável e impermeável para evitar
a impregnação de sujeira ou desenvolvimento de bactérias ou atividades biológicas.
Aspectos sobre o atendimento, método de avaliação e níveis se encontram indicados na ABNT NBR 15575-1.
Os tanques, pias de cozinha e válvulas de escoamento devem ser ensaiados de acordo com as normas ABNT
NBR 12450, ABNT NBR 12451, ABNT NBR 15097-1, ABNT NBR 11778 e ABNT NBR 15423.
Não ser passível de contaminação por qualquer fonte de poluição ou agentes externos.
Os componentes do sistema de instalação enterrados devem ser protegidos contra a entrada de animais
ou corpos estranhos, bem como de líquidos que possam contaminar a água potável, em conformidade com
as ABNT NBR 5626 e ABNT NBR 8160.
Verificação do projeto quanto ao atendimento das ABNT NBR 5626 e ABNT NBR 8160.
A separação atmosférica por ventosas (ou dispositivos quebradores de vácuo) deve atender às exigências
da ABNT NBR 5626.
O sistema de esgotos sanitários deve ser projetado de forma a não permitir a retrossifonagem ou quebra do
selo hídrico.
Os ambientes não devem apresentar teor de CO2 superior a 0,5 %, e de CO superior a 30 ppm.
Verificação do projeto quanto ao atendimento à ABNT NBR 13103, bem como inspeção in loco dos ambientes.
16 Funcionalidade e acessibilidade
O sistema predial de água fria e quente deve fornecer água na pressão, vazão e volume compatíveis com o uso,
associado a cada ponto de utilização, considerando a possibilidade de uso simultâneo.
Verificação do projeto quanto ao atendimento das ABNT NBR 5626 e ABNT NBR 7198.
As caixas e válvulas de descarga devem obedecer ao disposto nas ABNT NBR 15491 e ABNT NBR 15857 no que
diz respeito à vazão e volume de descarga.
Verificação do volume de descarga de acordo com o método de ensaio estabelecido na ABNT NBR 15857.
O nível para aceitação é o atendimento às normas respectivas, ou seja, as caixas de descargas, quando
ensaiadas conforme a ABNT NBR 15491, a atendem, bem como, quando as válvulas são ensaiadas conforme a
ABNT NBR 15857, atendem ao prescrito nesse documento normativo.
16.2 Requisito – Funcionamento das instalações de esgoto
Coletar e afastar, até a rede pública ou sistema de tratamento e disposição privados, os efluentes gerados
pela edificação habitacional.
O sistema predial de esgoto deve coletar e afastar nas vazões com que normalmente são descarregados
os aparelhos sem que haja transbordamento, acúmulo na instalação, contaminação do solo ou retorno a aparelhos
não utilizados.
Verificação do projeto quanto ao atendimento das ABNT NBR 8160, ABNT NBR 7229 e ABNT NBR 13969.
O nível para aceitação é o atendimento do projeto ao disposto nas ABNT NBR 8160, ABNT NBR 7229 e ABNT
NBR 13969.
As calhas e condutores devem suportar a vazão de projeto, calculada a partir da intensidade de chuva adotada
para a localidade e para um certo período de retorno.
As peças de utilização, inclusive registros de manobra, devem possuir volantes ou dispositivos com formato e
dimensões que proporcionem torque ou força de acionamento de acordo com as normas de especificação de cada
produto, além de serem isentos de rebarbas, asperezas ou ressaltos que possam causar ferimentos.
Inspecionar, in loco, as peças de utilização. Se o componente possuir declaração do fabricante ou embalagem que
assegure o atendimento às normas vigentes sobre os componentes específicos, o sistema está isento desta
verificação.
O nível para aceitação é o, atendimento dos componentes às normas específicas, a saber: ABNT NBR 10281,
ABNT NBR 11535, ABNT NBR 11778, ABNT NBR 11815, , ABNT NBR 13713, ABNT NBR 14390, , ABNT NBR
14877, , ABNT NBR 15267, ABNT NBR 15491, ABNT NBR 15704-1, ABNT NBR 15705 ou atendem à inspeção
descrita em 17.1.1.1.
18 Adequação ambiental
Reduzir a demanda da água da rede pública de abastecimento e o volume de esgoto conduzido para tratamento
sem aumento da probabilidade de ocorrência de doenças ou da redução da satisfação do usuário representada
pelas condições estabelecidas nesta parte da ABNT NBR 15575.
As bacias sanitárias devem ser de volume de descarga de acordo com as especificações da ABNT NBR 15097-1.
O nível para aceitação é o atendimento do projeto, quando ensaiado, ao estabelecido na ABNT NBR 15097-1.
Recomenda-se que as peças de utilização possuam vazões que permitam tornar o mais eficiente possível o uso
da água nele utilizadas, o que implica na redução do consumo de água a valores mínimos necessários e
suficientes para o bom funcionamento dessas peças e para a satisfação das exigências do usuário.
As vazões dos metais sanitários devem ser verificadas de acordo com os métodos de ensaios descritos nas ABNT
NBR 10281, ABNT NBR 11535, ABNT NBR 11815, ABNT NBR 13713, ABNT NBR 14390, ABNT NBR 14877,
ABNT NBR 15206, ABNT NBR 15267, ABNT NBR 15704-1, ABNT NBR 15705.
Os sistemas prediais de esgoto sanitário devem estar ligados à rede pública de esgoto ou a um sistema localizado
de tratamento e disposição de efluentes, atendendo às ABNT NBR 8160, ABNT NBR 7229 e ABNT NBR 13969.
Verificar no projeto se o sistema predial de esgoto sanitário está ligado à rede pública ou a um sistema localizado
de tratamento e disposição.
A.1 Introdução
Este Anexo tem por objetivo estabelecer uma lista de verificações para a análise de projetos de sistemas
hidrossanitários.
NOTA Também pode ser tomado como referência o documento “Manual de Escopo de Projetos e Serviços de Instalações
Prediais – Hidráulica” elaborado pelo SECOVI.
A.2 Procedimento
O projeto e a execução dos sistemas hidrossanitários devem atender e mencionar as Normas citadas na Seção 2,
bem como devem, seguindo esta lista de verificações, atender de forma objetiva aos conteúdos e aos produtos
gerados, respeitadas as cláusulas contratuais firmadas entre fornecedor e cliente.
A.3.2 Para cada fase deve ser evidenciado se o projeto apresenta suficientes dados e informações
que permitam aferir o seu atendimento.
A.3.3 A lista de verificações deve ser adaptada para cada requisito e critério expresso nesta parte
da ABNT NBR 15575, de forma a identificar se o projeto possui evidências ao atendimento.
b) dados que visem determinar as restrições e possibilidades que regem e limitam o produto imobiliário
pretendido.
NOTA Estas informações permitem caracterizar o partido hidráulico e as possíveis soluções das edificações
e de implantação dentro das condicionantes levantadas.
Esta fase está subdividida nas seguintes etapas, conforme ABNT NBR 13531:
a) LV - Levantamento de dados;
b) PN - Programa de necessidade; e
c) EV - Estudo de viabilidade.
b) diretrizes e respostas às consultas junto às concessionárias locais de água, esgoto, gás combustível
e eletricidade.
Esta fase está subdividida nas seguintes etapas, conforme ABNT NBR 13531:
a) EP - Estudo preliminar;
b) AP – Anteprojeto; e
c) PL - Projeto legal.
a) layout dos ambientes e centrais técnicas, com dimensões, condições de posicionamento, acesso e
circulação de pessoas, tubulações e sistemas técnicos, ventilação dos espaços e outros condicionantes;
c) dimensões principais de outros espaços, inclusive alturas de entreforro, necessários para passagem
de tubulações e/ou sistemas técnicos;
e) relatório com as características propostas para os sistemas que podem incorporar tecnologias inovadoras,
análises realizadas e conclusões do projetista, inclusive apontando os resultados esperados em função
das alternativas tecnológicas a serem adotadas.
A.4.3 Fase C – Identificação e solução de interfaces
Esta fase se caracteriza, conforme ABNT NBR 15351, como PB - Projeto Básico.
a) plantas de todos os setores ou pavimentos com posicionamento das colunas, caixas de inspeção, ralos
e outros dispositivos de captação e caixas para dispositivos e/ou sistemas de combate a incêndio;
d) desenhos das salas e centrais técnicas, bem como dos shafts verticais (plantas, cortes, vistas e detalhes,
conforme a necessidade, com marcação de todas as demandas a serem atendidas pelos projetos das demais
especialidades, dimensões, pés-direitos, portas, aberturas, janelas, forros, condições de acesso de pessoas
e equipamentos, proximidade de outros ambientes ou condições etc.);
e) indicação de grandes furos na estrutura e/ou trechos de instalação embutidos em alvenaria armada,
bem como indicação de grandes furos e inserts na estrutura;
f) plantas de todos os pavimentos, com traçado de dutos, tubulações e linhas principais de sistemas hidráulicos;
g) indicação de ajustes necessários nos projetos das demais especialidades, em função das interferências
identificadas;
plantas de todos os pavimentos com traçado final e discriminação de dutos e tubulações de sistemas
hidráulicos primários e secundários com seus acessórios, trechos embutidos em vedações estruturais,
com indicação de diâmetro ou dimensões, níveis, declividades e/ou caimentos, compatibilizados com
os demais elementos e sistemas;
c) planta de marcação de laje para o pavimento tipo, com indicação das caixas e tubulações e/ou inserts
embutidos, inclusive furos em lajes, com dimensões e posições cotadas em relação à estrutura;
e) detalhes necessários à perfeita compreensão da instalação representada nos esquemas verticais e nas
plantas, tais como plantas, cortes, vistas e detalhes de montagem, incluindo o posicionamento
e discriminação de equipamentos, dutos, tubulações e seus acessórios, com indicação de diâmetros
ou dimensões, níveis e caimentos, sempre compatibilizados com as plantas e esquemas
correspondentes;
h) plantas de todos os pavimentos com posicionamento cotado de chuveiros, traçado final e discriminação
da rede de tubulações e seus acessórios, devendo ser indicados os diâmetros (ou dimensões) e níveis,
compatibilizando-os com os demais elementos e sistemas;
i) indicação de furos na estrutura para todos os pavimentos, exceto furos em laje com dimensões menores
que 20 cm x 20 cm, com dimensões e posições cotadas em relação à estrutura;
j) projeto das previsões de utilidades necessárias (energia, água, e outros) para a alimentação do sistema
e suas instalações;
k) plantas de laje com posicionamento cotado das instalações hidráulicas (ralos, bidê, bacia, subidas,
descidas e passagem de tubulações) e dimensões e posicionamento cotado de todos os furos em laje em
relação aos elementos da estrutura;
l) plantas, cortes, vistas e detalhes, conforme a necessidade, contendo o detalhamento da montagem
de sistemas hidráulicos em shafts verticais, incluindo a indicação e especificação de suportes, fixações,
detalhes de vedação, acessórios e outros, com indicação de dimensões e níveis;
m) plantas de posicionamento de suportes para tubulações, caixas e outros acessórios dos sistemas
hidráulicos, bem como detalhes construtivos e especificação de suportes e dispositivos de fixação e seus
acabamentos;
a) apresentação do projeto;
c) esclarecimento de dúvida
Os conteúdos da fase E são informações documentadas do projeto e aplicação correta dos trabalhos de campo.
a) análise prévia dos projetos por parte dos envolvidos, compreendendo esclarecimento sobre a organização
e forma de utilização dos documentos de projeto;
d) jogo completo de desenhos de projeto de sistemas hidráulicos, atualizados conforme executado na obra.
b) projetos de alterações
Os conteúdos da fase F são análises e avaliação do comportamento da edificação em uso para verificar
e reafirmar se os condicionantes e pressupostos de projeto foram adequados e se eventuais alterações, realizadas
em obra, estão compatíveis com as expectativas do empreendedor e de ocupação dos usuários.
Níveis de desempenho
B.1.2 Descrição dos métodos: Método de engenharia em campo e método simplificado de campo
O método de engenharia em campo determina de forma rigorosa, os níveis de pressão sonora de equipamento
predial em operação. O método é descrito na norma ISO 16032.
O método simplificado de campo permite obter uma estimativa dos níveis de pressão sonora de equipamento
predial em operação em situações onde não se dispõe de instrumentação necessária para medir o tempo de
reverberação no ambiente de medição, ou quando as condições de ruído ambiente não permitem obter este
parâmetro. O método simplificado é descrito na ISO 10052.
Devem ser obtidos o nível de pressão sonoro contínuo equivalente padronizado de um ciclo de operação do
equipamento predial, LAeq,nT, e o nível de pressão sonora máximo, LASmax,nT, do ruído gerado pela operação
do equipamento. O ciclo de operação do produto deve atender aos critérios especificados na norma brasileira
respectiva ao produto. Devem ser atendidos concomitantemente os critérios de 12.4.5.2 e 12.4.5.3.
≤30 S
≤34 I
≤37 M
≤36 S
≤39 I
≤42 M
ANEXO C
(informativo)
Bibliografia
Manual de Escopo de Projetos e Serviços de Instalações Prediais – Hidráulica, elaborado e publicado pelo
SECOVI.