ABNT NBR 15575 Edificações Habitacionais Desempenho

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ABNT NBR 15575-1_2013

Edificações Habitacionais — Desempenho


Parte 1: Requisitos gerais
Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização
Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de
Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores
e neutros (universidade, laboratório e outros).

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que alguns dos
elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser considerada
responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.

A ABNT NBR 15575-1 foi elaborada no Comitê Brasileiro da Construção Civil (ABNT/CB-02), pela Comissão
de Estudos de Desempenho de Edificações (CE-02.136.01). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme
Edital nº 10, de 28.09.2007 a 27.11.2007, com o número de Projeto 02:136.01-001/1.

A ABNT NBR 15575, sob o título geral “Edificações habitacionais — Desempenho”, tem previsão de conter as
seguintes partes:

 Parte 1: Requisitos gerais;

 Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais;

 Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos;

 Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e externas;

 Parte 5: Requisitos para os sistemas de coberturas;

 Parte 6: Requisitos para os sistemas hidrossanitários.

Esta versão da ABNT NBR 15575-1:2013 cancela e substitui as versões anteriores da ABNT NBR 15575-1.
Introdução

Normas de desempenho são estabelecidas buscando atender às exigências dos usuários, que, no caso desta
Norma, referem-se a sistemas que compõem edificações habitacionais, independentemente dos seus materiais
constituintes e do sistema construtivo utilizado.

O foco desta Norma está nas exigências dos usuários para o edifício habitacional e seus sistemas, quanto ao seu
comportamento em uso e não na prescrição de como os sistemas são construídos.

A forma de estabelecimento do desempenho é comum e internacionalmente pensada por meio da definição de


requisitos (qualitativos), critérios (quantitativos ou premissas) e métodos de avaliação, os quais sempre permitem
a mensuração clara do seu cumprimento.

As Normas assim elaboradas visam de um lado incentivar e balizar o desenvolvimento tecnológico e, de outro,
orientar a avaliação da eficiência técnica e econômica das inovações tecnológicas.

As Normas prescritivas estabelecem requisitos com base no uso consagrado de produtos ou procedimentos,
buscando o atendimento às exigências dos usuários de forma indireta.

Por sua vez, as Normas de desempenho traduzem as exigências dos usuários em requisitos e critérios, e são
consideradas como complementares às Normas prescritivas, sem substituí-las. A utilização simultânea delas visa
atender às exigências do usuário com soluções tecnicamente adequadas.

No caso de conflito, diferença ou divergência de critérios ou métodos entre as normas prescritivas e esta norma,
deve-se atender a todos os critérios e métodos de todas as normas.

A abordagem desta Norma explora conceitos que muitas vezes não são considerados em Normas prescritivas
específicas, como, por exemplo, a durabilidade dos sistemas, a manutenibilidade da edificação e o conforto tátil
e antropodinâmico dos usuários.

Todas as disposições contidas nesta Norma são aplicáveis aos sistemas que compõem edificações habitacionais,
projetados, construídos, operados e submetidos a intervenções de manutenção que atendam às instruções
específicas do respectivo manual de operação, uso e manutenção.

Requisitos aplicáveis somente para edificações de até cinco pavimentos serão especificados em suas respectivas
seções.

Requisitos e critérios particularmente aplicáveis a determinado sistema são tratados separadamente em cada
Parte desta Norma.

Esta Parte da ABNT NBR 15575 se refere às exigências dos usuários e aos requisitos gerais comuns aos
diferentes sistemas, estabelecendo as diversas interações e interferências entre estes.
1 Escopo
1.1 Esta Parte da ABNT NBR 15575 estabelece os requisitos e critérios de desempenho que se aplicam às
edifacações habitacionais, como um todo integrado, bem como serem avaliados de forma isolada para um ou mais
sistemas específicos.

1.2 Esta Parte da ABNT NBR 15575 não se aplica a obras em andamento ou a edificações concluídas até a
data da entrada em vigor desta Norma. Também não se aplica a obras de reformas nem de “retrofit” nem
edificações provisórias.

1.3 Esta Parte da ABNT NBR 15575 é utilizada como um procedimento de avaliação do desempenho de
sistemas construtivos.

1.4 Os requisitos estabelecidos nesta Parte da ABNT NBR15575 (Seções 4 a 17) são complementados pelos
requisitos estabelecidos nas ABNT NBR 15575-1 a ABNT NBR15575-6.

1.5 Os sistemas elétricos das edificações habitacionais fazem parte de um conjunto mais amplo de Normas com
base na ABNT NBR 5410 e, portanto, os requisitos de desempenho para esses sistemas não estão estabelecidos
nesta ABNT NBR 15575.

1.6 Esta parte ABNT NBR 15575 estabelece critérios relativos ao desempenho térmico, acústico, lumínico e de
segurança ao fogo, que devem ser atendidos individual e isoladamente pela própria natureza conflitante dos
critérios de medições, por exemplo, desempenho acústico (janela fechada) versus desempenho de ventilação
(janela aberta).

1.7 Requisitos aplicáveis somente para edificações de até cinco pavimentos serão especificados em suas
respectivas seções.

2 Referências Normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas,
aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do
referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 5410, Instalações elétricas de baixa tensão


ABNT NBR 5419, Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas
ABNT NBR 5629, Execução de tirantes ancorados no terreno
ABNT NBR 5649, Reservatório de fibrocimento para água potável – Requisitos
ABNT NBR 5671, Participação dos intervenientes em serviços obras de engenharia e arquitetura
ABNT NBR 5674, Manutenção de edificações – Procedimentos
ABNT NBR 6118, Projeto de estruturas de concreto – Procedimentos
ABNT NBR 6122, Projeto e execução de fundações
ABNT NBR 6136, Blocos vazados de concreto simples para alvenaria - Requisitos
ABNT NBR 6479, Portas e vedadores – Determinação da resistência ao fogo
ABNT NBR 6488, Componentes de construção – Determinação da condutância e da transmitância térmica -
Método da caixa quente protegida
ABNT NBR 6565, Elastômero vulcanizado – Determinação do envelhecimento acelerado em estufa
ABNT NBR 7190, Projeto de estruturas de madeira
ABNT NBR 7398, Produto de aço ou ferro fundido revestido de zinco por imersão a quente – Verificação da
aderência do revestimento
ABNT NBR 7400, Produto de aço ou ferro fundido – Revestimento de zinco por imersão a quente – Verificação da
uniformidade do revestimento
ABNT NBR 8044, Projeto geotécnico
ABNT NBR 8094, Material metálico revestido e não-revestido – Corrosão por exposição à névoa salina
ABNT NBR 8096, Material metálico revestido e não-revestido – Corrosão por exposição ao dióxido de enxofre
ABNT NBR 8491, Tijolo maciço de solo-cimento
ABNT NBR 8681, Ações e segurança nas estruturas – Procedimentos
ABNT NBR 8800, Projeto e execução de estruturas de aço de edifícios (método dos estados limites)
ABNT NBR 9050, Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos
ABNT NBR 9062, Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado
ABNT NBR 9077, Saídas de emergência em edifícios
ABNT NBR 9441, Execução de sistemas de detecção de alarme de incêndio
ABNT NBR 9457, Ladrilho hidraúlico
ABNT NBR 10151, Acústica – Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o conforto da comunidade –
Procedimentos
ABNT NBR 10152, Níveis de ruído para conforto acústico
ABNT NBR 10834, Bloco vazado de solo-cimento sem função estrutural
ABNT NBR 10837, Cálculo de alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto
ABNT NBR 10898, Sistema de iluminação de emergência
ABNT NBR 11173, Projeto e execução de argamassa armada
ABNT NBR 11682, Estabilidade de taludes
ABNT NBR 12693, Sistemas de proteção por extintores de incêndio
ABNT NBR 13281, Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos – Requisitos
ABNT NBR 13434-1, Sinalização de segurança contra incêndio e pânico – Parte 1: Princípios de projeto
ABNT NBR 13434-2, Sinalização de segurança contra incêndio e pânico – Parte 2: Símbolos e suas formas,
dimensões e cores
ABNT NBR 13438, Blocos de concreto celular autoclavado
ABNT NBR 13523, Central de gás liquefeito de petróleo (GLP)
ABNT NBR 13714, Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio – Procedimentos
ABNT NBR 13858-2, Telhas de concreto – Parte 2: Requisitos e métodos de ensaio – Procedimentos
ABNT NBR 14037, Manual de operação, uso e manutenção das edificações – Conteúdo e recomendações para
elaboração e apresentação
ABNT NBR 14323, Dimensionamento de estruturas de aço de edifícios em situação de incêndio – Procedimento
ABNT NBR 14432, Exigências de resistência ao fogo de elementos construtivos de edificações – Procedimento
ABNT NBR 14762, Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis formados a frio – Procedimento
ABNT NBR 15200, Projeto de estruturas de concreto em situação de incêndio
ABNT NBR 15210-1, Telha ondulada de fibrocimento sem amianto e seus acessórios – Parte 1: Classificação
e requisitos
ABNT NBR 15215-3, Iluminação natural – Parte 3: Procedimento de cálculo para a determinação da iluminação
natural em ambientes internos
ABNT NBR15220-2, Desempenho térmico de edificações – Parte 2: Métodos de cálculo da transmitância térmica,
da capacidade térmica, do atraso térmico e do fator solar de elementos e componentes de edificações
ABNT NBR 15220-3, Desempenho térmico de edificações – Parte 3: Zoneamento bioclimático brasileiro
e diretrizes construtivas para habitações unifamiliares de interesse social
ABNT NBR 15220-4, Desempenho térmico de edificações – Parte 4: Medição da resistência térmica e da
condutividade térmica pelo princípio da placa quente protegida
ABNT NBR 15319, Tubos de concreto, de seção circular, para cravação – Requisitos e métodos de ensaio
ABNT NBR 15526, Redes de distribuição interna para gases combustíveis em instalações residenciais e
comerciais - Projeto e execução
ANSI/ASHRAE 74, Method of Measuring Solar-Optical Properties of Materials
ASHRAE Standard 140 - AMERICAN SOCIETY OF HEATING, REFRIGERATING AND AIRCONDITIONING
ENGINEERS. New ASHRAE standard aids in evaluating energy analysis programs: Standard 140-2007.
ASTM C1371, Standard Test Method for Determination of Emittance of Materials Near Room Temperature Using
Portable Emissometers
ASTM C177, Standard Test Method for Steady-State Heat Flux Measurements and Thermal Transmission
Properties by Means of the Guarded-Hot-Plate Apparatus
ASTM C351-92B, Standard Test Method for Mean Specific Heat of Thermal Insulation
ASTM C518, Standard Test Method for Steady-State Thermal Transmission Properties by Means of the Heat Flow
Meter Apparatus
ASTM E424-71, Standard Test Methods for Solar Energy Transmittance and Reflectance (Terrestrial) of Sheet
Materials
ASTM G154-06, Standard Practice for Operating Fluorescent Light Apparatus for UV Exposure of Nonmetallic
Materials
ASTM D1413-07, Standard Test Method for Wood Preservatives by Laboratory Soil-Block Cultures
BS 7453 Guide to durability of buildings and building elements, products and components
Eurocode 2, Design of concrete structures
Eurocode 3, Design of steel structures
Eurocode 4, Design of composite steel and concrete structures
Eurocode 5, Design of timber structures
Eurocode 6, Design of mansory structures
Eurocode 9, Design of aluminium structures
ISO 7726, Ergonomics of the thermal environment – Instruments for measuring physical quantities
ISO 8302, Thermal insulation - Determination of steady-state thermal resistance and related properties - Guarded
hot plate apparatus

ISO 15686-1, Buildings and constructed assets – Service life planning – Part 1: General principles
ISO 15686-2, Buildings and constructed assets -- Service life planning – Part 2: Service life prediction procedures
ISO 15686-3, Buildings and constructed assets -- Service life planning – Part 3: Performance audits and reviews
ISO 15686-5, Buildings and constructed assets – Service life planning – Part 5: Life cycle costing
ISO 15686-6, Buildings and constructed assets -- Service life planning – Part 6: Procedures for considering
environmental impacts (available in English only)
ISO 15686-7, Buildings and constructed assets -- Service life planning – Part 7: Performance evaluation for
feedback of service life data from practice
JIS A 1423, Simplified test method for emissivity by infrared radio meter
UNE - EN 410 – 1998 – Vidrio para la edificación – Determinación de las características luminosas y solares de los
acristalamientos
UNE – EN 12898 – Vidrio para la edificación – Determinación de la emisividad

3 Termos e definições
Para os efeitos desta Parte da ABNT NBR 15575, aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1
agente de degradação
tudo aquilo que agindo sobre um sistema contribui para reduzir seu desempenho

3.2
absortância à radiação solar
Quociente da taxa de radiação solar absorvida por uma superfície pela taxa de radiação solar incidente sobre esta
mesma superfície (ABNT NBR 15220-1:2005)
3.3
capacidade Térmica
quantidade de calor necessária para variar em uma unidade a temperatura de um sistema em kJ/(m².K) calculada
conforme ABNT NBR 15220-2:2005 item 4.3.

3.4
componente
unidade integrante de determinado elemento da edificação, com forma definida e destinada a cumprir funções
específicas (exemplos: bloco de alvenaria, telha, folha de porta)

3.5
condições de exposição; ações
conjunto de ações atuantes sobre a edificação habitacional, incluindo cargas gravitacionais, ações externas
e ações resultantes da ocupação

3.6
construtor
pessoa física ou jurídica, legalmente habilitada, contratada para executar o empreendimento, de acordo com
o projeto e em condições mutuamente estabelecidas

3.7
critérios de desempenho
especificações quantitativas dos requisitos de desempenho, expressos em termos de quantidades mensuráveis,
a fim de que possam ser objetivamente determinados

3.8
custo global
custo total de uma edificação ou de seus sistemas, determinado considerando-se, além do custo inicial, os custos
de operação e manutenção ao longo da sua vida útil

3.9
desempenho
comportamento em uso de uma edificação e de seus sistemas

3.10
degradação
redução do desempenho devido à atuação de um ou de vários agentes de degradação

3.11
dia típico de verão:
é definido como um dia real, caracterizado pelas seguintes variáveis: temperatura do ar, umidade relativa do ar,
velocidade do vento, radiação solar incidente em superfície horizontal para o dia mais quente do ano segundo a
média do período dos últimos 10 anos. A Tabela A2 apresenta os dados para algumas cidades.

3.12
dia típico de inverno:
é definido como um dia real, caracterizado pelas seguintes variáveis: temperatura do ar, umidade relativa do ar,
velocidade do vento, radiação solar incidente em superfície horizontal para o dia mais frio do ano segundo a média
do período dos últimos 10 anos. A Tabela A3 apresenta os dados para algumas cidades.

3.13
durabilidade
capacidade da edificação ou de seus sistemas de desempenhar suas funções, ao longo do tempo e sob condições
de uso e manutenção especificadas.

Nota – Durabilidade é comumente utilizado como termo qualitativo para expressar a condição em que a edificação
ou seus sistemas mantem seu desempenho requerido durante a vida útil (ver ISO 16.311-1).

3.14
elemento
parte de um sistema com funções específicas. Geralmente é composto por um conjunto de componentes
(exemplo: parede de vedação de alvenaria, painel de vedação pré-fabricado, estrutura de cobertura)
3.15
Empresa especializada
organização ou profissional liberal que exerce função na qual é exigida qualificação técnica específica e cujo
controle e disciplina são deferidos legalmente pelos conselhos e ordens profissionais.

3.16
especificações de desempenho
Conjunto de requisitos e critérios de desempenho estabelecido para a edificação ou seus sistemas. As
especificações de desempenho são uma expressão das funções exigidas da edificação ou de seus sistemas e que
correspondem a um uso claramente definido; no caso desta Norma, referem-se ao uso habitacional de edificações.

3.17
exigências do usuário
conjunto de necessidades do usuário da edificação habitacional a serem satisfeitas por este (e seus sistemas), de
modo a cumprir com suas funções

3.18
estado da arte
estágio de desenvolvimento de uma capacitação técnica em um determinado momento, em relação a produtos,
processos e serviços, baseado em descobertas científicas, tecnológicas e experiências consolidadas e pertinentes

3.19
falha
ocorrência que prejudica a utilização do sistema ou do elemento, resultando em desempenho aquém do requerido.

3.20
fornecedor
pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados,
que desenvolvem atividade de montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação,
distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços

3.21
garantia legal
direito do consumidor de reclamar reparos, recomposição, devolução ou substituição do produto adquirido,
conforme legislação vigente.

3.22
garantia certificada
condições dadas pelo fornecedor por meio de certificado ou contrato de garantia para reparos, recomposição,
devolução ou substituição do produto adquirido.

3.23
incorporador
pessoa física ou jurídica, comerciante ou não, que, embora não efetuando a construção, compromisse ou efetive
a venda de frações ideais de terreno, objetivando a vinculação de tais frações a unidades autônomas,
em edificações a serem construídas ou em construção sob regime condominial, ou que meramente aceita
propostas para efetivação de tais transações, coordenando e levando a termo a incorporação e responsabilizando-se,
conforme o caso, pela entrega em certo prazo, preço e determinadas condições das obras concluídas

3.24
inovação tecnológica
aperfeiçoamento tecnológico, resultado de atividades de pesquisa, aplicado ao processo de produção do edifício,
objetivando a melhoria de desempenho, qualidade e custo do edifício ou de um sistema

3.25
inspeção predial de uso e manutenção
verificação, através de metodologia técnica, das condições de uso e de manutenção preventiva e corretiva da
edificação

3.26
manual de operação, uso e manutenção
documento que reúne apropriadamente todas às informações necessárias para orientar as atividades de operação,
uso e manutenção da edificação

Nota – Também conhecido como manual do proprietário, quando aplicado para as unidades autônomas, e manual
das áreas comuns ou manual do síndico, quando aplicado para as áreas de uso comum.

3.27
manutenção
conjunto de atividades a serem realizadas ao longo da vida total da edificação para conservar ou recuperar a sua
capacidade funcional e de seus sistemas constituintes de atender as necessidades e segurança dos seus usuários.

3.28
operação
conjunto de atividades a serem realizadas em sistemas e equipamentos com a finalidade de manter a edificação
em funcionamento adequado

3.29
manutenibilidade
grau de facilidade de um sistema, elemento ou componente de ser mantido ou recolocado no estado no qual
possa executar suas funções requeridas, sob condições de uso especificadas, quando a manutenção é executada
sobre condições determinadas, procedimentos e meios prescritos

3.30
norma de desempenho
conjunto de requisitos e critérios estabelecidos para uma edificação habitacional e seus sistemas, com base em
exigências do usuário, independentemente da sua forma ou dos materiais constituintes

3.31
norma prescritiva
conjunto de requisitos e critérios estabelecidos para um produto ou um procedimento específico, com base na
consagração do uso ao longo do tempo

3.32
patologia
não conformidade que se manifesta no produto em função de falhas no projeto, na fabricação, na instalação, na
execução, na montagem, no uso ou na manutenção bem como problemas que não decorram do envelhecimento
natural.

3.33
pé-direito
distância entre o piso de um andar e o teto desse mesmo andar.

3.34
prazo de garantia legal
período de tempo previsto em lei que o consumidor dispõe para reclamar dos vícios (defeitos) verificados na
compra de produtos duráveis.

3.35
prazo de garantia certificada
período de tempo, acima do prazo de garantia legal, oferecido voluntariamente pelo fornecedor (incorporador,
construtor ou fabricante) na forma de certificado ou termo de garantia ou contrato, para que o consumidor possa
reclamar dos vícios (defeitos) verificados na compra de seu produto. Este prazo pode ser diferenciado para cada
um dos componentes do produto a critério do fornecedor.

3.36
requisitos de desempenho
condições que expressam qualitativamente os atributos que a edificação habitacional e seus sistemas devem
possuir, a fim de que possam satisfazer as exigências do usuário

3.37
“retrofit”
remodelação ou atualização do edifício ou de sistemas, através da incorporação de novas tecnologias e conceitos,
normalmente visando valorização do imóvel, mudança de uso, aumento da vida útil, eficiência operacional
e energética

3.38
ruína
característica do estado-limite último, por ruptura ou por perda de estabilidade ou por deformação acima dos
limites de estado limite último estabelecido em normas

3.39
sistema
a maior parte funcional do edifício. Conjunto de elementos e componentes destinados a cumprir com uma
macrofunção que a define (exemplo: fundação, estrutura, vedações verticais, instalações hidrossanitárias,
cobertura)

Nota - As ABNT NBR 15575-2 a ABNT NBR 15575-6 tratam do desempenho de alguns sistemas da edificação.

3.40
transmitância térmica
transmissão de calor em unidade de tempo e através de uma área unitária de um elemento ou componente
construtivo; neste caso, dos vidros e dos componentes opacos das paredes externas e coberturas, incluindo as
resistências superficiais interna e externa, induzida pela diferença de temperatura entre dois ambientes. A
transmitância térmica deve ser calculada utilizando o método de cálculo da NBR 15220-2:2005 ou determinada
através do método da caixa quente protegida da NBR 6488.

3.41
usuário
pessoa que ocupa a edificação habitacional

3.42
vida útil (VU)
período de tempo em que um edifício e/ou seus sistemas se prestam às atividades para as quais foram
projetados e construídos considerando a periodicidade e correta execução dos processos de manutenção
especificados no respectivo Manual de Uso, Operação e Manutenção (a vida útil não pode ser confundida com
prazo de garantia legal e certificada).

Nota - Interferem na vida útil, além da vida útil projetada, das características dos materiais e da qualidade da
construção como um todo, o correto uso e operação da edifícação e de suas partes, a constância e efetividade
das operações de limpeza e manutenção, alterações climáticas e níveis de poluição no local da obra, mudanças
no entorno da obra ao longo do tempo (trânsito de veículos, obras de infraestrutura, expansão urbana), etc. O
valor real de tempo de vida útil será uma composição do valor teórico de Vida Útil Projetada devidamente
influenciado pelas ações da manutenção, da utilização, da natureza e da sua vizinhança. As negligências no
cumprimento integral dos programas definidos no manual de operação, uso e manutenção da edificação, bem
como ações anormais do meio ambiente, irão reduzir o tempo de vida útil, podendo este ficar menor que o prazo
teórico calculado como Vida Útil Projetada.

3.43
Vida Útil de Projeto (VUP)
Período estimado de tempo para o qual um sistema é projetado a fim de atender aos requisitos de desempenho
estabelecidos nesta norma, considerando o atendimento aos requisitos das normas aplicáveis, o estágio do
conhecimento no momento do projeto e supondo o cumprimento da periodicidade e correta execução dos
processos de manutenção especificados no respectivo Manual de Uso, Operação e Manutenção (a VUP não deve
ser confundida com tempo de vida útil, durabilidade, prazo de garantia legal e certificada).

Nota: A VUP é uma estimativa teórica de tempo que compõe o tempo de vida útil. O tempo de VU pode ou não ser
confirmado em função da eficiência e registro das manutenções, de alterações no entorno da obra, fatores
climáticos, etc.

4 Exigências do usuário

4.1 Generalidades
Para os efeitos desta Norma, apresenta-se uma lista geral de exigências dos usuários, descrita em 4.2 a 4.4
e utilizada como referência para o estabelecimento dos requisitos e critérios. Sendo atendidos os requisitos e
critérios estabelecidos nesta Norma, considera-se para todos os efeitos que estejam satisfeitas as exigências do
usuário.

4.2 Segurança
As exigências do usuário relativas à segurança são expressas pelos seguintes fatores:

 segurança estrutural;

 segurança contra o fogo;

 segurança no uso e na operação.

4.3 Habitabilidade
As exigências do usuário relativas à habitabilidade são expressas pelos seguintes fatores:

 estanqueidade;

 desempenho térmico;

 desempenho acústico;

 desempenho lumínico;

 saúde, higiene e qualidade do ar;

 funcionalidade e acessibilidade;

 conforto tátil e antropodinâmico.

4.4 Sustentabilidade
As exigências do usuário relativas à sustentabilidade são expressas pelos seguintes fatores:

 durabilidade;

 manutenibilidade;

 impacto ambiental.

4.5 Nível de desempenho


4.5.1 Em função das necessidades básicas de segurança, saúde, higiene e de economia, são estabelecidos
para os diferentes sistemas requisitos mínimos de desempenho (M) que devem ser considerados e atendidos.

4.5.2 Os valores relativos aos níveis intermediário (I) e superior (S) estão indicados nos Anexos E
da ABNT NBR 15575-1, ABNT NBR 15575-2 e ABNT NBR 15575-3, no Anexo F da ABNT NBR 15575-4
e no Anexo I da ABNT NBR 15575-5.

5 Incumbências dos intervenientes

5.1 Generalidades
As incumbências técnicas de cada um dos intervenientes encontram-se estabelecidas em 5.2 a 5.6 e na
ABNT NBR 5671.

5.2 Fornecedor de insumo, material, componente e/ou sistema


Cabe ao fornecedor de sistemas caracterizar o desempenho de acordo com esta norma.

Convém que fabricantes de produtos, que sem normas brasileiras específicas ou que não tenham seus produtos
com o desempenho caracterizado, que forneçam resultados comprobatórios do desempenho de seus produtos
com base nesta norma ou em normas específicas internacionais ou estrangeiras.
5.3 Projetista
Os projetistas, devem estabelecer a VIDA ÚTIL PROJETADA (VUP) de cada sistema que compõe esta Norma,
com base na Seção 14.

Cabe ao projetista o papel de especificar materiais, produtos e processos que atendam o desempenho mínimo
estabelecido nesta norma com base nas normas prescritivas e no desempenho declarado pelos fabricantes dos
produtos a serem empregados em projeto.

Quando as normas específicas de produtos não caracterizem desempenho, ou quando não existirem normas
específicas, ou quando o fabricante não publicar o desempenho de seu produto, é recomendável ao projetista
solicitar informações ao fabricante para balizar as decisões de especificação.

Quando forem considerados valores de VUP maiores que os mínimos estabelecidos nesta norma, estes devem
constar dos projetos e/ou memorial de cálculo.

5.4 Construtor e incorporador


5.4.1 Salvo convenção escrita, é da incumbência do incorporador, de seus prepostos e/ou dos projetistas
envolvidos, dentro de suas respectivas competências, e não da empresa construtora, a identificação dos riscos
previsíveis na época do projeto, devendo o incorporador, neste caso, providenciar os estudos técnicos requeridos
e alimentar os diferentes projetistas com as informações necessárias. Como riscos previsíveis, exemplifica-se:
presença de aterro sanitário na área de implantação do empreendimento, contaminação do lençol freático,
presença de agentes agressivos no solo e outros riscos ambientais.
5.4.2 Ao construtor ou incorporador cabe elaborar o manual de operação uso e manutenção, ou documento
similar, conforme 3.18, atendendo à ABNT NBR 14037 e ABNT NBR 5674, que deve ser entregue ao proprietário
da unidade quando da disponibilização da edificação para uso, cabendo também elaborar o manual das áreas
comuns, que deve ser entregue ao condomínio.
5.4.3 O manual de uso e operação da edificação (3.18) deve atender ao disposto na ABNT NBR 14037, com
explicitação pelo menos dos prazos de garantia aplicáveis ao caso, previstos pelo construtor ou pelo incorporador,
e citados no Anexo D.
NOTA: Recomenda-se que os prazos de garantia estabelecidos no manual de operação, uso e manutenção, ou
documento similar, sejam iguais ou maiores que os apresentados no Anexo D.

5.5 Usuário
Ao usuário ou seu preposto cabe realizar a manutenção, de acordo com o que estabelece a ABNT NBR 5674 e o
manual de operação, uso e manutenção, ou documento similar (ver 3.18).

6 Avaliação de desempenho

6.1 Generalidades
6.1.1 A avaliação de desempenho busca analisar a adequação ao uso de um sistema ou de um processo
construtivo destinado a cumprir uma função, independentemente da solução técnica adotada.
6.1.2 Para atingir esta finalidade, na avaliação do desempenho é realizada uma investigação sistemática
baseada em métodos consistentes, capazes de produzir uma interpretação objetiva sobre o comportamento
esperado do sistema nas condições de uso definidas. Em função disso, a avaliação do desempenho exige o
domínio de uma ampla base de conhecimentos científicos sobre cada aspecto funcional de uma edificação, sobre
materiais e técnicas de construção, bem como sobre as diferentes exigências dos usuários nas mais diversas
condições de uso.
6.1.2.1 Recomenda-se que os resultados desta investigação sistemática, que orientaram a realização do
projeto, sejam registrados por meio de documentação fotográfica, memorial de cálculo, observações
instrumentadas, catálogos técnicos dos produtos, registro de eventuais planos de expansão de serviços públicos
ou outras formas conforme conveniência.
6.1.3 Os requisitos de desempenho derivados de todas as exigências dos usuários podem resultar em uma lista
muito extensa; neste sentido é conveniente limitar o número de requisitos a serem considerados em um contexto
de uso definido. Dessa forma, nas Seções 7 a 17 são estabelecidos os requisitos e critérios que devem ser
atendidos por edificações habitacionais.
6.1.4 Os requisitos de desempenho previstos nesta Norma devem ser verificados aplicando-se os respectivos
métodos de avaliação explicitados nas suas diferentes partes.
6.1.5 Todas as verificações devem ser realizadas com base nas condições do meio físico na época do projeto
e da execução do empreendimento
6.2 Avaliação do desempenho
6.2.1 Generalidades
A avaliação do desempenho de edificações ou de sistemas, de acordo com esta Norma, deve ser realizada
considerando as premissas básicas estabelecidas nesta Seção.

NOTA: Recomenda-se que a avaliação do desempenho seja realizada por instituições de ensino ou pesquisa,
laboratórios especializados, empresas de tecnologia, equipes multiprofissionais ou profissionais de reconhecida
capacidade técnica.

6.2.2 Relatório da avaliação


O relatório deve ser elaborado pelo responsável pela avaliação e deve cumprir com as exigências estabelecidas
em 6.6.

6.3 Diretrizes para implantação e entorno


6.3.1 Implantação
Para edifícios ou conjuntos habitacionais com local de implantação definido, os projetos de arquitetura, da
estrutura, das fundações, contenções e outras eventuais obras geotécnicas devem ser desenvolvidos com base
nas características do local da obra (topográficas, geológicas etc.), avaliando-se convenientemente os riscos de
deslizamentos, enchentes, erosões, vibrações transmitidas por vias férreas, vibrações transmitidas por trabalhos
de terraplenagem e compactação do solo, ocorrência de subsidência do solo, presença de crateras em camadas
profundas, presença de solos expansíveis ou colapsíveis, presença de camadas profundas deformáveis e outros.

Devem ainda ser considerados riscos de explosões oriundas do confinamento de gases resultantes de aterros
sanitários, solos contaminados, proximidade de pedreiras e outros, tomando-se as providências necessárias para
que não ocorram prejuízos à segurança e à funcionalidade da obra.

6.3.2 Entorno
Os projetos devem ainda prever as interações entre construções próximas, considerando-se convenientemente as
eventuais sobreposições de bulbos de pressão, efeitos de grupo de estacas, rebaixamento do lençol freático e
desconfinamento do solo em função do corte do terreno.
Tais fenômenos também não podem prejudicar a segurança e a funcionalidade da obra, bem como de edificações
vizinhas.
O desempenho da edificação está intimamente associado a todos os projetos de implantação e ao desempenho
das fundações, devendo ser cumpridas as disposições das Normas Brasileiras aplicáveis, particularmente das
ABNT NBR 8044, ABNT NBR 5629, ABNT NBR 11682, ABNT NBR 6122 e NBR 12722

6.3.3 Segurança e estabilidade


Do ponto de vista da segurança e estabilidade ao longo da vida útil da estrutura, devem ser consideradas
as condições de agressividade do solo, do ar e da água na época do projeto, prevendo-se, quando necessário,
as proteções pertinentes à estrutura e suas partes.

6.4 Métodos de avaliação do desempenho

6.4.1 Os requisitos de desempenho devem ser verificados aplicando-se os respectivos métodos de ensaio
previstos nesta Norma.
6.4.2 Os métodos de avaliação estabelecidos nesta Norma consideram a realização de ensaios laboratoriais,
ensaios de tipo, ensaios em campo, inspeções em protótipos ou em campo, simulações e análise de projetos. A
realização de ensaios laboratoriais deve ser baseada nas Normas explicitamente referenciadas, em cada caso,
nesta Norma.
6.5 Amostragem

6.5.1 No caso de sistemas construtivos já utilizados em outras obras, pode-se considerar na avaliação
a realização de inspeções de campo, atendendo aos requisitos e critérios de desempenho estabelecidos nesta
Norma, desde que se comprove que a edificação habitacional ou o sistema seja igual ao da avaliação que se
deseja proceder e que a amostragem seja representativa.
6.5.2 Do ponto de vista da durabilidade, as avaliações de campo só devem ser aceitas se a construção
ou instalação tiver ocorrido há pelo menos dois anos.
6.5.3 Sob qualquer aspecto, deve-se tomar a máxima precaução para, com base nas análises de campo,
não se inferir ou extrapolar resultados para condições diversas de clima, implantação, agressividade do meio
e utilização.
6.5.4 Sempre que a avaliação estiver baseada na realização de ensaios de laboratório, a amostragem deve ser
aleatória.

6.6 Relação entre Normas

6.6.1 Quando uma Norma Brasileira prescritiva contiver exigências suplementares a esta Norma, elas devem ser
integralmente cumpridas.
6.6.2 Na ausência de Normas Brasileiras prescritivas para sistemas, podem ser utilizadas Normas Internacionais
prescritivas relativas ao tema.

6.7 Documento com os resultados da avaliação do sistema

6.7.1 O relatório resultante da avaliação de desempenho deve reunir informações que caracterizem o edifício
habitacional ou sistema analisado.
6.7.2 Quando houver a necessidade de realização de ensaios laboratoriais, o relatório de avaliação deve conter
a solicitação para realização desses ensaios, com explicitação dos resultados pretendidos e a metodologia a ser
seguida, de acordo com as Normas referenciadas nesta Norma.
6.7.3 A amostra tomada para ensaio deve ser acompanhada de todas as informações que a caracterizem,
considerando sua participação no sistema.
6.7.4 A partir dos resultados obtidos deve ser elaborado um documento de avaliação do desempenho, baseado
nos requisitos e critérios avaliados de acordo com esta Norma.

7 Desempenho estrutural

7.1 Generalidades
De acordo com a ABNT NBR 8681, os estados-limites de uma estrutura estabelecem as condições a partir das
quais a estrutura apresenta desempenho inadequado às finalidades da construção.

O manual do proprietário, ou documento similar (ver 3.13 da ABNT NBR 14037:1998), deve conter as informações
relativas às sobrecargas limitantes no uso das edificações.

7.2 Requisito – Estabilidade e resistência estrutural


Evitar a ruína da estrutura pela ocorrência de algum estado-limite último.

Os estados-limites últimos (ELU) determinam a paralisação, no todo ou em parte, do uso da construção, por sua
simples ocorrência.

7.2.1 Critério – Estado-limite último


As estruturas devem ser projetadas, construídas e montadas de forma a atender aos requisitos estabelecidos na
ABNT NBR 15575-2, consideradas as especificidades registradas nas Normas Brasileiras vigentes.

No estado limite último, o desempenho estrutural de qualquer edificação deve ser verificado pelas Normas
Brasileiras de projeto estrutural específicas.

7.2.2 Métodos de avaliação


Análise do projeto estrutural, verificando sua conformidade com as Normas Brasileiras específicas e com as
premissas de projeto indicadas em 7.2.1.2 e na ABNT NBR 15575-2.

Dessa forma, devem ser atendidos todos os requisitos estabelecidos nas Normas a seguir:
 ABNT NBR 6118, para estruturas de concreto;

 ABNT NBR 6122, para fundações;

 ABNT NBR 7190, para estruturas de madeira;

 ABNT NBR 8800, para estruturas de aço ou mistas;

 ABNT NBR 9062, para estruturas de concreto pré-moldado;

 ABNT NBR 10837, para alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto;

 ABNT NBR 14762, para estruturas de aço constituídas por perfis formados a frio;

 ou outras Normas Brasileiras de projeto estrutural vigentes.

7.2.3 Premissas de projeto

Devem ser considerados em projeto os estados-limites últimos caracterizados por:

 perda de equilíbrio, global ou parcial, admitida a estrutura como um corpo rígido;

 ruptura ou deformação plástica excessiva dos materiais;

 transformação da estrutura, no todo ou em parte, em sistema hipostático;

 instabilidade;

Em casos particulares, pode ser necessário considerar outros estados-limites últimos, conforme as Normas
Brasileiras específicas de projeto estrutural.

Devem ser previstas nos projetos considerações sobre as condições de agressividade do solo, do ar e da água na
época do projeto, prevendo-se as proteções aos sistemas estruturais e suas partes.

7.3 Requisito – Deformações, fissurações ocorrência de outras falhas


Circunscrever as deformações resultantes das cargas de serviço e as deformações impostas ao edifício
habitacional ou sistema a valores que não causem prejuízos ao desempenho de outros sistemas e não causem
comprometimento da durabilidade da estrutura (ver Seção 14).

7.3.1 Critério – Estados-limites de serviço

O edifício habitacional ou o sistema deve ser projetado, construído e montado de forma a atender aos requisitos
e critérios especificados nas ABNT NBR 15575-2 a ABNT NBR 15575-6.

7.3.2 Métodos de avaliação

Análise do projeto estrutural conforme Norma Brasileira específica e verificações estabelecidas nas
ABNT NBR 15575-2 a ABNT NBR 15575-6.

7.3.3 Premissas de projeto

O comportamento em serviço da edificação habitacional ou do sistema deve ser previsto em projeto, de forma que
os estados-limites de serviço (ELS), por sua ocorrência, repetição ou duração, não causem efeitos estruturais que
impeçam o uso normal da construção ou que levem ao comprometimento da durabilidade da estrutura.

8 Segurança contra incêndio

8.1 Generalidades

As exigências desta Norma relativamente à segurança contra incêndio são pautadas em:

 Proteger a vida dos ocupantes das edificações e áreas de risco, em caso de incêndio;
 Dificultar a propagação do incêndio, reduzindo danos ao meio ambiente e ao patrimônio;

 Proporcionar meios de controle e extinção do incêndio;

 Dar condições de acesso para as operações do Corpo de Bombeiros;

Os objetivos principais de garantir a resistência ao fogo dos elementos estruturais são:

 Possibilitar a saída dos ocupantes da edificação em condições de segurança;

 Garantir condições razoáveis para o emprego de socorro público, onde se permita o acesso operacional
de viaturas, equipamentos e seus recursos humanos, com tempo hábil para exercer as atividades de
salvamento (pessoas retidas) e combate a incêndio (extinção);

 Evitar ou minimizar danos à própria edificação, às outras adjacentes, à infra-estrutura pública e ao meio
ambiente.

De forma a atender às exigências do usuário quanto à segurança (ver 4.1), devem ser cumpridos os requisitos
estabelecidos na legislação pertinente e na ABNT NBR 14432.

8.2 Requisito – Dificultar o princípio do incêndio


Dificultar a ocorrência de princípio de incêndio por meio de premissas adotadas no projeto e na construção da
edificação.

8.2.1 Critérios para dificultar o princípio do incêndio


8.2.1.1 Proteção contra descargas atmosféricas
As edifícios multifamiliares devem ser providos de proteção contra descargas atmosféricas, atendendo ao
estabelecido na ABNT NBR 5419 e demais Normas Brasileiras aplicáveis, nos casos previstos na legislação
vigente.

8.2.1.2 Proteção contra risco de ignição nas instalações elétricas


As instalações elétricas das edificações habitacionais devem ser projetadas de acordo com a ABNT NBR 5410 e
Normas Brasileiras aplicáveis.

NOTA: Especial atenção deve ser dada para prevenir o risco de ignição dos materiais em função de curto-circuitos
e sobretensões.

8.2.1.3 Proteção contra risco de vazamentos nas instalações de gás


As instalações de gás devem ser projetadas e executadas de acordo com as ABNT NBR 13523 e
ABNT NBR 15526.

8.2.2 Métodos de avaliação da segurança relativa ao princípio do incêndio


A comprovação do atendimento ao requisito de 8.2, pelos critérios estabelecidos em 8.2.1.1 a 8.2.1.3, deve ser
feita pela análise do projeto ou por inspeção em protótipo.

8.2.3 Premissas de projeto


Onde houver ambiente enclausurado, devem ser atendidas a ABNT NBR 15526 e outras Normas Brasileiras
aplicáveis.

8.3 Requisito – Facilitar a fuga em situação de incêndio


Facilitar a fuga dos usuários em situação de incêndio.

8.3.1 Critério – Rotas de fuga


As rotas de saídas dos edifícios devem atender ao disposto na ABNT NBR 9077.

8.3.2 Métodos de avaliação


Análise do projeto ou por inspeção em protótipo.

8.4 Requisito – Dificultar a inflamação generalizada


Dificultar a ocorrência da inflamação generalizada no ambiente de origem de eventual incêndio.
8.4.1 Critério – Propagação superficial de chamas
Os materiais de revestimento, acabamento e isolamento termoacústico empregados na face interna dos sistemas
ou elementos que compõem a edificação devem ter as características de propagação de chamas controladas, de
forma a atender aos requisitos estabelecidos nas ABNT NBR 15575-3 a ABNT NBR 15575-5.

8.4.2 Métodos de avaliação da segurança à inflamação generalizada de incêndio


A comprovação do atendimento aos requisitos estabelecidos em 8.4.1 deve ser feita por inspeção em protótipo
ou ensaios conforme Normas Brasileiras específicas.

8.5 Requisito – Dificultar a propagação do incêndio


Dificultar a propagação de incêndio para unidades contíguas.

Caso não seja possível o atendimento ao critério de isolamento de risco à distância ou proteção (8.5.1),
a edificação não é considerada independente e o dimensionamento das medidas de proteção contra incêndio deve
ser feito considerando o conjunto de edificações como uma única.

8.5.1 Critérios
8.5.1.1 Isolamento de risco à distância
A distância entre edifícios deve atender à condição de isolamento, considerando-se todas as interferências
previstas na legislação vigente.

8.5.1.2 Isolamento de risco por proteção


As medidas de proteção, incluindo no sistema construtivo o uso de portas ou selos corta-fogo devem possibilitar
que o edifício seja considerado uma unidade independente.

8.5.1.3 Assegurar estanqueidade e isolamento


Os sistemas ou elementos de compartimentação que integram os edifícios habitacionais devem atender à
ABNT NBR 14432 para minimizar a propagação do incêndio, assegurarando estanqueidade e isolamento.

8.5.2 Métodos de avaliação


Análise do projeto ou inspeção em protótipo, aplicando-se á ABNT NBR 6479 para a determinação da resistência
ao fogo de portas e selos corta-fogo, bem como obedecendo-se à legislação vigente.

8.6 Requisito – Segurança estrutural


Minimizar o risco de colapso estrutural da edificação em situação de incêndio.

8.6.1 Minimizar o risco de colapso estrutural


A edificação habitacional deve atender à ABNT NBR 14432 e às normas específicas para o tipo de estrutura
conforme citado em 8.6.2

8.6.2 Métodos de avaliação


Análise do projeto estrutural em situação de incêndio.

Atendimento às Normas de projeto estrutural, como a seguir relacionadas:

 ABNT NBR 14323, para estruturas de aço;

 ABNT NBR 15200, para estruturas de concreto;

 para as demais estruturas, aplica-se o Eurocode correspondente, em sua última edição.

8.7 Requisito – Sistema de extinção e sinalização de incêndio


Dispor de sistemas de extinção e sinalização de incêndio.

8.7.1 Critério – Equipamentos de extinção, sinalização e iluminação de emergência


O edifício habitacional deve dispor de sinalização, iluminação de emergência e equipamentos de extinção do
incêndio conforme as ABNT NBR 9441, ABNT NBR 10898, ABNT NBR 12693, ABNT NBR 13434 e ABNT NBR 13714,
atendendo à legislação vigente.

8.7.2 Métodos de avaliação


Análise do projeto ou por inspeção em protótipo.
9 Segurança no uso e na operação

9.1 Generalidades
A segurança no uso e operação dos sistemas e componentes da edificação habitacional deve ser considerada em
projeto, especialmente as que dizem respeito a agentes agressivos (proteção contra queimaduras e pontos e
bordas cortantes, por exemplo).

9.2 Requisito – Segurança na utilização do imóvel


Assegurar que tenham sido tomadas medidas de segurança aos usuários da edificação habitacional.

9.2.1 Critério – Segurança na utilização dos sistemas


Os sistemas não devem apresentar:

a) rupturas, instabilizações, tombamentos ou quedas que possam colocar em risco a integridade física dos
ocupantes ou de transeuntes nas imediações do imóvel;

b) partes expostas cortantes ou perfurantes;

c) deformações e defeitos acima dos limites especificados nas ABNT NBR 15575-2 a ABNT NBR 15575-6.

9.2.2 Método de avaliação


Análise do projeto ou inspeção em protótipo.

9.2.3 Premissas de projeto


Devem ser previstas no projeto e na execução formas de minimizar, durante o uso da edificação, o risco de:

a) queda de pessoas em altura: telhados, áticos, lajes de cobertura e quaisquer partes elevadas da construção;

b) acessos não controlados aos riscos de quedas;

c) queda de pessoas em função de rupturas das proteções as quais deverão ser testadas conforme NBR 14718
ou possuírem memorial de cálculo assinado por profissional responsável que comprove seu desempenho;

d) queda de pessoas em função de irregularidades nos pisos, rampas e escadas, conforme a ABNT NBR 15575-3;

e) ferimentos provocados por ruptura de subsistemas ou componentes, resultando em partes cortantes


ou perfurantes;

f) ferimentos ou contusões em função da operação das partes móveis de componentes, como janelas, portas,
alçapões e outros;

g) ferimentos ou contusões em função da dessolidarização ou da projeção de materiais ou componentes a partir


das coberturas e das fachadas, tanques de lavar, pias e lavatórios, com ou sem pedestal, e de componentes
ou equipamentos normalmente fixáveis em paredes;

h) ferimentos ou contusões em função de explosão resultante de vazamento ou de confinamento de gás


combustível.

9.3 Requisito – Segurança das instalações


Evitar a ocorrência de ferimentos ou danos aos usuários, em condições normais de uso.

9.3.1 Segurança na utilização das instalações


A edificação habitacional deve atender às exigências das Normas pertinentes, como, por exemplo, ABNT NBR
5410, ABNT NBR 5419, ABNT NBR 13523, ABNT NBR 15526 e ABNT NBR 15575-6.

9.3.2 Método de avaliação


Análise do projeto ou inspeção em protótipo.
10 Estanqueidade

10.1 Generalidades
A exposição à água de chuva, à umidade proveniente do solo e aquela proveniente do uso da edificação
habitacional, devem ser consideradas em projeto, pois a umidade acelera os mecanismos de deterioração e
acarreta a perda das condições de habitabilidade e de higiene do ambiente construído.

10.2 Requisito – Estanqueidade a fontes de umidade externas à edificação


Assegurar estanqueidade às fontes de umidades externas ao sistema.

10.2.1 Critério – Estanqueidade à água de chuva e à umidade do solo e do lençol freático


Atendimento aos requisitos especificados nas ABNT NBR 15575-3 a ABNT NBR 15575-5.

10.2.2 Método de avaliação


Análise do projeto e métodos de ensaio especificados nas ABNT NBR 15575-3 a ABNT NBR 15575-5.

10.2.3 Premissas de projeto


Devem ser previstos nos projetos a prevenção de infiltração da água de chuva e da umidade do solo nas
habitações, por meio dos detalhes indicados a seguir:

a) condições de implantação dos conjuntos habitacionais, de forma a drenar adequadamente a água de chuva
incidente em ruas internas, lotes vizinhos ou mesmo no entorno próximo ao conjunto;

b) impermeabilização de porões e subsolos, jardins contíguos às fachadas e quaisquer paredes em contato com
o solo, ou pelo direcionamento das águas, sem prejuízo da utilização do ambiente e dos sistemas correlatos
e sem comprometer a segurança estrutural. Em havendo sistemas de impermeabilização, estes devem seguir
a NBR 9575;

c) impermeabilização (3.23) de fundações e pisos em contato com o solo;

d) ligação entre os diversos elementos da construção (como paredes e estrutura, telhado e paredes, corpo
principal e pisos ou calçadas laterais).

10.3 Requisito – Estanqueidade a fontes de umidade internas à edificação


Assegurar a estanqueidade à água utilizada na operação e manutenção do imóvel em condições normais de uso.

10.3.1 Critério – Estanqueidade à água utilizada na operação e manutenção do imóvel


Devem ser previstos no projeto detalhes que assegurem a estanqueidade de partes do edifício que tenham
a possibilidade de ficar em contato com a água gerada na ocupação ou manutenção do imóvel, devendo ser
verificada a adequação das vinculações entre instalações de água, esgotos ou águas pluviais e estrutura, pisos
e paredes, de forma que as tubulações não venham a ser rompidas ou desencaixadas por deformações impostas.

10.3.2 Método de avaliação


Análise do projeto e métodos de ensaio especificados nas ABNT NBR 15575-3 a ABNT NBR 15575-5.

11 Desempenho térmico

11.1 Generalidades
A edificação habitacional deve reunir características que atendam às exigências de desempenho térmico,
considerando-se a zona bioclimática definida na ABNT NBR 15220-3

Esta parte da ABNT NBR 15575 estabelece um procedimento normativo apresentado a seguir outro procedimento
informativo mostrado no anexo A para avaliação da adequação de habitações:

a) Procedimento 1 – Simplificado (normativo): atendimento aos requisitos e critérios para os sistemas de


vedação e coberturas, conforme ABNT NBR 15575-4 e ABNT NBR 15575-5. Para os casos em que a
avaliação de transmitância térmica e capacidade térmica, conforme os critérios e métodos estabelecidos nas
ABNT NBR 15575-4 e ABNT NBR 15575-5, resultem em desempenho térmico insatisfatório, o projetista deve
avaliar o desempenho térmico da edificação como um todo pelo método da simulação computacional
conforme o item 11.2.
a) Procedimento 2 – Medição (informativo, Anexo A): verificação do atendimento aos requisitos e critérios
estabelecidos nesta ABNT NBR 15575-1, por meio da realização de medições em edificações ou protótipos
construídos. Este método é de caráter meramente informativo e não se sobrepõe aos procedimentos descritos
no item anterior (a), conforme disposto na diretiva 2:2011 da ABNT.

11.2 Simulação computacional – Introdução


Para a avaliação de desempenho térmico por simulação computacional os requisitos, critérios e métodos são
detalhados em 11.3 e 11.4.

Para a realização das simulações computacionais devem ser utilizadas como referência as tabelas A1, A2 e A3
apresentadas no Anexo A, que fornecem informações sobre a localização geográfica de algumas cidades
brasileiras e os dados climáticos correspondentes aos dias típicos de projeto de verão e de inverno.

Na falta de dados para a cidade onde se encontra a habitação, recomenda-se utilizar os dados climáticos de uma
cidade próxima com características climáticas semelhantes, na mesma Zona Bioclimática brasileira (conforme
indicado na NBR 15220-Parte 3). Se o clima na cidade não for semelhante ao de nenhuma outra que tenha dados
disponíveis, recomenda-se evitar o método da simulação computacional.

Para a realização das simulações computacionais recomenda-se o emprego do programa EnergyPlus. Outros
programas de simulação poderão ser utilizados, desde que permitam a determinação do comportamento térmico
de edificações sob condições dinâmicas de exposição ao clima, sendo capazes de reproduzir os efeitos de inércia
térmica e sejam validados pela ASHRAE Standard 140.

Para a geometria do modelo de simulação, deve ser considerada a habitação como um todo, considerando cada
ambiente como uma zona térmica. Na composição de materiais para a simulação, deve-se utilizar dados das
propriedades térmicas dos materiais e/ou componentes construtivos:

 Obtidos em laboratório, através de método de ensaio normalizado. Para os ensaios de laboratório,


recomenda-se a utilização dos métodos apresentados na Tabela 11.1.

 Na ausência destes dados ou na impossibilidade de obtê-los junto aos fabricantes, é permitido utilizar os
dados disponibilizados NBR 15220-Parte 2 como referência.

Tabela 11.1 — Métodos de medição de propriedades térmicas de materiais e elementos construtivos

Propriedade Determinação

Condutividade térmica ASTM C 518 ou ASTM C 177 ou ISO 8302

Calor específico Medição ASTM C 351 – 92b

1.1 Medição conforme método de ensaio


Densidade de massa aparente preferencialmente normalizado, específico para o
material

Emissividade Medição JIS A 1423/ ASTM C1371 - 04a

Medição ANSI/ASHRAE 74/88


Absortância à radiação solar
ASTM E1918-06, ASTM E903-96
Medição conforme ABNT NBR 6488 ou cálculo
conforme ABNT NBR 15220-2, tomando-se por base
Resistência ou transmitância térmica de elementos valores de condutividade térmica medidos
ASTM E903-96
Características fotoenergética (vidros) EN 410 – 1998/ EN 12898

11.3 Requisito – Exigências de desempenho no verão


Apresentar condições térmicas no interior do edifício habitacional melhores ou iguais às do ambiente externo, à
sombra, para o dia típico de verão, conforme 11.3.1.
11.3.1 Critério – Valores máximos de temperatura
O valor máximo diário da temperatura do ar interior de recintos de permanência prolongada, como, por exemplo,
salas e dormitórios, sem a presença de fontes internas de calor (ocupantes, lâmpadas, outros equipamentos em
geral), deve ser sempre menor ou igual ao valor máximo diário da temperatura do ar exterior.

O nível para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende ao critério de 11.3.1 é mostrado na Tabela
11.2 abaixo:

Tabela 11.2 - Critério de avaliação de desempenho térmico para condições de verão


Critério
Nível de desempenho
Zonas 1 a 7 Zona 8
M Ti,max  Te,max Ti,max  Te,max
Ti,max é o valor máximo diário da temperatura do ar no interior da edificação, em graus Celsius;
Te,max é o valor máximo diário da temperatura do ar exterior à edificação, em graus Celsius;
Ti,min é o valor mínimo diário da temperatura do ar no interior da edificação, em graus Celsius;
Te,min é o valor mínimo diário da temperatura do ar exterior à edificação, em graus Celsius.
NOTA: Zonas bioclimáticas de acordo com a ABNT NBR 15220-3.

A Tabela E1 do Anexo E apresenta a caracterização para os níveis de desempenho I (intermediário) e S (superior)


opcionais.

11.3.1 Método de avaliação


Simulação computacional conforme procedimentos apresentados em 11.2.

11.4 Requisito – Exigências de desempenho no inverno


Apresentar condições térmicas no interior do edifício habitacional melhores que do ambiente externo, no dia típico
de inverno, conforme 11.4.1, nas zonas bioclimáticas 1 a 5. Nas zonas 6, 7 e 8 não é necessário realizar avaliação
de desempenho térmico para inverno.

11.4.1 Critério – Valores mínimos de temperatura


Os valores mínimos diários da temperatura do ar interior de recintos de permanência prolongada, como por
exemplo salas e dormitórios, no dia típico de inverno, devem ser sempre maiores ou iguais à temperatura mínima
externa acrescida de 3 °C.

O nível para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende ao critério de 11.4.1 é mostrado na Tabela
11.3 abaixo:

Tabela 11.3 – Critério de avaliação de desempenho térmico para condições de inverno


Nível de Critério
desempenho
Zonas bioclimáticas 1 a 5) Zonas bioclimáticas 6, 7 e 8

M Ti,min  (Te,min + 3o C) Nestas zonas, este critério não


deve ser verificado.
Ti,min é o valor mínimo diário da temperatura do ar no interior da edificação, em graus Celsius;
Te,min é o valor mínimo diário da temperatura do ar exterior à edificação, em graus Celsius.
NOTA: Zonas bioclimáticas de acordo com a ABNT NBR 15220-3.

A Tabela E2 do Anexo E apresenta a caracterização para os níveis de desempenho I (intermediário) e S (superior)


opcionais.

11.4.2 Método de avaliação


Simulação computacional conforme procedimentos apresentados em 11.2.

11.5 Edificações em fase de projeto


A avaliação deve ser feita para um dia típico de projeto, de verão e de inverno.
Para unidades habitacionais isoladas, seguir o procedimento estabelecido em 11.5.1 e 11.5.2.

Para conjuntos habitacionais ou edifícios multipiso, selecionar unidades habitacionais representativas conforme
estabelecido a seguir:

a) conjunto habitacional de edificações térreas: selecionar uma unidade habitacional com o maior número de
paredes expostas e seguir o procedimento estabelecido em 11.5.1 e 11.5.2;

b) edifício multipiso: selecionar uma unidade do último andar, com cobertura exposta, e seguir o procedimento
estabelecido em 11.5.1 e 11.5.2.

11.5.1 Simular todos os recintos da unidade habitacional, considerando as trocas térmicas entre os seus
ambientes e avaliar os resultados dos recintos dormitórios e salas, considerando as condições apresentadas
abaixo.
Na entrada de dados, considerar que os recintos adjacentes, de outras unidades habitacionais, separados,
portanto, por paredes de geminação ou entrepisos, apresentam a mesma condição térmica do ambiente que está
sendo simulado.

A edificação deve ser orientada conforme a implantação. A unidade habitacional desta edificação escolhida para a
simulação deve ser a mais crítica do ponto de vista térmico.

Caso esta orientação da edificação não esteja definida, esta deve ser posicionada de tal forma que a unidade a
ser avaliada tenha a condição mais crítica do ponto de vista térmico.

Como condição crítica do ponto de vista térmica, recomenda-se que:

a) verão: janela do dormitório ou da sala voltada para oeste e a outra parede exposta voltada para norte. Caso
não seja possível, o ambiente deve ter pelo menos uma janela voltada para oeste;

b) inverno: janela do dormitório ou da sala de estar voltada para sul e a outra parede exposta voltada para leste.
Caso não seja possível, o ambiente deve ter pelo menos uma janela voltada para sul;

c) obstrução no entorno: considerar que as paredes expostas e as janelas estão desobstruídas, ou seja, sem a
presença de edificações ou vegetação nas proximidades que modifiquem a incidência de sol e/ou vento.
Edificações de um mesmo complexo, por exemplo um condomínio, podem ser consideradas, desde que
previstas para habitação no mesmo período. Esta informação deve constar na documentação de
comprovação de desempenho;

d) Obstrução por elementos construtivos previstos na edificação: dispositivos de sombreamento (exemplos:


para-sóis , marquises, beirais) devem ser consideradas na simulação.

Adotar uma taxa de ventilação do ambiente de 1 ren/h. A taxa de renovação da cobertura deve ser a mesma, de 1
ren/h.

A absortância à radiação solar das superfícies expostas deve ser definida conforme a cor e as características das
superfícies externas da cobertura e das paredes expostas, conforme orientações a seguir:

a) cobertura: valor especificado no projeto, correspondente, portanto, ao material declarado para o telhado ou
outro elemento utilizado que constitua a superfície exposta da cobertura;

b) parede: assumir o valor da absortância à radiação solar correspondente à cor definida no projeto. Caso a cor
não esteja definida, simular para três alternativas de cor:

 cor clara:  = 0,3;

 cor média:  = 0,5

 cor escura:  = 0,7.

11.5.2 A unidade habitacional que não atender aos critérios estabelecidos para verão deve ser simulada
novamente considerando-se as seguintes alterações:
 ventilação: configuração da taxa de ventilação de cinco renovações do volume de ar do ambiente por
hora (5,0 Ren/h) e janelas sem sombreamento;

 sombreamento: inserção de proteção solar externa ou interna da esquadria externa com dispositivo
capaz de cortar no mínimo 50 % da radiação solar direta que entraria pela janela, com taxa de uma
renovação do volume de ar do ambiente por hora (1,0 ren/h);

 ventilação e sombreamento: combinação das duas estratégias anteriores, ou seja, inserção de


dispositivo de proteção solar e taxa de renovação do ar de 5,0 ren/h.

11.5.3 O anexo A (informativo) apresenta dados climáticos brasileiros de referência.

12 Desempenho acústico

12.1 Generalidades
A edificação habitacional deve apresentar isolamento acústico adequado das vedações externas, no que se refere
aos ruídos aéreos provenientes do exterior da edifícação habitacional, e isolamento acústico adequado entre
áreas comuns e privativas.

12.2 Requisito – Isolação acústica de vedações externas


Propiciar condições mínimas de desempenho acústico da edificação, com relação a fontes normalizadas de ruídos
externos aéreos.

12.2.1 Critério – Desempenho acústico das vedações externas


A edificação deve atender ao limite mínimo de desempenho conforme estabelecido nas ABNT NBR 15575-4 e
15575-5.

12.2.2 Método de avaliação


Especificado na ABNT NBR 15575-4 e 15575-5.

12.3 Requisito – Isolação acústica entre ambientes


Propiciar condições de isolação acústica entre as áreas comuns e ambientes de unidades habitacionais e entre
unidades habitacionais distintas.

12.3.1 Critério – Isolação ao ruído aéreo entre pisos e paredes internas


Os sistemas de pisos e vedações verticais que compõem o edifício habitacional devem ser projetados, construídos
e montados de forma a atender aos requisitos estabelecidos nas ABNT NBR 15575-3 e 15575-4.

12.3.2 Método de avaliação


Métodos especificados nas ABNT NBR 15575-3 e ABNT NBR 15575-4.

12.4 Requisito – Ruídos de impactos


Propiciar condições mínimas de desempenho acústico no interior da edificação, com relação a fontes
padronizadas de ruídos de impacto.

12.4.1 Critério – Ruídos gerados por impactos


Os sistemas que compõem os edifícios habitacionais devem atender aos requisitos e critérios especificados nas
ABNT NBR 15575-3 e ABNT NBR 15575-5.

12.4.2 Métodos de avaliação


Análise do projeto e atendimento aos métodos de ensaios especificados nas ABNT NBR 15575-3, e ABNT NBR
15575-5.

13 Desempenho lumínico

13.1 Generalidades
Durante o dia, as dependências da edificação habitacional listadas na Tabela 13.1 devem receber iluminação
natural conveniente, oriunda diretamente do exterior ou indiretamente, através de recintos adjacentes.
Para o período noturno, o sistema de iluminação artificial deve proporcionar condições internas satisfatórias para
ocupação dos recintos e circulação nos ambientes com conforto e segurança.

13.2 Requisito - Iluminação natural


Durante o dia, as dependências da edificação habitacional listadas na Tabela 13.1 devem receber iluminação
natural conveniente, oriunda diretamente do exterior ou indiretamente, através de recintos adjacentes.

13.2.1 Critério – Simulação: Níveis mínimos de iluminância natural


Contando unicamente com iluminação natural, os níveis gerais de iluminância nas diferentes dependências das
construções habitacionais devem atender ao disposto na Tabela 13.1.
Tabela 13.1* – Níveis de iluminância geral para iluminação natural

Iluminância geral (lux) para o nível


Dependência
mínimo de desempenho M

Sala de estar;
Dormitório;
 60
Copa / cozinha;
Área de serviço.
Banheiro;
Corredor ou escada interna à unidade;
Corredor de uso comum (prédios); Não exigido
Escadaria de uso comum (prédios);
Garagens/estacionamentos
* Valores mínimos obrigatórios, conforme método de avaliação 13.2.2.
NOTA: Para os edifícios multipiso, admitem-se para as dependências situadas no
pavimento térreo ou em pavimentos abaixo da cota da rua níveis de iluminância
ligeiramente inferiores aos valores especificados na tabela acima (diferença máxima de
20% em qualquer dependência).
NOTA 2: Os critérios desta Tabela não se aplicam às áreas confinadas ou que não
tenham iluminação natural.
NOTA 3: Deve-se verificar e atender as condições mínimas exigidas pela legislação
local.

O Anexo E contém recomendações de outros níveis de desempenho relativos a estes critérios.

13.2.2 Método de avaliação


As simulações para o plano horizontal, períodos da manhã (9:30h) e da tarde (15:30h), respectivamente para os
dias 23 de abril e 23 de outubro e sua avaliação deve ser realizada com emprego do algoritmo apresentado na
ABNT NBR 15215 –3, atendendo as seguintes condições:
- considerar a latitude e a longitude do local da obra, supor dias com nebulosidade média (índice de nuvens 50
%);
- supor desativada a iluminação artificial, sem a presença de obstruções opacas (janelas e cortinas abertas,
portas internas abertas, sem roupas estendidas nos varais, etc);
- simulações para o centro dos ambientes, na altura de 0,75m acima do nível do piso;
- simulações nos pontos centrais de corredores internos ou externos à unidade, a 0,75m do nível do piso;
- para escadarias, simulações nos pontos centrais dos patamares e a meia-largura do degrau central de cada
lance, a 0,75m acima do nível do piso;
- para o caso de conjuntos habitacionais constituídos por casas ou sobrados, considerar todas as orientações
típicas das diferentes unidades;
- para o caso de conjuntos habitacionais constituídos por edifícios multipiso considerar, além das orientações
típicas, os diferentes pavimentos e as diferentes posições dos apartamentos nos andares;
- em qualquer circunstância, considerar os eventuais sombreamentos resultantes de edificações vizinhas,
taludes, muros e outros possíveis anteparos, desde que se conheçam o local e as condições de implantação
da obra.
13.2.3 Critério – Medição in loco: Fator de Luz Diurna (FLD)
Contando unicamente com iluminação natural, o Fator de Luz Diurna (FLD) nas diferentes dependências das
construções habitacionais deve atender ao disposto na Tabela 13.2. (Ver ISO 5034 – 1)

Tabela 13.2* – Fator de luz diurna para os diferentes ambientes da habitação

FLD (%) para o nível mínimo de


Dependência
desempenho M
Sala de estar;
Dormitório;
 0,50%
Copa / cozinha;
Área de serviço.
Banheiro;
Corredor ou escada interna à unidade;
Corredor de uso comum (prédios); Não exigido
Escadaria de uso comum (prédios);
Garagens/estacionamentos
* Valores mínimos obrigatórios, conforme método de avaliação 13.2.4.
NOTA 1: Para os edifícios multipiso, admitem-se para as dependências situadas no
pavimento térreo ou em pavimentos abaixo da cota da rua níveis de iluminância
ligeiramente inferiores aos valores especificados na tabela acima.
NOTA 2: Os critérios desta Tabela não se aplicam às áreas confinadas ou que não
tenham iluminação natural.

O Anexo E contém recomendações de outros níveis de desempenho relativos a estes critérios.

13.2.4 Método de avaliação


Realização de medições no plano horizontal, com o emprego de luxímetro portátil, erro máximo  5% do valor
medido, no período compreendido entre 9h e 15h, nas seguintes condições:
- medições em dias com cobertura de nuvens maior que 50%, sem ocorrência de precipitações;
- medições realizadas com a iluminação artificial desativada, sem a presença de obstruções opacas (janelas e
cortinas abertas, portas internas abertas, sem roupas estendidas nos varais, etc);
- medições no centro dos ambientes, a 0,75m acima do nível do piso;
- medições nos pontos centrais de corredores internos ou externos à unidade;
- para escadarias, medições nos pontos centrais dos patamares e a meia-largura do degrau central de cada
lance;
- para o caso de conjuntos habitacionais constituídos por casas ou sobrados, considerar todas as orientações
típicas das diferentes unidades;
- para o caso de conjuntos habitacionais constituídos por edifícios multipiso considerar, além das orientações
típicas, os diferentes pavimentos e as diferentes posições dos apartamentos nos andares;
- na ocasião das medições não pode haver incidência de luz solar direta sobre os luximetros, em nenhuma
circunstância;
- o Fator de Luz Diurna – FLD é dado pela relação entre a iluminância interna e a iluminância externa à sombra,
de acordo com a seguinte equação:

- ,
- Onde :
- Ei é iluminânica no interior da dependência
- Ee é iluminância externa à sombra.
13.2.5 Premissas de projeto
- os requisitos de iluminância natural podem ser atendidos mediante adequada disposição dos cômodos
(arquitetura), correta orientação geográfica da edificação, dimensionamento e posição das aberturas, tipos de
janelas e de envidraçamentos, rugosidade e cores dos elementos (paredes, tetos, pisos etc), inserção de
poços de ventilação / iluminação, eventual introdução de domus de iluminação, etc;
- a presença de taludes, muros, coberturas de garagens e outros obstáculos do gênero não podem prejudicar
os níveis mínimos de iluminância especificados;
- nos conjuntos habitacionais integrados por edifícios, a implantação relativa dos prédios, de eventuais caixas
de escada ou de outras construções, não podem prejudicar os níveis mínimos de iluminância especificados.

13.2.6 Comunicação com o exterior


Recomenda-se que a iluminação natural das salas de estar e dormitórios, seja provida de vãos de portas ou de
janelas. No caso das janelas, recomenda-se que a cota do peitoril esteja posicionada no máximo a 100cm do piso
interno, e a cota da testeira do vão no máximo a 220cm a partir do piso interno, conforme figura abaixo.

13.3 Requisito – Iluminação artificial


Propiciar condições de iluminação artificial interna satisfatórias, segundo as Normas Brasileiras vigentes, para
ocupação dos recintos e circulação nos ambientes com conforto e segurança.

13.3.1 Critério – Níveis mínimos de iluminação artificial


Os níveis gerais de iluminação promovidos nas diferentes dependências dos edifícios habitacionais por iluminação
artificial devem atender ao disposto na Tabela 13.3.

NOTA: Para iluminação de emergência, consultar ABNT NBR 10.898:1999

Tabela 13.3 — Níveis de iluminamento geral para iluminação artificial

Iluminamento geral para o nível mínimo de


Dependência desempenho
lux
Sala de estar
Dormitório
 100
Banheiro
Área de serviço
Copa/cozinha  200*
Corredor ou escada interna à unidade
Corredor de uso comum (prédios)
 75*
Escadaria de uso comum (prédios)
Garagens/estacionamentos internos e cobertos
Garagens/estacionamentos descobertos  20*
* Valores retirados da NBR 5413
NOTA: Deve-se verificar e atender as condições mínimas exigidas pela legislação local.

O Anexo E contém recomendações de outros níveis de desempenho relativos a estes critérios.


13.3.2 Método de avaliação
Análise de projeto ou inspeção em protótipo, utilizando um dos métodos estabelecidos no Anexo B, para
iluminação artificial.

14 Durabilidade e manutenibilidade

14.1 Generalidades
A durabilidade do edifício e de seus sistemas é uma exigência econômica do usuário, pois está diretamente
associada ao custo global do bem imóvel. A durabilidade de um produto se extingue quando ele deixa de cumprir
as funções que lhe forem atribuídas, quer seja pela degradação que o conduz a um estado insatisfatório
de desempenho, quer seja por obsolescência funcional. O período de tempo compreendido entre o início de
operação ou uso de um produto e o momento em que o seu desempenho deixa de atender às exigências do
usuário pre-estabelecidas é denominado vida útil. No Anexo C, faz-se uma análise mais abrangente dos conceitos
relacionados com a durabilidade e a vida útil, face à importância que representam para o desempenho do edifício
e seus sistemas.

projetistas, construtores e incorporadores são responsáveis pelos valores teóricos de Vida Útil de Projeto que
podem ser confirmados por meio de atendimento às normas Brasileiras ou Internacionais (Exemplo: ISO e IEC) ou
Regionais (Exemplo: Mercosul) e não havendo estas, podem ser consideradas normas estrangeiras na data do
projeto. Não obstante, não podem prever, estimar ou se responsabilizar pelo valor atingido de Vida Útil (VU) uma
vez que este depende de fatores fora de seu controle, tais como a o correto uso e operação do edifício e de suas
partes, a constância e efetividade das operações de limpeza e manutenção, alterações climáticas e níveis de
poluição no local, mudanças no entorno ao longo do tempo (trânsito de veículos, rebaixamento do nível do lençol
freático, obras de infraestrutura, expansão urbana, etc).

O valor final atingido de Vida Útil (VU) será uma composição do valor teórico calculado como Vida Útil de Projeto
(VUP) influenciado positivamente ou negativamente pelas ações de manutenção, intemperes e outros fatores
internos de controle do usuário e externos (naturais) fora de seu controle.

O Anexo D apenas informativo apresenta sugestão de Diretrizes para o estabelecimento de prazos de garantia.

O prazo de garantia da solidez e segurança das edificações é fixado por lei.

14.2 Requisito – Vida útil de projeto do edifício e dos sistemas que o compõem
Projetar os sistemas da edificação de acordo com valores teóricos preestabelecidos de Vida Útil de Projeto

14.2.1 Critério – Vida Útil de Projeto


O projeto deve especificar o valor teórico para a Vida Útil de Projeto (VUP) para cada um dos sistemas que o
compõem, não inferiores aos estabelecidos na Tabela 14.1, e deve ser elaborado para que os sistemas tenham
uma durabilidade potencial compatível com a Vida Útil de Projeto (VUP).

Tabela 14.1* — Vida Útil de Projeto (VUP)

VUP mínima
Sistema
anos
Estrutura  50
segundo ABNT NBR 8681-2003
Pisos internos  13

Vedação vertical externa  40


Vedação vertical interna  20
Cobertura  20
Hidrossanitário  20

* Considerando periodicidade e processos de manutenção especificados no respectivo Manual de Uso, Operação


e Manutenção entregue ao usuário elaborado em atendimento à norma NBR 5674.
Na ausência de indicação em projeto da VUP dos sistemas, admite-se que os valores adotados correspondem aos
relacionados na Tabela 14.1 para o desempenho mínimo.

Para os casos não cobertos pela Tabela 14.1, a determinação da Vida Útil de Projeto VUP mínima pode basear-se
nas recomendações da Tabela C.4.

14.2.2 Método de avaliação


Análise do projeto.

O projeto do edifício deve atender os parâmetros mínimos de VUP indicados na Tabela 14.1. Caso sejam
adotados valores superiores ao da Tabela 14.1, estes devem ser explicitados no projeto. Os sistemas do edifício
devem ser adequadamente detalhados e especificados em projeto, de modo a possibilitar a avaliação da sua Vida
Útil de Projeto. É desejável conhecer as especificações dos elementos e componentes empregados, de modo que
possa ser avaliada a sua adequabilidade de uso em função da Vida Útil de Projeto VUP estabelecida para o
sistema.

Na análise do projeto, a avaliação do atendimento à Vida Útil de Projeto VUP pode ser realizada pela utilização da
metodologia proposta pelas ISO 15686-1 a 15686-3 e ISO 15686-5 a 15686-7. Complementarmente, o Anexo F
relaciona a bibliografia recomendada para avaliação do atendimento à Vida Útil de Projeto VUP.

O período de tempo a partir do qual se iniciam os prazos de vida útil deve ser sempre o da data de conclusão do
edifício habitacional, a qual, para efeitos desta Norma, é a data de expedição do Auto de Conclusão de Edificação,
documento legal que atesta a conclusão das obras.

A avaliação da Vida Útil de Projeto VUP de qualquer um dos sistemas ou do edifício pode ser substituída pela
asseguração por uma terceira parte (companhia de seguros) do desempenho destes.

Decorridos 50 % dos prazos de Vida Útil de Projeto (VUP) conforme Tabela 14.1, contados a partir do auto de
conclusão da obra, Sem a necessidade de intervenções com Custo de manutenção e reposição iguais ou
superiores a categoria D conforme Tabela C3, desde que não previstas no Manual de Gestão de Manutenção,
considera-se atendido o requisito de Vida Útil de Projeto (VUP), salvo prova objetiva em contrário.

Os valores de Vida Útil de Projeto também podem ser comprovados por verificações de cumprimento das normas
nacionais prescritivas na data do projeto, bem como constatações em obra do cumprimento integral do projeto
pela construtora.

14.2.3 Critério – Durabilidade


O edifício e seus sistemas devem apresentar durabilidade compatível com a Vida Útil de Projeto VUP
preestabelecida em 14.2.1.

14.2.4 Método de avaliação


A avaliação pode ser realizada:

a) através da verificação do cumprimento das exigências estabelecidas em Normas Brasileiras que estejam
relacionadas com a durabilidade dos sistemas do edifício. São exemplos de Normas com estas características
as ABNT NBR 6118, ABNT NBR 8800, ABNT NBR 9062 e ABNT NBR 14762;

b) pela comprovação da durabilidade dos elementos e componentes dos sistemas, bem como de sua correta
utilização, conforme as Normas a elas associadas que tratam da especificação dos elementos e componentes,
sua aplicação e métodos de ensaios específicos, como ABNT NBR 5649, ABNT NBR 6136, ABNT NBR 8491,
ABNT NBR 9457, ABNT NBR 10834, ABNT NBR 11173, ABNT NBR 13281, ABNT NBR 13438,
ABNT NBR 13858-2, ABNT NBR 15210-1, ABNT NBR 15319, ABNT NBR 6565; ABNT NBR 7398;
ABNT NBR 7400; ABNT NBR 8094; ABNT NBR 8096 e outras Normas Brasileiras específicas, conforme o
caso;

c) na inexistência de Normas Brasileiras, através do cumprimento das exigências estabelecidas em Normas


estrangeiras específicas e coerentes com os componentes empregados na construção e sua aplicação, como
ASTM G154-06, ASTM E 424-71, ASTM D 1413-07 e outras;

d) por análise de campo do sistema através de inspeção em protótipos e edificações, que possibilite a avaliação
da durabilidade por conhecimento das características do sistema obedecendo ao tempo mínimo de
comprovação da durabilidade (ver Seção 6) e considerando a vida útil pretendida;

e) pela análise dos resultados obtidos em estações de ensaios de durabilidade do sistema, desde que seja
possível comprovar sua eficácia;
A bibliografia constante no Anexo F pode auxiliar na avaliação da durabilidade.

14.2.5 Premissas
As condições de exposição do edifício devem ser especificadas em projeto, a fim de possibilitar uma análise da
Vida Útil de Projeto(VUP) e da durabilidade do edifício e seus sistemas.

As especificações relativas à manutenção, uso e operação do edifício e seus sistemas que forem considerados em
projeto para definição da Vida Útil de Projeto(VUP) devem estar também claramente detalhadas na documentação
que acompanha o edifício ou subsidia sua construção.

14.3 Manutenibilidade
14.3.1 Requisito – Manutenibilidade do edifício e de seus sistemas
Manter a capacidade do edifício e de seus sistemas e permitir ou favorecer as inspeções prediais, bem como as
intervenções de manutenção previstas no manual de operação, uso e manutenção. Conforme responsabilidades
estabelecidas na Seção 5 desta parte 1.

14.3.2 Critério – Facilidade ou meios de acesso


Convém que os projetos sejam desenvolvidos de forma que o edifício e os sistemas projetados tenham o
favorecimento das condições de acesso para inspeção predial através da instalação de suportes para fixação de
andaimes, balancins ou outro meio que possibilite a realização da manutenção.

14.3.3 Método de avaliação - Análise de projeto.


O projeto do edifício e de seus sistemas deve ser adequadamente concebido, de modo a possibilitar os meios que
favoreçam as inspeções prediais e as condições de manutenção.

A incorporadora ou construtora (no caso de não haver incorporação) deve fornecer ao usuário manual atendendo
a ABNT NBR 14037.

Na gestão de manutenção, deve-se atender a NBR 5674, para preservar as características originais da edificação,
prevenir a perda de desempenho decorrente da degradação de seus sistemas, elementos ou componentes.

Nota - Salvo manutenções de rotina (Ex. Limpeza), intervenções na estrutura devem ser feitas sob
responsabilidade de profissional ou empresa especializada, podendo o manual substituir instruções específicas
por recomendação de bibliografias especializadas

15 Saúde, higiene e qualidade do ar

15.1 Generalidades
As exigências relativas à saúde devem atender a legislação vigente.

Além do acima estabelecido, recomenda-se que sejam cumpridos os requisitos de 15.2 e 15.3.

15.2 Requisito – Proliferação de microorganismos


Propiciar condições de salubridade no interior da edificação, considerando as condições de umidade e
temperatura no interior da unidade habitacional, aliadas ao tipo dos sistemas utilizados na construção.

15.2.1 Critério
O requisito mencionado deve atender aos critérios fixados na legislação vigente.

15.2.2 Método de avaliação


Verificação pelos métodos de ensaios estabelecidos na legislação vigente.

15.3 Requisito – Poluentes na atmosfera interna à habitação


Os materiais, equipamentos e sistemas empregados na edificação não podem liberar produtos que poluam o ar
em ambientes confinados, originando níveis de poluição acima daqueles verificados no entorno. Enquadram-se
nesta situação os aerodispersóides, gás carbônico e outros.

15.3.1 Critério
O requisito mencionado deve atender aos critérios fixados na legislação vigente.
15.3.2 Método de avaliação
Verificação pelos métodos de ensaios estabelecidos na legislação vigente.

15.4 Requisito – Poluentes no ambiente de garagem


Gases de escapamento de veículos e equipamentos não podem invadir áreas internas da habitação.

O sistema de exaustão ou ventilação de garagens internas deve permitir a saída dos gases poluentes gerados por
veículos e equipamentos.

15.4.1 Critério
O requisito mencionado deve atender aos critérios fixados na legislação vigente.

15.4.2 Método de avaliação


Verificação pelos métodos de ensaios estabelecidos na legislação vigente.

16 Funcionalidade e acessibilidade

16.1 Requisito – Altura mínima de pé direito


Apresentar altura mínima de pé-direito dos ambientes da habitação compatíveis com as necessidades humanas.

16.1.1 Critério – Altura mínima de pé direito


A altura mínima de pé-direito não pode ser inferior a 2,50 m.

Em vestíbulos, halls, corredores, instalações sanitárias e despensas admite-se que o pé-direito se reduza ao
mínimo de 2,30m.

Nos tetos com vigas, inclinados, abobadados ou, em geral, contendo superfícies salientes altura piso a piso e ou o
pé-direito mínimo, devem ser mantidos, pelo menos, em 80 % da superfície do teto, admitindo-se na superfície
restante que o pé-direito livre possa descer até ao mínimo de 2,30m.

16.1.2 Método de avaliação


Análise de projeto.

16.2 Requisito – Disponibilidade mínima de espaços para uso e operação da habitação


Apresentar espaços mínimos dos ambientes da habitação compatíveis com as necessidades humanas.

16.2.1 Critério – Disponibilidade mínima de espaços para uso e operação da habitação


Para os projetos de arquitetura de unidades habitacionais, sugere-se prever no mínimo a disponibilidade de
espaço nos cômodos do edifício habitacional para colocação e utilização dos móveis e equipamentos-padrão
listados no Anexo X de caráter informativo.

16.2.2 Método de avaliação


Análise de projeto.

16.3 Requisito – Adequação para pessoas com deficiências físicas ou pessoas com mobilidade reduzida
A edificação deve prever o numero mínimo de unidades para pessoas com deficiência física ou com mobilidade
reduzida estabelecido na legislação vigente, e estas unidades devem atender aos requisitos da NBR 9050. As
áreas comuns devem prever acesso a pessoas com deficiência física ou com mobilidade reduzida e idosos.

16.2.3 Critério – Adaptações de áreas comuns e privativas


As áreas privativas devem receber as adaptações necessárias para pessoas com deficiência física ou com
mobilidade reduzida nos percentuais previstos na legislação, e as áreas de uso comum sempre devem obedecer
ao que estabelece a ABNT NBR 9050.

16.2.4 Método de avaliação


Análise de projeto.

16.2.5 Premissas de projeto


O projeto deve prever para as áreas comuns e, quando contratado, também para as áreas privativas, as
adaptações que normalmente referem-se a:
a) acessos e instalações;

b) substituição de escadas por rampas;

c) limitação de declividades e de espaços a percorrer;

d) largura de corredores e portas;

e) alturas de peças sanitárias;

f) disponibilidade de alças e barras de apoio.

16.3 Requisito – Possibilidade de ampliação da unidade habitacional


Para unidades habitacionais térreas e assobradadas de caráter evolutivo já comercializadas com previsão de
ampliação, a incorporadora ou construtora deverá fornecer ao usuário projeto arquitetônico e complementares
juntamente com o manual de uso, operação e manutenção com instruções para ampliação da edificação.
Recomendando-se utilizar recursos regionais e os mesmos materiais e técnicas construtivas do imóvel original.

16.3.1 Critério – Ampliação de unidades habitacionais evolutivas


No projeto e na execução das edificações térreas e assobradadas de caráter evolutivo, deve ser prevista pelo
incorporador ou construtor a possibilidade de ampliação, especificando-se os detalhes construtivos necessários
para ligação ou a continuidade de paredes, pisos, coberturas e instalações.

NOTA: Edificações de caráter evolutivo são aquelas comercializadas já com previsão de ampliações.

O incorporador ou construtor deve anexar ao manual de operação, uso e manutenção (3.13) as especificações
e detalhes construtivos necessários para ampliação do corpo da edificação, do piso, do telhado e das instalações
prediais, considerando a coordenação dimensional e as compatibilidades físicas e químicas com os materiais
disponíveis regionalmente sempre que possível.

As especificações e detalhes construtivos fornecidos devem permitir no mínimo a manutenção dos níveis
de desempenho da construção não ampliada, relativamente ao comportamento estrutural, segurança ao fogo,
estanqueidade à água, desempenho térmico, desempenho, acústico e durabilidade.

As propostas de ampliação devem ser devidamente consideradas nos estudos de arquitetura, devendo atender
aos níveis de funcionalidade previstos nesta Norma.

16.3.2 Método de avaliação


Análise de projeto.

17 Conforto tátil e antropodinâmico

17.1 Generalidades

As diretrizes para verificação das exigências dos usuários com relação a conforto tátil e antropodinâmico são
normalmente estabelecidas nas respectivas Normas prescritivas dos componentes, bem como nas
ABNT NBR 15575-2 a ABNT NBR 15575-6.

No caso de edifícios habitacionais destinados aos usuários com deficiências físicas e pessoas com mobilidade
reduzida (PMR), os dispositivos de manobra, apoios, alças e outros equipamentos devem obedecer às prescrições
da ABNT NBR 9050.

17.2 Requisito - Conforto tátil e adaptação ergonômica

Não prejudicar as atividades normais dos usuários, dos edifícios habitacionais, quanto ao caminhar, apoiar, limpar,
brincar e semelhantes.

Não apresentar rugosidades, contundências, depressões ou outras irregularidades nos elementos, componentes,
equipamentos e quaisquer acessórios ou partes da edificação.

17.2.1 Critério – Adequação ergonômica de dispositivos de manobra

Os elementos e componentes da habitação (trincos, puxadores, cremonas, guilhotinas etc.) devem ser projetados,
construídos e montados de forma a não provocar ferimentos nos usuários.
Relativamente às instalações hidrossanitárias, devem ser atendidas as disposições da ABNT NBR 15575-6.

Os elementos e componentes que contam com Normalização específica (portas, janelas, torneiras e outros)
devem ainda atender às exigências das respectivas Normas.

17.2.2 Métodos de avaliação

Análise de projetos, métodos especificados nas Normas Brasileiras de cada componente.

17.3 Requisito - Adequação antropodinâmica de dispositivos de manobra

Apresentar formato compatível com a anatomia humana. Não requerer excessivos esforços para a manobra e
movimentação.

17.3.1 Critério – Força necessária para o acionamento de dispositivos de manobra

Os componentes, equipamentos e dispositivos de manobra devem ser projetados, construídos e montados


de forma a evitar que a força necessária para o acionamento não exceda 10 N nem o torque ultrapasse 20 Nm.

17.3.2 Métodos de avaliação

Análise de projetos, métodos de ensaio relacionados às Normas Brasileiras específicas dos componentes.

18 Adequação ambiental

18.1 Generalidades
18.1.1 Técnicas de avaliação do impacto ambiental resultante das atividades da cadeia produtiva da construção
ainda são objeto de pesquisa e, no atual estado-da-arte, não é possível estabelecer critérios e métodos de
avaliação relacionados à expressão desse impacto.

18.1.2 De forma geral, os empreendimentos e sua infra-estrutura (arruamento, drenagem, rede de água, gás,
esgoto, telefonia, energia) devem ser projetados, construídos e mantidos de forma a minimizar as alterações no
ambiente.

18.1.3 A ABNT NBR 15575-6 estabelece requisitos relativos ao consumo de água e à deposição de esgotos
sanitários.

18.2 Projeto e implantação de empreendimentos

A implantação do empreendimento deve considerar os riscos de desconfinamento do solo, deslizamentos de


taludes, enchentes, erosões, assoreamento de vales ou cursos d’água, lançamentos de esgoto a céu aberto,
contaminação do solo ou da água por efluentes ou outras substâncias, além de outros riscos similares.

Independentemente dessas recomendações, devem ser obedecidas as exigências das ABNT NBR 8044 e
ABNT NBR 11682, bem como da legislação vigente.

18.3 Seleção e consumo de materiais

18.3.1 Recomenda-se que os empreendimentos sejam construídos mediante exploração e consumo


racionalizado de recursos naturais, objetivando a menor degradação ambiental, menor consumo de água, de
energia e de matérias-primas. Na medida das possibilidades, devem ser privilegiados os materiais que causem
menor impacto ambiental, desde as fases de exploração dos recursos naturais à sua utilização final.

18.3.2 Recomenda-se a utilização de madeiras cuja origem possa ser comprovada mediante apresentação de
certificação legal ou provenientes de plano de manejo aprovado pelos órgãos ambientais.

18.3.3 Recomenda-se recorrer ao uso de espécies alternativas de madeiras que não estejam enquadradas como
madeiras em extinção, sendo que as características destas espécies podem ser encontradas nas referências
bibliográficas do Anexo F.

18.3.4 Durante a construção, deve-se implementar um sistema de gestão de resíduos no canteiro de obras, de
forma a minimizar sua geração e possibilitar a segregação de maneira adequada para facilitar o reuso, a
reciclagem ou a disposição final em locais específicos.
18.3.5 Recomenda-se aos projetistas que avaliem junto aos fabricantes de materiais, componentes e
equipamentos os resultados de inventários de ciclo de vida de seus produtos, de forma a subsidiar a tomada de
decisão na avaliação do impacto que estes elementos provocam ao meio ambiente.

18.4 Consumo de água e deposição de esgotos no uso e ocupação da habitação

18.4.1 Requisito – Utilização e reuso de água


As águas servidas provenientes dos sistemas hidrossanitários devem ser encaminhadas às redes públicas de
coleta e, na indisponibilidade destas, deve-se utilizar sistemas que evitem a contaminação do ambiente local.

Nota: É recomendado para as instalações hidrossanitárias privilegiarem a adoção de soluções, caso a caso, que
minimizem o consumo de água e possibilitem o reuso, reduzindo a demanda da água da rede pública de
abastecimento e minimizando o volume de esgoto conduzido para tratamento, sem com isso reduzir a satisfação
do usuário ou aumentar a probabilidade de ocorrência de doenças.

18.4.2 Critério
No caso de reuso de água para destinação não potável, esta deve atender aos parâmetros estabelecidos na
Tabela 18.1abaixo:

Tabela 18.1 – Parâmetros de qualidade de água para usos restritivos não potáveis

Parâmetro Valor
Coliformes totais Ausência em 100 ml
Coliformes termotolerantes Ausência em 100 ml
Cloro residual livreI 0,5 a 3,0 mg/L
< 2,0 uTII, para usos menos restritivos
Turbidez
<5,0 uT
Cor aparente (caso não seja utilizado nenhum corante,
<15uHIII
ou antes da sua utilização)
Deve prever ajuste de pH para proteção das redes de pH de 6,0 a 8,0 no caso de tubulação de aço carbono
distribuição, caso necessário ou galvanizado
Nota: Podem ser usados outros processos de desinfecção além do cloro, como a aplicação de raio ultravioleta e
aplicação de ozônio.
I – No caso de serem utilizados compostos de cloro para pesinfecção
II – uT é a unidade de turbidez
III – uH é a unidade Hazen

18.4.3 Método de avaliação


Análise de projetos, métodos de ensaio relacionados às Normas Brasileiras específicas

18.5 Consumo de energia no uso e ocupação da habitação

As instalações elétricas devem privilegiar a adoção de soluções, caso a caso, que minimizem o consumo
de energia, entre elas a utilização de iluminação e ventilação natural e de sistemas de aquecimento baseados em
energia alternativa.

Tais recomendações devem também ser aplicadas aos aparelhos e equipamentos utilizados durante a execução
da obra e no uso do imóvel (guinchos, serras, gruas, aparelhos de iluminção, eletrodomésticos, elevadores,
sistemas de refrigeração etc.).
Anexo A
(informativo)

A.1 Avaliação do desempenho térmico de edificações por meio de medição


A.1.1 A avaliação do desempenho térmico de edificações, via medições in loco, deve ser feita em edificações
em escala real (1:1), seguindo o procedimento apresentado em A.2 a A.7.

A.1.2 Medir a temperatura de bulbo seco do ar no centro dos recintos dormitórios e salas, a 1,20 m do piso.
Para as medições de temperatura, seguir as especificações de equipamentos e montagem dos sensores,
apresentadas na ISO 7726.

A.1.3 Para avaliar edificações existentes, considerar as situações apresentadas a seguir e realizar a avaliação
conforme A.6.4 a A.6.7:

g) no caso de uma única unidade habitacional, medir nos recintos indicados em A.6.2, tal como se apresentam;

h) em conjunto habitacional de unidades térreas e edifícios multipiso, escolher uma ou mais unidades, que
possibilitem a avaliação nas condições estabelecidas a seguir:

 verão: janela do dormitório ou sala voltada para oeste e outra parede exposta voltada para norte;

 inverno: janela do dormitório ou sala de estar voltada para sul e outra parede exposta voltada para leste;

 no caso de edifício multipiso, selecionar unidades do último andar;

 caso as orientações das janelas dos recintos não correspondam exatamente às especificações anteriores,
priorizar as unidades que tenham o maior número de paredes expostas e cujas orientações das janelas
sejam mais próximas da orientação especificada.

A.1.4 Para avaliação em protótipos, recomenda-se que eles sejam construídos considerando-se as condições
estabelecidas a seguir:

 nas regiões bioclimáticas 6 a 8 (ABNT ABNT NBR 15220-3), protótipo com janela do dormitório ou sala
voltada para oeste;

 nas regiões bioclimáticas 1 a 5 (ABNT ABNT NBR 15220-3), construir um protótipo que atenda aos
requisitos especificados a seguir:

 condição de inverno: janela do dormitório ou sala de estar voltada para sul e outra parede exposta
voltada para leste;

 condição de verão: janela do dormitório ou sala voltada para oeste e outra parede exposta voltada para
norte.

A.1.5 Obstrução por elementos externos: quando possível, as paredes e as janelas dos protótipos devem ser
desobstruídas (sem presença de edificações ou vegetação nas proximidades que modifiquem a incidência de sol
e/ou vento).

NOTA: No caso de avaliação em protótipo, este deve reproduzir as condições mais semelhantes possíveis a
aquelas que serão obtidas pela edificação real, evitando-se desvios de resultados causados por sobreamentos ou
ventilação diferentes da obra real.

A.1.6 Período de medição: O dia tomado para análise deve corresponder a um dia típico de projeto, de verão ou
de inverno, precedido por pelo menos um dia com características semelhantes. Recomenda-se, como regra geral,
trabalhar com uma seqüência de três dias e analisar os dados do terceiro dia. Para efeito da avaliação por
medição, o dia típico é caracterizado unicamente pelos valores da temperatura do ar exterior medidos no local.
A.1.7 Os valores da temperatura do ar exterior dos dias típicos de verão e inverno de diversas localidades estão
apresentados nas Tabelas A.2 e A.3. Caso a cidade não conste nestas Tabelas, utilizar os dados climáticos da
cidade mais próxima, dentro da mesma região climática, com altitude de mesma ordem e grandeza.

A.2 Dados climáticos brasileiros

A.2.1 Mapa das zonas bioclimáticas brasileiras


Tabela A1- Dados de algumas cidades Brasileiras
UF Zona bioclimática Cidade Latitude Longitude [m] Altitude
SE 8 Aracajú 10.92 S 37.05 W 5
PA 8 Belém 1.45 S 48.47 W 10
MG 3 Belo Horizonte 19.93 S 43.93 W 850
DF 4 Brasília 15.78 S 47.93 W 1160
MS 6 Campo Grande 20.45 S 54.62 W 530
MT 7 Cuiabá 15.55 S 56.12 W 151
PR 1 Curitiba 25.42 S 49.27 W 924
SC 3 Florianópolis 27.58 S 48.57 W 2
CE 8 Fortaleza 3.77 S 38.6 W 26
GO 6 Goiânia 16.67 S 49.25 W 741
PB 8 João Pessoa 7.1 S 34.87 W 7
AP 8 Macapá 0.03 N 51.05 W 14
AL 8 Maceió 9.67 S 35.7 W 65
AM 8 Manaus 3.13 S 60.02 W 72
RN 8 Natal 5.77 S 35.2 W 18
TO 1 Palmas 10.21 S 48.36 W 330
RS 3 Porto Alegre 30.02 S 51.22 W 47
RO 8 Porto Velho 8.77 S 63.08 W 95
PE 8 Recife 8.05 S 34.92 W 7
AC 8 Rio Branco 9.97 S 67.8 W 161
RJ 8 Rio de Janeiro 22.92 S 43.17 W 5
BA 8 Salvador 13.02 S 38.52 W 51
MA 8 São Luiz 2.53 S 44.3 W 51
SP 3 São Paulo 23.5 S 46.62 W 792
PI 7 Teresina 5.08 S 42.82 W 74
ES 8 Vitória 20.32 S 40.33 W 36
Tabela A2 – Dados de dias típicos de verão de algumas cidades Brasileiras
Temperatura Amplitude diária Temperatura de
Radiação solar Nebulosidade
Cidade máxima de temperatura bulbo úmido
Wh/m2 décimos
diária oC oC oC

Aracaju 30,9 5,4 24,9 6277 6


Belém 33,4 10,5 26,1 4368 6
Belo Horizonte 32 10,3 21,7 4641 6
Boa Vista 35,3 9,8 25,8 6
Brasília 31,2 12,5 20,9 4625 4
Campo Grande 33,6 10 23,6 5481 6
Cuiabá 37,8 12,4 24,8 4972 6
Curitiba 31,4 10,2 21,3 2774 8
Florianópolis 32,7 6,6 24,4 7
Fortaleza 32 6,5 25,1 5611 5
Goiânia 34,6 13,4 21 4455 4
João Pessoa 30,9 6,1 24,6 5542 6
Macapá 33,5 9 25,8 7
Maceió 32,2 8,2 24,6 5138 6
Manaus 34,9 9,1 26,4 5177 7
Natal 32,1 8 24,8 6274 6
Porto Alegre 35,9 9,6 23,9 5476 5
Porto Velho 34,8 12,5 26 6666 7
Recife 31,4 7,4 24,7 5105 6
Rio Branco 35,6 12,7 25,4 6496 7
Rio de Janeiro 35,1 6,4 25,6 5722 5
Salvador 31,6 6,1 25 5643 5
São Luís 32,5 7,4 25,4 5124 5
São Paulo 31,9 9,2 21,3 5180 6
Teresina 37,9 13,2 25,1 5448 5
Vitória 34,6 7,4 25,9 4068 5
Tabela A3 – Dados de dias típicos de inverno de algumas cidades Brasileiras

Temperatura Amplitude diária


Radiação Nebulosidade
Temperatura de bulbo
Cidade mínima de temperatura solar
úmido oC décimos
Wh/m2
diária oC oC

Aracaju 18,7 5,1 21,5 5348 6


Belém 20,4 10,0 25,5 4161 6
Belo Horizonte 8,7 12,6 16,0 3716 3
Boa Vista 20,7 8,4 24,9 7
Brasília 10,0 12,2 14,8 4246 3
Campo Grande 13,7 11,5 17,3 4250 4
Cuiabá 11,4 14,3 20,1 4163 4
Curitiba 0,7 11,6 11,0 1666 6
Florianópolis 6,0 7,4 13,4 6
Fortaleza 21,5 7,0 24,0 5301 5
Goiânia 9,6 14,9 16,2 1292 3
João Pessoa 19,2 6,5 22,4 4836 6
Macapá 21,8 6,5 24,9 8
Maceió 17,8 7,5 21,7 4513 6
Manaus 21,4 7,9 25,0 4523 7
Natal 19,1 7,8 22,5 5925 5
Porto Alegre 4,3 8,6 12,1 2410 6
Porto Velho 14,1 14,1 23,6 6670 5
Recife 18,8 6,7 22,1 4562 6
Rio Branco 11,9 14,9 22,1 6445 6
Rio de Janeiro 15,8 6,3 19,1 4030 5
Salvador 20,0 5,0 21,7 4547 5
São Luís 21,5 6,9 24,9 4490 6
Sâo Paulo 6,2 10,0 13,4 4418 6
Teresina 18,0 12,6 22,9 5209 4
Vitória 16,7 6,9 20,4 2973 5
Anexo B
(normativo)

Procedimento de avaliação do desempenho lumínico artificial

B.1 Generalidades
A verificação ao atendimento aos requisitos e critérios de desempenho lumínico deve ser efetuada por meio de um
dos métodos propostos a seguir, considerando que o uso dos métodos de cálculo resultará em valores de
iluminância média com no máximo 10% de erro sobre os valores medidos in loco.

B.2 Medição in loco para iluminação artificial


Realização de medições no período noturno, no plano horizontal, a 0,80 m acima do nível do piso, com o emprego

 medições sem nenhuma entrada de luz externa (portas, janelas e cortinas fechadas);

 medições realizadas com a iluminação artificial do ambiente totalmente ativada, sem a presença de
obstruções opacas (Exemplo: roupas estendidas nos varais);

 medições no centro dos ambientes;

 medições nos pontos centrais de corredores internos ou externos à unidade;

 para escadarias, medições nos pontos centrais dos patamares e a meia largura do degrau central de cada
lance.

B.3 Método de cálculo para iluminação artificial


De acordo com a ABNT NBR 5382, para o período noturno, calculando o nível de iluminamento para o plano
horizontal sempre a 0,80 m acima do nível do piso, nas seguintes condições:

 Calculos sem nenhuma entrada de luz externa (portas, janelas e cortinas fechadas);

 Calculos realizadas com a iluminação artificial do ambiente totalmente ativada, sem a presença de obstruções
opacas (Exemplo: roupas estendidas nos varais);

 Calculos no centro dos ambientes;

 Calculos nos pontos centrais de corredores internos ou externos à unidade;

 para escadarias, Calculos nos pontos centrais dos patamares e a meia largura do degrau central de cada
lance.
Anexo C
(informativo)

Considerações sobre durabilidade e vida útil

C.1 Conceituação
A vida útil (service life) é uma medida temporal da durabilidade de um edifício ou de suas partes (sistemas
complexos, do próprio sistema e de suas partes: subsistemas; elementos e componentes).

A Vida Útil de Projeto (design life) é definida pelo incorporador e/ou proprietário e projetista, e expressa
previamente.

Conceitua-se ainda a vida útil estimada (predicted service life) como sendo a durabilidade prevista para um dado
produto, inferida a partir de dados históricos de desempenho do produto ou de ensaios de envelhecimento
acelerado.

A Vida Útil de Projeto (VUP) é basicamente uma expressão de caráter econômico de uma exigência do usuário.
A melhor forma para se determinar a VUP para uma parte de uma edificação é através de pesquisa de opinião
entre técnicos, usuários e agentes envolvidos com o processo de construção. Em países europeus, isto foi feito
durante as décadas de 60 e 70 para a regulamentação dos valores das VUP mínimas exigíveis.

A VUP pode ser ainda entendida como uma definição prévia da opção do usuário pela melhor relação custo global
versus tempo de usufruto do bem (o benefício), sob sua ótica particular. Para produtos de consumo ou para bens
não-duráveis o usuário faz suas opções por vontade própria e através de análise subjetiva, tendo por base as
informações que lhe são disponibilizadas pelos produtores, o efeito do aprendizado (através de compras
sucessivas) e a sua disponibilidade financeira. Assim, para regular o mercado de bens de consumo, é suficiente
que se imponha um prazo mínimo (dito “de garantia” e de responsabilidade do fornecedor do bem), para proteção
do usuário, apenas contra defeitos “genéticos”.

No entanto, para bens duráveis, de alto valor unitário e geralmente de aquisição única, como é a habitação,
a sociedade tem de impor outros marcos referenciais para regular o mercado e evitar que o custo inicial prevaleça
em detrimento do custo global e que uma durabilidade inadequada venha a comprometer o valor do bem e a
prejudicar o usuário. O estabelecimento em lei, ou em Normas, da VUP mínima se configura como o principal
referencial para edificações habitacionais, principalmente para as habitações subsidiadas pela sociedade e as
destinadas as parcelas da população menos favorecidas economicamente.

A VUP é uma decisão de projetos que tem de ser estabelecida inicialmente para balizar todo o processo de
produção do bem. Quando se projeta um sistema ou um elemento (por exemplo, a impermeabilização de uma laje),
é possível escolher entre uma infinidade de técnicas e materiais. Alguns, pelas suas características, podem ter
Vida Útil de Projeto (VUP) de 20 anos, sem manutenção, e outros não mais que 5 anos. Evidentemente, as
soluções têm custo e desempenho ao longo do tempo muito diferentes.

Definida a VUP, estabelece-se a obrigação de que todos os intervenientes atuem no sentido de produzir o
elemento com as técnicas adequadas para que a VU atingida seja maior ou igual à VUP. Sem este balizamento,
quem produz o bem pode adotar qualquer das técnicas disponíveis e empregar qualquer produto normalizado sem
que ele esteja errado, do ponto de vista técnico. É evidente que a tendência é optar pelo produto de menor custo
inicial, ou seja, sem a definição da VUP, a tendência é de se produzir bens de menor custo inicial, porém menos
duráveis, de maior custo de manutenção e provavelmente de maior custo global.

A VU pode ser normalmente prolongada através de ações de manutenção. Na Figura C.1 este comportamento é
esquematicamente representado. Quem define a VUP deve também estabelecer as ações de manutenção que
devem ser realizadas para garantir o atendimento à VUP. É necessário salientar a importância da realização
integral das ações de manutenção pelo usuário, sem o que se corre o risco de a VUP não ser atingida.
Por exemplo, um revestimento de fachada em argamassa pintado pode ser projetado para uma VUP de 25 anos,
desde que a pintura seja refeita a cada 5 anos, no máximo. Se o usuário não realizar a manutenção prevista, a VU
real do revestimento pode ser seriamente comprometida. Por conseqüência, as eventuais patologias resultantes
podem ter origem no uso inadequado e não em uma construção falha.
Manutenção
desde a entrega

Vida útil sem manutenção

VUP (manutenção obrigatória pelo usuário)

Figura C.1 — Desempenho ao longo do tempo

O impacto no custo global da VUP é fator determinante para definição da durabilidade requerida. O
estabelecimento da VUP é, conceitualmente, resultado do processo de otimização do custo global. O sistema de
menor custo global não é normalmente o de menor custo inicial nem o de maior durabilidade; é um dos sistemas
intermediários. O ideal do ponto de vista da sociedade é a otimização destes dois conceitos conflitantes, isto é,
deve-se procurar estabelecer a melhor relação custo x benefício. Atualmente, sem que o usuário tenha se
conscientizado de suas escolhas, a opção por construções de menor custo, mas menos duráveis, está
necessariamente transferindo o ônus desta escolha para as gerações futuras.

O usuário de uma edificação tem limitações econômicas no momento de sua aquisição, mas pode não tê-las
no futuro. Então, em princípio, pode optar por uma menor VUP em troca de um menor investimento inicial, mas
esta escolha tem um limite inferior, abaixo do qual não é aceitável do ponto de vista social, pois esta situação
impõe custos exagerados de reposição no futuro para a toda a sociedade. Assim, considerando-se tanto as
limitações de recursos da sociedade de investimento na infra-estrutura habitacional do País, quanto às
necessidades de proteção básica do usuário, é que se estabelece nesta Norma o conceito de VUPmínima.

Outros países estabeleceram apenas o conceito de VUPmínima e deixaram para o mercado o estabelecimento
da vida útil de projeto além do mínimo. Nas ABNT NBR 15575-1 a ABNT NBR 15575-6 propõe-se uma
classificação da VUP em dois níveis (mínimo e superior). Uma VUP além do mínimo se justifica, neste momento,
por diversas razões:

 como um balizador do que é possível de ser tecnicamente obtido;

 como estímulo à concorrência e à competição no mercado empreendedor;

 para caracterizar que existe a opção pela minimização de custos de operação e manutenção ao longo do
tempo através de uma VUP maior;

 para induzir o mercado a buscar soluções de melhor custo-benefício além das que atendam à VUP mínima.

C.2 Determinação da vida útil de projeto


Para a determinação da VUP mínima pode-se adotar diversas metodologias. A prevista nas ABNT NBR 15575-1 a
ABNT NBR 15575-6 incorpora três conceitos essenciais:

 o efeito que uma falha no desempenho do subsistema ou elemento acarreta;

 a maior facilidade ou dificuldade de manutenção e reparação em caso de falha no desempenho;

 o custo de correção da falha, considerando-se inclusive o custo de correção de outros subsistemas


ou elementos afetados (por exemplo, a reparação de uma impermeabilização de piscina pode implicar a
substituição de todo o revestimento de piso e paredes, e o custo resultante é muito superior ao custo da
própria impermeabilização).

Para parametrização da VUP, com fundamento nestes conceitos, foram utilizados conhecimentos já consolidados
internacionalmente, principalmente os da BS 7453.

As Tabelas C.1, C.2 e C.3 relacionam os parâmetros adotados para a determinação da VUP.

Tabela C.1 — Efeito das falhas no desempenho

Categoria Efeito no desempenho Exemplos típicos


A Perigo a vida (ou de ser ferido) Colapso repentino da estrutura
B Risco de ser ferido Degrau de escada quebrado
C Perigo à saúde Séria penetração de umidade
D Interrupção do uso do edifício Rompimento de coletor de esgoto
E Comprometer a segurança de uso Quebra de fechadura de porta
F Sem problemas excepcionais Substituição de uma telha
NOTA Falhas individuais podem ser enquadradas em duas ou mais categorias.

Tabela C.2 — Categoria de Vida Útil de Projeto para partes do edifício

Categoria Descrição Vida útil Exemplos típicos


1 Substituível Vida útil mais curta que o edifício, sendo sua substituição Muitos revestimentos de
fácil e prevista na etapa de projeto pisos, louças e metais
sanitários
2 Manutenível São duráveis, mas necessitam de manutenção periódica, e Revestimentos de
são passíveis de substituição ao longo da vida útil do fachadas e janelas
edifício
3 Não- Devem ter a mesma vida útil do edifício por não Fundações e muitos
manutenível possibilitarem manutenção elementos estruturais

Tabela C.3 — Custo de manutenção e reposição ao longo da vida útil

Categoria Descrição Exemplos típicos


A Baixo custo de manutenção Vazamentos em metais sanitários
B Médio custo de manutenção ou reparação Pintura de revestimentos internos
C Médio ou alto custo de manutenção ou reparação Pintura de fachadas, esquadrias
de portas, pisos internos e
Custo de reposição (do elemento ou sistema) equivalente ao
telhamento
custo inicial
D Alto custo de manutenção e/ou reparação Revestimentos de fachada e
estrutura de telhados
Custo de reposição superior ao custo inicial
Comprometimento da durabilidade afeta outras partes do edifício
E Alto custo de manutenção ou reparação Impermeabilização de piscinas
Custo de reposição muito superior ao custo inicial

A Tabela C.4 foi construída com base nos parâmetros descritos nas Tabelas C.1, C.2 e C.3.

Tabela C.4 — Critérios para o estabelecimento da VUP das partes do edifício

Valor sugerido de VUP para os sistemas, Efeito da falha Categoria de VUP Categoria de custos
elementos e componentes (Tabela C.1) (Tabela C.2) (Tabela C.3)
Entre 5% e 8% da VUP da estrutura F 1 A
Entre 8% e 15% da VUP da estrutura F 1 B
Entre 15% e 25% da VUP da estrutura E, F 1 C
Entre 25% e 40% da VUP da estrutura D, E, F 2 D
Entre 40% e 80% da VUP da estrutura qualquer 2 D, E
Igual a 100% da VUP da estrutura qualquer 3 qualquer

Nota: As VUPs entre 5% e 15% da VUP da estrutura podem ser aplicáveis apenas a componentes. As demais
VUPs podem ser aplicáveis a todas as partes do edifício (sistemas, elementos e componentes).

Nota: Existem internacionalmente diversas e variadas proposições para determinação da VUP do edifício. No
entanto, em relação aos edifícios habitacionais, observa-se que elas apresentam notável convergência, situando a
VUP destes edifícios entre 50 e 60 anos.

A entidade européia de certificação técnica de processos e componentes inovadores - European Organization for
Technical Approvals (ver CIB Report Publication 294, 2004) – ao estabelecer classes de VUP para edificações,
estabeleceu para a VUP normal o período de 50 anos.

Nesta Norma, recomenda-se a VUP mínima para as diversas partes do edifício, conforma consta na Tabela C.6,
adotando o período de 50 anos para a VUP mínima da estrutura do edifício, de modo a compatibilizar, para a
construção de habitações de interesse social (HIS), as limitações quanto ao custo inicial com as exigências do
usuário em relação à durabilidade e aos custos de manutenção e de reposição, visando garantir, por um prazo
razoável, a utilização em condições aceitáveis do edifício habitacional.

Este prazo, inferior ao aceito internacionalmente como mínimo, foi adotado nas ABNT NBR 15575-1 a
ABNT NBR 15575-6 em função das condições socioeconômicas existentes atualmente e pode ser modificado
quando da sua revisão, recomendando-se manter os percentuais estabelecidos na Tabela C.4. Deve-se atentar
que um período de vida útil de 50 anos implica que anualmente devem ser construídas mais de 1,2 milhão de
habitações apenas para repor o estoque habitacional existente hoje no País, número bastante expressivo diante
da realidade atual.

Para a VUP superior do edifício, recomenda-se o prazo de 75 anos (ver Tabela C.5), de modo a balizar o setor da
construção de edificações em relação ao que é tecnicamente possível de ser obtido, empregando os materiais e
componentes e as técnicas e processos construtivos hoje disponíveis.

A VUP do edifício habitacional, estabelecida em comum acordo entre os empreendedores e os projetistas,


e também os usuários, quando for o caso, ainda na fase de concepção do projeto, propicia seu cumprimento.
Porém, para que POSSA SER atingida é necessário que sejam atendidos simultaneamente todos os seguintes
aspectos

a. emprego de componentes e materiais de qualidade compatível com a VUP;

b. execução com técnicas e métodos que possibilitem a obtenção da VUP;

c. cumprimento em sua totalidade dos programas de manutenção corretiva e preventiva;

d. atendimento aos cuidados preestabelecidos para se fazer um uso correto do edifício;

e. utilização do edifício em concordância ao que foi previsto em projeto.

Dentre Os aspectos previstos acima, os itens a. e b. são essenciais para que o edifício construído tenha potencial
de atender integralmente a VUP e sua implementação depende do projetista, incorporador e construtor. Já Os
itens c. d. e e. são essenciais para que se atinja efetivamente a VUP e dependem dos usuários. No entanto, para
que possam ser cumpridos, é fundamental que estejam informados no manual de uso, operação e manutenção do
edifício, a ser entregue pelo empreendedor aos usuários.

A definição da VUP é realizada pelo projetista de arquitetura e especificada em projeto para cada um dos sistemas,
com base na Tabela 14.1, respeitando os períodos de tempo mínimos estabelecidos. Na ausência destas
especificações, as ABNT NBR 15575-1 a ABNT NBR 15575-6 admitem que foram adotadas as VUP mínimas
estabelecidas na Tabela 14.1. O projetista pode especificar também a VUP de partes do edifício não
contemplados na Tabela 14.1, atendendo às exigências do usuário e pode tomar por base o que se recomenda
neste Anexo.

Convém que os fabricantes de componentes a serem empregados na construção desenvolvam produtos que
atendam pelo menos a VUP mínima obrigatória e informem em documentação técnica específica as
recomendações para manutenção corretiva e preventiva, contribuindo para que a VUP seja atingida.

Aos usuários incumbe realizar os programas de manutenção, segundo ABNT NBR 5674, considerando as
instruções do manual de uso, operação e manutenção e recomendações técnicas das inspeções prediais.

A inspeção predial configura-se como ferramenta útil para verificação das condições de conservação das
edificações em geral, para atestar se os procedimentos de manutenção adotados são insuficientes ou inexistentes,
além de fornecer subsídios para orientar o plano e programas de manutenção, através das recomendações
técnicas indicadas no documento de inspeção predial (ver Anexo F).

Tabela C.5* — Vida Útil de Projeto mínima e superior (VUP)

VUP
Sistema anos
Mínimo Superior
Estrutura  50  75

Pisos internos  13  20

Vedação vertical externa  40  60


Vedação vertical interna  20  30
Cobertura  20  30
Hidrossanitário  20  30

* Considerando periodicidade e processos de manutenção segundo a ABNT NBR 5674 e especificados no


respectivo Manual de Uso, Operação e Manutenção entregue ao usuário elaborado em atendimento à norma
ABNT NBR 14037.
Tabela C.6* — Exemplos de VUP aplicando os conceitos deste Anexo

VUP
Parte da edificação Exemplos anos
Mínimo Superior
Estrutura principal Fundações, elementos estruturais (pilares, vigas, lajes e outros),  50  75
paredes estruturais, estruturas periféricas, contenções e arrimos
Estruturas auxiliares Muros divisórios, estrutura de escadas externas  20  30
Vedação externa Paredes de vedação externas, painéis de fachada, fachadas-cortina  40  60
Vedação interna Paredes e divisórias leves internas, escadas internas, guarda-corpos  20  30
Cobertura Estrutura da cobertura e coletores de águas pluviais embutidos  20  30
Telhamento  13  20
Calhas de beiral e coletores de águas pluviais aparentes, 4 6
subcoberturas facilmente substituíveis
Rufos, calhas internas e demais complementos (de ventilação,
iluminação, vedação) 8  12

Revestimento interno aderido Revestimento de piso, parede e teto: de argamassa, de gesso,  13  20


cerâmicos, pétreos, de tacos e assoalhos e sintéticos

Revestimento interno não- Revestimentos de pisos: têxteis, laminados ou elevados; lambris; 8  12


aderido forros falsos
Revestimento de fachada Revestimento, molduras, componentes decorativos e cobre-muros  20  30
aderido e não aderido

Piso externo Pétreo, cimentados de concreto e cerâmico  13  20


Pintura Pinturas internas e papel de parede 3 4
Pinturas de fachada, pinturas e revestimentos sintéticos texturizados 8  12
Impermeabilização manutenível Componentes de juntas e rejuntamentos; mata-juntas, sancas, 4 6
sem quebra de revestimentos golas, rodapés e demais componentes de arremate
Impermeabilização manutenível Impermeabilização de caixa d’água, jardineiras, áreas externas com
apenas com a quebra dos jardins, coberturas não utilizáveis, calhas e outros 8  12
revestimentos

Impremeabilizações de áreas internas, de piscina, de áreas externas  20  30


com pisos, de coberturas utilizáveis, de rampas de garagem etc.)
Esquadrias externas Janelas (componentes fixos e móveis), portas-balcão, gradis, grades  20  30
(de fachada) de proteção, cobogós, brises. Inclusos complementos de
acabamento como peitoris, soleiras, pingadeiras e ferragens de
manobra e fechamento
Esquadrias internas Portas e grades internas, janelas para áreas internas, boxes de 8  12
banho
 13  20
Portas externas, portas corta-fogo, portas e gradis de proteção à
espaços internos sujeitos a queda > 2 m
Complementos de esquadrias internas, como ferragens, fechaduras, 4 6
trilhos, folhas mosquiteiras, alisares e demais complementos de
arremate e guarnição

* Considerando periodicidade e processos de manutenção segundo a ABNT NBR 5674 e especificados no


respectivo Manual de Uso, Operação e Manutenção entregue ao usuário elaborado em atendimento à norma
ABNT NBR 14037.
Tabela C.6* (Continuação)

VUP
Parte da edificação Exemplos anos
Mínimo Superior
Esquadrias internas Portas e grades internas, janelas para áreas internas, boxes de banho 8  12
Portas externas, portas corta-fogo, portas e gradis de proteção à  13  20
espaços internos sujeitos a queda > 2 m
Complementos de esquadrias internas, como ferragens, fechaduras,
trilhos, folhas mosquiteiras, alisares e demais complementos de 4 6
arremate e guarnição
Instalações prediais embutidas Tubulações e demais componentes (inclui registros e válvulas) de  20  30
em vedações e manuteníveis instalações hidrossanitários, de gás, de combate a incêndio, de águas
apenas por quebra das pluviais, elétricos
vedações ou dos revestimentos
(inclusive forros falsos e pisos Reservatórios de água não facilmente substituíveis, redes
elevados não-acessíveis) alimentadoras e coletoras, fossas sépticas e negras, sistemas de  13  20
drenagem não acessíveis e demais elementos e componentes de
difícil manutenção e ou substituição
Componentes desgastáveis e de substituição periódica, como
gaxetas, vedações, guarnições e outros

3 4
Instalações aparentes ou em Tubulações e demais componentes 4 6
espaços de fácil acesso
Aparelhos e componentes de instalações facilmente substituíveis 3 4
como louças, torneiras, sifões, engates flexíveis e demais metais
sanitários, sprinklers, mangueiras, interruptores, tomadas, disjuntores,
luminárias, tampas de caixas, fiação e outros
Reservatórios de água

8  12
Equipamentos Médio custo de Equipamentos de recalque, pressurização, aquecimento de água, 8  12
funcionais manutenção condicionamento de ar, filtragem, combate a incêndio e outros
manuteníveis
e substituíveis Alto custo de Equipamentos de calefação, transporte vertical, proteção contra  13  20
manutenção descargas atmosféricas e outros

* Considerando periodicidade e processos de manutenção segundo a ABNT NBR 5674 e especificados no


respectivo Manual de Uso, Operação e Manutenção entregue ao usuário elaborado em atendimento à norma
ABNT NBR 14037.

Para se atingir a VUP, os usuários devem desenvolver os programas de manutenção segundo ABNT NBR 5674.
Os usuários devem seguir as instruções do manual de uso, operação e manutenção, as instruções dos fabricantes
de equipamentos e recomendações técnicas das inspeções prediais. A inspeção predial configura-se como
ferramenta útil para avaliação das condições de conservação das edificações em geral, para atestar se os
procedimentos de manutenção adotados são insuficientes ou inexistentes, além de fornecer subsídios para
orientar o plano e programas de manutenção, através das recomendações técnicas indicadas no documento de
inspeção predial (ver Anexo F).
Anexo D
(informativo)

Diretrizes para o estabelecimento de prazos de garantia

D.1 Introdução
O desempenho dos sistemas que compõem o edifício habitacional durante a sua Vida Útil (VU) está atrelado às
condições de uso para o qual foi projetado, à execução da obra de acordo com as Normas, à utilização de
elementos e componentes sem defeito de fabricação e à implementação de programas de manutenção corretiva e
preventiva no pós-obra.

D.2 Diretrizes
D.2.1 Este Anexo fornece diretrizes para o estabelecimento dos mínimos prazos de garantia para os elementos,
componentes e sistemas do edifício habitacional.

D.2.2 Apesar desta Norma tratar do desempenho de sistemas e não do desempenho de elementos
e componentes, encontram-se indicados alguns prazos de garantia, usualmente praticados pelo setor da
construção civil, para que os elementos e componentes que usualmente compõem os sistemas contemplados
preencham condições de funcionabilidade.

D.3 Instruções
D.3.1 Gerais
D.3.1.1 Convém que o incorporador ou o construtor indique um prazo de garantia para os elementos
e componentes de baixo valor e de fácil substituição (por exemplo: engates flexíveis, gaxetas elastoméricas de
caixilhos e outros).

D.3.1.2 Pode ocorrer que alguns elementos, componentes ou mesmo sistemas específicos, próprios de cada
empreendimento, não estejam incluídos na Tabela D.1. Nestes casos, recomenda-se ao construtor ou incorporador
fazer constar, em seu manual de uso e operação ou de áreas comuns, os prazos de garantia desses itens.

D.3.2 Prazos
D.3.2.1 A contagem dos prazos de garantia indicados na Tabela D.1 inicia-se a partir da expedição do “Auto
de Conclusão”, denominado “Habite-se”.

D.3.2.2 Para os níveis de desempenho I e S, recomenda-se que os prazos de garantia constantes na Tabela D.1
sejam acrescidos em 25 % ou mais, para o nível I, e 50 % ou mais, para o nível S.
Tabela D.1 — Prazos de garantia

Sistemas, elementos, Prazos de garantia recomendados


componentes e Instalações
1 ano 2 anos 3 anos 5 anos
Fundações, estrutura principal, Segurança e
estruturas periféricas, contenções estabilidade
e arrimos global
Estanqueidade
de fundações e
contenções
Paredes de vedação, estruturas Segurança e
auxiliares, estruturas de integridade
cobertura, estrutura das
escadarias internas
ou externas, guarda-corpos,
muros de divisa e telhados
Equipamentos industrializados Instalação
(aquecedores de passagem ou Equipamentos
acumulação, motobombas, filtros,
interfone, automação de portões,
elevadores e outros)
Sistemas de dados e voz,
telefonia, vídeo e televisão
Sistema de proteção contra Instalação
descargas atmosféricas, sistema Equipamentos
de combate a incêndio,
pressurização das escadas,
Iluminação de emergência,
sistema de segurança patrimonial
Porta corta-fogo Dobradiças e molas Integridade de
portas e batentes
Instalações elétricas Equipamentos Instalação
tomadas/interruptores/disjuntores/
fios/cabos/eletrodutos/caixas e
quadros
Instalações hidráulicas e gás - Integridade e
colunas de água fria, colunas de vedação
água quente, tubos de queda de
esgoto, colunas de gás
Instalações hidráulicas e gás Equipamentos Instalação
coletores/ramais/louças/caixas de
descarga/bancadas/metais
sanitários/sifões/ligações
flexíveis/
válvulas/registros/ralos/tanques
Impermeabilização Estanqueidade
Esquadrias de madeira Empenamento
Descolamento
Fixação
Esquadrias de aço Fixação
Oxidação
Esquadrias de alumínio e de PVC Partes móveis Borrachas, Perfis de
(inclusive escovas, alumínio,
recolhedores de articulações, fixadores e
palhetas, motores e fechos e revestimentos
conjuntos elétricos de roldanas em painel de
acionamento) alumínio
Tabela D.1 (continuação)

Sistemas, elementos, Prazos de garantia mínimos


componentes e Instalações
1 ano 2 anos 3 anos 5 anos
Fechaduras e ferragens em geral Funcionamento
Acabamento
Revestimentos de paredes, pisos Fissuras Estanqueidade Má aderência do
e tetos internos e externos em de fachadas e revestimento e
argamassa/gesso liso/ pisos molháveis dos
componentes de gesso componentes do
acartonado sistema
Revestimentos de paredes, pisos Revestimentos Estanqueidade
e tetos em soltos, gretados, de fachadas e
azulejo/cerâmica/pastilhas desgaste pisos molháveis
excessivo
Revestimentos de paredes, pisos Revestimentos Estanqueidade
e teto em pedras naturais soltos, gretados, de fachadas e
(mármore, granito e outros) desgaste pisos molháveis
excessivo
Pisos de madeira – tacos, Empenamento,
assoalhos e decks trincas na
madeira e
destacamento
Piso cimentado, piso acabado em Destacamentos, Estanqueidade
concreto, contrapiso fissuras, de pisos
desgaste molháveis
excessivo
Revestimentos especiais (fórmica, Aderência
plásticos, têxteis, pisos elevados,
materiais compostos de alumínio)
Forros de gesso Fissuras por
acomodação dos
elementos
estruturais e de
vedação
Forros de madeira Empenamento,
trincas na
madeira e
destacamento
Pintura/verniz (interna/externa) Empolamento,
descascamento,
esfarelamento,
alteração de cor
ou deterioração
de acabamento
Selantes, componentes de juntas Aderência
e rejuntamentos

Vidros Fixação
Anexo E
(informativo)

Níveis de desempenho

E.1 Generalidades
E.1.1 As ABNT NBR 15575-1 a ABNT NBR 15575-6 estabelecem os níveis mínimos (M) de desempenho para
cada requisito, que devem ser atendidos.

E.1.2 Considerando a possibilidade de melhoria da qualidade da edificação, com uma análise de valor
da relação custo/benefício dos sistemas, neste anexo são indicados os níveis de desempenho intermediário (I)
e superior (S) e repetido o nível M para facilitar a comparação.

E.1.3 Recomenda-se que o construtor ou incorporador informem o nível de desempenho dos sistemas que
compõem o edifício habitacional, quando exceder o nível mínimo (M).

E.2 Desempenho térmico

E.3 Valores máximos de temperatura

O valor máximo diário da temperatura do ar interior de recintos de permanência prolongada, como, por exemplo,
salas e dormitórios, sem a presença de fontes internas de calor (ocupantes, lâmpadas, outros equipamentos em
geral), deve ser sempre menor que o estabelecido em 11.2.1. Para maior conforto dos usuários, recomenda-se
para os níveis intermediário (I) e superior (S) os valores apresentados na Tabela E.1.

Tabela E.1 — Critério de avaliação de desempenho térmico para condições de verão

Critério
Nível de desempenho
Zonas 1 a 7 Zona 8
M Ti,max  Te,max Ti,max  Te,max
I Ti,max  (Te,max – 2° C) Ti,max  (Te,max – 1o C)
Ti,max  (Te,max – 2o C) e
S Ti,max  (Te,max – 4°C)
Ti,min  (Te,min + 1o C)
Ti,max é o valor máximo diário da temperatura do ar no interior da edificação, em graus Celsius;
Te,max é o valor máximo diário da temperatura do ar exterior à edificação, em graus Celsius;
Ti,min é o valor mínimo diário da temperatura do ar no interior da edificação, em graus Celsius;
Te,min é o valor mínimo diário da temperatura do ar exterior à edificação, em graus Celsius;
NOTA Zonas bioclimáticas de acordo com a ABNT NBR 15220-3.

Os métodos de avaliação estão estabelecidos em 11.2.

E.4 Valores mínimos de temperatura

Os valores mínimos diários da temperatura do ar interior de recintos de permanência prolongada, como, por
exemplo, salas e dormitórios, em um dia típico de inverno, devem ser sempre maiores do que o estabelecido em
11.3.1. Para maior conforto dos usuários, recomenda-se para os níveis intermediário (I) e superior (S) os valores
apresentados na Tabela E.2.
Tabela E.2 — Critério de avaliação de desempenho térmico para condições de inverno

Nível de Critério
desempenho

Zonas biolclimáticas 1 a 51) Zonas bioclimáticas 6, 7 e 8

M Ti,min  (Te,min + 3° C)

Nestas zonas, este critério não


I Ti,min  (Te,min + 5° C)
precisa ser verificado

S Ti,min  (Te,min + 7° C)

Ti,min é o valor mínimo diário da temperatura do ar no interior da edificação, em graus


Celsius;
Te,min é o valor mínimo diário da temperatura do ar exterior à edificação, em graus Celsius;
NOTA Zonas bioclimáticas de acordo com a ABNT NBR 15220-3.

Os métodos de avaliação são estabelecidos em 11.3.

E.5 Desempenho lumínico


E.5.1 Iluminação natural
Contando unicamente com iluminação natural, os níveis gerais de iluminamento nas diferentes dependências do
edifício habitacional devem atender ao disposto para iluminação em 13.2.1 e 13.2.2. Para maior conforto dos
usuários, recomenda-se para os níveis intermediário (I) e superior (S) os valores apresentados na Tabela E.3 e
Tabela E.4.

Tabela E.3 — Níveis de iluminamento natural

Iluminamento geral para os níveis de desempenho


Dependência lux
M* I S
Sala de estar;
Dormitório;
 60  90  120
Copa / cozinha;
Área de serviço.
Banheiro;
Corredor ou escada interna à
unidade;
Corredor de uso comum (prédios); Não exigido  30  45
Escadaria de uso comum
(prédios);
Garagens/estacionamentos
* Valores mínimos obrigatórios, conforme 13.2.1.
NOTA 1: Para os edifícios multipiso, admitem-se para as dependências situadas no pavimento térreo ou em
pavimentos abaixo da cota da rua níveis de iluminância ligeiramente inferiores aos valores especificados na
tabela acima (diferença máxima de 20% em qualquer dependência).
NOTA 2: Os critérios desta Tabela não se aplicam às áreas confinadas ou que não tenham iluminação
natural.
NOTA 3: Deve-se verificar e atender as condições mínimas exigidas pela legislação local.

Os métodos de avaliação e premissas de projeto requeridos são estabelecidos em 13.2.1.


Tabela E.4 – Fator de luz diurna para os diferentes ambientes da habitação

FLD (%) para os níveis de desempenho


Dependência
M* I S
Sala de estar;
Dormitório;
 0,50%  0,65%  0,75%
Copa / cozinha;
Área de serviço.
Banheiro;
Corredor ou escada interna à unidade;
Corredor de uso comum (prédios); Não exigido  0,25%  0,35%
Escadaria de uso comum (prédios);
Garagens/estacionamentos
* Valores mínimos obrigatórios, conforme 13.2.2.
NOTA 1: Para os edifícios multipiso, admitem-se para as dependências situadas no
pavimento térreo ou em pavimentos abaixo da cota da rua níveis de iluminância
ligeiramente inferiores aos valores especificados na tabela acima (diferença máxima de
20% em qualquer dependência).
NOTA 2: Os critérios desta Tabela não se aplicam às áreas confinadas ou que não
tenham iluminação natural.

Os métodos de avaliação e premissas de projeto requeridos são estabelecidos em 13.2.2.

E.5.2 Iluminação artificial


Os níveis gerais de iluminação promovidos nas diferentes dependências dos edifícios habitacionais por iluminação
artificial devem atender ao disposto em 13.3.1. Para maior conforto dos usuários, recomenda-se para os níveis
intermediário (I) e superior (S), os valores apresentados na Tabela E.4.

Tabela E.4 — Níveis de iluminamento geral para iluminação artificial

Iluminamento geral para os níveis de desempenho


Dependência lux
M* I S
Sala de estar
Dormitório
Banheiro
 100  150  200
Área de serviço
Garagens/estacionamentos
internos e cobertos
Copa/cozinha  200  300  400
Corredor ou escada interna à
unidade
 100  150  200
Corredor de uso comum (prédios)
Escadaria de uso comum (prédios)
Garagens/estacionamentos
 20  30  40
descobertos
* Valores mínimos obrigatórios, conforme 13.3.1.

E.6 Durabilidade e manutenibilidade


E.6.1 Generalidades
As recomendações relativas a níveis de desempenho mais exigentes que o mínimo para a vida útil de projeto
estão detalhadas no Anexo C.
E.7 Desempenho acústico
E.7.1 Ruídos gerados por equipamentos prediais

Este item visa informar em caráter não obrigatório níveis de desempenho acústico aos ocupantes quando são
operados equipamentos instalados nas dependências da edificação. Equipamentos individuais cujo acionamento
aconteça por ação do próprio usuário (exemplo, caixa d’água em habitações unifamiliares, trituradores de alimento
em cozinha, etc) não podem ser avaliados por esse requisito; trata-se apenas de equipamentos de uso coletivo ou
acionados por terceiros que não o próprio usuário da unidade habitacional a ser avaliada.
O método consiste em medir o nível de pressão sonora durante um ciclo de operação do aparelho hidrossanitário.
A avaliação deve ser realizada no dormitório da unidade habitacional ao lado, acima ou abaixo do local onde o
equipamento está instalado (ruído percebido) quando há o acionamento do aparelho (ruído emitido). A medição
deve ser feita com todas as portas dos banheiros, dormitórios e de entrada, assim como todas as janelas das duas
unidades habitacionais fechadas.
Este requisito visa proporcionar adequação acústica aos ocupantes quando são operados equipamentos
instalados nas dependências da edificação – tais como elevadores e suas casas de máquinas, sistemas coletivos
de exaustão/ventilação e pressurização de “shafts”, sistemas de refrigeração e calefação, geradores (quando não
emergenciais) e portões automatizados. Ruídos de equipamentos hidrossanitários são tratados na NBR 15.575-6.
Equipamentos individuais cujo acionamento aconteça por ação do próprio usuário (exemplo, trituradores de
alimento em cozinha, persianas elétricas, exaustão de banheiros ou lavabos, etc) não podem ser avaliados por
esse requisito; trata-se apenas de equipamentos de uso coletivo ou acionados por terceiros que não o próprio
usuário da unidade habitacional a ser avaliada.
A medição do desempenho acústico deve ser realizada no dormitório da unidade habitacional ao lado, acima ou
abaixo do local onde o equipamento está instalado (ruído percebido) quando há o acionamento do equipamento
(ruído emitido). A medida deve ser feita com todas as portas dos banheiros, dormitórios e de entrada, assim como
todas as janelas das duas unidades habitacionais fechadas.
Nota – Geradores de emergência, sirenes, bombas de incêndio e outros dispositivos com acionamento em
situações de emergência não podem ser contemplados neste requisito.

E.7.2 Descrição dos métodos: Método de engenharia e método simplificado de campo


O método de engenharia determina, em campo, de forma rigorosa, os níveis de pressão sonora de equipamento
predial em operação. O método é descrito na norma ISO 16032.
O método simplificado de campo permite obter uma estimativa dos níveis de pressão sonora de equipamento
predial em operação em situações onde não se dispõe de instrumentação necessária para medir o tempo de
reverberação no ambiente de medição, ou quando as condições de ruído ambiente não permitem obter este
parâmetro. O método simplificado é descrito na ISO 10052.

E.7.2.1 Parâmetros de avaliação


Os parâmetros de verificação utilizados nesta parte da norma constam da Tabela E.5.

Tabela E.5: Parâmetros acústicos de verificação


Símbolo Descrição Norma Aplicação
Nível de pressão sonora equivalente, Ruído gerado durante a operação de
LAeq,nT ISO 16032
padronizado de equipamento predial equipamento predial
Nível de pressão sonora máximo, Ruído gerado durante a operação de
LASmax,nT ISO 16032
padronizado de equipamento predial equipamento predial
Nível de pressão sonora equivalente
Nível de ruído no ambiente, com o
LAai no ambiente interno, com ISO 16032
equipamento fora de operação
equipamento fora de operação

E.7.2.2 Operação do equipamento


O equipamento é operado conforme a norma ISO 16032, durante pelo menos um ciclo de operação. As condições
de operação do equipamento e os procedimentos de medição constam das normas ISO 16032 e ISO 10052. Para
a realização dos ensaios, o ciclo de operação do produto deve atender aos critérios especificados na norma
brasileira respectiva ao mesmo, tais como: potência ou velocidade mínima e máxima de operação; tempo de
acionamento etc.
E.7.2.3 Níveis de pressão sonora de equipamento predial
Métodos de avaliação
Devem ser avaliados os dormitórios das unidades habitacionais autônomas. As portas e janelas devem estar
fechadas durante as medições. Se o nível de ruído no ambiente interno, com equipamento fora de operação, LAai,
no momento da medição, for superior ao critério da tabela aa, o equipamento em questão deverá ser avaliado em
outro horário em que seja possível a medição.

Devem ser obtidos o nível de pressão sonoro contínuo equivalente padronizado de um ciclo de operação do
equipamento predial, LAeq,nT, e o nível de pressão sonora máximo, LASmax,nT, do ruído gerado pelo operação
do equipamento. O ciclo de operação do produto deve atender aos critérios especificados na norma brasileira
respectiva ao produto. Devem ser atendidos concomitantemente os critérios de 12.4.5.2 e 12.4.5.3.

E.7.2.4 Nível de desempenho – Níveis de pressão sonora contínuo equivalente, LAeq,nT


Os valores mínimos de desempenho são indicados na Tabela E.6.

Tabela E.6 - Valores máximos do nível de pressão sonora contínuo equivalente, LAeq,nT,
medido em dormitórios

LAeq,nT [dB(A)] Nível de desempenho

≤30 S

≤34 I

≤37 M

E.7.2.5 Nível de desempenho – Níveis de pressão sonora máximo, LASmax,nT


Os valores mínimos de desempenho são indicados na Tabela E.7.

Tabela E.7 - Valores máximos do nível de pressão sonora máximo, LASmax,nT, medido em dormitórios

LASmax,nT [dB(A)] Nível de desempenho

≤36 S

≤39 I

≤42 M
Anexo F
(informativo)

Bibliografia recomendada

Publicação IPT Nº 1791 – Fichas de características das madeiras Brasileiras, São Paulo, 1989.

Publicação IPT Nº 1157 – Métodos de Ensaios e Análises em Preservação de Madeiras, São Paulo

Publicação IPT 2980 – Madeiras – Uso sustentável na construção civil; (citado no item 18.3.3.);

ASHRAE. 2001. ANSI/ASHRAE Standard 140-2001: Standard Method of Test for the Evaluation of Building Energy

Analysis Computer Programs. American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers, Inc.
USA, Atlanta: 2001.

International Organization for Standardization 1998. Ergonomics of The Thermal Environment – Instruments and
methods for measuring physical quantities. (ISO 7726)

Publicação IPT 2980 - Madeiras – Uso sustentável na construção civil

Inspeção Predial do IBAPE/SP – 2007

Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução nº 176, de 24/10/2000

Código de Defesa do Consumidor. Lei nº 8078, de 11/9/1990

ABNT NBR 15220-1, Desempenho térmico de edificações – Parte 1: Definições, símbolos e unidades

ABNT NBR 15220-5, Desempenho térmico de edificações – Parte 5: Medição da resistência térmica e da
condutividade térmica pelo método fluximétrico

ASTM C1363, Standard Test Method for Thermal Performance of Building Materials and Envelope Assemblies by
Means of a Hot Box Apparatus

Código de Defesa do Consumidor, Lei 8078 de 11/9/90.


Portaria n.º 18 , de 16 de janeiro de 2012 - Serviço Público Federal - MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO,
INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E
TECNOLOGIA-INMETRO
Anexo G
(informativo)

Dimensões mínimas e organização funcional dos espaços


Este anexo informativo visa apresentar como sugestão algumas das possíveis formas de organização dos
cômodos e dimensões compatíveis com as necessidades humanas.

Recomenda-se que os projetos de arquitetura de edifícios habitacionais prevejam no mínimo a disponibilidade de


espaço nos cômodos do edifício habitacional para colocação e utilização dos móveis e equipamentos-padrão
listados na Tabela 5, cujas dimensões são informadas na Tabela 6.

Tabela 1 — Móveis e equipamentos-padrão

Atividades essenciais/Cômodo Móveis e equipamentos-padrão


Dormir/Dormitório de casal Cama de casal + guarda-roupa + criado-mudo (mínimo 1)
Dormir/Dormitório para duas pessoas (2º Duas Camas de solteiro + guarda-roupa + criado-mudo ou
Dormitório) mesa de estudo
Dormir/Dormitório para uma pessoa (3º Dormitório) Cama de solteiro + guarda-roupa + criado-mudo
Estar Sofá de dois ou três lugares + armário/estante + poltrona
Cozinhar Fogão + geladeira + pia de cozinha + armário sobre a pia +
gabinete + apoio para refeição (2 pessoas)
Alimentar/tomar refeições Mesa + quatro cadeiras
Fazer higiene pessoal Lavatório + chuveiro (box) + vaso sanitário
NOTA No caso de lavabos, não é necessário o chuveiro.
Lavar, secar e passar roupas Tanque (externo para unidades habitacionais térreas) +
máquina de lavar roupa
Estudar, ler, escrever, costurar, reparar e guardar Escrivaninha ou mesa + cadeira
objetos diversos

Tabela 2 — Dimensões mínimas de mobiliário e circulação

Mobiliário
Circulação
Dimensões
Ambiente Observações
Móvel ou equipamento m m
l p
Sofá de 3 lugares com braço 1,70 0,70
Largura mínima da sala de estar
Sofá de 2 lugares com braço 1,20 0,70 Prever espaço de deve ser 2,40 m
Poltrona com braço 0,80 0,70 0,50 m na frente
do assento, para Número mínimo de assentos
Sofá de 3 lugares sem braço 1,50 0,70 sentar, levantar e determinado pela quantidade de
Sala de habitantes da unidade, considerando
estar Sofá de 2 lugares sem braço 1,00 0,70 circular.
o número de leitos
Poltrona sem braço 0,50 0,70
Estante/armário para TV 0,80 0,50 0,50 m Espaço para o móvel obrigatório
Mesinha de centro ou
- - - Espaço para o móvel opcional
cadeira
D= Largura mínima da sala de
Mesa redonda para 4 lugares -
Sala 0,95 Circulação estar/jantar
estar/jantar D= mínima de 0,75 e da sala de jantar (isolada) deve ser
Mesa redonda para 6 lugares - m à partir da 2,40 m
Sala de 1,20
borda da mesa
jantar/copa Mesa quadrada para 4 Mínimo: 1 mesa para 4 pessoas.
1,00 1,00 (espaço para
Copa/cozin lugares afastar a cadeira Admite-se leiaute com o lado menor
ha Mesa quadrada para 6 e levantar) da mesa encostado na parede, desde
1,20 1,20 que haja espaço para seu
lugares
Mesa retangular para 4 afastamento, quando da utilização
1,2 0,80
lugares
Mesa retangular para 6
1,50 0,80
lugares
Pia 1,20 0,50 Circulação Largura mínima da cozinha: 1,50 m
Fogão 0,55 0,60 mínima 0,85 m
frontal à pia, Mínimo: pia, fogão e geladeira e
Cozinha
Geladeira 0,70 0,70 fogão e geladeira armário
Armário sob a pia e gabinete - - - Espaço obrigatório para móvel
Apoio para refeição (2 - - -
Espaço opcional para móvel
pessoas)
Cama de casal 1,40 1,90 Circulação Mínimo: 1 cama, 2 criados-mudos e 1
Dormitório guarda-roupa
Criado-mudo 0,50 0,50 mínima entre o
casal
mobiliário e/ou Admite-se apenas 1 criado-mudo,
(dormitório
Guarda-roupa 1,60 0,50 paredes de 0,50 quando o 2º interferir na abertura de
principal)
m portas do guarda-roupa

Tabela 6 (continuação)

Mobiliário
Dimensões Circulação
Ambiente Observações
Móvel ou equipamento m m
l p
Camas de solteiro 0,80 1,90 Circulação
mínima entre as
Criado-mudo 0,50 0,50 camas de 0,60 m
Dormitório Mínimo: 2 camas, 1 criado-mudo
para 2 Demais e 1 guarda-roupa
pessoas Guarda-roupa 1,50 0,50 circulações
(2º dormitório) mínimo de 0,50
m.
Mesa de estudo 0,80 0,60 - Espaço para o móvel opcional
Cama de solteiro 0,80 1,90 Circulação
mínima entre o
Dormitório Criado-mudo 0,50 0,50 Mínimo: 1 cama, 1 guarda-roupa
mobiliário e/ou
para 1 pessoa e 1 criado-mudo
paredes de 0,50
(3º dormitório) Armário 1,20 0,50 m
Mesa de estudo 0,80 0,60 - Espaço para o móvel opcional
Lavatório 0,39 0,29 Circulação
mínima de 0,4 m
Lavatório com bancada 0,80 0,55
frontal ao Largura mínima do banheiro:
Vaso sanitário (caixa 0,60 0,70 lavatório, vaso e
acoplada) bidê 1,10 m, exceto no box
Banheiro Mínimo: 1 lavatório, 1 vaso e 1
Vaso sanitário 0,60 0,60
box
Box quadrado 0,80 0,80
Box retangular 0,70 0,90
Bidê 0,60 0,60 Peça opcional
Tanque 0,52 0,53 Circulação
mínima de 0,50 Mínimo: 1 tanque e 1 máquina
Área de (tanque de no mínimo 20 L)
m frontal ao
serviço Máquina de lavar roupa 0,60 0,65 tanque e
máquina de lavar
NOTA 1 Esta Norma não estabelece dimensões mínimas de cômodos, deixando aos projetistas a competência
de formatar os ambientes da habitação segundo o mobiliário previsto, evitando conflitos com legislações
estaduais ou municipais que versam sobre dimensões mínimas dos ambientes.
NOTA 2 Em caso de adoção em projeto de móveis opcionais, as dimensões mínimas devem ser obedecidas.
ABNT NBR 15575-2_2013

Edificações habitacionais – Desempenho


Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais
Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização
Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de
Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores
e neutros (universidade, laboratório e outros).

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que alguns dos
elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser considerada
responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.

A ABNT NBR 15575-2 foi elaborada no Comitê Brasileiro da Construção Civil (ABNT/CB-02), pela Comissão de
Estudos de Desempenho de Edificações (CE-02.136.01). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme
Edital nº 10, de 28.09.2007 a 27.11.2007, com o número de Projeto 02:136.01-001/2.

A ABNT NBR 15575, sob o título geral “Edificações habitacionais — Desempenho”, tem previsão de conter as
seguintes partes:

 Parte 1: Requisitos gerais;

 Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais;

 Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos;

 Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e externas;

 Parte 5: Requisitos para os sistemas de coberturas;

 Parte 6: Requisitos para os sistemas hidrossanitários.

Esta versão da ABNT NBR 15575-2:2013 cancela e substitui as versões anteriores da ABNT NBR 15575-2.
Introdução

A abordagem desta Norma explora conceitos que muitas vezes não são considerados em Normas prescritivas
específicas como, por exemplo, a durabilidade dos sistemas, a manutenabilidade da edificação e o conforto tátil
e antropodinâmico dos usuários.

A inter-relação entre Normas de desempenho e Normas prescritivas deve possibilitar o atendimento às exigências
do usuário, com soluções tecnicamente adequadas e economicamente viáveis.

Todas as disposições contidas nesta Norma, aplicáveis a edificações habitacionais e a sistemas projetados,
construídos, operados e submetidos a intervenções de manutenção que atendam às instruções específicas do
respectivo Manual de operação, uso e manutenção.

Requisitos e critérios particularmente aplicáveis a determinado sistema são tratados separadamente em cada
Parte desta Norma.

Objetivamente, esta Norma visa alavancar tecnicamente a qualidade requerida e a oferta de moradias,
ao estabelecer regras para avaliação do desempenho de imóveis habitacionais, auxiliando nas análises que
definem o financiamento de imóveis e possibilitando adequações nos procedimentos de execução, uso
e manutenção dos imóveis.

Esta parte da ABNT NBR 15575 trata dos requisitos para os sistemas estruturais aplicáveis a edificações
habitacionais com respeito ao desempenho estrutural, analisado do ponto de vista dos estados-limites último e de
serviço pelo método semiprobabilístico de projeto estrutural.

Esta Norma considera as solicitações características de acordo com as prescrições das ABNT NBR 8681,
ABNT NBR 6120 e ABNT NBR 6123, simulando através de modelos matemáticos e físicos as situações de ruína
por esgotamento da capacidade de resistência dos materiais ou por instabilidade do equilíbrio.

O estado-limite de serviço tem como premissa assegurar a durabilidade quando da utilização normal da estrutura,
limitando a formação de fissuras, a magnitude das deformações e a ocorrência de falhas localizadas que possam
prejudicar os níveis de desempenho previstos para a estrutura e os demais elementos e componentes que
constituem a edificação, incluindo as instalações hidrossanitárias e demais sistemas prediais.

Outros aspectos do desempenho que condigam com a sua inserção no meio habitacional, tais como segurança
contra incêndio, segurança no uso e operação, estanqueidade, conforto térmico, conforto acústico, conforto
lumínico, saúde, higiene e qualidade do ar, funcionalidade e acessibilidade, conforto táctil e antropodinâmico
e adequação ambiental, são tratados mais propriamente na ABNT NBR 15575-1.

Requisitos aplicáveis somente para edificações de até cinco pavimentos serão especificados em suas respectivas
seções.
1 Escopo
1.1 Esta parte da ABNT NBR 15575 estabelece os requisitos e critérios de desempenho que se aplicam
ao sistema estrutural da edificação habitacional.

1.2 Esta Parte da ABNT NBR 15575 não se aplica a obras em andamento ou a edificações concluídas até a
data da entrada em vigor desta Norma. Também não se aplica a obras de reformas nem de “retrofit” nem
edificações provisórias.

1.3 Esta Parte da ABNT NBR 15575 é utilizada como um procedimento de avaliação do desempenho de
sistemas construtivos.

1.4 Os requisitos estabelecidos nesta Parte da ABNT NBR15575 (Seções 4 a 17) são complementados pelos
requisitos estabelecidos nas ABNT NBR 15575-1 a ABNT NBR15575-6.

1.6 Esta parte ABNT NBR 15575 estabelece critérios relativos ao desempenho térmico, acústico, lumínico e de
segurança ao fogo, que devem ser atendidos individual e isoladamente pela própria natureza conflitante dos
critérios de medições, por exemplo, desempenho acústico (janela fechada) versus desempenho de ventilação
(janela aberta).

1.7 Requisitos aplicáveis somente para edificações de até cinco pavimentos serão especificados em suas
respectivas seções.

2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas,
aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes
do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 5629, Execução de tirantes ancorados no terreno

ABNT NBR 5674, Manutenção de edificações – Procedimento

ABNT NBR 6118, Projeto de estruturas de concreto – Procedimento

ABNT NBR 6120, Cargas para o cálculo de estruturas de edificações

ABNT NBR 6122, Projeto e execução de fundações

ABNT NBR 6123, Forças devidas ao vento em edificações

ABNT NBR 7190, Projeto de estruturas de madeira

ABNT NBR 8681, Ações e segurança nas estruturas – Procedimento

ABNT NBR 8800, Projeto e execução de estruturas de aço de edifícios (método dos estados limites)

ABNT NBR 9062, Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado

ABNT NBR 10837, Cálculo de alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto

ABNT NBR 11675, Divisórias leves internas moduladas - Verificação da resistência a impactos

ABNT NBR 11682, Estabilidade de taludes

ABNT NBR 13532, Elaboração de projetos de edificações – Arquitetura


ABNT NBR 14037, Manual de operação, uso e manutenção das edificações – Conteúdo e recomendações para
elaboração e apresentação

ABNT NBR 14718, Guarda-corpos para edificação

ABNT NBR 14762, Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis formados a frio – Procedimento

ABNT NBR 15575-1, Edificações Habitacionais - Desempenho – Parte 1: Requisitos gerais

ABNT NBR 15575-3, Edificações Habitacionais - Desempenho – Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos;

ABNT NBR 15575-4, Edificações Habitacionais - Desempenho – Parte 4: Requisitos para os sistemas de
vedações verticais internas e externas

ABNT NBR 15575-5, Edificações Habitacionais - Desempenho – Parte 5: Requisitos para os sistemas de
coberturas

ABNT NBR 15575-6, Edificações Habitacionais - Desempenho – Parte 6: Requisitos para os sistemas
hidrossanitários

3 Termos e definições
Para os efeitos desta parte da ABNT NBR 15575, aplicam-se os termos e definições das ABNT NBR 15575-1
e ABNT NBR 8681, e as seguintes.

3.1
integridade estrutural
capacidade da estrutura de evitar seu colapso progressivo na ocorrência de danificações localizadas

3.2
ruína
característica do estado-limite último, por ruptura ou por perda de estabilidade ou por deformação excessiva

3.3
falha
ocorrência que compromete o estado de utilização do sistema ou elemento. Essa ocorrência pode resultar
de fissuração ou deslocamentos acima de limites aceitáveis, avarias no sistema ou no elemento estrutural ou
nas interfaces com outros sistemas ou elementos

3.4
deformação
variação da distância entre pontos de um corpo submetido a uma determinada tensão, com modificação de
sua forma e volume primitivos

3.5
deslocamento
afastamento entre a elástica e o eixo original de uma barra (ou plano original de uma placa) submetida
a um carregamento estático ou dinâmico

3.6
flecha
máximo afastamento entre a elástica e a posição primitiva de uma barra ou de uma placa submetida à flexão

3.7
fissura de componente estrutural
seccionamento na superfície ou em toda seção transversal de um componente, com abertura capilar, provocado
por tensões normais ou tangenciais. As fissuras podem ser classificadas como ativas (variação da abertura em
função de movimentações higrotérmicas ou outras) ou passivas (abertura constante)

3.8
estado inaceitável de fissuração
ocorrência de fissura isolada ou de fissuras múltiplas, ativas ou passivas, que repercutam em não atendimento
a qualquer um dos critérios desta Norma
3.9
trinca
expressão coloquial qualitativa aplicável a fissuras com abertura maior ou igual a 0,6 mm

3.10
mossa
vestígio de pancada ou pressão

4 Exigências do usuário

Ver ABNT NBR 15575-1.

5 Incumbência dos intervenientes

Ver ABNT NBR 15575-1.

6 Avaliação do desempenho

Ver ABNT NBR 15575-1.

7 Segurança estrutural

7.1 Requisitos gerais para a edificação habitacional

Atender durante a sua vida útil de projeto, sob as diversas condições de exposição (ação do peso próprio,
sobrecargas de utilização, atuações do vento e outros), aos seguintes requisitos gerais:

a) não ruir ou perder a estabilidade de nenhuma de suas partes;

b) prover segurança aos usuários sob ação de impactos, choques, vibrações e outras solicitações decorrentes
da utilização normal da edificação, previsíveis na época do projeto;

c) não provocar sensação de insegurança aos usuários pelas deformações de quaisquer elementos da
edificação, admitindo-se tal exigência atendida caso as deformações se mantenham dentro dos limites
estabelecidos nesta Norma;

d) não repercutir em estados inaceitáveis de fissuração de vedação e acabamentos;

e) não prejudicar a manobra normal de partes móveis, como portas e janelas, nem repercutir no funcionamento
normal das instalações em face das deformações dos elementos estruturais;

f) cumprir as disposições das ABNT NBR 5629, ABNT NBR 11682 e ABNT NBR 6122 relativamente
às interações com o solo e com o entorno da edificação.

7.2 Requisito – Estabilidade e resistência do sistema estrutural e demais elementos com


função estrutural

Apresentar um nível específico de segurança contra a ruína, considerando-se as combinações de carregamento


de maior probabilidade de ocorrência, ou seja, aquelas que se referem ao estado-limite último.

Elementos com função de vedação (paredes e divisórias, não estruturais) devem ter capacidade de transmitir
à estrutura seu peso próprio e os esforços externos que sobre eles diretamente venham atuar, decorrentes
de sua utilização.
7.2.1 Critério – Estado-limite último

Atender às disposições aplicáveis das normas que abordam a estabilidade e a segurança estrutural para todos
os componentes estruturais da edificação habitacional, incluindo-se as obras geotécnicas.

Devem ser necessariamente consideradas nos projetos as cargas permanentes, acidentais (sobrecargas de
utilização), devidas ao vento e a deformações impostas (variação de temperatura e umidade, recalques das
fundações), conforme ABNT NBR 8681, ABNT NBR 6120, ABNT NBR 6122 e ABNT NBR 6123.

NOTA 1 Para efeitos do estado-limite último, podem ser desprezadas as solicitações devidas à retração por secagem, onde
aplicável, caso os materiais apresentem índices de retração livre em corpos-de-prova de laboratório inferiores a 0,06 %.

NOTA 2 Para efeitos do estado-limite último, podem ser desprezadas as solicitações devidas à variação de temperatura,
caso sejam empregados materiais com coeficientes de dilatação térmica linear  10-5/°C; para comprimentos em planta
inferiores a 30 m, levar em consideração somente para valores acima de 2 x 10 -5/°C.

NOTA 3 Para efeitos do estado-limite último, podem ser desprezadas as solicitações devidas à variação da umidade relativa
do ar, caso sejam empregados materiais que, no aumento da umidade relativa de 50 % para 100 %, estabilizam-se
com expansão não superior a 0,1 %; da mesma forma, o efeito da variação da umidade pode ser desprezado para estruturas
cujos componentes foram protegidos com sistemas de impermeabilização que atendam aos requisitos desta Norma.

7.2.2 Métodos de avaliação

Análise do projeto conforme 7.2.2.1 ou 7.2.2.2.

7.2.2.1 Cálculos

A análise do projeto dos componentes estruturais da edificação habitacional deve ser feita com base nas
seguintes normas, quando aplicáveis: ABNT NBR 6118, ABNT NBR 6120, ABNT NBR 6122, ABNT NBR 6123,
ABNT NBR 7190, ABNT NBR 8681, ABNT NBR 8800, ABNT NBR 9062, ABNT NBR 10837 e ABNT NBR 14762.

As condições de desempenho devem ser comprovadas analiticamente, demonstrando o atendimento


ao estado-limite último, devendo as ações respeitarem as normas vigentes e as considerações estabelecidas
em projeto.

Para casas térreas e sobrados, cuja altura total não ultrapasse 6,0 m (desde o respaldo da fundação de cota mais
baixa até o topo da cobertura), não há necessidade de atendimento às dimensões mínimas dos componentes
estruturais estabelecidas nas normas de projeto estrutural específicas (ABNT NBR 6118, ABNT NBR 7190,
ABNT NBR 8800, ABNT NBR 9062, ABNT NBR 10837 e ABNT NBR 14762), resguardada a demonstração
da segurança e estabilidade pelos ensaios previstos nesta Norma (7.2.2.2 e 7.4), bem como atendidos os demais
requisitos de desempenho estabelecidos nesta Norma.

Na inexistência de Norma Brasileira de projeto estrutural específica para o tipo de estrutura analisado, pode ser
aceito o atendimento aos respectivos Eurocódigos, em sua última versão, ou a demonstração da estabilidade
e da segurança estrutural através de cálculos, modelos e ensaios, respeitado o estabelecido em 7.2.2.2.

7.2.2.2 Ensaios

Quando a modelagem matemática do comportamento conjunto dos materiais e componentes que constituem
o sistema, ou dos sistemas que constituem a estrutura, não for conhecida e consolidada por experimentação,
ou não existir Norma Brasileira, permite-se, para fins desta Norma, desde que aplicado a edifícios habitacionais
de até cinco pavimentos, estabelecer uma resistência mínima de projeto através de ensaios destrutivos e do
traçado do correspondente diagrama carga x deslocamento, conforme indicado no Anexo A.

7.2.3 Premissas de projeto

O projeto deve apresentar a justificativa dos fundamentos técnicos com base em Normas Brasileiras ou,
em sua ausência, com base nos Eurocódigos ou em ensaios conforme 7.2.2.2.

7.2.4 Nível de desempenho

O cumprimento dos requisitos estabelecidos corresponde ao nível de desempenho mínimo (M).


7.3 Requisito – Deformações ou estados de fissuração do sistema estrutural

Não ocasionar deslocamentos ou fissuras excessivas aos elementos de construção vinculados ao sistema
estrutural, levando-se em consideração as ações permanentes e de utilização, nem impedir o livre funcionamento
de elementos e componentes da edificação, tais como portas e janelas, nem repercutir no funcionamento
das instalações.

NOTA Com o atendimento a este requisito, a probabilidade de ocorrência de danos inaceitáveis tende a ser mínima.

7.3.1 Critério – Estados-limites de serviço

Sob a ação de cargas gravitacionais, de temperatura, de vento (ABNT NBR 6123), recalques diferenciais das
fundações (ABNT NBR 6122) ou quaisquer outras solicitações passíveis de atuarem sobre a construção, conforme
ABNT NBR 8681, os componentes estruturais não devem apresentar:

 deslocamentos maiores que os estabelecidos nas normas de projeto estrutural (ABNT NBR 6118,
ABNT NBR 7190, ABNT NBR 8800, ABNT NBR 9062, ABNT NBR 10837 e ABNT NBR 14762) ou, na falta
de Norma Brasileira específica, usar as Tabelas 1 ou 2;

 fissuras com aberturas maiores que os limites indicados nas ABNT NBR 6118 e ABNT NBR 9062 , ou outra
norma específica para o método construtivo adotado ou abertura superior a 0,6 mm em qualquer situação.

NOTA A Tabela 1 apresenta limitações de desempenho genéricas e abrangentes, objetivando preservar os elementos
estruturais através de uma modelagem detalhada. A Tabela 2 é expedita e inclui as expectativas com relação a deformações
dependentes do tempo.

Tabela 1 — Deslocamentos-limites para cargas permanentes e cargas acidentais em geral


Razão da limitação Elemento Deslocamento-limite Tipo de deslocamento
Pilares, paredes, vigas,
Visual/insegurança (1) Deslocamento final incluindo
lajes (componentes L/250 ou H/300
psicológica fluência (carga total)
visíveis)
Caixilhos, instalações,
Destacamentos, fissuras vedações e
L/800 Parcela da flecha ocorrida após a
em vedações ou acabamentos rígidos
(pisos, forros etc.) instalação da carga correspondente
acabamentos, falhas na
ao elemento em análise (parede,
operação de caixilhos e Divisórias leves, piso etc.)
instalações acabamentos flexíveis L/600
(pisos, forros etc.)
Paredes e/ou 1) Distorção horizontal ou vertical
L/500 ou H/500
acabamentos rígidos provocada por variações de
Destacamentos e fissuras temperatura ou ação do vento,
em vedações Paredes e 1) distorção angular devida ao
L/400 ou H/400 recalque de fundações
acabamentos flexíveis
(deslocamentos totais)
H é a altura do elemento estrutural
L é o vão teórico do elemento estrutural
(1)
Para qualquer tipo de solicitação, o deslocamento horizontal máximo no topo do edifício deve ser limitado
a Htotal / 500 ou 3 cm, respeitando-se o menor dos dois limites.
NOTA Não podem ser aceitas falhas, a menos daquelas que estejam dentro dos limites previstos nas normas prescritivas
específicas.

Tabela 2 — Flechas máximas para vigas e lajes (cargas gravitacionais permanentes e acidentais)
1) 3)
Flecha imediata Flecha final (total)
Parcela de carga permanente sobre vigas e lajes
Sgk Sqk Sgk +0,7 Sqk Sgk + 0,7 Sqk
2)
Paredes monolíticas, em Com aberturas L/1 000 L/2 800 L/800 L/400
alvenaria ou painéis unidos
ou rejuntados com material Sem aberturas L/750 L/2 100 L/600 L/340
rígido
2)
Paredes em painéis com Com aberturas L/1 050 L/1 700 L/730 L/330
juntas flexíveis, divisórias
leves, gesso acartonado Sem aberturas L/850 L/1 400 L/600 L/300

Constituídos e/ou revestidos


L/700 L/1 500 L/530 L/320
com material rígido
Pisos
Constituídos e/ou revestidos
L/750 L/1 200 L/520 L/280
com material flexível
Constituídos e/ou revestidos
L/600 L/1 700 L/480 L/300
com material rígido
Forros
Forros falsos e/ou revestidos
L/560 L/1 600 L/450 L/260
com material flexível
Laje de cobertura impermeabilizada, com inclinação i  2% L/850 L/1 400 L/600 L/320
Vigas calha com inclinação i > 2% L/750 - - L/300
L é o vão teórico
1)
Para vigas e lajes em balanço, admitem-se deslocamentos correspondentes a 1,5 vez os respectivos valores indicados.
2)
No caso do emprego de dispositivos e detalhes construtivos que absorvam as tensões concentradas no contorno das aberturas das
portas e janelas, as paredes podem ser consideradas "sem aberturas".
3)
Para a verificação dos deslocamentos na flecha final, reduzir a rigidez dos elementos analisados pela metade.

7.3.2 Método de avaliação

Atendimento aos valores das Normas Brasileiras específicas ou das Tabelas 1 ou 2. Caso estes valores não sejam
atendidos, proceder à análise do projeto, cumprindo o estabelecido em 7.3.2.1 ou 7.3.2.2.

7.3.2.1 Cálculos

A análise do projeto dos componentes estruturais da edificação habitacional deve ser feita com base
nas ABNT NBR 6118, ABNT NBR 6120, ABNT NBR 6123, ABNT NBR 7190, ABNT NBR 8681, ABNT NBR 8800,
ABNT NBR 9062, ABNT NBR 10837 e ABNT NBR 14762, em função do tipo de estrutura. Devem ser
consideradas as cargas permanentes acidentais devidas ao vento e a deformações específicas, conforme
a ABNT NBR 8681.

Nos casos mais gerais, na análise das deformações podem ser consideradas apenas as ações permanentes
e acidentais (sobrecargas) características, tomando-se para g o valor 1,0 e para q o valor 0,7.

Sd = Sgk + 0,7 Sqk

Na avaliação dos deslocamentos, cujos limites são apresentados nas Normas Brasileiras de projeto estrutural
ou na Tabela 1, devem ser levadas em conta as deformações imediatas e as diferidas no tempo.

Para o caso de estruturas de concreto ou argamassa armada, compósitos reforçados com fibras ou materiais
semelhantes, devem ser levados em conta os efeitos de diminuição da rigidez com a ocorrência da fissuração.

7.3.2.2 Ensaios

Quando a modelagem matemática do comportamento conjunto dos materiais e componentes que constituem
o sistema, ou dos sistemas que constituem a estrutura, não for conhecida e consolidada por experimentação,
ou não existir norma técnica, permite-se, para os fins desta Norma, desde que aplicado a edifícios
habitacionais de até cinco pavimentos, estabelecer uma modelagem matemática do comportamento conjunto
para as deformações de serviço através de ensaios destrutivos e do traçado do correspondente diagrama carga x
deslocamento, conforme indicado no Anexo B.
Os elementos estruturais devem ser ensaiados nas condições de solicitação a que se pretende submetê-los
na edificação, traçando o gráfico: carga x deslocamento, conforme indicado no Anexo B, de forma a serem
caracterizados em cada ensaio pelo deslocamento que primeiro estabelecer uma falha.

7.3.3 Nível de desempenho

O cumprimento dos requisitos estabelecidos corresponde ao nível de desempenho mínimo (M).


7.4 Requisito: Impactos de corpo mole e corpo duro

Não sofrer ruptura ou instabilidade sob as energias de impacto indicadas nas Tabelas 3 a 5. São dispensadas
da verificação deste requisito as estruturas projetadas conforme as ABNT NBR 6118, ABNT NBR 7190,
ABNT NBR 8800, ABNT NBR 9062, ABNT NBR 10837, ABNT NBR 14762, respeitado o descrito em 7.2.2.1.

NOTA 1 A resistência aos impactos de corpo mole e duro, que podem ser produzidos durante a utilização da edificação
habitacional traduz-se na resistência à energia de impacto a ser aplicada em componentes estruturais responsáveis
pela segurança da edificação.

NOTA 2 No que se refere ao estado-limite de serviço e à resistência superficial, os impactos são menos rigorosos.

7.4.1 Critérios e níveis de desempenho para resistência a impactos de corpo mole

Sob ação de impactos de corpo mole, os componentes da estrutura:

a) não devem sofrer ruptura ou instabilidade sob as energias de impacto estabelecidas nas Tabelas 3 a 5, sendo
tolerada a ocorrência de fissuras, escamações, delaminações e outros danos em impactos de segurança,
respeitados os limites para deformações instantâneas e residuais dos componentes.

b) não podem causar danos a outros componentes acoplados aos componentes sob ensaio.

As limitações de deslocamentos instantâneos (dh ou dv) e residuais (dhr ou dvr), sendo que h se refere
ao deslocamento horizontal e v se refere ao deslocamento vertical, para o nível mínimo de são apresentados
nas Tabelas 3 a 5. Considerando a possibilidade de melhoria da qualidade da edificação, são recomendados
os valores constantes no Anexo E para os níveis de desempenho intermediário (I) e superior (S).

Tabela 3 — Critérios e níveis de desempenho para elementos estruturais localizados na fachada da


edificação, em exteriores acessíveis ao público – Impacto de corpo mole na face externa, ou seja, de fora
para dentro

Energia de
impacto de
corpo mole Critério de desempenho

720 Não ocorrência de ruína; são admitidas falhas localizadas (fissuras, destacamentos e outras)
480 Não ocorrência de ruína; são admitidas falhas localizadas (fissuras, destacamentos e outras)
360 Não ocorrência de ruína; são admitidas falhas localizadas (fissuras, destacamentos e outras)
Não ocorrência de falhas
240 Limitação do deslocamento horizontal:
dh < h/250 e dhr < h/1 250 para pilares, sendo h a altura do pilar
dh < L/200 e dhr < L/1 000 para vigas, sendo L o vão teórico da viga
180 Não ocorrência de falhas
120 Não ocorrência de falhas

Tabela 4 — Critérios e níveis de desempenho para elementos estruturais localizados no interior da


edificação e na fachada – Impacto de corpo mole aplicado na face interna, ou seja, de dentro para fora

Energia de
impacto de
corpo mole Critério de desempenho

J
360 Não ocorrência de ruína; são admitidas falhas localizadas (fissuras, destacamentos e outras)
240 Não ocorrência de ruína; são admitidas falhas localizadas (fissuras, destacamentos e outras)
180 Não ocorrência de falhas
Não ocorrência de falhas
Limitação do deslocamento horizontal:
120
dh < h/250 e dhr < h/1 250 para pilares, sendo h a altura do pilar
dh < L/200 e dhr < L/1 000 para vigas, sendo L o vão teórico da viga

Tabela 5 — Critérios e níveis de desempenho para impacto de corpo mole em pisos

Energia de
impacto de
corpo mole Critério de desempenho

720 Não ocorrência de ruína; são admitidas falhas localizadas (fissuras, destacamentos e outras)

480 Não ocorrência de ruína; são admitidas falhas localizadas (fissuras, destacamentos e outras)

360 Não ocorrência de falhas

Não ocorrência de falhas

240 Limitação de deslocamento vertical

dv < L/300; dvr < L/900

120 Não ocorrência de falhas

7.4.1.1 Método de avaliação

7.4.1.1.1 Verificações

As verificações da resistência e deslocamento dos elementos estruturais devem ser feitas por meio de ensaios de
impacto de corpo mole, realizados em laboratório ou em protótipo ou obra, devendo o corpo-de-prova representar
fielmente as condições executivas da obra, inclusive tipos de apoio/vinculações, conforme método de ensaio
indicado no Anexo C.

7.4.1.1.2 Componentes específicos

Para cada situação ou localização dos elementos deve-se considerar, quando ensaiados, as seguintes
especificidades adicionais:

a) os elementos estruturais localizados na fachada da edificação, em exteriores acessíveis ao público, devem


ser submetidos a um impacto para cada uma das energias especificadas, ou seja, 120 J, 180 J, 240 J, 360 J
e 480J (níveis M, I ou S);

b) os elementos estruturais localizados no interior da edificação e na fachada devem ser submetidos a um


impacto para cada uma das energias especificadas, ou seja, 120 J, 180 J, 240 J, 360 J e 480 J (níveis M, I ou
S);

c) os elementos estruturais de piso devem ser submetidos a um impacto para cada uma das energias
especificadas, ou seja, 120 J, 180 J, 240 J, 360 J, 480 J e 720J (nível M); 120 J, 180 J, 240 J, 360 J, 480 J,
720 J e 960 J (níveis I ou S);
d) os guarda-corpos instalados em terraços, coberturas etc. devem atender às exigências da NBR 14718;
3
e) para os componentes estruturais leves, ou seja, aqueles com massa específica menor ou igual a 1 200 kg/m
2
ou peso próprio menor ou igual a 60 kg/m , admitem-se deslocamentos instantâneos equivalentes ao dobro
dos valores indicados nas Tabelas 4 e 5.

7.4.1.1.3 Nível de desempenho

O cumprimento dos requisitos estabelecidos corresponde ao nível de desempenho mínimo (M).

7.4.2 Critérios e níveis de desempenho para resistência a impactos de corpo duro

Sob a ação de impactos de corpo duro, os componentes da edificação não devem sofrer ruptura
ou traspassamento sob qualquer energia de impacto, sendo tolerada a ocorrência de fissuras, lascamentos
e outros danos em impactos de segurança. As Tabelas 6 a 8 apresentam os critérios de desempenho.
Considerando a possibilidade de melhoria da qualidade da edificação, são recomendados os valores constantes
no Anexo E para os níveis de desempenho intermediário (I) e superior (S).

Tabela 6 — Critérios e níveis de desempenho para impacto de corpo duro na face externa de elementos
estruturais localizados na fachada da edificação e nas faces externas acessíveis ao público

Energia de
a)
impacto de
corpo duro Critério de desempenho

J
Não ocorrência de falhas
3,75
Mossas com qualquer profundidade
Não ocorrência de ruína e traspassamento
20
Admitidas falhas superficiais como mossas, fissuras e desagregações
a)
Sentido do impacto de fora para dentro.

Tabela 7 — Critérios e níveis de desempenho para elementos estruturais localizados no interior


da edificação e na fachada

a)
Energia de impacto
de corpo duro Critério de desempenho
J
Não ocorrência de falhas
2,5
Mossas com qualquer profundidade
Não ocorrência de ruína e traspassamento
10
Admitidas falhas superficiais como mossas, fissuras e desagregações
a)
Sentido do impacto de dentro para fora, aplicado na face interna.

Tabela 8 — Critérios e níveis de desempenho para impacto de corpo duro em pisos


Energia de impacto
de corpo duro Critério de desempenho
J
Não ocorrência de falhas
5
Mossas com qualquer profundidade
Não ocorrência de ruína e traspassamento
30
Admitidas falhas superficiais como mossas, fissuras e desagregações

7.4.2.1 Método de avaliação


Verificação da resistência e depressão provocada pelo impacto de corpo duro, por meio de ensaios em laboratório
executados em protótipos ou obra, devendo o corpo-de-prova representar fielmente as condições executivas
da obra, inclusive tipos de apoio/vinculações, conforme método de ensaio indicado no Anexo D.

Os guarda-corpos instalados em terraços, coberturas e outros devem atender às exigências da ABNT NBR 14718.
7.4.2.2 Nível de desempenho

O cumprimento dos requisitos estabelecidos corresponde ao nível de desempenho mínimo (M).

8 Segurança contra incêndio


Ver ABNT NBR 15575-1.

9 Segurança ao uso e operação


Ver ABNT NBR 15575-1.

10 Estanqueidade
Ver ABNT NBR 15575-1.

11 Desempenho térmico
Ver ABNT NBR 15575-1.

12 Desempenho acústico
Ver ABNT NBR 15575-1.

13 Desempenho lumínico
Ver ABNT NBR 15575-1.

14 Durabilidade e manutenibilidade

14.1 Requisito – Durabilidade do sistema estrutural


Conservar a segurança, estabilidade e aptidão em serviço durante o período correspondente à sua vida útil.

14.1.1 Critério – Vida útil de projeto do sistema estrutural

A estrutura principal e os elementos que fazem parte do sistema estrutural, comprometidos com a segurança
e a estabilidade global da edificação, devem ser projetados e construídos de modo que, sob as condições
ambientais previstas na época do projeto e quando utilizados conforme preconizado em projeto e submetidos a
intervenções periódicas de manutenção e conservação, segundo instruções contidas no manual de operação, uso
e manutenção, devem manter sua capacidade funcional durante toda a vida útil de projeto, conforme estabelecido
na Seção 14 e Anexo C da ABNT NBR 15575-1:2013.

14.1.2 Método de avaliação

A comprovação do atendimento aos critérios de 14.1.1 deve ser feita pela análise do projeto ou por ensaios ou
por aplicação de modelos conforme explicitado a seguir:
a) análise do projeto, considerando a adequação dos materiais, detalhes construtivos adotados visando
o atendimento às disposições previstas nas normas específicas utilizadas no projeto; ou
b) ensaios físico-químicos e ensaios de envelhecimento acelerado (porosidade, absorção de água,
permeabilidade, dilatação térmica, choque térmico, expansão higroscópica, câmara de condensação, câmara
de névoa salina, câmara CUV, câmara de SO2, Wheater-O-Meter, e outros); ou
c) aplicação de modelos para previsão do avanço de frentes de carbonatação, cloretos, corrosão e outros.
14.1.3 Premissas de projeto

O projeto deve mencionar as normas aplicáveis, as condições ambientais vigentes na época do projeto e a
utilização prevista da edificação.

14.1.4 Nível de desempenho

O cumprimento dos requisitos estabelecidos corresponde ao nível de desempenho mínimo (M).

14.2 Requisito – Manutenção do sistema estrutural

A fim de que seja alcançada a Vida Útil de Projeto (VUP) para a estrutura e seus elementos, conforme
ABNT NBR 15575-1, devem ser previstas e realizadas manutenções preventivas sistemáticas e, sempre que
necessário, manutenções com caráter corretivo. Estas últimas devem ser realizadas assim que o problema se
manifestar, impedindo que pequenas falhas progridam às vezes rapidamente para extensas patologias.
As manutenções devem ser realizadas obedecendo-se ao manual de operação, uso e manutenção fornecido pelo
incorporador ou construtora e às boas práticas, de acordo com a ABNT NBR 5674.

14.2.1 Critério – Manual de operação, uso e manutenção do sistema estrutural

O manual de operação, uso e manutenção do sistema estrutural deve prever:


a) recomendações gerais para prevenção de falhas e acidentes decorrentes de utilização inadequada
(sobrecargas não previstas no projeto estrutural, abertura de vãos de portas ou janelas em paredes
estruturais, ampliações verticais não previstas, perfuração de peças estruturais para passagem de dutos
e outros);

b) periodicidade, forma de realização e forma de registro das inspeções prediais;

c) periodicidade, forma de realização e forma de registro das manutenções; e

d) técnicas, processos, equipamentos, especificação e previsão quantitativa de todos os materiais necessários


para as diferentes modalidades de manutenção.

14.2.2 Método de avaliação

Verificação do atendimento às diretrizes das ABNT NBR 5674, ABNT 15575-1 e ABNT NBR 14037 constantes no
manual de operação, uso e manutenção das edificações.
NOTA Esta análise pode levar em consideração as instruções constantes no Anexo D da Parte 1 desta Norma.

14.2.3 Nível de desempenho


O cumprimento dos requisitos estabelecidos corresponde ao nível de desempenho mínimo (M).

15 Saúde, higiene e qualidade do ar


Ver ABNT NBR 15575-1.

16 Funcionalidade e acessibilidade
Ver ABNT NBR 15575-1.

17 Conforto táctil e antropodinâmico


Ver ABNT NBR 15575-1.
18 Adequação ambiental
Ver ABNT NBR 15575-1.
Anexo A
(normativo)

Modelagem matemática do comportamento conjunto para a


resistência mínima de projeto

A.1 Princípio
Ensaios destrutivos, com traçado de diagramas de carga x deslocamento, e registros da história do carregamento
conforme indicado na Figura A.1.

Figura A.1 – Gráfico carga x deslocamento para determinação de Rud e RSd por meio de ensaios

A.2 Diretrizes
Estabelecer a resistência mínima de projeto para os sistemas estruturais ou componentes em que não
há Norma Brasileira de projeto de sistemas que não possuem modelagem matemática conhecida e consolidada
por experimentação.

A.3 Aparelhagem
Devem ser empregados instrumentos que forneçam medição de centésimos de milímetro e que registrem toda
a história do carregamento, principalmente a situação dos pontos e regiões mais solicitados.

A.4 Preparação dos corpos-de-prova


A.4.1 Confeccionar os elementos estruturais com os mesmos materiais, procedimentos e controles normais do
processo construtivo a ser adotado no canteiro de obras.

A.4.2 Para elementos estruturais comprimidos, as cargas devem ser aplicadas com excentricidade:
t
 1 cm
30

onde:

t é igual à menor dimensão do elemento estrutural (normalmente a espessura).

A.4.3 A caracterização dos constituintes A, B, C etc. e o tipo de resistência que os caracteriza individualmente,
podem ser obtidos com a realização dos ensaios, examinando-se minuciosamente o comportamento de ruptura
do conjunto e sua dependência do comportamento dos materiais individuais.
A.5 Procedimento
A.5.1 Conduzir o ensaio com pelo menos dez etapas de carregamento, com repetição para três modelos
geométricos idênticos e em escala real.

A.5.2 Caracterizar os componentes pelas resistências Ru1, Ru2 e Ru3, resultados das resistências últimas
observadas nos ensaios

A.5.3 Ensaiar conforme as condições de solicitação a que se pretende submeter os sistemas estruturais ou
componentes na edificação.

A.5.4 Ordenar as resistências em ordem crescente, conforme indicado na Figura A.1.

A.6 Expressão dos resultados

A.6.1 Resistência de projeto no estado-limite último (ELU)

A resistência admitida de projeto, com o seu valor já minorado, deve ser :

 R  R u1  1
 1  0,2  ξ   R u1 
1
R u d  R u1  u3 .ξ  (4)
 2  γm γm

com γm  1,5

onde:

ξ= [(1+uA).(1+uB).(1+uC)...] (5)

sendo:

uA igual ao coeficiente de variação da resistência do material A, correlativa a Rud;

uB igual ao coeficiente de variação da resistência do material B, correlativa a Rud;

uC igual ao coeficiente de variação da resistência do material C, correlativa a Rud.

A.6.2 Casos particulares

No caso de edificações térreas e sobrados cuja altura total não supere 6,0 m, não sendo possível realizar, por
motivos técnicos ou de viabilidade econômica, o controle sistemático dos materiais A, B, C e outros, permite-se
prescindir da obtenção estatística de sA, sB, sC etc., desde que se adote ξ = 1,5 e γm = 2,0;

A.6.3 Comprovação

Os materiais A, B, C etc. devem constituir e reger, de forma majoritária, o comportamento mecânico


do componente em análise na composição da resistência Rud. Desta forma deve-se comprovar a condição:

Sd ≤ Rud

com Sd determinado conforme ABNT NBR 8681.

A.6.4 Validade

Para conservar válida a expressão de Rud, as resistências médias dos materiais A, B, C etc. devem estar
caracterizadas para o ensaio, garantindo-se ainda a homogeneidade do processo de produção dos elementos
estruturais, de forma que estas médias sejam mantidas.

A.6.5 Estatísticas

A.6.5.1 A resistência característica assumida para componentes de ligação e ancoragens, quando não
existirem normas específicas, deve ser tomada como a correspondente ao quantil inferior a 5 %, ou seja, 95 %
dos componentes devem apresentar para as propriedades escolhidas como representativas um valor igual
ou acima do característico.

A.6.5.2 Na resistência de cálculo dos componentes de ligação e ancoragens, quando não existirem normas
específicas, deve ser considerado um coeficiente de minoração com base na variabilidade dos resultados de
ensaios; este coeficiente, contudo, não deve ser inferior a 2.

A.7 Relatório de ensaio


O relatório do ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações:

a) identificação do solicitante;

b) identificação do fornecedor;

c) identificação da amostra e de todos os corpos-de-prova;

d) desenho do ensaio tipo e sua geometria;

e) caracterização dos constituintes;

f) data do recebimento da amostra;

g) gráficos de carga x deslocamento;

h) deslocamentos;

i) resistências últimas;

j) nível de desempenho;

k) data do ensaio;

l) referência a esta Norma;

m) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios.


Anexo B
(normativo)

Modelagem matemática do comportamento conjunto para as


deformações de serviço

B.1 Princípio
Ensaios destrutivos, com traçado de diagramas de carga x deslocamento, e registros da história do carregamento,
conforme indicado na Figura B.1.

Figura B.1 – Gráfico carga x deslocamento para determinação de Rud e Rsd por meio de ensaios

B.2 Diretrizes
Estabelecer a resistência para a deformação de trabalho para os casos em que não há Norma Brasileira de projeto
de sistemas e que não possuem modelagem matemática conhecida e consolidada por experimentação.

B.3 Aparelhagem
Devem ser empregados instrumentos que forneçam medição de centésimos de milímetro e que registrem toda
a história de carregamento, principalmente a situação dos pontos e regiões mais solicitados.

B.4 Preparação dos corpos-de-prova


B.4.1 Confeccionar os componentes com os mesmos materiais, procedimentos e controles normais ao processo
construtivo a ser adotado no canteiro de obras.

B.4.2 Para elementos estruturais comprimidos, as cargas devem ser aplicadas com excentricidade:
t
 1 cm
30

onde:

t é igual à menor dimensão do elemento estrutural (normalmente a espessura).

B.4.3 A caracterização dos constituintes A, B, C etc. e o tipo de resistência para a deformação que
os caracteriza individualmente podem ser obtidos com a própria realização dos ensaios, examinando-se
minuciosamente o comportamento de ruptura do conjunto e sua dependência do comportamento dos materiais
individuais.

B.5 Procedimento
B.5.1 Conduzir o ensaio com pelo menos dez etapas de carregamento, com repetição para três modelos
geométricos idênticos e em escala real.

B.5.2 Caracterizar os componentes pelas resistências Rs1, Rs2 e Rs3 , resultados das resistências últimas
observadas nos ensaios

B.5.3 Ensaiar conforme as condições de solicitação a que se pretende submeter os sistemas na edificação.

B.5.4 Ordenar as resistências em ordem crescente conforme indicado na Figura 1.

B.6 Expressão dos resultados

B.6.1 Resistência de serviço

A resistência de projeto, com o seu valor já minorado, deve ser :

 R  R s1 
R s d  R s1  s3 .ξ   1  0,2  ξ   R s1 (8)
 2 

sendo:

ξ= [(1+sA).(1+sB).(1+sC)...] (9)

onde:

sA igual ao coeficiente de variação da resistência do material A, correlativa a RSd;

sB igual ao coeficiente de variação da resistência do material B, correlativa a RSd;

sC igual ao coeficiente de variação da resistência do material C, correlativa a RSd.

B.6.2 Casos particulares

Para edificações térreas, onde não seja possível, por motivos técnicos ou de viabilidade econômica, o controle
sistemático dos materiais A, B, C etc., permite-se prescindir da obtenção estatística de sA, sB, sC etc., desde que
se venha a fixar ξ = 1,5.

B.6.3 Comprovação

Os materiais A, B, C etc. devem constituir e reger, de forma majoritária, o comportamento mecânico do


componente em análise na composição da resistência RSd.

Desta forma deve-se comprovar a condição:


Sd ≤ Rsd

com Sd determinado conforme a ABNT NBR 8681.

B.6.4 Validade

Para conservar válida a expressão de RSd, as resistências médias dos materiais A, B, C etc. devem estar
caracterizadas para o ensaio, garantindo-se ainda a homogeneidade do processo de produção dos elementos
estruturais, de forma que estas médias sejam mantidas.

B.6.5 Estatísticas

B.6.5.1 A resistência característica assumida para componentes de ligação e ancoragens, quando não
existirem normas específicas, deve ser tomada como a correspondente ao quantil inferior de 5 %, ou seja, 95 %
dos componentes devem apresentar para as propriedades escolhidas como representativas um valor igual
ou acima do característico.

B.6.5.2 Na resistência de cálculo dos componentes de ligação e ancoragens, quando não existirem normas
específicas, deve ser considerado um coeficiente de minoração com base na variabilidade dos resultados
de ensaios; este coeficiente, contudo, não deve ser inferior a 2.

B.7 Relatório de ensaio


O relatório do ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações:
a) identificação do solicitante;
b) identificação do fornecedor;
c) identificação da amostra e de todos os corpos-de-prova;
d) desenho do ensaio tipo e sua geometria;
e) caracterização dos constituintes;
f) data do recebimento da amostra;
g) gráficos de carga x deslocamento;
h) deslocamentos
i) resistências de serviço;
j) nível de desempenho
k) data do ensaio;
l) referência a esta Norma;
m) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios.
Anexo C
(normativo)

Ensaio de impacto de corpo mole

C.1 Princípio

Corpo com massa e forma conhecidas, abandonado de altura estabelecida para ensaios de componentes
horizontais, e abandonado de altura estabelecida em movimento pendular para ensaios de componentes verticais
que, ao atingir o componente, provoca deslocamentos ou deformações ou rupturas verificáveis.

C.2 Diretrizes
Verificar os deslocamentos ou deformações provenientes do impacto de corpo mole sobre elementos estruturais
ou componentes.

C.3 Aparelhagem
Para a realização deste ensaio deve ser empregada a seguinte aparelhagem:

a) corpo percussor de impacto, com forma e massa (m) definidas na ABNT NBR 11675;

b) defletômetros com resolução de 0,1 mm;

c) estrutura de apoio rígida.

C.4 Preparação dos corpos-de-prova


Confeccionar os elementos com os mesmos materiais, procedimentos e controles normais ao processo.

C.5 Procedimento
Conduzir o ensaio no corpo-de-prova tipo, aplicando energias de impacto indicadas na Tabela C.1.

Tabela C.1 — Massa de corpo mole, altura e energia do impacto

m h E
Impacto
kg m J
40 0,30 120
40 0,45 180
40 0,60 240
Aplicar um impacto de corpo mole, de
acordo com a ABNT NBR 11675, 40 0,90 360
para cada energia
40 1,20 480
40 1,80 720
40 2,40 960

C.6 Expressão dos resultados


Medição dos deslocamentos horizontal e vertical (dh e dv) e residuais (dhr e dvr), em milímetros, incluindo
observação visual das falhas, fissuras, destacamentos e ruínas.
C.7 Relatório de ensaio
O relatório do ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações:

a) identificação do solicitante;

b) identificação do fornecedor;

c) identificação da amostra e de todos os corpos-de-prova;

d) desenho do ensaio tipo e sua geometria;

e) caracterização dos constituintes;

f) data do recebimento da amostra;

g) deslocamentos;

h) análise visual;

i) fotos;

j) nível de desempenho

k) data do ensaio;

l) referência a esta Norma;

m) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios.


Anexo D
(normativo)

Ensaio de impacto de corpo duro

D.1 Princípio

Corpo com massa e forma conhecidas, abandonado de altura estabelecida, em queda livre, que, ao atingir
o componente, provoca indentação (depressão) verificável.

D.2 Diretrizes
Verificar a indentação proveniente do impacto de corpo duro sobre elementos estruturais ou componentes.

D.3 Aparelhagem
Para a realização deste ensaio deve ser empregada a seguinte aparelhagem:

a) corpo percussor de impacto – esfera de aço maciça com massa de 1 kg;

b) corpo percussor de impacto – esfera de aço maciça com massa de 0,5 kg;

c) paquímetros com resolução de 0,1 mm.

D.4 Preparação dos corpos-de-prova


Confeccionar os elementos com os mesmos materiais, procedimentos e controles normais ao processo.

D.5 Procedimento
D.5.1 Aplicar os impactos por meio de esferas de aço maciças, abandonadas em queda livre, registrando-se
as profundidades das mossas e os eventuais danos ocorridos.

D.5.2 Para cada energia especificada são aplicados dez impactos, em pontos ou seções representativas
do elemento (seções enfraquecidas etc.).

D.5.3 As condições de ensaio relativas às massas do corpo duro (m), alturas de queda (h) e energias
de impacto (E) estão apresentadas na Tabela D.1.

Tabela D.1 — Massa de corpo duro, altura e energia do impacto

m h E
Impacto
kg m J
1 1,00 10
Aplicar 10 impactos de corpo duro de grandes
1 2,00 20
dimensões (esfera de aço) para cada energia
1 3,00 30
0,5 0,50 2,5
Aplicar 10 impactos de corpo duro de pequenas
0,5 0,75 3,75
dimensões (esfera de aço) para cada energia
0,5 1,00 5

D.6 Expressão dos resultados

Medição das profundidades das mossas, em milímetros, incluindo observação visual das falhas, fissuras,
destacamentos e ruínas.
D.7 Relatório de ensaio
O relatório do ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações:

a) identificação do solicitante;

b) identificação do fornecedor;

c) identificação da amostra e de todos os corpos-de-prova;

d) desenho do ensaio tipo e sua geometria;

e) caracterização dos constituintes;

f) data do recebimento da amostra;

g) profundidades das mossas;

h) análise visual;

i) fotos;

j) destacamentos, desagregação, fissuras;

k) nível de desempenho;

l) data do ensaio;

m) referência a esta Norma;

n) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios.


Anexo E
(normativo)

Níveis de desempenho

E.1 Generalidades
E.1.1 Este anexo estabelece os níveis mínimos (M) de desempenho para cada requisito, que devem ser
atendidos.

E.1.2 Considerando a possibilidade de melhoria da qualidade da edificação, com uma análise de valor da
relação custo/benefício dos sistemas, neste anexo são indicados os níveis de desempenho intermediário (I)
e superior (S) e repetido o nível M para facilitar a comparação.

E.1.3 Recomenda-se que o construtor ou incorporador informe o nível de desempenho dos sistemas que
compõem a edificação habitacional, quando exceder o nível mínimo (M).

E.2 Impacto de corpo mole

As Tabelas E.1 a E.3 apresentam os critérios de desempenho recomendados para os resultados máximos obtidos
em ensaios de impacto de corpo mole, para os níveis de desempenho intermediário (I) e superior (S).
Tabela E.1 — Critérios e níveis de desempenho para elementos estruturais localizados
na fachada da edificação, em exteriores acessíveis ao público – Impacto de corpo mole
na face externa, ou seja, de fora para dentro

Energia de Nível de
impacto de desempenho
corpo mole Critério de desempenho
M I S
J

Não ocorrência de ruína


960 
Não ocorrência de falhas localizadas (fissuras, destacamentos e outras)

Não ocorrência de ruína; são admitidas falhas localizadas (fissuras,


960 
destacamentos e outras)

Não ocorrência de ruína


720 
Não ocorrência de falhas localizadas (fissuras, destacamentos e outras)

Não ocorrência de ruína; são admitidas falhas localizadas (fissuras,


720  
destacamentos e outras)

Não ocorrência de ruína


480  
Não ocorrência de falhas localizadas (fissuras, destacamentos e outras)

Não ocorrência de ruína; são admitidas falhas localizadas (fissuras,


480 
destacamentos e outras)

Não ocorrência de falhas

Limitação do deslocamento horizontal:


360  
dh < h/250 e dhr < h/1 250 para pilares, sendo h a altura do pilar

dh < L/200 e dhr < L/1 000 para vigas, sendo L o vão teórico da viga

Não ocorrência de ruína; são admitidas falhas localizadas (fissuras,


360 
destacamentos e outras)

Não ocorrência de falhas


Limitação do deslocamento horizontal:
240   
dh < h/250 e dhr < h/1 250 para pilares, sendo h a altura do pilar
dh < L/200 e dhr < L/1 000 para vigas, sendo L o vão teórico da viga

180 Não ocorrência de falhas   

120 Não ocorrência de falhas   


Tabela E.2 — Critérios e níveis de desempenho para elementos estruturais localizados no interior da
edificação e na fachada – Impacto de corpo mole aplicado na face interna, ou seja, de dentro para fora

Energia de Nível de
impacto de desempenho
corpo mole Critério de desempenho
M I S
J

Não ocorrência de ruína


480 
Não ocorrência de falhas localizadas (fissuras, destacamentos e outras)
Não ocorrência de ruína; são admitidas falhas localizadas (fissuras,
480 
destacamentos e outras)
Não ocorrência de ruína
360 
Não ocorrência de falhas localizadas (fissuras, destacamentos e outras)

Não ocorrência de ruína; são admitidas falhas localizadas (fissuras,


360  
destacamentos e outras)

Não ocorrência de falhas


Limitação do deslocamento horizontal:
240  
dh < h/250 e dhr < h/1 000 para pilares, sendo h a altura do pilar
dh < L/200 e dhr < L/1 000 para vigas, sendo L o vão teórico da viga

Não ocorrência de ruína; são admitidas falhas localizadas (fissuras,


240 
destacamentos e outras)

180 Não ocorrência de falhas   

Não ocorrência de falhas


Limitação do deslocamento horizontal:
120   
dh < h/250 e dhr < h/1 250 para pilares, sendo h a altura do pilar
dh < L/200 e dhr < L/1 000 para vigas, sendo L o vão teórico da viga

Tabela E.3 — Critérios e níveis de desempenho para impacto de corpo mole em pisos
Energia de Nível de
impacto de desempenho
corpo mole Critério de desempenho
M I S
J

Não ocorrência de ruína; são admitidas falhas localizadas (fissuras,


960  
destacamentos e outras)

Não ocorrência de ruína


720 
Não ocorrência de falhas

Não ocorrência de ruína; são admitidas falhas localizadas (fissuras,


720  
destacamentos e outras)

Não ocorrência de ruína


480  
Não ocorrência de falhas

Não ocorrência de ruína; são admitidas falhas localizadas (fissuras,


480 
destacamentos e outras)

Não ocorrência de falhas


360 Limitação de deslocamento vertical  
dv < L/300; dvr < L/900

360 Não ocorrência de falhas 

Não ocorrência de falhas


240 Limitação de deslocamento vertical   
dv < L/300; dvr < L/900

120 Não ocorrência de falhas   

E.3 Impacto de corpo duro

As Tabelas E.4 a E.6 apresentam os critérios de desempenho recomendados para os resultados máximos obtidos
em ensaios de impacto de corpo duro, para os níveis de desempenho intermediário (I) e superior (S).
Tabela E.4 — Critérios e níveis de desempenho para impacto de corpo duro
na face externa de elementos estruturais localizados na fachada da edificação
e nas faces externas acessíveis ao público

a)
Energia de impacto
de corpo duro Nível de
Critério de desempenho
desempenho
J
Não ocorrência de falhas
3,75
Mossas com qualquer profundidade
M
Não ocorrência de ruína e traspassamento
20
Admitidas falhas superficiais como mossas, fissuras e desagregações
Não ocorrência de falhas
3,75
Profundidade da mossa: p  5 mm
I
Não ocorrência de ruína e traspassamento
20
Admitidas falhas superficiais como mossas, fissuras e desagregações
Não ocorrência de falhas
3,75
Profundidade da mossa: p  2 mm
S
Não ocorrência de ruína e traspassamento
20
Admitidas falhas superficiais como mossas, fissuras e desagregações
a)
Sentido do impacto de fora para dentro.

Tabela E.5 — Critérios e níveis de desempenho para elementos estruturais localizados


no interior da edificação e na fachada

Energia de
a)
impacto Nível de
de corpo duro Critério de desempenho
desempenho
J
Não ocorrência de falhas
2,5
Mossas com qualquer profundidade M
Não ocorrência de ruína e traspassamento
10
Admitidas falhas superficiais como mossas, fissuras e desagregações
Não ocorrência de falhas
2,5
Profundidade da mossa: p  5 mm I
Não ocorrência de ruína e traspassamento
10
Admitidas falhas superficiais como mossas, fissuras e desagregações
Não ocorrência de falhas
2,5
Profundidade da mossa: p  2 mm S
Não ocorrência de ruína e traspassamento
10
Admitidas falhas superficiais como mossas, fissuras e desagregações
a)
Sentido do impacto de dentro para fora, aplicado na face interna.

Tabela E.6 — Critérios e níveis de desempenho para impacto de corpo duro em pisos

Energia de impacto
de corpo duro Nível de
Critério de desempenho
desempenho
J
Não ocorrência de falhas
5
Mossas com qualquer profundidade
M
Não ocorrência de ruína e traspassamento
30
Admitidas falhas superficiais como mossas, fissuras e desagregações
Não ocorrência de falhas
5
Profundidade da mossa: p  5 mm
I
Não ocorrência de ruína e traspassamento
30
Admitidas falhas superficiais como mossas, fissuras e desagregações
Não ocorrência de falhas
5
Profundidade da mossa: p  2 mm
S
Não ocorrência de ruína e traspassamento
30
Admitidas falhas superficiais como mossas, fissuras e desagregações
ABNT NBR 15575-3_2013

Edificações habitacionais – Desempenho


Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos
Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização
Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de
Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores
e neutros (universidade, laboratório e outros).

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que alguns dos
elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser considerada
responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.

A ABNT NBR 15575-3 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Construção Civil (ABNT/CB-02), pela Comissão de
Estudo de Desempenho de Edificações (CE-02.136.01)). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme
Edital nº 10, de 28.09.2007 a 27.11.2008, com o número de Projeto 02.136.01-001-3.

A ABNT NBR 15575, sob o título geral “Edificações habitacionais — Desempenho”, tem previsão de conter as
seguintes partes:

 Parte 1: Requisitos gerais;

 Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais;

 Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos;

 Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e externas;

 Parte 5: Requisitos para os sistemas de coberturas;

 Parte 6: Requisitos para os sistemas hidrossanitários.

Esta versão da ABNT NBR 15575-3:2013 cancela e substitui as versões anteriores da ABNT NBR 15575-3.
Introdução

A abordagem desta Norma explora conceitos que muitas vezes não são considerados em Normas prescritivas
específicas como, por exemplo, a durabilidade dos sistemas, a manutenibilidade da edificação e o conforto tátil
e antropodinâmico dos usuários.

A inter-relação entre Normas de desempenho e Normas prescritivas deve possibilitar o atendimento às exigências
do usuário, com soluções tecnicamente adequadas e economicamente viáveis.

Todas as disposições contidas nesta parte da Norma são aplicáveis a edificações habitacionais e a sistemas
projetados, construídos, operados e submetidos a intervenções de manutenção que atendam às instruções
específicas do respectivo Manual de operação, uso e manutenção.

Requisitos e critérios particularmente aplicáveis a determinado sistema são tratados separadamente em cada
Parte desta Norma.

Objetivamente, esta Norma visa alavancar tecnicamente a qualidade requerida e a oferta de moradias,
ao estabelecer regras para avaliação do desempenho de imóveis habitacionais, auxiliando nas análises que
definem o financiamento de imóveis e possibilitando adequações nos procedimentos de execução, uso
e manutenção dos imóveis.

Esta Parte 3 da ABNT NBR 15575 trata do desempenho do sistema de pisos, destinados para área de uso
privativo ou de uso comum, com a inclusão dos elementos e componentes, de acordo com os critérios
estabelecidos nesta norma.

A segurança em uso de um sistema de piso é um requisito que cada vez mais tem atraído a atenção da
comunidade técnica relacionada à produção do ambiente construído.

As conseqüências de uma queda, principalmente para idosos, podem ser gravíssimas, resultando até em morte
ou imobilização permanente.

Estes acidentes são previsíveis e, portanto evitáveis, exigindo apenas atenção a alguns requisitos na
especificação do sistema de piso da construção.

Esta Parte da ABNT NBR 15575 deve ser utilizada, no que couber, em conjunto com a ABNT NBR 15575-1.

Esta Parte da ABNT NBR 15575 não contempla requisitos de limpabilidade ou manchamento devido a falta de
embasamentos técnicos aplicável a qualquer tipo de camada de acabamento.

Também complementam esta Norma as Normas Brasileiras prescritivas aplicáveis a diferentes materiais utilizados
na produção de sistema de pisos.

Requisitos aplicáveis somente para edificações de até cinco pavimentos serão especificados em suas respectivas
seções.

Requisitos e critérios particularmente aplicáveis a determinado sistema são tratados separadamente em cada
Parte desta Norma.
1 Escopo
1.1 Esta parte da ABNT NBR 15575 estabelece os requisitos e critérios de desempenho que se aplicam
ao sistema de pisos da edificação habitacional.

1.2 Esta Parte da ABNT NBR 15575 não se aplica a obras em andamento ou a edificações concluídas até a
data da entrada em vigor desta Norma. Também não se aplica a obras de reformas nem de “retrofit” nem
edificações provisórias.

1.3 Esta Parte da ABNT NBR 15575 é utilizada como um procedimento de avaliação do desempenho de
sistemas construtivos.

1.4 Os requisitos estabelecidos nesta Parte da ABNT NBR15575 (Seções 4 a 17) são complementados pelos
requisitos estabelecidos nas ABNT NBR 15575-1 a ABNT NBR15575-6.

1.6 Esta parte ABNT NBR 15575 estabelece critérios relativos ao desempenho térmico, acústico, lumínico e de
segurança ao fogo, que devem ser atendidos individual e isoladamente pela própria natureza conflitante dos
critérios de medições, por exemplo, desempenho acústico (janela fechada) versus desempenho de ventilação
(janela aberta).

1.7 Requisitos aplicáveis somente para edificações de até cinco pavimentos serão especificados em suas
respectivas seções.

2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas,
aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes
do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 5628, Componentes construtivos e estruturais – Determinação da resistência ao fogo

ABNT NBR 6479, Portas e vedadores - Determinação da resistência ao fogo

ABNT NBR 7686, Revestimentos têxteis de piso

ABNT NBR 8660, Revestimento de piso - Determinação da densidade crítica de fluxo de energia térmica
- Método de ensaio

ABNT NBR 8810, Revestimentos têxteis de piso – Determinação da resistência à abrasão

ABNT NBR 9050, Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos

ABNT NBR 9442, Materiais de construção – Determinação do índice de propagação superficial de chama pelo
método do painel radiante

ABNT NBR 9457, Ladrilho hidráulico

ABNT NBR 9574, Execução de impermeabilização

ABNT NBR 9575, Impermeabilização – Seleção e projeto

ABNT NBR 10636, Paredes divisórias sem função estrutural – Determinação da resistência ao fogo

ABNT NBR 13818, Placas cerâmicas para revestimento – Especificação e métodos de ensaios

ABNT NBR 14323, Dimensionamento de estruturas de aço de edifícios em situação de incêndio – Procedimento

ABNT NBR 14833-1, Revestimento de pisos laminados melamínicos de alta resistência – Parte 1: Requisitos,
características, classes e métodos de ensaio
ABNT NBR 14851-1, Revestimentos de pisos – Mantas (rolos) e placas de linóleo – Parte 1: Classificação e
requisitos

ABNT NBR 14917-1, Revestimentos de pisos – Manta (rolo) vinílica flexível heterogênea em PVC –
Parte 1: Requisitos, características e classes

ABNT NBR 15200, Projeto de estruturas de concreto em situação de incêndio

ABNT NBR 15575-1, Edificações Habitacionais - Desempenho – Parte 1: Requisitos gerais

ABNT NBR 15575-2, Edificações Habitacionais - Desempenho – Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais

ABNT NBR 17240, Sistemas de detecção e alarme de incêndio – Projeto, instalação, comissionamento e
manutenção de sistemas de detecção e alarme de incêndio – Requisitos

ASTM E 662, Standard test method for specific optical density of smoke generated by solid materials

EN 13823, Reaction to fire tests for building products – Building products excluding floorings exposed to the
thermal attack by a single burning item

EN ISO 11925-2, Reaction to fire tests – Ignitability of products subjected to direct impingement of flame – Part 2:
Single-flame source test

ISO 140-4, Acoustics – Measurement of sound insulation in buildings and of building elements –
Part 4: Field measurements of airborne sound insulation between rooms

ISO 140-7, Acoustics – Measurement of sound insulation in buildings and of building elements –
Part 7: Field measurements of impact sound insulation of floors

ISO 6944, Fire containment – Elements of building construction – Part 1: Ventilation Ducts

ISO 717-1, Acoustics – Rating of sound insulation in buildings and of buildings elements – Part 1: Airborne sound
insulation

ISO 717-2, Acoustics – Rating of sound insulation in buildings and of buildings elements –
Part 2: Impact sound insulation

ISO 1182, Reaction to fire tests for building products – Non-combustibility test

ISO 10052, Acoustics – Field measurements od airborne and impact sound insulation and of equipment sound –
Survey method

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR 15575-1 e os seguintes.

3.1
deformação
variação da distância entre pontos de um corpo, com modificação de sua forma e volume primitivos

3.2
propagação superficial de chamas
alastramento da combustão na superfície dos materiais

3.3
estanqueidade
propriedade de um elemento (ou de um conjunto de componentes) de impedir a penetração ou passagem de
fluidos através de si. A sua determinação está associada a uma pressão-limite de utilização (a que se relaciona
com as condições de exposição do elemento ao fluido)
3.4
ruído de impacto
som produzido pela percussão sobre um corpo sólido e transmitido através do ar

3.5
ruído aéreo
som produzido e transmitido através do ar

3.6
áreas molhadas
áreas da edificação cuja condição de uso e exposição poderá resultar na formação de lâmina de água (por
exemplo banheiro com chuveiro, área de serviço e áreas descobertas)

3.7
áreas molháveis
áreas da edificação que recebem respingos de água decorrente da sua condição de uso e exposição e que não
resulte na formação de lâmina de água (por exemplo banheiro sem chuveiro, cozinhas e sacadas cobertas)

3.8
áreas secas
áreas onde, em condições normais de uso e exposição, a utilização direta de água (por exemplo, lavagem com
mangueiras, baldes de água, etc) não está prevista nem mesmo durante a operação de limpeza

3.9
resistência ao fogo
propriedade de suportar o fogo e proteger ambientes contíguos durante sua ação, caracterizada pela capacidade
de confinar o fogo (estanqueidade, gases quentes e isolamento térmico) e de manter a estabilidade ou resistência
mecânica por determinado período

3.10
falha
ocorrência que compromete o estado de utilização do elemento, por fissuração, danos no elemento e nas
interfaces com outros elementos, deslocamentos acima de limites aceitáveis e outros

3.11
Sistema de piso
sistema horizontal ou inclinado (Figura 1) composto por um conjunto parcial ou total de camadas (por exemplo,
camada estrutural, camada de contrapiso, camada de fixação, camada de acabamento) destinado a cumprir a
função de estrutura, vedação e tráfego, conforme os critérios definidos nesta Norma

Figura 1: Exemplo genérico de um sistema de pisos e seus elementos.

3.12
Impermeabilização do sistema de piso
conjunto de operações e técnicas construtivas (serviços), composto por uma ou mais camadas que tem por
finalidade proteger as construções contra a ação deletéria de fluidos, vapores e da umidade
3.13
Isolamento térmico do sistema de piso
conjunto de operações e técnicas construtivas (serviços), composto por uma ou mais camadas que tem por
finalidade proteger as construções contra a ação dos efeitos de variações de temperatura

3.14
Isolamento acústico do sistema de piso
conjunto de operações e técnicas construtivas (serviços), composto por uma ou mais camadas que tem por
finalidade atenuar a passagem de ruídos

3.15
Camada de contrapiso
estrato com as funções de regularizar o substrato, proporcionando uma superfície uniforme de apoio, coesa,
aderido ou não e adequada à camada de acabamento, podendo eventualmente servir como camada de
embutimento, caimento ou declividade

3.16
Camada de acabamento do sistema de piso
composta por um ou mais componentes (por exemplo, laminados, placas cerâmicas, vinílicos, revestimentos
têxteis, rochas ornamentais, madeiras, etc) destinado a revestir a superfície do sistema de piso e cumprir funções
de proteção e acabamento estético e funcional

3.17
Camada estrutural do sistema de piso
constitui o elemento resistente às diversas cargas do sistema de pisos

3.18
Áreas de uso privativo
áreas cobertas ou descobertas que definem o conjunto de dependências e instalações de uma unidade autônoma,
cuja utilização é privativa dos respectivos titulares de direito

3.19
Área de uso comum
área coberta e/ou descoberta situada nos diversos pavimentos da edificação e fora dos limites de uso privativo,
que pode ser utilizada em comum por todos ou por parte dos titulares de direito das unidades autônomas

3.20
Fresta
toda e qualquer fenda, planejada ou não, entre componentes do sistema de piso que não esteja preenchida

4 Exigências do usuário
ABNT NBR 15575-1.

5 Atribuições dos intervenientes


ABNT NBR 15575-1.

6 Avaliação do desempenho
ABNT NBR 15575-1.
7 Desempenho estrutural

7.1 Generalidades

7.1.1 A resistência estrutural e a estabilidade da camada estrutural do sistema de piso são analisadas em
função das combinações de ações possíveis de ocorrerem durante a vida útil de projeto da edificação e se referem
ao estado-limite último (ruína) do sistema de piso, conforme 7.2, bem como à limitação dos deslocamentos
verticais e ocorrência de falhas nos elementos que compõem o sistema de pisos, que se referem ao estado-limite
de utilização, conforme 7.3.

7.1.2 A resistência aos impactos de corpo-duro, os quais podem ser produzidos durante a vida útil de projeto da
edificação, traduz-se na energia de impacto a ser aplicada em sistemas de pisos. Os impactos com maiores
energias referem-se ao estado-limite último, sendo os de utilização aqueles com menores energias. Estes
impactos correspondem a choques acidentais gerados pela própria utilização da edificação, conforme 7.4.

7.2 Requisito – Estabilidade e resistência estrutural

Não apresentar ruína, seja por ruptura ou perda de estabilidade, e nem falhas que coloquem em risco a
integridade física do usuário.

7.2.1 Critério

Para assegurar estabilidade e segurança estrutural, a camada estrutural do sistema de pisos da edificação deve
atender aos critérios especificados na ABNT NBR 15575-2.

7.2.1.1 Método de avaliação

Análise de projeto e métodos indicados na ABNT NBR 15575-2.

7.2.1.2 Premissas de projeto

Indicadas na ABNT NBR 15575-2.

7.2.1.3 Nível de desempenho

Indicado na ABNT NBR 15575-2.

7.3 Requisito – Limitação dos deslocamentos verticais

Limitar os deslocamentos verticais da camada estrutural do sistema de piso, bem como a ocorrência de fissuras
ou quaisquer falhas, de forma a atender às exigências dos usuários da edificação habitacional.

7.3.1 Critério

A camada estrutural do sistema de pisos da habitação deve atender aos critérios especificados na
ABNT NBR 15575-2.

7.3.1.1 Método de avaliação

Análise de projeto e métodos indicados na ABNT NBR 15575-2.

7.3.1.2 Premissas de projeto

Indicadas na ABNT NBR 15575-2.

7.3.1.3 Nível de desempenho


Indicado na ABNT NBR 15575-2.

7.4 Requisito – Resistência a impactos de corpo-duro

Resistir aos impactos de corpo-duro previsíveis nas condições normais de serviço, sem apresentar ruína no
sistema de pisos.

NOTA A resistência aos impactos de corpo-duro, passíveis de ocorrerem durante a vida útil de projeto da edificação, pode
ser traduzida pela energia de impacto a ser aplicada em sistemas de pisos.

Os impactos com maiores energias referem-se ao estado-limite último, e os de menores energias referem-se à aos
estados-limites de utilização.

7.4.1 Critérios e níveis de desempenho para resistência a impactos de corpo duro

Sob a ação de impactos de corpo duro, o sistema de pisos não pode sofrer ruptura ou traspassamento sob
qualquer energia de impacto, sendo tolerada a ocorrência de fissuras, lascamentos
e outros danos em impactos de segurança. A Tabela 1 apresenta os critérios de desempenho.

Tabela 1 — Critérios e níveis de desempenho para impacto de corpo duro em sistemas de pisos.
Energia de impacto
de corpo duro Critério de desempenho
J
Não ocorrência de ruptura total da camada de acabamento
5
Admitidas falhas superficiais como mossas, lascamentos, fissuras e desagregações
Não ocorrência de ruína e traspassamento
30
Admitidas falhas superficiais como mossas, fissuras, lascamentos e desagregações

Para avaliar a resistência ao impacto de corpo duro da camada de acabamento utilizar as normas específicas do produto
utilizado.

7.4.1.1 Método de avaliação

Verificação da resistência ao impacto de corpo duro, por meio de ensaios em laboratório executados em protótipos
ou na própria obra, devendo o corpo-de-prova representar fielmente as condições executivas da obra, inclusive
tipos de apoio/vinculações, e respeitar as normas de aplicação da camada de acabamento.

O método de ensaio está apresentado no Anexo A.

7.4.1.2 Nível de desempenho

Indicado na Tabela 1.
O cumprimento dos requisitos estabelecidos corresponde ao nível de desempenho mínimo (M).

7.5 Requisitos – Cargas verticais concentradas

Resistir a cargas verticais concentradas previsíveis nas condições normais de serviço, sem apresentar ruína ou
danos localizados nem deslocamentos excessivos.

7.5.1 Critério

Os sistemas de pisos não devem apresentar ruptura ou qualquer outro dano quando submetido a cargas verticais
concentradas de 1 kN aplicadas no ponto mais desfavorável, não devendo, ainda, apresentar deslocamentos
superiores a L/500, se constituídos ou revestidos de material rígido, ou L/300, se constituídos ou revestidos de
material dúctil.

7.5.1.1 Método de avaliação

Realização do ensaio para verificação da resistência do sistema de piso, a cargas verticais concentradas, de
acordo com os procedimentos descritos no Anexo B.

7.5.1.2 Nível de desempenho

O nível mínimo de aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende aos critérios descritos em 7.5.1,
quando ensaiado conforme o Anexo B.

8. Segurança ao fogo – Sistema de Pisos

8.1 Generalidades

Além dos requisitos e critérios a seguir listados, devem ser atendidas todas as exigências pertinentes constantes
na ABNT NBR 15575-1.

8.2 Requisito – Dificultar a ocorrência da inflamação generalizada

Dificultar a ocorrência da inflamação generalizada no ambiente de origem do incêndio e não gerar fumaça
excessiva capaz de impedir a fuga dos ocupantes em situações de incêndio.

8.2.1 Critério – Avaliação da reação ao fogo da face inferior do sistema de piso

A face inferior do sistema de pisos (camada estrutural) deve classificar-se como:

a) I ou II A, quando estiverem associadas a espaços de cozinha;

b) I, II A ou III A, quando estiverem associadas a outros locais internos da habitação, exceto cozinhas;

c) I ou II A, quando estiverem associadas a locais de uso comum da edificação,

d) I ou II A, quando estiverem associadas ao interior das escadas, de poços de elevadores e monta-cargas e


de átrios, porém, com Dm (Densidade específica ótica máxima de fumaça) inferior a 100.

Os materiais empregados nas camadas do sistema de piso, desde que protegidos por barreiras incombustíveis
que não se desagreguem em situação de incêndio, ou que contenham juntas através das quais o miolo possa ser
afetado, devem classificar-se como I, II A ou III A.
Estas classificações constam da tabela 2 ou da tabela 3, de acordo com o método de avaliação previsto.

Tabela 2 – Classificação dos materiais que compõem as camadas do sistema de piso (camada estrutural) tendo
como base o método ABNT NBR 9442.

Método de Ensaio
Classe ISO 1182 NBR 9442 ASTM E 662
Incombustível
o
ΔT≤ 30 C;
I - -
Δm ≤ 50%;
tf ≤ 10 s
A Combustível Ip ≤ 25 Dm ≤ 450
II
B Combustível Ip ≤ 25 Dm > 450
A Combustível 25 < Ip ≤ 75 Dm ≤ 450
III
B Combustível 25 < Ip ≤ 75 Dm > 450
A Combustível 75 < Ip ≤ 150 Dm ≤ 450
IV
B Combustível 75 < Ip ≤ 150 Dm > 450
A Combustível 150 < Ip ≤ 400 Dm ≤ 450
V
B Combustível 150 < Ip ≤ 400 Dm > 450
VI Combustível Ip > 400 -
Notas:
Ip – Índice de propagação superficial de chama.
Dm – Densidade específica ótica máxima de fumaça
Δt – Variação da temperatura no interior do forno
Notas: Δm – Variação da massa do corpo de prova; tf – Tempo de flamejamento do corpo de prova; Ip – Índice de propagação superficial de
chama; Dm – Densidade específica ótica máxima de fumaça; Δt – Variação da temperatura no interior do forno; ISO 1182 – “Buildings
materials – non–combustibility test”; ABNT NBR 9442 - Materiais de Construção - Determinação do índice de propagação
superficial de chama pelo método do painel radiante - Método de Ensaio; ASTM E 662 – “Standard test method for specific
optical density of smoke generated by solid materials”.

Tabela 3 - Classificação do sistema de piso (camada estrutural) tendo como base o método EN 13823.

Método de Ensaio
EN ISO 11925-2
Classe ISO 1182 EN 13823
(exp. = 30 s)
Incombustível
o
ΔT ≤ 30 C;
I - -
Δm ≤ 50%;
tf ≤ 10 s
FIGRA ≤ 120 W/s
LSF < canto do corpo-de-prova
A Combustível FS ≤ 150 mm em 60s
THR600s ≤ 7,5 MJ
SMOGRA ≤ 180m2/s2 e TSP600s ≤ 200m2
II
FIGRA ≤ 120 W/s
LSF < canto do corpo-de-prova
B Combustível FS ≤ 150 mm em 60s
THR600s ≤ 7,5 MJ
SMOGRA > 180m2/s2 e TSP600s > 200m2
FIGRA ≤ 250 W/s
LSF < canto do corpo-de-prova
A Combustível FS ≤ 150 mm em 60s
THR600s ≤ 15 MJ
SMOGRA ≤ 180m2/s2 e TSP600s ≤ 200m2
III
FIGRA ≤ 250 W/s
LSF < canto do corpo-de-prova
B Combustível FS ≤ 150 mm em 60s
THR600s ≤ 15 MJ
SMOGRA > 180m2/s2 e TSP600s > 200m2
FIGRA ≤ 750 W/s
A Combustível FS ≤ 150 mm em 60s
SMOGRA ≤ 180m2/s2 e TSP600s ≤ 200m2
IV
FIGRA ≤ 750 W/s
B Combustível FS ≤ 150 mm em 60s
SMOGRA > 180m2/s2 e TSP600s > 200m2
FIGRA > 750 W/s
A Combustível FS ≤ 150 mm em 20s
SMOGRA ≤ 180m2/s2 e TSP600s ≤ 200m2
V
FIGRA > 750 W/s
B Combustível FS ≤ 150 mm em 20s
SMOGRA > 180m2/s2 e TSP600s > 200m2
VI - - FS > 150 mm em 20s

Notas: FIGRA – Índice da taxa de desenvolvimento de calor; LFS – Propagação lateral da chama; THR600s – Liberação total
de calor do corpo-de-prova nos primeiros 600 s de exposição às chamas; TSP600s – Produção total de fumaça do corpo-de-
prova nos primeiros 600 s de exposição às chamas; SMOGRA – Taxa de desenvolvimento de fumaça, correspondendo ao
máximo do quociente de produção de fumaça do corpo-de-prova e o tempo de sua ocorrência; FS – Tempo em que a frente da
chama leva para atingir a marca de 150 mm indicada na face do material ensaiado; ISO 1182 – “Buildings materials – non –
combustibility test”;EN 13823 – Reaction to fire tests for building products – Building products excluding floorings exposed to the
thermal attack by a single burning item (SBI); EN ISO 11925-2 – Reaction to fire tests – Ignitability of building products
subjected to direct impingement of flame – Part 2: Single-flame source test

8.2.1.1 Método de avaliação

O enquadramento dos materiais na primeira categoria (I, Incombustíveis) é feita com base no método de
ensaio ISO 1182 - Buildings materials - non-combustibility test, conforme classificação dos materiais de
acordo com as Tabelas 2 ou 3.

O método de ensaio de reação ao fogo utilizado como base é a ABNT NBR 9442 “Materiais de
construção – Determinação do índice de propagação superficial de chama p elo método do painel radiante
– Método de ensaio”, conforme classificação dos materiais de acordo com a Tabela 2.

Caso na execução do ensaio pelo método ABNT NBR 9442 se verifique alguma das situações a seguir
relacionadas, considera-se o método não apropriado:
 quando ocorre derretimento ou o material sofre retração abrupta afastando -se da chama-piloto;
 quando o material é composto por miolo combustível protegido por barreira incombustível que
pode se desagregar em situação de incêndio ou que contenham jun tas através das quais o miolo
possa ser afetado;
 materiais compostos por diversas camadas de materiais combustíveis apresentando espessura
total superior a 25 mm;
 materiais que na instalação conformam juntas através das quais, especialmente, o fogo pode
propagar ou penetrar;

Nos casos relacionados acima, a classificação das camadas do sistema de piso (camada estrutural) deve
ser feita de acordo com o padrão indicado na Tabela 3. Nestes casos o método de ensaio de reação ao
fogo utilizado como base é a norma EN 13823 – Reaction to fire tests for building products – Building products
excluding floorings exposed to the thermal attack by a single burning item (SBI). Este método não se aplica à
avaliação da camada de acabamento.

8.2.2 Critério – Avaliação da reação ao fogo da face superior do sistema de piso

A face superior do sistema de piso, compostos pela camada de acabamento incluindo todas as camadas subsequentes que
podem interferir no comportamento de reação ao fogo, deve classificar-se como I, II A, III A ou IV A em todas as áreas da
edificação, com exceção do interior das escadas onde deve classificar -se como I ou II A, com Dm≤100. Estas
classificações constam da tabela 4.

Tabela 4 – Classificação da camada de acabamento incluindo todas as camadas subseqüentes que podem interferir no
comportamento de reação ao fogo da face superior do sistema de piso.

Método de ensaio
ISO 11925-2
Classe ISO 1182 NBR 8660 ASTM E 662
(exp. = 15s)
Incombustível
o
ΔT ≤ 30 C;
I - - -
Δm ≤ 50%;
tf ≤ 10 s
2
A Combustível Fluxo crítico ≥ 8,0 kW/m FS ≤ 150 mm em 20 s Dm ≤ 450
II 2
B Combustível Fluxo crítico ≥ 8,0 kW/m FS ≤ 150 mm em 20 s Dm > 450
2
A Combustível Fluxo crítico ≥ 4,5 kW/m FS ≤ 150 mm em 20 s Dm ≤ 450
III 2
B Combustível Fluxo crítico ≥ 4,5 kW/m FS ≤ 150 mm em 20 s Dm > 450
2
A Combustível Fluxo crítico ≥ 3,0 kW/m FS ≤ 150 mm em 20 s Dm ≤ 450
IV 2
B Combustível Fluxo crítico ≥ 3,0 kW/m FS ≤ 150 mm em 20 s Dm > 450
2
A Combustível Fluxo crítico < 3,0 kW/m FS ≤ 150 mm em 20 s Dm ≤ 450
V 2
B Combustível Fluxo crítico < 3,0 kW/m FS ≤ 150 mm em 20 s Dm > 450
VI Combustível - FS > 150 mm em 20 s -

8.2.2.1 Método de avaliação

O enquadramento da camada de acabamento incluindo todas as camadas subseqüentes que podem interferir no
comportamento de reação ao fogo, na primeira categoria I (incombustíveis) é feita com base no método de
ensaio ISO 1182 - Buildings materials - non-combustibility test, conforme a Tabela 4.

O método de ensaio de reação ao fogo utilizado como base da avaliação da camada de acabamento,
incluindo todas as camadas subseqüentes que podem interferir no comportamento de reação ao fogo, composta
por materiais combustíveis é a ABNT NBR 8660 “Revestimento de piso - Determinação da densidade
critica de fluxo de energia térmica”, complementado pelos métodos ISO 11925 -2 – Reaction to fire tests –
Ignitability of building products subjected to direct impingement of flame – Part 2: Single-flame source
test e ASTM E662 – Standard test method for specific optical density of smoke generated by solid
materials, conforme a Tabela 4.
8.3 Requisito – Dificultar a propagação do incêndio, da fumaça e preservar a estabilidade estrutural da
edificação

8.3.1 Critério – Resistência ao fogo de elementos de compartimentação entre pavimentos e elementos


estruturais associados

Os sistemas ou elementos de vedação entre pavimentos, compostos por entrepisos e elementos


estruturais associados, que integram as edifícações habitacionais, devem atender critérios de
resistência ao fogo visando controlar os riscos de propagação do incêndio e de fumaça, de
comprometimento da estabilidade estrutural da edificação como um todo ou de parte dela em situação de
incêndio.

Os valores de resistência ao fogo que devem ser atendidos são definidos em função da altura da
edificação, entendida como a medida em metros do piso mais baixo ocupado ao piso do último
pavimento. Para mensuração da altura da edificação, não ser ão considerados: os subsolos destinados
exclusivamente a estacionamento de veículos, vestiários e instalações sanitárias, áreas técnicas sem
aproveitamento para quaisquer atividades ou permanência humana; os pavimentos superiores
destinados, exclusivamente, a áticos, casas de máquinas, barriletes, reservatórios de água e
assemelhados; o pavimento superior da unidade duplex do último piso de edificação.

Os entrepisos propriamente ditos, bem como as vigas que lhe dão sustentação, devem atender critérios
de resistência ao fogo conforme definido a seguir, destacando -se que os tempos requeridos referem -se à
categoria corta-fogo, onde são considerados os critérios de isolamento térmico, estanqueidade e
estabilidade:

a) Unidades habitacionais assobradadas, isoladas ou geminadas: 20 minutos;

b) Edificações multifamiliares até 12 m de altura: 30 minutos;

c) Edificações multifamiliares com altura acima de 12 m e até 23 m: 60 minutos;

d) Edificações multifamiliares com altura acima de 23 m e até 30 m: 90 minutos;

e) Edificações multifamiliares com altura acima de 30 m e até 120 m: 120 minutos;

f) Edificações multifamiliares com altura acima de 120 m: 180 minutos.

g) Subsolos: no mínimo igual ao dos pisos elevados da edificação e não menos que 60 minutos para
alturas descendentes até 10 m e não menos que 90 minutos para alturas descendentes
superiores a 10m.

A altura da edificação é a medida em metros do piso mais baixo ocupado ao piso do último pavimento.
Para o subsolo, a altura descendente, é a medida em metros do piso do pavimento térreo até o piso mais
baixo da edificação (piso do último subsolo).

8.3.1.1 Método de avaliação

A resistência ao fogo de elementos de compartimentação entre pavimentos e elementos estruturais


associados deve ser comprovada de uma das seguintes maneiras:

a) Por meio de ensaios realizados conforme a ABNT NBR 5628;

b) Por meio de avaliação técnica, tendo em conta resultados de ensaios de tipo previamente
realizados;

c) Para elementos estruturais de concreto, por meio do método tabular estabelecido na ABNT NBR
15200;

d) Por meio de métodos analíticos segundo as ABNT NBR 15200 (para estruturas de concreto) ou
ABNT NBR 14323 (para estruturas de aço ou mistas de aço e concreto).
8.3.2 Critério – Selagem corta-fogo nas prumadas elétricas e hidráulicas

As aberturas existentes nos pisos para as transposições das instalações elétricas e hidráulicas, devem
ser dotadas de selagem corta-fogo, apresentando tempo de resistência ao fogo idêntico ao exigido para
o sistema de piso, tendo em conta a altura da edificação.

8.3.2.1 Método de avaliação

A resistência ao fogo da selagem corta-fogo, considerada como um tipo de vedador, deve ser
comprovada por meio de ensaios conforme a ABNT NBR 6479.

8.3.3 Critério – Selagem corta-fogo de tubulações de materiais poliméricos

As tubulações de materias poliméricos com diâmetro interno superior a 40 mm que passam através do
sistema de piso devem receber proteção especial representada por selagem capaz de fechar o buraco
deixado pelo tubo ao ser consumido pelo fogo abaixo do piso. Tais selos pode m ser substituídos por
prumadas enclausuradas (Critério 8.3.5).

8.3.3.1 Método de avaliação

A resistência ao fogo da selagem corta-fogo, considerada como um tipo de vedador, deve ser
comprovada por meio de ensaios conforme a ABNT NBR 6479.

8.3.4 Critério – Registros corta-fogo nas tubulações de ventilação

As tubulações de ventilação e ar condicionado que transpassarem os pisos devem ser dotadas de


registros corta-fogo, devidamente instalados no nível de cada piso, apresent ando resistência ao fogo
igual à exigida para o sistema de piso.

Os registros corta-fogo devem ser dotados de acionamentos automáticos comandados por sistema de
detecção automática de fumaça que esteja de acordo com a NBR 17240. O status dos registros deve ser
indicado na central do sistema e o fechamento dos dispositivos deve poder ser efetuado por decisão
humana na central do sistema.

Caso o registro não posssa ser instalado em algum tipo de tubulação, como é o caso daquelas
destinadas à pressurização de escadas (quando a tubulação / duto não estiver protegido pelo próprio
enclausuramento da escada), toda a tubulação deve apresentar tempo de resistência ao fogo de, no
mínimo, 120 minutos, porém não inferior ao tempo de resistência ao fogo requerido para a edificação.

8.3.4.1 Método de avaliação

A resistência ao fogo do registro corta-fogo, considerado como um tipo de vedador, deve ser comprovada
por meio de ensaios conforme a ABNT NBR 6479.

A resistência ao fogo da tubulação que não pode receber registros corta -fogo instalados no nível de cada
piso deve ser comprovada por meio de ensaios conforme a norma ISO 6944 -1 – Fire containment –
Elements of building construction – Part 1: Ventilation Ducts.

8.3.5 Critério – Prumadas enclausuradas

As prumadas totalmente enclausuradas por onde passam as instalações de serviço, como esgoto e
águas pluviais, não necessitam ser seladas desde que as paredes que as componham sejam corta -fogo
e apresentem resistência ao fogo, no mínimo, idêntica àquela exigida para o piso.
As derivações das instalações localizadas nestas prumadas devem ser seladas atendendo ao Critério
8.3.2.

8.3.5.1 Método de avaliação

A resistência ao fogo das paredes corta-fogo deve ser comprovada por meio de ensaios conforme a
ABNT NBR 10636.
8.3.6 Critério - Prumadas de ventilação permanente

Os dutos de ventilação/exaustão permanentes de banheiros, integralmente compostos por materiais


incombustíveis, ou seja, Classe I, conforme Tabela 2 e cujas paredes ou tubulações que as constituam
sejam corta-fogo, apresentando resistência ao fogo, no mínimo, idêntica ao sistema de piso, deverão ter
todas as suas derivações nos banheiros protegidas por grades de material intumescente, cuja resistência
ao fogo mínima seja idêntica à do sistema de piso.

Caso estas condições não sejam cumpridas, as tomadas de ar em cada derivação deverão ser
protegidas por registros corta-fogo atendendo ao Critério 8.3.4.

Nota: Este critério não se aplica a tubulações de ventilação de esgoto.


8.3.6.1 Método de avaliação

O enquadramento dos materiais na primeira categoria I (incombustíveis) é feita com base no método de
ensaio ISO 1182 - Buildings materials - non-combustibility test .

A resistência ao fogo das paredes corta-fogo deve ser comprovada por meio de ensaios conforme a
ABNT NBR 10636.

A resistência ao fogo das grades, consideradas como um tipo de vedador, deve ser comprovada por meio
de ensaios conforme a ABNT NBR 6479.

8.3.7 Critério – Prumadas de lareiras, churrasqueiras, varandas gourmet e similares

Os dutos de exaustão de lareiras, churrasqueir as e similares devem ser integralmente compostos por
materiais incombustíveis, ou seja, Classe I, conforme Tabela 2, devem ser dispostos de forma a não
implicarem em risco de propagação de incêndio entre pavimentos , ou no próprio pavimento onde se
originam, e devem atender apenas uma lareira ou churrasqueira e/ou as conexões com prumada coletiva.

8.3.7.1 Método de avaliação

O enquadramento dos materiais na primeira categoria I (incombustíveis) é feita com base no método de
ensaio ISO 1182 - Buildings materials - non-combustibility test .

Deve ser procedida a análise de projeto.

8.3.8 Critério - Escadas, elevadores e monta-cargas

Escadas, elevadores e monta-cargas devem ser considerados, para efeito de avaliação de desempenho de
segurança ao fogo, como interrupções na continuidade dos pisos, através das quais o fogo e a fumaça podem se
propagar. Por tal razão devem ser objeto de avaliação de desempenho de forma a verificar se o sistema
de piso como um todo apresenta a resistência ao fogo compatível com o estabelecido no Critério 8.3.1.

As escadas devem ser enclausuras com paredes e portas corta -fogo. A resistência ao fogo das paredes
deve ser de, no mínimo, 120 minutos, quando a altura da edificação não superar 120 m e 180 minutos
para edifícios mais altos. As portas corta-fogo, quando o hall de acesso à escada for isento de carga de
incêndio, devem apresentar resistência ao fogo de, no mínimo, 60 e 90 minutos, respectivamente, para
escadas com antecâmara (duas portas empregadas) e sem antecâmara (uma porta empr egada). Quando
o hall de acesso não for isento de carga de incêndio, as portas devem apresentar resistência ao fogo de
120 minutos.
As paredes que conformam os poços de elevadores e monta -cargas devem apresentar resistência ao
fogo, na categoria corta-fogo, idêntica aos sistemas de pisos. As portas de andar de elevadores e monta-
cargas, caso localizadas em hall isento de carga de incêndio, devem apresentar resistência ao fogo, na
categoria pára-chamas, de 30 minutos, no mínimo. Caso localizadas em halls não isentos de carga de
incêndio, devem ser corta-fogo com tempo de resistência ao fogo idêntico ao do sistema de piso.

8.3.8.1 Método de avaliação

Deve ser procedida análise de projeto e avaliações de resistência ao fogo de acordo com as normas ABNT NBR
10636 e ABNT NBR 6479, respectivamente para elementos fixos e móveis.

9 Segurança

9.1 Requisito – Coeficiente de atrito da camada de acabamento

Tornar segura a circulação dos usuários, evitando escorregamentos e quedas.

9.1.1 Critério – Coeficiente de atrito dinâmico

O escorregamento pode ser definido como sendo um decréscimo intenso no valor do coeficiente de atrito entre o
corpo em movimento e a superfície de apoio, ocorrido de maneira bastante rápida. O ato de escorregar pode ser
definido como sendo uma perda de equilíbrio causada por um escorregamento inesperado, imprevisto e fora de
controle, do pé. O coeficiente de atrito é definido como sendo uma propriedade intrínseca da interface dos
materiais que estão em contato; esta por sua vez depende das micro e macro rugosidades destes materiais, das
forças (inter e intra moleculares) de repulsão e atração, e ainda de suas propriedades visco-elásticas. Portanto,
fatores como área de contato, tempo de contato antes da ocorrência do movimento, velocidade do movimento, ou
ainda pressão entre os materiais, representam elementos de influência no coeficiente de atrito.
A resistência ao escorregamento não é uma característica intrínseca do material da superfície, além de não ser
uma constante em todas as condições de utilização, uma vez que esta depende de uma série de fatores
relacionados como: o material empregado, tipo de solado que caminha sobre o mesmo, meio físico entre o solado
e a superfície do produto e a forma como o usuário interage com a superfície durante seu uso. Nenhuma destas
variáveis pode ser responsabilizada isoladamente pela resistência ao escorregamento.
As superfícies rugosas podem apresentar maior resistência ao escorregamento, porém, por serem mais ásperas
não são de fácil manutenção e limpeza.

A camada de acabamento dos sistemas de pisos da edificação habitacional deve apresentar coeficiente de atrito
dinâmico em conformidade aos valores apresentados na ABNT NBR 13818/Anexo N. São considerados
ambientes em que se requer resistência ao escorregamento: áreas molhadas, rampas, escadas em áreas de uso
comum e terraços.

9.1.1.1 Método de avaliação

Realização de ensaios de acordo com a ABNT NBR 13818/Anexo N na condição projetada de uso (molhada ou
seca).

9.1.1.2 Nível de desempenho

O nível mínimo de aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja apresenta índices em conformidade com
aqueles apresentados na ABNT NBR 13818/Anexo N.

9.2 Requisito – Segurança na circulação

Prevenir lesões em seus usuários, provocadas por quedas decorrentes de irregularidades localizadas.
9.2.1 Critério – Desníveis abruptos

Para áreas privativas de um mesmo ambiente eventuais desníveis abruptos no sistema de piso de até 5 mm não
demandam tratamento especial. Desníveis abruptos superiores a 5 mm devem ter sinalização que garanta a
visibilidade do desnível, por exemplo, por mudanças de cor, testeiras, faixas de sinalização.

Para as áreas comuns deve ser atendida a ABNT NBR 9050.

9.2.1.1 Método de avaliação

Análise de projeto ou de protótipo do sistema de piso que inclua as juntas entre seus componentes.

9.2.1.2 Premissas de projeto

O projeto deve recomendar cuidados específicos para as camadas de acabamento de sistemas de pisos aplicadas
em escadas ou rampas (acima de 5% de inclinação) e nas áreas comuns.

9.2.1.3 Nível de desempenho

O nível mínimo de aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende à análise do projeto, às premissas
de projeto ou à análise do protótipo.

9.2.2 Critério – Frestas

Os sistemas de pisos não podem apresentar abertura máxima de frestas (ou juntas sem preenchimento), entre
componentes do piso, maior que 4 mm, excetuando-se o caso de juntas de movimentação em ambientes
externos.

9.2.2.1 Método de avaliação

Análise de projeto ou de protótipo do sistema de piso que inclua as juntas entre seus componentes.

9.2.2.2 Nível de desempenho

O nível mínimo de aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende à análise do projeto ou à análise do
protótipo.

9.3 Requisito – Segurança no contato direto

Prevenir lesões em seus usuários, provocadas pelo contato direto de partes do corpo com a superfície do sistema
de piso.

9.3.1 Critério – Arestas contundentes

A superfície do sistema de piso não pode apresentar arestas contundentes.

A superfície do sistema de piso também não pode liberar fragmentos perfurantes ou contundentes, em condições
normais de uso e manutenção, incluindo as atividades de limpeza.

9.3.1.1 Método de avaliação

Análise de projeto ou de protótipo do sistema de piso que inclua as juntas entre seus componentes.

9.3.1.2 Nível de desempenho

O nível mínimo de aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende à análise do projeto ou à análise do
protótipo.
10 Estanqueidade

10.1 Generalidades

A água é o principal agente de degradação de um amplo grupo de materiais de construção. Ela está presente
no solo, na atmosfera, nos sistemas e procedimentos de higiene da habitação e, portanto, em permanente contato
com alguns dos seus elementos ou sistemas.
O adequado controle da umidade em uma edificação habitacional ou sistema é a chave para o controle de muitas
manifestações patológicas que abreviam sua vida útil, reduzindo seu valor de uso e de troca de uma habitação.

10.2 Requisito – Estanqueidade de sistema de pisos em contato com a umidade ascendente

Evitar condições de risco à saúde dos usuários e deterioração da camada de acabamento dos pisos e áreas
adjacentes.

10.2.1 Critério – Estanqueidade de sistema de pisos em contato com a umidade ascendente.

Os sistemas de pisos devem ser estanques à umidade ascendente, considerando-se a máxima altura do lençol
freático prevista para o local da obra.

10.2.1.1 Método de avaliação

Análise de projeto, conforme as ABNT NBR 9575 e ABNT NBR 9574, ou inspeções in loco.

10.2.1.2 Premissas de projeto

O projeto deve indicar o sistema construtivo que impeça a ascensão para o sistema de piso da umidade
ascendente quanto a:

a) estanqueidade à umidade;

b) resistência mecânica contra danos durante a construção e utilização do imóvel;

c) previsão eventual de um sistema de drenagem.

10.2.1.3 Nível de desempenho

O nível mínimo de aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende à análise do projeto e às premissas de
projeto, ou atende à análise in loco do protótipo.

10.3 Requisito – Estanqueidade de sistemas de pisos de áreas molháveis da habitação

Áreas molháveis não são estanques e, portanto, o critério de estanqueidade não é aplicável. Esta informação
deve constar no Manual de Uso e Operação.

10.4 Requisito – Estanqueidade de sistemas de pisos de áreas molhadas

Impedir a passagem da umidade para outros elementos construtivos da habitação.

10.4.1 Critério – Estanqueidade de sistemas de pisos de áreas molhadas

Os sistemas de pisos de áreas molhadas não podem permitir o surgimento de umidade, permanecendo a
superfície inferior e os encontros com as paredes e pisos adjacentes que os delimitam secas, quando submetidos
a uma lâmina de água de no mínimo 10 mm em seu ponto mais alto, por 72 h.

Para todas as áreas molhadas comuns deve-se atender a ABNT NBR 9575.

Para as áreas privativas molhadas, caso sejam utilizados os tipos de sistema de impermeabilização previstos na
ABNT NBR 9575, deve-se atender a ABNT NBR 9574.
10.4.1.1 Método de avaliação

A superfície da face inferior e os encontros com as paredes e pisos adjacentes, reproduzindo-se as respectivas
condições de utilização, devem permanecer secos, quando submetidos a uma lâmina de água de no mínimo 10
mm em seu ponto mais alto, por 72 h.

Para todas as áreas molhadas comuns deve-se atender a ABNT NBR 9574.

Para as áreas privativas molhadas, caso sejam utilizados os tipos de sistema de impermeabilização previstos na
ABNT NBR 9575, deve-se atender o método da ABNT NBR 9574.

10.4.1.2 Nível de desempenho

O nível mínimo de aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende aos critérios descritos em 10.4.1.

11 Desempenho térmico
Esta parte da norma não estabelece requisitos isolados de desempenho térmico para sistemas de pisos.

Os requisitos de análise global de desempenho térmico de edificações estão considerados na ABNT NBR 15575-
1.

12 Desempenho acústico

12.1 Generalidades
Esta parte 3 da ABNT-NBR-15575 apresenta os requisitos e critérios para a verificação do isolamento acústico do
sistema de piso entre unidades autônomas.
São considerados o isolamento de ruído de impacto no sistema de piso (caminhamento, queda de objetos e
outros) e o isolamento de ruído aéreo (conversas, som proveniente de TV e outros).

Os valores normativos são obtidos por meio de ensaios realizados em campo para o sistema construtivo.

12.2 Métodos disponíveis para a avaliação


12.2.1 Descrição dos métodos
12.2.1.1 Método de engenharia, realizado em campo
Isolamento de ruído de impacto padrão em sistema de pisos: Determina, em campo, de forma rigorosa, o nível de
pressão sonora de impacto padrão em sistema de piso entre unidades autônomas, caracterizando de forma direta
o comportamento acústico do sistema. O método é descrito na norma ISO 140-7.
Isolamento de ruído aéreo de sistema de pisos: Determina, em campo, de forma rigorosa, o isolamento sonoro de
ruído aéreo entre unidades autônomas e entre uma unidade e áreas comuns, caracterizando de forma direta o
comportamento acústico do sistema. O método é descrito na norma ISO 140-4.
Os resultados obtidos restringem somente ao sistema avaliado.

12.2.1.2 Método simplificado de campo


Este método permite obter uma estimativa do isolamento sonoro de ruído aéreo e o nível de pressão sonora de
impacto padrão em sistema de piso, em situações onde não se dispõe de instrumentação necessária para medir o
tempo de reverberação, ou quando as condições de ruído ambiente não permitem obter este parâmetro. O método
simplificado é descrito na ISO 10052.
Os resultados obtidos restringem somente ao sistema verificado.
Entre os métodos de medição de campo, o método de engenharia é o mais preciso.

12.2.2 Parâmetros de avaliação


Os parâmetros de verificação utilizados nesta parte da norma constam da Tabela 5.

Tabela 5: Parâmetros acústicos de avaliação


Símbolo Descrição Norma Aplicação
Nível de pressão sonora de impacto padrão ISO 140-7
L’nT,w Sistema de Piso
ponderado ISO 717-2
ISO 140-4 Vedações verticais e horizontais,
DnT,w Diferença padronizada de nível ponderada
ISO 717-1 em edifícios (pisos, paredes, etc.)

12.3 Requisito – Níveis de ruído admitidos na habitação

12.3.1 Critério – Ruído de impacto em sistema de pisos


Avaliar o som resultante de ruídos de impacto (caminhamento, queda de objetos e outros) entre unidades
habitacionais.

12.3.1.1 Método de avaliação


Devem ser avaliados os dormitórios da unidade habitacional. Deve-se utilizar um dos métodos de 12.2.1 para a
determinação dos valores do nível de pressão sonora padrão ponderado, L’nT,w.
As medições devem ser executadas com portas e janelas fechadas, tais como foram entregues pela empresa
construtora ou incorporadora.
A avaliação deve considerar o sistema de piso, conforme entregue pela empresa construtora.

12.3.1.2 Nível de desempenho mínimo


Os valores mínimos de desempenho são indicados na Tabela 6.

Tabela 6 — Critério e nível de pressão sonora de impacto padrão ponderado,


L’nT,w
L’nT,w
Elemento
dB
Sistema de piso separando unidades habitacionais autônomas posicionadas em
80
pavimentos distintos
Sistema de piso de áreas de uso coletivo (atividades de lazer e esportivas, como
home theater, salas de ginástica, salão de festas, salão de jogos, banheiros e
55
vestiários coletivos, cozinhas e lavanderias coletivas) sobre unidades habitacionais
autônomas

O Anexo E contém recomendações relativas a outros níveis de desempenho.

12.3.2 Requisito – Isolamento de ruído aéreo dos sistemas de pisos entre unidades habitacionais
Avaliar o isolamento de som aéreo de ruídos de uso normal (fala, TV, conversas, música) e uso eventual (áreas
comuns, áreas de uso coletivo).

12.3.2.1 Método de avaliação


Devem ser avaliados os dormitórios da unidade habitacional. Utilizar um dos métodos de 12.2.1 para a
determinação dos valores da diferença padronizada de nível ponderada, DnT,w.
As medições devem ser executadas com portas e janelas dos ambientes fechadas, tais como foram entregues
pela empresa construtora ou incorporadora.

12.3.2.2 Nível de desempenho


O sistema de piso deve apresentar desempenho mínimo de diferença padronizada de nível ponderada, DnT,w,
conforme Tabela 7.
Tabela 7 – Critérios de diferença padronizada de nível ponderada, DnT,w
DnT,w
Elemento
dB

Sistema de piso separando unidades habitacionais autônomas de áreas em que


45
um dos recintos seja dormitório

Sistema de piso separando unidades habitacionais autônomas de áreas comuns de


trânsito eventual, como corredores e escadaria nos pavimentos, bem como em 40
pavimentos distintos

Sistema de piso separando unidades habitacionais autônomas de áreas comuns de


uso coletivo, para atividades de lazer e esportivas, como home theater, salas de
45
ginástica, salão de festas, salão de jogos, banheiros e vestiários coletivos,
cozinhas e lavanderias coletivas

O Anexo E contém recomendações relativas a outros níveis de desempenho.

13 Desempenho lumínico
Os requisitos inerentes aos sistemas de pisos e que contribuem para o desempenho lumínico estão considerados
nas ABNT NBR 15575-1, ABNT NBR 15575-4 e ABNT NBR 15575-5.

14 Durabilidade e manutenibilidade

14.1 Generalidades

A durabilidade é um requisito fundamental de uma edificação habitacional ou sistema, decorrente do seu elevado
valor de uso e valor de troca.

As camadas de acabamento devem seguir as normas de aplicação, manutenção e orientações dos fabricantes.

Os sistemas não podem apresentar excessiva sensibilidade às condições de serviço previsíveis, alterando suas
características funcionais ou estéticas além do esperado em função de seu envelhecimento natural ao longo da
vida útil, exigindo maior esforço e investimento dos usuários em atividades de manutenção ou impondo restrições
ao uso normal do ambiente construído.

Esta Norma traduz alguns requisitos julgados relevantes para avaliar a durabilidade.

14.2 Requisito – Resistência à umidade do sistema de pisos de áreas molhadas e molháveis

Resistir à exposição à umidade, em condições normais de uso, sem apresentar alterações em suas propriedades
que comprometam seu uso.

14.2.1 Critério – Ausência de danos em sistema de pisos de áreas molhadas e molháveis pela presença
de umidade

O sistema de pisos de áreas molhadas e molháveis, seguindo corretamente as normas de instalação dos mesmos
e recomendações dos fabricantes, expostos a uma lâmina de água 10 mm na cota mais alta, por um período de
72 h, não podem apresentar, após 24 h da retirada da água, danos como bolhas, fissuras, empolamentos,
destacamentos, descolamentos, delaminações, eflorescências e desagregação superficial. A alteração de
tonalidade, visível a olho nú, frente a umidade é permitida desde que informada previamente pelo fabricante e,
neste caso, deve constar no Manual de Uso e Operação do Usuário. Esta verificação pode ser feita in loco ou
através da construção de um protótipo.
14.2.1.1 Método de avaliação

Realização do ensaio descrito no Anexo C.

14.2.1.2 Nível de desempenho

O nível mínimo de aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende aos critérios descritos em 13.2.1,
quando ensaiado conforme o Anexo C.

14.3 Requisito – Resistência ao ataque químico dos sistemas de pisos

Resistir à exposição aos agentes químicos normalmente utilizados na edificação ou presentes nos produtos de
limpeza doméstica.

14.3.1 Critério – Ausência de danos em sistemas de pisos pela presença de agentes químicos.

A resistência química dos sistemas de pisos depende das solicitações de uso e do tipo de camada de acabamento
utilizada.

14.3.1.1 Método de avaliação

Todos os componentes utilizados na camada de acabamento devem resistir ao ataque químico de agentes
conforme estabelecido em normas específicas dos produtos.

Para os componentes utilizados na camada de acabamento que não possuem normas específicas de resistência
ao ataque químico, utilizar as metodologias de ensaio apresentadas no Anexo D, conforme a área de aplicação:
seca ou molhada/molhável.

14.3.1.2 Premissas de projeto

O projeto deve considerar para a seleção da camada de acabamento as principais características de uso de cada
ambiente.

14.3.1.3 Nível de desempenho

O nível mínimo de aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende aos critérios descritos em 13.3.1.1,
quando ensaiado conforme as normas específicas dos componentes ou o Anexo D.

14.4 Requisito – Resistência ao desgaste em uso

Resistir aos esforços mecânicos associados às condições normais de uso específicas para cada ambiente.

14.4.1 Critério – Desgaste por abrasão

As camadas de acabamento da habitação devem apresentar resistência ao desgaste devido aos esforços de uso,
de forma a garantir a vida útil estabelecida em projeto conforme a ABNT NBR 15575-1.

14.4.1.1 Método de avaliação

O método de avaliação deste requisito depende da camada de acabamento especificada em projeto, devendo
desta forma ser respeitadas as Normas prescritivas aplicáveis aos diferentes materiais: ABNT NBR 7686, ABNT
NBR 8810, ABNT NBR 9457, ABNT NBR 13818, ABNT NBR 14833-1, ABNT NBR 14851-1, ABNT NBR 14917-1,
NBR 7374, e outras, conforme o caso.

NOTA 1 A simulação do desgaste da camada de acabamento depende:

a) das características superficiais específicas de cada material (revestimentos têxteis, vinílicos, linóleos, madeiras, cerâmicas,
cimentícios, pétreos, ladrilhos hidráulicos e outros);
b) da natureza do esforço associado (permanente, cíclico, concentrado e outros);

c) das condições de utilização (seco ou molhado, em ambiente contaminado com areia ou limpo, etc).

14.4.1.2 Premissas de projeto

O projeto deve considerar para a seleção da camada de acabamento as principais características de uso e
condições de exposição de cada ambiente.

14.4.1.3 Nível de desempenho

O nível mínimo de aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende aos critérios descritos em 13.4.1
quando ensaiado conforme as Normas Brasileiras específicas, bem como às premissas de projeto.

15 Saúde, higiene e qualidade do ar


Os requisitos inerentes aos sistemas de pisos e que contribuem para a saúde, higiene e qualidade do ar estão
considerados na ABNT NBR 15575-1.

16 Funcionalidade e acessibilidade

16.1 Requisito – Sistema de pisos para pessoas portadoras de deficiência física ou pessoas com
mobilidade reduzida (pmr)

Propiciar mobilidade e segurança em função das áreas de uso.

16.1.1Critérios

16.1.1.1 Sistema de piso para área privativa

O sistema de piso deve estar adaptado à moradia de pessoas portadoras de deficiência física ou pessoas com
mobilidade reduzida (pmr).

16.1.1.2 Sistema de piso para área comum

O sistema de piso deve atender à ABNT NBR 9050.

16.1.1.3 Método de avaliação

Análise do projeto e atendimento à ABNT NBR 9050.

16.1.1.4 Premissas de projeto

O projeto deve especificar a sinalização e locais da sinalização, além de considerar a adequação da camada de
acabamento dos degraus das escadas e das rampas, bem como deve especificar desníveis entre as alturas das
soleiras.

16.1.1.5 Nível de desempenho

O nível mínimo de aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende aos critérios descritos em 15.1.1,
bem como às premissas de projeto.

17 Conforto táctil, visual e antropodinâmico

17.1 Generalidades

O valor atribuído pelos usuários de uma habitação ao ambiente construído não se limita a uma análise puramente
funcional, ou seja, ao cumprimento de requisitos funcionais. Ele também é influenciado pela percepção estética
dos usuários.
Embora o julgamento estético tenha um componente subjetivo acentuado, existem algumas características que
podem ser objetivamente controladas, como a regularidade e homogeneidade das superfícies da camada de
acabamento.

As camadas de acabamento totalizam uma parcela relevante das superfícies de uma habitação e devem,
na sua especificação, ter em conta este aspecto.

17.2 Requisito – Homogeneidade quanto à planeza da camada de acabamento do sistema de piso

Não comprometer o efeito visual desejado ou a estética.

Neste requisito são estabelecidos limites para ondulações na camada de acabamento do sistema de piso ou em superfícies
regularizadas para a fixação de camada de acabamento, as quais podem comprometer a estética projetada. Procura-se, deste
modo, regular um aspecto relevante na percepção dos usuários da habitação em relação ao produto construído e,
conseqüentemente, no valor a ele atribuído.

Nota: Este requisito não se aplica nas regiões de mudança de plano (declividades diferentes) do sistema de piso.

17.2.1 Critério – Planeza

A planeza da camada de acabamento ou superfícies regularizadas para a fixação de camada de acabamento das
áreas comuns e privativas deve apresentar valores iguais ou inferiores a 3 mm com régua de 2 metros em
qualquer direção.

Este critério não se aplica a camadas de acabamento em relevo ou àqueles que, por motivos arquitetônicos, assim
foram projetados.

17.2.1.1 Método de avaliação

As irregularidades graduais não devem superar 3 mm em relação a uma régua de 2 metros de comprimento em
qualquer direção.

17.2.1.2 Nível de desempenho

O nível mínimo de aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende aos critérios descritos em 16.2.1.

18 Adequação ambiental
Os requisitos inerentes aos sistemas de pisos e que contribuem para a adequação ambiental estão considerados
na ABNT NBR 15575-1.
Anexo A
(normativo)

Ensaio de impacto de corpo duro

A.1 Princípio
Corpo com massa e forma conhecidas, abandonado de altura estabelecida, em queda livre, que, ao atingir o
componente, provoca dano verificável.

A.2 Diretrizes
Verificar os danos provenientes do impacto de corpo duro sobre elementos estruturais ou componentes.

A.3 Aparelhagem
Para a realização deste ensaio deve ser empregada a seguinte aparelhagem:

a) corpo percussor de impacto – esfera de aço maciça com massa de 1 kg ± 5 g;

b) corpo percussor de impacto – esfera de aço maciça com massa de 0,5 kg ± 2 g;

A.4 Preparação dos corpos-de-prova


Confeccionar os elementos com os mesmos materiais, procedimentos e controles normais ao processo.

A.5 Procedimento
A.5.1 Antes de iniciar o ensaio, aplicar azul de metileno na superfície da camada de acabamento para verificar a
existência de danos pré-existentes. Caso a superfície já esteja danificada, deve-se substituir este corpo de prova.

A.5.2 Aplicar os impactos por meio de esferas de aço maciças, no centro de 5 corpos de prova, abandonadas em
queda livre, registrando-se os eventuais danos ocorridos. Se necessário, aplicar azul de metileno na região que
sofreu impacto para facilitar a visualização do dano ocorrido.

A.5.3 As condições de ensaio relativas às massas do corpo duro (m), alturas de queda (h) e energias de
impacto (E) estão apresentadas na Tabela D.1.

Tabela A.1 — Massa de corpo duro, altura e energia do impacto

m h E
Impacto
kg m J
Aplicar impacto de corpo duro de grandes 1 1,00 10
dimensões (esfera de aço) em 5 corpos de prova 1 2,00 20
para cada energia 1 3,00 30
Aplicar impacto de corpo duro de pequenas 0,5 0,50 2,5
dimensões (esfera de aço) em 5 corpos de prova 0,5 0,75 3,75
para cada energia 0,5 1,00 5

A.6 Expressão dos resultados

Observação visual da ocorrência de ruptura total da camada de acabamento no caso das esferas de pequenas
dimensões, e das falhas, fissuras, destacamentos e ruínas nos sistema de piso para as esferas de grandes
dimensões.
A.7 Relatório de ensaio
O relatório do ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações:

c) identificação do solicitante;

d) identificação do fornecedor;

e) identificação da amostra e de todos os corpos-de-prova;

f) caracterização dos constituintes;

g) data do recebimento da amostra;

h) análise visual;

i) registro fotográfico dos equipamentos e resultados obtidos;

j) registro dos eventuais danos como ruptura, destacamentos, desagregação, fissuras;

k) nível de desempenho;

l) data do ensaio;

m) referência a esta Norma;

n) registro sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios.


ANEXO B

(Normativo)

Verificação da resistência do sistema de pisos a cargas verticais


concentradas – Método de ensaio

B.1 Princípio
Este Anexo estabelece um método de ensaio para verificação da resistência de sistema de pisos a cargas
verticais concentradas.

B.2 Diretrizes
O ensaio consiste em submeter um protótipo do sistema de piso em laboratório ou um sistema de piso real
construído a um carregamento vertical padronizado e avaliar a ocorrência de ruptura ou qualquer outro tipo de
dano no sistema de piso e, no caso de sistema de pisos suspensos, medir a flecha no centro do piso.

B.3 Aparelhagem
Para a realização deste ensaio, é necessária a aparelhagem descrita em B.3.1 a B.3.4.

B.3.1 Gabarito para posicionamento dos discos para aplicação do carregamento

Gabarito formado por um triângulo eqüilátero de 450 mm de lado, utilizado para posicionar o centro de cada um
dos discos de aplicação do carregamento sobre o sistema de piso. O gabarito deve possuir a marcação da
bissetriz de um de seus ângulos e nela a marcação do centro do triângulo, para permitir o posicionamento do
triângulo no centro do sistema de piso. O erro máximo admissível na construção do gabarito é de 1 mm entre a
distância real e a distância prevista de cada um dos vértices do gabarito e o seu centro.

B.3.2 Discos para aplicação do carregamento

Discos com diâmetro máximo de 205 mm, com centro marcado para seu posicionamento, utilizando o gabarito e
ressalto com diâmetro de (25  0,5) mm para aplicação do carregamento no sistema de piso (Figura B.1). A
espessura dos discos pode variar, limitando-se o peso de cada disco a um valor máximo de 100 N.
Dimensões em milímetros

máximo 205 mm

(26  0,5) mm

(25  0,5) mm

Figura B.1 — Discos para aplicação do carregamento

Outros dispositivos para aplicação do carregamento podem ser utilizados, desde que mantida a superfície de
contato com o sistema de piso por meio de um disco não deformável com (25  0,5) mm de diâmetro e uma
velocidade de carregamento semelhante à descrita em B.3.4.

B.3.3 Aparelho de medida de deslocamentos lineares

Aparelho de medida de deslocamentos lineares com sensibilidade mínima de 0,01 mm e erro máximo de 1 %.

B.3.4 Dispositivo para posicionamento do aparelho de medida de deslocamentos lineares

Qualquer tipo de dispositivo que permita posicionar vertical e firmemente, sob o sistema de piso suspenso, o
aparelho de medida de deslocamentos lineares para medir a flecha no centro do sistema de piso submetido ao
carregamento vertical com cargas concentradas. Este dispositivo deve estar apoiado em estrutura que não esteja
submetida a deformações provocadas pelo carregamento do ensaio.

B.4 Preparação e preservação dos corpos-de-prova


B.4.1 Quando o ensaio for realizado em laboratório, o corpo-de-prova utilizado no ensaio deve ser um protótipo
do sistema de piso construído, reproduzindo o mais fielmente possível as características especificadas para o
sistema de piso, incluindo materiais e processos de construção.

B.4.2 O protótipo deve ser construído já no local do ensaio, protegido de carregamentos e impactos e mantido
nas condições e pelo prazo especificado pelo proponente da tecnologia do sistema de piso.
B.4.3 Quando o ensaio for realizado em campo, o corpo-de-prova utilizado no ensaio deve ser um sistema de
piso construído e mantido nas condições e pelo prazo especificado pelo proponente da tecnologia do sistema de
piso.

B.4.4 Tanto no ensaio realizado em laboratório quanto no ensaio realizado em campo devem ser registradas as
especificações de construção do sistema de piso ou protótipo e as condições e prazos em que ele foi conservado
desde sua produção até a realização do ensaio.

B.5 Procedimento
B.5.1 Marcar o centro do sistema de piso ou protótipo para orientar o posicionamento do gabarito, utilizando
uma estrutura independente que permita acessar o centro do sistema de piso sem nele ter apoio.

B.5.2 Utilizar o gabarito orientando uma de suas bissetrizes na direção da maior dimensão do sistema de piso e
posicionar o primeiro disco para aplicação do carregamento em cada um dos seus vértices.

B.5.3 Carregar os três discos posicionados pelo gabarito, acrescentando mais discos sobre eles até atingir a
carga de 1 000 N em cada um deles. O procedimento de carregamento deve distribuir as cargas uniformemente,
não se admitindo que nenhum dos pontos de carregamento em qualquer momento do ensaio tenha uma diferença
superior a 100 N em relação aos demais. O tempo total para o procedimento de carregamento não deve ser
inferior a 3 minutos nem superior a 5 minutos.

B.5.4 No máximo 2 minutos após a conclusão do procedimento de carregamento deve ser registrada a medida
da flecha no centro do sistema de piso, no caso de pisos suspensos. A seguir, observar e registrar todos os danos
existentes no sistema de piso ainda carregado. Retirar uniformemente o carregamento aplicado em um intervalo
de tempo não inferior a 3 minutos nem superior a 5 minutos e observar e registrar todos os danos existentes no
sistema de piso após a retirada do carregamento.

B.6 Expressão dos resultados


A flecha no centro do sistema de piso deve ser expressa em milímetros.

Os danos observados devem ser registrados fotograficamente e descritos no relatório de ensaio.

B.7 Relatório de ensaio


O relatório do ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações:

a) identificação do solicitante;

b) identificação do fornecedor;

c) fotos ou desenhos dos corpos-de-prova e sua descrição pormenorizada, incluindo dimensões, materiais
constituintes e processo de produção;

d) descrição das condições e prazos de conservação dos corpos-de-prova, desde sua produção até a realização
do ensaio;

e) descrição de danos observados nos corpos-de-prova, conforme descrito no ensaio;

f) flecha medida no centro do sistema de piso durante a realização do ensaio, quando do ensaio de pisos
suspensos;

g) data do ensaio;

h) referência a esta Norma;

i) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios ou outras informações julgadas pertinentes.
ANEXO C

(Normativo)

Verificação da resistência à umidade do sistema de pisos de áreas molhadas


e molháveis – Método de ensaio

C.1 Princípio
Este Anexo especifica um método de ensaio para verificação da resistência à umidade do sistema de pisos de
áreas molhadas e molháveis.

C.2 Diretrizes
O ensaio consiste em expor o sistema de piso aplicado em áreas molhadas e molháveis da edificação a uma
lâmina de água de 10 mm na cota mais alta, por um período de 72 horas, e avaliar visualmente, após 24 h da
retirada da lâmina de água, a existência de danos como bolhas, fissuras, empolamentos, destacamentos,
descolamentos, delaminações, eflorescências,desagregação superficial e diferença de tonalidade. A alteração de
tonalidade, visível a olho nu, frente a umidade é permitida desde que informada previamente pelo fabricante.

C.3 Aparelhagem
Não há necessidade de aparelhagem para a realização do ensaio.

C.4 Preparação e preservação dos corpos-de-prova


C.4.1 Quando o ensaio for realizado em laboratório, o corpo-de-prova utilizado deve ser um protótipo do sistema
de piso construído, reproduzindo o mais fielmente possível as características especificadas para o sistema de piso,
incluindo materiais e processo de construção.

C.4.2 O protótipo deve ser construído já no local de ensaio e mantido protegido de carregamentos ou impactos
nas condições e pelo prazo especificado pelo proponente da tecnologia do sistema de piso.

C.4.3 Quando o ensaio for realizado em campo, o corpo-de-prova utilizado deve ser um sistema de piso
construído, mantido nas condições e pelo prazo especificado pelo proponente da tecnologia do sistema de piso.

C.4.4 Tanto no ensaio realizado em laboratório quanto no ensaio realizado em campo devem ser registradas as
especificações de construção do sistema de piso ou protótipo e as condições e prazos em que ele foi conservado
desde sua produção até a realização do ensaio.

C.5 Procedimento
C.5.1 O ensaio se inicia com o tamponamento dos pontos de drenagem existentes nos sistemas de pisos.

C.5.2 A seguir deve ser colocada água sobre a superfície do sistema de piso até formar uma lâmina d’água de
10 mm na cota mais alta que cubra todo o piso.

C.5.3 A lâmina d’água deve ser mantida por um período de 72 h, repondo-se água, se necessário.

C.5.4 Decorridas 72 h do início do ensaio, a lâmina de água deve ser retirada.

C.5.5 Após 24 h da retirada da lâmina de água, o sistema de piso deve ser observado cuidadosamente,
identificando e registrando qualquer alteração existente.
C.6 Expressão dos resultados
Qualquer alteração no sistema de piso, como bolhas, fissuras, empolamentos, destacamentos, descolamentos,
delaminações, eflorescências, desagregação superficial e alteração de tonalidade, deve ser registrada
fotograficamente e descrita no relatório do ensaio.

C.7 Relatório de ensaio


O relatório do ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações:

a) identificação do solicitante;

b) identificação do fornecedor;

c) identificação da amostra e de todos os corpos-de-prova;

d) descrição das condições e prazos de conservação dos corpos-de-prova desde sua produção até a
realização do ensaio;

e) descrição dos danos observados nos corpos-de-prova após a realização do ensaio;

f) data do ensaio;

g) referência a esta Norma;

h) fotos ou desenhos dos corpos-de-prova e sua descrição pormenorizada, incluindo dimensões, materiais
constituintes e processo de produção;

i) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios ou outras informações julgadas pertinentes.
ANEXO D
(Normativo)

Verificação da resistência ao ataque químico dos componentes da camada de


acabamento dos sistemas de pisos – Método de ensaio

D.1 Princípio
Este Anexo especifica um método de ensaio para verificação da resistência ao ataque químico dos componentes
da camada de acabamento dos sistemas de pisos, frente aos agentes químicos normalmente utilizados na
edificação ou presentes nos produtos de limpeza domésticos.

Nota: Este método de ensaio é destinado aos componentes da camada de acabamento que não possuem normas
específicas de avaliação de resistência ao ataque químico.

D.2 Diretrizes
O ensaio consiste em expor um corpo-de-prova representativo dos componentes da camada de acabamento do
sistema de piso a soluções padronizadas que simulem a ação de produtos domésticos de limpeza e de agentes
químicos normalmente utilizados na edificação e avaliar visualmente a ocorrência de danos na superfície. As
solicitações químicas sobre os componentes da camada de acabamento variam conforme o ambiente de uso: área
seca e áreas molháveis/molhadas.

D.3 Método de ensaio – camada de acabamento de sistema de piso de áreas secas

D.3.1 Materiais

a) detergente doméstico;

b) solventes, tais como etanol, acetona etc.;

c) pano macio;

d) pincel atômico.

D.3.2 Aparelhagem

a) vidro de relógio com diâmetro de 60 mm, para evitar a evaporação do agente químico;

a) termômetro 0 a 100 ºC;

b) cronômetro;

c) espátula de alumínio;

d) frascos com conta-gotas;

e) escova de náilon dura;

f) serra circular com guia;

g) balança para a determinação de massa com resolução mínima de 0,1 g;

h) superfície horizontal para inspeção, sob uma iluminação de lâmpadas brancas fluorescentes posicionadas
acima e paralelas à linha de visão, propiciando uma iluminação de 800 lux a 1 100 lux.
D.3.3 Preparação dos corpos-de-prova

Os corpos-de-prova devem ter medição de (100 x 100) mm ± 5 mm.

Os corpos-de-prova devem ser estabilizados numa sala climatizada ou câmara climática durante no mínimo 72 h
em temperatura de (23  2) ºC e (50  5) % de umidade relativa.

Os corpos-de-prova estabilizados à temperatura ambiente devem ser apoiados em uma superfície plana, na
posição horizontal.

D.3.4 Procedimento de ensaio

Cada amostra deve atender aos requisitos especificados quando ensaiada com cada um dos cinco agentes
químicos identificados na Tabela D.1.

Para os agentes químicos líquidos, aplicar duas a três gotas sobre o corpo-de-prova. Para os sólidos/pastosos,
aplicar com a espátula uma pequena quantidade do agente químico sobre o corpo-de-prova, no entanto, evitando
o atrito. Após a aplicação, cobrir a amostra com o vidro de relógio, com o lado côncavo voltado na direção da
amostra, a fim de evitar a evaporação.

No caso do grupo 2, onde a condição de ensaio define temperatura 80 ºC, esta é apenas a temperatura do agente
químico no ato da aplicação.

A área onde se coloca o agente químico deve ser identificada com o produto aplicado.

Após o tempo de contato determinado conforme a Tabela D.1 de agentes químicos, remover o vidro de relógio.
Caso necessário, utilizar um solvente adequado para remover o agente químico e, na seqüência, lavar o corpo-de-
prova com água e detergente doméstico. Finalmente, limpar a superfície do corpo-de-prova com etanol ou outro
solvente adequado para remover a mancha. No caso de superfícies texturizadas, pode ser utilizada a escova com
cerdas de náilon para remover a mancha.

Após 1 h da limpeza, sobre a superfície para inspeção, analisar a olho nu a superfície da amostra sob diferentes
ângulos de visão a uma distância de 400 mm, verificando se apresenta alterações de aspecto.

D.3.5 Expressão dos resultados

O efeito dos agentes químicos sobre a amostra é expresso conforme a seguinte classificação, considerando-se o
pior resultado:

a) nível 4= nenhuma alteração visível;

b) nível 3 = leve a moderada alteração de brilho e/ou cor, visível em qualquer ângulo de observação;

c) nível 2 = severa alteração de brilho e/ou cor, mas sem ataque da superfície;

d) nível 1 = ataque da superfície na forma de rachaduras, fissuras, bolhas, delaminação etc.

Tabela D1 — Agentes químicos

Classe Material de ensaio Condição do ensaio Tempo de contato

Grupo 1 Acetona(conforme D.3.4) Temperatura ambiente 16 h

Café forte (conforme D.3.4)


Grupo 2 Temperatura 80 ºC 16 h
(120 g pó de café por litro de água)
Hidróxido de sódio (solução 25 %)
(conforme D.3.4)
Peróxido de hidrogênio (solução 30%)
Grupo 3 Temperatura ambiente 10 min
(conforme D.3.4)
Graxa de sapato pastosa preta(conforme
D.3.4)
D.3.6 Relatório de ensaio

O relatório deve conter as seguintes informações:

e) descrição da amostra ensaiada;

f) descrição dos agentes químicos utilizados;

g) resultados obtidos, ou seja, a classificação de resistência da amostra ensaiada;

h) qualquer divergência do método de ensaio;

i) apresentação dos limites normativos especificados para resistência ao ataque químico;

j) data da realização do ensaio;

k) referência a esta Norma.

D.4 Método de ensaio – camada de acabamento de sistema de piso de áreas molhadas e


molháveis
D.4.1 Reagentes

São os descritos a seguir:

- Produtos químicos domésticos - cloreto de amônio, 100g/L;

- Produtos para tratamento de água de piscina - solução de hipoclorito de sódio, 20mg/L, preparada a partir do
hipoclorito de sódio grau técnico, com aproximadamente 13% de cloro ativo.

Ácidos de baixa concentração

- Solução de ácido clorídrico 3% (V/V), partes em volume, preparada a partir de ácido clorídrico concentrado,
3
densidade igual a (1,190,01)g/cm ;

- Solução de ácido cítrico 100g/L.

Álcalis de baixa concentração

- Solução de hidróxido de potássio, 30g/L.

D.4.2 Aparelhagem

A aparelhagem necessária à execução do ensaio é a seguinte (ver Figura D.1):

- Recipiente com tampa, feito de vidro de borosilicato 3.3, conforme ISO 3585, ou similar;

- Cilindro de vidro de borosilicato 3.3 conforme ISO 3585, ou similar, que tenha uma tampa ou abertura para
enchimento;

- Estufa capaz de operar a (110±5)ºC;

- Camurça;

- Tecido de algodão ou linho;

- Massa de vedação (cola plástica de vedação, massa de modelar ou cera de abelha) ou outro sistema eficiente;

- Balança com resolução de 0,01g;


- Lâmpada elétrica 40W, com interior branco.

Figura D.1: Esquema da aparelhagem

D.4.3 Preparação dos corpos de prova

- Cada componente da camada de acabamento, inteiro ou parte dele, isento de defeitos, se constitui em um corpo-
de-prova.

- O ensaio deve ser realizado, no mínimo, em cinco corpos-de-prova para cada solução.

- As dimensões dos corpos-de-prova são de aproximadamente (502)mm com geometria quadrada;

- Limpar totalmente a superfície a ser testada com um solvente apropriado, por exemplo, álcool etílico (etanol).

D.4.4 Procedimento

- Limpar a superfície do corpo-de-prova com álcool etílico (etanol) ou outro solvente adequado.

- Fixar o cilindro de vidro, ou similar, sobre a superfície do corpo-de-prova com a massa de vedação, de modo que
não haja vazamento da solução pelas bordas do cilindro.

- Encher os cilindros com as soluções especificadas em D.4.1 Reagentes, mantendo a temperatura à (25±5)C,
até um nível mínimo de (20±5)mm. A seguir cobrir com uma placa de vidro.

- Manter as soluções em contato com a superfície dos corpos-de-prova durante os espaços de tempos previstos
de acordo com a Tabela D.2.

- Agitar levemente o conjunto em teste uma vez ao dia e se houver abaixamento do nível da solução, reabastecê-
la até o nível de início do ensaio (marcação inicial).

- Substituir a solução após dois dias, para repor eventual consumo de reagente pelo corpo-de-prova.
Tabela D.2: Tempo previsto de ataque

Classes de reagentes Agentes agressivos Tempo de ataque (h)

Cloreto de amônio,
Produtos químicos domésticos 24
produtos de limpeza

Produtos para tratamento de água


Hipoclorito de sódio 24
de piscina

Ácido citrico 24
Ácido e álcalis de baixa
concentração Ácido clorídrico e Hidróxido
96
de potássio

- Remover a solução de ataque, os cilindros e os resíduos da massa de vedação, limpando a superfície com um
solvente para gordura (por exemplo, thinner) e secando em seguida a superfície do corpo-de-prova.

D.4.5 Avaliação Visual

- Examinar a superfície submetida ao ensaio sob vários ângulos, a uma distância fixa de (25010)mm, a olho nu
(ou com óculos, se usados habitualmente), procurando identificar alguma alteração de brilho, cor ou reflexo, sob
iluminação artificial ou sob a luz do dia, porém evitando a luz direta do sol.

D.4.6 Resultados

O resultado deve ser apresentado como: alteração visível ou não visível da superfície para cada reagente químico
testado.

Este resultado deve servir de referência para informações sobre manutenção da camada de acabamento do
sistema de piso que devem constar no Manual de Uso e Operação

D.4.7 Relatório

O relatório deve conter as seguintes informações:

- Descrição dos componentes da camada de acabamento ensaiado;

- Marca ou nome do fabricante;

- As soluções de ensaio;

- A classificação da resistência química (alteração visível/alteração não visível) para cada solução e para cada
corpo-de-prova;
- Registro fotográfico dos corpos-de-prova após o ensaio;

- Registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios ou outras informações julgadas pertinentes.

- Data de realização do ensaio.

- Referência à esta Norma;


Anexo E
(Informativo)

Níveis de desempenho

E.1 Generalidades
E.1.1 Esta Norma estabelece os níveis mínimos (M) de desempenho para cada requisito, que devem ser
atendidos.

E.1.2 Considerando a possibilidade de melhoria da qualidade da edificação, com uma análise de valor da
relação custo/benefício dos sistemas, neste Anexo são indicados os níveis de desempenho intermediário (I)
e superior (S) e repetido o nível M para facilitar a comparação.

E.1.3 Recomenda-se que o construtor ou incorporador informem o nível de desempenho dos sistemas que
compõem a edificação habitacional, quando exceder o nível mínimo (M).

E.2 Desempenho acústico

E.2.1 Níveis de desempenho para medições em campo


E.2.2.1 Ruído de impacto em sistema de pisos
A Tabela E.1 apresenta recomendações relativas a outros níveis de desempenho do nível de pressão sonora
de impacto padrão ponderado, L’nT,w, complementando o valor normalizado do item 12 desta norma.

Tabela E.1 - Critério e nível de pressão sonora de impacto padrão ponderado, L’nT,w,
L’nT,w Nível de
Elemento
[dB] desempenho
66 a 80 M
Sistema de piso separando unidades habitacionais autônomas
56 a 65 I
posicionadas em pavimentos distintos
55 S
Sistema de piso de áreas de uso coletivo (atividades de lazer e 51 a 55 M
esportivas, como home theater, salas de ginástica, salão de festas,
46 a 50 I
salão de jogos, banheiros e vestiários coletivos, cozinhas e lavanderias
coletivas) sobre unidades habitacionais autônomas 45 S
E.2.2.2 Isolamento de ruído aéreo dos sistemas de pisos entre unidades habitacionais
A Tabela E.2 apresenta recomendações relativas a outros níveis de desempenho da diferença padronizada
de nível ponderada, DnT,w, complementando o valor normalizado do item 12 desta norma.

Tabela E.2 - Critérios de diferença padronizada de nível ponderada, DnT,w


DnT,w Nível de
Elemento
[dB] desempenho
45 a 49 M
Sistema de piso separando unidades habitacionais autônomas de áreas
em que um dos recintos seja dormitório 50 a 54 I
55 S
Sistema de piso separando unidades habitacionais autônomas de áreas 40 a 44 M
comuns de trânsito eventual, como corredores e escadaria nos
45 a 49 I
pavimentos, bem como em pavimentos distintos
50 S
Sistema de piso separando unidades habitacionais autônomas de áreas 45 a 49 M
comuns de uso coletivo, para atividades de lazer e esportivas, como home
theater, salas de ginástica, salão de festas, salão de jogos, banheiros e 50 a 54 I
vestiários coletivos, cozinhas e lavanderias coletivas
55 S
Anexo F
(Informativo)

Bibliografia

CAMPANTE, E.F. O conceito de antiderrapante e o desempenho de pisos cerâmicos. Escola Politécnica da USP,
1996, 296p. (Dissertação de Mestrado).

Li, K.W., Chang, W.R., Leamon, T.B., and Chen, C.J., “Floor Slipperiness Measurement: Friction Coefficient,
Roughness of Floors, and Subjective Perception Under Spillage Conditions,” Safety Science, Vol. 42, Nº. 6,
pp. 547-565, 2004.

LECLERQ, S. The prevention of slipping accidents: a review and discussion of work related to the methodology
of measuring slip resistance. Safety Science, 31 (1999) p.95-125.

CHANG, W.R. From research to reality on slips, trips and falls (Editorial) Safety Science, 40 (2002), p.557-558.

ISO 15 686 – Service Safety

ABNT NBR 7334, Vidros de segurança – Determinação dos afastamentos quando submetidos à verificação
dimensional

ABNT NBR 12721, Avaliação de custos unitários de construção para incorporação imobiliária e outras disposições
para condomínios edifícios - Procedimento

ABNT NBR 14833-2, Revestimento de pisos laminados melamínicos de alta resistência – Parte 2: Procedimentos
para aplicação e manutenção

ABNT NBR 14851-2, Revestimentos de pisos – Mantas (rolos) e placas de linóleo – Parte 2: Procedimentos para
aplicação e manutenção

ABNT NBR 14917-2, Revestimentos de pisos – Manta (rolo) vinílica flexível heterogênea em PVC –
Parte 2: Procedimentos para aplicação e manutenção

ABNT NBR 13753, Revestimento de piso interno ou externo com placas cerâmicas e com utilização de argamassa
colante – Procedimento
ABNT NBR 15575-4_2013

Edificações habitacionais — Desempenho


Parte 4: Sistemas de vedações verticais internas e externas - SVVIE
Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização
Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de
Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores
e neutros (universidade, laboratório e outros).

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que alguns dos
elementos deste documento podem ser objetos de direito de patente. A ABNT não deve ser considerada
responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.

A ABNT NBR 15575-4 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Construção Civil (ABNT/CB-02), pela Comissão
de Estudo de Desempenho de Edificações (CE-02.136.01). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme
Edital nº 10, de 21.09.2007 a 20.10.2007, com o número de Projeto 02:136.01-001/4.

A ABNT NBR 15575, sob o título geral “Edificações habitacionais — Desempenho”, tem previsão de conter as
seguintes partes:

 Parte 1: Requisitos gerais;

 Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais;

 Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos;

 Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e externas;

 Parte 5: Requisitos para os sistemas de coberturas;

 Parte 6: Requisitos para os sistemas hidrossanitários.

Esta versão da ABNT NBR 15575-4:2013 cancela e substitui as versões anteriores da ABNT NBR 15575-4.
Introdução

A abordagem desta Norma explora conceitos que muitas vezes não são considerados em Normas prescritivas
específicas.A inter-relação entre Normas de desempenho e Normas prescritivas deve possibilitar o atendimento às
exigências do usuário, com soluções tecnicamente adequadas e economicamente viáveis.

Todas as disposições contidas nesta Norma são aplicáveis a edificações habitacionais, considerando sistemas
projetados, construídos, operados e submetidos a intervenções de manutenção que atendam às instruções
específicas do respectivo manual de operação, uso e manutenção.

Requisitos e critérios particularmente aplicáveis a determinado sistema são tratados separadamente em cada
Parte desta Norma.

Esta Parte da ABNT NBR 15575 trata dos sistemas de vedações verticais internas e externas das edificações
habitacionais, que, além da volumetria e da compartimentação dos espaços da edificação, integram-se de forma
muito estreita aos demais elementos da construção, recebendo influências e influenciando o desempenho da
edificação habitacional.

Mesmo sem função estrutural, as vedações podem atuar como contraventamento de estruturas reticuladas,
ou sofrer as ações decorrentes das deformações das estruturas, requerendo assim uma análise conjunta do
desempenho dos elementos que interagem. Podem também interagir com demais componentes, elementos e
sistemas da edificação, como caixilhos, esquadrias, estruturas, coberturas, pisos e instalações.As vedações
verticais exercem ainda outras funções, como estanqueidade à água, isolação térmica e acústica, capacidade de
fixação de peças suspensas, capacidade de suporte a esforços de uso,compartimentação em casos de incêndio
etc..

Podem também assumir função estrutural, devendo atender a NBR 15575:2, Sistemas estruturais. Alguns critérios
de desempenho definidos nesta parte da norma (parte 4) fazem referência a SVVIE com função estrutural.

Requisitos aplicáveis somente para edificações de até cinco pavimentos serão especificados em suas respectivas
seções.
1 Escopo
1.1 Esta Parte da ABNT NBR 15575 estabelece os requisitos, os critérios e os métodos para a avaliação do
desempenho de sistemas de vedações verticais internas e externas (SVVIE) de edificações habitacionais ou de
seus elementos.

1.2 Esta Parte da ABNT NBR 15575 não se aplica a obras em andamento ou a edificações concluídas até a
data da entrada em vigor desta Norma. Também não se aplica a obras de reformas nem de “retrofit” nem
edificações provisórias.

1.3 Esta Parte da ABNT NBR 15575 é utilizada como um procedimento de avaliação do desempenho de
sistemas construtivos.

1.4 Os requisitos estabelecidos nesta Parte da ABNT NBR15575 (Seções 4 a 17) são complementados pelos
requisitos estabelecidos nas ABNT NBR 15575-1 a ABNT NBR15575-6.

1.6 Esta parte ABNT NBR 15575 estabelece critérios relativos ao desempenho térmico, acústico, lumínico e de
segurança ao fogo, que devem ser atendidos individual e isoladamente pela própria natureza conflitante dos
critérios de medições, por exemplo, desempenho acústico (janela fechada) versus desempenho de ventilação
(janela aberta).

1.7 Requisitos aplicáveis somente para edificações de até cinco pavimentos serão especificados em suas
respectivas seções.

2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas,
aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do
referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 5628 (e respectiva emenda), Componentes construtivos estru turais – Determinação da
resistência ao fogo

ABNT NBR 5643, Telha de fibrocimento – Verificação da resistência a cargas uniformemente distribuídas

ABNT NBR 5674, Manutenção de edificações – Procedimento

ABNT NBR 6118, Projeto de estruturas de concreto – Procedimento

ABNT NBR 8545, Execução de alvenaria sem função estrutural de tijolos e blocos cerâmicos

ABNT NBR 8798, Execução e controle de obras em alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto

ABNT NBR 8800, Projeto e execução de estruturas de aço de edifícios (método dos estados limites)

ABNT NBR 8949, Paredes de alvenaria estrutural – Ensaio à compressão simples

ABNT NBR 9062, Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado

ABNT NBR 9442 “Materiais de construção – Determinação do índice de propagação superficial de chama
pelo método do painel radiante – Método de ensaio”

ABNT NBR 10636, Paredes divisórias sem função estrutural - Determinação da resistência ao fogo -
Método de ensaio

ABNT NBR 10821-3:2011 Esquadrias externas para edificações Parte 3: Métodos de ensaioABNT NBR 10837,
Cálculo de alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto

ABNT NBR 11675, Divisórias leves internas moduladas – Verificação da resistência a impactos
ABNT NBR 11678, Divisórias leves internas moduladas – Verificação do comportamento sob ação de cargas
provenientes de peças suspensas

ABNT NBR 11681, Divisórias leves internas moduladas

ABNT NBR 14037, Manual de operação, uso e manutenção das edificações – Conteúdo e recomendações para
elaboração e apresentação

ABNT NBR 14323, Dimensionamento de estruturas de aço de edifícios em situação de incêndio - Procedimento

ABNT NBR 14432, Exigências de resistência ao fogo de elementos construtivos de edificações - Procedimento

ABNT NBR 14718, Guarda-corpos para edificação

ABNT NBR 14913:2011 Fechadura de embutir – Requisitos, classificação e métodos de ensaio ABNT NBR 14974-
2, Bloco sílico-calcário para alvenaria – Parte 2: Procedimento para execução de alvenaria

ABNT NBR 15200, Projeto de estruturas de concreto em situação de incêndio - Procedimento

ABNT NBR 15220-1, Desempenho térmico de edificações – Parte 1: Definições, símbolos e unidades

ABNT NBR 15220-2, Desempenho térmico de edificações – Parte 2: Métodos de cálculo da transmitância térmica,
da capacidade térmica, do atraso térmico e do fator solar de elementos e componentes de edificações

ABNT NBR 15220-3, Desempenho térmico de edificações – Parte 3: Zoneamento bioclimático brasileiro e diretrizes
construtivas para habilitações unifamiliares de interesse social

ABNT NBR 15220-5, Desempenho térmico de edificações – Parte 5: Medição da resistência térmica e da
condutividade térmica pelo método fluximétrico

ABNT NBR 15270-2, Componentes cerâmicos – Parte 2: Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural –
Terminologia e requisitos

ABNT NBR 15575-1, Edificações Habitacionais - Desempenho – Parte 1: Requisitos gerais

ABNT NBR 15575-2, Edificações Habitacionais - Desempenho – Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais

ABNT NBR 15575-3, Edificações Habitacionais - Desempenho – Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos;

ABNT NBR 15812, Alvenaria estrutural – Blocos cerâmicos – Parte 1: Projetos, Parte 2: Execução e controle de
obras

ABNT NBR 15930-2, Portas de madeira para edificações – Parte 2: Requisitos

ISO 1182, Buildings materials – non – combustibility test

ISO 10140-2 Acoustics – Measurement of sound insulation of building elements – Part 2: Laboratory
measurements of airbone sound insulation

ISO 140-4, Acoustics – Measurement of sound insulation in buildings and of building elements – Part 4: Field
measurements of airborne sound insulation between rooms

ISO 140-5, Acoustics – Measurement of sound insulation in buildings and of building elements – Part 5: Field
measurements of airborne sound insulation of façade elements and façades

ISO 717-1, Acoustics – Rating of sound insulation in buildings and of buildings elements – Part 1: Airborne sound
insulation

ISO 10052, Acoustics – Field measurements of airborne and impact sound insulation and of service equipment
sound – Survey method

EN 13823 – Reaction to fire tests for building products – Building products excluding floorings exposed to the
thermal attack by a single burning item (SBI)
EN ISO 11925-2 – Reaction to fire tests – Ignitability of building products subjected to direct impingement of flame
– Part 2: Single-flame source test

ASTM E662, Standard test method for specific optical density of smoke generated by solid materials

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições das ABNT NBR 15575-1, ABNT NBR 15575-2
e ABNT NBR 15575-3 e os seguintes.

3.1
sistemas de vedação vertical interno e externo (SVVIE)
partes da edificação habitacional que limitam verticalmente a edificação e seus ambientes, como as fachadas e as
paredes ou divisórias internas.

3.2
ensaio-tipo
ensaios de conformidade de um sistema de vedação vertical interna ou externa, com base em amostras
representativas que reproduzam as condições de projeto e de utilização

3.3
estado-limite último
estado crítico em que o SVVIE não mais satisfaz os critérios de desempenho relativos à segurança, ou seja, é o
momento a partir do qual ocorre perigoso rebaixamento dos níveis de segurança, com risco de colapso ou ruína
do SVVIE. A ruína pode ser caracterizada pela ruptura, pela perda de estabilidade, por deformações ou fissuração
excessivas.

3.4
estado-limite de serviço
estado de solicitação do SVVIE a partir do qual começa a ser prejudicada a funcionalidade, a utilização e/ou a
durabilidade do sistema, configurando-se, em geral, pela presença de deslocamentos acima de limites pré-
estabelecidos, aparecimento de fissuras e outras falhas.

3.5
descolamento
perda de aderência entre o componente de acabamento e sua respectiva base

4 Exigências do usuário
Ver ABNT NBR 15575-1.

5 Incumbências dos intervenientes


Ver ABNT NBR 15575-1.

6 Avaliação do desempenho
Ver ABNT NBR 15575-1.

7 Desempenho estrutural

7.1 Requisito – Estabilidade e resistência estrutural dos sistemas de vedação internos e


externos

Apresentar nível de segurança considerando-se as combinações de ações passíveis de ocorrerem durante a vida
útil da edificação habitacional ou do sistema.
7.1.1 Critério – Estado-limite último

As vedações verticais internas e externas, com função estrutural, devem ser projetadas, construídas e montadas
de forma a atender às exigências de 7.2 da ABNT NBR 15575-2 e as disposições aplicáveis das Normas
Brasileiras que abordam a estabilidade e a segurança estrutural de vedações verticais externas e internas,
conforme o caso.

7.1.1.1 Métodos de avaliação

Cálculos ou ensaios previstos em 7.2 da ABNT NBR 15575-2, quando se tratar de sistema estrutural. O ensaio
previsto de compressão excêntrica, considerando três repetições, limita-se a SVVIE estruturais destinados a
edificações habitacionais de até cinco pavimentos.

7.1.1.2 Premissas de projeto

Quando se tratar de vedação vertical interna ou externa com função estrutural, o projeto deve mencionar a Norma
Brasileira atendida, conforme o caso (ABNT NBR 6118, ABNT NBR 7190, ABNT NBR 8798, ABNT NBR 8545,
ABNT NBR 8800, ABNT NBR 9062, ABNT NBR 10837, ABNT NBR 15812, ABNT NBR 14974-2, ou
ABNT NBR 15270-2.)

Painéis pré-fabricados estruturais devem ser ensaiados nas mesmas condições do emprego em obra, com a altura
prevista para o pé direito e largura mínima de 1,20m, ou de 5 vezes a espessura para paredes monolíticas.

A resistência de painéis e trechos de paredes estrutrurais deve ser verificada a partir de 3 ensaios, para a
solicitação Sd = g Sgk + q Sqk + w Swk; as cargas devidas ao vento devem ser consideradas somente se
produzirem esforços de compressão em painéis e trechos de parede (no caso de sucção devem ser
desconsideradas). No ensaio a carga vertical no topo da parede deve ser prevista com a excentricidade acidental
e(a) = b / 30  1cm, sendo “b” a espessura da parede, além da eventual excentricidade de projeto. Este modelo
de ensaio aplica-se a sistemas destinados a edificações habitacionais de até cinco pavimentos.

Para SVVE, inclusive para aqueles não estruturais, deve ser realizada verificação analítica ou ensaio de cargas
laterais uniformemente distribuídas, visando simular as ações horizontais devidas ao vento, devendo-se considerar
para efeito da avaliação a solicitação w Swk; no caso de ensaio, o corpo-de-prova deve ser constituído por um
trecho representativo do SVVE, incluindo as fixações e vinculações típicas entre componentes.

Quando a modelagem matemática do comportamento conjunto dos materiais que constituem a parede não for
conhecida e consolidada por experimentação, permite-se estabelecer uma resistência mínima de projeto através
de ensaio destrutivo e traçado do diagrama carga x deslocamento, conforme previsto em 7.2 da ABNT NBR
15575-2.

7.1.1.3 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende às premissas de projeto, bem como
atende aos mesmos níveis descritos e correspondentes ao critério de 7.2 da ABNT NBR 15575-2.

7.2 Requisito – Deslocamentos, fissuração e ocorrência de falhas nos sistemas de vedações


verticais internas e externas
Limitar os deslocamentos, fissurações e falhas a valores aceitáveis, de forma a assegurar o livre funcionamento de
elementos e componentes da edificação habitacional.

7.2.1 Critério – Limitação de deslocamentos, fissuração e descolamentos

Os SVVIE, considerando as combinações de carregamentos, devem atender os limites de deslocamentos


instantâneos (dh) e residuais (dhr) indicados na Tabela 1, sem apresentar falhas que caracterizem o estado limite
de serviço. Estes limites aplicam-se, a princípio, a SVVIE destinados a edificações habitacionais de até
cinco pavimentos.

Os SVVIE com função estrutural também devem atender as exigências de 7.3 da ABNT NBR 15575-2.
Tabela 1 – Critérios e níveis de desempenho quanto a deslocamentos e ocorrência de falhas sob ação de cargas
de serviço (ver nota)

Elemento Solicitação Critério


Cargas verticais: Não ocorrência de falhas;

SVVIE com Sd = Sgk + 0,7 Sqk + Swk Limitação dos deslocamentos horizontais:
função estrutural (desconsiderar Swk no
dh < h/500
caso de alívio da
compressão) dhr < h/2500

SVVIE com ou Cargas permanentes e Não ocorrência de falhas, tanto nas paredes como nas
sem função deformações impostas interfaces da parede com outros componentes
estrutural Sd = Sgk + Sk

. Não ocorrência de falhas;


b
. Limitação dos deslocamentos horizontais( ):
SVVE (paredes dh < h/500 (SVVE com função estrutural);
de fachadas) com Cargas horizontais:
dhr < h/2500 (SVVE com função estrutural);
ou sem função Sd(a) = 0,9 Sgk + 0,8 Swk
estrutural dh < h/350 (SVVE com função de vedação);
dhr < h/1750 (SVVE com função de vedação).
Entende-se neste critério como SVVE as paredes de fachada
(a) No caso de ensaios de tipo considerar Sd = Sgk + 0,8 Swk

(b) Para paredes de fachada leves (G < 60 Kgf/m2), sem função estrutural, os valores de deslocamento instantâneo (dh) podem
atingir o dobro dos valores acima indicados nesta tabela.

onde:
h é altura do elemento parede;
dh é o deslocamento horizontal instantâneo;
dhr é o deslocamento horizontal residual;
Sgk é a solicitação característica devida a cargas permanentes;
Sek é o valor característico da solicitação devida à deformação específica do material;
Sqk é o valor característico da solicitação devida a cargas acidentais ou sobrecargas de uso;
Swk é o valor característico da solicitação devida ao vento.
Nota: estes limites aplicam-se, a princípio, a SVVIE destinados a edificações de até cinco pavimentos

7.2.1.1 Método de avaliação

7.2.1.1.1 Para sistemas de vedações verticais externas e internas com função estrutural, efetuar cálculos ou
ensaio previstos em 7.3 da ABNT NBR 15575-2.

7.2.1.1.2 Para sistemas de vedações verticais externas sem função estrutural, realizar ensaio-tipo, análise de
projeto ou cálculos, considerando também os esforços que simulam as ações horizontais devidas ao vento.

As análises, verificações ou ensaios-tipo devem considerar também as fixações e vinculações, bem como o
desenho específico para cada caso, incluindo as justificativas do modelo adotado.

Para o ensaio visando a verificação da resistência a ações horizontais, pode ser adotada a câmara de ensaio
prevista para ensaios de esquadrias externas, conforme a ABNT NBR 10821-3:2011ou realizar ensaio por
intermédio de balão inflável de material plástico, conforme ANEXO G.

Os resultados do ensaio-tipo devem mencionar a ocorrência de fissuras, deslocamentos ou falhas que repercutam
no estado limite de serviço, considerando prejuízo ao desempenho, ou no estado limite último, considerando
prejuízo da segurança estrutural.
7.2.1.1.3 Para avaliar in loco o funcionamento dos componentes dos SVVIE, deve ser realizada verificação de
campo.

As ocorrências de fissuras ou descolamentos são consideradas toleráveis caso atendam às seguintes


características, conforme o local do aparecimento:

a) sistema de vedação vertical interna (SVVI) ou faces internas de sistema de vedação vertical externa (SVVE)
(fachadas):

 fissuras no corpo dos SVVI ou nos seus encontros com elementos estruturais, destacamentos entre
placas de revestimento e outros seccionamentos do gênero, desde que não sejam detectáveis a olho nu
por um observador posicionado a 1,00 m da superfície do elemento em análise, num cone visual com
ângulo igual ou inferior a 60°, sob iluminamento igual ou maior que 250 lux, ou desde que a soma das
2
extensões não ultrapasse 0,1 m/m ,referente à área total das paredes do ambiente;

 descolamentos localizados de revestimentos, detectáveis visualmente ou por exame de percussão


(som cavo), desde que não impliquem descontinuidades ou risco de projeção de material, não ultrapassando
2
área individual de 0,15 m ou área total correspondente a 15 % do elemento em análise;

b) fachadas ou sistemas de vedação vertical externo (SVVE);

 fissuras no corpo das fachadas, descolamentos entre placas de revestimento e outros seccionamentos do
gênero, desde que não sejam detectáveis a olho nu por um observador posicionado a 1,00 m da
superfície do elemento em análise, num cone visual com ângulo igual ou inferior a 60°, sob iluminamento
natural em dia sem nebulosidade;

 descolamentos de revestimentos localizados, detectáveis visualmente ou por exame de percussão


(som cavo), desde que não impliquem descontinuidades ou risco de projeção de material , não ultrapassando
2
área individual de 0,10 m ou área total correspondente a 5 % do pano de fachada em análise.

7.2.1.2 Premissas de projeto

O projeto deve mencionar a função estrutural ou não das vedações verticais internas ou externas, indicando
também, no caso daquelas com função estrutural, as normas utilizadas.

7.2.1.3 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende às premissas de projeto e aos
critérios indicados na Tabela 1, ou previstos em normas técnicas específicas.

7.3 Requisito – Solicitações de cargas provenientes de peças suspensas atuantes nos


sistemas de vedações internas e externas

Resistir às solicitações originadas pela fixação de peças suspensas (armários, prateleiras, lavatórios, hidrantes,
quadros e outros).

7.3.1 Critério – Capacidade de suporte para as peças suspensas

Os SVVIE da edificação habitacional, com ou sem função estrutural, sob ação de cargas devidas a peças
suspensas não devem apresentar fissuras, deslocamentos horizontais instantâneos (dh) ou deslocamentos
horizontais residuas (dhr), lascamentos ou rupturas, nem permitir o arrancamento dos dispositivos de fixação nem
seu esmagamento.

A Tabela 2 indica os valores e os critérios de desempenho em função da carga de ensaio para o dispositivo de
fixação padrão do tipo mão francesa, conforme Anexo A.
Tabela 2 — Cargas de ensaio e critérios para peças suspensas fixadas por mão-francesa padrão

Carga de ensaio aplicada


em cada peça,
Carga de ensaio aplicada considerando dois Critérios de desempenho
em cada ponto pontos

Não ocorrência de falhas que comprometam o


estado limite de serviço
Limitação dos deslocamentos horizontais:
0,4 kN 0,8 kN
dh < h/500
dhr < h/2 500
Onde:
h é altura do elemento parede;
dh é o deslocamento horizontal instantâneo;
dhr é o deslocamento horizontal residual.

OBSERVAÇÕES:
- além da mão-francesa padrão, prevista na Tabela 2, poderão ser considerados outros tipos de peças
suspensas. Podem ser consideradas outros tipos de mão francesa, porém sugere-se a consideração de,
pelo menos, mais dois tipos, além da mão francesa padrão: a) cantoneira, L, com lados de comprimento
igual a 100mm, largura de 25mm, para um ponto de aplicação de carga, com excentricidade de 75mm em
relação à face da parede; b) dispositivo recomendado pelo fabricante ou proponente da tecnologia, para
aplicação de cargas faceando a parede, ou seja, sem excentricidade; caso não haja indicação específica
do fabricante, adotar arruela de aço de 25mm de diâmetro e 3mm de espessura, como corpo de apoio. O
carregamento deve representar ao máximo a realidade;
- pode-se considerar que a carga de ensaio mencionada na Tabela 2, de longa duração (24h no ensaio),
contempla um coeficiente de segurança da ordem de dois, em relação a situações típicas de uso; a carga
de serviço ou de uso, neste caso, é a metade da carga adotada no ensaio. Para cargas de curta duração,
determinadas em ensaios com aplicação contínua da carga até a ruptura do elemento ou falência do
sistema de fixação, considerar um coeficiente de segurança de 3 (três) para as cargas de uso ou de
serviço das fixações, em relação à carga de ruptura, verificando-se a resistência dos sistemas de fixação
possíveis de serem empregados no tipo de sistema considerado. De forma geral, a carga de uso ou de
serviço deve ser considerada como sendo igual ao menor dos dois valores seguintes: 1/3 (um terço) da
carga de ruptura, ou a carga que provocar um deslocamento horizontal superior a h/500;
- Para qualquer sistema de fixação recomendado deve ser estabelecida a máxima carga de uso, incluindo
as cargas aplicadas muito próximas à face da parede. Caso o fabricante recomende um valor limite da
distância entre dois pontos de fixação este valor deve ser considerado no ensaio, a despeito da mão-
francesa padrão ter sido considerada com 50cm entre pontos de aplicação de carga. Neste caso deve ser
reformulada a distância entre pontos de fixação do equipamento de ensaio;

No caso de “redes de dormir”, considerar uma carga de uso de 2kN, aplicada em ângulo de 60° em relação à face
da vedação. Nesta situação, pode-se admitir um coeficiente de segurança igual a 2 (dois) para a carga de ruptura.
Não deve haver ocorrência de destacamento dos dispositivos de fixação ou falhas que prejudiquem o estado limite
de utilização, para as cargas de serviço. Este critério é aplicável somente se prevista tal condição de uso para a
edificação.

7.3.1.1 Método de avaliação

Realização de ensaio-tipo, em laboratório ou protótipo, de acordo com o método de ensaio indicado no Anexo A.

Os critérios são verificados nas condições previstas pelo fornecedor, incluindo detalhes típicos, tipos de fixação e
reforços necessários para fixação da peça suspensa.
7.3.1.2 Premissas de projeto

O projeto deve indicar as cargas de uso.

O projeto deve indicar os dispositivos e sistemas de fixação, incluindo detalhes típicos.

O projeto deve estabelecer as cargas de uso ou de serviço a serem aplicadas, para cada situação específica, os
dispositivos ou sistemas de fixação previstos, os locais permitidos para fixação de peças suspensas, se houver
restrições, devendo mencionar também as recomendações e limitações de uso. Havendo limitações quanto ao tipo
de mão francesa, o fornecedor deve informá-las e deve fazer constar de seus catálogos técnicos.

7.3.1.3 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende às premissas de projeto, além de que,
quando as peças suspensas são ensaiadas de acordo com o Anexo A, a capacidade de suporte das peças
suspensas atende aos critérios da Tabelas 2 ou situações adicionais.

7.4 Requisito – Impacto de corpo-mole nos sistemas de vedações verticais internas e externas,
com ou sem função estrutural

Resistir aos impactos de corpo mole.

NOTA 1 Este requisito se traduz pela resistência dos SVVIE à energia de impacto dos choques acidentais gerados pela
própria utilização da edificação ou choques provocados por tentativas de intrusões intencionais ou não. Os impactos com
maiores energias referem-se ao estado-limite último.

NOTA 2 Os requisitos para os SVVIE de casas térreas estão tratados em 7.5.

7.4.1 Critério – Resistência a impactos de corpo mole

Sob ação de impactos progressivos de corpo mole, os SVVIE não devem:

a) sofrer ruptura ou instabilidade (impactos de segurança), que caracterize o estado limite último, para as
correspondentes energias de impacto indicadas nas Tabelas 3 e 4;

b) apresentar fissuras, escamações, delaminações ou qualquer outro tipo de falha (impactos de utilização)
que possa comprometer o estado de utilização, observando-se ainda os limites de deslocamentos
instantâneos e residuais indicados nas Tabelas 3 e 4;

c) provocar danos a componentes, instalações ou aos acabamentos acoplados ao SVVIE, de acordo com
as energias de impacto indicadas nas Tabelas 3 e 4.
Tabela 3 — Impactos de corpo mole para vedações verticais externas (fachadas) de edifícios
com mais de um pavimento

Energia de impacto
Elemento Impacto de corpo mole Critério de desempenho
J
960
Não ocorrência de ruína (estado limite último)
720
480 Não ocorrência de falhas (estado limite de
360 serviço)
Impacto externo
(acesso externo do Não ocorrência de falhas (estado limite de
público; serviço)
normalmente andar Limitação dos deslocamentos horizontais:
240
térreo)
dh  h/250
dhr  h/1 250
Vedação vertical 180 Não ocorrência de falhas (estado limite de
com função
120 serviço)
estrutural
480 Não ocorrência de ruína nem traspasse da
parede pelo corpo percussor de impacto
240 (estado limite último)
Não ocorrência de falhas (estado limite de
180
Impacto interno serviço)
(todos os Não ocorrência de falhas (estado limite de
pavimentos) serviço)

120 Limitação dos deslocamentos horizontais:


dh  h/250
dhr  h/1250
720
Não ocorrência de ruína (estado limite último)
480
Não ocorrência de falhas (estado limite de
360
Impacto externo serviço)
(acesso externo do Não ocorrência de falhas (estado limite de
público; serviço)
normalmente andar 240
térreo) dh  h/125
dhr  h/625
Vedação vertical
180 Não ocorrência de falhas (estado limite de
sem função
estrutural 120 serviço)

360 Não ocorrência de ruptura nem traspasse da


parede pelo corpo percussor de impacto
180 (estado limite último)
Impactos internos Não ocorrência de falhas (estado limite de
(todos os serviço)
pavimentos)
120 Limitação dos deslocamentos horizontais:
dh  h/125
dhr  h/625
Tabela 3 (continuação)
Energia de impacto
Elemento Impacto de corpo mole Critério de desempenho
J
720 Não ocorrência de ruína (estado limite último)
Não ocorrência de falhas (estado limite de
360
serviço)
Vedações
Impactos externos
verticais sem
(acesso externo do Não ocorrência de falhas (estado limite de
função estrutural,
público; serviço)
constituídas por
normalmente andar
elementos leves 240 Limitação dos deslocamentos horizontais:
2 térreo)
(G < 60 kg/m )
dh  h / 62,5
dhr  h / 625

Não ocorrência de ruína (estado limite último)


120
São admitidas falhas localizadas
Revestimento interno das vedações Não ocorrência de falhas (estado limite de
a
verticais externas em multicamadas serviço)
(impactos internos) 60 Limitação da ocorrência de deslocamento:
dh < h/125;
dhr < h/625
a Está sendo considerado neste caso que o revestimento interno da parede de fachada multicamada não é integrante da
estrutura da parede, nem componente de contraventamento, e que e os materiais de revestimento empregados sejam de fácil
reposição pelo usuário. Desde que não haja comprometimento à segurança e à estanqueidade, podem ser adotados, somente
para os impactos no revestimento interno, os critérios previstos na ABNT NBR 11681, considerando E = 60 J, para não
ocorrência de falhas, e E = 120 J, para não ocorrência de rupturas localizadas. No caso de impacto entre montantes, ou seja,
entre componentes da estrutura, o componente de vedação deve ser considerado sem função estrutural.

Tabela 4 — Impacto de corpo mole para vedações verticais internas

Energia de
Elemento impacto de Critério de desempenho
corpo mole J
360 Não ocorrência de ruína (estado limite último)
240 São admitidas falhas localizadas
180 Não ocorrência de falhas (estado limite de
serviço)
Não ocorrência de falhas (estado limite de
Vedações com serviço).
função estrutural
120 Limitação dos deslocamentos horizontais:
dh < h/250;
dhr < h/1250
Não ocorrências de falhas (estado limite de
60
serviço)

Vedações sem Não ocorrência de ruína (estado limite último)


120
função estrutural São admitidas falhas localizadas
Não ocorrência de falhas (estado limite de
serviço).

60 Limitação da ocorrência de deslocamento:


a
dh < h/125
dhr < h/625
a 2
Para paredes leves (G ≤ 600 N/m ), sem função estrutural, os valores do deslocamento instantâneo (dh)
podem atingir o dobro do valor indicado nesta tabela.
Nota: aplica-se também a casas térreas e sobrados

7.4.1.1 Método de avaliação

Realização de ensaio de tipo em laboratório ou em campo, de acordo com a ABNT NBR 11675. As medições dos
deslocamentos podem ser feitas com extensômetros, paquímetros, réguas ou equipamentos semelhantes. Este
método aplica-se também ao critério previsto em 7.5.1.

7.4.1.2 Premissas de projeto para revestimento interno das vedações verticais externas multicamadas

O projeto deve:

a) assegurar a fácil reposição dos materiais de revestimento empregados;

b) explicitar que o revestimento interno da parede de fachada multicamada não é integrante da estrutura da
parede, nem considerado no contraventamento, quando for o caso.

Tais premissas aplicam-se também ao critério previsto em 7.5.1

7.4.1.3 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende às premissas de projeto, além de que,
quando ensaiado de acordo com a ABNT NBR 11675, atende os níveis indicados nas Tabelas 3 ou 4. O Anexo F
contém recomendações relativas a outros níveis de desempenho.

Tal nível mínimo aplica-se também ao critério previsto em 7.5.1.

7.5 Requisito – Impacto de corpo mole nos sistemas de vedações verticais internas e externas
– para casas térreas – com ou sem função estrutural

Resistir aos impactos de corpo mole.

7.5.1 Critério – Resistência a impactos de corpo mole

Sob ação de impactos de corpo mole, os SVVIE para as casas térreas não devem:

a) sofrer ruptura ou instabilidade (impactos de segurança), que caracterize o estado limite último, para as
correspondentes energias de impacto indicadas nas Tabelas 5 e 6;

b) sofrer fissuras, escamações, delaminações ou qualquer outro tipo de falha (impactos de utilização) que possa
comprometer o estado de utilização, observando-se ainda os limites de deslocamentos instantâneos e
residuais (dh é o deslocamento horizontal instantâneo, dhr é o deslocamento horizontal residual, h é a altura da
parede), indicados nas Tabelas 5 e 6; e

c) provocar danos a componentes, instalações ou aos acabamentos acoplados ao SVVIE, de acordo com as
energias de impacto indicadas nas Tabelas 5 e 6.
Tabela 5 — Impactos de corpo mole para vedações verticais externas (fachadas) de casas térreas,
com função estrutural

Energia de
impacto de
Sistema Impacto corpo mole Critérios de desempenho

J
720 Não ocorrência de ruína (estado limite último)
480
Não ocorrência de ruína (estado limite último)
360
Impacto
Não ocorrência de falhas (estado limite de serviço)
externo
(acesso Limitação dos deslocamentos horizontais:
externo do 240
dh  h/250
a
público)
Vedações dhr  h/1 250
verticais com 180
função estrutural, Não ocorrências de falhas (estado limite de serviço)
para casas 120
térreas 480
Não ocorrência de ruína (estado limite último)
240
180 Não ocorrência de falhas (estado limite de serviço)
Impacto
Não ocorrência de falhas (estado limite de serviço)
interno
Limitação dos deslocamentos horizontais:
120
dh  h/250
a

dhr  h/1 250


60 Não ocorrência de falhas (estado limite de serviço)
Revestimento interno das
vedações verticais externas Não ocorrência de rupturas localizadas (estado limite
b último)
multicamadas
120
(impactos internos) Não comprometimento da segurança e da
estanqueidade à água da fachada
a 2
Para sistemas leves (G ≤ 600 N/m ) podem ser admitidos deslocamentos horizontais instantâneos iguais ao dobro do
valor mencionado, desde que os deslocamentos horizontais residuais respeitem o valor máximo definido; tal condição
também pode ser adotada no caso de sistemas destinados a sobrados unifamiliares.
b
Nesse caso está sendo considerado que o revestimento interno da parede de fachada multicamada não é integrante da
estrutura da parede, nem considerado componente de contraventamento, bem como que os materiais de revestimento
empregados sejam de fácil reposição pelo usuário. No caso de impacto entre montantes, ou seja, entre componentes da
estrutura, o componente de vedação deve ser considerado sem função estrutural.
Tabela 6 — Impactos de corpo mole para vedações verticais externas (fachadas) de casas térreas,
sem função estrutural

Energia de
impacto de
Sistema Impacto corpo mole Critérios de desempenho
J
480
Não ocorrência de ruína (estado limite último)
360
Impacto Não ocorrência de falhas (estado limite de serviço)
externo Limitação dos deslocamentos horizontais:
(acesso 240
externo ao dh  h/125
público) dhr  h/625
Vedações 180
verticais sem Não ocorrência de falhas (estado limite de serviço)
função estrutural 120
360
Não ocorrência de ruína (estado limite último)
180
Impacto Não ocorrência de falhas (estado limite de serviço)
interno Limitação dos deslocamentos horizontais:
120
dh  h/125
dhr  h/625
Vedação vertical 360 Não ocorrência de ruína (estado limite último)
Impacto
externa, sem 180 Não ocorrência de falhas (estado limite de serviço)
externo
função estrutural,
(acesso Limitação dos deslocamentos horizontais:
constituída por
externo do dh  h / 62,5
elementos leves 120
2 público)
(G < 60 kg/m ) dhr  h / 625
60 Não ocorrência de falhas
Revestimento interno das
Não ocorrência de rupturas localizadas.
vedações verticais externas não
estruturais multicamadas
a 120 Não comprometimento da segurança e da estanqueidade à
água
a
O revestimento interno da parede de fachada multicamada não é integrante da estrutura da parede, nem considerado
componente de contraventamento, bem como os materiais de revestimento empregados são de fácil reposição pelo usuário.

7.6 Requisito – Ações transmitidas por portas

Resistir a ações transmitidas por portas.

7.6.1 Critério – Ações transmitidas por portas internas ou externas

Os SVVIE das edificações habitacionais, com ou sem função estrutural, devem permitir o acoplamento de portas
e apresentar desempenho que satisfaça as seguintes condiçoes:

 quando as portas forem submetidas a dez operações de fechamento brusco, as paredes não devem
apresentar falhas, tais como rupturas, fissurações, destacamentos no encontro com o marco, cisalhamento
nas regiões de solidarização do marco, destacamentos em juntas entre componentes das paredes e outros;

 sob ação de um impacto de corpo mole com energia de 240 J, aplicado no centro geométrico da folha
de porta, não deve ocorrer arrancamento do marco, nem ruptura ou perda de estabilidade da parede. Admite-
se, no contorno do marco, a ocorrência de danos localizados, tais como fissurações e estilhaçamentos.

7.6.1.1 Métodos de avaliação

O fechamento brusco da porta deve ser realizado segundo a ABNT NBR 15930-2.
O impacto de corpo mole deve ser aplicado no centro geométrico da folha de porta, devidamente instalada no
SVVIE. Podem ser seguidas as diretrizes gerais da ABNT NBR 15930-2, considerando impacto somente no
sentido de fechamento da porta, no caso de SVVI, e tanto no sentido de fechamento como de abertura da porta,
no caso de SVVE. Na montagem da porta para o ensaio, as fechaduras devem ser instaladas de acordo com o
que prescreve a ABNT NBR 14913:2011.

NOTA O ensaio previsto neste item não substitui a avaliação das fechaduras de embutir, nem das portas, que devem ser
avaliadas de acordo com as respectivas normas técnicas..

7.6.1.2 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, quando ensaiado de acordo com 7.6.1.1
atende aos critérios mencionados em 7.6.1.

7.7 Requisito – Impacto de corpo duro incidente nos SVVIE, com ou sem função estrutural

Resistir aos impactos de corpo duro.

7.7.1 Critério – Resistência a impactos de corpo duro

Sob a ação de impactos de corpo duro, as paredes verticais externas (fachadas) e as vedações verticais internas
não devem:

a) apresentar fissuras, escamações, delaminações ou qualquer outro tipo de dano (impactos de utilização),
sendo admitidas mossas localizadas, para os impactos de corpo duro indicados nas Tabelas 7 e 8;

b) apresentar ruptura ou traspassamento sob ação dos impactos de corpo duro indicados nas Tabelas 7 e 8.

Tabela 7 — Impactos de corpo duro para vedações verticais externas (fachadas)

Energia de
impacto de
Sistema Impacto corpo duro Critério de desempenho

J
Não ocorrência de falhas inclusive no revestimento
Impacto externo 3,75
(estado limite de serviço)
(acesso externo
Vedação vertical do público) Não ocorrência de ruína, caracterizada por ruptura
20
com ou sem função ou transpassamento (estado limite último)
estrutural 2,5 Não ocorrência de falhas (estado limite de serviço)
Impacto interno
(todos os Não ocorrência de ruína, caracterizada por ruptura
pavimentos) 10
ou transpassamento (estado limite último)

Tabela 8 — Impactos de corpo duro para vedações verticais internas

Energia de impacto
Sistema de corpo duro Critério de desempenho
J
Vedação 2,5 Não ocorrência de falhas (estado limite de serviço)
vertical com
ou sem função Não ocorrência de ruína, caracterizada por ruptura ou
10
estrutural transpassamento (estado limite último)

7.7.1.1 Método de avaliação

Realização de ensaio de tipo, em laboratório ou em campo, de acordo com o Anexo B ou ABNT NBR 11675.
7.7.1.2 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende aos critérios das Tabelas 7 ou 8.
O Anexo F contém recomendações relativas a outros níveis de desempenho.

7.8 Requisito – Cargas de ocupação incidentes em guarda-corpos e parapeitos de janelas

Resistir à ação das cargas de ocupação que atuam nos guarda-corpos e parapeitos da edificação habitacional.

O esforço aplicado é representado por:

a) esforço estático horizontal;

b) esforço estático vertical;

c) resistência a impactos.

7.8.1 Critério – Ações estáticas horizontais, estáticas verticais e de impactos incidentes em guarda-
corpos e parapeitos

Os guarda-corpos de edificações habitacionais devem atender o disposto na ABNT NBR 14718, relativamente aos
esforços mecânicos e demais disposições previstas.

Os parapeitos de janelas devem atender aos esforços mecânicos, da mesma forma que os guarda-corpos. No
caso de impactos de corpo mole e corpo duro são aplicáveis os critérios previstos em 7.4.1, 7.5.1 e 7.7.1.

7.8.1.1 Método de avaliação

Realização de ensaio de tipo, em laboratório ou em campo, de acordo com os métodos de ensaio indicados na
ABNT NBR 14718.

No caso de parapeitos, adotar as diretrizes gerais dos métodos previstos na ABNT NBR 14718 e os métodos para
ensaios de impacto previstos nesta NBR 15575-4 e normas complementares.

7.8.1.2 Premissas de projeto

O projeto deve estabelecer os detalhes executivos e as cargas de uso previstas para casos especiais, bem como
atender às dimensões estabelecidas na ABNT NBR 14718, no caso de guarda-corpos.

7.8.1.3 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende quando ensaiados de acordo com a
ABNT NBR 14718, ou com suas diretrizes gerais ou com os demais métodos aqui previstos.

8 Segurança contra incêndio


8.1 Generalidades

Além dos requisitos e critérios considerados nesta parte da norma, devem ser atendidos os requisitos e critérios
pertinentes constantes da ABNT NBR 15575-1 e da ABNT NBR 15575-2

8.2 Requisito – Dificultar a ocorrência da inflamação generalizada

Dificultar a ocorrência da inflamação generalizada no ambiente de origem do incêndio e não gerar fumaça
excessiva capaz de impedir a fuga dos ocupantes em situações de incêndio.

8.2.1 Critério - Avaliação da reação ao fogo da face interna dos sistemas de vedações verticais e respectivos
miolos isolantes térmicos e absorventes acústicos

As superfícies internas das vedações verticais externas (fachadas) e ambas as superfícies das vedações verticais
internas devem classificar-se como:

a) I, II A ou III A, quando estiverem associadas a espaços de cozinha;


b) I, II A, III A ou IV A, quando estiverem associadas a outros locais internos da habitação, exceto cozinhas;

c) I ou II A, quando estiverem associadas a locais de uso comum da edificação,

d) I ou II A, quando estiverem associadas ao interior das escadas, porém com Dm inferior a 100.

Os materiais empregados no meio das paredes (miolo), sejam externas ou internas, devem classificar-se como I, II
A ou III A.
Estas classificações constam da tabela 9 ou da tabela 10, de acordo com o método de avaliação previsto.

Tabela 9 – Classificação dos materais tendo como base o método ABNT NBR 9442

Notas:

Ip – Índice de propagação superficial de chama.

Notas:
Ip – Índice de propagação superficial de chama.
Dm – Densidade específica ótica máxima de fumaça

Notas: Δm – Variação da massa do corpo de prova; tf – Tempo de flamejamento do corpo de prova; Ip – Índice de
propagação superficial de chama; Dm – Densidade específica ótica máxima de fumaça; Δt – Variação da
temperatura no interior do forno; ISO 1182 – “Buildings materials – non – combustibility test”; ABNT NBR
9442 - Materiais de Construção - Determinação do índice de propagação superficial de chama pelo
método do painel radiante - Método de Ensaio; ASTM E 662 – “Standard test method for specific optical
density of smoke generated by solid materials”.
Tabela 10 - Classificação dos materais tendo como base o método EN 13823

Método de ensaio
ISO 1182 EN 13823 (SBI) EN ISO 11925-2
Classe (exp. = 30 s)
Incombustível
∆T ≤ 30°C;
I - -
∆m ≤ 50%;
tf ≤ 10 s
FIGRA ≤ 120 W/s
LSF < ca nto do corpo-de-prova
A Combustível THR600s ≤ 7,5 MJ FS ≤ 150 mm em 60 s
SMOGRA ≤ 180 m²/s ² e TSP600s ≤ 200 m²
II
FIGRA ≤ 120 W/s
LSF < ca nto do corpo-de-prova
B Combustível FS ≤ 150 mm em 60 s
THR600s ≤ 7,5 MJ
SMOGRA > 180 m²/s ² ou TSP600s > 200 m²
FIGRA ≤ 250 W/s
LSF < ca nto do corpo-de-prova
A Combustível THR600s ≤ 15 MJ FS ≤ 150 mm em 60 s
SMOGRA ≤ 180 m²/s ² e TSP600s ≤ 200 m²
III
FIGRA ≤ 250 W/s
LSF < ca nto do corpo-de-prova
B Combustível FS ≤ 150 mm em 60 s
THR600s ≤ 15 MJ
SMOGRA > 180 m²/s ² ou TSP600s > 200 m²
FIGRA ≤ 750 W/s
A Combustível FS ≤ 150 mm em 60 s
SMOGRA ≤ 180 m²/s ² e TSP600s ≤ 200 m²
IV
FIGRA ≤ 750 W/s
A Combustível SMOGRA > 180 m²/s ² ou TSP600s > 200 m²
FS ≤ 150 mm em 60 s

FIGRA > 750 W/s


A Combustível FS ≤ 150 mm em 20 s
SMOGRA ≤ 180 m²/s ² e TSP600s ≤ 200 m²
V
FIGRA > 750 W/s
B Combustível SMOGRA > 180 m²/s ² ou TSP600s > 200 m²
FS ≤ 150 mm em 20 s

VI - - FS > 150 mm em 20 s

Notas: FIGRA – Índice da taxa de desenvolvimento de calor; LFS – Propagação lateral da chama; THR600s –
Liberação total de calor do corpo-de-prova nos primeiros 600 s de exposição às chamas; TSP600s – Produção
total de fumaça do corpo-de-prova nos primeiros 600 s de exposição às chamas; SMOGRA – Taxa de
desenvolvimento de fumaça, correspondendo ao máximo do quociente de produção de fumaça do corpo-de-prova
e o tempo de sua ocorrência; FS – Tempo em que a frente da chama leva para atingir a marca de 150 mm
indicada na face do material ensaiado; ; ISO 1182 – “Buildings materials – non – combustibility test”;EN 13823 –
Reaction to fire tests for building products – Building products excluding floorings exposed to the thermal attack by
a single burning item (SBI); EN ISO 11925-2 – Reaction to fire tests – Ignitability of building products subjected to
direct impingement of flame – Part 2: Single-flame source test

8.2.1.1 Método de avaliação

O método de ensaio de reação ao fogo utilizado como base da avaliação dos materiais empregados nas
vedações verticais é o ABNT NBR 9442 “Materiais de construção – Determinação do índice de
propagação superficial de chama pelo método do painel radiante – Método de ensaio”, conforme
classificação dos materiais de acordo com a Tabela 9. Entretanto para as situações mencionadas a
seguir este método não é apropriado:

 quando ocorre derretimento ou o material sofre retração abrupta afastando -se da chama-piloto;
 quando o material é composto por miolo combustível protegido por barreira incombustível ou que
pode se desagregar;
 materiais compostos por diversas camadas de materiais combustíveis apresentando espessura
total superior a 25mm;
 materiais que na instalação conformam juntas através das quais, especialmente, o fogo pode
propagar ou penetrar;

Nestes casos listados acima a classificação dos materiais deve ser feita de acordo com o padrão
indicado na Tabela 10. Neste caso o método de ensaio de reação ao fogo utilizado como ba se da
avaliação dos materiais empregados nas vedações verticais é o EN 13823 – Reaction to fire tests for building
products – Building products excluding floorings exposed to the thermal attack by a single burning item (SBI).

Os ensaios para avaliação dos materiais devem considerar a maneira como são aplicados na edificação.
Caso o material seja aplicado sobre substrato combustível, este deverá ser incluído no ensaio. Caso o
material seja aplicado a um substrato incombustível, o ensaio poderá ser realizado ultilizando-se
substrato de placas de fibro-cimento com 6 mm de espessura.
8.3 Requisito - Dificultar a propagação do incêndio

8.3.1 Critério - Avaliação da reação ao fogo da face externa das vedações verticais que compõem a fachada

As superfícies externas das paredes externas (fachadas) devem classificar-se como I ou II B.

Estas classificações constam da tabela 9 ou da tabela 10, de acordo com o método de avaliação previsto.

8.3.1.1. Método de avaliação

Igual ao método descrito em 8.2.1.1

8.4 Requisito - Dificultar a propagação do incêndio e preservar a estabilidade estrutural da edificação

8.4.1 Critério - Resistência ao fogo de elementos estruturais e de compartimentação

Os sistemas ou elementos de vedação vertical que integram as edificações habitacionais devem atender
a ABNT NBR 14432 para controlar os riscos de propagação do incêndio e preservar a estabilidade
estrutural da edificação em situação de incêndio.

As paredes estruturais devem apresentar resistência ao fogo por um período mínimo de 30 minuto s,
assegurando neste período condições de estabilidade , estanqueidade e isolação térmica, no caso de
edificações habitacionais de até cinco pavimentos. O tempo requerido de resistência ao fogo deve
ser considerado, entretanto, conforme a ABNT NBR 14432, co nsiderando a altura da edificação
habitacional, para os demais casos.

As paredes de geminação (paredes entre unidades) de casas térreas geminadas e de sobrados


geminados, bem como as paredes entre unidades habitacionais e que fazem divisa com as áreas comu ns
nos edifícios multifamiliares, são elementos de compartimentação horizontal e devem apresentar
resistência ao fogo por um período mínimo de 30 minutos, considerando os critérios de avaliação
relativos à estabilidade, estanqueidade e isolação térmica , no caso de edifícios até cinco pavimentos.
O tempo requerido de resistência ao fogo deve ser considerado, entretanto, conforme a ABNT NBR
14432, considerando a altura da edificação habitacional, para os demais casos.

No caso de unidade habitacional unifamiliar, isolada, até 2 pavimentos, exige-se resistência ao fogo de
30 minutos para os SVVIE somente na cozinha e ambiente fechado que abrigue equipamento de gás .

8.4.1.1 Método de avaliação

A resistência ao fogo dos elementos estruturais constituintes do SVVIE deve ser comprovada em ensaios
realizados conforme a ABNT NBR 5628.

Para os elementos sem função estrutural constituintes do SVVIE a resistência ao fogo deve ser
comprovada por meio de ensaios realizados conforme a ABNT NBR 10636.
A comprovação do atendimento ao critério pode também ser feita por meio de avaliação técnica,
atendendo às exigências da ABNT NBR 14432, ou com base em resultados de ensaios de tipo
previamente realizados, ou por métodos analíticos segundo as ABNT NBR 15200 (para estruturas de
concreto) ou ABNT NBR 14323 (para estruturas de aço ou mistas de aço e concreto).

9 Uso e operação
Ver ABNT NBR 15575-1.

10 Estanqueidade

10.1 Requisito – Infiltração de água nos sistemas de vedações verticais externas (fachadas)
Ser estanques à água proveniente de chuvas incidentes ou de outras fontes.
10.1.1 Critério – Estanqueidade à água de chuva, considerando-se a ação dos ventos, em sistemas de
vedações verticais externas (fachadas)

Para as condições de exposição indicadas na Tabela 11, e conforme as regiões de exposição ao vento indicadas
na Figura 1, os sistemas de vedação vertical externa da edificação habitacional, incluindo a junção entre a janela e
a parede devem permanecer estanques e não apresentar infiltrações que proporcionem borrifamentos,
ou escorrimentos ou formação de gotas de água aderentes na face interna, podendo ocorrer pequenas manchas
de umidade, com áreas limitadas aos valores indicados na Tabela 12 .

Para esquadrias externas devem ser também atendidos as especificações constantes da


ABNT NBR 10821.

Tabela 11 — Condições de ensaio de estanqueidade à água de sistemas de vedações verticais externas

Condições de ensaio de paredes


Região do Brasil Pressão estática Vazão de água
2
Pa L / m min
I 10
II 20
III 30 3
IV 40
V 50

Tabela 12 — Estanqueidade à água de vedações verticais externas (fachadas) e esquadrias

Tempo de Percentual máximo da soma das áreas das manchas de


ensaio umidade na face oposta à incidência da água, em relação à área
Edificação
total do corpo-de-prova submetido à aspersão de água, ao final
h do ensaio
Térrea
(só a parede, seja com ou 7 10
sem função estrutural)
Com mais de um
pavimento
7 5
(só a parede, seja com ou
sem função estrutural)

Esquadrias Devem atender à ABNT NBR 10821

O Anexo F contém recomendações relativas a outros níveis de desempenho.


Figura 1 – Condições de exposição conforme as regiões brasileiras

10.1.1.1 Método de avaliação

Em função do sistema de vedação vertical externa, deve ser selecionado um dos seguintes ensaios:

a) realização de ensaio de tipo, em laboratório, de acordo com o Anexo C, para a verificação da estanqueidade à
água de vedações verticais externas (ver Tabela 12);

b) realização de ensaio de tipo em laboratório, de acordo com a ABNT NBR 10821 parte 3, para a verificação da
estanqueidade à água de esquadrias externas (janelas, fachadas-cortina e portas externas);

c) análise do projeto.

Os corpos-de-prova (paredes e esquadrias externas) quando forem ensaiados conjuntamente devem reproduzir
fielmente o projeto,as especificações e características construtivas dos sistemas de vedações verticais externas,
janelas e caixilhos, com especial atenção às juntas entre os elementos ou componentes.

NOTA 1 Para as edificações térreas, com beirais de no mínimo 0,50 m de projeção, a pressão estática do ensaio pode ser
reduzida de 10 Pa em qualquer das regiões (esta condição é válida para ensaio conforme anexo C, ou ensaio no conjunto
(parede + esquadria externa)

10.1.1.2 Premissas de projeto

O projeto deve indicar os detalhes construtivos para as interfaces e juntas entre componentes, a fim de facilitar o
escoamento da água e evitar a sua penetração para o interior da edificação. Esses detalhes devem levar em
consideração as solicitações a que os componentes da vedação externa estarão sujeitos durante a vida útil de
projeto da edificação habitacional.

O projeto deve contemplar também obras de proteção no entorno da construção, a fim de evitar o acúmulo de
água nas bases da fachada da edificação.

10.1.1.3 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende ao projeto e às premissas de projeto.
O Anexo F contém recomendações relativas a outros níveis de desempenho.
10.2 Requisito – Umidade nas vedações verticais externas e internas decorrente da ocupação do
imóvel

Não permitir infiltração de água, através de suas faces, quando em contato com áreas molháveis e molhadas.

10.2.1 Critério – Estanqueidade de vedações verticais internas e externas com incidência direta de água –
Áreas molhadas
3
A quantidade de água que penetra não deve ser superior a 3 cm , por um período de 24 h, numa área exposta
com dimensões de 34 cm x 16 cm.

10.2.1.1 Método de avaliação

Análise de projeto ou realização de ensaio de estanqueidade, conforme método estabelecido no a Anexo D.

10.2.1.2 Premissas de projeto

O projeto deve mencionar os detalhes executivos dos pontos de interface do sistema.

10.2.1.3 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende às premissas de projeto, além de que,
quando realizada análise de projeto ou ensaio de acordo com o Anexo D, atende aos critérios indicados em 10.2.1.

10.2.2 Critério – Estanqueidade de vedações verticais internas e externas em contato com áreas
molháveis

Não deve ocorrer presença de umidade perceptível nos ambientes contíguos, desde que respeitadas as condições
de ocupação e manutenção previstas em projeto e descritas no manual de uso e operação.

10.2.2.1 Método de avaliação

10.2.2.2 Analisar o projeto ou proceder à inspeção visual a 1,0 m de distância, quando em


campo.Premissas de projeto

O projeto deve contemplar os detalhes construtivos necessários.

10.2.2.3 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende às premissas de projeto e atende ao
critério indicado em 10.2.2.

11 Desempenho térmico

11.1 Generalidades

Esta parte da ABNT NBR 15575 apresenta os requisitos e critérios para verificação dos níveis mínimos
de desempenho térmico de vedações verticais externas, conforme definições, símbolos e unidades das
ABNT NBR 15220-1 e ABNT NBR 15220-5.

Os SVVE podem ser avaliados, primeiramente, de acordo com os critérios de desempenho constantes desta parte
da ABNT NBR 15575, considerando o procedimento simplificado de análise. Caso o SVVE não atenda aos
critérios analisados conforme o procedimento simplificado, é necessário aplicar o procedimento de análise de
acordo com a ABNT NBR 15575-1, considerando o procedimento de simulação do desempenho térmico ou o
procedimento de realização de medições em campo.

No procedimento de simulação do desempenho térmico podem ser consideradas condições de ventilação e de


sombreamento, conforme NBR 15575-1. No caso da ventilação pode ser considerada uma condição “padrão”, com
taxa de 1ren/h, ou seja, uma renovação de ar por hora do ambiente (renovação por frestas), e uma condição
“ventilada”, com taxa de 5ren/h, ou seja, cinco renovações de ar por hora do ambiente sala ou dormitório. No caso
do sombreamento das aberturas pode ser considerada uma condição “padrão”, na qual não há nenhuma proteção
da abertura contra a entrada da radiação solar, e uma condição “sombreada”, na qual há proteção da abertura que
corte pelo menos 50% da radiação solar incidente no ambiente sala ou dormitório.

11.2 Requisito – Adequação de paredes externas

Apresentar transmitância térmica e capacidade térmica que proporcionem pelo menos desempenho térmico
mínimo estabelecido em 11.2.1 para cada zona bioclimática estabelecida na ABNT NBR 15220-3.

11.2.1 Critério – Transmitância térmica de paredes externas

Os valores máximos admissíveis para a transmitância térmica (U) das paredes externas estão apresentados na
Tabela 13.

Tabela 13 — Transmitância térmica de paredes externas

Transmitância Térmica U
2
W/m .K
Zonas 1 e 2 Zonas 3, 4, 5, 6, 7 e 8
U ≤ 2,5  ≤ 0,6  > 0,6
a a

U ≤ 3,7 U ≤ 2,5
 é absortância à radiação solar da superfície externa da parede.
a

11.2.1.1 Método de avaliação

Cálculos conforme procedimentos apresentados na ABNT NBR 15220-2. Este método está sendo considerado
como simplificado para efeito de análise conforme ABNT NBR 15575-4.

11.2.1.2 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo).

11.2.2 Critério – Capacidade térmica de paredes externas

Os valores mínimos admissíveis para a capacidade térmica (CT) das paredes externas estão apresentados na
Tabela 14.

Tabela 14 — Capacidade térmica de paredes externas

Capacidade térmica (CT)


2
kJ / m .K
Zona 8 Zonas 1,2, 3, 4, 5, 6 e 7
Sem exigência ≥ 130

11.2.2.1 Método de avaliação

Cálculos conforme procedimentos apresentados na ABNT NBR 15220-2. Este método está sendo considerado
como simplificado para efeito de análise conforme ABNT NBR 15575-4.

No caso de paredes que tenham na sua composição materiais isolantes térmicos de condutividade térmica menor
ou igual a 0,065 W/(m.K) e resistência térmica maior que 0,5 (m2.K)/W, o cálculo da capacidade térmica deve ser
feito desprezando-se todos os materiais voltados para o ambiente externo, posicionados a partir do isolante ou
espaço de ar.
11.2.2.2 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo),ou seja, atende aos valores indicados na Tabela 14.

11.3 Requisito – Aberturas para ventilação

Apresentar aberturas, nas fachadas das habitações, com dimensões adequadas para proporcionar a ventilação
interna dos ambientes.

Este requisito só se aplica aos ambientes de longa permanência: salas, cozinhas e dormitórios.

11.3.1 Critério

Os ambientes de permanência prolongada devem ter aberturas para ventilação com áreas que atendam à
legislação específica do local da obra, incluindo Códigos de Obras, Códigos Sanitários e outros.

Quando não houver exigências de ordem legal, para o local de implantação da obra, devem ser adotados os
valores indicados na Tabela 15.

Tabela 15 - Área mínima de ventilação em dormitórios e salas de estar

Nível de desempenho Aberturas para Ventilação (A)

Zonas 1 a 7 Zona 8

Aberturas médias Aberturas grandes

Mínimo A ≥ 7% da área de piso A ≥ 12 % da área de piso REGIÃO NORTE DO


BRASIL

A ≥ 8 % da área de piso REGIÃO NORDESTE E


SUDESTE DO BRASIL

Nota: nas zonas de 1 a 6 as áreas de ventilação devem ser passíveis de serem vedadas durante o período de frio.

11.3.1.1 Método de avaliação

Análise do projeto arquitetônico, considerando, para cada ambiente de longa permanência, a seguinte relação:

A = 100 . (AA / AP) (%)

onde:

AA é a área efetiva de abertura de ventilação do ambiente, sendo que para o cálculo desta área somente são
consideradas as aberturas que permitam a livre circulação do ar, devendo ser descontadas as áreas de perfis,
vidros e de qualquer outro obstáculo; nesta área não são computadas as áreas de portas internas. No caso
de cômodos dotados de portas-balcão ou semelhantes, na fachada da edificação, toda a área aberta
resultante do deslocamento da folha móvel da porta é computada.

AP é a área de piso do ambiente.

11.3.1.2 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo).


12 Desempenho acústico
12.1 Generalidades
Esta parte 4 da ABNT-NBR-15575 apresenta os requisitos e critérios para a verificação do isolamento acústico
entre o meio externo e o interno, entre unidades autônomas e entre dependências de uma unidade e áreas
comuns.
Os valores normativos são obtidos por meio de ensaios realizados em campo para o sistema construtivo. No
Anexo F são apresentados valores de referência, considerando ensaios realizados em laboratório, em
componentes, elementos e sistemas construtivos.

12.2 Métodos disponíveis para a verificação


12.2.1 Descrição dos métodos
12.2.1.1 Método de precisão, realizado em laboratório
Este método determina a isolação sonora de componentes e elementos construtivos (parede, janela, porta e
outros), fornecendo valores de referência de cálculo para projetos. O método de ensaio é descrito na norma
ISO 10140-2.
Para avaliar um projeto com diversos elementos (parede com janela, parede com porta etc.), é necessário ensaiar
cada um e depois calcular o isolamento global do conjunto.

12.2.1.2 Método de engenharia, realizado em campo


Para SVVE (fachadas): determina, em campo, de forma rigorosa, o isolamento sonoro global da vedação externa
(conjunto fachada e cobertura, no caso de casas térreas e sobrados, e somente fachada nos edifícios multipiso),
caracterizando de forma direta o comportamento acústico do sistema. O método é descrito na norma ISO 140-5.
Para SVVI (paredes internas): determina, em campo, de forma rigorosa, o isolamento sonoro global entre
unidades autônomas e entre uma unidade e áreas comuns, caracterizando de forma direta o comportamento
acústico do sistema. O método é descrito na norma ISO 140-4.
Os resultados obtidos restringem-se somente às medições efetuadas.

12.2.1.3 Método simplificado de campo


Este método permite obter uma estimativa do isolamento sonoro global da vedação externa (conjunto fachada e
cobertura, no caso de casas térreas e sobrados, e somente fachada nos edifícios multipiso), do isolamento sonoro
global entre recintos internos, em situações onde não se dispõe de instrumentação necessária para medir o tempo
de reverberação, ou quando as condições de ruído de fundo não permitem obter este parâmetro. O método
simplificado é descrito na ISO 10052.
Os resultados obtidos restringem-se somente às medições efetuadas.
Entre os métodos de medição de campo, o método de engenharia é o mais preciso.

12.2.2 Parâmetros de verificação


Os parâmetros de verificação adotados nesta parte da norma constam da Tabela 16.

Tabela 16 - Parâmetros acústicos de verificação


Símbolo Descrição Norma Aplicação
ISO 10140-2
Rw Índice de Redução Sonora Ponderado Componentes, em laboratório
ISO 717-1
Vedações verticais e horizontais
ISO 140-4
DnT,w Diferença Padronizada de Nível Ponderada internas, em edificações (paredes
ISO 717-1
etc.)
Fachadas, em edificações
Diferença Padronizada de Nível Ponderada a ISO 140-5
D2m,nT,w Fachadas e coberturas em casas
2 m de distância da fachada ISO 717-1
térreas e sobrados

Como as normas ISO referenciadas não possuem versão em português, foram mantidos os símbolos nelas
consignados com os seguintes significados:
Rw - índice de redução sonora ponderado (weighted sound reduction index).
DnT,w - diferença padronizada de nível ponderada (weighted standardized level difference).
D2m,nT,w - diferença padronizada de nível ponderada a 2 m (weighted standardized level difference at 2 m).

12.3 Requisito – Níveis de ruído admitidos na habitação


12.3.1 Critério – Diferença padronizada de nível ponderada, promovida pela vedação externa (fachada e
cobertura, no caso de casas térreas e sobrados, e somente fachada, nos edifícios multipiso), verificada em
ensaio de campo

12.3.1.1 Método de avaliação


Devem ser avaliados os dormitórios da unidade habitacional. Deve-se utilizar um dos métodos de campo de 12.2.1
para a determinação dos valores da diferença padronizada de nível, D2m,nT,w.
As medições devem ser executadas com portas e janelas fechadas, tais como foram entregues pela empresa
construtora ou incorporadora.

12.3.1.2 Nível de desempenho mínimo


Os valores mínimos de desempenho são indicados na Tabela 17.

Tabela 17 — Valores mínimos da diferença padronizada de nível ponderada, D2m,nT,w,


da vedação externa de dormitório

Classe de
Localização da habitação D2m,nT,w [dB]
ruído

Habitação localizada distante de fontes de ruído intenso de


I ≥20
quaisquer naturezas.

Habitação localizada em áreas sujeitas a situações de ruído


II ≥25
não enquadráveis nas classes I e III
Habitação sujeita a ruído intenso de meios de transporte e de
III ≥30
outras naturezas, desde que conforme a legislação.
Nota 1: Para vedação externa de salas, cozinhas, lavanderias e banheiros, não há exigências
específicas.

Nota 2: Em regiões de aeroportos, estádios, locais de eventos esportivos, rodovias e ferrovias


há necessidade de estudos específicos

O Anexo F contém recomendações relativas a outros níveis de desempenho.


Também, valores de referência Rw, obtidos em ensaios de laboratório, para orientação a fabricantes e projetistas,
constam no Anexo F.

12.3.2 Critério - Diferença padronizada de nível ponderada, promovida pela vedação entre ambientes,
verificada em ensaio de campo
12.3.2.1 Método de avaliação
Utilizar um dos métodos de campo de 12.2.1 para a determinação dos valores da diferença padronizada de nível,
DnT,w.
As medições devem ser executadas com portas e janelas dos ambientes fechadas, tais como foram entregues
pela empresa construtora ou incorporadora.

12.3.2.2 Nível de desempenho


O SVVI (sistema de vedação vertical interna) deve apresentar desempenho mínimo de diferença padronizada de
nível ponderada, DnT,w, conforme Tabela 18.
Tabela 18 — Valores mínimos da diferença padronizada de nível ponderada, DnT,w,
entre ambientes
DnT,w
Elemento
[dB]

Parede entre unidades habitacionais autônomas (parede de geminação), nas situações onde não
40
haja ambiente dormitório

Parede entre unidades habitacionais autônomas (parede de geminação), caso pelo menos um
45
dos ambientes seja dormitório

Parede cega de dormitórios entre uma unidade habitacional e áreas comuns de trânsito eventual,
40
como corredores e escadaria nos pavimentos
Parede cega de salas e cozinhas entre uma unidade habitacional e áreas comuns de trânsito
30
eventual como corredores e escadaria dos pavimentos

Parede cega entre uma unidade habitacional e áreas comuns de permanência de pessoas,
atividades de lazer e atividades esportivas, como home theater, salas de ginástica, salão de 45
festas, salão de jogos, banheiros e vestiários coletivos, cozinhas e lavanderias coletivas

Conjunto de paredes e portas de unidades distintas separadas pelo hall (DnT,w obtida entre as
40
unidades).

O Anexo F contém recomendações relativas a outros níveis de desempenho.


Também, valores de referência Rw, obtidos em ensaios de laboratório, para orientação a fabricantes e projetistas,
constam no Anexo F.

13 Desempenho lumínico

Ver ABNT NBR 15575-1.

14 Durabilidade e manutenibilidade

14.1 Requisito (paredes externas - SVVE)


Devem ser limitados os deslocamentos, fissurações e falhas nas paredes externas, incluindo seus revestimentos,
em função de ciclos de exposição ao calor e resfriamento que ocorrem durante a vida útil do edifício.
14.1.1 Critério – ação de calor e choque térmico

As paredes externas, incluindo seus revestimentos, submetidas a dez ciclos sucessivos de exposição ao calor e
resfriamento por meio de jato de água, não devem apresentar:
- deslocamento horizontal instantâneo, no plano perpendicular ao corpo-de-prova, superior a h / 300,
onde h é a altura do corpo de prova;
- ocorrência de falhas como fissuras, destacamentos, empolamentos, descoloramentos e outros danos
que possam comprometer a utilização do SVVE.

14.1.1.1 Método de avaliação


Ensaio em laboratório conforme método apresentao no Anexo E.

14.1.1.2 Nível de desempenho: M.

14.2 Requisito – Vida útil de projeto dos sistemas de vedações verticais internas e externas

Manter a capacidade funcional e as características estéticas, ambas compatíveis com o envelhecimento natural
dos materiais durante a vida útil de projeto de acordo com o Anexo C da ABNT NBR 15575-1.
14.2.1 Critério – Vida útil de projeto

Os SVVIE da edificação habitacional devem apresentar Vida Útil de Projeto (VUP) igual ou superior aos períodos
especificados na ABNT NBR 15575-1, e ser submetidos a manutenções preventivas (sistemáticas) e, sempre que
necessário, a manutenções corretivas e de conservação previstas no manual de operação, uso e manutenção.

14.2.1.1 Método de avaliação

Verificação do atendimento aos prazos constantes no Anexo C da ABNT NBR 15575-1, e verificação da realização
das intervenções constantes no manual de operação, uso e manutenção fornecido pelo incorporador e/ou pela
construtora, bem como evidências das correções.

Considerar na avaliação as condições de exposição que mais afetam as propriedades e a durabilidade dos
materiais e componentes integrantes dos SVVIE

14.2.1.2 Premissas de projeto

O projeto deve mencionar o prazo de substituição e manutenções periódicas para os componentes


que apresentem vida útil de projeto menor do que aquelas estabelecidas para o SVVIE.

14.2.1.3 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende ao projeto e às premissas de projeto.

14.3 Requisito – Manutenibilidade dos sistemas de vedações verticais internas e externas

Manter a capacidade funcional durante a vida útil de projeto, desde que submetidos às intervenções periódicas
de manutenção especificadas pelos respectivos forncedores.

14.3.1 Critério – Manual de operação, uso e manutenção dos sistemas de vedação vertical

Manutenções preventivas e, sempre que necessário, manutenções com caráter corretivo, devem ser previstas
e realizadas. As manutenções corretivas devem ser realizadas assim que algum problema se manifestar, a fim de
impedir que pequenas falhas progridam às vezes rapidamente para extensas patologias.

As manutenções devem ser realizadas em estrita obediência ao manual de operação, uso e manutenção fornecido
pelo incorporador e/ou pela construtora.

14.3.1.1 Método de avaliação

Análise do manual de operação, uso e manutenção das edificações, considerando-se as diretrizes gerais das
ABNT NBR 5674 e ABNT NBR 14037.

14.3.1.2 Premissas de projeto

O fabricante do produto, o construtor, o incorporador público ou privado, isolada ou solidariamente, devem


especificar em projeto todas as condições de uso, operação e manutenção dos sistemas de vedações verticais
internas e externas, especialmente com relação a:

a) caixilhos, esquadrias e demais componentes;

b) recomendações gerais para prevenção de falhas e acidentes decorrentes de utilização inadequada (fixação
de peças suspensas com peso incompatível com o sistema de paredes, abertura de vãos em paredes com
função estrutural, limpeza de pinturas, travamento impróprio de janelas tipo guilhotina e outros);

c) periodicidade, forma de realização e forma de registro de inspeções;

d) periodicidade, forma de realização e forma de registro das manutenções;

e) técnicas, processos, equipamentos, especificação e previsão quantitativa de todos os materiais necessários


para as diferentes modalidades de manutenção, incluindo-se não restritivamente as pinturas, tratamento de
fissuras e limpeza;

f) menção às normas aplicáveis.


14.3.1.3 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende às premissas de projeto e há
evidências objetivas do atendimento ao critério descrito em 14.2.1.

15 Saúde
Ver na ABNT NBR 15575-1.

16 Conforto antropodinâmico
Ver ABNT NBR 15575-1

17 Adequação ambiental
Ver ABNT NBR 15575-1.
Anexo A
(normativo)

Determinação da resistência dos SVVIE às solicitações de peças suspensas


– Método de ensaio

A.1 Princípio
Este Anexo especifica um método para determinação da resistência e dos deslocamentos dos SVVIE às
solicitações de peças suspensas.

A.2 Diretrizes
O ensaio consiste em submeter o SVVIE a esforços fletores e de cisalhamento solicitantes, por meio de
aparelhagem ou dispositivos de carga compatível com a peça que se pretende ensaiar.

A.3 Aparelhagem

A.3.1 Equipamentos de laboratório


Os equipamentos de laboratório necessários à realização do ensaio são os seguintes:

a) número suficiente de pesos de 50 N cada;

b) régua graduada com resolução de 1,0 mm;

c) régua metálica indeformável;

d) paquímetro ou qualquer outro dispositivo com resolução de 1 mm para medir os deslocamenos.

A.3.2 Mão francesa padronizada


No caso de peças suspensas, como armários e prateleiras, empregar mãos-francesas para aplicação do
carregamento, como ilustrado na Figura A.1, salvo indicação em contrário do fabricante. As informações relativas
ao detalhamento da mão francesa padrão, a massa máxima do conjunto e as dimensões das pastilhas de apoio
são apresentadas na ABNT NBR 11678 – Divisórias leves internas moduladas – verificação do comportamento
sob ação de cargas provenientes de peças suspensas – método de ensaio.

Figura A.1 — Esquema de mão-francesa para ensaios de peças suspensas, como lavatórios e prateleiras
A.3.3 Cantoneira L

Considerar uma cantoneira, “L”, com lados de comprimento igual a 100mm e largura de 25mm, para um ponto de
aplicação de carga. A carga deve ser aplicada com excentricidade de 75mm em relação à face da parede.

A.3.4 Dispositivos específicos conforme especificação do fornecedor da peça suspensa

Para esses casos, tais como armários especiais, aparelhos de televisão, aparelhos de ar-condicionado, lavatórios
e pias deve-se adotar os dispositivos preconizados pelo fabricante/fornecedor.

O fabricante ou o fornecedor devem fornecer os dados de ensaios, considerando as cargas limites aplicadas e as
cargas de uso com coeficiente de segurança pelo menos igual a 3 (três). Devem ser verificados também os limites
dos valores de deslocamento horizontal, instantâneo e residual, para as cargas de uso.

A.3.5 Cargas faceando a parede

Dispositivo recomendado pelo fabricante ou fornecedor para aplicação de cargas faceando a parede, ou seja, sem
excentricidade.

A.4 Preparação do corpo-de-prova


O ensaio de tipo deve ser representativo do SVVIE, incluindo todos seus componentes ou dispositivos de fixação,
reproduzindo-se através do carregamento a solicitação originada pela peça suspensa.

A.5 Execução do ensaio


A.5.1 Montar o SVVIE com os dispositivos em laboratório ou em protótipo, reproduzindo-se as situações de
contorno.

A.5.2 Aplicar a carga em patamares de 50 N e sem golpes, aguardando-se um intervalo de 3 min entre
patamares, e cumprir com o estabelecido a seguir:

a) no caso de peças suspensas suportadas por mão-francesa padrão, deve-se elevar o carregamento até a
carga de serviço considerada (0,8 kN, 1,0 kN ou 1,2 kN), mantendo-a por um período de 24 h;

b) no caso de outros dispositivos de fixação, quando se desconhece a carga de serviço, deve-se elevar o
carregamento até a ruptura do SVVIE ou arrancamento ou deslocamento – ensaio de curta duração – que
produza instabilidade do sistema de fixação, devendo-se registrar os arrancamentos, rupturas ou
deslocamentos horizontais da parede ou deslocamentos que criem instabilidade à peça suspensa.

A.5.3 Inspecionar visualmente o SVVIE e o dispositivo de fixação.

A.6 Expressão dos resultados


As cargas devem ser indicadas em quilonewtons e os deslocamentos em milímetros.

Informar o momento flexor e as forças de compressão e de tração despertadas nos apoios.

Calcular o coeficiente de segurança para os dispositivos preconizados pelo fabricante ou fornecedor.


A.7 Relatório de ensaio
O relatório de ensaio deve apresentar as seguintes informações:

a) valor da carga de ruptura em newtons e coeficiente de segurança;

b) deslocamentos horizontal dh e deslocamento horizontal residual dhr do elemento parede, referidos às cargas
de serviço;

c) deslocamento ou movimentação do sistema de fixação;

d) registro de todas as falhas, fissuras e das medidas dos deslocamentos ou movimentações;

e) detalhes e descrição do sistema de fixação recomendado pelo fabricante ou fornecedor, incluindo todos os
acessórios e componentes do sistema;

f) desenho da mão-francesa padronizada, bem como seus componentes de fixação;

g) restrições impostas pelo fabricante ou fornecedor sobre a fixação da peça suspensa em determinados locais;

h) identificação do fornecedor;

i) descrição e memorial do elemento parede;

j) referência a este Anexo.


Anexo B
(normativo)

Verificação da resistência a impactos de corpo duro – Método de ensaio

B.1 Princípio
Esse Anexo estabelece um método para verificação da resistência do SVVIE à indentação provocada pelo impacto
de corpo duro.

B.2 Diretrizes
Abandono pendular, em repouso, de um corpo de massa conhecida a altura determinada.

B.3 Aparelhagem
A aparelhagem consiste em:

a) um corpo percussor de impacto com forma e massa (m) estabelecidas na Tabela B.1;

b) dispositivo para medição dos deslocamentos com resolução de 0,1 mm.

Tabela B.1 — Massa de corpo percussor de impacto, altura e energia de impacto

m h E
Corpo percissor de impacto
kg m J
Corpo duro de grandes dimensões (esfera de aço) – 10 impactos para 1 1,00 10
cada energia
1 2,00 20
Corpo duro de pequenas dimensões (esfera de aço) – 10 impactos para 0,5 0,50 2,5
cada energia
0,5 0,75 3,75

B.4 Preparação dos corpos-de-prova


O corpo-de-prova deve representar fielmente as condições do projeto, inclusive tipos de apoio/vinculações.

O ensaio pode ser realizado em laboratório ou em protótipos ou em obras.

B.5 Execução do ensaio


Suspender por um cabo o impactador, abandonando-o em movimento pendular, gerando a energia de impacto
indicada na Tabela B.1, até atingir o SVVIE. Os impactos são aplicados em pontos aleatórios distintos, ou seja,
cada impacto é aplicado em um ponto diferente, sem haver repiques.

Registrar os deslocamentos e as eventuais falhas.

B.6 Relatório de ensaio


O relatório de ensaio deve apresentar as seguintes informações:

a) valor do impacto;
b) massa do corpo percussor de impacto;

c) registro de todas as falhas, fissuras e das medidas dos deslocamentos ou movimentações;

d) detalhes e descrição do sistema de fixação recomendado pelo fabricante ou fornecedor, incluindo todos os
acessórios e componentes do sistema;

e) identificação do fornecedor;

f) descrição e memorial do elemento parede;

g) referência a este Anexo.


Anexo C
(normativo)

Verificação, em laboratório, da estanqueidade à água de SVVE –


Método de ensaio

C.1 Princípio
Este Anexo especifica um método para verificar a estanqueidade à água de sistemas de vedação vertical externo
(SVVE), por meio de procedimentos de laboratório.

C.2 Diretrizes
O ensaio consiste em submeter, durante um tempo determinado, a face externa de um corpo-de-prova do SVVE
a uma vazão de água, criando uma película homogênea e contínua, com a aplicação simultânea de uma pressão
pneumática sobre essa face.

C.3 Corpo de prova

O corpo-de-prova é constituído pela parede, com ou sem pintura ou revestimento. O corpo-de-prova deve ser
plano e verticalmente no prumo, possuir largura e comprimento de no mínimo 105 cm e 135 cm, respectivamente.
Não há restrições quanto à sua espessura. No caso de pintura, a tinta deve ser aplicada sobre a face externa da
parede e suas superfícies adjacentes, exceto na face interna, de acordo com as recomendações do fabricante. O
tempo de secagem da pintura, antes do início do ensaio, não deve ser inferior a sete dias.

Quando o SVVE é constituído por várias camadas, com câmaras de ar internas, como no caso de sistemas leves,
deve também ser avaliado se a água penetra pela camada referente à face externa e fica depositada no interior da
parede. Nestas situações, é necessária a execução de janelas de inspeção na face interna do corpo de prova, por
ocasião do ensaio.

C.4 Aparelhagem
A aparelhagem necessária para a realização do ensaio, como mostrado esquematicamente na Figura C.1,
é a seguinte:

a) câmara de formato prismático, de dimensões compatíveis com o corpo-de-prova, estanque e provida de:

 abertura em uma das faces para fixação do corpo-de-prova;

 orifício da saída de água na base, com um sifão que possibilite a formação de um fecho hídrico no interior
da câmara;

 orifício para ligação da alimentação de água, do sistema de aplicação de pressão, do manômetro e para
saída de ar;

b) sistema constituído por ventoinha, tubulação e registros reguladores de pressão que possibilitem a aplicação
de pressão pneumática uniforme de até 50 Pa no interior da câmara durante o ensaio;

NOTA O ar deve ser introduzido no interior da câmara por uma de suas faces laterais, a fim de impedir a incidência
direta do ar sobre o corpo-de-prova.
c) equipamento para medida de pressão, instalado de maneira que a medida não seja afetada pela velocidade
do ar e tenha resolução de 0,5 Pa;

d) sistema constituído de reservatório de água, tubulações, registros e tubo com dispersores de água, que deve
3
permitir a aplicação de vazão constante e igual a 3,0 dm /min junto à parede superior da face externa, criando
uma película homogênea e contínua;

e) medidores de vazão que permitam seu controle durante o ensaio, tais como tubos venturis, rotâmetros
e outros, com resolução igual a 1 % do fundo de escala;

f) grampos para fixação do corpo-de-prova em número não inferior a seis para fixação do corpo-de-prova às
bordas da abertura da câmara.

Legenda:
1. Bóia sensível (para manutenção do nível de água)
2. Registro de gaveta
3. Equipamento para medida de vazão
4. Registro globo para ajuste da vazão
5. Tubo injetor de ar DN 50 (faz a aspersão da água e pressuriza a câmara)
6. Manômetro diferencial para controle da pressão dentro da câmara
7. Tubo dispersor de água
8. Registro de gaveta (ajuste fino da pressão de ar dentro da câmara)
9. Corpo-de-prova
10. Saída de água (sifonada)
11. Registro de gaveta (ajuste de pressão)
12. Sangradouro

Figura C.1 — Esquema de dispositivos para medida de vazão

C.5 Execução do ensaio


C.5.1 O corpo-de-prova é constituído pela parede, com ou sem pintura ou revestimento. O corpo-de-prova deve
ser plano e verticalmente no prumo, possuir largura e comprimento de no mínimo 105 cm e 135 cm,
respectivamente. Não há restrições quanto à sua espessura.

C.5.2 No caso de pintura, a tinta deve ser aplicada sobre a face externa da parede e suas superfícies adjacentes,
exceto na face interna, de acordo com as recomendações do fabricante. O tempo de secagem da pintura, antes do
início do ensaio, não deve ser inferior a sete dias.

C.5.3 O ensaio deve ser realizado em pelo menos dois corpos-de-prova preparados de maneira idêntica,
conforme o procedimento descrito em C.5.3.1 a C.5.3.3.

C.5.3.1 O corpo-de-prova deve ser fixado à câmara de ensaio com sua face externa voltada para o interior da
câmara. As áreas de contato entre o corpo-de-prova e a câmara devem ser vedadas por meio de guarnição
esponjosa, empregando-se, onde necessário, cera de abelha ou similar (Figura C.2).
C.5.3.2 O sistema de dispersão de água deve ser acionado e deve ser estabelecida uma vazão igual a
(3,0  0,3) dm /min, que deve ser mantida constante durante o ensaio. Em seguida, aplica-se a pressão
3

pneumática especificada, que deve ser mantida constante durante o ensaio.

C.5.3.3 A duração do ensaio é de 7 h. Após este período, a pressão pneumática deve ser anulada e a
dispersão de água, interrompida.

Figura C.1. — Esquema de montagem do corpo-de-prova para ensaio

C.6 Expressão dos resultados


Deve ser registrado para cada um dos corpos-de-prova:

a) tempo de ensaio quando do aparecimento da primeira mancha de umidade na face interna, oposta à
incidência da água e pressão, ou quando da penetração de água para o interior da parede, no caso de
sistemas de múltiplas camadas, com espaços internos;

b) porcentagem da área da mancha de umidade ao final do ensaio em relação à área total da face interna,
oposta à incidência da água sob pressão.

C.7 Relatório de ensaios


O relatório deve apresentar as seguintes informações:

a) identificação dos constituintes da parede, inclusive, se for o caso, da argamassa de assentamento;

b) dimensões do corpo-de-prova;
c) no caso de revestimento ou pintura, devem ser identificados:

 os materiais ou produtos empregados no revestimento ou pintura, e respectivos fabricantes.

 o modo de execução dos serviços de pintura ou de revestimento, explicitando número de demãos ou


camadas de cada produto, ferramentas empregadas, tempo de secagem entre demãos ou camadas,
tempo de secagem antes do início do ensaio;

d) características dos equipamentos utilizados para medida da pressão e da vazão;

e) resultados conforme C.4;

f) data do ensaio;

g) referência a este Anexo.


Anexo D
(normativo)

Verificação da permeabilidade à água de SVVIE – Método de ensaio

D.1 Princípio
Este Anexo especifica um método para verificação da permeabilidade à água de SVVIE.

D.2 Diretrizes
O ensaio consiste em submeter um trecho de parede à presença de água, com pressão constante, por meio
de uma câmara acoplada à parede.

D.3 Aparelhagem
D.3.1 Câmara com formato de caixa, com dimensões internas de 16 cm x 34 cm, contendo no seu perímetro
uma moldura para acoplamento com a parede (Figura D.1).

D.3.2 Bureta graduada em centímetros cúbicos, para manutenção da pressão constante no interior da câmara
e para medida do volume de água eventualmente infiltrado na parede. A bureta deve ser emborcada na câmara,
de tal forma que sua boca tangencie o nível de água no seu interior; caso haja infiltração de água na parede,
o mesmo volume de água infiltrada deve ser reposto pela água contida na bureta, mantendo-se constante o nível
de água no interior da câmara e permitindo-se a quantificação da água infiltrada, conforme ilustrado na Figura D.1.

Figura D. — Acoplamento de câmara de ensaio à parede

D.4 Procedimento
D.4.1 Acoplar a câmara de ensaio na região desejada da parede, selando-se suas bordas com mastique ou
outro material.

D.4.2 Preencher a câmara e a bureta com água; registrar o nível inicial de água.
D.4.3 Registrar o nível de água na bureta após os seguintes períodos: 30 min, 1 h, 2 h, 4 h, 6 h e 24 h.

D.5 Expressão dos resultados


Registrar, para cada um dos períodos, o volume de água infiltrado, que deve ser obtido pela diferença entre o nível
verificado na leitura correspondente a cada período e o nível inicial da água contida na bureta.

Indicar as paredes mais desfavoráveis, sobretudo nas regiões com juntas ou outras singularidades que possam
favorecer a infiltração de água.

D.6 Relatório de ensaio


O relatório de ensaio deve apresentar as seguintes informações:

a) volume de água infiltrado;

b) detalhes e descrição do sistema recomendado pelo fabricante ou fornecedor, incluindo todos os acessórios;

c) componentes do sistema;

d) identificação do fornecedor;

e) descrição e memorial do SVVIE;

f) referência a este Anexo.


Anexo E
(normativo)

Verificação do comportamento de SVVE exposto à ação de calor e choque


térmico – Método de ensaio

E.1 Princípio
Este Anexo especifica um método para verificar o comportamento de sistemas de vedação vertical externo (SVVE)
submetidos a ciclos sucessivos de calor proveniente de fonte radiante e resfriamento por meio de jatos de água.

E.2 Aparelhagem
E.2.1 Painel radiante capaz de fornecer calor em quantidade tal que a face externa da parede atinja temperatura
igual a (80 ± 3) °C.

E.2.2 Dispositivo para aspersão de água sobre o corpo-de-prova em sua face externa.

E.2.3 Termopares e registrador das temperaturas superficiais da parede.

E.2.4 Defletômetro de haste, com resolução de 0,02 mm.

E.2.5 Dispositivo para fixação do corpo-de-prova, de forma a deixá-lo simplesmente aparado em seus bordos
inferior e superior, conforme Figura E.1-b).

E.3 Preparação dos corpos-de-prova


O corpo-de-prova deve ser constituído por um trecho de parede acabada, executada com os detalhes construtivos
a serem empregados em obra, com extensão de (1,20 ± 0,20) m e a espessura característica.

E.4 Procedimento de ensaio


E.4.1 O ensaio deve ser realizado em pelo menos dois corpos-de-prova da forma indicada em E.4.1.1 e E.4.1.2.

E.4.1.1 Os termopares devem ser colocados na face do corpo-de-prova, em número de cinco, conforme
Figura E.1-a).

E.4.1.2 O corpo-de-prova deve ser fixado na posição vertical, conforme Figura E.1-b), e o defletômetro instalado
no ponto central do corpo-de-prova, na face oposta à incidência de radiação.
a – Posicionamento dos termopares na supefície do
corpo-de-prova b – Posicionamento do defletômetro

Figura E.1 — Esquema de montagem e instrumentação do corpo-de-prova

E.4.2 O painel radiante deve ser disposto defronte o corpo-de-prova, à distância tal que a temperatura
superficial da face exterior se mantenha uniforme e igual a (80 ± 3) °C[(353 ± 3) k].

E.4.3 O corpo-de-prova deve ser submetido a 10 ciclos de ação do calor e da água, consistindo cada ciclo em:

 ação do calor: após atingida a temperatura superficial de (80 ± 3) °C, mantê-la durante 1 h;

 ação da água: imediatamente após a supressão da radiação, resfriar a face exterior do corpo-de-prova por
meio de jatos de água aspergidos sobre toda sua superfície, até se atingir temperatura superficial igual a
(20 ± 3) °C [(293 ± 3) k].

E.4.4 Durante o ensaio e ao seu final devem ser registradas:

 a ocorrência de fissuras, trincas, descolamentos ou outras deteriorações em ambas as faces do


corpo-de-prova;

 o deslocamento horizontal após 45 min da estabilização da temperatura superficial em (80 ± 3) °C,


e imediatamente após o resfriamento.

E.5 Expressão dos resultados


Registrar para cada um dos corpos-de-prova:

a) ocorrência de degradações ao longo do ensaio, indicando o instante de ocorrência e o tipo;

b) deslocamentos horizontais em milímetros, em cada ciclo, durante a ação do calor e após o resfriamento.

E.6 Relatório de ensaio

O relatório de ensaio deve apresentar as seguintes informações:

a) local da ocorrência da degradação e instante;


b) deslocamentos verificados;

c) identificação do fornecedor;

d) descrição e memorial do elemento parede;

e) referência a este Anexo.


Anexo F
(informativo)

Níveis de desempenho

F.1 Generalidades
F.1.1 Este Anexo estabelece os níveis mínimos (M) de desempenho para cada requisito, que devem ser
atendidos.

F.1.2 Considerando a possibilidade de melhoria da qualidade da edificação, com uma análise de valor
da relação custo/benefício dos sistemas, neste anexo são indicados os níveis de desempenho intermediário (I)
e superior (S) e repetido o nível M para facilitar a comparação.

F.1.3 Recomenda-se que o construtor ou incorporador informem o nível de desempenho dos sistemas que
compõem a edificação habitacional, quando exceder o nível mínimo (M).

F.2 Solicitações de cargas provenientes de peças suspensas atuantes nos sistemas de


vedações externas e internas
A Tabela F.1 informa os valores recomendáveis para as cargas de ensaio a serem aplicadas em função do nível
de desempenho no caso da verificação da resistência dos SVVIE a ação de cargas devidas a peças suspensas
fixadas por mão-francesa padrão.

Tabela F.1 — Cargas de ensaio e critérios para peças suspensas fixadas por mão-francesa padrão
Carga de
Carga de ensaio aplicada em ensaio
cada ponto aplicada na Nível de
Critério de desempenho
peça desempenho
kN
kN
Ocorrência de fissuras toleráveis. Limitação
dos deslocamentos horizontais:
0,4 0,8 M
dh < h/500
dhr < h/2 500
Não ocorrência de fissuras ou
destacamentos.
0,5 1,0 Limitação dos deslocamentos horizontais: I
dh < h/500
dhr < h/2 500
Não ocorrência de fissuras ou
destacamentos.
0,6 kN 1,2 kN Limitação dos deslocamentos horizontais: S
dh < h/500
dhr < h/2 500
Onde:
h é altura do elemento parede;
dh é o deslocamento horizontal;
dhr é o deslocamento residual.
F.3 Impacto de corpo mole nos sistemas de vedações verticais externas e internas,
com ou sem função estrutural

F.3.1 Resistência a impacto de corpo mole – Sistemas de vedação vertical interna de


edificações
A Tabela F.2 informa o desempenho recomendável dos SVVI de edificações habitacionais quanto à resistência a
impacto de corpo mole para os níveis intermediário e superior.

Tabela F.2 — Impacto de corpo mole para vedações verticais internas

Energia de impacto
de corpo mole Nível de
Sistema Critério de desempenho
desempenho
J
360 Não ocorrência de ruína
240 São admitidas falhas localizadas
180 Não ocorrência de falhas
Vedação Não ocorrência de falhas;
com função Limitação dos deslocamentos M
estrutural 120 horizontais:
dh < h/250;
dhr < h/1 250
60 Não ocorrência de falhas
240 Não ocorrência de ruína
180 São permitidas falhas localizadas
Não ocorrência de falhas;
Limitação da ocorrência de
I; S
120 deslocamento:
dh < h/125;

Vedação dhr < h/625


sem função 60 Não ocorrências de falhas
estrutural 120 Não ocorrência de ruína
São admitidas falhas localizadas
60 Não ocorrência de falhas;
Limitação da ocorrência de M
deslocamento:
a
dh < h/125
dhr < h/625
a 2
Para paredes leves (G ≤ 600 N/m ), sem função estrutural, os valores do deslocamento instantâneo
(dh) podem atingir o dobro dos valores indicados nesta tabela.

F.3.2 Resistência a impacto de corpo-mole – Sistemas de vedação vertical de casas térreas

F.3.2.1 A Tabela F.3 informa o desempenho recomendável dos SVVI de casas térreas quanto à resistência ao
impacto de corpo mole para os níveis intermediário e superior.

Tabela F.3 — Impactos de corpo mole para vedações verticais externas (fachadas) de casas térreas, com
função estrutural

Energia de
impacto de Nível de
Sistema Impacto corpo mole Critério de desempenho
desempenho
J
960 Não ocorrência de ruptura
720 Não ocorrência de ruptura
480 Não ocorrência de falhas
360 Não ocorrência de falhas
Não ocorrência de falhas
Limitação dos deslocamentos I; S
240 horizontais:
dh  h/250
dhr  h/1 250
Impacto
externo 180 Não ocorrência de falhas
(acesso 120 Não ocorrência de falhas
externo do 720 Não ocorrência de ruptura
público)
480
Vedação vertical Não ocorrência de ruptura
360
de casa térrea
com função Não ocorrência de falhas
estrutural Limitação dos deslocamentos
240 horizontais: M
dh  h/250
dhr  h/1 250
180
Não ocorrências de falhas
120
480 Não ocorrência de ruína e traspasse
240 da parede pelo corpo impactador
180 Não ocorrência de falhas
Impacto Não ocorrência de falhas
M; I; S
interno Limitação dos deslocamentos
120 horizontais:
dh  h/250
dhr  h/1 250
60 Não ocorrência de falhas
Revestimento das vedações
Não ocorrência de rupturas
verticais internas não
localizadas M; I; S
estruturais, aplicado nas 120
a
fachadas multicamadas Não comprometimento à segurança e
à estanqueidade
a
Ver Tabela 4.

F.3.2.2 A Tabela F.4 informa o desempenho recomendável dos SVVE, sem função estrutural, de casas térreas
quanto à resistência ao impacto de corpo-mole para os níveis intermediário e superior.

Tabela F.4 — Impactos de corpo mole para vedações verticais externas (fachadas) de casas térreas, sem
função estrutural

Energia de
impacto de Nível de
Elemento Impactos corpo mole Critérios de desempenho
desempenho
J
720
Vedações Impactos Não ocorrência de ruptura
verticais sem externos 480 I
função (acesso externo 360 Não ocorrência de falhas
estrutural do público) Não ocorrência de falhas
240
dh  h/125
dhr  h/625
180
Não ocorrência de falhas
120
480
Não ocorrência de ruína
360
Não ocorrência de falhas
Limitação dos deslocamentos horizontais:
240 M
dh  h/125
dhr  h/625
180
Não ocorrência de falhas
120
360 Não ocorrência de ruína e traspasse da
180 parede pelo corpo impactador

Impactos Não ocorrência de falhas


M
internos Limitação dos deslocamentos horizontais:
120
dh  h/125
dhr  h/625
Vedações 360 Não ocorrência de ruptura ou traspasse da
verticais parede pelo corpo percussor de impacto
180
externas, sem
função Impactos
estrutural, externos Não ocorrência de falhas
constituídas M
(acesso externo Limitação dos deslocamentos horizontais:
por elementos ao público) 120
leves dh  h / 62,5
dhr  h / 312,5
m2
(G < 60 kg/ )

Revestimento das vedações 60 Não ocorrência de falhas


verticais internas não estruturais Não ocorrência de rupturas localizadas
M
aplicadas nas fachadas 120 Não comprometimento à segurança e à
a
multicamadas estanqueidade
a
O revestimento interno da parede de fachada multicamada não deve ser integrante da estrutura da parede, nem considerado
componente de contraventamento, desde que não haja comprometimento à segurança e à estanqueidade, bem como os
materiais de revestimento empregados sejam de fácil reposição pelo usuário. No caso de impacto entre montantes, ou seja,
entre componentes da estrutura, o componente de vedação deve ser considerado sem função estrutural.

F.4 Impacto de corpo duro incidente nos SVVIE, com ou sem função estrutural
As Tabelas F.5 e F.6 informam o desempenho recomendável dos SVVIE quanto à resistência ao impacto de corpo
duro para os níveis intermediário e superior.

Tabela F.5 — Impactos de corpo duro para vedações verticais externas (fachadas)

Energia de
impacto de Nível de
Sistema Impacto corpo duro Critério de desempenho
desempenho
J

Vedação Impacto 3,75 Não ocorrência de falhas, inclusive no revestimento


vertical com ou externo M
sem função (acesso 20 Não ocorrência de ruptura e traspassamento
estrutural; externo do Não ocorrência de falhas
a
parapeito público) 3,75
Profundidade da mossa p < 2,0 mm I
20 Não ocorrência de ruptura e traspassamento

2,5 Não ocorrência de falhas


M
Impacto 10 Não ocorrência de ruptura e transpassamento
interno
(todos os Não ocorrência de falhas
2,5
pavimentos) Profundidade da mossa p < 2,0 mm I
10 Não ocorrência de ruptura e traspassamento
a
Para parapeitos recomenda-se somente os impactos de corpo-duro de grandes dimensões (E = 20 J para parapeito externo
e E = 10 J para parapeito interno).

Tabela F.6 — Impactos de corpo duro para vedações verticais internas

Energia de impacto
de corpo duro Nível de
Sistema Critério de desempenho
desempenho
J

2,5 Não ocorrência de falhas


M
Vedação vertical 10 Não ocorrência de ruptura e transpassamento
com ou sem
função estrutural Não ocorrência de falhas
2,5
Profundidade da mossa p ≤ 2,0 mm I; S
10 Não ocorrência de ruptura e traspassamento

F.5 Estanqueidade à água de chuva, considerando-se a ação dos ventos, em sistemas


de vedações verticais externas (fachadas)

Os níveis de desempenho para sistemas de vedações verticais externas, quando ensaiados segundo os métodos
descritos em 10.1.1.1 com relação à estanqueidade à água de chuva, considerando-se a ação dos ventos, são os
indicados na Tabela F.7.

Tabela F.7 — Níveis de desempenho para estanqueidade à água de vedações verticais externas
(fachadas) e esquadrias

Percentual máximo da soma das áreas


das manchas de umidade na face
Tempo de ensaio oposta à incidência da água, em Nível de
Edificação
h relação à área total do corpo-de-prova desempenho
submetido à aspersão de água, ao final
do ensaio

Térrea (só a parede de 10 M


7
vedação) Sem manchas I; S
Com mais de um 5 M
pavimento (só a 7
Sem manchas I; S
parede de vedação)
Esquadrias Atender à ABNT NBR 10821 M
F.6 Níveis de ruído admitidos na habitação
O estabelecimento do nível de desempenho deve ser compatível com a proteção da privacidade contra a intrusão
de ruído de atividades nos ambientes adjacentes, tais como a fala, música etc.

Diversos exemplos de cálculo e estimativa do grau de inteligibilidade podem ser encontrados na literatura técnica
acústica. A tabela F.8 apresenta uma estimativa simplificada do grau de inteligibilidade da fala em um recinto
adjacente em função do isolamento acústico e do nível de ruído no ambiente.

Tabela F.8 - Influência da DnT,w sobre a inteligibilidade da fala, para ruído no ambiente interno em torno de
35 a 40 dB
Inteligibilidade de fala alta no Isolamento sonoro, DnT,w
recinto adjacente [dB]
Claramente audível: ouve e entende 35
Audível: ouve, entende com dificuldade 40
Audível: não entende 45
Não audível ≥50
Fontes: Adaptado da Association of Australian Acoustical Consultants, 2010

Valores de isolamento para alguns sistemas de parede de geminação, obtidos em ensaios de laboratório e em
campo, podem ser encontrados na bibliografia (Neto et al., 2010).

F.6.1. Níveis de desempenho para medição em campo


F.6.1.1 Níveis de desempenho da vedação externa

A Tabela F.9 apresenta recomendações relativas a outros níveis de desempenho da diferença padronizada de
nível ponderada, a 2 m da vedação externa, D2m,nT,w, complementando o valor normalizado do item 12 desta
norma.
Tabela F.9 — Diferença padronizada de nível ponderada da vedação externa , D2m,nT,w,
para ensaios de campo

Classe de Nível de
Localização da habitação D2m,nT,w [dB]
ruído desempenho
≥20 M
Habitação localizada distante de fontes de ruído intenso
I ≥25 I
de quaisquer naturezas.
≥30 S
≥25 M
Habitação localizada em áreas sujeitas a situações de
II ≥30 I
ruído não enquadráveis nas classes I e III
≥35 S
≥30 M
Habitação sujeita a ruído intenso de meios de transporte e
III ≥35 I
de outras naturezas, desde que conforme a legislação.
≥40 S

F.6.1.2 Níveis de desempenho da vedação entre ambientes

A Tabela F.10 apresenta recomendações relativas a outros níveis de desempenho da diferença padronizada de
nível ponderada entre ambientes, DnT,w, complementando o valor normalizado do item 12 desta norma.

Tabela F.10 - Diferença padronizada de nível ponderada entre ambientes, DnT,w, para ensaio de campo
DnT,w Nível de
Elemento
[dB] desempenho
40 a 44 M
Parede entre unidades habitacionais autônomas (parede de geminação),
45 a 49 I
nas situações onde não haja ambiente dormitório
50 S
45 a 49 M
Parede entre unidades habitacionais autônomas (parede de geminação), no
50 a 55 I
caso em que pelo menos um dos ambientes é dormitório
55 S
40 a 44 M
Parede cega de dormitórios entre uma unidade habitacional e áreas comuns
45 a 49 I
de trânsito eventual, como corredores e escadaria nos pavimentos
50 S
30 a 34 M
Parede cega de salas e cozinhas entre uma unidade habitacional e áreas
35 a 39 I
comuns de trânsito eventual como corredores e escadaria dos pavimentos
40 S
Parede cega entre uma unidade habitacional e áreas comuns de 45 a 49 M
permanência de pessoas, atividades de lazer e atividades esportivas, como I
50 a 54
home theater, salas de ginástica, salão de festas, salão de jogos, banheiros
e vestiários coletivos, cozinhas e lavanderias coletivas 55 S
40 a 44 M
Conjunto de paredes e portas de unidades distintas separadas pelo hall
45 a 49 I
(DnT,w obtida entre as unidades).
50 S

F.6.2 Níveis de desempenho para medição em laboratório


Neste item, são apresentados valores de referência, considerando ensaios realizados em laboratório em
componentes, elementos e sistemas construtivos. Para avaliar um projeto com diversos elementos é necessário
ensaiar cada um e depois calcular o isolamento global do conjunto.

F.6.2.1 Níveis de desempenho para componentes de fachada, para ensaios em laboratório

Na Tabela F.11 são apresentados valores de referência, considerando ensaios realizados em laboratório em
componentes, elementos e sistemas construtivos utilizados para fachadas.

Tabela F.11 — Índice de redução sonora ponderado, Rw, de fachadas


Classe de Nível de
Localização da habitação Rw [dB]
ruído desempenho
≥25 M
Habitação localizada distante de fontes de ruído intenso
I ≥30 I
de quaisquer naturezas.
≥35 S
≥30 M
Habitação localizada em áreas sujeitas a situações de
II ≥35 I
ruído não enquadráveis nas classes I e III
≥40 S
≥35 M
Habitação sujeita a ruído intenso de meios de transporte e
III ≥40 I
de outras naturezas, desde que conforme a legislação.
≥45 S

F.6.2.2 Níveis de desempenho para componentes de edificação, para ensaios em laboratório

Na Tabela F.12 são apresentados valores de referência, considerando ensaios realizados em laboratório em
componentes, elementos e sistemas construtivos utilizados para sistemas de vedação entre ambientes.
Tabela F.12 - Índice de redução sonora ponderado, Rw, de componentes construtivos
utilizados nas vedações entre ambientes
Rw Nível de
Elemento
[dB] desempenho
45 a 49 M
Parede entre unidades habitacionais autônomas (parede de geminação),
50 a 54 I
nas situações onde não haja ambiente dormitório
55 S
50 a 54 M
Parede entre unidades habitacionais autônomas (parede de geminação),
55 a 59 I
caso pelo menos um dos ambientes seja dormitório
60 S
45 a 49 M
Parede cega de dormitórios entre uma unidade habitacional e áreas comuns
50 a 54 I
de trânsito eventual, como corredores e escadaria nos pavimentos
55 S
35 a 39 M
Parede cega de salas e cozinhas entre uma unidade habitacional e áreas
40 a 44 I
comuns de trânsito eventual como corredores e escadaria dos pavimentos
45 S
Parede cega entre uma unidade habitacional e áreas comuns de 50 a 54 M
permanência de pessoas, atividades de lazer e atividades esportivas, como
55 a 59 I
home theater, salas de ginástica, salão de festas, salão de jogos, banheiros
e vestiários coletivos, cozinhas e lavanderias coletivas 60 S
45 a 49 M
Conjunto de paredes e portas de unidades distintas separadas pelo hall. 50 a 54 I
55 S
ANEXO G
(normativo)

Verificação do comportamento de SVVE sob ação de cargas distribuídas


horizontais – Método de ensaio (Adaptado da NBR 5643-1983)

G.1 OBJETIVO

Este anexo estabelece o método para a verificação do comportamento de SVVE quando solicitados por cargas
horizontais uniformemente distribuídas.

G.2 APARELHAGEM

G.2.1 A aparelhagem ou dispositivo com o qual se executa o ensaio é o que se segue:

G.2.1.1 Balão plástico inflável

G.2.1.1.1 Deve possuir formato preferencialmente paralelepípedico, com altura de 250mm e tolerância de ± 50
mm; comprimento e largura tal que solicite o corpo de prova de maneira mais uniforme possível, admitindo-se para
comprimento tolerâncias de -5%, e para largura -10% em relação ao vão e à largura respectivamente do corpo de
prova a ser ensaiado.

G.2.1.1.2 Para garantir um melhor contato do balão com a superfície do corpo de prova recomenda-se intercalar
balões secundários com comprimento compatível com a altura a ser ensaiada; este expediente aplica-se nos
casos em que a superfície da fachada apresenta relevos significativos.

G.2.1.1.3 O balão deve possuir válvulas para a entrada e saída de ar com diâmetro mínimos de 38 mm; pelo
menos quatro válvulas com diâmetro mínimo de 13 mm, as quais devem permitir a interligação do balcão com os
manômetros de água com um mínimo de perda de carga possível; estas interligações devem ser distribuídas
uniformemente pelo balão.

G.2.1.1.4 A eventual ligação de balões complementares, deve ser efetuada também com válvula de diâmetro
mínimo de 38 mm.

G.2.1.2. Manômetros

G.2.1.2.1 No mínimo em número de quatro, fixados sobre uma escala graduada, constituídos por tubos
transparentes em U, iguais, o que pode ser conseguido pela interligação das hastes verticais dos tubos por uma
mangueira.

G.2.1.2.2 Os manômetros devem ter diâmetro interno com cerca de 6 mm e estarem completamente cheios; é
recomendável também possuir dispositivo para minimizar o efeito de menisco.

G.2.1.3 Apoios

Quando o ensaio for executado em laboratório, o corpo de prova é instalado em um pórtico, de forma a
representar as condições características do SVVE. São simuladas as vinculações na base e no topo do corpo de
prova; em geral, no topo é permitida a rotação e na base não. A estrutura do pórtico deve ser rígida o suficiente
para apresentar resistência bem maior que o corpo de prova a ser ensaiado e deslocamento bem menor. São
simuladas também condições de continuidade lateral do corpo de prova.

G.2.1.4 Insuflamento de ar

O sistema para insuflamento de ar deve ter dispositivo de comando, que permite fazer com que a coluna d’água
no manômetro se desloque à razão de 3 mm por segundo, no máximo, de forma a permitir a aplicação das cargas
progressivamente e sem golpes.

G.2.1.5 Relógios comparadores


Pelo menos um relógio comparador a ser instalado na região central do corpo de prova, na altura que é previsto o
maior deslocamento horizontal. Se houver dúvidas, instalar dois relógios comparadores, um a 0.50h e outro a
0,60h, a partir da base do corpo de prova.

Os relógios devem possuir curso compatível com os deslocamentos previstos, com valor da menor divisão de no
mínimo 0,1mm.

G.3 EXECUÇÃO DO ENSAIO

G.3.1 Corpo-de-prova

G.3.1.1 O corpo de prova deve ter comprimento igual ao vão a ser ensaiado; no máximo 25% acima do vão.

G.3.2 Ensaio

G.3.2.1 Medir inicialmente as dimensões do corpo de prova e verificar suas características construtivas e de
vinculação..

G.3.2.2 As condições de vinculação devem ser representativas das condições reais, indicadas pelo produtor.

Nota: Se houver alguma condição de contorno especificada pelo produtor, tal condição deve ser reproduzida..

G.3.2.3 Interligar os manômetros com as válvulas respectivas, enchendo-se com água o outro ramo do tubo U até
que transborde, evitando-se a penetração de água na tubulação de interligação do manômetro com o balão.

G.3.2.4 Feitas as ligações e verificadas a não existência de pontos de estrangulamento, iniciar o enchimento do
balão; durante a fase inicial não há movimento da água no interior dos manômetros, podendo a velocidade de
insuflamento de ar ser qualquer. Ao iniciar-se a descida da coluna de água num dos ramos do manômetro,
concomitantemente com o transbordamento de água através do outro ramo, controlar a velocidade conforme 2.1.4.

G.3.2.5 Durante o ensaio, podem ser ouvidos estalos decorrentes da acomodação de componentes, sem que
apareçam falhas perceptíveis no corpo de prova. Assim sendo, o ensaio não deve ser interrompido.

G.3.2.6 Ao longo do ensaio, podem surgir falhas, que devem ser anotadas sem paralisar o ensaio, para verificação
do estado limite de serviço (fazer mapeamento das falhas apresentadas pelo corpo de prova, registrando as
pressões correspondentes).

G.3.2.7 Considerar atingido o final do ensaio, quando for aplicada a carga limite definida ou quando for
caracterizado o estado limite último do corpo de prova.

G.4 RESULTADOS

G.4.1 Registrar os valores das pressões aplicadas, os deslocamentos e as falhas observadas.

G.4.2 Registrar deslocamento equivalente ao estado limite de serviço, conforme previsto.

G.4.3 O resultado do ensaio deve consignar o seguinte:


a) a carga uniformemente distribuída limite ou a carga equivalente ao estado limite último, em Pa;
b) a carga uniformemente distribuída relativa ao estado limite de serviço, em Pa, seja com relação à
ocorrência de falhas ou com relação aos deslocamentos previstos;
c) desenho do corpo de prova, com detalhes característicos;
d) condições de vinculação adotadas;
d) mapeamento das falhas observadas;
f) idade do corpo-de-prova, particularmente quando forem empregados aglomerantes.
ANEXO H
(informativo)
Bibliografia

INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO. Publicação “Critérios mínimos


de desempenho para habitações térreas de interesse social”. São Paulo, IPT, 1998.

Instruções técnicas do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo.

NETO, M. F. F.; BERTOLI, S. R.; BARRY, P. J. “DIFERENÇA ENTRE TESTES DE DESEMPENHO ACÚSTICO
EM LABORATÓRIO E CAMPO EM PAREDES DE ALVENARIA”, Anais do XXIII Encontro da Sociedade Brasileira
de Acústica, Salvador, 2010.
ASSOCIATION OF AUSTRALIAN ACOUSTICAL CONSULTANTS, “Guideline for Apartment and Townhouse Acoustic
Rating”, 2010.
ABNT NBR 15575-5_2013

Edificações habitacionais — Desempenho


Parte 5: Requisitos para sistemas de coberturas
Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização
Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de
Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores
e neutros (universidade, laboratório e outros).

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que alguns dos
elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser considerada
responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.

Os sistemas elétricos das edificações habitacionais fazem parte de um conjunto mais amplo de Normas com base
na ABNT NBR 5410 e, portanto, os requisitos de desempenho para esses sistemas não estão estabelecidos
nesta Norma.

A ABNT NBR 15575-5 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Construção Civil (ABNT/CB-02), pela Comissão de
Estudo de Desempenho de Edifícios Habitacionais (CE-02.136.01). O Projeto circulou em Consulta Nacional
conforme Edital nº 10, de 28.09.2007 a 27.11.2007, com o número de Projeto 02.136.01-001-5.

A ABNT NBR 15575, sob o título geral “Edificações habitacionais — Desempenho”, tem previsão de conter as
seguintes partes:

Parte 1: Requisitos gerais;

Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais;

Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos;

Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e externas;

Parte 5: Requisitos para os sistemas de coberturas;

Parte 6: Requisitos para os sistemas hidrossanitários.

Esta versão da ABNT NBR 15575-5:2013 cancela e substitui as versões anteriores da ABNT NBR 15575-5.
Introdução

A abordagem desta Norma explora conceitos que muitas vezes não são considerados em Normas prescritivas
específicas como, por exemplo, a durabilidade dos sistemas, a manutenibilidade da edificação, o conforto tátil
e antropodinâmico dos usuários.

A inter-relação entre Normas de desempenho e Normas prescritivas deve possibilitar o atendimento às exigências
do usuário, com soluções tecnicamente adequadas e economicamente viáveis.

Todas as disposições contidas nesta Norma, aplicáveis a edificações habitacionais e a sistemas projetados,
construídos, operados e submetidos a intervenções de manutenção que atendam às instruções específicas do
respectivo manual de operação, uso e manutenção.

Requisitos e critérios particularmente aplicáveis a determinado sistema são tratados separadamente em cada
Parte desta Norma.

Objetivamente, esta Norma visa alavancar tecnicamente a qualidade requerida e a oferta de moradias,
ao estabelecer regras para avaliação do desempenho de imóveis habitacionais, auxiliando nas análises que
definem o financiamento de imóveis e possibilitando adequações nos procedimentos de execução, uso
e manutenção dos imóveis.

Esta Parte da ABNT NBR 15575 se refere às exigências dos usuários e aos requisitos referentes aos sistemas de
coberturas ( SC ).

Os sistemas de coberturas (SC) exercem funções importantes nas edificações habitacionais, desde a contribuição
para preservação da saúde dos usuários até a própria proteção do corpo da construção, interferindo diretamente
na durabilidade dos demais elementos que a compõem.

Os sistemas de coberturas (SC) impedem a infiltração de umidade oriunda das intempéries para os ambientes
habitáveis e previnem a proliferação de microorganismos patogênicos e de diversificados processos de
degradação dos materiais de construção, incluindo apodrecimento, corrosão, fissuras de origem higrotérmica
e outros.

Por esses motivos, os (SC) devem ser planejados e executados de forma a proteger os demais sistemas.

Sendo o (SC) a parte do edificação habitacional mais exposto à radiação direta do sol, ele exerce predominante
influência na carga térmica transmitida aos ambientes (casas térreas e último pavimento de sobrados ou prédios),
influenciando diretamente no conforto térmico dos usuários e no consumo de energia para acionamento
de equipamentos de ventilação forçada e/ou condicionamento artificial do ar.

Os (SC), ao integrarem-se perfeitamente ao corpo das edificações habitacionais, interagem com os sistemas
de instalações hidrossanitárias, sistemas de proteção de descargas atmosféricas, sistemas de isolação térmica
e outros, necessariamente previstos em projeto.

As ações atuantes, particularmente vento, intensidade de chuvas e insolação, são as que exercem a maior
influência e são determinantes nos projetos de (SC).

Os aspectos relacionados à segurança de pessoas, devido aos serviços de execução ou manutenção dos (SC)
serem exercidos em locais acima do solo e de acesso cuidadoso, constituem considerações adicionais previsíveis
nos projetos.

As disposições contidas nesta parte da ABNT NBR 15575 são aplicáveis às edificações habitacionais, referindo-se
aos sistemas de coberturas.

Requisitos aplicáveis somente para edificações de até cinco pavimentos serão especificados em suas respectivas
seções.

Requisitos e critérios particularmente aplicáveis a determinado sistema são tratados separadamente em cada
Parte desta Norma.
1 Escopo
1.1 Esta Parte da ABNT NBR 15575 estabelece os requisitos e critérios de desempenho exigidos dos sistemas de
coberturas para edificações habitacionais.

NOTA: Alguns requisitos ou critérios, por questões essencialmente práticas, podem ser estendidos aos componentes dos
sistemas de coberturas.

1.2 Esta Parte da ABNT NBR 15575 não se aplica a obras em andamento ou a edificações concluídas até a
data da entrada em vigor desta Norma. Também não se aplica a obras de reformas nem de “retrofit” nem
edificações provisórias.

1.3 Esta Parte da ABNT NBR 15575 é utilizada como um procedimento de avaliação do desempenho de
sistemas construtivos.

1.4 Os requisitos estabelecidos nesta Parte da ABNT NBR15575 (Seções 4 a 17) são complementados pelos
requisitos estabelecidos nas ABNT NBR 15575-1 a ABNT NBR15575-6.

1.6 Esta parte ABNT NBR 15575 estabelece critérios relativos ao desempenho térmico, acústico, lumínico e de
segurança ao fogo, que devem ser atendidos individual e isoladamente pela própria natureza conflitante dos
critérios de medições, por exemplo, desempenho acústico (janela fechada) versus desempenho de ventilação
(janela aberta).

1.7 Requisitos aplicáveis somente para edificações de até cinco pavimentos serão especificados em suas
respectivas seções.

2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas,
aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes
do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 5410, Instalações elétricas de baixa tensão

ABNT NBR 5419, Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas

ABNT NBR 5628, Componentes construtivos estruturais – Determinação da resistência ao fogo

ABNT NBR 5642, Telha de fibrocimento – Verificação da impermeabilidade

ABNT NBR 5643, Telha de fibrocimento – Verificação de resistência a cargas uniformemente distribuídas

ABNT NBR 6118, Projeto de estruturas de concreto – Procedimento

ABNT NBR 6123, Forças devidas ao vento em edificações – Procedimento

ABNT NBR 7190, Projeto de estruturas de madeira – Procedimento

ABNT NBR 7213, Agregados leves para concreto isolante térmico

ABNT NBR 8521, Emulsões asfálticas com fibras de amianto para impermeabilização

ABNT NBR 8681, Ações e segurança nas estruturas – Procedimento

ABNT NBR 8800, Projeto e execução de estruturas de aço de edifícios: (método dos estados limites) –
Procedimento

ABNT NBR 9062, Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado – Procedimento


ABNT NBR 9227, Véu de fibras de vidro para impermeabilização

ABNT NBR 9228, Feltros asfálticos para impermeabilização

ABNT NBR 9229, Mantas de butil para impermeabilização

ABNT NBR 9230, Vermiculita expandida

ABNT NBR 9442, Material de construção – Determinação do índice de propagação superficial de chama pelo
método do painel radiante

ABNT NBR 9575, Impermeabilização – Seleção e projeto

ABNT NBR 9685, Emulsão asfáltica para impermeabilização

ABNT NBR 9686, Solução e emulsão asfállticas empregadas como material de imprimação na impermeabilização

ABNT NBR 9688, Isolantes térmicos de lã cerâmica – Mantas

ABNT NBR 9690, Impermeabilização – Mantas de cloreto de poliamida (PVC)

ABNT NBR 9909, Isolantes térmicos de lã cerâmica – Painéis

ABNT NBR 9910, Asfaltos modificados para impermeabilização sem adição de polímeros – Características de
desempenho

ABNT NBR 9952, Manta asfáltica para impermeabilização

ABNT NBR 10151, Acústica – Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o conforto da comunidade –
Procedimento

ABNT NBR 10152, Níveis de ruído para conforto acústico

ABNT NBR 10404, Isolantes térmicos de lã cerâmica – Flocos

ABNT NBR 10412, Isolantes térmicos de lã de vidro – Feltros de lamelas

ABNT NBR 10844, Instalações prediais de águas pluviais

ABNT NBR 11358, Painéis termoisolantes à base de lã de vidro

ABNT NBR 11360, Isolantes térmicos de lã de vidro – Flocos

ABNT NBR 11361, Mantas termoisolantes à base de lã de vidro

ABNT NBR 11362, Feltros termoisolantes à base de lã de vidro

ABNT NBR 11364, Painéis termoisolantes à base de lã de rocha

ABNT NBR 11626, Isolantes térmicos de lã de rocha – Flocos

ABNT NBR 11722, Feltros termoisolantes à base de lã de rocha

ABNT NBR 11752, Materiais celulares de poliestireno para isolamento térmico na construção civil e reffigeração
industrial

ABNT NBR 11797, Mantas de etileno-propileno-dieno monômero (EPDM) para impermeabilização

ABNT NBR 13047, Isolante térmico de lã de rocha – Mantas flexíveis com suporte de tela metálica

ABNT NBR 13121, Asfalto elastomérico para impermeabilização

ABNT NBR 13321, Membrana acrílica com armadura para impermeabilização


ABNT NBR 13528, Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas - Determinação da resistência de
aderência à tração

ABNT NBR 13532, Elaboração de projetos de edificações – Arquitetura – Procedimento

ABNT NBR 13571, Haste de aterramento aço-cobreada e acessórios

ABNT NBR 13724, Membrana asfáltica para impermeabilização, moldada no local, com estruturantes

ABNT NBR 13858-1 Telhas de Concreto – Parte 1 : Projeto e execução de telhados

ABNT NBR 13858-2 , TELHAS DE CONCRETO – PARTE 2 : REQUISITOS E MÉTODOS DE ENSAIO

ABNT NBR 14323, Dimensionamento de estruturas de aço de edifícios em situação de incêndio – Procedimento

ABNT NBR 14432, Exigências de resistência ao fogo de elementos construtivos de edificações – Procedimento

ABNT NBR 14718, Guarda-corpos para edificação

ABNT NBR 14762, Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis formados a frio – Procedimento

ABNT NBR 15200, Projeto de estruturas de concreto em situação de incêndio

ABNT NBR 15215-1, Iluminação natural – Parte 1: Conceitos básicos e definições

ABNT NBR 15215-2, Iluminação natural – Parte 2: Procedimentos de cálculo para a estimativa da disponibilidade
de luz natural

ABNT NBR 15215-3, Iluminação natural – Parte 3: Procedimento de cálculo para a determinação da iluminação
natural em ambientes internos

ABNT NBR 15215-4:2005, Iluminação natural – Parte 4: Verificação experimental das condições de iluminação
interna de edificações - Método de medição

ABNT NBR 15220-1, Desempenho térmico de edificações – Parte 1: Definições, símbolos e unidades

ABNT NBR 15220-2, Desempenho térmico de edificações – Parte 2: Métodos de cálculo da transmitância térmica,
da capacidade térmica, do atraso térmico e do fator de calor solar de elementos e componentes de edificações

ABNT NBR 15220-3, Desempenho térmico de edificações – Parte 3: Zoneamento bioclimático brasileiro
e diretrizes construtivas para habitações unifamiliares de interesse social

ABNT NBR 15220-5, Desempenho térmico de edificações – Parte 5: Medição da resistência térmica e da
condutividade térmica pelo método fluximétrico

ABNT NBR 15575-1, Edificações Habitacionais - Desempenho – Parte 1: Requisitos gerais

ABNT NBR 15575-2, Edificações Habitacionais - Desempenho – Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais

ABNT NBR ISO 105-A02, Têxteis – Ensaios de solidez da cor – Parte A02: Escala cinza para avaliação da
alteração da cor

ISO 140-3, Acoustics – Measurement of sound insulation in buildings and of building elements. Part 3: Laboratory
measurements of airborne sound insulation of building elements

ISO 140-5, Acoustics – Measurement of sound insulation in buildings and of building elements. Part 5: Field
measurements of airborne sound insulation of façade elements and façades

ISO 140-7, Acoustics – Measurement of sound insulation in buildings and of building elements. Part 7: Field
measurements of impact sound insulation of floors

ISO 717-1, Acoustics – Rating of sound insulation in buildings and of buildings elements. Part 1: Airborne sound
insulation
ISO 717-2, Acoustics – Rating of sound insulation in buildings and of buildings elements. Part 2: Impact sound
insulation

ISO 1182, Reaction to fire test for building products - Non-combustibility test

ISO 10052, Acoustics – Field measurements of airborne and impact sound insulation and of service equipment
sound – Survey method

ASTM E 96-00e1, Standard test method for water vapor transmission of materials (Desiccant Method)

ASTM G 155-05a, Standard practice for operating xenon arc light apparatus for exposure of non-metallic materials

ASTM E 662-03, Standard test method for specific optical density of smoke generated by solid materials

ASTM C 1371-04, Standard test method for determination of emittance of materials near room temperature using
portable emissometers

ASTM D 2939-03, Standard test methods for emulsified bitumens used as protective coatings

ANSI/ASHRAE 74:1988, Method of measuring solar-optical properties of materials

Uniform Building Code Standard 26-3 (UBC 26-3), Room fire test standard for interior of foam plastic systems

ENV 1187 : 2002 (Test method for external fire performance to roofs ):

3 Definições
Para os efeitos desta parte da ABNT NBR 15575 aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR 15575-1
e os seguintes.

3.1
sistema de cobertura (SC)
Conjunto de elementos / componentes , dispostos no topo da construção, com as funções de assegurar
estanqueidade às águas pluviais e salubridade, proteger demais sistemas da edificação habitacional ou elementos
e componentes da deterioração por agentes naturais, e contribuir positivamente para o conforto termoacústico da
edificação habitacional
3.2
telhado
elemento constituído pelos componentes telhas, peças complementares e acessórios, e , indicados na Figura 1

3.3
telhado de alpendre ou simplesmente alpendre
telhado constituído ou formado por uma única água

3.4
telhado de duas águas
telhado formado por dois planos inclinados que concorrem na linha de cumeeira

3.5

telhado de quatro águas


telhado constituído por quatro planos inclinados, na forma de triângulos e ou formando uma pirâmide , ou
trapézios concorrentes em linha de cumeeira ou espigão

3.6
telhado em arco
telhado com águas côncavas

3.7
água, pano ou vertente
cada um dos planos inclinados que constituem um telhado

3.8
água-mestra
água principal de maior área, geralmente trapezoidal, existente em telhados de três ou quatro águas

3.9
ático ou desvão
espaço compreendido entre o telhado e forro ou laje de forro

3.10
caimento
declividade da água

3.11
entreforro ou plenum
espaço compreendido entre o forro e uma laje ou pano de telhado que lhe é paralelo

3.12
cobertura-terraço
cobertura de ambientes habitáveis que disponibiliza sua área, em parte ou em todo, por meio de acesso, para
desenvolvimento de atividades

3.13
laje plana
laje de cobertura com declividade menor ou igual a 5 %

3.14
lanternim
trecho de telhado sobreposto e afastado das águas, destinado a ventilar e/ou iluminar o ambiente coberto

3.15
sótão
Ático acessível e passível de utilização pelos usuários da edificação habitacional

3.16
Subcobertura

Componente impermeável aplicada sob o telhado , com a finalidade de impedir que pequenas infiltrações de água
atinjam o forro ou a laje da cobertura

NOTA Podem ser incorporadas películas reflexivas ou isolantes, com a finalidade de melhorar o desempenho térmico da
cobertura.

3.17
teto
Superfície inferior de uma cobertura , ou de entre pisos , que delimita internam internamente a parte
superior de um cômodo .
Figuras 1: Designações do sub-sistema de telhados

3.18

Forro

Revestimento inferior de cobertura ou de entre pisos , aderido , suspenso ou com estrutura independente .

3.19
viga-calha
Componente estrutural , com formato de canal aberto, destinado à captação e condução da água de chuva do
sistema de cobertura ( SC )

3.20
estrutura principal
conjunto resistente apoiado diretamente na estrutura da edificação habitacional

3.21
estrutura secundária
conjunto de componentes de sustentação do telhado apoiada na estrutura principal

3.22
trama
Estrutura secundaria integrado pelas terças, caibros e ripas

3.23
tesoura
elemento da estrutura principal de sustentação da trama.

4 Exigências do usuário
Sob as diversas ações atuantes nas edificações, os SC devem atender às exigências aplicáveis que se encontram
estabelecidas na ABNT NBR 15575-1, além das descriminadas a seguir.

Em função das necessidades básicas de segurança, saúde, higiene e economia, são estabelecidos requisitos
mínimos de desempenho (Nível M) para os diferentes sistemas de coberturas, que devem ser considerados
e estabelecidos pelos intervenientes e obrigatoriamente atendidos.
Esta parte da ABNT NBR 15575 também prevê atendimento às premissas de projeto, formuladas de modo
qualitativo, e quando da avaliação de seu atendimento, o nível M deve ser entendido como condição obrigatória
quando da análise do projeto.

Considerando as diferentes possibilidades de agregação de qualidade aos SC, o que implica inclusive diferentes
relações custo/benefício, para além dos desempenhos mínimos estabelecidos, foram fixados vários níveis
classificatórios, a saber, os níveis Intermediário (I) e superior (S), conforme Anexo I.

A verificação ao atendimento às diversas exigências, aos critérios de amostragem, à eventual realização


de inspeções de campo e à preparação do documento técnico resultante da avaliação de desempenho de um
sistema construtivo deve ser realizada de acordo com as diretrizes apresentadas na ABNT NBR 15575-1.

Pode haver situações em que as Normas Brasileiras não sejam suficientes para essas condições,
recomendando-se adicionalmente a adoção de documentos consagrados pelo meio técnico, alguns relacionados
no Anexo L.

NOTA A referência bibliográfica do Documento Técnico ABNT 15575-1 contém uma lista, não excludente, da
documentação.

5 Incumbencies dos intervenientes

5.1 Usuários e fornecedores

5.1.1 Os usuários, contratantes, quer sejam agentes públicos financiadores ou promotores da habitação,
e incorporadores têm a incumbência de estabelecer, em cada caso, o nível de desempenho pretendido, desde que
acima do nível mínimo (M).

5.2 Fornecedores

5.2.1 Os fornecedores dos SC podem informar o seu nível de desempenho, quando diferente do mínimo (M),
bem como as ações preventivas para condições ambientais agressivas, consultando os requisitos da Seção 14
da ABNT NBR 15575-1:2013.

5.2.2 Recomenda-se ao construtor ou incorporador que realize inspeções prediais periódicas, visando rápida
correção de defeitos ou vícios que eventualmente se manifestem logo após a entrega da obra.

5.2.3 Recomenda-se ao construtor ou incorporador que examine a correta utilização e a efetiva implementação
dos programas de manutenção por parte dos proprietários ou usuários da edificação habitacional, conforme
manual de uso , operação e manutenção , dentro dos prazos de garantia, indicados no Anexo F da ABNT NBR
15575-1:2013.

5.3 Contratantes, construtores e incorporadores

5.3.1 Os contratantes, construtores e incorporadores devem exigir que conste nos projetos a vida útil de projeto.

6 Avaliação do desempenho
Ver ABNT NBR 15575-1.

7 Desempenho estrutural

7.1 Requisito – Resistência e deformabilidade

Apresentar um nível satisfatório de segurança contra a ruína e não apresentar avarias ou deformações e
deslocamentos que prejudiquem a funcionalidade do SC ou dos sistemas contíguos, considerando-se as
combinações de ações passíveis de ocorrerem durante a vida útil de projeto da edificação habitacional.

7.1.1 Critério – Comportamento estático

O SC da edificação habitacional deve ser projetado, construído e montado de forma a atender às exigências
de 7.2.1 e 7.3.1 da ABNT NBR 15575-2:2013.

7.1.1.1 Método de avaliação


Conforme 7.2.2.1 e 7.3.2.1 da ABNT NBR 15575-2.

7.1.1.2 Premissas de projeto


O projeto deve:

a) considerar o disposto em 7.2.3 ABNT NBR 15575-2:2013.

b) especificar os insumos, os componentes e os planos de montagem.

7.1.1.3 Níveis de desempenho


O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende às premissas de projeto.

7.1.2 Critério - Risco de arrancamento de componentes do SC sob ação do vento

Sob ação do vento calculada conforme ABNT NBR 6123 não podem ocorrer remoção ou danos de componentes
do SC sujeitos à esforços de sucção .

7.1.2.1 Método de avaliação

Análise das premissas de projeto do sistema de cobertura, verificação e validação dos cálculos estruturais.
O projeto do SC deve considerar os efeitos de sucção , cabendo ao projetista definir a necessidade da execução
de ensaio , conforme ABNT NBR 5643 , adotando-se adaptações necessárias para cada SC.

O anexo J (informativo) descreve um exemplo de roteiro de cálculo dos esforços atuantes do vento em
coberturas

No caso de impermeabilização com mantas ou membranas totalmente aderidas ao substrato , expostas as


intempéries sem proteção mecânica , o sistema , aplicado de acordo com a ABNT NBR 9574 , sobre base
representativa deve ter resistência de aderência à tração maior ou igual a 200 kPa, quando ensaiadas segundo
características gerais da ABNT NBR 13528 e o arrancamento efetuado de uma secção cortada com remoção
previa de acabamentos , como no caso das mantas aluminizadas ou ardosiadas

7.1.2.2 Premissas de projeto

O projeto deve estabelecer:

a) as considerações sobre a ação do vento, principalmente nas zonas de sucção;


b) detalhes de fixação;
c) influência positiva ou não das platibandas;
d) no caso de emprego de lastro sobre o sistema de impermeabilização a resistência de aderência ou peso
próprio deve ser suficiente para não ser removido pela ação das intempéries

7.1.2.3 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, além de atender às premissas de projeto,
atende aos esforços do vento calculados segundo ABNT NBR 6123 e o SC resiste à ação do vento quando
ensaiados segundo método de ensaio da ABNT NBR 5643 ou, se for o caso, ABNT NBR 13528

7.2 Requisito – Solicitações de montagem ou manutenção

Suportar cargas transmitidas por pessoas e objetos nas fases de montagem ou de manutenção.

7.2.1 Critério – Cargas concentradas

As estruturas principal e secundária, quer sejam reticuladas ou treliçadas, devem suportar a ação de carga vertical
concentrada de 1 kN aplicada na seção mais desfavorável, sem que ocorram falhas ou que sejam superados
os seguintes limites de deslocamento (dv) em função do vão (L):

 barras de treliças: dv ≤ L / 350;

 vigas principais e terças: dv ≤ L / 300;


 vigas secundárias: dv ≤ L / 180.

7.2.1.1 Métodos de avaliação

,Os deslocamentos sob ação das cargas concentradas, podem ser determinadas por meio do cálculo estrutural,
quando as propriedades dos materiais ou componentes do telhado forem conhecidas ou quando se dispuser
de modelos de cálculo, ou por meio da realização de ensaios, conforme detalhado em 7.2.1.1.1. e 7.2.1.1.2.

7.2.1.1.1 Cálculo estrutural

O cálculo dos deslocamentos e da resistência deve ser elaborado com base nas propriedades dos materiais
e nas normas ABNT NBR 6118, ABNT NBR 7190, ABNT NBR 8800, ABNT NBR 9062, ABNT NBR 14762.

7.2.1.1.2 Ensaios

Realização de ensaio de tipo, em campo ou em laboratório, nas estruturas principais ou secundárias, incluindo-se
todas as ligações, vinculações e acessórios.

7.2.1.2 Premissas de projeto

Os projetos devem:

a) mencionar a vida útil de projeto, adotando-se prazos não inferiores aos indicados na ABNT NBR 15575-1;

b) incluir memória de cálculo;

c) relacionar as Normas Brasileiras, estrangeiras ou internacionais adotadas.

7.2.1.3 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende às premissas de projeto.

7.2.2 Critério – Cargas concentradas em sistemas de cobertura acessíveis aos usuários

Os SC acessíveis aos usuários devem suportar a ação simultânea de três cargas, de 1 kN cada uma, com pontos
de aplicação constituindo um triângulo eqüilátero com 45 cm de lado, sem que ocorram rupturas
ou deslocamentos.

7.2.2.1 Método de avaliação

As rupturas ou deslocamentos sob ação das cargas concentradas podem ser determinados por meio do cálculo
estrutural, quando as propriedades dos materiais ou componentes do telhado forem conhecidos ou quando
se dispuser de modelos de cálculo ou por meio da realização de ensaios, conforme detalhado em 7.2.2.1.1
e 7.2.2.1.2.

7.2.2.1.1 Cálculo estrutural

O cálculo dos deslocamentos e da resistência deve ser elaborado com base nas propriedades dos materiais.

7.2.2.1.2 Ensaios

Realização de ensaio conforme Anexo A, em campo ou em laboratório, nas estruturas principais


ou secundárias, incluindo-se todas as ligações, vinculações e acessórios.

7.2.2.2 Premissas de projeto


O projeto deve especificar em detalhes os locais acessíveis (ver requisitos da Seção 16 da
ABNT NBR 15575-1:2013.

7.2.2.3 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende às premissas de projeto, além de não
ocorrer rupturas ou deslocamentos superiores aos seguintes limites:

 cobertura com revestimento rígido: dv < L / 600;


 cobertura com revestimento flexível: dv < L / 500.

7.3 Requisito – Solicitações dinâmicas em sistemas de coberturas e em coberturas-terraço acessíveis


aos usuários

Possibilitar o uso dos sistemas de cobertura de acordo com o previsto em projeto sem ocasionar danos
à edificação ou aos usuários.

NOTA A resistência aos impactos de corpos mole e duro corresponde aos choques acidentais gerados pela própria
utilização durante a vida útil do SC da edificação habitacional e se traduz na energia de impacto a ser aplicada nas
coberturas- terraço. Os impactos, com maiores energias, referem-se ao estado-limite último, sendo os estados-limites de
serviço aqueles correspondentes às menores energias.

7.3.1 Critério – Impacto de corpo mole em sistemas de coberturas-terraço acessíveis aos usuários

Os SC devem ser projetados, construídos e montados de forma a atender às exigências da Tabela 5


da ABNT NBR 15575-2:2013.

7.3.1.1 Método de avaliação

Conforme 7.4.1.1 da ABNT NBR 15575-2:2013.

7.3.1.2 Premissas de projeto

O projeto deve estabelecer o tipo de utilização prevista para o SC.

7.3.1.3 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), atendendo ao estabelecido em 7.3.1.

7.3.2 Critério – Impacto de corpo-duro em sistemas de cobertura acessíveis aos usuários

Os SC devem ser projetados, construídos e montados de forma a atender 7.3.2 da ABNT NBR 15575-2:2013
atendendo a tabela 8 .

7.3.2.1 Método de avaliação

Conforme 7.4.2.1 da ABNT NBR 15575-2:2013.

7.3.2.2 Premissas de projeto

O projeto deve estabelecer o tipo de utilização prevista para o SC.

7.3.2.3 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), atendendo ao estabelecido em 7.3.2.

7.4 Requisito – Solicitações em forros

Possibilitar a fixação de luminárias e outras cargas de ocupação.

7.4.1 Critério – Peças fixadas em forros

Os forros devem suportar a ação da carga vertical correspondente ao objeto que se pretende fixar, adotando-se
coeficiente de majoração no mínimo igual a 3,0. Para carga de serviço limita-se a ocorrência de falhas e o
deslocamento à L/600 , com valor máximo admissível de 5mm , onde L é o vão do forro . A carga mínima de uso é
de 30 N.

NOTA . O fabricante deve informar as condições necessárias para fixação das peças nos forros , diretamente ou em
estrutura auxiliar. Estas informações deverão constar no manual de uso , operação e manutenção da edificação .
7.4.1.1 Método de avaliação

Realização de ensaio , em laboratório ou em campo, de acordo com o Anexo B e verificação da carga máxima
conforme manual de uso e operação e manutenção .

7.4.1.2 Premissas de projeto

O projeto do forro deve mencionar a carga máxima a ser suportada pelo forro, bem como as disposições
construtivas e sistemas de fixação das peças .

O construtor/incorporador deve informar a carga máxima de projeto no manual de operação, uso e manutenção.

7.4.1.3 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende às premissas de projeto .

7.5 Requisito – Ação do granizo e outras cargas acidentais em telhados

Não sofrer avarias sob a ação de granizo e de outras pequenas cargas acidentais, desde que os valores
de impacto nas telhas não ultrapassem os critérios descritos em 7.5.1 .

7.5.1 Critério - Resistência ao impacto

Sob a ação de impactos de corpo duro, o telhado não deve sofrer ruptura ou traspassamento em face da
aplicação de impacto com energia igual a 1,0 J.

É tolerada a ocorrência de falhas superficiais, como fissuras, lascamentos e outros danos, que não impliquem
perda de estanqueidade do telhado.

7.5.1.1 Método de avaliação

Realização de ensaio em laboratório ou em campo, de acordo com o Anexo C.

7.5.1.2 Premissas de projeto

O projeto deve mencionar a adequação do telhado sob ação do granizo

7.5.1.3 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende às premissas de projeto e ao critério
de 7.5.1 em ensaios conforme Anexo C . O Anexo I contém recomendações relativas a outros níveis
de desempenho (ver I.2.1).

8. Segurança contra incêndio

8.1 Generalidades

Além dos requisitos e critérios a seguir listados, devem ser atendidas todas as exigências pertinentes constantes
na ABNT NBR 15575-1.

Considerando-se que diversos componentes e instalações podem ser alojados nos entre forros e áticos, especial
atenção deve ser dada aos requisitos relativos à proteção contra descargas atmosféricas, instalações elétricas e
instalações de gás, em atendimento ao estabelecido em 8.2.1.1, 8.2.1.2 e 8.2.1.3 da ABNT NBR 15575-1:2013.

8.2 Requisito – Reação ao fogo dos materiais de revestimento e acabamento

Dificultar a propagação de chamas no ambiente de origem do incêndio e não criar impedimento visual que dificulte
a fuga dos ocupantes em situações de incêndio.
8.2.1 Critério – Avaliação da reação ao fogo da face interna do Sistema de Cobertura das edificações

A superfície inferior das coberturas e subcoberturas, ambas as superfícies de forros, ambas as supe0rfícies de
materiais isolantes térmicos e absorventes acústicos e outros incorporados ao sistema de cobertura do lado
interno da edificação devem classificar-se como I, II A ou III A da tabela 1 ou da tabela 2, de acordo com o método
de avaliação previsto. No caso de cozinhas, a classificação deve ser I ou II A.

Tabela 1: Classificação dos materiais tendo como base o método ABNT NBR 9442

Classe Método de ensaio


ISO 1182 NBR 9442 ASTM E 662
I Incombustível - -
ΔT ≤ 30°C;
Δm ≤ 50%;
tf ≤ 10s
II A Combustível Ip ≤ 25 Dm ≤ 450
III A Combustível 25 < Ip ≤ 75 Dm ≤ 450
Ip – Índice de propagação superficial de chama.
Dm – Densidade específica ótica máxima de fumaça
Δt – Variação da temperatura no interior do forno
Δm – Variação da massa do corpo de prova
tf – Tempo de flamejamento do corpo de prova

ISO 1182 – Buildings materials – non – combustibility test


NBR 9442 - Materiais de construção - determinação do índice de propagação superficial de chama pelo método do
painel radiante - método de ensaio
ASTM E 662 – Standard test method for specific optical density of smoke generated by solid materials
UBC 26.3 - Uniform Building Code - USA

Tabela 2: Classificação dos materiais tendo como base o método EN 13823 (SBI) – classificação dos materiais
especiais que não podem ser caracterizados através da ABNT NBR 9442

Classe Método de ensaio


ISO 1182 EN 13823 (SBI) EN ISO 11925-2
(exp. = 30s)
Incombustível - -
ΔT ≤ 30°C;
I Δm ≤ 50%;
tf ≤ 10s
FIGRA ≤ 120 W/s
LFS < canto do corpo de prova
II A THR600s ≤ 7,5 MJ Fs ≤ 150 mm em 60s
Combustível SMOGRA ≤ 180 m²/s² e TSP600s ≤ 200 m²

FIGRA ≤ 250 W/s


LFS < canto do corpo de prova
III A THR600s ≤ 15 MJ Fs ≤ 150 mm em 60s
Combustível SMOGRA ≤ 180 m²/s² e TSP600s ≤ 200 m²

FIGRA – Índice da taxa de desenvolvimento de calor.


LFS – Propagação lateral da chama.
THR600s – Liberação total de calor do corpo de prova nos primeiros 600 s de exposição às chamas.
TSP600s – Produção total de fumaça do corpo de prova nos primeiros 600 s de exposição às chamas.
SMOGRA – Taxa de desenvolvimento de fumaça, correspondendo ao máximo do quociente de produção de
fumaça do corpo de prova e o tempo de sua ocorrência.
FS – Tempo em que a frente da chama leva para atingir a marca de 150 mm indicada na face do material
ensaiado. Tempo de exposição de 30s.

EN 13823 – Reaction to fire tests for building products – Building products excluding floorings exposed to the
thermal attack by a single burning item (SBI)
EN ISO 11925-2 – Reaction to fire tests – Ignitability of building products subjected to direct impingement of flame
– Part 2: Single-flame source test

8.2.1.1 Método de avaliação


O método de ensaio de reação ao fogo utilizado como base da avaliação dos materiais empregados no sistema de
cobertura é o ABNT NBR 9442 “Materiais de construção – Determinação do índice de propagação superficial de
chama pelo método do painel radiante – Método de ensaio”, conforme classificação dos materiais de acordo com a
Tabela 1. Entretanto para as situações mencionadas a seguir este método não é apropriado:

 quando ocorre derretimento ou o material sofre retração abrupta afastando-se da chama-piloto;


 quando o material é composto por miolo combustível protegido por barreira incombustível ou
que pode se desagregar;
 materiais compostos por diversas camadas de materiais combustíveis apresentando espessura
total superior a 25mm;
 materiais que na instalação conformam juntas através das quais, especialmente, o fogo pode
propagar ou penetrar;

Nestes casos listados acima a classificação dos materiais deve ser feita de acordo com o padrão indicado na
Tabela 2.

Os ensaios para avaliação dos materiais devem considerar a maneira como são aplicados na edificação. Caso o
material seja aplicado sobre substrato combustível, este deverá ser incluído no ensaio. Caso o material seja
aplicado a um substrato incombustível, o ensaio poderá ser realizado utilizando-se substrato de placas de
fibrocimento com 6 mm de espessura.

Na impossibilidade de classificação conforme NBR 9442 ou conforme a tabela 2, pode ser realizado ensaio por
meio do método UBC 26.3, sendo as exigências estabelecidas em termos do Índice de Propagação Superficial de
Chamas, substituída pela exigência de aprovação por meio do UBC 26.3 . Ver Anexo K .

8.2.1.2 Premissas de projeto

O projeto deve estabelecer os indicadores de reação ao fogo dos componentes do SC e as implicações na


propagação de chamas e geração de fumaça.

Considerar os seguintes requisitos :

a – Os materiais isolantes térmicos e absorventes acústicos aplicados nas instalações de serviço, em redes de dutos de
ventilação e ar-condicionado, e em cabines ou salas de equipamentos, aparentes ou não, devem enquadrar-se entre as Classes
I a II–A;
b – Componentes construtivos onde não são aplicados revestimentos e/ou acabamentos em razão de já se constituírem em
produtos acabados, incluindo-se telhas, forros, face inferior de coberturas, entre outros, também estão submetidos aos
critérios estabelecidos;
c – Determinados componentes construtivos expostos ao incêndio em faces não voltadas para o ambiente ocupado, como é o
caso de forros, revestimentos destacados do substrato devem atender aos critérios estabelecidos para ambas as faces;
d – Materiais de proteção de elementos estruturais, juntamente com seus revestimentos e acabamentos devem atender aos
critérios dos elementos construtivos onde estão inseridos, ou seja, de tetos para as vigas;
e – Materiais empregados em subcoberturas com finalidades de estanqueidade e de desempenho térmico devem atender os
critérios de desempenho estabelecidos, aplicados a tetos e a superfície inferior da cobertura, mesmo que escondidas por
forro;
f – As circulações (corredores) que dão acesso às saídas de emergência enclausuradas devem possuir classificação Classe I
ou Classe II – A e as Saídas de emergência (escadas, rampas etc), Classe I ou Classe II – A, com Dm ≤ 100;
g – Os materiais utilizados como revestimento, acabamento, isolamento térmico e absorvente acústico no interior dos poços
de elevadores, monta cargas e shafts, devem ser enquadrados na Classe I ou Classe II – A, com Dm ≤ 100;
h - Materiais enquadrados na categoria II, por meio da NBR 9442, ou que não sofrem a ignição no ensaio executado de
acordo com a UBC 26-3, podem ser incluídos na Classe II-A, dispensando a avaliação por meio da ASTM E662, desde que
sejam submetidos especialmente ao ensaio de acordo com a UBC 26-3 e, nos primeiros 5 minutos deste ensaio, ocorra o
desprendimento de todo o material do substrato ou se solte da estrutura que o sustenta e que, mesmo nesta condição, o
material não sofra a ignição.

8.2.2 Critério – Avaliação da reação ao fogo da face externa do Sistema de Cobertura das edificações

A face externa do sistema de cobertura deve classificar-se como I, II ou III da tabela 3.


Tabela 3: Classificação dos materiais tendo como base o método ABNT NBR 9442

Classe Método de ensaio


ISO 1182 NBR 9442
I Incombustível -
ΔT ≤ 30°C; Δm ≤ 50%; tf ≤ 10s
II Combustível Ip ≤ 25
III Combustível 25 < Ip ≤ 75
Ip – Índice de propagação superficial de chama.
Δt – Variação da temperatura no interior do forno
Δm – Variação da massa do corpo de prova
tf – Tempo de flamejamento do corpo de prova

ISO 1182 – Buildings materials – non – combustibility test


NBR 9442 - Materiais de construção - determinação do índice de propagação superficial de chama pelo método do
painel radiante - método de ensaio

Para as situações mencionadas a seguir, a classificação pela tabela 3 não é apropriada

 quando ocorre derretimento ou o material sofre retração abrupta afastando-se da chama-piloto;


 quando o material é composto por miolo combustível protegido por barreira incombustível ou que pode se
desagregar;
 materiais compostos por diversas camadas de materiais combustíveis apresentando espessura total
superior a 25mm.

Para estes casos os critérios de avaliação são :

• Propagação de chama interna e externa no sentido ascendente deve ser inferior a 700mm;
• Propagação de chama interna e externa no sentido descendente deve ser inferior a 600mm;
• Comprimento máximo interno e externo queimado deve ser inferior a 800mm;
• Ocorrências de aberturas isoladas na cobertura devem ser inferiores ou igual a 25 mm²;
• Soma de todas as aberturas na cobertura deve ser inferior a 4500 mm²;
• Propagação lateral não deve alcançar as extremidades do corpo de prova;
• Não deve ocorrer o desprendimento de gotas ou partículas em chamas;
• Não deve ocorrer a penetração de partículas em chamas no interior do sistema;
• Não deve ocorrer abrasamento interno do material da cobertura.

8.2.2.1 Método de avaliação

O método de ensaio de reação ao fogo utilizado como base da avaliação dos materiais empregados no sistema de
cobertura é o ABNT NBR 9442 “Materiais de construção – Determinação do índice de propagação superficial de
chama pelo método do painel radiante – Método de ensaio”, conforme classificação dos materiais de acordo com a
tabela 3.

Entretanto para as situações mencionadas a seguir este método não é apropriado:

 quando ocorre derretimento ou o material sofre retração abrupta afastando-se da chama-piloto;


 quando o material é composto por miolo combustível mesmo que protegido por barreira incombustível
quando o material e/ou telhado é composto por diversas camadas de materiais combustíveis
apresentando espessura total superior a 25mm.

Nestes casos listados acima a avaliação dos materiais pode ser feita conforme método 1 da norma ENV 1187:
2002 (Test method for external fire performance to roofs). Esta avaliação deve considerar os detalhes construtivos
do telhado analisado quanto à declividade, aos recobrimentos mínimos das diferentes camadas e aos detalhes de
junção entre camadas e de fixação aos suportes de apoio.

8.2.2.2 Premissas de projeto

O projeto deve estabelecer os indicadores de reação ao fogo dos componentes do SC e as implicações na


propagação de chamas e geração de fumaça.
8.3 Requisito – Resistência ao fogo do Sistema de Cobertura

8.3.1 Critério – resistência ao fogo do SC

A resistência ao fogo da estrutura do SC deve atender as exigências da ABNT NBR 14432, considerando um valor
mínimo de 30 minutos.

No caso de unidade habitacional unifamiliar geminada até 2 pavimentos devem ser atendidas as seguintes
condições:

1 – Na cozinha e ambiente fechado que abrigue equipamento de gás o valor da resistência ao fogo mínima do SC
é de 30 minutos.

2 - Caso nos demais ambientes o SC não atenda esta condição, deve ser previsto um septo vertical entre
unidades habitacionais com resistência ao fogo mínima de 30 minutos.

No caso de unidade habitacional uni familiar, isolada, até 2 pavimentos exige-se resistência ao fogo de 30
minutos somente na cozinha e ambiente fechado que abrigue equipamento de gás.

8.3.1.1 Método de avaliação

A resistência ao fogo é comprovada em ensaios realizados conforme a ABNT NBR 5628.

A comprovação do atendimento ao critério pode também ser feita por meio de avaliação técnica, atendendo às
exigências da ABNT NBR 14432, ou com base em resultados de ensaios de tipo previamente realizados, ou por
métodos analíticos segundo as ABNT NBR 15200 (para estruturas de concreto), ou ABNT NBR 14323 (para
estruturas de aço ou mistas de aço e concreto).

8.3.1.2 Premissas de projeto

O projeto e o dimensionamento das estruturas devem ser realizados conforme o estabelecido na ABNT NBR
15575-2.

O projeto do SC ou das paredes de geminação deve prever componentes que se prolongue até a face inferior do
telhado, sem a presença de frestas, com resistência ao fogo de 30 minutos, caso o SC não apresente esta
resistência mínima ao fogo.

9 Segurança no uso e na operação

9.1 Requisito – Integridade do sistema de cobertura

Não apresentar partes soltas ou destacáveis sob ação do peso próprio e sobrecarga de uso .

9.1.1 Critério – Risco de deslizamento de componentes

Sob ação do peso próprio e sobrecarga de uso eventuais deslizamentos dos componentes não devem permitir
perda da estanqueidade do SC.

Os SC com mantas impermeabilizantes não podem apresentar escorrimento ou delaminação.

9.1.1.1 Método de avaliação

Análise das premissas de projeto do sistema de cobertura, verificação e validação dos cálculos estruturais, e
montagens experimentais segundo os métodos de ensaio do Anexo D
9.1.1.2 Premissas de projeto

O projeto deve :

a) estabelecer a inclinação máxima do SC a fim de evitar o não deslizamento dos seus componentes .
Acima da inclinação máxima, o projeto deve estabelecer os meios de fixação;

b) correlacionar os produtos especificados às Normas vigentes de projeto e execução ou, na sua ausência,
informar a metodologia de ensaios para verificação do atendimento aos critérios desta Norma.

9.1.1.3 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M

9.2 Requisito – Manutenção e operação

Propiciar condições seguras para sua montagem e manutenção, bem como para a operação de dispositivos
instalados sobre ou sob o SC.

9.2.1 Critério – Guarda-corpos em coberturas acessíveis aos usuários

Lajes de cobertura das edificações, destinadas à utilização corrente dos usuários da habitação (solariuns, terraços,
jardins e semelhantes), devem ser providas de guarda corpos conforme ABNT NBR 14718 . No caso de
coberturas que permitam o acesso de veículos até o guarda corpo , o mesmo deve resistir a carga horizontal
concentrada com intensidade de 25 kN, aplicada a 50 cm a partir do piso .Caso haja uma barreira fixa que impeça
o acesso ao guarda corpo , esta deve resistir as mesmas cargas.

9.2.1.1 Método de avaliação

Análise das premissas de projeto do sistema de cobertura, verificação e validação dos cálculos estruturais,
execução de ensaios conforme ensaios constantes nos Anexos da ABNT NBR 14718.

9.2.1.2 Premissas de projeto

O projeto deve correlacionar os produtos especificados à ABNT NBR 14718 e às normas vigentes de produtos.

9.2.1.3 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, o guarda-corpo atende às premissas de
projeto, além de que, quando ensaiado de acordo com o método ABNT NBR 14718, resiste às cargas verticais
e horizontais mencionadas no critério.

9.2.2 Critério – Platibandas

Sistemas ou platibandas previstos para sustentar andaimes suspensos ou balancins leves devem suportar a ação
dos esforços atuantes no topo e ao longo de qualquer trecho, pela força F (do cabo), majorada conforme ABNT
NBR 8681, associados ao braço de alavanca (b) e distância entre pontos de apoio conforme figura do anexo F ,
fornecidos ou informados pelo fornecedor do equipamento e dos dispositivos.

9.2.2.1 Método de avaliação

Análise das premissas de projeto do sistema de cobertura, verificação e validação dos cálculos estruturais
e execução de ensaios conforme Anexo F, ou montagens experimentais.

9.2.2.2 Premissas de projeto

O projeto deve:

a) especificar o binário resistente máximo;

b) constar dados que permitam ao incorporador e/ou ao construtor indicar no manual de operação, uso
e manutenção a possibilidade ou não de fixação de andaimes suspensos através de ganchos e às condições
de utilização de dispositivos destinados à ancoragem de equipamentos de sustentação de andaimes
e de cabos de segurança para o uso de proteção individual, conforme esquema estabelecido em projeto.
9.2.2.3 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende às premissas de projeto e ao critério
de 9.2.2.

9.2.3 Critério – Segurança no trabalho em sistemas de coberturas inclinadas

Os SC inclinados com declividade superior a 30 % devem estar providos de dispositivos de segurança suportados
pela estrutura principal.

9.2.3.1 Método de avaliação

Análise das premissas de projeto do sistema de cobertura, verificação e validação dos cálculos estruturais,
execução de ensaios de tração nos dispositivos de fixação por meio de uma força horizontal igual ou maior que
3 kN, aplicada na posição mais desfavorável.

9.2.3.2 Premissas de projeto

O projeto deve estabelecer:

a) o uso de dispositivos ancorados na estrutura principal, de forma a possibilitar o engate de cordas, cintos
de segurança e outros equipamentos de proteção individual, para declividades superiores a 30 %;

b) os meios de acesso para a realização de manutenção.

9.2.3.3 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende às premissas de projeto e ao critério
de 9.2.3.

9.2.4 Critério – Possibilidade de caminhamento de pessoas sobre o sistema de cobertura

Telhados e lajes de cobertura devem propiciar o caminhamento de pessoas, em operações de montagem


manutenção ou instalação, suportando carga vertical concentrada maior ou igual a 1,2 kN nas posições indicadas
em projeto e manual do proprietário, sem apresentar ruptura, fissuras, deslizamentos ou outras falhas.

9.2.4.1 Método de avaliação

Análise do projeto em face das premissas estabelecidas em 9.2.4.2, verificação e validação dos cálculos
estruturais e/ou ensaios de laboratoriais, conforme Anexo G.

9.2.4.2 Premissas de projeto

O projeto deve:

a) delimitar as posições dos componentes dos telhados que não possuem resistência mecânica suficiente para
o caminhamento de pessoas;

b) indicar a forma das pessoas deslocarem-se sobre os telhados.

9.2.4.3 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende às premissas de projeto e ao critério
de 9.2.4.

9.2.5 Critério - Aterramento de sistemas de coberturas metálicas

Sistemas de cobertura constituídos por estrutura e/ou por telhas metálicas devem ser aterrados, a fim de propiciar
condução das descargas e a dissipação de cargas eletrostáticas eventualmente acumuladas nas telhas
pelo atrito com o vento, bem como para inibir eventuais problemas de corrosão por corrente de fuga (contato
acidental com componentes eletrizados) , para tanto deve atender a ABNT NBR 5419 Proteção de estruturas
contra descargas atmosféricas .
9.2.5.1 Método de avaliação

Análise das premissas de projeto do sistema de cobertura e atendimento às ABNT NBR 13571 e ABNT NBR 5419.

9.2.5.2 Premissas de projeto

O projeto deve:

a) levar em consideração o projeto do sistema de proteção de descargas atmosféricas (SPTA) e aterramento


de cargas eletroestáticas;

b) mencionar o atendimento às ABNT NBR 13571 e ABNT NBR 5419.

9.2.5.3 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende às premissas de projeto.

10 Estanqueidade

10.1 Requisito – Condições de salubridade no ambiente habitável

Ser estanques à água de chuva, evitar a formação de umidade e evitar a proliferação de insetos
e microorganismos.

NOTA Para os componentes, telhas e peças complementares, constituídos por plásticos, aços, alumínio, vidros
ou quaisquer outros materiais historicamente considerados impermeáveis, este requisito está implicitamente atendido.

10.1.1 Critério de impermeabilidade

O SC não deve apresentar escorrimento, gotejamento de água ou gotas aderentes. Aceita-se o aparecimento
de manchas de umidade, desde que restritas a no máximo 35 % da área das telhas.

10.1.1.1 Método de avaliação

Ensaio de impermeabilidade conforme ABNT NBR 5642.

10.1.1.2 Premissas de projeto

O projeto deve prever detalhes construtivos que assegurem a não ocorrência de umidade e de suas
conseqüências estéticas no ambiente habitável.

10.1.1.3 Níveis de desempenho

Análise do projeto e atendimento ao critério de 10.1.1. O Anexo I contém recomendações relativas a outros níveis
de desempenho (ver I.3.1)

10.1.2 Critério – Estanqueidade do SC

Durante a vida útil de projeto do sistema de cobertura, não deve ocorrer a penetração ou infiltração de água que
acarrete escorrimento ou gotejamento, considerando-se as condições de exposição indicadas naTabela 1
e Figuras 2, considerando-se todas as suas confluências e interações com componentes ou dispositivos
(parafusos, calhas, vigas-calha, lajes planas, componentes de ancoragem, arremates, regiões de cumeeiras,
espigões, águas furtadas, oitões, encontros com paredes, tabeiras e outras posições específicas, e subcoberturas),
bem como os encontros de componentes com chaminés, tubos de ventilação, clarabóias e outros, em face das
movimentações térmicas diferenciadas entre os diferentes materiais em contato, aliados aos componentes
ou materiais de rejuntamento.

NOTA O critério enfoca a estanqueidade das regiões centrais dos panos, regida sobretudo pelas propriedades físicas do
material constituinte das telhas (porosidade, absorção de água, permeabilidade), pelas sobreposições laterais e longitudinais,
pelos tipos de encaixes e sistema de fixação ou acoplamento das telhas, pela regularidade dimensional das peças e pela
declividade e extensão dos panos (além dos índices pluviométricos, direção e intensidade do vento na região de implantação
da edificação habitacional).
Tabela 1 — Condições de ensaio de estanqueidade de telhados

Condições de ensaio
Regiões Pressão estática Vazão de água
2
Pa L / m / min
I 10
II 20
III 30 4
IV 40
V 50

Figuras 2 — Condições de exposição de acordo com regiões do Brasil (ABNT NBR 6123)

10.1.2.1 Método de avaliação

Ensaio da estanqueidade à água do SC de acordo com o método apresentado no Anexo D, com base nas
condições de ensaio descritas na Tabela 2.

Recomenda-se, para os encontros descritos em 10.1.1.1, a realização do ensaio de tipo de estanqueidade de


acordo com o Anexo D, incorporando-se os componentes ou dispositivos. Não há necessidade, para certos SC,
de se ensaiar o conjunto como um todo, permitindo-se ensaios das partes representativas.

10.1.2.2 Premissas de projeto

O projeto deve estabelecer a necessidade do cumprimento da regularidade geométrica da trama da cobertura,


durante a vida útil de projeto, a fim de que não resulte prejuízo à estanqueidade do SC .

O projeto também deve:

a) mencionar as Normas Brasileiras dos componentes para os SC ou, na inexistência de Normas Brasileiras,
as indicações do fabricante do componente telha ou de normas estrangeiras ou internacionais;

b) detalhar, quando exigível ou previsto a presença de barreiras:


 barreiras à radiação solar devem atender ao limite de emissividade (ε = 0,2), conforme método ASTM
C 1371;

 barreira isolante térmica ,deve possuir resistência térmica igual ou superior a 90 % da resistência
térmica informada pelo fabricante, quando determinada segundo o método constante na ABNT NBR
15220-5;
–8 2
 barreira ao vapor; deve apresentar permeabilidade ao vapor menor ou igual a 11,4 x 10 g /Pa.s.m ,
conforme método ASTM E 96;

 detalhar a forma de aplicação e fixação da subcobertura;

 detalhar as sobreposições e tamanhos das emendas;

 detalhar os acessórios necessários;

c) indicar as sobreposições das peças (longitudinal e transversal);

d) dimensões dos panos;

e) indicar declividade do SC face aos componentes especificados;

f) indicar acessórios necessários;

g) materiais e detalhes construtivos dos arremates, de forma a prevenir avarias decorrentes de


movimentações térmicas e assegurar a estanqueidade;

h) indicar a forma de fixação dos componentes;

i) indicar a ação do vento no local da edificação habitacional , e que foi considerada no projeto. Ver ABNT
NBR 6123

10.1.2.3 Nível de desempenho


O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende às premissas de projeto e ao critério
de 10.1.2.

10.1.3 Critério – Estanqueidade das aberturas de ventilação

O SC não deve permitir infiltrações de água ou gotejamentos nas regiões das aberturas de ventilação, constituídas
por entradas de ar nas linhas de beiral e saídas de ar nas linhas das cumeeiras, ou de componentes de ventilação.

As aberturas e saídas de ventilação não devem permitir o acesso de pequenos animais para o interior do ático
ou da habitação.

10.1.3.1 Método de avaliação

Análise das premissas de projeto e das especificações técnicas dos componentes utilizados.

10.1.3.2 Premissas de projeto

O projeto deve detalhar e posicionar os sistemas de aberturas e de saídas que atendam ao critério de
estanqueidade e ventilação de maneira que o ático permaneça imune à entrada de água e de animais dentro das
condições previstas em projeto.

10.1.3.3 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende às premissas de projeto.

10.1.4 Critério para captação e escoamento de águas pluviais

O sistema de cobertura deve ter capacidade para drenar a máxima precipitação passível de ocorrer, na região
da edificação habitacional, não permitindo empoçamentos ou extravasamentos para o interior da edificação
habitacional, para os áticos ou quaisquer outros locais não previstos no projeto da cobertura.
10.1.4.1 Método de avaliação

Análise das premissas de projeto e verificação da compatibilidade entre as aberturas.

10.1.4.2 Premissas de projeto

O projeto deve:

a) considerar as disposições da ABNT NBR 10844, no que diz respeito à avaliação da capacidade
do sistema de captação e drenagem pluvial da cobertura;

b) compatibilizar entre si os projetos de arquitetura do telhado, da impermeabilização, elaborado de acordo


com a ABNT NBR 9575 e a NBR 9574, e deste sistema;

c) especificar os caimentos dos panos, encontros entre panos, projeção dos beirais, encaixes, sobreposições
e fixação das telhas;

d) especificar os sistemas de impermeabilização de lajes de cobertura, terraços, fachadas e outros componentes


da construção;

e) especificar o sistema de águas pluviais;

f) detalhar os elementos que promovem a dissipação ou afastamento do fluxo de água das superfícies
das fachadas, visando prevenir o acúmulo de água e infiltração de umidade

10.1.4.3 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende às premissas de projeto.

10.1.5 Critérios - Estanqueidade para SC impermeabilizado

Os SC impermeabilizados devem :

a) No teste da lâmina dágua ser estanques por no mínimo 72 h;

b) manter a estanqueidade ao longo da vida útil de projeto do SC;

10.1.5.1 Método de avaliação

Análise de projeto e atendimento às premissas de projeto, e do memorial de execução, considerando


as disposições das ABNT NBR 9575

Os produtos que não possuem Normas Brasileiras específicas devem atender a normas estrangeiras
ou internacionais, estando sujeito à análise.

10.1.5.2 Premissas de projeto

O projeto deve especificar:

a) todos os materiais necessários;

b) condições de armazenagem e de manuseio;

c) equipamentos de proteção individual necessários;

d) acessórios, ferramentas, equipamentos, processos e controles envolvidos na execução do sistema de


impermeabilização;

e) as normas utilizadas;

f) forma de execução;

g) detalhes construtivos e de fixação; e


h) todos os detalhes compatibilizados com as interfaces e interferências da cobertura.

10.1.5.3 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende ao projeto e às premissas de projeto,
mantendo as características de estanqueidade por pelo menos cinco anos. O Anexo I contém recomendações
relativas a outros níveis de desempenho (ver I.3.2).

11 Desempenho térmico

11.1 Generalidades

Esta parte da ABNT NBR 15575 apresenta os requisitos e critérios para verificação dos níveis mínimos
de desempenho térmico de coberturas, conforme definições, símbolos e unidades da ABNT NBR 15220-1
e ABNT NBR 15220-3.
11.2 Requisito – Isolação térmica da cobertura

Apresentar transmitância térmica e absortância à radiação solar que proporcionem um desempenho térmico
apropriado para cada zona bioclimática.

O Critério 11.2.1 a seguir estabelece condição para a avaliação através do método simplificada do desempenho
térmico. No caso de coberturas que não atendam a esse critério simplificado, a verificação do atendimento ou não
do desempenho térmico da edificação como um todo deve ser realizada de acordo com a norma ABNT NBR
15.575 – Parte 1.

11.2.1 Critério – Transmitância térmica

Os valores máximos admissíveis para a transmitância térmica (U) das coberturas, considerando fluxo térmico
descendente, em função das zonas bioclimáticas, encontram-se indicados na Tabela 3.

Tabela 3 – Critérios de coberturas quanto à transmitância térmica

Transmitância térmica (U)


2
W/m K
Zonas 1 e 2 Zonas 3 a 6 Zonas 7 e 8
 ≤ 0,6  > 0,6  ≤ 0,4  > 0,4
U ≤ 2,30
U ≤ 2,3 U ≤ 1,5 U ≤ 2,3 FV U ≤ 1,5 FV
 é absorbância à radiação solar da superfície externa da cobertura.
NOTA O fator de ventilação (FV) é estabelecido na ABNT NBR 15220-2.

11.2.1.1 Métodos de avaliação

Determinação da transmitância térmica, por meio de método simplificado , conforme procedimentos apresentados
na ABNT NBR 15220-2.

Caso no projeto do SC haja previsão de isolação térmica, este deve fazer referência às Normas Brasileiras
pertinentes.

11.2.1.2 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende ao critério de 11.2.1 e às premissas
de projeto. O Anexo I contém recomendações relativas a outros níveis de desempenho (ver I.4.1).
12 Desempenho acústico

12.1 Generalidades

Esta parte 5 da ABNT-NBR-15575 apresenta os requisitos e critérios para a verificação do isolamento acústico
entre o meio externo e o interno de coberturas.
São considerados o isolamento de sons aéreos do conjunto fachada/cobertura de edificações e o nível de ruído de
impacto no piso (caminhamento, queda de objetos e outros) para as coberturas acessíveis de uso coletivo.

12.2 Métodos disponíveis para a avaliação


12.2.1 Descrição dos métodos
12.2.1.1 Método de engenharia, realizado em campo
Isolamento de ruído aéreo : Determina, em campo, de forma rigorosa, o isolamento acústico global da vedação
externa (conjunto fachada e cobertura), caracterizando de forma direta o comportamento acústico do sistema. O
método é descrito na norma ISO 140-5.
Ruído de impacto em pisos: Determina, em campo, de forma rigorosa, o nível de pressão sonora de impacto
padronizado do piso entre a laje de uso coletivo e unidade autônoma, caracterizando de forma direta o
comportamento acústico do sistema. O método é descrito na norma ISO 140-7.
Os resultados obtidos restringem-se somente às medições efetuadas.

12.2.1.2 Método simplificado de campo


Este método permite obter uma estimativa do isolamento acústico global da vedação externa (conjunto fachada e
cobertura) e do ruído de impacto em pisos, em situações onde não se dispõe de instrumentação necessária para
medir o tempo de reverberação, ou quando as condições de ruído ambiente não permitem obter este parâmetro. O
método simplificado é descrito na ISO 10052.
Os resultados obtidos restringem-se somente às medições efetuadas.
Entre os métodos de medição de campo, o método de engenharia é o mais preciso.
12.2.2 Parâmetros de avaliação
Os parâmetros de avaliação adotados nesta parte da norma constam da Tabela 4.
Tabela 4: Parâmetros acústicos de avaliação
Símbolo Descrição Norma Aplicação
Diferença Padronizada de Nível Ponderada a ISO 140-5
D2m,nT,w Vedação externa, em edifícios
2 m de distância da fachada/cobertura ISO 717-1
Nível de pressão sonora de impacto ISO 140-7 Pisos e coberturas de uso coletivo,
L’nT,w
padronizado ponderado ISO 717-2 em edifícios

Como as normas ISO referenciadas não possuem versão em português, foram mantidos os símbolos nelas
consignados com os seguintes significados:
D2m,nT,w - diferença padronizada de nível ponderada a 2 m (weighted standardized level difference at 2 m).
L’nT,w - nível de pressão sonora de impacto padronizado ponderado ( weighted standardized impact sound pressure
level).

12.3 Requisito – Isolamento acústico da cobertura devido a sons aéreos


Avaliar o isolamento de som aéreo de.fontes de emissão externas

12.3.1 Critério – Isolamento acústico da cobertura devido a sons aéreos, em campo

12.3.1.1 Método de avaliação


Devem ser avaliados os dormitórios da unidade habitacional. Deve-se utilizar um dos métodos de campo de
12.2.1 para a determinação dos valores da diferença padronizada de nível ponderada, D2m,nT,w.
As medições devem ser executadas com portas e janelas fechadas, tais como foram entregues pela empresa
construtora ou incorporadora.
12.3.1.2 Nível de desempenho mínimo
Os valores mínimos de desempenho são indicados na Tabela 5.

Tabela 5— Valores mínimos da diferença padronizada de nível ponderada, D2m,nT,w,


da vedação externa de dormitório

Classe de
Localização da habitação D2m,nT,w [dB]
ruído

Habitação localizada distante de fontes de ruído intenso de


I ≥20
quaisquer naturezas.

Habitação localizada em áreas sujeitas a situações de ruído


II ≥25
não enquadráveis nas classes I e III
Habitação sujeita a ruído intenso de meios de transporte e de
III ≥30
outras naturezas, desde que conforme a legislação.
Nota 1: Para vedação externa de salas, cozinhas, lavanderias e banheiros, não há exigências
específicas.
Nota 2: Em regiões de aeroportos, estádios, locais de eventos esportivos, rodovias e ferrovias
há necessidade de estudos específicos

O Anexo I contém recomendações relativas a outros níveis de desempenho.

12.4 Requisito – Nível de ruído de impacto nas coberturas acessíveis de uso coletivo
Avaliar o som resultante de ruídos de impacto (caminhamento, queda de objetos e outros), naquelas edificações
que facultam acesso coletivo à cobertura.

12.4.1.1 Método de avaliação

Devem ser avaliados os dormitórios e as salas de estar da unidade habitacional. Deve-se utilizar um dos métodos
de campo de 12.2.1 para a determinação dos valores do nível de pressão sonora de impacto padronizado
ponderado, L’nT,w.

12.4.1.2 Nível de desempenho mínimo


As coberturas de uso coletivo devem apresentar nível de pressão sonora de impacto padronizado ponderado
(L’nT,w) conforme Tabela 6.

Tabela 6 – Nível de pressão sonora de impacto


padronizado ponderado, L’nT,w

L’nT,w
Sistema
[dB]

Cobertura acessível de uso coletivo ≤ 55

O Anexo I contém recomendações relativas a outros níveis de desempenho.

13 Desempenho lumínico

Este requisito se encontra estabelecido na ABNT NBR 15215, Partes 1 a 4.


14 Durabilidade e manutenibilidade

14.1 Requisito – Vida útil de projeto dos sistemas de cobertura

Apresentar vida útil de projeto conforme períodos especificados na Parte 1 da ABNT NBR 15575, desde que o SC
seja submetido a intervenções periódicas de manutenção e conservação.

14.1.1 Critério para a vida útil de projeto

Demonstrar o atendimento à vida útil de projeto estabelecida na Parte 1 da ABNT NBR 15575.

14.1.1.1 Método de avaliação

O Anexo C da Parte 1 da ABNT NBR 15575:2013 contém a metodologia aplicável.

14.1.1.2 Premissas de projeto

No projeto devem constar o prazo de substituição e as operações de manutenções periódicas pertinentes.

14.1.1.3 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende ao projeto e às premissas de projeto.

14.1.2 Critério – Estabilidade da cor de telhas e outros componentes das coberturas

A superfície exposta dos componentes pigmentados, coloridos na massa, pintados, esmaltados, anodizados
ou qualquer outro processo de tingimento pode apresentar grau de alteração máxima de 3, após exposição
acelerada durante 1 600 h em câmara/lâmpada com arco de xenônio.

14.1.2.1 Métodos de avaliação

Avaliação da alteração da cor segundo a NBR ISO 105-A02 (escala cinza), após exposição acelerada conforme
Anexo H.

14.1.2.2 Premissas de projeto

O projeto deve especificar gama de cores que atendem ao critério 14.1.2 e informar os tempos necessários para
manutenção, a fim de que não haja perdas da absortância, em face das alterações ao longo do tempo.

14.1.2.3 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende ao critério de 14.1.2. O Anexo I
contém recomendações relativas a outros níveis de desempenho (ver I.7.1).

14.1.3 Critério – Manual de operação, uso e manutenção das coberturas

14.1.3.1 Os fabricantes, quer do SC, quer dos componentes, quer dos subsistemas, bem como o construtor
e o incorporador público ou privado, isolada ou solidariamente, devem especificar todas as condições de uso,
operação e manutenção dos SC, conforme sua especificidade, como definido nas premissas de projeto e na
norma ABNT NBR 5674..

14.1.3.2 O manual a ser fornecido pelo construtor ou pelo incorporador deve contemplar as instruções práticas
para a conservação do SC.

14.1.3.3 Método de avaliação


Análise do manual de operação, uso e manutenção dos SC.

14.1.3.4 Premissas de projeto

14.1.3.4.1 Condições

a) características gerais de funcionamento dos componentes, aparelhos ou equipamentos constituintes da


cobertura, ou que com esta interfiram ou guardem direta relação;
b) recomendações gerais para prevenção de falhas e acidentes decorrentes de utilização inadequada;

c) periodicidade, forma de realização e forma de registro de inspeções e manutenções.

14.1.3.5 Nível de desempenho

O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende ao projeto e às premissas de projeto

15 Saúde, higiene e qualidade do ar

Ver ABNT NBR 15575-1.

16 Funcionalidade e acessibilidade

16.1 Requisito – Manutenção dos equipamentos e dispositivos ou componentes constituintes e


integrantes do SC

Possibilitar a instalação, manutenção e desinstalação de dispositivos e equipamentos necessários à operação da


edificação habitacional.

16.1.1 Critério – Instalação, manutenção e desinstalação de equipamentos e dispositivos da cobertura

O SC deve ser passível de proporcionar meios pelos quais permitam atender fácil e tecnicamente às vistorias,
manutenções e instalações previstas em projeto.

16.1.1.1 Método de avaliação

Análise dos projetos de arquitetura conforme ABNT NBR 13532, ABNT NBR 9575, ABNT NBR 5419,
ABNT NBR 10844.

16.1.1.2 Prescrição de projeto

O projeto deve:

a) compatibilizar o disposto nas ABNT NBR 5419, ABNT NBR 10844 e ABNT NBR 9575;

b) prever todos os componentes, materiais e seus detalhes construtivos integrados ao SC;

c) prever meios de acesso, incluindo: condições de segurança, condições ergonômicas para inspeções
e realização dos serviços de manutenção, bem como desinstalação.

d) quando houver possibilidade prevista de processos evolutivos do SC, respeitando a legislação pertinente,
devem ser indicados os componentes, materiais e detalhes construtivos indicados para ampliação do SC.

16.1.1.3 Nível de desempenho


O nível mínimo para aceitação é o M (denominado mínimo), ou seja, atende ao projeto e às premissas de projeto.

17 Conforto táctil, visual e antropodinâmico


Ver ABNT NBR 15575-1.

18 Adequação ambiental
Considerando-se que a avaliação técnica do impacto gerado ao meio ambiente pelas atividades da cadeia
produtiva da construção ainda é objeto de muitas pesquisas e que no atual estado-da-arte não é possível
estabelecer critérios, métodos de avaliação e níveis de desempenho, recomenda-se para as edificações
a consideração dos aspectos relacionados na Seção 18 da ABNT NBR 15575-1:2013.
Anexo A
(normativo)

Determinação da resistência às cargas concentradas em sistemas de


coberturas acessíveis aos usuários – Método de ensaio

Princípio
Este Anexo especifica um método de ensaio que consiste em submeter um trecho representativo do SC a cargas
concentradas passíveis de ocorrerem durante a utilização de coberturas com possibilidade de acesso a pessoas.

Aparelhagem
Três discos rígidos de aço com diâmetro aproximado de 25 mm (1"), cada um.

Preparação e preservação das amostras para ensaios e dos corpos-de-prova


O corpo-de-prova deve ser representativo do SC, incluindo todos seus componentes e a forma de aplicação
do carregamento, conforme desenho fornecido.

Procedimento
Aplicar a carga através dos discos.

Medir as deformações.

A.5 Expressão dos resultados


Gráfico de deslocamentos x cargas.

Relatório de ensaio
O relatório do ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações:

a) identificação do solicitante;

b) identificação do fornecedor;

c) identificação da amostra e de todos os corpos-de-prova;

d) desenho do ensaio de tipo;

e) data do recebimento da amostra;

f) carga de ocorrência de falhas e o tipo de falha ocorrida;

g) carga de ruptura ou de falência do subsistema;

h) deslocamentos verticais;

i) relação entre os deslocamentos e os vãos;

j) nível de desempenho;

k) data do ensaio;

l) referência a esta Norma;


m) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios.
Anexo B
(normativo)

Determinação da resistência de peças fixadas em forro –


Método de ensaio

Princípio

Este Anexo especifica um método de ensaio que consiste em submeter um trecho representativo do forro a uma
carga concentrada que simule a instalação de uma luminária, alto-falante ou qualquer outro aparelho suspenso ou
fixado no forro.

Aparelhagem
Os acessórios de fixação devem ser exatamente iguais àqueles com que serão instalados no forro, bem como
os dispositivos efetivos como as bandejas com tara predeterminada, acopladas aos referidos acessórios para
sustentação da carga.

Os contrapesos com massas apropriadas, devem simular os incrementos de carga de forma a obedecer
ao disposto em B.4.

Para leitura dos deslocamentos verticais, adotar defletômetro com resolução mínima de décimo de milímetro.

Preparação e preservação das amostras para ensaios e dos corpos-de-prova


O corpo-de-prova deve ser representativo do SC, incluindo todos seus componentes e a forma de aplicação
do carregamento, conforme desenho fornecido.

Procedimento
Aplicar a carga em patamares correspondentes a 1/6 da carga de ruptura informada, mantendo-se o carregamento,
em cada patamar, durante 10 min.

No final de cada estágio de carregamento, registrar o deslocamento vertical resultante da aplicação da carga.

Expressão dos resultados


Devem ser registradas as cargas aplicadas e, para cada parcela da carga aplicada (1/6, 1/3, e outras), o tempo
de atuação da carga e os respectivos registros de eventuais rupturas ou destacamentos de acessórios de fixação,
quedas da bandeja ou de contrapesos, ruptura ou fissuração do forro, e outras ocorrências.

Relatório de ensaio
O relatório do ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações:

a) identificação do solicitante;

b) identificação do fornecedor;

c) identificação da amostra e de todos os corpos-de-prova;

d) desenho do ensaio de tipo;

e) data do recebimento da amostra;


f) carga de ocorrência de falhas, o tipo de falha ocorrida;

g) carga de ruptura ou de falência do sistema de fixação;

h) deslocamentos verticais

i) nível de desempenho;

j) data do ensaio;

k) referência a esta Norma;

l) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios.


Anexo C
(normativo)

Verificação da resistência ao impacto em telhados – Método de ensaio

Princípio

Este Anexo especifica um método de ensaio que consiste em submeter um trecho representativo do telhado
a impactos de corpo-duro, simulando a ação de granizo, pedras lançadas por crianças e outros.

Aparelhagem
Esfera de aço maciça, com massa de (65,6 ± 2) g, e suporte para repouso da esfera de forma que ela possa ser
abandonada em queda livre a partir das alturas indicadas em C.4.

Preparação e preservação das amostras para ensaios e dos corpos-de-prova


O corpo-de-prova deve ser representativo do SC, incluindo todos seus componentes, e a forma de aplicação do
impacto, conforme desenho fornecido.

O corpo-de-prova deve incluir todos os detalhes típicos do sistema de cobertura, tais como declividade,
subsistema de apoios dos componentes telhas.

O tamanho do pano é de cinco telhas.

Procedimento
Aplicar um impacto na posição mais desfavorável no componente telha.

Aplicar a carga de impacto por meio da esfera de aço maciça (diâmetro de 25,4 mm) abandonada em queda livre.

As condições de ensaio relativas à massa do corpo-duro (m), altura de queda (h) e energia de impacto (E) estão
indicadas na Tabela C.1.

Tabela C.1 – Massa do corpo-duro, altura e energia do impacto

m H E
Percussor de impacto
g m J
1,50 1,0
Corpo-duro (esfera de aço maciça) 65,6 2,30 1,5
3,80 2,5

Expressão dos resultados


Para cada energia de impacto especificada (1,0 J, 1,5 J e 2,5 J), registrar a eventual ocorrência de fissuras,
lascamentos, desagregações, traspassamento ou outras avarias.

Relatório de ensaio
O relatório do ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações:

a) identificação do solicitante;

b) identificação do fornecedor;

c) identificação da amostra e de todos os corpos-de-prova;


d) desenho do ensaio de tipo;

e) energia de impacto, em joules;

f) nível de desempenho;

g) data do recebimento da amostra;

h) data do ensaio;

i) referência a esta Norma;

j) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios.


Anexo D
(normativo)

Determinação da estanqueidade à água do SC – Método de ensaio

Princípio
Este Anexo especifica um método para verificação da estanqueidade à água do SC, que consiste em submeter
um trecho representativo do SC a uma vazão de água, sob a condição de uma diferença estática de pressão.

NOTA Mediante acordo entre fornecedor e usuário, o ensaio previsto neste anexo pode ser substituído
por ensaios constantes nas normas de produto, desde que atendam ao princípio estabelecido em D.1.

Aparelhagem

Câmara

Câmara com forma prismática, com uma abertura em uma de suas faces, tendo dimensões que permitam
o acoplamento do corpo-de-prova na mesma inclinação que a utilizada em obra (Figuras D.1). A câmara deve
dispor de uma válvula de segurança que garanta a extravasão do ar quando a pressão interna atingir valores
acima dos compatíveis com sua estabilidade estrutural.

Figura D.1 – Câmara


Sistema de pressurização

Sistema de pressurização que garanta a transmissão de carga de forma estática e a estabilização de carga
aplicada em níveis predeterminados.

A alimentação da câmara deve ser feita de modo a evitar a incidência direta do fluxo de ar sobre o corpo-de-prova
(Figura D.2).
Figura D.2 – Esquema de funcionamento da câmara
Manômetro

Manômetro com resolução de 10 Pa, para leitura de pressão na câmara.

Sistema de aspersão de água

Sistema de aspersão de água composto por bicos aspersores que permitam a projeção de água de maneira
uniforme sobre toda a face superior do corpo-de-prova, na vazão de 4 L/min por metro quadrado do
corpo-de-prova, garantindo que todas as suas partes sejam igualmente aspergidas.

Equipamento para medição de vazão

Equipamento para medição de vazão de água aspergida, constituído por um caixa com seção de 61 cm x 61 cm
e profundidade superior a 30 cm, quadrialveolar. Para medição da vazão, esta caixa é colocada na abertura da
câmara com sua boca voltada para os aspersores e posicionamento no mesmo plano onde será montado o
corpo-de-prova. Por meio de tubulações, a água aspergida sobre cada um dos alvéolos é conduzida para
recipientes, podendo-se medir os volumes a partir dos quais serão calculadas as vazões por unidade de área de
cada um dos alvéolos.

Na rede de alimentação do sistema de aspersão pode ser colocado um hidrômetro com o intuito de facilitar
a regulagem da vazão desejada.

Preparação e preservação das amostras para ensaios e dos corpos-de-prova


O corpo-de-prova deve ser um trecho representativo do SC, constituído com os mesmos materiais previstos para
a edificação.

Procedimento
D.4.1 Ajustar o sistema de aspersão de água da câmara utilizando-se a caixa quadrialveolar, para a vazão
2
de 4 L/min m . O sistema de aspersão deve estar regulado de forma tal que o valor médio das vazões incidentes
sobre os quatro alvéolos seja igual à vazão especificada para o ensaio, admitindo-se para valores individuais
dessas vazões uma variação de 20 % em torno da média. Esta verificação deve cobrir toda a área da abertura
da câmara, onde será montado o corpo-de-prova.
D.4.2 O procedimento descrito em D.4.1 deve ocorrer de forma interativa até que a variação da vazão,
para as diversas partes do vão, não seja superior a 20 % da vazão de ensaio especificada.

D.4.3 Montar o corpo-de-prova na câmara com sua face superior voltada para o seu interior e selar
convenientemente as juntas presentes entre o corpo-de-prova e a abertura da câmara. A câmara deve ser
regulada de forma que o corpo-de-prova tenha a mesma inclinação da cobertura quando da utilização em obra.

D.4.4 Após a instalação do corpo-de-prova e a calibração da vazão de água, aspergir a cobertura durante
30 min.

D.4.5 Aplicar na câmara, escalonadamente, as pressões de 10 Pa, 20 Pa, 30 Pa, 40 Pa, 50 Pa e 60 Pa; manter
cada uma dessas pressões por um período de 5 min, registrando a eventual existência de vazamentos,
escorrimentos ou manchas de umidade nas faces das telhas opostas à aspersão de água. Caso haja pressão
especificada de interesse, o ensaio pode seguir a seqüência anteriormente definida até que tal pressão seja
atingida.

D.4.6 Caso não seja possível aplicar as pressões de ensaio devido ao excessivo vazamento de ar pelo corpo-
de-prova, algumas juntas entre as telhas devem ser seladas com massa de vedação ou outro material adequado,
até o limite de 50 % das juntas existentes. Nessas condições, caso não se consiga atingir a pressão máxima
estabelecida, aplicar a pressão segundo incrementos mencionados em D.4.5, registrando a pressão máxima que
se conseguir administrar no corpo-de-prova.

Expressão dos resultados


Devem ser registrados, para cada uma das pressões aplicadas (10, 20, 30, 40, 50 e 60 Pa, ou ainda para
quaisquer outras pressões de interesse), o tempo de aplicação da pressão, a vazão de água incidente sobre
o topo do corpo-de-prova e os respectivos registros de eventuais vazamentos, escorrimentos ou manchas
de umidade verificados na face inferior da cobertura, mapeando-se os locais onde ocorreram e indicando-se
o tempo de ensaio após o qual manifestou-se cada evento.

Deve ainda ser registrada qualquer outra anomalia verificada durante a realização do ensaio, como, por exemplo,
retorno de água, transporte de água por capilaridade, formação de bolhas, empenamentos, descolamentos
e outras.

Relatório de ensaio
O relatório do ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações:

a) identificação do solicitante;

b) identificação do fornecedor;

c) identificação da amostra e de todos os corpos-de-prova;

d) desenhos dos corpos-de-prova, com descrição pormenorizada deles, incluindo dimensões, materiais
constituintes e inclinação do trecho do telhado;

e) desenho do ensaio de tipo, incluindo os detalhes necessários ao seu entendimento;

f) data do recebimento das amostras;

g) registro, para cada uma das pressões aplicadas, dos eventuais vazamentos, escorrimentos ou manchas de
umidade verificados na face inferior da cobertura, bem como os locais onde ocorreram;

h) nível de desempenho;

i) data do ensaio;

j) referência a esta parte da ABNT NBR 15575;

k) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios ou outras informações julgadas pertinentes.
Anexo E
(normativo)

Verificação da resistência de suporte das garras de fixação ou de apoio –


Método de ensaio

Princípio

Este Anexo especifica um método para verificar a resistência das garras de fixação que suportam as telhas
e que consiste na ação do peso próprio sobre as garras em condições desfavoráveis de uso.

Aparelhagem
A aparelhagem necessária para a execução do ensaio está indicada na Figura E.1.

Caibro ou ripa
de suporte

Posição
da telha
de ensaio

Suporte
Apoio para
vertical
assegurar o
posicionamento
correto

Figuras E.1 – Esquema da montagem

Corpo-de-prova
Uma telha inteira saturada constitui um corpo-de-prova.

Procedimento
a) retirar aleatoriamente oito corpos-de-prova do lote de inspeção, podendo usar as telhas do painel de
montagem (ver Anexo G);

b) imergir os corpos-de-prova durante 24 h em água;

c) posicionar o corpo-de-prova conforme indicado na Figura E.1, sobre vigas de madeira espaçadas
convenientemente em função das dimensões das telhas;

d) pendurar o corpo-de-prova;

e) prender a telha inferior e deixar o corpo-de-prova nessa posição por 1 min.


Expressão dos resultados
O resultado deve consignar se houve escorregamento ou aparecimento de fissuras na nervura.

Relatório do ensaio
No relatório de ensaio devem constar as seguintes informações:

a) identificação do laboratório;

b) identificação do corpo-de-prova e lote;

c) descrição dos fatos ocorridos segundo designação de E.5;

d) data do ensaio;

e) referência a esta parte da ABNT NBR 15575.


Anexo F
(normativo)

Determinação da resistência das platibandas – Método de ensaio

Princípio

Este Anexo especifica um método para determinação da resistência das platibandas que consiste em reprodução
1)
da ação dos esforços despertados no topo e ao longo de qualquer trecho, pela força F majorada (do cabo),
associada ao braço de alavanca (b) e à distância entre pontos de apoio (a), fornecidos ou informados pelo
fornecedor do equipamento e dos dispositivos.

Aparelhagem
Duas mãos-francesas e conjunto de contrapesos, cada um com massa de (50 ± 0,2) kg, com capacidade d
e aplicação de momentos fletores no topo da platibanda, de acordo com o esquema fornecido em F.4.

Preparação e preservação das amostras para ensaios e dos corpos-de-prova


Montagens experimentais in loco ou ensaios de tipo.

Procedimentos
Transformar e reproduzir os dados informados pelo fornecedor do SC de andaimes suspensos em binários,
conforme esquema geral indicado na Figura F.1

Figura F.1 – Binários aplicados no topo da platibanda, simulando ação de andaime suspenso

Expressão dos resultados


Valor, em quilonewtons por metro, de ruptura do binário e seu valor, quando do início de deslocamento
ou aparecimento de trincas ou fissuras nas platibandas.

1) Ver ABNT NBR 8681.


Relatório de ensaio
O relatório do ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações, em função de cada determinação
ou verificação:

a) identificação do solicitante;

b) identificação do fornecedor;

c) identificação da amostra e de todos os corpos-de-prova;

d) especificação do produto;

e) características do produto;

f) fotos do início, do fim e do aparecimento de fissuras ou trincas;

g) análise visual da superfície exposta da platibanda ou componentes, mencionando manifestações de fissuras,


desagregações, escamações e descolamentos;

h) valor do binário de ruptura e valor do aparecimento de trincas;

i) data do recebimento da amostra;

j) data do ensaio;

k) referência a esta parte da ABNT NBR 15575 e às normas que serviram de base para os ensaios de
caracterização;

l) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios


Anexo G
(normativo)

Determinação da resistência ao caminhamento – Método de ensaio

Princípio
Este Anexo especifica um método de ensaio que consiste em submeter um trecho representativo do SC
a uma carga concentrada passível de ocorrer durante a montagem do telhado ou mesmo durante operações
de manutenção (peso próprio do telhadista, apoio de materiais ou ferramentas e outros).

Aparelhagem
A aparelhagem necessária à realização do ensaio consiste em:

 pórtico de reação, cilindro hidráulico para aplicação da carga e célula de carga ou anel dinamométrico
com resolução igual ou melhor que 200 g.


3
cutelo de madeira com densidade de 800 kg/m , comprimento de 20 cm e largura de 10 cm.

Preparação e preservação das amostras para ensaios e dos corpos-de-prova


O corpo-de-prova deve ser representativo do subsistema telhado, incluindo todos seus componentes e a forma
de aplicação da carga, conforme desenho fornecido.

O corpo-de-prova deve incluir todos os detalhes típicos do sistema cobertura, tais como declividade e subsistema
de apoios dos componentes telhas.

Procedimento
A carga deve ser transmitida na posição mais desfavorável por meio do cutelo de madeira, diretamente sobre
a telha ou sobre dispositivos distribuidores de carga do tipo tábuas, pranchas e outras, especificados
pelo fabricante ou construtor.

O cutelo deve ser conformado para transmitir a carga na direção vertical, intercalando-se um berço de borracha
ou outro material resiliente, de dureza Shore A entre 50 e 60, entre o cutelo e a telha, conforme Figura G.1.

Figura G.1 – Carga concentrada transmitida com o auxílio de cutelo de madeira e berço de borracha
Expressão dos resultados
Gráfico da carga, em newton, e deformações, em centímetros.

Relatório de ensaio
O relatório do ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações:

a) identificação do solicitante;

b) identificação do fornecedor;

c) identificação da amostra e de todos os corpos-de-prova;

d) desenho do ensaio de tipo;

e) cargas de ruptura individuais e carga mínima com 95 % de confiança;

f) gráfico das deformações;

g) nível de desempenho;

h) data do recebimento da amostra;

i) data do ensaio;

j) referência a esta Parte da ABNT NBR 15575;

k) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios.


Anexo H
(normativo)

Verificação da estabilidade da cor de telhas e outros componentes das


coberturas – Método de ensaio

Princípio

Este Anexo especifica um método para medição da alteração da cor na escala cinza segundo
a ABNT NBR ISO 105-A02, após exposição acelerada.

Aparelhagem
Câmara de xenônio, de acordo com a ASTM G 155.

Preparação e preservação das amostras para ensaios e dos corpos-de-prova


O corpo-de-prova deve ser recortado da posição mais central da telha ou de outro elemento da cobertura
2
que resultar exposto aos raios solares, apresentando área mínima de 150 cm e forma compatível com a câmara
de ensaios.

A amostra é constituída por cinco corpos-de-prova.

Procedimentos
Expor os corpos-de-prova, durante 1 600 h, em ciclos, numa câmara com lâmpada com arco de xenônio.

Submeter o corpo-de-prova a 690 min sob ação da lâmpada, seguindo-se 30 min sob ação simultânea da lâmpada
e aspersão de água deionizada.

Expressão dos resultados


Avaliação da alteração da cor segundo a ABNT NBR ISO 105-A02, escala cinza, após exposição.

Relatório de ensaio
O relatório do ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações, em função de cada determinação
ou verificação:

a) identificação do solicitante;

b) identificação do fornecedor;

c) identificação da amostra e de todos os corpos-de-prova;

d) especificação do produto;

e) características do produto, antes de ser submetido ao ensaio de envelhecimento;

f) análise visual, relatando o grau de alteração na escala cinza , em função do nível de desempenho;

g) análise visual da superfície exposta dos componentes, mencionando manifestações de fissuras,


desagregações, escamações, descolamento da pintura ou da esmaltação.

h) nível de desempenho;

i) data do recebimento da amostra;


j) data do ensaio;

k) referência a esta Parte da ABNT NBR 15575 e às normas que serviram de base para os ensaios de
caracterização,

l) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios.


Anexo I
(normativo)

Níveis de desempenho

Generalidades

I.1.1 Este Anexo estabelece os níveis mínimos (M) de desempenho para cada requisito, que devem ser
atendidos.

I.1.2 Considerando a possibilidade de melhoria da qualidade da edificação, com uma análise de valor da relação
custo/benefício dos sistemas, neste anexo são indicados os níveis de desempenho intermediário (I) e superior (S)
e repetido o nível M para facilitar a comparação.

I.1.3 Recomenda-se que o construtor ou incorporador informem o nível de desempenho dos sistemas que
compõem a edificação habitacional, quando exceder ao nível mínimo (M).

Requisito – Ação do granizo e outras cargas acidentais em telhados

Critério – Resistência ao impacto

É recomendável que, sob a ação de impactos de corpo-duro, o telhado não sofra ruptura ou traspassamento
em face das energias especificadas na Tabela I.1 para os níveis intermediário (I) e superior (S). O nível mínimo
(M) é obrigatório (ver 7.5.1). Fissuras, lascamentos e outros danos que não impliquem perda de estanqueidade
do telhado podem ocorrer.

Tabela I.1 – Critérios para resistência ao impacto

Energia de impacto de Nível de


corpo duro Critério de desempenho desempenho
J

1,0 M

Não ocorrência de ruptura ou traspassamento


1,5 I
São admitidas falhas superficiais

2,5 S

Requisito – Condições de salubridade no ambiente habitável

Critério – Impermeabilidade

É recomendável que o SC apresente o desempenho conforme Tabela I.2, para os níveis intermediário (I)
e superior (S). O nível mínimo é de atendimento obrigatório (ver 10.1.1).
Tabela I.2 – Níveis de desempenho para estanqueidade de telhas

Nível de
Condição
desempenho
 Não aparecimento de gotas aderentes
M
 Aparecimento de manchas de umidade – no máximo 35 % da área das telhas

 Não aparecimento de gotas aderentes

 Aparecimento de manchas de umidade – no máximo 25 % da área das telhas, sem I


gotas aderentes na superfície inferior da telha

 Não aparecimento de manchas de umidade


S

Critérios – Estanqueidade e durabilidade para SC impermeabilizado

É recomendável que o SC apresente durabilidade conforme Tabela I.3, para os níveis intermediário (I) e superior
(S). O nível mínimo é de atendimento obrigatório (ver 10.1.5).

Tabela I.3 – Níveis de desempenho

Período em anos Nível


5 M
8 I
12 S

Requisito – Isolação térmica da cobertura

Critérios – Transmitância térmica

É recomendável que o SC apresente desempenho conforme Tabela I.4, para os níveis intermediário (I) e superior
(S). O nível mínimo é de atendimento obrigatório (ver 11.2.1).

Tabela I.4 – Critérios e níveis de desempenho de coberturas quanto à transmitância térmica

Transmitância térmica (U)


2
W/m K
1)
Zonas 1 e 2 Zonas 3 a 6 Zonas 7 e 8 Nível de
desempenho
 ≤ 0,6  > 0,6  ≤ 0,4  > 0,4
1) 1) 1) 1)
U ≤ 2,3 M
U ≤ 2,3 U ≤ 1,5 U ≤ 2,3 FV U ≤ 1,5 FV
 ≤ 0,6  > 0,6  ≤ 0,4  > 0,4
1) 1) 1) 1)
U ≤ 1,5 I
U ≤ 1,5 U ≤ 1,0 U ≤ 1,5 FV U ≤ 1,0 FV
 ≤ 0,6  > 0,6  ≤ 0,4  > 0,4
1) 1) 1) 1)
U ≤ 1,0 S
U ≤ 1,0 U ≤ 0,5 U ≤ 1,0 FV U ≤ 0,5 FV
1)
Na zona bioclimática 8 também estão atendidas coberturas com componentes de telhas cerâmicas, mesmo que a
cobertura não tenha forro.
NOTA O fator de ventilação (FV) é estabelecido na ABNT NBR 15220/2.
Requisito – Isolamento acústico da cobertura devido a sons aéreos (fontes de emissão
externas)

Critério – Isolamento acústico da cobertura devido a sons aéreos, em ensaio de campo

O nível mínimo é de atendimento obrigatório (ver 12.2.1).

Tabela I.5 — Diferença padronizada de nível ponderada da vedação externa , D2m,nT,w,


para ensaios de campo

Classe de Nível de
Localização da habitação D2m,nT,w [dB]
ruído desempenho
≥20 M
Habitação localizada distante de fontes de ruído intenso
I ≥25 I
de quaisquer naturezas.
≥30 S
≥25 M
Habitação localizada em áreas sujeitas a situações de
II ≥30 I
ruído não enquadráveis nas classes I e III
≥35 S
≥30 M
Habitação sujeita a ruído intenso de meios de transporte e
III ≥35 I
de outras naturezas, desde que conforme a legislação.
≥40 S

Requisito para isolamento de ruído de impacto para as coberturas acessíveis de uso


coletivo

Critério – Nível de ruídos de impactos em coberturas acessíveis de uso coletivo

O nível mínimo é de atendimento obrigatório (ver 12.3.1).

Tabela I.6 – Nível de pressão sonora de impacto padronizado ponderado,


L’nT,w, para ensaios de campo

L’nT,w
Elemento Nível de Desempenho
dB
Igual ou < 55 M
Cobertura acessível, de uso
Igual ou < 50 I
coletivo ( Pessoas )
Igual ou < 45 S

Requisito para a vida útil dos materiais e componentes das coberturas

Critério – Estabilidade da cor de telhas e outros componentes das coberturas

É recomendável que o SC apresente desempenho conforme Tabela I.8, para os níveis intermediário (I) e superior
(S). O nível mínimo é de atendimento obrigatório (ver 14.1.2).

Tabela I.7 – Estabilidade da cor para componentes telhas e


outros componentes artificialmente coloridos
Grau de alteração na escala cinza (NBR ISO 105-A02)
Tipo de tratamento para os respectivos níveis de desempenho
M I S
Pigmentação na massa, pintura,
esmaltação, anodização colorida ou 3 3/4 ou 4 4/5 ou 5
outra

ANEXO J
(Informativo)
Roteiro de cálculo dos esforços atuantes do vento em coberturas

Referência bibliográfica:
- Ioshimoto, E. Estudo comparativo entre esforços atuantes devido a ação do vento e esforços
resistentes em coberturas com telhas onduladas de cimento amianto. Dissertação de mestrado
apresentada à POLI/USP. 1983.
- NBR 6123:1988 - Forças devidas ao vento em edificações (Versão Corrigida:1990).

O cálculo dos esforços atuantes do vento numa dada cobertura deve ser desenvolvido considerando as
condições de exposição ao vento, incluindo as velocidade básicas máximas de vento no Brasil, o tipo e
local da edificação.

Define-se velocidade básica de vento (Vo) como a máxima velocidade média medida sobre 3 segundos,
que pode ser excedida em média uma vez em 50 anos, a 10m sobre o nível do terreno em lugar aberto
e plano.

Na Figura 1 são apresentadas as velocidades básicas máximas de vento (Vo) nas cinco regiões
brasileiras, quais sejam: Região I (Vo = 30m/s); Região II (Vo = 35m/s); Região III (Vo = 40m/s); Região
IV (Vo = 45m/s) e Região I (Vo = 50m/s).

Figura J 1 : Gráfico das isopletas da velocidade básica do vento, “V0” em m/s, no Brasil (NBR
6123:1988)
Conhecida a velocidade básica do vento, as dimensões de uma edificação, a topografia da região do
país onde ela estará construída e utilizando a ABNT NBR6123, é possível calcular os esforços atuantes
do vento na cobertura, através do roteiro de cálculo apresentado a seguir:
1) Velocidade característica (Vk)

Vk = Vo x S1 x S2 x S3

onde:

Vk – velocidade característica do vento em m/s.


Vo – velocidade básica do vento em m/s, segundo gráfico de isopletas da figura J1.
S1 – fator que considera a topografia do terreno (adimensional). O quadro abaixo apresenta os possíveis
valores de S1.
Para os casos mais comuns de cobertura deve-se adotar S1=1,0 quando não há aceleração da
velocidade do vento por efeito de afunilamento e outros.

Fator S1

S2 – fator que considera a rugosidade onde a edificação está construída, suas dimensões e altura acima
do terreno (adimensional). O quadro abaixo apresenta a variação do fator S2 pela altura da edificação e
tipo do terreno para a classe A (para o caso de telhado ou do elemento de telha). Observa-se que este
fator pode variar de 0,56 a 1,27 dependendo da altura acima do terreno.

Fator S2
S3 – fator estatístico que se baseia em conceitos estatísticos e considera o grau de segurança requerido
e a vida útil da edificação. O quadro abaixo apresenta os possíveis valores de S3.

O fator S3=0,88 se aplica a coberturas, e representa uma probabilidade de 90% da velocidade básica
ser excediada ou igualada para um período de recorrência de 50 anos.

Fator S3

2) Pressão dinâmica

Estabelecido o valor da velocidade básica e dos coeficientes S1, S2 e S3, calcula-se a pressão dinâmica
pela altura da edificação acima do terreno, pela fórmula:

q (Pa) = Vk 2 (m/s) / 1,6

Com os valores da pressão dinâmica é possível calcular a sucção e sobrepressão que ocrrerão no
telhado, a partir dos coeficientes de pressão conforme detalhado a seguir.

3) Coeficiente de pressão e de forma externos (Ce/Cpe)

Este coeficiente é dado em função da altura da edificação, do ângulo de incidência do vento e da


posição do telhado.

A NBR 6123 fornece quatro tabelas de coeficiente para os casos de telhados com duas águas, telhados
com uma água, telhados simétricos e telhados múltiplos com traves iguais.

Para exemplificar, os quadros abaixo apresentam tais valores de coeficiente, retirados na NBR 6123
para os casos de telhados com uma e duas águas.
Notas:

a) O coeficiente de forma Ce na face inferior do beiral é igual ao da parede correspondente.

b) Nas zonas em torno de partes de edificações salientes (chaminés, reservatórios, etc.) ao telhado deve ser
considerado um coeficiente de forma de Ce = - 1,2, até uma distância igual a metade da dimensão da diagonal da
saliência vista em planta.

c) Na cobertura de lanternins, Cpe médio = -2.0


4) Coeficientes de pressão interna (Cpi)

A NBR 6123 prevê para as várias situações incidência do vento e permeabilidade da construção, os
valores do coeficiente de pressão interna (Cpi) que variam de +0,6 a -0,9. Entretanto, para efeito de
esforços em coberturas, os coeficientes que mais interessam são aqueles que geram sobrepressão no
interior da edificação.

Assim sendo, no caso extremo, quando a proporção entre a área da abertura dominante e a área total
das aberturas em todas as faces submetidas à sucção for igual a 3 ou mais, o coeficiente de pressão
interna será de +0,6. Nos casos de beirais desprotegidos (beiral sem forro) ocorrerá uma sobrepressão,
cujo coeficiente poderá atingir no máximo +1.
5) Cálculo da pressão de sucção no telhado ou no elemento da telha

A partir das considerações acima, faz-se o cálculo da pressão de sucção que deverá ser aplicada no
telhado a partir da metodologia de ensaio da NBR 5643, adotando-se adaptações necessárias para
cada telhado.

A metodologia de ensaio prescrita na NBR 5643 tem a finalidade de avaliar a resistência dos
componentes do SC quando solicitados por cargas uniformemente distribuídas, ou seja, quando
solicitados pelos esforços do vento.

O método da NBR 5643 estabelece uma forma de reproduzir em ensaio de laboratório o fenômeno da
resistência das telhas quando aplicadas em estrutura e solicitadas pela sucção do vento. A sucção do
vento ocorre no sentido de tentar arrancar a telha da edificação, e normalmente gera uma situação de
risco maior do que aquele gerado pela sobrepressão do vento.

A fórmula utilizada no cálculo da pressão de sucção é:

P= (Vk)2 x ICpI /1,6


onde:
P – pressão de ensaio em Pa.
Vk – velocidade característica do vento em m/s – Vk = Vo x S1 x S2 x S3
Cp = composição dos coeficientes de pressão e de forma externos e de pressão interna (adimensional).

6) Exemplo de cálculo da pressão de sucção no telhado

A seguir é apresentado um exemplo de cálculo para edificação residencial com 15m de altura (cerca de
5 andares) e pavimento-tipo com largura de 6m (h=15m e b=6m), telhado com duas águas, em terreno
com muitas obstruções.

 cálculo da Velocidade característica do vento Vk:

Velocidade básica Velocidade característica do vento Vk


Vo (m/s) (m/s)
Edificação com 15m de altura
Região
S1 =1,0
S2=0,88
* S3 =0,88
23,2
I 30
27,1
II 35
31,0
III 40
34,8
IV 45
38,7
V 50
* Considerando telhado como vedação
 cálculo dos coeficientes de pressão:

Considerando Ө = 20º (declividade do telhado) e α = 0o (incidência do vento)

Para a região central do telhado, tem-se Ce = - 0,8 e Cpi = +0,6 (adotando o mais crítico para
sobrepressão), ou seja, Cp = Ce – Cpi = -0,8 -(+0,6) = -1,4

Para a cumeeira, tem-se Cpe = -1,2 e Cpi = +0,6 (adotando o mais crítico para sobrepressão), ou seja,
Cp = Cpe – Cpi = -1,2 -(+0,6) = -1,8
Para o beiral tem-se Cpe = -1,5 e Cpi = +1,0 (adotando o mais crítico para sobrepressão), ou seja, Cp =
Cpe – Cpi = -1,5 -(+1,0) = -2,5

A partir do cálculo da Velocidade característica do vento Vk e dos coeficientes de pressão Cp, tem-se o
cálulo da pressão de sucção pela fórmula abaixo:

P= (Vk)2 x ICpI /1,6

Velocidade Velocidade Pressão de ensaio (em Pa)


básica Vo característica do
(m/s) vento Vk (m/s)
Edificação com 15m região Cumeeira Beiral
Região
de altura central do Cp = -1,8 Cp = -2,5
S1 =1,0 telhado
S2=0,88 Cp = -1,4
S3 =0,88
I 30
23,2 472 607 843

27,1 643 826 1148


II 35
31,0 840 1079 1499
III 40
34,8 1063 1366 1897
IV 45
38,7 1312 1687 2343
V 50

Anexo K
( Normativo )

UBC26-3 - Anexo 1 - Método de ensaio para verificação da reação ao fogo em


protótipo

1 Objetivo

Verificar o comportamento ao fogo da face interna do sistema de cobertura montado em


protótipo quando submetido à exposição de um foco de incêndio padronizado.

2 Aparelhagem

2.1 Estrutura de teste

A estrutura de teste deve compreender uma sala com dimensões interiores de (2438 mm
± 25 mm) por (3658 mm ±25 mm), com um pé direito de (2438 mm ±13 mm) localizada em
uma edificação fechada. Uma porta de (762 mm ±13 mm) por (2134 mm ± 13 mm) deve
estar centralizada na parede de comprimento 2438 mm.

A área do ensaio deve conter secções quadradas de parede com comprimento de 2438
mm, fazendo interseção no canto oposto a entrada da estrutura de teste. O teto deve
cobrir uma área de 2438mm quadrados com duas bordas adjacentes ou descansando
sobre as seções de teste na interseção das paredes.

A figura 1 apresenta o esquema da estrutura de teste.

As paredes da estrutura de teste devem ser constituídas de material incombustível.

A estrutura de teste deve ter uma temperatura entre 15,6°C e 32,2°C antes do início do
ensaio e deve ser livre de correntes de ar em excesso.

2.2 Medidores de temperatura

A temperatura da câmara de ensaio deve ser medida através de sete termopares do tipo
K, com isolação mineral e protegidos com bainha metálica, posicionados conforme
figura 2.
Figura 2

2.3 Combustível para o ensaio

O foco de incêndio deve ser gerado a partir de:

2.3.1 Engradado com área de 381mm e altura de 381mm, composto de gravetos de


madeira tipo pinheiro com massa total de 13,6kg. A madeira utilizada deve apresentar
teor de umidade de 12%. Os gravetos devem ter seção quadrada de 38mm e
comprimento de 381mm. Cada face do engradado deve possuir 10 gravetos, sendo 5
espaçados na vertical e 5 espaçados na horizontal.

No cantos da base do engradado devem ser posicionados tijolos cortados ao meio que
servirão como apoio do engradado de madeira. A altura do apoio não poderá ser inferior
a 76mm.

2.3.2 Um quilo de serragem de madeira distribuída pelos tijolos da base de apoio. Para
iniciar o ensaio, a serragem deve ser embebida com 0,12 litros de álcool etílico reagente
ou álcool etílico absoluto.

3 Procedimento de ensaio

3.1 O sistema de cobertura deve ser montado na área de ensaio adotando-se as


condições reais de instalação.

3.2 O engradado de madeira deve ser posicionado no canto da câmara de ensaio,


conforme figura 3.
3.3 Inicia-se a ignição do engradado de madeira a partir da colocação de fósforo na
serragem embebida com 0,12 litros de álcool etílico.

3.4 Inicia-se a contagem do ensaio com duração de 15 minutos após a ignição do


engradado.

3.5 As leituras de temperatura durante o ensaio devem ser registradas em intervalos de 2


minutos até o término do ensaio.

4 Relatório de ensaio

O relatório do ensaio deve conter:

- descrição detalhada do sistema de cobertura avaliado;


- observações visuais das ocorrências durante o ensaio;
- localização e extensão da carbonização da face interna do sistema de cobertura;
- leituras de temperatura durante o ensaio
Anexo L
(normativo)

Bibliografia

INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO. Publicação “Critérios mínimos


de desempenho para habitações térreas de interesse social”. São Paulo, IPT, 1998

INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO. Fichas de características


das madeiras Brasileiras. São Paulo, IPT, 1989 (Publicação IPT N° 1791)

Instruções técnicas do Corpo de Bombeiros conforme Decreto Lei relativo à segurança contra incêndio, em vigor
no Estado da Federação onde se localizar a obra, produto ou projeto em avaliação.
ABNT NBR 15575-6
Edificações Habitacionais — Desempenho
Parte 6: Sistemas Hidrossanitários
Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização
Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de
Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores
e neutros (universidade, laboratório e outros).

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que alguns dos
elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser considerada
responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.

A ABNT NBR 15575-6 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Construção Civil (ABNT/CB-02), pela Comissão de
Estudo de Desempenho de Edificações (CE-02.136.01). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme
Edital nº 10, de 28.09.2007 a 27.11.2007, com o número de Projeto 02.136.01-001-6.

A ABNT NBR 15575, sob o título geral “Edificações habitacionais — Desempenho”, tem previsão de conter as
seguintes partes:

 Parte 1: Requisitos gerais;

 Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais;

 Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos;

 Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e externas;

 Parte 5: Requisitos para os sistemas de coberturas;

 Parte 6: Requisitos para os sistemas hidrossanitários.

Esta versão da ABNT NBR 15575-6:2013 cancela e substitui as versões anteriores da ABNT NBR 15575-6.
Introdução

A abordagem desta Norma explora conceitos que muitas vezes não são considerados em Normas prescritivas
específicas como, por exemplo, a durabilidade dos sistemas, a manutenibilidade da edificação e o conforto tátil
e antropodinâmico dos usuários.

A inter-relação entre Normas de desempenho e Normas prescritivas deve possibilitar o atendimento às exigências
do usuário, com soluções tecnicamente adequadas e economicamente viáveis.

Todas as disposições contidas nesta Norma são aplicáveis a edificações habitacionais, de forma geral. Em
algumas partes, tais considerações serão feitas para edificações e a sistemas projetados, construídos, operados e
submetidos a intervenções de manutenção que atendam às instruções específicas do respectivo Manual de
operação, uso e manutenção.

Requisitos e critérios particularmente aplicáveis a determinado sistema são tratados separadamente em cada
Parte desta Norma.

Objetivamente, esta Norma visa alavancar tecnicamente a qualidade requerida e a oferta de moradias,
ao estabelecer regras para avaliação do desempenho de imóveis habitacionais, auxiliando nas análises que
definem o financiamento de imóveis e possibilitando adequações nos procedimentos de execução, uso
e manutenção dos imóveis.

Esta parte da ABNT NBR 15575 se refere às exigências dos usuários e aos requisitos referentes aos sistemas
hidrossanitários.

As instalações hidrossanitárias são responsáveis diretas pelas condições de saúde e higiene requeridas para
a habitação, além de apoiarem todas as funções humanas nela desenvolvidas (cocção de alimentos, higiene
pessoal, condução de esgotos e águas servidas etc.). As instalações devem ser incorporadas à construção,
de forma a garantir a segurança dos usuários, sem riscos de queimaduras (instalações de água quente), ou outros
acidentes. Devem ainda harmonizar-se com a deformabilidade das estruturas, interações com o solo e
características físico-químicas dos demais materiais de construção.
1 Escopo
1.1 Esta parte da ABNT NBR 15575 estabelece os requisitos e critérios de desempenho que se aplicam
ao sistema estrutural da edificação habitacional.

1.2 Esta Parte da ABNT NBR 15575 não se aplica a obras em andamento ou a edificações concluídas até a data
da entrada em vigor desta Norma. Também não se aplica a obras de reformas nem de “retrofit” nem edificações
provisórias.

1.3 Esta Parte da ABNT NBR 15575 é utilizada como um procedimento de avaliação do desempenho de sistemas
construtivos.

1.4 Os requisitos estabelecidos nesta Parte da ABNT NBR15575 (Seções 4 a 17) são complementados pelos
requisitos estabelecidos nas ABNT NBR 15575-1 a ABNT NBR15575-6.

1.5 Os sistemas elétricos das edificações habitacionais fazem parte de um conjunto mais amplo de Normas com
base na ABNT NBR 5410 e, portanto, os requisitos de desempenho para esses sistemas não estão estabelecidos
nesta ABNT NBR 15575.

1.6 Esta parte ABNT NBR 15575 estabelece critérios relativos ao desempenho térmico, acústico, lumínico e de
segurança ao fogo, que devem ser atendidos individual e isoladamente pela própria natureza conflitante dos
critérios de medições, por exemplo, desempenho acústico (janela fechada) versus desempenho de ventilação
(janela aberta).

1.7 Requisitos aplicáveis somente para edificações de até cinco pavimentos serão especificados em suas
respectivas seções.

1.8 Os requisitos e critérios estabelecidos nesta parte ABNT NBR 15575 são sempre os mínimos de desempenho
(M) que devem ser considerados e atendidos. No caso de desempenho acústico, considerado como informativo
nessa parte da norma, o anexo respectivo orienta sobre quais os valores de isolação sonora seriam aplicados aos
níveis intermediário (I) e superior (S).

1.9 Os sistemas compreendidos no seu escopo são os seguintes:

a) sistemas prediais de água fria e de água quente;

b) sistemas prediais de esgoto sanitário e ventilação; e

c) sistemas prediais de águas pluviais.

2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas,
aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do
referido documento (incluindo emendas).

Ministério do Trabalho e Emprego – Norma Regulamentadora NR 13, “Caldeiras e vasos de pressão”, aprovada
pela Portaria 02/84 de 08/05/84

ABNT NBR 5410, Instalações elétricas de baixa tensão

ABNT NBR 5626, Instalação predial de água fria

ABNT NBR 5648, Tubos e conexões de PVC-U com junta soldável para sistemas prediais de água fria —
Requisitos

ABNT NBR 5649, Reservatório de fibrocimento para água potável – Requisitos


ABNT NBR 5674, Manutenção de edificações – Procedimento

ABNT NBR 5688, Tubos e conexões de PVC-U para sistemas prediais de água pluvial, esgoto sanitário e
ventilação – Requisitos

ABNT NBR 7198, Projeto e execução de instalações prediais de água quente

ABNT NBR 7229, Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos

ABNT NBR 7542, Tubo de cobre médio e pesado, sem costura, para condução de água

ABNT NBR 8160, Sistemas prediais de esgoto sanitário – Projeto e execução

ABNT NBR 8220, Reservatório de poliéster, reforçado com fibra de vidro, para água potável para abastecimento
de comunidades de pequeno porte - Especificação

ABNT NBR 10152, Níveis de ruído para conforto acústico – Procedimento

ABNT NBR 10281, Torneira de pressão – Requisitos e métodos de ensaio

ABNT NBR 10283, Revestimentos Eletrolíticos de Metais e Plásticos Sanitários - Requisitos e métodos de ensaio

ABNT NBR 10540, Aquecedores de água a gás tipo acumulação - Terminologia

ABNT NBR 10844, Instalações prediais de águas pluviais - Procedimento

ABNT NBR 11535, Misturadores para pia de cozinha tipo mesa – Especificação

ABNT NBR 11778, Aparelhos sanitários de material plástico – Especificação

ABNT NBR 11815, Misturadores para pia de cozinha tipo parede – Especificação

ABNT NBR 12090, Chuveiros elétricos – Determinação da corrente de fuga – Método de ensaio

ABNT NBR 12450, Pia monolítica de material plástico - Dimensões - Padronização

ABNT NBR 12451, Cuba de material plástico para pia - Dimensões – Padronização

ABNT NBR 12483, Chuveiros elétricos – Padronização

ABNT NBR 12693, Sistemas de proteção por extintores de incêndio

ABNT NBR 13103, Instalação de aparelhos a gás para uso residencial – Requisitos

ABNT NBR 13206, Tubo de cobre leve, médio e pesado, sem costura, para condução de fluidos – Requisitos

ABNT NBR 13210, Reservatório de poliéster reforçado com fibra de vidro para água potável – Requisitos e
métodos de ensaio

ABNT NBR 13466, Registro do tipo ferrule em ligas de cobre para ramal predial

ABNT NBR 13531, Elaboração de projetos de edificações - Atividades técnicas

ABNT NBR 13713, Instalações hidráulicas prediais - Aparelhos automáticos acionados mecanicamente e com
ciclo de fechamento automático - Requisitos e métodos de ensaio

ABNT NBR 13714, Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio

ABNT NBR 13969, Tanques sépticos - Unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes
líquidos - Projeto, construção e operação

ABNT NBR 14011, Aquecedores instantâneos de água e torneiras elétricas – Requisitos

ABNT NBR 14016, Aquecedores instantâneos de água e torneiras elétricas – Determinação da corrente de fuga –
Método de ensaio

ABNT NBR 14037, Diretrizes para elaboração de manuais de uso, operação e manutenção das edificações —
Requisitos para elaboração e apresentação dos conteúdos
ABNT NBR 14121, Ramal predial – Registro tipo macho em liga de cobre – Requisitos

ABNT NBR 14162, Aparelhos sanitários – Sifão – Requisitos e métodos de ensaio;

ABNT NBR 14390, Misturador para lavatório – Requisitos e métodos de ensaio

ABNT NBR 14534, Torneira de bóia para reservatórios prediais de água potável - Requisitos e métodos de ensaio

ABNT NBR 14580, Instalações em saneamento – Registro de gaveta PN 16 em liga de cobre – Requisitos
e métodos de ensaio

ABNT NBR 14799, Reservatório com corpo em polietileno, com tampa em polietileno ou em polipropileno, para
água potável, de volume nominal até 2 000 L (inclusive) — Requisitos e métodos de ensaio

ABNT NBR 14800, Reservatório com corpo em polietileno, com tampa em polietileno ou em polipropileno, para
água potável, de volume nominal até 2 000 L (inclusive) — Instalação em obra

ABNT NBR 14863, Reservatório de aço inoxidável para água potável

ABNT NBR 14877, Ducha higiênica – Requisitos e métodos de ensaio

ABNT NBR 14878, Ligações flexíveis para aparelhos hidráulicos sanitários – Requisitos e métodos de ensaio

ABNT NBR 14930, Nãotecido – Desprendimento de partículas – Linting

ABNT NBR 15097-1, Aparelhos sanitários de material cerâmico - Parte 1: Requisitos e métodos de ensaios

ABNT NBR 15097-2, Aparelhos sanitários de material cerâmico – Parte 2: Procedimento para instalação

ABNT NBR 15206, Instalações hidráulicas prediais – Chuveiros ou duchas – Requisitos e métodos de ensaio

ABNT NBR 15267, Instalações hidráulicas prediais – Misturador monocomando para lavatório – Requisitos e
métodos de ensaio

ABNT NBR 15423, Válvulas de escoamento – Requisitos e métodos de ensaio

ABNT NBR 15491, Caixa de descarga para limpeza de bacias sanitárias – Requisitos e métodos de ensaio

ABNT NBR 15575-1, Edificações Habitacionais - Desempenho – Parte 1: Requisitos gerais

ABNT NBR 15704-1, Registro – Requisitos e Métodos de Ensaio – Parte 1: Registros de Pressão

ABNT NBR 15705, Instalações hidráulicas prediais - Registros de gaveta – Requisitos e Métodos de Ensaio

ABNT NBR 15813 – 1, Sistemas de tubulações plásticas para instalações prediais de água quente e fria Parte 1:
Tubos de polipropileno copolimero random (PP-R) tipo 3 – Requisitos

ABNT NBR 15813 – 2, Sistemas de tubulações plásticas para instalações prediais de água quente e fria Parte 2:
Conexões de polipropileno copolímero random (PP-R) tipo 3 – Requisitos

ABNT NBR 15813 – 3, Sistemas de tubulações plásticas para instalações prediais de água quente e fria Parte 3:
Tubos e conexões de poliprolieno copolímero random (PP-R) tipo 3 - Montagem, instalação, armazenamento e
manuseio

ABNT NBR 15857, Válvula de descarga para limpeza de bacias sanitárias — Requisitos e métodos de ensaio

ABNT NBR 15884-1, Sistemas de tubulações plásticas para instalações prediais de água quente e fria –
Policloreto de vinila clorado (CPVC) Parte 1: Tubos – Requisitos

ABNT NBR 15884-2, Sistemas de tubulações plásticas para instalações prediais de água quente e fria –
Policloreto de vinila clorado (CPVC) Parte 2: Conexões – Requisitos

ABNT NBR 15884-3, Sistemas de tubulações plásticas para instalações prediais de água quente e fria –
Policloreto de vinila clorado (CPVC) Parte 3: Montagem, instalação, armazenamento e manuseio

ABNT NBR 15939-1, Sistemas de tubulações plásticas para instalações prediais de água quente e fria —
Polietileno reticulado (PE-X) - Parte 1: Requisitos e métodos de ensaio

ABNT NBR 15939-2, Sistemas de tubulações plásticas para instalações prediais de água quente e fria —
Polietileno reticulado (PE-X) -Parte 2: Procedimentos para projeto
ABNT NBR 15939-3, Sistemas de tubulações plásticas para instalações prediais de água quente e fria —
Polietileno reticulado (PE-X) - Parte 3: Procedimentos para instalação

ISO 1182, Reaction to fire tests for buildings products – Non combustibility test.

ISO 10052, Acoustics -- Field measurements of airborne and impact sound insulation and of service equipment
sound – survey method

ISO 16032, Acoustics -- Measurement of sound pressure level from service equipment in buildings -- Engineering
method

3 Termos e definições
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se os termos e as definições da ABNT NBR 15575-1 e as seguintes:

3.1
corrente de fuga pelo aparelho elétrico de aquecimento de água
corrente elétrica errática que os equipamentos elétricos podem transmitir ao usuário

3.2
fonte de abastecimento de água
sistema destinado a fornecer água para o sistema

NOTA Pode ser a rede pública da concessionária ou qualquer sistema particular de fornecimento de água.

3.3
ponto de utilização
extremidade à jusante do sub-ramal a partir de onde a água passa a ser considerada água, para uso

3.4
protetor térmico
dispositivo que, durante o funcionamento anormal do aparelho de aquecimento instantâneo de água, limita a
temperatura da água aquecida, sem poder ser ajustado ou alterado pelo usuário

3.5
refluxo de água
escoamento de água ou outros líquidos e substâncias, proveniente de qualquer fonte que não a fonte
de abastecimento prevista, para o interior da tubulação destinada a conduzir água desta fonte

3.6
retrossifonagem
refluxo de água servida (proveniente de um reservatório, aparelho sanitário ou qualquer outro recipiente) para
o interior de uma tubulação, devido à sua pressão ser inferior à atmosférica

3.7
separação atmosférica
separação física (cujo meio é preenchido por ar) entre o ponto de utilização ou ponto de suprimento e o nível de
transbordamento dos reservatórios, aparelhos sanitários ou outros componentes associados ao ponto de
utilização

3.8
sistema de aquecimento instantâneo de água
sistema onde a água a ser utilizada se aquece de forma instantânea pela sua passagem pela fonte
de aquecimento, como, por exemplo, os seguintes aparelhos elétricos: chuveiros, torneiras, aquecedor de
passagem a gás e outros

3.9
sistema de aquecimento de água por acumulação
sistema onde a água é aquecida e armazenada em reservatórios termicamente isolados para ser posteriormente
utilizada pelos usuários, como, por exemplo, os boilers e os aquecedores de acumulação a gás

3.10
sistema de aterramento
conjunto de todos os condutores e peças condutoras com os quais é feita a ligação elétrica com a terra
3.11
sistema hidrossanitário
sistemas hidráulicos prediais destinados a suprir os usuários com água potável e de reuso, e a coletar e afastar os
esgotos sanitários, bem como coletar e dar destino às águas pluviais

3.12
tubulação
conjunto de componentes basicamente formado por tubos, conexões, válvulas e registros, destinado a conduzir
água potável e, de reuso esgoto, ou águas pluviais

3.13
calha
canal que recolhe a água de coberturas, terraços e similares e a conduz ao tubo de queda

4 Exigências dos usuários

De acordo com a Seção 4 da ABNT NBR 15575-1:2012.

5 Incumbência dos intervenientes

De acordo com a Seção 4 da ABNT NBR 15575-1:2012.

6 Avaliação do desempenho

De acordo com a Seção 4 da ABNT NBR 15575-1:2012.

Esta parte da ABNT NBR 15575 remete constantemente às verificações do projeto para avaliação do desempenho
para a grande maioria dos critérios.

Assim sendo, deve ser aplicado o Anexo A em complemento aos métodos de avaliação como um requisito a ser
atendido.

7 Segurança estrutural

7.1 Requisito – Resistência mecânica dos sistemas hidrossanitários e das instalações

Resistir às solicitações mecânicas durante o uso.

7.1.1 Critério – Tubulações suspensas

Os fixadores ou suportes das tubulações, aparentes ou não, assim como as próprias tubulações, devem resistir,
sem entrar em colapso, a cinco vezes o peso próprio das tubulações cheias d’água para tubulações fixas no teto
ou em outros elementos estruturais, bem como não apresentar deformações que excedam 0,5 % do vão.

NOTA Quando as tubulações estiverem sujeitas a esforços dinâmicos significativos, por exemplo, tubulações de recalque
ou água quente, estes esforços devem ser levados em consideração.

7.1.1.1 Método de avaliação

Realização de ensaio tipo, em laboratório ou em campo, de acordo com o descrito a seguir, realizado em protótipo,
aplicando-se as cargas mencionadas no ponto médio entre dois fixadores ancorados conforme preconizado
em projeto.

Após 30 min. de atuação da carga, registrar se houve ocorrência de colapso dos fixadores ou dos suportes,
ou de ambos, bem como se houve colapso das tubulações, registrando as deformações.

7.1.1.2 Nível de desempenho

O nível para aceitação é o atendimento, quando ensaiado, ao disposto em 7.1.1.

7.1.2 Critério – Tubulações enterradas

As tubulações enterradas devem manter sua integridade.


7.1.2.1 Método de avaliação

Verificar em projeto a existência de berços e envelopamentos, ou berços ou envelopamentos consubstanciados


em memórias de cálculo constantes no projeto ou em bibliografias.

7.1.2.2 Nível de desempenho

O nível para aceitação é o atendimento ao projeto.

7.1.3 Critério – Tubulações embutidas

As tubulações embutidas não devem sofrer ações externas que possam danificá-las ou comprometer a
estanqueidade ou o fluxo.

7.1.3.1 Método de avaliação

Verificar em projeto, nos pontos de transição entre elementos (parede x piso, parede x pilar, e outros), a existência
de dispositivos que assegurem a não transmissão de esforços para a tubulação.

7.1.3.2 Nível de desempenho

O nível para aceitação é o atendimento ao projeto.

7.2 Requisito – Solicitações dinâmicas dos sistemas hidrossanitários

Não provocar golpes e vibrações que impliquem risco à sua estabilidade estrutural.

7.2.1 Critério – Sobrepressão máxima no fechamento de válvulas de descarga

As válvulas de descarga, metais de fechamento rápido e do tipo monocomando não devem provocar
sobrepressões no fechamento superiores a 0,2 MPa.

7.2.1.1 Método de avaliação

As válvulas de descarga utilizadas nos sistemas hidrossanitários, quando ensaiadas, devem atender
ao estabelecido na ABNT NBR 15857.

7.2.1.2 Nível de desempenho

O nível para aceitação é o atendimento aos valores indicados nas ABNT NBR 15857.

7.2.2 Critério – Altura manométrica máxima

O sistema hidrossanitário deve atender à altura manométrica máxima estabelecida na ABNT NBR 5626.

7.2.2.1 Método de avaliação

Verificar em projeto as alturas manométricas mais desfavoráveis para os componentes.

7.2.2.2 Nível de desempenho

O nível para aceitação é o atendimento aos valores estabelecidos na ABNT NBR 5626.

7.2.3 Critério – Sobrepressão máxima quando da parada de bombas de recalque

A velocidade do fluido deve ser inferior a 10 m/s.

7.2.3.1 Método de avaliação

Verificar a menção no projeto da velocidade do fluido prevista.

O projeto pode estabelecer velocidades acima de 10 m/s, desde que estejam previstos dispositivos redutores.
7.2.3.2 Nível de desempenho

O nível para aceitação é o atendimento aos valores estabelecidos para as velocidades previstas em projeto.

7.2.4 Critério – Resistência a impactos de tubulações aparentes

As tubulações aparentes fixadas até 1,5 m acima do piso devem resistir aos impactos que possam ocorrer durante
a vida útil de projeto, sem sofrerem perda de funcionalidade (impacto de utilização) ou ruína (impacto limite),
conforme Tabela 1.

Tabela 1 — Impactos atuantes em tubulações aparentes

Energia
Tipo de impacto
Impacto de utilização Impacto limite
Corpo mole 120 J 240 J
Corpo duro 2,5 J 10 J

7.2.4.1 Método de avaliação

Aplicar os impactos de corpo mole e duro às tubulações aparentes até 1,5 m do piso, fixadas (montadas em
protótipo em laboratório) de acordo com as especificações de projeto, observando-se as características do ensaio
apresentadas na Tabela 2.

NOTA A Figura 1 apresenta um exemplo ilustrativo da montagem do dispositivo de ensaio.

A tubulação, quando ensaiada, deve estar totalmente cheia de água para as instalações de água potável e de
reuso e vazia nas de esgoto e águas pluviais.

Os impactos devem ser aplicados nas regiões mais críticas da tubulação a ser ensaiada, previstas em projeto.

A aplicação dos impactos deve ser iniciada pelos impactos de utilização de corpo mole e duro e, em seguida, os
impactos limites de corpo mole e duro.

Após cada impacto, deve-se verificar a ocorrência de fissuras ou outros danos superficiais na tubulação. Após a
aplicação de todos os impactos, a ocorrência de vazamentos deve ser verificada através da aplicação de 10.1.1
para as instalações de água e 10.1.3 para as instalações de esgoto e águas pluviais.

Tabela 2 — Condições especificadas para aplicação do corpo mole e duro

Impacto de utilização Impacto limite


Tipo de
impacto Massa de Distância de Meio de Massa de Distância de Meio de
impacto aplicação (d) aplicação impacto aplicação(d) aplicação
Saco de Saco de
Corpo mole 40,0 kg 0,3 m 1) 40,0 kg 0,6 m 1)
couro couro
Esfera maciça Esfera maciça
Corpo duro 0,5 kg 0,5 m 1,0 kg 1,0 m
de aço de aço
1)
Saco cilíndrico de couro com 0,30 m de diâmetro preenchido com areia seca.
Figura 1 — Exemplo ilustrativo da montagem do dispositivo de ensaio – Corpos mole e duro

7.2.4.2 Nível de desempenho

O nível para aceitação é o atendimento aos valores estabelecidos na Tabela 2 sem sofrer perda de funcionalidade
ou ruína, quando a tubulação é ensaiada conforme 7.2.4.1.

8 Segurança contra incêndio

8.1 Requisito – Combate a incêndio com água

Dispor de reservatório domiciliar de água fria, superior ou inferior, de volume de água necessário para o combate
a incêndio, além do volume de água necessário para o consumo dos usuários, aplicável para aqueles casos
em que a edificação necessitar de sistema de hidrante.

8.1.1 Critério – Reserva de água para combate a incêndio

O volume de água reservado para combate a incêndio deve ser estabelecido segundo a legislação vigente ou,
na sua ausência, segundo a ABNT NBR 13714.

8.1.1.1 Método de avaliação

Verificação do projeto conforme Anexo A.

8.1.1.2 Nível de desempenho

O nível para aceitação é o atendimento aos valores estabelecidos na legislação vigente ou na ABNT NBR 13714.

8.2 Requisito – Combate a incêndio com extintores

Dispor de extintores conforme legislação vigente na aprovação do projeto.

8.2.1 Critério – Tipo e posicionamento de extintores

Os extintores devem ser classificados e posicionados de acordo com a ABNT NBR 12693.

8.2.1.1 Método de avaliação

Verificação do projeto e in loco.

8.2.1.2 Nível de desempenho

O nível para aceitação é o atendimento ao estabelecido na ABNT NBR 12693.


8.3 Requisito – Evitar propagação de chamas entre pavimentos

Evitar a propagação de incêndio entre pavimentos.

8.3.1 Critério – Evitar propagação de chamas entre pavimentos

Quando as prumadas de esgoto sanitário e ventilação estiverem aparentes em alvenaria ou no interior de shafts,
devem ser fabricadas com material não propagante de chamas.

8.3.1.1 Método de avaliação

Análise de projeto. Caso seja necessário verificar se o material da tubulação é não propagante à chama, deve-se
adotar a ISO 1182.

8.3.1.2 Nível de desempenho

O nível para aceitação é o atendimento ao critério de 8.3.1.

9 Segurança no uso e operação

9.1 Requisito – Risco de choques elétricos e queimaduras em sistemas de equipamentos de


aquecimento e em eletrodomésticos ou eletroeletrônicos

Evitar queimaduras e choques elétricos quando em operação e uso normal.

9.1.1 Critério – Aterramento das instalações, dos aparelhos aquecedores, dos eletrodomésticos e dos
eletroeletrônicos

Todas as tubulações, equipamentos e acessórios do sistema hidrossanitário devem ser direta ou indiretamente
aterrados conforme ABNT NBR 5410.

9.1.1.1 Método de avaliação

Verificação do projeto.

9.1.1.2 Nível de desempenho

O nível para aceitação é o atendimento ao estabelecido na ABNT NBR 5410.

9.1.2 Critério – Corrente de fuga em equipamentos

Os equipamentos devem atender às ABNT NBR 12090 e ABNT NBR 14016, limitando-se à corrente de fuga,
para outros aparelhos, em 15 mA.

9.1.2.1 Método de avaliação

Os equipamentos, quando ensaiados, devem atender às ABNT NBR 12090 e ABNT NBR 14016.

Demais equipamentos, quando ensaiados, não devem exceder 15 mA, medidos in loco.

9.1.2.2 Nível de desempenho

O nível para aceitação é o atendimento ao estabelecido nas ABNT NBR 12090 e ABNT NBR 14016.

9.1.3 Critério – Dispositivos de segurança em aquecedores elétricos de acumulação

Os aparelhos elétricos de acumulação utilizados para o aquecimento de água devem ser providos de dispositivo
de alívio para o caso de sobrepressão e também de dispositivo de segurança que corte a alimentação de energia
em caso de superaquecimento.

9.1.3.1 Método de avaliação

Verificação da existência do dispositivo de alívio de pressão na especificação do aparelho.


9.1.3.2 Nível de desempenho

O nível para aceitação é o atendimento à exigência descrita em 9.1.3.1.

9.2 Requisito – Risco de explosão, queimaduras ou intoxicação por gás

Não apresentar riscos de explosão ou intoxicação, aos usuários, durante o uso.

9.2.1 Critério – Dispositivos de segurança em aquecedores de acumulação a gás

Os aparelhos de acumulação a gás, utilizados para o aquecimento de água devem ser providos de dispositivo
de alívio para o caso de sobrepressão e também de dispositivo de segurança que corte a alimentação do gás
em caso de superaquecimento.

9.2.1.1 Método de avaliação

Verificação da existência do dispositivo de alívio de sobrepressão e do dispositivo de segurança na especificação


do aparelho, conforme ABNT NBR 10540 e indicado no projeto.

Verificação na etiqueta ou no folheto do aquecedor das características técnicas do equipamento para certificar
o limite de temperatura máxima.

9.2.1.2 Nível de desempenho

O nível para aceitação é o atendimento à exigência descrita em 9.2.1.1.

9.2.2 Critério – Instalação de equipamentos a gás combustível

O funcionamento do equipamento instalado em ambientes residenciais deve ser feito de maneira que
a taxa máxima de CO2 não ultrapasse o valor de 0,5 %.

9.2.2.1 Método de avaliação

Verificação dos detalhes construtivos, por meio da análise do projeto arquitetônico e de inspeção do protótipo,
quanto ao atendimento às ABNT NBR 13103, NR-13 e ABNT NBR 14011.

9.2.2.2 Nível de desempenho

O nível para aceitação é o atendimento ao estabelecido nas ABNT NBR 13103, ABNT NBR 14011 e NR 13.

9.3 Requisito – Permitir utilização segura aos usuários.

9.3.1 Critério – Prevenção de ferimentos

As peças de utilização e demais componentes dos sistemas hidrossanitários que são manipulados pelos usuários
não devem possuir cantos vivos ou superfícies ásperas.

9.3.1.1 Método de avaliação

Atender às ABNT NBR 10281, ABNT NBR 10283, ABNT NBR 11535, ABNT NBR 11778, ABNT NBR 11815,
ABNT NBR 12483, ABNT NBR 13713, ABNT NBR 14011, ABNT NBR 14162, ABNT NBR 14390, ABNT NBR
14534, ABNT NBR 14580, ABNT NBR 14877, ABNT NBR 14878, ABNT NBR 15097-1, ABNT NBR 151097-2,
ABNT NBR 15206, ABNT NBR 15267, ABNT NBR 15423, ABNT NBR 15491, ABNT NBR 15704-1, ABNT NBR
15705 ABNT NBR 15857, e verificar por inspeção visual as partes aparentes dos componentes dos sistemas,
inclusive as partes cobertas por canoplas que são passíveis de contato quando da manutenção ou troca de
componente.

9.3.1.2 Nível de desempenho

O nível para aceitação é o atendimento ao estabelecido nas normas citadas em 9.3.1.1.

9.3.2 Critério – Resistência mecânica de peças e aparelhos sanitários

As peças e aparelhos sanitários devem possuir resistência mecânica aos esforços a que serão submetidos na sua
utilização e apresentar atendimento às ABNT NBR 10281, ABNT NBR 11535, ABNT NBR 11778, ABNT NBR
11815, ABNT NBR 12483, ABNT NBR 13713, ABNT NBR 14011, ABNT NBR 14162, ABNT NBR 14390, ABNT
NBR 14534, ABNT NBR 14580, ABNT NBR 14877, ABNT NBR 14878, ABNT NBR 15097-1, ABNT NBR 151097-2,
ABNT NBR 15206, ABNT NBR 15267, ABNT NBR 15423, ABNT NBR 15491, ABNT NBR 15704-1, ABNT NBR
15705 ABNT NBR 15857.

9.3.2.1 Método de avaliação

De acordo os métodos de ensaios prescritos nas ABNT NBR 10281, ABNT NBR 11535, ABNT NBR 11778, ABNT
NBR 11815, ABNT NBR 12483, ABNT NBR 13713, ABNT NBR 14011, ABNT NBR 14162, ABNT NBR 14390,
ABNT NBR 14534, ABNT NBR 14580, ABNT NBR 14877, ABNT NBR 14878, ABNT NBR 15097-1, ABNT NBR
151097-2, ABNT NBR 15206, ABNT NBR 15267, ABNT NBR 15423, ABNT NBR 15491, ABNT NBR 15704-1,
ABNT NBR 15705 ABNT NBR 15857.

9.3.2.2 Nível de desempenho

O nível para aceitação é o atendimento, quando ensaiado de acordo com as Normas citadas em 9.3.3.1, às
prescrições nelas contidas.

9.4 Requisito – Temperatura de utilização da água

Quando houver sistema de água quente para os pontos de utilização nos edificações habitacionais, o sistema
deve prever formas de prover ao usuário que a temperatura da água na saída do ponto de utilização seja limitada.

9.4.1 Critério – Temperatura de aquecimento

As possibilidades de mistura de água fria, regulagem de vazão e outras técnicas existentes no sistema
hidrossanitário, no limite de sua aplicação, devem permitir que a regulagem da temperatura da água na saída do
ponto de utilização atinja valores abaixo de 50°C.

9.4.1.1 Método de avaliação

Os equipamentos, quando ensaiados conforme as ABNT NBR 12090, ABNT NBR 14011 e ABNT NBR 14016,
devem atender ao item 9.4.1.

9.4.1.2 Premissa de projeto

No caso de uso de válvula de descarga, deve haver coluna exclusiva para abastecê-la, saindo diretamente do
reservatório, não podendo estar ligado nenhum outro ramal nesta coluna.

9.4.1.3 Nível de desempenho

O nível para aceitação é o atendimento às premissas de projeto. Além dos equipamentos atenderem aos valores
indicados ao item 9.4.1., o projeto atende às Normas ABNT NBR 7198.

10 Estanqueidade

10.1 Requisito – Estanqueidade das instalações dos sistemas hidrossanitários de água fria e
água quente

Apresentar estanqueidade quando sujeitos às pressões previstas no projeto.

10.1.1 Critério – Estanqueidade à água das instalações de água

As tubulações do sistema predial de água não devem apresentar vazamento quando submetidas, durante 1h., à
pressão hidrostática de 1,5 vez o valor da pressão prevista, em projeto, nesta mesma seção, e, em nenhum caso,
devem ser testadas a pressões inferiores a 100 kPa. A tubulação de água quente é testada com água à
temperatura de 80C, durante 1h.

10.1.1.1 Método de avaliação

As tubulações devem ser ensaiadas conforme prescrito nas ABNT NBR 5626, ABNT NBR 7198 e ABNT NBR
8160.

10.1.1.2 Nível de desempenho


O nível para aceitação é o atendimento ao estabelecido em 10.1.1 quando ensaiado de acordo com as Normas
citadas em 10.1.1.1.

10.1.2 Critério – Estanqueidade à água de peças de utilização

As peças de utilização não devem apresentar vazamento quando submetidas à pressão hidrostática prevista nas
ABNT NBR 5626 e ABNT NBR 7198.

Os reservatórios devem ser estanques conforme ABNT NBR 13210, ABNT NBR 14799 e as demais Normas
Brasileiras pertinentes.

Os metais sanitários devem ser estanques conforme ABNT NBR 10281, ABNT NBR 11535, ABNT NBR 11815,
ABNT NBR 13713, ABNT NBR 14162, ABNT NBR 14390, ABNT NBR 14877, ABNT NBR 14878, ABNT NBR
15206, ABNT NBR 15267, ABNT NBR 15423, ABNT NBR 15704-1, ABNT NBR 15705 e ABNT NBR 15857.

10.1.2.1 Método de avaliação

As peças de utilização devem ser ensaiadas conforme as ABNT NBR 5626, ABNT NBR 15097-1, ABNT NBR
15097-2 e ABNT NBR 11778.

Os reservatórios quando ensaiados segundo as ABNT NBR 5649, ABNT NBR 8220, ABNT NBR 14799, ABNT
NBR 14863 devem ser estanques.

Os metais sanitários devem ser ensaiados conforme as ABNT NBR 10281, ABNT NBR 11535, ABNT NBR 11815,
ABNT NBR 13713, ABNT NBR 14162, ABNT NBR 14390, ABNT NBR 14877, ABNT NBR 14878, ABNT NBR
15206, ABNT NBR 15267, ABNT NBR 15423, ABNT NBR 15704-1, ABNT NBR 15705 e ABNT NBR 15857.

10.1.2.2 Nível de desempenho

O nível para aceitação é o atendimento ao estabelecido nas Normas citadas em 10.1.2.1 quando as peças são
ensaiadas de acordo com o prescrito nas mesmas.

10.1.3 Critério – Estanqueidade das instalações de esgoto e de águas pluviais

As tubulações dos sistemas prediais de esgoto sanitário e de águas pluviais não devem apresentar vazamento
quando submetidas à pressão estática de 60 kPa, durante 15 min se o ensaio for feito com água, ou de 35 kPa,
durante o mesmo período de tempo, caso o ensaio seja feito com ar.

10.1.3.1 Método de avaliação

As tubulações devem ser ensaiadas conforme as prescrições constantes das ABNT NBR 8160
e ABNT NBR 10844.

10.1.3.2 Nível de desempenho

O nível para aceitação é a estanqueidade das instalações quando ensaiadas de acordo com as pressões
estabelecidas em 10.1.3.

10.1.4 Critério – Estanqueidade à água das calhas

As calhas, com todos os seus componentes, do sistema predial de águas pluviais devem ser estanques.

10.1.4.1 Método de avaliação

Obturar a saída das calhas e enchê-las com água até o nível de transbordamento, verificando vazamentos.

10.1.4.2 Nível de desempenho

O nível para aceitação é a estanqueidade das instalações quando ensaiadas de acordo com 10.1.4.1.

11 Desempenho térmico
Não se aplica nesta parte da ABNT NBR 15575.
12 Desempenho acústico
Esta norma estabelece um método de medição dos ruídos gerados por equipamentos prediais. Também
apresenta valores de níveis de desempenho de caráter não obrigatório.
Os métodos e critérios constam do Anexo B (informativo).

13 Desempenho lumínico
Não se aplica nesta parte da ABNT NBR 15575.

14 Durabilidade e manutenibilidade

14.1 Requisito – Vida útil de Projeto das instalações hidrossanitárias

Manter a capacidade funcional durante vida útil de projeto conforme períodos especificados na ABNT NBR 15575-1,
desde que o sistema hidrossanitário seja submetido às intervenções periódicas de manutenção e conservação.

NOTA As diretrizes de durabilidade contidas na referência bibliográfica “Critérios mínimos de desempenho para habitações
térreas de interesse social” podem ser adotadas entre as partes que fazem acordos baseados nesta Parte da ABNT NBR 15575-6.

14.1.1 Critério para a vida útil de projeto

Demonstrar o atendimento à Tabela 14.1 da ABNT NBR 15575-1:2012.

14.1.1.1 Método de avaliação

O Anexo C da ABNT NBR 15575-1:2012 contém dispositivos aplicáveis.

14.1.1.2 Premissas de projeto

Dada a complexidade e variedade dos componentes que constituem o sistema hidrossanitário e a fim de que ele
atenda à Tabela 14.1 ABNT NBR 15575-1:2012, considerando-se ainda que a vida útil também é função da
agressividade do meio ambiente, das características intrínsecas dos materiais e dos solos, os componentes
podem apresentar vida útil menor do que aquelas estabelecidas para o sistema hidrossanitário como vida útil de
projeto. Assim, o projeto deve fazer constar o prazo de substituição e manutenções periódicas pertinentes.

14.1.1.3 Nível de desempenho

O nível para aceitação é o atendimento ao projeto e às premissas de projeto.

14.1.2 Critério – Projeto e execução das instalações hidrossanitárias

A qualidade do projeto e da execução dos sistemas hidrossanitários deve assegurar o atendimento


às Normas Brasileiras pertinentes.

14.1.2.1 Método de avaliação

Verificação ao atendimento do projeto à lista de verificação detalhada no Anexo A.

14.1.2.2 Nível de desempenho

O nível para aceitação é o atendimento ao estabelecido nas Normas citadas em 14.1.1.

14.1.3 Critério – Durabilidade dos sistemas, elementos, componentes e instalação

Os elementos, componentes e instalação dos sistemas hidrossanitários devem apresentar durabilidade compatível
com a vida útil de projeto.

NOTA O Anexo C, da ABNT NBR 15575-1 contém instruções sobre esta abordagem.

14.1.3.1 Métodos de avaliação


O Anexo C da ABNT NBR 15575-1 contém disposições aplicáveis conforme o material.

NOTA Também pode ser tomado como referência o documento “Critérios mínimos de desempenho para habitações
térreas de interesse social”.

14.1.3.2 Nível de desempenho

Conforme Seção 14 da ABNT NBR 15575-1.

14.2 Requisito – Manutenibilidade das instalações hidráulicas, de esgotos e de águas pluviais

Permitir inspeções, quando especificadas em projeto, do sistema hidrossanitário.

14.2.1 Critério – Inspeções em tubulações de esgoto e águas pluviais

Nas tubulações de esgoto e águas pluviais, devem ser previstos dispositivos de inspeção para que qualquer ponto
da tubulação possa ser atingido por uma haste flexível, conforme preconizado nas ABNT NBR 8160
e ABNT NBR 10844.

14.2.1.1 Método de avaliação

Verificação do projeto ou inspeção em protótipo.

14.2.1.2 Nível de desempenho

O nível para aceitação é o atendimento ao estabelecido nas Normas citadas em 14.2.1.

14.2.2 Critério – Manual de operação, uso e manutenção das instalações hidrossanitárias

O fornecedor do SH, elementos ou componentes que compõem a edificação habitacional devem especificar todas
as condições de uso, operação e manutenção dos sistemas hidrossanitárias, incluindo o “Como Construído”.

14.2.2.1 Método de avaliação

Análise do manual de operação, uso e manutenção das edificações, considerando-se as diretrizes gerais das
ABNT NBR 5674 e ABNT NBR 14037, e do manual das áreas comuns.

14.2.2.2 Nível de desempenho

O nível para aceitação é o atendimento ao estabelecido nas Normas citadas em 14.2.2.1.1.

15 Saúde, higiene e qualidade do ar

15.1 Requisito – Contaminação da água a partir dos componentes das instalações

Evitar a introdução de substâncias tóxicas ou impurezas.

15.1.1 Critério – Independência do sistema de água

O sistema de água fria deve ser separado fisicamente de qualquer outra instalação que conduza água não potável
ou fluida de qualidade insatisfatória, desconhecida ou questionável.

Os componentes da instalação do sistema de água fria não devem transmitir substâncias tóxicas à água
ou contaminar a água por meio de metais pesados.

15.1.1.1 Método de avaliação

Verificação do projeto quanto ao atendimento às ABNT NBR 5626, ABNT NBR 5648, ABNT NBR 5688, ABNT
NBR 7542, ABNT NBR 13206, ABNT NBR 15813-1, ABNT NBR 15813-2, ABNT NBR 15813-3, ABNT NBR 15884-
1, ABNT NBR 15884-2, ABNT NBR 15884-3, ABNT NBR 15939-1, ABNT NBR 15939-2 e ABNT NBR 15939-3.

Verificação da menção em projeto da utilização de componentes que assegurem a não existência de substâncias
nocivas ou presença de metais pesados.
15.1.1.2 Nível de desempenho

O nível para aceitação é o atendimento do projeto às normas citadas em 15.1.1.1, bem como o projeto menciona a
utilização de componentes que atendem ao prescrito em 15.1.1.1.

15.2 Requisito – Contaminação biológica da água na instalação de água potável

Não utilizar material ou componente que permita o desenvolvimento de bactérias ou outras atividades biológicas,
as quais provocam doenças.

15.2.1 Critério – Risco de contaminação biológica das tubulações

Todo componente de instalação aparente deve ser fabricado de material lavável e impermeável para evitar
a impregnação de sujeira ou desenvolvimento de bactérias ou atividades biológicas.

Aspectos sobre o atendimento, método de avaliação e níveis se encontram indicados na ABNT NBR 15575-1.

15.2.2 Critério – Risco de estagnação da água

Os componentes da instalação hidráulica não devem permitir o empoçamento de água.

15.2.2.1 Método de avaliação

Os tanques, pias de cozinha e válvulas de escoamento devem ser ensaiados de acordo com as normas ABNT
NBR 12450, ABNT NBR 12451, ABNT NBR 15097-1, ABNT NBR 11778 e ABNT NBR 15423.

15.2.2.2 Nível de desempenho

O nível para aceitação é quando o componente não permite o empoçamento de água.

15.3 Requisito – Contaminação da água potável do sistema predial

Não ser passível de contaminação por qualquer fonte de poluição ou agentes externos.

15.3.1 Critério – Tubulações e componentes de água potável enterrados

Os componentes do sistema de instalação enterrados devem ser protegidos contra a entrada de animais
ou corpos estranhos, bem como de líquidos que possam contaminar a água potável, em conformidade com
as ABNT NBR 5626 e ABNT NBR 8160.

15.3.1.1 Método de avaliação

Verificação do projeto quanto ao atendimento das ABNT NBR 5626 e ABNT NBR 8160.

15.3.1.2 Nível de desempenho

O nível para aceitação é o atendimento do projeto às Normas citadas em 15.3.1.1.

15.4 Requisito – Contaminação por refluxo de água

Não permitir o refluxo ou retrossifonagem.

15.4.1 Critério – Separação atmosférica

A separação atmosférica por ventosas (ou dispositivos quebradores de vácuo) deve atender às exigências
da ABNT NBR 5626.

15.4.1.1 Método de avaliação

Verificação do projeto quanto ao atendimento à ABNT NBR 5626.

15.4.1.2 Nível de desempenho

O nível para aceitação é o atendimento do projeto às Normas citadas em 15.4.1.1.


15.5 Requisito – Ausência de odores provenientes da instalação de esgoto

Não permitir o retorno de gases aos ambientes sanitários.

15.5.1 Critério – Estanqueidade aos gases

O sistema de esgotos sanitários deve ser projetado de forma a não permitir a retrossifonagem ou quebra do
selo hídrico.

15.5.1.1 Método de avaliação

Verificação do projeto quanto ao atendimento à ABNT NBR 8160.

15.5.1.2 Nível de desempenho

O nível para aceitação é o atendimento do projeto às Normas citadas em 15.5.1.1.

15.6 Requisito – Contaminação do ar ambiente pelos equipamentos

Não deve haver possibilidade de contaminação por geração de gás.

15.6.1 Critério – Teor de poluentes

Os ambientes não devem apresentar teor de CO2 superior a 0,5 %, e de CO superior a 30 ppm.

15.6.2 Método de avaliação

Verificação do projeto quanto ao atendimento à ABNT NBR 13103, bem como inspeção in loco dos ambientes.

16 Funcionalidade e acessibilidade

16.1 Requisitos – Funcionamento das instalações de água

Satisfazer às necessidades de abastecimento de água fria e quente.

16.1.1 Critério – Dimensionamento da instalação de água fria e quente

O sistema predial de água fria e quente deve fornecer água na pressão, vazão e volume compatíveis com o uso,
associado a cada ponto de utilização, considerando a possibilidade de uso simultâneo.

16.1.1.1 Método de avaliação

Verificação do projeto quanto ao atendimento das ABNT NBR 5626 e ABNT NBR 7198.

16.1.1.2 Nível de desempenho

O nível para aceitação é o atendimento do projeto às Normas citadas em 16.1.1.1.

16.1.2 Critério – Funcionamento de dispositivos de descarga

As caixas e válvulas de descarga devem obedecer ao disposto nas ABNT NBR 15491 e ABNT NBR 15857 no que
diz respeito à vazão e volume de descarga.

16.1.2.1 Método de avaliação

Verificação do volume de descarga de acordo com o método de ensaio estabelecido na ABNT NBR 15857.

16.1.2.2 Nível de desempenho

O nível para aceitação é o atendimento às normas respectivas, ou seja, as caixas de descargas, quando
ensaiadas conforme a ABNT NBR 15491, a atendem, bem como, quando as válvulas são ensaiadas conforme a
ABNT NBR 15857, atendem ao prescrito nesse documento normativo.
16.2 Requisito – Funcionamento das instalações de esgoto

Coletar e afastar, até a rede pública ou sistema de tratamento e disposição privados, os efluentes gerados
pela edificação habitacional.

16.2.1 Critério – Dimensionamento da instalação de esgoto

O sistema predial de esgoto deve coletar e afastar nas vazões com que normalmente são descarregados
os aparelhos sem que haja transbordamento, acúmulo na instalação, contaminação do solo ou retorno a aparelhos
não utilizados.

16.2.1.1 Método de avaliação

Verificação do projeto quanto ao atendimento das ABNT NBR 8160, ABNT NBR 7229 e ABNT NBR 13969.

16.2.1.2 Nível de desempenho

O nível para aceitação é o atendimento do projeto ao disposto nas ABNT NBR 8160, ABNT NBR 7229 e ABNT
NBR 13969.

16.3 Requisito – Funcionamento das instalações de águas pluviais

Coletar e conduzir água de chuva.

16.3.1 Critério – Dimensionamento de calhas e condutores

As calhas e condutores devem suportar a vazão de projeto, calculada a partir da intensidade de chuva adotada
para a localidade e para um certo período de retorno.

16.3.1.1 Método de avaliação

Verificação do projeto quanto ao atendimento à ABNT NBR 10844.

16.3.1.2 Nível de desempenho

O nível para aceitação é o atendimento do projeto ao disposto na ABNT NBR 10844.

17 Conforto tátil e antropodinâmico

17.1 Requisito – Conforto na operação dos sistemas prediais

Prover manobras confortáveis e seguras aos usuários.

17.1.1 Critério – Adaptação ergonômica dos equipamentos

As peças de utilização, inclusive registros de manobra, devem possuir volantes ou dispositivos com formato e
dimensões que proporcionem torque ou força de acionamento de acordo com as normas de especificação de cada
produto, além de serem isentos de rebarbas, asperezas ou ressaltos que possam causar ferimentos.

17.1.1.1 Método de avaliação

Inspecionar, in loco, as peças de utilização. Se o componente possuir declaração do fabricante ou embalagem que
assegure o atendimento às normas vigentes sobre os componentes específicos, o sistema está isento desta
verificação.

17.1.1.2 Nível de desempenho

O nível para aceitação é o, atendimento dos componentes às normas específicas, a saber: ABNT NBR 10281,
ABNT NBR 11535, ABNT NBR 11778, ABNT NBR 11815, , ABNT NBR 13713, ABNT NBR 14390, , ABNT NBR
14877, , ABNT NBR 15267, ABNT NBR 15491, ABNT NBR 15704-1, ABNT NBR 15705 ou atendem à inspeção
descrita em 17.1.1.1.
18 Adequação ambiental

18.1 Requisito – Uso racional da água

Reduzir a demanda da água da rede pública de abastecimento e o volume de esgoto conduzido para tratamento
sem aumento da probabilidade de ocorrência de doenças ou da redução da satisfação do usuário representada
pelas condições estabelecidas nesta parte da ABNT NBR 15575.

18.1.1 Critério – Consumo de água em bacias sanitárias

As bacias sanitárias devem ser de volume de descarga de acordo com as especificações da ABNT NBR 15097-1.

18.1.1.1 Método de avaliação

Ensaios das bacias constantes na ABNT NBR 15097-1.

18.1.1.2 Nível de desempenho

O nível para aceitação é o atendimento do projeto, quando ensaiado, ao estabelecido na ABNT NBR 15097-1.

18.1.2 Critério – Fluxo de água em peças de utilização

Recomenda-se que as peças de utilização possuam vazões que permitam tornar o mais eficiente possível o uso
da água nele utilizadas, o que implica na redução do consumo de água a valores mínimos necessários e
suficientes para o bom funcionamento dessas peças e para a satisfação das exigências do usuário.

18.1.2.1 Método de avaliação

As vazões dos metais sanitários devem ser verificadas de acordo com os métodos de ensaios descritos nas ABNT
NBR 10281, ABNT NBR 11535, ABNT NBR 11815, ABNT NBR 13713, ABNT NBR 14390, ABNT NBR 14877,
ABNT NBR 15206, ABNT NBR 15267, ABNT NBR 15704-1, ABNT NBR 15705.

18.1.2.2 Nível de desempenho

O nível para aceitação é o atendimento dos componentes às Normas especificadas em 18.1.2.2. Se o


componente possuir declaração do fabricante ou embalagem que assegure o atendimento às Normas Brasileiras
pertinentes sobre os componentes específicos, o sistema está isento desta verificação.

18.2 Requisito – Contaminação do solo e do lençol freático

Não contaminar o solo ou o lençol freático.

18.2.1 Critério – Tratamento e disposição de efluentes

Os sistemas prediais de esgoto sanitário devem estar ligados à rede pública de esgoto ou a um sistema localizado
de tratamento e disposição de efluentes, atendendo às ABNT NBR 8160, ABNT NBR 7229 e ABNT NBR 13969.

18.2.1.1 Método de avaliação

Verificar no projeto se o sistema predial de esgoto sanitário está ligado à rede pública ou a um sistema localizado
de tratamento e disposição.

18.2.1.2 Nível de desempenho

O nível para aceitação é o atendimento do componente às Normas mencionadas em 18.2.1.1.


Anexo A
(normativo)

Lista de verificações para os projetos

A.1 Introdução

Este Anexo tem por objetivo estabelecer uma lista de verificações para a análise de projetos de sistemas
hidrossanitários.

A lista de verificações deste Anexo segue a ABNT NBR 13531.

NOTA Também pode ser tomado como referência o documento “Manual de Escopo de Projetos e Serviços de Instalações
Prediais – Hidráulica” elaborado pelo SECOVI.

A.2 Procedimento
O projeto e a execução dos sistemas hidrossanitários devem atender e mencionar as Normas citadas na Seção 2,
bem como devem, seguindo esta lista de verificações, atender de forma objetiva aos conteúdos e aos produtos
gerados, respeitadas as cláusulas contratuais firmadas entre fornecedor e cliente.

A.3 Lista de verificações


A.3.1 Esta lista de verificações está subdividida nas seguintes fases:

a) Fase A - Concepção do produto;

b) Fase B - Definição do produto;

c) Fase C I - Identificação e solução de interfaces;

d) Fase D - Projeto de detalhamento;

e) Fase E - Pós-entrega dos projetos;

f) Fase F - Pós-entrega da obra.

A.3.2 Para cada fase deve ser evidenciado se o projeto apresenta suficientes dados e informações
que permitam aferir o seu atendimento.

A.3.3 A lista de verificações deve ser adaptada para cada requisito e critério expresso nesta parte
da ABNT NBR 15575, de forma a identificar se o projeto possui evidências ao atendimento.

A.4 Detalhes de cada fase

A.4.1 Fase A – Concepção do produto

Esta fase compreende:

a) análise das condicionantes locais; e

b) consulta às concessionárias de serviços públicos.

Os conteúdos da fase A são:

a) levantamento do conjunto de informações jurídicas, legais, programáticas e técnicas;

b) dados que visem determinar as restrições e possibilidades que regem e limitam o produto imobiliário
pretendido.
NOTA Estas informações permitem caracterizar o partido hidráulico e as possíveis soluções das edificações
e de implantação dentro das condicionantes levantadas.

Esta fase está subdividida nas seguintes etapas, conforme ABNT NBR 13531:

a) LV - Levantamento de dados;

b) PN - Programa de necessidade; e

c) EV - Estudo de viabilidade.

Os produtos gerados na fase A e que devem ser evidenciados são:

a) relatório de condicionantes locais, com as seguintes informações;

 disponibilidade e características de atendimento do empreendimento pelos serviços públicos;

 comentários e recomendações sobre a ligação da edificação aos serviços públicos;

b) diretrizes e respostas às consultas junto às concessionárias locais de água, esgoto, gás combustível
e eletricidade.

A.4.2 Fase B – Definição do produto

Esta fase compreende:

a) definição de ambientes e espaços técnicos;

b) consulta às concessionárias de serviços públicos; e

c) assessoria para adoção de novas tecnologias.

O conteúdo desta fase B é o desenvolvimento do partido hidráulico e de demais elementos do empreendimento,


definindo e consolidando todas as informações necessárias, a fim de verificar as viabilidades física,
legal e econômica, bem como possibilitar a elaboração dos projetos legais.

Esta fase está subdividida nas seguintes etapas, conforme ABNT NBR 13531:

a) EP - Estudo preliminar;

b) AP – Anteprojeto; e

c) PL - Projeto legal.

Os produtos gerados nesta fase B e que devem ser evidenciados são:

a) layout dos ambientes e centrais técnicas, com dimensões, condições de posicionamento, acesso e
circulação de pessoas, tubulações e sistemas técnicos, ventilação dos espaços e outros condicionantes;

b) dimensões principais e posicionamento de shafts e espaços técnicos, com percurso vertical;

c) dimensões principais de outros espaços, inclusive alturas de entreforro, necessários para passagem
de tubulações e/ou sistemas técnicos;

d) demarcação de zonas de encaminhamento das tubulações primárias, com indicação de posicionamento,


altura ocupada e/ou caimento nos pavimentos;

e) relatório com as características propostas para os sistemas que podem incorporar tecnologias inovadoras,
análises realizadas e conclusões do projetista, inclusive apontando os resultados esperados em função
das alternativas tecnológicas a serem adotadas.
A.4.3 Fase C – Identificação e solução de interfaces

Esta fase compreende:

a) posicionamento de dispositivos e componentes hidráulicos;

b) definição e leiaute de salas técnicas;

c) traçado de tubulações hidráulicas principais; e

d) definição e leiaute de shafts verticais.

Esta fase se caracteriza, conforme ABNT NBR 15351, como PB - Projeto Básico.

Os conteúdos da fase C são:

a) consolidação de todos os ambientes, suas articulações e demais elementos do empreendimento, com as


definições necessárias para o intercâmbio entre todos os envolvidos no processo.

b) resolução de todas as interfaces resultantes do projeto, a partir da negociação de soluções de


interferências entre sistemas, de tal forma a possibilitar uma avaliação preliminar dos custos, métodos
construtivos e prazos de execução.

Os produtos gerados na fase C e que devem ser evidenciados são:

a) plantas de todos os setores ou pavimentos com posicionamento das colunas, caixas de inspeção, ralos
e outros dispositivos de captação e caixas para dispositivos e/ou sistemas de combate a incêndio;

b) indicação de engrossamentos, enchimentos, com indicação de suas dimensões e outros ajustes


ou considerações eventualmente necessárias para orientar os projetos das demais especialidades, em
todos os setores ou pavimentos;

c) posicionamento de forros e sancas, com indicação de suas dimensões;

d) desenhos das salas e centrais técnicas, bem como dos shafts verticais (plantas, cortes, vistas e detalhes,
conforme a necessidade, com marcação de todas as demandas a serem atendidas pelos projetos das demais
especialidades, dimensões, pés-direitos, portas, aberturas, janelas, forros, condições de acesso de pessoas
e equipamentos, proximidade de outros ambientes ou condições etc.);

e) indicação de grandes furos na estrutura e/ou trechos de instalação embutidos em alvenaria armada,
bem como indicação de grandes furos e inserts na estrutura;

f) plantas de todos os pavimentos, com traçado de dutos, tubulações e linhas principais de sistemas hidráulicos;

g) indicação de ajustes necessários nos projetos das demais especialidades, em função das interferências
identificadas;

h) planta de furação de laje para os shafts verticais.

A.4.4 Fase D – Projeto de detalhamento de especialidades

Esta fase compreende:

a) dimensionamentos hidráulicos gerais;

b) projeto e detalhamento de instalações localizadas;

c) plantas de distribuição hidráulica;

d) preparação de esquemas verticais da instalação;

e) detalhamento de ambientes e centrais técnicas;

f) elaboração de memoriais e especificações;


g) elaboração de plantas de marcação de lajes;

h) verificação da adequação e conformidade de elementos, sistemas e/ou componentes;

i) detalhamento de montagem de instalação em shafts;

j) marcação e especificação de suportes;

k) elaboração de planilha de quantidades de materiais.

Esta fase é denominada, segundo a ABNT NBR 15351, PE - Projeto Executivo.

Os conteúdos desta fase D da execução do detalhamento de todos os elementos do empreendimento


e incorporação dos detalhes necessários de produção, de modo a gerar um conjunto de informações suficientes
para a perfeita caracterização das obras/serviços a serem executados, bem como a avaliação dos custos,
métodos construtivos e prazos de execução.

Os produtos gerados na fase D e que devem ser evidenciados são:

a) especificações dos equipamentos hidráulicos a serem instalados;

b) detalhes parciais de instalações localizadas;

 plantas ampliadas de ambientes hidráulicos e detalhes de esgoto e água pluvial;

 vistas ou esquemas isométricos dos ambientes hidráulicos;

 plantas de todos os pavimentos com traçado final e discriminação de dutos e tubulações de sistemas
hidráulicos primários e secundários com seus acessórios, trechos embutidos em vedações estruturais,
com indicação de diâmetro ou dimensões, níveis, declividades e/ou caimentos, compatibilizados com
os demais elementos e sistemas;

c) planta de marcação de laje para o pavimento tipo, com indicação das caixas e tubulações e/ou inserts
embutidos, inclusive furos em lajes, com dimensões e posições cotadas em relação à estrutura;

d) esquemas verticais de distribuição para os diversos sistemas hidráulicos, incluindo a discriminação


de acessórios, com indicação de diâmetros, dimensões e níveis, sempre compatibilizados com as plantas
correspondentes;

e) detalhes necessários à perfeita compreensão da instalação representada nos esquemas verticais e nas
plantas, tais como plantas, cortes, vistas e detalhes de montagem, incluindo o posicionamento
e discriminação de equipamentos, dutos, tubulações e seus acessórios, com indicação de diâmetros
ou dimensões, níveis e caimentos, sempre compatibilizados com as plantas e esquemas
correspondentes;

f) memoriais descritivos abrangendo todos os sistemas hidráulicos projetados;

g) especificação de todos os materiais e equipamentos a serem utilizados na instalação, com respectivos


memoriais e normas técnicas;

h) plantas de todos os pavimentos com posicionamento cotado de chuveiros, traçado final e discriminação
da rede de tubulações e seus acessórios, devendo ser indicados os diâmetros (ou dimensões) e níveis,
compatibilizando-os com os demais elementos e sistemas;

i) indicação de furos na estrutura para todos os pavimentos, exceto furos em laje com dimensões menores
que 20 cm x 20 cm, com dimensões e posições cotadas em relação à estrutura;

j) projeto das previsões de utilidades necessárias (energia, água, e outros) para a alimentação do sistema
e suas instalações;

k) plantas de laje com posicionamento cotado das instalações hidráulicas (ralos, bidê, bacia, subidas,
descidas e passagem de tubulações) e dimensões e posicionamento cotado de todos os furos em laje em
relação aos elementos da estrutura;
l) plantas, cortes, vistas e detalhes, conforme a necessidade, contendo o detalhamento da montagem
de sistemas hidráulicos em shafts verticais, incluindo a indicação e especificação de suportes, fixações,
detalhes de vedação, acessórios e outros, com indicação de dimensões e níveis;

m) plantas de posicionamento de suportes para tubulações, caixas e outros acessórios dos sistemas
hidráulicos, bem como detalhes construtivos e especificação de suportes e dispositivos de fixação e seus
acabamentos;

n) memorial de parâmetros de dimensionamento dos diversos sistemas hidráulicos abrangidos pelos


projetos;

o) manuais de orientação ao usuário e de operação e manutenção das instalações.

A.4.5 Fase E – Pós-entrega dos projetos

Esta fase compreende:

a) apresentação do projeto;

b) programa básico de acompanhamento da obra; e

c) esclarecimento de dúvida

Os conteúdos da fase E são informações documentadas do projeto e aplicação correta dos trabalhos de campo.

Os produtos gerados na fase E que devem ser evidenciados são:

a) análise prévia dos projetos por parte dos envolvidos, compreendendo esclarecimento sobre a organização
e forma de utilização dos documentos de projeto;

b) respostas às dúvidas e indagações encaminhadas para o projetista;

c) registro das atividades desenvolvidas em obra ou em decorrência do serviço de acompanhamento da


obra;

d) jogo completo de desenhos de projeto de sistemas hidráulicos, atualizados conforme executado na obra.

A.4.6 Fase F – Pós-entrega da obras

Esta fase compreende:

a) atividades de avaliação e/ou assessoria; e

b) projetos de alterações

Os conteúdos da fase F são análises e avaliação do comportamento da edificação em uso para verificar
e reafirmar se os condicionantes e pressupostos de projeto foram adequados e se eventuais alterações, realizadas
em obra, estão compatíveis com as expectativas do empreendedor e de ocupação dos usuários.

Os produtos gerados nesta fase F e que devem ser evidenciados são:

a) elaboração do manual do proprietário relativo aos sistemas hidráulicos, contendo as informações


e orientações necessárias para a melhor utilização e preservação dos sistemas hidráulicos pelo
proprietário, incluindo:

 descrição das características de cada equipamento e sistema, inclusive documentação técnica;

 forma e cuidados de operação;


 orientação e programa de manutenção preventiva;

b) elaboração do manual de operação e manutenção dos sistemas hidráulicos;

c) projeto alterado ou complementado, conforme a solicitação, incluindo:

 cumprimento das atividades estabelecidas;

 registro das atividades desenvolvidas no empreendimento ou em decorrência dos serviços solicitados.


Anexo B
(informativo)

Níveis de desempenho

B.1 Desempenho acústico

B.1.1 Ruídos gerados por equipamentos prediais


Este item visa informar em caráter não obrigatório níveis de desempenho acústico aos ocupantes quando são
operados equipamentos hidrossanitários instalados nas dependências da edificação. Equipamentos individuais
cujo acionamento aconteça por ação do próprio usuário (exemplo, caixa d’água em habitações unifamiliares,
trituradores de alimento em cozinha, etc) não podem ser avaliados por esse requisito; trata-se apenas de
equipamentos de uso coletivo ou acionados por terceiros que não o próprio usuário da unidade habitacional a ser
avaliada.
O método consiste em medir o nível de pressão sonora durante um ciclo de operação do aparelho hidrossanitário.
A avaliação deve ser realizada no dormitório da unidade habitacional ao lado, acima ou abaixo do local onde o
equipamento está instalado (ruído percebido) quando há o acionamento do aparelho (ruído emitido). A medição
deve ser feita com todas as portas dos banheiros, dormitórios e de entrada, assim como todas as janelas das duas
unidades habitacionais fechadas.
A medição do desempenho acústico deve ser realizada no dormitório da unidade habitacional ao lado, acima ou
abaixo do local onde o equipamento está instalado (ruído percebido) quando há o acionamento do equipamento
(ruído emitido). A medida deve ser feita com todas as portas dos banheiros, dormitórios e de entrada, assim como
todas as janelas das duas unidades habitacionais fechadas.
Nota – Geradores de emergência, sirenes, bombas de incêndio e outros dispositivos com acionamento em
situações de emergência não podem ser contemplados neste requisito.

B.1.2 Descrição dos métodos: Método de engenharia em campo e método simplificado de campo
O método de engenharia em campo determina de forma rigorosa, os níveis de pressão sonora de equipamento
predial em operação. O método é descrito na norma ISO 16032.
O método simplificado de campo permite obter uma estimativa dos níveis de pressão sonora de equipamento
predial em operação em situações onde não se dispõe de instrumentação necessária para medir o tempo de
reverberação no ambiente de medição, ou quando as condições de ruído ambiente não permitem obter este
parâmetro. O método simplificado é descrito na ISO 10052.

B.1.2.1 Parâmetros de avaliação


Os parâmetros de verificação utilizados nesta parte da norma constam da Tabela B.1.
Tabela B.1: Parâmetros acústicos de verificação
Símbolo Descrição Norma Aplicação
Nível de pressão sonora equivalente, Ruído gerado durante a operação de
LAeq,nT padronizado de equipamento predial
ISO 16032
equipamento predial
Nível de pressão sonora máximo, Ruído gerado durante a operação de
LASmax,nT padronizado de equipamento predial
ISO 16032
equipamento predial
Nível de pressão sonora equivalente
Nível de ruído no ambiente, com o
LAai no ambiente interno, com equipamento ISO 16032
equipamento fora de operação
fora de operação
B.1.2.2 Operação do equipamento hidrossanitário
O equipamento é operado conforme a norma ISO 16032, durante pelo menos um ciclo de operação. As condições
de operação do equipamento e os procedimentos de medição constam das normas ISO 16032 e ISO 10052. Para
a realização dos ensaios, o ciclo de operação do produto deve atender aos critérios especificados na norma
brasileira respectiva ao mesmo, tais como: vazão mínima e máxima de operação; pressão hidrostática ou
dinâmica mínima e máxima, tempo de acionamento etc.

B.1.2.3 Níveis de pressão sonora de equipamento predial hidrossanitário


Métodos de avaliação
Devem ser avaliados os dormitórios das unidades habitacionais autônomas. As portas e janelas devem estar
fechadas durante as medições. Se o nível de ruído no ambiente interno, com equipamento fora de operação, LAai,
no momento da medição, for superior ao critério da tabela 4, o equipamento em questão deverá ser avaliado em
outro horário em que seja possível a medição.

Devem ser obtidos o nível de pressão sonoro contínuo equivalente padronizado de um ciclo de operação do
equipamento predial, LAeq,nT, e o nível de pressão sonora máximo, LASmax,nT, do ruído gerado pela operação
do equipamento. O ciclo de operação do produto deve atender aos critérios especificados na norma brasileira
respectiva ao produto. Devem ser atendidos concomitantemente os critérios de 12.4.5.2 e 12.4.5.3.

B.1.2.4 Nível de desempenho – Níveis de pressão sonora contínuo equivalente, LAeq,nT


Os valores mínimos de desempenho são indicados na Tabela B.2.
Tabela B.2 - Valores máximos do nível de pressão sonora contínuo equivalente, LAeq,nT,
medido em dormitórios

LAeq,nT [dB(A)] Nível de desempenho

≤30 S

≤34 I

≤37 M

B.1.2.5 Nível de desempenho – Níveis de pressão sonora máximo, LASmax,nT


Os valores mínimos de desempenho são indicados na Tabela B.3.
Tabela B.3 - Valores máximos do nível de pressão sonora máximo, LASmax,nT,
medido em dormitórios

LASmax,nT [dB(A)] Nível de desempenho

≤36 S

≤39 I

≤42 M
ANEXO C
(informativo)

Bibliografia

INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO. Publicação “Critérios mínimos de


desempenho para habitações térreas de interesse social”. São Paulo, IPT, 1998.

Manual de Escopo de Projetos e Serviços de Instalações Prediais – Hidráulica, elaborado e publicado pelo
SECOVI.

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