Os Anjos Na Vida Dos Santos
Os Anjos Na Vida Dos Santos
Os Anjos Na Vida Dos Santos
ÍNDICE
Ao Leitor...................................................................... 03
Cap. I
“Angelofanias”ou manifestações angélicas na
Sagrada Escritura........................................................10
Cap. II
Os Anjos na era dos mártires......................................17
Cap. III
Os Anjos e as Virgens................................................. 44
Cap. IV
Anjos e Santos na Alta Idade Média........................... 57
Cap. V
Na Idade Média, a “doce primavera da Fé”................ 74
Cap. VI
Os Anjos nas Crônicas da Ordem Dominicana.......... 98
2
Ao Leitor
* * *
3
são ministros de Deus para encaminhá-los à
pátria celeste, protegendo-os, corrigindo-os,
instruindo-os e animando-os.
* * *
Como podem os Anjos, criaturas puramente
espirituais, aparecer visivelmente e falar aos
homens?
4
cumprir sua missão junto aos homens, era
preciso que eles se manifestassem de forma
sensível.
5
Essa forma corpórea assumida pelos Anjos
está condicionada à missão que eles devem
cumprir junto aos homens, e por isso varia de
acordo com as circunstâncias. Assim, às vezes
os Anjos aparecem como invictos guerreiros,
mostrando toda a força e poder; outras, em
contraste, aparecem como suaves cantores
ou inocentes crianças; outras, como solenes
mensageiros e embaixadores divinos.
6
No presente volume reunimos algumas dessas
manifestações visíveis ou aparições dos Anjos
na vida dos Santos.
* * *
7
intervenções angélicas visíveis.
8
mais os bem-aventurados espíritos angélicos.
9
Capítulo 1
“Angelofanias” ou manifestações
angélicas na Sagrada Escritura
10
aos três jovens na fornalha (Dan 3, 49-50)
a Daniel na cova dos leões (Dan, 6, 22), ou
mesmo para auxiliar os Macabeus na batalha (II
Mac 10, 20-30).
11
(das conversões e milagres operados pelos
Apóstolos), deitaram as mãos sobre os
Apóstolos e puseram-nos na cadeia pública.
12
, que pusestes na prisão, estão no templo e
ensinam o povo’” (At. 5, 17 a 25).
13
que dá para a cidade, a qual se lhes abriu por
si mesma. E, saindo, passaram uma rua, e
imediatamente o Anjo afastou-se dele.
14
Um Anjo transporta o diácono São
Felipe para junto do ministro da rainha
da Etiópia
Ele disse:
15
“Como o poderei (eu compreender) se não
houver alguém que mo explique?”
16
Capítulo 2
17
inventada pela malícia dos homens (e dos
demônios) para procurar dobrar os seguidores
de Cristo, que os mártires não tenham
padecido.
18
Bispo de Toulouse, foi preso por ódio à fé e
posto em suplício. Fez então a Deus esta
prece: “Senhor, dai-me a força necessária para
resistir corajosamente a todos os suplícios
que o ódio de meus inimigos e dos vossos vai
inventar”.
19
Um Anjo cura São Benigno de Smirna de
seus ferimentos e o alimenta na prisão
20
nele o menor traço dos suplícios que tinha
suportado.
21
caminhava, as portas iam se abrindo por si sós,
e eles se encontraram na rua.
Seguindo o Anjo, São Félix atingiu o alto da
montanha, encontrando São Máximo transido
de frio e sede. Milagrosamente apareceu
um cacho de uvas numa sebe. São Félix,
espremendo-o sobre a boca de seu Bispo, fê-lo
recuperar um pouco as forças.
Quando ambos voltaram à cidade para cuidar
de seus fiéis, foram novamente perseguidos.
São Máximo faleceu, e São Félix teve que fugir
outra vez e esconder-se numas ruínas. Lá
Nosso Senhor e seus Anjos o visitaram várias
vezes. E deram-lhe meios de subsistência
até que, chegada a hora, ele consumou seu
martírio (Bollandistes, tomo I, p. 331).
22
adorariam os deuses romanos mas só a Nosso
Senhor Jesus Cristo. Foi então aprisionado e
torturado cruelmente, inclusive deitado num
leito de ferro aquecido, enquanto lhe aplicavam
lâminas de cobre ardente no peito e nos
membros.
23
Sendo testemunhas da verdade, ide dizer de
minha parte a Daciano que ele invente novos
suplícios, porque eu estou todo curado e mais
pronto que nunca a sofrer muito mais”.
24
decapitar um santo personagem chamado
Leucius, que o tinha reprovado por adorar
os ídolos. Entre as pessoas que aplaudiam
a execução estava presente um pagão, Tirso
(+250). Vendo a constância do mártir, foi tocado
pela graça e, abrindo os olhos para a fé, pôs-
se a reprovar publicamente o lugar-tenente do
Imperador por sua crueldade e idolatria.
25
dos abismos das águas e o levaram são e salvo
para a margem.
26
Carregado de ouro e prata, Bonifácio partiu. No
caminho resolveu abster-se de carne e vinho,
uma vez que tocaria em relíquias de heróis de
Jesus Cristo. Chegando a Tarso, Bonifácio foi
ao circo onde martirizavam vinte confessores
da fé. Entrando na arena, ele saudou aqueles
cristãos e pediu que rezassem para que ele
tivesse a mesma graça.
27
servo é agora nosso irmão; recebe-o como
teu mestre e dá-lhe um repouso digno de sua
glória”. Imediatamente Aglaé levantou-se, levou
com ela alguns clérigos piedosos, e todos
juntos, cantando as orações e portando círios e
perfumes, foram ao encontro das relíquias.
28
onde estava São Marcelino, quebrou suas
cadeias, ordenou-lhe que vestisse seus trajes
e o levou à prisão onde estava São Pedro. E
tendo-o assistido e libertado, conduziu os dois à
casa de novos cristãos, reunidos em oração.
29
da noite dois Anjos sob a forma humana o
vieram ver da parte de Nosso Senhor, para se
congratular com Procópio pelos seus combates
e vitórias. Ele lhes perguntou quem eram, e
eles responderam que eram Anjos enviados por
Jesus Cristo.
30
Um Anjo consola São Lourenço durante
o martírio
31
como é relatado na vida de São Romano. São
Lourenço foi depois deitado numa grelha e
assado vivo (Bollandistes, tomo XI, p. 435).
32
deixava escapar lamento. Atônito com aquela
serenidade e constância do confessor da fé, e
sem compreender como um homem de carne
e osso podia tolerar tamanho suplício sem
proferir queixa, Romano de repente viu um Anjo
em figura de formosíssimo jovem que, com um
lenço na mão, enxugava o suor do santo mártir
e o sangue que corria de suas feridas.
33
E querendo Deus valer-se dele para que
ensinasse as infalíveis verdades a muitos
pagãos, enviou a ele um Anjo para que o
instruísse nas verdades reveladas.
34
prisão, um Anjo do Senhor lhe apareceu em
uma visão e lhe predisse que o tempo do fim
das perseguições e dos perseguidores estava
próximo. Depois o conduziu, atravessando
por todos os corpos de guarda da prisão, ao
lugar que lhe havia designado para pregar ao
povo, o que o Santo fez com muito fruto. Ele
foi finalmente decapitado no lugar que tomou o
seu nome (Bollandistes, tomo XIII, p. 54).
35
para morrer de fome.
36
sua cidade, a adorar os ídolos. Teodoro pediu a
graça de, antes de fazê-lo, tê-los em sua casa a
fim de se preparar para o ato público.
37
inteiramente, dizendo-lhe: “Rejubila-te, Teodoro,
e fortifica-te em teu Senhor que está comigo;
não mais digas que Ele está longe.
38
domados e arrastado pelas ruas da cidade.
Depois disto o Santo, ainda com um sopro de
vida, foi levado novamente para a prisão, com o
corpo todo desconjuntado e chagado pelo cruel
tormento. Implorou Félix, na prisão, o auxílio de
Deus e apareceu-lhe um Anjo, que lhe disse:
39
atirado ao mar. Mas Anjos desataram-no, e ele,
andando por cima das ondas, veio à margem.
Finalmente foi degolado na prisão, entre os
anos de 300 e 304 (Croisset, tomo III, pp. 341 e
ss.).
40
deuses.
41
como perdeu a coroa do martírio.
42
combate, quarenta obtivessem a vitória (+ 304)
(Martin, tomo I, pp. 1174, 1175).
43
Capítulo 3
Os Anjos e as Virgens
44
O Anjo de Santa Cecília
45
guardas inteira e inviolável minha virgindade,
ele te amará como me ama e te prodigalizará
seus favores”.
46
brilhantes das mais ricas cores. O espírito bem-
aventurado tinha nas mãos duas coroas de
rosas e de lírios entrelaçados. Ele pôs uma na
cabeça de Cecília e a outra na de Valeriano;
e deixando ouvir sons do Céu, disse aos dois
esposos:
47
graça que Cristo está ainda mais empenhado
em t’a conceder do que tu mesmo em a
desejar, do mesmo modo que Ele ganhou teu
coração por Cecília, sua serva, assim tu mesmo
lhe ganharás o coração de teu irmão, e os dois
alcançareis a graça do martírio”.
48
Santa Inês nasceu numa rica família cristã de
Roma durante as perseguições de Diocleciano,
no fim do século III. Sendo muito bonita em sua
adolescência, era pretendida pelos melhores
partidos de Roma. Mas desde a infância
consagrara sua virgindade a Deus, e por isso
recusava todos seus pretendentes.
49
foi iluminado por uma luz muito brilhante.
50
encarrego, esposa de Jesus Cristo, de que não
deixes de me enviar umas flores e maçãs do
jardim de teu Esposo, quando chegues a ele”.
Prometeu-o Dorotéia.
51
Santa Restituta e os Anjos
52
Sabe também que, por ordem de Deus, eu vim
para te guardar”.
53
a glória do martírio, tendo a cabeça decepada
(Bollandistes, tomo VI, pp. 284-290).
54
vendo-a inteiramente curada sem nenhum
remédio humano, reconheceram a onipotência
do verdadeiro Deus e abraçaram a religião
cristã.
55
lhe enviou um Anjo para a consolar, aliviar e
revigorar-lhe as forças exauridas.
56
Capítulo 4
57
monges do Ocidente, salvou o que restava
do mundo civilizado, pois foram os monges
que recolheram em suas bibliotecas livros e
pergaminhos, converteram os bárbaros e lhes
ensinaram a cultivar a terra, ao mesmo tempo
que lhes indicavam o caminho do Céu.
58
essa advertência, o herético imperador,
achando-o importuno, mandou jogá-lo num
desfiladeiro cheio de pedras e abrolhos.
59
Um dia em que ele se afligia de não poder, por
causa desse trabalho, estar continuamente em
oração, um Anjo lhe apareceu. Esse espírito
celeste começou a fazer uma esteira com as
folhas de palmeira, e deixava de tempos em
tempos seu trabalho para entreter-se com Deus
na oração.
60
Eles começaram a acusá-lo de todo o mal que
havia feito desde o seu nascimento. Como os
Anjos replicaram que esses pecados haviam
sido apagados e perdoados pela penitência,
convidaram os demônios a alegar o que eles
tinham ainda a dizer contra ele depois que se
tinha feito religioso e se consagrado a Deus.
61
apareceu-lhe e deu-lhe a boa nova. O Santo
não podia conceber outra mais agradável.
Preparou-se com alegria para sua morte,
e tendo ido visitar os Bispos vizinhos, e
recomendar-se às suas orações, rendeu sua
bela alma a Deus em 1º de junho do ano de
Nosso Senhor de 430 (Bollandistes, tomo VI, p.
365).
62
espíritos bem-aventurados cantavam louvores
em sua honra e consolavam o povo. Foi
também um Anjo que marcou o lugar de sua
sepultura (Bollandistes, tomo IX, p. 467).
63
a seu procurador que lhe desse mais seis
escudos. Mas como este não os tinha em
espécie, o Santo, cujo coração estava todo
cheio de caridade, deu ao mendigo uma salva
de prata na qual sua mãe lhe enviava todos os
dias legumes ao mosteiro.
64
a uma companhia de Anjos.
65
Anjos consolam Santa Aldegonda e a
transportam de uma margem à outra de
um rio
66
passar, e temia ser perseguida, implorou novo
socorro do céu e a ajuda do Todo-Poderoso a
fim de que a tomasse sob Sua proteção, para
que aquela torrente não atrasasse o sucesso
de sua generosa iniciativa. Sua prece foi
ouvida, e Deus enviou dois espíritos celestes
que, erguendo suavemente a princesa no ar,
a transportaram rapidamente à outra margem,
sem que ela molhasse os pés.
67
oração, apareceu um Anjo e lhes fez sinal para
o seguirem. Conduzidos pelo guia celeste,
Santo Evrote e seus companheiros chegaram a
um agradável vale, regado por diversos riachos
cujas águas cristalinas desaguavam num lago.
68
religiosas viram seu bom Anjo que andava a
seu lado, para a instruir no que ela devia fazer.
Não é de espantar que ela tenha avançado
tanto na perfeição que ultrapassou as religiosas
antigas, e mesmo suas mestras, na ciência de
Jesus Cristo (Bollandistes, tomo IV, p. 590).
69
entregue aos demônios, cujo império não cedeu
senão ao de Jesus Cristo. Desde que Jesus
apareceu, eles fugiram com gritos de raiva.
70
espíritos malignos no abismo.
71
adormeceu. Nossa Senhora lhe apareceu em
sonhos, assegurando-lhe da parte de Seu Filho
que nesse lugar ela permaneceria até o fim
de seus dias, e que seria seguida por um bom
número de donzelas que deixariam os atrativos
do mundo para servir a Deus.
72
mosteiro, enquanto estava em oração pedindo
conselho a Deus, o Anjo da Guarda daquela
santa lhe apareceu para assegurar-lhe que a
vontade de Deus era que ele se incumbisse de
sua conduta, e que era o próprio Jesus Cristo
quem a confiava.
73
Capítulo 5
74
destacaram pela sua devoção e até certa
familiaridade com os espíritos celestes, entre
muitos outros, São Bernardo de Claraval e São
Francisco de Assis.
75
Sinal da Cruz.
O oponente já vinha a galope, lança em riste
para o ferir, quando viu junto a Wenceslau
dois Anjos que lhe forneciam armas para sua
defesa. Radislau ouviu também uma voz que
lhe dizia: “não o fira”. Isso o impressionou tanto,
que imediatamente desceu do cavalo e se pôs
de joelhos aos pés de Wenceslau, pedindo-lhe
perdão.
Mas não foi a única vez que viram o jovem
duque acompanhado por Anjos. O Imperador
Oton I o havia convocado para uma dieta em
Worms. Wenceslau, antes da sessão, foi a uma
igreja assistir à Missa. Mas esta demorou muito
mais do que ele imaginava, e ele chegaria
atrasado à reunião.
Enquanto isso, o Imperador e os outros nobres
reunidos o esperavam. Combinaram então
entre si que ninguém se levantaria para o
cumprimentar quando chegasse, para ficar-lhe
patente o desgosto pelo atraso. Mas quando
São Wenceslau chegou, todos viram que ele
vinha escoltado por um Anjo de cada lado,
que o cobriam com uma cruz de ouro. Vendo
isso, o Imperador correu ao seu encontro para
76
saudá-lo, e o fez sentar-se ao seu lado. Mais
ainda, em consideração pela santidade do
duque, elevou a Boêmia a reino, isentou-a de
todos os subsídios que devia pagar ao Império,
e permitiu ao duque utilizar uma águia negra
em fundo de prata como escudo (Bollandistes,
tomo XI, p. 477; Croisset, tomo III, p. 960.).
77
Vítor: “vai imediatamente à tua pátria salvá-la
da opressão em que a têm os maometanos,
disposta a render-se por falta de alimentos; pois
eu sou enviado para assistir-te, e te asseguro o
feliz êxito desta gloriosa empresa”.
78
cavaleiro e outro disfarçado em peregrino,
para a guiarem. Rosália saiu de noite da casa
paterna, levando consigo apenas o crucifixo,
suas disciplinas e alguns livros.
79
Deus que vinha, com Seu Filho nos braços,
para fazer-lhe dulcíssima companhia.
A descoberta de suas relíquias, em 1624,
foi ocasião de muitos milagres. Palermo
escolheu-a por patrona, e ela livrou a cidade da
peste em 1625 (Leite, p. 23; Croisset, tomo III,
pp. 725 ss.).
80
São Guilherme nasceu no início do século XII,
de uma família muito pobre mas honradamente
cristã, com a infelicidade de faltar-lhe a mão
direita.
81
Guilherme, mas também dessa vez o abade
não lhe prestou atenção. Então o Anjo mostrou-
se uma terceira vez ao Santo e, antes de enviá-
lo de novo ao abade do mosteiro, como prova
inequívoca de sua missão extraordinária, curou
a enfermidade de Guilherme, a quem faltava a
mão direita, dando-lhe uma mão miraculosa.
82
primeira Missa que celebrou, teve uma célebre
visão em que lhe foi apresentado, se bem
que confusamente, o plano da nova Ordem
da qual daí algum tempo deveria ser o pai e
fundador. Ao elevar a sagrada Hóstia, viu um
Anjo na figura de formosíssimo jovem vestido
de branco, com uma cruz vermelha e azul no
peito, com as mãos cruzadas sobre dois cativos
carregados de cadeias, um católico e outro
pagão, em gesto de quem queria trocar um pelo
outro.
83
chamado “não nato”, ou “não nascido”. Quando
pequeno foi pastor do rebanho do pai, mas
passava grande tempo rezando. Alguém foi
delatá-lo ao pai, dizendo que ele, só entregue
à oração, descuidava do rebanho, deixando-o
morrer de fome. O bom homem resolveu um dia
espiar o filho, para pegá-lo em flagrante.
84
como asseguram alguns autores, o próprio
Jesus Cristo (Croisset, tomo III, pp. 671 e ss.).
85
atravessar. Por seu ministério ela era
freqüentemente preservada da chuva, que
poderia tê-la embaraçado no caminho.
86
ido a Granada resgatar alguns cristãos, como
pregasse aos muçulmanos obtendo várias
conversões, foi lançado à prisão. Nela ele
foi consolado por diversas visões celestes. A
mais considerável foi a de Nosso Senhor, que
se apresentou sob a forma de um menino de
quatro a cinco anos, vestido de escravo, para
ajudar-lhe a Missa.
88
deixes o rebanho que tu guardas, e que vás
construir para mim uma ponte sobre o Rhône”.
O menino deixou o rebanho e a casa de seus
pais e pôs-se a caminho.
89
Benezet aos 19 anos, maduro como já estava
para o Céu. A ponte foi terminada depois de
sua morte (Bollandistes, tomo IV, p. 395).
90
Anjos provêem de pão Santa Clara de
Montefalco e suas monjas
91
por sua sabedoria, milagres e profecias. As
visitas dos Anjos e das almas bem-aventuradas
lhe eram comuns. Um dia em que ela estava
muito inquieta com relação ao modo como
servia a Deus, Nosso Senhor lhe assegurou,
por um embaixador celeste que lhe veio falar
sob a forma de um homem muito venerável,
que sua vida era segundo Seu Coração, e que
ela devia ficar descansada (Bollandistes, tomo
VII, p. 84).
92
suportar durante tanto tempo o que ela sofreu.
Entretanto, a presença e o socorro contínuos
de seu Anjo da Guarda, que lhe aparecia
freqüentemente, não contribuíam menos para
banir as angústias de seu coração aflito.
93
guarda (Bollandistes, tomo IV, p. 401).
94
deixando um espaço livre entre eles. Aí entrou
a Santíssima Virgem rodeada de Santos,
e o Menino Jesus sentou-se em seu leito e
conversou ternamente com ela. De repente
o Menino Jesus desapareceu, aparecendo
em seu lugar o Crucificado, com todas Suas
Chagas, todas suas dores.
95
tendo-lhe sido revelados muitos mistérios da
vida após a morte. Esteve no Purgatório e
no Inferno, levada pelo seu Anjo. À luz que
dele brilhava, conhecia o estado de alma das
pessoas.
96
era suficiente para pôr em fuga qualquer mau
espírito. Em sua mão esquerda ele portava
três palmas de ouro, os símbolos da caridade,
firmeza e prudência, três virtudes que então ele
constantemente inculcava na Santa (Parente,
Op. Cit.)
97
Capítulo 6
98
medievais, suas esculturas, a iluminura dos
livros e tanta outra coisa que nos legou a “doce
primavera da Fé”.
99
saído. O que foi visto primeiramente pelos
criados do Bispo, e depois pelo próprio Bispo
(Bollandistes, tomo XI, pp. 293 e ss.).
100
Eles foram, e realmente encontraram o barril
cheio de excelente vinho, que se apressaram
a servir. E Domingos disse: “Bebam, meus
irmãos, o vinho que o Senhor nos enviou”
(O’Sullivan, 116).
101
um bastão na mão e estando pronto para a
viagem. Então o Bem-aventurado Domingos
fez seus companheiros irem à sua frente,
o jovem primeiro e ele por último, e assim
chegaram à porta da igreja de Santa Sabina,
que encontraram fechada.
102
a notícia com alegria e um reconhecimento que
não se pode exprimir, e foi imediatamente a
Bolonha a fim de dispor dos negócios de sua
Ordem antes de deixar seu cargo.
103
abandonar seu projeto.
104
O’Sullivan, O.P., pp. 118, 119).
105
fizeram construindo uma pequena capela no
próprio lugar em que o Anjo se tinha mostrado
ao pregador.
106
Capítulo 7
107
Um Anjo perfura o coração de Santa
Teresa com o dardo do amor de Deus
108
a alma com menos que Deus. Não é dor
corporal, mais bem espiritual, se bem que não
deixa o corpo de participar em algo, e muito”
(Croisset, tomo III, p. 631).
109
Um dia ele se havia extraviado num deserto,
onde sofria os tormentos da fome e da sede,
sem poder contar com nenhum auxílio humano.
Conta-se que vieram então alguns Anjos que
lhe deram o que comer; e, estando ele exausto
de fadiga, fizeram com que descansasse.
110
quase a cada passo. Ela invocava seu Anjo;
“sem ele – dizia ela – eu já teria morrido em
mil acidentes”. A qualquer hora da noite que
ela queria se levantar, seu Anjo a acordava
pontualmente, batendo na mesa.
111
Fundador dos Passionistas, São Paulo da
Cruz (1694-1775) recebeu uma revelação de
Deus, que lhe dava São Miguel Arcanjo como
defensor de sua Congregação face às inúmeras
provas pelas quais passaria.
112
para seu projeto. Apenas chegaram ao local,
foram tomados de pânico e fugiram em
debandada. O que tinham visto? “Em pé sobre
um globo de fogo, e tendo na mão um gládio
flamejante, o Arcanjo São Miguel protegia o
santo edifício! Uma alma piedosa também o viu.
113
com toda sua alma. Os ouvintes não viam o
prodígio, mas dele não duvidariam, pois jamais
um discurso humano tinha produzido tanto
efeito. A emoção era geral, extraordinária como
a causa que a produzia (Louis-Th., p. 411).
114
Noutra ocasião o Santo voltava extenuado de
fadiga para o convento do Monte Argentaro,
num dia muito frio, quando começou a ter
tremores, que o levaram ao chão num lugar
inteiramente deserto. Sentindo-se desfalecer,
ele suplicou a Deus que não o deixasse morrer
sem a assistência dos seus religiosos.
115
freqüentemente a visita de seu Anjo da Guarda.
Ela tinha por seu Anjo tutelar uma terna
devoção e se esforçava por inspirá-la aos
outros.
116
Assim, um dia em que ela estava na sacristia
da igreja de um convento onde passava uma
temporada, ouviu uma voz distinta dizer-lhe:
117
Arcanjo Rafael. Em 1789 ele lhe apareceu sob
a forma de uma beleza extraordinária. Essa
vista lhe causou tal surpresa, que ela ficou
sem fôlego para falar. Vendo-a nesse estado, o
Arcanjo anunciou-lhe que ele fora enviado a ela
para curar sua chaga do lado. Com efeito, no
dia seguinte ela estava curada.
118
Ela amava também com um amor especial
ao Arcanjo São Miguel, seu protetor e seu
defensor contra os espíritos malignos, bem
como ao Arcanjo São Gabriel, que havia
anunciado ao mundo o grande mistério da
Encarnação do Verbo.
119
imediatamente? Diga-lhe que eu peço perdão
e não serei mais desobediente. Não farei mais
isso. Mande-o de volta a mim. Meu próprio
Anjo não é tão severo; pelo contrário, quanto
mais sou má, tanto mais ele vem a mim para
abençoar-me”.
120
O “Anjo de Portugal” e os pastorinhos
de Fátima
Primeira aparição
121
ergueu-se e disse aos meninos:
Segunda Aparição
122
Anjo de Portugal. Sobretudo aceitai e suportai
com submissão o sofrimento que o Senhor vos
enviar”. E desapareceu.
Terceira Aparição
123
E pelos méritos infinitos do seu Santíssimo
Coração e do Coração Imaculado de Maria,
peço-Vos a conversão dos pobres pecadores”.
124
Os Anjos constituem um tema inesgotável. Por
mais que se tenha tratado sobre eles, sempre muita
coisa há para a ser dita. Como, por exemplo, o tema
abordado nesta obra: os Anjos nas vidas dos Santos.
126
Por isso, eles intervêm continuamente em nossa
vida, geralmente de modo invisível, por meio de boas
inspirações que nos sugerem, de obstáculos que
removem de nosso caminho, de perigos que nos
evitam, dos quais nem sequer nos damos conta.
127
128