DESENVOLVIMENTO SEXUAL
DE CRIANÇAS COM
NECESSIDADES EDUCATIVAS
ESPECIAIS
25h Mónica Oliveira
CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
Educação Sexual na Deficiência
Conceito de Sexualidade
O que é a Educação Sexual
Auxiliar as crianças portadoras de deficiência para a
sexualidade
Cognição, Valores e Sexualidade
Direito à Sexualidade
O que significa NEE?
Necessidades Educativas Especiais
CONCEITO DE NEE
O conceito de NEE abrange crianças e
adolescentes com aprendizagens atípicas:
têm dificuldade
Facilitar em acompanhar
o seu o currículo normal,
desenvolvimento
sendo necessário, na maioria dos casos, proceder-se
Académico
a adequações/adaptações curriculares, mais ou
Pessoal
menos generalizadas, e a recorrer-se a serviços e
Socioemocional
apoios especializados tendo sempre presente as
capacidades e necessidades dessas mesmas
crianças e adolescentes.
Por condições específicas entendem-se os problemas
que se inserem nas seguintes categorias:
Por serviços de Educação Especial entende-se:
Um conjunto de recursos
que prestam serviços de apoio especializados
foro académico, terapêutico, psicológico, social e clínico
destinados a responder às necessidades especiais do aluno
com base nas suas características
com o fim de maximizar o seu potencial.
Tais serviços devem efetuar-se, sempre que possível, na classe regular
Devem ter por fim a prevenção, redução ou supressão da problemática do aluno
Modificação dos ambientes de aprendizagem para que ele possa receber uma
educação apropriada às suas capacidades e necessidades.
APRENDIZAGEM EM NEE
Nem todos os indivíduos aprendem da mesma forma;
As crianças com multideficiência também podem apresentar
diferentes estilos de aprendizagem;
Este aspecto é muito importante quando se planeia a intervenção;
Saber a forma como ela processa a informação que recebe e o seu
tempo de resposta é fundamental para o desenvolvimento do
trabalho do educador;
Da observação deste aspecto depende, em parte, a forma como se
irá organizar o seu espaço de aprendizagem;
Neste sentido, o educador necessita de obter informação específica
acerca do estilo de aprendizagem da criança, podendo fazê-lo
através da observação, da entrevista à família e/ou a outros
técnicos relevantes que trabalham com ela.
APRENDIZAGEM EM NEE
Para se conhecer o estilo de aprendizagem da criança é
importante:
Considerar a sua personalidade, pois naturalmente as
crianças apresentam personalidades diferentes umas das
outras: algumas são mais inibidas e passivas, outras são
mais ativas…
Os valores culturais do seu ambiente (cultura, crenças,…);
Saber o que é que ela precisa de aprender;
Quais são as preocupações da família e as suas
prioridades;
Quais as recomendações da equipa que trabalha com ela.
APRENDIZAGEM EM NEE
O educador também deve ter em conta, na
escolha do estilo de aprendizagem:
Sabercomo é que a criança interage com o meio
ambiente;
Sabercomo é que recebe e processa a
informação;
Saber qual a sua capacidade de atenção;
Saber quais os tipos de ajuda que ela prefere.
A IMPORTÂNCIA DA
PONTUAÇÃO
DINÂMICA
As Crianças e a Sexualidade
O que entende por sexualidade???
SEXO VERSUS SEXUALIDADE
Em primeiro lugar convém fazer uma distinção entre
sexo e sexualidade;
A sexualidade humana não pode ser reduzida à sua
função reprodutiva, de procriação;
Deve ser considerada como parte integrante da
identidade de uma pessoa;
Envolve as dimensões: afetiva, social e cultural;
Exerce uma função de prazer, refletindo sentimentos,
emoções, valores e um sentido de intimidade.
SEXO VERSUS SEXUALIDADE
Desde a infância as experiências de sexualidade já
são sentidas e vivenciadas até ao período da
adolescência, onde as grandes transformações físicas e
psicológicas irão preparar o jovem para vida adulta.
As crianças e a sexualidade
A partir do sétimo
mês de gestação, o
feto masculino começa
a ter ereções
regulares, que têm a
ver com o próprio
amadurecimento do
órgão genital.
As crianças e a sexualidade
Depois de deixar as fraldas, o bebé percebe que sente
prazer quando toca nos genitais.
Essa "manipulação" do corpo faz parte da descoberta da
sexualidade e quando o bebé percebe, instintivamente, que
"tem prazer", começa a repetir o gesto.
As crianças e a sexualidade -
Manifestações da sexualidade
Até aos 2 anos, este prazer está associado às
necessidades orgânicas: alimentação, higiene e
comunicação;
Aos 3 e 4 anos, dá-se o início da integração social:
◼ criançacomeça a relacionar-se com outras pessoas e não apenas
com as figuras de apego;
◼ apercebe-se das diferenças corporais e de género;
◼ começa a revelar curiosidade sobre determinadas questões ligadas
à sexualidade (a sua origem, os órgãos genitais…);
◼ durante esta fase, a criança procura respostas para as suas
questões ou formula ela própria, as suas teorias;
◼ vai adquirindo comportamentos e por imitação, apreende os
papéis sexuais que são atribuídos pela sociedade.
As crianças e a sexualidade -
Manifestações da sexualidade
Por volta dos 3/4 anos, as crianças começam a
brincar aos médicos.
Um comportamento normal,
que favorece a descoberta
do próprio corpo e do
corpo do outro.
As crianças e a sexualidade -
Manifestações da sexualidade
Entre os 5 e os 8 anos, as crianças continuam a
masturbar-se, descobrindo e explorando o próprio
corpo.
Nesta fase, as crianças estabelecem uma relação
positiva com crianças do mesmo sexo, adoptando
atitudes idênticas.
Revelam curiosidade em relação à gravidez e ao
nascimento. A sua orientação sexual já se encontra
definida.
As crianças e a sexualidade -
Manifestações da sexualidade
Dos 9 aos 12 anos, os laços de amizade com os
pares do mesmo sexo são reforçados e a
criança/jovem é facilmente influenciada pelo grupo
de amigos;
Nesta altura inicia-se a puberdade;
Pode surgir a masturbação até atingir o orgasmo e
ocorrer a primeira experiência sexual;
Com a puberdade inicia-se a adolescência, período
que marca a transição da infância à idade adulta e
que se caracteriza por um conjunto de alterações
biológicas, sociais, familiares e psicológicas.
O que é a Sexualidade?
Não se baseia só
em relações íntimas,
mas também em
aspectos emocionais
e físicos, como
afetos, abraços,
carícias, palavras
meigas, entre outros;
A OMS - Organização Mundial de Saúde -
definiu sexualidade como uma energia que
encontra a sua expressão física, psicológica e
social no desejo de contacto, ternura e às vezes
amor.
SR. ANACLETO
DINÂMICA
SEXUALIDADE
“A sexualidade, quando inserida nas
circunstâncias de vida de uma pessoa,
participa do seu processo de
desenvolvimento e, é um instrumento que
propicia experiências indispensáveis ao
crescimento pessoal, à autonomia e ao
desenvolvimento da individualidade.
Percebemos que há um vínculo estabelecido
entre a sexualidade e a cidadania,
acreditando que, pela vivência saudável da
sexualidade, cada um aprende a relacionar-
se melhor consigo mesmo e com o outro,
percorrendo um caminho mais seguro na
construção da sua identidade e, em
consequência da sua cidadania.”
Moraes, 2006
Como a sexualidade contribui para a auto-estima?
✓ Proporciona ótimo exercício físico;
✓ Ativa a circulação sanguínea;
✓ Melhora atividade cardiovascular;
✓ Melhora atividade renal;
✓ Contraria a osteoporose;
✓ Previne as doenças da próstata;
✓ Reduz o stress e a depressão;
✓ Reforça o sistema imunitário;
✓ Alivia as dores de cabeça e as dores menstruais;
✓ Combate as insónias;
✓ Melhora e tonifica a pele;
✓ Aumenta as capacidades mentais.
Não terão os Deficientes o
mesmo Direito à Sexualidade?
Em que consiste???
Educação Sexual
O que é a Educação Sexual?
• Processo de aquisição de informação e formação de
atitudes, crenças e valores sobre a identidade,
relacionamentos e intimidade;
• Abrange o desenvolvimento sexual, saúde reprodutiva,
relações interpessoais, carinho, intimidade, imagem
corporal e papéis de género;
• Aborda as dimensões biológica, sociocultural, psicológica
e espiritual da sexualidade do domínio cognitivo
(informações), o domínio afectivo (sentimentos, valores e
atitudes), e o domínio comportamental (comunicação e
tomada de decisões).
O que é a Educação Sexual?
✓ deve ser um conjunto de
atividades;
✓ objetivo ajudar as pessoas a
encararem a sexualidade como
uma componente positiva do
seu corpo, das suas vidas, das
relações que estabelecem;
✓ permite a escolha dos
caminhos a seguir de uma
forma informada e consciente.
Definição que pode criar controvérsia
Conflito acerca do conteúdo moral que levou a
uma geração de jovens que receberam apenas
informações sobre “abstinência", aumentando as
taxas de doenças (SIDA), gravidezes não
desejadas (adolescência) e abusos;
Para todos os alunos, com e sem deficiência, a
educação sexual permanece polémica;
A maioria das pessoas pensa na educação sexual
como o fornecimento de informações sobre a
sexualidade como algo puramente físico;
A Educação Sexual nas Escolas
▪ Abordagem ao tema em todos os ciclos de ensino,
com um aprofundamento adequado ao nível etário
dos alunos;
▪ Contemplação da educação sexual nos programas
das diferentes disciplinas e a existência de trabalhos
interdisciplinares;
▪ Desenvolvimento de projetos extracurriculares;
Dimensões da Educação Sexual
1. Biológica
2. Psicológica
3. Social/Ética
Dimensões da Educação Sexual
Biológica
informações sobre anatomia e fisiologia da sexualidade e da
reprodução, resposta sexual humana;
Psicológica
informações sobre a identidade de género, a orientação
sexual, a auto-imagem e a construção da identidade sexual e
todo o processo relacional, em particular as relações afectivo-
sexuais
Social/Ética
englobasse as discussões sobre valores e atitudes e os
modelos morais
O DESCONHECIDO
DINÂMICA
Objetivos da Educação Sexual
Contribuir (ainda que parcialmente) para uma
vivência mais informada, gratificante, autónoma e
responsável da sexualidade.
Conhecimentos
Competências Atitudes
individuais
Educação Sexual na Deficiência
INFORMAL FORMAL
É o processo mais básico Desenvolve-se no âmbito
de aprendizagem da do Sistema Educativo:
sexualidade; Escola
É determinada pelas Professores
experiências do Auxiliares
quotidiano; Pode assumir uma forma
Decorre de forma disciplinar ou inter e
espontânea e não é transdisciplinar (conteúdos
consciencializada; selecionados com
Pais, pares, media… atividades integradas).
Cognição, Valores e Sexualidade
O que pode ocorrer de diferente?
A forma como exteriorizam a atividade sexual;
Dificuldade na exploração e experimentação da
sexualidade;
O técnico deve encarar a educação sexual como
algo tão natural como a aquisição de outros
conhecimentos (ex: linguagem);
Deve também olhar para cada criança de forma
individual, porque todos somos diferentes e
temos necessidades diferentes;
Cognição, Valores e Sexualidade
As manifestações sexuais são simples,
auto-satisfatórios e ficam à vontade ou
“soltas”;
Nestes jovens com deficiências a
DEFICIÊNCIA masturbação é o comportamento mais
PROFUNDA frequentes embora quem lida com eles,
o sinta como embaraçoso;
Não têm a capacidade de distinguir o
que podem ou não fazer em público.
Cognição, Valores e Sexualidade
As manifestações afetivo-sexuais (ex. namorar
na adolescência) que implicam habilidades
sociais e valores culturais e morais são
exclusivas da deficiência ligeira ou moderada;
Nos deficientes ligeiros por viverem mais em
DEFICIÊNCIA comunidade estão expostos aos mesmos
LIGEIRA perigos, estímulos e pressões que as outras
crianças e jovens “normais”;
Este tipo de crianças com NEE devem beneficiar
de uma intervenção ao nível da educação
sexual para os sensibilizar de situações que
possam estar expostos assim como para
comportamentos a ter em sociedade.
Educação Sexual na Deficiência
É tarefa dos
educadores,
professores e técnicos
garantir as condições
para o exercício da
vida social na
deficiência – onde
estão incluídas as
questões sexuais.
Educação Sexual na Deficiência
Conteúdos que podem ser abordados na Educação
Sexual:
Conhecimento do seu corpo e o do outro sexo;
Comunicação (expressão) de sentimentos e sensações;
Distinção entre o público e o privado;
Os vários tipos de sentimentos e a sua importância nas
relações interpessoais;
Conceitos e práticas básicas de Saúde Sexual e Reprodutiva;
Práticas de cuidado diário do corpo;
Reforço da autoestima e autoimagem positivas;
Assertividade para reagir a comportamentos não desejados.
Educação Sexual na Deficiência
Os alunos com NEE necessitam de:
desenvolver fortemente a autoestima;
estabelecer relações de amizade e afetividade
(necessitam de amar e ser amadas; de tocar e serem
tocadas);
desenvolver conhecimentos e uma atitude positiva
face à sexualidade;
acesso à informação/formação nesta área, para
que possam aprender a viver a sua sexualidade de
forma ativa e responsável.
Como auxiliar as crianças portadoras de
deficiência para a sexualidade
É importante que o cuidador encare a educação
sexual como algo natural, que faz parte do
crescimento pessoal de cada criança, e que como
tal deve ser abordado com cada pessoa de uma
forma única.
A sexualidade existe desde os primeiros anos de
vida.
Existem várias etapas na educação sexual de cada
criança.
CRECHE
(até aos 2 anos)
Dar-lhes a conhecer o seu
próprio corpo, desde os
primeiros anos de vida;
Ensiná-los a valorizarem-se a
si próprios, independente-
mente da sua imagem;
JARDIM DE INFÂNCIA
(dos 3 aos 6 anos)
Existem sítios apropriados
para satisfazerem as suas
necessidades íntimas (ex.
casas de banho, quartos);
Ajudá-los a desenvolver a
confiança em si próprios;
INFÂNCIA
(dos 6 aos 12 anos)
Ensinar-lhes a não se culparem
perante os seus sentimentos e
comportamentos;
Fazer entender que cada
pessoa tem os seus sentimentos
e necessidades, que por vezes
não serão iguais aos que eles
sentem e desejam.
ADOLESCÊNCIA
(a partir da puberdade)
Prepará-los para os futuros
riscos que possam surgir;
Ensiná-los como comunicar os
seus sentimentos e as suas
necessidades sexuais;
Expressar a sua sexualidade
de forma adequada;
Educação Sexual na Deficiência
Como auxiliares de ação educativa
podem e devem participar na Educação
Sexual, ensinando a criança através de
várias formas e maneiras:
Cartões apelativos;
Imagens;
Gestos;
Ida a locais apropriados;
O MUNDO DO SILÊNCIO
DINÂMICA
Trabalho em grupo
Perfil genérico do Auxiliar
Preocupação genuína com o bem-estar físico e psicológico
dos outros;
Aceitação confortável da sua sexualidade e da dos
outros;
Respeito pelas opiniões dos outros;
Atitude favorável ao envolvimento dos pais e de outros
agentes de educação;
Compromisso de confidencialidade sobre as informações
pessoais que possam ser transmitidas pelos alunos;
Capacidade para reconhecer as situações que requerem
a intervenção de outros profissionais.
Fatores de sucesso no
desenvolvimento da Educação Sexual
Seja tão neutro quanto possível;
Não atribua previamente “certos” e “errados”;
Controle a emissão de juízos de valor;
Proporcione a identificação de valores pessoais
(criando um clima aberto e não constrangedor);
Atue pedagogicamente através da partilha em vez
da imposição de definições do saber;
Permita que se façam escolhas;
Disponibilize material de apoio;
Fatores de sucesso no
desenvolvimento da Educação Sexual
Demonstre disponibilidade e confiança;
Utilize vocabulário adequado do ponto de vista
técnico e pedagógico;
Assente as suas informações/conhecimentos em dados
científicos corretos e atualizados;
Aborde conteúdos apropriados à faixa etária e nível
de desenvolvimento dos alunos tendo sempre em
conta os interesses destes;
Procure a coerência entre as suas intervenções
pedagógico-profissionais e as suas práticas como
pessoa.
Alerta para alguns sinais!
• A masturbação pode acontecer em público;
• Os pais têm de ensinar o valor da intimidade e da
privacidade, explicando que o corpo é um tesouro que
deve ser guardado.
• A masturbação ou os contactos com outras crianças são
demasiado frequentes;
• Se chega a casa e abdica de outros entretenimentos ou
tarefas e se começa a isolar, o mais indicado é distrair
a criança e chamá-la para outras atividades;
• Caso o comportamento se mantenha, então será preciso
consultar o médico ou um psicólogo.
CAFÉ ÀS ESCURAS
DINÂMICA
PERDIDOS NO MAR
DINÂMICA
DIFERENÇAS
DINÂMICA
O CASTELO
DINÂMICA
Paralisia Cerebral
No sexo em si, como em tudo o mais, o grande
problema das pessoas com paralisia cerebral é a
falta de coordenação motora, a qual também
dificulta ou impossibilita a masturbação. Além do
mais, a paralisia cerebral deforma suas feições
físicas, tornando-os um improvável objeto de desejo
de um homem ou mulher - embora uns poucos
tenham atração física por pessoas nesta condição -
e dificulta ou impossibilita a fala, a qual é
importantíssima na sedução.
“TENHO PARALISIA CEREBRAL E FAÇO SEXO”
Síndrome de Down e a Sexualidade
O síndrome de Down tem um cromossoma a mais…
cromossoma do amor ☺
Mitos e preconceitos
• As pessoas com síndrome de Down possuem um
maior apetite e atividade sexual;
• Movimenta-se somente por instintos e não pode
controlar seu impulso sexual;
• Passam grande parte do dia a masturbarem-se;
• Fazem-no em qualquer lugar e circunstância, sem
muito cuidado de o fazer diante de algum
espectador;
• Aceitam passivamente o contacto sexual;
O aparecimento dos pêlos, a primeira ejaculação, o
início da menstruação são sinais que reforçam as
angústias dos pais pelo futuro do filho com síndrome
de Down.
Os pais normalmente resistem em aceitar a
sexualidade do filho com síndrome de Down e
tentam censurar esta maturidade sexual do filho;
Autismo e a Sexualidade
Adolescentes com Autismo precisam
de Educação Sexual:
• Durante a puberdade, o desejo de explorar
a sexualidade poderá desenvolver-se
acentuadamente;
• É importante ser explícito sobre as
mudanças do seu corpo e sentimentos
emergentes desde pequenos;
Problemas sensoriais podem
atrasar Sexualidade
• A hipersensibilidade pode afetar o seu
comportamento sexual, quer reduzindo o
desejo de estar perto de outros ou
mostrando uma excessiva carência sexual;
• Podem não entender fronteiras ou limites;
Para abordar o tema sexualidade:
Deve-se usar recursos visuais adequados para
explicar como se deve comportar em público;
A intimidade pode ser uma luta
• • As relações podem ser confusas, uma vez que estes
• jovens preferem estar isolados. Podem encontrar na
• empatia uma emoção estranha, fazendo com que o outro
• parceiro se sinta isolado e sozinho.
• • O desejo de ter um namorado ou namorada pode tornar-
• se uma obsessão;
• • Com a exploração e terapia de comportamento, as
• competências necessárias para alcançar um
• relacionamento íntimo estão dentro do alcance em alguns
• casos;
Questões Importantes!
• • Segurança sexual - prevenção de abuso
• Precisam de saber quem pode e não pode ajudar nos
cuidados
• intimos e compreender a diferença entre o toque que é
• conviniente e o que não é;
• • Comportamento social
• Precisam de saber quando e onde não há problema
em se
• tocarem e entender a necessidade absoluta de
privacidade;
O técnico deve:
• • Pensar à frente - ser pró-activo;
• • Ser concretos (falar sobre o pênis ou vagina,não nos
• pássaros e abelhas);
• • Ser consistente e repetitivo(a) sobre a segurança sexual;
• • Encontrar alguém do mesmo sexo para ensinar questões
• fundamentais de segurança e higiene;
• • Abordar a dimensão social da sexualidade;
• • Reforçar fortemente para todo o comportamento apropriado;
• • Redirecionar comportamentos inadequados; (Por exemplo, se
• uma criança se masturba na sala de aula ou em público, dar-
• lhe algo para transportar ou segurar, e quando está no
• espaço adequado e em privacidade mostrar-lhe que se pode
• tocar)
Diferentemente da maioria das crianças e jovens
com NEE, os adolescentes do espectro do autismo
podem não ser receptivos a aprender sobre normas
sexuais com os seus pares ou professores. Portanto,
essa tarefa caberá principalmente aos pais;
A criança com Autismo vai precisar de apoios para
compreender o mundo à sua volta de forma a
desenvolverem sua identidade libertando-se do
modelo infantilizado;
A interação da comunicação precisa ser encorajada
e devem existir formas de comunicação alternativas
para que possam expressar seus sentimentos e
fantasias, envolvendo seu corpo nas experiências
sensórias e perceptivas.
De maneira concreta, firme, vivenciando a
experiência através de teatros, escrevendo,
desenhando, expressando-se artisticamente;
O uso da criatividade é
urgente, num campo
artístico, musical e plástico,
com o objectivo de
expressar a subjectividade
das transformações
sexuais;
COMO TRABALHAR COMPORTAMENTOS SEXUAIS
INADEQUADOS NOS ADOLESCENTES E JOVENS AUTISTAS
Comportamentos de autoestimulação;
Estar alerta;
Identificar precocemente os comportamentos;
Usar modificações ambientais para melhorar o
comportamento;
Dizer sim a comportamentos adequados;
Ser consistente;
Ter em conta o potencial para resultados
inadvertidos.
Conclusão:
• • Os pais são a principal fonte de informações sobre a
• sexualidade dos seus filhos;
• • Para os indivíduos com deficiências, informações sobre
• sexualidade podem ou não ser dadas o que irá aumentar
• a vulnerabilidade a abusos e promover a sua incapacidade
• de compreender as suas necessidades e desejos sexuais;
• • Os pais de crianças com deficiências são confrontados
• com muitos desafios no dia-a-dia que podem interferir
• com a sua capacidade de reconhecer a necessidade de
• fornecer informações para a sexualidade de seus filhos
• deficientes;