Craqueamento Catalítico

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CRAQUEAMENTO CATALÍTICO

FEQUI39012 – Introdução à Engenharia de Petróleo e Gás


Natural

Prof. Adilson J. de Assis


[email protected]

Serviço Público Federal – Ministério da Educação


Universidade Federal de Uberlândia – Faculdade de Engenharia Química
Curso de Graduação em Engenharia Química
Craqueamento Catalítico 2
Craqueamento Catalítico 3
Unidade de
craqueamento
catalítico fluido
(UFCC)

Craqueamento Catalítico 4
HISTÓRIA DO CRAQUEAMENTO

O processo foi concebido para aumentar a produção de nafta e GLP, através


da conversão de frações pesadas do petróleo (gasóleo e resíduos).
Até 1915 a gasolina e o GLP eram obtidos apenas por destilação direta do
petróleo. Normalmente, o rendimento de nafta era em torno de 20% e a
octanagem RON (Research Octane Number) de 50.
Fator primordial: crescimento da indústria automobilística em torno de 1915.
Começando com o craqueamento térmico, a tecnologia evoluiu para
craqueamento catalítico em leito fixo, posteriormente em leito móvel e a
seguir, em leito fluidizado.
O craqueamento catalítico em leito fluidizado passou a ser utilizado pelas
seguintes razões:
• contribui para o ajuste de produção da refinaria em função das
necessidades do mercado consumidor local;
• aumenta o lucro da refinaria pois transforma frações residuais do petróleo,
de baixo valor comercial, em derivados mais nobres, além de especificar
carga para a indústria petroquímica a partir do GLP (C3/C4).

Craqueamento Catalítico 5
CRAQUEAMENTO CATALÍTICO

Mais utilizado processo de refino para converter frações pesadas (gasóleos


e resíduos) em derivados mais nobres, como a gasolina e o GLP.
O craqueamento catalítico fluido (FCC – Fluid Catalytic Cracking) predomina
nas refinarias atuais; o nome vem do emprego de um catalisador, na forma
de um pó muito fino, que se comporta como um fluido quando “aerado” por
uma corrente na fase vapor
A carga, (gasóleo proveniente da destilação a vácuo, e que seria utilizado
como óleo
combustível) entra em contato com um catalisador a uma temperatura
elevada, ocorrendo a ruptura (“cracking”) das cadeias moleculares, dando
origem a uma mistura de hidrocarbonetos que são posteriormente
fracionados.
Este processo tem como finalidade principal a produção de GLP e/ou nafta.
Paralelamente, são formados produtos mais pesados que a nafta, além de
um resíduo de alto teor de carbono, chamado coque, que se deposita na
superfície do catalisador.

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Produtos do Craqueamento Catalítico

GÁS
GÁS DE
DE
COMBUSTÃO
COMBUSTÃO
GÁS
GÁSÁCIDO
(K) ÁCIDO

GÁS
GÁSCOMB.
GASÓLEO CRAQUEAMENTO COMB.
RES. ATM.
CATALÍTICO GLP
GLP

FLUIDO NAFTA
NAFTA CRAQ.
AR CRAQ.

(FCC) ÓLEO
ÓLEO LEVE
LEVE

ÓLEO
ÓLEO
DECANTADO
DECANTADO

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Craqueamento Catalítico

Para que a ação catalítica não seja prejudicada, torna-se


necessária a remoção do coque formado, o que é feito por
combustão, retirando-se o catalisador do vaso onde ocorrem
as reações (Reator) e enviando-o a outro vaso (Regenerador),
onde se processa a queima.
O catalisador regenerado retorna, então, ao reator, ficando
assim estabelecida uma contínua circulação, que se torna
possível devido à diferença de pressão entre o regenerador e o
reator.
A queima do coque fornece a energia para o processo de
craqueamento.
A unidade se completa com uma coluna de fracionamento e
com um sistema de compressão e recuperação de gases

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Craqueamento Catalítico 9
Craqueamento Catalítico

Quebrar cataliticamente moléculas de gasóleos


OBJETIVO:
e resíduos para obtenção de gasolina e GLP

CARGAS
Gasóleo Pesado e Resíduo Atmosférico.
PRINCIPAIS:

TIPO DE
Conversão Química
PROCESSO:

Gás Ácido, Gás Combustível, GLP, Nafta Craqueada,


PRODUTOS: Óleo Leve de Reciclo, Óleo Decantado e Coque.

RENDIMENTOS GC: 4 %; GLP: 20 %; Nafta: 55 %; LCO: 10 %;


TÍPICOS: OD.: 5 %; Coque: 6 %

INVESTIMENTO: US$ 160 - 320.000.000,00

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Importância do FCC para uma Refinaria

Altíssima rentabilidade (US$50/t). Converte frações pesadas em


produtos de maior rentabilidade.

O produto principal é a gasolina junto com o GLP e seus


componentes individuais: propeno, isobuteno etc. Atualmente o LCO
tem aumentado em importância, pela possibilidade de sua
incorporação ao pool de diesel.

Fornece flexibilidade à refinaria já que é capaz de processar vários


tipos de carga.

Em comparação com seu maior concorrente, o hidrocraqueamento,


o FCC tem menor custo de investimento e de operação.
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Carga do Craqueamento Catalítico

RAT
Unidade de
destilação Gasóleos de vácuo Craqueamento
atmosférica catalítico
e a vácuo
Unidade de
Resíduo
desasfaltação a
de vácuo Óleo
solvente
desasfaltado

Resíduo Asfáltico

Nafta de Coque
Unidade de
...
Coqueamento Gasóleo Pesado de Coque
Retardado

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Processo de Quebra de Moléculas

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Formação de Produtos Via Catalítica

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UNIDADE DE CRAQUEAMENTO CATALÍTICO
FLUIDO – UFCC


1 – Seção de Reação e Regeneração

2 – Seção de Fracionamento

3 – Seção de Recuperação de Gases

4 – Seção de Tratamentos

5 – Seção Complementar = UAR e URE

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Diagrama de Blocos do Processo
1

Craqueamento Catalítico 16
Seções do FCC

Reação ou conversão:
• ocorrem as reações do processo e de regeneração do catalisador
Fracionamento:
• fraciona os gases do craqueamento por faixa de destilação
Recuperação de gases:
• recebe o produto de topo da fracionadora principal e produz as correntes
nafta, GLP e gás combustível
Tratamentos:
• trata a nafta, GLP e gás combustível com o intuito de enquadrar esses
produtos dentro das especificações para sua utilização

Craqueamento Catalítico 17
UFCC: configuração lado a lado projetado pela
PETROBRAS em que o vaso separadorSeções
se do FCC
encontra em uma estrutura e o vaso
regenerador em outra:

Craqueamento Catalítico 18
Descrição do Conjunto Conversor

Craqueamento Catalítico 19
Funcionamento do processo
de craqueamento catalítico

A carga a ser processada é preaquecida e entra no conversor pela base do
RISER.


Neste ponto, é misturada com o catalisador quente proveniente do
regenerador e ambos seguem pelo riser, onde, efetivamente, se passam
as reações de craqueamento, até o vaso separador, onde os produtos do
craqueamento são separados do catalisador.


O catalisador, ainda quente, agora exausto pela deposição do coque
formado sobre sua superfície, segue para o regenerador, onde, por
intermédio de uma injeção de ar e elevadas temperaturas, ocorre a queima
do coque.


Assim, com sua atividade restabelecida, o catalisador é novamente
enviado à base do riser. O conjunto riser-vaso separador-regenerador é
denominado conversor.
Craqueamento Catalítico 20
Correntes Materiais e de Energia
Riser / Vaso Separador
(N2 , CO2 , CO) Gases de
Combustão Perdas de Hidrocarbonetos
Energia Craquedos
Regenerador
Perdas de Vapor
Energia

Catalisador
Gasto
Energia da Reação
Queima do de Craqueamento
Coque
Energia da
Catalisador Vaporização
Ar Regenerado
Carga e Vapor
Vapor
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Soprador de Ar

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Funcionamento do processo
de craqueamento catalítico

CALDEIRA DE CO: É o equipamento onde o monóxido de carbono
produzido na combustão parcial do coque é queimado produzindo vapor
d’água de alta pressão, sendo os gases resfriados antes de ser lançados à
atmosfera.


O vapor produzido é consumido no acionamento das grandes máquinas da
unidade (blower e compressores de gás) ou fornecido às demais unidades
da refinaria.

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Craqueamento Catalítico 25
Craqueamento Catalítico 26
Bateria de pré-aquecimento de
carga

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TIPOS DE FCC


O arranjo relativo entre o riser, o vaso de separação e o regenerador
depende do tipo de conversor de FCC. Existem hoje no Brasil 14
conversores FCC dos seguintes modelos:


Modelos UOP:
Stacked: REGAP I, REFAP e REMAN
Side by side: REDUC e IPIRANGA
Side by side HTR: REGAP II


Modelos Kellogg:
Orthoflow B: RLAM
Orthoflow C: RPBC e REPLAN
Orthoflow F: REPAR, REVAP e REPLAN I


Modelo PETROBRAS (Petrobras Advanced Convertor – PAC):
RFCC (Craqueamento Catalítico Fluido de Resíduo): RECAP e RLAM
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Unidades de Craqueamento Fluido da Petrobras no Brasil
Refinaria Projetista Modelo Unidade Carga Ref. (m3/d) Inicio da Operação

RECAP Cenpes PAC RC U-570 3 000 1999

REDUC UOP Side-By-Side U-1250 7 500 1964

REGAP UOP Stacked U-03 2 600 1970

REGAP UOP HTR U-103 3 600 1982

REMAN UOP Stacked UFCC 500 1952

REPAR Kellogg Orthoflow "F" U-2200 9 200 1977

REPLAN Kellogg Orthoflow "C" U-220 7 500 1972

REPLAN Kellogg Orthoflow "F" U-220A 8 500 1992

REVAP Kellogg Orthoflow "F" U-220 14000 1981

RLAM Kellogg Orthoflow "B" U-6 5 000 1959

RLAM Cenpes PAC RC U-39 10 000 2001

RPBC Kellogg Orthoflow "C" UFCC 9 500 1971

REFAP UOP Stacked U-03 3 100 1971

REFAP Cenpes PAC RC U-300 7 000 2006


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Craqueamento Catalítico 30
Modelo side by
side da UOP

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Craqueamento Catalítico 32
Modelo
orthoflow da
Kellogg
←Refinaria Henrique Lage
(REVAP), São José dos
Campos, SP

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Orthoflow C e F

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O Conjunto Conversor – REVAP

Refinaria Henrique
Lage (Revap) está
localizada na Rodovia
Presidente Dutra, em
São José dos Campos

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Conversor Avançado PETROBRAS - PACRC

Tecnologia PASSR Câmara Plena


Externa

Retificador Ciclones
PETROBRAS

Riser Otimizado Resfriador de


Catalisador

Dispersor de Carga
UltraMistR Regenerador de Simples
Estágio Combustão Total

Forno para partida

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Conversor Petrobrás e Sistema de Gás de Combustão

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Detalhe dos Dispersores de Carga

Carga

Vapor

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Retificador

UFCC-II REPLAN
CHICANA INFERIOR DO RETIFICADOR COM ANEL DE VAPOR

Craqueamento Catalítico 39
Detalhe do Regenerador

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Ciclone – Equipamento de Separação Gás-Sólido

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Ciclone – Equipamento de Separação Gás-Sólido

Craqueamento Catalítico 42
Regeneração do Catalisador

Carbono:
• C + ½ O2  CO -110,5 kJ/mol

Hidrogênio:
• 2H + ½ O2  H2O -242,0 kJ/mol

Monóxido de carbono:
• CO + ½ O2  CO2 -283,2 kJ/mol

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Resfriador de Catalisador
CONVERSOR DE RFCC RESFRIADOR DE CATALISADOR

Craqueamento Catalítico 44
Resumo dos principais Vasos e Equipamentos
Mecânicos num Conjunto Conversor
Riser/Vaso Separador
• Destaque para a terminação do riser tipo PASS – Petrobras
Advanced Separatorion System
Bicos Injetores de carga
• Bico de pato, Ultramist etc.
Retificador de Catalisador
Regenerador
Distribuidor de Ar
• Pipe-grids, air rings, dome distributor etc.
Ciclones
Resfriador de Catalisador

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Terceiro Estágio de Ciclones e
Recuperação de Energia

Craqueamento Catalítico 46
Diagrama de Blocos do Processo

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Remoção de particulados dos gases de combustão:

legislação ambiental
viabiliza recuperação de energia

Craqueamento Catalítico 48
Craqueamento Catalítico 49
O Sistema de Gases de Combustão

câmara de caldeira de
Terceiro
orifícios CO
Estágio de
Ciclones chaminé

potes de
selagem ou
Regenerador diverter
catalisador valve

turbo gerador
expansor elétrico

Craqueamento Catalítico 50
3o Estágio de Ciclones e Caldeira Recuperadora

Craqueamento Catalítico 51
Turbo Expansor

Despressurização dos
gases de combustão com
recuperação de energia

Controle do diferencial de
pressão entre o vaso
separador e o
regenerador

Craqueamento Catalítico 52
O Trem de Recuperação de Energia

Acoplar em um eixo único o Turbo Expansor ao Soprador de Ar do FCC

Expansor
Motor
Saída Compressor Engrenagem

Saída Entrada de ar Acoplamento

Entrada dos
Gases do
Terceiro
Estágio

Craqueamento Catalítico 53
O Trem de Recuperação de Energia

Se o turbo expansor aciona


o soprador de ar, uma
turbina a vapor ou motor
elétrico é necessário para a
partida

Confiabilidade: falha em um
dos equipamentos implica
na parada de todo o trem

Craqueamento Catalítico 54
Recuperação de Energia

Os altos custos de energia tem incentivado a instalação de Sistemas


de Recuperação de Energia nos FCC.

A energia fornecida por um motor elétrico ou por uma turbina a vapor


podem ser substituídos pela energia derivada dos gases efluentes do
regenerador.

Apesar de ainda não implantado na Petrobrás pode-se utilizar um


turbo expansor acoplado diretamente ao soprador de ar.

Para que se possa recuperar esta energia, os finos presentes nos


gases de combustão devem ser reduzidos a um valor mínimo.

Craqueamento Catalítico 55
Apresentar video do projeto da
RPBC

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Fracionadora Principal, Área Fria e
Tratamentos

Craqueamento Catalítico 57
Diagrama de Blocos do Processo

Craqueamento Catalítico 58
Conversor e Fracionadora Principal
ORTHOFLOW F

Gás
úmido

Nafta
instabilizada

Óleo
Leve

(Retirada
pouco usual)

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Craqueamento Catalítico 63
Regap - FCC – Compressor da Seção de Recuperação de Gases

Fabricante Mitsubishi – Dresser


Modelo 2M8–6
Produto Gás Úmido
Capacidade 22.189 m³/h
Potência 2.661 kW
Rotação 9.972 rpm
GC = gás combustível P descarga 16 kgf/cm²g
GLP = gás liquefeito de petróleo
T máxima 123°C
NC = nafta de craqueamento
Craqueamento Catalítico 64
Tratamento dos Produtos do Craqueamento
Catalítico e Destino Final

Craqueamento Catalítico 65
Tratamento dos Produtos do Craqueamento
Catalítico e Destino Final

O objetivo principal dos tratamentos é a remoção de enxofre em suas


diversas formas ou a transformação do composto de enxofre em um outro
menos agressivo!!
Craqueamento Catalítico 66
Tratamento dos Produtos do FCC e Destino Final

GC: Vai para a Unidade de Tratamento DEA (para remover H2S) e é


queimado em fornos e/ou caldeiras na própria refinaria.

GLP: Vai para a Unidade de Tratamento DEA (para remover H2S),


em seguida para a Unidade de tratamento Cáustico (para remover
mercaptans) seguindo para armazenamento em esfera. O GLP pode
ser ainda fracionado para industria petroquímica:
• na REDUC o butano é enviado para PETROFLEX, para produção
de butadieno - matéria prima para borracha sintética e o propeno
é enviado para a POLIBRASIL.
• na RLAM o propeno é utilizado para produção de fibras acrílicas e
polipropileno

Craqueamento Catalítico 67
Tratamento dos Produtos do FCC e Destino Final

Nafta:Vai para a Unidade de Tratamento Cáustico (para remover


H2S e mercaptans) seguindo para armazenamento em tanque de
Nafta ou gasolina.
LCO: Vai para a Unidade de Hidrotratamento para ser armazenado
como Óleo Diesel. Em alguns casos é enviado para o pool de óleo
combustível para servir como redutor de viscosidade e geralmente
não passa por nenhum tratamento de remoção de enxofre.
Óleo Decantado: Embora contenha enxofre em alto teor, ele não é
tratado e, normalmente, é misturado ao Resíduo de Vácuo (da
Destilação), compondo o Óleo Combustível. É um produto bastante
aromático e por isso pode ser também utilizado como matéria-prima
para obtenção do negro de fumo (carga para borracha) ou coque de
petróleo.

Craqueamento Catalítico 68
Reações de Craqueamento

Craqueamento Catalítico 69
Reações de craqueamento

Ligações craqueáveis:

Limite final das reações: C e H2

Parafinas:
Tamanho da Cadeia, Temperatura do Craqueamento 

Tamanho da Cadeia, velocidade , energia requerida 

Craqueamento Catalítico 70
Reações de craqueamento - riser

480-540 °C
Seção de
sobrecraqueamento Reações finais de craqueamento térmico

Seção de reações
de craqueamento
Reações primárias e secundárias

Seção de troca
de calor 680-720 °C Craq. Térmico  primeiras olefinas

Craqueamento Catalítico 71
Reações de craqueamento

Reações primárias: são Endotérmicas, de alta velocidade,


favorecidas pela elevada temperatura do catalisador.

Craqueamento Catalítico 72
Reações de craqueamento

Reações secundárias de olefinas: a medida que cai


a T, iniciam-se as reações mais lentas e exotérmicas

Desalquilação de Aromáticos

 +

Craqueamento Catalítico 73
Reações de craqueamento
Reações de craqueamento

Reações secundárias
Ocorrem após as de craqueamento e são importantes para diminuição de teor de
olefinas. Determinam a composição final dos produtos. São favorecidas pela queda na
temperatura do catalisador, pois são exotérmicas, e possuem menor velocidade que as
reações primárias.
Isomerização
Ciclização (catalisada por metais contaminantes da carga)
Transferência de hidrogênio (Níquel acelera estas reações)
Condensação de aromáticos e olefinas

Craqueamento Catalítico 74
Condensação de Aromáticos - Formação do Coque
Precursores de Coque + Aromáticos Coque
H
Parafinas Olefinas
H
H

H H
H H
H H
H H

H H
H H

H H
H H

H H H H
H H H H
H H
H H
H H
H H
8H
H H
H H
H H H
H H H
H H
4 R-C=C-R’ + 8H 4 R-C-C-R’
H H H H
Craqueamento Catalítico 75
Principais Reações de Hidrocarbonetos no
Craqueamento Catalítico
Tipo de Estrutura Química Produtos
Reações Predominantes
Hidrocarboneto Esquemática Obtidos

Parafinas Parafinas e
Ruptura em diversos pontos
olefinas
(normais ou iso) da cadeia
ramificadas

Olefinas Parafinas e
Ruptura em diversos pontos
olefinas
(normais ou iso) da cadeia
ramificadas
Anéis naftênicos Ruptura do anel naftênico e Parafinas e
(Ramificados ou em vários pontos da cadeia olefinas; algum
não) lateral anel aromático
Abertura do anel naftênico, Parafinas,
Naftênicos
ruptura de cadeias laterais olefinas e
Aromáticos
próximas ao núcleo aromático aromáticos
Aromáticos Refratários ao craqueamento
Coque e
Polinucleados sem porém passíveis de
hidrogênio
cadeia lateral desidrogenação
Aromáticos Olefinas e
Ruptura de cadeias laterais
polinucleados com aromáticos
próximas ao núcleo aromático
cadeias laterais polinucleados
Craqueamento Catalítico 76
Catalisadores de Craqueamento
Catalítico

Craqueamento Catalítico 77
Craqueamento Catalítico 78
Catalisadores de Craqueamento

É o elemento fundamental no processo de craqueamento


catalítico;
O catalisador utilizado em unidades de craqueamento é um
material sólido particulado, com características ácidas,
responsáveis pelas reações de craqueamento;
Os catalisadores mais utilizados têm como principal
componente a zeólita (ou zeólito), um aluminossilicato
cristalino.
Principais atribuições do catalisador:
Promotor das reações de craqueamento;
Agente de transporte do coque;
Agente de transferência de calor.

Craqueamento Catalítico 79
Composição do Catalisador de FCC
sílica matriz sintética
Aditivos caulim matriz inerte
alumina matriz ativa
zeólita componente ativo
Ligante

Principal
responsável pela
atividade e
seletividade.

Junto com a matriz inerte é responsável pelas


propriedades físicas do catalisador podendo
ainda ter alguma função catalítica, como
craqueamento de moléculas pesadas. Resistência do
Catalisador
Craqueamento Catalítico 80
Zeólita

8a9A

Zeólitas são
aluminosilicatos cristalinos
microporosos

Craqueamento Catalítico 81
Catalisadores de Craqueamento

Craqueamento térmico → mecanismo de


quebra de moléculas envolve a formação
de radicais livres
Craqueamento catalítico → formação de
um composto intermediário no sítio ativo
do catalisador – íon positivamente carregado →
carbocátion
Sítios ativos do catalisador → ácidos (ávidos por
compartilhar prótons H+)
Quanto maior a cadeia do hidrocarboneto e mais planta
for → mais fácil a formação do carbocátion → maior a
reatividade
Reatividade (formação do carbocátion):
Olefinas > naftênicos e isoparafinas > parafinas > aromáticos
Craqueamento Catalítico 82
Catalisadores de Craqueamento
Catalisador virgem
• não tomou parte nas reações
• cor branca
Catalisador gasto
• tomou parte das reações
• está impregnado de coque
• teor de carbono de 1% a 1,2% e cor preta

Catalisador regenerado
• tomou parte nas reações e já foi queimado
• teor de carbono de 0,1%a 0,5% e cor cinza clara
Craqueamento Catalítico 83
Catalisadores de Craqueamento
Atividade do catalisador
• É uma propriedade que depende da composição química do
catalisador e de sua área específica.
Seletividade do catalisador
• No craqueamento, o objetivo é maximizar o rendimento de
gasolina e GLP, ao invés de gerar coque e gás combustível.
• A seletividade depende da composição química do
catalisador, mas é alterada pela ação de contaminantes
presentes na carga (tais como níquel, vanádio, cobre e ferro).
Estabilidade
• É a capacidade do catalisador de manter sua atividade e sua
seletividade ao longo do tempo, sendo também influenciada
pela composição química do catalisador.

Craqueamento Catalítico 84
Carga para Craqueamento

Craqueamento Catalítico 85
Carga para Craqueamento

Variável importante na conversão, rendimento e qualidade dos


produtos
Qualidade depende de:
• Tipo dos Hidrocarbonetos
• Quantidades dos Hidrocarbonetos
• Contaminantes: S, N, Ni, V, Cu, Fe, Na, K, Ca, Mg, Cloretos, Asfaltenos

Facilidade de reação:
• Olefinas > Naftênicos e isoparáfínicos > Parafinas > Aromáticos

A facilidade de quebra aumenta com o aumento da cadeia

Craqueamento Catalítico 86
Carga para Craqueamento

Cargas parafínicas são melhores que cargas aromáticas, porque


produzem mais gasolina para um determinado rendimento de coque,
embora sua octanagem seja menor.
Cargas isoparafínicas produzem grande quantidade de gasolina leve
e de alta octanagem.

Craqueamento Catalítico 87
Influência da Qualidade na Carga nos
Produtos Obtidos
Parafinas: são transformadas, principalmente, em propeno, butenos,
butanos e gasolina leve (C5–C8), gerando muito pouco coque;
Naftênicos: são transformados, principalmente, em olefinas,
parafinas ramificadas e aromáticos, gerando assim gasolina de alta
octanagem, e algum coque.
Aromáticos: são transformados, principalmente, em óleos de reciclo
(LCO e decantado) e coque, gerando ainda gás (C1-C4) e muito
pouca gasolina. No máximo, cerca de 30% são convertidos em
produtos, e o restante, em coque;
Olefinas: são transformadas, principalmente, em produtos de baixo
peso molecular, gerando ainda razoável quantidade de coque.

Craqueamento Catalítico 88
Constituintes da Carga vs Produtos Gerados

n-parafinas GC
i-parafinas GLP
Elementos
naftênicos Craqueáveis Nafta
Constituintes monoaromáticos Diesel
da Carga ramificados
poliaromáticos
Elementos
resinas
Coqueáveis Coque
asfaltenos

Craqueamento Catalítico 89
Produtos do craqueamento

Craqueamento Catalítico 90
Produtos do craqueamento
Gás Combustível (GC): o rendimento de gás combustível
no craqueamento oscila entre 3,0 e 7,5% em peso;
Gás Liquefeito de Petróleo (GLP): o rendimento de GLP
no craqueamento é da ordem de 15 a 25% em peso,
correspondendo a 28 – 42% em volume, em relação à
carga;
Nafta de Craqueamento: em geral, é a maior fonte de
gasolina das refinarias. O rendimento da gasolina no
craqueamento varia de 44 a 55% em peso (50 a 65% em
volume);

Craqueamento Catalítico 91
Produtos do craqueamento
Óleo Leve de Craqueamento (LCO): O rendimento de
LCO produzido oscila entre 10 e 15% em peso,
correspondendo a 9 a 16% em volume;
Óleo Decantado: É o produto líquido mais pesado das
reações de craqueamento, riquíssimo em hidrocarbonetos
aromáticos polinucleados. O rendimento do óleo
decantado oscila entre 5 e 10% em peso, correspondendo
a 4,5 – 9,8% em volume.

Craqueamento Catalítico 92
Variáveis Operacionais

Craqueamento Catalítico 93
Variáveis Operacionais do Conversor

Variáveis Independentes
(São aquelas para as quais podemos escolher um
valor desejado)

• Qualidade de Carga
• Vazão de Carga
• Temperatura de Reação
• Temperatura de Carga
• Atividade do Catalisador
• Vapor para Dispersores

Craqueamento Catalítico 94
Variáveis Operacionais do Conversor

Variáveis Dependentes
(São aquelas que sofrem alterações em consequência
de mudanças em uma ou mais variáveis
independentes)

• Conversão
• Rendimento dos Produtos
• Circulação de Catalisador
• Relação Catalisador / Óleo
• Temperatura de Fase Densa do Regenerador
• Vazão de Ar para Combustão do Coque

Craqueamento Catalítico 95
Qualidade de Carga

• Variável de maior efeito sobre rendimentos e


qualidade dos produtos:

• Cargas parafínicas, olefínicas e naftênicas


fornecem conversões elevadas

• Cargas ricas em aromáticos, resinas e asfaltenos


causam queda na conversão

Craqueamento Catalítico 96
Variáveis Operacionais do Conversor

Temperatura de Reação (TRX)

• Principal variável de uso efetivo para alterar


conversão e rendimentos

• Referência para indicar a temperatura de reação é


a temperatura de saída do riser

• Valores usuais:
• Riser de Gasóleo 520/550ºC
• Riser de Nafta 540/580ºC

Craqueamento Catalítico 97
Variáveis Operacionais do Conversor

Variáveis Dependentes

Conversão

• Definida como (Carga-LCO-OD)/Carga x 100

• Indica o percentual da carga que é transformada em


Gás Combustível, GLP, Nafta Craqueada e Coque

• Afetada por praticamente todas as variáveis


independentes do conversor

• Valores usuais: 65/80% vol

Craqueamento Catalítico 98
Variáveis Operacionais do Conversor

• Maximização de GLP
• Maior temperatura de reação (535/555ºC)
• Elevada razão catalisador/óleo
• Elevada atividade do catalisador (alta reposição)

• Maximização de Nafta Craqueada


• Temperatura de reação moderada (510/540ºC)
• Média razão catalisador/óleo
• Elevada atividade do catalisador (alta reposição)

• Maximização de LCO
• Baixa temperatura de reação (485/510ºC)
• Moderada atividade do catalisador (média reposição)

Craqueamento Catalítico 99

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