Norma APA 6
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Conselho Científico
Marina Cunha
Sónia Guadalupe
Sónia Simões
Andrea Sousa
Instituto Superior Miguel Torga
Conselho Científico
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Índice
Introdução 1
Formato 2
Apresentação Gráfica 2
Linguagem e Estilo 4
Estrutura 8
Escrita 9
Título 9
Dedicatória 9
Agradecimentos 9
Resumo 10
Palavras-chave ou descritores 10
Epígrafe 10
Introdução 10
Método(s) 11
Resultados 12
Discussão 13
Conclusões 14
Referências 14
Anexos e Apêndices 20
Referências 21
Introdução
Neste documento são fornecidas as diretrizes para uniformizar a apresentação das disser-
tações de mestrado desenvolvidas no Instituto Superior Miguel Torga. São ainda fornecidas
as linhas orientadoras para a escrita das dissertações1.
1 Até ao momento, estas linhas orientadoras aplicam-se a estudos de natureza quantitativa. Para pesquisa de natureza qualita-
tiva, baseada, por exemplo, em entrevistas e grupos de foco, sugerem-se os critérios indicados por Tong, Sainsbury e Craig
(2007). Para estudos de revisão consulte-se, por exemplo, Sampaio e Mancini (2007) e para estudos de metanálise pode
recorrer-se, como ponto de partida, a Botella e Gambara (2006).
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Guia para as Dissertações de Mestrado no Instituto Superior Miguel Torga
Formato
Apresentação Gráfica
Todos os trabalhos devem ser apresentados em folhas de tamanho A4.
A capa é uma cobertura (frontal e final) que tem como objetivo proteger o conteúdo do
trabalho, pelo que deve ser de papel resistente. A capa frontal deverá seguir o modelo apre-
sentado no Anexo 1.
Na lombada deverá aparecer o logótipo do Instituto Superior Miguel Torga, o acrónimo,
o título da dissertação, o nome do autor, a indicação de mestrado (M) e o ano da realização
(ver Anexo 1).
A folha de rosto é a primeira folha do corpo da dissertação. Deverá ser impressa em pa-
pel branco e sem quaisquer ilustrações. Tem obrigatoriamente que conter os elementos cons-
tantes no Anexo 2.
As dissertações de mestrado têm um limite ideal de 30 páginas (excluindo anexos). As
margens superior, inferior e laterais deverão medir 2,54 cm.
No corpo do texto, a letra a utilizar deverá ser serifada com tamanho 12 e espaçamento
normal entre letras. Os formatos de letra aceites são a Times New Roman, Palatino (11), Hoe-
fler Text ou Book Antiqua. Nos títulos e nas legendas de figuras e quadros são aceites forma-
tos de letra não serifada (e.g., Arial, Avenir, Helvetica, Lucida, Tahoma ou Verdana). Os parágra-
fos deverão ter um espaçamento de 1,5 linhas em todo o texto.
As páginas são todas numeradas com algarismos árabes a partir da primeira página da
Introdução, excetuam-se a Capa e o Resumo e as restantes páginas que antecedem a introdu-
ção (Dedicatória e Agradecimentos).
As notas de rodapé são numeradas continuamente desde o início do trabalho. Todas as
páginas que constituírem os anexos não devem ser numeradas (na continuação do texto da
dissertação), embora os anexos sejam numerados (e.g., Anexo 1, Anexo 2, Anexo 3).
Cada página, a partir da Introdução, deve ter um cabeçalho na margem superior externa
com uma versão resumida do título. Recomenda-se ainda que no rodapé se coloque o endere-
ço de e-mail d@ orientand@.
A primeira linha de cada parágrafo pode ser indentada entre 0,75 cm a 1 cm; excluem-se
o Resumo, os títulos de Nível 1, os blocos de citações, as legendas dos quadros e das figuras.
O formato deste guia pode servir de modelo para os títulos de Nível 1, 2 e 3.
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Tabela 1
Características Demográficas dos Subgrupos para o Estudo dos Fatores Sociodemográficos e
Saúde Mental
Género
Estado civil
Total
Idade (anos)
n (%) n (%) Escolaridade
Subgrupos N M (DP) Não- M (DP)
Homens Mulheres Casados
casados
26 (70,3)
P. dissociativas 37 34,1 (12,0) 11 (29,7) 18 (48,6) 19 (51,4) 9,3 (4,3)
34 (68,0)
PSPT 50 30,4 (13,6) 16 (32,0) 13 (26,0) 37 (74,0) 11,9 (2,5)
20 (76,9)
P. conversivas 26 27,4 (8,8) 6 (23,1) 8 (30,8) 18 (69,2) 10,9 (4,1)
40 (67,8)
P. de somatização 59 35,8 (13,4) 19 (32,2) 28 (47,5) 31 (52,5) 10,8 (4,0)
114 (65,5)
P. de ansiedade e depressão 174 31,6 (12,5) 60 (34,5) 57 (32,7) 117 (67,3) 11,7 (3,9)
68 (42,7)
Não-clínico 159 37,3 (12,0) 91 (57,2) 91 (57,2) 68 (42,8) 12,7 (4,1)
302
Total 505 33,7 (12,7) 203 (40,2) 209 (41,4) 296 (58,6) 11,7 (4,0)
(59,8)
Os quadros, tabelas e figuras são sempre indicados no texto, aparecendo depois do texto.
Quando possível, os quadros devem ter a dimensão da largura do texto e a única linha
divisória a usar é uma horizontal que divide o título do quadro dos títulos das colunas e do
corpo do quadro. Não se usam quadros verticais. As figuras devem também ter a mesma di-
mensão do texto ou da coluna de texto.
Recomenda-se que não se usem linhas em branco, nem páginas em branco. Excecional-
mente podem usar-se linhas em branco para evitar que um subtítulo fique isolado no fundo de
uma página.
2 Os quadros devem ser usados para informação qualitativa ou informações textuais agrupadas em colunas. As tabelas in-
cluem informação tratada estatisticamente.
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2,5
Macho presente
2,25 Macho ausente
1,75
Nº médio de jovens
1,5
1,25
0,75
0,5
0,25
0
! Nascidos Saídos do ninho
Linguagem e Estilo
A dissertação deve ser escrita como um artigo de uma revista científica. Assim, a lingua-
gem deve ser clara, objetiva, escrita em discurso direto e com frases curtas (APA, 2010; Bo-
oth, 1975; Gustavii, 2008).
Palavras
1. Use palavras precisas e específicas. Dentre elas, prefira as mais simples, habituais e
curtas.
2. Trabalhe com um dicionário e uma gramática e consulte-os sempre que tiver dúvidas.
Como ferramentas de fácil acesso, tem disponíveis on-line o Dicionário Priberam da
Língua Portuguesa e o Ferramentas para a Língua Portuguesa (Priberam, 2008).
3. Tenha particular atenção à hifenização. Recorra com frequência a uma gramática.
Consulte o Anexo 3 para as situações mais frequentes.
4. Use apenas os adjetivos e os advérbios extremamente necessários.
5. Evite repetições. Procure não usar verbos, substantivos aumentativos e diminutivos
mais de uma vez num mesmo parágrafo...
6. … mas não exagere no uso de sinónimos para obter uma escrita elegante. O uso de
sinónimos deve restringir-se a verbos e substantivos comuns. Não o use para termos
técnicos.
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Frases
1. Escreva sempre no discurso direto: sujeito + verbo + complemento.
2. Prefira frases afirmativas (“A criança fez birra” em vez de “A criança não se portou
bem”).
3. Prefira frases na voz ativa (“Nós estudámos a depressão em doentes internados” em
vez de “A depressão em doentes internados foi estudada pelos investigadores”) 3.
3 Note que muitas revistas, especialmente anglo-saxónicas, recomendam exatamente o oposto. Por isso, discuta este aspeto
com o seu orientador.
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Parágrafos
1. Um parágrafo é uma unidade de pensamento. A primeira frase deve ser curta, enfática
e conter a informação principal. As demais devem corroborar o conteúdo apresentado
4 A internet tornou-se uma ferramenta que permite a consulta de praticamente todo o tipo de documentos. Para obter um
artigo pesquise na PubMed (National Library of Medicine, s.d.a); se o artigo não estiver disponível de forma gratuita,
então peça-o ao autor principal através do mail. Por norma, os autores ficam agradados pelo interesse que o seu estudo
suscita. Não se esqueça de indicar no Assunto do mail a referência do artigo, de se identificar como aluno do ISMT e de
agradecer quando lhe responderem.
Para ler livros, a Google Livros iniciou uma parceria com bibliotecas de renome e com editoras de todo o mundo e permite
a leitura de muitos livros ou de páginas de outros tantos. Outra ferramenta adicional de pesquisa de livros é o Archive In-
ternet que consiste numa livraria digital de livros, especialmente livros antigos, imagens, música e documentos áudio.
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Estrutura
As dissertações de mestrado devem ser compostas pelos elementos que a seguir se apre-
sentam (APA, 2010). Discuta com o seu orientador sobre esta alternativa. Nos casos de inves-
tigação na área da gestão de recursos humanos, consultar Nota 2.
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Escrita
Título
O título consiste na primeira impressão, por isso é muito importante. Escreva-o no início e
reexamine-o mais tarde. Faça uma lista com as palavras-chave e tente incluí-las no título. A
primeira palavra deve ser o conceito central que vai trabalhar (habitualmente a variável depen-
dente); as outras palavras podem corresponder a variáveis independentes ou a metodologias. O
título deve ser curto (não exceda as 20 palavras)5 e, sempre que possível, informativo e detalha-
do em vez de vago, dizendo o que aconteceu em vez de parecer que coloca uma questão, fazen-
do uma pergunta em vez de declarativo em vez de neutro. Prefira os verbos aos nomes abstratos
(APA, 2010; Booth, 1975; Gustavii, 2008; Hartley, 2008). Em vez de parecer que coloca uma
questão no título, diga o que aconteceu, escrevendo um título que seja informativo, ou refaça-o
em formato de pergunta. Exemplos de título são apresentados no Quadro 1.
Quadro 1
Exemplos de Títulos para Dissertações de Mestrado e Versões Melhoradas dos Mesmos Títulos
Suporte social e perceção de bem-estar subjetivo em Como é que o suporte social afeta o bem estar
idosos subjetivo em idosos?
Dedicatória
É um elemento optativo e serve para o autor prestar uma homenagem ou dedicar o seu
trabalho a alguém.
Agradecimentos
É também uma página facultativa e onde o investigador regista os agradecimentos a pes-
soas ou instituições que contribuíram de forma relevante para a elaboração do trabalho.
5 Quanto mais curto é o título de um trabalho (artigo, tese, comunicação), maior a probabilidade de se ser citado. Um estudo
realizado por Jamali e Nikzad (2011) mostrou que os artigos com oito palavras de mediana são mais descarregados na net
do que os artigos com mais palavras e os artigos com um tópico são mais citados/descarregados do que os artigos que con-
têm dois tópicos.
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Resumo
O resumo é uma síntese analítica em que se descreve o problema e as questões ou infor-
mações mais importantes referidas no trabalho. O resumo é o último trecho a ser escrito, ain-
da que apareça no princípio do trabalho (APA, 2010; Booth, 1975; Gustavii, 2008). Escreva o
resumo no pretérito perfeito, com exceção da descrição dos resultados e das conclusões.
Deve começar com uma frase clara sobre o objetivo do trabalho, depois diga quais os méto-
dos usados, em seguida indique os resultados obtidos e termine com uma ou duas frases que
salientem conclusões importantes, a sua importância para a ciência, as possíveis implicações
práticas e a originalidade/valor que o seu conteúdo constitui. As referências não são citadas
aqui. O resumo deve circunscrever-se às 350 palavras. Todas as dissertações devem ser
acompanhadas de dois resumos – um em língua portuguesa e outro em idioma inglês.
Palavras-chave ou descritores
As palavras-chave ou os descritores devem ser escolhidos pelo estudante com o acordo
do seu orientador e em função da sua pertinência ou da terminologia em vigor na temática.
Não deve ultrapassar os cinco termos-chave. Siga as indicações do Medical Subject Headings
(NLM, s.d.b) para os termos em inglês.
Epígrafe
É uma citação optativa do pensamento de um autor que resume a ideia principal do traba-
lho ou que transmite um significado que foi relevante para a génese do seu trabalho. A epígra-
fe pode ser colocada na página que antecede a Introdução.
Introdução
Na Introdução descreva o problema e o objetivo do estudo. Na redação, escolha entre o
presente ou o pretérito e, depois, mantenha-se sempre no mesmo tempo verbal (APA, 2010;
Booth, 1975; Gustavii, 2008; Sarmento, 2008). Nesta parte há que responder à pergunta por-
que é que fez o trabalho. A introdução deve incluir três movimentos, mas dado o limite apon-
tado de páginas (igual ou inferior a 30), é aconselhável não dividir a Introdução por capítu-
los:
Âmbito da investigação. Apresente o problema, sua importância, centralidade, interes-
se, ou relevância. Defina conceitos, apresente brevemente explicações ou explane resumida-
mente uma teoria. Descreva o que tem sido feito em trabalhos prévios, salientando descober-
tas relevantes, questões metodológicas importantes e/ou conclusões principais.
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Método(s)
Nos Métodos relate tudo o que é preciso para que outra pessoa possa repetir o mesmo
estudo. Escreva o local do estudo, a data (e, nalguns casos, a hora), métodos de amostragem,
número de sujeitos, equipamentos, número de investigadores e seu papel, técnicas de obser-
vação, registo e armazenamento de dados, hardware e software e métodos estatísticos6 . Pode
citar outras publicações para relatar variações das técnicas usadas. Use o pretérito para a re-
dação desta secção. Esta secção pode subdividir-se em várias subsecções conforme a natureza
do trabalho (APA, 2010; Booth, 1975; Gustavii, 2008) e que se listam seguidamente.
Participantes. Identifique os sujeitos e descreva a amostra adequadamente: apresente o
número de sujeitos, descreva as características demográficas principais (sexo, idade, estatuto
socioeconómico, grau de escolaridade), refira os grupos específicos, exponha os critérios de
inclusão e exclusão, diga se foi obtido consentimento informado e se foi aprovado por comité
de ética e se segue as normas éticas da Declaração de Helsínquia (WHO, 2004). A amostra
deve ser representativa. Justifique o tamanho da amostra e explique como foi determinado.
Procedimentos. Descreva cada etapa da realização da pesquisa. Diga onde e quando o
estudo decorreu ou onde e quando recolheu os dados. Inclua as instruções dadas aos sujeitos,
a formação de grupos e intervenções específicas. Descreva os métodos de randomização, téc-
nicas de realização de ensaios cegos e outras técnicas de controlo. Justifique as variáveis,
6 Recomenda-se que se comece a escrever esta secção durante o processo de investigação para evitar o esquecimento de
detalhes importantes e poupar tempo.
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diga quais as medidas e a sua validade. Indique como analisou os dados, se executou alguma
transformação dos dados e qual a justificação para tal.
Instrumentos. Descreva os instrumentos, indique os seus autores e apresente os valores
da validade e de fidedignidade. Apresente integralmente os instrumentos que não colidem
com os direitos de autor nos Anexos.
Análise estatística. Indique o programa informático de análise estatística e a sua versão.
Descreva as diferentes medidas e técnicas estatísticas usadas (medidas de tendência central e
de dispersão, medidas de assimetria e achatamento, testes de normalidade e de homogeneida-
de de variância, testes t ou U, F ou H, qui-quadrados, correlações, regressões, análise fatorial,
etc.). Justifique o uso dos testes (com base nível de mensuração das variáveis, na (in)depen-
dência das observações, no tamanho da amostra, normalidade da distribuição, valores extre-
mos, linearidade, homoscedasticidade e não-respostas). Indique o nível de significância esta-
tística.
Nesta secção e independentemente dos aspetos anteriormente referidos, quando se trata
de um trabalho de investigação na área de recursos humanos, deve ainda o aluno verificar se
referenciou a abordagem de investigação (qualitativa, quantitativa, qualitativa/quantitativa).
O tipo de investigação (estudo de caso, documental, etnografia, investigação qualitativa bási-
ca ou genérica, grounded theory, survey). Os sujeitos da investigação ou amostra (probabilís-
tica ou não-probabilística). Os instrumentos de coleta de dados (entrevista, observação, do-
cumentos ou questionários) e a forma de tratamento de dados (softwares utilizados ou análise
de conteúdo).
Resultados
Descreva os resultados e todas as conclusões que retirou da análise dos resultados. Não
se esqueça de apresentar os resultados pela ordem dos objetivos e dos métodos. Não refira
outros trabalhos ou autores. Os resultados são descritos textualmente e, quando complexos,
acompanham-se de quadros e figuras. Não interprete os dados, nem especule nesta subsecção.
Não se esqueça de apresentar resultados negativos — eles são importantes! Use o pretérito
para a redação desta secção. Alguns detalhes sobre a apresentação dos resultados são listados
a seguir.
Tabelas e figuras. As tabelas e figuras acompanham o texto escrito mostrando os deta-
lhes dos resultados. No texto deve indicar cada figura ou quadro que resuma os resultados
(e.g., “ver Figura xx” ou “segundo Quadro xx”). Coloque os quadros, figuras e gráficos pró-
ximo e após o texto correspondente. A legenda dos quadros e figuras deve ser completa e re-
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sumir informação do texto para que o leitor retire a informação principal sem ler o texto. Grá-
ficos, quadros e figuras devem ser simples, com a informação suficiente para que sejam com-
preendidos por si mesmos.
Números. Apresente os valores numéricos com as suas unidades [e.g., cortisol (mg/dl),
peso (kg); abelhas por minuto]. Os números cardinais são escritos em numérico, exceto
quando iniciam uma frase, quando aparecem no título ou quando seguem outros números. Se
um número for escrito por extenso, a sua unidade também o deve ser (e.g., “Dez milímetros
de água”).
Casas decimais. Indique a casa decimal através de vírgula (e.g., 5,80) e as probabilida-
des também com vírgula (e.g., p < 0,01). Use sempre o mesmo número de casas decimais. A
forma usual é apresentar as estatísticas com duas casas decimais, os níveis de precisão com
três casas decimais e as percentagens com uma casa decimal.
Operadores numéricos. Coloque espaço antes e após dos operadores numéricos e lógi-
cos (e.g., média ± DP = 30,06 ± 15,40; U = 1425,37; p > 0,05). Não use espaço depois das
estatísticas F ou t quando são seguidas pelos graus de liberdade [e.g., F(2, 9) = 8,56; p <
0,01).
Dados estatísticos. Apresente os resultados estatísticos de forma completa, permitindo
que o leitor possa tirar as suas próprias conclusões (e.g., quando se apresenta a média, deve
escrever-se também o desvio padrão, o número de observações e o intervalo de confiança).
Diga que testes estatísticos usou, o valor dos parâmetros, o tamanho da amostra e o nível de
significância.
Tamanhos do efeito. Apresente os tamanhos do efeito adequados a cada teste estatístico
(Espirito Santo & Daniel, 2015, 2017).
Discussão
Questione os resultados à luz dos trabalhos de outros investigadores. Recorra às fontes
que já citou na Introdução e introduza novas fontes. Não se limite a reformular e repetir aspe-
tos já estabelecidos. Cada frase deve contribuir para marcar a sua posição (APA, 2010; Bo-
oth, 1975; Gustavii, 2008). Use o tempo presente para a redação desta secção. A Discussão
pode ter a estrutura seguinte:
1. Comece por resumir o contexto teórico, objetivos (ou hipóteses) e achados.
2. Compare os resultados com investigações anteriores e explique porque é que os resul-
tados diferem ou se assemelham.
3. Debata o valor e implicações práticas ou teóricas dos resultados.
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Conclusões
As Conclusões podem ser escritas numa secção separada ou inseridas na Discussão. As
conclusões constituem o último parágrafo do seu trabalho em que deve destacar a mensagem
do seu trabalho. Evite expressões titubeantes do género “Isto parece sugerir que …”. Escreva
de forma que deixe uma marca e que o leitor se lembre do seu trabalho. Termine, fornecendo
as pistas para prosseguir novas investigações. Use o tempo presente para a redação desta
secção.
Nota. Para mais reflexões, consulte os manuais da APA (2010), Azevedo (2004), Frada
(2008) e Sarmento (2008).
Referências
A maior parte das afirmações deve ser suportada por citações, pois não resulta direta-
mente de trabalho de investigação. A citação pode ser na forma de transcrição, paráfrase ou
resumo.
Citação no texto
As citações no texto devem acompanhar-se do apelido dos autores: “Segundo Simões e
Lopes (2005, 2006)”.
Se a estrutura de a frase exigir que o nome do autor fique entre parêntesis, então faça do
seguinte modo: (Amaral, Lopes, & Garcia, 2008; Oliveira & Lopes, 2005).
De seguida listam-se situações particulares relativas ao número de autores, à ordem das
citações, entre outras.
Quando tem três, quatro ou cinco autores, indique os nomes de todos os autores na
primeira vez em que os cita (Oliveira, Guadalupe, Cunha, Duarte, & Espírito-Santo, 2009);
nas citações subsequentes, escreva somente o nome do primeiro autor seguido pela abreviatu-
ra et al. (Oliveira et al., 2006).
Quando tem seis ou mais autores, escreva sempre o nome do primeiro autor seguido
pela abreviatura et al. (Galhardo et al., 2009).
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Guia para as Dissertações de Mestrado no Instituto Superior Miguel Torga
Se tiver mais de que um trabalho citado no mesmo parêntesis, então ordene primeiro al-
fabeticamente e depois por ordem cronológica se tiver mais publicações do mesmo autor
(Dorahy et al., 2003; Irwin, 1999; Maaranen et al., 2005b; Näring & Nijenhuis, 2005, 2007b).
Se um autor tiver mais de dois trabalhos no mesmo ano, use as letras do alfabeto como
sufixos depois do ano (Aragão, 2002a, 2002b).
Quando as suas citações são específicas, deve indicar a página de onde as retirou. O lei-
tor deve ser capaz de encontrar a referência sem que para isso tenha de ler o livro inteiro:
(Axenfeld, 1866, p. 422).
Se o autor for uma organização, escreva o nome completo na primeira citação: World
Health Organization (2009); nas citações seguintes use a abreviatura do nome se ela for co-
nhecida ou imediatamente entendível: (WHO, 2009).
Se o trabalho citado não tiver data (usual em páginas de internet), coloque o nome do
autor seguido da indicação “sem data”: Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal
(s.d.)
Se a citação for relativa a uma comunicação pessoal com uma individualidade de reco-
nhecido mérito científico (entrevista, mensagem e-mail, carta pessoal, etc.), então faça-o do
modo seguinte: M. Mahoney (comunicação pessoal, 5, Julho, 1993).
Nota. Quando citar artigos, faça-o somente com trabalhos indexados que consistem em
artigos que foram submetidos a revisão independente. No site da Web of Science ou da Sco-
pus são fornecidas listas de toda a bibliografia que obedece a esse grau de exigência. Não use
livros de divulgação geral (para leigos) nos seus trabalhos.
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Guia para as Dissertações de Mestrado no Instituto Superior Miguel Torga
Livros
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Enciclopédia ou dicionário
Machado, J. P. (1990). Dicionário etimológico da língua portuguesa [Portuguese etymo-
logical dictionary] (6th ed., Vols. 1-3). Lisboa: Livros Horizonte.
Capítulo de livro
Evans, J. J. (2003). Disorders of Memory. In L. H. Goldstein (Eds.), Clinical neuropsy-
chology: A Practical guide to assessment and management for clinicians (pp. 66-74).
Berlim: John Wiley & Sons.
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Guia para as Dissertações de Mestrado no Instituto Superior Miguel Torga
B. Cunha, M., Parente, L., Galhardo, A., & Couto, M. (2017). Self-compassion, well-
being and health in elderly: Are there related? [Abstract]. European Psychiatry
41(Suppl.1), S648.
7 O DOI é uma sequência alfanumérica única atribuída por uma agência de registo para identificar o conteúdo e fornecer um
elo de ligação (link) persistente para a sua localização na Internet.
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Guia para as Dissertações de Mestrado no Instituto Superior Miguel Torga
Artigos de Revista com número de artigo, sem páginas. Esta é uma situação que se
tornou comum em revistas com suporte exclusivo online.
A. Inclua a contagem das páginas indicada pela própria revista: Simon, S. L., & Beebe,
D. W. (2015). Sweet/dessert foods are more appealing to adolescents after sleep res-
triction. PLoS ONE, 10, 1-8. doi:10.1371/journal.pone.0115434
B. Inclua somente o volume: Cheryan, S., Master, A., & Meltzoff, A. N. (2015). Cultural
stereotypes as gatekeepers. Frontiers in Psychology, 6. doi:10.3389/fpsyg.2015.00049
Artigos de Revista sem volume. Nesta situação usar o ano nos dois lugares da referência.
A. Artigo com número. Blum, E. S. (2010). Building healthier communities from the
ground up. Banking and Community Perspectives, 2010(2), 3-10, 12.
B. Artigo com contagem de páginas. Barata, J. & da Cunha, P. R. (2017). Mending the
patchwork of requirements from multiple standards using participative goal model-
ling: A case in the food industry. Requirements Engineering, 2017, 1-17. doi:10.1007/
s00766-017-0268-8
Publicações eletrónicas
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Guia para as Dissertações de Mestrado no Instituto Superior Miguel Torga
ters, 2008), Pubmed ou Medline (NLM, s.d.a) ou que o autor colocou na sua página na inter-
net.
Anexos e Apêndices
Estas secções são facultativas (quando não forem essenciais para confirmar ou infirmar
questões trabalhadas no corpo do trabalho) e incluem os materiais necessários à elucidação
do trabalho.
Os anexos podem conter diversas ilustrações, formulários, questionários, autorizações,
entre outros elementos de outros autores. Os anexos são numerados e organizados segundo a
sequência da sua apresentação no texto.
Os apêndices contêm elementos do próprio autor: questionários, pedidos de consenti-
mentos e outros documentos. As tabelas podem figurar em apêndice, desde que o seu tama-
nho seja superior à metade da mancha gráfica e não exceda a página A4. Os apêndices são
alfabetizados segundo a sequência da sua apresentação no texto.
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Guia para as Dissertações de Mestrado no Instituto Superior Miguel Torga
Referências
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Guia para as Dissertações de Mestrado no Instituto Superior Miguel Torga
Gustavii, B. (2008). How to write a scientific paper (2nd ed.). Cambridge: Cambridge Uni-
versity Press.
International Committee of Medical Journal Editores. (2008). Uniform requirements for ma-
nuscripts submitted to biomedical journals: Writing and editing for biomedical publica-
tion. Retrieved from http://www.icmje.org/
Jamali, H. R. e Nikzad, M. (2011). Article title type and its relation with the number of down-
loads and citations, Scientometrics, 88(2), 653-661. doi:10.1007/s11192-011-0412-z
Lei 45/85 de 17 de Setembro. Alteração do Decreto-Lei nº 63/85, de 14 de Março e do Códi-
go do Direito do Autor e dos Direitos Conexos. Diário da República nº214/85 - Série I.
Assembleia da República. Lisboa
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www.flip.pt/tabid/592/Default.aspx
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Guia para as Dissertações de Mestrado no Instituto Superior Miguel Torga
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Anexo 1 - Modelos de Capa
Psicologia, Serviço Social e Gestão de Recursos Humanos
Início Título
Dissertação de mestrado em …
Área de especialização em …
Ano - Calibri, Regular - 14 pt
6mm
COIMBRA, 2015
Lombada expande para a esquerda - todos os elementos constantes da lombada devem ser centrados
BOLD - 30 PT - MAIÚSCULAS
Maiúsculas / Minúsculas - Centrado na Lombada
Título e Sub-Título - Calibri, Regular - 10pt -
Início Título
Dissertação de mestrado em …
Ano - Calibri, Regular - 14 pt
6mm
COIMBRA, 2015
Lombada expande para a esquerda - todos os elementos constantes da lombada devem ser centrados
Limite ideal para final do nome
Nome - Calibri, Regular 12 pt – Maiúsculas / Minúsculas
Início Título
Dissertação de mestrado em …
Ano - Calibri, Regular - 14 pt
6mm
COIMBRA, 2015
Lombada expande para a esquerda - todos os elementos constantes da lombada devem ser centrados
Anexo 2 - Modelo de Folha de Rosto
A utilização do hífen é difícil de resumir em poucas linhas, pelo que se recomenda o uso
de uma boa gramática (um bom exemplo é a de Bergström e Reis [1997]) e a consulta do
Acordo Ortográfico de 1990 (Diário da República no 193, Série I-A, Págs. 4370 a 4388 e Re-
tificação n.º 19/91 de 7 de Novembro)8. Fica o resumo das situações mais frequentes e alguns
exemplos.
Hifenizar Condicionalmente
PRIMEIRO ELEMENTO SEGUNDO ELEMENTO EXEMPLOS
Ab b, h, r Ab-reação — abceder
Ob Ob-rogação — obcecação
Sob Sob-roda — sobnegar
Sub Sub-bibliotecário — subescala, subgrupo
Ad d, h, r Ad-renal — adsorver
Ex Ex-diretor
Soto Soto-mestre
Sota Sota-patrão
Vice e vizo, Vice-reitor
Além Além-túmulo
Aquém Aquém-fronteiras
Recém Recém-casado
Sem Sem-razão
Pós Pós-escolar
Pré Pré-natal
Pró Pró-atividade
Recém Recém-casado
Aglutinar
PRIMEIRO ELEMENTO SEGUNDO ELEMENTO EXEMPLO
Bi Bissexual
Hemi Heminegligência
Meta Metanálise
Peri Periungueal
Poli Poliúria
Re Reidratação
Retro Retroação
Uni Unidirecional
Não Hifenizar
LOCUÇÕES E VERBOS EXEMPLO
Pronominais Cada um, ele próprio, nós mesmos, quem quer que seja
Prepositivas Abaixo de, acerca de, acima de, a fim de, a par de, à parte de, apesar de, aquando de, debaixo de
Conjuncionais A fim de que, ao passo que, contanto que, logo que, por conseguinte, visto que
Verbo haver (presente indicativo) hei de, hás de, há de, heis de, hão de