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MÓDULO 4

3. Triunfo dos Estados e dinâmicas económicas nos séculos XVII e XVIII


4. Construção da modernidade europeia

GRUPO I ─ O dinamismo da economia britânica

DOC. 1 As companhias de comércio DOC. 2 A indústria algodoeira

Londres é, certamente, de todas as cidades da Europa, a Consumo de algodão bruto em


mais mercantil; ela leva o seu comércio a todas as partes Inglaterra (em libras)1
conhecidas do mundo. Os seus mercadores criaram várias
companhias, das quais as quatro principais são: 1698 1 000 000
A primeira é a das Índias Orientais […]. Esta companhia
é rica e poderosa. 1780 5 000 000
A segunda é a do Mar do Sul […].
A terceira é a do Levante ou da Turquia […].
A quarta é a de África, que envia para as suas costas 1790 15 000 000
ocidentais toda a espécie de mercadorias e, sobretudo,
quinquilharias. Retira de lá marfim, ouro em pó e escravos
1800 30 000 000
negros, que são transportados para as plantações da
América. […]
Nenhum particular pode negociar por sua conta nas 1810 60 000 000
diferentes regiões para onde estas companhias enviam
mercadorias. Se, por exemplo, um particular quer traficar
no Levante, é necessário que se torne membro dessa 1820 100 000 000
companhia.
1. 1 libra = 450 g
César de Saussure, Lettres et Voyages…, 1725-1729

1. Transcreva do documento 1 as duas afirmações que demonstram o carácter monopolista


das companhias mencionadas.

2. O circuito comercial atribuído à “Companhia da África” ficou conhecido como:


(A) rota do Cabo.
(B) rota do marfim.
(C) comércio africano.
(D) comércio triangular.

3. Indique, partindo do Doc.1, três fatores do aumento do consumo de algodão bruto em


Inglaterra (Doc. 2).

4. O dinamismo do setor têxtil patente no Doc. 2 marca o início:


(A) da Revolução Inglesa.
(B) da Revolução Industrial.
(C) do domínio colonial britânico.
(D) do mercantilismo inglês.

Um novo Tempo da História, 11.o ano, Célia Pinto do Couto e Maria Antónia Monterroso Rosas
GRUPO II ─ A economia portuguesa nos séculos XVII e XVIII

DOC. 1 Determinações do conde da Ericeira DOC. 2 A exploração do território brasileiro

A primeira fábrica que se deve cuidar


é a dos panos procurando estabelecê-
-la naquela parte do reino onde as
houve e há hoje, solicitando pessoas
que entrem neste negócio fazendo
com elas contratos favoráveis,
concedendo-lhes privilégios e mercês,
ordenando-se que na Alfândega se
não despachem panos grossos de fora
do Reino porque aos estrangeiros só
lhes é permitido introduzir os finos, e
depois de estabelecidas as fábricas se
podem proibir estes.
[…]
Devem-se proibir às mulheres os
mantos de seda de fora, permitindo-
-lhes só os de sarja e de Lamego. […]

Consulta do Conselho da Fazenda, 1678

DOC. 3 Balança comercial luso-britânica DOC. 4 A valorização da atividade comercial

Valores anuais médios


(em milhares de libras esterlinas)
Anos por Exportações Exportações Saldo para
quinquénios inglesas para portuguesas Portugal
Portugal para Inglaterra

1701-1705 610 240 -370

1726-1730 910 360 -550

1741-1745 1120 430 -690

1746-1750 1100 320 -790

Estatutos da Aula do Comércio, 1759

1. As medidas económicas do conde da Ericeira (Doc.1) foram inspiradas pelo:


(A) arranque industrial inglês.
(B) fomento industrial pombalino.
(C) colbertismo.
(D) fisiocratismo.

2. Esclareça, partindo do Doc. 2, três características das expedições conhecidas por


“bandeiras”.

Um novo Tempo da História, 11.o ano, Célia Pinto do Couto e Maria Antónia Monterroso Rosas
3. Ordene cronologicamente os seguintes acontecimentos relativos à economia portuguesa
dos séculos XVII-XVIII.
Escreva, na folha de respostas, a sequência de letras correta.

(A) Início da crise comercial de 1670-92


(B) Tratado de Methuen
(C) Política manufatureira do conde da Ericeira
(D) Declínio do afluxo de ouro brasileiro
(E) O grande comércio é declarado profissão nobre

4. Desenvolva, a partir dos documentos 1 a 4, o seguinte tema:


Políticas económicas no Portugal dos séculos XVII-XVIII: de Ericeira a Pombal.
A sua resposta deve abordar, pela ordem que entender, três aspetos de cada um dos
seguintes tópicos de referência:

̶ medidas económicas do conde da Ericeira;


̶ fatores que motivaram o abandono da política industrializadora;
̶ política económica pombalina.

GRUPO III ─ A filosofia das Luzes

DOC. 1 O pensamento dos enciclopedistas

AUTORIDADE POLÍTICA – Nenhum homem recebeu da Natureza o direito de comandar os outros. A


liberdade é um presente do céu e cada indivíduo da mesma espécie tem o direito de gozar dela logo que
goze de Razão. […] Toda a autoridade (exceto a paterna) vem de uma outra origem, que não é a
Natureza. Examinando-a bem, sempre se fará remontar a uma de duas fontes: ou a força e a violência
5 daquele que dela se apoderou; ou o consentimento daqueles que lhe estão submetidos, por um contrato
celebrado ou suposto entre eles e aquele a quem conferem autoridade. […]

CRISTIANISMO – O cristianismo, sei-o bem, teve as suas guerras de religião, cujas chamas foram
muitas vezes funestas para a sociedade: isso prova que nada há de bom cuja maldade humana não
consiga corromper. O fanatismo é uma peste que produz de tempos a tempos germes capazes de infetar a
10 Terra; mas o mal vem das pessoas e não do cristianismo.

IGUALDADE NATURAL – É aquela que existe entre todos os homens unicamente pela constituição da
sua Natureza. Esta igualdade é o princípio e o fundamento da liberdade. A igualdade natural ou moral
tem, portanto, base na constituição da natureza humana comum a todos os homens, que nascem,
crescem, subsistem e morrem da mesma maneira. […]

15 MONARQUIA – Forma de governo em que governa um só, por leis fixas e estabelecidas. A monarquia
é o estado no qual a soberania, e todos os direitos que lhe são essenciais, reside indivisivelmente num só
homem, chamado rei, monarca ou imperador.

MONARQUIA LIMITADA – Espécie de monarquia em que os três poderes estão de tal modo
instituídos que servem uns aos outros de balança e contrapeso. A monarquia hereditária limitada parece
20 ser a melhor forma de monarquia. […]
Excertos de artigos da Enciclopédia, 1751-1780

Um novo Tempo da História, 11.o ano, Célia Pinto do Couto e Maria Antónia Monterroso Rosas
1. Apresente um sinónimo de “Razão”, no sentido em que esta palavra é usada na linha 3
do documento.

2. Explicite três ideias-chave do pensamento iluminista contidas no documento.

3. Associe as ideias filosóficas que constam da coluna A ao filósofo a que mais estreitamente
ficaram ligadas (coluna B).

Escreva, na folha de respostas, as letras e os números correspondentes. Utilize cada letra


e cada número apenas uma vez.

Coluna A Coluna B

(A) Contrato social 1. Diderot

(B) Separação dos poderes 2. Voltaire

(C) Tolerância religiosa 3. Rousseau

4. Condorcet

5. Montesquieu

Um novo Tempo da História, 11.o ano, Célia Pinto do Couto e Maria Antónia Monterroso Rosas
Cotações

GRUPO I
1. ......................................................................................................................................................20 pontos
2. ..................................................................................................................................................... 10 pontos
3. ..................................................................................................................................................... 20 pontos
4. ..................................................................................................................................................... 10 pontos

_____________________
60 pontos
GRUPO II
1. ..................................................................................................................................................... 10 pontos
2. ..................................................................................................................................................... 25 pontos
3. ................................................................................................................................................... ..10 pontos
4. ..................................................................................................................................................... 50 pontos

_____________________
95 pontos
GRUPO III
1. ..................................................................................................................................................... 10 pontos
2. ..................................................................................................................................................... 25 pontos
3. .................................................................................................................................................... 10 pontos

_____________________
45 pontos

TOTAL ........................................................................................................................................... 200 pontos

Um novo Tempo da História, 11.o ano, Célia Pinto do Couto e Maria Antónia Monterroso Rosas

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