Laudo de Vistoria Técnica
Laudo de Vistoria Técnica
Laudo de Vistoria Técnica
LAUDO ESTRUTURAL
SUMÁRIO
1. Objetivo ............................................................................................................................. 3
2. Normas Utilizadas ............................................................................................................. 3
3. Visita Técnica ....................................................................................................................3
3.1 Relatório Fotográfico da Vistoria Técnica................................................................ 3
3.1.1 Subsolo.......................................................................................................... 4
3.1.2 Térreo ............................................................................................................ 8
3.1.3 Escada......................................................................................................... 11
3.1.4 Primeiro Andar............................................................................................. 13
4. Investigações experimentais ........................................................................................... 16
5. Considerações Finais ...................................................................................................... 17
1. Objetivo
O presente laudo tem como objetivo avaliar o prédio da antiga Biblioteca do Instituto Federal Baiano,
localizado no Campus de Catu - BA.
2. Normas Utilizadas
3. Visita Técnica
Foi realizada uma visita técnica no dia 06/12/2016, a fim de avaliar a estrutura do prédio, verificação
de patologias, teste esclerométrico para verificação da resistência do concreto.
A estrutura é formada por dois pavimentos, onde chamaremos neste relatório de térreo e 1º andar. O
piso do térreo não é apoiado no solo, com região suspensa abaixo do térreo o qual trataremos como
subsolo. O térreo tem acesso pelo próprio nível da rua, enquanto que o primeiro andar tem acesso
através de uma escada metálica na lateral do prédio, o mesmo tem cobertura com telha tipo
fibrocimento instalada sobre laje de concreto armado.
A fim de facilitar o entendimento da localização das fotos, este tópico será divido em: subsolo,
térreo, escada e primeiro andar, respectivamente.
3.1.1 Subsolo
Observa-se que o prédio foi construído em solo mole, com elevado nível de água.
Figura 3.2: Pilar em estado crítico, sem capacidade portante, em condições de não conformidade
estrutural
Figura 3.3: Elevado estado de degradação do sistema de piso do térreo. Desplacamento generalizado
(2)
(1)
Figura 3.4: Elevado estado de degradação do sistema de piso do térreo. (1) armaduras de aço partidas. (2)
desplacamento
Figura 3.5: Pilar com redução brusca de seção, elevado grau de corrosão da armadura
Figura 3.6: Pilar com redução brusca de seção, elevado grau de corrosão da armadura
3.1.2 Térreo
(1)
(2)
Figura 3.7: Fachada frontal do prédio. (1) Pilar P1 do térreo. (1) Pilar P2 do térreo
Figura 3.8: Pilar P1 do térreo, com desplacamento e elevado grau de corrosão, em condições de não
conformidade estrutural
Figura 3.9: Pilar P2 do térreo, com desplacamento e elevado grau de corrosão, armadura com baixo
cobrimento, em condições de não conformidade estrutural
Figura 3.10: Depósito de material nos sanitários, nas regiões mais criticas de degradação do piso
Figura 3.11: Depósito de material nos sanitários, nas regiões mais criticas de degradação do piso
3.1.3 Escada
Figura 3.12: Descolamento entre a estrutura principal e a escada (região externa ao prédio)
Observa-se um movimento relativo entre a estrutura principal e a estrutura da escada, que causou a
ruptura da interface de contato, com formação de fissuras de elevadas aberturas (3.12 e 3.13). A
formação de fissuras permitiu a infiltração da água pluvial na estrutura de concreto, provocando um
elevado grau de corrosão nas armaduras o que pode ser ratificado pela presença de resíduos da
corrosão do aço (Figura 3.14).
Figura 3.13: Descolamento entre a estrutura principal e a escada (região interna ao prédio)
Figura 3.14: Resíduos da corrosão da armadura entre a estrutura principal e a escada (região interna ao
prédio)
Nas vigas que suportam a cobertura, observam se elevadas flechas que já se encontram no limiar
da aceitabilidade sensorial e dos efeitos estruturais em serviço (ELS – Estado Limite de Serviço).
Figura 3.17: Patologia advinda da percolação de água, fissuras causadas pela corrosão das armaduras
Figura 3.18: Patologia advinda da percolação de água, fissuras causadas pela corrosão das armaduras
Figura 3.19: Fissura na parede do sanitário, próximo a região da escada onde houve a mobilização do solo
entre as estruturas (recalque)
4. Investigações experimentais
A fim de determinar à resistência a compressão do concreto, foi utilizado um método não destrutivo
com ensaios esclerométricos, utilizando um esclerômetro analógico Modelo HT225A do tipo Schmidt
Hammer. O esclerômetro é um equipamento que permite obter de forma simples e não destrutiva, a
resistência à compressão de elementos de concreto. O valor de referência obtido através da escala
do equipamento, índice esclerométrico, permite avaliar o valor da resistência à compressão do
concreto, tendo em conta o ângulo entre o eixo longitudinal do esclerômetro e a superfície ensaiada.
α ÂNGULO DE IMPACTO
R α -90º α -45º α 0º α +45º α +90º
20 14,9 13,7 10,3
21 16,2 14,9 11,4
22 17,4 16,0 12,5
23 18,8 17,4 13,7 10,3
24 20,0 18,6 14,9 10,5
25 21,5 20,0 16,2 11,6 10,3
26 22,8 21,4 17,5 12,8 11,0
27 24,5 22,8 18,9 14,0 11,9
28 25,9 24,3 20,3 15,4 13,4
29 27,6 25,9 21,8 16,7 14,8
30 29,1 27,4 23,3 18,2 16,2
31 30,9 29,1 24,9 19,6 17,6
32 32,5 30,7 26,5 21,2 19,1
33 34,4 32,5 28,2 22,7 20,8
34 36,1 34,2 30,0 24,5 22,4
35 38,2 36,1 31,8 26,0 24,1
36 39,9 37,9 33,6 27,9 25,9
37 42,0 39,9 35,5 29,6 27,8
38 43,9 41,8 37,5 31,6 29,6
39 46,1 43,9 39,5 33,5 31,6
40 48,1 45,9 41,6 35,5 33,6
41 50,4 48,1 43,7 37,5 35,5
42 52,5 50,2 45,9 39,7 37,7
43 54,8 52,5 48,1 41,8 39,7
44 57,0 54,6 50,4 44,1 42,0
5. Considerações Finais
Foi apresentado aqui o laudo do prédio da antiga Biblioteca do Instituto Federal Baiano através da
visita técnica, localizado no Campus de Catu - BA.
Apesar do comportamento razoável da resistência do concreto para o tipo de estrutura, não se pode
tirar nenhuma conclusão positiva, já que não existe projeto para avaliar as armaduras do prédio e
possui um comportamento não linear com a redistribuição dos esforços e patologias observadas.
Foram encontradas inúmeras patologias, inclusive em elementos sem capacidade de suportar as
cargas impostas, erros construtivos, sem o cobrimento necessário da armadura do pilar e
mobilizações do solo (recalque) entre estruturas. Diante do exposto, concluímos que com as
patologias, redistribuição dos esforços, recalques, não se pode encontrar um modelo teórico para
garantir a segurança da estrutura, necessitando de instrumentação para determinar o real
comportamento da estrutura. O recomendável para uma possível recuperação seria associar a
instrumentação da estrutura (extensômetros elétricos com potenciômetros de deslocamento linear)
em tempo real, com reforços das estruturas e posteriores testes de carga para avaliar e garantir a
segurança da estrutura.
I. Escoramento da estrutura;
II. Cadastro da estrutura e elaboração de modelo de cálculo teórico;
III. Instrumentação da estrutura com extensometria para garantir a segurança da estrutura
durante os serviços;
IV. Projeto e execução do reforço da estrutura;
V. Teste de carga para avaliar o real comportamento da estrutura (uso de extensômetros e
potenciômetros de deslocamento linear);
VI. Novo projeto e execução de reforço da estrutura, embasado no teste de carga e modelo de
cálculo calibrado com os ensaios, caso necessário.
Para auxílio na tomada de decisões entre a demolição e recuperação, estima se que o serviço de
recuperação estrutural com o uso de extensometria e testes de carga fiquem na ordem de R$
1.100.000,00.
Atenciosamente,
Eng. Civil Albert Lino Campos Eng. Civil Fábio Rodrigo Juchum
CREA BA: 73302 CREA BA: 68748