TCC Vitoria
TCC Vitoria
TCC Vitoria
CASCAVEL
2015
VITÓRIA BUERGER VIEIRA
CASCAVEL
2015
VITÓRIA BUERGER VIEIRA
RODOVIÁRIA DE TOLEDO - PR
DECLARAÇÃO
Declaro que realizei em maio de dois mil e quinze a revisão linguístico textual, ortográfica e
gramatical da monografia e artigo científico (se houver) de Trabalho de Curso denominado:
Rodoviária de Toledo-PR de autoria de Vitória Buerger Vieira, discente do Curso de
Arquitetura e Urbanismo - FAG.
Tal declaração contará das encadernações e arquivo magnético da versão final do TC acima
identificado.
Jéssica Tomimitsu
Licenciada em Letras na instituição UNIOESTE ano de 2014
RG 10.519.654-7
FACULDADE ASSIS GURGACZ
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
VITÓRIA BUERGER VIEIRA
BANCA EXAMINADORA
_____________________________
Arquiteto Orientador
Faculdade Assis Gurgacz
Moacir José Dalmina Júnior
Arquiteto e Urbanista
_____________________________
Arquiteto Avaliador
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Drº: Fulvio Natercio Feiber
Arquiteto e Urbanista
Sou imensamente grata aos meus professores, por todo conhecimento que me
transmitiram.
À minha família, por ser a base de todo meu conhecimento, por todo incentivo,
direcionamento. À minha irmã, principalmente, que mesmo caminhando os mesmos passos do
que eu, sempre esteve um passo a frente para me auxiliar em qualquer dificuldade.
Aos amigos sinceros e verdadeiros pelo incentivo, amor, compreensão e paciência.
Às amigas da faculdade que se tornaram parte da família e que espero levá-las para
sempre em minha vida.
EPÍGRAFE
O presente Trabalho de Conclusão de Curso tem como assunto central o tema rodoviário, com
objetivo a elaboração de uma proposta projeta de reimplantação da Rodoviária Municipal da
cidade de Toledo - PR, localizada no Oeste do Estado. A problemática que induziu este estudo
é a necessidade de uma nova rodoviária, haja vista que a rodoviária antiga está posicionada
em um local de difícil acesso e já não comporta o número de passageiros em seus horários de
maior movimentação. Para solucionar este problema, a rodoviária será implantada em um
local de fácil acesso a principal rodovia federal, e será proposto um plano de necessidades de
maior amplitude. Para conceber um espaço funcional, e formalmente agradável será feita uma
revisão bibliográfica que servirá de suporte teórico, abordando assuntos como a história do
município, a história das rodoviárias, conceitos sobre história, arquitetura, paisagismo, bem
como legislações e acessibilidade. Em seguida, será apresentada uma análise dos correlatos e
referenciais que auxiliaram na resolução do projeto proposto, utilizando a luz natural e a
integração entre a paisagem e a edificação. Apresentar-se-á, então, as diretrizes projetuais,
que abordarão o partido arquitetônico e o desenvolvimento das intenções projetuais, o
programa de necessidades, os elementos técnicos e a análise do terreno escolhido. O principal
intuito do projeto é criar um espaço aberto e dinâmico, utilizando da funcionalidade como
uma das principais ferramentas projetais. Todas as etapas realizadas neste trabalho irão
proceder um projeto arquitetônico.
This work has as main topic the bus station theme which purpose is the elaboration of a project
proposal for re-implantation of "Toledo's Municipal Bus Station", located on the state's western
section. The problematic that induced this study is the need of a new bus station, considering the fact
that the old bus station is in a place of difficult access and doesn't hold the quantity of passengers in its
crowded hours. To solve this problem, the bus station will be placed in a spot of easy access to the
main federal highway, and will be proposed a plan of need of higher amplitude. To conceive a
functional and formerly calm space, an bibliographic revision which will serve as theoretical support
is going to be made, discussing topics like the municipal districts history, the history of the bus station,
the concepts about history, architecture, scenery, with legislation and accessibility. Following, will be
presented an analysis of the model and references that helped in the proposed project's resolution,
using the natural light and the integration between the scenery and the edification. Presented will be,
so, the project rules, which will board the architectonical bachelor and the project intentions
development, the program of necessities, the technical elements and the chosen terrain analysis. The
project's main objective is to create an open and dynamic space, using funcionality as one of the main
project creating tools. This way, the paper came to an theoretical basis, useful to develop the project's
proposal, signifying that these topics are exposed in a way that they can come to help with the project's
resolution.
FIG. 1 Mapa do Brasil onde consta o Estado do Paraná, e Toledo 2015 ................................. 16
FIG. 2 Perspectiva vôo do pássaro Terminal Rodoviário de Luleburgaz ................................. 32
FIG. 3 Perspectiva esqueleto estrutural do terminal rodoviário de Luleburgaz ....................... 33
FIG. 4 Perspectiva detalhamento do Terminal Rodoviário de Luleburgaz .............................. 33
FIG. 5 Perspectiva do Terminal Rodoviário de Osijek ............................................................ 35
FIG. 6 Perspectiva noturno Terminal Rodoviário de Osijek .................................................... 35
FIG. 7 Perspectiva externa do Terminal Rodoviário de Osijek ................................................ 36
FIG. 8 Perspectiva noturno Terminal Rodoviário de Osijek .................................................... 37
FIG. 9 Perspectiva noturno Terminal Rodoviário de Osijek .................................................... 37
FIG. 10 Perspectiva noturno Terminal Rodoviário de Osijek .................................................. 38
FIG. 11 Perspectiva Aeroporto de Gibraltar ............................................................................. 39
FIG. 12 Perspectiva Aeroporto de Gibraltar ............................................................................. 39
FIG. 13 Perspectiva noturna externa do Aeroporto de Gibraltar .............................................. 40
FIG. 14 Perspectiva interna do Aeroporto de Gibraltar............................................................ 40
FIG. 15 Fachada frontal Aeroporto de Gibraltar ...................................................................... 41
FIG. 16 Detalhe das vagas de onibus ....................................................................................... 45
FIG. 17 Detalhe do tamanho do ônibus .................................................................................... 45
FIG. 18 Lote selecionado.......................................................................................................... 46
FIG. 19 Mapa de zoneamento................................................................................................... 46
FIG. 20 Lote selecionado (Z4) ................................................................................................. 46
LISTA DE TABELAS
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 14
1.1 ASSUNTO/ TEMA ......................................................................................................... 14
1.2 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................ 14
1.3 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA ............................................................................... 14
1.4 OBJETIVO DA PESQUISA .......................................................................................... 15
A abordagem dos objetivos gerais e específicos apresentados a seguir permitiram a
elaboração do presente projeto. ............................................................................................. 15
1.4.1 Objetivo geral ............................................................................................................... 15
1.4.2 Objetivos Específicos ................................................................................................... 15
1.5 METODOLOGIA ........................................................................................................... 15
1.6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................. 15
5 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................................. 47
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 49
APÊNDICE .............................................................................................................................. 51
ANEXOS .................................................................................................................................. 52
14
1 INTRODUÇÃO
O tema trata de uma proposta projetual para a Rodoviária de Toledo, tendo com
assunto principal a mudança da localização e sua ampliação de acordo com necessidades do
município.
1.2 JUSTIFICATIVA
A proposta para a Rodoviária de Toledo pode melhorar a visão dos visitantes sobre o
município devido à magnitude da obra. O resultado desta pesquisa caso positivo, pode
influenciar na melhoria do fluxo viário, pois a rodoviária seria estabelecida em um local mais
adequado e com melhor qualidade espacial.
1.5 METODOLOGIA
Neste trabalho foi abordada uma metodologia exploratória, que segundo Gil (1946,
p.45) “têm como objetivo principal o aprimoramento de idéias ou a descoberta de intuições” e
será feita pesquisas de maneira descritiva, Gil (1946, p.46) afirma que “pesquisas descritivas
têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou
fenômeno ou, então, o estabelecimento das relações entre variáveis”.
Foi efetuada uma busca sobre os quatro pilares relevantes, abordados durante o curso
arquitetura, qual tem fundamento prático e teórico.
16
Segundo Glancey (2000), havia um tempo em que a arquitetura moderna estava tão
madura e refinada que muitos acreditavam que havia acabado a busca por uma coisa que não
existe porem a arquitetura está sempre mudando e com o tempo ela se ramificou em novas
formas e estilos como: pós-moderno, high-tech, orgânico, desconstrutivismo entre outros.
Mas, mesmo com tantas mudanças, a arquitetura ainda retém conteúdo histórico como
descreve Collin:
Toledo está ligado às demais regiões por diversas rodovias: BR - 467 que liga a
Cascavel; PR - 162 a Palotina e a Guaíra; PR - 317 a Ouro Verde do Oeste e a Santa
18
2.1.2 Rodoviária
Como descreve Alpuim (2009), a primeira linha de transporte surgiu em nova Iorque
em 1932, ligando Manhattan a Harlem, e desde então o transporte público rodoviário tem
acompanhado o progresso e a evolução dos espaços e da sociedade. Assim, o autor define o
terminal rodoviário como:
ônibus na região da antiga rodoviária, e ao mesmo tempo diminuir o tempo dos passageiros ao
percorrer o interior do município de Toledo, contará com uma estrutura mais ampla a fim de
acomodar a demanda de ônibus que aumentou ao passar dos anos.
Alpuim descreve a importância de uma boa localização de uma rodoviária sobre três
aspectos:
De acordo com Santos (1988), espaço é um termo que abrange vários significados,
porém, dentre tantas interpretações, descreve um conjunto de objetos e das relações que estes
objetos realizam, não necessariamente entre eles, mas para quem eles servem de
intermediários, os objetos auxiliam em uma série de relações. O espaço resulta da ação do
homem dentro do seu próprio espaço, e é intermediado pelos objetos naturais e artificiais.
Segundo Coutinho (1998, p.22), “surge a questão de saber de que espaço se trata,
quais suas espécies, suas delimitações, para a seguir ser possível indagar de seus respectivos
sentidos. ”, então será abordado conceitos para definir tais características e sentidos.
Para Zevi (1996), um grande problema de compreender o espaço é a falta de uma
história da arquitetura satisfatória e também a difusão de um método de estudo por parte dos
historiadores e críticos.
Collin (2000), descreve o espaço na visão do arquiteto como uma matéria a qual terá
que se dar uma forma, o espaço é o continente de todos os corpos, o local onde ocorrem
diversos eventos, é o meio onde os seres humanos se locomovem, e onde situam-se os
objetos, para o arquiteto o espaço além disso é uma matéria a qual se pode dar uma forma.
Conforme Romero (2001), o espaço coletivo é um espaço liberado, desapropriado do
uso privado e sua arquitetura é determinada pelas dimensões dos edifícios que a cercam.
Romero descreve o conceito de espaço privado
Um espaço é tanto mais significativo para a coletividade quanto maior for o número
de cidadãos que o utiliza ou que o conhece e quanto mais longo for o período
histórico durante o qual ele exerce sua influência (CESARI apud ROMERO, 2001,
p.31).
20
Romero (2001), define o espaço exterior com uma noção paralela ao espaço na
arquitetura, porém existem algumas diferenças a serem ressaltado, o espaço público precisa
ter noção do que a envolve, não é simplesmente formar um arranjo de edifícios e fachadas,
mas sim criar um espaço envolvente, articulado e destinado para o uso a que foi construído.
Segundo o autor, tudo o que está ao alcance do nosso olhar é paisagem, a paisagem é
formada não só por volumes, ela também é formada por cores, movimentos, odores, sons etc.
Santos (1988, p.67), argumenta “Tanto a paisagem como o espaço resultam de movimentos
superficiais e de fundo da sociedade, uma realidade de funcionamento unitário, um mosaico
de relações, de formas, funções e sentidos. ”
21
Segundo Colin (2000, p.28), o edifício faz parte da paisagem da cidade “O edifício
constrói a paisagem da cidade, o cenário de nossa vida cotidiana. A arte da arquitetura não
expõe nas galerias ou nas salas de concerto, mas nas ruas por onde passamos, por onde se
desenvolve a nossa vida. ”
Neste sentido, será utilizada a integração entre a forma, espaço interno e o espaço do
entorno da edificação, como o partido principal na concepção da rodoviária a fim de gerar um
edifício dotado de funcionalidade, proporção e simetria.
23
O conceito de forma segundo Colin (2000) é muito amplo, pois a palavra forma tem
diversos significados, sua interpretação depende do contexto aplicado, mas com relação à
arquitetura, a forma se dá por dois conceitos próximos, um que é em anterior, a matéria, e o
outro posterior que é o conteúdo. A matéria tem intenção de obter um objeto individualizado,
já o conteúdo é a reflexão sobre o objeto, aquilo que podemos ver, tocar, ouvir.
Seguindo o mesmo pensamento Gomes Filho (2009) define a forma como a imagem
visível do conteúdo, a forma confirma a natureza externa do objeto, sendo assim tudo o que
vemos possui uma forma. Robertson apud Silva (1984) descreve que a projetualidade
pressupõe a existência do objeto, também a forma que o edifício tomará, assumindo um
programa ou até dois: para o arquiteto existe dois programas, o primeiro relaciona com
problemas de fato que o arquiteto é chamado para resolver e o segundo com suas próprias
ambições em vista do seu desempenho projetual.
Segundo Colin (2000) os conceitos formais foram redirecionados buscando formas
inovadoras para os programas de necessidades que exigiam uma funcionalidade e assim
nasceu a frase “a forma segue a função”. Ching (2013, p.178) descreve que: “as varias
configurações da forma podem ser manipuladas a fim de se definir um campo ou volume de
espaço isolados e o modo como seus padrões de sólidos e vazios afetam a qualidade do
espaço definido. ”
De acordo com o conceito de forma visto anteriormente, Colin (2000) observa que
podemos visualizar o objeto arquitetônico de diferentes maneiras, essas maneiras são
divididas em três elementos: volume, espaço e superfície. A primeira é vê-lo pelo lado de
fora, observando seu contorno e a paisagem que está inserido, a segunda é adentrar em seu
interior analisado os elementos e formando a forma espacial, e a terceira é o muro divisório da
obra se caracteriza como a forma superficial. Dificilmente se alcançará os três elementos com
igual valor, é comum um se sobressair.
A forma arquitetônica ocorre na junção entre a massa e o espaço [...] devemos nos
voltar tanto a forma da massa que contem um volume de espaço quanto passa a
forma do volume espacial em si. Dependendo daquilo que percebemos sendo
elementos positivos, a relação figura-fundo das formas de massas e espaço pode ser
invertida em diferentes espaços [...] principais dentro de importantes edifícios
públicos parecem elementos positivos vistos contra o fundo da massa arquitetônica
circundante (CHING, 2013, p.95).
24
2.2.4 Paisagismo
Filho (2001) descreve que paisagismo é o estudo paralelo das ciências e das artes,
pois sua pratica exige conhecimentos de solo, botânica, ecologia, urbanismo entre outros, já
nas artes o projeto se enquadra nos conceitos de arte e plástica que trabalha com elementos
vivos, inertes e com arte industrial.
No pensamento de Abbud (2006) a essência do paisagismo é diferente da do
urbanismo, pois os materiais são distintos e condicionados pela natureza, tais como: água,
terra, flora entre outros. Desta forma não é possível planejar ambientes geométricos e
permanentes, pois os elementos trabalhados são dinâmicos, então um jardim sempre será livre
e instável. O paisagismo é a única expressão artística que tem a participação dos cinco
sentidos humanos, enquanto a arquitetura, a escultura, a pintura e as demais artes plásticas
usam apenas a visão, por outro lado o paisagismo envolve o olfato, a audição, o paladar e o
tato, o que proporciona uma experiência sensorial muito rica, então quanto mais um jardim
aguçar o seus sentidos melhor ele está cumprindo o seu papel.
Segundo Filho (2001) nas áreas urbanas o paisagismo cumpre um papel dominante
na função de deixar os ambientes mais agradáveis e saudáveis. Seguindo este pensamento se
tem como objetivo na rodoviária criar espaços paisagísticos a fim de deixá-los agradáveis,
tanto aos olhos quanto ao psicológico, e também e também gerar uma paisagem ecológica,
26
pois o Filho (2001, p.129) cita que “a vegetação das paisagens ao cumprir o seu papel
ecológico, este se reflete no social, pois a partir do momento que se melhora o padrão
ambiental no ecossistema urbano a população deste ambiente tende a melhorar a qualidade de
vida”
Segundo Colin (2010, p.56/57) “as paredes de um edifício criam uma nova escala
para as atividades humanas, definida pelo arquiteto, que tem grande influência sobre o que
acontece no interior do edifício”. De acordo com Keeler (2010), para caracterizar um
ambiente interno com qualidade, devemos analisar o conforto, a função e a estética. Corbella
27
Em geral calor e frio são rigorosos [...], portanto o edifício deve possibilitar o
aquecimento nos períodos frios, com a insolação natural e permitir ventilação
natural controlada, para evitar os ventos frios e tornar possível a aeração natural. No
calor as aberturas devem controlar a radiação solar direta, permitindo passagem de
luz e eliminando calor; é importante para o conforto térmico a ventilação natural
fisiológica. o edifício deve adaptar-se constantemente, conforme a situação climática
diária (ADAM, 2001, p.61).
Segundo Del Rio (2002, p. 76), “Projetamos para pessoas que tem necessidades
psicofisiológicas” sendo assim temos que analisar as formas, os contextos culturais, a fim de
aplicar os conceitos estruturais de maneira adequada, para setorizar a edificação no caráter
privado e público e também delimitar o território e facilitar a acessibilidade. Fawcetr (1999)
estabelece uma hierarquia dos espaços, ao projetar um novo edifício terá a noção dos espaços
interiores e a funcionalidade neles e ao redor deles.
entre os períodos mais frios; quando a radiação solar é benéfica, e períodos mais
quentes, quando a radiação deve ser evitada (ENGEL, 2001p.10).
2.3.2 Acessibilidade
Espaço coberto ou descoberto, situado fora dos limites de uma edificação, destinado
à circulação de pedestres. As áreas de circulação externa incluem, mas não
necessariamente se limitam a, áreas públicas, como passeios, calçadas, vias de
pedestres, faixas de travessia de pedestres, passarelas, caminhos, passagens, calçadas
verdes e pisos drenantes entre outros, bem como espaços de circulação externa em
edificações e conjuntos industriais, comerciais ou residenciais e centros comerciais.
(ABNT, 2004, p.2)
A edificação do tema abordado terá como objetivo projetar uma obra de acordo com
as normas da ABNT 9050, Corbella (2003), descreve o arquiteto como o criador dos espaços,
fazendo assim a satisfação dos usuários, baseado no conhecimento das tecnologias. Será
usado este conceito para criar espaços acessíveis.
Segundo Engel (2001) ao planejar uma edificação deve considerar o ambiente a ser
implantado, o contexto da construção, a localização do terreno, a topografia, a vegetação, a
paisagem, o clima, a orientação solar, a direção e força dos ventos, pois todas essas
considerações influenciam no estagio inicial do projeto. Podendo assim definir a forma,
delimitar os limites, estabelecer uma relação com o local e saber a maneira que os espaços
interiores serão organizados. O projeto estrutural no campo técnico está comprometido a
desenvolver um sistema de fluxos de forças com o qual combine, ou ao menos aproxime-se a
imagem funcional já previamente desenhada. O objetivo é converter o “quadro” de forças
atuantes com total igualdade a potência, seja através do reforço da estrutura adicional ou da
própria forma funcional.
Sendo assim será utilizado os conceitos da estrutura, para ter as delimitações
necessárias na edificação, e também integrar a estrutura com a obra, torná-la um elemento
aparente de forma que tenha relação com o partido arquitetônico.
30
O termo urbanismo teve inicio a pouco mais de um século segundo Harouel (1990), o
urbanismo significa uma realidade antiga chamada de arte urbana, que se opõe ao sentido de
urbanismo. Rossi (2001) afirma que o caráter distintivo de cada cidade é a tensão que se cria
entre os elementos, entre um setor e outro, essa tensão se dá pela diferença dos fatos urbanos
existentes em certas regiões, essas diferenças devem ser medidas em termos de espaço e
tempo. Estes processos históricos se referem aos presentes fenômenos de permanência com
todas as implicações que possuem, seja no sentido cronológico que se encontram os fatos
urbanos ocorridos em tempos sucessivos.
Como descreve o mesmo autor, o urbanismo engloba grande parte da cidade como:
morfologia urbana, obras publicas, legislações, plano urbano entre outros. Já Lynch (1997,
p.2) descreve a visão do cidadão sobre a cidade “Na maioria das vezes, nossa percepção da
cidade não é abrangente, mas antes parcial, fragmentária, mistura com considerações de outra
natureza.”
Como obra arquitetônica, a cidade é uma construção no espaço, mas uma construção
em grande escala; uma coisa só percebida no decorrer de longos períodos de tempo.
O design de uma cidade é, portanto uma arte temporal, mas raramente pode usar as
sequências controladas e limitadas. (LYNCH, 1997, p.1)
Rossi (2001) afirma o que distingue cada cidade é a pressão que se cria entre as áreas
e os elementos, entre um setor e outro, esta pressão é existente pela diferença dos espaços
urbanos, que pode ser medida referente ao espaço ou tempo. Estes fenômenos permanecem,
pois possuem um sentido cronológico e encontram fatos urbanos ocorridos.
A cidade segundo Kevin Lynch (1997), é uma organização com muitas funções e
muito propícia a mutações. É preciso criar uma cidade que seja pródiga em vias, marcos,
pontos nodais, limites e bairros, uma cidade que não tenha somente uma ou duas qualidades
da forma, mas sim todas elas, se for englobada essas qualidades diferentes observadores terão
ao seu dispor um modo de percepção que compatibilize com o seu próprio modo de ver o
mundo.
31
3 CORRELATOS OU ABORDAGENS
Nos correlatos está sendo abordado obras de referência e a sua relevância em relação
em tema proposto.
Ficha Técnica
Arquiteto: Eray Carbajo
Tipo: Transportes + Infra-estrutura > Ônibus
Status: Conceito
Tamanho: 929,03 m²
Ano: 2013
O projeto terminal rodoviário de Luleburgaz simboliza a vida transitória dos
terminais através de uma estrutura em forma de dossel. Derivada de seu uso, os conceitos
acerca do design do terminal rodoviário, combinam flexibilidade espacial, simplicidade e
fluidez. A estrutura divide a paisagem em três sessões, posicionando-se diagonalmente.
Ficha técnica
Arquiteto: Rechner
Ano: 2011
Área construída: 11066 m² / Área do terreno: 21199 m²
Tipo de projeto: Infraestrutura
Status:Construído
Materialidade: Metal e Vidro
Estrutura: Aço
Localização: Osijek, Croácia
Implantação no terreno: Isolado
A idéia de construir uma nova estação de ônibus em Osijek foi criada em 2007,
quando a cidade de Osijek publicou um concurso para a construção de uma nova rodoviária.
A proposta exigia alta qualidade arquitetônica, e uma solução melhor economicamente, em
termos de manutenção do custo de construção e uso.
No verão de 2011, a rodoviária em Osijek foi oficialmente inaugurada.
35
A solução urbana da rodoviária em Osijek foi de muitas maneiras definida por seu
posicionamento no tecido urbano. O terminal de transporte urbano está localizado no leste, o
lado mais contratual da quadra longitudinal: estação de bonde elétrico, cinco plataformas para
ônibus de transporte urbano, táxi, uma grande praça com a superfície do telhado e muro alto
oblíqua que aponta em direção à entrada do edifício e também separa as plataformas de acesso
externo.
espera e de comunicação, existem todos os serviços necessários para uma rodoviária e guichês
de companhias de transporte. As instalações estão localizadas no piso térreo e galeria. Ônibus
chegam à plataforma através de pontos de verificação. Passageiros acessam as plataformas do
edifício da rodoviária.
FIG. 7 Perspectiva externa do Terminal Rodoviário de Osijek
Ficha técnica
Arquitetos: 3DReid Architects, blur architecture
Engenheiros: Buro Happold
Localização: Gibraltar airport
Área construída: 19.600 m²
Tipo de projeto: Infraestrutura
Status:Construído
O Terminal do Aeroporto de Gibraltar é uma obra moderna, dinâmica, transparente e
arejada. Desenhada por Blur architects, 3DReid e NACO.
39
A quinta fachada faz com que a cobertura seja muito importante como, clarabóias
são estabelecidas para guiar visualmente os passageiros através das rotas internas. A
iluminação zenital gera uma animação sutil do espaço durante o dia, lançando discos de luz
solar difusa no chão e capturando o brilho azul no início da noite.
O projeto incorpora uma grande cobertura para fornecer uma proteção solar que
mantém um ambiente fresco. Vidros duplos de alto desempenho e cortinas automatizadas
contribuem para atingir uma eficiência da energia.
4 DIRETRIZES PROJETUAIS
Escrivaninhas,
Espaço destinado
cadeiras,
para compra e
2.2 Agências de passagens 20 30 600 armários,
venda de
computadores,
passagens.
telefone.
Escrivaninhas,
Espaço destinado cadeiras,
à venda de armários,
2.3 Lojas locáveis 16 40 640
produtos ao computadores,
público geral. telefone e
prateleiras.
Banheiros
acessíveis, para
apoio às 05 pias (cubas),
Banheiros dos espaços coletivos atividades dos 05 cabines bacia
2.4 04 45 180
gerais espaços de uso (para cada
coletivo geral, banheiro F/M).
masculino e
feminino.
Espaço destinado
Armários,
Guarda volumes para guardar
2.5 01 01 prateleiras, balcão
objetos do público
de atendimento.
geral.
ESPAÇOS DE USO COLETIVO
3
INTERMDIÁRIO
Escrivaninhas,
cadeiras,
3.1 Juizado 01 15 40 Espaço armários,
computadores,
telefone.
Espaço exclusivo
destinado aos
passageiros que Sofá, balcão ,
3.2 Sala de espera 01 40 40
estiverem café, televisão.
esperando o
ônibus.
4 ÁREAS TECNICAS
Área para
embarque e
4.1 Plataforma de embarque 20
desembarque de
passageiros.
5 ÁREAS DESCOBERTAS
Área de
convivência para Árvores, plantas,
5.1 Praça 1
os usuários do bancos.
terminal.
Local para
estacionamento de
5.2 Estacionamento 100 automóveis dos
usuários do
terminal.
45
Segundo Neufert as plataformas de embarque devem ter entre 300 a 400mm de altura
para o acesso adequado dos passageiros.
FIG. 16 Detalhe das vagas de ônibus
do Jardim Europa, rua Maripá, pertencente a zona urbana central , sendo zona de média
densidade, com recuo frontal de 3,00 metros, com coeficiente de aproveitamento de 6%, taxa
de ocupação 90% e taxa de permeabilidade mínima 5%, a altura máxima permitida é sem
limete, com uso permissível para a implantação desta Instituição. Conforme segue em anexo
A.
FIG. 18 Lote selecionado
5 CONSIDERAÇÕES
REFERÊNCIAS
ABBUD, Benedito. Guia de trabalho em arquitetura paisagística. São Paulo: Senac São
Paulo, 2006.
COLIN, Silvio. Uma introdução à arquitetura. Rio de Janeiro: Editora UAPÊ, 2000.
FAVERO, Celso Antonio; ROESLER, Marli Renate Von Borstel. Plano de desenvolvimento
rural sustentável do município de Toledo. Toledo: Unioeste, 2006.
FILHO, José Augusto de Lira; Paisagismo: princípios básicos. 1 ed, Viçosa, aprenda fácil,
2001
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2007.
GOMES FILHO, J. Gestalt do objeto: sistema de leitura visual da forma. São Paulo:
Escrituras, 2009.
NEUFERT, P. NEFF, L.. Casa, Apartamento, Jardim. São Paulo: Gustavo Gili, 1999.
PREFEITURA DE TOLEDO: Mapa de Zoneamento. Disponível em:
<http://www.toledo.pr.gov.br/planodiretor/dados_zoneamento.htm >. Acessado em:
08/05/2015.
SILVA, Elvan. Uma Introdução ao Projeto Arquitetônico. Rio Grande do Sul: Editora da
Universidade do Rio Grande do Sul, 1984.
SILVA, Daiçon Maciel da; Souto, André Kraemer, Estruturas – Uma abordagem
Arquitetônica. Porto Alegre: Editora Sagra Luzzato, 1997.
ZEVI, Bruno. Saber ver a arquitetura. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
51
APÊNDICES
ANEXOS