Projecto de Drenagem de Aguas Pluviais
Projecto de Drenagem de Aguas Pluviais
Projecto de Drenagem de Aguas Pluviais
ÁGUAS PLUVIAIS
3 de Junho de 2019
Instituto Superior Politécnico de Songo
4o ANO
DRENAGEM E SANEAMENTO
DISCENTE: DOCENTE:
NGALO, Guifte Samuel B. Eng.o SOARES, Ivaldo Manuel
DRENAGEM E SANEAMENTO
TRABALHO FINAL
Sob tema:
Ampliação do Sistema de Drenagem de Águas Pluviais da Vila de Songo – Bairro do Planalto
O ISPSongo têm o direito, perpétuo e sem limites geográficos, de arquivar e publicar este
compêndio através de exemplares impressos reproduzidos em papel ou de forma digital, ou
por qualquer outro meio conhecido ou que venha a ser inventado, e de a divulgar através de
repositórios cientı́ficos e de admitir a sua cópia e distribuição em objectivos educacionais ou de
investigação, não comerciais, desde que sejam dados créditos aos autores e editores.
Conteúdo
Copyright 3
1 Introdução 11
1.1 Geralidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1.2 Descrição geral do sistema de drenagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1.3 Caudais pluviais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3 Disposições construtivas 17
3.1 Condutas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3.2 Assentamento de condutas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3.3 Caixas de visita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3.4 Caixas de ramais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3.5 Sumidouros e sarjetas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
4 Construção civil 19
4.1 Montagem e desmontagem de estaleiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
4.2 Manutenção de estaleiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
4.3 Levantamento de pavimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
4.4 Movimentos de terras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
4.5 Manta geotêxtil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
4.6 Reposição de pavimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
4.7 Protecção das condutas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
4
4.8 Conduta e acessórios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
4.9 Acessórios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
4.10 Caixas de visita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
4.11 Ramais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
4.12 Diversos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
II Memorial de cálculo 23
5 Caudal de projecto 24
5.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
5.2 Caudais de contribuição em cada sarjeta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
5.2.1 Tempo de concentração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
5.2.2 Coeficiente de escoamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
5.2.3 Intensidade da precipitação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
5.3 Exemplo de aplicação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
7 Sumidouros 31
7.1 Equação do descarregador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
7.2 Equação da energia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
8 Galerias 33
8.1 Ângulo entre a secção de escoamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
8.2 Verificação da velocidade de escoamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
8.3 Classificação do regime de escoamento nas galerias . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
Referências Bibliográficas 36
A Pormenores da sarjeta 38
B Pormenores do sumidouro 40
5
C Pormenores do colector 42
D Caixas de visita 43
E Dispositivos de saı́da 46
6
Lista de Figuras
7
Lista de Tabelas
8
Lista de simbolos
9
Parte I
10
Capı́tulo 1
Introdução
1.1 Geralidades
Será aproveitada a oportunidade par de se proceder à correcção geral dos traçados dos ar-
ruamentos, tendo em consideração aos condicionantes locais (como abastecimento de água,
fornecimento de energia eléctrica, linhas telefónicas, entre outras), as apresentadas neste projecto
correspondem à solução base duma e única hipótese, dum sistema unitário de pluvial, donde
será realizada a avaliação da segurança hidráulica funcional e bem como questões voltadas à
aspectos económicos.
O levantamento de dados, foi possı́vel devido ao software Google Earth, onde procurou-se
explorar no máximo cada uma das ferramentas que este dispõe, contundo, extraiu-se comprimen-
tos de condutas, áreas das sub-bacias, cotas topográficas do terreno, e respectiva delimitação
11
Figura 1.1: Delimitação da área de estudo.
da área de estudo cujas coordenadas geográficas são: P1 [15o 36’59,43”S; 32o 46’36,24”E], P2
[15o 36’50,48”S;32o 46’28,62”E]; P3 [15o 37’05,31”S; 32o 46’15,68”E], P4 [15o 37’09,97”S; 32o 46’18,52”E],
e P5 [15o 37’14,66S”;32o 46’20,40”E].
Será implantado um sistema de drenagem do tipo ramificado, Figura 1.3, onde as condutas
deverão dispor sempre de um maior diâmetro no sentido de escoamento, ou seja, em trechos a
jusante sempre que convier de cada caixa de visita. De forma geral, a rede será constituı́da de
sarjetas simples de secção triangular; sumidouro de lancil e/ou sem depressão, devendo estes
ser responsáveis por escoar a água pluvial até ás galerias colectoras através dos colectores
projectados; caixa de ramal de ligação á rede pluvial enterrada, caixas de ramais simples (serão o
ponto de convergência de apenas dois colectores projectados) e caixas de ramais com queda
guida de ligação à pluvial (deverão ser implantadas em pontos onde se encontram a junção de
três colectores projectados.)
E também, deverá dispor de uma estação elevatória capaz transportar as pluviais através de
uma conduta elevatória para o manancial ou corpo receptor, que nesta caso, será sub-bacia mais
próxima do riacho de Guto, onde deverá presente um dispositivo de saı́da, conforma ilustra a
Figura E.1.
12
2
1
6 5
4 3
12
11 10 9 8 7
17 16 15 14 13
Considerando a curva I-D-F da cidade de Maputo, cujos parâmetros são: a = 797, 38 e b = −0, 582.
E os caudais de dimensionamento para a precipitação obtém-se a pelo método racional, tendo em
conta o coeficiente de escoamento que é função da ocupação do solo, como zonas urbanizadas
com edifı́cios e de zonas ajardinadas anexas.
A Tabela 1.1, apresenta a distribuição espacial do coeficiente de escoamento para cada sub-bacia
em função do tipo de solo e construções existentes existentes.
13
CV
CP-14
(108m) CP-10 CP-7
(95m) CP-3
(78m) (123m)
CP-15
(126m)
CV CV CV CV
CP-6
CP-9 (83m) CP-4
CV (79m) (83m) CP-1
CP-12 (153m)
CP-11 CP-8 CP-5 CP-2
CP-13 (75m) (147m) (108m)
CV (102m) (98m)
(78m) CV CV CV CV
CV
CP-21
(127m) CP-19 CP-18 CP-17
CP-20 CP-16
(63m) (66m) (65m) (64m) (74m) CP-38
(81m)
CV CV CV CV CV CV
CP-37 CP-36 CP-35 CP-34 CP-33 CP-32
(102m) (126m) (98m) (97m) (153m) (153m)
CP-26
(82m) CP-25 CP-24 CP-23 CP-22
(77m) (78m) (75m) (76m) CP-21
(69m)
CV CV CV CV CV
CP-31 CP-30 CP-29 CP-28 CP-27
(227m) (101m) (103m) (93m) (156m)
SIMBOLOGIA
14
Capı́tulo 2
O traçado dos colectores em planta foi seleccionado tendo em conta a minimização de inter-
ferências com as várias infra-estruturas presentes no subsolo. A definição das várias infra-
estruturas foi efectuada através de um levantamento topográfico na plataforma Google Earth, e o
cadastro de infra-estruturas do sistema de abastecimento de água. Pelo facto dos cadastros de
electricidade e Telecomunicações não identificarem a sua localização exacta e pela sua versatili-
dade na execução de desvios temporários, considerou-se que estas infra-estruturas não seriam
condicionantes das obras a executar.
O traçado dos colectores proposto será implantado de modo geral próximo do eixo das vias,
sempre que as infra-estruturas existentes permitirem. Ficarão situados no plano interior ao das
condutas de distribuição de água, de modo a evitar possı́veis contaminações, e sempre que for
possı́vel a uma cota superior aos colectores de águas residuais: no entanto em alguns trocos
consideram-se ramais pluviais longitudinais duplos laterais pelas bermas devido a condicionantes
técnicas.
Diâmetro nominal mı́nimo: o diâmetro nominal mı́nimo admitido nas aguas pluviais na rede
geral é de 700mm, e nos ramais D500mm.
Inclinações: as inclinações dos colectores não deverão ser, em princı́pio, nem superiores a
15
superiores 6, 02% nem inferires a 1%.
Velocidade: para assegurar o perfeito funcionamento dos órgãos de transporte de águas pluviais
as velocidades de escoamento deverão ser limitadas. Assim, a velocidade mı́nima de escoamento
será de 0, 9m/s, relativamente a velocidade máxima, esta está limitada a 5, 0m/s para o caudal de
ponto de cheia.
Altura da lâmina lı́quida: a altura da lâmina lı́quida para a velocidade máxima referida no
ponto anterior devera ser igual a altura total do colector.
Para alturas inferiores a 3, 00m a largura das valas de assentamento deve ter a dimensão mı́nima
dada pelas expressões:
• Lv = DN + 0, 5 (para o diâmetro nominal DN ≤ 500mm);
• Lv = DN + 0, 70 (para o diâmetro nominal DN > 500mm);
em que Lv – é a largura de vala em [m].
Material da tubagem: os colectores de águas pluviais, serão de betão liso, próprio para sa-
neamento, dentro da gama de diâmetros nominais existentes.
16
Capı́tulo 3
Disposições construtivas
Pelo facto dos cadastros de electricidade e telecomunicações não identificarem a sua localização
exacta e pela sua versatilidade na execução de desvios temporários, considerou-se que estas
infra-estruturas não seriam tão condicionantes como as referidas anteriormente.
3.1 Condutas
As condutas dos colectores gravı́ticos e dos ramais serão de betão liso, Ks = 75m1/3 /s, de determi-
nada rigidez, e devendo cumprir referenciais normativos e ter o certificado de produto reconhecido
no território nacional.
O assentamento dos colectores deve ser feito de modo a assegurar-se a perfeita estabilidade das
condutas, através da regularização do fundo das valas, e o enchimento da vala deverá realizar-se
cuidadosamente, de acordo com o especificado. A compactação do material de aterro deve ser
feito de modo a não danificar os colectores e a garantir a estabilidade dos pavimentos, e deverá
ser devidamente comparada com ensaios especı́ficos.
Para os colectores gravı́ticos, como regra, o recobrimento mı́nimo admitido foi de 1, 20m so-
bre o extradorso da conduta. Quando o recobrimento das condutas for inferior a 1, 00m ou superior
a 4, 00m, estes deverão ser protegidos contra a rotura por compressão diametral, e o enchimento
das valas deverá realizar-se cuidadosamente.
17
3.3 Caixas de visita
Sempre que necessário, serão implantadas caixas de visitas com fundos pré-fabricados, onde
existam mudanças de direcção e de modo a não se ultrapassar um comprimento de colector de
cerca de 60m. A cobertura da caixa de visita será plana sempre que a altura desta for inferiores
a 1, 40m, sendo nos restantes casos tronco-cónica excêntrica. Quando instaladas em terrenos
privados/a corta mato, deverão ser implantadas nos extremos dos mesmos, ficando salientes do
terreno no mı́nimo 0, 50m. Quando existem desnı́veis superiores a mais de 0, 50m de colectores
afluentes as caixas de vista serão previstos dispositivos de queda guiada par os colectores a
nı́veis superiores, conforme pormenor da Figura D.3.
As caixas de ramais, ilustradas na Figura D.1 serão instaladas em todos os edifı́cios a indicar
e pelo dono da obra ou fiscalização. Estas caixas a executar de acordo com o desenho tipo,
serão implantadas em bermas ou passeios e serão ligadas à rede através de uma forquilha ou
directamente as caixas de visita.
Para a captação das águas pluviais utilizar-se-ão na generalidade sumidouros, no entanto sempre
que se mostre mais adequado utilizar-se-ão sarjetas. A tampa sumidoura e aro serão em ferro
fundido. As sarjetas e os sumidouros a instalar deverão ter sempre câmara de retenção de areias,
no entanto, se o dono da obra o entender pudera em circunstância especial optar por instalar os
referidos dispositivos sem câmara de retenção, conforme ilustra na Figura B.3.
18
Capı́tulo 4
Construção civil
Engloba todos e quaisquer custos de manutenção do estaleiro desde o inicio da sua montagem ate
ao final da sua desmontagem, inclusive, se aplicável o pagamento aos concessionários, alugueres
e servidões.
Os materiais do pavimento removidos na altura da escavação, tais como, por exemplo, cubos
de basalto e calcários, lancis, mosaicos e paralelepı́pedos, deverão ser reaplicados, pelo que
competira ao Empreiteira a sua guarda, conservação e transporte. Será da sua conta a reposição
do material eventualmente extraviado. As medições de arranque de pavimentos serão efectuadas
19
em m2 , de acordo com o mapa de medições.
O movimento de terras engloba a escavação e aterro das valas e a remoção para descarga
final licenciada de todos os produtos sobrantes da escavação. A escavação para abertura da
vala eh afectada por processos manuais ou mecânicos, incluindo baldeação, entivação e drena-
gem/bombagem de água quando necessário.
Para efeito de medição dos trabalhos relativos a área da manta geotêxtil, a secção tipo da vala
será considerada sempre, com paredes verticais e com largura definida no desenho da vala tipo.
Considera-se incluso no preço da manta as sobreposições mı́nimas de 0, 30m em todas as juntas
existentes.
20
4.6 Reposição de pavimentos
As pavimentações da vala engloba além da reposição das camadas que constituem o pavimento
a reposição das condições existentes, como bermas, valetas e todo o equipamento de segurança
rodoviária, designadamente marcas rodoviárias, sinalização vertical, rails, marcos, guardas de
segurança, passeios, caleiras, entre outros.
Nos preços unitários da reposição de pavimentos, para além do referido anteriormente, estão
incluı́dos também, todos os trabalhos complementares tais como: preparação da fundação, ca-
mada de assentamento, compactação e acabamento final. Para efeitos de medição da camada de
desgaste considerar-se-á uma sobre largura para cada lado, em relação à vala tio de 0, 10m em
pavimentos betuminosos, 0, 15m em pavimentos em tout-venant ou 0, 40m em calcadas.
Neste item é contabilizado o comprimento de tubo instalado, não sendo contabilizado o compri-
mento dos acessórios e das caixas de visita. Abrange o fornecimento, recepção, carga, transporte,
descarga e armazenamento de tubos em depósito de Empreiteiro, bem como a sua carga, trans-
porte e distribuição, colocação e assentamento e alinhamento da tubagem, incluindo todos os
acessórios de montagem.
4.9 Acessórios
21
4.10 Caixas de visita
O tipo de cobertura dependera da profundidade da mesma, sendo de cobertura plana sempre que
a altura for inferior a 1, 40m e cónica sempre que a altura seja superior a 1, 40m. Considera-se a
altura da caixa a distancia entre a cota de soleira da mesma e a cota da tampa. Assim sendo,
considerou-se um acréscimo na altura destas sempre que estejam implantadas em terrenos
agrı́colas (0, 50m) ou em caminhos de terra ou tout-venant (0, 10m).
4.11 Ramais
4.12 Diversos
22
Parte II
Memorial de cálculo
23
Capı́tulo 5
Caudal de projecto
5.1 Introdução
O presente sistema irá dispor de um conjunto de sarjetas ao longo do quarteirão por uma via
publica e irão desaguar em uma galeria na via principal. As sarjetas serão de secção triangular
como ilustra a Figura A.1 e terrão nos pontos de recolha das águas para a galeria um boca
colectora em forma de orifı́cio na sua base.
O caudal que chegará a cada sarjeta será determinado separadamente para cada quarteirão
devido a suas especificidades pela seguinte expressão:
Q = CIA (5.1)
Para a determinação do caudal de projecto, terá-se primeiro que ser determinadas as seguintes
grandezas auxiliares ao cálculo:
1. Tempo de concentração;
2. Intensidade da precipitação (I-D-F – Cahora Bassa, extrapolados da cidade de Maputo); e
3. Coeficiente de escoamento.
24
5.2.1 Tempo de concentração
É o tempo de duração da chuva, e deve ser correlacionado com o tempo gasto para a concentração
na bacia em estudo, de forma resumida, trata-se do tempo para que toda área de drenagem passe
a contribuir efectivamente na secção ou ponto do projecto.
0,385
Li3
tc = 57 × (5.2)
∆H
Onde:
tc – tempo de concentração [min];
L – a maior distância percorrida pelas águas na bacia [Km]; e
∆H – diferença entre as cotas do terreno na bacia [m].
Trata-se da medida quantitativa de chuva precitada sobre uma determinada área num certo perı́odo
de tempo. E para o caso, de acordo com o Regulamento dos Sistemas Públicos de Distribuição
de água e drenagem de Moçambique eh nos dada por:
I = a × tb (5.4)
Onde:
a e b – são parâmetros dimensionais da curva I-D-F; e t – é a duração da precipitação em minutos,
em muitos casos tomado igual ao tc = t.
25
5.3 Exemplo de aplicação
!
L11,155
tc1 = 0, 946 × = 15, 223min (5.5)
∆H10,385
26
Capı́tulo 6
As sarjetas deverão escoar com seguranca os caudais previstos em cada quarterão, e encaminhá-
lo para a respectiva galeria através das bocas colectoras. A sarjeta sera em seção triangular como
se apresenta na Figura A.1 e deverá ter uma inclinação minima entre 0, 003m/m e 0, 024m/m de
modo a garantir um sentido de escoamento das águas e as devidas condições de auto limpeza da
vala.
Para a determinação das dimensões da sarjeta são necessárias os seguintes dados auxilia-
res:
• Declividades; e
• Dimensões do canal.
6.1 Declividades
∆Hi
Ji = (6.1)
Li
Onde:
∆H – é a diferença entre as cotas do terreno na bacia [m]; e
L – ó comprimento da vala [m].
27
6.2 Dimensões do canal
√
Q = Ks SR2/3 J (6.2)
Adopta-se neste projecto, o coeficiente de rugosidade do material que ira constituir a sarjeta,
Ks = 80m1/3 /s. E porque trata-se de uma secção triangular, a relação entre a largura do canal, B e
a altura do escoamento, H, obedece a lei da equação (A.6), ou seja,
B = 1, 732H (6.3)
Contundo, trata-se de um canal não erodı́vel, razão pelo qual, a estabilidade das condições de
escoamento será verificada pelo método das velocidades admissı́veis, e não necessariamente
pelo das tensões tangencias nas marges e no fundo do canal, este último, é pura e simplesmente
utilizado no dimensionamento de canais erodı́veis.
Q
Vesc = (6.4)
A
U
Fr = √ (6.5)
g × Hu
28
Exemplo de aplicação
2/3
1, 732 × H22
1, 732 × H2 p
0, 711 = (75) × × × 0, 01875 ⇒ H2 ≈ 0, 504m (6.7)
2 4 + 2 × H2
Logo,
B2 = 1, 732 × (0, 504) = 0, 873m (6.8)
0, 711m3 /s
U2 = = 3, 51m/s oK! (6.9)
0,873m×0,504m
2
0, 711m/s
Fr2 = p = 2, 53 > 1 Regime rápido! (6.10)
9, 81m/s2 × 0, 504m
Feito isso, os valores das dimensões para as sarjetas das demais Sub-bacias são apresentados
na Tabela 6.1, com as devidas verificações de velocidade e respectiva classificação do regime de
escoamento.
29
Tabela 6.1: Dimensões das sarjetas e verificação de velocidade e classificação do regime de
escoamento.
No Sub-Bacia Q[L/s] J[%] H[m] B[m] S[m2 ] U[m/s] Fr[adimensional]
1 826.2 6.02% 0.429 0.743 0.15938 5.18 2.53
2 771.3 1.88% 0.504 0.873 0.21998 3.51 1.58
3 982.0 4.48% 0.474 0.821 0.19457 5.05 2.34
4 640.6 1.60% 0.487 0.843 0.20539 3.12 1.43
5 1208.7 2.13% 0.569 0.986 0.28038 4.31 1.82
6 1118.9 1.61% 0.580 1.005 0.29132 3.84 1.61
7 444.3 1.71% 0.431 0.746 0.16087 2.76 1.34
8 555.8 1.82% 0.457 0.792 0.18086 3.07 1.45
9 592.0 1.80% 0.467 0.809 0.18887 3.13 1.46
10 608.6 1.65% 0.477 0.826 0.19704 3.09 1.43
11 799.0 2.96% 0.470 0.814 0.19130 4.18 1.95
12 820.4 2.99% 0.477 0.826 0.19704 4.16 1.92
13 1049.3 4.02% 0.492 0.852 0.20963 5.01 2.28
14 630.8 3.74% 0.425 0.736 0.15642 4.03 1.98
15 186.3 1.53% 0.336 0.582 0.09777 1.91 1.05
16 671.4 2.40% 0.464 0.804 0.18645 3.60 1.69
17 612.5 1.54% 0.483 0.837 0.20203 3.03 1.39
30
Capı́tulo 7
Sumidouros
A0 = B0 × L0 (7.1)
Sendo que esta devera escoar o caudal que entra para todas as sarjetas, esta secção devera ser
deduzida da equação dos caudais seguinte
p
Q = CA0 2gE (7.2)
Por sua vez, a equação de energia nos permite achar o caudal que se escoamento nos sumidouros,
dada na seguinte forma
U2
E = Hu + (7.3)
2g
Exemplo de aplicação
31
ROTEIRO PRÁTICO DE RESOLUCÃO
(a) Determinação da energia de escoamento
Q1
A0 = √ = 0, 232m2 (7.5)
0, 60 19, 62 × 1, 799
L0 = 2 × B0 = 2 × 68cm (7.7)
Para os restantes sumidouros as dimensões foram determinadas de forma similar e estão dispostas
na Tabela 7.1.
32
Capı́tulo 8
Galerias
As galerias de águas plúvias deverão garantir um escoamento continuo das águas das chuvas
durante a ocorrência da cheia de projecto em condições de seguranca sem sofrer desgastes nem
ruptura.
As galerias serão em tubagem de secção circular construı́das em betão armado de alta re-
sistência, e terão secções variáveis ao longo do seu comprimento de XX metros dentro dos
sub-bacias contribuintes acrescidos da distancia ate a desaguador (Figura XX), e terão uma
inclinação constante adoptada para todas elas de YY%.
Hu
Deverão escoar a 85% do diâmetro total ou seja = 0, 85, de modo a que esse seja efici-
D
ente e garanta um espaço dos gases na tubulação cerca de 15%.
3/8 !
∑ni=1 Q θ 1/4
D = 3, 0844 √ (8.1)
Ks J (θ − sin θ )5/8
em que
Q – é o caudal que deverá ser escoado ao longo da secção;
Ks – coeficiente de rugosidade do material que constitui a conduta; e
θ – ângulo entre a secção de escoamento e o diâmetro total da tubagem.
33
8.1 Ângulo entre a secção de escoamento
3/8
(4, 43)1/4
0, 829
D = 3, 084 × √ × = 0, 488m ≈ 500mm (8.3)
75 × 0, 06015 (4, 43 − sin(4, 43))5/8
Estimativa do ângulo θ 0 , para da profundidade de escoamento. Visto que trata-se de uma equação
não linear, haverá necessidade de utilizar processo iterativos:
3/8 !
(θ 0 )1/4
0, 829
0, 5 = 3, 084 × √ × = 4, 66rad 0 s (8.4)
75 × 0, 06015 (θ 0 − sin(θ 0 ))5/8
D2 0 0
(0, 5)2
A= × θ − sin(θ ) = × (4, 66 − sin(4, 66)) = 0, 177m2 (8.6)
8 8
Por sua vez, a verificação é a realizada pelo quociente entre o caudal de projecto e a área de
secção transversal, anteriormente obtida.
Q 0, 829m3 /s
V= = = 4, 684m/s < 5, 0m/s Verifica! (8.7)
A 0, 177m2
V 4, 684
Fr = √ =√ = 2, 302 > 1 Regime rápido (8.8)
g × Hu 9, 81 × 0, 422
34
Tabela 8.1: Determinação dos diâmetros das galerias e os parâmetros de verificação.
35
Bibliografia
[3] MARQUES, José A Almeida. SOUSA, Joaquim de Oliveira. Hidráulica Urbana. Sistemas de
Abastecimento de Água e de Drenagem de Águas Residuais. 3a Edição. Coimbra - 2011.
[5] DE SOUSA, Eduardo Ribeiro. MATOS, José Saldanha. Projecto de Sistemas de Drenagem
de Águas Pluviais. Licenciatura em Engenharia Civil. Instituto Superior Técnico.
36
Parte III
37
Apêndice A
Pormenores da sarjeta
GSPublisherVersion 0.80.100.100
38
s 0
2
2 × H − 8×S
2
2×S H3
⇒ + H2 + H = 0 ⇒ q +1 = 0 (A.4)
H 2 × 4×S
2
+ H 2
H H2
2
8×( B×H2 )
r
2×H − 3 2 2 B2
⇒ q H
2
= −1 ⇒ H +H × 2
+ 1 = B2 (A.5)
H
2 × 4×(B×H)
4×H 2
+ H 2
B = 1.732 × H (A.6)
1, 732 × H 2
S(H) = (A.7)
2
• O raio hidráulico
1, 732 × H
Rh (H) = (A.9)
4+2×H
39
Apêndice B
Pormenores do sumidouro
Bo
GSPublisherVersion 0.66.100.100
Lo
GSPublisherVersion 0.80.100.100
40
• Área de secção transversal
A0 = B0 × L0 (B.1)
• Espessura minima
emin = 0, 04m (B.2)
• Largura minima
Bmin = 0, 35m (B.3)
• Comprimento minimo
Lmin = 0, 60m (B.4)
Lancil Grelha
Vigota
Reboco
Ligação ao colector
Enchimento de betão
Soleira de betão
GSPublisherVersion 0.0.100.100
41
Apêndice C
Pormenores do colector
D
d
θ
h
GSPublisherVersion 0.66.100.100
• Profundidade de escoamento
D θ
h= 1 − cos (C.1)
2 2
42
Apêndice D
Caixas de visita
Betão armado
Ramal
Alvenaria de tijolo-burro
Betão simples
Corte
Alvenaria de tijolo-burro
Ramal
Planta
GSPublisherVersion 0.0.100.100
43
Corte
Planta
i = 20%
i = 20%
GSPublisherVersion 0.0.100.100
44
Corte longitudinal
Corte transversal
i = 20%
i = 20%
i = 20%
Planta
GSPublisherVersion 0.0.100.100
Figura D.3: Caixa de ramal com queda guiada de ligação á rede pluvial.
45
Apêndice E
Dispositivos de saı́da
A B
PLANTA
ALÇADO PRINCIPAL
CORTE A-B
GSPublisherVersion 0.0.100.100
46