TCC
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DESENVOLVIMENTO)
OBJETIVO GERAL
Levantar as estratégias de intervenção e como ocorre a formação do psicólogo
frente a casos de adolescentes depressivos que apresentam traços de ideação suicida.
Objetivo Específico
1 - Investigar a preparação do Psicólogo com base na formação universitária, se esta é
suficiente para lidar com estes casos;
2 - Levantar intervenções do psicólogo e os resultado dessas intervenções;
3 - Identificar a frequência de casos atendidos por equipes multidisciplinares de
adolescentes com ideação suicida.
4 - Investigar os principais fatores que influenciam no processo terapêutico de sucesso.
5 - Compreender o processo de rapport entre profissional e paciente em casos de
ideação suicida.
JUSTIFICATIVA
INTRODUÇÃO
Abordando o suicídio como um grave problema de saúde pública é necessário
sensibilizar a comunidade e quebrar tabus para que a compreensão chegue em totalidade
para qualquer indivíduo, afinal, a ocorrência envolve muitas partições vitais, sendo elas,
sociais, pessoais e profissionais. Com isso, nós como estudantes do curso de Psicologia
questionamentos o porquê do índice disparado de tentativas e suicídios cometidos,
mesmo com serviços públicos destinados à saúde mental, alguns deles destinados
exclusivamente a valorização da vida, como o CVV – Centro de Valorização da Vida.
Pressupõe-se diante dos dados apresentados na “Folha informática – Suicídio” pela
OPAS Brasil (Organização Pan-Americana da Saúde) em conjunto com a OMS
(Organização Mundial da Saúde) que a falta de conscientização prejudica a prevenção.
DESENVOLVIMENTO
1. ADOLESCÊNCIA
De acordo com Katie Silver (2018) da BBC news essa fase tem início quando
uma parte do cérebro, o hipotálamo, ativa as glândulas hipófise e gônadas, que, entre
outras coisas, liberam hormônios sexuais. Ela costumava acontecer por volta dos 14
anos, mas caiu gradualmente no mundo desenvolvido nas últimas décadas até o patamar
de 10 anos. Como consequência, em países industrializados como o Reino Unido a
idade média para a primeira menstruação de uma garota caiu quatro anos nos últimos
150 anos. Metade das mulheres agora ficam menstruada pela primeira vez entre 12 e 13
anos. Ou seja, cientistas defendem atualmente que a adolescência transita entre 10 e 24
anos de idade, e alterações nas leis.
Becker (1989) a descreve como uma passagem de espectador, para ativo, autocrítico,
transformador. Cardoso, (2001) entendia, pelo senso comum, a adolescência como uma
fase de alegrias, repleta de esperanças quanto ao futuro; porém, com base no referencial
psicanalítico, a adolescência implica num árduo trabalho de reorganização física e
psíquica por parte do sujeito. Este trabalho, que, exige ao mesmo tempo a elaboração
das diversas mudanças corporais e excessos pulsionais, configura por si só uma situação
de violência, se encontra passivo diante de transformações que não pode controlar
(Cardoso, 2001). Com isso, podemos parear que a adolescência não pode ser definida de
uma única maneira, nem como entendida pelo senso comum, devido a sua diversidade e
também subjetividade de cada indivíduo, concluindo então que é um termo relativo.
2. DEPRESSÃO
3.1 SUICÍDIO
O suicídio pode ser considerado como o ato que leva ao indivíduo a tirar sua
própria vida. Tratando-se sobre seu termo, a palavra suicídio varia do vocabulário latino
onde Sui – si mesmo e caedere – matar, definido a palavra em “matar a si mesmo”. É
um fenômeno caracterizado como comportamento suicida que, é marcada por
determinantes de multi fatores tanto psicológicos, biológicos e até culturais, relacionada
a algumas psicopatologias. (Cartilha - Suicídio informando para prevenir, 2017).
Existem diversos comportamentos suicidas, que podem levar tanto a ideação, como até
o ato consumado. A seguir será listado alguns destes comportamentos.
Cabe então, reconhecer as demandas atuais e agir sobre elas de modo onde seja
possível interliga-las de maneira viável e prudente, atualizar questões mais corriqueiras
e aplica-las dentro do meio acadêmico ‘obrigatório’, para que tenhamos, profissionais
mais adaptados ao campo em que ele será inserido. Ao ingressar a universidade, o
sujeito está abrindo mais uma das portas ao conhecimento e muita das vezes ele é
específico, assim sendo, é necessário dar assistência para que a procura e serviço
estejam compatíveis.
Por sua vez, o profissional psicólogo exerce um papel diferenciado das outras
pessoas, por se tratar de um indivíduo que é capacitado (ao menos deveria) para exercer
esse tipo de função, que é o de acolhimento, escuta qualificada e até mesmo a
prevenção, com fatores estudados e científicos, aprovados pelo Conselho Federal de
Psicologia (CFP), exercendo sua ética profissional e humana acima de tudo. Por falar
em ética, é imprescindível que o profissional mantenha um certo distanciamento de seus
pacientes para que ocorra um vínculo saudável entre ambos, porém, em casos de
pacientes com tendências suicidas, o terapeuta pode intervir por meios tecnológicos,
podendo salvar a vida de um indivíduo em casos de surtos, por exemplo.
O risco de suicídio não deveria ser uma preocupação exclusivamente médica,
mas de todos os profissionais de saúde mental, e talvez da comunidade humana em sua
totalidade. Nos pacientes em risco de suicídio consideram-se necessárias intervenções
em múltiplos níveis, incluindo psicoterapia, farmacoterapia, terapias biológicas,
psiquiatria comunitária, hospitalização, além de medidas psicopedagógicas (Rothschild,
1997; Hillard, 1983; Schmitt, 2001).
6. EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
Além dos atendimentos individuais oferecidos pelo CVV, existe um programa de apoio
emocional comunitário intitulado CVV Comunidade, que está disponível em todas as
regiões do país. Este programa dispõe de grupos de apoio aos sobreviventes de suicídio
(GASS), o caminho de renovação contínua (CRC) para promover reflexões através de
troca de experiências e o Cine-SER CVV que exibe filmes que abordam estes temas e
alguns cursos sobre escuta e auto-conhecimento segundo o site do CVV (s.d.). O CVV
Comunidade tem como objetivo atender indivíduos que se encontram em situação de
risco que precisam de apoio emocional, assim ajudando a criar novas formas de lidar
com as problemáticas cotidianas nesse ambiente. A proposta destes grupos comunitários
seria promover o autoconhecimento e solidariedade, a fim de que estes usuários sejam
capazes de desenvolver autonomia e futuramente se interessem pelos cursos oferecidos,
tornando-se também voluntários podendo ajudar aos outros indivíduos.
7. BIBLIOGRAFIA
G1. Adolescência agora vai até os 24 anos de idade, e não só até os 19, defendem
cientistas. Disponível em: <https://g1.globo.com/bemestar/noticia/adolescencia-agora-
vai-ate-os-24-anos-de-idade-e-nao-so-ate-os-19-defendem-cientistas.ghtml>. Acesso
em: 26 abr. 2019.
Werlang BG, Botega NJ. Comportamento Suicida. Porto Alegre: Artmed; 2004.
Meleiro A, Teng CT, Wang YP. Suicídio: estudos fundamentais. São Paulo: Segmento
Farma; 2004.
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Valentini W, Kohn R, Miranda CT, Mello AAF, Mello MF, Ramos CP et al.
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O Suicídio e os Desafios para a Psicologia / Conselho Federal de Psicologia. - Brasília:
CFP, 2013. 152p