Fichamento - Ética - Direito, Moral e Religião No Mundo Moderno - Fil. Do Direito II
Fichamento - Ética - Direito, Moral e Religião No Mundo Moderno - Fil. Do Direito II
Fichamento - Ética - Direito, Moral e Religião No Mundo Moderno - Fil. Do Direito II
FICHAMENTO DE LIVRO
Livro: Ética: direito, moral e religião no mundo moderno
Autor: Fábio Konder Comparato
Maceió
2018
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
FACULDADE DE DIREITO DE ALAGOAS
FICHAMENTO DE LIVRO
Livro: Ética: direito, moral e religião no mundo moderno
Autor: Fábio Konder Comparato
Maceió
2018
Livro: Ética: direito, moral e religião no mundo moderno
Autor: Fábio Konder Comparato
Ficha Bibliográfica
COMPARATO, Fábio Konder. Ética: direito, moral e religião no mundo moderno. 3. ed.
São Paulo: Compainha das Letras, 2016. p. 17-46 (Introdução)
Fichamento de citação
“O sentido que nesta obra se dá à ética é bastante amplo: ela abrange o conjunto dos sistemas
de dever-ser que formam, hoje, os campos distintos - e, na maioria das vezes, largamente
contraditórios - da religião, da moral e do direito. Aliás, um dos leitmotiv do livro consiste
em mostrar que no mundo antigo, ao contrário do veio a suceder na época moderna, era
impossível distinguir e, com maioria de razão, opor entre si essas três esferas de regulação do
comportamento humano.” (p. 18)
“Os seres vivos e, em especial, os seres humanos que são o que de mais complexo existe no
universo, só podem ser compreendidos, na totalidade integradora do conjunto de elementos
que os compõem, mediante a consideração conjunta de sua dinâmica interna e sua
funcionalidade externa. Em outras palavras, para que possamos entender qualquer elemento
da biosfera, e em especial o homem, é indispensável enxergá-lo holisticamente (holos, na
língua grega, é um advérbio que significa em sua totalidade) (...)” (p. 19)
Os fatores determinantes
“Como bem observou Montesquieu, há uma diferença de natureza entre os costumes e as leis.
Os primeiros dizem respeito à vida privada em geral, e brotam, por assim dizer, no seio da
nação. Já as leis procedem das instâncias superiores de poder, e se impõem ao povo de cima
para baixo: elas regulam, preferencialmente, a vida do cidadão ou membro da sociedade
política.”
“Os três fatores fatores determinantes da estrutura social não devem, portanto, ser vistos
como camadas separadas, atuar de modo paralelo e autônomo, mas sim como elementos
interdependentes do mesmo todo orgânico.” (p. 23)
“Em qualquer hipótese para a introdução de novos valores, ou a defesa dos que já vigoraram
no meio social, não basta o recurso à força. É indispensável um mínimo de justificação ética.
A consciência do bem e do mal, com o consequente sentimento de justiça ou injustiça, é
inerente à condição humana, qualquer que seja a concepção que se tenha da sua origem: se se
trata de algo inato, ou totalmente adquirido no curso da vida social.” (p. 25)
“Objetivamente, o poder se apresenta sob várias formas. É a posse e o uso dos instrumentos
de coação, física ou mental; o prestígio ou a autoridade moral; a aprovação majoritária do
grupo social, a propriedade ou posse de bens econômicos; o conhecimento científico e o
saber tecnológico.” (p. 27)
Os fatores condicionantes
2. A perspectiva histórica
“Na linha dessa tendência à racionalização, durante o período axial as religiões tornam-se
mais éticas e menos rituais ou fantásticas. Em lugar dos antigos cultos da natureza, ou da
adoração dos soberanos políticos, busca-se alcançar uma esfera transcendental ao mundo e
aos homens (...)” (p. 39)
“Seja como for, à medida que o homem acumula saber tecnológico nos mais diferentes
campos, ele se sente efetivamente “senhor e possuidor da natureza”, como disse Descartes.
Com isto, aumenta a confiança em si mesmo e reduz-se, correspondentemente, a sua
fidelidade aos usos e costumes dos antepassados. Rompe-se, em consequência, a unidade do
antigo sistema ético, com a dissolução do vínculo que reunia, num todo harmônico, normas
religiosas, morais ou de etiqueta, e normas propriamente jurídicas.” (p. 45)