Equipamentos Industriais PDF
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2013
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1- TROCADORES DE CALOR
DEFINIÇÃO
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sendo:
q = quantidade de calor trocada entre os fluidos por hora (Kcal/h)
A = área de superfície de separação dos fluidos (superfície dos tubos)
(T-t) = Diferença média de temperatura entre os fluidos (oC)
U = Coeficiente global que depende de diversos fatores (Kcal/h m2 oC)
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Resfriador Resfria líquidos ou gases mediante água
Superaquecedor Aquece o vapor de água além da temperatura de
saturação
Vaporizador Aquecedor que vaporiza parte de um líquido
TROCADORES DE PLACA
São equipamentos formados por placas superpostas e comprimida entre dois cabeçotes, por
meio de tirantes. As placas, obtidas por estampagem de chapas metálicas de pequena
espessura, possuem furos nos quatros cantos, que servem, para a distribuição dos fluidos. Por
meio de um sistema conveniente de juntas em torno dos furos e na borda das placas, os
fluidos são orientados, alternadamente, de modo a trocarem calor através de cada placa.
Vantagens
Em relação aos trocadores de calor tubulares, os de placas oferecem muitas vantagens, dentre
essas:
Melhor recuperação térmica;
Ocupam espaço reduzido no momento da desmontagem e montagem;
Maior facilidade de limpeza ou substituição de placas;
Possibilidade de utilização da mesma estrutura para montagem de mais um
equipamento.
Porém, apresentam limitações quanto a pressão e temperatura de trabalho, que não devem
ultrapassar 300psi e 500°F
Trocador de placas
TROCADORES DE TUBOS
Trocadores de casco e tubo: é o mais simples de trocador de calor tubular. Ele consta de um
tubo ou um cano posicionado concentricamente a outro tubo que forma a carcaça de tal
arranjo. Um dos fluidos escoa dentro do tubo interno e o outro através do espaço anular entre
os dois tubos.
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Trocador de tubos
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Paralelo quando o fluxo de entrada se bifurca para entrar nos trocadores e reúne-se após a
saída dos mesmos.
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QUANTO A PASSAGEM DOS FLUIDOS
Fluxo paralelo
Quando os dois fluidos percorrem o trocador na mesma direção, diz-se que estão em paralelo.
Fluxo contracorrente
Quando os dois fluidos percorrem o trocador de calor em sentidos opostos, diz-se que estão
em contracorrente.
COMPONENTES
Os principais componentes dos trocadores de calor são: Casco, tubos, espelhos, cabeçote fixo
- carretel, cabeçote fixo - retomo, tampo e cabeçote flutuante.
Os acessórios são: chicanas, tirantes e espaçadores, flanges, juntas, anéis, quebra-jato,
defletores, vento, dreno, conexões, suportes e alça.
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CODIFICAÇÃO TEMA PARA PERMUTADORES
Cabeçote Estacionário
Casco
Cabeçote de Retorno.
Um permutador AES, por exemplo, combina um cabeçote frontal do tipo A, com um casco do
tipo e um cabeçote flutuante do tipo S.
CASCO
É a parte central do trocador, pode ser construído a partir de tubos 24" (polegadas) de
diâmetro nominal ou, de chapas calandradas e soldadas a partir de 13" de diâmetro. São
fabricados normalmente de aço carbono, porém, podem ser fabricados também em aços liga e
ligas de alumínio quando for do tipo tubular, ligas de níquel e ligas de cobre quando de chapa.
ESPELHOS
Os espelhos são discos metálicos, nos quais os tubos são conectados, mantendo-os, desta
maneira, na posição desejada.
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Os permutadores com espelhos fixos têm o feixe de tubos (o conjunto espelhos e tubos)
fixado ao casco por meio de solda.
Os permutadores com um espelho fixo e um flutuante tem um dos espelhos preso ao casco,
enquanto que o outro tem liberdade para se deslocar na direção longitudinal. do aparelho,
acompanhando a dilatação térmica do feixe de tubos.
Os trocadores de calor com um espelho fixo e tubos em U tem um espelho preso ao casco e a
na outra extremidade os tubos são dobrados em forma de U. Neste caso os tubos dilatam-se
individualmente, sem se interferirem.
O cabeçote frontal ou carretel é fixo enquanto que o cabeçote posterior pode ser fixo,
flutuante ou tubos em U.
Quando há mudança de direção do fluido no carretel, ele é dividido pelo defletor do carretel.
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TIPOS DE CABEÇOTE FIXO
Tipo A
O Feixe de tubos é separado do carretel e a tampa desmontável permite o acesso visual à face
do espelho fixo, o que possibilita a verificação do seu estado e do interior dos tubos, sem
desmontar o carretel.
É possível pressurizar o casco, com o carretel aberto, permitindo, assim, detectar vazamentos
nos tubos ou nas ligações.
O cabeçote do Tipo A é o mais empregado.
Tipo B
O Feixe de tubos é separado do carretel, mas. não dispõe de uma tampa, não permitindo o
acesso visual à .face do espelho fixo, para acessá-lo faz-se necessário desmontar o .carretel,
por este motivo, é empregado somente nos casos de, fluidos limpos e pouco corrosivos.
Para pressurizar o casco é,necessário que o espelho seja fixado ao flange do casco, o que
obriga ,que ele tenha um diâmetro maior ou que disponha-se de um anel para este fim.
O custo deste cabeçote é menor do que o tipo A.
Tipo C.
Apresenta o feixe de tubos integrado ao carretel, possuindo uma junta a menos que o tipo A.
Possui um acesso visual fácil, equivalente, portanto, ao tipo A, a sua remoção é mais difícil,
visto que, é necessário sacar junto com ele o feixe de tubos.
O tipo C é empregado em pressões mais elevadas do que os anteriores.
Tipo N
O feixe de tubos é integrado ao carretel, tem uma fácil visualização do espelho, equivalente,
também, ao tipo A.
É empregado em pressões mais elevadas, tal como o Tipo C, não permite, entretanto, o saque
do feixe de tubos, é recomendável, portanto, quando o fluido do casco não apresenta
problemas de sujeira ou a sujeira é facilmente removível.
Tipo D
O carretel do tipo D é empregado somente nos casos de alta pressão.
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TIPOS DE CABEÇOTE RETORNO
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parte .externa,que fica em contato com o anel de vedação para permitir a dilatação do feixe
sem que haja vazamento do fluido do casco
O cabeçote tipo W, o selo de pressão entre o lado do casco e o lado dos tubos é feito por um
acessório denominado de anel de lanterna preso ao casco e no qual desliza o espelho. Entre as
gaxetas existe um anel perfurado que permite a detecção de vazamentos no anel de gaxetas.
Os cabeçotes com tubos em U elimina um espelho e permite a construção do casco com
tampo soldado, tornando estes equipamentos mais baratos.
Reduz a possibilidade de vazamentos pela eliminação de juntas e ligações espelho tubos,
favorecendo sua utilização em altas pressões.
Permite a dilatação individual dos tubos, deixando o espelho sem o efeito de sustentação dado
pelo feixe.
TUBOS
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Disposição dos Defletores nos Cabeçotes Fixos
O arranjo dos tubos num permutador é desenhado de modo a obter-se o máximo de tubos em
uma secção transversal. Deve-se, entretanto, manter certa distância entre os centros dos tubos
para prover espaço suficiente para o escoamento do fluido no casco. A essa distância
denomina-se de passo.
Existem dois tipos básicos de arranjos de tubos que satisfazem estas condições:
Passo Quadrado - acomoda menos tubos, portanto, é menos eficiente em termos de troca
térmica, porém produz uma menor perda de pressão, permite uma limpeza mecânica externa e
por este motivo é mais utilizado.
Passo Triangular - pode acomodar um maior número de tubos num mesmo diâmetro de casco,
por este motivo tem uma maior turbulência. A Combinação: de um maior número de tubos
com maior turbulência produz maior eficiência de troca térmica.
A perda de pressão, porém, é maior do que no passo quadrado e são mais difíceis de limpar.
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CHICANAS E ESPAÇADORES
A finalidade das chicanas é orientar o fluxo de modo que ele aumente sua turbulência e
velocidade aumentando com isso o coeficiente de convecção.
As chicanas acarretam turbulências no fluido que percorre o lado do casco, resultando numa
maior eficiência na troca térmica.
Mantém ainda os tubos na posição desejada evitando que sofram esforços de flexão.
As chicanas feixe através de um sistema de espaçadores e tirantes conforme apresentada na
figura abaixo.
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ESCOLHA DO FLUÍDO
O Trocador de calor já está construído para receber determinados líquidos nos tubos e no
casco. Não há regras que estabeleçam qual tipo de fluido deve passar pelos tubos.
Evidentemente, que a escolha do fluido que passa pelos tubos ou pelo casco deve atender às
melhores condições para o processo, ao menor custo de construção e a facilidade de
manutenção.
De maneira geral passam pelos tubos:
a) Fluido mais sujo (com depósitos, coque, sedimentos, catalisadores, etc.) porque é mais
fácil remover a sujeira dos tubos que do casco
b) Fluido mais corrosivo pois, além de ser mais econômico usar tubos resistentes a
corrosão do que o casco com a mesma .propriedade, é mais fácil substituir tubos
furados do que o casco.
c) Fluido com maior pressão porque o casco tem menor resistência em virtude do seu
maior diâmetro.
d) Fluido menos viscoso, a menos que a perda de pressão deva ser muito baixa.
e) Água de refrigeração por facilidade de limpeza.
f) Fluído de menor vazão, em vista do casco oferecer mais espaço.
Entre líquidos de propriedade semelhantes, deve passar pelos tubos aquele de maior pressão,
maior temperatura e o mais corrosivo.
FORMAÇÃO DE DEPÓSITOS
A formação de depósitos ao longo da superfície de troca térmica contribui para diminuir a
transmissão de calor e aumentar a perda de carga dos fluidos.
Os mecanismos de formação de depósitos em trocadores .de calor pode se dar através dos
seguintes mecanismos:
Sedimentação;
Cristalização;
Corrosão;
Proliferação de algas, bactérias e fungos;
Polimerização, coqueamento e outros.
A formação de depósitos por sedimentação pode ocorrer quando o fluido contiver partículas
em suspensão, tais como, poeira, argila, areia, etc.
O fenômeno da sedimentação é influenciado pela velocidade do fluido, a medida que a
velocidade do fluido, aumenta o arraste dos sólidos que poderão se depositar.
A espessura do deposito permanece praticamente constante com o tempo devido ao arraste
dos sólidos depositados, isto explica porque a resistência a transferência de calor tende ser
constante com o tempo.
A formação de depósitos por cristalização ocorrerá quando a variação de temperatura
experimentada pelo fluido circulante proporcionar a insolubilidade de compostos.
Distinguem-se dois casos de cristalização:
Solubilidade direta; Solubilidade inversa.
A solubilidade direta ocorre por resfriamento de um fluido, por exemplo, as parafinas.
A solubilidade inversa ocorre quando se aquece o fluido, o caso mais típico ocorre com os
sais de cálcio e magnésio em água.
O fenômeno de cristalização é somente influenciado pela temperatura, neste caso a velocidade
não apresenta o efeito de arraste devido a grande coesão dos depósitos.
Os depósitos causados por corrosão também prejudicam a transmissão de calor, por
apresentarem menor condutividade térmica do que o metal base.
Este mecanismo é afetado pela velocidade, temperatura do fluido e pelo material empregado
na superfície de troca térmica.
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A proliferação de algas, bactérias e fungos acontece principalmente em águas de resfriamento,
é influência pelo pH, temperatura, existência de alimento e quanto ao: arraste vai depender do
tipo de depósito, existe casos nos quais existe o arraste e outros não.
Controle de Formação dos Depósitos:
A proliferação é minimizada pelo controle preventivo dos fatores que influenciam os
mecanismos de depósito.
Para água de resfriamento utiliza-se:
Manter a velocidade acima de 1 m/seg;
Manter a temperatura abaixo de 50° C;
Controlar pH;
Utilizar tubos de latão ou cuproníquel para água do mar;
Adicionar inibidores de precipitação,(quelantes, dispersantes, etc.);
Adicionar inibidores de corrosão (cromatos, sais de zinco, etc.);
Adicionar biocidas (cloro, sais de amônio quaternário, fenóis, etc.);
Limpar continuadamente por meios mecânicos o interior dos tubos;
Para os fluidos de processo pode-se adicionar inibidores de polimerização ou
degradação.
2- FORNOS
INTRODUÇÃO
Existe uma necessidade, cada vez mais acentuada de se conhecer melhor os fornos, tendo em
vista os crescentes custos do petróleo, o qual é consumido pelos fornos sob a forma de
derivados de combustíveis, e ainda de se manter a operação segura de diversas cargas de um
mesmo forno, objetivando obter alta flexibilidade operacional.
É importante ressaltar que a segurança é fundamental para a proteção dos fornos, e o seu
operador deve ser um elemento altamente treinado, principalmente quanto ao acendimento do
mesmo, pois não podemos esquecer que um grande número de ocorrências em fornos se deve
a falha humana.
COMBUSTIVEIS
O combustível é um material cuja queima é utilizada para produzir calor, energia ou luz. A
queima ou combustão é uma reação química na qual os constituintes do combustível se
combinam com o oxigênio do ar. Para iniciar a queima de um combustível é necessário que
ele atinja uma temperatura definida, chamada de temperatura de ignição.
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ESTADO COMBUSTÍVEIS COMBUSTÍVEIS
FÍSICO
NATURAIS ARTIFICIAIS
SÓLIDO Lenha, turfa, carvão, Coque, briquetes, carvão, vegetal, tortas vegetais
xisto
LÍQUIDO Petróleo Produtos da destilação de petróleo de alcatrão;
álcool, gasolina sintética.
GASOSO Gás Natural Hidrogênio, acetileno, propano, butano, gás de
iluminação, gás de gasogênio, gás de alto -
forno.
Densidade
Para petróleo e seus derivados a densidade expressa em ºAPI (“American Petroleum
lnstitute”) definido como:
Viscosidade
Viscosidade absoluta é definida como a força, em dinas, necessária para mover um plano de l
cm2 a uma distância de l cm, de um outro plano de mesma área, por uma distância de l cm no
um intervalo de tempo de l segundo. É expressa em g/cm.s (poise).
o Petróleo e derivados:
SSU (“Standard Saybolt Universal”)
SSF (“Standard Saybolt Furol”)
Resíduo de Carbono
Indica tendência de formação de resíduos sólidos quando os óleos são submetidos a elevadas
temperaturas.
Asfaltenos
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Está associado à formação de NOx, uma vez que os asfaltemos contém parcela considerável
do nitrogênio "combustível".
Cinzas
Cinzas são resíduos da combustão, compostas por óxidos que se apresentam normalmente no
estado sólido à temperatura ambiente.
Água e Sedimentos
Frações destiladas contém até 0, l % de água e sedimentos. Frações residuais não podem reter
quantidades superiores a 2%.
Inconvenientes:
• dificuldade de ignição;
• abaixamento das temperaturas ao longo da chama;
• redução da eficiência de transferência de calor.
Temperatura de Ignição
É a temperatura que se precisa fornecer a um ponto da mistura ar/gás combustível para que a
energia de ativação da reação de combustão seja alcançada, iniciando-se a combustão.
A Temperatura de Ignição não é uma constante para cada combustível varia de acordo com a
quantidade de ar presente; da concentração de oxigênio no ar; da pressão da mistura ar/gás e
da composição do combustível.
Poder Calorífico
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É a quantidade de energia desprendida durante a combustão na queima completa de uma
unidade de matéria do combustível.
QUEIMADORES
TIPOS DE QUEIMADORES
Queimadores tipo combinado: podem queimar óleo combustível, gás combustível ou ambos
simultaneamente.
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PARTES PRINCIPAIS
Bloco Refratário
Maçarico
Piloto
Funcionam a gás ou óleo de baixa viscosidade (óleo diesel), têm baixa capacidade e pressão
(1 a 5 psi) e servem para facilitar e melhorar a operação de acender os maçaricos que
trabalham com óleo de alta viscosidade.
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Detalhamento típico de um piloto
NEBULIZAÇÃO DO COMBUSTÍVEL
Estes fenômenos ocorrem durante frações de segundo, logo após o líquido deixar o bocal, e
estima-se que l ml de líquido pode dividir-se em cerca de 10.000.000 de gotas.
É feita com pressões relativamente mais baixas, com auxílio de um fluido gasoso (ar ou
vapor) que transfere quantidade de movimento ao líquido que está sendo nebulizado.
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OPERAÇÃO DOS QUEIMADORES
Chama Estável Vm = Vf c
Retrocesso Vm < Vf c
Descolamento Vm > Vf c
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COMBUSTÃO
Combustão
SISTEMA DE COMBUSTÂO.
Ar
(O2 + N2 )
SISTEMA DE Gases de Combustão
Combustível COMBUSTÃO ( CO2 + H2O + CO +
(H e C) + O2 + N2 + outros )
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Composição do Ar Atmosférico
Reações de Combustão
CO + Calor
CO + ½ O2 CO2 + Calor
Hidrogênio – H2 2H2 + O2
H2O + Calor
Enxofre – S S + O2
SO2 + Calor
GASES DE COMBUSTÃO
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O carvão mineral nacional, por seu alto teor de cinzas e enxofre, é um dos combustíveis mais
poluentes da indústria. Além disso, na queima de carvão, os poluentes NOx, material
particulado orgânico, monóxido de carbono e hidrocarbonetos voláteis também podem ser
emitidos em quantidades significativas.
As emissões de SOx
Estão ligadas ao enxofre contido na matéria prima, principalmente no tipo de petróleo ou gás
utilizado.
Os óxidos de enxofre formados a partir dos materiais alimentados no forno limites de emissão
são mais flexíveis pára os óxidos de enxofre em função do teor do precursor, presença de
enxofre na matéria prima (gás ou petróleo).
A emissão dos NOx na queima de combustíveis gasosos pode ser reduzida atuando-se nas
variáveis operacionais do processo. O controle do excesso de ar operacional é um dos
parâmetros mais importantes. Uma alternativa bastante empregada é a substituição do
queimador. Ao invés de um queimador convencional, um queimador de baixa emissão de
NOx (o chamado "low NOx burner").
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ANALISADORES DOS GASES DE COMBUSTÃO
O aparelho de Orsat
É constituído basicamente por uma bureta de gás, quatro pipetas de absorção para dióxido de
carbono, hidrocarbonetos não saturados, oxigênio e monóxido de carbono, além de uma
pipeta de combustão.
APARÊNCIA DA CHAMA
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Quando a razão de combustão está muito grande e as chamas ocupam toda a câmara, a
temperatura muito alta impede que se façam essas observações de cor.
Uma cor branca incandescente ainda indica ar em excesso, mas, uma redução no brilho da
chama branca.
A presença de água no óleo ou de um tubo vaporizador também faz com que a chama fique
branca brilhante.
A cor da fumaça é menos conclusiva, quanto ao excesso de ar presente. Uma fumaça clara
pode indicar um pequeno ou um grande excesso. A definição só com a análise dos gases de
chaminé que de um modo geral pode ter uma composição: % CO2, o máximo possível
(depende também do combustível), pouco excesso de oxigênio (ar) e nenhum CO.
Uma boa prática é reduzir o excesso de ar até que a fumaça adquira o aspecto de uma leve
névoa marrom-claro.
Atentar também que a presença de fumaça escura não significa necessariamente a
insuficiência de ar ou excesso de CO – homogeneização da mistura combustível, excesso de
combustível podem atingir os tubos e até as paredes da câmara resultando na fumaça irregular
por um bom período.
Já a fumaça branca pode indicar quase sempre um processo com excesso de ar ou vazamentos
na câmara de combustão.
Tipos de Chama
Luminosa;
Ar secundário;
Pouco ar;
Combustão incompleta;
Queima mais lenta;
Não necessita pré-mistura;
Não tem forma definida;
Chama maior;
Carburante/redutora;
Temperatura mais baixa;
Produtos tóxicos.
o Chama Oxidante
Não Luminosa
Ar Primário e Secundário
Excesso de ar
Combustão completa
Queima mais rápida
Com pré-misturador
Chama menor
Dois cones definidos
Oxidante
Aspecto da chama do maçarico numa
câmara de combustão 27
Temperatura mais alta
Produtos não tóxicos
Ao atentar para os cinco passos a seguir, não só mantemos em alta a eficiência de queima
como garantimos uma queima completa e isenta de produtos poluentes.
Quando alguma das condições 1 a 3 acima não é satisfeita tem-se o forno operando numa
região de performance degradada como um todo.
No caso das condições 4 e 5, pode-se ter queimadores individualmente prejudicados,
causando distúrbios pontuais ao longo do forno, tanto podendo haver excesso de ar como
excesso de combustível.
ALGUNS CONCEITOS
CONVERSÃO
Assumindo que a mistura de hidrocarboneto e vapor como gases ideais, temos que:
Portanto: RT = PTOTAL
V nTOTAL
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Substituindo em (I), temos:
Pode-se concluir então que, a Pressão Parcial dos Hidrocarbonetos é função de:
Pressão de saída da serpentina;
Perfil de velocidade do gás;
Razão de DS/HC;
Grau de conversão da pirólise.
12.5.3. TEMPO DE RESIDÊNCIA.
É definido como o tempo que uma unidade de carga demora a passar pela zona de radiação
onde se processam as reações de pirólise.
Fatores que interferem no tempo de residência:
12.5.4. SELETIVIDADE
É uma relação estabelecida preferencialmente de uma substância em relação à outra,
geralmente indesejada, em uma determinada mistura.
12.5.6. EFICIÊNCIA
Apenas uma parte da carga térmica é aproveitada pelo processo. A eficiência do forno é a
fração do calor liberado pelo gás que foi efetivamente transferida ao fluido em
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processamento. As perdas por radiação para o meio ambiente e o calor quer se incorpora aos
gases da chaminé são responsáveis pela diferença entre a carga térmica do forno e o que é
aproveitado pelo processo. A medida da eficiência é dada pela relação:
Calor cedido
12.5.7. TIRAGEM
A estrutura da fornalha deve ser totalmente fechada para evitar entradas de ar. Todo o ar
deverá ser admitido via maçaricos. Uma entrada falsa de ar reduz a eficiência do forno.
Tiragem é um pequeno delta P existente no forno que garante o transporte dos gases de
combustão. Gases quentes sobem numa fornalha de tiragem natural porque eles pesam menos
que o ar que entra.
A pressão dentro da fornalha é mantida levemente menor que a pressão atmosférica
ajustando-se as entradas de ar via maçaricos e a abertura de “damper”.
Quando o combustível e ar queimam, formam grande volume de gases de combustão com
grande expansão. À medida que entregam calor aos tubos da zona de convecção, o volume
diminui.
A perda de carga sofrida pelos gases da combustão deve ser vencida. O uso de ventilador,
garante altas velocidades dos gases de combustão e melhora a transferência de calor na zona
de convecção.
Ar secundário é o que envolve a chama, geralmente fornecendo a quantidade que falta para a
combustão completa, desde que a quantidade de ar primário seja suficiente para permitir este
complemento.
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A mistura prévia permite maior eficiência na combustão. O gás combustível pode queimar
então com baixo excesso de ar e maior eficiência.
A queima estequiométrica ou sem excesso de ar é impraticavel sendo almejado apenas
minimizar o excesso. Primeiramente deve-se admitir todo o ar necessário via entradas
primárias, e só após utilizado este recurso, decidir por aberturas de ar secundário.
Para gases mais exigentes em ar, menos rico em H2, torna-se necessário o fornecimento de
mais ar à combustão desde que a tiragem permita. Caso contrário, será forçada uma redução
na carga térmica do forno.
No caso de fornecimento de ar secundário do forno, este deve ser preferivelmente nas fileiras
superiores de maçaricos, já que é a região de menor delta P entre o forno e a atmosfera. Lá
estarão os maçaricos mais carentes de ar.
Rendimento
da
Combustão
Ar (O2) Ótimo
Falta de Ar (O2) Excesso de Ar (O2)
12.5.9. CARBURIZAÇÃO
É o fenomeno pelo qual reagem carbono dos gases de processo e o metal dos tubos de
convecção, sob efeito de alta temperatura. Quando o teor de Carbono é elevado, forma-se uma
estrutura cristalina de carbeto que tem volume específico maior que o metal do tubo. Isto leva
à uma fadiga do material por compressão. Isto impede o relaxamento do material quanto a
variações térmicas. Ocorrem então trincas na parede interna do tubo.
Passo é o conjunto de tubos consecutivos, através dos quais o fluido escoa em movimento
turbulento, desde o primeiro tubo de entrada até o último tubo de saída e podem ser
distribuídos das formas mais diversas.
Em um forno de dois passos, por exemplo, o fluido deverá ser dividido em duas correntes na
entrada, seguindo separadamente através de cada conjunto de tubos e recombinando-se logo
que deixa o forno, no lado oposto.
Um forno com 40 tubos, por exemplo, deverá ter dois passos de 20 tubos cada. Se fosse de 4
passos, cada serpentina teria 10 tubos, e assim sucessivamente.
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Há uma grande variedade de projetos e aplicações de fornos. Portanto, para entendermos seu
funcionamento, operação, controle, segurança, procuramos classificá-los da seguinte forma:
pelo serviço que executa;
São os chamados fornos de aquecimento. Neste caso não ocorre decomposição ou reação do
produto ao passar pelo equipamento. São utilizados nas unidades de destilação atmosférica e
destilação a vácuo, das refinarias; como pré-aquecedores da mistura reacional dos processos
catalíticos; ou como reboiler ou refervedores em colunas de destilação onde sejam necessárias
temperaturas elevadas. Para o projeto do forno considera-se a seguinte situação:
Em conversão total, o projeto do forno considera a ocorrência da reação no próprio forno, isto
é, o forno opera como reator.
quanto ao tipo;
Convectivo: nesse tipo de equipamento, o processo predominante de troca térmica é por meio
do mecanismo de convecção, mas é pouco utilizado.
A principal classificação dos fornos tubulares é baseada na posição dos tubos na seção de
radiação ou na forma da carcaça metálica externa, dando origem a fornos verticais ou
horizontais. Os fornos verticais exigem menor área para construção e, em geral, levam um
menor investimento.
Horizontais: São considerados os fornos nos quais os tubos da serpentina para o aquecimento
da carga, tanto da seção de radiação quanto da seção de convecção, são distribuídos
horizontalmente. Há numerosos modelos de projetos de fornos desse tipo.
Verticais: São aqueles cujos tubos de serpentina de aquecimento tanto da seção de radiação
como da seção de convecção estão dispostos verticalmente.
Tipo misto: É aquele em que os tubos da serpentina de aquecimento da seção de radiação são
verticais e os da seção de convecção são horizontais.
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quanto ao escoamento dos gases de combustão.
Fornos de tiragem natural: Aqui os gases de combustão escoam sem auxílio de equipamento
adicional (ventilador).
Seção de Convecção
Seção de Radiação
Com o objetivo de obter altas eficiências nos fornos, a zona de convecção é composta com
uma alta densidade de tubos. Sendo o fenômeno de convecção controlado pela turbulência de
gases de combustão, garante-se então, o uso de altas velocidades.
A região de pré-aquecimento da carga de alimentação possui grande importância para a
manutenção do nível de carga do forno, de modo a não sobrecarregar a região da zona de
radiação ou então iniciar reações de craqueamento indesejáveis na zona de convecção.
A influência da velocidade do diâmetro dos tubos e da temperatura dos gases de combustão na
troca de calor por convecção é analisada na figura a seguir. A convecção é favorecida na
presença de altas velocidades e alta temperatura nos gases de combustão, além de um menor
diâmetro nos tubos.
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Figura 12
Nos fornos ocorre transferência de calor entre as paredes refratárias e as serpentinas, pois as
paredes interiores do forno se aquecem através do calor gerado pela combustão nos
maçaricos, e transmitem-no por radiação às serpentinas. Além desta, observa-se transferência
de calor por radiação diretamente da chama para as serpentinas. Essa radiação é chamada de
chama luminosa. É um mecanismo utilizado para o aquecimento tanto diretamente das
serpentinas quanto das paredes dos forno. A radiação da chama é uma função de muitas
variáveis sendo a mais importantes: composição do combustível; relação combustível – ar;
espessura da chama e distância do queimador.
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A formação de coque na zona de radiação ao longo da campanha irá elevar a temperatura de
parede do tubo. É portanto necessario prever uma certa “folga” caso seja objetivo a
manutenção da carga térmica do forno durante a campanha.
O grande investimento da zona de radiação está no material refratário enquanto que na
convecção é o uso de grande quantidade de tubos.
12.6.2.3 Serpentinas
A serpentina pode ser um tubo contínuo ou constituída de uma série de tubos interligados
entre si na sua extremidade, por meio de cabeçotes, curvas de retorno ou coletores. Os tubos
podem estar dispostos internamente na fornalha, em forma helicoidal, vertical ou horizontal.
Em qualquer caso, deverão estar convenientemente suportados em função da sua disposição,
comprimento, diâmetro e condições operacionais.
A caixa onde há a combustão, ou simplesmente fornalha, deverá ser adequada para altas
temperaturas, pois nela haverá o desenvolvimento de calor proporcionado pela queima do
combustível. Por causa disso, as paredes da fornalha deverão ter alta resistência ao calor e são
normalmente construídas em tijolos refratários ou isoladas com mantas refratárias, contidos
por uma estrutura metálica. O calor desenvolvido na câmara de combustão é proveniente de
maçaricos ou queimadores que poderão ser alimentados por óleo ou gás combustível.
A seção de radiação é a parte da serpentina onde a superfície dos tubos está exposta ao calor
radiante das chamas. Nessa seção, a maior parte do calor é cedido aos tubos e à carga, por
radiação.
A seção da convecção situa-se em região afastada dos maçaricos e não recebe o calor de
radiação das chamas. Os gases de combustão que passam da seção de radiação para a de
convecção possuem temperatura elevada; são, portanto, capazes de ceder calor aos tubos
dessa seção, por convecção. Para facilitar a transmissão de calor, os tubos da seção de
convecção possuem grande quantidade de pinos ou aletas a fim de aumentar a sua superfície
de troca de calor e seu rendimento.
12.6.2.4 Fornalha
Estrutura;
Refratários;
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Os fornos devem ser construídos com materiais rígidos que resistam a temperatura e que
sejam maus condutores de calor. Também é necessário que tenha pouco efeito sobre eles a
atmosfera interna ao forno. Este materiais são chamados de refratário, geralmente óxidos.
Chama-se material isolante térmico aquele capaz de dificultar a transferência de calor entre
duas regiões submetidas a diferentes temperaturas.
Equipamentos auxiliares.
Os principais auxiliares de uma fornalha são queimadores ou maçaricos. Além deles, são
considerados equipamentos auxiliares os pré-aquecedores de ar, ventoinhas ou ventiladores,
sopradores de fuligem, abafadores (dampers), instrumentos de controle de temperatura, pares
termoelétricos etc.
12.6.2.5 Chaminé
A chaminé é o equipamento que tem a função de facilitar a remoção dos gases de combustão
(tiragem) dispersando-os na atmosfera.
• de tijolos;
• de concreto;
• de aço.
A escolha do material, tamanho e localização das chaminés variam muito; depende tanto da
unidade em que vão operar como das premissas estabelecidas em função do custo do projeto.
A eficiência de um forno depende grandemente do escoamento dos gases de combustão para a
atmosfera, bem como do suprimento de ar para combustão.
12.6.2.6 Ventiladores
36
Um ventilador é uma máquina volumétrica que move quantidades de ar ou gás de um ponto a
outro. Para fazer tal serviço, o ventilador supera a resistência ao fluxo através do
fornecimento de energia ao fluido em movimento.
A quantidade de energia requerida depende do volume de gás em movimento, a resistência ao
fluxo e a eficiência da máquina.
O acionador elétrico fornece a energia variável a uma rotação constante. É importante
ressaltar que, quanto maior a amperagem do motor, maior será a potência fornecida a
máquina. Sendo que esta potência deverá suprir energia para o movimento do gás e para
superar a ineficiência do conjunto motor – ventilador.
Pressão e temperatura do gás também influenciam a potência, eficiência, etc. Isto ocorre
porque pressão e temperatura afetam a densidade do gás, e uma mudança de densidade altera
a perda de carga.
Para avaliarmos um ventilador observamos os seguintes itens:
K = constante;
P = tiragem
V = vazão em volume
Quanto maior a vazão e ou tiragem, maior será a potência necessária. Para uma mesma
potência, um aumento na vazão significará menor tiragem.
Uma elevação da temperatura de chaminé aumentará o volume específico (diminuirá a
densidade) dos gases de combustão aumentando a vazão volumétrica. Logo, a tiragem cairá
para uma mesma potência.
Redução de carga de um forno irá diminuir o volume dos gases para a chaminé. Isto causará
para uma mesma potência, maiores tiragens. A ação de restringir a passagem de gases via
“damper” irá fazer com que a perda de carga aumente e a tiragem voltará a se reduzir.
Eficiência
É a relação entre a energia aproveitada pelos gases e aquela fornecida pelo acionador
Tiragem
Para manter a tiragem ao longo da campanha do forno, quando a posição do “damper” já é
100% aberto, a única solução é baixar a vazão mássica dos gases de combustão
Ao longo da campanha do forno, temos crescentes temperaturas de chaminé para uma mesma
carga térmica. Isto aumenta o volume específico dos gases de combustão. Maior então será a
vazão volumétrica. Como a potência está limitada, a tiragem cairá. Para evitar isto, a única
solução é a redução da carga térmica do forno. Isto diminuirá a vazão mássica, mas deverá
manter a vazão volumétrica aproximadamente constante.
Deve-se acompanhar e manter dentro dos padrões recomendados para o projeto e em acordo
com os critérios de segurança, saúde e meio-ambiente as seguintes variáveis:
37
poluentes atmosféricos (SOx, Nox, material particulado);
• temperatura das superfícies dos tubos da secção de radiação;
• perfil de pressão interna do forno;
12.7.1.1 Tiragem
• Pressão positiva: língua de fogo ou gases quentes nas janelas de observação (óculos
protetores)
12.7.1.2 Explosão
Fonte de ignição:
a) chama;
b) refratários aquecidos
• Ao ocorrer uma explosão, este grande volume de gases de combustão se forma quase
instantaneamente não dando tempo para que se esfrie e contraia.
• Os fornos não foram projetados para condição tão severa.
• Parte dos gases da combustão podem sair pela chaminé, mas o mais provável é que o
forno se danifique (rompimento da chaparia).
38
Válvulas de controle (XCV) que bloqueiam completamente em caso de baixa pressão
para evitar o perigo do retrocesso de chama.
12.8 PARTIDA
39
Quando todas as condições descritas acima estão satisfeitas, já é possível acender o
primeiro queimador.
Ajuste a vazão de ar através do queimador que vai ser aceso, mantendo abertas as
entradas de ar para os demais queimadores.
O maior volume de ar entrando no forno minimizará o perigo de explosão se por
descuido entrar combustível na câmara.
Rompimento de tubos ou falta de vazão de produto através das serpentinas são condições que
requerem a parada imediata do forno.
Falta de produto:
Entretanto, tão logo seja acionado este dispositivo, os operadores deverão fechar
imediatamente as válvulas de combustível para todos os queimadores.
Rompimento de tubos ou falta de vazão de produto através das serpentinas são condições que
requerem a parada imediata do forno.
Rompimento de tubos:
Maçarico apagado
Solução: restringir o ar até que a chama apresente maior “firmeza”. Verificar se há nível no
tambor separador e/ou na linha e anel de gás; drenar.
Solução: verificar se a pressão do anel ou do sistema não está abaixo das necessidades,
motivada por problemas nas válvulas controladas.
40
Causa 2: poder calorífico baixo, devido a mudança de composição do gás, mesmo trabalhando
em níveis normais de pressão para os queimadores.
Solução: se a condição for definitiva ou demorada, queimar óleo combustível. Se o forno não
dispuser de óleo combustível, reajustar as condições do forno ou da unidade para a nova
situação.
Causa 2: obstrução dos orifícios do queimador, face gás muito pesado arrastando sujeira.
Pulsação de chama
Causa 1: falta de tiragem. Assim que a tiragem em um forno se acaba ou decresce, a chama
começa a pulsar e, finalmente, chega ao ponto de acender e apagar, algumas vezes com
explosões.
Solução: inicialmente abrir lentamente o abafador (damper); abrir um pouco mais as virolas,
se necessário.
Gotejamento do maçarico
Solução: aumentar temperatura do óleo, caso não sejam constatados visualmente, dificuldades
mecânicas. Se o gotejamento persiste a despeito do aumento de temperatura até o máximo
permissível, o maçarico deve ser removido. Inspecionar os orifícios do bico e da câmara de
atomização para verificação de possíveis entupimentos, devido à presença de partículas
sólidas.
Dificuldade de ignição
Solução: diminuir o vapor até que a ignição se estabilize; durante a partida é preferível
trabalhar com pouco vapor até que tenhamos uma boa ignição.
41
Solução: admissão de muito ar primário com baixa taxa de fogo resfriará o bloco refratário a
um ponto em que a chama fica instável e se apaga. Na presença de baixas vazões é desejável
reduzir o ar primário a um mínimo ou eliminá-lo completamente.
O volume dos gases da combustão é aumentado, propiciando uma temperatura mais elevada
na chaminé, já que a capacidade de troca de calor na zona de convecção é limitada pela vazão
do produto circulante na serpentina dessa região.
Deposição de fuligem nos tubos da convecção dos fornos que queimam óleo
combustível, prejudicando a troca de calor. Periodicamente é necessário remover a
fuligem das serpentinas (ramonadores).
Sempre que a sujeira seja retirada da superfície dos tubos, devem ser reajustadas as entradas
de ar para os queimadores, bem como a abertura do abafador para que não se reinicie o ciclo
vicioso.
42
Os principais controles regulatórios de um forno, que garantem estabilidade e segurança ao
processo, são:
As virolas individuais dos queimadores são atuadas para dar range ao controlador, evitando
que o forno opere com pressão na fornalha positiva ou muito negativa.
Neste caso, o controle de excesso de ar é feito atuando sobre o damper de controle de ar,
geralmente situado na sucção do ventilador de tiragem forçada. Esta atuação pode ser manual
ou através de um acionador mecânico. Quando o forno opera nesta condição, a pressão na
fornalha deixa de influenciar no excesso de ar.
Neste caso, o analisador envia o sinal diretamente ao damper de controle de ar (no caso de
tiragem balanceada ou forçada) ou ao damper de controle de pressão (no caso de tiragem
natural).
O ponto de controle de pressão é o topo da radiação que é o ponto de pressão mais alta dentro
do forno. É desejável que neste ponto a pressão fique ligeiramente negativa (-2 mm H2O).
O controle de vazão de carga controla individualmente as vazões de produto para cada passe
do forno. Como geralmente na saída do forno existe escoamento bifásico, o elemento primário
de vazão e a válvula de controle se situam na entrada do forno. Pode ter o set point de origem
local ou podem atuar em cascata, recebendo o set point de uma outra malha do processo.
43
A temperatura de saída do produto varia quando o forno sofre algumas perturbações, tais
como:
• Controle de combustão
No controle de combustão por atuação direta o controle de temperatura da carga é feito por
um controlador que atua diretamente nas válvulas de combustível. O excesso de ar é
controlado manualmente.
Este tipo de malha de controle tem como principal vantagem a simplicidade, sendo por esse
motivo utilizado em fornos que não sejam críticos em relação à temperatura, fornos de uso
eventual ou fornos de pequena capacidade.
As vazões de combustíveis são controladas por PIC's que recebem o set point do controlador
de temperatura. Geralmente, quando um forno queima mais de um combustível, um dos PIC's
opera com set point local e o outro com set point remoto.
Como desvantagem apresenta imprecisão na porcentagem que está sendo queimada de gás ou
óleo.
Controle de combustão convencional (TRC+FIC)
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No controle de combustão convencional (TRC+FIC), as vazões de combustíveis são
controlados por FIC's que recebem o set point do controlador de temperatura.
Geralmente, quando o forno queima mais de um combustível, um dos FIC 's opera com o set
point local, enquanto o outro opera com o set point remoto. O FIC de gás combustível recebe
ainda o sinal de pressão para correção da vazão.
É obrigatório que exista indicação de pressão dos combustíveis no painel. O excesso de ar é
controlado de forma independente do combustível, por atuação manual ou automática.
Embora essa correção permita trabalhar com excesso de ar médio menor que na malha
convencional, é necessário que se trabalhe com uma folga no excesso de ar para compensar o
atraso da atuação do damper de ar.
Nesta malha o sinal do TRC é alterado pelo sinal do analisador de oxigênio. Estando o forno
em condições estáveis, há uma variação do excesso de ar, mostrando que houve uma variação
do poder calorífico do combustível.
45
A malha antecipa as correções devido às variações de poder calorífico de combustíveis, do
peso molecular do gás combustível, da troca de combustíveis de um queimador e da retirada
de queimadores.
Este nível de trip é o mais radical, pois, além de apagar o forno, neutraliza o forno como fonte
de ignição. Sua aplicação deve ser restringida aos casos de risco elevado. Provoca muito
transtorno à operação que leva longo tempo (às vezes algumas horas) para retornar às
condições de operação normal.
Esse nível de trip apaga o forno, mas o mantém pronto para um retorno imediato. Os efeitos
do trip geral de combustíveis são:
46
corte do óleo combustível;
corte do gás combustível;
parada do ventilador de tiragem induzida;
abertura do damper de controle.
Alarmes obrigatórios
Caldeira - é um vaso de pressão no qual, mediante aplicação de calor é gerado sob pressão
superior a atmosfera vapor para uso externo. A aplicação de calor é considerada tanto por
combustão como eletricamente. Entendemos também o conceito de caldeira ao caso de
47
equipamento industrial no qual é gerada água quente sob pressão para uso externo, mediante
aquecimento direto por combustão e ainda o caso dos vaporizadores e aquecedores de fluido
térmico.
São aquelas em que os gases provenientes da combustão (gases quentes) circulam no interior
dos tubos, ficando por fora a água, vaporizando. Este tipo de caldeira é o mais simples, tendo
sido muito usada em navios e locomotivas, mesmo com aparecimento de caldeiras mais
modernas, posteriormente, com alguns aperfeiçoamentos.
1. Verticais
2. Horizontais
Podem ser classificadas em:
a)
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Constam de uma camisa e vários tubos internos que conduzem os gases quentes, não existindo
a câmara de combustão completamente revestida de material refratário conforme figura ao
lado.
49
Figura 17 - Caldeira flamotubular vertical.
Caldeiras
aquotubulares
São aquelas em que a água circula dentro dos tubos e os gases quentes originados da
combustão fluem sobre os tubos, por fora. Hoje são usadas quase completamente caldeiras
tipo tubo de água, dando ensejo a que se tenha e produzam grandes quantidades de vapor a
elevadas pressões e temperaturas.
Quando a temperatura nos tubos geradores de vapor for à de saturação da água a uma
determinada pressão, haverá formação de vapor nos tubos e no tambor de vapor. Atente-se
para a importância de altura “H”, entre os dois tambores, pois haverá um valor mínimo para
50
que se estabeleça a circulação, motivada pela diferença de densidades. Com a circulação
natural teremos limitada pressão de trabalho (até 2500 psig) e a produção de vapor.
A caldeira aquotubular compacta tem bastante utilidade para instalações móveis, pois
praticamente são entregues pelo fabricante, em condições de operação. A capacidade das
caldeiras compacta é limitada pelo seu transporte nas vias carroçáveis. No Brasil, ficam
limitadas praticamente, a unidades não superiores a 30 ton. de vapor por hora. Porém, têm
sido construídas unidades compactas até 90 ton. de vapor por hora.
Como exemplo, existem caldeiras fabricação japonesa, do tipo aquotubular, com tiragem
forçada, queima frontal e fornalha de pressão positiva.
2
Produzem vapor superaquecido com pressão de 120 kgf/cm a 538oC, tem capacidade para
geração nominal de 400 t/h com possibilidade de atingir 440 t/h em pico mantendo a
especificação durante duas horas no máximo, utilizando o calor resultante da queima de
combustíveis líquidos e/ou gasosos.
51
Caldeiras elétricas
Atualmente o atrativo para o emprego da energia elétrica na produção de vapor para fins
industriais está na utilização do excedente de energia que é paga e não consumida entre os
picos de demanda da indústria. Para aproveitar esse excedente de energia, propõe-se o
emprego de instalações mistas onde as caldeiras elétricas operam em paralelo com caldeiras a
óleo ou outros combustíveis, entrando a caldeira elétrica nos períodos de consumo reduzido,
de modo que a demanda controlada não seja
ultrapassada.
Figura
1- corpo da caldeira; 2- eletrodo (+); 3-contra-eletrodo; 11 - Caldeira
4-corpo Elétrica Tipo Jato de
da cascata;
5-bomba de circulação; 6-bomba de alimentação; 7-válvula controle Águade(CASCATA)
produção;
8-válvula controle de alimentação; 9-saída de vapor; 10-eliminador de ar;
11-válvula de segurança; 12-controle de nível de água; 13-descarga de fundo.
Utilizações do Vapor: O vapor produzido em um gerador de vapor pode ser usado de diversas
formas, dependendo do tipo de indústria e da região. De uma forma geral pode-se destinar o
vapor para:
52
b) gerar energia elétrica;
c) gerar trabalho mecânico;
d) aquecimento de linhas e reservatórios de Óleo combustível;
e) prestação de serviços.
53
Vantagens: ausência de produtos da combustão, diminuição da poluição atmosférica e pluvial.
Automática baixa nos custos de operação, manutenção e supervisão por ser alto o grau de
automatismo atingido, permitindo o controle automático numa faixa de operação de 0 a 100%.
54
como finalidade realizar a troca de calor, entre os gases quentes que deixaram o
superaquecedor, e a água que se vaporiza nos tubos de subida e se aquece nos tubos de
descida (traseiros).
d) Superaquecedor: tem por finalidade transformar o vapor saturado proveniente do tambor
de vapor em vapor superaquecido, ou seja, com uma temperatura superior (maior), de
modo a aproveitar o máximo da capacidade entálpica do vapor. Assim no acionamento das
turbinas, ocorre um maior fornecimento de energia entálpica evitando a condensação
interna. Exemplo de grau de superaquecimento: suponhamos um vapor superaquecido com
pressão de 400 psig e temperatura de 320ºC. O vapor saturado à mesma pressão terá a
temperatura de 230ºC. O grau de superaquecimento será 90ºC, ou seja, 320 – 230ºC.
De água:
o Alimentação com água fria: a sucção da bomba deverá ser ligada diretamente ao
tanque de serviço de água, observando o seguinte: ligação direta com mínimo de curvas;
se houver curvas tem que ser bem suave sem joelhos e o tubo não deverá ter o diâmetro
menor que 2” . Não esquecendo de colocar uma válvula gaveta antes do filtro no caso de
necessidade de desmontar o filtro, a bomba ou a válvula de retenção.
o Alimentação com aproveitamento de condensado: o tanque de serviço que é um tanque
próprio para receber condensado, dependendo da bomba utilizada na caldeira deverá ter
uma altura manométrica máxima de 6 m para água com 80ºC, 4m para água com 60º C e
2m para água com 40º C, para evitar o processo de cavitação, sendo que a tubulação de
água deverá ter diâmetro suficiente para não prejudicar a sucção, não sendo nunca
inferior a 2”, visto que a água quando quente aumenta de volume.
55
Figura 21 - Sistema de alimentação com aproveitamento de condensado
De combustível:
Para evitarmos flutuação de carga, baixa temperatura de bombeamento, etc., a rede geral de
óleo combustível BPF não deve ser ligada diretamente à bomba de óleo e sim a um tanque de
serviço que deverá ficar bem próximo à mesma, tendo antes do filtro da bomba uma válvula
de gaveta e a linha de retorno com instalação livre.
De ar para combustão:
56
Figura 22 - Sistema de alimentação de ar em caldeira de recuperação
Nariz Ventilador
Fornalha
Ar terciário
licor
Ventilador
Ar secundário
Ar primário
Aquecedor de ar
Bica de smelt
Ar primário: é aquele que entra no corpo do combustor para que se consiga o efeito de
pulverização.
Ar secundário: é aquele que entra no processo de combustão, quando são utilizados maçaricos
de baixa pressão, por efeito Venturi, através de janelas reguláveis, convenientemente
colocadas.
Ar terciário: quando o ar secundário não for suficiente para o processo de combustão, faz-se
uma terceira adução de ar, que pode ser succionada por efeito de tiragem ou soprada por um
ventilador.
De energia elétrica:
O sistema elétrico de comando é por assim dizer cérebro da caldeira, para iniciar a operação,
basta adicionar a chave de comando automático, ficando a caldeira a partir deste momento,
operando automaticamente, segundo as necessidades. De forma geral recebe e colhe os
impulsos fotoelétricos, mecânicos, elétricos e térmicos, determinando a seqüência das
operações a serem mantidas. Montado no chassi da caldeira existe um armário metálico onde
estão abrigados todos os elementos componentes do sistema elétrico de comando ficando
livres da poeira e umidade, de golpes ou choques possíveis, abaixo discriminados:
57
a) Demarrador completo com fusíveis, contador e relê térmico para motor do ventilador;
b) Bombas d’água e de óleo e compressor de ar;
c) Contadores auxiliares para sistema de intertravamento;
d) Comutadores, botoeiras e demais elementos necessários ao comando da caldeira;
e) Sinaleiros para indicação dos diversos eventos e funcionamento dos equipamentos;
f) Programador de combustão para controle da seqüência de partida e parada da caldeira;
g) Transformador de tensão para alimentação do comando com fusíveis para proteção;
h) Cigarra tipo industrial para alarme sonoro;
i) Controle de nível com transformador e relês especiais.
O controle de alimentação de água quando não é automático e sim manual, apresenta alguns
inconvenientes: alimentação descontínua, nível alto na caldeira pela precaução exagerada do
operador, podendo provocar arraste de água para o vapor, nível de água baixo na caldeira, às
vezes por descuido do operador. O controle de alimentação de água automático introduziu
estabilidade e segurança à operação.
Visor de nível.
É um tubo de vidro fixado na coluna de nível d’água cuja finalidade é determinar a altura
exata em que se encontra a água da caldeira, está situado na faixa de separação vapor / água.
58
Periodicamente, devemos acionar a válvula de dreno, para constatarmos que a altura marcada
é a correta, servindo também para remover a sílica acumulada que costuma danificar os
vidros.
É geralmente uma câmara ligada à caldeira e uma bóia que por sua vez está ligada a uma
chave que comanda o circuito elétrico da bomba de alimentação de água.
Tem como elemento atuante, um tubo de expansão termostático, dentro do qual o nível de
água sobe e desce, acompanhando o nível de água dentro da caldeira. A expansão ou a
contração deste tubo depende da proporção entre vapor e água no tubo. O elemento de
controle é constituído por uma válvula equilibrada com precisão e praticamente isenta de
fricção. Normalmente, uma haste rígida liga o termostato à válvula. O tubo termostático
ligado à caldeira comunica-se com a câmara de vapor e com o nível inferior de água. No seu
interior há, portanto, água e vapor, em virtude da irradiação de calor, da temperatura da água
no tubo termostático que fica inferior à temperatura do vapor. É esta diferença de temperatura
que assegura o funcionamento do instrumento. À medida que desce o nível de água na
caldeira, maior a quantidade de vapor que penetra no tubo.
O tubo assim se aquece e é obrigado a se expandir. À medida que sobe o nível de água na
caldeira, maior quantidade de água penetra no tubo e este, ficando mais frio, é obrigado a se
contrair.
Esta expansão e contração do tubo transformam todas as flutuações do nível de água em força
de considerável potência, que movimenta a válvula de controle de alimentação. Essa força é
instantânea e exata e a válvula responde da mesma maneira. Uma porca de regulagem
59
localizada no extremo do tubo pode ser girada para proporcionar o nível desejado, mesmo
com a caldeira em funcionamento.
Indicadores de Pressão:
Válvula de Segurança:
São aqueles projetados para garantir que a caldeira funcione em perfeita segurança.
60
b) Pressostato de modulação de chama: é aquele que, invertendo a posição dos contatos ou
auxiliando um relê na inversão, quando atinge a pressão em que foi regulado e vice-versa
processa o fogo máximo ou mínimo.
c) Foto resistor: constitui a proteção contra falha na combustão. Recebendo luminosidade da
chama, ele emite um impulso elétrico que é retificado no programador abrindo e fechando
circuitos.
A célula propriamente dita é uma placa que se encontra no interior do cabeçote. Sua
sensibilidade pode ser regulada para mais ou para menos, atuando sobre um parafuso
ajustando a resistência variável do programador.
Existem outros tipos de sensores que detectam ondas infravermelhas, não visíveis, e os que
detectam a radiação ultravioleta emitida pela chama.
a) Válvula principal de saída de vapor: válvula tipo globo em sua maioria, podendo usar
válvula tipo gaveta quando não se tem e não se quer um rigoroso controle da vazão, ou
queremos bloquear a linha.
b) Válvula de segurança: as válvulas de segurança destinam-se a evitar que a pressão das
caldeiras eleve-se além do limite especificado pelo projeto. Isto reverte em favor da
segurança e em vida mais longa para o equipamento.
c) Válvulas de alimentação: serve para permitir ou interromper a alimentação de água para a
caldeira. São válvulas do tipo globo ou reta.
d) Válvulas de retenção: válvula colocada após a válvula de alimentação da caldeira, evita o
retorno de água sob pressão do interior da caldeira.
61
Figura 27 – Válvulas e Tubulações
e) Válvula de descarga de fundo: são instaladas na região mais baixa da caldeira e tem por
finalidade purgar o sistema, quando abertas, retira da mesma toda a lama ou lodo dos
materiais sólidos em suspensão que se deposita no fundo, são também instaladas nas
colunas de níveis de água. Existem dois tipos de válvulas de descarga de fundo: de descarga
lenta; de descarga rápida.
f) Válvulas de vapor: tipo globo para suprir de vapor a válvula solenóide que controla o
aquecimento do pré-aquecedor do óleo combustível, supre também o combustor quando a
atomização do óleo é processada pelo vapor, os injetores e bombas de alimentação de água.
g) Válvulas de alívio: válvula instalada no pré-aquecedor de óleo combustível, visando a
segurança do mesmo, caso o óleo combustível ultrapasse a pressão para que o mesmo foi
projetado.
h) Válvulas de ar: tipo globo, nos inícios e fins de operação, controla a saída ou entrada de ar
na caldeira.
i) Rede geral de alimentação de água: é a tubulação que interliga o tanque geral de água à
bomba de água, sempre que possível instalando um tanque de serviço entre os dois, para
uma possível queda de pressão e aproveitamento do condensado. Esta rede deve possuir um
número bastante reduzido de curvas e atender somente a este equipamento.
j) Rede de óleo combustível: é a tubulação que liga o tanque geral de armazenamento do óleo
BPF ao tanque de serviço e à bomba de óleo e o retorno do mesmo. Faz parte integrante da
rede, a bomba de óleo que irá bombear o óleo do caminhão tanque ao tanque de
armazenamento; a bomba que irá bombear o óleo do tanque de armazenamento ao tanque de
serviço, normalmente controlado por uma bóia elétrica e sistema de filtragem. A distância
do tanque de serviço à bomba de óleo da caldeira deverá ser a mais próxima possível para
que a mesma receba o óleo quente e sem muita perda de carga, garantindo assim que a
pressão de queima do óleo permaneça constante, sem variação.
k) Rede de drenagem: duas redes de drenagem devem ser previstas: uma que trabalhará sob a
pressão da caldeira (rede fechada) e outra que estará à pressão atmosférica (rede aberta).
Compõem o sistema fechado às redes das válvulas de descarga de fundo e descarga da
coluna de nível de água e o sistema aberto às redes do purgador da serpentina e dreno do
pré-aquecedor de óleo, torneiras de prova e injetor da caldeira, válvula de descarga do
indicador de nível de água.
l) Descarga de fundo - A descarga de fundo da caldeira deve ser feita geralmente sob pressão.
A pressão e a temperatura da água (acima da ebulição) poderão destruir o sistema de esgoto,
por isso, recomenda-se instalar um tanque de descarga entre a caldeira e o esgoto, onde os
golpes e a temperatura elevada da água serão eliminados.
62
Em muitas caldeiras,
descarga periódica.
contínua, pois qualquer falha nos equipamentos de tratamento da água ou em seus acessórios
nas suas paredes, adicionam-se determinados produtos químicos a água que modificam a
A mistura desse lodo com o oxigênio e gás carbônicos exerce ação corrosiva, danificando as
paredes dos tubos da caldeira ou destruindo-os. O acúmulo progressivo das incrustações pode
camadas de lodo atingir os tubos, as tensões térmicas ainda podem ser agravadas pela
63
À medida que a caldeira produz vapor, acumulam-se os sais minerais que penetram no seu
Para evitar estes problemas, cuja gravidade nem sempre é previsível, efetua-se a extração
A duração de descarga, normalmente não deve exceder a 3 segundos, para garantir por um
lado, o máximo efeito de arraste e, por outro lado, minimizar as perdas de água. Além disso,
j) Rede de vapor: a válvula de saída de vapor para o consumo está localizada na parte superior
da caldeira, onde ocorre a extração de vapor para o consumo, a abertura e fechamento desta
válvula não devem ocasionar choques (mecânicos ou térmicos) no restante da instalação, deve
ocorrer lenta e continuamente. A tubulação principal de vapor deve ser feita, na mesma bitola
da saída da válvula de saída.
O sistema de purga e condensado deve ser previsto nas partes mais baixas da rede, evitando-
se assim bolsas de água, este condensado além de prejudicar a distribuição de vapor irá
fatalmente às máquinas dificultando o funcionamento das mesmas e podendo causar grandes
avarias, teremos também de prever a purga do ar na tubulação. A rede de distribuição de
vapor é composta de: rede principal e secundária, e devido ao aquecimento da mesma, as
tubulações se dilatam, devemos prever os pontos que se devem colocar as juntas de dilatação
e as que a absorvem. Além de isolá-las termicamente para evitar perdas de calor latente do
vapor.
Injetor: são peças confeccionadas para abastecer a caldeira de água fria em situações
de emergência. Não fazem sucção e não trabalham com água quente; o tanque de
água deve ser elevado, pois trabalham sob carga, e utilizam o próprio vapor da
caldeira como meio de impulsão da água.
64
Bombas centrífugas: possuem elevada capacidade de aspiração (com a tubulação de
sucção cheia de água), pela sua simplicidade é
a que tem oferecido melhores resultados. Nas
caldeiras de baixa pressão, usamos bombas
com apenas um estágio e nas de alta pressão,
usamos bombas de multiestagios.
Tambor de lama: fica localizado no ponto mais baixo do sistema de tubos e tem por
finalidade acumular lama, ferrugem e outros materiais. Faz-se periodicamente a
descarga desses materiais. Este tambor trabalha cheio de água. No tambor estão
conectados os tubos economizadores, vaporizantes e no fundo, estão instaladas uma
ou mais válvulas de descargas de fundo, com a finalidade de purgar o sistema.
Aparelho de Ramonagem: durante a operação normal da caldeira, verificam-se
depósitos de fuligem nos tubos, resultantes da queima do combustível. Esta fuligem
tem de ser retirada, pois atua como isolante. Em vista disso são instalados nas
caldeiras, entre as fileiras dos tubos, aparelhos destinados a limpar periodicamente o
lado do fogo das caldeiras, removendo os depósitos de fuligem. Esta operação de
limpeza deve ser efetuada duas vezes ao dia, no mínimo, antes de qualquer parada da
caldeira, sendo mais freqüente com a caldeira em operação, com cargas elevadas, de
modo a evitar explosões no percurso dos gases.
Pré-aquecedor de ar: tem por finalidade elevar a temperatura do ar de combustão.
Com, isto se consegue melhor queima, aumentando o rendimento da caldeira.
Chaminé: é o componente que permite o escoamento dos gases de combustão;
Fornalha: é o local destinado à queima do combustível, que pode ser sólido, líquido
ou gasoso. É composta do combustor (maçarico), que promove a queima do
combustível e da câmara de combustão onde se verifica a completa queima dos gases.
Alguns fornos são dotados de câmara de pré-combustão.
Tiragem de fumaça: é o processo pelo qual se garante a admissão de ar na fornalha e
circulação dos gases de combustão através de todo o sistema até a saída para a
atmosfera. A tiragem deve vencer a resistência oposta, por vezes considerável. É
medida em mm de coluna de água e pode ser obtida através de métodos naturais ou
processos mecânicos. O valor da perda de carga através do sistema é que determina o
processo a ser usado. Tipos de tiragem:
a) Tiragem mecânica (induzida, forçada e mista): é empregada, quase que na sua totalidade,
para aumentar a velocidade dos gases, que irá acarretar maiores coeficientes de troca térmica,
obtendo com isso maiores rendimentos, o que não ocorre com a tiragem natural
(antieconômica quando as perdas de carga ultrapassam determinados limites).
b) Tiragem induzida: nesta tiragem, o circuito total permanece com compressão reduzida,
podendo ser conseguida de duas maneiras: aspiração com ejetor; aspiração com exaustor. O
65
sistema mais difundido nas caldeiras é a aspiração por exaustores. O ventilador é
dimensionado para a vazão total dos gases da combustão à temperatura de saída.
c) Tiragem forçada: a tiragem forçada é realizada por ventiladores tipo centrífugo ou axial.
Estes ventiladores devem ser dimensionados, levando em consideração a perda de carga no
sistema, o suprimento de ar de combustão e garantir a saída dos gases de combustão até a
saída para a atmosfera. Para impedir a fuga de gás no sistema, estas caldeiras têm que ter
perfeita vedação. São também chamadas de caldeiras pressurizadas.
d) Sistema misto: este sistema utiliza dois ventiladores: um ventilador soprador responsável
pela alimentação do ar de combustão e que vence as perdas de cargas no circuito de ar, e um
ventilador exaustor que vence as perdas de carga no circuito dos gases de combustão, desde a
câmara de combustão até a chaminé. Este sistema é utilizado nos geradores de vapor de
grande capacidade de combustão.
Para que um processo de combustão seja eficiente, vários fatores são necessários:
a) A relação entre combustível e comburente deve-se manter entre limites estreitos e bem
determinados;
b) A mistura entre combustível e comburente deve ser a mais íntima possível e no menor
espaço de tempo;
c) O excesso de ar necessário à combustão deve ser bem determinado, de acordo com o
combustível. Se houver grande excesso de ar, o rendimento técnico do conjunto fica
prejudicado;
66
d) A temperatura da câmara de combustão deve ser tão alta quanto possível, de maneira a
gaseificar, no menor tempo, as gotículas do combustível que saiam do combustor;
e) A fornalha deve ser criteriosamente dimensionada, de acordo com a temperatura que deva
trabalhar e com a quantidade de combustível a ser queimado;
f) A circulação dos gases de combustão através do sistema deve ser de tal forma que permita
boas possibilidades de troca térmica, sem, no entanto prejudicar a tiragem.
g) Classificação dos combustores: combustores de baixa pressão; de alta pressão com vazão
fixa; de alta pressão com vazão variável; de acordo com combustível; de acordo com o
agente atomizador.
h) Pedra refratária: em todos os queimadores, principalmente nos de baixa pressão, a pedra
refratária desempenha um papel importante. É uma peça de refratário, trabalha aquecida e,
geralmente incandescente, tem por função ser o primeiro elemento a irradiar calor para a
mistura ar-gotículas de combustível efluente do maçarico e proporciona a adução do ar
pelo efeito venturi.
i) Câmara de pré-combustão: a chama é combustão em processamento, em seu interior
coexistem combustível e comburente que devem combinar-se desenvolvendo uma reação
exotérmica. Colocando-se a câmara de pré-combustão, haverá uma quantidade menor de
chama na fornalha, pois que, as câmaras de pré-aquecimento trabalhando a altas
temperaturas proporcionam a volatilização e o craqueamento rápido do combustível. Em
muitos casos são indispensáveis nas caldeiras.
j) Capacidade de um gerador de vapor: existem diversas maneiras de se definir a capacidade
de um gerador de vapor. Atualmente está se generalizando a tendência de expressar a
capacidade em quilos ou toneladas por hora (kg/h ou t/h), indicando em paralelo a pressão
em Kgf/cm2.
k) Chicanas ou defletores: são colocados na saída da fornalha para a chaminé, a fim de dirigir
o fluxo dos gases de combustão através dos tubos economizadores, economizador e pré-
aquecedor de ar. Isto é feito de maneira estratégica, por barreiras ou costados e material
refratário.
II.3.1 COMBUSTÃO
Para que um processo de combustão seja eficiente, vários fatores são necessários:
a) A relação entre combustível e comburente deve-se manter entre limites estreitos e bem
determinados;
b) A mistura entre combustível e comburente deve ser a mais íntima possível e no menor
espaço de tempo;
c) O excesso de ar necessário à combustão deve ser bem determinado, de acordo com o
combustível. Se houver grande excesso de ar, o rendimento técnico do conjunto fica
prejudicado;
d) A temperatura da câmara de combustão deve ser tão alta quanto possível, de maneira a
gaseificar, no menor tempo, as gotículas do combustível que saiam do combustor;
e) A fornalha deve ser criteriosamente dimensionada, de acordo com a temperatura que
deva trabalhar e com a quantidade de combustível a ser queimado;
f) A circulação dos gases de combustão através do sistema deve ser de tal forma que
permita boas possibilidades de troca térmica, sem, no entanto prejudicar a tiragem.
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g) Classificação dos combustores: combustores de baixa pressão; de alta pressão com
vazão fixa; de alta pressão com vazão variável; de acordo com combustível; de acordo
com o agente atomizador.
h) Pedra refratária: em todos os queimadores, principalmente nos de baixa pressão, a
pedra refratária desempenha um papel importante. É uma peça de refratário, trabalha
aquecida e, geralmente incandescente, tem por função ser o primeiro elemento a
irradiar calor para a mistura ar-gotículas de combustível efluente do maçarico e
proporciona a adução do ar pelo efeito venturi.
i) Câmara de pré-combustão: a chama é combustão em processamento, em seu interior
coexistem combustível e comburente que devem combinar-se desenvolvendo uma
reação exotérmica. Colocando-se a câmara de pré-combustão, haverá uma quantidade
menor de chama na fornalha, pois que, as câmaras de pré-aquecimento trabalhando a
altas temperaturas proporcionam a volatilização e o craqueamento rápido do
combustível. Em muitos casos são indispensáveis nas caldeiras.
j) Capacidade de um gerador de vapor: existem diversas maneiras de se definir a
capacidade de um gerador de vapor. Atualmente está se generalizando a tendência de
expressar a capacidade em quilos ou toneladas por hora (kg/h ou t/h), indicando em
paralelo a pressão em Kgf/cm2.
k) Chicanas ou defletores: são colocados na saída da fornalha para a chaminé, a fim de
dirigir o fluxo dos gases de combustão através dos tubos economizadores,
economizador e pré-aquecedor de ar. Isto é feito de maneira estratégica, por barreiras
ou costados e material refratário.
II.3.2.1 Partida
Uma unidade nova deve ser recebida, inspecionada e testada para comprovação das
especificações apresentadas pelo fabricante.
Objeto da operação:
b) Transferir para o vapor a maior quantidade possível da energia térmica liberada pela
queima de combustível;
Secagem: tem por finalidade eliminar a umidade contida nos refratários. Deve ser feita
lentamente, durando essa operação alguns dias, usando de preferência lenha como
68
combustível, pois é mais fácil a queima em pequenas quantidades. É claro que durante a
operação de secagem a caldeira deverá estar cheia de água. Quando na operação de secagem
for atingida mais ou menos a metade da pressão normal de trabalho, a unidade deve ser
esvaziada para iniciar-se a etapa seguinte.
A caldeira entra em funcionamento lentamente, com carga abaixo do normal e com a válvula
principal de vapor totalmente aberta. Se a caldeira tiver superaquecedor, deve-se, a princípio,
deixar seus drenos abertos para a eliminação do condensado.
Com a caldeira em linha e a pressão normal de operação deve-se manter, ainda, por algumas
horas a carga reduzida, então, pode-se, gradualmente, chegar à carga máxima, tendo-se o
cuidado de verificar se existe algum arraste para o aquecedor. Durante a colocação da caldeira
em linha, deve-se ter especial cuidado com o nível de água na caldeira ou tambor de vapor,
para ficarmos seguro que não existe indicação ou registro de nível falso.
Antes de colocar a caldeira em operação deve ser feita uma verificação geral nos manômetros,
instrumentos indicadores, registradores e sistemas auxiliares, tanques de serviços de água e
óleo combustível para verificar se estão cheios e nas válvulas que deverão estar fechadas e nas
que deverão estar abertas. Após as primeiras 6-8 horas de serviço deve-se proceder a primeira
descarga de fundo.
II.3.2.3 Parada
69
gases da chaminé; percentual de CO nos gases da chaminé; percentual de O2 nos gases da
chaminé; temperatura nos gases da chaminé; quantidade de fuligem; tiragem. Um dos
aparelhos usados é o denominado Orsat, ou semelhante, e que consiste em um vidro graduado
no qual coloca-se o produto que vai absorver o gás desejado. O baixo teor de CO2 pode ser
devido a: atomização imperfeita; excesso de ar; tiragem excessiva; entrada falsa de ar na
fornalha.
Controle de temperatura: a temperatura alta nos gases de combustão indica perda de calor pela
chaminé. A boa prática recomenda que a temperatura deva situar-se em torno de 200ºC.
Temperatura alta na chaminé pode ser devido a: queimador com capacidade de queima
elevada; superfícies de troca de calor sujas ou mal dimensionadas; tiragem excessiva; fornalha
pequena ou inadequada. A quantidade de fuligem nos gases, também permite estimar a
qualidade da queima, pois a fuligem pode ser devido aos fatores abaixo:
Atomização imperfeita;
Combustível em excesso; Ventoinha inadequada;
Tiragem insuficiente; Defeitos na fornalha;
Tiragem excessiva produz aumento da temperatura dos gases na chaminé e reduz o percentual
de CO2. Tiragem inadequada, por sua vez, resulta em combustão deficiente e excesso de
fuligem. A medida da tiragem e feita na câmara de combustão e na chaminé. Tiragem
excessiva na câmara de combustão acarreta saída dos gases para a área exterior e vizinha. A
tiragem deve ser grande o bastante para evitar pressão na câmara de combustão.
A temperatura dos gases na saída deve ser em torno de 200ºC. Esta nem sempre é possível em
fornos industriais, pelas características do processo. Nestes casos, deve-se procurar
reaproveitar, sempre que possível o calor perdido, com a instalação de um pré-aquecedor de
ar e economizadores.
Tiragem excessivamente alta acarreta no aumento de velocidade dos gases, além de aumentar
a temperatura da saída dos gases na chaminé, diminui o tempo da troca térmica e arrastam
partículas não pulverizadas do combustível, antes que o mesmo consiga sua combustão
completa.
70
Controle de fornecimento de energia - Instalar na parede da casa de caldeira, uma chave geral
de força para cada caldeira, estas chaves deverão ser de facas blindadas com três fusíveis.
Esses fusíveis serão para cerca de 300% de amperagem de plena carga.
Esta chave geral deverá ser colocada o mais próximo do armário de controle da caldeira e no
caso de uma bateria de geradores as chaves deverão estar dispostas em um ponto
intermediário.
Para levarmos energia elétrica da chave para o armário de controle devemos usar condutores
em eletrodutos, cujas bitolas variam de caldeira para caldeira.
Logo, o quadro elétrico já energizado fará toda a regulagem e controle de energia a ser
utilizada pela caldeira.
O nível máximo é aquele que permite que o volume da câmara de vapor seja tal que este
possa ser retirado da caldeira sem arrastar consigo gotículas de água. O controle comanda o
inicio e interrupção do funcionamento da bomba de alimentação de água, dentro da faixa de
nível normal; detecta o nível mínimo adicionando o alarme correspondente; e detecta o nível
crítico, atuando sobre o sistema de segurança.
Controle de poluentes: Após a combustão na caldeira, os gases resultantes são expelidos pela
chaminé contribuindo para a poluição do meio ambiente em maior ou menor grau,
dependendo do tipo de combustível e das condições da combustão. Duas são as formas de
controlar a poluição: diluição ou diminuir a emissão.
- Qualidade do ar;
- Emissão nas chaminés.
II.3.4.1 Volta da chama: ocorre geralmente quando a circulação dos gases através do sistema
não é mantida. Pode acontecer no início da operação, quando todo o sistema está frio e em
particular a fornalha, ou durante bruscas variações de carga, quando são exigidas maiores
demandas que mesmo com a tiragem forçada, não é mantida a circulação adequada dos gases,
71
acontece também, quando se verifica uma obstrução na sucção obrigatória de passagem de
gases.
II.3.4.2 Furo nos tubos da fornalha: quando a perda de água através dos tubos é muito grande,
é necessário, então, uma parada imediata, mas, se a perda de água não é considerável,
permite-se uma parada folgada, ou seja, normal. Para fazermos uma parada imediata devemos
tomar as seguintes precauções: apagar os maçaricos; desligar os ventiladores; bloquear a
alimentação; desligar o sistema elétrico. A abertura e o seu total esvaziamento só deve ser
feito após resfriamento lento, até que a caldeira chegue à temperatura ambiente.
II.3.4.3 Baixo nível: quando se observar que o nível de água da caldeira ou do tambor de
vapor, é muito baixo, algumas providências devem ser tomadas, de imediato.
Uma caldeira deve operar dentro das especificações para a qual foi projetada, pois se a
operação for deficiente, reduzindo a eficiência do sistema, poder-se-á ter prejuízos
significativos. Não podemos esquecer que se trata de um vaso de pressão, que poderá oferecer
sérios riscos e até mesmo, danos irreparáveis, por causa de um descuido de operação.
72
A inesperada falta de energia elétrica e água, a variação da composição (e viscosidade) do
óleo combustível e mais outros acontecimentos imprevisíveis necessitam da presença do
operador na casa da cadeira, para fazer manobras, regular a combustão, manter a pressão e
produção de vapor na faixa estabelecida pelo consumo;
A indústria que possui um sistema de várias caldeiras deve possuir um barrilete distribuidor
de vapor com o número de entradas igual à quantidade das mesmas e número de saídas de
acordo com o processo. Na linha principal de vapor devem ser instaladas válvulas de retenção
para evitar que o vapor das outras caldeiras retorne para as mesmas quando estiverem paradas.
Estes barriletes têm como acessórios as válvulas de entrada e saída de vapor, geralmente do
tipo globo, purgadores, manômetros e termômetros, além de serem isolados termicamente.
Para que uma caldeira funcione bem e tenha suficiente longevidade e as inspeções de
segurança ocorram normalmente é preciso que a manutenção seja primorosa, contínua e
preventiva. O setor de manutenção ou o operador devem cumprir as recomendações de
manutenção dos fabricantes e conservar a caldeira, a casa da caldeira e toda instalação de
vapor a aparelhos que consomem vapor em perfeito estado. Devem também periodicamente
inspecionar as aberturas de limpeza e verificar o estado interno da caldeira. Deve abrir
também as tampas (dianteira e traseira) e verificar os espelhos, fissuras, vazamentos nas
extremidades dos tubos, o estado dos refratários e o interior da fornalha. Verificar e eliminar
todas as incrustações encontradas e controlar o tratamento de água, periodicamente testar o
sistema de alimentação de água e de nível mínimo, as válvulas de segurança, o sistema
elétrico (painéis e armários) da caldeira e de proteção de chama e de modulação dos
combustores. Quando isto não for observado podem ocorrer as seguintes emergências:
II.3.7.1 Falta de água na caldeira - esperar a caldeira esfriar totalmente, verificar o defeito,
providenciar o conserto e tornar a acendê-la no dia seguinte;
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II.3.7.2 Válvulas de segurança não funcionam - desligar a caldeira imediatamente e esperar
que a pressão caia e com a caldeira fria reparar ou trocar a mesma;
II.3.7.5 Furos ou fissuras nos tubos nas partes de pressão - substituir os tubos furados ou
reparar com solda as partes danificadas, depois de retirada totalmente a trinca;
II.3.7.8 Maçaricos entupidos - limpá-los com cuidado para que os orifícios de saída não sejam
danificados, arranhados ou alargados.
1. Veja alguns deveres básicos do operador da caldeira. Para sua segurança e a do próprio
equipamento, observar o seguinte:
74
d) existência de água no óleo combustível, eliminando-a através do dreno do aquece dor de
óleo;
e) aspecto da chama na fornalha através dos visores, existência de fumaça na chaminé e
temperatura da saída dos gases, corrigindo a regulagem da combustão, se necessário;
f) limpeza de filtros (água e óleo) e do combustor principal e do combustor piloto;
g) limpeza e arrumação da Casa de Caldeira, eliminando materiais inflamáveis em excesso
ao permitido, detritos e qualquer outro material desnecessário;
Considera-se ideal para geração de vapor uma água com as seguintes características:
A alimentação de água com boa qualidade elimina, antecipadamente, grande parte dos
problemas que normalmente ocorrem em geradores de vapor. Posteriormente, fica a cargo do
tratamento químico interno a manutenção da qualidade da água no interior da caldeira.
É errônea a associação da qualidade da água para consumo humano (potabilidade) com a água
para geração de vapor. O padrão para potabilidade da água é baseado, principalmente, na
presença de microorganismos. Assim uma boa água para beber não implica, necessariamente,
em uma boa água para geração de vapor.
A água natural nunca é uma água pura. Além das matérias que pode levar em suspensão,
contém dissolvidas substâncias minerais e orgânicas. Alguns desses componentes são como o
oxigênio, gases que se desprendem na caldeira quando a temperatura é elevada, podendo
causar sérios problemas de corrosão. Outros produtos como o bicarbonato de cálcio sofre
decomposição pela alta temperatura, transformando-se em carbonatos, e em conseqüência
precipita-se. O sulfato de cálcio pouco solúvel alcança com facilidade a concentração de
saturação e se precipita. A principal dificuldade não esta em que se forme precipitado, se sua
quantidade não é excessiva, ou se permanece em suspensão formando um iodo; o que se tem
75
que evitar é que o precipitado por suas propriedades aderentes se fixe sobre a superfície de
troca térmica da caldeira, constituindo uma crosta de caráter pétreo, pouco condutora que
dificulta a transmissão de calor para a água. Se isto acontece, para manter a mesma velocidade
específica de transmissão obriga o aumento de combustão e consequentemente aumenta a
temperatura da parte exterior da superfície de transmissão podendo inclusive, ultrapassar o
limite de resistência do material de que é feita a caldeira, e como se sabe, a temperaturas
elevadas perde características de resistências.
Geralmente, nas águas superficiais e subterrâneas que são usadas nos processos industriais,
encontramos as seguintes substancias dissolvidas:
Estas substâncias encontradas em uma análise de água, são agrupadas segundo suas
características e relacionadas com a produção de vapor:
d) Incrustação: a alimentação com água rica em sólidos suspensos (água sem tratamento)
determina a deposição de iodo, oriundos de concentração de sólidos suspensos e da sua
precipitação facilitada pelas condições originais.
Esses iodos ou lamas realmente não têm maiores conseqüências, se for adotado um regime
adequado de descargas e se não houver presença de compostos incrustantes que em sua
aderência às paredes venham cimentar os iodos.
Incrustações;
76
Na deposição direta, a água fica supersaturada com sais incrustantes de cálcio e magnésio,
principalmente junto à zona de evaporação e os cristais são depositados diretamente. Iniciada
a cristalização esta tem prosseguimento e novas camadas se formam para constituir uma
massa compacta e cristalina. Na adesão mecânica, as partículas insolubilizadas em resultado
da elevação da temperatura ou pelas reações secundárias, sedimentam formando uma massa
sólida.
Outro problema sério em caldeiras de alta pressão é representado pela sílica em teores
elevados que sofre volatilização e é arrastado pelo vapor, depositando-se em trocadores de
calor e turbinas.
Este fenômeno é em sua maior parte provocado pela presença de oxigênio, gás carbônico e
eventualmente outros gases dissolvidos ou formados posteriormente.
Uma das formas mais sérias dessa corrosão é a denominada “pitting” onde o ataque é
concentrado em pequena área e em grande profundidade.
A eliminação mecânica dos gases dissolvidos pode ser realizada mecânica e externamente por
meio de desaeradores ou desgaseificadores a quente, ou pela adição de produtos ávidos dos
mesmos, como o sulfito de sódio para o oxigênio, e a soda cáustica para o gás carbônico.
Internamente e de forma independente e a completar a desgaseificação, são usados compostos
como o amoníaco e a hidrazina. Certas aminas também são usadas para a eliminação do gás
carbônico.
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A evaporação da água provoca a concentração e a formação de iodos ou lamas pela
insolubilidade de parte das mesmas, pelo aquecimento ou pelo tratamento interno.
São necessárias, por isso, descargas periódicas para extrair os iodos e manter os sólidos em
solução dentro dos limites compatíveis com a pressão de trabalho, sólido estes, cujo limite de
concentração diminui com o aumento da pressão de trabalho.
As incrustações a base de sílica são as mais duras e de mais difícil; remoção. A eliminação
dos componentes incrustantes pode ser realizada por meio de tratamento da água, efetuando
externamente (antes da alimentação) ou internamente (após alimentação, no interior da
caldeira).
A Destilação é definida como: um processo no qual uma mistura de duas ou mais substâncias,
no estado líquido ou vapor, é separada em seus componentes, com uma determinada pureza,
através de um processo térmico (aplicação ou remoção de calor).
A Destilação é, assim, um processo clássico da Engenharia Química, sendo um dos métodos
mais indicados para separar misturas líquidas nos seus componentes. O termo destilação
origina-se na palavra latina "destillare" que significa pingar ou gotejar vagarosamente no
sentido descendente. Essa denominação ocorre devido ao visível gotejamento do produto
originado em qualquer processo de destilação, no qual o líquido original tenha sido
vaporizado e, então, re-condensado.
A coluna de destilação é um dos equipamentos de separação mais empregados na indústria
química e petroquímica. Na maioria das indústrias de transformação, 80% do custo
operacional energético é devido a essa operação unitária.
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As colunas que têm operação contínua processam uma corrente de alimentação contínua.
Interrupções no processo ocorrem somente para o equipamento sofrer manutenção ou quando
se verifica algum problema, seja no processo de destilação em si ou em algum processo
vizinho. Esse tipo de coluna pode processar altas quantidades de material e são, em termos
industriais, mais comuns do que as que operam em batelada
O vapor da mistura se desprende e se dirige ao topo encontrando um prato superior que com a
coluna de líquido condensa os pesados desse vapor, e por sua vez vaporiza os leves desse
nível de líquido do prato, havendo assim uma troca de calor muito grande em cada um dos
pratos da torre.
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Prato Sensível – É o prato cuja variação de temperatura indica mais rapidamente uma
modificação na composição da mistura que o mesmo contém. Qualquer incidente de
funcionamento é sobre esse prato que as diferenças de temperaturas serão maiores
Binária - quando a mistura é composta somente por dois componentes. Exemplo: mistura de
água e álcool.
Multicomponente - quando existem, na mistura, três ou mais componentes. Um exemplo
clássico de mistura multicomponente é o petróleo.
2.2.3 Classificação quanto o número de correntes de produto que dela são extraídas:
Coluna de um produto - aquela que possui apenas as retiradas dos produtos de topo e de
fundo.
Coluna multi-produto - aquela que possui mais retiradas do que os produtos de topo e de
fundo
Refervedor:
80
Dependendo do tipo de interno da coluna, o contato entre a fase líquida e vapor poderá atingir
níveis que melhorarão as condições da separação desejada.
Na coluna de destilação, os componentes mais pesados da mistura condensam e
retornam à base da coluna, de onde são retirados como líquido residual, W. Os componentes
mais leves atingem o topo da coluna e são retirados como produto destilado, D, após
passarem pelo condensador.
Condensador
Tem como finalidade realizar à condensação dos vapores leves que atingem o topo da coluna.
Após a condensação, tem-se o produto destilado desejado, D, com a composição especificada.
O processo requer, portanto, dois trocadores de calor, ambos de mudança de fase: refervedor
procedendo a vaporização e o condensador efetuando a condensação das frações. Em alguns
projetos, o refervedor poderá ser substituído por uma injeção de vapor d'água no fundo da
coluna de destilação.
Tipos de Torres de Destilação
81
2.3 Colunas com pratos e borbulhadores
As colunas com pratos são as mais usuais e também podem ser denominadas de “bandejas”.
Colunas deste tipo adotam pratos ou bandejas superpostas e que variam em número e detalhes
conforme a mistura que se pretende destilar. Os pratos são constituídos por borbulhadores,
tubos de ascensão e de retorno (downcomer), conforme apresentado na figura.
Onde:
1 – Borbulhador
2 – Tubo de ascensão
3 – Tubo de retorno (downcomer)
V – Vapor
L – Líquido
Os borbulhadores são dispositivos com formato cilíndrico, com aparência de um copo dotado
de ranhuras laterais até certa altura. Os borbulhadores são fixados sobre os tubos de ascensão
dos vapores e destinados à circulação ascendente do vapor de um prato a outro. Sobre cada
tubo de ascensão, encontra-se um borbulhador.
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O tubo de retorno tem como finalidade fazer o retorno, prato a prato, do excedente da fase
líquida condensada sobre o prato. Assim sendo, existe sobre cada prato ou bandeja, um nível
de líquido constante, regulado pela altura do tubo de retorno, e que deve corresponder ao nível
do topo dos borbulhadores. Os borbulhadores são dispostos de tal forma que fiquem na
mesma altura do início do tubo de retorno de líquido, a fim de que se tenha uma ligeira
imersão na camada líquida.
Neste tipo de coluna, os pratos com borbulhadores são substituídos por pratos dotados de
perfurações, cujo diâmetro varia entre 0,8 e 3 mm. O funcionamento é idêntico às colunas que
utilizam pratos com borbulhadores. Geralmente, neste tipo de coluna, não existe o tubo de
retorno (downcomer) e os pratos ocupam toda a seção da coluna, porém existem projetos em
que as colunas com pratos perfurados são dotadas de tubo de retorno.
83
Colunas com pratos valvulados
Uma modificação mais moderna dos pratos perfurados simples é a bandeja valvulada. As
perfurações numa bandeja valvulada são cobertas por opérculos móveis, conforme a figura ao
lado. Os opérculos são levantados pelo gás que flui para cima através das perfurações, e
abaixam-se sobre o orifício quando a velocidade do gás diminui. Desta forma reduzem-se o
vazamento do líquido em pressões baixas. Além disso, as válvulas direcionam o gás
horizontalmente no líquido, proporcionando uma mistura mais completa que nos pratos
perfurados simples, onde o gás passa verticalmente pela camada líquida.
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As substâncias mais pesadas são removidas dos vapores que ascendem, pelo refluxo interno
de líquido que desce pelo interior da torre, líquido que também é denominado como refluxo
interno.
Seção de esgotamento
COLUNAS DE DESTILAÇÃO/EXTRAÇÃO
Torre de pratos
Casco
Bandejas
Escadas e plataforma
de acesso
Bocais de entrada,
saída e drenagem de Saia
produtos
Torres Recheadas
Neste tipo de coluna, os pratos ou bandejas são substituídos por corpos sólidos com formatos
definidos. Estes corpos, denominados recheios, podem ser anéis do tipo Rachig, Pall, Lessing
ou ainda selas do tipo Berl, Intalox e outros.
As Colunas Empacotadas são usadas com maior freqüência, para remover os contaminantes
de um fluxo de gás (por absorção, operação em que a transferência de massa ocorre da fase
gasosa para a fase líquida).
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Além disso, as "Torres de Recheio", como também são chamadas, também são utilizadas na
destilação, operação na qual a separação é particularmente difícil, devido a proximidade dos
pontos de ebulição dos componentes da mistura.
Os fatores que são levados em conta para o projeto de uma torre de recheio são:
Queda de Pressão
Capacidade
Distribuidores e Suportes
Distribuição
Re-distribuição do Líquido
Anel de Rasching
É o recheio mais comum. É um anel que tem seu diâmetro igual a seu comprimento.
O material usado no anel pode ser qualquer um desde que não reage quimicamente com os
produtos da destilação e que suporta a temperatura.
Anel de Rasching
Sela de Berl
Peças simétricas, cujo formato lembra uma sela. Esta forma não permite que duas peças se
encaixem ou se cubram, evitando que qualquer parte da superfície do enchimento sofra o
efeito de bloqueamento entre as peças.
Asseguram uma maior distribuição de líquido com o mínimo de canalização.
As Selas Berl oferecem ótima estabilidade mecânica à coluna pela sua acomodação perfeita.
86
Sela Intalox
Sela Intalox é considerada a nova versão da sela de Berl
Anel de Pall
São os recheios mais usados em destilação. É um dos anéis mais eficientes.
O Anel Pall tem uma superfície e área aberta maior que o Anel Rasching. Funciona muito
bem para a produção de álcool.
Pode ser de material plástico ou metálico. Usando material plástico [polipropileno] em
colunas para produzir bebidas deve ser evitado devido a possível alteração de sabor e odor.
Recheios Estruturados
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Os recheios estruturados são todos aqueles que podem ser colocados na torre de uma forma
ordenada ou arrumada. Podem ser divididos em:
Recheios estruturados tradicionais e os de alta eficiência.
Recheio X Pratos
Colunas de pratos são chamadas de "colunas com contatos em estágios" e as de recheio
"colunas com contato contínuo" devido ao tipo de contato líquido-vapor que acontece nessas
duas diferentes colunas.
Vantagens:
Contato líquido-vapor mais eficiente do que os pratos; Eficiência da separação maior para
mesma altura de coluna; São mais baixas do que as de pratos. Em compensação as perdas de
carga nas colunas de recheio são maiores do que as observadas em colunas de pratos
Desvantagem:
Perdas de carga são maiores do que as observadas em colunas de pratos
Destilação atmosférica
Normalmente as colunas de destilação operam com a pressão atmosférica. Na maioria das
vezes esta operação fica mais simples, pelo fato de não necessitar de equipamentos auxiliares
para promover o vácuo, como por exemplo, ejetores e/ou bombas de vácuo.
É geralmente utilizada para produtos que não apresentam problemas de decomposição por
aquecimento e que tenham pontos de ebulição concordantes com a temperatura do vapor
utilizado no aquecimento.
Destilação a vácuo
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É a destilação efetuada à pressão inferior a pressão atmosférica, utilizada para líquidos de alto
ponto de ebulição, ou que se decompõem à temperaturas altas, facilitando com isto a operação
da coluna, e diminuindo os riscos, principalmente no caso de produtos que podem
polimerizar.
11.0TORRES DE RESFRIAMENTO
Torre de resfriamento
89
Tiragem e arranjos de escoamento
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Torres de resfriamento
11.2 Definição
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A torre de resfriamento é um equipamento de rejeição de calor: rejeita calor para a atmosfera
(p/ o ar), resfriando um fluxo de água quente.
A água resfriada na torre de resfriamento é usada como líquido refrigerante em trocadores de
calor, onde sofre aquecimento, e em várias outras aplicações.
O resfriamento da água é realizado, fundamentalmente, pela transferência de calor latente, à
evaporação da água.
A água que retorna dos equipamentos de processo é alimentada e distribuída no topo da torre
de resfriamento, que possui enchimento interno para melhor distribuir a água.
Ar ambiente é insuflado através do enchimento, em contracorrente ou corrente cruzada com a
água que desce. Por meio desse contato líquido gás, parte da água evapora e ocorre o seu
resfriamento.
Uma torre de resfriamento é essencialmente uma coluna de transferência de massa e calor,
projetada de forma a permitir uma grande área de contato entre as duas correntes.
Isto é obtido mediante a aspersão da água líquida na parte superior e no “enchimento” da
torre, através de bandejas perfuradas, colmeias de materiais plástico ou metálico, etc, que
aumenta o tempo de permanência da água no seu interior e a superfície de contato água - ar.
Numa torre de resfriamento, a principal contribuição para o resfriamento da água é dada pela
evaporação de parte dessa água que recircula na torre.
A evaporação da água – transferência de massa da fase líquida (água) para a fase gasosa (ar)
causa o abaixamento da temperatura da água que escoa ao longo da torre de resfriamento.
O abaixamento da temperatura ocorre porque a água para evaporar precisa de calor latente, e
esse calor é retirado da própria água que escoa ao pela torre.
Vale lembrar que a transferência de massa da água para o ar ocorre porque as duas fases em
contato tendem a entrar em equilíbrio.
Transferência de calor sensível (por convecção) devido ao contato com o ar em temperatura
mais baixa. (20 a 30% do calor transferido);
Transferência de calor latente por evaporação de certa quantidade de água, devido a menor
concentração desta no ar circundante (umidade), responsável por 70 a 80% da transferência
total de calor.
Ocorre um fenômeno de transferência simultânea de calor e de massa no processo de
resfriamento, ou seja, há uma diferença de concentração entre a água (fase líquida) e a água
do ar (fase vapor-umidade do ar);
Para que a água passe para a fase vapor, necessita de energia, que é obtida na forma de calor
da água que permanece na fase líquida, proporcionando uma força motriz que faz com que a
água (líquido) tenha uma tendência a equilibrar a concentração com a fase gasosa (umidade
do ar).
Quanto mais seco estiver o ar, maior será a força motriz e a tendência da água evaporar,
resultando em mais calor removido e por consequência menor temperatura final na água
resfriada.
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Variações na temperatura da água de resfriamento influenciam diretamente na operação dos
condensadores de topo de uma coluna de destilação e consequentemente a operação da
própria coluna.
Este é um exemplo interessante de como a temperatura da água de resfriamento é uma
informação decisiva não só na operação de uma planta, mas também na fase de projeto de um
equipamento (trocador de calor, colunas, reatores).
Tiragem natural
Em torres com este tipo de tiragem, o movimento do ar úmido é consequência unicamente das
condições atmosféricas locais, ou seja, a diferença de temperatura (consequentemente de
densidade) ocasiona a subida do ar úmido.
É um tipo largamente utilizado em usinas nucleares em países “frios”. No Brasil não é um
tipo indicado, pois o gradiente de temperatura entre a mistura úmida e a atmosfera não é de
grande valor.
O fluxo de ar é impulsionado por ventiladores na parte superior da torre. Torres com este tipo
de tiragem não possuem limitações geométricas e mecânicas devido ao fato dos ventiladores
serem instalados na parte superior da torre.
O fluxo de ar é impulsionado por ventiladores na parte inferior. Torres com este tipo de
tiragem possuem algumas limitações geométricas e mecânicas, tais como: recirculação do ar
saturado devido a zona de baixa pressão da entrada de ar, dimensão limitada dos ventiladores
(necessidade de maior número quando se necessita de um maior resfriamento) e altura
limitada da torre.
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Tiragem mecânica induzida contra-corrente
Em torres com este tipo de tiragem, a admissão do ar é feita pela parte superior, e este sobe
em contra-corrente a água que é distribuída no topo.
Essa distribuição de água é feita por calhas que visam aumentar a superfície de troca térmica e
geralmente, existe na saída de ar, eliminadores de respingo que visam diminuir o arraste de
água, ou seja o desperdício de água e produtos químicos dosados na mesma
Enchimento
A função do enchimento é promover o contato entre a água e o ar, de forma que ocorra a
máxima transferência de massa e calor entre as partes.
Classificação do Enchimento:
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Enchimento de Película:
Este tipo de enchimento usualmente utilizado em torres contra-corrente, forma uma película
de água em sua superfície, aumentando a área de contato com o ar.
Enchimento de respingamento
Mais utilizado em torres de corrente cruzada, onde as superfícies de troca térmica são as
gotículas que se formam quando a água cai sobre perfil “V”. Este tipo de perfil aumenta a
eficiência, pois minimiza as perdas do fluxo horizontal de ar.
Eliminadores de Gotas
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Dispositivos para distribuição de água quente
O desempenho da uma torre de uma torre de arrefecimento, como era de se esperar, depende
muito da forma como a água quente é distribuída no interior da torre.
O dispositivo de distribuição de água quente varia de acordo com o tipo de corrente de ar e
água que é usado.
Consistem em bacias na parte superior da torre, onde por furos a água escoa para o interior da
torre, nestes furos podem existir dispositivos em forma de “guarda-chuva” em relação ao
escoamento de água, o que gera um distribuição mais homogênea do fluído.
Consistem em bacias na parte superior da torre, onde por furos a água escoa para o interior da
torre, nestes furos podem existir dispositivos em forma de “guarda-chuva” em relação ao
escoamento de água, o que gera um distribuição mais homogênea do fluído.
2.0 REATORES
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1.1 Reatores homogêneos e heterogêneos
Da mesma forma que as reações químicas são divididas em homogêneas (mesma fase) e
heterogêneas (em duas ou mais fases), também os reatores podem ser classificados de acordo
com o tipo de reação química que ocorre em seu interior.
Nos reatores homogêneos apenas uma fase esta presente, normalmente gás ou um líquido. Se
mais de um reagente estiver envolvido, deve-se misturá-los previamente, antes de entrar no
reator.
Os reatores heterogêneos, como também as reações heterogêneas, são mais encontrados nos
processos petroquímicos. Nestes reatores duas ou mais fases estão presentes como gás-sólido,
gás-líquido, líquido-sólido e gás-sólido-líquido. Nos casos em que uma das fases é um sólido,
este está presente como catalisador.
Neste tipo de reator temos a fase sólida para o catalisador e a fase líquida para os reagentes e
produtos. Os reagentes são misturados antes e entram no reator numa única fase. Encontramos
para este reator com duas fases duas opções para o leito de catalisador: leito fixo e leito
fluidizado. A sua escolha depende de vários fatores relacionados à reação e ao catalisador.
Como já foi comentado, sempre que possível, deve-se dar preferência a reatores com
operações mais simplificadas.
Este modelo é mais utilizado em indústria química e petroquímica devido à sua facilidade de
operação. Consiste em um vaso carregado com um leito de catalisador que permanece fixo
durante a reação. O movimento é realizado apenas pelos reagentes e produtos, entrando e
saindo do reator. Entretanto deve-se ter especial atenção à forma de carregamento, pois,
dependendo da colocação do material e do escoamento do fluido pelo leito catalítico, pode ter
efeitos de mistura causados pelo escoamento não-homogêneo, e pela dispersão devido aos
gradientes de temperatura e concentração.
A perda de carga é um aspecto importante neste tipo de reator, pois estas partículas
estacionárias podem vir a impor limitações na própria operação do reator se a perda de carga
for excessiva. Levando e consideração às características de resistência mecânica do
catalisador, as forças resultantes da perda de carga não devem exceder a resistência ao
esmagamento das partículas. No fundo do leito, o catalisador estar sujeito ao peso do leito
catalítico mais as tensões causadas pela perda de carga.
Deve ser levado em consideração o tamanho das partículas do catalisador para evitar perda de
carga. Todos os efeitos devem ser equilibrados para que o processo ocorra de forma
adequada.
São reatores em que o catalisador sólido se movimenta como um fluido. Consiste em um vaso
cilíndrico vertical que contém partículas sólidas finas de catalisador, com a corrente do fluido
97
que reage sendo introduzida no fundo do reator a uma velocidade que força os sólidos a
flutuarem na corrente fluida, mas sem serem carregados para fora do sistema. Nesta situação
todo o leito de partículas se comporta como um líquido em ebulição, e tende a igualar a
composição da mistura e a temperatura ao longo do leito, ou seja, obtém-se uma certa mistura.
Em geral, tal característica é considerada uma das vantagens deste tipo de reator. O desgaste
do catalisador e o arrastamento das finas partículas resultantes é uma das desvantagens.
Nesta situação, todo o leito de partícula se comporta como um líquido em ebulição, o que
tende a se igualar, ao longo do leito, a composição da mistura e a temperatura (isto é, obtém-
se um certo misturamento). As conversões são em geral bem mais altas que em leito fixo. No
entanto, o contato gás-sólido e a distribuição gás-sólido são bastante complexos. Há formação
de bolhas que coalescem desfazem ou crescem e o seu tamanho pode se aproximar das
dimensões do reator.
Neste tipo de reator têm-se duas fases para os regentes, sendo o catalisador a fase sólida. O
reator trifásico, também conhecido como “Trickle-bed”, é semelhante a uma coluna de
recheio, com a diferença que o recheio passa a ser o catalisador da reação. O escoamento
preferencial para o fluido (gás-líquido) é concorrente (em uma mesma direção) e descendente,
ou seja, ambos são alimentados na parte superior do reator e retirados na parte inferior. Desta
forma as velocidades de gás e líquido podem ser bastante elevadas, sem apresentar problemas
de levantamento do leito ou inundação da coluna.
Temos também o reator de leito de lama, de fase semi-fluida, que é semelhante a um reator
de mistura gás-líquido, ou à coluna de bolhas, com a diferença que há uma terceira fase, o
catalisador sólido, que é empregado na reação sob a forma de um pó muito fino (diâmetro da
esfera em geral menor que 0,2mm). A perda de catalisador por arraste é evitada pela
instalação de telas, ou recuperado no produto da reação por meio de filtros.
Este tipo é caracterizado por uma coluna vertical que contém uma lama resultante de
partículas finas do catalisador dispersas num meio líquido (ex: óleo) que pode ser um dos
reagentes. O gás em reação borbulhando através da lama dissolve-se no meio líquido onde
ocorrem às reações catalisadas, esta técnica facilita o controle da temperatura por causa da
alta capacidade calorífica e das características favoráveis de transferência de calor no líquido.
Este tipo recebe todos os reagentes no início da operação e os processa de acordo com o curso
pré-determinado da reação, durante o qual nenhum material é introduzido ou removido do
reator. Tem usualmente a forma de um tanque, com ou sem agitação. A maior parte de
cinética básica, para projeto de um reator, é obtida usando-se este tipo.
98
Enquanto os reatores contínuos tendem a ser mais econômicos para grandes escalas de
produção, os reatores em batelada são mais econômicos para pequenas produções ou reatores
que trabalham com uma produção diversificada, como os utilizados nas indústrias de tintas,
química fina e produtos farmacêuticos, ou até mesmo em reações de polimerização e
fermentação porque o intervalo entre as operações proporciona uma oportunidade de limpar
completamente o sistema e assegurar que intermediários, tais como bactérias, não se
acumulem e contaminem o produto.
Reator tanque
Numa operação contínua (reator CSTR), diversos destes reatores podem ser conectados em
série (CSTR em série). Usa-se também, em operação contínua, um vaso de reação simples
dividido em compartimentos, cada qual equivalente a um reator com agitador rotatório.
Reator tubular
Também conhecido como reator de fluxo tubular (tubular flow), é constituído por um simples
tubo contínuo ou por diversos tubos em paralelo.
100
Os reagentes entram por uma extremidade do reator e os produtos saem pela outra; no
intervalo a composição da mistura varia continuamente. A transferência de calor do reator, ou
para ele pode ser feita mediante uma camisa de circulação ou um trocador multitubular.
Reator torre
Caracteriza este tipo de reator uma estrutura cilíndrica vertical com uma razão bastante grande
entre a altura e o diâmetro. Pode ter chicanas ou recheio sólido (reagente, catalisador ou
produto inerte), ou pode ser simplesmente uma torre vazia.
101
É empregado em processos contínuos que envolvem reações heterogêneas. São exemplos: o
forno de cal e as unidades de absorção de gás para reações gás-líquido com torres recheadas,
torres de pratos ou de pulverização.
A diferença entre este tipo de reator quando é recheado de catalisador e o reator de leito
fluidizado é que o leito do catalisador é fixo.
Reator Semi-contínuo
Pertencem a esta categoria reatores que não se enquadram em qualquer dos dois tipos acima.
A grandeza do calor de reação tem muitas vezes uma influência decisiva sobre o projeto do
reator, sabemos que a temperatura da reação influencia o rendimento desta (pelo
deslocamento do equilíbrio da reação). Se há intenção de que a temperatura permaneça
constante (funcionamento isotérmico), tem que transferir-se, para /ou do reator, o calor
equivalente ao calor da reação à temperatura de funcionamento. Se não há intenção de
transferir-se qualquer calor (funcionamento adiabático), a temperatura da reação subirá ou
descerá à medida que a reação prossegue.
Os reatores adiabáticos se forem viáveis, tem maior simplicidade no funcionamento, por este
motivo são preferidos.
Os reatores isotérmicos funcionam com transferência de calor para/ ou do reator, na prática,
entretanto, nenhum reator é estritamente isotérmico, especialmente se este funcionamento
implicar em um esquema de controle sofisticado e caro.
No caso dos reatores descontínuos podemos utilizar os seguintes métodos para transferir
calor: camisa, serpentinas e permutadores de calor.
A camisa e as serpentinas fazem parte do próprio reator, enquanto que os permutadores de
calor são externos e utilizam uma bomba de recirculação, podendo funcionar como um
condensador de refluxo.
No caso dos reatores tubulares utiliza-se para transferência de calor: camisa, reator com tubos
múltiplos e forno de tubos (para reações altamente endotérmicas).
Os principais componentes são similares aos dos vasos. Apresentamos a seguir, uma lista dos
principais componentes, acessórios e equipamentos auxiliares, mais utilizados nos reatores.
Casco
É composto pela parede que compõe o formato geométrico do reator e os tampos. Embora
uma boa parte dos reatores se assemelhe a um vaso, alguns reatores possuem um formato
diferente, para otimizar a reação.
O reator tem como limites seu contorno externo, incluindo os acessórios incorporados - como,
por exemplo, uma serpentina ou camisa para a refrigeração ou aquecimento — e as
respectivas conexões. Possuindo conexões flangeadas, os limites são a sede do assentamento
das juntas; caso possua conexões rosqueadas, os filetes da rosca são os limites; e quando a
conexão for soldada, o limite é o chanfro da solda
Bocas de visita
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São aberturas flangeadas, que permitem o acesso ao interior do mesmo para inspeção e
manutenção. Normalmente as tampas das bocas de visita e das janelas de inspeção são
fabricadas com o reator, e fazem parte integrante do mesmo.
Conexões de ventilação
Conexões de drenos
São utilizadas para a conexão de instrumentos (de medição, controle e/ou alarmes),
amostradores, etc.
Isolamento Térmico
Os reatores podem ser isolados termicamente, por necessidade de processo ou de segurança.
No primeiro caso mantendo a temperatura do material contido (conservando energia). No
segundo caso protegendo o pessoal envolvido na produção (evitando o contato com
temperaturas extremas).
Contra incêndio
Os reatores e respectivos suportes, ou apenas os suportes, também podem possuir isolamento
contra fogo, para evitar que em caso de incêndio se deformem ou tombem. A deformação do
reator pode causar a ruptura do mesmo e das respectivas conexões, provocando vazamentos
que agravariam o incêndio. A deformação dos suportes pode causar a queda do vaso, com as
mesmas consequências.
Camisa ou Jaqueta
104
Circular o produto no reator, para homogeneizar a temperatura, aumentando a
eficiência de contato entre produto/produto e produto/trocadores integrados ao reator.
A escolha do tipo de agitador, o uso de chicanas, velocidade, e outras características
importantes estão relacionados, principalmente, com a viscosidade e estado físico de
reagentes e produtos.
Discos de ruptura
Este dispositivo, quando o reator atinge uma determinada pressão, rompe-se e descarrega o
excesso de produto para a atmosfera ou sistema de coleta de efluentes gasosos. A
desvantagem, é que o reator, necessita ser retirado de operação para a sua substituição.
Válvula de segurança
Quando a pressão do reator sobe, a válvula de segurança, ao atingir o limite de pressão para a
qual foi calibrada, abre e descarrega o excesso de produto para a atmosfera ou sistema de
coleta de efluentes gasosos. Fecha quando a pressão cai para um valor inferior ao limite para a
qual foi calibrada.
Camisa
São trocadores de calor externos, na forma de serpentinas montadas na parte externa do casco
ou de um outro casco externo, por onde circula o fluído destinado a, dependendo do reator,
ceder ou retirar calor, auxiliando ou controlando a temperatura da reação. Os fluídos
auxiliares utilizados para a troca térmica podem ser a água de refrigeração, água gelada,
vapor, fluído térmico, etc. Em determinados reatores a camisa pode ter dupla finalidade, numa
fase da reação circula um fluído que retira calor, na fase seguinte, um fluído que cede calor.
105
Figura 14 - Identificação e símbolos de fluxogramas
Uma pequena amostragem sobre o assunto em pauta é mostrado a seguir. Pesquise, para co-
nhecer o padrão adotado na planta que você ir atuar.
Alguns adotam a letra “V”, letra inicial da palavra inglesa “Vessel” cujo significado é vaso.
Outros a letra “R”, letra inicial da palavra inglesa “Reactor” ou portuguesa “Reator”.
As letras são seguidas por caracteres números que indicam a ordem do equipamento, e even-
tualmente também precedidas por caracteres números, que podem indicar uma determinada
área de processamento.
Não há uma padronização. Em cada organização o projetista adota o seu próprio padrão.
Porém, no caso dos reatores, é comum se desenhar o símbolo para que se assemelhe a forma
geométrica do reator.
8.1 FILTROS
Filtros são os equipamentos onde a filtração ocorre. Os meios filtrantes podem ser areia, telas,
tecidos, cartuchos etc.
Força impulsora
O filtrado é forçado a escoar através de uma membrana pela carga eletrostática (gravidade),
pela pressão superior à atmosférica aplicada a montante da membrana, pela pressão sub
atmosférica aplicada a jusante, ou pela força centrífuga através da membrana.
Mecanismo
106
Apesar do mecanismo de arraste e acúmulo de sólidos não seja muito bem entendido, há dois
modelos de processo de filtração que levam a uma teoria consistente com a maioria das
especificações e dos dados sobre a resistência de filtração.
Um modelo considera que os sólidos filtrados são retidos na superfície do meio e ficam
empilhados uns sobre os outros, formando uma torta, ou bolo, de espessura crescente. O outro
modelo considera que os sólidos são presos dentro dos poros ou do corpo do meio filtrante. A
filtração baseada neste segundo modelo é então chamada de filtração de bloqueio, de
superfície, de profundidade, ou micrônica; ou clarificação; e, quando as partículas removidas
são extremamente pequenas, ultrafiltração.
Função
A finalidade da filtração pode ser a secagem de sólidos (neste caso os sólidos são o produto
que interessa), a clarificação de líquido (o líquido é o que interessa) ou ambas as coisas. O
primeiro caso só é possível na filtração por torta. A clarificação se faz tanto por operações
com torta como por meio filtrante.
Ciclo da operação
A filtração pode ser intermitente (em batelada) ou contínua. A intermitente usa força
propulsora de pressão constante, de velocidade constante ou em ciclos onde variam tanto a
pressão quanto a velocidade.
107
Filtros de cartucho;
São inseridos nas tubulações, principalmente nas sucções de bombas, para filtrar líquidos com
impurezas de pequena quantidade. O elemento filtrante é uma cesta feita de tela metálica.
Podem ser provisórios ou permanentes.
Os provisórios mais comuns são os discos de chapa perfurada ou cestas de tela com um anel
de chapa fina, conforme mostrado abaixo. São introduzidos entre dois flanges, onde ficam
presos. Os filtros de cesta de tela devem ter uma área de filtragem de no mínimo 3 a 4 vezes a
seção transversal útil da tubulação.
A instalação e retirada dos filtros provisórios é facilitada pelo uso de uma peça chamada
carretel, que consiste de um pedaço curto de tubo com flanges nos dois extremos, instalado na
entrada dos equipamentos que possuem estes filtros provisórios.
Assim, o filtro fica preso em um dos flanges da peça, com o cesto de tela dentro da peça. Para
remover o filtro, basta desacoplar os flanges e retirar a peça inteira. A figura abaixo ilustra um
filtro cesta provisório.
Os filtros permanentes consistem geralmente de uma caixa metálica (aço, ferro fundido ou
bronze), com bocais para as linhas de entrada e saída, no interior da qual ficam os elementos
filtrantes e chicanas para conduzirem o fluido. A figura a seguir ilustra filtros permanentes.
108
Figura 22 - Filtros permanentes
Filtros de feltro
São filtros onde o elemento filtrante é um conjunto de discos de feltro prensados uns contra os
outros, para obrigar o líquido e atravessá-los, retendo os sólidos. Também podem ser usados
para filtrar gases. Alguns projetos modernos incorporam retrolimpeza. A figura a seguir,
ilustra um filtro de feltro.
Líquido + sólidos
Filtros de areia
109
São compostos de camadas de areia de diferentes granulometria, através das quais passa o
líquido. É geralmente aberto à atmosfera, e o escoamento ocorre pela ação da gravidade.
Alguns modelos, porém, operam sob pressão. A figura abaixo dá uma visão esquemática de
um filtro de areia.
Também chamados filtros rotativos a vácuo. O elemento filtrante é um cilindro oco, de tela ou
pano, que gira, oferecendo sempre uma nova área limpa para ser atravessada pelo líquido. O
110
cilindro ao girar faz com que a tela/tecido filtrante entre em contato com uma faca/espátula
que raspa os sólidos retidos, limpando assim o filtro permanentemente.
Dessa forma, o líquido e os sólidos sejam separados continuamente. A figura a seguir, ilustra
uma instalação de filtro rotativo.
Estão ilustrados abaixo, filtros manga para gás/pó típicos de tecidos sendo que a parte (b) é
um corte da parte (a). Alguns projetos modernos para gás/pó possuem sistema de pulsação em
ciclos, que precipita o pó retido no saco mantendo-o mais limpo, o que aumenta a campanha e
otimiza a operação.
111
Figura 27 - Filtros de manga
As mangas podem ser fixadas de várias formas. As figuras abaixo e ao lado ilustram mangas,
gaiolas e 3 formas de fixação (braçadeiras, aro rígido e anel móvel). As mangas podem ser
produzidas em diversos materiais, levando-se em conta fatores como tamanho das partículas,
agressividade do meio, temperatura de operação do sistema, umidade, entre outros.
112
Figura 28 - Mangas Figura 29 - Gaiola e venturi
113
1) Zinco preto;
2) Eletrolítica, 3, 6, 12, 15, 20 microns;
3) Bicromatização.
Existem gaiolas bipartidas, sistema de engate rápido, que facilitam a montagem e oferecem
área de atrito nas mangas bem menor.
Existem também gaiolas com padrão estrelado. Este tipo apresenta boa resistência e eficiência
na limpeza, pois seu formato aumenta a área de pulsação das mangas. Indicado para gaiolas
acima de 3.500 mm, pois no lugar de anéis são utilizados estrela de 8 a 10 pontos para
colocação de longarinas.
Ao lado apresentamos filtro de manga onde ar/gás contaminado entra lateralmente na parte
inferior da carcaça do filtro. Nas mangas ocorre a separação do material particulado do ar,
sendo retidas as partículas na parte externa.
Cada fileira de mangas é limpa individualmente através do tubo injetor instalado acima das
mangas. Os tubos injetores são ligados a reservatórios de ar comprimido através de válvulas
membrana integradas.
114
Figura 34 - Tubos injetores
Pelo efeito injetor, provocado pelo jato de ar comprimido, é arrastado um elevado volume de
ar filtrado ocasionando uma inversão de fluxo e um repentino inflamento das mangas e
consequente limpeza das mesmas. A próxima figura mostra este efeito
115
feitos de alumínio, aço carbono ou inox, com os mesmos tratamentos de superfície das
gaiolas. A figura abaixo mostra alguns venturis.
Figura 36 - Venturis
A figura próxima figura mostra um filtro manga para líquido. O filtro de manga para líquido
possui apenas uma manga em cada carcaça.
Filtro-prensa
116
A operação pode ser automática ou semi-automática, inclusive com Controlador Lógico
Programável, com sistema de controle da bomba para controlar o tempo do ciclo e a pressão
de bombeamento.
Figura 41 - Placas
117
Figura 42 - Filtro prensa
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A próxima figura mostra um filtro de cartucho reutilizável de fibra de poliester plissado
reforçado. Com uma capacidade de retenção de partículas de 10 a 20 micras de diâmetro. Na
limpeza deste tipo de filtro, o cartucho é retirado do corpo do filtro e limpo com jato de água
ou por imersão em solução limpadora (detergentes e ácidos).
119
Figura 46 - Filtro de cartucho com quatro elementos
Muitas das carcaças dos filtros de cartucho podem ser usadas para mangas e cestas. Filtros,
como muitos outros equipamentos industriais podem ser simples, duplos, triplos, etc. Abaixo,
ilustramos uma unidade com dois filtros que podem operar em série ou paralelo, usando-se
apenas o arranjo adequado de válvulas.
Para encerrar apresentamos a seguir possíveis aplicações de filtros em uma planta de refinaria.
Elementos
Principais aplicações
Grades metálicas, chapas perfuradas, telas filtragem grosseira de líquidos
metálicas
Telas finas, Nylon, porcelana, papel, cartuchos filtragem fina de líquidos
fibrosos
Palhas metálicas, feltro, camurça etc filtragem de gases
Quadro 1 - Elementos e suas principais aplicações
120
No item Classificação de Filtros, página 1, de acordo com o mecanismo, as filtração pode ser
classificada como de superfície ou de profundidade. Quem determina esta filtração é o
elemento filtrante, ou seja, são eles que se classificam como de superfície e de profundidade.
Neste elemento filtrante, o fluido passa e o sólido fica retido na superfície sem penetrar no
interior do elemento, porque este é basicamente uma tela. A tela é feita pelo entrelaçamento
de fios regularmente afastados, formando áreas abertas, livres ou poros por onde o fluido
passa e os sólidos de maiores dimensões, principalmente o diâmetro, não conseguem passar.
De acordo com o modelo do filtro, os elementos filtrantes podem ter a forma de cestas
121
cilíndricas, cones, discos, tecidos, cartuchos, etc.
O diâmetro dos furos das chapas perfuradas ou a abertura das malhas das telas dependem do
tamanho permissível dos detritos que possam passar, em função principalmente da natureza
dos equipamentos a serem protegidos. Esta informação é fornecida pelo fabricante ou pelo
usuário do equipamento, para facilitar a seleção adequada do filtro.
A quantidade de detritos retidos depende das dimensões das aberturas do elemento filtrante.
Assim, quanto menor as aberturas, tanto maior a quantidade de sólidos filtrados, e menor a
campanha entre uma limpeza e outra. Além disso, quanto menor a abertura, tanto menor a
percentagem de área útil de passagem no elemento filtrante e, consequentemente, tanto maior
será o tamanho do elemento e, logo, o próprio filtro.
3.0VASOS DE PRESSÃO
3.1 DEFINIÇÃO
122
São equipamentos de processo, estanques, de dimensões e formato normalizados, capazes de
conter um fluído pressurizado. Para ser considerado um vaso de pressão é necessário que o
resultado do produto P x V seja superior a 8.
A pressão(P) é considerada em Kpa e o volume (V) em m³.
1 Kg/cm² = 98,066 Kpa = 0,098 Mpa
Os vasos de pressão são partes constituintes e importantes tanto no meio industrial quanto no
nosso cotidiano, a exemplo de extintores de incêndio, panelas de pressão, alguns modelos de
recipientes aerossóis, entre outros.
Os vasos de pressão são classificados em: a) Vasos sujeitos a chama e b) Vasos não sujeitos a
chama.
Os vasos não sujeitos a chama, como o próprio nome indica, não estão submetidos a contacto
com chama de nenhuma espécie. São empregados em três casos gerais nas indústrias
químicas/petroquímicas:
Armazenamento de gases sob pressão;
Como exemplos de vasos não sujeitos a chama podemos citar, Vasos de armazenamento e de
acumulação intermediários, Torres de destilação fracionada, Torres de Absorção, Torres de
Extração, Reatores Químicos, Evaporadores, Esferas de Armazenamento de Gases
Liquefeitos, Vasos Separadores de Fases, Trocadores de Calor etc.
TORRE DE EXTRAÇÃO
Os vasos sujeitos a chama são vasos como fornos e caldeiras que estão expostos a ação da
chama.
Não é difícil notarmos a existência de dois grandes fatores físicos reinantes no interior de
vasos de pressão sujeitos à ação de chama, que são: pressão e temperatura. No caso das
caldeiras temos ainda que acrescentar como fator complementar a corrosão. Com relação a
123
isso é possível obter uma previsão satisfatória do seu comportamento, e com isso exercer um
controle em um vaso de pressão.
Os vasos de pressão são regidos pela norma NR 13, que por sua vez classifica os vasos de
pressão, segundo o tipo de fluido e o potencial de risco.
Os vasos usados na indústria em geral, são geralmente cilindros metálicos, feitos de chapas
soldadas, com as extremidades fechadas por calotas semi-elípticas, torrisféricas ou semi-
esféricas. Conforme a posição em que operam podem ser classificados em verticais ou
horizontais.
Dentre as funções dos vasos podemos citar:
Armazenar produtos entre etapas diferentes do processamento.
124
Funcionar como acumulador de produtos para uso em emergências e partidas.
Regulador de fluxo diluindo as oscilações do mesmo.
Além dessas funções gerais, os vasos podem ter funções específicas como de reatores,
decantadores, dessalgadores, secadores, lavagem, etc.
Bocas de Visita: são aberturas flangeadas, as quais permitem o acesso ao interior do vaso para
inspeção e manutenção.
Nos vasos de pequeno porte em lugar da boca de visita costuma-se ter uma das extremidades
flangeadas em vez de calota soldada.
Acessórios: Nos vasos com funções específicas, (secadores, reatores, etc.) são encontrados
outros componentes como telas (demisters), grades, suportes para recheios, chicanas
defletoras, etc., cuja finalidade é de adaptá-lo à função a que se destina.
125
Componentes do vaso de pressão
Dentre os acessórios dos vasos, podemos citar o DEMISTER como um dos mais importantes.
Nem todos os vasos têm instalado em seu interior o DEMISTER que eventualmente são
encontrados também nas torres. A sua principal utilização nos processos industriais é como
um meio mecânico capaz de reter partículas líquidas agregadas a uma corrente gasosa que
deixa o topo de um vaso ou uma torre fracionamento. Em Todos os vasos instalados na
sucção de compressores, o DEMISTER é instalação obrigatória.
126
Outras utilizações para o DEMISTER são:
a) agente minimizador da poluição atmosférica em plantas de ácidos e similares.
b) evitar arraste de líquido e solvente em torres absorvedoras e extratoras.
c) presença obrigatória em torres de destilação a vácuo.
d) segurar partículas líquidas em vasos de knok-out. em geral.
Construtivamente, o demister consiste em telas finas colocadas de maneira superpostas,
prensadas entre grades metálicas de suportação e fixadas ao vaso por arames adequados e do
mesmo material utilizado nas telas. Eventualmente os demisters podem ser construídos de
telas plásticas ou de materiais fibrosos.
127
3.2.3. RUPTURA DOS VASOS
São três as principais causas que podem acarretar a destruição ou ruptura de um vaso:
Excesso de pressão interna
Vácuo
Corrosão
Veremos a seguir os passos que geralmente são dados para proteger o equipamento ou
controlar sua deterioração, a fim de permitir uma operação com segurança.
EXCESSO DE PRESSÃO
Para impedir que o vaso suporte pressões acima daquelas para qual foi projetado, instala-se no
corpo do mesmo uma ou mais válvulas de segurança, as quais ao atingirem o limite de pressão
para a qual foram calibradas, descarregam o excesso de produto para a atmosfera ou sistema
de "flare", fechando-se novamente ao ser restabelecida a pressão normal de operação, alguns
vasos, além da válvula de segurança tem também um disco de ruptura.
VÁCUO
Os vasos, apesar de suportar vários quilogramas de pressão interna, devido a sua configuração
estrutural são incapazes de resistir a pequenas depressões, a não ser que, tenham sido
projetados para tal.
Em vasos de baixa pressão que recebem produto de um sistema e alimentam outro, por meio
de uma bomba que succiona diretamente do vaso, há constante perigo de formação de vácuo,
caso a retirada de produto torne-se maior do que o recebimento, devido às oscilações do '.
processo.
Nesses casos costuma-se fazer uma injeção de gás no sistema, a fim de manter a pressão
positiva dentro do vaso.
CORROSÃO
Para diminuir a corrosão, que reduz a espessura das paredes do vaso, costuma-se adicionar
inibidores de corrosão ao produto que flui pelo vaso, cuja função principal é formar uma
película contínua e constante sobre as partes a serem expostas ao contato com o produto
corrosivo.
Em paralelo a este procedimento, controla-se a perda de espessura de parede que ainda possa
ocorrer por meio de cilindros de corrosão; soldam-se à parede interior do vaso, dois pequenos
cilindros de material resistente à corrosão (aço inoxidável).
Com um instrumento especial, mede-se à distância L, à medida que a parede do vaso vai
sendo corroída esta distância(L) vai aumentando. Pode-se assim, por diferença entre leituras,
calcular o valor da perda de espessura num certo período de tempo (6 meses, 1 ano).
Idêntico procedimento é usado em outros equipamentos como torres, onde também não é
possível a leitura.direta da perda de espessura das chapas.
Além deste tipo de medição usam-se também aparelhos ultra-sônicos que dão leituras rápidas
e bastante precisas.
Como os equipamentos devem operar muitos anos sem reposição, na fabricação usa-se uma
chapa mais grossa do que a necessária para suportar a pressão máxima de operação,
chamando-se este acréscimo (geralmente de 3 mm) de “sobre espessura para corrosão”.
128
Vimos acima, finalidades, componentes e principais problemas que podem ocorrer com os
vasos numa unidade industrial. Como qualquer equipamento de indústria petroquímica que
trabalhe sob condições severas de temperatura e pressão, os vasos merecem por parte dos
operadores atenção constante. Os vasos não possuem partes móveis, por isso o seu desgaste
não existe por esse aspecto, entretanto algum acompanhamento de rotina é necessário ser feito
para evitar distúrbios no processo. Nas paradas, especial atenção deve ser dedicada aos vasos
que contiveram hidrocarbonetos durante a operação.
Enumeramos a seguir algumas condições que devem ser observadas quando nas diversas fases
da operação.
Partida
Considerando a unidade voltando após uma parada para manutenção, algumas medidas devem
ser tomadas, visando a entrada do vaso em operação:
a) Efetuar inspeção interna antes do vaso ser fechado definitivamente, visando remover
detritos remanescentes de quaisquer serviços executados no seu interior (eletrodos,
pedaços de solda, trapos, etc.), como também verificar se seus internos estão de
acordo com as recomendações de projeto.
b) Remover raquetes ou flanges cegos instalados para o isolamento do vaso durante os
serviços de manutenção, reinstalar linhas e demais conexões removidas durante a
parada.
c) Instalar, se tiverem sido removidos, todos os instrumentos (LG, LC, PG, TG),
mantendo-os bloqueados se a purga para partida for feita com vapor.
d) Preparar o alinhamento do sistema em que o vaso estiver, para dar inicio à purga (com
nitrogênio ou steam-out).
e) Iniciar a purga do sistema, incluindo o vaso, mantendo abertos vents e drenos. Se for
utilizado vapor (steam-out) é importante manter vigilância na pressão interna, visto
que é possível haver formação de vácuo no seu interior, se demorar à admissão de gás.
Nos vasos que trabalham a temperaturas muito baixas (criogênicas) a purga com
nitrogênio deve ser mantida até que a umidade caia a níveis inferiores a 1 ppm ou o
ponto de orvalho igual a –700C.
f) Quando a purga for considerada concluída (se foi utilizado nitrogênio, determinar teor
de O2 analiticamente, admitir gás sistema de acordo com as instruções operacionais.
Nessa fase, colocar todos os instrumentos em condição de operar.
g) Drenar água remanescente do steam-out.
h) Durante a fase inicial da partida, checar com freqüência o sinal de nível transmitido e
controlado pelo painel com o LG.
Parada
Considerando a unidade parada para ser entregue à manutenção, algumas medidas devem ser
tomadas, visando a abertura do vaso:
a) Remover todo o líquido do seu interior, drenando o remanescente para o esgoto.
b) Iniciar a purga do sistema, incluindo o vaso, mantendo abertos vents e drenos. Se for
utilizado vapor (steam-out), manter os instrumentos bloqueados.
c) Quando a purga for considerada concluída, caso o vaso deva ser aberto para inspeção
e/ou manutenção, providenciar instalação de raquetes em suas conexões. O
raqueteamento do vaso poderá ser dispensado se a parada se estender aos demais
equipamentos do sistema, cujos limites estão previstos ser isolados.
d) Antes de liberar o vaso para a manutenção abrir a boca de visita, solicitar realização
do teste de explosividade nos drenos e vents da purga visando determinar presença de
fluídos inflamáveis. Reiniciar a purga se o teste for positivo.
129
e) Abrir a boca de visita do vaso se não for constatada presença de fluídos inflamáveis
nos testes efetuados.
f) Antes de permitir a entrada de alguém no vaso, certificar-se completamente do seu
isolamento e solicitar realizar os testes complementares que possibilitem a entrada de
pessoas no seu interior, de maneira segura. Há casos em que a entrada no vaso requer
acompanhamento permanente do órgão de segurança, visto ser necessário fazer os
trabalhos em atmosfera de nitrogênio (sentinela).
Operação normal
Em condições normais de operação os vasos devem ser rotineiramente (pelo menos uma vez
por turno), inspecionados pelo operador da área, que observará o seguinte:
.
a) Confrontação do nível existente no LG com o transmitido ao painel, comunicando
quando houver grande discrepância.
b) Temperatura elevada para as condições normais de operação.
c) Confrontação da pressão indicada no PI com a transmitida ao painel, comunicando
quando houver grande discrepância.
d) Eventuais vazamentos existentes em flanges e conexões, providenciando o reparo,
caso seja possível; se não for o caso, relacionar e identificar o vazamento para
execução em parada.
e) Inspecionar a válvula de segurança (PSV) quanto à abertura indevida, possibilitando
passagem de produto para fIare, condição geradora de perdas, em última análise
prejuízo.
f) Fazer as leituras das variáveis previstas nas folhas de acompanhamento nos horários
determinados, quando houver.
g) Em vasos que haja possibilidade de acúmulo de água no seu interior realizar
drenagens periódicas.
4 - TANQUES
4.1 INTRODUÇÃO
Em toda e qualquer operação onde o material a ser processado é líquido ou está neste estado,
há necessidade de reservatórios onde esse líquido possa ser armazenado antes do
processamento, em fases intermediárias e após o processamento. Estes reservatórios são
chamados tanques.
Na indústria em geral, os tanques são metálicos e, geralmente, cilíndricos.
As chapas são unidas por solda, rebites ou parafusos. Modernamente usam-se tanques
rebitados somente para estocagem de produtos pesados, sendo a solda o tipo de união mais
empregado.
4.2. CLASSIFICAÇÃO
QUANTO A FUNÇÃO:
130
produtos de alimentação e de produção.
Teto Fixo
Cônico
Curvo
Em guarda-chuva
Usa-se teto fixo para produtos mais pesados como gasóleo, óleo combustível, líquidos em
geral, resíduos.
Teto flutuante
Panela simples
Panela dupla
Flutuador periférico
TIPOS DE COSTADO
Cilíndricos
Esferoidais
ACESSÓRIOS
Bocas de Visita
Bocas de Medição
Bocas de amostragem
Conexões
De entrada de produto
De saída de produto
De ventilação
De drenagem
EQUIPAMENTOS AUXILIARES
131
São válvulas usadas com a finalidade de impedir a formação de vácuo ou aprisionamento de
gases abaixo dos tetos dos tanques, o que ocorreria no caso de esvaziamento total do tanque e
início de enchimento.
Anti-rotacional
É usado a fim de escoar as águas da chuva acumuladas sobre os tetos f1utuantes, o que
aumentaria seu peso, podendo haver perda de flutuação e conseqüente afundamento.
o sistema consiste, geralmente em um dreno central com uma tubulação articulada móvel, que
descarrega a água para fora do tanque. No caso deste dreno entupir ou não dar vencimento ao
volume de água a ser escoada, são previstos drenos auxiliares, em níveis mais altos, que
descarregam a água diretamente para dentro do tanque, semelhantes ao dreno central.
Este sistema consta geralmente de uma bóia ligada por um fio a um mecanismo colocado no
lado de fora do tanque, que dá leitura direta em volume.
Tanque, acompanhando as variações do nível. O sinal transmitido ao painel ocorre em forma
de pulsos, pelo posicionamento dos ressaltos da fita em contato com uma peça fixa.
Escadas
Agitadores
Sistema de Aquecimento
É utilizado a fim de aumentar a fluidez dos produtos dos produtos pesados, como gasóleo e
resíduo de pirólise.
Pode ser de:
Serpentina
Radiador
Feixe tubular
132
Isolamento Térmico
É utilizado quando se quer diminuir a perda de calor tanques de produtos aquecidos.
Câmara de espuma
É um dispositivo do sistema de combate a incêndio destinado a lançar dentro do tanque, sobre
o nível líquido, um lençol de espuma.
5.0 SILOS
133
Riscos de explosões
134
pode-se ver o que restou de uma bateria de silos de concreto, após uma explosão em cadeia,
que causou prejuízos de monta ao patrimônio.
EJETORES
Ejetores são equipamentos que usam a alta velocidade de um jato de gás ou vapor sobre a
massa de gás a ser deslocada, que converte a velocidade da mistura em pressão no interior de
um difusor.
Um ejetor consiste de um bocal por onde passa um jato motor de vapor ou de gás
relativamente à alta pressão, através de uma câmara de sucção dirigida para o interior de um
difusor tipo venturi.
A massa gasosa, cuja pressão deverá ser elevada é atravessada pelo jato no interior da câmara
de admissão.
A mistura, nesse ponto, tem alta velocidade e está na pressão da massa de gás induzida. A
compressão toma lugar assim que a energia da velocidade é transformada em pressão no
interior do difusor.
Ejetores são principalmente usados para comprimir uma massa gasosa desde pressões abaixo
da atmosférica (vácuo), até uma descarga próxima dela.
135
9.1 CICLONES
9.1.1 UTILIZAÇÃO
Ciclones são os equipamentos mais usados para separar pós de gases. Os ciclones são usados
em casos onde a parte desejada é o pó.
Nos ciclones, o gás carregado de pó entra tangencialmente numa câmara cilíndrica ou cônica,
por um ou mais pontos e sai por uma abertura central. Dentro do ciclone, a forca centrífuga
obriga o gás e o pó a uma trajetória helicoidal, de modo que o pó é lançado contra a parede
interna, perdendo velocidade e caindo para fora do ciclone. As figuras abaixo ilustram
ciclones.
136
Figura 16 - Ciclones
Geralmente é necessário recuperar os sólidos arrastados pelo gás que deixa o espaço de
separação do leito fluidizado. A maior parte destes sólidos é removida, em geral, mediante
137
ciclones. No entanto, em alguns poucos casos, habitualmente em unidades em pequena escala,
usam-se filtros sem ciclones para reduzir a carga dos sólidos no gás.
Para uso em temperatura elevada, adota-se cerâmica porosa ou metal sinterizado. Adotam-se
unidades múltiplas, de modo que uma delas pode ser limpa a sopro enquanto as outras estão
em operação. A figura abaixo ilustra 5 disposições de ciclones em leito fluidizado.
a) interno de simples estágio, b) interno de duplo estágio, c) externo, simples estágio com
retorno de pó ao leito, d) externo duplo estágio com retorno de poeira, e) externo duplo
estágio com coleta externa de poeira
Figura 18 - Disposições de ciclones em leito fluidizado
O selo é efetivado, usualmente, pela inserção de uma coluna vertical no leito fluidizado. A
experiência mostra - especialmente no caso de leitos profundos, que a ponta inferior da coluna
deve ser protegida da ação de bolhas de gás avantajadas; porque a passagem de uma destas
bolhas pela coluna vertical provocaria momentaneamente grande perda de eficiência, pois
arrastaria grande quantidade de sólidos finos.
A proteção se faz mediante uma chapa de diâmetro maior que o duto, ligada à extremidade. O
comprimento da coluna de selagem pode ser estimado conforme se mostra no exemplo
seguinte:
São dados: densidade do leito fluidizado = 70 lb/ft3, quando velocidade superficial do gás é 1
ft/s.
138
Pressão total = (3 . 70) /40 + 0,2 + 0,1 = 1,7 lb/in2
Portanto, o fundo da câmara de separação do ciclone deve estar pelo menos a 6,1 + 5 = 11,1 ft
acima do distribuidor de gás. Para fazer face a irregularidades, a modificações na distribuição
de tamanhos, adota-se 15 ft.
Além da simples coluna de mergulho, usam-se diversos outros dispositivos para vedar o
retorno de sólidos no ciclone, especialmente nos de segundo estágio. A figura da próxima
página mostra alguns destes dispositivos.
Um dos mais freqüentemente usados é a válvula a portinhola (item a). Não há concordância
unânime sobre a localização desta válvula - se abaixo do nível do leito ou acima, no espaço
livre. Todos os outros dispositivos descarregam acima do leito.
Em qualquer caso as colunas verticais devem ser bastante grandes para operar
momentaneamente com grandes cargas de sólidos e devem ter selos suficientes para resistir às
quedas de pressão do ciclone e à diferença de densidade entre o fluido do leito e o produto do
ciclone. Segundo se diz, no caso de catalisadores de craqueamento, a densidade dos sólidos
fluidizados recolhidos no ciclone primário é, essencialmente, a mesma que a do leito
fluidizado.
Como regra geral, no entanto, a densidade dos sólidos fluidizados recolhidos pelo primeiro
ciclone é menor que a densidade do leito fluidizado. Cada ciclone dum seqüência recolhe
sólidos mais finos e menos densos. A velocidade do gás na exaustão de um ciclone é menor
que a velocidade no leito, freqüentemente tendo um valor correspondente à metade.
9.1.5 HIDROCICLONES
139
São separadores de sólidos e líquidos, semelhantes a ciclones no formato e uso de força
centrífuga, porém sem ser uma centrífuga propriamente dita. A figura ao lado ilustra um
hidrociclone.
Características:
Figura 20 - hidrociclone
Principais aplicações:
Alguns modelos comercializados operam com vazões de 0,7 a 2.895 m3/h. Uma grande
variedade de sistemas de recolhimento dos sólidos que dá opções de perdas mínimas de
líquidos e efetiva minimização de sólidos a descartar.
140
EQUIPAMENTOS DINÂMICOS
1.0 BOMBAS
1.1 - DEFINIÇÃO
Bombeamento pode ser definido como o efeito de adicionar energia a um fluido para
movê-lo de um ponto a outro. Como energia é a capacidade de produzir trabalho, adicioná-la
a um fluido permite que o mesmo execute um trabalho, ou seja, fluindo através de uma
tubulação ou atingindo um ponto com a cota mais elevada. Este efeito é obtido através das
bombas que são máquinas operatrizes hidráulicas.
Este ganho de energia pode ser avaliado pela diferença entre os trinômios de
Bernoulli na saída e na entrada da bomba.
1.2 - CLASSIFICAÇÃO
As bombas classificam-se em duas grandes categorias, em função dos métodos
mais comuns de aumentar a energia do fluido que são os equipamentos de deslocamento
positivo ou volumétricos e os de ação centrífuga ou turbo-bombas.
1.2.1 - Turbo-Bombas
São máquinas que consistem essencialmente de uma carcaça dentro da qual gira um rotor
provido de pás. A movimentação do líquido é produzido por forças desenvolvidas na
massa líquida.
FIG.III.2.1 FIG.III.2.2
141
As Turbo-bombas são classificadas em função da direção da resultante do
movimento do líquido em relação ao eixo de rotação do rotor e consistem basicamente em três
tipos:
FIG.III.2.3
142
FIG III 2.4 FIG. III.2.5
143
c) Axiais ou Helicoidas
Quando a direção da resultante do movimento do líquido é paralela ao eixo de
rotação.
144
FIG. III.2.2.1
b) Bombas Rotativas
A designação bombas rotativas é genérica pois abrange uma grande variedade de
bombas, todas volumétricas, em que o movimento do líquido é produzido através do
movimento de rotação de um elemento mecânico que pode ser:
Engrenagens, lóbulos, parafusos, paletas deslizantes , etc.
FIG.III.2.2.2
145
FIG. III 2.2.3
FIG.III.2.2.4
FIG.III.2.2.5
FIG.III.2.2.6
FIG.III.2.2.7
146
Bombas Centrífugas
Classificação
As bombas centrífugas podem ser classificadas das seguintes formas:
a) De acordo com a posição do eixo.
a.1) Bombas de eixo horizontal - São as mais comumente encontradas e são as mais versáteis
e aplicáveis às mais diversas finalidades.
FIG.IV.1.1
a.2) Bombas de eixo vertical - São utilizadas em situações particulares tais como:
- o espaço para a instalação é reduzido
FIG.IV.1.2
147
- problemas com a altura de sucção
FIG.IV. 1.3
FIG.IV.1.4
148
c) De acordo com o número de rotores
c.1) Bombas de um estágio - Utilizam apenas um rotor e são indicadas para sistemas com
baixa altura manométrica.
FIG.IV.1.6
c.2) Bombas de múltiplos estágios - Utilizam dois ou mais rotores, montados em série,
indicadas para sistemas com grande altura manométrica.
FIG.IV.1.7
149
COMPONENTES DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS
Os principais componentes das bombas centrífugas que serão estudados são os seguintes:
- Carcaça (Casing)
- Impelidor ou rotor (Impeller)
- Eixo (Shaft)
- Luva do Eixo (Shaft Sleeve)
- Anéis de Desgaste (Wearing Rings)
- Caixa de Gaxetas (Stuffing Box)
- Selo Mecânico (Mechanical Seal)
- Acoplamento (Coupling)
- Mancais (Bearings)
Carcaça
FIG.IV.2.1
Carcaça em voluta
A carcaça em voluta apresenta o canal de descarga com área crescente no sentido do
escoamento do fluido, promovendo a transformação de energia cinética em energia de
pressão, o que será demonstrado no capítulo referente ao princípio de funcionamento das
bombas centrífugas.
Os esforços radiais nas bombas com carcaça em voluta se desenvolvem conforme indicado na
figura abaixo, o que evidencia que a operação deste tipo de bomba em pontos afastados do
correspondente ao de máxima eficiência, causa esforços que podem comprometer a vida útil
dos mancais.
Para combater este problema que limita a faixa de operação das bombas, foi desenvolvida a
carcaça com dupla voluta, indicada na figura abaixo, que dispõe de uma garganta interna com
a finalidade de equalizar os esforços radiais.
150
FIG.IV.2.1.1 FIG.IV.2.1.2 FIG.IV.2.1.3
FIG.IV.2.1.4
FIG.IV.2.1.5 FIG.IV.2.1.6
151
FIG.IV.2.1.7
Carcaça Bi-Partida
As carcaças bi-partidas apresentam como principal vantagem à facilidade de manutenção,
pois permitem o acesso às partes internas sem a necessidade de desconectar a bomba das
tubulações de sucção e recalque.
FIG.IV.2.1.8 FIG.IV.2.1.9
Impelidor ou Rotor
O impelidor é o componente de maior importância na bomba centrífuga, sua classificação
pode ser feita das seguintes maneiras:
a) Quanto à forma construtiva - Aberto, Semi-aberto, Fechado
b) Quanto ao tipo de sucção - Sucção Simples, Sucção Dupla
c) Quanto ao modelo e forma das pás - Retas, Francis-Vane, Mixed-Flow e Axial (Propeller)
152
FIG.IV.2.2.1
b) Rotores Semi-Abertos
São dotados de uma nervura integral (back-wall) e sua aplicação é semelhante à dos rotores
abertos. Ocasionalmente são dotados de pequenas paletas na parte posterior (Pump-Out
Vanes) para reduzir a contra pressão na parte posterior do cubo do rotor e impedir o acúmulo
de partículas sólidas na parte posterior do rotor, que podem interferir no desempenho da
bomba e do sistema de vedação do eixo.
Fig. IV.2.2.2
c) Rotores Fechados
São normalmente utilizados no bombeamento de líquidos sem ou com o mínimo de sólidos
em suspensão e são dotados de paredes laterais que formam um canal fechado desde a entrada
do impelidor até a periferia. A principal vantagem é a redução do volume recirculado entre as
câmaras de sucção e descarga da bomba, porém torna-se necessária uma vedação entre a
carcaça e o rotor.
FIG.IV.2.2.3
153
Quanto ao tipo de Sucção
a) Sucção Simples - (End Suction)
Neste tipo de rotor a entrada do líquido se dá por apenas um lado do rotor.
FIG.IV.2.2.4 FIG.IV.2.2.5
b) Sucção Dupla
Neste tipo de rotor a entrada do líquido se dá por ambos os lados do rotor.
FIG.IV.2.2.6
FIG.IV.2.2.7
154
Neste rotor a superfície da paleta tem dupla curvatura, este rotor é freqüentemente
denominado Francis-Screw Vane ou Screw Vane Impeller.
FIG.IV.2.2.8
FIG.IV.2.2.9
FIG.IV.2.2.10
155
FIG.IV.2.2.11
A classificação dos rotores quanto ao modelo e forma das pás, é decorrente do conceito de
velocidade especifica que será abordado no capitulo IX. O gráfico abaixo indica a variação do
perfil dos rotores em função da velocidade especifica.
FIG.IV.2.2.12
156
Eixo (Shaft)
Velocidades Críticas
A velocidade crítica é o fator chave na seleção do diâmetro dos eixos, o usuário de bombas
centrífugas deve ter conhecimento sobre este assunto.
Qualquer objeto feito de um material elástico tem um período natural de vibração. Quando a
bomba gira a uma velocidade correspondente à sua freqüência natural, pequenos
desbalanceamentos são amplificados. Estas velocidades são chamadas velocidades críticas,
sendo a menor delas denominada a 1ª velocidade crítica, a próxima a 2ª velocidade crítica e
assim por diante.
No estudo de bombas centrífugas a nomenclatura “eixo rígido” significa que o mesmo foi
dimensionado para operar com rotação inferior à correspondente à 1ª velocidade crítica,
enquanto que a nomenclatura eixo flexível significa que o eixo foi dimensionado para operar
com rotação acima da 1ª velocidade crítica.
Bombas com rotação até 1750 RPM são usualmente do tipo “eixo rígido”, ao passo que
bombas com elevada altura manométrica operando a 3600 RPM ou acima, tipo múltiplos
estágios, são usualmente do tipo eixo flexível.
FIG.IV.2.3.1
FIG.IV.2.3.2
157
Luva do Eixo (Shaft Sleeve)
Os eixos das bombas são normalmente protegidos contra erosão, corrosão e desgaste nas áreas
da caixa de gaxetas, mancais internos e áreas de contato com líquido bombeado, através de
luvas substituíveis. A função mais comum da luva de eixo é a de proteção contra desgaste na
região da caixa de gaxetas.
FIG.IV.2.4.1
FIG.IV.2.4.2
158
pela presença de sólidos (areia) em suspensão no líquido bombeado que recircula entre as
câmaras de sucção e descarga. O aumento destas folgas implica no aumento da vazão
recirculada e a conseqüente redução da vazão nominal da bomba que passa a operar fora do
ponto de rendimento ideal. Este fato tem relação direta com a eficiência energética do
conjunto bomba-acionador.
FIG.IV.2.5.1 FIG.IV.2.5.2
FIG.IV.2.5.3
Modernamente os anéis de desgaste metálicos tem sido substituídos com sucesso por anéis de
compostos termoplásticos que permitem montagens com folgas mais reduzidas e mesmo
assim com menor risco de abrasão e grimpamento, a figura abaixo ilustra a redução das folgas
entre rotor/carcaça com a utilização de compostos termoplásticos.
159
FIG.IV.2.5.4
Como já foi dito, os benefícios decorrentes da redução das folgas entre rotor e carcaça são:
o as bombas operam com maior rendimento com a redução da recirculação interna e
conseqüente redução da potência consumida.
o a possibilidade de ocorrência de cavitação é minimizada
o redução dos níveis de vibração
A caixa de gaxetas é um dos componentes mais importantes da bomba centrífuga pois mesmo
pequenos defeitos na disposição de seus elementos ou os primeiros sinais de seu
comprometimento ou desgaste podem dificultar o funcionamento satisfatório da bomba ou até
mesmo impedir o funcionamento da mesma.
A função principal da caixa de gaxetas é evitar a ocorrência de vazamentos nos pontos onde o
eixo atravessa a carcaça. Entretanto esta função pode variar em decorrência do arranjo de
instalação da bomba. Assim sendo, se a bomba opera com altura manométrica de sucção
negativa (suction lift) a pressão no interior da caixa de gaxetas é inferior à pressão atmosférica
e nesse caso sua função é impedir a entrada de ar para o interior da bomba, ver figura
IV.2.6.1.
FIG.IV.2.6.2 FIG.IV.2.6.1
Se a bomba opera com altura manométrica de sucção positiva (suction head) a pressão no
interior da caixa de gaxetas é superior à pressão atmosférica e nesse caso sua função é impedir
o vazamento de líquido para fora da bomba, ver figura IV.2.6.2.
Quando a bomba opera com altura manométrica de sucção negativa (suction lift) a
extremidade interna da caixa de gaxetas é submetida a vácuo e o ar tende a entrar na bomba,
nestas condições o conjunto de gaxetas é separado em duas seções por intermédio de uma
peça denominada anel de lanterna. Através do anel de lanterna injeta-se sob pressão água ou
outro líquido de selagem que fluirá axialmente em ambas as direções. Este dispositivo é de
160
extrema importância em casos de bombeamento de líquidos inflamáveis ou quimicamente
ativos pois impede o vazamento do mesmo para fora da bomba. Os anéis de lanterna são
normalmente bi-partidos para facilitar a montagem,(ver fig. IV.2.6.5)
FIG.IV.2.6.5
FIG.IV.2.6.3
FIG.IV.2.6.6
FIG.IV.2.6.4
Na maioria dos casos, para bombas de serviços gerais, a caixa de gaxetas consiste em um
receptáculo de forma cilíndrica, integrado à carcaça da bomba, que acomoda um certo número
de anéis de gaxeta dispostos ao redor do eixo ou da luva do eixo e quando requerido, os anéis
de gaxeta são divididos em duas seções com a inserção do anel de lanterna.
Os anéis de gaxeta são comprimidos para o ajuste necessário no eixo ou na luva, através da
sobreposta (Gland) que com o aperto desloca-se axialmente em direção ao interior da caixa de
gaxetas.
Quando a bomba opera com água limpa e fria, a selagem é feita através da água retirada da
descarga da bomba, quando a bomba for de múltiplos estágios, a tomada de água de selagem é
feita em um estágio intermediário.
Os casos em que se recomenda uma fonte externa e independente de água de selagem são os
seguintes:
1) Bomba operando com altura manométrica de sucção negativa (suction lift) maior que 15
ƒt (4,57 m)
2) Pressão de descarga abaixo de 23ƒt (7,01 m)
161
3) Água quente, acima de 250° F (120°C), sendo bombeada sem adequado resfriamento
(exceto bombas de caldeira cuja selagem é mecânica)
4) Água suja e/ou arenosa sendo bombeada
5) O líquido bombeado é ácido ou viscoso, em bombas cuja caixa de gaxetas não foi
projetada para este fim.
FIG.IV.2.6.7 FIG.IV.2.6.8
FIG.IV.2.6.9
FIG.IV.2.6.10
162
b) mais afastado do rotor:
Em situações que a diluição do líquido bombeado deve ser evitada.
FIG.IV.2.6.11
FIG.IV.2.6.12 FIG.IV.2.6.13
163
FIG.IV.2.6.14 FIG.IV.2.6.15
As caixas de vedação convencionais (caixa de gaxetas) bem como a composição dos anéis de
gaxetas são impraticáveis para serem usadas como método de selagem do eixo para muitas
condições de serviço. Como já foi dito no item anterior, nas caixas de gaxetas, a selagem entre
o eixo ou a luva de eixo e o conjunto estacionário da caixa, é feita por meio de anéis de
gaxetas colocados entre as superfícies a serem vedadas e ajustados por meio de aperto da
sobreposta. O vazamento é supervisionado e controlado pelo maior ou menor aperto da
sobreposta. A natureza semi plástica dos anéis de gaxetas permite que os mesmos se ajustem
ao eixo ou luva do eixo eliminando o vazamento. Entretanto após um certo ponto, o
vazamento continua, independentemente de quão apertada esteja a sobreposta. A energia
dissipada sob a forma de atrito aumenta rapidamente, não havendo o resfriamento necessário
e a gaxeta deixa de cumprir sua finalidade.
Deve ser ressaltado que em tais circunstâncias o eixo ou a luva do eixo pode ser severamente
danificado comprometendo definitivamente o sistema de vedação.
Estas condições indesejáveis proíbem o uso da caixa de gaxetas, como método de selagem,
em serviços que exigem a garantia de um mínimo vazamento mesmo sob severas condições.
Desta forma eliminou-se a prática de utilizar superfícies axiais como superfícies de vedação,
164
que para tal fim, somente os anéis de materiais semi plásticos são adequados pois moldam-se
ao eixo, compensando o desgaste.
Outro fator que torna impróprio o uso de caixas de gaxetas é o baixo valor lubrificante de
certos líquidos (propano, butano) que agem como solventes do lubrificante que é impregnado
nos anéis de gaxeta, ressecando-os e reduzindo sua vida útil.
Face aos problemas decorrentes das limitações da caixa de gaxetas, desenvolveu-se um novo
sistema, denominado selo mecânico o qual já comprovou sua eficiência e confiabilidade,
porém como tanto um sistema quanto o outro estão sujeitos ao desgaste, nenhum é perfeito. A
escolha de um ou outro é decorrente da aplicação e em alguns casos ambos tem bom
desempenho e a escolha é mera questão de preferência pessoal ou de custo inicial.
Embora possam diferir em vários aspectos físicos, todos os selos mecânicos operam
fundamentalmente com base no mesmo princípio.
As superfícies de selagem de qualquer tipo de selo estão localizadas em um plano
perpendicular ao eixo e usualmente consistem de duas superfícies adjacentes altamente
polidas, sendo uma conectada ao eixo e a outra à parte estacionária da bomba.
A completa selagem é consumada pelas partes fixas. As superfícies polidas, que são de
materiais diferentes, são mantidas continuamente em contato pela ação de uma mola,
formando uma selagem hermética entre os componentes rotativos e estacionários com um
mínimo de perdas por atrito. Quando o selo é novo o vazamento é mínimo e pode até ser
considerado inexistente. Para aliviar a diferença entre as pressões interna e a atmosférica fora
da bomba, é requerida uma pequena vazão de líquido através das superfícies do selo, esta
vazão pode ser de uma gota a intervalos curtos.
Os selos mecânicos são similares aos rolamentos no que diz respeito às folgas nas superfícies
girantes com um filme fluido entre elas. A lubrificação e a refrigeração são garantidas por este
filme. Existem dois arranjos básicos de selos mecânicos:
a) Selo com montagem Neste arranjo, o elemento rotativo está montado dentro da caixa e
interna está em contato com o líquido bombeado.
FIG.IV.2.7.1 FIG.IV.2.7.2
b) Selo com montagem Neste arranjo, o elemento rotativo está montado fora da caixa.
externa
165
FIG.IV.2.7.3 FIG.IV.2.7.4
No arranjo com montagem interna, a pressão do líquido na bomba tende a forçar a parte
rotativa contra a estacionária, ao passo que no arranjo com montagem externa a pressão tende
a afastá-las. Porém, em ambos os arranjos existem três pontos primários onde a vedação deve
ser consumada:
FIG.IV.2.7.5
FIG.IV.2.7.7 FIG.IV.2.7.9
166
FIG.IV.2.7.6 FIG.IV.2.7.8
Para a selagem do primeiro ponto, junta convencional ou “O” Ring são normalmente
utilizados.
- Vazamentos entre o elemento rotativo do selo e o eixo são contidos através de “O” Ring.
- Vazamentos entre as superfícies em contato não podem ser totalmente eliminados mas são
mantidos a uma intensidade mínima através de um contato firme entre elas.
Observando a figura do selo com montagem interna, na sua forma mais simples, a pressão
interna atua no sentido de juntar as faces.
Se o líquido bombeado for um bom lubrificante e a pressão não exceder a 150 psi, esta carga
não prejudicará o selo. Este arranjo é conhecido como selo não balanceado.
FIG.IV.2.7.10
Quando estas condições não são atendidas (pressão máxima de 150psig e líquido com
propriedades lubrificantes) utiliza-se um tipo de selo em que a parte rotativa do mesmo dispõe
de áreas para que atuação da pressão interna crie forças de sentidos opostos cuja resultante
atue no sentido de juntar as faces do selo com uma menor intensidade. Este arranjo é o
chamado selo balanceado, que tem sido usado de forma satisfatória em situações de altas
pressões internas, porém abaixo de 50psig quando a força de selagem é reduzida a um valor
insuficiente para garantir a selagem adequada, sua utilização não e recomendada.
167
FIG.IV.2.7.11 FIG.IV.2.7.12
Dois selos mecânicos podem ser montados em uma caixa de selagem constituindo uma
selagem interna dupla. Este arranjo é utilizado para bombas conduzindo líquidos altamente
tóxicos ou inflamáveis que não podem escapar para a atmosfera. É também aplicável para o
bombeamento de líquidos corrosivos ou abrasivos à baixas ou altas temperaturas. A injeção
de um líquido limpo, filtrado e inerte é feita entre os dois selos com uma pressão ligeiramente
acima da pressão atuante no lado interno do selo. Esta selagem impede o contato do líquido
bombeado com os selos ou o seu vazamento para a atmosfera.
FIG.IV.2.7.13 FIG.IV.2.7.14
A emissão da norma API 682, em 1994, estabeleceu uma nova categoria de selos que atendem
às exigências ambientais quanto ao limite de emissões e também definindo um limite de
serviço ininterrupto de serviço, de três anos. Esses selos também estão em conformidade com
a norma ISO 21049. São denominados selos ISC (innovative standard cartridge) aplicáveis
para processos químicos, refinaria, água, águas servidas, etc.
FIG.IV.2.7.15
168
Acoplamento (Coupling)
FIG.IV.2.8
Os acoplamentos podem ser rígidos ou flexíveis. O acoplamento que não permite nenhum
movimento relativo (axial ou radial) entre os eixos motriz e conduzido é chamado
acoplamento rígido, pois os conecta solidamente transformando-os num único eixo.
Acoplamentos rígidos são restritos a bombas verticais. Por outro lado, acoplamentos flexíveis
são dispositivos que conectam dois eixos, garantindo a transmissão de torque, do motriz para
o conduzido, porém permitindo pequenos desalinhamentos (angular, paralelo ou a
combinação de ambos). Embora existam opiniões favoráveis ao fato que acoplamentos
flexíveis aceitam desalinhamentos em casos emergenciais, mesmo assim é um fato
indesejável que não deve ser permanentemente tolerado. As conseqüências são danos
causados aos eixos, ocorrência de cargas adicionais aos mancais das bombas e do acionador
requerendo manutenção freqüente. Convém lembrar que o mal estado dos mancais afeta
diretamente o rendimento do acionador, da bomba e do conjunto havendo maior atrito e perda
da eficiência energética.
O acoplamento flexível deve permitir uma flutuação longitudinal dos eixos de forma que, suas
extremidades possam se aproximar e/ou se afastar sob a influência da expansão térmica,
flutuação hidráulica, mudança do centro magnético de motores elétricos, movendo-se desta
forma sem introduzir excessivos esforços nos mancais.
Acoplamento Rígido
169
FIG.IV.2.8.1
Consiste basicamente de uma bucha duplo cônica onde são introduzidas as extremidades dos
eixos. Para o aperto da bucha são utilizados dois flanges que ao serem fixados entre si através
de parafusos, comprimem a bucha contra as duas extremidades dos eixos e o ajuste obtido
garante a transferência de torque sem o uso de chavetas.
FIG.IV.2.8.2
Acoplamento Flexível
170
FIG.IV.2.8.3
b) Acoplamento Lovejoy:
É uma derivação do acoplamento com pinos amortecedores e consiste em dois flanges cujas
faces são dotadas de mandíbulas (ressaltos) que se encaixam porém sem haver contato lateral
entre eles, o que é evitado pela inserção de uma estrela de material flexível (Spider) a qual
absorve pequenos desalinhamentos e vibrações.
FIG.IV.2.8.4 FIG.IV.2.8.5
FIG.IV.2.8.6 FIG.IV.2.8.7
171
FIG.IV.2.8.7.A
Consiste em dois pares de engrenagens, cada par constituído de uma capa externa com um
anel com dentes internos e uma engrenagem fixada na extremidade do eixo. Os pares de
engrenagens são fixados entre si através de parafusos. A fixação das capas externas é
hermética para reter o óleo lubrificante e o torque é transmitido pelos dentes das engrenagens.
FIG.IV.2.8.8
Consiste em dois flanges, uma mola de aço temperado formando uma grade e uma capa de
aço. A periferia dos flanges é ranhurada para a inserção da mola. O formato das ranhuras é tal
que acomoda a deformação da mola aumentando gradativamente a superfície de contato entre
a mola e as ranhuras à medida que a carga aumenta. Este acoplamento é lubrificado com
graxa.
FIG.IV.2.8.9 FIG.IV.2.8.10
172
c.3) Acoplamento com Luva Espaçadora (Spacer Sleeve Coupling):
Muito utilizado em bombas com construção BPO (Back Pull Out) em que todo o conjunto
girante (rotor/eixo/mancais) é removido axialmente em direção ao acionador, sem que haja
necessidade de remoção do acionador, da carcaça da bomba e das tubulações de sucção e
descarga. Consiste basicamente em um sistema de acoplamento com engrenagens acrescido
de uma luva espaçadora.
É muito utilizado também em sistemas operando com líquidos quentes onde há possibilidade
de expansão térmica e também em casos que se requer o mínimo tempo de indisponibilidade
do equipamento tornando os serviços de montagem e desmontagem mais rápidos.
FIG.IV.2.8.11 FIG.IV.2.8.12
Mancais (Bearings)
A função dos mancais nas bombas centrífugas é manter o eixo e o rotor em alinhamento
correto com os componentes estacionários sob a ação de esforços radiais e axiais.
Os mancais que garantem o posicionamento radial e suportam as cargas desta natureza, são os
mancais radiais (mancais guia – line bearings) e os que garantem o posicionamento axial e
suportam os empuxos axiais são os mancais de escora (thrust bearings).
Todos os tipos de mancais têm sido usados em bombas centrifugas, havendo casos em que o
mesmo modelo de bomba é apresentado com duas ou mais opções de tipos mancais,
escolhidos pelo usuário em função das condições de serviço ou preferência do usuário.
Os tipos mais usuais de mancais são:
a) Mancais de Deslizamento (Babbitted Bearings)
b) Mancais de Rolamentos (Ball Bearings)
c) Mancais Kingsbury (mancal combinado)
d) Mancais planos ou de sapatas
173
FIG.IV.2.9.1
Nas figuras abaixo estão indicados alguns tipos de mancais normalmente utilizados em
bombas centrífugas.
FIG.IV.2.9.2 FIG.IV.2.9.3
174
FIG.IV.2.9.4. FIG..IV.2.9.5
FIG.IV.2.9.6
FIG.IV.2.9.7
175
FIG.IV.2.9.8 FIG.IV.2.9.9
ASSOCIAÇÃO DE BOMBAS
INTRODUÇÃO
ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE
A associação de bombas em série, é utilizada em situações que o sistema exige altura
manométrica elevada. Cabe ressaltar que para a maioria dessas situações são utilizadas
bombas de múltiplos estágios que dispõe de uma associação de impelidores em série. Nas
associações em série, a vazão de cada bomba corresponde à vazão do sistema e a altura
manométrica do sistema corresponde à soma das alturas manométricas das bombas. Quando
se associa duas ou mais bombas em série, deve-se observar a classe de pressão das carcaças
de cada estágio da associação, de forma que a última bomba seja suficientemente resistente
para a pressão final desenvolvida.
176
R2
H2
Q Q R1
B2 H = H1 + H2
FIG. X .1 B1
H1
O exemplo da Fig. X.1 é típico para uma situação em que a bomba de múltiplos estágios não é
a solução mais adequada, sendo necessária a associação em série de B1 e B2 para atendimento
do reservatório R2 enquanto que para o atendimento do reservatório R1 bastaria a operação da
bomba B1. Existem situações em que a vazão requerida é muito alta portanto associa-se em
série, duas bombas para o atendimento da altura manométrica requerida. (FIG.X.1.1)
FIG.X.1.1
177
ASSOCIAÇÃO EM PARALELO
A associação de bombas em paralelo é utilizada em situações que o sistema exige vazões
elevadas ou quando o sistema opera em situações que variam de forma definida. A utilização
de bombas em paralelo oferece a vantagem de, em caso de falha de uma das unidades,
compromete-se uma fração da vazão requerida pelo sistema enquanto que a utilização de uma
única bomba de grande porte, a falha causaria um colapso total no sistema.
Nos casos em que a vazão do sistema varia de forma definida, a utilização de bombas em
paralelo permite uma modulação de vazão do sistema de tal forma que, as bombas operam
sempre nos seus respectivos pontos de máximo rendimento, ou bem próximo deles. A
utilização de uma bomba de grande porte para atender diversas demandas implica em fazê-la
operar em pontos de baixo rendimento, além do risco de colapso total já mencionado.
Q = Q1 + Q2
H
Q1 Q2
B1 B2
FIG. X. 4
178
FIG.X.4.1
A Fig. X.7 permite a análise do sistema interagindo com a curva característica da bomba em
operação individual e quando associadas, nos permitindo verificar que:
a) A distribuição de vazões deve ser tal que evite a condição de duas bombas operando
quando a demanda pode ser atendida por apenas uma bomba, operando em um ponto de
bom rendimento desde que a vazão e altura manométrica desenvolvida sejam suficientes.
Ex: Ponto (Q3 x H3).
179
b) O NPSH disponível em qualquer ponto da curva do sistema seja maior que o requerido
pela bomba.
c) O acionador seja dimensionado para suportar as variações de vazão Q3>Q1=Q2
180
Associação de Bombas Iguais com Curva “Drooping”
Consideremos agora que na Fig. X.4 as duas bombas utilizadas apresentam curvas
características do tipo “Drooping”, neste caso além dos cuidados já salientados no item 10.2.1
Para bombas iguais com curvas estáveis, teremos que observar ainda que:
a) As bombas quando operando em paralelo, deverão desenvolver alturas manométricas
totais inferiores à correspondente ao ponto de shut off (H3>H1=H2 =H)
b) Na partida de uma das bombas, a outra não poderá estar desenvolvendo alturas
manométricas superiores à de Shut Off.
Ao observarmos as curvas das figuras X.8 e X.9, fica claro o entendimento das observações
acima e notamos ainda que esta instalação requer dispositivos de partida confiáveis para que
B2 parta somente após B1 atingir o ponto de operação (Q1 x H1)
181
SERVIÇOS – SELEÇÃO DE BOMBAS – MATERIAIS
INTRODUÇÃO – SERVIÇOS
Considerando que as bombas centrífugas são utilizadas sempre que se deseja transportar uma
quantidade de líquido de um lugar para outro, são inúmeras as aplicações a que se destinam e
seria uma tarefa gigantesca apresentar todos os requisitos, para todos os tipos de bombas, e
para todos os tipos de aplicação. Portanto este capítulo abordará, de forma geral, os requisitos
aplicáveis às utilizações mais comuns. Como exemplo poderíamos citar as seguintes
aplicações:
Combustíveis
Petróleo
Bombas de Processo
B
Bombas Químicas
Bombas de Captação
Abastecimento
Adutoras para
Elevatórias
Irrigação
Sistemas
Drenage
me
de
D
Siderurgia
Fabricação
Processos
Alimentos
de
Medicamentos
E
Bebidas (Refrigerantes/Cervejas)
etc
182
Para cada grupo de aplicações , de forma a simplificar o processo de elaboração de
especificações técnicas e o acompanhamento de todas as demais etapas referentes à
fabricação, testes na fábrica, instalação e testes finais de aceitação, são disponibilizadas
normas que estabelecem os padrões mínimos a serem seguidos para segurança e garantia de
performance das bombas. Dentre outras destacamos as seguintes entidades:
- AWWA – American Water Works Association
- American National Standards – ANSI B73.1 – Chemical Process
- American Petroleum Institute – API 610 Standards – Refinery Services
- American Institute of Chemical Engineers – Pump Manual
- Hydraulic Institute Standards
- ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
FIG.XII.1.1 FIG.XII.1.2
FIG.XII.1.3 FIG.XII.1.4
SELEÇÃO DE BOMBAS
A partir do conhecimento do serviço e das condições de serviço requeridas pelo sistema, resta
selecionar qual o tipo de bomba centrífuga que melhor se adapta à estas condições.
Selecionado o tipo, pesquisar as características das bombas deste tipo disponíveis no mercado
para, através das informações dos fabricantes e a verificação do enquadramento às normas
aplicáveis, definir o modelo de referência para as especificações técnicas.
183
Principais Tipos de Bombas Centrífugas
- Vazão
- Altura Manométrica Disponível
- Velocidade específica
- NPSH Disponível
- Espaço Disponível
- Flexibilidade do Sistema
- Características do Líquido Bombeado
FIG.XII.2.2.1
184
- Certificar-se de que há uma margem razoável entre o NPSH disponível da instalação e o
requerido pela bomba, no ponto de operação.
185
Preparação do “Data-Sheet”
Na figura12.2.2.2. está indicado um modelo de Data-Sheet para o preenchimento com as
características da bomba.
FIG.XII.2.2.2
186
No preenchimento do “Data-Sheet” além das características funcionais tais como, vazão,
altura manométrica total, potência absorvida, NPSH disponível, etc. Existem campos para as
definições de características de componentes e materiais tais como:
A seleção destes componentes deve ser feita com base em informações contidas nos catálogos
de tradicionais fabricantes como os indicados abaixo:
Gaxetas e Selos Mecânicos John Crane, Duramettalic, Borg Warner, Parker Seal
Comp., Magnetic Seal Corp, etc
Mancal SKF, New Departure, Fag, etc
Acoplamento Falk, Rexnord Elastomer Products, etc
MATERIAIS
No item anterior foram indicadas algumas condições de serviço consideradas na seleção dos
materiais das bombas centrífugas.
187
Neste item faremos uma abordagem mais direta, para cada um dos componentes principais
das bombas.
Carcaça
Na maioria dos casos são fabricadas em ferro fundido, sendo a sua utilização limitada à
determinadas condições de temperatura e pressão de serviço e também para determinados
líquidos.
Os limites usuais para carcaças de ferro fundido são:
Pressão 1000 psi
Temperatura 350°C
FIG.XII.3.1.2
Impelidor
Na maioria dos casos são fabricados em bronze basicamente por ser um material de fácil
fundição, permitindo a execução de peças de geometria complexa, e também por ser um
material de boa usinabilidade que apresenta um acabamento liso ideal para boa performance
hidráulica. Entretanto impelidores de bronze também apresentam algumas limitações:
- Não devem ser utilizados em carcaças de ferro fundido quando conduzindo líquidos que
sejam eletrólitos fortes.
188
- O bronze apresenta um coeficiente de dilatação térmica que é cerca de 40% maior que o
do aço. Considerando que a montagem e a ajustagem são feitas à temperatura ambiente, as
folgas radiais entre o cubo do impelidor e o eixo de aço irão aumentar caso a temperatura de
bombeamento seja alta. Em conseqüência este aumento das folgas irá afrouxar o ajuste
impelidor/eixo provocando uma cadeia de problemas no interior da bomba.
- O uso de impelidores de bronze também está limitado pelo efeito da velocidade periférica,
cujos esforços devido à força centrífuga causam deformações capazes de afrouxar o ajuste
impelidor eixo. Esta limitação é de cerca de 160 ft/s ou altura manométrica de 375 ft por
estágio.
“Fittings”
O termo “Pump Fittings” é largamente utilizado com dois significados distintos, um refere-se
às características construtivas gerais da bomba, por exemplo: Ball Bearing Fitted Pump
(bomba com mancais de rolamentos de esfera) ou All Iron Fitted Pump (refere-se aos
materiais utilizados, no caso ferro fundido). O outro significado refere-se à acessórios ou
equipamentos auxiliares tais como válvulas, instrumentos, etc.
O “Hydraulic Institute” estabeleceu uma padronização para a designação de bombas,
conforme os materiais utilizados em sua fabricação:
189
FIG.XII.3.4.1
Soluções com PH = 7,00 são neutras, valores acima de 7,0 indicam alcalinidade e valores
abaixo de 7,0, acidez. Deve ser lembrado que os valores de PH são apresentados sob a forma
logarítmica, cujas alterações de valores variam muito mais intensamente do que variações
lineares, por exemplo uma solução com PH = 5,0, tem acidez dez vezes maior que outra com
PH=6,0.
190
O (PH) de uma determinada solução varia de acordo com a variação da temperatura,
decrescendo rapidamente com o aumento da temperatura até 300°F e permanecendo
praticamente constante à temperaturas maiores. Por exemplo:uma solução com PH = 8,50 à
70°F terá um PH= 7,0 à 300°F e um PH=6,80 à 500°F.
Apesar do (PH) ser apenas um dos fatores que influenciam na seleção do material,
experiências comprovaram que “Bronze Fitted Pumps” não devem ser utilizadas para líquidos
com PH abaixo de 6,0 ou acima de 8,50 na temperatura de bombeamento. Para valores de PH
abaixo de 6,0 “All Bronze Fitted Pumps” ou “Stainless Steel Fitted Pumps” devem ser
empregadas.
Para valores de PH acima de 8,50 “All Iron Fitted Pumps” ou “Stainless Steel Fitted Pumps”
devem ser empregadas.
191
Bronzes
Ligas de Cobre – Níquel
Cobre
Características Estruturais
Embora os materiais sejam freqüentemente escolhidos, à priori com base em sua resistência à
abrasão e/ou corrosão, as características estruturais de um componente da bomba podem
estabelecer a condição definitiva para a seleção do material.
Alguns componentes da bomba podem requerer seções com paredes finas, requisito este que
torna o uso de ferro fundido inadequado mesmo considerando sua resistência à corrosão.
Outros componentes, como a luva do eixo, requerem um alto grau de acabamento em suas
superfícies, portanto somente materiais capazes de receber polimento devem ser utilizados.
Componentes da bomba montados sob pressão através de ajustes com interferência, devem
utilizar materiais compatíveis com estes processos de montagem. Como exemplo podemos
citar que o bronze não é adequado para um impelidor que seja fixado ao eixo com
interferência, devendo ser substituído por aço fundido ou aço inoxidável.
A resistência do fundido metálico, depende muito da uniformidade relativa de sua seção
transversal, quanto mais uniforme for a seção transversal mais resistente será a carcaça e
menor a possibilidade de ocorrência de rachaduras e bolhas.
Um exemplo de inter-relação entre as características estruturais e problemas com materiais,
está indicado na figura XII.4.3.1, no projeto de um impelidor de dupla sucção. São criadas
cavidades no cubo central do impelidor, de forma evitar uma seção transversal pesada que
pode causar porosidade e fundidos defeituosos.
FIG.XII.4.3.1 FIG.XII.4.3.2
Fator de Carga
É certo que a escolha de materiais que garantam a longevidade de uma bomba para além da
duração de uma instalação temporária, caracteriza um critério anti-econômico. Desta forma
bombas Standard (Standard Fitted Pumps) são freqüentemente utilizadas em serviços que a
192
ação erosiva e/ou corrosiva consumirão a bomba em um prazo relativamente curto, porém
suficiente para a execução do serviço, após o qual a bomba não será mais necessária. O
mesmo critério se utiliza para instalações com baixo percentual de tempo em operação e de
forma intermitente, desde que nos períodos de parada a bomba seja completamente drenada e
lavada.
O bom senso determina que a escolha dos materiais da bomba seja feito com base na
otimização da vida econômica, ou seja, projetando-se um custo final ao longo da expectativa
de vida do equipamento, que inclui investimento inicial, peças de reposição, mão de obra,
etc., que seja o menor possível.
Existem outras circunstâncias em que é requerida uma alta confiabilidade e desta forma o
fator custo não é preponderante, mesmo que a bomba opere por pouco tempo a intervalos
longos de tempo. Para exemplificar podemos citar bombas instaladas a bordo de navios de
guerra que embora raramente utilizadas, sua falha pode ser fatal.
Progresso Metalúrgico
Os avanços no campo da metalurgia têm sido fator de grande influência no desenvolvimento
do projeto de bombas químicas e de bombas de água de alimentação de caldeira. Estas
bombas pertencem a um grupo altamente especializado, devido às condições extremamente
severas de operação, justificando consultas específicas aos fabricantes.
A tabela abaixo é um guia geral de materiais, associados à determinadas condições de serviço,
para bombas de água de alimentação de caldeira.
Max. Temp.
Carcaça Fittings Utilização
°F
pH neutro (7,0) até 8,5 a não ser
Ferro Fundido Bronze 250
que a água seja corrosiva
Qualquer valor de pH a não ser que
Ferro Fundido Aço Inoxidável 350
a água seja muito corrosiva
Qualquer valor de PH
Qualquer
Aço Inoxidável Aço Inoxidável ou água corrosiva ou onde já se
Temperatura
tenha verificado problemas.
Uma ampla faixa de seleção oferecida pelos aços resistentes à corrosão inclui tanto os aços-
cromo, como também os austeníticos (aços-cromo-níquel).
É importante lembrar que o coeficiente de dilatação dos aços austeníticos aproxima-se do
coeficiente do bronze, sendo 40% maior do que o do aço carbono ou dos aços de baixo cromo.
A soldabilidade do aço é também um fator importante para a seleção do material da carcaça,
um cuidado relacionado com as possibilidades/facilidades de execução de eventuais reparos.
193
FIG.XII.4.5.1
2.0 COMPRESSORES
4.1. INTRODUÇÃO
Um exemplo claro das semelhanças de princípios entre bombas e compressores está nas
chamadas bombas de vácuo, que são destinadas a retirar gases de regiões de pressão inferior
à atmosférica, comprimindo-os para descarga na atmosfera.
194
4.2. CLASSIFICAÇÃO
Compressores dinâmicos
a) centrífugos
b) axias
Compressores volumétricos
a) Compressores alternativos
- de pistão
- de diafragma
b) Compressores rotativos
- de parafuso
- de palheta
- de lóbulos
- de anel líquido
PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO
O gás ao ser admitido pelo centro do impelidor, é forçado pela força centrifuga devido ao
movimento de rotação do mesmo, com isso é criada uma zona de baixa pressão no centro
do impelidor, que permite a admissão de mais moléculas de gás mantendo dessa forma
um fluxo continuo.
195
Compressor Centrifugo Compressor Centrifugo multi-estágios
Carcaça
196
Impelidores
Os impelidores são as partes dos compressores que fornecem velocidade ao gás sendo que o
projeto obedece a três tipos básicos:
a) Aberto: usado para altas vazões principalmente em compressores de um só estágio e baixa
taxa de compressão.
b) Semi-fechado: usado para altas vazões em compressores de um único estágio ou como
Palhetas guias
Palhetas guias
197
Diafragma e difusores
Os diafragmas agem como paredes divisórias entre os diversos impelidores. São divididos
horizontalmente e instalados na metade da carcaça entre cada impelidor. As paredes adjacentes
aos diafragmas formam a passagem chamadas difusores, por onde passa o gás comprimido. Os
diafragmas são, portanto, elementos estacionários.
Nos compressores divididos em plano vertical, os diafragmas também são divididos e
encaixados na carcaça interna. Geralmente são construídos Em ferro fundido ou aço e em
casos especiais podem ser resfriados pela circulação de água em seu interior.
Diafragma e difusores
Vedação
A vedação tem a finalidade de evitar o fluxo dos gases, junto ao eixo, para os locais de menor
pressão.
Com exceção dos compressores de ar, gera1mente os gases são, tóxicos e inflamáveis,
tendo-se de utilizar dois tipos de vedação: a do tipo por labirintos e os selos hidráulicos de
anéis flutuantes nas extremidades da carcaça.
a) Selagem por labirintos: é utilizada devido às possibilidades de fluxo dos gases entre o eixo
e os diafragmas, no sentido da sucção de um impelidor para o cubo do impelidor anterior e
entre o eixo e a carcaça.
Os labirintos constam de um conjunto de anéis metálicos que envolvem o eixo, sem que haja
contato. Esses anéis são de metais macios de modo que o eixo não se danifique se ocorrer um
contato. Estes metais podem ser o bronze, metal patente ou alumínio. São encaixados em
frizos nos respectivos suportes.
Labirinto
198
b) Selagem por anéis de restrição: este tipo de selagem é usado exaustivamente nas turbinas á
vapor, possuindo longa vida útil. Usualmente o material usado nesta selagem é o carvão. Estes
anéis podem ser feitos de uma única peça reforçada por uma cinta de aço ou então
segmentados. Os segmentos são mantidos juntos por uma mola tipo torniquete. Os anéis de
carvão são colocados aos pares, um deles cortado radialmente em três partes, fica encostado a
outro anel cortado tangencialmente, também em três partes. A montagem é de tal forma que as
seções sólidas, se sobrepõe aos cortes. As folgas dos anéis de carvão são menores do que as
usadas nos labirintos.
Estes anéis podem ser usados em conjunto com labirintos. Também pode ser usada uma
canalização para local seguro dos gases que, possam vazar ou ainda o uso de um gás inerte
como no caso dos labirintos.
Selo mecânico
Mancais
199
Mancal radial de
deslizamento
200
Partes componentes do compressor centrifugo
O desempenho de um compressor centrifugo pode ser definido através de curvas que podem
mostrar a variação do “head” desenvolvido, a eficiência e a potência, com o volume de
sucção ou capacidade para uma determinada rotação.
Um compressor centrifugo é uma máquina de capacidade variável a pressão constante,
porem, devido as perdas internas, a curva pressão x capacidade não é uma linha reta e sim
uma curva, esta possui um ponto de máximo para a capacidade "Q", a qual é de grande
201
importância uma vez que ele define, aproximadamente, o limite, abaixo do qual a operação do
compressor torna-se instável, dando origem ao fenômeno de "surge".
PARTIDA E PARADA.
Sistema pressurizado
Estrangular válvula de sucção;
Abrir válvula de descarga (válvula de retenção fechada e o reciclo ou alívio
norma1mente abertos);
Acionar o motor;
Abrir lentamente a válvula de sucção e ajustar o alívio ou o reciclo simultaneamente;
Colocar o alívio eu o reciclo em operação automática.
Sistema despressurizado
Estrangular válvula de sucção;
Abrir válvula de descarga;
Abrir reciclo ou alívio;
Acionar o motor;
Abrir lentamente a válvula de sucção e ajustar o alívio ou o reciclo simultaneamente;
Colocar o alívio eu o reciclo em operação automática.
Esse é um tipo de turbo compressor de projeto, construção e operação das mais sofisticadas
que, no entanto, vem sendo utilizado vantajosamente em muitas aplicações de processamento
industrial, notadamente nas plantas mais modernas.
Os compressores axiais são dotados de um tambor rotativo em cuja periferia são dispostas
series de palhetas em arranjos circulares igualmente espaçados. Quando o rotor é posicionado
na máquina essas rodas de palhetas ficam intercaladas por arranjo semelhantes fixados
circunferencialmente ao longo da carcaça.
Cada par formado por um conjunto de palhetas móveis e outras fixas se constitui num estágio
de compressão. As palhetas móveis possuem uma conformação capaz de transmitir ao gás a
energia proveniente do acionador, acarretando ganhos de velocidade e entalpia do
escoamento As palhetas fixas, por sua vez, são projetadas de modo a produzir uma deflexão
no escoamento no sentido axial.
Como a elevação de pressão obtida num estágio axial é bastante pequena os compressores
dessa espécie são sempre dotados de vários estágios.
O escoamento se desenvolve através dos estágios segundo uma trajetória hélico-axial
envolvendo o tambor, dai o nome recebido por esse compressor.
Os compressores axiais são utilizados em situações de elevadas vazões e baixas pressões.
202
Compressor Axial Rotor do compressor Axial
São compressores de deslocamento positivo utilizados para vazões não muito altas e pressões
desde 0,7 kg/cm2 até 1400 kg/cm2, fabricados para potência de 1/4 de HP ate 3000 HP.
Funcionam normalmente com baixas velocidades, tendo como conseqüência grandes
dimensões.
Quando empregados para grande elevação de pressão, são construídos em vários estágios,
sendo geralmente necessária a refrigeração dos gases de um estágio para outro.
Compressor de pistão
PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO
203
No compressor alternativo um volume de gás é succionado para um cilindro e mantido dentro
dele, logo após, este gás é comprimido por meio de um pistão para um volume menor, e
quando a pressão vencer a resistência do sistema de descarga este gás é descartado do
cilindro. A vazão de gás através do cilindro é controlada pelas válvulas de sucção e descarga,
que agem como vá1vulas de retenção isto é, permitem o fluxo somente num sentido, devido à
diferença de pressão.
Para que a vá1vula na sucção abra, a pressão do gás na linha de sucção deve ser maior que a
pressão dentro do cilindro, identicamente, para que a vá1vula de descarga se abra, a pressão
dentro do cilindro deve ser maior que na linha de descarga.
De acordo com a utilização das câmaras em ambos lados do embolo podemos ter:
Dupla ação: são os compressores alternativos de maior uso, onde o gás é succionado e
comprimido em ambos os lados do cilindro.
204
Os compressores de dupla ação possuem dois movimentos de descarga por revolução.
No seu movimento para frente o pistão comprime o gás na cabeça do cilindro e quando a
pressão neste lado for levemente maior que do gás na câmara de descarga, a válvu1a de
descarga se abre e o gás é liberado. No inicio do movimento, algum gás que estava dentro do
cilindro no lado da biela, se expande diminuindo sua pressão. Quando a pressão do gás na
câmara de sucção se torna superior a pressão do gás dentro do cilindro, a válvula de sucção do
lado da biela abre e um volume de gás é succionado para dentro do cilindro.
Compressor de
pistão de
dupla ação
Carcaça ou cilindro
205
Válvula
Pistões
Nos compressores de baixa velocidade (até 330 RPM) e de média velocidade (330 a 360
RPM), os pistões são comumente feitos de ferro fundido; até 18 cm de diâmetro são sólidos,
e, acima desse valor são ocos para torná-los mais leves. Alguns pistões de aço são cobertos de
bronze e quando são especiais como aqueles que comprimem oxigênio comumente são de
carvão.
Anéis de segmento
Os anéis de segmento garantem uma selagem para impedir ou diminuir o vazamento entre o
pistão e a camisa e também transportam ca1or do pistão para a camisa. Estes anéis são
colocados com leve pressão sobre o pistão e durante a operação a pressão sob eles os mantém
firmemente aderidos à camisa.
O material dos anéis é escolhido de modo a garantir um desgaste máximo no início e por isso
uma vedação rápida; além disso, deve ser um material que se gaste mais rapidamente que a
camisa. Os materiais mais usados são: bronze, ferro fundido, baquelita, teflon, carvão ou
qualquer outro material que ocasione baixo atrito.
Hastes
A haste do pistão é firmemente presa na cruzeta e no pistão.
A haste do pistão permite que seja construídos compressores de dupla ação devida sua
facilidade em ser selada o que não ocorre quando o pistão é preso diretamente na biela.
206
Cruzeta - virabrequim – biela
É equipada em sapatas de metal patente para permitir o movimento de vai-e-vem dentro das
guias da cruzeta. O movimento de rotação do virabrequim (girabrequim) é convertido em
movimento alternativo pela biela.
As sapatas da cruzeta são removíveis e perfeitamente ajustáveis às guias da cruzeta as quais
fazem parte integral da estrutura do compressor. As sapatas são ajustadas de modo a garantir
alinhamento vertical em todo o comprimento do percurso do pistão na temperatura de
operação.
Cruzeta Virabrequim
Biela
Vedação
Anéis de
vedação da
haste
207
Lubrificação
Os lubrificantes garantem um filme que reduz o atrito e por isso o desgaste das partes móveis,
tendo também a função de resfriamento.
Nos compressores de maiores portes o óleo circula através de uma bomba especifica para
óleo.
Sistema de
lubrificação
O compressor parafuso é uma maquina de deslocamento positivo com dois parafusos. Seu
modo de operação tem as mesmas características que um compressor alternativo. Os dois
parafusos estão em paralelo com o casco do compressor e girar em sentidos contrários sem
haver contato entre eles.
PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO
208
O espaço entre os dentes cheio do fluido é selado radialmente pelas paredes do cilindro e no
fim do parafuso, pelo tampo do casco.
Esta compressão interna acaba no momento em que a cabeça do parafuso alcança as faces de
controle no casco do compressor e assim o gás é descarregado no espaço disponível junto
terminal dos parafusos.
A razão do volume interno é determinada pela dimensão das faces de controle existentes
dentro do casco do compressor.
Após atingir o terminal sem fim dos parafusos o fluido transportado é forçado contra a
pressão que prevalece na linha de descarga. A razão em volume é sempre mantida levemente
menor do que a razão da pressão de operação.
Compressor de
Parafuso
209
Partes
componentes
do compressor
de Parafuso
PARTIDA
PARADA
210
purgue 2 ou 3 vezes com N2;
meça explosividade;
solicite na subestação a desenergização colocando as etiquetas de “equipamento em
manutenção" com a assinatura, data e hora;
coloque raquetes na sucção e descarga.
O compressor possui dois rotores que giram em sentido contrário mantendo uma folga muito
pequena no ponto de tangência entre si e com relação a carcaça. O gás penetra pela abertura
de sucção e ocupa a câmara de sucção, sendo conduzido até a abertura de descarga pelos
rotores.
O compressor de lóbulos, embora sendo classificado como volumétrico não possui
compressão interna. Os rotores apenas deslocam o gás de uma região de baixa pressão para
uma região de alta pressão.
Essas máquinas, conhecidas originalmente como sopradores "ROOTS" é um exemplo típico
do que se pode caracterizar como um soprador, uma vez que é oferecida para elevações muito
pequenas de pressão.
Compressor de Lóbulos
Quando o tambor gira, as palhetas deslocam-se radialmente sob a ação da força centrífuga e
se mantêm em contato com a carcaça. O gás penetra pela abertura de sucção e ocupa os
espaços definidos entre as palhetas. Devido a excentricidade do rotor e as posições das
aberturas de sucção e descarga, os espaços constituídos entre as palhetas vão se reduzindo de
modo a provocar a compressão progressiva do gás.
211
Compressor de
Palheta
Os compressores de anel líquidos para vácuo são utilizados para a extração de gases e de
vapores no domínio do baixo vácuo. Podem ser empregadas para qualquer gás, cujas
propriedades sejam compatíveis com o material constituinte da Bomba. As bombas são
praticamente insensíveis à aspiração eventual de pequenas quantidades de líquidos ou a
penetração de quantidades de líquidos ou a penetração de quantidade reduzida de material em
suspensão.
Compressor de anel
líquido
PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO
Siga a figura abaixo. Um rotor (1), balanceado, gira livremente no interior de uma carcaça (3)
circular, contendo o líquido compressor (4) (normalmente). O rotor (1), uma peça fundida
circular, consiste de uma série de palhetas que se projetam de um cubo cilíndrico oco, no qual
foi prensado o eixo. O rotor é fechado lateralmente, formando, com as palhetas, uma série de
câmaras. Note que a curvatura das palhetas é na direção da rotação.
212
No ponto assinalado "A" as câmaras do rotor estão cheias de água. Esta água gira com o rotor,
acompanhando, entretanto, o contorno da carcaça (3), devido à força centrifuga. A água (4),
que em "'A'" enchia completamente a câmara do roto r, acompanha a carcaça, afastando-se a
medida que o rotor avança, até que em (5), a câmara praticamente se esvazia. A curvatura
convergente da carcaça força a água de volta à câmara do roto r, até que em (6), fica
novamente cheia. Este ciclo repete-se em cada revolução. Em (7), a água é substituída, na
câmara do roto r, por ar, que através da "abertura de admissão" na peça cônica(2), em conexão
com a entrada da bomba. A medida que o rotor gira, a convergência da carcaça força a água
de volta à câmara; o ar, que a completava, é forçado a sair através da "abertura de descarga"
na peça cônica (2) em conexão com a saída da bomba.
Compressor de
Anel líquido
OPERAÇÃO
O Anel Líquido
Durante o funcionamento, o líquido do anel deve estar em constante recirculação, para
permitir a eliminação do calor gerado pela compressão. O líquido desse circuito é eliminado
juntamente com o gás, através do orifício de descarga. O volume aspirado do gás ou vapor e o
vácuo obtido são determinados pela pressão de vapor do líquido constituinte do anel. Quanto
mais quente estiver o líquido, pior será o vácuo obtido e o volume aspirado. O líquido do anel
também é utilizado para a lubrificação e o resfriamento do selo mecânico, por esta razão é
importante que a Bomba não opere sem o líquido, pois o selo mecânico pode ser danificado.
213
Controle do fluxo de água
O ajuste do fluxo correto de água pode ser obtido pelos seguintes métodos:
a) Válvula de controle de fluxo: mantém um fluxo constante, compensando as
flutuações de pressão da linha. São adequadas para pressões de alimentação entre 1 a
8 kg/cm .
b) Uniões de orifício calibrado: mantém um fluxo constante, dependente da pressão
diferencial. O fluxo é regulado controlando-se a pressão de alimentação.
c) Rotâmetro - ou indicador de fluxo pode ser instalado para indicação do fluxo real de
líquido.
d) Ajuste manual - pode ser feito para regular a menor vazão de água para o melhor
desempenho da bomba. Use um registro e, gradativamente, vá reduzindo o
fornecimento até que o vácuo seja afetado. Volte a aumentar o fornecimento até que,
com a menor quantidade de água, obtenha-se o melhor desempenho da bomba.
EXTRUSORAS
INTRODUÇÃO
Quando se aperta um tubo de creme dental, pode-se dizer que está-se fazendo uma
extrusão de creme dental. O creme que passa pela pequena abertura do tubo toma exatamente
seu formato cilíndrico. Pode-se comparar também o processo de extrusão com a produção de
espaguete ou ainda a máquina extrusora com um moedor de carne.
214
Pode-se dizer, então, que as extrusoras têm a função de plastificar (ou fundir),
homogeneizar e transportar o plástico até a matriz, forçando o material a passar por sua
abertura, tomando assim sua forma (conformação).
MÁQUINAS EXTRUSORAS
A primeira máquina extrusora para termoplásticos surgiu em 1935, criada por Paul
Troester na Alemanha. Antes só eram usadas para borracha, aquecidas por vapor, tanto com
rosca, como com pistão. Depois de 35 começaram aparecer maquinas com aquecimento
elétrico. Enquanto isso, o princípio básico de extrusoras com duas roscas foi concebido na
Itália por Roberto Colombo. Nesta época, todas as máquinas eram alimentadas com matéria-
prima já fundida, mas a partir da década de 50 começaram a aparecer estudos científicos sobre
transporte e plastificação de material sólido.
Extrusoras Recíprocas
- com Parafuso
- com Êmbulo
Extrusoras podem ser utilizadas não só para a produção de artigos plásticos, mas
também para a preparação de matéria-prima. Extrusoras com dois parafusos paralelos (bifuso
ou rosca dupla) especiais são muito empregadas para misturar um ou mais polímeros e
aditivos, produzindo de pellets de materiais compostos, para futura transformação por injeção,
sopro ou extrusão.
215
• transporte de material sólido;
• plastificação;
• transporte de material plastificado;
• homogeneização (mistura);
• conformação (pela matriz e calibradores).
PARTES DA MÁQUINA
1 -Funil:
Tem a função de armazenar o material e permitir um fluxo constante de matéria prima para o
interior da máquina. Pode ser abastecido manualmente pelo operador ou automaticamente, por
transportadores pneumáticos desde os tradicionais sacos de 25 kg, tonéis, “big-bags” ou silos
de armazenamento (capazes de abastecer várias máquinas). É importante que durante a
operação da máquina o funil mantenha-se tampado, para que corpos estranhos não misturem-
se ao plástico e comprometam a qualidade do produto extrudado ou causem desgaste
mecânico nos componentes da máquina.
É um cilindro feito em aço especial para resistir à abrasividade e possíveis ataques químicos
do material plástico e seus aditivos, bem como suportar altas temperaturas durante o
processamento. O cilindro é dividido em zonas de aquecimento que vão três até doze seções
(geralmente), cada uma aquecida através de resistências elétricas em forma de cinta. Sistemas
de aquecimento com óleo ou vapor são pouco usados na prática.
Termopares são empregados para medição da temperatura de cada zona. Porém, como a
extremidade do termopar está em contato com o interior da parede do cilindro e não
diretamente com o material, o valor lido é uma aproximação da temperatura real do polímero.
Comparada com a temperatura programada pelo operador, esta leitura permite ao sistema de
controle da máquina ligar/desligar e determinar a potência de aquecimento das resistências.
216
Em algumas máquinas a superfície interna da seção inicial do cilindro possui ranhuras
longitudinais para melhorar o transporte de material sólido e a geração de pressão,
aumentando com isso a produtividade da máquina.
Existe uma infinidade de tipos (ou perfis) de rosca, cada uma com uma determinada
geometria, visando a otimização do processo para cada resina. Porém, a chamada rosca
universal é o tipo mais utilizado, pois se adapta a várias resinas diferentes. Uma rosca
universal divide-se em três seções distintas:
Alimentação
• Nesta seção ocorre o transporte dos grãos para a zona de compressão, e em alguns casos, o
início da plastificação do material.
• Compreende aproximadamente 1/3 do comprimento total da rosca, variando esta medida
segundo o fabricante do equipamento e o material processado. Esta região se encontra
próxima à abertura de carga e tem os canais mais profundos em relação às demais seções.
• Em alguns casos equipa-se a seção de alimentação da rosca com um sistema interno de
resfriamento. Canais são perfurados paralelos ao eixo da mesma, permitindo a circulação de
água resfriada. A função do sistema é manter a rosca fria para que o transporte de sólidos seja
mais eficiente.
• Em geral, quanto maior o comprimento desta região maior é a capacidade produtiva da
máquina. A geometria do filete (largura e inclinação) também tem influência sobre a
produtividade da máquina.
Compressão (transição):
217
4 - Placa-filtro e telas (placa perfurada, disco quebra-fluxo, porta-telas, contraplaca):
218
5- Adaptador:
Este componente é uma conexão do cilindro com a matriz. Seu desenho muda com o
processo para o qual é utilizado. Pode ser um simples cilindro com duas flanges, como na
extrusão de “espaguete” para granulação. Já para o revestimento de cabos elétricos é utilizada
uma cruzeta. O adaptador também deve ser aquecido. As placas filtro podem ser montadas no
próprio adaptador, conforme a configuração da máquina.
219
MATRIZ
Sua função consiste em receber o material plastificado e distribuir seu fluxo ao longo
da seção desejada, conformando o material plástico que é extrudado por sua abertura. Não é
propriamente uma parte da máquina, pois para cada produto é necessária uma matriz diferente
montada no cabeçote da máquina. Matrizes para produtos diferentes podem ser montadas na
mesma extrusora, se forem projetadas para isso. Por exemplo, uma máquina pode ser
responsável pela extrusão de diversos tipos de perfis de PVC, produzindo um determinando
número de horas com cada matriz. A troca da matriz é um processo que por vezes tem
duração de algumas horas.
É também feita em aço especial. Possui um canal ou cavidade interna cuja seção
inicial é geralmente circular, e uma abertura na saída, com a seção do extrudado. Portanto, a
forma da seção do canal interno é gradativamente alterada ao longo do seu comprimento, até
os lábios que formam a abertura de saída do extrudado, como mostram as figuras abaixo.
BOMBA DE ENGRENAGENS
Operação do equipamento
Como partir?
220
Iniciar a operação de uma extrusora depende do processo, do produto e como se
encontra o equipamento. Alguns aspectos são comuns para todos os tipos de processo. Haverá
diferença se, por exemplo, a máquina estiver com carga ou não, e se ela estiver aquecida ou
não.
O aumento de velocidade pode ser feito gradualmente, logo após a partida. A velocidade de
rotação da rosca e do arraste é aumentada conjuntamente a taxas normais de operação, para se
dar continuidade ao tipo de produto. Pensar na espessura.
Se somente a velocidade de rotação da rosca for aumentada, a parede do produto será grossa.
Se somente a velocidade do arraste for aumentada a parede do produto será fina. E aí?
Mudar as condições de operação de uma extrusora requer mais atenção que normalmente lhe
é dada.
Impaciência pode causar a alteração de outras condições, uma após a outra, se não se esperar
o resultado da primeira alteração que se efetuou.
Agindo-se impacientemente, não se pode esperar que uma relação de causa e efeito ocorra
totalmente.
Como regra geral, resultados significativos são conseguidos, quando as mudanças das
condições de processo são realizadas com grandes intervalos de tempo!
Geralmente, a parada do equipamento é bem simples. O fluxo de material do funil para a zona
de alimentação é interrompido, mas a rotação da rosca continua igual até que não haja mais
fluxo de resina na matriz, quando a rosca é parada. Isto é "bombeamento com rosca a seco".
Quando o perfil de temperatura está alto, o procedimento anterior não é apropriado. Deve-se
deixar a resina sair totalmente do cilindro enquanto se abaixa a temperatura.
221
A parada logo após o "bombeamento a seco" gera oxidação da resina pelo ar que remanesce
dentro do cilindro.
A oxidação ou queima da resina pode causar a formação de géis que se depositarão no lábio
da matriz, provocando defeitos no produto e sua limpeza implicará perda de tempo.
TURBINAS
TURBINAS A VAPOR
Turbina a Vapor é a Máquina Térmica que utiliza a energia do vapor sob forma de energia
cinética. Deve transformar em energia mecânica a energia contida no vapor vivo sob a forma
de energia térmica e de pressão.
Embora a história registre a construção de dispositivos rudimentares, que se baseavam nos
mesmos princípios, de ação ou de reação, das turbinas atuais em épocas bastante remotas, o
desenvolvimento da turbina a vapor, como um tipo realmente útil de acionador primário até a
sua forma atual, ocorreu somente nos últimos setenta anos.
A turbina é um motor rotativo que converte em energia mecânica a energia de uma corrente
de água, vapor d'água ou gás. O elemento básico da turbina é a roda ou rotor, que conta com
paletas, hélices, lâminas ou cubos colocados ao redor de sua circunferência, de forma que o
fluido em movimento produza uma força tangencial que impulsiona a roda, fazendo-a girar.
Essa energia mecânica é transferida através de um eixo para movimentar uma máquina, um
compressor, um gerador elétrico ou uma hélice. As turbinas se classificam como hidráulicas
ou de água, a vapor ou de combustão. Atualmente, a maior parte da energia elétrica mundial é
produzida com o uso de geradores movidos por turbinas.
A turbina a vapor é atualmente o mais usado entre os diversos tipos de acionadores primários
existentes. Uma série de favorável de características concorreu para que a turbina a vapor se
destacasse na competição com outros acionadores primários, como a turbina hidráulica, o
motor de combustão interna, a turbina a gás.
Os expansores são restrições ao fluxo de vapor e tem como objetivo converter a energia do
vapor em energia cinética. O expansor ideal seria um expansor adiabático reversível, portanto
isoentrópico. Este expansor ideal seria capaz de converter em velocidade todo o salto de
entalpia disponível. A evolução em um expansor real, entretanto, se dará sempre com
aumento de entropia devido às irreversibilidades internas, inevitáveis em qualquer
escoamento. Assim, haverá sempre um certo afastamento entre a performance teórica,
prevista para um expansor ideal, e a performance que se obtém em um expansor real. A
velocidade que se obtém em um expansor real será sempre menor do que a teoricamente
prevista para um expansor ideal.
O projeto de um expansor terá, portanto, como objetivo básico aproximá-lo do modelo ideal,
isoentrópico, no sentido de maximizar a energia cinética obtida para um determinado salto de
pressão.
A Figura 1 mostra os dois tipos básicos de expansores: os expansores convergentes e os
expansores convergente - divergentes. Os convergentes são usados sempre que a pressão de
descarga for maior ou igual a 53% da pressão de admissão (pequenos saltos de entalpia). Os
222
convergente-divergentes são usados sempre que a pressão de descarga for menor que 53% da
pressão de admissão (grandes saltos de entalpia).
As duas maneiras básicas, pelas quais e possível aproveitar a energia cinética obtida no
expansor, para realização de trabalho mecânico: o princípio da ação e o princípio da reação
estão ilustrados na Figura 2, a seguir.
REAÇÃO AÇÃO
(A) (B)
Se o expansor for fixo e o jato de vapor dirigido contra um anteparo móvel, a força de ação do
jato de vapor irá deslocar o anteparo, na direção do jato, levantando o peso W.
Se, entretanto o expansor puder mover-se, a força de reação, que atua sobre ele, fará com que
se desloque, em direção oposta do jato de vapor, levantando o peso W. Em ambos os casos a
energia do vapor foi transformada em energia cinética no expansor e esta energia cinética,
então, convertida em trabalho.
223
Embora nada conhecesse a respeito de turbo - máquinas térmicas, Newton, no século XVII,
estabeleceu as leis que explicam exatamente os dois princípios apresentados.]
acima. Newton afirmou que e necessário exercer uma força para mudar a velocidade (tanto
em modulo como em direção) de um corpo em movimento. Este princípio e ilustrado na parte
direita da Figura 2. O jato de vapor (um corpo em movimento) tem sua velocidade modificada
pelo anteparo circular, colocado em seu caminho. A força resultante move o anteparo, na
direção do jato, e levanta o peso W. Este é, em essência, o princípio da ação.
Newton estabeleceu também que a cada ação corresponde uma reação igual e contrária. Esta
lei é a base teórica que explica o funcionamento tanto de um foguete espacial ou de um avião
a jato puro, como também de um esguicho rotativo de jardim.
Inicialmente devemos notar que a ação do jato sobre o ar atmosférico nada tem a ver com o
princípio da reação, já que este e perfeitamente válido também em um ambiente sob vácuo.
Um foguete espacial, cuja movimentação e baseada exclusivamente no princípio da reação,
opera perfeitamente fora da atmosfera. A força impulsora está no interior do expansor.
Imagine que a caixa da Figura 2 não tenha abertura alguma e esteja cheia de vapor sob
pressão. A pressão agindo em qualquer parede equilibra exatamente a pressão agindo na
parede oposta e, havendo balanceamento de forças, a caixa permanecerá em repouso.
Entretanto, se fizermos um furo em um dos lados da caixa e colocarmos neste furo um
expansor, haverá, através do expansor, um jato de vapor e a pressão no expansor será menor
do que a pressão no ponto correspondente da parede oposta. O desbalanceamento de forças,
então produzido, fará a caixa mover-se na direção oposta a do jato de vapor. Em essência, este
é o princípio da reação.
Destes dois dispositivos de laboratório, apresentados na Figura 2, cuja única utilidade pratica
e apresentar os princípio da ação e da reação, e possíve1 derivar uma turbina de ação e uma
turbina de reação rudimentar.
Se tivermos um expansor, montado em uma câmara de vapor estacionaria, dirigindo um jato
de vapor para uma palheta, montada na periferia de uma roda, teremos uma turbina de ação
rudimentar.
Se, por outro lado, montarmos a própria câmara de vapor com o expansor, na periferia da roda
e conseguirmos levar vapor, de forma contínua, a esta câmara, através de um eixo oco,
teremos construído uma turbina de reação elementar. A construção de uma turbina de reação
pura, como esta, apresenta dificuldades de ordem prática, pois a condução do vapor através do
eixo não é uma solução construtiva satisfatória. Por esta razão não se fabricam turbinas de
reação pura.
Embora estas duas turbinas rudimentares apresentadas ilustrem os princípios básicos
envolvidos, algumas modificações são necessárias para convertê-las em unidades práticas.
Em uma turbina de ação real teremos, a não ser em máquinas de potência muito pequena, não
apenas um, mas vários expansores, em paralelo, constituindo um arco ou um anel de
expansores, conforme ocupem apenas parte ou toda a circunferência. Os anéis de expansores
são também conhecidos como rodas de palhetas fixas. Os expansores dirigem seu jato de
vapor na direção não de uma palheta, mas de uma roda de palhetas móveis, conforme ilustra a
Figura 3. Em um estágio de ação toda a transformação de energia do vapor (entalpia) em
energia cinética ocorrerá nos expansores. Em conseqüência no arco ou no anel de expansores
(roda de palhetas fixas) de um estágio de ação haverá uma queda na pressão do vapor
(diminuem também a entalpia e a temperatura, enquanto aumenta o volume específico) e um
aumento da velocidade. Na roda de palhetas móveis não haverá expansão (queda de pressão),
pois as palhetas móveis têm seção simétrica e que resulta em áreas de passagens constantes
para o vapor. Não havendo expansão, a velocidade do vapor em ação às palhetas móveis
224
ficará constante. Não obstante, haverá uma queda de velocidade absoluta do vapor nas
palhetas móveis, transformando, assim, a energia cinética, obtida nos expansores, em trabalho
mecânico.
Em uma turbina de reação comercial teremos sempre vários estágios, colocados em serie,
sendo cada estágio constituído de um anel de expansores (também chamado de roda de
palhetas fixas), seguido de uma roda de palhetas móveis, como está apresentado
esquematicamente na Figura 3. Tanto as palhetas fixas, como as palhetas móveis têm seção
assimétrica, o que resulta em áreas de passagens convergentes, para o vapor, em ambas. Por
esta razão, em uma turbina de reação comercial, parte da expansão do vapor ocorrerá nas
palhetas fixas e parte ocorrerá nas palhetas móveis. Isto representa um desvio do princípio de
reação puro, segundo o qual toda a expansão deveria ocorrer nas palhetas móveis. Na
realidade o que chamamos comercialmente de turbina de reação é uma combinação com
grandes saltos de entalpia e onde a preocupação com a eficiência e essencial, seríamos
levados a velocidades excessivas nas palhetas, incompatíveis com sua resistência mecânica. A
solução para o problema é dividir o aproveitamento do salto de entalpia em vários saltos
menores subseqüentes, que chamamos de estágios. Máquinas de grande potência tem,
portanto, usualmente, vários estágios, colocados em serie, podendo ser tanto de ação como de
reação.
Nas palhetas fixas teremos, portanto, uma expansão parcial do vapor, resultando em uma
queda de pressão e em um aumento da velocidade. Nas palhetas moves ocorrerá o restante da
expansão, resultando em uma segunda queda de pressão e em um aumento da velocidade do
vapor em relação à palheta. Entretanto, mesmo havendo um aumento da velocidade do vapor
em relação à palheta móvel, causada pela expansão, a velocidade absoluta do vapor nas
palhetas móveis cairá, pois estas atuam, não só como expansores, mas também pelo princípio
da ação, transformando a velocidade gerada em trabalho mecânico.
Define-se como grau de reação, de um estágio de reação, a proporção entre a parte do salto de
entalpia que ocorre nas palhetas móveis e o salto de entalpia total do estágio. É bastante usual
a construção de estágios com grau de reação igual a 50%, embora outras proporções possam
também ser admitidas.
Estágios de Ação
225
Os estágios de ação podem ser de dois tipos: estágios de pressão, também conhecidos como
estágios Rateau, e estágios de velocidade, conhecidos como estágios Curtis.
Os estágios de pressão, mostrados na Figura 4, são os estágios de ação exatamente iguais aos
que temos considerado ate agora. Ele será composto por um arco de expansores e uma roda de
palhetas móveis, se for o primeiro estágio da máquina, ou por um anel de expansores (roda de
palhetas fixas) e uma roda de palhetas móveis, se for um estágio intermediário.
O estágio de velocidade e composto de um arco de expansores, seguido por duas rodas de
palhetas móveis, entre as quais há um arco de palhetas guias. Toda a queda de pressão do
estágio ocorre nos expansores. A velocidade do vapor, porém, é absorvida apenas
parcialmente na primeira roda de palhetas móveis. O vapor deixa, então, esta roda com uma
energia cinética ainda elevada que será aproveitada em uma segunda roda de palhetas móveis.
Apenas com a finalidade de reorientar o jato de vapor, para que o esforço sobre a segunda
roda de palhetas móveis seja de sentido igual ao do esforço sobre a primeira roda, é colocado
entre ambas um arco de palhetas guias. É importante notar que não há expansão nas palhetas
guias, permanecendo constantes, ao longo delas, tanto a pressão como a velocidade. Por isso
estas palhetas têm formato simétrico e seções de passagem de vapor constantes, à semelhança
das palhetas móveis de estágios de ação.
226
Estágios de Reação
Vantagens
227
As TV são puramente rotativas, i.e., a força acionadora é aplicada diretamente no elemento
rotativo da máquina. Têm balanceamento bastante fácil, resultado em um funcionamento
extremamente suave da máquina.
Obs. 3: Os impulsos aplicados pelo vapor nas palhetas da turbina são regulares e constantes.
Se a carga acionada é mantida constante, o torque aplicado no acoplamento da turbina será
bastante uniforme.
Obs. 4: É uma máquina de alta rotação (3.500 a 6.000 rpm) sendo ideal para acionar bombas e
compressores centrífugos.
Obs. 5: Não há lubrificação interna. Devido a isso o vapor exausto da turbina é isento de óleo,
dispensando- se procedimentos de filtragem e separação do vapor. O óleo circula somente
através dos mancais e do sistema de controle, sendo continuamente filtrado e resfriado. Não
há problemas de contaminação e a conseqüente oxidação do lubrificante, podendo o mesmo
ter uma vida útil longa.
Componentes Básicos
EXPANSOR
É o órgão cuja função é orientar o jato de vapor sobre as palhetas móveis. No expansor o
vapor perde pressão e ganha velocidade. Podem ser convergentes ou convergentes-
divergentes, conforme sua pressão de descarga seja maior ou menor que 55% da pressão de
admissão. São montados em blocos com 1, 10, 19, 24 ou mais expansores de acordo com o
tamanho e a potência da turbina, e consequentemente terão formas construtivas específicas, de
acordo com sua aplicação.
228
Figura 8 – Estator, Eixo do Rotor e Palhetas Móveis.
Figura 9 – Expansor.
PALHETAS
229
Figura 10 – Fixação da palheta móvel ao disco do rotor.
230
DIAFRAGMAS
São constituídos por dois semicírculos, que separam os diversos estágios de uma turbina de
ação multi-estágio. São fixados no estator, suportam os expansores e abraçam o eixo sem
tocá-lo. Entre o eixo e o diafragma existe um conjunto de anéis de vedação que reduz a fuga
de vapor de um para outro estágio através da folga existente entre diafragma-base do rotor, de
forma que o vapor só passa pelos expansores. Estes anéis podem ser fixos no próprio
diafragma ou no eixo. Este tipo de vedação é chamado de selagem interna.
DISCO DO ROTOR
É a peça da turbina de ação destinada a receber o empalhetamento móvel.
TAMBOR ROTATIVO
É basicamente o rotor da turbina de reação, que possui o formato de um tambor cônico onde é
montado o empalhetamento móvel.
COROA DE PALHETAS
É o empalhetamento móvel montado na periferia do disco do rotor e dependendo do tipo e da
potência da turbina pode existir de uma a cinco coroas em cada disco do rotor.
ARO DE CONSOLIDAÇÃO
É uma tira metálica, secionada, presa às espigas das palhetas móveis com dupla finalidade:
aumentar a rigidez do conjunto, diminuindo a tendência à vibração das palhetas e reduzindo
também a fuga do vapor pela sua periferia. São utilizadas nos estágios de alta e média pressão
envolvendo de 6 a 8 palhetas cada seção. Nos estágios de baixa pressão, é substituído por um
arame amortecedor, que liga as palhetas, não por suas extremidades, mas em uma posição
intermediária mais próxima da extremidade que da base da palheta (Figura 14).
231
Figura 14 – Aro de consolidação, Disco rotor, e Coroa de palhetas.
Turbinas a gás
As turbinas a gás (TG) são turbomáquinas que, de um modo geral pertencem ao grupo
de motores de combustão e cuja faixa de operação vai desde pequenas potências (100 KW)
até 180 MW (350 MW no caso de nucleares), desta forma elas concorrem tanto com os
motores alternativos de combustão interna (DIESEL e OTTO) como com as instalações a
vapor (TV) de pequena potência.
Suas principais vantagens são o pequeno peso e volume (espaço) que ocupam. Isto
aliado à versatilidade de operação que apresentam está fazendo com que sua utilização se
encontre em franca ascendência atualmente. Sendo compostas de turbomáquinas (Máquinas
Rotativas) as turbinas a gás apresentam uma vantagem bastante grande quando comparadas
aos motores alternativos uma vez que nelas há ausência de movimentos alternativos e de atrito
entre superfícies sólidas (pistão/camisa do cilindro). Isto significa a quase inexistência de
problemas de balanceamento e, ao mesmo tempo, um baixo consumo de óleo lubrificante
(uma vez que o mesmo não entra em contato direto com partes quentes e nem com os
produtos de combustão. Disso decorre uma outra vantagem: a elevada confiabilidade que
apresentam. Além disso, quando comparadas às instalações a vapor, as turbinas a gás
praticamente não necessitam de fluido refrigerante o que facilita muito sua instalação. Outro
aspecto bastante favorável das turbinas a gás é a baixa inércia térmica que lhes permite atingir
sua carga plena em um espaço de tempo bastante reduzido. No caso de estar pré-aquecida por
exemplo, o tempo entre carga nula e carga plena varia de 2 a 10 segundos. Este aspecto faz
com que as turbinas a gás sejam particularmente indicadas para sistema de geração de energia
elétrica de ponta, onde o processo de partida e necessidade da plena carga no menor tempo
possível é de suma importância. Esta é também uma condição imprescindível nos sistemas
“Stand-by” ou “No-Break”, onde o fornecimento ininterrupto de energia é condição básica
necessária.
Normalmente se denomina Turbina a Gás (TG) o conjunto completo do motor ou a
instalação da mesma que é composta dos seguintes componentes principais:
232
Instalação de potência auto-suficiente com sistema de gerador de calor próprio
através da queima de combustível (câmara de combustão) – Geração interna de calor (ciclo
aberto).
3.2 VENTILADORES
3.2.1 – Definição
Os ventiladores são definidos como máquinas de fluxo geradoras que trabalham com fluido
no estado gasoso, provocando uma diferença de pressão inferior a 0,20 [kgf/cm2].
Portanto, com essa diferença de pressão, a massa específica do fluido praticamente não se
altera. Desta forma, os ventiladores são considerados máquinas de fluxo hidráulicas.
3.2.2 – Classificação
Os ventiladores podem ser classificados de várias maneiras que estão a seguir.
o baixa pressão
kgf
p 0,02 ou p 200mmca ;
cm 2
o média pressão
kgf kgf
0 ,02 2 p 0 ,08 ou 200mmca p 800mmca
cm cm 2
o alta pressão
233
kgf kgf
0,08 p 0,2 ou 800mmca p 2000mmca
cm 2 cm 2
De acordo com a forma do rotor;
o Centrífugos ou radiais;
o Fluxo misto;
o Axiais.
A figura 33 mostra os desenhos dos rotores centrífugos (a), misto (b) e axial (c).
234
o Simples sucção;
o Dupla sucção.
O rotor de simples sucção tem apenas uma entrada de fluido, enquanto o de dupla sucção,
denominado de rotor gêmeo, apresenta duas entradas e opera o dobro da vazão. A figura 35
ilustra os rotores de simples e dupla sucção.
235
A figura 37 apresenta os três rotores, respectivamente, para pá curva para trás ( 2 < 90o), pás
retas ( 2 = 90o) e pás curvadas para frente ( 2 > 90o).
Figura 37 – Rotores com Ângulos na saída de 2 < 90o, 2 = 90o, 2 > 90o.
O rotor de pás curvadas para trás possui pás aerodinâmicas, tem estabilidade no seu
funcionamento, é silencioso e tem bom rendimento. O rotor de pás retas tem construção
simples, mas tem rendimento baixo. O rotor de pás curvadas para frente apresenta também um
baixo rendimento, mas quando é construído com muitas pás permite operar vazões de ar
maiores, com baixa rotação, tendo como conseqüência um ruído pequeno. Por este motivo são
utilizados em instalações de ar condicionado. A figura 38 mostra esse tipo de ventilador
denominado de siroco.
Figura 38 – Ventilador com rotor de pás curvadas para frente ou siroco (Tarda, 1965).
3.2.3.2 – Pressão
236
Figura 39 – Instalação com ventilador
pt pe pd (62)
Onde:
237
pt pt2 p t1 pe pd (63)
v 32
pt . .g.H p
2 (64)
Onde:
A rotação específica é uma grandeza que define a geometria ou o tipo de rotor do ventilador
mais adequado. Assim, tem-se para o sistema internacional:
103 . n . Q
nq A
3
pt 4
(65)
Onde:
nqA [1] – rotação específica (adimensional)
n [rps] – rotação;
Q [m3/s] – vazão;
pt [N/m2] – diferença de pressão total;
[kg/m3] – massa específica do fluido.
238
As rotações específicas no sistema internacional de rotores dos ventiladores estão ilustradas
na figura 40.
As curvas características dos ventiladores têm um comportamento diferente para cada tipo. A
figura 41 mostra as curvas características dos ventiladores centrífugos de pás curvadas para
trás ventiladores de fluxo misto e os axiais. Essas curvas representam o comportamento da
diferença de pressão total, da potência de eixo e do rendimento total do ventilador versus
vazão volumétrica, operando com rotação constante.
239
Conclui-se que, para a partida de um ventilador, para a proteção do motor elétrico, deve-se
verificar se a válvula de saída do mesmo está:
É importante também enfatizar que mesmo que o motor de acionamento tenha proteção ou
esteja em condições de se ter uma sobrecarga, o consumo de energia na partida torna-se
maior, caso não se obedeça a essas regras de operação.
A comparação do comportamento do rendimento de um ventilador centrífugo e um ventilador
axial, versus vazão, caracterizado na figura 41, que a primeira tem um patamar mais achatado
que a segunda. Isto quer dizer que o ventilador centrífugo pode operar com uma certa
variação de vazão com pouco decréscimo do rendimento, enquanto o ventilador axial opera
praticamente em um ponto no rendimento máximo e fora deste há um decréscimo acentuado
de rendimento.
O ventilador de pás curvadas para frente é um ventilador silencioso, opera pressões elevadas e
apresenta rendimento máximo da ordem de 70[%]. Possui um ramo instável na operação da
diferença de pressão, como mostra a figura 42.
O ventilador de pás retas opera médias pressões, possui um trecho instável e apresenta
rendimentos inferiores a 70[%]. A figura 43 ilustra o comportamento desse tipo de ventilador.
240
Figura 43 – Curvas características do ventilador de pás retas operando na rotação constante
Os ventiladores axiais também possuem um bom rendimento (80%). Os mais simples não
possuem aletas estacionárias. Quando o ventilador está munido de aletas, as mesmas podem
ser anteriores ou posteriores ao rotor, fixas ou reguláveis, dependendo da aplicação. A
utilização de aletas posteriores fixas é uma forma de possibilitar um acréscimo adicional de
energia de pressão, além de melhorar o escoamento do fluido na saída do rotor, melhora
também seu rendimento. A figura 44 ilustra uma comparação entre ventiladores axiais com e
sem aletas de recuperação.
A equação 64 pode ser representada em função da vazão volumétrica, como mostra a equação
66. A diferença de pressão total é função do quadrado da velocidade ou do quadrado da
vazão. Portanto, neste caso, a diferença de pressão total está na forma de pressão dinâmica.
241
2
V
pt . .g.H p f (v 2 )
2 (66)
2A
Onde:
242
Figura 46 – Curvas características de ventilador centrífugo e da instalação
A equação 67 vale para pontos homólogos (de mesmo rendimento) e representa a variação da
), da diferença de pressão total ( pt) e da potência de eixo (Pe) de um ventilador, em
vazão ( V
função da variação da rotação (n), enquanto a figura 48 mostra o gráfico da diferença de
pressão total, rendimento e potência de eixo do ventilador em função da vazão para a variação
da rotação.
2 2 3
V n2 pt2 n2 Pe 2 n2
; ;
1
V n1 p t1 n1 Pe1 n1 (67)
243
Entretanto, no projeto de ventiladores, a alteração da rotação acarreta a mudança da
velocidade tangencial em qualquer raio entre entrada e saída do rotor do mesmo. Esta
modificação faz-se alterar outras velocidades envolvidas no escoamento e a queda de
rendimento existe. Desta forma, para se ter um resultado de um ventilador com variação de
rotação, ele deve ser obtido através de ensaios em bancadas de testes em laboratórios
especializados. O diagrama obtido em laboratório representa o campo de um determinado
ventilador com uma faixa de rotação, mostrando as curvas de mesmo rendimento. Esse
diagrama é denominado campo básico de funcionamento. O campo básico de funcionamento
é a representação plana das várias variáveis em questão, sendo duas tomadas como básicas.
Normalmente faz-se o campo diferença de pressão versus vazão, com curvas de rendimento e
rotação constantes. As figuras 49 e 50 representam, respectivamente, os campos básicos de
um ventilador centrífugo e axial.
Nas figuras 48 e 49, as curvas n1, n2 ... n5 representam as curvas de mesma rotação, enquanto
as curvas de t1, t2 ... t5 representam as curvas de mesmo rendimento. O rendimento
máximo ocorre no centro da elipse. Este ponto representa o melhor ponto de operação do
ventilador.
244
3.2.6.1.2 - Curvas do ventilador com variação do diâmetro do rotor
De acordo com (Karassik, 1989), para ventiladores centrífugos, operando com rotação
constante e com variação de diâmetro, têm-se as seguintes relações obtidas
experimentalmente.
2 2 3
V d2 p t1 d2 Pe 2 d2
; ;
1
V d1 pt2 d1 Pe1 d1 (68)
Os fabricantes de ventiladores aproveitam a mesma carcaça, de tal forma que possa receber
rotores de vários diâmetros, sem afetar sensivelmente a hidráulica do conjunto. Desta forma,
os rotores são fornecidos pelo fabricante, em diâmetros padrões, cobrindo uma faixa
operacional do ventilador. A figura 50 mostra um campo básico de funcionamento de um
ventilador centrífugo de um determinado fabricante, com rotores de diâmetro variável
operando dentro de uma mesma carcaça na rotação constante.
No caso em que a operação do ventilador se dá em uma larga faixa de vazão o uso de aletas
reguláveis na entrada do rotor é indicado. O objetivo nesse caso é garantir um controle estável
de vazão, além de melhorias de rendimento nas situações não nominais. Podem ser utilizadas
245
nos ventiladores axiais, como nos centrífugos. A figura 51 mostra uma de aleta regulável, do
tipo axial, na entrada do ventilador centrífugo. Esse tipo de aleta altera a vazão e pressão do
Outros tipos de aletas ou válvulas reguláveis existem em função do arranjo a ser montado.
turbilhonamento que elas provocam. A figura 52 apresenta essas válvulas, enquanto a figura
Figura 51 – Controle da vazão pela aleta axial regulável na entrada do ventilador (Aerovento)
246
Válvula Conoidal
Válvula Veneziana
247
As pás reguláveis no rotor são utilizadas nos ventiladores axiais. Através do posicionamento
das pás, provoca-se uma mudança de ângulo, que por sua vez altera os triângulos de
velocidades na entrada e saída do rotor. Mesmo a rotação permanecendo constante, haverá
uma mudança na vazão e pressão do ventilador. A figura 54 ilustra um rotor axial com pás
ajustáveis, enquanto a figura 55 apresenta a variação das curvas características em função do
ajuste das pás do rotor. Esse ajuste é realizado com o ventilador parado e em função da
necessidade da instalação.
248
3.6.6.2 – Fatores que modificam a curva da instalação
Como foi visto, para atender a solicitação da instalação em se tratando de uma diminuição de
vazão, com o ventilador operando com rotação constante n, é comum utilizar estrangular a
válvula na saída do mesmo, alterando o ponto de funcionamento com o aumento da perda de
carga. A figura 57 mostra um ventilador centrífugo de exaustão, succionando ar de um recinto
e escoando-o na linha de pressão para a atmosfera através de uma válvula borboleta.
O caso analisado na figura 57, com ventilador operando com rotação constante, variando-se a
vazão através de estrangulamento da válvula pode ser analisado com rotação variável,
enfocando principalmente o aspecto da potência elétrica consumida. Desta forma, a figura 58
mostra a curva característica do ventilador operando com rotação constante n1 no ponto de
funcionamento F1( V 1 , pt1). Através do estrangulamento da válvula, ventilador passa a
operar no ponto F2( V 2 , pt2). A diminuição da vazão solicitada pela instalação poderia ser
realizada pela diminuição da rotação de n1 para n2, que proporcionaria o ventilador funcionar
2 , pt3). Considerando o rendimento do motor elétrico
em F3( V el e do ventilador t, no
249
ponto F3, a potência elétrica economizada está mostrada na equação 69. Para efeito didático, o
rendimento do ventilador e o rendimento do motor foram considerados constantes.
Válvula borboleta
Ventilador
Q
mancal
Correia
Motor
Elétrico
2 .( p 2
V p3 )
Pel (69)
t . el
250
A seleção do ventilador operando com velocidade variável muitas vezes é preterida pelos
projetistas pelo alto custo do acionador, se comparado com um sistema de rotação constante.
Entretanto, trata-se de um custo inicial, com necessidade de análises dos custos operacionais e
de manutenção do equipamento relativos, respectivamente, ao menor consumo de energia e
menor desgaste do ventilador. Devem ser analisadas também as solicitações do sistema no
que se refere às variações de vazão e o tempo de permanência de um determinado ponto de
operação, principalmente na diminuição da vazão.
Não se deve operar com velocidades de ar elevadas tanto no rotor quanto à saída do
ventilador. Velocidades tangenciais elevadas produzem vibração das pás e ruído acima do
aceitável. A equação 70 determina as velocidades periféricas na entrada e saída do rotor
centrífugo mostrado na figura 59.
Onde:
u1 [m/s] e u2 [m/s] – velocidades tangenciais ou periféricas na entrada e saída
do rotor, respectivamente;
D1 [m] e D2 [m] – diâmetro na entrada e saída do rotor respectivamente;
n [rps] – rotação.
251
9,52 8,88 19,55 5,58
12,69 10,17 21,33 6,10
15,87 11,43 24,38 6,87
19,04 12,70 26,92 7,61
22,22 13,97 29,47 8,38
25,39 15,23 31,50 9,15
31,73 16,52 34,55 10,17
38,05 17,78 38,1 11,18
44,43 19,05 41,65 12,20
50,78 20,32 45,72 13,22
Em geral, os ventiladores de alta rotação provocam um nível de ruído maior que os de baixa
rotação, pela maior freqüência de vibração do ventilador, caixa e suportes. As velocidades de
escoamento elevadas nos dutos ocasionam também aumento do nível de ruído no ambiente.
A Norma Brasileira NB-10/1978 fixa níveis de ruído permissíveis, expressos em decibéis, que
são mostrados na tabela 16.
Escritórios
Diretoria 25-35
Sala de reuniões 30-40
Gerência 35-45
Sala de recepção 35-50
Escritórios em geral 40-50
Restaurantes 40-50
Lanchonetes
Supermercados 45-55
Bibliotecas 35-45
Salas de aula 35-45
Laboratórios 40-50
Áreas de produção
Exposto durante 8h/dia < 90
Exposto durante 3h/dia < 97
252
dBa é o nível de ruído na escala “A” de um medidor de nível de som, que, por meio de um
filtro eletrônico, despreza ruídos de baixa freqüência que, devido à baixa sensibilidade nesta
faixa, não são perceptíveis pelo ouvido humano.
Não basta que um conjunto moto-ventilador tenha sido bem selecionado e bem fabricado. É
necessário também que seja devidamente instalado, operado e sofra uma manutenção
conveniente.
são conhecidos:
Vazão de ar – V [m3/s];
Geometria dos dutos (por exemplo:diâmetros de sucção e pressão);
Material dos dutos - [m] – rugosidade absoluta (tabela);
Desenho da Instalação (comprimentos, curvas e acessórios).
Hp H pd H pL (71)
Onde:
Hp [m] – perda de carga total nos dutos e acessórios;
Hpd [m] – perda de carga distribuída;
HpL [m] – perda de carga localizada;
v 32
pt . .g.H p
2 (72)
253
Onde:
254
O gráfico da figura 60 apresenta de um modo geral uma linha de fabricação de ventiladores
axiais. Após a escolha deve-se conhecer melhor o equipamento, principalmente seu
rendimento, seu comportamento, seu consumo de energia, custo, etc. A seleção não deve ficar
restrita a um determinado fabricante, ou seja, sempre procurar a melhor opção, que atenda
perfeitamente as solicitações da instalação e que tenha a melhor eficiência possível.
.10- 3
p t .V
Pe
t (73)
Onde:
Pe [kW] – potência do eixo do ventilador
V [m3/s] – vazão
t [1] – rendimento total do ventilador (retirado do catálogo do fabricante);
pt [N/m2] – diferença de pressão total
Dimensões de base;
Locação;
Diâmetro de chumbadores;
Conexões de sucção e descarga;
Conexões elétricas;
Etc.
Os ventiladores devem ser instalados, nivelados e alinhados por pessoas habilitadas. Quando
esse serviço é executado incorretamente, traz como conseqüências transtornos na operação,
desgastes prematuros e tendem a consumir mais energia.
255
Depois da instalação correta do ventilador e as precauções devidamente tomadas para o
alinhamento do acionador, deve-se fazer um “check list” para as providências da primeira
partida. A presença do fornecedor ou fornecedores do conjunto motor-ventilador é
fundamental para o primeiro funcionamento.
Verificados com cuidado e critério os pontos acima, dar partida na máquina acionadora e
desligar imediatamente, observando a parada do conjunto a qual deve ser gradativa e
suave. Constatada a normalidade, dar a partida definitiva.
Tendo sido efetuada a partida e estando o ventilador em funcionamento, observar os tópicos
abaixo:
256
Com a manutenção eficiente deve-se ter sempre um equipamento em boas condições de
operação, trabalhando com bom rendimento e tendo um consumo operacional menor possível.
3.0 AGITADORES
INTRODUÇÃO
5.1 - FINALIDADE
257
5.2 - PARTES COMPONENTES DO AGITADOR
258
Os principais tipos de impelidores de fluxo radial são:
259
TURBINA TIPO DISCO SMITH Possui a mesma capacidade dispersiva das turbinas tipo
Rushton, entretanto suas pás ao invés de retas são côncavas, possibilitando assim a mesma
capacidade de dispersão de gases, porém com um menor consumo de energia, seu Np varia de
3.5 a 3.8, sua designação internacional é 6-DS-90, e assim como na 6-DR-90 tem 6 pás e são
a opção mais moderna em se tratando de dispersão de gases.
FLUXO AXIAL
São aqueles cuja maioria das linhas de fluxo tendem a ser paralelas ao eixo do agitador, ou
seja tendem a impulsionar a massa líquida para o fundo do tanque. São impelidores de menor
consumo de potência, baixa agressividade, e grande abrangência na distribuição geométrica
do fluxo dentro do tanque. São os impelidores aplicados na maioria dos processos agitados,
tais como mistura de produtos líquidos, sólidos em suspensão, transferência de calor, etc.,
podendo ser aplicados de forma unitária em tanques com níveis de líquido Z até 1.5 T.
Os impelidores de fluxo axial, são os mais utilizados nos processos de agitação, representando
algo em torno de 80% das aplicações, abaixo apresentamos os principais tipos destes
impelidores:
HÉLICE MARÍTIMA
O mais representativo e tradicional impelidor de fluxo axial, tem Np variando conforme o
passo do hélice, para agitação o passo de melhor desempenho é o 1: 1.5, com Np = 0.8. Por
possuir construção complexa, normalmente tem fabricação por fundição, o que dificulta seu
acabamento, principalmente em se tratando de aços inoxidáveis
260
TURBINA "PBT"
A turbina de pás planas inclinadas PBT, é um antigo modelo de impelidor axial, possuindo
uma construção relativamente simples, e por ser fabricada em chapa laminada, possibilita a
obtenção de bom acabamento superficial; o Np varia entre 1.4 a 1.8 dependendo da altura
projetada de suas pás. Podem ser fabricados com 3, 4 ou 6 pás, e com ângulos de inclinação
de 32º ou 45º.
HYDROFOIL "HE"
A turbina “HE” pertence a família dos impelidores de alta performance, desenvolvidos para
apresentar bom bombeamento com baixo consumo de energia, podendo operar com produtos
de viscosidade até 10000 cp.; devido a sua forma pouco agressiva de atacar a massa fluida,
possui baixo grau de cisalhamento. Em regime turbulento, o Np varia de 0.4 a 0.7, podendo
ter 3 ou 4 pás
HIDROFOIL "LS"
Dentre as turbinas Hydrofoil, são aquelas que apresentam o menor consumo de energia, sendo
que em regimes turbulentos, seu Np varia de 0.3 a 0.65. Possuem também um bombeio
altamente axial, com baixíssimo grau de cisalhamento, sendo a escolha ideal para operação
com simples mistura e sólidos em suspensão, em meios com viscosidade até 5000 cp., podem
ser fornecidos com 3 ou 4 pás.
HIDROFOIL "HS"
Impelidor de alta performance , foi especialmente desenvolvido para processos com produtos
com alta viscosidade, até 100000 cp., e aonde seja necessário operar-se com baixa rotação e
alto grau de bombeamento. Seu Np em regime turbulento varia de 0.7 a 1.6, podendo se
fornecido com 3 ou 4 pás com ângulo primitivo do cubo de 39º ou 45º. O formato de suas pás
com grandes dimensões, permite o arraste de grades massas, o que possibilita utiliza-los
atualmente em regimes laminares, substituindo as âncoras de alto consumo de potência.
261
FLUXO CIRCULAR
São impelidores que operam em regime laminar, destinados a misturar produtos de alta
viscosidade, normalmente acima de 50.000 cp., e que na verdade não produzem um
movimento nem radial nem axial, mas sim impulsionam a massa em movimento circular lento
ao redor da parede do tanque de mistura. Devido à suas características, são impelidores de alto
consumo de energia, e por operarem com baixas rotações exigem acionamentos de alto
torque, e por conseguinte de alto custo de investimento.
8.0 CENTRÍFUGAS
8.1 GENERALIDADES
A força centrífuga pode ser usada na separação de líquidos e sólidos, tanto em operações de
sedimentação como filtração, substituindo a força gravitacional, o que acelera a operação e
fornece sólidos mais secos.
Centrífugas são máquinas rotativas que usam a força centrífuga para separação de sólidos e
líquidos. Nas operações de sedimentação é necessário que haja diferença de peso específico
entre as fases a serem separadas.
Nas operações de filtração os sólidos são retidos por um meio filtrante através do qual o
líquido passa. Quando a centrífuga gira, os sólidos por serem mais pesados que o líquido,
sofrem mais a ação da força centrífuga e por isso são pressionados contra a parede interna
(cesta) da centrífuga.
A parede da centrífuga pode ser sólida (sem orifícios) perfurada ou revestida com um meio
filtrante. O uso de centrifugas cobre uma larga faixa de aplicações, desde separações de
10 m até 1/2 in.
262
As centrífugas também podem ser usadas para separar líquidos de densidades diferentes.
Chama-se nível G de uma centrífuga, a aceleração desenvolvida no interior da centrífuga,
medida em números de g - gravidade da Terra.
Centrífugas de baixa velocidade operam até 100g, as de alta velocidade com grandes cestas
chegam a 10.000g e 15.000g as de disco. As chamadas ultracentrífugas usadas em análises
laboratoriais podem chegar a 500.000g para separar fases com diferenças de peso específico
muito pequenas. As centrífugas podem operar de forma contínua ou a batelada.
2. Cesta giratória é fixada ao eixo, e onde a força centrífuga é aplicada ao slurry (líquido
com sólidos em suspensão). A parte superior da cesta dispõe de orifícios por onde o
líquido é descarregado, e possui um reservatório em forma de anel que controla o nível de
liquido na cesta.
9. Sistema de Selagem tem a função de evitar que vapores escapem para a atmosfera.
263
Figura 53 - Centrífuga vetical a batelada
264
8.3 CENTRÍFUGA DECANTADORA
A mistura alimentada se deposita nas paredes de uma cesta cônica, que gira criando uma força
centrífuga.
A rotação é transmitida por correias dentadas para a cesta e para o parafuso transportador.
A rotação da cesta clarifica o líquido de acordo com a consistência, e o parafuso
descarrega os sólidos secos.
A rotação diferencial entre a cesta e o parafuso pode ser regulada manualmente ou
automaticamente.
A rotação diferencial pode ser integrada com a bomba de alimentação. O raspador mantém as
partes internas limpas e permite a descarga dos sólidos. A figura abaixo ilustra uma figura
centrífuga decantadora horizontal.
LEGENDA
1 Coletor de líquido 6 Alimentador do parafuso
2 Nível de líquido 7 Cesta
3 Carcaça 8 Vedação
4 Parafuso 9 Descarga de sólidos
5 Tubo de alimentação 10 Redutor de velocidade
Para que uma centrífuga decantadora operem satisfatoriamente, algumas condições precisam
ser atendidas:
a) Alta velocidade;
b) Partículas grandes;
c) Grande diferença de peso específico entre o sólido e o líquido;
d) Raio grande;
e) Baixa viscosidade.
Descrição
265
Uma centrífuga pusher consiste de uma cesta rotativa, cilíndrica, perfurada e revestida por
uma tela com orifícios paralelos ao eixo de rotação. O cilindro é aberto na extremidade de
descarga dos sólidos (não possui anel vertedor) e é balanceado na extremidade oposta pela
luva do eixo.
Dentro da cesta e junto à tela, fica o prato/anel impulsionador anular. Nestas centrífugas, os
sólidos são retidos na tela, enquanto o prato impulsionador os transporta para uma segunda
cesta maior, com uma terceira tela cônica, onde a força centrífuga é maior que na
alimentação.
Os sólidos podem ser lavados por um spray à medida que avança pela centrífuga. O
comprimento do curso do impulsionador geralmente não passa de 50 mm, e 100 revoluções
por minuto, dependendo do tamanho da unidade e da carga. O controle destas variáveis é
externo.
Centrífugas pusher são usadas para produtos que podem ser peneirados (filtro tela). Existem
no mercado centrífugas que separam continuamente líquidos de sólidos maiores que 150
micron (100 mesh).
Em alguns modelos não é necessário que haja diferença de densidade para que a separação
ocorra. A eficiência de lavagem pode chegar a 99,95% em alguns casos, com teores de
umidade menores que <1%. Outras características incluem: altas velocidades, separação a
partir de águas-mães (mother liquor), projeto horizontal, a vazão e o comprimento do curso
são regulados externamente.
No mercado, encontram-se máquinas de até 4 estágios, onde cada estágio corresponde a uma
cesta concêntrica com as demais, e cada cesta possui o seu próprio impulsionador.
Baixa umidade residual devido à maior área de filtração, maior tempo de residência e torta
menos compacta devido ao diâmetro cônico.
Maior produção de sólidos.
Menos danos às partículas porque não possui o efeito cascata, e menor pressão axial.
266
Figura 56 - Centrífuga pusher
LEGENDA
1 Freio a disco 9 Distribuidor da alimentação
2 PSV 10 Descarga de Sólidos
3 Eixo 11 Descarga de líquido
4 Eixo do impulsionador 12 Lavagem da área externa da
cesta
5 Cesta cônica - 13 Amortecedor de vibração
cilíndrica
6 Impulsionador 14 Motor
7 Tubo de alimentação 15 Controle do impulsionador
8 Tubos de lavagem 16 Motor da bomba de óleo
Inspeções Preliminares
Partida da Centrífuga
267
5) Ligar o sistema de lubrificação;
6) Ligar a centrífuga.
Problemas Operacionais
Parada de Centrífugas
VÁLVULAS ROTATIVAS
Na indústria de processos para todos os vapores, gases e líquidos sob pressão há necessidade
de instalar dispositivos de segurança e alivio para garantir que não haja acidentes por excesso
de pressão. Dentre estes dispositivos os principais são as válvulas de segurança e de alivio de
pressão e os discos de ruptura.
Essas válvulas que controlam a pressão à montante abrindo-se automaticamente quando essa
pressão ultrapassar um determinado valor para o qual a válvula foi ajustada, são chamadas de
"válvulas de segurança" quando destinadas a trabalhar com fluidos elásticos (vapor, ar, gases)
e de "válvulas de alivio", quando destinadas a trabalhar com líquidos, que são fluidos
incompressíveis.
Devido a compressibilidade e a força elástica para fazer cair a pressão de um gás é necessário
que um grande volume de gás possa escapar em um tempo muito curto. Por essa razão o
desenho dos perfis da sede e do tampão nas válvulas de segurança é feito de tal forma que a
abertura total se dê imediatamente após ser atingida a pressão de abertura, nas válvulas de
alívio pelo contrário a abertura é gradual atingindo o máximo com 110 a 125% da pressão de
abertura porque uma pequena quantidade de líquido que escape faz logo abaixar muito a
pressão.
268
o disco ou esfera se desloca, permitindo o fluxo através da sede. Quando a pressão é
aliviada, caindo a um valor abaixo daquele que provocou a abertura da válvula, o
disco ou esfera retorna à posição anterior.
Nas válvulas de segurança a sede (ou disco) quando começa a abrir oferece una área adicional
à pressão do sistema ajudando-a no sentido de uma abertura mais rápida. Junto à sede da
válvula existe um anel ajustável que permite aumentar aquela área adicional ao regular-se ao
referido anel. Podemos regular também a pressão das descargas dos gases (blow down) tendo-
se o cuidado durante o ajustamento para não diminuir excessivamente a pressão de descarga
dos gases, pois isto produzirá golpes no instante da abertura e também dificultara a rapidez da
ação. Nas válvulas de alívio, a superfície, exposta é a mesma, desde o começo até o fim da
abertura, portanto tem-se um levantamento gradativo da válvula até chegar a abertura total em
caso da pressão continuar subindo.
As válvulas de segurança geralmente têm regulação nas molas, podendo-se ajustar pela tensão
da mola e por uma porca ajustável que fica na parte superior da haste.
Válvula de segurança
É um dispositivo que pode em alguns casos substituir as válvulas na proteção contra excesso
de pressão ou trabalhar em conjunto com elas.
São dispositivos de segurança com a função de proteger um sistema líquido ou gases, ante um
excesso de pressão por um mau funcionamento dos equipamentos mecânicos, disparos de
269
reação ou por incêndios internos ou externos. Este dispositivo oferece um alivio instantâneo e
sem restrições. Além disso, pode ser empregado para sistemas com fluidos corrosivos ou
instáveis (formadores de polímeros), para proteger a sede e assegurar o bom funcionamento
das válvulas de segurança. Neste caso o equipamento tem um disco de ruptura antes da PSV.
Trata-se de um disco que, normalmente, é pressionado entre dois flanges acoplados ao
equipamento a ser protegido.
Seu rompimento a uma pressão previamente determinada propiciará alivio no caso de excesso
de pressão no sistema, protegendo, assim, o equipamento desejado.
O material empregado comumente é alumínio, níquel, ou aço inox, mas às vezes é construído
para processos especiais em cobre, prata, platina, titânio, etc.
Disco de ruptura
CORREIAS TRANSPORTADORAS
INTRODUÇÃO
As máquinas e equipamentos de transporte são utilizados para mover as mais diversas cargas
no interior de fábricas, entre dois departamentos, carregando ou descarregando de ou para
armazéns, nos locais de construção, etc.
Bem diferente do transporte de longa distância, isto é, rodovias, ferrovias, náutico ou
hidroviário; que carrega mercadorias entre locais separados por distâncias consideráveis, as
máquinas de transporte movem as cargas por distâncias relativamente curtas. Na prática, essas
distâncias são usualmente limitadas a dezenas ou centenas de metros e só ocasionalmente
atingem milhares de metros, assegurando uma constante transferência de carga entre dois ou
mais pontos ligados por uma atividade comum de produção.
Os processos de transporte dessa espécie não se limitam apenas a mover materiais de um
lugar para outro, mas incluem também, operações de carga e descarga, isto é, entrega do
material às máquinas portadoras de carga, descarregando-as em locais predeterminados,
alojando as mercadorias em armazéns e movendo-as aos equipamentos de processo.
Uma linha de produção atual está fadada ao insucesso se não assegurarmos um funcionamento
impecável dos processos de transporte de matérias-primas, produtos semi-acabados e da
produção terminada, em todas as fases da fabricação e do armazenamento.
Sem a aplicação de complexas máquinas e equipamentos seria inconcebível a execução
manual dos trabalhos de carga e descarga que a indústria moderna necessita. Além disso, não
seria possível a substituição do pesado trabalho humano.
Classificação das máquinas de transporte
270
artigos semi-acabados, combustíveis, materiais auxiliares e retiram os produtos acabados e
refugos. Já as instalações internas transportam e distribuem as cargas que entram na empresa,
às unidades de processo. Outra maneira de classificação é feita em função do princípio de
operação, que uma suas das características mais distintas, ou seja:
271
Principais Grupos de Máquinas de Elevação e Transporte
guindastes
Máquinas talhas
de Elevação pontes rolantes
elevadores
contínuos
MÁQUINAS DE Equipamentos de de transferência
ELEVAÇÃO E
TRANSPORTE Transporte auxiliares
pneumáticos
hidráulicos
carros sem
Equipamentos de vagonetas
Superfície
aparelhos de
e Elevados
manobra
raspadores
arrastadores
Devido as máquinas de ação contínua serem, normalmente, usadas para transporte de apenas
um tipo de definido de carga e em um trajeto fixo, são consideravelmente mais fáceis de
serem automatizados, são sistemas de grande confiabilidade, se destacam por sua elevada
produtividade e baixo custo operacional.
Visto que uma grande parcela dos materiais a serem transportados encontram-se a granel,
considerando-se as inúmeras vantagens que as máquinas de ação contínua apresentam para
esse tipo de transporte e como entre essas máquinas, as correias transportadoras são os
equipamentos mais difundidos, serão objeto de um estudo mais detalhado.
Vantagens das correias transportadoras
272
O tamanho do material que pode ser transportado é limitado apenas pela largura da correia. A
granulometria pode situar-se entre as mais finas poeiras químicas até grandes pedaços de
minério. Materiais delicados e friáveis podem ser transportados com mínima degradação.
Como o material das correias é altamente resistente a corrosão e abrasão, os custos de
manutenção são comparativamente baixos quando se trabalha com materiais extremamente
corrosivos ou abrasivos como alumina ou sinter de minério de ferro. Materiais que causariam
entupimento em tubos são transportados com sucesso por meio de correias. Produtos quentes
tais como escória de fornos siderúrgicos ou carvão incandescente também não oferecem
problemas, basta que o material da correia seja compatível.
3 - Vantagens ambientais:
Os transportadores de correias são mais aceitáveis que os outros meios de transporte de
granéis. Podem ser enclausurados em pequenos túneis, desse modo evitam a poluição do ar e
operam silenciosamente. Durante os trabalhos de carga e descarga a poeira formada pode ser
contida usando-se dutos de transferência ou então coletadas por sistemas de aspiradores e
filtros. Finalmente os transportadores de correias podem ser desenhados para se integrar com
a paisagem local.
Exemplos de aplicações de correias transportadoras
273
3) Transportador com correia de 2500 mm 4) Correia transportadora para cimento,
em porto de carga de carvão mineral. observa-se a cobertura pré-moldada.
274
6) Estações múltiplas de carregamento de 7) Carregador montado sobre trilhos, que
pedra britada. pode atender todo o transportador.
275
10) Pátio de minério de ferro, carregador 11) Barcaças sendo carregadas com
de minério combinado com esteiras. pellets de minério.
276
14) Transportador sustentado por uma 15) Sistema de transporte de bauxita em
estrutura de concreto. terreno íngreme, 1.300 ton/h.
16) Perfil do transportador mostrado na figura anterior, os pontos destacados são as estações
motrizes. Por esse motivo é que a classificação de curta e longa distância é subjetiva.
277
17) transportador de correias de baixa inclinação, 4,0 km, 8.000 ton/h
a) Transportador horizontal.
278
excessivos na correia.
de tensão na correia.
279
h) O carregamento pode ser realizado acompanhando a inclinação do trecho,
cônica.
280
l) Descarga por meio de silo e correia transversal reversível com movimento
lateral.
tração.
281
o) Descarregamento por meio de silo com comportas e duas correias transversais.
1 Dispositivo de carregamento,
2 Aba de proteção do carregamento,
3 Correia transportadora,
282
4 Roletes de carga em forma de canal,
5 Calha de descarga,
6 Dispositivo raspador para limpeza ( também pode ser rotativo ),
7 Polia motora e acionamento ( ou polia da cabeça, acionamento não mostrado ),
8 Polia esticadora ( no caso, por contra-peso, não mostrado ),
9 Roletes de retorno,
10 Roletes de amortecimento na região de carregamento,
11 Polia de retorno ( ou polia de cauda ).
12 Estrutura de suporte ( não mostrada )
1- Dispositivos de carregamento
O sucesso na operação de um transportador tem início em um carregamento bem feito. O
material deve ser disposto de forma bem centralizada na correia e de maneira que sua
velocidade seja igual ou a mais próxima da velocidade do transportador.
Caso o material seja depositado em velocidade diferente surgirão turbulências e haverá um
gasto adicional de energia para acelerar o material até a velocidade de transporte. Quando se
consegue um carregamento centralizado e que as velocidades sejam iguais, a potência
absorvida será a mínima, o desgaste da correia será reduzido, o material transportado sofrerá
pouca degradação, haverá pouca geração de poeira e a operação será mais silenciosa.
Modificações, por vezes bem simples, nas calhas de carregamento podem melhorar o
desempenho nesse sentido.
Pequenos transportadores de aceleração podem ser usados. Seu comprimento deve ser tal que
ao seu final a carga esteja com a mesma velocidade do transportador principal. O desgaste da
correia do transportador principal é reduzido, e este se concentra na correia do transportador
de aceleração, com um comprimento muito menor e de fácil substituição.
283
Na calhas de carregamento, os materiais muito abrasivos causam desgastes localizados nos
pontos de escorregamento. Pode-se reduzido-lo usando-se o mesmo material que é
transportado como proteção. A figura adiante mostra como isso pode ser feito, usando-se uma
“caixa de pedras”.
284
Normalmente são construídas de metal ou de madeira. São posicionadas de forma que fique
uma pequena folga entre a aba e a correia. Essa folga é preenchida com uma tira de borracha,
mais macia que a correia, fixada pelo lado de fora da aba. De tempos em tempos, essa folga
deverá ser ajustada e, quando necessário, a tira de borracha deve ser substituída. A figura a
seguir mostra uma aba de proteção típica.
3- Correias
É o componente mais importante do sistema, normalmente, representa a parcela mais
importante dos custos iniciais. Engloba as funções de meio de transporte e de tração. Deve
reunir as seguintes qualidades: alta resistência a tração, resistência a fadiga por flexão
longitudinal em torno das polias e a fadiga por flexão transversal para se acomodar nos
roletes, as suas superfícies devem possuir resistência a abrasão causada pelo material
transportado e também alta resistência a ataques químicos, dependendo do produto a ser
transportado.
Em geral, uma correia transportadora consiste de três elementos: Capa superior, carcaça e
capa inferior. A finalidade mais importante das capas é a proteção da carcaça de danos
mecânicos e também resguarda-la de fatores de deterioração que podem estar presentes no
ambiente de trabalho. A carcaça da correia tem como tarefa principal conduzir as forças de
tração necessárias para a partida e para manter o movimento da carga. É responsável também
por absorver os impactos durante as operações de carga, prover a necessária estabilidade para
um alinhamento adequado sobre os roletes e ainda suportar a carga quando esta passa entre
dois roletes, pois a distância entre esses não é nula. Isso deve ser cumprido sob quaisquer
condições de carregamento, isto é, com a correia transportadora operando a vazio ou então
sob carga máxima.
Os materiais usados para as capas são normalmente elastômeros sintéticos, que deverão ser
selecionados em função do material a ser transportado. Em geral a capa superior é mais
espessa que a inferior, e pode ser de material diferente. A superfície pode ser lisa ou com
nervuras para aumentar a capacidade de transporte. Os fabricantes apresentam em seus
catálogos uma extensa gama de produtos e podem auxiliar na seleção do tipo e do material
mais adequado.
As carcaças são produzidas a partir de fibras de algodão, sintéticas tais como rayon, nylon ou
polyester. Com essas fibras são fabricados tecidos, com tramas e desenhos especiais,
dedicados a resistir aos esforços de trabalho. Esse tecido também é impregnado com
elastômeros. Em alguns casos, juntamente com esse tecido, são colocados cabos de aço no
sentido longitudinal.
As correias mais comuns são dos seguintes tipos: lonas reduzidas, multi-lonas, com cabos de
aço e com cabos de aço reforçadas. As próximas figuras mostram essas correias nessa mesma
ordem.
285
Como as correias são fabricadas em comprimentos pré-determinados, é necessário, que
durante a instalação ou na manutenção sejam feitas emendas para se adequar ao comprimento
exigido na obra.
Existem as emendas vulcanizadas que apesar de mais trabalhosas, exigirem equipamentos e
mão de obra especializada para sua execução e por isso mais caras; garantem praticamente a
mesma resistência da correia original e tem longa vida útil. Além disso a superfície da correia
permanece lisa, não existindo pontos para acúmulo do material transportado nem interferindo
nas polias e dispositivos de limpeza.
Já as emendas mecânicas são mais rápidas e de fácil execução, no entanto, enfraquecem a
região da junta e não garantem a resistência mecânica. Pequenos ressaltos no local da emenda
são inevitáveis. Geralmente só é usada em emergências.
Outros tipos de correias, ou melhor dizendo, órgãos flexíveis, foram desenvolvidos para casos
especiais: produtos em altas temperaturas, materiais agressivos que exigem o uso de placas
rígidas de plásticos ou então extremamente tóxicos que não pode haver contaminação do
ambiente. A figuras que seguem mostram alguns desses tipos.
286
4- Roletes de apoio
Para que a correia não se curve por influência do peso próprio e o peso da carga, entre os
tambores são colocados roletes de apoio. O diâmetro desses roletes é escolhido em função da
largura da correia, sua velocidade de deslocamento, tipo da carga e em particular da maior
dimensão ( a ).
287
5- Dispositivos de descarga
Os materiais transportados por uma correia podem ser descarregados da mesma de diferentes
maneiras. A descarga pode se efetuar em apenas um ponto definido, ou em vários locais , ou
ela pode ser feita ao longo de toda extensão do transportador, em apenas um lado ou então dos
dois lados da correia e por consideráveis distâncias.
A flexibilidade dos dispositivos de descarga facilita o uso do transportador e maximiza o
aproveitamento de silos longos e possibilita um grande número de formas de pilhas de
material a granel.
O método mais simples de descarga é quando o material passa por cima da polia motora e cai
sobre uma pilha. Com a colocação de uma simples calha, a descarga também poderá ser feita
e silos ou sobre outro transportador. A instalação de desvios e comportas permite que o fluxo
seja direcionado, simultaneamente em duas direções, ou alternativamente em qualquer uma
delas. Quando desejamos que a descarga seja feita ao longo do transportador em diversos
pontos diferentes podemos fazer o uso de desviadores, fixos ou móveis ou ainda
equipamentos conhecidos como “trippers”.
288
Quando necessário, às vezes por exigências ambientais, existem configurações de
descarregadores que podem reduzir muito a formação de poeira e o ruído além de minimizar a
degradação do material transportado.
As figuras adiante mostram dois tipos de calha de descarga e alguns tipos de arranjos de
desviadores ou “plows” (arado).
6- Acessórios de limpeza
Uma pequena parte do material que está sendo transportado pode ficar aderido a correia após
a operação de descarga, principalmente se este for pegajoso. Essa parte restante de material
voltando pelos caminhos de retorno causará uma série de transtornos: poderá cair do
transportador, causar travamento dos roletes de retorno, mal alinhamento da correia e
possibilidade de avarias devido a força adicional que a correia exerce sobre as estruturas além
do consumo desnecessário de potência. Desse modo, é necessário providenciar mecanismos
que evitem esses problemas. São os dispositivos de limpeza das correias.
Observa-se que os materiais que aderem as correias também aderem as polias e em algumas
vezes necessita-se usar também dos mecanismos de limpeza das polias.
Geralmente os acessórios de limpeza das correias são instalados logo depois dos dispositivos
de descarregamento do material. A posição exata depende muito do desenho da calha de
289
descarregamento. existem soluções criativas que podem melhorar muito a eficiência da
limpeza.
Os dispositivos mais comuns são raspadores, construídos com tiras de borracha, podendo ser
fixos ou auto-ajustáveis, isto é, a força de contato contra as correias ou contra as polias é dada
por meio molas ou contrapesos, não necessitando verificação freqüente. Também existem os
dispositivos rotativos de limpeza, de escovas ou de lâminas. Em alguns locais estão sendo
usados “sprays” de água em alta pressão, no entanto seu uso deve ser estudado com critério,
pois sempre existe o problema de se molhar o lado interno das correias.
7- Polias ou tambores
Certamente, são os componentes mais importantes de um transportador, depois das correias.
Trabalham como elemento de sustentação, são responsáveis pela transmissão da tração,
mudança da direção do movimento e sua transformação de rotativo para linear.
Podem ser divididas em: polias motoras, de retorno, de esticadores e de desvio. São
fabricadas em uma larga faixa de dimensões, geralmente, construídas de discos e chapas
calandradas de aço ou de ferro fundido e nos casos das polias motoras, normalmente, são
revestidas com borracha. Esse aumenta o coeficiente de atrito, melhorando capacidade de
tração. Também reduz o desgaste superficial das polias.
Uma das características mais importantes dos tambores é o seu diâmetro, pois quanto maior
esse diâmetro menor será a tensão de flexão da correia em torno desse. O diâmetro é função
do tipo da correia transportadora, da resistência a tração do material, da espessura e do
número de lonas. Quanto maior for o diâmetro dos tambores maior será a vida útil da correia
e das emendas.
290
Os tambores empregados em transportadores equipados com correias que reforçadas com
cabos de aços tem um desenho especial por causa das elevadas tensões a que estão
submetidos.
As figuras que seguem apresentam dois tipos de tambor.
7.1- Acionamento
O melhor local para a colocação do acionamento de uma correia transportadora é no ponto
onde a tensão na correia é a máxima. Esse ponto geralmente se localiza logo após o
descarregamento, para correias horizontais e ascendentes, enquanto que para os
transportadores descendentes esse ponto normalmente está imediatamente antes do
carregamento. Embora, em alguns casos de longos transportadores inclinados, por razões de
economia nas estruturas e facilidade de acesso para manutenção o acionamento é colocado
próximo ao carregamento.
O acionamento dos transportadores de correias é feito em sua grande maioria por meio de
motores elétricos acoplados a redutores e esses por sua vez acoplados aos tambores de tração.
Os tambores e polias devem trabalhar em uma rotação mais baixa e com maior torque que os
motores elétricos podem fornecer. Por esse motivo é necessário o uso de sistemas de redução
de velocidade. Ao mesmo tempo em que reduzem a velocidade de rotação, multiplicam o
torque. Os motores podem ser conectados aos redutores por meio de acoplamentos elásticos
ou ainda usando-se acoplamentos ou variadores hidráulicos e embreagens. Sendo que estes
últimos facilitam a partida e a aceleração do sistema.
Os arranjos mais comuns para os redutores são os seguintes: moto-redutor acoplado ao
tambor por meio de acoplamento elástico, moto-redutor e transmissão por coroas e correntes;
redutor de engrenagens de eixos paralelos e acoplamento elástico; idem, porém usando-se
coroas e correntes; caixas de engrenagens tipo coroa e pinhão sem-fim diretamente acopladas
ou com correntes; redutores montados sobre o eixo do tambor de acionamento e motor com
transmissão por correias em V; etc. Esses redutores devem possuir, na maioria dos casos,
dispositivos de segurança que atuam em casos de falhas no fornecimento de energia elétrica,
evitando o risco do transportador recuar com o peso da carga. Em algumas situações são
exigidos freios para limitar o tempo de desaceleração e parada. Por vezes é necessária a
utilização de mais de um sistema de acionamento.
As figuram adiante mostram esses arranjos. Existem diversas configurações diferentes que
também podem ser usadas.
291
Deve-se ter uma atenção especial na hora da seleção do redutor de um transportador. Pode -se
conseguir significativas economias de energia com uma escolha adequada para o sistema de
redução. A tabela a seguir mostra os rendimentos mecânicos médios de alguns redutores.
292
Tabela 4.1 - Rendimento mecânico dos redutores.
Rendimento
Tipo do mecanismo de redução de velocidade
mecânico médio
Sistemas de polias e correias planas ou em V 0,94
Reduções abertas empregando coroas dentadas e correntes 0,93
Idem, porém fechadas, em banho de óleo 0,95
Redutor de eixos paralelos em banho de óleo, redução simples 0,95
Idem, redução dupla 0,94
Idem, redução tripla 0,93
Redutor montado em eixo (de eixo oco), redução dupla 0,94
Redutor de coroa e sem-fim, redução de até 20 : 1 0,90
Idem, redução de 20 : 1 até 60 : 1 0,70
Idem, redução de 60 : 1 até 100 : 1 0,50
Engrenagens abertas, dentes cortados em fresadora 0,90
Idem, dentes fundidos 0,85
8- Esticadores
Um transportador bem projetado requer a instalação de um esticador pelas seguintes motivos:
a) para assegurar que a tensão do ramo de retorno não fique abaixo de um valor mínimo,
prevenindo o deslizamento na polia de tração, b) para garantir que a tensão no carregamento e
em outros pontos ao longo do transportador seja adequada e não apareçam flechas exageradas
entre os roletes, c) para compensar os alongamentos que, com o tempo, acontecem com a
correia e finalmente para d) possibilitar reparos e emendas nas correias que por ventura forem
danificadas.
Os esticadores podem ser de dois tipos principais: com regulagem por curso fixo ou manuais
e os automáticos. As vantagens dos esticadores automáticos sobre os manuais é que
possibilitam movimentos na ocasião das partidas e das frenagens das correias, não exigem
regulagens constantes e que a força exercida é praticamente constante. Essa força pode ser
exercida por um contra-peso ou por meio de sistemas hidráulicos, pneumáticos ou então por
molas. O uso dos esticadores manuais somente é recomendado em caso de transportadores
curtos ou onde existam limitações de espaço. Os esticadores manuais, normalmente, são
colocados na parte inferior de um transportador e serve como suporte dos mancais da polia de
retorno. Já os esticadores automáticos devem, se possível, ser colocados no ponto de menor
tensão da correia, isto é, logo após o sistema de acionamento.
293
9- Roletes de retorno
Tem a função de sustentar o correia em seu trajeto de retorno. São menos reforçados que o
roletes de carga e o espaçamento entre os roletes é maior que o lado da carga.
10- Roletes da região do carregamento, foram mostrados junto com roletes do lado da carga.
294
295