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Relatorio

Este documento descreve o projeto e implementação de um circuito PWM utilizando o CI SG3524. Inicialmente apresenta a teoria do PWM e as especificações do CI SG3524. Em seguida detalha os materiais utilizados, a simulação no Proteus, a montagem física do circuito e as medições realizadas no osciloscópio para validar o funcionamento do circuito PWM.

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Relatorio

Este documento descreve o projeto e implementação de um circuito PWM utilizando o CI SG3524. Inicialmente apresenta a teoria do PWM e as especificações do CI SG3524. Em seguida detalha os materiais utilizados, a simulação no Proteus, a montagem física do circuito e as medições realizadas no osciloscópio para validar o funcionamento do circuito PWM.

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1 – RESUMO

O trabalho proposto consiste no projeto e implementação de um circuito PWM,


ou Modulação por Largura de Pulso, utilizando o Circuito Integrado SG3524. Este
trabalho é a primeira etapa da construção de um conversor Buck para operação na
região contínua.

2 – INTRODUÇÃO
Os circuitos PWM tem ampla utilização nas mais diversas áreas da eletrônica.
Criado devido a necessidade de controlar a tensão que seria utilizada em equipamentos
eletrônicos, substitui sistemas de baixa, e algumas outras maneiras que eram realizadas
com intuito de estabelecer o controle da tensão, tais como utilização de fontes lineares
de tensão com resistências em série, transistores, entre outras.

2.1 – PWM
A modulação por largura de pulso, conhecido como PWM (Pulse Width
Modulation), consiste em uma onda de tensão quadrada em que é possível variar seu
ciclo de trabalho e, consequentemente, variar a potência média entregue à carga. Sua
operação consiste em chaves estáticas que podem assumir dois estados, conduzindo ou
não conduzindo, ou seja, o PWM representa uma variável analógica de modo digital de
acordo com o valor de tensão de referência.
O PWM fornecerá uma potência máxima no estado ativo e uma potência nula no
estado inativo. Variando esses dois estados em alta frequência e determinando o tempo
em que o PWM fica no estado ligado e o tempo que fica no estado desligado, de modo
que a soma desses dois tempos seja o período, pode-se variar a potência média
fornecida pelo PWM. Por exemplo, um PWM com 10V de pico e um ciclo de trabalho
de 60%, entrega à carga uma tensão média de 6V. Ou, de forma análoga, está sendo
entregue 60% da potência máxima, ou seja, quanto maior o ciclo de trabalho, maior a
tensão média entregue a carga.
A possibilidade de variar o ciclo de trabalho permite um controle preciso da
potência entregue à carga, enquanto a variação de tensão em alta frequência favorece a
redução do tamanho físico do circuito, uma vez que são necessários componentes de
campo (indutores e capacitores) de menor valor. É vantajoso operar o circuito em alta
frequência, principalmente pela redução do aspecto físico, porém é recomendado que o

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circuito seja utilizado para cargas que possuem uma dinâmica lenta, para que seu
funcionamento não seja prejudicado.

2.2 – CI SG3524
O SG3524 é um circuito integrado de controle de tensão com modulação por
largura de pulso (PWM) de frequência fixa. O regulador opera em uma freqüência fixa
que é programada por um resistor de temporização (RT) e um capacitor de
temporização (CT). RT estabelece um carregamento constante de corrente para CT. Isso
resulta em uma rampa de tensão linear no TC, que é alimentado ao comparador,
fornecendo um controle linear do pulso de saída com duração (largura) pelo erro
amplificador. O SG3524 contém um regulador de 5V incorporado que serve como
referência, bem como fornece ao SG3524 a alimentação para o circuito de controle. A
tensão de referência é dividida externamente por uma escada de resistor rede para
fornecer uma referência dentro do intervalo de modo comum do amplificador de erro. O
circuito integrado do SG3524 pode ser visto na Figura 1 abaixo, com suas respectivas
entradas e saídas referenciadas.

Figura 1: Circuito integrado do CI SG3524.

3 – MATERIAIS E MÉTODOS
Sabe-se que todos os componentes possuem erros relacionados às suas
grandezas especificadas. Esses erros ocorrem e variam de acordo com o lote, fabricante,
pureza do material e fatores climáticos. Além disso, nem todos os componentes

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especificados na simulação são de valores comerciais, foi feita uma adaptação ao
protótipo. Os resistores de 2 kΩ foram substituídos por resistores de 2,2 kΩ, já os de 7,5
kΩ foram substituídos para 8,2 kΩ. Os capacitores e potenciômetros utilizados foram os
mesmo especificados na simulação. Analisando o protótipo, não houveram variações
devido à modificação da simulação. Os materiais utilizados durante a montagem do
protótipo estão de acordo com a Tabela 1.

Tabela 1: Componentes utilizados.

Componentes Utilizados Especificações Quantidades


Resistor 8,2 kΩ 1
Resistor 2,2 kΩ 4
Potenciômetro 100 kΩ 1
Potenciômetro 10 kΩ 1
Capacitor 1 nF 1
Capacitor 1 μF 1
CI SG3524 1
Conector terminal
parafuso KF301-2P 1
Placa de fenolite 10 x 10 cm 1

3.1 – Datasheet
O CI SG3524 possui tudo que é preciso para implementar um circuito PWM:
inversor e chaveamento. Possui um regulador, um amplificador de erro, um oscilador
programável, transistores, comparador com alto ganho, limitador de corrente e reiniciar.
Sua estrutura interna de operação encontra-se na Figura 1, enquanto que seus pinos são
de acordo com a Figura 2.

Figura 2: Pinos do CI SG3524.

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No datasheet do dispositivo há uma orientação quanto a montar o circuito PWM:
a frequência de oscilação sugerida pelo datasheet é de 450 kHz , essa frequência é
alcançada com um capacitor CT de 1μF e um resistor de 2 kΩ.

A frequência de oscilação obtida é de acordo com a equação abaixo:


f=

Fixando o valor da capacitância em 1 μF e colocando um potenciômetro de 100k Ω


podemos variar a frequência de 100Hz até 4,545 kHz.

3.2 – Simulação no software Proteus


Afim de se realizar um circuito capaz de fornecer em sua saída um sinal do tipo
PWM, partiu-se das informações contidas no datasheet do SG3524. Deste, extraiu-se
que para regular a frequência do oscilador, era desejado o uso de uma resistência de
1,8kΩ à 100kΩ e capacitância de 0,001 μF à 0,1 μF . Desta forma, fixou-se o capacitor
de 0,1 μF e utilizou-se um potenciômetro de 100kΩ para que fosse possível percorrer
todo o alcance de frequência da dente de serra. Ademais, para o sinal de controle, foi
utilizado o pino 16 do CI que disponibiliza uma tensão de 5 volts. Desta forma, foi
necessário aplicar um divisor de tensão para certificar que a tensão do sinal de controle
não ultrapassasse a dente de serra. Para se obter o sinal de PWM integral, foi necessário
curto circuitar os coletores dos TBJ (pinos 12 e 13 ). Assim, o circuito simulado pode
ser verificado analisando a Figura 3.

Figura 3: Ligação do circuito simulado no Proteus.

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Após a validação da simulação do circuito da Figura 3, foi realizada a confecção do
layout da placa de circuito impresso. Assim, foi verificado disposição dos componentes
de tal forma que as trilhas não se chocassem. A disposição obtida pode ser analisada na
Figura 4.

Figura 4: Layout da placa de circuito impresso.

A fim de se verificar a disposição dos componentes, foi obtida a vista


tridimensional do PCB layout. Essa vista é essencial para que seja verificado se há
algum componente virado, ou seja, que erroneamente foi projetado para estar na outra
face da placa. Tal vista, pode ser verificada ao se analisar a Figura 5.

Figura 5: Vista tridimensional da disposição dos componentes na placa de circuito impresso.

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3.3 – Circuito físico no PWM
Com auxílio do software Proteus foi possível elaborar de maneira mais simples
como seria o layout das trilhas de cobre do circuito para que fosse realizada a impressão
em uma placa de cobre, como já foi abordado anteriormente. O circuito gerado pelo
Proteus, visto na Figura 4, foi, então, impresso em papel fotográfico via impressão à
laser para realizar o processo de termotransferência da tinta do papel fotográfico para a
placa de cobre. Em seguida, a placa foi mergulhada em ácido (percloreto de ferro) para
que o cobre exposto (que não foi coberto pela tinta da termo transferência) fosse
removido da placa, restando apenas o circuito do PWM. O resultado do processo pode
ser visto na Figura 6. Observa-se que o resultado obtido é bastante fiel ao modelo
criado pelo Proteus, onde, posteriormente, os componentes foram devidamente
inseridos.
Após o processo de furação dos terminais da placa de circuito impresso e de
soldagem dos componentes em suas respectivas ilhas de contato, o resultado é o circuito
da Figura 7.

Figura 6: Layout do circuito impresso.

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Figura 7: Circuito PWM montado na placa de fenolite.

Em seguida, com o circuito montado, o mesmo foi ligado ao osciloscópio para


realizar as análises de funcionamento e comportamento do circuito. A primeira medição
da onda quadrada do PWM junto à onda dente de serra gerada pelo oscilador do circuito
integrado pode ser observada na Figura 8.

Figura 8: Saída do PWM.

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3.4 – Frequência de operação
Variando a resistência do potenciômetro de 100kΩ, é possível alterar a
frequência do sinal dente de serra.

Figura 9: Frequência mínima de operação.

Figura 10: Frequência máxima de operação.

3.5 – Ciclo de trabalho


Variando o potenciômetro de 10kΩ, é possível alterar o ciclo de trabalho (duty
cicle) do PWM, alterando, assim, o valor de tensão média entregue à carga conectada.
Nos testes realizados em laboratório, com auxílio de um osciloscópio, foi possível
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verificar que o circuito construído possui um ciclo de trabalho que pode variar de
11,88% a 98,84%. Na Figura 11 é possível observar a operação do PWM com o menor
ciclo de trabalho possível, enquanto na Figura 12 encontra-se a operação com o maior
ciclo de trabalho do circuito.

Figura 11: Mínimo ciclo de trabalho do PWM.

Figura 12: Máximo ciclo de trabalho do PWM.

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Diante dos resultados obtidos no laboratório, é possível afirmar que o
controlador PWM é capaz de entregar à carga uma tensão que varia de 11,88% a
98,84% do valor da tensão da fonte. Por exemplo, inserindo uma fonte de 10V na
entrada do controlador e uma carga resistiva na saída do mesmo. Alterando a posição do
potenciômetro de ciclo de trabalho, é possível variar a tensão média na carga em valores
a partir de, aproximadamente, 1,2V a 9,89V. O valor máximo de tensão entregue pelo
controlador é menor que o valor nominal de tensão da fonte devido a perdas internas do
próprio circuito.

4 – CONCLUSÃO
A partir dos resultados obtidos, é possível comprovar que a tensão PWM de
saída é o resultado da comparação entre dois outros sinais, o sinal de referência e o sinal
da onda dente de serra, de modo que se a tensão de referência estiver na metade da onda
dente de serra tem-se uma tensão com 50% de ciclo de trabalho.
Enfim, conclui-se que os resultados obtidos estão de acordo com o esperado.
Ademais, como projetado, o sinal de controle não ultrapassou a dente de serra. Foi
possível observar também que o PWM projetado é eficiente visto que este consegue
entregar um alcance elevado de tensão média à carga.
Importante salientar que o PWM se caracteriza por ter frequência constante,
todavia foi empregado um potenciômetro no oscilador para que o operador possa
escolher a frequência de trabalho e operar com a frequência constante.

5 – REFERÊNCIAS

[1] MECAWEB - SEU PORTAL DE APRENDIZAGEM DE MECATRÔNICA NA


INTERNET. PWM MODULAÇÃO POR LARGURA DE PULSO. 2016. Disponível
em:
< http://www.mecaweb.com.br/eletronica/content/e_pwm >. Acesso em: 19 mar. 2019.

[2] DATASHEET - SG3524.Disponível em:


< http://www.ti.com/lit/ds/symlink/sg2524.pdf >. Acesso em :27/03/2019.

[3] TEXAS INSTRUMENTS, SGx524 Regulating Pulse-Width Modulators .


Disponível em: <http://www.ti.com/lit/ds/symlink/sg2524.pdf> Acesso em: 19. mar.

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2019.

[4] PWM - Modulação por largura de pulso. Disponível em :


< http://http://www.mecaweb.com.br/eletronica/content/e_pwm > Acesso em: 24
março 2019.

[5] O que é PWM (MEC071) . Disponível


em:< http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/robotica/5169-mec071a > Acesso
em 24 março 2019.

[6] O que é PWM e para que serve? Disponível em


< https://www.citisystems.com.br/pwm/ > Acesso em: 25 março 2019.

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