Relatorio
Relatorio
2 – INTRODUÇÃO
Os circuitos PWM tem ampla utilização nas mais diversas áreas da eletrônica.
Criado devido a necessidade de controlar a tensão que seria utilizada em equipamentos
eletrônicos, substitui sistemas de baixa, e algumas outras maneiras que eram realizadas
com intuito de estabelecer o controle da tensão, tais como utilização de fontes lineares
de tensão com resistências em série, transistores, entre outras.
2.1 – PWM
A modulação por largura de pulso, conhecido como PWM (Pulse Width
Modulation), consiste em uma onda de tensão quadrada em que é possível variar seu
ciclo de trabalho e, consequentemente, variar a potência média entregue à carga. Sua
operação consiste em chaves estáticas que podem assumir dois estados, conduzindo ou
não conduzindo, ou seja, o PWM representa uma variável analógica de modo digital de
acordo com o valor de tensão de referência.
O PWM fornecerá uma potência máxima no estado ativo e uma potência nula no
estado inativo. Variando esses dois estados em alta frequência e determinando o tempo
em que o PWM fica no estado ligado e o tempo que fica no estado desligado, de modo
que a soma desses dois tempos seja o período, pode-se variar a potência média
fornecida pelo PWM. Por exemplo, um PWM com 10V de pico e um ciclo de trabalho
de 60%, entrega à carga uma tensão média de 6V. Ou, de forma análoga, está sendo
entregue 60% da potência máxima, ou seja, quanto maior o ciclo de trabalho, maior a
tensão média entregue a carga.
A possibilidade de variar o ciclo de trabalho permite um controle preciso da
potência entregue à carga, enquanto a variação de tensão em alta frequência favorece a
redução do tamanho físico do circuito, uma vez que são necessários componentes de
campo (indutores e capacitores) de menor valor. É vantajoso operar o circuito em alta
frequência, principalmente pela redução do aspecto físico, porém é recomendado que o
1
circuito seja utilizado para cargas que possuem uma dinâmica lenta, para que seu
funcionamento não seja prejudicado.
2.2 – CI SG3524
O SG3524 é um circuito integrado de controle de tensão com modulação por
largura de pulso (PWM) de frequência fixa. O regulador opera em uma freqüência fixa
que é programada por um resistor de temporização (RT) e um capacitor de
temporização (CT). RT estabelece um carregamento constante de corrente para CT. Isso
resulta em uma rampa de tensão linear no TC, que é alimentado ao comparador,
fornecendo um controle linear do pulso de saída com duração (largura) pelo erro
amplificador. O SG3524 contém um regulador de 5V incorporado que serve como
referência, bem como fornece ao SG3524 a alimentação para o circuito de controle. A
tensão de referência é dividida externamente por uma escada de resistor rede para
fornecer uma referência dentro do intervalo de modo comum do amplificador de erro. O
circuito integrado do SG3524 pode ser visto na Figura 1 abaixo, com suas respectivas
entradas e saídas referenciadas.
3 – MATERIAIS E MÉTODOS
Sabe-se que todos os componentes possuem erros relacionados às suas
grandezas especificadas. Esses erros ocorrem e variam de acordo com o lote, fabricante,
pureza do material e fatores climáticos. Além disso, nem todos os componentes
2
especificados na simulação são de valores comerciais, foi feita uma adaptação ao
protótipo. Os resistores de 2 kΩ foram substituídos por resistores de 2,2 kΩ, já os de 7,5
kΩ foram substituídos para 8,2 kΩ. Os capacitores e potenciômetros utilizados foram os
mesmo especificados na simulação. Analisando o protótipo, não houveram variações
devido à modificação da simulação. Os materiais utilizados durante a montagem do
protótipo estão de acordo com a Tabela 1.
3.1 – Datasheet
O CI SG3524 possui tudo que é preciso para implementar um circuito PWM:
inversor e chaveamento. Possui um regulador, um amplificador de erro, um oscilador
programável, transistores, comparador com alto ganho, limitador de corrente e reiniciar.
Sua estrutura interna de operação encontra-se na Figura 1, enquanto que seus pinos são
de acordo com a Figura 2.
3
No datasheet do dispositivo há uma orientação quanto a montar o circuito PWM:
a frequência de oscilação sugerida pelo datasheet é de 450 kHz , essa frequência é
alcançada com um capacitor CT de 1μF e um resistor de 2 kΩ.
4
Após a validação da simulação do circuito da Figura 3, foi realizada a confecção do
layout da placa de circuito impresso. Assim, foi verificado disposição dos componentes
de tal forma que as trilhas não se chocassem. A disposição obtida pode ser analisada na
Figura 4.
5
3.3 – Circuito físico no PWM
Com auxílio do software Proteus foi possível elaborar de maneira mais simples
como seria o layout das trilhas de cobre do circuito para que fosse realizada a impressão
em uma placa de cobre, como já foi abordado anteriormente. O circuito gerado pelo
Proteus, visto na Figura 4, foi, então, impresso em papel fotográfico via impressão à
laser para realizar o processo de termotransferência da tinta do papel fotográfico para a
placa de cobre. Em seguida, a placa foi mergulhada em ácido (percloreto de ferro) para
que o cobre exposto (que não foi coberto pela tinta da termo transferência) fosse
removido da placa, restando apenas o circuito do PWM. O resultado do processo pode
ser visto na Figura 6. Observa-se que o resultado obtido é bastante fiel ao modelo
criado pelo Proteus, onde, posteriormente, os componentes foram devidamente
inseridos.
Após o processo de furação dos terminais da placa de circuito impresso e de
soldagem dos componentes em suas respectivas ilhas de contato, o resultado é o circuito
da Figura 7.
6
Figura 7: Circuito PWM montado na placa de fenolite.
7
3.4 – Frequência de operação
Variando a resistência do potenciômetro de 100kΩ, é possível alterar a
frequência do sinal dente de serra.
9
Diante dos resultados obtidos no laboratório, é possível afirmar que o
controlador PWM é capaz de entregar à carga uma tensão que varia de 11,88% a
98,84% do valor da tensão da fonte. Por exemplo, inserindo uma fonte de 10V na
entrada do controlador e uma carga resistiva na saída do mesmo. Alterando a posição do
potenciômetro de ciclo de trabalho, é possível variar a tensão média na carga em valores
a partir de, aproximadamente, 1,2V a 9,89V. O valor máximo de tensão entregue pelo
controlador é menor que o valor nominal de tensão da fonte devido a perdas internas do
próprio circuito.
4 – CONCLUSÃO
A partir dos resultados obtidos, é possível comprovar que a tensão PWM de
saída é o resultado da comparação entre dois outros sinais, o sinal de referência e o sinal
da onda dente de serra, de modo que se a tensão de referência estiver na metade da onda
dente de serra tem-se uma tensão com 50% de ciclo de trabalho.
Enfim, conclui-se que os resultados obtidos estão de acordo com o esperado.
Ademais, como projetado, o sinal de controle não ultrapassou a dente de serra. Foi
possível observar também que o PWM projetado é eficiente visto que este consegue
entregar um alcance elevado de tensão média à carga.
Importante salientar que o PWM se caracteriza por ter frequência constante,
todavia foi empregado um potenciômetro no oscilador para que o operador possa
escolher a frequência de trabalho e operar com a frequência constante.
5 – REFERÊNCIAS
10
2019.
11