Referencial Educacao Rodoviaria Ensino Secundario Educacao Formacao Adultos
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Referencial Educacao Rodoviaria Ensino Secundario Educacao Formacao Adultos
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ENSINO SECUNDÁRIO
EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE ADULTOS
REFERENCIAL DE EDUCAÇÃO RODOVIÁRIA
FICHA TÉCNICA
Título
Referencial de Educação Rodoviária para o Ensino Secundário e a Educação e Formação
de Adultos
Autores
Ana Gaudich (ANQEP, I.P.)
Ana Sofia Veigas (DGE)
António Proença (DGEstE)
Filomena Martinho (DGEstE)
Luís Gabriel (DGE)
Olívia Soutenho (DGE)
Acompanhamento e colaboração
Ana Jacinto (ACA-M)
Ana Milhano (IMT, I.P.)
Catarina Marcelino (IMT, I.P.)
Fátima Santos (DGC)
Gregória von Amann (DGS)
Luís Miguel Pleno (GNR)
Luísa Ferreira (IPDJ, I.P.)
Manuel João Ramos (ACA-M)
Margarida Leitão (ANSR)
Maria Isabel Castelão (DGS)
Nuno Ferreira (CCISP e IPL)
Rosa Pita (PRP)
Sónia Carvalho (ANSR)
Sónia Pestana (PSP)
Susana Paulino (IMT, I.P.)
Coordenação
Olívia Soutenho (DGE)
2
REFERENCIAL DE EDUCAÇÃO RODOVIÁRIA
Editor
Ministério da Educação
Design Gráfico
Isabel Espinheira
Data
2015
ISBN
3
REFERENCIAL DE EDUCAÇÃO RODOVIÁRIA
ÍNDICE
INTRODUÇÃO
Enquadramento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Referencial de Educação Rodoviária. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9
Organização do Referencial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
GLOSSÁRIO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .31
BIBLIOGRAFIA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
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REFERENCIAL DE EDUCAÇÃO RODOVIÁRIA
INTRODUÇÃO
Enquadramento
O referido Decreto-Lei menciona ainda, no seu Artigo 15.º, que as escolas, no âmbito
da sua autonomia, devem desenvolver projetos e atividades que contribuam para a
formação pessoal e social dos alunos, designadamente de educação rodoviária.
1
Educação para a Cidadania - linhas orientadoras, Direção-Geral da Educação, outubro de
2013
5
REFERENCIAL DE EDUCAÇÃO RODOVIÁRIA
Para fazer face à elevada sinistralidade rodoviária registada no nosso país, foi
aprovado, em 2003, o Plano Nacional de Prevenção Rodoviária (PNPR), que
estabeleceu como objetivo geral a redução em 50% do número de vítimas mortais e
feridos graves, até 2010, bem como objetivos mais específicos para determinados
alvos da população mais expostos.
2
Idem, p. 2
3
Resolução do Conselho de Ministros n.º 5/2014, de 13 de janeiro, DR 1.ª série, N.º 8, p. 98
4
Idem, p. 99
6
REFERENCIAL DE EDUCAÇÃO RODOVIÁRIA
Em conformidade com as Grandes Opções do Plano para 2008 (Lei n.º 31/2007, de 10
de agosto), a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), com o
acompanhamento e direção científica do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e
da Empresa (ISCTE), procedeu à elaboração da Estratégia Nacional de Segurança
Rodoviária (ENSR) para o período de 2008-20155, a qual tem como objetivo promover
a segurança rodoviária em Portugal, procurando obter uma descida sustentada da
sinistralidade rodoviária, num processo que permita aproximar Portugal dos
resultados obtidos pelos países da União Europeia (UE) com melhores práticas nesta
matéria.
5
Resolução do Conselho de Ministros n.º 54/2009, de 26 de junho, DR 1.ª série, N.º 122
6
Resolução do Conselho de Ministros n.º 5/2014, de 13 de janeiro, DR 1.ª série, N.º 8, p. 99
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Global Plan for the Decade of Action for Road Safety 2011-2020
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REFERENCIAL DE EDUCAÇÃO RODOVIÁRIA
Nações Unidas, com o alto patrocínio da OMS, aprovada a 2 de março de 2010, para o
período 2011-2020.
Portugal é um dos mais de 100 países que, no dia 11 de maio de 2011, aderiram a
este desafio, dando especial importância à segurança rodoviária de crianças e jovens.
8
REFERENCIAL DE EDUCAÇÃO RODOVIÁRIA
Decorrente da 1.ª fase da ENSR, foi elaborado pela Direção-Geral da Educação, com a
colaboração de entidades públicas e privadas, o Referencial de Educação Rodoviária
para a Educação Pré-Escolar e o Ensino Básico, homologado em 2012.
8
Educação para a Cidadania - linhas orientadoras, Direção-Geral da Educação, outubro de
2013
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Organização do Referencial
Para dar resposta a esta grande finalidade, foram identificados quatro grandes temas
- Ambiente rodoviário, Mobilidade, Prevenção e segurança rodoviárias e
Sinistralidade -, os quais foram organizados tendo em conta a lógica subjacente à
estrutura dos documentos curriculares, quer do ensino secundário quer da educação
e formação de adultos.
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1. Ambiente Rodoviário
1.2. Utentes
Caracterizar os diferentes utentes do ambiente rodoviário
1.2.1 Distinguir os diferentes utentes do ambiente rodoviário: peão, ciclista,
condutor e passageiro de ciclomotor, motociclo e automóvel.
1.2.2 Especificar as características dos utentes, a sua inserção no
ambiente rodoviário e o seu comportamento em termos de
segurança rodoviária: velocidade, imprevisibilidade, capacidade
de reação a alterações repentinas, limitações de acessibilidade.
1.2.3 Reconhecer a existência de utentes vulneráveis, referindo as suas
principais características em termos de comportamento.
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1.3. Veículos
Caracterizar os veículos existentes no ambiente rodoviário
1.1.7. Caracterizar os diferentes tipos de veículos e a sua inserção em
ambiente rodoviário: principais características técnicas, dimensão,
cuidados, velocidade, travagem, potência, segurança, proteção de
passageiros.
1.1.8. Reconhecer as vantagens e inconvenientes para o ambiente,
espaço público e saúde, dos diferentes tipos de veículos, assim
como os fatores de risco associados à sua utilização.
1.1.9. Reconhecer os fatores de risco inerentes à alteração das
características dos veículos.
1.1.10. Conhecer as características de um veículo de urgência e as
especificidades da sua circulação.
1.4. Comunicação
Interpretar a sinalização de trânsito e outras formas de comunicação
em ambiente rodoviário
1.4.1. Conhecer, genericamente, as principais regras de circulação e a
sinalização rodoviária.
1.4.2. Conhecer a hierarquização da sinalização.
1.4.3. Reconhecer a importância de uma adequada e atempada
sinalização de manobras.
1.4.4. Reconhecer a importância do contacto visual como medida de
segurança entre os utentes.
1.4.5. Reconhecer áreas de acalmia de tráfego.
1.4.6. Conhecer soluções tecnológicas que garantam mais comodidade,
segurança e informação aos utentes do ambiente rodoviário, e a sua
relação com o ambiente e a saúde.
2. Mobilidade
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4. Sinistralidade
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Carga horária
UFCD 1 Ambiente rodoviário e mobilidade
25 horas
Conteúdos
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26.2. Bikesharing
26.3. Carpooling
26.4. Carsharing
26.5. Transporte a pedido
27. Medidas de promoção do uso de transportes sustentáveis adotadas por municípios
portugueses
28. Evolução e comparação dos padrões de mobilidade em Portugal e nos outros países da
União Europeia
29. Conceito de mobilidade escolar
30. Características e especificidades da mobilidade escolar
31. Plano de Mobilidade Escolar e sua importância para a gestão das deslocações em meio
escolar
32. Rede de transportes disponível na área geográfica de residência e do estabelecimento de
ensino
33. Soluções de melhoria da mobilidade rodoviária escolar, tornando‐a mais sustentável e
acessível
34. Vantagens e desvantagens da utilização da bicicleta e de andar a pé na área geográfica da
escola
35. Planeamento de percursos com recurso às Tecnologias de Informação e Comunicação
36. Planeamento de uma viagem em transporte público (títulos de transporte, horários,
intermodalidade/multimodalidade em contexto escolar)
37. Campanhas, ações de sensibilização, projetos ou atividades que promovam a utilização dos
modos de transporte suaves e dos transportes públicos
Carga horária
UFCD 2 Prevenção, segurança e sinistralidade rodoviárias
25 horas
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Conteúdos
1. Complexidade do ambiente rodoviário e riscos associados
1.1. Grupos de risco
1.2. Fatores de risco
1.3. Risco esperado, risco percebido e risco praticado
1.4. Influência das infraestruturas rodoviárias e da tecnologia automóvel na indução de
comportamentos seguros e de comportamentos de risco
2. Comportamentos de risco
2.1. Consumo de álcool
2.2. Consumo de substâncias psicotrópicas
2.3. Uso de medicamentos que afetam a perceção e o tempo de resposta
2.4. Privação do sono e fadiga
2.5. Utilização de telemóveis ou outros equipamentos eletrónicos
2.6. Excesso de velocidade e velocidade excessiva
2.7. Não utilização de equipamentos de segurança
3. Comportamentos-padrão seguros
3.1. Utilização do cinto de segurança
3.2. Utilização dos equipamentos de retenção infantil
3.3. Condução defensiva
3.4. Atravessamento nas passagens para peões
4. Processo psicológico da tarefa de condução
4.1. Recolha de informação – perceção
4.2. Análise da informação – previsão
4.3. Tomada de decisão – decisão
4.4. Execução da ação - ação
5. Fatores internos e externos que influenciam a tarefa de condução
5.1. Fatores internos
5.1.1. Capacidades cognitivas
5.1.2. Capacidades físicas
5.1.3. Capacidades psicológicas
5.2. Fatores externos
5.2.1. Condições ambientais e atmosféricas
5.2.2. Estado dos veículos
5.2.3. Diversidade, ritmo, quantidade e qualidade de estímulos (informação)
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14. Fatores de risco em função dos níveis etários, com enfoque nos jovens
15. Principais fatores que podem contribuir para a diminuição da sinistralidade:
15.1. Educação rodoviária envolvendo os vários agentes educativos: família, escola,
sociedade em geral
15.2. Formação inicial e contínua dos condutores
15.3. Infraestrutura indutora de comportamentos seguros
15.4. Ambiente rodoviário que tenha em conta todos os utentes da via
15.5. Manutenção e equipamentos de segurança do veículo
15.6. Fiscalização adequada aos comportamentos dos utentes
16. Impacto da sinistralidade
16.1. Consequências sociais e económicas da sinistralidade
16.2. Incapacidade causada pela sinistralidade em adolescentes e jovens adultos
17. Sinistralidade como grave problema de saúde pública
18. Previsões da Organização das Nações Unidas (ONU)/Organização Mundial de Saúde (OMS) e
de outras organizações internacionais
19. Responsabilidade da sociedade civil na melhoria dos níveis de segurança rodoviária
20. Procedimentos após acidente rodoviário
20.1. Proteger
20.2. Alertar
20.3. Socorrer
21. Fases do Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM)
21.1. Deteção
21.2. Alerta
21.3. Pré-socorro
21.4. Transporte
21.5. Tratamento na unidade de saúde
22. Preenchimento do formulário da Declaração Amigável
23. Promover a cidadania rodoviária e o respeito pelos utilizadores da via
23.1. Importância do respeito pelo Outro na promoção de um ambiente rodoviário mais
seguro
23.2. Direitos e deveres do peão e do passageiro de transporte público
23.3. Regras de conduta em ambiente rodoviário
23.3.1. Importância do cumprimento das regras para a manutenção da segurança
rodoviária
23.3.2. Comportamentos adequados e inadequados em ambiente rodoviário
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GLOSSÁRIO
Acessibilidade:
Facilidade facultada às pessoas para atingirem um destino, utilizando um
determinado sistema de transportes, dependente da existência da escolha modal, do
custo ocasionado pela deslocação, do tempo de percurso, da segurança em todas as
etapas da viagem e da compatibilidade das limitações individuais relativas a horários
e capacidades físicas. Fonte: Glossário do Pacote da Mobilidade (IMT, I.P., 2011)
Acidente:
Ocorrência na via pública ou que nela tenha origem envolvendo pelo menos um
veículo e da qual resultem vítimas e/ou danos materiais. Fonte: Adaptado de
Observatório de Segurança Rodoviária. Sinistralidade Rodoviária, (ANSR, 2009)
Ambiente rodoviário:
Conjunto de elementos e de condições externas que rodeiam os utentes da estrada e
os influenciam. Por exemplo, os diferentes tipos e características das vias (urbanas,
não urbanas, ordenamento do trânsito, sinalização vertical e horizontal, iluminação
pública, traçado, pavimento, áreas adjacentes à faixa de rodagem, etc.), os
diferentes tipos de veículos e suas características, as condições atmosféricas (chuva,
vento, nevoeiro, noite, crepúsculo, gelo) e as diferentes características dos utentes
da estrada (crianças, idosos, ciclistas, motociclistas). Fonte: PRP
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REFERENCIAL DE EDUCAÇÃO RODOVIÁRIA
Automóvel:
Veículo com motor de propulsão, dotado de, pelo menos, quatro rodas, com tara
superior a 550 kg, cuja velocidade máxima é, por construção, superior a 25 km/hora,
e que se destina, pela sua função, a transitar na via pública, sem sujeição a carris.
Fonte: Código da Estrada, disponível em:
http://www.ansr.pt/SegurancaRodoviaria/CodigoDaEstrada/Pages/default.aspx
Bicicleta:
Veículo de pelo menos duas rodas, geralmente de diâmetro igual, sobre as quais
assenta uma estrutura metálica com um selim em cima, sendo a da frente dirigida
por um guiador e a de trás ligada a um sistema de pedais acionados pelo ciclista. A
propulsão é realizada exclusivamente pela energia muscular do condutor, através dos
pedais. Bicicleta é o termo utilizado comummente para designar velocípede. Fonte:
Guia do Condutor de Velocípede (ANSR, 2014)
Bike Sharing:
Serviço de partilha de uma frota de bicicletas através de sistema de aluguer ou
empréstimo por determinado período. Fonte: Glossário do Pacote da Mobilidade
(IMT, I.P., 2011)
Carpooling:
Iniciativa em que duas ou mais pessoas partilham um automóvel particular para fazer
um mesmo ou parte de um percurso similar, incluindo a divisão de custos de
combustível e portagens, permitindo poupar dinheiro, melhorar o meio ambiente e
ainda conhecer pessoas. O carpooling é combinado previamente de forma informal
ou através de grupos de interesse mais ou menos formais, muitas vezes gerido online
por meio de aplicações. Quando o veículo utilizado é uma carrinha ou um
miniautocarro, designa-se vanpooling. Fonte: Adaptado de Glossário do Pacote da
Mobilidade (IMT, I.P., 2011)
Carsharing:
Modelo de disponibilização de veículos para utilização pública, permitindo que um
mesmo veículo seja utilizado por diferentes clientes ao longo do dia, evitando assim
os gastos associados à aquisição e manutenção dos veículos. O levantamento e a
entrega dos veículos são realizados em diferentes locais (de preferência localizados
estrategicamente). Este modelo pode ser comparado a alugueres de curta duração,
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REFERENCIAL DE EDUCAÇÃO RODOVIÁRIA
Ciclomotor:
Veículo dotado de duas ou três rodas, com uma velocidade máxima, em patamar e
por construção, não superior a 45 km/h, e cujo motor tenha cilindrada não superior a
50 cm3 ou cuja potência máxima não exceda 4 KW. Fonte: Código da Estrada
Ciclovia:
Estrada independente ou parte de uma estrada concebida para velocípedes e com
sinalização específica. Está separada estruturalmente das outras estradas ou partes
da mesma estrada. Fonte: Fórum Internacional de Transportes e Comissão Económica
para a Europa das Nações Unidas, Glossário de Estatísticas de Transportes (Eurostat,
2009), disponível em:
http://www.unece.org/trans/main/wp6/transstatglossmain.html)
Circulação rodoviária:
Fluidez, ritmo e intensidade com que os veículos e os peões circulam na via ou
infraestrutura rodoviária a cada momento. Fonte: PRP e IMT, I.P.
Condução agressiva:
Estilo de condução ou realização de qualquer tipo de manobra em que o condutor
deliberadamente assume comportamentos de impulsividade e hostilidade que podem
contribuir para o aumento do risco de acidente. Um condutor agressivo conduz de
forma descuidada e imprudente e sem respeito pelos outros utentes, por ex., não
sinaliza as intenções, coloca-se à frente de outro veículo, circula “colado” ao veículo
da frente, buzina ao condutor da frente quando o sinal passa a verde, muda
constantemente de fila de trânsito num congestionamento, buzina para o condutor
da frente aumentar a velocidade a que circula, pratica mudanças bruscas de
velocidade. Fonte: PRP e IMT, I.P.
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REFERENCIAL DE EDUCAÇÃO RODOVIÁRIA
Condução defensiva:
Estilo de condução ou conjunto de estratégias de condução adotadas pelo condutor,
que se pauta por comportamentos que antecipam, evitam e não provocam acidentes,
nos quais o condutor tenta adequar a sua condução aos comportamentos dos outros
utentes, à influência das condições atmosféricas, às características do trânsito e da
estrada, bem como ao estado e comportamento do próprio veículo e às suas próprias
capacidades e limitações enquanto condutor. Fonte: IMT, I.P. e PRP
Condutor:
Pessoa que detém o comando de um veículo ou de um animal na via pública. Fonte:
Relatório do Observatório de Segurança Rodoviária (ANSR, 2006)
Espaço público:
Toda a área do espaço urbano, em princípio exterior aos edifícios e de acesso e uso
livre. Fonte: Glossário do Pacote da Mobilidade (IMT, I.P., 2011)
Espaço rodoviário:
Infraestruturas que envolvem o contexto rodoviário – tipo de via e configuração,
guias, passeios, sinalização, construções envolventes e localização.
Estrada:
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REFERENCIAL DE EDUCAÇÃO RODOVIÁRIA
Estrada autoexplicativa:
Pressupõe uma configuração da estrada e do respetivo ambiente rodoviário que
transmita naturalmente ao condutor o contexto em que está inserido, de forma a que
o comportamento adequado seja facilmente percebido e adotado, promovendo,
assim, elevados níveis de segurança. Ex.: cruzamentos de nível ou presença de
peões, mesmo sem sinalização.
Excesso de velocidade:
Velocidade praticada acima dos limites impostos por lei ou sinalização, tendo em
conta o tipo de veículo e o tipo de via.
Fatores de risco:
Características, situações, comportamentos que podem desencadear a ocorrência de
um acidente e/ou potenciar as suas consequências. Entre os principais fatores de
risco encontram-se a velocidade excessiva ou inadequada, a condução sob influência
do álcool, o uso do telemóvel durante a condução, a fadiga, a distração e a ingestão
de medicamentos e drogas. Fonte: PRP
Grupos de risco:
Grupos de utentes da estrada com maior representatividade na sinistralidade
rodoviária (utentes de veículos de duas rodas e recém-encartados), ou que, pelas
suas características psicofísicas (crianças, jovens e idosos), se expõem a situações de
maior risco rodoviário. Fonte: PRP e IMT, I.P.
Faixa de rodagem:
Parte da via pública destinada especialmente à circulação de veículos. Fonte: Guia
do Peão, (ANSR, 2013)
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REFERENCIAL DE EDUCAÇÃO RODOVIÁRIA
Medidas de socorro:
Conjunto de ações que visam prestar o auxílio necessário às vítimas de um acidente.
Traduzem-se em Alertar, Proteger e Socorrer: Alertar as entidades com competência
para tomar conta da ocorrência e prestar socorro; Proteger o local do acidente, por
forma a evitar outros acidentes; Socorrer as vítimas, prestando-lhes primeiros
socorros, se tiver conhecimentos técnicos, ou evitar/minimizar outros riscos para a
sua integridade física, em caso de perigo eminente. Fonte: Adaptado do Manual do
Ensino da Condução, fichas técnicas (IMT, I.P., 2010)
Mobilidade:
Capacidade individual de deslocação em função das necessidades e do interesse dos
indivíduos em viajar. Os meios de transporte disponíveis e a acessibilidade
proporcionada pelo sistema de transportes influenciam a mobilidade, bem como as
características individuais e o contexto familiar dos indivíduos. Fonte: Glossário do
Pacote da Mobilidade (IMT, I.P., 2011)
Mobilidade sustentável:
Conjunto de processos e ações orientadas para a deslocação de pessoas e bens, com
um custo económico razoável e, simultaneamente, minimizando os efeitos negativos
sobre o ambiente e sobre a qualidade de vida das pessoas, tendo em vista o princípio
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REFERENCIAL DE EDUCAÇÃO RODOVIÁRIA
Modos de transporte:
Formas de transporte utilizadas nas deslocações de pessoas e mercadorias, podendo
ser motorizados ou não motorizados, englobando: o modo pedonal, ciclável,
rodoviário, ferroviário, fluvial, marítimo e aéreo. Fonte: Glossário do Pacote da
Mobilidade (IMT, I.P., 2011)
Motociclo:
Motociclo é o veículo dotado de duas rodas, com ou sem carro lateral, com motor de
propulsão com cilindrada superior a 50 cm3 no caso de motor de combustão interna,
ou que, por construção, exceda em patamar a velocidade de 45 km/h. Fonte: Código
da Estrada
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REFERENCIAL DE EDUCAÇÃO RODOVIÁRIA
Passageiro:
Pessoa transportada por um veículo na via pública e que não seja condutora. Fonte:
Relatório do Observatório de Segurança Rodoviária (ANSR, 2006)
Pedibus:
O Pedibus, ou autocarro a pé, é a designação adotada para nomear um grupo de
crianças que fazem a pé o trajeto para a escola, acompanhadas por um ou mais
adultos e seguindo um percurso, paragens e horário pré-definidos. O Pedibus permite
às crianças ir para a escola com segurança, praticar exercício físico, estimular a
autonomia e o sentido de responsabilidade, de desenvolvimento cívico e de
socialização, bem como a aprendizagem das regras de segurança rodoviárias e a
familiarização com a área de residência. Fonte: Adaptado de Manual do Pedibus
(Câmara Municipal de Lisboa, 2008)
Passeio:
Parte da via pública reservada à circulação de peões e que ladeia a faixa de
rodagem. Fonte: Guia do Peão (ANSR, 2013)
Peão:
Pessoa que transita na via pública e em locais sujeitos à legislação rodoviária a pé.
Para efeitos do Código da Estrada, consideram-se ainda peões todas as pessoas que
conduzam à mão velocípedes ou ciclomotores de duas rodas sem carro atrelado ou
carros de crianças ou de deficientes físicos. Fonte: Observatório de Segurança
Rodoviária (ANSR, 2006)
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REFERENCIAL DE EDUCAÇÃO RODOVIÁRIA
Rua:
A rua inclui geralmente um corredor central dedicado à circulação longitudinal
(veículos, velocípedes), assim como passeios ou espaços laterais, representados na
maior parte das vezes por bermas. Por exemplo, podem ser colocadas colunas para
proteger estes espaços contra o estacionamento indevido. As ruas mais pequenas
designam-se vias residenciais e vias de acesso porque asseguram a ligação do bairro.
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REFERENCIAL DE EDUCAÇÃO RODOVIÁRIA
Segurança ativa:
Conjunto de medidas dirigidas aos utentes, aos veículos e ao ambiente, que têm
como objetivo evitar o acidente, atuando antes do acidente rodoviário. Fonte: PRP e
IMT, I.P.
Segurança passiva:
Conjunto de medidas dirigidas aos utentes, aos veículos e ao ambiente, que têm
como objetivo minimizar as consequências dos acidentes rodoviários, protegendo o
condutor e o passageiro, atuando durante o acidente rodoviário. Fonte: PRP e IMT,
I.P.
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REFERENCIAL DE EDUCAÇÃO RODOVIÁRIA
Sistemas de travagem:
Conjunto de órgãos mecânicos que têm a finalidade de reduzir a velocidade ou
imobilizar os veículos, cuja ativação depende da intervenção do condutor. Fonte:
PRP e IMT, I.P.
Substâncias psicotrópicas:
Substâncias (medicamentos ou drogas) que afetam o sistema nervoso central,
nomeadamente, tornando-o mais lento (substâncias depressoras), acelerando-o
(substâncias estimulantes), ou alterando-o (substâncias perturbadoras). Fonte:
Adaptado do Manual do Ensino da Condução, fichas técnicas (IMT, I.P., 2010)
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REFERENCIAL DE EDUCAÇÃO RODOVIÁRIA
Tráfego:
Conjunto das pessoas, dos veículos e das mercadorias que transitam numa via de
comunicação, considerados globalmente ou separadamente: tráfego de veículos,
tráfego de passageiros, tráfego de mercadorias, tráfego de peões. Fonte:
Terminologia Rodoviária – Tráfego (LNEC, 1973).
Transporte flexível:
Serviço de transporte público adaptado para ir ao encontro das necessidades dos
utilizadores, permitindo alguma liberdade pelo menos numa destas dimensões-chave:
percursos, horários e paragens. Fonte: Glossário do Pacote da Mobilidade (IMT, I.P.,
2011)
Transportes partilhados:
Soluções de transportes associadas ao uso partilhado de meios de transporte, por
vários passageiros em simultâneo. Fonte: Glossário do Pacote da Mobilidade (IMT,
I.P., 2011)
Transportes a pedido:
Distingue-se dos restantes serviços de transporte coletivo pelo facto de não seguirem
um itinerário fixo e não respeitarem um horário definido, efetuando-se a pedido do
cliente. Fonte: IMT, I.P.
Utilizadores vulneráveis:
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REFERENCIAL DE EDUCAÇÃO RODOVIÁRIA
Velocípede:
Veículo de duas ou mais rodas acionado pelo esforço do próprio condutor por meio de
pedais ou dispositivos análogos (alavanca ou manivela), como bicicleta, triciclo,
quadriciclo ou outros. Para efeitos do Código da Estrada, os velocípedes com motor,
as trotinetas com motor, bem como os dispositivos de circulação com motor elétrico,
autoequilibrados e automotores ou outros meios de circulação análogos com motor,
são equiparados a velocípedes. Fonte: Código da Estrada
Velocidade excessiva:
Velocidade que, atendendo às características e estado da via e do veículo, à carga
transportada, às condições meteorológicas ou ambientais, à intensidade do trânsito e
a quaisquer outras circunstâncias relevantes, não permite, em condições de
segurança, executar as manobras cuja necessidade seja de prever e, especialmente,
fazer parar o veículo no espaço livre e visível à sua frente. Pode circular-se em
velocidade excessiva mesmo sem ultrapassar os limites legais da velocidade (em
excesso de velocidade). Fonte: Código da Estrada
Vítima:
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REFERENCIAL DE EDUCAÇÃO RODOVIÁRIA
Zona 30:
O conceito de zona 30 estrutura-se em torno da redução dos volumes de tráfego
motorizado, e da melhoria das condições de segurança das deslocações, em
particular dos peões e dos ciclistas, através da imposição de uma velocidade limite
de circulação reduzida (30km/h) e de medidas ao nível do desenho urbano. Regra
geral, existe separação do espaço destinado aos peões do espaço destinado aos
restantes modos. Os modos motorizados são prioritários face aos restantes. Fonte:
Glossário do Pacote da Mobilidade (IMT, I.P., 2011)
Zona de coexistência:
Zona da via pública especialmente concebida para utilização partilhada por peões e
veículos, sinalizada como tal e onde vigoram regras especiais de trânsito. Os
utilizadores vulneráveis podem utilizar toda a largura da via pública, sendo permitida
a realização de jogos. É criado um dever recíproco, segundo o qual os condutores não
devem comprometer a segurança ou comodidade dos demais utentes da via pública,
sendo obrigados a parar se necessário, devendo os utilizadores vulneráveis abster-se
de atos que impeçam ou embaracem desnecessariamente o trânsito de veículos.
Fonte: Guia do Condutor de Velocípede (ANSR, 2014)
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- Estados Unidos:
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- França:
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(versão inglesa)
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