1 Lógica fmcc1
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Lógica
Roteiro
1. Lógica Proposicional
3. Equivalências Lógicas
4. Lógica de Predicados
5. Regras de Inferência
Proposições
Uma proposição é uma sentença declarativa que é verdadeira ou falsa.
Exemplo 1: As seguintes sentenças são proposições:
I Campina Grande é a capital da Paraı́ba.
I Los Angeles é a capital dos EUA.
I 1+1=2
I 2+2=3
Exemplo 2: As sentenças seguintes são proposições?
I Que horas são?
I Estude com atenção.
I x + 1 = 2.
I x + y = z.
Convenções
Operador de Negação
Definição 1
Seja p uma proposição. A negação de p, denotada por ¬p (ou p̄),
corresponde ao valor verdade oposto de p.
Tabela verdade
p ¬p
T F
F T
Operador de Conjunção
Definição 2
Sejam p e q proposições. A conjunção de p e q, denotada por p ∧ q (ou
p · q), é verdadeira quando ambos p e q forem verdadeiras e falsa de
outra forma.
Tabela verdade
p q p∧q
T T T
T F F
F T F
F F F
Operador de Disjunção
Definição 3
Sejam p e q proposições. A disjunção de p e q, denotada por p ∨ q (ou
p + q), é falsa quando ambas p e q forem falsas e verdadeira de outra
forma.
Tabela verdade
p q p∨q
T T T
T F T
F T T
F F F
Operador OU Exclusivo
Definição 4
Sejam p e q proposições. O ou exclusivo de p e q, denotado por
p ⊕ q, é a proposição que é verdadeira quando exatamente uma
das duas proposições forem verdadeiras e falsa de outra forma.
Tabela verdade
p q p⊕q
T T F
T F T
F T T
F F F
Operador de Implicação
Definição 5
Sejam p e q proposições. A implicação p → q só é falsa quando q
é falsa e p é verdadeira.
Tabela verdade
p q p→q
T T T
T F F
F T T
F F T
Dada a implicação p → q:
I q → p é chamada de converso.
I ¬q → ¬p é chamada de contrapositivo.
I ¬p → ¬q é chamada de inverso.
Tabela verdade
p q p↔q
T T T
T F F
F T F
F F T
Precedência de Operadores
Operador Precedência
¬ 1
∧ 2
∨ 3
→ 4
↔ 5
Proposições Compostas
Tabela verdade
p q ¬q p ∨ ¬q p ∧ q (p ∨ ¬q) → (p ∧ q)
T T F T T T
T F T T F F
F T F F F T
F F T T F F
Roteiro
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3. Equivalências Lógicas
4. Lógica de Predicados
5. Regras de Inferência
Operações Bit-a-Bit
I Valores lógicos podem também representar bits (1 = T e 0 = F ).
I Operações de bit correspondem aos operadores da lógica
proposicional.
Exemplo 11: Abaixo as operações bit-a-bit OR (∨), AND (∧) e XOR (⊕)
entre duas cadeias de bits.
01 1011 0110
11 0001 1101
− − − −−
11 1011 1111 (OR bit-a-bit)
01 0001 0100 (AND bit-a-bit)
10 1010 1011 (XOR bit-a-bit)
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4. Lógica de Predicados
5. Regras de Inferência
Tautologias e Contradições
Definição 7
I Tautologia: Uma proposição composta que é sempre verdadeira.
I Contradição: Uma proposição composta que é sempre falsa.
I Contingência: Nem tautologia nem contradição.
p ¬p p ∨ ¬p p ∧ ¬p
T F T F
F T T F
Equivalências Lógicas
Definição 8
As proposições compostas p e q são logicamente equivalentes se p ↔ q
for uma tautologia. A notação p ≡ q denota que p e q são logicamente
equivalentes.
Equivalência
p → q ≡ ¬p ∨ q
p → q ≡ ¬q → ¬p
p ∨ q ≡ ¬p → q
p ∧ q ≡ ¬(p → ¬q)
¬(p → q) ≡ p ∧ ¬q
(p → q) ∧ (p → r ) ≡ p → (q ∧ r )
(p → r ) ∧ (q → r ) ≡ (p ∨ q) → r
(p → q) ∨ (p → r ) ≡ p → (q ∨ r )
(p → r ) ∨ (q → r ) ≡ (p ∧ q) → r
Exemplo 14
Exemplo 15
Exercı́cio 3
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3. Equivalências Lógicas
4. Lógica de Predicados
5. Regras de Inferência
Lógica de Predicados
Lógica de Predicados
Lógica de Predicados
Lógica de Predicados
Lógica de Predicados
Predicados
Exemplos
Exemplo 16: Seja P(x) a sentença “x > 3”. Quais os valores ver-
dade de P(4) e P(2) para o domı́nio dos números inteiros?
Exemplos
Exemplo 16: Seja P(x) a sentença “x > 3”. Quais os valores ver-
dade de P(4) e P(2) para o domı́nio dos números inteiros?
Solução: Como P(4) corresponde a “4 > 3”, então P(4) é verda-
deira. Já P(2) é falsa, pois “2 < 3”.
Exemplos
Exemplo 16: Seja P(x) a sentença “x > 3”. Quais os valores ver-
dade de P(4) e P(2) para o domı́nio dos números inteiros?
Solução: Como P(4) corresponde a “4 > 3”, então P(4) é verda-
deira. Já P(2) é falsa, pois “2 < 3”.
Interpretação
Definição 9
Uma interpretação na lógica de predicados consiste em:
a) Uma coleção de objetos chamado de domı́nio da interpretação.
b) A especificação de uma propriedade dos objetos no domı́nio
para cada predicado na expressão.
c) A atribuição de um objeto particular no domı́nio para cada
sı́mbolo constante na expressão.
Exemplo 17
Solução:
a) Falso pois 1 6> 1
b) Falso pois nem todas as flores são amarelas.
Quantificadores
Avaliam a extensão que um predicado é verdadeiro num intervalo de
elementos.
Sentença Quando verdadeira? Quando falsa?
∀x P(x) P(x) é verdadeira para Existe um x tal que
todo x. P(x) é falsa
∃x P(x) Existe um x tal que P(x) é falsa para todo x
P(x) é verdadeira
Exemplos
Exemplo 18: Seja P(x) a sentença “x 2 > 0”. Determine o valor verdade
de ∀x P(x) para o domı́nio dos números inteiros.
Exemplos
Exemplo 18: Seja P(x) a sentença “x 2 > 0”. Determine o valor verdade
de ∀x P(x) para o domı́nio dos números inteiros.
Solução: Para provar que a sentença é falsa basta encontrarmos um
contra-exemplo. Como x 2 = 0 quando x = 0, então x 2 não é maior que
zero quando x = 0.
Exemplos
Exemplo 18: Seja P(x) a sentença “x 2 > 0”. Determine o valor verdade
de ∀x P(x) para o domı́nio dos números inteiros.
Solução: Para provar que a sentença é falsa basta encontrarmos um
contra-exemplo. Como x 2 = 0 quando x = 0, então x 2 não é maior que
zero quando x = 0.
Escopo de Quantificadores
Variáveis Livres
Variável Livre
Uma variável que não está no escopo de um quantificador e não
possui valor determinado é dita variável livre.
e
∃x(x + y = 1)
Quantificadores Aninhados
onde o x, y ∈ R
Negação Equivalente
¬∃x P(x) ∀x¬P(x)
¬∀x P(x) ∃x¬P(x)
Negação Equivalente
¬∃x P(x) ∀x¬P(x)
¬∀x P(x) ∃x¬P(x)
Tradução
Exemplo 22
Exemplo 22
C (x) := “x é um cachorro”
L(x) := “x leal”
Exemplo 22 cont.
L(x) := “x é leal”
Exemplo 23
A(x) := “x é um aluno”
C (x) := “x estudou cálculo”
(∀x)(A(x) → C (x))
Exercı́cio 7
Exercı́cio 8
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4. Lógica de Predicados
5. Regras de Inferência
Argumentos Válidos
Definição 10
Um argumento é uma sequência de afirmações (premissas ou hipóteses)
que terminam com uma conclusão. Um argumento é dito válido se a
verdade das premissas implica na verdade da conclusão.
p→q
p
∴q
é válido pois ((p → q) ∧ p) → q é uma tautologia (verifique isso).
Exercı́cio 8
Seqências de Demonstração
Passo Justificativa
1. p1 Hipótese
2. p2 Hipótese
3. p3 Inferida de (1) e (2)
4. p4 Hipótese
5. p5 Inferida de (3) e (4)
6. p6 Equivalência Lógica de (5)
..
.
Exemplo 23
Mostre que a conclusão t pode ser deduzida das seguintes
hipóteses:
(¬p ∧ q) ∧ (r → p) ∧ (¬r → s) ∧ (s → t)
Solução:
Passo Justificativa
1. ¬p ∧ q Hipótese
2. ¬p Simplificação em (1)
3. r → p Hipótese
4. ¬r Modus tollens em (2) e (3)
5. ¬r → s Hipótese
6. s Modus ponens em (4) e (5)
7. s → t Hipótese
8. t Modus ponens em (6) e (7)
Exemplo 24
Prove que o seguinte argumento é válido:
a ∧ (b → c) ∧ [(a ∧ b) → (d ∨ ¬c)] ∧ b → d
Passo Justificativa
1. a Hipótese
2. b → c Hipótese
3. (a ∧ b) → (d ∨ ¬c) Hipótese
4. b Hipótese
5. c Modus ponens em (2) e (4)
6. a ∧ b Conjunção em (1) e (4)
7. d ∨ ¬c Modus ponens em (3) e (6)
8. ¬c ∨ d Comutatividade em (7)
9. c → d Equivalente a (8)
10. d Modus ponens em (5) e (9)
Exercı́cio 9
(¬q → ¬p) ∧ p ∧ (q → r ) → r
Falácias Comuns
Falácia Nome
[(p → q) ∧ q] → p Afirmação da conclusão
[(p → q) ∧ ¬p] → ¬q Negação da hipótese
Exemplos de Falácias
Particularização Universal
Exemplo 26
Mostre que o seguinte argumento é válido: “Todos os homens são
mortais. Sócrates é homem. Portanto, Sócrates é mortal.”
Solução: Seja H(x) a sentença “x é homem”, M(x) “x é mortal” e
s um sı́mbolo constante para Sócrates. Então o argumento fica
Passo Justificativa
1. (∀x) (H(x) → M(x)) Hipótese
2. H(s) → M(s) Particularização Universal em (1)
3. H(s) Hipótese
4. M(s) Modus ponens em (2) e (3)
Particularização Existencial
Exemplo 27
Passo Justificativa
1. ∀x (P(x) → Q(x)) Hipótese
2. ∃yP(y ) Hipótese
3. P(a) Particularização Existencial em (2)
4. P(a) → Q(a) Particularização Universal em (1)
5. Q(a) Modus Ponens em (3) e (4)
Exemplo 27
Passo Justificativa
1. ∀x (P(x) → Q(x)) Hipótese
2. ∃yP(y ) Hipótese
3. P(a) Particularização Existencial em (2)
4. P(a) → Q(a) Particularização Universal em (1)
5. Q(a) Modus Ponens em (3) e (4)
Note que se os passos (3) e (4) fossem invertidos, não haveria razão
para supor que esse a especı́fico é o que tem a propriedade P como
na hipótese (2).
Generalização Universal
Exemplo 28
Mostre que
Passo Justificativa
1. (∀x) (P(x) → Q(x)) Hipótese
2. ∀x P(x) Hipótese
3. P(a) → Q(a) Particularização Universal em (1)
4. P(a) Particularização Universal em (2)
5. Q(a) Modus Ponens em (3) e (4)
6. ∀x Q(x) Generalização Universal em (5)
Generalização Existencial
Exemplo 29
Passo Justificativa
1. ∀x P(x) Hipótese
2. P(a) Particularização Universal (1)
3. ∃x P(x) Generalização Existencial em (2)
Exemplo 30
Passo Justificativa
1. (∀x)[P(x) ∧ Q(x)] Hipótese
2. P(x) ∧ Q(x) Particularização Universal (1)
3. P(x) Simplificação em (2)
4. Q(x) Simplificação em (2)
5. ∀x P(x) Generalização Universal em (3)
6. ∀x Q(x) Generalização Universal em (4)
7. ∀x P(x) ∧ ∀x Q(x) Conjunção em (5) e (6)
Exercı́cio 10
Referências