E Book Gestão de Projetos Sustentáveis PDF
E Book Gestão de Projetos Sustentáveis PDF
E Book Gestão de Projetos Sustentáveis PDF
Leonardo Tullio
(Organizadores)
Atena Editora
2018
2018 by Atena Editora
Copyright da Atena Editora
Editora Chefe: Profª Drª Antonella Carvalho de Oliveira
Diagramação e Edição de Arte: Geraldo Alves e Natália Sandrini
Revisão: Os autores
Conselho Editorial
Prof. Dr. Alan Mario Zuffo – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
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Prof. Dr. Antonio Carlos Frasson – Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Prof. Dr. Antonio Isidro-Filho – Universidade de Brasília
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Prof. Dr. Constantino Ribeiro de Oliveira Junior – Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Prof. Dr. Eloi Rufato Junior – Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Prof. Dr. Fábio Steiner – Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
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Prof. Dr. Gilmei Fleck – Universidade Estadual do Oeste do Paraná
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Profª Drª Ivone Goulart Lopes – Istituto Internazionele delle Figlie de Maria Ausiliatrice
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Prof. Dr. Takeshy Tachizawa – Faculdade de Campo Limpo Paulista
Prof. Dr. Urandi João Rodrigues Junior – Universidade Federal do Oeste do Pará
Prof. Dr. Valdemar Antonio Paffaro Junior – Universidade Federal de Alfenas
Profª Drª Vanessa Bordin Viera – Universidade Federal de Campina Grande
Profª Drª Vanessa Lima Gonçalves – Universidade Estadual de Ponta Grossa
Prof. Dr. Willian Douglas Guilherme – Universidade Federal do Tocantins
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(eDOC BRASIL, Belo Horizonte/MG)
G393 Gestão de projetos sustentáveis [recurso eletrônico] / Organizadores
Franciele Braga Machado Tullio, Leonardo Tullio. – Ponta Grossa
(PR): Atena Editora, 2018. – (Gestão de Projetos Sustentáveis; v.
1)
Formato: PDF
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Modo de acesso: World Wide Web
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-85107-71-0
DOI 10.22533/at.ed.710183110
CAPÍTULO 1.............................................................................................................................8
A MARCHETARIA COMO ALTERNATIVA DE REUTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS DA INDÚSTRIA MOVELEIRA
Ardalla Ziembowicz Vieira
Danieli Maehler Nejeliski
CAPÍTULO 2.......................................................................................................................... 19
ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO DE RESÍDUO DE CONSTRUÇÃO CIVIL COM MISTURA SOLO, PARA REFORÇO DE BASE,
SUB-BASE E SUBLEITO EM RODOVIA VICINAL
Thiago Taborda da Chaga
Douglas Alan da Rocha Barbosa
Fábio Augusto Henkes Huppes
Ederson Rafael Rogoski
Leonardo Giardel Pazze
André Luiz Bock
CAPÍTULO 3.......................................................................................................................... 30
APLICAÇÃO DE ALGUNS CONCEITOS DO LEAN CONSTRUCTION A CANTEIROS
Brendow Pena de Mattos Souto
Paula Fernanda Scovino de Castro Ramos Gitahy
Gabriel Bravo do Carmo Haag
Isadora Marins Ribeiro
CAPÍTULO 4.......................................................................................................................... 42
AVALIAÇÃO DO POTENCIAL FOTOVOLTAICO EM RESIDÊNCIA UNIFAMILIAR NA CIDADE DE SÃO LUÍS – MA
Márcio José Melo Santos
Fernando Célio Monte Freire Filho
Aruani Leticia da Silva Tomoto
CAPÍTULO 5.......................................................................................................................... 49
CONSTRUÇÃO E ANÁLISE DE DESEMPENHO TÉRMICO DE COLETOR SOLAR PARABÓLICO DE BAIXO CUSTO
Mauro Alves das Neves Filho
CAPÍTULO 6.......................................................................................................................... 62
CONSUMO FAST-FASHION: IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELA PRODUÇÃO DO ALGODÃO
Bruna Ramos da Silva
Patricia Deporte de Andrade
CAPÍTULO 7...........................................................................................................................74
DESIGN PARA A SUSTENTABILIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL: REFAZ – MOBILIÁRIOS SUSTENTÁVEIS
Laura Caroline Machado da Silva
Karine de Mello Freire
CAPÍTULO 8.......................................................................................................................... 88
ENRIQUECIMENTO DO TIJOLO SOLO-CIMENTO COM ÓLEOS MINERAIS E VEGETAIS DESCARTADOS
Francisco Welison de Queiroz
Lucas Almeida de Queiroga
Gastão Coelho de Aquino Filho
CAPÍTULO 9.......................................................................................................................... 96
ESTUDO DO CUSTO DE IMPLANTAÇÃO DE UMA CENTRAL DE TRIAGEM DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA CONSTRUÇÃO
CIVIL PARA ATENDER A CIDADE DE IJUÍ
Leonardo Brizolla de Mello
Lucas Rotili Buske
Rafael Pereira Nadalin
Bibiana dos Santos Amaral
Joice Viviane de Oliveira
1 | INTRODUÇÃO
2 | MATERIAIS E MÉTODOS
Figura 1: Resíduos das atividades do Laboratório de Móveis do IFFar – Campus Santa Rosa: A)
resíduos de madeira e MDF; B) rejeitos de lâminas de madeira. Fonte: elaborado pelas autoras.
3 | RESULTADOS
Para o projeto dos módulos que servem de base para a aplicação da marchetaria,
foi definido que a superfície teria as dimensões de 20 cm x 20 cm, visando o melhor
aproveitamento de resíduos com pequenas dimensões, bem como a união de vários
módulos para a composição de peças de mobiliário. Os módulos possuem o encaixe
conhecido como “lambri”, um tipo de encaixe macho-fêmea muito utilizado para unir
peças de pisos laminados. A figura 3 mostra as especificações técnicas dos módulos.
Figura 3: Desenho técnico dos módulos, com especificações em mm. Fonte: elaborado pelas
autoras.
Figura 6: Móvel de apoio finalizado: A) com a gaveta fechada, detalhe da moldura de madeira
que dá acabamento aos encaixes dos módulos; B) com a gaveta aberta.
Fonte: elaborado pelas autoras.
4 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 10.004: Resíduos sólidos –
classificação. Rio de Janeiro, 1997.
BRAND, M. A.; KLOCK, U.; MUÑIZ, G. I. B. De; SILVA, D. A. da. Avaliação do processo produtivo de
uma indústria de manufatura de painéis por meio do balanço de material e do rendimento da matéria-
prima. Revista Árvore, Viçosa – MG, v. 28, n. 4, p. 553-562, 2004.
FUAD-LUKE, Alastair. The eco-design handbook: a complete sourcebook for the home and office.
London: Thames & Hudson, 2004.
GIBERT, V.; LÓPEZ, J.; ORDOÑEZ, J. Embutidos. Lisboa: Editorial Estampa, 2000.
GOMES, Daniel D.T. de C. O r em Design: a reutilização aplicada ao design. 2011, 104 p. Dissertação
de Mestrado em Design Industrial. Faculdade de Engenharia, Universidade do Porto, Portugal, 2011.
KAZAZIAN, Thierry (org.). Haverá a idade das coisas leves: design e desenvolvimento sustentável. 2
ed. São Paulo: Senac, 2005.
KRUCKEN, Lia. Design e território: valorização de identidades e produtos locais. São Paulo: Studio
LÖBACH, Bernd. Design Industrial: Bases para a configuração dos produtos industriais. São Paulo:
Edgard Blücher, 2001.
PIGOSSO, Daniela C.A.; ZANETTE, Evelyn T.; GUELERE FILHO, Américo; OMETTO, Aldo R.;
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Production, n. 18, 2010, p. 21-31.
RAMOND, P. Masterpieces of marquetry. From the beginnings to Louis XIV. Volume I, Los Angeles:
The J. Paul Getty Museum, 2000.
1 | INTRODUÇÃO
2 | MÉTODOS E MATERIAIS
3 | PAVIMENTO
4 | MATERIAIS
4.1 Solos
Estudos sobre as características e propriedades dos solos iniciaram-se a partir da
necessidade da utilização em grandes movimentações de terra para obras de grande
porte, como por exemplo, construções de barragens, edifícios, pavimentação, entre
outros (SENÇO, 1997).
Aplicando um conceito que atenderia de forma mais completa a possível
características de um solo, diz-se que: “Solo é uma formação natural, de estrutura solta
e removível e de espessura variável, resultante da transformação de uma rocha-mãe,
pela influência de diversos processos físicos, físico-químicos e biológicos.” (SENÇO,
1997 p. 42).
5 | RESULTADOS
5.1 Comparações
Conforme a figura 6, demonstra um comparativo entre os diferentes tipos de
análises do solo, onde podemos comparas o ISC/CBR de cada uma das amostras.
6 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
O solo coletado e utilizado nas misturas foi caracterizado como uma argila e
classificado como A-7-5 pela classificação TRB, apresentou um ISC médio de 9,67%
e uma densidade máxima aparente de 1525,448 Kg/m³.
No estudo de viabilidade técnica as misturas de Solo com adição de 30% de
pedrisco RCC e Solo com adição de 30% de pedrisco agregado natural, apresentaram
melhoras consideráveis e satisfatórias, com os resultados de Índice de Suporte
Califórnia médio de 18,44% e 13,98% respectivamente, podendo então, serem
utilizados em obra para a rodovia em analise, como subleito. Para utilização de Sub-
base os ISC devem apresentar teores acima de 20%.
Ao utilizar material provenientes de resíduos da construção civil, reduz-se a
quantidade de material natural utilizado e consequentemente os impactos ambientais.
O que leva a ter uma redução no custo de uma possível estabilização com este
tipo de material. Também podemos observar uma resistência por parte do material
de Resíduo de Construção Civil quanto ao material agregado natural, tendo um ISC
maior, de 18,44%, comprovando que há possibilidade de substituição em relação ao
material agregado natural.
Ao final, é necessária uma análise maior quanto a utilização do Resíduo de
Construção Civil, como o material apresentou características satisfatórias para a adição
REFERÊNCIAS
______. DNER – ME 162/1994: Solos: ensaio de compactação utilizando amostras trabalhadas.
Rio de Janeiro, 1994.
BALBO, José Tadeu. Pavimentação Asfáltica: projeto, materiais e restauração. 1. ed. São Paulo:
Oficina de Textos, 2007. 558 p.
DANIGNO, K. D.; PAZZE, L. G.; TRES, M. Implantação de trecho experimental em rodovia não
pavimentada: ers-162 – caracterização do solo local. Publicação CRICTE, Unijui, Ijuí, RS, Brasil, 4p.
GIL, A.C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6ª Edição. São Paulo. 2008. Atlas S.A. 200 p.
SENÇO, Wlastermiler de. Manual de Técnicas de Pavimentação: volume 1. 1. ed. São Paulo: Pini,
1997. 746 p.
1 | INTRODUÇÃO
2 | REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
4 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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Alexandria University, Alexandria - Egypt, 2013.
KOSKELA, L.Application of the New Production Philosophy to Construction. Tech. Report No 72, CIFE,
Stanford Univ., CA., 1992.
SAURIN, Tarcisio Abreu; FORMOSO, Carlos Torres. Planejamento de canteiros de obra e gestão
de processos. PortoAlegre : ANTAC, 2006.
Sendo:
• AP – Aproveitamento energético;
• Rad- valor de radiação solar média;
• Área– área ocupada pelos painéis fotovoltaicos.
3 | RESULTADOS
4 | CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). Geração Distribuída Solar
Fotovoltaica. Encontro Nacional dos Agentes do Setor Elétrico – ENASE. Rio de Janeiro, 2016.
CRESESB – Centro de Referência para Energia Solar e Eólica Sérgio de Salvo Brito. Grupo de
Trabalho de Energia Solar – GTES. Manual de Engenharia para Sistemas Fotovoltaicos. Rio de
Janeiro, CRESESB, 2004.
ESCOLA viva. 2010. Disponível em: < http://www. portalsaofrancisco.com. br >. Acesso em: fev. 2018.
MATAVELLI, A.C. Energia solar: geração de energia elétrica utilizando células fotovoltaicas.
Monografia apresentada à Escola de Engenharia de Lorena da Universidade de São Paulo,
PUC-SP, 2013. Acesso em: 28 jan. 2018.
PEREIRA, F.; OLIVEIRA, M. Curso técnico instalador de energia solar fotovoltaica. Porto:
Publindústria, 2013.
Mauro Alves das Neves Filho of water for domestic use. To determine the
Universidade Federal da Paraíba (UFPB) thermal performance, efficiency values were
João Pessoa – PB calculated for series and parallel arrangements,
and different flow rates. The results found in
the analyzes and measurements attested the
RESUMO: Este artigo propõe o emprego de purpose of the project and its advantages, as
um coletor solar parabólico de baixo custo, well as pointed the needs for improvement at
construído com materiais recicláveis aliados a other parameters. In this context, the materials
outros mais tradicionais, de modo a otimizar o presented in this work act in a way to make
aquecimento de água para uso doméstico. Para feasible the execution of systems aimed to
determinação do desempenho térmico, foram capture solar energy from a technical point of
calculados valores de eficiência para diferentes view, of productivity, sustainability, economy
arranjos dos coletores - série e paralelo, e and ease of execution.
diferentes vazões. Os resultados encontrados KEYWORDS: Solar Collector; Solar energy;
nas análises e medições atestaram o propósito Sustainability, Recycling.
do projeto e suas vantagens, bem como
serviram de indicativo para outros pontos serem
aprimorados e aprofundados. Diante deste
1 | INTRODUÇÃO
contexto, os materiais apresentados neste
trabalho atuam de forma a viabilizar a execução O aumento do uso de tecnologias, a
de sistemas de captação de energia solar sob industrialização, o crescimento populacional e
o ponto de vista técnico, de produtividade, desenvolvimento de um país tendem a aumentar
sustentabilidade, economia e facilidade de a demanda energética. Tal problemática
execução. evidencia a importância da implementação
PALAVRAS-CHAVE: Coletor solar; Energia de métodos alternativos ao uso tradicional da
solar; Sustentabilidade; Reciclagem energia elétrica de forma a minimizar impactos
ao meio ambiente, evitar a geração de riscos à
ABSTRACT: This article proposes the use of saúde da população, e que se mostre capaz de
a low cost parabolic solar collector, fabricated apresentar o aproveitamento das condições e
with recyclable materials allied to more
vantagens locais de cada região.
traditional ones, in order to optimize the heating
3 | MATERIAIS E MÉTODOS
A cola era do tipo específica para PVC. Para vedação das junções, foi usado
silicone. Foram feitos dois coletores distintos através destes procedimentos, sendo um
deles com funcionamento a vácuo e outro sem, de forma que pudesse ser feita uma
comparação do comportamento de ambos.
O material reflexivo presente no interior dos coletores foi montado através de
película fumê adesiva espelhada – comumente utilizada como revestimento para
vidros automotivos - colada sobre um cano de PVC de 100mm de diâmetro. A Figura 5
ilustra o adesivo fumê prateado espelhado e o cano utilizado, respectivamente.
Figura 5: (a) Superfície reflexiva. (b) Tubulação de PVC. (c) Espelhos montados.
Fonte: elaborado pelo autor.
Através dos resíduos gerados com o uso do cano PVC em outras etapas do
trabalho, foi feito o apoio do espelho, com o intuito de manter a tubulação na exata
distância focal do material reflexivo. As bases foram montadas com o uso de tábuas de
resíduo da construção civil, de fácil obtenção. A Figura 7 apresenta os apoios de PVC,
bem como a montagem com base de madeira para o sistema e sua fixação.
Como pode ser observado na figura 9, tanto a extremidade da garrafa que contém
o gargalo quanto a tubulação interna estão isolados com silicone, de forma a garantir
estanqueidade e impedir a passagem de ar. Este isolamento foi aplicado ao longo de
todo o coletor.
O sistema completo, já ligado ao reservatório de água aquecida, está disposto na
Figura 10 em ambos arranjos: em série e em paralelo, respectivamente.
Foi dada preferência à seleção de materiais de baixo custo, porém, com precaução
na manutenção da qualidade do protótipo e atenção para que o custo reduzido não
comprometesse demasiadamente o rendimento ou o funcionamento do coletor. Os
custos apresentados na Tabela 1 seriam suficientes para a construção de três coletores,
porém, apenas dois foram construídos. Sendo assim, o valor por unidade de coletor
fica em torno dos R$ 56,00. A associação de um número maior de coletores seria
capaz de aumentar ainda mais o rendimento e a temperatura alcançada pelo sistema.
(1)
(2)
(3)
Diante de todos esses dados, pode-se calcular o coeficiente global de perda para
o sistema (), da seguinte forma, de acordo com a Equação (4):
(4)
5 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
Alternative Energy Tutorials. Parabolic Trough Reflector. Disponível em: <http://www.alternative-
energy-tutorials.com/solar-hot-water/parabolic-trough-reflector.html>. Acesso em 17 de janeiro de
2018;
Günther, M.; Joemann, M.; Csambor, S. Parabolic Trough Technology. Advanced CSP Teaching
Materials. EnerMENA, 2016;
1 | INTRODUÇÃO
IMPACTOS
5 | PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
6 | RESULTADOS E DISCUSSÕES
O plantio da fibra de algodão usa 22,5% dos inseticidas, e 10% dos pesticidas
do mundo todo. As roupas são responsáveis por aproximadamente 3% da produção
global de emissões de CO2 (DITTY et al., 2016). Nesse contexto, o fast-fashion
incentiva o consumo acelerado, produzindo roupas baratas e de baixa qualidade, o
que, de acordo com Niimäki (2011), acarreta outro impacto ambiental, já que, segundo
ela, a quantidade de água utilizada para produzir uma camiseta de algodão de baixa
qualidade é muito maior se comparada com uma de alta qualidade. Com o consumo
acelerado, aumenta o descarte do produto, que se torna um resíduo no meio ambiente,
considerando que a reciclabilidade do algodão é praticamente nula (NIIMÄKI 2011).
Para além disso, deve-se levar em conta também outro problema levantado
REFERÊNCIAS
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comercialização de eco-têxteis. Rio Grande do Sul, 2008.
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BELCHIOR, Camilo. Reciclando os sentidos. 1. ed. Belo Horizonte: Editora do autor, 2014. p. 53-
80.
CARVALHAL, André. Moda com propósito: manifesto pela grande virada. 1.ed. São Paulo:
Paralela, 2016. p. 19-35.
DITTY, Sarah; COOK, Ian; FUTERRA, Laura. Como ser um revolucionário da moda. Tradução
de Marina de Luca Marcela Luppi Elisa Tupiná Igor Arthuzo. Bond; European Year for Development,
2016. 42 p.
FLICK, Uwe. Introdução à Pesquisa Qualitativa. 3.ed. Artmed Editora, 2009. p.26-30.
MUCHINSKI, César: SENA, Taisa. Fibras têxteis sustentáveis: algodão colorido e orgânico,
fibras de bambu, soja e milho. São paulo, 2015.
NIINIMÄKI, Kirsi. From Disposable to Sustainable. Helsinki: Aalto University, 2011. p. 130-139
NIINIMÄKI, Kirsi. Sustainable fashion: New approaches. Helsinki: Aalto University ,2013. p. 19-49.
SANTOS, Simone. Impacto ambiental causado pela indústria têxtil. Santa Catarina,1997.
SHIMAMURA, Erica; SANCHES, Maria Celeste. O Fast Fashion e a identidade de marca. Projética, v.
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WAINE, Oliver. Fast fashion staying on-trend with a new style of supply chain. New York: Marsh e
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Figura 2: Os resíduos têxteis em aterro em torno de Damasco, Síria. Disponível em: http://www.
coclear.co/blog/the-environmental-challenges-facing-the-fashion-industry acesso em: 15/11/2017
CONSCIENTE
A partir dos resultados obtidos nos estudos e pesquisas realizadas, foi criado uma
marca de mobiliários sustentáveis nomeada Refaz (SILVA; FREIRE, 2018). Através
desse estudo foi possível obter justificativas relevantes para a concretização da proposta
sugerida e, por meio da regularização empresarial e pedido de registro de marca, em
2018 a Refaz ganhou vida com a ativação do negócio a partir da comercialização
dos primeiros produtos. Dessa forma o presente trabalho propõe analisar o sistema
produto-serviço inicial e suas respectivas fases. A partir da realização dos mobiliários
5.1 Público-Alvo
A definição do público alvo foi estabelecida durante a fase projetual da marca a partir
da realização da técnica de Personas (SILVA; FREIRE, 2018) que consiste na criação
de personagens e suas representações a respeito do seu estilo de vida, preferências,
costumes e tudo o que define a sua identidade. Após a aplicação dessa ferramenta,
definiu-se pessoas entre 25 e 40 anos, pertencentes à classe média, como o principal
público a ser atingido. Essa constatação partiu das características compartilhadas
entre o público de independência financeira e apreço por boas iniciativas em prol da
sustentabilidade e produção local. Para esse público em geral, o ideal de bem-estar é
diretamente relacionado ao significado que é dado a ele. Valorizam a origem do que é
consumido e incentivam a política de comércio justo. Preocupam-se com o futuro que
será vivenciado por eles e por seus descendentes.
Entretanto, com a ativação da marca e recebimento das primeiras encomendas,
percebeu-se que o mercado pode ser ampliado a fim de abordar, também, o segmento
de consumidores indiretos, como arquitetos – para composição de ambientes
planejados- e lojas especificas voltadas a comercialização de produtos com foco em
inovação, produção local e sustentabilidade - como lojas colaborativas, por exemplo.
A confirmação dessa tendência parte do primeiro contato de uma arquiteta e urbanista
com a marca para a solicitação da fabricação de floreiras para compor um projeto
de escritório para uma organização pública na cidade de Porto Alegre. Logo que o
projetoda encomenda foiaprovado, iniciou-se a fase de produção. Entretanto, diversos
fatores foram se apresentando à medida que os processos eram implementados.
Acredita-se que tais fatores tenham colaborado apontando diretrizes a fim de aprimorar
o desenho do sistema e a logística operacional.
(...) o projeto Refaz é muito interessante, uma vez que aborda a reutilização, um dos
3 R’s da sustentabilidade. Além de diminuir a quantidade de resíduos que seriam
descartados na natureza, o projeto estimula a criatividade durante seu processo de
criação e movimenta a economia local. Como construtora, temos orgulho em poder
cooperar com ideias que contribuam para o desenvolvimento sustentável.
7 | DISCUSSÃO
8 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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brasileira. Brasília/DF, 2012.
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Tradução de Our common future. 1a ed. 1988. Rio de Janeiro : Editora da Fundação Getúlio Vargas,
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construtoras, adquiridos de empresas especializadas ou gerados na própria obra. Téchne, 2006.
Disponível em: <http://techne.pini.com.br/engenhariacivil/112/artigo287081-1.aspx>. Acesso em: 20
jul. 2016.
FIALHO, F.E. Design estratégico e artesanato: o caso mão gaúcha. 2012. 215 f. Dissertação
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KAZAZIAN, T. Haverá a idade das coisas leves: design e desenvolvimento sustentável. 2a ed.
Tradução de II y aura I’àgedeschoseslégères: design et développementdurable. São Paulo: Editora
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SILVA, L.C.M.S; FREIRE. K. M. A transformação dos resíduos sólidos da construção civil a partir
do design estratégico. In: Design, artefatos e sistema sustentável. São Paulo, v.3, p. 229-246, 2018.
SILVA, J.S.G.; SANTOS, A. O conceito de sistemas produto-serviço: um estudo introdutório. In: III
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TEIXEIRA, J.A. O design estratégico na melhoria da competitividade das empresas. 2005. Tese-
Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina-
UFSC, Florianópolis.
TONI, D.; LARENTIS, F.; MATTIA, A. Um estudo sobre a configuração da imagem do conceito de
consumo consciente. Revista de Gestão Social e Ambiental - RGSA, São Paulo, v. 6, n. 3, p.113-
128, set./dez. 2012.
1 | INTRODUÇÃO
2 | REVISÃO
3 | PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
4 | APLICAÇÕES/RESULTADOS
Traço 1
1,65 1,98 2,30
(0% óleo)
Traço 4
0,79 1,12 1,30
(6% óleo)
Traço 5
0,07 0,13 0,27
(8% óleo)
5 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7181. Solo – Análise granulométrica.
Rio de Janeiro, 2016.
BUENO, Benedito de Souza; VILAR, Orêncio Monje. Mecânica dos solos volume I. São Carlos:
EESC-USP, 1998.
1 | INTRODUÇÃO
2 | METODOLOGIA
3 | RESULTADOS E DISCUSSÕES
b. Tremonha de alimentação;
d. Transportador de correia;
e. Sistema anti-pó;
f. Bica de transferência;
h. Imã permanente.
Os preços foram pesquisados a partir de consulta aos fornecedores de cada um,
entretanto os valores não foram disponibilizados pelas diversas empresas. Para tanto
buscou-se utilizar os mesmos resultados obtidos por Cardoso (2014), tendo em vista
que o mesmo autor realizou estudos para uma central com capacidade de triar 25 t/h,
quantidade superior ao produzido no município de Ijuí.
Os valores foram obtidos mediante resultados de demais autores que realizaram
pesquisas de mercado, considerando aquisição e transporte dos equipamentos
(MAQBRIT, 2011), cotação de Equipamentos de Proteção Individual (PROTESHOP,
2011), estimativas orçamentárias (IPAT, 2011) e consulta a órgãos oficiais (CASAN;
CELESC, 2011). Após obtenção destes valores foram calculados os percentuais
conforme metodologia de Jadovski (2005) e Stolz (2008) e atualizado para valores
atuais.
Para este projeto a compra da área para abrigar a central de triagem no município
representaria um acréscimo de 25% nos custos de implantação do empreendimento.
No caso de aluguel de um terreno o custo ficaria com valor acima de R$ 30.000,00
anuais, que seriam somados ao custo de operação. Vale lembrar que na tabela 2 não
estão relacionados a aquisição nem o aluguel do terreno, uma vez que nas simulações
efetuadas por Jadoviski (2005) essas opções se mostraram inviáveis se acrescentar
a aquisição do terreno. Referente à compra de máquinas pesadas e outros veículos,
como retroescavadeira e caminhão basculante, ocorreria um acréscimo aproximado
de 40% no custo de implantação e consequentemente um acréscimo de cerca de 60%
no custo da manutenção.
De acordo com Pinto (2005), a área mínima para instalação de uma estação
de manejos de resíduos da construção civil seria de 3500 m², para isso o único
terreno disponível para venda no momento do estudo com características adequadas,
localizando-se no bairro distrito Industrial no município de Ijuí, no valor de R$ 500000,00.
4 | CONCLUSÃO
BRASIL. Associação Brasileira de Normas Técnicas/ ABNT NBR 15112 de 30 de julho de 2004.
Dispõe Sobre Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos - Áreas de Transbordo e Triagem
- Diretrizes para Projeto, Implantação e Operação. Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Brasília, 30 de junho de 2004.
BRASIL. Associação Brasileira de Normas Técnicas/ ABNT NBR 15113 de 30 de julho de 2004.
Dispõe Sobre Resíduos Sólidos da Construção Civil e Resíduos Inertes - Aterros - Diretrizes para
Projeto, Implantação e Operação. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Brasília, 30 de junho
de 2004.
BRASIL. Associação Brasileira de Normas Técnicas/ ABNT NBR 15114 de 30 de julho de 2004.
Dispõe Sobre Resíduos Sólidos da Construção Civil - Áreas de Reciclagem - Diretrizes para Projeto,
Implantação e Operação. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Brasília, 30 de junho de
2004.
BRASIL. Associação Brasileira de Normas Técnicas / ABNT NBR 15115 de 30 de julho de 2004.
Dispõe Sobre Resíduos Sólidos da Construção Civil – Agregados Reciclados de Resíduos Sólidos da
Construção Civil - Execução de Camadas de Pavimentação - Procedimentos. Associação Brasileira
de Normas Técnicas. Brasília, 30 de junho de 2004.
BRASIL. Associação Brasileira de Normas Técnicas / ABNT NBR 15116 de 30 de julho de 2004.
Dispõe Sobre Resíduos Sólidos da Construção Civil - Agregados Reciclados de Resíduos Sólidos
da Construção Civil - Utilização em Pavimentação e Preparo de Concreto sem Função Estrutural -
Requisitos. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Brasília, 30 de junho de 2004.
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a Resolução CONAMA n° 307, de 5 de julho de 2002, incluindo o amianto na classe de resíduos
perigosos. Diário Oficial da República. Brasília/DF, 2004. Disponível em: <www.mma.gov.br/
conama>. Acesso em: 30/05/2017.
BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução n° 431 de 24de julho de 2011. Altera o art.
3º da Resolução no 307, de 5 de julho de 2002, do Conselho Nacional do Meio Ambiente CONAMA,
estabelecendo nova classificação para o gesso. Diário Oficial da República, Brasília 25 de julho de
2011. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res02/res30702.html>. Acesso em:
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BRASIL. Lei nº12305 de 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera
a Lei nº 9605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília,
02 de agosto de 2010. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/
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IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Panorama Geral do Município de Ijuí, 2017.
Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ rs/ijui/panorama> Acesso: 22 nov. 2017.
MARQUES NETO, José da Costa. Gestão dos Resíduos de Construção e Demolição no Brasil.
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PINTO, Tarcísio de Paula. (Coord.) (1999 e 2008) Gestão ambiental de resíduos da construção
civil: a experiência do Sinduscon-SP, São Paulo: Obra Limpa: I&T: Sinduscon-SP, 2005.
Figura 1 - Laje sem nós. Fonte: Figura 2 - Laje com nós. Fonte: Elaborado
Elaborado pelos autores. pelos autores.
Para montagem da laje foram escolhidas três varas com diâmetros e espessuras
próximas. As varas foram cortadas ao meio na seção transversal com comprimento de
três metros, obtendo-se assim seis peças de bambu “meia-cana”.
As seis peças foram dispostas de forma arbitrária, tentando minimizar possíveis
folgas entre as varas no sentido longitudinal (Figura 4 e Figura 6). Após a distribuição
das varas cortadas na fôrma, foi adicionada uma malha de com taliscas de bambu,
com a finalidade de melhorar a distribuição das tensões, e homogeneizar a laje como
um todo (Figura 5).
2.2.2 Laje com varas de bambu a meia cana entre nós e seção plena nos nós
Foi mantida a seção transversal natural das varas de bambu da laje numa de
extensão de ~ 10 cm na região dos nós (Figura 7). Para isso, após a marcação da
posição dos cortes, foi utilizada uma serra circular para efetuar os cortes da seção
das varas, de forma a ter as meias canas na região entre nós. Após os cortes com a
serra na direção ortogonal às varas, foram utilizados martelo e formão para romper na
direção longitudinal à região a ser destacada da peça.
Neste caso, devido à presença da seção completa das varas junto aos nós, não foi
possível utilizar a mesma malha da laje anterior, pois as taliscas longitudinais ficariam
impedidas de serem colocadas. Assim sendo, foram dispostas taliscas somente na
direção da largura da laje (L=65 cm), a cada , aproximadamente.
Da mesma maneira que a laje anterior, as varas de bambu foram grampeadas
entre si para evitar movimentação das peças na fôrma, e com fita de papel crepado
2.3 Concretagem
Para o concreto foi utilizado agregado leve de argila expandida, seguindo o traço
indicado para concreto de de, fornecido pela empresa Cinexpan, que consiste em e
relação água-cimento de . O traço escolhido foi ensaiado e verificado.
A concreto foi produzido em betoneira com capacidade de do laboratório de
materiais de construção da Universidade Estadual de Londrina.
Durante a produção e colocação do concreto, houve uma dificuldade em se
obter uma mistura homogênea, pois a argila expandida ficou suspensa. Por outro
lado, também se observou uma separação entre o agregado graúdo e a pasta. Após a
concretagem observou-se a suspensão do agregado leve (Figura 9).
Durante a concretagem foi observado que a estanqueidade da laje estava
satisfatória, não havendo perda de pasta de cimento entre as varas de bambu.
Após a cura do concreto, foi realizada uma regularização da capa com utilização
de argamassa de cimento e areia (Figura 10).
3 | RESULTADOS E DISCUSSÕES
No gráfico da Figura 17, com a relação Carga × Deslocamento (), pode ser
observado o comportamento inicial até foi linear, dando início à fase plástica da laje,
suportando uma carga máxima de . Ao final do ensaio a laje teve uma deformação
superior ao curso do LVDT (), porém até o fim do carregamento o comportamento foi
dúctil, não apresentando uma ruptura brusca.
3.2 Laje com varas de bambu a meia cana entre nós e seção plena nos nós
No ensaio dessa laje foi observado um ganho na rigidez do conjunto em relação
a laje cujas varas de bambu são completamente a meia cada.
A ruptura final ocorreu também na capa de concreto, porém por cisalhamento
e compressão Figura 18. Da mesma forma que a laje anterior, houve deslizamento
da massa de concreto em relação ao bambu na região dos apoios Figura 21, porém
com menor intensidade. Foi observado também o cisalhamento dos nós do bambu,
indicando que o mesmo estava trabalhando como conector entre o bambu e a capa de
concreto (Figura 19 e 20).
3.3 Análise teórica das lajes com relação a interface entre o bambu e o concreto
Com o objetivo de contrastar os resultados experimentais obtidos nos ensaios
das lajes com uma análise teórica, foi elaborada uma planilha de cálculo para
determinar os deslocamentos teóricos da laje segundo duas hipóteses. Na primeira,
considerou-se que os materiais estão perfeitamente conectados, ou seja, com perfeita
transferência de esforços na ligação concreto-bambu, e na segunda, desconsiderou-se
totalmente a interface de ligação, com os dois materiais resistindo às tensões internas
separadamente. Em ambos os casos foi considerado que as varas de bambu são a
meia cana.
Foram consideradas as dimensões medidas nas lajes executadas e ensaiadas.
Para as propriedades mecânicas do bambu foi utilizado o valor de módulo de
elasticidade obtido por CARBONARI et al (2015) de . Para o concreto, os testemunhos
retirados das lajes foram ensaiados à compressão, além da densidade. O módulo de
elasticidade do concreto foi estimado de acordo com o EUROCODE 2 (2004) para
concretos leves, que corresponde a , com o e densidade (.
Considerando as propriedades físicas, mecânicas e geométricas na planilha de
cálculo, foram obtidos os comportamentos mecânicos da laje, cujos diagramas estão
apresentados no gráfico da Figura 23.
Como pode ser observado no gráfico da Figura 23, o diagrama onde os materiais
da seção são considerados perfeitamente conectados entre si (Teórico 1), apresentam
um comportamento quase linear até a carga última, com uma pequena mudança na
angulação pouco acima da carga de , onde o concreto começa a fissurar. No outro
diagrama, onde os materiais foram considerados não conectados entre si (Teórico 2),
há um primeiro trecho linear até uma carga de ~ , a partir do qual há uma mudança
brusca da inércia, da não fissurada para a inércia fissurada, caracterizada pela perda
de resistência da capa de concreto.
4 | CONCLUSÕES
FARRELY, D. The Book of Bamboo. Sierra Club Books, São Francisco, 1984, 202p.
GHAVAMI, K. (2005) Bamboo as reinforcement in structural concrete elements. Cement & Concrete
Composites 27. p. 637-649, 2005.
1 | INTRODUÇÃO
2 | ESTADO DA ARTE
Surpreendentemente quando a luz incide por fora a taça adquire a cor verde e
quando iluminada no seu interior apresenta-se em tons avermelhados enquanto o Rei
Licurgo assume a cor púrpura. Este fenómeno só foi explicado no ano de 1990, numa
análise efetuada por cientistas com recurso a um microscópio atómico de varredura,
obtendo-se a resposta para o dicroísmo observado que ocorre devido à presença das
nanopartículas na sua composição da sua matriz de vidro: 66,2% de prata; 31,2% de
ouro e 2,6% de cobre. A cor vermelha resulta da absorção de luz pelas nanopartículas
de ouro (~520nm). A cor púrpura é observada quando a luz é absorvida devido a
partículas maiores, sendo que a cor verde é conseguida através do espelhamento de
luz por dispersões coloidais de partículas de prata, com dimensões maiores a 40nm.
Durante a idade média já se conhecia o efeito da adição de partículas metálicas –
incorporação de nanopartículas de ouro e prata de dimensões diferenciadas na matriz
de vidro, na fabricação de vitrais coloridos. Na China antiga, além de vitrais, eram
igualmente produzidas porcelanas com nanopartículas de ouro com dimensões entre
os 20 60nm (LOOS, M. 2014, pp. 16-17).
Nos anos 30 do século XX, Von Hippon foi um dos primeiros a vislumbrar a
síntese de dispositivos microscópicos manipulando átomos e moléculas (RÉGIS, E.
1997 in NETO, O. & PACHECO M. et al, 2012, p.19). O termo nanotecnologia foi no
entanto apenas criado em 1957 por Norio Taniguchi. Nano, com origem etimológica no
grego e significa anão, é um prefixo de unidade de medida na ordem de um bilionésimo
de metro (1/1.000.000.000 = 10-9) ou 1nm, que corresponde aproximadamente a 10
vezes o tamanho de um átomo individual, sendo o diâmetro do cabelo humano mil
vezes maior que um nm, o que torna a sua visualização à vista desarmada impossível.
A nanotecnologia é a compreensão e o controle da matéria à escala entre 1 e 100nm
- ciência a nano-escala onde se manipula a matéria com atividades que envolvem a
Fonte: http://cimentoitambe.com.br/wp-content/uploads/2008/12/igreja-dives-in-misericordia-2.
jpgacedido em 19-06-2018
3 | NANOTUBOS DE CARBONO
5 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
A análise do trabalho ora apresentado permite-nos concluir que, não obstante serem
inúmeras as oportunidades comerciais potencializadas pela Nanociência, a produção
e aplicação de nanomateriais, apesar de possuírem comprovadas propriedades
substancialmente melhoradas em comparação com materiais convencionais, não
acompanha a publicação de inúmeros artigos científicos sobre o tema. Contudo é
expectável que num curto espaço de tempo esta situação seja radicalmente alterada,
não só com a passagem da fase experimental em que muitos materiais se encontram,
REFERÊNCIAS
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Lisboa: IST Press.
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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
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uminho.pt/handle/1822/31159, acedido em 30-08-2015.
Débora Hidalgo Espinetti Rocco o estudo teve como objetivo o uso de ferramentas
Universidade de Sorocaba, Departamento de de gestão da qualidade com vistas à otimização
Engenharia Ambiental, Sorocaba - SP dos processos utilizados na segregação e
Renan Angrizani de Oliveira coleta dos materiais recicláveis utilizados
Universidade de Sorocaba,Departamento de pelaCooperativa de Trabalho dos Catadores de
Engenharia Ambiental, Sorocaba - SP
Material Reaproveitável de Sorocaba (Catares).
Vanessa Cezar Simonetti Para isso, foram aplicadas as ferramentas de
Universidade de Sorocaba, Departamento de
qualidade, como oDiagrama de SIPOC; Matriz
Engenharia Ambiental, Sorocaba– SP
GUT;Diagrama de Pareto;Diagrama de Causa
Darllan Collins da Cunha e Silva e Efeito; e o método 5W2H, que auxiliaram
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita
na identificação dos principais problemas que
Filho (Unesp), Campus Experimental de Registro,
Coordenadoria do Curso de Engenharia de Pesca. inviabilizavam a eficiência e segurança dos
processos. Os resultados obtidos permitiram
a identificação das falhas no processo e dos
riscos associados à saúde e segurança dos
cooperados, sendo identificada a necessidade
RESUMO:O crescimento exponencial
de maior investimento em treinamento
populacional aliado ao desenvolvimento
e equipamentos de segurança, além da
econômico-tecnológico e aos processos de
fomentação de campanhas de conscientização
urbanização vem sendo acompanhados por
e educação ambiental para a população.
alterações no estilo de vida, nos modos de
PALAVRAS-CHAVE:Materiais Recicláveis,
produção e consumo excessivo, fatores que
Controle de Falhas, Ferramentas de Gestão,
ocasionam um aumento considerável na
Segurança do Trabalho.
geração de resíduos urbanos, sendo necessária
a utilização de ferramentas que auxiliem na
ABSTRACT: The exponential population growth
destinação desses resíduos. Esse montante de
combined with the economic-technological
resíduos ocasiona um desequilíbrio ambiental,
development and the urbanization processes,
visto que os materiais são produzidos com
have been accompanied by changes in lifestyle,
elementos sintéticos, sendo muitas vezes
in the modes of production and excessive
potencialmente tóxicos e de difícil degradação,
consumption, factors that cause a considerable
além de extremamente prejudiciais aos
increase in the urban waste generation, being
organismos vivos e ao ambiente. Nesse sentido,
Gestão de Projetos Sustentáveis Capítulo 12 135
necessary the use of tools to assist the disposal of the wastes. This amount of waste
causes an environmental imbalance, since the materials are produced with synthetic
elements, being often potentially toxic and difficult to be degraded, as well as extremely
harmful to living organisms and the environment. In this sense, the objective of this
study was to use quality management tools to optimize the processes used in the
segregation and collection of recyclable materials used by Sorocaba Cooperative of
Collectors of Reusable Material (Catares). For this, was applied the quality tools, such
as the SIPOC Diagram; GUTMatrix; Pareto diagram; Cause-and-Effect Diagram; and
the 5W2H method, which helped to identify the main problems that impaired process
efficiency and safety. The results obtained, allowed the identification of the flaws in
the process and of the risks associated with the health and safety of the cooperative,
identifying the need for greater investment in training and safety equipment, as well as
the promotion of environmental awareness and education campaigns for the population.
KEYWORDS:Recyclable Materials, Failure Control, Management Tools, Work Safety.
1 | INTRODUÇÃO
Objetos roubados 5 5 1 25 3°
Ausência de refeitório 4 3 1 12 4°
Desavenças entre coope-
3 3 1 9 5°
rados
Disputa de ego entre coo-
3 3 1 9 5°
perados
4 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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impacto ambiental originado pelo lixo informático. Revista Eletrônica de Ciência Administrativa, v.
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Autor(es) / Matéria-
Processos Consumo Final de ciclo Transpa-rência
Eixos -Prima
Capítulos Capítulos 4, 7
Lee (2009) Capítulo 1 Capítulo 10 Capítulo 2
3e6 e9
“Slow De- “Reuse” “Reuse, Rede-
Brown (2010) “Fair trade”
sign” “New Models” sign & Recycle”
“Cap. 4 – Cuidados
com o Consumidor”
F l e t c h e r “Cap. 1 - “Cap. 2 – “Cap. 7 – Vida útil oti- “Cap. 5 – Des- “Cap. 14 – En-
(2011) Materiais” Processos” mizada” carte” gajamento”
“Cap. 9 – Serviços e
Compartilhamentos
Berlim (2012) Capítulo 3 Capítulo 1.1 Capítulos 1.2 e 1.3 Capítulo 3.4 Capítulo 1.4
Thompson &
“Part 1 – “Part 2 – “Part 3 – Life
Thompson
Materials” Processes” Cycle”
(2013)
“Cap. 4 – “Cap. 7 – Fim
Gwilt (2014) “Cap. 6 – Uso”
Produção” da vida”
“Reciclagem”
“Durabilidade da “Gestão de
“Cap. 5 – Os
“Cap. 4 – peça” Resíduos” “De-
S a l c e d o processos “Bem-estar so-
Matérias- sign sem re-
(2014) de manufa- “Papel do usuário” cial”
-primas” síduos” “Cap.
tura”
“Vida útil do produto” 7 – Gestão do
fim da vida útil”
“ S l o w
Styles (2014) “Textiles” “Retail revolution” “Recycling”
Fashion”
S c h u l t e
Capítulo 1.4 Capítulo 1.5 Capítulo 2.1
(2015)
Um dos grandes objetos de estudos para uma Eco Fashion, e intimamente ligado
à tecnologia, são as proposições de matéria-prima destinadas ao vestuário. Quanto à
matéria-prima podemos verificar pesquisas e empreitadas no sentido de utilizar fibras
que tendam ao mínimo de afetação e interferência no meio ambiente, tangente ao
consumo de água, de energia e, também, baixa (ou nula) geração de resíduos na
preparação. Assim, apresentamos ideias relevantes (mas não únicas) desenvolvidas
ou estudadas nesta alçada.
2.1.3 Piñatex
Outra preocupação constante dos estudos para uma Eco Fashion, corresponde
ao consumo consciente, o qual analisa a maneira como os produtos são oferecidos no
mercado (guarda-roupas coletivos ou produção por demanda) e como são consumidos/
utilizados pelos usuários. O cenário atual, em que o compartilhamento de forma geral
está tão presente, permitiu o surgimento de iniciativas que envolvem trocas de produtos
e formas alternativas de aluguel de vestuário, bem mais atrativas ao consumidor, que
também passa a ser “fornecedor” das peças em determinados casos.
Também é necessário salientar as iniciativas que englobam os brechós. Onde
é possível encontrar peças de vestuário em segunda mão, mas em bom estado de
conservação. Há muitos anos instituída na Europa (Lee, 2009), este tipo de iniciativa
permite que, com certa procura, usuários acessem roupas de grandes grifes por
preços mais acessíveis, compreendendo que este não são exatamente novos e que,
na maioria das vezes, não estão adequados às tendências vigente. Entretanto, pode
existir uma considerável controvérsia em se tratando desta modalidade de venda, uma
vez que o produto em questão já pagou todos os impostos, taxas e precificação, como
mão de obra, matéria-prima, entre outros. E, mesmo assim, alguns brechós dispõe de
produtos com preços elevados, e a pergunta que paira é: Afinal, tendo já sido pago
os valores comerciais do produto, por que ele ainda está com custo significativo? Os
valores agregados/intangíveis devem ser embutidos novamente nesta etapa?
Neste âmbito percebemos que as iniciativas apresentadas são mais recentes,
isso se deve ao fato de que, falar de consumo consciente, envolve questões como
produzir e consumir menos, além de ofertar produtos que estejam em sintonia com
o tema ambiental, o que vem contra a ideia já enraizada de consumo de moda,
conforme destacado por Kazazian (2005). As empresas apontadas demonstram esta
preocupação e proporcionam um consumo mais consciente aos seus consumidores.
Segundo Jordão, Broega e Martins (2016) a Insecta Shoes teve seu início em
2014 quando as proprietária de um brechó online, e uma designer de calçados, se
uniram para desenvolver um produto que solucionasse uma dificuldade da empresa: o
excesso de roupas de tamanho grande que não tinha saída. O produto desenvolvido
2.4.2 Revoada
Ao visitar o site da empresa e ler as informações ali fornecidas, fica claro a escolha
do nome da marca Revoada, pois se autodenominam com “um coletivo de pássaros
voando juntos, somos um bando”, utilizando o ato de voar como uma alusão à iniciativa
de construir uma empresa que opta por processos produtivos alternativos, fornecendo
ao mercado uma produção por demanda, a fim de evitar o desperdício de matéria-prima
e reduzir a produção desnecessárias de produtos.
Além de inovar no processo produtivo de acessórios, a maior parte de sua
matéria-prima deriva de resíduos, eles reutilizam câmaras de ar de pneus e náilon de
guarda-chuvas descartados, aumentando o impacto ambiental positivo da marca e
estimulando o consumo consciente. Segundo dados da própria empresa, entre 2013 e
2016 eles reutilizaram oito toneladas de câmaras de pneu e dez mil unidades de náilon
de guarda-chuva.
Outra maneira que a empresa encontrou de gerar impacto ambiental, social cultural
e financeiro positivos foi oferecendo consultoria para organizações que pretendem seguir
um caminho similar, este projeto é intitulado “Projeto Ação-Reinvenção” e visa a troca
de informações entre empresas e indústrias a fim de repensar a geração de resíduos,
e reinventar produtos, processos produtivos e relações de consumo. Destacamos que
não há produção contínua na marca, mas levantamento de demanda, onde clientes se
2.5.2 Freitag
PROJETOS
REFERÊNCIAS
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SCHULTE, Neide K. Reflexões sobre moda ética. Florianópolis: Editora UDESC, 2015.
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London: Thames & Hudson, 2013.
VEIGA, José Eli da. Sustentabilidade: a legitimação de um novo valor. São Paulo: Senac São Paulo,
2010.
1 | INTRODUÇÃO
O Para FERNANDEZ “se a construção consome algo como metade dos recursos
não renováveis do mundo – em combustíveis, metais, etc. – se deve analisar ou
discutir o modo como a arquitetura se acamoda a essa situação”. Pois as cidades
nunca abrigaram tantas epssoas e essa intensa urbanização acarreta no aumento do
consumo de seus resursos naturais, como água e energia, e o aumento da poluição
gerada. Observando a quantidade de residências consideradas sustentaveis, notou-
se que há uma pequena quantidade dessas, pois as pessoas leigas têm em mente
que uma residência de arquitetura ecológica não pode ser atraente do ponto de
vista estético, ledo engano pois a mesma pode ser atraente e cológica além de ser
globalmente necessária e correta socialmente.
Pra alcançar uma residência ecológica devem ser aplicadas técnicas sustentáveis
desde do desenvolvimento do projeto, pois assim podem ser feitos estudos detalhados
de como se portará a construção e de como serão tratados os residuos gerados por ela,
de modo a não afetar ( ou reduzir drasticemnte este efeito) o ambeinte que circunda o
imóvel; levando-se em consideração o uso de materiais certificados que professem as
mesmas crenças em relação à diminuição dos impactos ambientaus e das emissões
de gases poluentes.
Figura 1 : Emissão de gases de efeito estufa da insdústria de cimento, 2000. Fonte: Adaptado
WBCSD, do artigo Sustentábilidade em Drebate – Brasília, v.3, n.1, p.75-96, jan/jun 2012
• Poeira
• Ruídos
• combustíveis
Figura 2: Ilustra os vários aspectos e impactos ambientais e a saúde humana causados no processo produtico
do cimento.
O setor de fabricação de MDF é o que mais cresce nos últimos anos, este o é
mais requerido pelas marcenarias e fabricas de moveis, pois é de fácil manuseio e traz
consigo diversas possiblidades de cores e texturas, fazendo com que haja maiores
possiblidades de criação.
Porém notou-se que durante processo industrial para fabricação de MDF utiliza-
se como combustível a queima da casca de madeira Pinus caribaea caribaea.
Após a queima, é gerado um resíduo, cinzas, de granulometria fina, sendo
classificada como resíduo de classe II A – não inerte (BARDINI, 2008). Esta, na maior
parte das vezes, por não ter uso adequado é descartada de forma incorreta pelas
indústrias, preferindo a consequência financeira a longo prazo, como a multa, ao invés
de ter gastos fazendo o descarte correto.
Essas cinzas seriam utilizadas para substituir o cimento Portland, para que
houvesse uma diminuição da produção do cimento, em consequência a poluição
gerada; as cinzas residuais da fabricação do MDF não seriam mais descartadas de
forma que incorreta, pois teriam uso.
3 | PROJETO ARQUITETÔNICO
Figura 4: Garagem de residência, com telhado coberto de placas solares. Fonte: site oficial do
escritório Lake Flato Architects.
Ao projetar buscou-se alcançar uma residência não muito diferente das habituais,
que fosse adequada e confortável, pois o objetivo é mostrar para as pessoas leigas
que uma residencia ecológica pode ser sim atraente, ao ponto de vista estético, e,
não fora do comum como imaginam. No projeto foi aplicada a arquitetura bioclimática,
como pode ser visto na figura 5.
Figura 8: Planta baixa – Interior da residência. Fonte: elaborado pelo aluno, através do software
Figura 10: Fachada. Fonte: elaborado pelo pesuqisador, através do software Sketchup
Outro cuidado foi com o uso dos materiais que seriam utilizados, a exemplo
das telhas de galvalume foram utilizadas para fazer cobertura da casa por serem
duráveis e feitas de material reciclado e reciclável, que refletem a radiação solar e
reduzem o arrefecimento da casa, uso de madeira manufaturada, blocos de concreto
e principalmente o uso de concreto e argamassa com substituição parcial do cimento
Portland, este seria utilizado desde a produção do alicerce até o acabamento, como
exemplo o piso que seria de cimento queimado. As figuras 8 e 9 ilustram como seria a
residencia finalizada.
REFERENCIA
AGNOL D. L.; GATTERMANN S. S. L.; CASA S. G. M. Sustentabilidade na arquitetura brasileira.
Escola de Arquitetura e Urbanismo, IMED. Passo Fundo, R.S. 2013.
CAPELLO, G. Cimento ecológico: produto tem nível de CO2 reduzido em sua formula, causando
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http://planetasustentavel.abril.com.br/not’icia/casa/conteudo_270173.shtml. Acesso em: 07 nov. 2017
1 | INTRODUÇÃO
A tinta mineral natural a base de terra crua, utilizada nas paredes, não agride
ao meio ambiente e nem a saúde das pessoas, sua durabilidade é de 6 a 10 anos,
necessitando assim de retoques depois de muito tempo. O complemento de cores
claras que auxiliam na reflectância dos raios solares, que está diretamente relacionada
ao controle de temperaturas internas agradáveis da edificação.
As figuras 5 e 6 mostram a trajetória dos ventos dominantes na cidade de Maceió
na implantação do residencial. O vento sudeste presente na maior parte do ano, sendo
uma brisa, e o vento nordeste que desempenha o seu papel no verão. A imagem do
software Flow Design expõe o excelente aproveitamento da ventilação natural em
todos os ambientes das habitações, tudo isso partindo do pressuposto da posição da
edificação em relação ao sol e aos ventos, destacando a edificação em nível projetual.
Conforme exposto na figura 6, a medida de projeto adotada para a ventilação se
mostra eficiente, onde todos os ambientes das residências recebem o resfriamento
natural, tanto por meio de suas aberturas, como do “shed”, que foi direcionado para os
ventos nordeste e sudeste, e também a presença do cobogó fez acontecer a ventilação
cruzada. Nenhuma das duas edificações fazem barreira para a passagem dos ventos,
no qual suas aberturas favorecem sua permeabilidade em todos os ambientes.
Figura 5: simulação da ventilação natural na orientação NE, utilizando o software flow design.
Fonte: desenvolvido pelos autores
Como estratégia para a eficiência energética foi utilizada a geração de energia por
fonte renovável, a partir da captação de energia solar por meio de placas fotovoltaicas,
onde as mesmas foram postas nos telhados das residências. Assim, foi possível tirar
proveito de sua inclinação para o posicionamento dos painéis solares em relação ao
deslocamento solar.
Sempre pensando em minimizar os impactos causados ao meio ambiente,
aplicou-se o método seletivo de coleta de lixo, onde o condomínio dispõe de lixeiras
seletivas para os diferentes tipos de resíduos. A coleta seletiva também é pensada no
âmbito social, pois facilita a separação do lixo para o trabalho desempenhado pelos
catadores e consequentemente seu reaproveitamento na produção industrial.
Com o objetivo de aproximar ainda mais os usuários foram criados locais de
convívio comum espalhados pelo residencial, incluindo um redário, o ambiente de
conexão entre as residências, com uma árvore central, ambos confortáveis e para as
crianças foi pensado em um playground com espaço suficiente para uma diversão
segura. Para a gestão da água foi utilizado o sistema de reaproveitamento de água
da chuva, captando esta água a partir das calhas e levando ao filtro e reservatório
para serem utilizadas em atividades como irrigação da horta e jardim, descargas dos
banheiros, lavagens, etc.
O residencial inteiro foi pensado e projetado para que seja acessível. Quartos,
banheiros, salas e cozinhas totalmente adaptados, com espaços para circulação que
possibilitam manobras de 180° e 360°, além da disposição do layout dos cômodos
e das aberturas serem pensadas não apenas na acessibilidade, mas na questão da
ventilação natural e da radiação solar, apresentados na figura 7, sendo o conforto um
dos princípios dessa nova proposta arquitetônica.
5 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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programa, 2017. Disponível em: <http://www20.caixa.gov.br/Paginas/Noticias/Noticia/Default.
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AMORE, Caio Santo; SHIMBO, Lúcia Zanin; RUFINO, Maria Beatriz Cruz. Minha casa... e a cidade?
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Janeiro: Letra Capital, 2015.
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São Paulo: Páginas & Letras - Editora e Gráfica, 2010.
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2014 / Fundação João Pinheiro. Centro de Estatística e Informações – Belo Horizonte, 2016.
ONU. Declaração Universal dos Direito Humanos, 1948. Disponível em: <http://www.onu.org.br/
img/2014/09/DUDH.pdf>. Acessado em 04 de Mar de 2018.
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(ODPM), April, 2004.
WERNA, Edmundo; Abiko, Alex Kenya; Coelho, Leandro de Oliveira; Simas, Rubenio; Keivani, Ramin;
Hamburger, Diana Sarita; Almeida, Marco A. P. de. Pluralismo na habitação (baseado nos resultados
do Projeto “O novo papel do Estado na oferta de habitação: parceria entre agentes públicos e não-
públicos”: convênio 63.96.0737.00 – Finep) / Edmundo Werna et al. – São Paulo : Annablume, 2001.
1 | INTRODUÇÃO
Uma vez que não seria possível dissociar o ser humano do meio ambiente em
que vive, o tema sustentabilidade está em voga, seja como forma de alavancar o
status de uma empresa, ou mesmo, pelo necessário debate que de fato, busca tratar
do tema para além de premissas rasas e que acabam por perpetuar a cultura de
exploração do meio ambiente.
Segundo Marx (1968, p. 516): “O ser humano vive da natureza significa que a
natureza é seu corpo, com o qual ele precisa estar em processo contínuo para não
morrer. Que a vida física e espiritual do ser humano está associada à natureza não
tem outro sentido do que afirmar que a natureza está associada a si mesma, pois o ser
humano é parte da natureza”.
De acordo com Andrioli (2015), a interação entre o ser humano e a natureza é
definida pelas relações de produção vigentes na sociedade. Dessa forma, a fim de
compreender a complexidade da destruição ambiental é necessário perceber condições
históricas e sociais. No modo de produção capitalista tudo tende a ser transformado
em mercadoria, sendo assim, o principal aspecto pretendido é a capacidade de
pagamento que produtos, serviços e meios de produção podem gerar e proporcionar.
Dessa forma, em uma tentativa de dar continuidade a este sistema de
desenvolvimento econômico, surge a expressão sustentabilidade, que se associa
ao novo paradigma “tecnocientífico” do desenvolvimento, e expressa a ideia daquilo
que tem continuidade ao longo do tempo (FAYYAD e PIATETSKY-SHAPIRO, 1996).
Seguindo os pressupostos da sustentabilidade, as instituições devem estar alinhadas
com meio ambiente, pois ele é o ponto de partida para a sua composição, e é no
contexto externo a ela que ocorrem as mutações ambientais que ditam a interrupção
ou continuidade da vida das organizações, desde que seja adaptável e flexível
(TACHIZAWA, 2006).
Para tanto, a seguir, será apresentada uma breve revisão de literatura sobre a
temática da sustentabilidade.
Aumento da produção
Investimentos permanentes, públicos e privados.
Sustentabilidade e da riqueza social
Manejo eficiente dos recursos Absorção, pela
Econômica sem dependência
empresa, dos custos ambientais.
externa.
Evitar conflitos
Sustentabilidade Solução adaptadas a cada ecossistema.
culturais com potencial
Cultural Respeito à formação cultural comunitária.
agressivo.
4 | PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
5 | RESULTADOS
A figura 4 representa uma nuvem de termos extraída a partir dos resumos dos
TCCs, dos quais apresentam palavras-chave com referência ao tema sustentabilidade.
A nuvem possibilita identificar os termos ou palavras mais utilizadas no desenvolvimento
dos textos, sendo assim, é possível identificar tendências e ideias.
6 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ANDRIOLI, Antônio Inácio. A atualidade de Marx para o debate ambiental. 2015. Disponível em:
<http://www.unicamp.br/cemarx/anais_v_coloquio_arquivos/arquivos/comunicacoes/gt2/sessao3/
Antonio_Andrioli.pdf>. Acesso em: 26 jan. 2017.
BOFF, Leonardo. Sustentabilidade: O que é, o que Não é. Petrópolis: Vozes, 2012. 200 p.
BREITMAN, Karin. Web semântica: a internet do futuro. Rio de Janeiro: Ltc, 2006. 11 p.
MARX, Karl. Ökonomisch-philosophische Manuskripten. MEW 40. Berlin: Dietz Verlag, 1968.
MATIAS-PEREIRA, Jose. Manual da Pesquisa Científica. São Paulo: Atlas, 2014. 87-89 p.
CAMILO, Cássio Oliveira; SILVA, João Carlos da. Mineração de Dados: Conceitos, Tarefas,
Métodos e Ferramentas. Goiânia: Instituto de Informática de Goiás, 2009.
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<http://ararangua.ufsc.br/missao-da-ufsc/>. Acesso em: 05 nov. 2016.
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(Doutorado) - Curso de Programa de Pós-graduação em Informática, Universidade Católica de Santos
- Unisantos, Santos, 2006. Cap. 1.
FEW, Stephen. Now you see it: simple visualization techniques for quantitative analysis,
Analytics Press, 2009.
1 | INTRODUÇÃO
3 | RESILIÊNCIA E SUSTENTABILIDADE
Desse modo, foi confeccionado o gráfico de precipitação diária para cada cidade.
Nele foram plotadas todas as medições de cada dia observado nos últimos cinquenta
anos e escolheu-se Florianópolis para demonstrar o estudo realizado.
Foram destacadas em preto (barras mais escuras) as precipitações de intensidade
6 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 37101:2017 - Desenvolvimento
sustentável de comunidades — Sistema de gestão para desenvolvimento sustentável —
Requisitos com orientações para uso. Rio de Janeiro, 2017.
BOSHER, L. Hazards and the built environment: attaining built-in resilience. 1. ed. Abingdon:
Routledge - Taylor and Francis Group, 2008.
GARDIN, J.; FIGUEIRÓ, P.; NASCIMENTO, L. Logística reversa de pneus inservíveis: discussões
sobre três alternativas de reciclagem para este passivo ambiental. Revista Gestão e Planejamento,
Salvador, v. 11, n. 2, p.232-249, jul./dez. 2010.
2 | FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Um designer gráfico utiliza tanto o meio digital quanto o material, podendo ainda
combinar em igual grau de importância os elementos textuais e não-textuais (VILLAS-
BOAS, 2003). Na porção digital, é possível encontrar os chamados “lixos eletrônicos”,
que são o excesso de materiais digitais que são guardados como fotos ou arquivos não
utilizados com frequência. Uma limpeza constante é a melhor maneira para descartá-
los, embora ainda seja discutido o destino final que vão todos os itens deletados.
Já na porção material, os objetos utilizados são os mais diversificados, de papéis
e metais, recicláveis e biodegradáveis, à plásticos que representam risco ambiental.
Entretanto, depois de utilizados, muitos desses itens poderiam ser reutilizados,
reciclados e até mesmo reaproveitados no âmbito educacional pelos alunos de
graduação de design gráfico em outras disciplinas, ao invés de simplesmente serem
3 | PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Figura 4: Desenho manual do ponto turístico da Lagoa de João Pessoa-PB produzido por
alunas da disciplina de RG de Design Gráfico / IFPB.
Fonte: elaborado pela autora.
4. RESULTADOS
A reutilização dos materiais não tornou o jogo inferior, pelo contrário, ficou tão
bonito e atendeu ao seu fim quanto se tivesse sido confeccionado pelos mesmos
materiais sendo novos. A opção em se reutilizar, reciclar e reaproveitar as “sobras”
possui um grande e positivo impacto ambiental, por diminuir os “lixos” e acarretarem
no estudante a oportunidade de pensar ecologicamente pelas escolhas dos materiais,
além de promover a prática da sustentabilidade no âmbito econômico, social e ambiental
(CAVALCANTE; PRETO; PEREIRA; & FIGUEIREDO, 2012); e por desenvolver a
criatividade dos alunos quanto ao que utilizar, de maneira que consigam potencializar
o material que está à disposição, além de amenizar os custos.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
ALCÓCER, Juan Carlos Alvarado Alcócer; et al. Tecnologias sustentáveis, sustentabilidade e práticas
pedagógicas no ensino médio. Sinkania. Revista Científica. v. 5, n. 1, p.149-169, 2015.
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Gramado – RS; 2014. Blucher Design Proceedings. Novembro de 2014, Número 4, Volume 1.
CALEGARI, Eliana Paula; DE OLIVEIRA, Branca Freitas. Design para a sustentabilidade e o ciclo de vida
dos materiais: uma reflexão acerca da produção de compósitos biodegradáveis. 11º P & D Design. Gramado –
RS; 2014. Blucher Design Proceedings. Novembro de 2014, Número 4, Volume 1.
CAVALCANTE, Ana Luisa Boavista Lustosa; PRETO, Seila Cibele Sitta; PEREIRA, Francisco Antônio
Fialho; & FIGUEIREDO, Luiz Fernando Gonçalves de. Design para a Sustentabilidade – um conceito
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CHAVES, Liliane Iten. Design para a sustentabilidade ambiental: estratégias, métodos e ferramentas de design
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LÖBACH, Bernd. Design Industrial: Bases para a configuração dos produtos industriais. 1ª ed. Rio de
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MUNIZ, Marco Ogê; DOS SANTOS, Aguinaldo. A pesquisa em Design para o comportamento sustentável:
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PONTES, Andréa Simone Machiavelli; et al. Sustentabilidade e educação superior: análise das ações de
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STEFANO, Nara Medianeira; FERREIRA, Alexandre Rodrigues Ferreira. Ecodesign referencial teórico e
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VILLAS-BOAS, André. O que [é e o que nunca foi] Design. Rio de Janeiro.5ª ed. Ed. 2AB; 2003.
1 | INTRODUÇÃO
EM SALA DE AULA
Macrofase Descrição
Planejamento do Fase de “pré-desenvolvimento” do produto. Nesta fase é gerado o
projeto escopo e a estruturação do projeto, definindo suas necessidades
e objetivos do mercado, além de cronogramas, atribuição de
responsabilidades entre os participantes, etc.
Projeto Primeira fase de desenvolvimento do produto. Além de formalizar
informacional o que foi determinado na fase de pré-desenvolvimento, nesta fase
é definido o problema e o ciclo de vida do produto (permanência
projetada para o produto no mercado).
Projeto conceitual Fase caracterizada pela busca de soluções, criação, representação
e seleção de alternativas para o escopo formalizado na fase anterior.
Nela é observado, inicialmente, o uso da engenharia e análise do
valor para a identificação das funções necessárias da solução,
seguidos pelo uso de ferramentas de criatividade.
Projeto detalhado Visando obter a especificação completa da forma, dos materiais
construtivos e tolerâncias de todo o produto, nesta fase são
utilizadas ferramentas de CAD (“computer aided design”), CAM
(“computer aided manufacturing”) e CAE (“computer aided
engineering”), além de diversas técnicas de prototipagem.
Tabela 1. Breve descrição das macrofases do PDP – em destaque as três fases abordadas.
Abordagem Descrição
Story Telling1 Narrativa que auxilia na elucidação do problema.
Brainstorm2 Ferramenta para a geração de um grande número de ideias, ba-
seada no princípio da aceitação sem crítica inicial.
Brainwrite3 Similar ao brainstorm, porém com as ideias escritas, ao invés de
faladas.
Engenharia do Identifica funções necessárias de um produto, estabelece valores
valor4 para as mesmas e desenvolve alternativas para desempenhá-las
ao mínimo custo, sem prejuízo das qualidades do produto ou ser-
viço.
Personas5 Criação um personagem fictício, como uma abstração de um gru-
po real de pessoas às quais diz respeito o problema e direciona-se
a solução.
Mapa de empa- Caracterização da “persona” exposta em um mapa que contempla,
tia5 conforme a versão, áreas nas quais são detalhados aspectos de
como a personagem pensa, age, ouve, sente, de seus anseios,
dores ou medos, etc.
Mapa mental6 Ferramenta que simula a forma como o hemisfério esquerdo do
cérebro organiza e armazena as informações, de modo radial e
causal, ampliando conceitos a partir de algumas ideias centrais.
Design thinking7 Abordagem centrada no usuário para a resolução de problemas
baseada em seis fases: compreensão, observação, ponto de vista,
visualização, prototipação e testes, com iterações.
Devido aos grupos terem sido separados de forma a possuir membros de diversas
origens, ramos de atuação, gênero e idade, as experiências passadas relacionadas
com a utilização de ferramentas de criatividade foram diversificadas. Assim, para
garantir que o conhecimento básico fosse entendido por todos, foi dada uma breve
explicação das ferramentas que deveriam ser usadas em cada etapa do projeto. Isso
permitiu aos alunos terem um vislumbre do que era esperado como resultado final da
aplicação da mesma.
Muitos profissionais não entendem exatamente os objetivos e as características
de cada ferramenta, o que, às vezes, torna o trabalho monótono e não produtivo, já
que eles não incitam o seu lado associativo, muito necessário quando a criatividade e
a inovação estão em pauta. Desta forma, a explicação inicial sobre cada ferramenta
foi vista como atividade importante e, mesmo com a pouca influência posterior do
professor durante a sua aplicação, a maior parte dos estudantes conseguiu fazer uso
das ferramentas com o foco desejado.
Posteriormente, tal grupo identificou as funções que deveriam ser atendidas pelo
seu produto. Assim, na tabela 3, consegue-se relacionar tais funções com as ideias
geradas no mapa mental elaborado.
Tabela 3 – Relação entre ideias geradas pela engenharia do valor e mapa mental.
Fonte: elaborado pelos autores.
Tendo obtido um maior conhecimento sobre o usuário, foi possível utilizar estas
informações para criar uma “Persona” e seu corresponde “Story telling”, sintetizando,
assim, todas as características do consumidor final. A partir do mapa de empatia
(tabela 3), o aluno criou a persona João, de 53 anos, e o seguinte “Story telling”: “João
privilegia a aparência, mas tem preguiça de se cuidar, além de ter a pele sensível.”.
Nota-se, portanto, que as três ferramentas são relacionadas e, se usadas
em conjunto, fornecem uma visão do público alvo do produto e quais as principais
5 | CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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VIZIOLI, R.; KAMINSKI, P. C. Evolução do “design thinking” e suas ferramentas. In: VIII
Congresso Nacional de Engenharia Mecânica, Uberlândia, 2014
2 | O DESIGN DE INTERIORES
4 | METODOLOGIA
4.1 PNEU
De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Pneumáticos, Câmaras de
4.1.2 Madeira
Por fim, o pneu com furos na base foi parafusado, junto ao superior, dando a
altura necessária para uma pessoa se sentar finalizando o móvel (figura 5).
O resultado deste trabalho foi compor o ambiente estande da EMATER (figura 6),
onde foram aplicados os painéis decorativos de sementes improprias para consumo
(A); a mesa de carretel (B), os pufes de saco de café (C), o aparador (D), pufe de pneu
(E), a mesa de centro e canto de caixas de feira (F).
6 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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CÔRTES, Rogério Gomes. FRANÇA, Sérgio Luiz Braga. QUELHAS, Osvaldo Luiz Gonçalves.
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“No que tange ao consumo e aos estilos de vida, a relação do design não é menos
ambígua, diversa e complexa, podendo promover ou não o desenvolvimento
sustentável. No âmbito ambiental, o design pode fomentar a durabilidade dos
artefatos ou a sua obsolescência e descarte prematuros; no cultural, pode respeitar
ou não a diversidade cultural e as múltiplas identidades; no social, pode promover
a harmonia ou as desigualdades sociais. E, inter-relacionados a essas três esferas
ambiental, cultural e social além da econômica e política, desenvolvem-se os estilos
de vida e o consumo” (ONO, 2009, p. 89).
Com base nesta acepção, pode-se dizer que o design, enquanto ramo do
conhecimento humano, ainda não dispõe de uma abordagem integral realmente
inclusiva e efetivamente abrangente. Nas palavras de Bonsiepe: “registramos uma
zona de contato entre ciências e projeto, embora ainda não tenhamos, até o momento,
uma teoria projetual que abarque todas as manifestações projetuais” (BONSIEPE,
2011, p. 19).
Neste contexto amplo, acreditamos que o design, voltado à criação de bens
materiais, tenha assumido uma importância culturalmente desproporcional no
âmbito da sociedade pós-industrial (capitalista) globalizada (DE MASI, 1985).
Inflada constantemente pela obsessão consumista que advém da inovação estético-
tecnológica-industrial, esta ótica estritamente materialista do design representa, em
nosso entendimento, a principal contradição entre teoria e prática projetual, no que
tange aos imperativos do desenvolvimento sustentável.
Em vista de tais considerações, procura-se contribuir para a reflexão sobre as
realidades e as possibilidades de edificação de uma Teoria Transdisciplinar do Design.
Preconiza-se uma abordagem ampla que respeite tanto a subjetividade e a objetividade
das necessidades humanas, quanto a singularidade e a pluralidade do conhecimento
envolvido nas disciplinas projetuais, em prol de uma flexibilização das fronteiras
do design, com vistas à harmonização de aspectos pessoais, sociais, ambientais e
econômicos (WALKER, 2014; 2017).
Em um plano hipotético discute-se o design rumo à uma abordagem integral
que priorize a sintonia com os novos paradigmas sistêmicos, holísticos e ecológicos
(CAPRA, 2002; 2006; WEIL, 1987; 1990), rumo à uma suposta sociedade pós-
materialista (MATHEWS, 2013). Tal iniciativa alude à uma quebra de paradigmas, na
“Uma Teoria do Design não será conquista de uma única pessoa, pois a
transdisciplinaridade não é domínio de um indivíduo – ela se formará e se
desenvolverá através de processos dialógicos entre os participantes envolvidos
nas diferentes situações de projeto, incluindo os próprios usuários. Este processo
requer, primeiro, vontade e humildade para admitir que há diferentes experiências
acumuladas, emoções, paixões, idiossincrasias e, principalmente, o desconhecido”
(Idem, op. cit, p. 40).
Nesta linha mesma de pensamento Cardoso observa que muitos são os pontos
de confluência do design. Para o autor, esses pontos, além de difícil teorização, estão
precisamente ligados à importância do design às necessidades humanas, que na
condição de
CARDOSO, Rafael. Design para um mundo complexo. São Paulo: Ubu Editora, 2016
________________. Uma introdução à história do design. (3ª ed.). São Paulo: Blucher, 2008
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1 | INTRODUÇÃO
[...] Aqui tendes exemplo e dos mais belos. Este parque encantador [...] era sem
dúvida o cenário predestinado, pela sua formosura multíplice, expressiva e sadia, a
abrigar a esta escola de tão alta e bela finalidade. Pressentiu-o e procurou realizá-
lo, desde os primeiros dias, o espírito de Fernando de Azevedo, administrador e
esteta, homem de ação e homem de pensamento, cheio de todo o entusiasmo e do
seu idealismo construtor. (SERRANO, 1928: p.1-4)
Percorrer esta escola observar-lhe a construção, analisar-lhe peça por peça, cada
um dos seus elementos, é verificar o rigor científico de seu plano, o apurado gosto
de suas linhas arquitetônicas, a impressionante nobreza de sua finalidade. Salas
de aula, em que se estudou cuidadosamente cada uma das condições técnicas de
maior eficiência — acústica, aeração, iluminação natural, distribuição de mobiliário,
facilidade de circulação —; varandas e salas de repouso, gabinete médico e
dentário, refeitório, cozinha, pavilhão de ginástica, cercado de árvores frondosas
que espalham sombra e dão uma nota de especial beleza ao pátio de recreio;
pérgula, solário, tanque de vadiar — vede bem, senhores, nada foi esquecido. E
em tudo o encanto artístico a serviço da ciência. (SERRANO, 1928: p.1-4).
Desde os anos 1940 até os dias atuais, a edificação abriga a Sede da Fundação
RIOZOO, responsável pela administração do Jardim Zoológico do Rio de Janeiro.
A missão da Fundação é praticar a conservação ambiental, através dos trabalhos
de manejo e reprodução em cativeiro, colaborando com a manutenção de um banco
genético de espécies ameaçadas de extinção, bem como desenvolver programas de
educação ambiental, difundido conceitos sobre a biologia dos animais e conscientizando
a população acerca da importância da preservação ambiental, além de representar
centro de desenvolvimento científico e importante espaço de lazer e entretenimento
para a sociedade.
A Fundação, já esteve subordinada a várias secretarias municipais, como:
Secretaria de Obras Públicas; Secretaria de Meio Ambiente (SMAC); Secretaria
Especial de Proteção e Defesa Animal; Secretaria da Casa civil (2009), sendo que,
em apenas um ano da nova gestão municipal (2009-10), a instituição já esta no seu
terceiro presidente e, recentemente, retornou ao SMAC.
Na verdade, quando comparada, às cobiçadas pastas de Governo, com
orçamentos astronômicos, uma fundação municipal como é o caso da RIOZOO,
desperta pouco interesse do partido majoritário instituído, que via de regra acaba
destinando para partidos de menor expressão, a própria sorte da administração do
Zoo, consequentemente causando modificações em sua edificação, analisada na
presente pesquisa.
A fachada principal apresenta uma composição simétrica, com pórtico central
ANÁLISE COMPARATIVA
Figura 5: Escola Antonio Prado Jr. Pátio interno. Figura 6: Sede atual da Fundação RIOZOO.
Fotografia de NicolasAlagemovits [1930]. Pátio interno.
Fonte: Boletim da Educação Pública nº 2, p. 198. abr./ Fonte: Elaborado pelas autoras, 2016.
jun. 1930.
REFERÊNCIAS
SERRANO, J. Discurso proferido pelo Subdiretor Thecnico de Instrução, Sr. Jonathas Serrano
por ocasião de ser inaugurada a Escola Antônio Prado Junior, na Quinta da Boa Vista. Fundo
Jonathas Serrano do Arquivo Nacional. Rio de Janeiro: 1927. p.1-4.
SISSON, Rachel. Escolas Públicas do Primeiro Grau - Inventário, Tipologia e História. Arquitetura
Revista, Rio de janeiro, v.8, p.63-78, FAU/UFRJ, 1990.
Leonardo Tullio Engenheiro Agrônomo (Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais-
CESCAGE/2009), Mestre em Agricultura Conservacionista – Manejo Conservacionista
dos Recursos Naturais (Instituto Agronômico do Paraná – IAPAR/2016). Atualmente, é
professor colaborador do Departamento de Geociências da Universidade Estadual de
Ponta Grossa – UEPG, também é professor efetivo do Centro de Ensino Superior dos
Campos Gerais – CESCAGE. Tem experiência na área de Agronomia – Geotecnologias,
com ênfase em Topografia, Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto. E-mail para
contato: [email protected]