O documento descreve a história dos restaurantes desde a antiguidade romana, passando pela Idade Média com tavernas e estalagens, até os modernos restaurantes surgirem na França do século XVIII após a Revolução Francesa, quando surgiram casas com cardápios mais elaborados atendendo uma clientela mais abrangente. O documento também menciona a disseminação dos restaurantes pelo mundo nos séculos seguintes e inovações como os restaurantes self-service nos EUA no século XIX.
O documento descreve a história dos restaurantes desde a antiguidade romana, passando pela Idade Média com tavernas e estalagens, até os modernos restaurantes surgirem na França do século XVIII após a Revolução Francesa, quando surgiram casas com cardápios mais elaborados atendendo uma clientela mais abrangente. O documento também menciona a disseminação dos restaurantes pelo mundo nos séculos seguintes e inovações como os restaurantes self-service nos EUA no século XIX.
O documento descreve a história dos restaurantes desde a antiguidade romana, passando pela Idade Média com tavernas e estalagens, até os modernos restaurantes surgirem na França do século XVIII após a Revolução Francesa, quando surgiram casas com cardápios mais elaborados atendendo uma clientela mais abrangente. O documento também menciona a disseminação dos restaurantes pelo mundo nos séculos seguintes e inovações como os restaurantes self-service nos EUA no século XIX.
O documento descreve a história dos restaurantes desde a antiguidade romana, passando pela Idade Média com tavernas e estalagens, até os modernos restaurantes surgirem na França do século XVIII após a Revolução Francesa, quando surgiram casas com cardápios mais elaborados atendendo uma clientela mais abrangente. O documento também menciona a disseminação dos restaurantes pelo mundo nos séculos seguintes e inovações como os restaurantes self-service nos EUA no século XIX.
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HISTÓRIA DOS RESTAURANTES
De acordo com o Michaelis, Moderno Dicionário da Língua Portuguesa,
podemos definir restaurante como sendo uma “casa onde se servem refeições ao público, mediante pagamento”. A partir dessa definição moderna, os restaurantes são quase tão antigos como a própria civilização humana. As ruínas de Pompeia, na Roma antiga, contêm vestígios de uma taverna que fornecia comida e vinho aos viajantes. A função inicial destes estabelecimentos de alimentação era a de oferecer comida àqueles que estavam longe de suas casas e que não tinham condições de preparar suas próprias refeições. Durante séculos a alimentação fora da própria residência era comum apenas entre os viajantes e, dessa forma, as estalagens foram os primeiros estabelecimentos de alimentos e bebidas a existir de forma regular e sistemática em toda a Europa. Não existiam pratos refinados ou muitas escolhas nos cardápios e geralmente havia apenas o prato do dia, servido em um horário determinado e a um preço fixo. Paralelamente aos meios de hospedagem, outro tipo de estabelecimento que floresceu durante a Idade Média foram as tavernas que, apesar de ter como principal atividade a venda de bebidas alcoólicas (vinho, cerveja e aguardentes) também serviam algum tipo de alimento como acompanhamento. Em cada região eram diferentes os tipos de alimentos e bebidas oferecidos. Na Alemanha, Áustria e Alsácia, por exemplo, a principal bebida era a cerveja, acompanhada por chucrute e queijo. Na Espanha, o vinho era acompanhado por “tapas de cocina” (geralmente frutos secos e presunto defumado) e na Grécia o vinho tinha como acompanhamento pães e outros alimentos temperados com azeite de oliva. O ponto em comum existente entre todos os estabelecimentos era a inexistência de uma cozinha mais sofisticada e a oferta de apenas alimentos simples, meros acompanhamentos das bebidas. Outro tipo de estabelecimento que passou a existir a partir do século XVI foram os cafés. Os primeiros apareceram em Constantinopla, por volta de 1550. Os cafés passaram a ser locais onde os intelectuais se encontravam para discutir ideias e partilhar descobertas. Os clientes permaneciam várias horas nestes estabelecimentos e logo passaram a ser servidos, além do café, também outras bebidas como conhaques, licores e vinhos fortificados. Acompanhando as bebidas, alguns petiscos também eram oferecidos. Os cafés, da forma como os conhecemos hoje, passaram a ser moda na Europa do século XVII e um bom exemplo disso é o Cafe Procope, fundado em Paris em 1686 e que funciona até hoje. Porém, podemos considerar que o surgimento dos restaurantes modernos decorreu na França do século XVIII, durante o período da revolução francesa. Foi em 1765 que Boulanger, um vendedor de sopas parisiense, abriu uma loja em que afixou na porta uma tabuleta que dizia “Boulanger serve restaurantes preparados para os deuses”. No caso específico, a palavra restaurante fazia menção às sopas oferecidas naquele estabelecimento (que serviam para restaurar a energia dos clientes), mas foi esse o nome que passou a caracterizar todos os estabelecimentos que surgiram na França naquele período e revolucionaram o serviço de alimentos e bebidas em todo o mundo. Após Boulanger, vários outros restaurantes foram surgindo em Paris. Alguns fatores foram essenciais para o surgimento dos restaurantes na França do século XVIII. Em primeiro lugar, a liberdade e a igualdade trazidos pela revolução fizeram com que o cidadão comum passasse a ter direito de abrir seu próprio negócio. Além disso, havia cada vez mais clientes disponíveis a pagar um preço razoável por uma alimentação fora de sua casa, ao mesmo tempo em que havia muitos cozinheiros e serviçais disponíveis no mercado, já que os nobres para quem estes trabalhavam foram destituídos de suas propriedades. Dessa forma, surgiram várias casas com cardápios mais elaborados e ambientes e serviços bastante requintados. Entre os novos restaurantes que surgiram podemos destacar o Maison de Santé (Casa da Saúde), inaugurado em 1766 e que segundo seu proprietário, Mathurin Roze de Chantoiseau, servia apenas “alimentos que pudessem manter ou restabelecer a saúde”. Mas a casa que realmente lançou as bases para o aparecimento dos restaurantes modernos foi a Grande Taverne de Londres, aberta pelo chef Antoine Beauvilliers na Rue de Richelieu, em Paris, no ano de 1782. Foi ele a introduzir a novidade de trazer a lista dos pratos disponíveis em uma carta denominada menu e também foi o primeiro a servi-los em pequenas mesas individuais, durante um horário predeterminado. A partir do sucesso de Beauvilliers, houve uma febre de restaurantes em Paris e antes de 1810 já havia mais de 500 estabelecimentos desta espécie espalhados pela cidade. O século XIX assistiu a disseminação e popularização dos restaurantes por todo o mundo. O ato de comer fora de casa passou a ser cada vez mais comum em todos os países e culturas e os restaurantes passaram a ser muito mais do que meros locais de alimentação para se transformarem em espaços de convivência e encontro. Durante os últimos 200 anos da história dos restaurantes, várias inovações e mudanças ocorreram, dentre as quais podemos destacar algumas nos Estados Unidos, principalmente o surgimento dos restaurantes self-service. O primeiro apareceu em Nova Iorque no ano de 1885, porém estes estabelecimentos tornaram-se inicialmente populares em São Francisco, na costa oeste norte-americana. Outra grande inovação americana foi a dos restaurantes especializados em apenas um tipo de cozinha, como por exemplo, as steak houses (restaurantes de carne) e os seafood restaurants (especializados em frutos do mar). A principal publicação mundial na área de alimentos e bebidas é o Guia Michelin, que anualmente classifica restaurantes em milhares de cidades de todo o mundo, concedendo a cada um deles uma classificação que vai de 0 a 3 estrelas, de acordo com a qualidade de sua cozinha. Apenas os melhores restaurantes recebem estrelas do Guia Michelin. Uma estrela indica qualidade superior entre todos os de sua categoria, duas estrelas sugerem que o restaurante é uma atração que vale ser visitada e receber três estrelas no Guia Michelin coloca o restaurante entre os melhores do mundo. Atualmente, a revista britânica Restaurant publica anualmente a lista dos 50 melhores restaurantes do mundo, a partir do uma eleição realizada com a participação de cerca de 800 chefs, críticos e especialistas do setor. Em 2009, o restaurante espanhol El Bulli, do chef Ferrán Adriá, foi eleito, pela quarta vez consecutiva, como o melhor restaurante do mundo. Este resultado consolida a nova cozinha espanhola como uma das mais importantes mundialmente, sendo que entre os dez primeiros colocados no ranking dos melhores restaurantes, quatro são espanhóis. O restaurante brasileiro D.O.M. é o único latino-americano a fazer parte da lista dos 50 melhores, aparecendo na 24ª colocação. O D.O.M. é comandado pelo chef paulista Alex Atala e desde 1999, quando foi criado, já recebeu todos os principais prêmios de cozinha contemporânea no Brasil, além de várias premiações de destaque no exterior. Sua cozinha pretende aliar as bases clássicas com técnicas atuais e privilegia a utilização de ingredientes e referências da culinária brasileira. Nos dias atuais os restaurantes fazem parte da estrutura de qualquer economia ou localidade. Seja por necessidade ou prazer, o ato de se realizar refeições fora de casa é hoje mundialmente praticado e cabe aos restaurantes satisfazer aos mais variados tipos de demandas que surgem no mercado atual. As exigências, expectativas e perfil dos clientes dos restaurantes são extremamente diferenciados e por isso existe hoje a oferta de restaurantes para todos os gostos e bolsos. Se desde o início da civilização os restaurantes fazem parte da sociedade humana, hoje em dia eles representam um elemento fundamental desta sociedade, participando do dia a dia de bilhões de pessoas. Mais do que simplesmente alimentá-las, a gastronomia faz parte da história e da cultura de cada região e cabe a todos aqueles que trabalham no setor de alimentos e bebidas fazer com que as tradições gastronômicas permaneçam e sejam cada vez mais um fator de qualidade para os restaurantes.