0 Vento Sopra Onde Quer - Lewy Pethrus (Batismo Com o Espírito Santo) CPAD PDF
0 Vento Sopra Onde Quer - Lewy Pethrus (Batismo Com o Espírito Santo) CPAD PDF
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PUBlCAÇÔfS
QUE EDfICAM
Todos os Direitos Reservados. Copyright (Õ) 1982 para a língua
portuguesa da Casa Publicadora das Assembléias de Deus.
CIP-Brasil. Catalogação-na-fonte.
Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ.
Pethrus, Lewy, 1884-1974.
P578v 0 Vento sopra onde quer / Lewy Pethrus ;
tradução de Ivar Vingren. - Rio de Janeiro :
Casa Publicadora das Assembléias de Deus,
1982.
Tradução de: Vinden Blaser Vart Den Vill.
1. Batismo com o Espírito Santo I. Título.
CDD - 234.12
82-0541 CDU - 265.1
5.000/1982
5.000/1984 - 2? Edição
3* Edição/l 994
índice
1. 0 batismo com o Espírito Santo - um a pro
messa para hoje................................................. 7
2. Uma necessidade para o nosso tem po.......... 19
3. Como posso receber o batismo com o Espí
rito S a n to ............................................................ 31
4. A im portância do batismo com o Espírito
S a n to ............................................... ................... 47
5. A influência do Espírito Santo nos nossos
sentim entos........................................................ 59
6. O uso correto dos dons espirituais................. 73
7. Os ministérios espirituais................................ 89
ABREVIATURAS
USADAS NESTE LIVRO
VELHO TESTA M EN TO
Gn - Gênesis Ec - Eclesiastes
Êx - Êxodo Ct - Cantares
Lv - Levitico Is - Isaias
Nm - Números J r - Jerem ias
Dt -Deuteronômio Lm - Lamentações de Jeremias
Js - Josué Ez - Ezequiel
Jz - Juizes Dn - Daniel
Rt - Rute Os - üséias
1 Sm - 1 Samuel J í - Joel
2 Sm - 2 Samuel Am - Amós
1 Rs - 1 Reis Ob - Obadias
2 Rs - 2 Reis Jn - Jonas
1 Cr - 1 Crônicas Mq - Miquéias
2 Cr - 2 Crônicas Na - Naum
Ed - Esdras Hc - Habacuque
Ne - Neemias Sf - Sofonias
E t - Ester Ag - Ageu
Jó - Jó Zc - Zacarias
SI - Salmos Ml - M alaquias
Pv - Provérbios
NOVO TESTA M EN TO
Mt - M ateus 1 Tm - 1 Timóteo
Mc - Marcos 2 Tm - 2 Timóteo
Lc - Lucas T t - Tito
Jo - João Fm - Filemon
At - Atos Hb - Hebreus
Rm - Romanos Tg - Tiago
1 Co - 1 Coríntios 1 Pe - 1 Pedro
2 Co - 2 Coríntios 2 Pe - 2 Pedro
G1 - G álatas 1 Jo - 1 Joâo
Ef - Efésios 2 J o - 2 Joâo
Fp - Filipenses 3 J o - 3 João
Cl - Colossenses Jd - Judas
1 Ts - 1 Tessalonicenses Ap - Apocalipse
2 Ts - 2 Tessalonicenses
1
O batismo com o
Espirito Santo - uma
promessa para hoje
1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
12
meiros rudimentos; é a prim eira bênção da vida
cristã. H á os que, embora sejam crentes por muitos
anos, não tiveram ainda essa experiência, mas cre
mos que isto é devido a um falso ensino sobre o que
é o batism o com o Espírito Santo. Essa bênção faz
parte da salvação completa. Se tu, irmão, que tens
cr ido em Jesus, ainda não recebeste esse batismo, o
certo é que ele te pertence. Os irmãos de Jerusalém
foram até Sam aria e oraram pelos dali para que re
cebessem o Espírito Santo. Isto m ostra a im portân
cia desse batismo para a obra cristã. E se os novos
convertidos não são levados a essa vida gloriosa, o
seu crescimento espiritual pára, a sua vida cristã fi
ca defeituosa e não será nunca o que devia ser. Por
isso é que o batismo representa muito para a obra
de "Deus.
Estive, um domingo, junto com o pastor Frank
Mangs, num grande culto na cidade de M otala. Ele
falou algumas palavras que desejo mencionar.
Referindo-se ao avivamento que começou em
Oxford, Inglaterra, disse que encontrou um padre
que havia sido muito tocado por esse movimento,
especialmente para levar alm as a Cristo. O irmão
Mangs, em conversa com ele, notou que o padre
não tinha aquele poder que o faria um verdadeiro
ganhador de almas e o ajudaria a prosseguir nessa
árdua tarefa, pelo que lhe disse: “ Meu pensamento
é que vocês estão num perigo de querer dar ao povo
aquilo que vocês mesmos não receberam, isto é, não
têm a experiência que João mencionou: “ Sereis ba
tizados com o Espírito Santo e com fogo!” Sejam
quais forem os movimentos que aparecerem, deve
mos nos lem brar de que um despertam ento espiri
tual nunca será o que deve ser, se não contar com a
pregação sobre o batismo com o Espírito Santo.
13
4. UMA VIDA DOMINADA POR DEUS
14
caria um a grande vitória para a obra de Deus e p a
ra a salvação de almas. D esta forma se enfatizariam
as tradições e cerimônias que expressam uma boa
intenção ou desejo; diziam que isto nos ajudaria na
nossa situação crítica atual. M as não necessitamos
de cerimônias de organizações. Nada disso ajudará
a hum anidade nestes tem pos de sério decaimento
espiritual. 0 que nos pode ajudar é que o poder
pentecostal tenha lugar predom inante nos nossos
corações e nas nossas vidas, e que este fogo do E spí
rito esteja ardendo em nós o ano inteiro. Teremos
então um cristianismo que não depende das esta
ções do ano, um a salvação que dura as vinte e qua
tro horas do dia e durante o ano todo, sempre ar
dente. Paulo menciona que devemos encher-nos do
Espírito: E f 5.18. No dia de Pentecoste, foram to
dos cheios do Espírito Santo. E sta experiência tive
ram os discípulos como resposta à sua grande ne
cessidade de poder.
A palavra “ cheios” tem sido mal compreendida,
porque é interpretada no seu sentido natural. F a
lando que se pode ser mais, ou ser menos cheio do
Espírito Santo, pode-se pensar que o Espírito de
Deus é como um a massa líquida, que pode ser rece
bida em diferentes quantidades. No entanto, o
Espírito Santo é um a pessoa, e não pode ser m edi
do por porções. Assim, quando se fala de ser cheio
do Espírito Santo, isso significa simplesmente que a
pessoa que recebe esta experiência passa a ter a sua
vida debaixo do domínio do Espírito Santo. Quer
dizer que o recôndito da sua vida religiosa, da sua
crença, dos seus negócios, do seu intelecto; que a
sua vida privada; que o seu lar, que a sua vida eco
nômica - enfim, que tudo o que lhe pertence é con
15
quistado pelo Espírito Santo; que é posto debaixo
do controle, do domínio e do seu poder divino. O
fato de termos a nossa vida assim posta sob o cetro
do Espírito Santo é exatam ente o que a Bíblia clas
sifica ser cheio do Espirito Santo. E esta é a grande
experiência de que todo cristão necessita.
17
2
Uma necessidade
para o nosso tempo
1. O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO -
SUSTENTO DA OBRA MISSIONÁRIA
30
3
Como posso receber
o batismo com o
Espírito Santo
1. O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO É
UMA BÊNÇÃO QUE RECEBEM OS DEPOIS
DA SALVAÇÃO
“E eu, em verdade, vos batizo com água, para o
arrependimento; mas aquele que vem após mim é
mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou
digno de levar; ele vos batizará com o Espírito San
to e com fogo” , M t 3.11. Foi João B atista que m en
cionou estas palavras. Ele falou de Jesus como
aquele que batizava com o Espírito Santo. João
menciona dois batismos: o batism o nas águas, feito
por ele mesmo, e o batism o com o Espírito Santo,
que somente Jesus podia dar. João explica que J e
sus é muito maior do que ele mesmo e, com isso,
quer ensinar que o batism o com o Espírito Santo é
mais glorioso do que o batism o nas águas, pois im
porta em um aumento da experiência da salvação.
31
É verdade que o batismo com o Espírito Santo
está situado num plano mais elevado do que o b a
tismo nas águas, O novo nascimento é a nossa pri
meira experiência ao encontrarmos Jesus e lhe con
fessarmos os nossos pecados. Depois vem o batism o
nas águas,
34
na oração depois do culto. Apesar de seus pais não
haverem crido, ele ficou, mesmo assim, muito ale
gre e feliz porque falara realmente a verdade. Em
seguida, ficou sozinho, meditando, e Jesus o b ati
zou com o Espírito Santo. O fato de ele ter sido
falsamente acusado e a certeza de que era inocente,
ajudou-o a receber a bênção de Deus. Glória a Jesus!
36
do do pecado, pode, com o tempo, perder o que re
cebeu, em vez de seguir adiante para a experiência
que a Bíblia chama de batism o com o Espírito San
to. Por isto é im portante viver em comunhão com
Deus em oração. Vemos tam bém que o caminho
que Jesus mostrou aos seus discípulos, para alcan
çarem a experiência do Pentecoste, foi o Cenáculo e
ali perseveraram em oração diante de Deus.
Tam bém é im portante que um a igreja que rece
be novos convertidos viva num a atmosfera de ora
ção, para que estes sejam ajudados. Há, entretanto,
muitos que alcançam o batism o com o Espírito
Santo sem serem ajudados. Eu busquei esta bênção
num tempo quando quase ninguém tinha um pro
fundo desejo na alma de alcançá-la. Isso é um a pro
va de que se pode receber esta experiência ainda
que estejamos sozinhos. Mas é uma bênção quando
podemos ser ajudados por outros crentes vivos e
cheios do Espírito Santo. M as deixai-me dizer a vós
que ainda não tendes a promessa: Se quiserdes ser
batizados com o Espírito Santo, tendes de perseve-
rar, e não desculpar-vos nos outros, por não o
receberdes. O principal é que tenhamos um a a t
mosfera de oração na nossa própria vida. Se vi
vermos nesse am biente, então será glorioso orarmos
a Deus, mesmo estando sozinhos. E star a sós com
Deus é realmente um a profunda necessidade, e m e
lhor é ainda quando temos oportunidade de orar
continuam ente um a ou mais horas. Lembro-me de
que quando buscava o batism o com o Espírito San
to, orava de dia e de noite.
Um dia, depois de visitar alguns enfermos, vol
tei para casa, para participar do culto público da
noite. Estava cheio do espírito de oração e dobrei os
37
joelhos para orar. E logo comecei a íalar em
línguas! Se um crente vive em oração, está vivendo
o que chamamos de um a vida na plenitude do E spí
rito. Notemos outra coisa: vivendo na plenitude do
Espírito, o crente não tem prazer em coisas esquisi
tas que se praticam em certos meios onde se forçam
situações pelo prazer de dizer que tantos e tantos
foram batizados com o Espírito Santo, sem que o
tenham sido. Se os nossos olhos estão abertos para
a verdade, detestam os tais coisas.
Se vivemos em oração, a nossa vida será subli
midade, glória, e alegria para a alm a, e teremos o
nosso prazer na oração. Assim, teremos outro dese
jo maior que o de orar e, por este caminho entrare
mos, de um a m aneira natural, nesta gloriosa expe
riência, que é o batismo com o Espírito Santo.
Quanto a mim, posso dizer, que fui cheio do Espíri
to Santo, não forçando, mas gota a gota, até tra n s
bordar. Eu era um pouco descrente em certas coisas
e criticava e, talvez por isso, não recebi o Espírito
Santo tão depressa como outros. M as quando me
entreguei inteiram ente à vontade de Deus, cam i
nhando por fé, o rio foi subindo até que o meu cálice
transbordou. Irmãos e irmãs, se vós quereis ser
cheios do Espírito Santo, lembrai-vos de que o ca
minho é a oração. Assim Jesus nos encontra e nos
batiza com o Espírito Santo!
40
nhão, tu prometeste dar o Espírito quando te pedis
sem. Agora te peço, em nome de Jesus, que me b a
tizes com o Espírito Santo, segundo a tu a vonta
de” . E então devemos esperar de Deus aquilo que já
possuímos pela fé.
Está escrito em Marcos 11.24: “Por isso vos digo
que tudo o que pedirdes, orando, crede que o rece-
bereis e tê-lo-eis” . Que significa isso? Deixemos de
lado todas as teorias. Sim, deixemos porque, quan
do nos entregamos de todo o coração a Deus e esta
mos sobre o seu altar, e pedimos o batism o com o
Espírito Santo, sabemos que temos feito uma ora
ção segundo a vontade de Deus. E está escrito em 1
João 5.14: “E esta é a confiança que temos nele,
que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua von
tade, ele nos ouve. E se sabemos que nos ouve em
tudo o que pedimos, sabemos que alcançamos as
petições que lhe fizemos” . (Na versão sueca diz: ...
sabemos que já temos as petições que lhe fizemos.)
Sabemos que, quando pedimos o batism o com o
Espírito Santo, fazemos um a oração que agrada a
Deus. Irmão, se tu oras e te entregas ao Senhor com
sinceridade, podes dizer: “Querido Jesus, graças te
dou porque já me deste o batism o com o Espírito
Santo” . E ntão vêm irmãos e perguntam : “ Falaste
em novas línguas?” A isso, devemos responder:
“ Glória a Deus que não está escrito que aquele que
sente assim ou assim ou o que fala em línguas, tem
o que pediu, m as sim: “Tudo o que pedirdes, oran
do, crede que o recebereis, e tê-lo-eis” . Lembro-me
de que, às vezes, eu tinha o mesmo problema dian
te de mim, quando buscava o batism o com o Espí
rito Santo. Quando um crente nos conta sobre a sua
salvação, não lhe dizemos que deve buscar sinais
41
antes de crer; ou, depois de havermos orado conf
um novo convertido, não lhe dizemos: “ Não deves
crer que és salvo, até que vejas algum sinal exte
rior” . Antes lhe dizemos: “ Não deves edificar sobre
sinais visíveis, exteriores, mas crer, mesmo não
vendo ou sentindo n ad a” . Assim fazemos tam bém
quando oramos pelos enfermos. Não dizemos: “ De
ves ter cuidado em não crer, até que tenhas a expe
riência de que estás sarado” , mas dizemos-lhe:
“ Crê que Deus te deu o que pedires, mesmo sem
sentires ou sem veres a tu a cura” - Este é o cam i
nho bíblico da fé.
-Jeus tem tom ado bem clara para mim a glorio
sa palavra que temos em 1 João 5.14,15: “ E sta é a
confiança que temos nele que, se pedirmos algum a
coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve. E se sa
bemos que nos ouve em tudo que pedimos, sabemos
que alcançamos as petições que lhe fizemos” . Antes
de eu ser batizado com o Espírito Santo, me per
guntaram : “Foste batizado com o Espírito Santo?”
Sim ”, respondi, “sou batizado com o Espírito
Santo porque creio que a Palavra de Deus é verda
deira . Eu não tinha tido nenhum a experiência es
pecial semelhante à dos primeiros cristãos e não ti
nha falado em línguas mas sentira m uita alegria.
Eu tinha feito tanto esforço para receber a bênção
sem consegui-la, que senti que agora só havia as
promessas de Deus para eu me segurar. Foi a m i
nha últim a oportunidade.
Certa vez fui a um culto de oração de dia. Senti
então que devia pôr as m inhas mãos sobre um jo
vem que havia sido salvo durante o inverno. Im e
diatam ente veio-me ao pensam ento que isso era um
espírito de orgulho da m inha parte, que me fazia
42
orar para que outra pessoa recebesse o Espírito
Santo. Inclinei-me mais profundam ente e ped» per
dão a Deus por este pensamento. M as de noite tive
uma admoestação mais forte ainda neste sentido
da parte de um a pessoa. E o Diabo me disse: “Tu,
que nada tens experimentado, poderias orar para
que algum "Jtro recebesse o Espírito Santo?!” E n
tão pensei: Vgora sim, tenho de ver se, realmente,
tenho fé” . Nesse momento, eu, de joelhos, orei:
“Deus, eu tomei a tua Palavra a sério e tenho dito
que tu és fiel e que recebi o Espírito Santo. Agora
eu vou pela tua Palavra e tu tens de te responsabili
zar pelas tuas promessas” . Então me levantei e co
loquei as mãos sobre aquele jovem. Esta pequena
obra de fé me fez alongar-me no caminho da fé para
receber o Espírito Santo. Estou certo de que, se não
tivesse obedecido, teria ficado m uito atrasado. Mas
cnmo confiei e obedeci, experimentei um glorioso
poder de Deus em todo o meu ser.
45
4
A importância do
batismo com o
Espírito Santo
1. O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO NOS
TORNA SUBMISSOS A VONTADE DE DEUS
49
Podem-se ver fenômenos estranhos quando se
tra ta do batism o com o Espírito Santo. Quanto a
esses sinais, muitos estão duvidosos. Tenho visto
tais conflitos com alguns que buscam o batism o
com o Espírito Santo: entram num a terrível ago
nia, num a luta, e crêem que essa luta é o batism o
com o Espírito Santo, mas esse batismo vem depois
que term ina a luta e a pessoa está inteiram ente en
tregue a Deus. É nessa hora que o Espírito Santo
entra e toma o seu lugar no crente.
Há aqueles que crêem que é m uito glorioso um a
pessoa ficar debaixo do poder de Deus até que fique
como desmaiada. Pensam eles que um crente assim
está realm ente entregue nas mãos de Deus. Mas,
pela Palavra de Deus, observa-se que isso não pro
va estar a pessoa inteiram ente entregue a Deus.
Quase sempre prova o contrário, isto é, dem onstra
que a pessoa está lutando interiorm ente contra a
vontade de Deus. Ficar, nessa luta, um a pessoa
fora de si é o resultado dum conflito que se efetua
entre o Espírito de Deus e a vontade hum ana. De
vemos notar a im portância do ensino da Palavra
neste sentido. Dizem que, no movimento pentecos-
tal, o batismo com o Espírito Santo e seus dons são
estáticos: têm muito de humano. Embora não acei
tando isso, sabemos que qualquer pessoa pode che
gar a esse estado estático, seja qual for a sua relação
com Deus: um pagão, um ímpio, por exemplo. As
sim, isso não é um a prova de que a pessoa esteja em
íntim a comunhão com Deus.
O êxtase está mencionado na Bíblia. Balaão é
um exemplo. Ele disse de si mesmo: “Fala aquele
que ouviu os ditos de Deus, o que vê a visão do
Todo-poderoso, caindo em êxtase e de olhos aber
50
tos”, Nm 24.4. Ele foi um instrum ento autom ático
na mão de Deus. Foi chamado para que maldisses
se Israel. Quando ele, pela prim eira vez, perguntou
a Deus se podia ir com o mensageiro do rei de Moa-
be, Deus lhe respondeu que não fosse. M as ele tei
mou e perguntou pela segunda vez: então Deus
consentiu. É perigoso insistir com Deus pela segun
da vez se Ele nos tiver falado claram ente na prim ei
ra. Aí Deus pode dizer sim. Mas os sentidos de Ba-
laão não estavam abertos para Deus e, por isso, en
sinou ao rei de M oabe como fazer os filhos de Israel
cair em pecado. Esse fato nos apresenta um homem
que está usando as coisas de Deus com m ás inten
ções, um homem que busca o prêmio da impiedade.
Quando um a pessoa busca a Deus de todo o seu
coração e deseja ter contato com Ele, é necessário
que a vontade daquele que busca esteja submissa à
vontade de Deus. Se isto não acontece, surgem con
flitos internos que podem resultar nesse êxtase,
como aconteceu com Balaão e com Saul. Era Deus
que operava por meio deles e queria ajudá-los, mas
não conseguiu que a vontade deles ficasse inteira
mente submissa à vontade divina.
57
5
Á influência do
Espírito Santo nos
nossos sentimentos
1. O DIREITO DO CRENTE DE EMOCIONAR-
SE
72
6
O uso correto dos
dons espirituais
1. O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO CA
PACITA O CRENTE A CUMPRIR A MISSÃO
QUE RECEBEU DE DEUS
78
apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro
doutores, depois dons de curar, socorros, governos,
variedades de línguas”. Deus pôs na Igreja estes
dons e ministérios. As pessoas recebem um minis
tério e podem cumpri-lo por meio do dom que rece
beram. Para poder levarmos uma igreja adiante, o
nosso trabalho tem de ser feito por meio dos dons
sobrenaturais.
- “Mas então não devemos pregar o Evangelho?
Não se deve falar como geralmente se fala?” - Sim,
devemos - é a nossa resposta. Mas isto também
deve ser feito por meio dos dons do Espírito. Há
dons especiais para aqueles que falam a Palavra de
Deus. Existem dons por meio dos quais os servos de
Deus podem falar com sabedoria e entendimento: 1
Co 12.8. Os que pregam a Palavra de Deus necessi
tam desses dons. Necessitam do espírito de revela
ção no conhecimento de Deus. Se falamos a Pala
vra de Deus sem a operação desses dons, tudo se
torna seco, humano, estranho, e a pregação não é
ungida. Quando se trata de ajudar os pobres e ne
cessitados há também um dom especial para isso.
E, quanto aos enfermos, temos os dons de curar.
Que bênção para a igreja quando todos os dons
estão operando! Quantas vezes ficamos edificados
ao ouvirmos os agradecimentos a Deus apresenta
dos por crentes que foram curados pela oração da
fé! A igreja de Deus necessita de todos os dons espi
rituais. Ela não pode cumprir a sua missão na ter
ra, se os seus membros não estão revestidos dessas
doações espirituais. O apóstolo fala enfaticamente
sobre a necessidade de obtermos os dons espiri
tuais. Ele afirma que é absolutamente necessário
que todos os membros do Corpo de Cristo recebam
79
os dons espirituais. É muito importante que o ouvi
do ouça e o olho veja!
100
os homens tanto escolhem como rejeitam por meio
de suas organizações! “Sim”, diz alguém, “isto é
grandioso e lindo, mas só acontece de três em três
ou de quatro em quatro séculos”. No entanto, o a-
certo disso depende tão-somente da igreja cristã.
Mas muitas vezes, porém, ela mesma não quer ser
dependente de Deus, e, ela mesma dá ministérios e
serviços, e também destitui os que os recebem, e a
vontade de Deus não é feita. Por esta razão a Igreja
têm tido, durante longos períodos, ministros esco
lhidos pelos homens, cujo trabalho é também con
trolado por eles. Mas se os componentes de desper-
tamentos quiserem viver uma vida com Deus, e de
sejarem viver em contato com Ele, então Deus fará
como fez na igreja primitiva: escolherá homens pa
ra a obra e os capacitará para a executarem. Deus
escolheu Paulo, o maior perseguidor da igreja, e o
transformou no maior servidor da igreja. Isto Deus
fez porque, então, as igrejas dependiam dele. Se e-
las mesmas tivessem resolvido tudo; a Deus nada
restaria para fazer. De onde vieram os pregadores
no grande despertamento do século passado7 Foi
Deus quem os escolheu: sapateiros, alfaiates, pro
fessores, pastores, e gente de todas as classes.
Ninguém a não ser Deus os enviou, e eles per
maneceram firmes na sua missão, porque a igreja
depende de Deus. Muitos se levantaram contra eles
e quiseram destitui-los, mas eles permaneceram:
ninguém os podia colocar de lado, porque ao poder
espiritual que tinham, ninguém resistia. Da minha
parte estou cansado de ver obras religiosas hum a
nas. Se as nossas igrejas se inclinassem para o lado
humano, e não quisessem continuar com os minis
térios espirituais, então eu não aceitaria isso. Prefi
101
ro mil vezes seguir sozinho o meu caminho, em co
munhão com o meu Deus e em paz com o ministério
espiritual que recebi para cumprir a missão divina
que me foi dada, a ser aplaudido e dirigido pelos
homens. Não quero dizer com isso que os que têm
ministérios espirituais não se devem sujeitar à igre
ja, pelo contrário, se a igreja é espiritual e quer se
guir o caminho de Deus, há uma colaboração m ara
vilhosa, pois aqueles que têm os ministérios espiri
tuais se sujeitam a ela. Que bom que podemos,
num mundo superorganizado, buscar os métodos
dos cristãos primitivos! Mas para isso precisamos
seguir a Bíblia, a preciosa Palavra de Deus. Glória
a Deus que temos esta Palavra entre nós! A direção
que em geral temos nas sociedades religiosas do
nosso tempo, é uma direção escolhida por meio de
votos: não está de acordo com a Palavra de Deus.
Os dirigentes que a igreja necessita devem ser esco
lhidos e revestidos pelo Espírito Santo, pois tam
bém é necessário que tenhamos ministérios espiri
tuais em nosso tempo.
Oremos a Deus para que estes ministérios este
jam em pleno funcionamento nas igrejas cristãs e
então veremos muitas coisas gloriosas.
102
»
ew i P e th ru s será
contado como lum
dos grandes da his
tória da Igreja”. Estas p a
lavras escritas em artigo
no “Dagen", jornal sueco
pentecostal, por um histo
riador, são testem unhos
insuspeitos da relevância
de que se revestiu a figura
do líder pentecostal, cuja
atuação deixou m arcante
influência na obra da Igre
ja .
P reg a d o r, e r u d ito e
portador de alto grau de,
espiritualidade, afirmava
sem pre suas origens pente-
costais, interessando-se de
modo invulgar pela expan
são do Evangelho.