Centro Cirúrgico

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INSTITUTO FLORENCE DE ENSINO

CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

BRUNA OLIVEIRA MACHADO


CAROLINE DE JESUS GONÇALVES
CLAYJONES BIRINO DOURADO
DALILA CRISTINA SANTOS DE SOUSA
JEFFERSON MATTHEUS BARBOSA AMORIM
JULI BRUNA PEREIRA GUTERRES
LEONARDO HERCULANO GUIMARÃES DE CARVALHO
PRISCILA BIANCA DINIZ AMORIM

CENTRO CIRÚRGICO

São Luís
2019
BRUNA OLIVEIRA MACHADO
CAROLINE DE JESUS GONÇALVES
CLAYJONES BIRINO DOURADO
DALILA CRISTINA SANTOS DE SOUSA
JEFFERSON MATTHEUS BARBOSA AMORIM
JULI BRUNA PEREIRA GUTERRES
LEONARDO HERCULANO GUIMARÃES DE CARVALHO
PRISCILA BIANCA DINIZ AMORIM

CENTRO CIRÚRGICO

Trabalho apresentado à disciplina Centro


Cirúrgico, do Curso Técnico em Enfermagem, do
Instituto Florence de Ensino, como requisito para
obtenção de nota.

Professora: Mayara Araújo

São Luís
2019
A Enfermagem é uma arte; e para realizá-la como
arte, requer uma devoção tão exclusiva, um
preparo tão rigoroso, quanto a obra de qualquer
pintor ou escultor; pois o que é tratar da tela morta
ou do frio mármore comparado ao tratar do corpo
vivo, o templo do espirito de Deus? É uma das
artes; poder-se-ia dizer, a mais bela das artes!

Florence Nightingale
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 4
2 CENTRO CIRÚRGICO ........................................................................................ 5
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 9
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 11
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1 INTRODUÇÃO

O Centro Cirúrgico é um local que envolve ações complexas e o


manuseio de diversos dispositivos tecnológicos, deve constituir-se num setor
diferenciado com foco na segurança do paciente e na qualidade da assistência em
saúde é primordial a atuação do enfermeiro para o aprimoramento de praticas
gerencial, assistencial e de interligação entre os vários profissionais envolvidos no
processo de trabalho e podemos dizer que é um setor dinâmico, que exige do
enfermeiro a elaboração de um processo rápido e exato, garantindo uma assistência
correta individualizada e de qualidade para o paciente.
Mediante o exposto, a Sistematização da Assistência de Enfermagem Peri
operatória (SAEP) integra este conjunto de ações , que organiza, orienta e direciona
o cuidado ao paciente cirúrgico de forma holística permitindo a enfermagem
desenvolver seu raciocínio clínico e atuar respeitando a individualidade de cada
paciente. Desse modo, a SAEP vem contribuir também para redução de danos ao
paciente mediante suas ações organizadas, que buscam o aperfeiçoamento do
cuidado, tornando o enfermeiro responsável e administrador de suas ações. O
instrumento de coleta de dados da SAEP é o registro completo da avaliação clinica
do enfermeiro de centro cirúrgico, com a descrição de toda assistência de
enfermagem executada no período pré-operatório (LEMOS; SURIANO, 2013).
Sabe-se que para efetividade da utilização desta ferramenta, o enfermeiro
deve assumir papel de líder e adequar a SAEP de acordo com a dinâmica do serviço
em que atua, sendo persuasivo na importância de usá-la para melhor disposição de
dados que diz respeito ao cuidado prestado ao paciente (FRIAS; COSTA; SAMPAIO,
2010). Sendo assim, referida Sistematização veio para promover a continuidade do
trabalho em enfermagem, permitindo gerar indicadores de qualidade e
proporcionar ao paciente e familiar tranquilidade diante do processo cirúrgico.
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2 CENTRO CIRÚRGICO

Conceito de tempo cirúrgico: são manobras consecutivas realizadas pelo cirurgião


desde o inicio ate o termino da cirurgia. Existem 4 tempos: diérese, hemostasia,
cirurgia ou exérese e síntese.

Conceito síntese cirúrgica: procedimento utilizado para unir ou aproximar as


bordas de uma ferida com finalidade de estabelecer a continuidade dos tecidos,
facilitando as fases do processo de cicatrização construindo assim os tecidos.

Matérias usados na síntese:

• Pinças de dissecção - servem para aproximar os tecidos facilitando a sutura,


uma vez que a pele possui alta tração, sendo difícil realizar a sutura sem elas. As
pinças anatômicas são bastante utilizadas, porem também existem as pinças com
dentes (pinça dente-de-rato) que são bastante uteis para aproximação das bordas e
em aponeurose, porem são mais traumáticas.

• Porta-agulhas - é um instrumento cirúrgico utilizado para segurar a agulha


enquanto é feito a sutura de tecidos.

• Suturas absorvíveis - são aquelas que decorrer algum tempo após a


implantação, por ação mecânica, são absorvidas. Podem ser de origem animal ou
sintéticas.

• Suturas não absorvíveis - são aquelas que ficam permanentemente no


organismo, mesmo sofrendo ação dos elementos de defesa orgânica não se
desfazem, são envolvidos, após algum tempo, por tecidos fibrosos. Pode ser de
origem animal, vegetal, metálica e sintética.

• Grampos de pele - método frequentemente usado para fechamento da pele.


Quando usados corretamente, oferecem excelentes resultados estéticos.
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Além de diminuir o tempo de cirurgia, eles permitem a distorção decorrente do


estresse exercido individualmente pelas pontas de sutura.

Classificação da síntese:

• Cruenta - captação, aproximação, união dos tecidos realizada por meio de sutura
permanente ou removível. São utilizados instrumentos apropriados: agulhas de
sutura e fios de sutura.

• Incruenta - aproximação dos tecidos, a união das bordas, é feita por meio de
gesso, adesivo ou atadura.

• Imediata - captação ou união das bordas da incisão é feita imediatamente após o


termino da cirurgia .

• Mediata - aproximação dos tecidos, das bordas é feita após algum tempo de
incisão (algum tempo depois da lesão) .

• Completa - captação, aproximação, união dos tecidos é feita em toda a


dimensão, extensão da incisão cirúrgica.

• Incompleta - aproximação dos tecidos não ocorre em toda a extensão da lesão,


mantem-se uma pequena abertura para a colocação de um dreno.

Processos de sutura:

• Objetivo - promover o fechamento das bordas separadas, para que ocorra a


cicatrização dos tecidos que foram incisados.

Classificação:

• Temporária - quando há necessidade de remover os fios cirúrgicos da féria após


fechamento das bordas.
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• Definitiva - quando os fios cirúrgicos não precisam ser removidos, pois, serão
absorvidos pelo corpo.

Classificação dos fios de sutura:

• Absorvíveis - (que podem ser de origem animal ou sintéticos) estes serão


absorvidos pelo organismo, desde modo desaparecerão do local o de fora
suturados.

• Não absorvíveis - (podem ser de algodão, linho e seda) o tipo de material


utilizado neste tipo de fio não será absorvido pelo organismo, permanecendo no
local até sua remoção mecânica.

• Cuidados de enfermagem e função do técnico - com as facilidades oferecidas


por alguns hospitais mais modernos, através das suas unidades pós- operatórias, a
assistência do paciente nesta fase é mais individualizada e, certamente mais
eficiente. Muitas complicações pós-operatórias podem ser prevenidas, quando o
paciente recebe assistência adequada neste período. Em qualquer circunstância,
com ou sem sinais de alarme, é fundamental que se observe e se registre todos os
dados identificados, para que se tenha um parâmetro progressivo. É conveniente
lembrar, que a expressão “observar” em traumatologia tem valor decisivo na conduta
medica posterior a verificação do quadro.

• Complicação da deiscência - a deiscência da sutura cirúrgica, é uma


complicação grave na qual as bordas da ferida, que estão unidos por uma sutura,
acabam abrindo e se afastando, aumentando o risco de infecção e dificultando a
cicatrização. Embora seja relativamente raro, o risco de deiscência é maior durante
as primeiras 2 semanas e após uma cirurgia abdominal, já que o processo de
cicatrização ainda se encontra numa fase inicial. Por se uma complicação grave,
sempre que existir suspeita de que a ferida cirúrgica possa estar aberta é muito
importante ir imediatamente ao hospital para que seja avaliada por um medico ou
enfermeiro, iniciando o tratamento se necessário .
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• Principais sinais de deiscência - o sinal mais evidente da deiscência é abertura


parcial ou total da ferida cirúrgica, no entanto, quando a ferida se encontra num local
de difícil observação outros sinais que deve estar atento, e que sempre devem ser
avaliados por um profissional de saúde, incluem: inchaço no local, dor intensa, saída
de pus e sensação de calor excessivo na ferida.

• Como é feito o tratamento - deve ser sempre iniciado no hospital por um medico
ou enfermeiro, que deve avaliar a ferida e decidir a melhor forma de tratamento. Na
maior parte dos casos, o tratamento é feito com um antibiótico para eliminar uma
possível infecção da ferida e uso de analgésicos para aliviar a dor. Além disso, o
curativo da ferida deve ser feito por um enfermeiro, pois é importante ir adequando o
tipo de material usado, assim como manter uma técnica asséptica. Apenas nos
casos mais graves pode ser necessário voltar a fazer uma cirurgia para limpar e
voltar a fechar a ferida.
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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A admissão da pessoa necessitada de cirurgia, em CC, é um fenômeno


complexo, aqui abordado, apenas em alguns aspectos, que se constituíram fruto de
observação.
Neste estudo, foi verificado que, embora a preocupação da enfermeira em
prestar o cuidado na admissão da pessoa em CC, tenha demonstrado um fazer
voltado para a valorização e humanização do paciente, embora sofrendo
transformações na interação e no processo de comunicação, o apoio destinado ao
mesmo, pela equipe médica, entendida a equipe cirúrgica, é de difícil concretização,
não sem deixar de direcionar o modo de assistir a pessoa, em CC. Um assistir
voltado para os aspectos técnico-operacionais do cuidado, centrados nas condições
essenciais ao desenvolvimento da cirurgia que, embora sejam importantes, não
podem prescindir dos aspectos humanos do cuidado.
Essa situação pode até estar marginalizando as alternativas de cuidado,
com vistas a minimizar o sofrimento da enfermeira, o mesmo acontecendo em
relação às formas de enfrentamento do paciente em situações de risco.
A compreensão dessa situação demonstra que além de palavras e
tentativas, é necessária uma ação transformadora que deve ter, como ponto de
partida, a compreensão do ser, em uma relação humana de troca, de demonstração
de afeto e de respeito, assumida por nós enfermeiras e pelo paciente em situações
de risco, essencialmente em CC, onde a visão de mundo é totalmente diferente,
para cada um que adentra ali, com a finalidade de ser submetido a algum tipo de
cirurgia.
Este estudo serviu de estímulo à busca de estratégias que possibilitem
uma maior compreensão das dificuldades enfrentadas pela enfermeira, ao proceder
à admissão da pessoa em CC, principalmente aquelas relacionadas ao espaço
destinado à concretização desse cuidado.
Nesse sentido, é necessário que as enfermeiras reflitam sobre a
necessidade de buscar melhores condições de trabalho, de modo que possam
oferecer um ambiente mais tranquilo, em penumbra com música ambiente suave,
onde seja possível dar tempo ao paciente para expressar seus sentimentos, crenças
e valores, temores e experiências de vida, de forma que possam esses elementos
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ser trabalhados, não só para melhorar as condições de enfrentamento da cirurgia, e


também ao profissional de assegurar melhor qualidade de vida no trabalho.
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REFERÊNCIAS

FRIAS, T.F.P; COSTA,C.M.A; SAMPAIO,C.E.P. O impacto da visita pré-operatória


no nível de ansiedade de pacientes cirúrgicos. Revista Mineira de Enfermagem. n.
14, v. 3, p.345-352, 2010.

LEMOS, C.S; SURIANO,M.L.F. Desenvolvimento de um instrumento:


Metodologia de ensino para aprimoramento da prática perioperatória. Revista
Sobecc. São Paulo, v. 18, n. 4, p. 57-69, 2013.

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