Trabalho - Seminario
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BELO HORIZONTE
2017
LEANDRA FERNANDES DE LIMA
Belo Horizonte
2017
CORPO HISTÉRICO E SINTOMA
HISTERIA
• Histeria (do francês hystérie e este, do grego ὑστέρα, "útero"). O termo tem
origem no termo médico grego hysterikos, que se referia a uma suposta condição
médica peculiar a mulheres, causada por perturbações no útero, hystera em
grego. O termo histeria foi utilizado por Hipócrates, que pensava que a causa da
histeria fosse um movimento irregular de sangue do útero para o cérebro.
• Aos poucos foi-se observando que a histeria não era um distúrbio que acometia
exclusivamente as mulheres, mas nelas predominava. Teorizou-se, então, outra
segmentação da estrutura neurótica: estava-se diante dos obsessivos que, com
sintomas diferentes, também apresentavam grande sofrimento psíquico. Esta
sintomatologia, embora predominantemente masculina, não pode ser tratada
como exclusiva dos homens.
• Nas palavras de Freud: "O nome “histeria” tem origem nos primórdios da
medicina e resulta do preconceito, superado somente nos dias atuais, que vincula
as neuroses às doenças do aparelho sexual feminino. Na Idade Média, as
neuroses desempenharam um papel significativo na história da civilização;
surgiam sob a forma de epidemias, em conseqüência de contágio psíquico, e
estavam na origem do que era fatual na história da possessão e da feitiçaria.
Alguns documentos daquela época provam que sua sintomatologia não sofreu
modificação até os dias atuais. Uma abordagem adequada e uma melhor
compreensão da doença tiveram início apenas com os trabalhos de Charcot e da
escola do Salpêtrière, inspirada por ele. Até essa época, a histeria tinha sido a
bête noire da medicina. As pobres histéricas, que em séculos anteriores tinham
sido lançadas à fogueira ou exorcizadas, em épocas recentes e esclarecidas,
estavam sujeitas à maldição do ridículo; seu estado era tido como indigno de
observação clínica, como se fosse simulação e exagero (...) Na Idade Média, a
descoberta de áreas anestésicas e não-hemorrágicas (sigmata Diaboli) era
considerada prova de feitiçaria".
• Aos poucos foi-se observando que a histeria não era um distúrbio que acometia
exclusivamente as mulheres, mas nelas predominava. Teorizou-se, então, outra
segmentação da estrutura neurótica: estava-se diante dos obsessivos que, com
sintomas diferentes, também apresentavam grande sofrimento psíquico. Esta
sintomatologia, embora predominantemente masculina, não pode ser tratada
como exclusiva dos homens.
O CONCEITO DE CONVERSÃO
Obs.: Sine qua non ou conditio sine qua non é uma expressão que originou-se do termo
legal em latim que pode ser traduzido como “sem a/o qual não pode ser”. Refere-se a
uma ação cuja condição ou ingrediente é indispensável e essencial
OUTROS CONCEITOS
• Não é possível conceber e situar o estatuto teórico do “corpo que está em jogo
na histeria”, nem compreender sua disponibilidade e o uso que o histérico faz
dele, sem relacioná-lo com outros conceitos metapsicológicos centrais na
reflexão psicopatologica, como o de corpo erógeno, mas também corpo
expressivo, simbólico, pulsional, desejante etc. Esses conceitos foram
operando rupturas progressivas na teorização freudiana e a levaram longe de
suas origens no campo da medicina. Esse movimento, que envolve o debate
epistemológico e a reelaboração teórica, se encontra presente e aberto nas
correntes atuais do campo psicanalítico.
• Mas de que corpo se fala nas práticas e discursos que tomam como objeto a
histeria? Existe um corpo-soma, o corpo dos anatomistas, que é objeto de
observação e investigação desde a Grécia Antiga. Sobre ele, a medicina vai
debruçar-se com seus aparelhos que ampliam cada vez mais o campo da
observação.
CORPO-SOMA
• E foi nesse contexto social que em Viena ocorreu uma grande repressão das
mulheres, tanto no sentido sexual quanto na linguagem. As mulheres eram
criadas para obedecer ao pai e só saiam de casa para se casar. E deviam ser
100% obedientes aos seus maridos. E isso vinha desde a Grécia Antiga, apesar
de em algumas regiões já haver uma configuração diferente, onde a mulher já
podia se colocar.
• E em contato com Breuer, em conjunto com os estudos que tinha realizado com
Charcort na França, ele se interessou cada vez mais em pesquisar sobre a
histeria.
SINTOMA
“No coração tinha o espinho duma paixão. Consegui arrancá-la de mim um dia. Já não
sinto o coração”.
• Caso relatado por Piedimonte e Goldin (1976, p. 13), uma paciente apresenta
queixa de uma dor que se entende por toda a superfície do corpo que a obriga a
andar curvada, com os braços encolhidos e sustentando-se precariamente sobre a
ponta dos pés. No relato verbal, destaca-se a afirmação de que “[...] provém de
uma família de pessoas muito retas, e que, portanto, não venha a pensar nada de
estranho a seu respeito”. O analista aponta-lhe a oposição entre “retidão” e “[...]
mostrar algo torto no corpo”. Ela se lembra, então, de uma situação recente em
que houve uma aproximação sexual incompleta com seu namorado, no interior
de um carro. Depois de um breve esforço mnêmico, admite que a posição
imposta pelo sintoma era semelhante à do corpo naquela circunstancia.
A histérica implica-se nas situações por meio do corpo, afeta-se pelo corpo. O registro
das posições do corpo é o lugar de referencia pelo qual se compromete, sente a situação,
ou seja, pela qual lhe dá sentido: quando não consegue processar, por essa via, o que lhe
diz respeito, não sente ou, de alguma maneira, “tira o corpo fora”.
• Eu chamaria “histérica”, sem vacilar, a toda pessoa, seja ela capaz ou não de
produzir sintomas somáticos, em quem uma ocasião de excitação sexual provoca
predominantemente ou exclusivamente sentimentos de desprazer. Explicar o
mecanismo desse transtorno do afeto continua sendo uma das tarefas mais
importantes, e ao mesmo tempo, uma das mais difíceis, da psicologia das
neuroses. (p.27)
• As fantasias que a acompanham sofrerão, por sua vez, uma série de substituições
no que se refere ao objeto parcial em jogo, que vão do seio materno, passando
pelo mamilo da vaca, até o pênis, levando à produção de uma fantasia
autogerada de felatio.
• O sintoma surge quando falta a palavra para poder dizer de alguma significação
inconsciente.
• O sintoma surge quando falta a palavra para poder dizer de alguma significação
inconsciente. O exercício da função do corpo histérico, diferentemente da
psicose, está garantido pela conservação da catexia pré-consciente, em que a
representação-coisa está adstritita a uma palavra que a nomeia e, portanto,
inscreve-a em um espaço onde regem certas leis da lógica, do tempo e espaço.
Por isso, a fantasia que subjaz ao sintoma se assemelha ao conteúdo latente do
sonho. Nos psicóticos, a experiência do corpo reduz-se a um mínimo de
mediação simbólica; seus restos são capturados pelo processo primário regido
pela magia e pela onipotência. Falta, no psicótico, o sentido alegórico das
palavras. No neurótico, a representação de palavra fica sequestrada do pré-
consciente e impedida de se expressar, mas não deixa de existir como entre
simbólico (Piedimonte; Goldin, 1976)
• As práticas sexuais infantis marcam a direção que seguirá a vida sexual após a
maturidade.
Sendo assim, aproveito esta apresentação, para compartilhar com meus colegas, o
desejo do meu coração,
Afinal, ele, o orgulho, só atrai para as nossas vidas, vergonha, afronta, sofrimento
prolongado, e, morte.
Que possamos tomar posse de vez, do sentimento mais apreciado por Deus, que é o
sentimento da HUMILDADE.
Que sejamos capazes de aprender com as descobertas, aceitando o desafio de fazer uso
do conhecimento, nos apropriando dele e experimentando a sua realidade dentro da
nossa própria história.
E desta forma, através das sensações e compreensões da nossa própria historia, através
das vivências futuras, possamos aprender, a sermos mansos e humildes de coração,
Tendo a consciência do fato de que a humildade trás com ela riquezas e honra!
Sabedoria e alegria!
Ela é capaz de dar ao nosso coração a liberdade de “ser quem ele realmente é” e assim
desfrutar da alegria da transformação.
Inspiração: Jesus Cristo, O Filme Freud Alem da Alma, Steve Gallagher, Psicanalistas Telma Laginestra e Gisele Parreira.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Histeria. Silvia Leonor Alonso e Mário Pablo Fuks. São Paulo: Casa do Psicólogo,
2004. Pag. 107 a 153 – Corpo Histérico e Sintoma
https://www.youtube.com/watch?v=YMYlbb3n--E
Filosofia Da Psique