Nutricao Na Internacao Domiciliar
Nutricao Na Internacao Domiciliar
Nutricao Na Internacao Domiciliar
2- Introdução
A atenção domiciliar no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) foi instituída pela
portaria no 2.029 de 24 de agosto 2011, foi reformulada pela portaria n o 2.527 de 27 de
outubro 2011, sofreu alterações e acréscimos de dispositivos pela portaria no 1.533 de 16 de
julho de 2012 e posteriormente foi reformulada pela portaria n o963 de 27 de maio de 2013.
1,2,3,4
Segundo esta última portaria, a atenção domiciliar é uma nova modalidade de atenção
à saúde, substitutiva ou complementar às já existentes, caracterizada por um conjunto de
ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação prestadas
em domicílio, com garantia de continuidade de cuidados e integrada às redes de atenção à
saúde. 4
3- Justificativa
O propósito deste protocolo é auxiliar os profissionais nutricionistas, responsáveis
pela assistência nutricional aos pacientes em internação domiciliar. Visa à
padronizaçãodeprocedimentosem todos os núcleos regionais de atenção domiciliar, através
de um conjunto de ações que tem como principais objetivos a recuperação e/ou manutenção
do estado nutricional, a prevenção e/ou atenuação da deficiência calórico-proteica e de
micronutrientes, bem como outras intercorrências que costumam acontecer durante a
evolução da enfermidade que motivou a internação.
6- Critérios de Inclusão
Os critérios de inclusão subdividem-se em três tipos: clínicos, administrativos e
assistenciais, que somados e avaliados, definem se o paciente tem o perfil para ser admitido
no Programa de Internação Domiciliar (PID).15
Critérios clínicos:15
Estar com a condição clínica comprometida, com diagnóstico firmado ou hipótese
diagnóstica e tratamento estabelecido/programado pelo médico assistente.
Apresentar grau de perda funcional e dependência para a realização das Atividades
da Vida Diária (AVD), definida com base na Escala de Avaliação da Incapacidade
Funcional da Cruz Vermelha Espanhola (Anexo 1).
Estar pontuado na “Classificação de complexidade assistencial do paciente em
atenção domiciliar”21. (Anexo 2)
Critérios administrativos:15
Residir na área de abrangência da equipe de acordo com o território sanitário
constante no Plano Diretor de Regionalização (PDR) 2005 do DF.
Ter consentimento formal do paciente ou de familiares/cuidador por meio da
assinatura do Termo de Consentimento Informado padronizado.
Concordância e encaminhamento de médico assistente, com relatório minucioso,
contendo dados relevantes para avaliação do quadro clínico do paciente.
Critérios assistenciais:15
Possuir um responsável que exerça a função de cuidador. O mesmo não precisa ser
necessariamente uma pessoa da família e escolhido por essa; mas precisa ser
capacitado, com perfil adequado para essa atividade.
Apresentar condições seguras de acesso ao domicílio do paciente.
Contextos familiar, domiciliar, comunitário e ambiental adequados, a serem
constatados pela EAD: condições mínimas de higiene e espaço; pessoas que se
responsabilizem pelos cuidados com o paciente; saneamento; segurança para os
membros da EAD e outros.
Ter um médico que se responsabilize pela sua indicação.
7- Critérios de Exclusão
Os pacientes que não atenderem aos critérios da Portaria 963 e do Projeto de
Internação Domiciliar 4 não serão acompanhados pelo nutricionista conforme este protocolo.
O usuário não será incluído, em qualquer das três modalidades, na presença de pelo
menos uma das seguintes situações: necessidade de monitorização contínua; necessidade
de assistência contínua de enfermagem; necessidade de propedêutica complementar, com
demanda potencial para a realização de vários procedimentos diagnósticos, em sequência,
com urgência; necessidade de tratamento cirúrgico em caráter de urgência; ou necessidade
de uso de ventilação mecânica invasiva contínua.4,15
De acordo com o Projeto de Implantação da Atenção Domiciliar do Distrito Federal não
serão admitidos no Programa pacientes com necessidades de: 15
ventilação mecânica;
enfermagem intensiva;
propedêutica complementar, realização de procedimento diagnóstico ou tratamento
cirúrgico com urgência;
8- Conduta
De acordo com a Portaria 963 e o Projeto de Internação Domiciliar 4, o nutricionista
faz parte da Equipe Multiprofissional de Apoio, sendo responsável pelo acompanhamento de
todos os pacientes admitidos no Programa de Internação Domiciliar (PID).
As atribuições do nutricionista do Programa de Internação Domiciliar (PID) são: 15
Participar do processo de admissão do paciente;
Fazer avaliação nutricional periódica dos pacientes;
Rastrear fatores de risco nutricional;
Elaborar a prescrição dietética, com base nas diretrizes do diagnostico nutricional;
Sistematizar o atendimento em nutrição, de acordo com protocolos pré-estabelecidos
pela Gerência de Nutrição da SES;
Acompanhar a aceitação, evolução, resultados e necessidades de eventuais ajustes
na dieta;
Solicitar exames complementares para acompanhamento da evolução clínica
nutricional, intercorrências e altas em nutrição;
Orientar e monitorar os procedimentos de preparo, manipulação, armazenamento,
conservação e administração da dieta (oral e/ou enteral), considerando os hábitos e
8.3.1Fármaco(s)
Não se aplica.
8.3.2Esquema de Administração
Não se aplica.
9- Benefícios Esperados
Recuperar e/ou manter o estado nutricional, com o fornecimento de aporte adequado
de nutrientes; 16
Prevenir ou auxiliar no tratamento das úlceras por pressão e outras complicações;
Fornecer cuidados paliativos no âmbito nutricional;
Auxiliar na reabilitação de alimentação por via oral, quando possível;
Evitar complicações de doenças crônico-degenerativas;
Conscientizar o paciente e a família quanto à importância do tratamento nutricional;
Prevenir transtornos gastrointestinais.
10- Monitorização
Para a avaliação do estado nutricional são utilizadas variáveis objetivas como a
antropometria, a avaliação da composição corpórea, os parâmetros bioquímicos e a
avaliação do consumo alimentar e variáveis subjetivas como o exame físico 9.
É importante ressaltar que a monitorização do estado nutricional dos pacientes é um
processo contínuo que deve ser realizado de forma a identificar alterações no quadro clínico
do paciente e permitir o alcance dos objetivos propostos no plano terapêutico.
13. BAXTER, Y.C.; CECCONELLO, I.; PINOTTI, H.W. Nutrição Enteral Domiciliar:
Introdução e Bases Técnicas. In: SILVA, S.M.C.S.; MURA, J.D.P. Tratado de
Alimentação, Nutrição e Dietoterapia. 1ª edição. São Paulo: Roca; 2007, p.893-
898.
17. CUPPARI, L. Guia de Nutrição: nutrição clínica no adulto. 2ª ed. Barueri, São
Paulo; Manole, 2005.
18. SANTOS, A.C.T.; FONSECA, F.L.; LOPES, N.L.A. Avaliação Nutricional para
Home Care. In: DUARTE, A.C.G. Avaliação Nutricional: aspectos clínicos e
Laboratoriais – São Paulo: Atheneu, 2007; p.393-400.
NOME DO PACIENTE:
ENDEREÇO:
2. PROCEDIMENTOS TERAPÊUTICOS
I – ÚLCERA estágio II: Perda de espessura parcial da pele
envolvendo epiderme e/ou derme. A úlcera é superficial e
1
apresenta-se clinicamente como uma abrasão ou cratera rasa
OU
2a) Curativo / desbridamento de úlceras de
II – ÚLCERA estágio III: Perda da pele de espessura total
pressão grau II/ III e IV ou múltiplas
envolvendo dano ou necrose de tecido subcutâneo que pode se
estender até, mas não através, da fáscia adjacente. A úlcera 2
apresenta-se clinicamente como uma cratera profunda com ou
sem enfraquecimento do tecido adjacente OU
Inclui orientação, treinamento e supervisão para a família e/ou cuidador, de procedimentos tais como:
1
mudança de decúbito, mobilização do paciente, transferência da cama para a cadeira e vice-versa.
5. REABILITAÇÃO:
6. SUPORTE E CUIDADO AOS FAMILIARES, CUIDADORES E PACIENTES (comum aos membros da equipe).
6a) Aplica-se a todo paciente, cuidador e familiar, constituindo-se um diferencial da internação domiciliar, na
1
construção do vínculo paciente/cuidador/família OU
6b) Atenção psicossocial em situações especiais, nas quais é necessário explicar condições clínicas, lidar
com a dor e a angústia, inclusive o luto. 3
II -DADOS CLÍNICOS
Diagnóstico Clínico:
II – ANAMNESE ALIMENTAR
Alterações na ingestão alimentar: ( ) Não ( ) Sim - há quanto tempo? ______________
A alteração foi para: ( ) dieta sólida em quantidade menor ( ) dieta pastosa hipocalórica ( ) dieta
líquida > 15 dias
( ) jejum > 5 dias ( ) mudança persistente > 30 dias
Uso de suplemento ou dieta enteral? ( ) Não ( ) Sim
Via de administração: ( ) Ostomia ( ) Sonda ( ) Oral
Sintomas gastrotintestinais (que persistem > 2 semanas)
( ) Disfagia e/ou odinofagia ( ) Náuseas ( ) Vômitos ( ) Obstipação ( ) Diarréia (> 3 evacuações
liquidas)
( ) Hiporexia ( ) Anorexia,
distensão abdominal, dor abdominal. Outros:_____________________________________________
III – EXAME FÍSICO
Perda de gordura subcutânea (tríceps e tórax):___________ Perda muscular (quadríceps e
deltóides):___________ Edema de tornozelo:_________ Edema sacral:___________
Ascite:__________
Outros (cabelos, unhas, lábios gengivas, língua):__________________________________________
IV – CAPACIDADE FUNCIONAL
( ) Disfunção / Há quanto tempo:_______________ ( ) Abaixo ( ) Acamado.
Demanda Metabólica: ( ) Baixo estresse ( ) Moderado estresse ( ) Elevado estresse
IV -HÁBITOS DE VIDA/CUIDADOS
Etilismo: ( ) Não ( ) Sim - freqüência: Fumante: ( ) Não ( ) Ex - parou há: ______ anos
____________ ( ) Sim ______ cigarros/ dia
V -ANTROPOMETRIA
Altura: Peso ideal: Peso estimado: Pediatria (Escore – Z)
Peso atual: Peso corrig.: AJ: P/A:
Peso usual: IMC (kg/m2): Altura estimada: A/I:
Circunferências Dobras Cutâneas Outros: P/I:
CB: PCT: Outros:
VI – RECORDATÓRIO ALIMENTAR
Tipo de dieta: ( ) Industrializada ( ) Mista ( ) Artesanal
Número de horários de dieta artesanal: _______ horários Via administração: ______________
h h
h h
h h
VIII–PRESCRIÇÃO DIETÉTICA
GET Via de administração da dieta: ( )oral ( )SNG ( )SNE ( )GT ( )JT
Tempo: ( ) Curto prazo ( ) Longo prazo
Ptn/Kg Obs:
peso/dia:
IX –CONDUTA NUTRICIONAL
Brasília, ____/______/______
____________________________________________
Nutricionista/CRN
1) Armazenamento
As dietas industrializadas (embalagens) e todo o material utilizado para o preparo e
administração da dieta deverão ser higienizados previamente e armazenados em local
limpo, seco, arejado, longe do chão, sol, animais e insetos.
2) Cuidados de Higiene
Prender os cabelos antes do preparo e administração da dieta;
Lavar sempre as mãos e antebraços com água e sabão antes de manusear qualquer
utensílio e do preparo da dieta;
O local de preparo da dieta deverá ser limpo com água e sabão e borrifado com
solução clorada (Anexo 7);
Mergulhar completamente os alimentos utilizados em fórmulas artesanais em
solução clorada por 30 minutos. Enxaguá-los com água filtrada e deixá-los escorrer
em local limpo e seco;
Não falar em cima da dieta durante seu preparo.
ANEXO I
REGULAMENTO TÉCNICO PARA O FORNECIMENTO DE FÓRMULAS PARA FINS
ESPECIAIS PARA ATENDIMENTO DOMICILIAR
1. OBJETIVO:
1.1. O presente Regulamento tem por objeto a definição de normas e critérios para o
cadastramento de pacientes em uso de fórmulas para fins especiais em regime de
atendimento domiciliar e para a dispensação ambulatorial destas fórmulas, por intermédio
da Secretaria de Estado de Saúde, no âmbito do Distrito Federal.
2. DEFINIÇÕES:
Para efeito deste Regulamento Técnico são adotadas as seguintes definições:
2.1. Atenção Domiciliar: termo genérico que envolve ações de promoção à saúde,
prevenção, tratamento de doenças e reabilitação desenvolvidas no domicílio;
2.2. Assistência Domiciliar: conjunto de atividades de caráter ambulatorial, programadas e
continuadas desenvolvidas no domicílio;
2.3. Cuidador: pessoa com ou sem vínculo familiar capacitada para auxiliar o paciente em
suas necessidades e atividades da vida cotidiana. Essa pessoa ficará responsável por
seguir as orientações da equipe referentes a dieta, higiene, mobilização do paciente,
I – DADOS PESSOAIS
Nome do Usuário: Sexo: ( ) Feminino
( ) Masculino
Data de Nascimento: ____/____/______ Data de admissão: ____/____/______
Data da alta: ____/____/______
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
Motivo da alta:____________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
______________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
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__________________________________________
Nutricionista / CRN
Diluir 1 colher de sopa de água sanitária, própria para higienização de frutas e verduras
(verificar rótulo), em 1 litro de água. Esta solução tem validade de 24 horas.
Coquetel laxante
1 fatia média de mamão
1 laranja média com o bagaço
3 ameixas secas (pode ser as que ficaram de molho na água)
A água do molho
Suco laxante
2 copos americanos de água de coco
5 damascos secos
1 colher sobremesa de gengibre fresco picado
¼ mamão papaia
O Sr.(a).___________________________________________________________________
residente_____________________________________________________nº________
RA______________________, RG nº _________ expedido em _____/_____/_______, está
sendo admitido no PROGRAMA DE INTERNAÇÃO DOMICILIAR DO DISTRITO FEDERAL,
em____________________________________.
Este serviço destina-se a ser prestado àqueles pacientes que preencham os critérios de
inclusão estabelecidos no Programa, dentre os quais:
Morar em área de cobertura e estar cadastrado no Programa.
Co – responsabilidade da família e do paciente nos cuidados e cumprimento do
plano terapêutico estabelecido e seguir as orientações da Equipe de Saúde.
Ser portador de doença crônica com comorbidade e com grau de incapacidade
funcional e dependência para as Atividades de Vida Diária estabelecido pela Escala
de Incapacidade Funcional da Cruz Vermelha Espanhola.
Compromisso de comunicar alterações do estado de saúde do paciente, seja por
motivo de reinternação hospitalar ou óbito, bem como mudança de endereço.
Existência de cuidador e de infraestrutura domiciliar que permita a prestação de
atenção domiciliar.
Condições clínicas da pessoa enferma que permitam seu cuidado em casa.
Para que a família possa utilizar a melhor maneira este serviço, solicitamos que tome
conhecimento e caso concorde siga as orientações a seguir:
Ao ser incluído no Programa de Internação Domiciliar, o paciente passará a ter um
CARTÃO DE ACOMPANHAMENTO que será entregue pelo Núcleo Regional de
Atenção Domiciliar no ato do cadastramento.
Este cartão servirá para que sejam anotados a identificação do paciente, Diagnóstico
e CIDs principais, história clínica, medicamentos em uso e intercorrências.
Caso haja necessidade de atendimento fora da data agendad0a, solicitamos que
seja feito contato com a Equipe, para avaliação da situação e ser providenciado
atendimento.
O NRAD NÂO atende às emergências, somente o SAMU tem infraestrutura para
esse tipo de atendimento.
Eu, ______________________________________________(parentesco/responsável)
RG____________________, estou ciente e concordo com as normas deste Termo,
responsabilizando-me como cuidador(a) do(a) pacinte__________________________.
________________________________
Assinatura do Cuidador(a)/responsável
________________________________
Nome – Assinatura do responsável
___________________________ _____/_____/_____
Nome assinatura - EMAD Data