ADE - Língua Portuguesa - 9 Ano Do Ensino Fundamental
ADE - Língua Portuguesa - 9 Ano Do Ensino Fundamental
ADE - Língua Portuguesa - 9 Ano Do Ensino Fundamental
Língua Portuguesa
9º ano do Ensino Fundamental Turma _________
Fevereiro de 2019 Data _____ / _____ / _____
Escola _________________________________________________
Aluno __________________________________________________
Segundo economista do SPC Brasil, desemprego elevado e renda menor que nos anos anteriores
à crise, criam dificuldades para trabalhadores pagarem suas dívidas
Brasília – Os cartões de crédito associados às lojas são hoje a forma de financiamento que
mais leva o consumidor para a inadimplência. Entre os devedores que têm esse tipo de
cartão, 80% estão com o nome sujo justamente por causa dele. No ano passado, o índice
era de 73%. A conclusão é de um levantamento feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito
(SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todas as
capitais. Na segunda colocação aparecem os empréstimos em bancos e financeiras, que
lideravam o ranking em 2016 com 75% e agora estão dez pontos percentuais abaixo.
Questão 01
Questão 02
Em “porque a incidência de elevados juros por atraso faz com que essas dívidas cresçam
de maneira acelerada, dificultando cada vez mais o pagamento.”, há ideias de
Questão 03
(A) “Por isso é preocupante que as dívidas bancárias se posicionem entres os primeiros
colocados [...]”.
(B) “Na sequência, aparecem os cartões de crédito (65%), os cheques especiais (64%),
o crediário (60%), os cheques pré-datados (51%) [...]”.
(C) “Os cartões de crédito associados às lojas são hoje a forma de financiamento que
mais leva o consumidor para a inadimplência”.
(D) “Entre os devedores que têm esse tipo de cartão, 80% estão com o nome sujo
justamente por causa dele”.
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Leia o cartaz e responda às questões 04 e 05.
Texto I
Texto II
O jovem deficiente que conseguiu doutorado em Física graças à ajuda das mãos de
sua mãe
Patricio de la Paz do jornal 'La Tercera', do Chile *
2 junho 2017
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[...] O menino falava com muita dificuldade, não caminhava sozinho - só faria isso ao
completar 13 anos - e não escrevia. Precisava de alguém a seu lado para o ajudar a se
locomover, tomar notas, que o levasse ao recreio e lhe desse a merenda.
[...] Terminou o básico com média 7. Sua mãe não quis que fosse dispensado de nenhuma
matéria, nem mesmo educação física: desenvolveram para David uma rotina especial -
sem corridas ou obstáculos - pela qual era avaliado. Os êxitos acadêmicos se repetiram na
escola Mercedes Fritis, de Copiapó, onde terminou com 6,9 e prêmio de melhor aluno.
Nesses anos, teve o acompanhamento de uma assistente para fazer o que o corpo de
David não era capaz.
David Valenzuela passou anos pensando o que queria ser na vida: físico. Sua mãe, que
achava que uma carreira em humanas seria mais fácil para um deficiente, não conseguiu
dissuadi-lo. A decisão estava tomada.
Quando seu filho estava no último ano do colégio, em 2004, viajaram a Santiago e
chegaram ao campus San Joaquín da Universidade Católica (UC). Ali funciona a
Faculdade de Física.
[...] Em 2011, David começou seu doutorado em Física. Nos cinco anos seguintes, cada
vez que tinha uma aula, sua mãe o acompanhava. Sempre da mesma forma: ela escrevia,
ele escutava. Terminou em junho do ano passado, com nota 7 em sua tese. Hoje está se
candidatando a um pós-doutorado, que pode ser em Valdívia, ou no México.
* Este artigo foi originalmente publicado no jornal 'La Tercera' do Chile em 26 de maio de 2017. A BBC
reproduziu o texto com sua autorização.
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Questão 04
As letras todas maiúsculas (caixa alta) e em negrito, no texto escrito do cartaz (texto I):
“TODAS AS PESSOAS TÊM CONTRIBUIÇÕES PARA DAR, SE TODAS TIVEREM A
MESMA OPORTUNIDADE DE APRENDER E CONVIVER.”, reforçam a ideia de que
Questão 05
Os textos I e II
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Leia os textos e responda às questões 06 e 07.
Texto I
Texto II
SINOPSE E DETALHES
Questão 06
Questão 07
As formigas
Lygia Fagundes Telles
[...]
Voltei tarde essa noite, um colega tinha se casado e teve festa. Vim animada, com vontade
de cantar, passei da conta. Só na escada é que me lembrei: o anão. Minha prima arrastara
a mesa para a porta e estudava com o bule fumegando no fogareiro.
- Hoje não vou dormir, quero ficar de vigia - ela avisou.
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O assoalho ainda estava limpo. Me abracei ao urso.
- Estou com medo.
Ela foi buscar uma pílula para atenuar minha ressaca, me fez engolir a pílula com um gole
de chá e ajudou a me despir.
- Fico vigiando, pode dormir sossegada. Por enquanto não apareceu nenhuma formiga,
não está na hora delas, é daqui a pouco que começa. Examinei com a lupa debaixo da
porta, sabe que não consigo descobrir de onde brotam? [...]
TELLES, Lygia Fagundes. As formigas. In: Histórias de Mistérios. Rio de Janeiro: Ed. Rocco, 2004. p. 31
Questão 08
Em “Voltei tarde essa noite, um colega tinha se casado e teve festa”, há entre as orações
ideias de
Questão 09
Em “- Hoje não vou dormir, quero ficar de vigia - ela avisou.”, há o uso de travessões para
indicar diretamente
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Questão 10
No trecho do conto, o leitor nota que as personagens estão em um local
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Questão 11
Em “[...] é ótimo para um solteirão como eu, aproveitar de uma comida caseira.”,
temos uma opinião de Lute sobre o fato, pois
de que
Cobrança
Moacyr Scliar
Cotidiano, 10.set.2001
Ela abriu a janela e ali estava ele, diante da casa, caminhando de um lado para outro.
Carregava um cartaz, cujos dizeres atraíam a atenção dos passantes: "Aqui mora uma
devedora inadimplente".
- Você não pode fazer isso comigo -protestou ela.
- Claro que posso -replicou ele.- Você comprou, não pagou. Você é uma devedora
inadimplente. E eu sou cobrador. Por diversas vezes tentei lhe cobrar, você não pagou.
- Não paguei porque não tenho dinheiro. Esta crise...
- Já sei -ironizou ele.- Você vai me dizer que por causa daquele ataque lá em Nova York
seus negócios ficaram prejudicados. Problema seu, ouviu? Problema seu. Meu problema é
lhe cobrar. E é o que estou fazendo.
- Mas você podia fazer isso de uma forma mais discreta...
- Negativo. Já usei todas as formas discretas que podia. Falei com você, expliquei, avisei.
Nada. Você fazia de conta que nada tinha a ver com o assunto. Minha paciência foi se
esgotando, até que não me restou outro recurso: vou ficar aqui, carregando este cartaz, até
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você saldar sua dívida.
Neste momento começou a chuviscar.
- Você vai se molhar -advertiu ela.- Vai acabar ficando doente.
Ele riu, amargo:
- E daí? Se você está preocupada com minha saúde, pague o que deve.
- Posso lhe dar um guarda-chuva...
- Não quero. Tenho de carregar o cartaz, não um guarda-chuva.
Ela agora estava irritada:
- Acabe com isso, Aristides, e venha para dentro. Afinal, você é meu marido, você mora
aqui.
- Sou seu marido -retrucou ele- e você é minha mulher, mas eu sou cobrador profissional e
você é devedora. Eu a avisei: não compre essa geladeira, eu não ganho o suficiente para
pagar as prestações. Mas não, você não me ouviu. E agora o pessoal lá da empresa de
cobrança quer o dinheiro. O que quer você que eu faça? Que perca o meu emprego? De
jeito nenhum. Vou ficar aqui até você cumprir sua obrigação.
Chovia mais forte, agora. Borrada, a inscrição tornara-se ilegível. A ele, isso pouco
importava: continuava andando de um lado para o outro, diante da casa, carregando o seu
cartaz.
Questão 12
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