Fornos de Inducao
Fornos de Inducao
Fornos de Inducao
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Resumo
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1. Objetivos
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2. Introdução
Depois da Segunda Guerra Mundial, ocorreu a migração da alta frequência para a média
frequência em fornos à indução a cadinhos. Era o início da era de frequência de linha nos
fornos a indução a cadinhos. Com esse avanço foi possível que se atingisse, na década de 70,
uma potência de 21MW de operação e assim fundir aproximadamente 60 toneladas de metal
num curto espaço de tempo.
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3. Definição
O processo indutivo utilizado nos fornos de indução para a fusão baseia-se no princípio de
que uma corrente alternada de elevada intensidade, atravessando um condutor, gera um
campo magnético alternado à sua volta, o qual induz correntes errantes ou de Foucault na
carga metálica, aquecendo-a diretamente. Um condutor elétrico submetido a um fluxo
magnético variável produz uma força eletromotriz tanto quanto maior for a variação ΔΦ do
fluxo:
∆ф
𝑒=
∆𝑡
Para que a variação do fluxo no tempo seja grande, é preciso que o fluxo Φ seja elevado e/ou
que o tempo de variação Δt seja pequeno. Esta última condição corresponde a uma frequência
elevada.
O forno a indução é muito usado para fusão de materiais condutores. Em tais materiais
formam-se correntes de Foucault (correntes induzidas em massas metálicas), que produzem
grande elevação de temperatura. Se os materiais forem magnéticos, haverá também o
fenômeno da histerese que contribui para o aumento de temperatura. O forno consiste
basicamente num transformador com o próprio forno sendo o secundário do transformador,
constituído apenas por uma espira.
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4.1. Lei da Indução de Faraday
O Físico e Químico inglês Michael Faraday (1791-1867) descobriu que uma força
eletromotriz e uma corrente podem ser induzidas em uma espira, fazendo variar o fluxo
magnético que atravessa a espira.
Faraday percebeu que ao introduzir um imã em uma bobina esta acusava a presença de uma
corrente elétrica na mesma. Este fenómeno foi caracterizado qualitativamente e
quantitativamente e deu origem à Lei da Indução de Faraday, que se sintetiza como: “A
força eletromotriz induzida num circuito é diretamente proporcional à taxa de tempo de
variação do fluxo magnético através do circuito”.
𝑑ф𝐵
𝜀=−
𝑑𝑡
Este tipo de forno é constituído por um ou mais recipientes isolados termicamente, em torno
dos quais se constrói uma carcaça metálica dentro da qual se deposita a carga de trabalho. Em
comunicação direta com o recipiente há um canal construído na parte inferior, em forma
circular, cheio do material fundido da própria carga. No interior do mesmo são colocadas as
bobinas de indução envolvendo um núcleo magnético, submetido, em geral, por uma tensão à
frequência industrial.
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Figura 1- Corte transversal de um Forno de Indução à Canal
Este é constituído de um recipiente circular, isolado termicamente envolvido por uma bobina
de indução e dentro do qual se deposita o material de trabalho. Muito empregados na fusão
do cobre, bronze, aço inox e etc. Ao operar em baixas frequências provoca-se uma
movimentação intensa na massa fundida do metal, devido às forças eletrodinâmicas das
bobinas de indução, resultando num efeito benéfico ao processo, pois homogeneíza o banho.
Os fornos de indução de cadinho trabalham com várias frequências, desde 60 Hz, 180 Hz e
200 Hz, chamados de baixa frequência, e de 200 Hz até 10.000 Hz chamados de média
frequência. Os fornos de média frequência 200 a 10.000Hz são utilizados para fusão de
ferros, aços carbono e especiais, alumínio e suas ligas, cobre e suas ligas, ouro, prata e suas
ligas, ligas nobres, desde que bem dimensionados para cada caso. Estes fornos são adequados
quando se quer partir de carga sólida e quando se querem fundir vários tipos de ligas no
mesmo forno, desde que a sequência delas seja adequada para um mínimo de contaminação.
Por trabalhar acima da frequência da rede, necessitam de conversores de potência em sua
alimentação.
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Figura 2 - Corte transversal de um forno de Indução à Candinho
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Figura 3 - Ilustração do funcionamento simplificado dos fornos de indução
A temperatura máxima que o material no interior da bobina conseguirá alcançar vai depender
da quantidade de energia térmica gerada. A quantidade de energia térmica dependerá da
intensidade e da taxa de variação do campo magnético, que por sua vez será proporcional à
intensidade e a frequência da corrente elétrica na bobina.
Para se atingir a alta frequência desejada, é necessário que o forno de a indução possua um
circuito inversor de frequência associado a um circuito retificador, como ilustrado na figura
que se segue.
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Figura 4 - Esquema elétrico de um forno a Indução
7. Aplicações
Na indústria do processo de metais, os fornos de indução têm uma vasta gama de aplicações,
tais como:
7.2. Fusão
O processo de fusão por indução é frequentemente utilizado para derreter aço de alta
qualidade e ligas de metais não ferrosos que resulta em um fundido mais uniforme com maior
resistência;
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A indução é utilizada para curar revestimentos orgânicos, tais como tintas aplicadas em
superfícies metálicas. Por este meio, a cura ocorre de dentro para fora, minimizando a
tendência para a formação de defeitos de revestimento. Uma aplicação típica é a secagem da
tinta em folhas de metal;
8. Vantagens e Desvantagens
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As principais desvantagens são:
Investimento elevado;
Custo elevado de energia consumida;
Dificuldade de realização de operações com reação entre banho e escória.
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9. Conclusão
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10. Bibliografia
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