Livros - Os Servicos de Cafetaria e Copa
Livros - Os Servicos de Cafetaria e Copa
Livros - Os Servicos de Cafetaria e Copa
COLECÇÃO HOTELARIA
MANUAIS DE TÉCNICA PROFISSIONAL
V
EDICÃO DO AUTOR
LISBOA
Digitalização Vítor Gomes – Centro de Documentação para a Restauração – CDR – Abril 2007 - 1
Serviços de Cafetaria e Copa – Leite Júnior - Colecção de Hotelaria – Edição Autor - Lisboa 1970
COLECÇÃO HOTELARIA
MANUAIS DE TÉCNICA PROFISSIONAL
V
CAFETARIA E COPA
EDIÇÃO DO AUTOR
Depositário: O Sindicato Nacional dos Profissionais na Indústria Hoteleira e Similares do
Distrito de Lisboa
1970
ÍNDICE
I - A Cafetaria .
II- O Abastecimento da Cafetaria - Requisições
III - Copa.
IV - Trabalhos da Copa
V - Preparações de Cafetaria
VI - Cozinha dos Cafés a Cargo da Cafetaria .
VII - Organização do Trabalho na Cafetaria e Copa VIII - Solução dos Questionários
Índice Geral e Remissivo
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PREAMBULO
Todos os serviços e secções da hotelaria têm importância relativa, uns mais, outros
menos. Para muitas pessoas a cafetaria e copa, constituindo uma única secção, englobando
os dois serviços, é considerada de valor secundário. Tal não é, efectivamente. Além dos
serviços de apoio geral a outras secções cozinha e mesa a sua importância cresceu
modernamente.
Com a alteração profunda que se observa na constituição da clientela que frequenta
as unidades hoteleiras, em especial as localizadas nas grandes urbes, tornando o carácter
de hóspedes de passagem, o pequeno almoço subiu de categoria, substituindo com
frequência o almoço, exigindo por isso, ementa mais completa, até copiosa para muitos.
Neste caso, a cafetaria preenche uma função mais vasta e útil, contribuindo pelo seu
rendimento avultado, para o equilíbrio financeiro do respectivo estabelecimento.
A formação e aperfeiçoamento do pessoal de cafetaria e copa é uma necessidade
imperiosa, embora ainda não considerada nos esquemas do ensino profissional das escolas
hoteleiras.
O Autor pretende, com este trabalho, dar o seu contributo para a realização desse
objectivo, facilitando aos, profissionais desejosos de aperfeiçoar os seus conhecimentos os
elementos técnicos indispensáveis, ao mesmo tempo que os ajuda na preparação para o
respectivo exame de aptidão profissional a efectuar nos sindicatos ou nas escolas hoteleiras.
Para a elaboração deste manual incluímos e completamos os elementos específicos
incluídos no livro «O Serviço de Mesa, Balcão e Cafetaria» isolando assim a matéria de
maior interesse para as categorias do respectivo pessoal.
Não obstante a modéstia deste trabalho, estamos cientes de que nele se contém
indicações práticas de evidente utilidade para os responsáveis da direcção dos
estabelecimentos hoteleiros e similares.
O acolhimento da obra indicar-nos-á, se conseguimos, o nosso intento.
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I - A CAFETARIA
1) Importância da cafetaria
Esta secção preenche um lugar de relevo na exploração dos estabelecimentos da hotelaria e
similares, mais se acentuando com a difusão do sistema de hospedagem sem pensão, na
modalidade de alojamento e pequeno a1moço, excluindo desta forma as refeições principais
de almoço e jantar.
2) Fins da cafetaria
Destina-se a cafetaria a preparar e fornecer todos os elementos que constituem as
refeições do pequeno-almoço, o pão torrado e as bebidas quentes complementares das
restantes refeições, além de apoiar o serviço dos andares (room-servive).
3) Localização da cafetaria nos hotéis
Esta secção, que tem agregada uma copa, destinada à limpeza dos utensílios usados
nas refeições por ela fornecidas, funciona em local situado perto dos meios de acesso aos
andares (escada de serviço e monta comidas) e das salas das refeições, facilitando assim o
serviço e poupando esforços do respectivo pessoal.
4) Instalações e serviços da cafetaria
As instalações da cafetaria são maiores ou menores, segundo a natureza dos serviços
a fornecer e o tamanho e tipo de estabelecimento.
Pelos serviços que presta é uma secção importante do hotel, utilizando para isso um
fogão especial, por vezes dotado de banhos-maria encaixados, para o leite e outras
preparações - chocolates, cacaus, etc., para confeccionar as papas de flocos de aveia
(porrridges), farinhas dietéticas diversas, os ovos quentes e meio cozidos (à la coque),
estrelados, escalfados, omeletas e mexidos, as torradas, as sanduíches, o chocolate, o
cacau e outras combinações similares (Ovomaltine, Milo, Toddy, etc.); aqui se prepara o café
que, filtrado e conservado quente em recipientes especiais, é fornecido às várias secções e,
ainda, o café filtro, para servir directamente na mesa.
Sempre que num hotel funciona um «café» ou salão de chá, naturalmente a cafetaria
geral ou uma autónoma confecciona todas as preparações servidas nestes tipos de
estabelecimento.
Mais adiante serão especificadas as preparações correntes deste serviço.
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movimento;
Recipientes diversos para conservar ervas destinadas às infusões medicinais -lima,
camomila, cidreira, as variadas tília, lúcia-lima etc.).
1 Balança, de preferência automática, para pesagens de verificação das mercadorias
recebidas e das que a secção forneça;
Facas, de diversos tamanhos, para o corte de carnes, pão, etc;
Espátulas, também de vários tamanhos, para trabalhos ao fogão e na preparação de
sanduíches;
Conchas e escumadeiras, para cozinha e serviços de empratamento.
Colheres, de metal inoxidável e de pau, para diversos serviços;
Conchas; de tirar sorvetes, de várias capacidades para a «confecção» de «combinados»
frios;
1 Ou mais batedores eléctricos, para a preparação de «batidos»;
1 Máquina de espremer sumos, manual ou eléctrica, de preferência com centrifugador;
1 Armário frigorífico ou vários, para conservação de matérias-primas - leite para batidos,
chocolate, cacau, natas, «chantilly», manteigas e frutas;
1 Conservador de gelados, quando o fornecimento deste produto esteja a seu cargo;
7) Quadro da cafetaria
O pessoal da cafetaria, é constituída pelas profissionais previstas na Regulamenta da
Carteira Profissional: e nas convenções colectivas de trabalha em vigor. Assim, temos as
categorias:
Cafeteiro de 1.a e cafeteiro de 2.a que correspondem às funções respectivamente de:
Primeiro cafeteira e segundo cafeteira
Cuja definição e funções são as seguintes:
CAFETEIRO DE 1ª.
8) Definição
O cafeteiro de 1º é o profissional habilitado para o desempenho das funções técnicas de
primeiro cafeteiro nos estabelecimentos da indústria hoteleira e similares, podendo por isso,
desempenhar as funções de chefe do serviço de cafetaria.
9) Funções
São funções específicas do cafeteiro de 1ª, quando desempenhe as funções de primeiro
cafeteiro:
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II - O ABASTECIMENTO DA CAFETARIA
REQUISIÇÕES
19) Matérias-primas
A cafetaria, como já vimos, tem o fim de fornecer à mesa os produtos alimentares que
constituem a refeição do pequeno ou primeiro almoço e complementarmente as bebidas de
infusão com que se terminam as refeições de almoço e jantar.
Para que possa realizar este objectivo o pessoal da cafetaria tem de possuir, ao seu
dispor, as matérias-primas indispensáveis. Para adquirir os produtos tem de se dirigir ao
economato ou despensa e requisitá-los nesta secção.
20) Relação dos produtos de uma cafetaria pequena
Na cafetaria é necessário que existam, pelo menos, os seguintes artigos:
Leite - café - chá - chocolate - cacau - cevada
Pão pequeno, pão de forma
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Brioches, «croissants»
Manteiga. - Margarina vitaminada
Ovos - fiambre - «bacon» - queijos
Açúcar - doces de fruta, mel
Camomila, lúcia-lima, tília
21) Produtos de uma cafetaria grande
Porém, esta relação, que será suficiente para a maioria dos hotéis de 1 e 2 estrelas e
para as pensões em todas as suas classes, é demasiado pequena para os estabelecimentos
de luxo e de 1ª classe (5 e 4 estrelas), onde a qualidade da clientela tem exigências maiores,
que aliás paga generosamente.
Nestes estabelecimentos os serviços de cafetaria precisam de estar à altura das
responsabilidades, que turisticamente lhes são impostas pelas instâncias superiores e pela
necessidade de satisfazer os desejos dos seus hóspedes, a Esta dos produtos de cafetaria é
muito mais ampla. Aquela pequena lista alarga-se e apresenta-se como segue:
Leite corrente - leite pasteurizado - leite especial
Leite em pó, magro (Molico, Primor) leite em pó meio gordo - leite condensado
Natas - natas batidas «chantilly»)
Café moído, em pacotes - ,café em grão para moer
Café solúvel com e sem cafeína (Toia, Nescafé, Hag) - Cevada
Chá preto - chá verde - chá da China
Chocolate em pó e em barra - Cacau
Farinhas preparadas (Ovomaltine, Toddy, Milo, etc.)
Farinha Maizena - farinha de arroz
Flocos de aveia simples - ,flocos de cocção rápida
Flocos de cereais (corn-flakes, rice-crispies, etc.)
Ervas para infusões: .Abacate - Aniz - Camomila (marcela) - Cidreira - Lúcia-lima
(limonete ou verbena) - Tília, hortelã-pimenta, etc.
Pão pequeno (carcaça), pão de forma, pão integral Brioches –
«Croissants» - bolo inglês (cake) – bolos secos e Amor
Bolacha de água-e-sal- Bolacha Maria – Bolacha baunilha «wafer»
Doces de frutas sortidas (alperche, ginja, morango, pêssego, etc.) –
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Director
III - COPA
25) Função da copa
É esta a secção ou sector de serviço destinado à execução da limpeza dos utensílios
usados no fornecimento das refeições: loiças e copos da mesa e as travessas e outro
material de cozinha empregado no empratamento das iguarias quentes e frias.
26) A copa como anexo das salas de refeições
O serviço da sala não pode fazer-se convenientemente, sem que tenha a apoiá-lo
uma copa organizada de modo a facilitar o trabalho do respectivo pessoal.
A copa deve por isso achar-se ligada directamente à sala de jantar ou de restaurante por
porta dupla, geralmente com mola amortecedora e indicativos de entrada e de saída, e serve
de anteparo aos ruídos e, sobretudo, aos cheiros da cozinha, se esta for mal ventilada.
O sentido único na entrada e saída do pessoal é de rigor, para evitar choques, quebras e
possíveis ferimentos.
Nesta dependência se instala a arrecadação dos materiais ou utensílios do serviço das
refeições e dos que se destinam à limpeza das salas. Prateleiras em grande número para a
arrumação de vidraria e loiças; recipientes e mesas para a colocação, escolha e transporte
dos utensílios sujos para sectores separados dá lavagem de loiças, vidros, talheres e
material de empratamento; lavadouros de tanques duplos e água corrente e fria e, para as
loiças, tanque aquecido a gás ou electricidade para !a sua esterilização e fácil secagem,
quase sem o emprego de pano.
A mecanização da copa começou a fazer-se entre nós, com a introdução corrente de
máquinas de lavar loiças, de lavar copos e de polimento do material metálico: travessas,
pratos de serviço; utensílios de cafetaria e talheres; aparelhagem que abrevia o trabalho,
facilita a limpeza dos locais e realçam o ambiente, exigindo menos pessoal.
É ainda nesta dependência que se instala o recipiente (cesto ou caixa) destinado à
recolha da roupa suja da sala.
Recipientes diversos para os restos, lixo e partidos (copos e loiças) com disposição para
se conservarem fechados, evitando os maus cheiros e a atracção das moscas e outros
insectos.
27) Garrafeira do dia
Para economia de espaço e de pessoal é corrente instalar-se num sector da copa o
balcão da garrafeira do dia, destinado ao fornecimento à mesa dos vinhos e outras bebidas e
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profissional que, sob a orientação dos copeiros se ocupam dos trabalhos de lavagem e
asseio dos utensílios de mesa e cozinha e executam as operações de remoção dos restos e
lixos, limpeza de paredes e lavagem dos pavimentos.
QUESTIONÁRIO Nº 3
1." Qual o !fim da instalação de copas nos estabelecimentos hoteleiros e similares?
2." Onde se acha localizada a copa?
3." Qual é a arrecadação que geralmente se instala na copa?
4." Quais são as máquinas, que começam a ser instaladas nos estabelecimentos?
5." Quais os fins que as empresas pretendem alcançar com a instalação das máquinas de
lavar loiças, talheres e vidraria?
6." Onde são deitados os restos dos pratos antes, de se proceder à sua lavagem manual ou
mecânica?
7." O que entende por garrafeira do dia?
8." Que serviços presta este sector da copa ao pessoal da mesa?
9." Quais são as funções dos copeiros?
10." Que diferença de trabalho nota entre a função dum segundo cafeteiro e um auxiliar de
copa?
IV - TRABALHOS DA COPA
40) Fins da Copa
Destinando-se a copa a executar a limpeza dos copos e loiças do serviço de mesa e das
travessas e outro material de cozinha utilizado no empratamento das iguarias, é óbvio que o
pessoal deste serviço deve saber a maneira de proceder, de modo a realizar trabalho bem
feito e rapidamente, observando, por isso, as regras de higiene exigidas pelas autoridades
que pontificam nas questões da saúde pública.
41) Limpeza dos copos
Os copos, que podem ser de vários formatos, devem ser lavados, enxaguados e limpos.
Estas três operações são efectuadas à mão ou em máquina apropriada. Na maioria dos
estabelecimentos este trabalho é inteiramente manual.
Eis a maneira de proceder:
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2. Num tanque ou outro recipiente destinado à vidraria, deita se a água julgada necessária,
até 10 a 15 cms de altura pelo menos, que deverá ser bastante quente. Junta-se à água uma
pequena quantidade de detergente líquido ou em pó, agita-se para o dissolver e formar
bastante espuma;
3. Colocam-se alguns copos na água preparada (2) e à mão, ou melhor, com pequena
esponja u esfregão macio, lavam-se, um a um, tendo especial cuidado para não produzir
quebras ou o esburacamento dos rebordos;
4. Noutro tanque ou recipiente, contendo água limpa e mais quente, ou, melhor ainda,
debaixo de jacto de água corrente produzido por torneira destinada a este fim, possivelmente
misturadora, à qual deve ser adaptado um chuveiro de borracha, enxaguam-se os copos,
depois de terem sido lavados e desengordurados na mistura anterior, agora com o fim de
lhes retirar quaisquer vestígios de detergente e assegurar a sua limpeza completa,
colocando-os a seguir emborcados sobre escorredouro especial ou grade, e assim facilitar o
enxugamento;
5. Com pano, alinhado e absorvente, que não largue fios, limpam-se os copos ainda
levemente húmidos. Este trabalho deverá fazer-se de modo a evitar que se partam e
possíveis ferimentos resultantes;
6. O limpar dos copos deverá ser feito deste modo: Toma-se o copo com a mão direita,
enquanto se agarra o pano com a mão esquerda. Coloca-se o pé ou fundo do copo sobre .o
pano assente ma palma, da mão esquerda, segura-se firmemente com os dedos (da mão
esquerda) e um a mão direita, enche-se o copo com a parte livre do, pano e aperta-se com o
polegar da mão direita para, com movimento de rotação do copo, feito com as duas mãos em
sentido contrário - a mão esquerda girando para a esquerda e a direita movimentando-se
para a direita - comprimindo .o pano, ao de leve, contra as suas paredes, se limpar o copo.
Sem lhe agarrar directamente com os dedos ou segurando-o pelo pé ou fundo, dispõe-se o
copo em bandeja para seu transporte, forrada com pano para evitar o deslize ou coloca-se
na prateleira dos copos limpos;
7. Os copos que tenham servido a ovos quentes ou em gemadas - devem ser lavados em
água fria directamente à torneira. A água quente reforça a consistência dos restos de clara de
ovo e deixam um cheiro desagradável, enjoativo a comprovar terem sido mal lavados.
8. Os copos servidos a leite ou de bebidas em que entre como elemento básico - pingados,
galões, etc. devem ser lavados ou em água separada mais quente e com mais detergente ou
no final dos demais, com mais cautela. No restante tratam-se como os restantes copos.
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Deve o pessoal de copa ter em atenção que os copos precisam de ficar perfeitamente
limpos, embora os empregados de sala os passem a pano fino antes do serviço, para os polir
e assegurarem a sua limpidez. Porém, durante o curso das refeições, não é permitido limpar
os copos diante dos clientes, o que obriga o pessoal da copa a usar do maior cuidado no
asseio e apresentação destes objectos.
Aliás, as loiças, também, devem ser tratadas cautelosamente por razões óbvias.
42) Jarros e garrafas para águia
Estes utensílios, de largo emprego sobretudo nos estabelecimentos mais modestos em
que o cliente utiliza pouco a água engarrafada, criam um depósito calcário de mau aspecto.
Limpam-se facilmente, tirando-lhes esse calcário, lavando-as com uma mistura de vinagre
e sal grosso, enxaguando-as a seguir com água limpa abundante.
43) Limpeza das loiças para a mesa
Semelhantemente ao indicado para os copos, as loiças de mesa utilizadas no serviço de
pratos de cozinha, portanto com gordura, devem ser lavados em água bem quente, a que se
adicionou detergente líquido ou em pó, em maior quantidade, passando-os a seguir por água
muito quente, para perfeita limpeza e facilitar o seu enxugamento, feito com pano de sarja
absorvente. Arrumam-se no lugar próprio devidamente empilhadas por tamanhos, prontos
para transporte ou arrumação.
Ao enxugar ou limpar os pratos podem ser pegados três ou quatro de cada vez, mas o
seu manuseamento deve ser cuidadoso para evitar o choque entre si e o inevitável
esbocelamento. Neste caso, com a mão esquerda a segurar o pano, apertam-se os 3 ou 4
pratos, sempre do mesmo tamanho, entre os dedos polegar e indicador e apoiados nos
restantes, enquanto que, com a mão direita, se limpa a parte superior do de cima e o fundo
do de baixo; a seguir passa-se o de cima para baixo, voltando a ser limpa a parte de cima e a
de baixo, prosseguindo assim, sucessivamente, até ficarem todos <limpos nas duas faces.
Colocam-se na rima e renova-se a operação.
As máquinas de lavar loiça poupam muitos esforços ao pessoal e consequentemente o
número de trabalhadores.
Tanto na lavagem manual como na mecânica, as loiças - pratos e travessas - devem ser
prévia e cuidadosamente libertados dos restos, para o que se usa um raspador de madeira,
em forma de pá espátula, evitando o emprego das mãos. Os restos são deitados em
recipiente apropriado, para serem utilizados, eventualmente, na alimentação de animais.
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efeito de limpeza é produzido por uma reacção química de natureza eléctrica, inversa do
prateamento.
Cuidado! Não se deve deixar o material muito tempo em imersão no líquido, porque
acabaria por lhe tirar toda a capa de liga de prata que o cobre, inutilizando-o.
Como se depreende, esta operação é rápida e deixa os talheres e outro material
perfeitamente limpo e desinfectado.
48) limpeza dos móveis, pavimentos e paredes, os móveis da copa, geralmente com
tampo metálico ou pedra mármore ou revestidos de fórmica ou material idêntico, deverão ser
lavados convenientemente e enxutos no fim de cada refeição. Use-se para isso, balde com
água quente a que se tenha adicionado detergente. As partes metálicas ganham em ser bem
enxugadas e polidas.
As máquinas de lavar :loiça, de copos e de brunir devem ser lavadas todos os dias, de
harmonia com as instruções de cada fabricante.
O pavimento da copa e da cafetaria devem andar o máximo possível limpos, para o que
há necessidade de o lavar com frequência e não somente no fim do dia ou das principais
refeições. Um pouco de água ou outro líquido que se derrame, se apanhado logo, evita que
se espalhe e sirva de veículo criador de sujidades e seu espalhamento com o calçado do
pessoal da secção e da mesa.
No fim de cada refeição deverá, porém, todo o chão ser lavado ou simplesmente passado
a pano, segundo o grau de asseio em que se encontre.
As paredes da cafetaria e copa devem ser lavadas periodicamente; uma vez por semana
na parte de contacto de serviço - 2 metros de altura - e, mensalmente, na parte superior.
Os tectos poderão ser lavados, de três em três meses ou no fim da época quando se trate
de estabelecimentos de laboração estacional
49) Recolha dos lixos
O lixo produzido na cafetaria e na copa, proveniente dos detritos e limpezas da
secção, bem como os restos dos pratos e travessas, deverão ser retirados no fim de cada
refeição, para o local a esse fim destinado, despejando-os nos recipientes de recolha. Os
recipientes do lixo e restos deverão ser lavados antes de voltarem para o seu lugar na
cafetaria e copa. Os destinados ao lixo poderão, com vantagem, ser forrados com papel
especial ou de jornal ou, melhor ainda, usando sacos próprios ajustáveis, que facilitem o
esvaziamento e recolha.
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Serviços finais
No fim de cada refeição há sempre material em atraso, proveniente dos clientes da
última hora, banquetes e outros serviços extraordinários. Deve procurar-se que tudo fique
lavado e em ordem; quando tal não seja possível, por termo do trabalho, deverá dar-se
arrumação conveniente, no menor espaço.
O último empregado deverá ainda verificar o fecho das torneiras, gás e electricidade,
apagar as luzes e, segundo as regras de casa, fechar a secção.
QUESTIONÁRIO Nº 4
Leia de novo, e com atenção, este capítulo e responda às perguntas seguintes:
1. Quais são as regras a seguir pelo pessoal de copa na execução dos seus trabalhos?
2. Quantas e quais São as operações do trabalho de limpeza dos copos?
3. Por que razão os copos depois de lavados devem ser enxaguados?
4. Quais os requisitos do pano para limpar os copos?
5. Como procede para a lavagem e enxugamento do material de cozinha?
6. Como se chama a máquina destinada a polir o material metálico da cozinha, mesa e
cafetaria?
7. Explique como se lavam os jarros para água.
8. Como se faz o transporte dos copos?
9. Como executa a limpeza dos talheres prateados?
10. Quando se procede ao despejo do lixo e às várias limpezas periódicas da cafetaria e
copa?
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São bastante numerosas as casas, que em todo o País se dedicam à preparação de café
para venda, efectuando as operações de torra e de mistura dos diversos tipos e qualidades,
por forma a criarem as diversas combinações, de harmonia com os gostos do consumidor.
Assim, são criados os diversos «lotes», com preços correspondentes e ainda os de baixa
qU8!lidade, que incluem além de café, cevada, chicória, etc.
Para os estabelecimentos da hotelaria e similares é preparado o lote especial, destinado à
confecção do infuso para serviço à chávena, correspondendo a uma selecção de qualidade a
preço médio, permitindo custo compatível com o preço de venda, sujeito a contenção oficial.
56) Preparação do café
Para que o café a servir possua as qualidades que caracterizam um bom café, que tanto
pode concorrer para o prestígio do estabelecimento e mantenha a corrente de clientes,
garantia da estabilidade da exploração, devem observar-se alguns princípios, aliás simples:
1. Consultar os técnicos da cada fornecedora, também interessada no bom-nome do café,
sobre o melhor processo de preparar a bebida e a maneira de extrair o máximo a oferecer ao
público e corresponda às suas preferências;
2. A máquina de fazer café deve estar absolutamente limpa. Deve ser lavada e esfregada
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convenientemente; duas ou mais vezes por dia, para evitar que a gordura natural do café se
deposite e racinfique. Nunca empregar detergentes ou sabão no interior dos depósitos;
3. A água deve estar à temperatura de fervura, entre 95 a 100 gramas centígrados. Não deve
ser água velha, fervida durante muito tempo, mas sim, água nova elevada à temperatura
apropriada;
4. A água deve ser medida e o café pesado. Nada de medidas e pesos a olho;
5. O café deve ser servido muito quente. Café morno perde quase todas as suas qualidades;
6. A grossura do café é muito importante, deve ser ajustada à qualidade que se pretenda. O
café grosso dá pouca cor e não permite que rapidamente se desprendam os produtos
contidos no pó. De preferência usa-se o café fino.
Convém lembrar que os latinos preferem o café forte, muito negro, enquanto que os
anglo-saxões preferem o café mais claro, aberto, menos encorpado. Como acompanhamento
os ingleses usam um pouco de leite, enquanto que os americanos preferem um pouco de
nata ligeira, de forma a não possuir muita gordura, 15 a 20 % apenas.
O café expresso, feito geralmente ao balcão, segue idênticos princípios de preparo.
57) Café - suas preparações
Café é o nome dado ao infuso do café moído, seja qual for o processo da sua confecção.
Geralmente é servido em copo pequeno ou em chávena. O café servido em chávena fina tem
mais classe e por isso é a única forma de o servir nas casas de elevada categoria.
Mas o café serve-se sob várias formas, tomando várias designações que constituem a
gíria corrente, bastante divulgada:
Café de cevada: infuso de cevada torrada e moída, servindo da mesma forma que o
verdadeiro café do qual é substituto. Usado pelas pessoas a quem é vedado o uso de café;
59
Café de saco: processo de confecção do café, utilizando para filtrar ou coar o saco de
pano, metido na máquina de café, de interior em porcelana mantido num banho-maria
formado pelo depósito de água exterior. Está a cair em desuso, utilizando-se, porém, para as
grandes quantidades a fornecer, como seja aos pequenos almoços dos grandes
estabelecimentos hoteleiros.
Não obstante a excelência do café expresso, quando feito Com a quantidade suficiente
do pó de café, continuam a existir clientes que não prescindem do café de saco e, por outro
lado, estabelecimentos existem, amigos da tradição e menos fervorosos no lucro, que
continuam fiéis a este processo de fazer café;
Café expresso: preparação rápida do infuso em máquinas especiais, sob pressão de
vapor gerado no próprio aparelho, permitindo a confecção individual, no momento do pedido,
garantindo café sempre fresco e eliminação de desperdícios. Sob a acção forçada e
temperatura certa 90 a 95 graus - é produzido café que se apresenta .com ,espuma cremosa.
.Daí resultou chama-se-lhe, também" «café creme».
O café expresso é, actualmente, o processo mais em voga nos estabelecimentos de café,
pois é muito mais económico que o antigo sistema do filtro de «saco»: 10 a 12 grs de café
para este e 5 a 6 grs para o expresso;
Café de filtro: café preparado em aparelho denominado filtro, constituído pelo «filtro»
propriamente dito - recipiente metálico, ,com coador fino e um copo com suporte. Deitada a
quantidade necessária de café no filtro, adicionar-se-lhe água a ferver, coloca-se a tampa e
dispõe-se num prato próprio ou pires, no qual é servido ao cliente, acabando de infusar e
coar na mesa. Acompanha um pires para o cliente depor o filtro, ficando com o copo diante
de si, pelo qual se servirá, para tomar o seu café;
Café misto: café pequeno, resultante da mistura de café e de infuso de cevada em partes
iguais;
Café sem cafeína ou café (descafeinado: extracto solúvel de café a que foi retirada toda a
cafeína, para eliminar os efeitos perniciosos deste alcalóide.
Serve-se levando para a mesa a respectiva lata, ou porção individual, acompanhado
duma caneca pequena (carioca) com água quente, a ferver. Na mesa, o empregado deita a
porção do café na chávena, junta-lhe o açúcar conforme o gosto do cliente (ou este serve-se)
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grandes bules, de 2 a 5 litros, sendo necessário retirar as folhas logo que a infusão tenha
atingido o seu termo, para evitar se transmita à bebida o gosto acre das folhas, que
prejudicaria o chá;
6. Os utensílios de preparação do chá devem conservar-se perfeitamente limpos, não se
usando sabão, que neles deixaria péssimo gosto;
7. Finalmente, nunca se devem juntar folhas novas a um chá feito; ias folhas usadas devem
ser retiradas e não utilizadas; nunca deitar a água a um chá que já tenha infusado, embora
seja muito usado esse sistema, com a água de carioca que acompanha o chá para. O
enfraquecer na chávena e não no bule.
61) Preparações de chá
Chá - normal: infusão de folhas de chá, preto, verde ou misto (Índia ou china), preparado
e servido em bule. As várias infusões de ervas, usadas como calmantes, estimulantes e anti-
espamódicas, etc., designam-se, correntemente por chá: chá de tília, camomila, lúcia-lima,
limão, aniz, etc.
Chá - serviço: combinação de bule com chá, caneca com água quente (carioca) e uma
leiteira pequena com leite frio;
Chá à alemã: chá normal, acompanhado de limão às rodelas, a substituir o leite;
Chá à inglesa: chá forte, levando o dobro das folhas do chá normal, acompanhado de
água quente e leite frio, de preferência leite cru;
Chá gelado: chá com açúcar, batido com gelo, servido em copo;
Chá gelado à americana: chá quente deitado num copo grande, cheio a ¾ de cubos de gelo,
açúcar e roda de limão.
62) Preparações de cacau
No serviço de cafetaria, designa-se por cacau o produto da ligação do cacau em pó com
leite, quente ou frio.
Cacau - serviço: leiteira com cacau dissolvido em leite, na proporção de 30 grs para2,5
dls, por pessoa. Nas leitarias e alguns «cafés» é servido em copo.
63) Preparações de chocolate
à mistura de cacau em pó com açúcar dá-se o nome de chocolate, que se pode
apresentar em pó ou em pasta.
Chocolate - normal: é a dissolução e ligação com leite, a quente, ou chocolate em pó ou
em pasta, uma proporção de 30 grs por cada 2,5 dls de leite. Serve-se em leiteira,
acompanhado de leiteira pequena com leite quente. Em alguns estabelecimentos de café e
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Carioca de limão: copo pequeno ou chávena de chá com casca fina de limão e água a
ferver, acompanhado de açúcar;
«Ice cream soda» (lê-se aice crime souda) é uma bola de sorvete (sabor a escolher pelo
cliente), posto em copo de refresco (3 dls), com salpico de groselha e ¼ de garrafa de água
gasosa, deitada aos poucos e a mistura batida com colher, diante do conviva;
Limãozinho: o mesmo que carioca de limão;
Masagran um copo grande, de refresco, com um terço de café frio e os restantes dois
terços de água fria, açúcar ou não, gelo e uma rodela de limão. Pode ser batido, no «shaker»
ou na batedeira eléctrica;
Papo-seco é, no Norte, copo de água fria, casca de açúcar ou não, gelo e uma rodela de
limão;
Também se dá esta designação a um pão pequeno, carcaça no Sul, e que, no Norte,
também é conhecido por molete;
Pneu é o noite dado, no Norte, a um copo de água fria adicionada de café e roda de
limão, com ou sem açúcar. No Sul, pneu é copo de água fria, cálice de bagaço, roda de limão
e açúcar.
67) Sanduíches
Atribui a 1enda ao Conde de Sanduíche, Edward Montagu (1625-1672) a invenção do
preparo que ficou conhecido pelo seu nome: sanduíche. Não tendo paciência nem tempo
para estar longamente à mesa, resolveu o seu problema alimentar, intercalando uma fatia de
carne entre duas de pão. Hoje a confecção das sanduíches é muito mais fina e variada, com
a aplicação de diversos recheios, simples ou compostos, e formas sortidas, abertas ou em
canapés (tapas).
Não esquecer, que o pão a utilizar nas sanduíches pode ser o de forma, sistema mais
corrente, as carcaças de uso diário às refeições, o pão integral, os pães meio doces '" os
bolos de massa fofa sem açúcar.
A manteiga a estender, geralmente com espátula pequena, deve ter consistência mole,
para facilitar a sua estendidura mas nunca derretida, pois ensoparia o pão. A manteiga
desempenha a função dum leve isolador, para evitar que o recheio seque rapidamente,
dando-lhe, ao mesmo tempo, um certo aveludado sensível ao paladar. As sanduíches mais
correntes são as feitas com fiambre, queijo, presunto, pasta de fígado.
A quantidade de recheio para cada sanduíche é de 20 grs. para as feitas em pão de forma
e 15 grs. para as de carcaças.
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Bifana é uma sanduíche quente, preparada como o «prego», utilizando, porém, carne de
porco, posta durante algum tempo a marinar no tempero «vinho de alhos».
Cachorro é a «bifana», em que a carne de porco, é substituída por uma salsicha, tipo
Frankfurt, grande ou pequena, inteira ou aberta e aqueci da na «chapa» do fogão ou frita.
Usar manteiga fortemente amostardada.
70) Torradas
A torrada, dita normal, é constituída por duas fatias de pão de forma, de 1 a 1,5 cm de
espessura, aloiradas na grelha de ambos os lados e barradas com manteiga, também nas
duas faces e, depois, cortada em 3, formando 6 palitos.
Serve-se em prato, forrado de naperão ou guardanapo de papel.
Na feitura de torradas deve procurar-se, salvo indicação em contrário, que fiquem loiras,
dum acastanhado muito claro, por toda a superfície, sem queimar, mantendo uma certa
humidade interna, de forma a ficarem fofas e quebradiças. Para tanto, devem ser cortadas
não muito finas 1,2 a 1,5 cms e torradas a fogo forte para que torrem, sem queimar,
conservando a referida moleza interior. A torra a fogo lento, não cora e seca o pão
totalmente, tornando-as duras e pouco agradáveis.
Ainda se emprega o pão escuro ou integral para certas preparações ou em regimes
dietéticos.
Torrada especial é formada de 3 fatias mais finas, cortadas em 3 e formando assim 9
palitos.
Torrada Melba é constituida por fatias finas de pão de forma ou de carcaça (1h em de
espessura), bem aloiradas, de modo a ficarem quebradiças, destinadas a servirem de
complemento do pão na hora das refeições.
Torrada seca é a torrada normal, cortada em triângulo, sem ser barrada com a manteiga.
Serve-se do mesmo modo em prato forrado de naperão ou guardanapo de papel.
O empregado de mesa serve a manteiga à parte.
71) «Porridge» ou Papas de flocos de aveia
É uma preparação bastante usada pela clientela nórdica, especialmente pelos ingleses.
Pode ter-se já pronta, para ser servida, sem demora, à medida que é pedida.
A preparação é fácil: para 1 litro de água, juntam-se 15 grs. de sal e 150 a 200 grs. de
flocos.
Deixa-se ferver a água com o sal. Estando a ferver deitam-se os flocos em chuva e mexe-
se constantemente até começar a criar corpo. Deixa-se cozer durante 20 minutos, mexendo
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carne.
81) Ovos estrelados a cavalo «<ceufs sur le plat à cheval» - «Fried eggs on
horsebacb»
São os ovos confeccionados na frigideira de ferro e transferidos para cima de bifes,
tornedós, torradas, etc.
82) Ovos estrelados à americana «<ceufs ou plat à I'américaine» - «friedeggs
American style»)
Preparam-se os ovos pelo processo indicado (80), com fiambre. Guarnecem-se com
rodelas de tomate, colocadas em -volta.
83) Ovos estrelados à inglesa «oeufs au plat à I'anglaise» - «bacon and eggs»)
Preparam-se os ovos pelo processo indicado com fiambre (80), substituindo este por
fatias de toucinho entremeado e fumado (bacon) e frito.
84) Ovos mexidos «oeufs brouillés» - «Scrambled eggs»)
Empregam-se 2 ou 3 ovos. No serviço à lista, em restaurante, utilizam-se 3.
A preparação dos ovos mexidos é das mais difíceis de r€aJ1izar com perfeição, tudo
dependendo da maneira como cozem. Deverão ficar macios, meio passado, feitos a fogo
lento ou em banho-maria.
Preparação. Deitar na frigideira (de ferro) 10 grs de manteiga. Enquanto derrete, batem-se
os ovos, temperam-se com sal e pimenta e deitam-se na frigideira, sobre a manteiga quente.
Mexem-se com varas, espátula ou simples garfo, de forma a ficarem em creme. Retiram-
se para fora do lume e acrescentam-se mais 10 grs de manteiga em pequenos bocados e
continuam a mexer. Os ovos mexidos ficam mais saborosos quando forem feitos com
manteiga clarificada.
Servem-se em prato aquecido, não em demasia, ou sobre torrada meio grossa, ou ainda
em tigelinhas de metal ou pirex.
Os ovos mexidos servem-se sós ou como acompanhamento de bifes, à guisa de
guarnição.
85) Ovos mexidos com fiambre «<oeufs brouillés ou jombon» - «scrombled eggs
with ham»)
São os ovos mexidos simples, adicionados de fiambre cortado em dados, aquecido ou
salteado, em manteiga e incorporado nos ovos enquanto se mexem, ou colocado em cima
dos ovos e misturado pelo cliente, enquanto come.
Semelhantemente se preparam os ovos mexidos com presunto ou qualquer outra carne
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apropriada.
86) Ovos mexidos à portuguesa «Oeufs brouillés à Ia portugaise» - «Portuguese
scrambled eggs»)
Partir os ovos, batê-los e juntar-lhes duas colheres de sopa de tomate picado
(concassée), temperar com sal e pimenta encarnada (caseína). Derretem-se 10 grs de
manteiga, junta-se-lhe os ovos com o tomate. Mexer sem parar até que a mistura engrosse
sem «pegar» ao fundo.
Logo que estejam prontos passam-se para a travessa ou prato de serviço, guarnecidos
com dados de pão frito numa mistura de manteiga e Óleo de amendoim ou azeite fino.
87) Omeletas «omelette» - «omelet» ou «omelette»)
Empregam-se 2 ou 3 ovos. Na omeleta à lista utilizam-se 3.
Preparação. Batem-se os ovos e temperam-se com sal e, possive1mente, um pouco
de pimenta (de moinho); deitam-se 10 grs de manteiga na frigideira própria (reservada
sempre para este fim) e põe-se ao lume. Em estando quente a manteiga deitam-se os - ovos
batidos. Mexe-se lentamente com um garfo Ou colher de pau, parando de mexer logo que
tomem consistência e sem que enxuguem. Levantam-se as pontas do lado do executante e
enrola-se com a ajuda de espátula ou à mão protegida com pano limpo. O sacudir da
frigideira, profissionalmente feito, permite a realização da omeleta de forma alongada, lisa e
bem apresentada.
A omeleta deverá ficar mal passada, com a massa interior de aspecto suave e mole, sem
contudo ficar a escorrer o que daria mau aspecto e mau sabor. Bem passada só quando
assim for recomendada.
O bater dos ovos tem grande influência na qualidade da omeleta. Devem ser bem batidos
mas não em demasia.
As omeletas para 2 pessoas levam geralmente só 5 ovos.
Não se deve exceder esta quantidade e tamanho, sendo preferível fazer omeletas
individuais, sempre que o número de pessoas a servir exceda 2.
A frigideira para executar omeletas deve ser unicamente reservada para este fim,
ciosamente cuidada, limpa e conservada.
88) Omeleta simples «<omelette nature» - «plain omelet»
Prepara-se na forma indicada (87). Serve-se em travessa ou directamente no prato de
serviço.
89) Omeleta à americana «omelette à I'américaine» - «omelet American style»)
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Omeleta a que se juntou um pouco de salsa picada e guarnecida com rodelas de tomate frito
e fatias fritas de toucinho entremeado (bacon) dispostas intervaladamente.
90) Omeleta clom ervas finas «<omelette aux fines herbes» - «omelette with fine herbs»)
Omeleta a que se juntou salsa e cerefólio, picados e misturados nos ovos batidos.
Na maioria dos casos preparam esta omeleta só com salsa picada.
A salsa deverá ser picada no momento, para conservar todo o seu perfume e sabor.
91) Omeleta de fiambre «<omelette au iambon» - «omelette with ham» ou «ham
omelette»)
Ê uma omeleta na qual foram incorporados dado8 de fiambre previamente aquecidos na
manteiga, antes de se deitarem os ovos na frigideira.
De igual modo se prepara a omeleta de pre8unto ou qualquer outra carne.
92) Omeleta à portuguesa «omelette à Ia portugaise» - «omelet Portugu,ese
style»)
Prepara-se a omeleta (87), fende-se e recheia-se com dados pequenos de tomate,
cebola, alho e salsa, tudo salteado.
93) Omeleta de queijo «omelette au fromage» «omelet with cheese»)
Ê uma omeleta na qual foram incorporados dados de queijo, tipo parmesão ou tipo
flamengo, ou daquele de que se disponha, ou então fendida ao comprido e polvilhada,
abundantemente, com queijo ralado.
94) Tortilha «omelette plate» - «flat omelet»)
As tortilhas, são preparadas do mesmo modo que as omeletas, não sendo, porém,
enroladas, formando pastelão.
Ao cozer, quando os ovos tomarem consistência, deixa-se de mexer, levam-se ao forno a
passar um pouco. Volta-se a tortilha, para ficar aloirada de ambos os lados.
As preparações das omeletas e dos ovos mexidos são aplicáveis às tortilhas.
95) Tortilha à espanhola «omelette à I'espagnole» - «spanish omelet»)
Faz-se um puxado em manteiga com cebola em meias luas, batata cozida, chouriço em
rodelas, lâminas de fiambre e pimentos morrones às tiras.
Juntam-se os ovos batidos e temperados, mexe-se e completa-se a tortilha. Decora-se
com pimentos morrones cortados em tiras.
96) Doses de ovos
A quantidade de ovos a aplicar, salvo indicação especial, ou segundo o sistema adoptado
no estabelecimento ou ainda de acordo Com o pedido do cliente é o seguinte:
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Ê o bife, cortado em fatia mais grossa que o normal, temperado com sal e pimenta.
Prepara-se na grelha, mal passado. Manteiga mordomo em cima de rodela de limão, e
guarnece-se de batatas fritas ou cozidas, quando o cliente as preferir.
102) Bife grelhado ao minuto
Bife de vazia de vaca, cortado fino, grelhado rapidamente, mais passado ou meio termo.
Serve-se em prato bem quente. Guarnece-se como o bife grelhado normal.
103) Bife picado à hamburguesa
Ê fatia de carne, picada com faca ou passada pela máquina de picados, temperada
com sal, pimenta, noz-moscada, adicionada de ovo e cebola refogada. Dá-se-lhe a forma
redonda, salteia-se em manteiga, adicionando algum molho de carne «demi-glace»). Serve-
se guarnecido com cebola frita e, a pedido, batata frita. Por vezes dispõe-se 1 peça de ovo
estrelado a cavalo, isto é, em cima. Também, pode servir-se grelhado.
104) - Bife à Marrere
Ê o bife de café, feito de preferência com carne de lombo de vaca, em frigideira de
barro ou de ferro. Os salpicas de água são substituídos por deite completo e sumo de limão.
Serve-se na frigideira de barro ou em prato aquecido, rodeado de batatas cozidas ou fritas
se o cliente preferir estas.
105) Bife à portuguesa
É prato característico da nossa cozinha. Prepara-se na frigideira de ferro, até corar,
temperado de sal e pimenta, com banha, azeite ou manteiga. Passa-se para a frigideira de
barro, com alho e louro, onde acaba de passar. Dispõe-se uma fatia de presunto em cima,
guarnece-se com batata cozida, cortada às rodas, colocadas em volta e polvilhadas com
salsa, salpica-se com vinho branco e vinagre e serve-se na frigideira, a ferver, ou no prato, se
o cliente preferir.
Na falta de presunto, aplica-se fiambre. A pedido do conviva, as batatas podem ser fritas
ou salteadas, só em manteiga ou no próprio molho.
106) Carnes frias
Carnes frias sortidas é, nos «cafés», uma combinação de carnes de salsicharia, para
servir como prato completo, que consiste geralmente de:
Fiambre - 1 fatia com cerca de 20 grs;
Presunto -1 fatia com cerca de 15 grs;
Paio de lombo - 2 rodelas ,com cerca de 20 grs;
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1.° Inventariar os serviços que devam \Ser executados em cara hora de funcionamento;
2.º Colocar cada profissional no exercício efectivo das suas funções principais e
complementares, para execução dos serviços habituais e prováveis consequentemente,
3.° Fixar para cada empregado, no mapa do horário, o início e termo do respectivo período
de trabalho, dentro dos limites legais ou se achem estabelecidos no contrato colectivo de
trabalho, em vigor na ocasião;
4. O Acompanhar experimentalmente a execução dos serviços, anotando as falhas que
verifique, para as corrigir, se impossível no momento, sem contudo fazer quaisquer
rectificações no mapa do horário oficial aprovado e afixado.
Com os elementos assim obtidos poderá elaborar um mapa escala, no qual o pesso8!l da
secção será distribuído, funcionalmente, permitindo a cada um saber, de antemão, o lugar
que deverá ocupar e, harmonicamente, possibilitando o «andamento» dos serviços sem
atropelos nem atrapalhação.
112) Registos de alteração ao horário de trabalho
Compete ao chefe efectuar o registo, no livro próprio, de todas as alterações do horário de
trabalho, sempre que tal livro exista na sua secção, quer sejam acidentais, quer definitivas,
incluindo as de prolongamento de trabalho para além do seu termo ou para antes do seu
início, sem esquecer que do respectivo assento, sempre datado, devem constar as razões
justificativas do prolongamento registado. Anote-se, que os prolongamentos devem ser
levados ao conhecimento da Direcção do estabelecimento, que naturalmente rubricará o
assento e pode determinar providências para os evitar.
Lembra-se, também, que as suspensões do descanso semanal, além do seu pagamento
em dobro, impõem a concessão ao respectivo empregado de um dia de descanso dentro dos
3 dias seguintes, devendo, do mesmo modo, serem registadas naquele livro. Por outro lado
os registos de alterações ao horário de trabalho deverão ser escriturados antes do início da
execução do prolongamento, sob pena de não serem consideradas e a casa ficar sujeita ao
pagamento de pesada multa, que é elevada ao dobro quando se trate de transgressão ao
descanso semanal. Consequentemente, no registo deve indicar-se o início e, só depois de
terminado o trabalho se marca a hora do seu termo, estabelecendo-se assim os períodos
reais de trabalho extraordinário, a serem liquidados mensalmente.
As horas extraordinárias só podem fazer-se, até ao Emite de 4, não podendo, em regra,
exceder 8 em cada semana. Na nova convenção para os hotéis e pensões do Sul (em
negociação) a duração das horas extraordinárias, em vez de ficarem reduzidas a 8 por
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semana, poderão ser contadas pela seu máximo mensal, 32, dando assim maior flexibilidade
ao ajustamento do horário aos casos imprevistos ou de afluência anormal justificativas do
alongamento do horário.
113) Registo de prolongamento de trabalho
Com os elementos referidos no número anterior pode-se exemplificar o modo de escrever
um registo de prolongamento no livro de remunerações ao horário:
N.º (do assento à margem) Por afluência imprevista de clientes, prolongam o trabalho, os empregados
seguintes:
2-Manuel Antunes da Silva, das 15 ih. às......
3 - Francisco José da Silva, das 16 h. às......
5 - Francisco Filipe Júnior, das 16 h. às......
(Localidade) de... (mês)... de 197...
O Chefe da secção: (assinatura ou ,rubrica).
As horas do termo do trabalho são, como se disse, anotadas no fim do trabalho
prestado.
2 - das 15 às 16.30 h =+ 1 1/2 horas,
3 - das 16 às 16.30 h = +1/2 hora,
5 - das 16 às 17.00h = +1hora.
114) Registo de suspensão do descanso semanal
O trabalho no dia de descanso semanal obriga, como se disse (112), a efectuar o
respectivo registo:
N.º___Por falta dos empregados ((a) indicar os nomes) trabalham, sendo seu dia de descanso
semanal, os empregados: 4 - Francisco José Martins e 7 -Gabriel Correia Pinto, os quais preencherão os
horários daqueles empregados, respectivamente letras: A e D.
________de____________ de 197_
O Chefe da secção:_____________
(a) Há outros motivos na lei ou convencionais, que permitem o trabalho no dia de descanso.
115) Registo de troca do dia de descanso
Com frequência os empregados, por conveniência própria, pedem para fazer a troca ou
permuta do dia de descanso semanal.
Na medida do possível deverá facilitar-se essa pretensão, que ajuda a cimentar amizades
e formar espírito de equipa.
Por outro lado, atendendo a essa realidade, as convenções colectivas de trabalho
actualmente em vigor, consentem essa permuta quando se trate de empregados da mesma
secção, desde que a entidade patronal nisso concorde e devendo, para tanto, efectuar o
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respectivo registo:
N.º ____ A pedido dos interessados e nos ternos da cláusula do Contrato Colectivo de Trabalho para os (indicar
a convenção), é autorizada a permuta do dia de descanso entre os empregados 3 - Manuel Mendes Pinto e 9 -
América Conceição Antunes. O primeiro trabalha no dia___ com o horário – letra__ e descansa no dia ___,
enquanto que o segundo descansa no dia e trabalha no dia__ com o horário - letra __
________de ________ de 197
O Chefe da secção: ___________
116) Troca acidental de horário - letra
Sucede, por vezes, a necessidade de alterar acidentalmente o horário – letra dum
empregado pelo horário de outro, ausente por doença, dispensa, férias ou outro motivo. O
assento de registo pode revestir esta forma:
N.º For falta de ____________(mencionar o nome do empregado), que se acha ausente do trabalho por
(convém indicar a razão) __________o empregado N.° 10 Francisco Marques de Oliveira preencherá o horário
– letra ____ no período previsto de ____ até ______
____________de____________de 197_
O Chefe da secção: __________
117) Admissão de empregados, para substituições
Quando da admissão de um novo empregado, em substituição de outro que deixou o
serviço, o horário do que saiu será atribuído ao que entra:
Nº.__ Para substituir. ___ (empregado que saiu), que deixou de prestar serviço, é admitido nesta data (nome do
novo profissional), que toma o horário Nº ___, incluindo o respectivo dia de descanso semanal.
_________de _______ de 197_
O Chefe da secção: ____________
118) Livro único de alterações
Muitos outros exemplos poderiam ser apresentados, todavia julgamos serem
suficientes os atrás redigidos (113 a 117) para darem uma ideia clara da maneira de
proceder. Escusado será dizer, que o mesmo processo serve para todas as secções. Nos
estabelecimentos de pequena dimensão, um único livro serve para todos os empregados e
serviços, estando a sua escrituração a cargo da própria direcção ou gerência, que na
realidade tem possibilidade de acompanhar o trabalho e necessidades próprias de cada uma
das suas poucas secções.
119) Estabelecimento dos horários - letras
Os horários de trabalho, como já é bem conhecido, podem ser elaborados por secções,
caso das grandes unidades, hoteleiras ou complementares, ou serem organizados de modo
a abrangerem todo o pessoal. Neste último caso compete à Direcção fazer o enquadramento
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QUESTIONÁRIO Nº 7
1. Onde colhe o cafeteiro as informações do que precisa para o regular fornecimento dos
pequenos-almoços?
2. Indique duas maneiras de confeccionar ovos para servir na refeição da manhã.
3. Mencione duas preparações líquidas frias, que devem leite e sejam batidas.
4. Quais as formas de apresentação mais correntes das frutas ao pequeno-almoço?
5. Indique 3 tipos de sanduíches frias e uma sanduíche quente.
6. De que se compõe o pequeno-almoço à continental, mencionado na lista? É simples ou
completo?
7. Que tipos de registo se podem fazer no livro de alterações ao horário de trabalho?
8. Indique 3 elementos dentre os que são necessários para elaborar um mapa de horário de
trabalho.
9. O que é um horário letra?
10. Como sabe as horas de permanência semanal dum empregado?
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5. Além do fogão mencionamos: máquina de café, marmita ou panela especial para água
quente, torradeira, frigideira, caçarola, tábua para aparar e trinchar, facas e espátulas,
6. Os profissionais qualificados são o 1º cafeteiro e o 2.º cafeteiro ou ajudante.
7. Não, pois o seu serviço consiste em ajudar os outros profissionais e executar limpezas e
traiI1Sportes.
8. Organizar os serviços; atender e ordenar ou, executar os pedidos dos hóspedes; fazer as
requisições.
9. Cafeteiro de 2º é o que ocupa o lugar de segundo cafeteiro e ajuda e substitui o primeiro
cafeteiro.
10. Ao auxiliar de cafetaria, pois esses transportes, não exigem especialização.
125) Solução do Questionários 2º - pág. 26
1. Leite, café, chá, pão de forma, manteiga.
2. Porque a clientela tem maiores exigências e os estabelecimentos têm obrigação de as
satisfazer, aliás impostas pela Sua classe.
3. Café e leite ou chá ou chocolate, pão ou torradas, bolos especiais, manteiga, doces de
fruta ou mel e açúcar.
4. Tília, camomila, cidreira, lúcia-lima, etc.
5. Porque, existe chá avulso e chá em pacotes – dose individual -, sendo necessário
distinguir um do outro.
6. Os detergentes empregam-se na lavagem do material, dos pavimentos e outras limpezas,
substituindo o sabão,
7. Para facilitar e acelerar o serviço durante os pequenos-almoços e no serviço dos andares.
8. Agua Castelo de Vide e Luso, não gasosas; laranjadas e colas, como refrigerantes.
9. Porque o vale representa dinheiro ou o valor da mercadoria fornecida, evitando
esquecimentos e desvios dos produtos.
10." Requisita-se à despensa:
2 Quilos de café em pacotes de 125 grs
1 Pacote de chá verde, nacional, de 250 grs
1 Quilo de manteiga sem sal, em doses individuais
1 Queijo tipo flamengo
1 Queijo da Serra.
no fundo do prato ou frigideira e sobre estas se, colocam os ovos a estrelados, ultimando-os
no forno.
7. Ovos mexidos à portuguesa são preparados com a junção, aos ovos batidos, de, tomate
picado, temperados com sal e caíena e servidos com pão cortado em dados, fritos numa
mistura de manteiga e azeite ou óleo.
8. A tortilha à espanhola é feita de ovos, manteiga, azeite ou óleo, sal e pimenta, cebola,
batata cozida, chouriço, fiambre e pimentos morrones.
9. Como bife à portuguesa serve-se um bife na frigideira de barro, com fatia de presunto ou
fiambre, temperado com alho e louro e salpicos de vinho e vinagre e guarnecido com batatas
cozidas às rodelas, polvilhadas com salsa picada.
10. As carnes frias pesam cerca de 120 grs e constam de fiambre, presunto, paio, mortadela,
salame e carne assada. Pode levar frango frito e pickles.
130) Solução do Questionário n. 7 - pág. 109
1. Na lista ou ementa dos (pequenos almoços.
2. Ovos meio cozidos na casca «à la coque». Ovos, estrelados com «bacon».
3. Leite batido rosado e chocolate gelado com chantilly.
4 Em sumos (laranja, toranja), em doce, em compota e frescas, ao natural ou em saladas.
5. Sanduíche de fiambre, sanduíche mista, sanduíche de galinha, frias; e prego ou bifana,
quente.
6. Café com leite, ou chá, ou chocolate, pão ou torrada, manteiga, doces e bolos especiais. É
completo.
7. De alterações por prolongamento de trabalho, trabalho no dia de descanso semanal,
admissão de empregados, etc.
8. Horas de maior e menos movimento; duração do trabalho diário; modo de combinar os
horários de acordo com as necessidades do serviço e limites legais.
9. É a letra representativa da distribuição das horas de trabalho dum dia.
10. Somando as horas de permanência de cada dia, representados pelas letras inscritas no
mapa do horário de trabalho.
Digitalização Vítor Gomes – Centro de Documentação para a Restauração – CDR – Abril 2007 - 58