Resumo As Consequências Da Modernidade
Resumo As Consequências Da Modernidade
Resumo As Consequências Da Modernidade
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Para conseguir explicar a visão de Giddens sobre a globalização será necessário examinar
suas idéias sobre o processo de modernização. Isto acontece por culpa da sua crença de que
as sementes da globalização são plantadas pelos processos de modernização. Giddens não
concebe a modernização como representante do começo de uma nova era ou sequer época da
humanidade. Para Giddens a globalização é uma continuação de tendências postas em
movimento pelo processo de modernização que teve início na Europa do século XVIII. A
modernização substituiu as formas de sociedades tradicionais que eram baseadas na
agricultura.
A teoria de Giddens é tanto dinâmica quanto é histórica. Giddens usa a idéia de uma dialética
com a qual expressa esse dinamismo. Para a maior parte da sua aproximação dialética está
centrada sobre o seu conceito de “Desencaixe do espaço-tempo”. Esse é o conceito central o
qual Giddens usa para explicar tanto o movimento histórico de sociedades tradicionais a
modernas e o papel desempenhado pela globalização na aceleração do movimento começado
com o processo de modernização.
As sociedades tradicionais ou pré-modernas são tidas como baseadas sobre relações sociais
as quais são encaixadas no tempo e espaço. Isto acontece pela proximidade que o trabalhador
tem da natureza, por causa da sua confiança na agricultura como meio de subsistência, então
por isso o senso temporal do trabalhador geralmente é baseado em estações. O tempo para
este trabalhador é cíclico (baseado em estações) e local.
Igualmente, o status de tal trabalhador é inerte: isto é, dado ao nascimento com poucas noções
do que nós modernos chamamos de “carreira” e “ascensão social”.
Os tempos pré modernos são marcados pela maioridade da população vivendo em pequenas
vilas. Para a maioria da população, o senso de espaço seja geográfico ou mais importante,
social, era estreito. Muitos vilões eram banidos, pelos senhores feudais, de andarem através
das redondezas de suas comunidades particulares. Neste sentido nós devemos sugerir que,
para tais populações, as idéias de espaço eram fixas. Giddens sugere que nós deveríamos
descrever tais trabalhadores como encaixados em suas comunidades locais.
Giddens aponta para a invenção do relógio como um marco importante para a transição das
sociedades tradicionais para as modernas. O relógio não é baseado no tempo sazonal, mas
num tempo social e artificial. Esta noção de tempo é linear e não cíclica e portanto pode ser
usada para previsões. Igualmente, o relógio permite uma medida de tempo universal e não,
como era o caso, de noções tradicionais de tempo, para uma definição um tanto rústica. Tal
noção moderna de tempo ajuda a produzir um sentimento entre os indivíduos de que o mundo
está encolhendo. As distâncias passaram a diminuir a partir do momento que as comunidades
começaram a calibrar seu senso de tempo com o de outra comunidade do outro lado do globo.
Giddens sugere que existem dois tipos de mecanismos de desencaixe: Fichas simbólicas e
Sistemas Peritos. O dinheiro é o seu exemplo favorito do primeiro caso. As comunidades
feudais e tradicionais foram marcadas pelos mercados e feiras locais. Entretanto, em muitos
casos esses mercados eram um suplemento para a atividade essencial e básica de auto-
suficiência do trabalhador caseiro, o qual produzia seus próprios meios de subsistência da
agricultura depois de terem pago o aluguel ao senhor feudal. O dinheiro tinha um valor limitado
para tais artesões por que suas trocas econômicas eram baseadas em empressões de valores
locais e particulares. A modernização destruiu tais formas e as substituiu com uma forma de
trocas “universal”: o dinheiro. O dinheiro passou a agir como meio de troca geral e universal, ao
contrário das trocas particulares e locais entre os indivíduos. O Dinheiro foi então capaz de
mover os indivíduos de contexto local a global e pode então estabelecer relações sociais
através do tempo e do espaço. O dinheiro fez o mundo parecer diminuir. A globalização
acelerou o processo que começou com a modernização. Se considerarmos que a
modernização criou a noção de uma moeda nacional que varreu todas as diferenças locais
dentro de uma fronteira nacional, podemos afirmar que a globalização varreu todas as
diferenças entre moedas nacionais. Testemunhe o nascimento do “Cartão de Crédito” e
presencie a satisfação da Europa em gerar uma moeda local para todas as comunidades da
Europa, o Euro.
As sociedades modernas passaram a confiar nestes Sistemas Peritos. Mas enquanto elas
fazem isso, diz Giddens, isto significa que “confiança” é, com uma certeza cada vez maior, a
chave do relacionamento entre o indivíduo e esses sistemas peritos. Na verdade, bem como o
Funcionalista, Talcott Parsons, Giddens sugere essa confiança como o “cimento” responsável
por manter as sociedades modernas juntas. Onde confiança é, o que pessoas podem
questionar, aquilo que Giddens chama de “insegurança ontológica”. Literariamente, indivíduos
e grupos sociais, irão sentir uma certa insegurança no que refere à sua realidade social.
http://pt.shvoong.com/social-sciences/anthropology/1677758-consequencias-da-modernidade/